Mais Carne ed. 7

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Equipamentos para frigorĂ­ficos

Graxaria Sabores e condimentos Esteiras e transportadores




Expediente

Diretora Jussara F. S. Rocha (11) 94110.4965 diretoria@grupomaisfood.com.br

Tiragem: 9.000

Editor Cauê Vizzaccaro caue@grupomaisfood.com.br Gerente de Contas Clécio Laurentino (11) 95557.4355 clecio@grupomaisfood.com.br Administrativo/Financeiro financeiro@grupomaisfood.com.br Assinatura/Subscription Brasil: R$ 130,00 USA, Latin America, Europe and Africa: US$ 150,00 Produção Gráfica (11) 9 9804.0962 rr.inacio@uol.com.br 4

Tel.: (11) 2369-0403 2369-4116 2369-4054 2386-1584


Sumário

04 | Expediente 05 | Sumário 06 | Editorial 08 | Produtos 12 | Especial: hidrocolóides 16 | Política: IPC 18 | Especial: EPI 20 | Artigo técnico: condimentos 24 | Especial: esteiras 26 | Capa: equipamentos 34 | Especial: graxaria 37 | Mundo 44 | Brasil 50 | Índice de anunciantes


Editorial

A força do aço E

sta edição da revista Mais Carne conta com várias reportagens sobre equipamentos, que se inicia na matéria de capa sobre equipamentos para frigoríficos e finda em outros temas como graxaria ou esteiras e transportadores. Na reportagem de capa sobre as tendências em equipamentos e componentes para frigoríficos, o mote foi apresentar mais informações sobre o maquinário e auxiliar com opções para o momento da compra. Entre tendências em termos tecnológicos e necessidades por soluções, os fornecedores de equipamentos procuram automatizar cada vez mais. Automatizar também é tendência na graxaria. Área de grande valor agregado quando analisados os custos e benefícios. Em esteiras e transportadores, o transporte automatizado causa eficácia e sanidade ao processo de produção de alimentos por suavizar o contato manual com o produto, ao mesmo tempo em que facilita a classificação e os controles. No artigo técnico escrito por Anderson Morales, os sabores e condimentos para a indústria de proteína animal são o ponto principal. É debatido o papel dos condimentos e temperos, que vão além de uma simples definição e fazem parte da vida humana há milhares de

anos, já que são produtos constituídos de uma ou diversas substâncias sápidas, de origem natural, com ou sem valor nutritivo empregado nos alimentos com o fim de modificar ou exaltar o seu sabor. Finalmente, damos os parabéns ao primeiro ano da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), que é resultado da unificação da União Brasileira de Avicultura (UBABEF) e da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS). Desejamos que a associação tenha muitos mais anos de vida em prol do setor e conquiste mais coisas para a suinocultura e a avicultura brasileira. Boa leitura!

Jussara F. S. Rocha Diretora



Produtos

Gail apresenta novidades para 2015

Em evento paralelo à principal feira do segmento, empresa lançou produtos em seu showroom

E

m um ambiente contemporâneo e cheio de estilo, a Gail apresentou lançamentos do ano em evento exclusivo. Paralelo à feira Expo Revestir, a empresa direcionada no mercado para revestimentos cerâmicos de alto desempenho convidou clientes, arquitetos e especificadores a conhecerem as novidades da marca, contemplando todo seu DNA técnico e design sofisticado e funcional. Com o objetivo de expandir suas coleções

de alto desempenho focadas em espaços industriais, a Gail lançou a Linha HexaFloor, composta por peças hexagonais, placas retangulares para amarração e rodapés na cor Granit Arkona. Como diferenciais, a linha traz placas cerâmicas porcelanizadas e seu assentamento e rejuntamento que pode ser feito também através de exclusivo sistema de vibração. O produto tem resistência química, a choque térmico, manchas, impactos, alta carga e congelamento.



Produtos

UBE lança

grades de nylon para embalagens flexíveis retort Os novos materiais permitem o cozimento do produto na embalagem sem que suas propriedades sejam afetadas durante o processo

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om o aumento da demanda por embalagens esterilizáveis, a multinacional UBE, fabricante de poliamidas e copoliamidas, lança no Brasil duas opções de nylon que podem ser usadas em embalagens flexíveis retort. O grande diferencial é que as novas grades mantêm as propriedades da embalagem inalteradas mesmo após o processo de esterilização. Carlos Catarozzo, gerente de Desenvolvimento de Negócios da América Latina, explica que nem todos os materiais são adequados ao processo de autoclave que atinge uma temperatura de 125°C: “No caso dos novos materiais, tanto o 5033FD8 (um copolímero 6/6.6) como o 1024FD50 (um nylon 6) se comportam perfeitamente durante o processo e garantem que a embalagem chegue ao ponto de venda com todas as suas propriedades barreiras inalteradas e sem comprometer a vida de prateleira do produto”. Entre as propriedades da embalagem, o executivo da UBE destaca a resistência mecânica, com perda mínima, mesmo após o processo retort de cinco horas. Outro ponto forte é a flexibilidade da embalagem.

As novas grades de nylon são indicadas para embalagens flexíveis retort usadas em carnes, vegetais, comidas prontas, pet food, alimentos nutracêuticos, baby food, arroz, sopas, molhos, pescados, entre outros. Atualmente, os principais mercados são América do Norte, Europa, Japão e os países que formam o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Já o nylon 5033FD10 é ideal para o processo de vaccumm bagging. Em outras palavras, ele permite a produção de bolsas que funcionam como filmes desmoldantes para serem aplicados nos moldes. O objetivo é preservar a qualidade do molde e facilitar a retirada da peça injetada. “O molde é um dos elementos mais caros em um processo de injeção e quanto mais o preservamos, mais estendemos sua vida útil. No final isto se reverte em redução de custos do processo”, avalia Catarozzo. A UBE apresenta também a linha de filmes desmoldantes produzida pela Airtech com os novos copolímeros de nylon. Eles são ideais para aplicações industriais. Outro diferencial é que esse nylon suporta até 190°C.



Especial

Hidrocolóides

multifuncionais desenhados para o mercado de cárneos

A

CP Kelco, empresa que mantém em sua linha de produtos as soluções hidrocolóides, oferece uma ampla gama de hidrocolóides de origem natural e produtos texturizantes multifuncionais que têm direcionamento para produtos cárneos processados e carne de frango, e são eficientes ingredientes utilizados pela indústria de pescados. O portfólio de carragenas para cárneos CP Kelco é reconhecido pelo mercado por suas marcas: GENU® PLUS: padronizado para uso em marinados, frango e pescado; GENUGEL®: padronizado para uso em cárneos e aplicações base aquosa; GENUVISCO®: padronizado, agente de textura; GENU® Texturizer: carragena semirefinada ou blendas.

Mas o que é uma carragena? Carragena é um biopolímero de origem natural, produzida a partir de fibras provenientes de algas marinhas que estabilizam e oferecem textura a uma variedade de alimentos e bebidas. A carragena é extraída de algas marinhas vermelhas habitualmente encontrada em rochas de águas costeiras e vem sendo usada como estabilizador em alimentos como embutidos e carnes de corte e pescados processados. Porque usar carragena em produtos cárneos? O uso de carragena e suas blendas está indicado em tanto em carnes processadas, frango e pescados processados oferecendo os seguintes benefícios: rendimento, consistência, corte, espalhabilidade, coesividade, qualidades orga-



Especial

Carragena kappa Quando se utiliza a carragena kappa, que fornece uma estrutura de gel bastante firme, os produtos cárneos, quando resfriados, apresentam excelentes corte e adesão, resultantes da matriz de gel formada quando a carragena combina-se com as proteínas cárneas solúveis em água. Carragena iota Usada sozinha ou em combinação com carragenas kappa ou lamba, oferece texturas macias e espalháveis de diversas características. É possível produzir produtos emulsificados de baixo conteúdo de gordura como patês, salsichas, entre outros, com excelente estabilidade à refrigeração.

nolépticas e de consumo como suculência e sabor, permitindo reduzir os tempos de “purge”, conteúdo de gordura, perdas por corte, perda de proteína, perda por gotejamento, perda por “freeze- thaw”, perda por cozimento e perda por reaquecimento. Os tipos principais de carragena usados em aplicações cárneas são as dos tipos Kappa e Iota.

Que outras novidades há para o mercado cárneo? SLENDID® 100, pectina de baixo metoxil, desenhada para servir como um agente substituto à gordura. Quando utilizada em produtos cárneos, SLENDID 100 reduz as perdas por reaquecimento e sinérese, aumentando a qualidade da textura final. Deve ser aplicada a úmido – como exemplo em pré-solução, antes de ser adicionada como um agente substituto de gordura em cárneos. Aplicações típicas são em salsichas e patês “low fat”. O nível de uso típico é de 0,75% no produto final. SIMPLESSE® 100, uma proteína de soro de leite microparticulada, um ingrediente multifuncional com importantes atributos sensoriais e de processo para produtos tipo “low fat”. Apresenta propriedades emulsificantes que auxiliam na textura, “mouthfeel” e sabor de produtos cárneos, comparável aos produtos emulsificados à base de gordura 100%.



Política

IPC debate estratégia mundial contra

influenza aviária O

vice-presidente do International Poultry Council (IPC) e do setor de aves da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, participou de encontros realizados em Roma (Itália), na terceira semana de abril, de uma série de agendas pelo órgão internacional da avicultura. Lideranças de 24 países que representam 85% da produção avícola mundial vêm debatendo estratégias para um enfrentamento global dos focos de influenza aviária registrados em grandes produtores e exportadores, como Estados Unidos, China, México, países da União Europeia, Canadá e outros. Pelo Brasil, a Coordenadora de Mercado

Externo da ABPA, Marília Rangel, apresentou o Projeto de Compartimentação da Avicultura, uma estratégia que tem o reconhecimento da OIE e já conta com normativas reguladoras de implementação pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Entre os grandes produtores mundiais, o Brasil é o único a nunca registrar casos de influenza aviária em seu território, graças a excelência de seus processos produtivos e a gestão meticulosa do status sanitário. Neste encontro do IPC, dividimos um pouco do conhecimento técnico que construímos e nos permitiu avançar para o modelo compartimentado”, explica Santin.


Neste período também houve a assinatura da renovação de um memorando de entendimento entre o IPC e a FAO – braço da ONU responsável pelas questões de segurança alimentar. Sobre a compartimentação da avicultura A compartimentação traz uma nova perspectiva sobre a gestão sanitária da produção. Dividindo cada núcleo de produção em compartimentos, o modelo estabelece um rastreamento sanitário pleno da produção, permitindo gestões mais rápidas e efetivas em caso de crises sanitárias. Com isto, reduzem-se os impactos econômicos gerados e se proporciona ainda mais segurança sanitária e credibilidade à cadeia produtiva. O Brasil é o primeiro país do mundo a criar uma legislação para a compartimentação da produção da avicultura. Uma Instrução Normativa publicada pelo Mapa, em outubro de 2014,

oficializou o modelo produtivo na avicultura nacional, estabelecendo diretrizes que devem ser seguidas para que a empresa ganhe o direito de ser considerada “compartimentada”. Os estudos para a instalação do programa começaram em 2008. Cinco unidades produtoras – uma da BRF (em MT), uma da Seara-JBS (em SC) e três da Cobb-Vantress (em MS, SP e MG) – participaram da iniciativa. Todas as adequações propostas pelo programa foram auditadas por missões da própria OIE.


Especial

Os EPI’s na indústria

O

s equipamentos de proteção individual (EPI’s) têm como finalidade e importância proteger o trabalhador contra os riscos suscetíveis que possam ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. O impacto de seu uso pode ser caracterizado negativamente diante dos colaboradores inaptos a utilização dos EPI’s, ou seja, o empregador sempre deve treinar e orientar o trabalhador sobre o uso adequado, cuidados e conservação dos equipamentos. De acordo com Claudia Molina Moreno, do departamento de marketing da SP Equipamentos, os principais riscos de acidentes e doenças relativas ao trabalho enfrentados pelos funcionários estão relacionados aos riscos físicos, químicos, mecânicos e biológicos. Além da compra de equipamentos de proteção, também é importante ter campanhas internas de prevenção a acidentes. “É de suma importância o empregador realizar os devidos eventos para conscientização de seus empregados, por exemplo, a semana interna de prevenção de acidentes do trabalho (SIPAT), o Diálogo Diário de Segurança (DSS) e os treinamentos periódicos, contando com o apoio de seus parceiros, como o fabricante e distribuidor”, afirma Claudia. Além disso, vale ressaltar a importância do conhecimento técnico do respectivo responsável em selecionar e homologar os devidos equipamentos, partindo de cada risco apresentado.


Também é possível elencar duas orientações principais para empresas que queiram ter um ambiente de trabalho seguro e sem acidentes. A primeira refere-se ao investimento em equipamentos com boa ou excelente qualidade, e a segunda reporta-se à conscientização e qualificação dos colaboradores. As principais mudanças na área com relação às tecnologias dos equipamentos direcionam para o melhoramento do design do EPI, conforme afirma Claudia: “Partindo do conceito que o EPI pode melhorar a qualidade e produtividade do trabalho, fazendo com que o colaborador se sinta mais seguro e menos preocupado com sua segurança, designando maior foco em sua destinada tarefa, os fabricantes visão melhorias nos

equipamentos, onde um dos principais pontos ao efetuar a melhoria seria no design do equipamento. Em paralelo a esse fato aconteceram atualizações nas normas regulamentadoras, o que acabou definindo novos critérios de ensaios e requisitos mínimos de proteção aos trabalhos”. Já sobre a Norma Regulamentadora Nº 6, Claudia acredita que existe apenas uma falha e um item poderia ser alterado para melhorá-la: “A única objeção seria sobre o item 6.1.1, onde relata sobre os equipamentos conjugados, ou seja, este ponto deve estar mais determinante e conclusivo, pois observo que na prática este item é interpretado erroneamente por grande parte dos profissionais da área de segurança do trabalho”.


Artigo Técnico Por Anderson Morales

Sabores e condimentos para a indústria cárnica

C

ondimentos ou temperos são produtos constituídos de uma ou diversas substâncias sápidas, de origem natural, com ou sem valor nutritivo empregado nos alimentos com o fim de modificar ou exaltar o seu sabor. Na verdade, os condimentos vão além de uma simples definição e fazem parte da vida humana há milhares de anos. Existem registros que ao longo da história da evolução humana, as especiarias tiveram

emprego em banhos, inalações, rituais, misturas medicinais e principalmente na culinária. O uso de algumas delas tinha o poder especial de realçar o sabor, melhorar o aroma e tornar palatáveis carnes e outros alimentos. Quando passaram a ser comercializadas, seu preço era tão alto que somente os ricos podiam utilizá-las. Assim, a riqueza do anfitrião passara a ser julgada pelo requinte de seus pratos e pela diversidade das especiarias utilizadas.


No Brasil, os condimentos chegaram através dos colonizadores portugueses. Naquela época, os nobres mandavam vir da Índia seus condimentos prediletos como canela, cravo e noz moscada. Com o avanço da humanidade, novas tecnologias foram adotadas, inclusive nos alimentos. Indústrias foram abertas, e com elas vieram a produção em larga escala, mas mesmo assim, ainda continuamos a utilizar as especiarias em diversos produtos para agregar valor, além de aprofundar as pesquisas sobre suas funções, uma vez que muitas delas possuem também ação antioxidante e antimicrobiana. Hoje, a indústria de ingredientes alimentícios realiza pesquisas sobre as funcionalidades das especiarias e outros ingredientes (aromas, nutrientes, proteínas e enzimas) para fornecer produtos balanceados e com características exclusivas. Uma das tecnologias usadas para garantir o aroma de cada condimento processado é a moagem por criogenia. A criogenia é um sistema que foi implantado, na Doremus, para a moagem de especiarias, pensando em melhorar a qualidade sensorial e organoléptica dos alimentos e reduzir os custos. É o ramo da físico-química para a produção em temperaturas muito baixas, utilizando nitrogênio líquido.

Em um processo convencional de moagem ocorre o superaquecimento do produto, provocando a perda dos óleos essenciais voláteis, que são os princípios ativos do aroma das especiarias. Através da criogenia há uma redução de custo, pois se utiliza menor quantidade de especiaria para atingir o aroma desejado, uma vez que, durante a sua moagem, todas as propriedades sensoriais e organolépticas são mantidas. Os óleos essenciais são substâncias voláteis extraídas das plantas aromáticas. São formados por diversos compostos químicos dentre eles alcoóis, cetonas, terpenos, ésteres e principalmente aldeídos. A extração dos óleos essenciais é feita, na maioria dos casos, por destilação a vapor, pressão a frio ou solventes orgânicos. São amplamente utilizados na ela-

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Artigo Técnico

boração de condimentos destinados à indústria frigorífica. Os óleos de laranja, limão, canela, cravo, orégano, noz moscada entre outros, são extraídos a partir de folhas, sementes, flores ou cascas, de cada um desses produtos. Para avaliar o aroma das especiarias, dos óleos essenciais e também de suas misturas balanceadas (condimentos e aromas), a análise sensorial é constantemente empregada. A análise sensorial é a disciplina científica utilizada para evocar, medir, analisar e interpretar reações das características de alimentos e outros materiais na forma como são percebidos pelos cinco sentidos: visão, olfato, paladar, tato e audição. A análise sensorial objetiva buscar informações e respostas para medir preferências, procurar melhorias da qualidade, vida útil ou estabilidade, aceitabilidade, manutenção da qualidade sensorial, favorecendo a fidelidade do consumidor. Empresas do setor cárneo, no decorrer dos anos, tornaram-se conhecidas e difundiram suas marcas e muitas delas fidelizaram seus clientes. O fator considerado preponderante é a fixação de determinado perfil aromático e sabor desejável, único e marcante nos embutidos. O consumidor, cada vez mais exigente nesse quesito, fideliza determinada marca porque se identifica com seu sabor e perfil sensorial. Muitas vezes, o produto comprado pelo consumidor deixa de ser chamado apenas por linguiça, salsicha, mortadela ou salame, e passa a ser chamado pelo nome da marca, atrelando-se a ela. É válido frisar que para a elaboração de um produto embutido, avaliando a composição

das matérias-primas utilizadas, os custos com aromas e condimentos são os menos impactantes na maioria dos casos, porém são fatores chave para conferir o sabor característico, e consequentemente garantir a fidelidade do consumidor. A Doremus atua com soluções em ingredientes e aromas para atender a indústria de carnes e processados. Em nosso portfólio de produtos temos estabilizantes, emulsificantes, antioxidantes, conservantes, proteínas de soja, corantes naturais e uma linha completa de condimentos elaborados para diversos tipos de aplicação na indústria frigorífica. A linha de Condimentos é desenvolvida por profissionais com formação em Engenharia de Alimentos e por aromistas, que possuem vasto conhecimento dos diversos tipos de especiarias, óleos essenciais e outras notas aromáticas que compõe a receita dos condimentos para embutidos. Além disso, a empresa é pioneira em tecnologia de moagem criogênica, que confere a esses produtos melhor desempenho em sabor e aroma. Como apoio ao trabalho da criação de um aroma ou um condimento, a Doremus conta com laboratório de análise sensorial e uma planta piloto para fabricação de embutidos, tais como, linguiças, salames, mortadelas, presuntos e outros, onde aplicamos os ingredientes e concluímos o desenvolvimento dos condimentos e aromas salgados. * Anderson Morales é gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Doremus


Especial

Esteiras

e transportadores O

transporte automatizado traz eficiência e higiene ao processo de produção de alimentos, por diminuir o contato manual com o produto, ao mesmo tempo em que facilita a classificação e os controles. O tempo de produção pode ser ajustado de forma síncrona, desde o início da produção com as matérias-primas até a embalagem e expedição de forma organizada e segura. O transporte interno em frigoríficos através de esteiras transportadoras aperfeiçoa o espaço, diminui o risco de acidentes, automatiza a produção, facilita a higienização e sincroniza o processo produtivo. As esteiras, em geral, podem ser de fitas de aço galvanizadas, utilizadas em sistemas mais antigos em mesas de desossa; de correias planas de poliuretano com ou sem reforço de lona, utilizados para transferências suaves ou higienização rápida; ou do sistema modular plástico, mais aceito atualmente. Esse sistema resolve com eficiência problemas de durabilidade, corrosão e manutenção. As informações mais importantes para escolher uma esteira são: o que deve ser transportado, seu percurso, velocidade, carga, temperatura e as dimensões básicas do transportador. As esteiras modulares, devido as suas múltiplas funcionalidades, podem suprir perfei-

tamente as necessidades de transporte para os mercados de aves, suínos e bovinos. A Unirons possui esteiras para aves (mais leves), como a linha E25LF e auxiliadas por correntes modulares para o transporte de engradados como a linha CC50-55. Para suínos e bovinos, as cargas tendem a serem maiores. Assim, requerem esteiras mais robustas e resistentes ao corte, como as esteiras da série E50LF. As solicitações de clientes pedem desenvolvimentos contínuos em soluções em superfície, isto é, para cada aplicação é necessária uma esteira com uma superfície mais eficiente, higiênica e durável. Para frigoríficos, a Unirons dispõe da linha LF (Limpa Fácil), que tem superfície inferior com nervura lisa para limpeza mesmo em funcionamento, ao mesmo tempo em que o movimento do engrenamento é autolimpante – com o próprio movimento a esteira vai limpando a articulação. A manutenção das esteiras deve ser prática, de fácil desmontagem para higienização e troca de módulos, para que o trabalho seja realizado pelo próprio pessoal da fábrica. As esteiras providas de dispositivos de retenção de varetas garantem praticidade, já que o treinamento das equipes é fácil e rápido. O sistema de transporte interno de produ-


tos nas indústrias requer eficiência, segurança, higiene e durabilidade. Os transportadores modulares de plástico possuem diversas vantagens contra problemas com higiene, corrosão, durabilidade e manutenção. Os módulos transportadores são laváveis, devem ser atóxicos e podem ser esterilizados mesmo em operação. Resistentes a variações de temperatura, eles são recomendados para túneis de congelamento (-45°C) a pasteurizadores (+105°C). A versatilidade do sistema modular permite não só a montagem em várias larguras, como também a transformação para indústria de carnes e alimentícia em geral. Na definição do tipo de esteira a ser utilizada num sistema para transporte industrial, as vantagens do sistema modular são: - Engrenamento positivo: As esteiras são acionadas por engrenagens de forma que não patinam, ou seja, o passo da produção é mantido constante. - Alinhamento: As esteiras são mantidas alinhadas por uma engrenagem travada no lado da tração e outra no lado do retorno, evitando atritos nas laterais. - Estabilidade dimensional quanto à temperatura: As esteiras possuem curvas catenárias no percurso de retorno, que ajustam o comprimento das esteiras às variações da temperatura ambiente. - Facilidade de manutenção: A manutenção das esteiras é extremamente rápida e fácil, podendo ser realizada pelo próprio pessoal da fábrica. - Durabilidade: As esteiras possuem grande robustez e resistência ao desgaste.

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Equipamentos para frigorĂ­ficos



Capa

Tendências em

equipamentos e componentes A

Mais Carne tem em sua reportagem de capa o tema equipamentos. A ideia é apresentar mais informações aos frigoríficos sobre o maquinário e ajudar com opções para o momento da decisão de compra. Entre tendências em termos tecnológicos e necessidades por soluções, os fornecedores de equipamentos procuram automatizar cada vez mais e que o maquinário seja uma solução definitiva, sem que haja necessidade de trocar de equipamento e de seus componentes. De acordo com Fernando Baldini, gerente de tecnologia e engenheiro de alimentos da Poly-clip System, hoje nos defrontamos com a falta de mão de obra operacional nas indústrias frigoríficas em geral, seja na parte de abate e desossa, como no setor de processamento. A maioria das indústrias encontram sérias dificuldades de contratação de pessoal. Vários fatores têm contribuído para isso, seja pela maior oferta de empregos em outros setores da economia, onde as condições do ambiente de trabalho são mais atrativas do que aquelas encontradas no piso fabril dos frigoríficos (trabalho manual, repetitivo, baixas temperaturas, umidade, horários diversos etc.), como também pela melhoria do grau de instrução da população jovem de baixa renda, a qual procura

fontes de rendas em outros setores. Somam-se a isso, as características e particularidades regionais, que às vezes não são totalmente compatíveis com a atividade frigorífica no local onde a planta está instalada. Outro fator é que certos trabalhos manuais tendem a ser, cada vez mais, substituídos por equipamentos automáticos visando uma maior segurança operacional, produtividade, rendimento e evitar problemas de saúde recorrentes do trabalho repetitivo e esforços desnecessários. Dessa forma, as indústrias de abate e processamento de carnes têm procurado soluções em automação das várias etapas do processo para assegurar que o trabalho seja concretizado. Anteriormente se justificava a compra de um determinado equipamento pela redução de custos de mão de obra empregada na produção. Hoje em dia, o investimento no equipamento é necessário para que o trabalho específico seja feito. Não há alternativa. “Felizmente os fabricantes de equipamentos vêm conseguindo atender essa demanda cada dia maior pela automação das várias etapas do processo. Algumas etapas podem ser realizadas de forma tão eficiente ou melhor do que o processo manual tradicional e ainda com maior produtividade, higiene, padronização e


consistência dessa operação. O desenvolvimento contínuo da automação dentro do setor frigorífico tem trazido progressos excepcionais. A oferta de máquinas automáticas programáveis e braços robóticos para trabalhos pesados ou específicos nas áreas de abate, desossa, processamento e embalagem deixou de ser ficção para se tornar cada dia mais usual. A Poly-clip está alinhada com esta tendência de automação com sua linha de pendura de embutidos automática e carga automática de racks e gaiolas de cozimento, diminuindo os esforços dos trabalhadores e aumentando a eficiência desses processos”, afirma Baldini. Segundo Marco Antonio Magolbo, diretor da Handtmann do Brasil, as empresas processadoras em geral, desde a menor até os grandes grupos industriais, principalmente neste período de insegurança econômica, procuram máquinas e equipamentos, que uma vez instalado em sua linha de produção, sejam uma solução definitiva para a redução de custos e aumento na produtividade. “Os industriais necessitam de máquinas de qualidade, modernas, com tecnologia comprovada, robustas, confiáveis, precisas nas operações, versáteis e com alta produtividade. E principalmente que, o fornecedor dessas máquinas tenha serviços de pós-venda efetivo e atendimento ágil e confiável de serviços técnicos e de peças. Dessa forma, a Handtmann, com a sua linha de equipamentos e serviços que possui comprovadamente todas essas características, tem tido excelente procura por toda gama de seus equipamentos, variando apenas os modelos e dispositivos, conforme capacidade, tipo de produto e aplicação desejada. O coração dos sistemas Handtmann é a maquina porcio-

nadora ou Embutideira a Vácuo, complementada pelo acessório adequado a produção desejada pelo cliente”, diz Magolbo. EQUIPAMENTOS A Handtmann tem como especialidade a fabricação e o fornecimento de equipamentos de precisão para o porcionamento de produtos na indústria processadora de carnes e alimentos em geral, sendo denominadas Embutideiras a vácuo para produtos cárneos, dosadoras a vácuo ou mesmo divisoras para outros segmentos de produção. Conforme Magolbo, as máquinas são de precisão e fabricadas com alta tecnologia, construídas dentro das normas internacionais (Europa e EUA) e atendendo também no Brasil aos quesitos rígidos da NR 12. “O grande diferencial das máquinas Handtmann, além da sua confiabilidade, robustez, versatilidade e alta produtividade, é a precisão no porcionamento do produto na linha de produção. Isso é obtido através da tecnologia construtiva e no design moderno da máquina com sistema de deslocamento do produto, que é feito por meio de bomba com desenho especial para minimizar o percurso do produto e rotor provido de palhetas com came ajustável, que prolonga a vida útil das palhetas. Tudo em aço inox, acionados controlados por exclusivo sistema SERCOS de gerenciamento e controle de servomotores”, garante Magolbo. A Poly-clip é uma empresa pioneira no desenvolvimento de sistemas de fechamento de embalagens flexíveis através do sistema de grampeamento. Máquinas, grampos e laços para a produção de embutidos foram desenvolvidos e continuam evoluindo conjuntamente, adequando-se as necessidades dos clientes.



Capa

O oferecimento de uma solução profissional, otimizada e completa (máquinas, grampos, laços, peças e serviços) de uma única fonte, fornece aos clientes uma segurança de uma produção eficiente e livre de problemas. Segundo Baldini, a nova geração de grampeadoras duplas automáticas da Poly-clip, modelos FCAs (50, 90, 120 e 160) constituem não só um avanço notável na tecnologia empregada na construção destes tipos de equipamentos, mas sim um sistema completo, novo e integrado para o fechamento de embalagens flexíveis. Esse sistema é composto de uma perfeita integração entre maquinário, com o design específico de um tipo de grampo, conferindo uma série de vantagens com relação aos sistemas de grampeamento anteriormente desenvolvidos. “Os novos grampos R-ID possuem um desenho especial, mais arredondado, conferindo uma pressão mais uniforme sobre todo o volume do material abraçado pelo grampo. Essa distribuição de pressão permite um fechamento pleno e conforme as características das tripas plásticas pode se tornar, inclusive, hermético, a prova de entrada de bactérias”, certifica Baldini. A Poly-clip desenvolveu um sistema patenteado denominado SAFE COAT®, o qual, como diz Baldini, consiste em se fazer um revestimento externo aos grampos, removendo previamente quaisquer graxas, óleos e poluentes encontrados nos fios trefilados de alumínio, que são utilizados como matéria-prima na fabricação dos grampos. Esse novo revestimento externo inerte tem ainda uma característica adicional, pois promove um menor atrito e um melhor deslizamento dos grampos durante o grampeamento dos embutidos, diminuindo o desgaste das grampeadoras.

Uma vez que os grampos R-ID se prendem melhor à embalagem, abraçando-a firmemente com uma pressão mais uniforme, a solicitação de impacto pelo martelo da grampeadora é menor. Desse modo, a grampeadora é pré-ajustada para que não ocorram erros de operação com sobrepressão no fechamento do grampo, protegendo o equipamento de impactos excessivamente fortes e consequentemente aumentando a sua vida útil e de seus acessórios. As novas FCAs possuem o sistema de lubrificação central automática, facilitando a manutenção e conservação dos equipamentos. Maior vida útil dos equipamentos. “Com uma menor pressão dos martelos pode-se aumentar consideravelmente a velocidade de grampeamento. Dessa forma, a nova série de máquinas FCA são equipamentos bem mais rápidos, com ciclos de 160, 200 e até 300 fechamentos por minuto, dependendo do modelo da FCA. Conta com acabamento das pontas do embutido mais retas e menores, resultando em um maior rendimento no fatiamento (graças ao novo modelo do separador e aos grampos R-ID) e economia de material de embalagem (tripas). As novas máquinas FCA possuem um maior nível de automação com sistemas integrados de autoajuste de funções, os quais só são possíveis devido ao novo design do grampo R-ID. Resultando em operação e manutenção facilitadas”, afirma Baldini. Os carretéis de grampos R-ID possuem a tecnologia integrada de identificação por rádio frequência (RFID), a qual indica ao equipamento todos os dados do grampo que está sendo alimentado na máquina, permitindo um autoajuste de acordo com o programa do produto


Capa

que será fabricado. Baldini informa que possui melhor facilidade de operação e menores riscos de usos de grampos inadequados ao produto que está sendo fabricado e com menos falhas operacionais devido ao processo de automonitoramento. Conta com boa confiabilidade da produção devido à tecnologia RFID, presente também nas matrizes e estampos, com operações mais simples e práticas, evitando erros dos operadores. “As novas grampeadoras FCA podem ser acopladas ao sistema de pendura ou envaramento automático dos embutidos AHL. Esse sistema coloca os embutidos grampeados com laços diretamente nas varas de defumação e cozimento de forma rápida e ordenada. Opcionalmente um braço robótico (ASL – Automatic Sausage Loader) pode fazer a colocação das varas contendo os embutidos diretamente nos carros ou gaiolas das estufas, sem qualquer esforço ou interferência dos operadores. Outros módulos em diversas apresentações podem fazer a carga direta de embutidos longos e pesados destinados ao fatiamento (logs) em carros de cozimento”, assegura Baldini. Um lançamento da Poly-clip é a máquina grampeadora dupla automática FCA 80. O equipamento é destinado principalmente aos clientes de pequeno e médio porte. É um equipamento de simples operação e manutenção, projeto econômico, porém muito versátil, pois opera em uma grande faixa de calibres, é rápida e tem design moderno. Outra novidade é o novo modelo FCA 90: máquina altamente versátil para produtos de calibres entre 38 e 160 mm de diâmetro. É um equipamento rápido, com embutimento frouxo até 300 mm para produtos a serem mol-

dados. Possui os recursos de processos com automonitoramento através da utilização dos grampos do tipo R-ID Já a Sampafi oferece diversos equipamentos para o segmento, conforme informa Cristina Nakama, da área administrativa da empresa: “Temos o Desfiador de carnes, máquina para alta produção de 300 a 900 kg/h; as Injetoras de Salmoura, a mais robusta do mercado e com baixo custo de manutenção; as Formadoras de Hambúrgueres, em diversos modelos e volumes de produção; o Empilhador de Hambúrgueres, máquina para agilizar a alimentação da embaladora; a linha para empanados com Empanadeiras e Glaceadeiras, que agregam valor ao produto; e a linha para charque ou jerked beef com Prensas, Fatiadoras e Injetoras que possuem alta produtividade e melhor ergonomia”. Componentes e acessórios A Handtmann dispõe de mais de trinta modelos de equipamentos e conjuntos automáticos para as mais diversas aplicações. A partir do princípio da precisão de porcionamento, as indústrias processadoras tem um leque enorme de opções de aplicação para as máquinas e seus dispositivos, cuja característica é a versatilidade, seja para porcionamento, enchimento, coextrusão, formar, depositar ou embutir. Os sistemas e equipamentos da Handtmann são todos modulares e podem ser acrescentados em uma máquina a qualquer momento, dependendo da necessidade da linha de produção. De acordo com Magolbo, outro importante componente opcional oferecido pela handtmann é o Sistema de Comunicação


Handtmann (HCU). O software HCU permite o gerenciamento remoto da produção e dos eventos ocorridos com o equipamento permite também o gerenciamento de manutenção e o planejamento de produção em tempo real. Possibilita gerar relatórios em planilhas Excel; como complemento informativo para manutenção e produção, sendo importante ferramenta de auxilio administrativo e fabril. “O software HCU tem a sua utilização comprovada como de grande utilidade pelos produtores de embutidos com peso padrão. As embutideiras a vácuo Handtmann, com sistema HCU, permitem o controle preciso das peças de peso padrão produzidas na linha, garantido o menor valor de “give away” (peso excedente na porção). Opera em conjunto com balanças eletrônicas, controlando o porcionamento, analisando e corrigindo o peso porcionado, e garantindo a precisão no porcionamento do embutido para possíveis variações de densidade na massa durante a etapa de preparação”, afirma Magolbo. Além de uma extensa variedade de máquinas grampeadoras (manuais, semiautomáticas e automáticas), a Poly-clip produz e fornece grampos, laços e etiquetas para embutidos cárneos em geral. Devido à demanda crescente por automação, a empresa está oferecendo sistemas customizados para processos relacionados com seus equipamentos, como carga automática de embutidos em racks e gaiolas de cozimento. Embaladoras manuais, semiautomáticas e automática de aves em sacos plásticos também estão linha oferecida pela Poly-clip. João Stelmockas, diretor da Stelka, apresenta alguns dos componentes oferecidos ao mercado: “Antigamente já fornecíamos mui-

O software HCU permite o gerenciamento remoto da produção e dos eventos ocorridos com o equipamento permite também o gerenciamento de manutenção e o planejamento de produção em tempo real.

tas peças (suportes, discos, cruzetas, laminas etc.) para moedores e outros equipamentos. A Stelka foi a percussora na fabricação de facas em aço inox. A mercadoria era um pouco mais cara, mas tinha melhor qualidade e durabilidade, já que o aço carbono tem corrosão e o inox não. Também fabricamos em aço carbono, como também fazemos cruzetas em aço inox, e discos em aço inox e cromo níquel. Cortamos hoje todas as nossas facas, discos e lâminas no sistema de laser. Temos um equipamento para furar os discos com 1 milímetro, 1,2 milímetro, 1,4 milímetro, e 1,7 milímetro”.


Especial Por Cauê Vizzaccaro

Graxaria N

a indústria, muitas vezes, o processamento dos resíduos é deixado como segunda opção na obtenção de lucro. No entanto, a graxaria pode ser considerada como uma área de grande valor agregado se for analisado os custos e benefícios. Como na maioria das áreas da indústria, o desenvolvimento tecnológico se direciona para a automação. Assim, as empresas fornecedoras de equipamentos apontam suas pesquisas para esse tema, como afirma Valdomiro Criado Junior, engenheiro e gerente comercial da SNT Máquinas Industriais: “Hoje estamos trabalhando com o desenvolvimento de novas tecnologias para que o trabalho nas graxarias seja menos dependente do homem. Com máquinas reguladas e ajustadas automaticamente através de ferramentas, softwares e controles que conseguem essa eficiência”. Jefferson Cerdas, da área de projetos da LDS Máquinas, também pensa dessa forma: “As necessidades tecnologias mais requeridas pelas graxarias são em busca de um processo mais eficiente e automatizado, buscando uma melhor qualidade do óleo e redução da porcentagem de umidade da farinha”. O cliente que busca adquirir equipamentos para graxaria deve se ater em empresas que façam certas orientações no momento de escolha dos equipamentos. Cerdas informa que após o primeiro contato com o cliente, uma

equipe capacitada já está apta para fazer a orientação e consultoria para melhorar o processo já existente, “melhorando e aumentando a produção, o dimensionamento de fábrica, e buscando o melhor custo/benefício possível em projetos de máquinas, implantação, fabricação, montagem e no estoque de peças de reposição para atendimento rápido com reparos”. Criado Junior relata que as maiores necessidades dos clientes estão na redução de custo de energia, nas novas visões sobre a mão de obra qualificada das graxarias, bem como o reuso da água: “Estamos trabalhando e ajudando a desenvolver junto com algumas universidades novos conceitos de reaproveitamento de águas tanto para frigorifico como para graxarias. Trabalhamos em parceria com algumas universidades que fazem pesquisas sobre o tema, damos suportes e acompanhamos o desenvolvendo das pesquisas com auxílio e cedemos equipamentos para que as pesquisas sejam realizadas”. Já Rejiano Vedovatto, supervisor de vendas da Prestatti, diz que o objetivo da empresa “é proporcionar aos clientes o melhor custo benefício. Nossos equipamentos possuem durabilidade acima da média do mercado e um desempenho de alto desempenho que resulta em uma melhor rentabilidade aos processos. Trabalhamos hoje com tecnologias aplicadas que melhoram o rendimento e diminui a mão


de obra operacional. Como possuímos fábricas de farinhas próprias, estas servem de laboratório para tais aplicações. O dimensionamento dos equipamentos varia conforme a demanda de cada cliente. Buscamos sempre a customização para poder atender adequadamente cada solicitação”. A maioria das empresas fornecedoras, quando estão desenvolvendo produtos, escolhem alguns clientes e fazem testes na produção deles. Mas há casos em que o desenvolvimento do produto novo é realizado na própria fábrica e após todos os testes é colocado em consignação para que sejam feito os testes de produção. Criado Junior lista um modo de processo: “Em primeiro lugar listamos as necessidades do cliente, em seguida fazemos um lay-out para dar opções de maquinário, capacidade, espaço etc., definindo a opção mais adequada para cada tipo de situação. Logo após é enviado um orçamento ao cliente com as características técnicas do equipamento e preço. Depois de acertada a parte comercial do produto, entramos na fabricação e orientamos o cliente das necessidades para fixação do maquinário no processo, orientando e definindo as bases e sistemas de fixação. Após a instalação dos equipamentos oferecemos técnicos para o startup e acompanhamento nos primeiros testes. Geralmente no desenvolvimento de novos produtos escolhemos alguns clientes de nossa confiança e fazemos testes com a própria produção do dia a dia. Em outros casos procuramos fazer o desenvolvimento do produto novo em nossa própria fabrica e após todos os testes feitos é colocado em consignação para que sejam feito os testes de produção”. As orientações são importantes para que o frigorífico se enquadre as normas técnicas e de segurança atuais. Cerdas acredita que as normas brasileiras atendem muito bem e não estão desfasadas com relação à de outros países, mas o que falta é a fiscalização para que elas possam ser cumpridas à risca. Após o processo de orientação, há o momento de escolha dos equipamentos. A LDS Máquinas ao buscar inovação para seus equipamentos visa diminuir o custo operacional

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Especial

destes para que o processo se torne mais eficiente, gerando melhoria no processo da graxaria. Entre o maquinário há a nova Prensa PH-40 Hidráulica, que conta com sistema hidráulico no cone de saída de torta, fazendo com que não precise mais parar a máquina para ajuste do cone, aumentando a produção e evitando interrupções no processo. Há também a Caixa Separadora de Borra, que contribui muito no processo, diminuindo a acidez do óleo, pois ela retira a borra que sai junto com o óleo da prensa e da percoladora dos digestores, aproveitando mais a borra, já que devolve para ser prensada novamente. Já a SNT Máquinas Industriais apresentou um sistema de detector de metais, que é instalado antes dos trituradores e detecta qualquer tipo de material ferroso ou não ferroso, não deixando chegar até as prensas e moinhos, evitando a quebra e danos, e consequentemente a interrupção da produção. Outro produto é a Prensa Expeller, com capacidade de 6.000 kg/h. A regulagem da massa é realizada através do cone com atuador hidráulico, sendo a regulagem da carga da máquina controlada através do aumento ou diminuição da amperagem do motor; autoregulando com os diversos tipos de materiais. “Nossos trituradores e prensas sempre tiveram um bom conceito perante nossos clientes, pois o triturador consegue atingir a capacidade e a granulometria que atende as normas do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). As prensas conseguem deixar um residual baixo na torta e com as novas tecnologias aplicadas conseguimos um residual de extrato etéreo bem baixo;

Há também a Caixa Separadora de Borra, que contribui muito no processo, diminuindo a acidez do óleo

deixando a torta dentro dos padrões”, afirma Criado Junior. A Prestatti possui um equipamento com grande diferencial no mercado: Digestor para Vísceras com capacidade para 20 mil litros. “Há também a Prensa Expeller com capacidade para 5 ton/h, que está tendo uma ótima aceitação no mercado. Todos são fabricados dentro das normas vigentes de segurança. Outro grande diferencial que a Prestatti possui é a disponibilidade de um técnico de processo para acompanhar todos os startups dos nossos equipamentos. Isso possibilita um treinamento operacional de qualidade podendo extrair o máximo de desempenho dos nossos equipamentos”, garante Vedovatto.


Mundo


Mundo

Brasil e EUA

avançam rumo à abertura do mercado de carne bovina Cooperação bilateral foi discutida durante a 7ª reunião do Comitê Consultivo Agrícola Brasil – EUA; e segundo o Mapa, só falta a finalização do regulamento para que os EUA comprem do Brasil

O

Brasil e os Estados Unidos (EUA) avançaram nas negociações para abertura do mercado de carne bovina de 14 estados brasileiros. O Brasil aguarda, agora, a publicação pelos EUA, da versão final do regulamento que garantirá o acesso ao mercado estadunidense. A negociação aconteceu durante a 7ª reunião do Comitê Consultivo Agrícola Brasil–EUA (CCA), realizada entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).


Além da carne bovina, a agenda da reunião incluiu temas de acesso ao mercado para bovinos vivos, sêmen e embriões bovinos e a certificação de carne suína, frutas e hortaliças. “Há necessidade de incluir novos estados dentre os que serão habilitados a exportarem aos EUA, tendo em vista a condição de livre de febre aftosa com vacinação”, disse a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo. Ela mencionou, ainda, os esforços brasileiros para a erradicação da febre aftosa no país e a cooperação com outros países para alcançar a erradicação da enfermidade em nível continental. COOPERAÇÃO No âmbito do CCA, reuniram-se os grupos de trabalho de alto nível sobre biotecnologia e temas sanitários e fitossanitários multilaterais. O estreitamento da coordenação entre Brasil e EUA nesses assuntos é crucial para o acesso e manutenção dos mercados, dada a similaridade de seus sistemas produtivos e das barreiras enfrentadas por ambos os países. Os dois países acordaram atuar de maneira coordenada em fóruns internacionais relevantes para o comércio agrícola, principalmente para a defesa de bases científicas para o estabelecimento de exigências aplicáveis à importação de produtos agropecuários. Brasil e EUA concordaram em desenvolver mecanismos institucionais de cooperação nas áreas de bem-estar animal e produção integrada, além do levantamento de dados sobre produção e mercados agrícolas, iniciativa que

No âmbito do CCA, reuniram-se os grupos de trabalho de alto nível sobre biotecnologia e temas sanitários e fitossanitários multilaterais.

já está em andamento entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o USDA. O CCA é o principal fórum oficial de negociação de temas agrícolas entre o Brasil e os EUA. Com reuniões anuais, as autoridades demonstraram ampla satisfação com os resultados alcançados. Ressaltaram ainda a importância da manutenção de um diálogo frequente entre dois dos maiores produtores e exportadores de alimentos, reiterando o interesse em manter o diálogo por meio do CCA.


Mundo

Paquistão

efetiva abertura de mercado Modelo de certificado para os embarques é publicado

A

s indústrias brasileiras já podem efetivar os embarques para o Paquistão. Foi publicado, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o modelo de Certificado Sanitário Internacional (CSI) específico para os requisitos do país asiático. O certificado é obrigatório na realização de qualquer processo de embarque de cárneos. De acordo com Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), houve um longo processo até a consolidação do procedimento de exportação. “Foram mais de três anos de negociações até a abertura de mercado, desde a autorização do governo paquistanês até a conclusão do processo pelo Governo Brasileiro e a publicação de um modelo de CSI”, explica Ricardo Santin, vice-presidente de aves da ABPA.

Embora ainda sem uma projeção de quanto o mercado deverá reverter para os exportadores brasileiros, Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA, destaca o potencial do Paquistão, um dos maiores mercados para produto halal (permitido ao Islã) do planeta, com 170 milhões de habitantes – em sua maioria, muçulmanos. “O Paquistão produz, aproximadamente, 700 mil toneladas anuais de carne de aves. O consumo per capita, entretanto, é relativamente baixo. Há um excelente potencial para crescimento desse consumo e o Brasil, como o maior produtor e exportador halal do mundo, poderá se consolidar como um importante parceiro no auxílio à segurança alimentar paquistanesa”, finaliza.


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Malásia

abre mercado para a carne de frango do Brasil

O

governo da Malásia efetivou a abertura de seu mercado para importações de carne de frango halal fabricado no Brasil. O comunicado do Departamento de Serviços Veterinários da Malásia – repassado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) – indica a habilitação de uma unidade frigorífica da empresa JBS, localizada em Amparo (SP). Outras 10 plantas aguardam a mesma aprovação para embarcar produtos para o país com quase 30 milhões de habitantes – em sua maioria, islâmicos.

“A abertura da Malásia era uma de nossas mais importantes metas para 2015, e que foi cumprida após anos de negociações. Essa é mais uma conquista que valoriza internacionalmente a capacidade brasileira de produção de carnes sob o rito halal para os mais exigentes mercados. Trata-se da primeira de uma série de habilitações, que esperamos que naturalmente vão acontecer”, destaca o presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra.



Brasil

ABPA

celebra 1 ano Associação celebra data com conquistas para a suinocultura e a avicultura

As sinergias alcançadas pela ABPA são especialmente notáveis agora. Em feiras onde o Brasil aparecia apenas com a avicultura ou com a suinocultura, agora vão as duas cadeias produtivas.

E

m 24 de março de 2014, presidentes, diretores e representantes de agroindústrias do Brasil participaram de um grande encontro, que mudou o rumo das cadeias produtivas de aves, ovos e suínos no Brasil. Nesse dia foi fundada a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), entidade nacional que é fruto da união das antigas União Brasileira de Avicultura (UBABEF) e Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS). No dia em que a ABPA comemorou um ano desde a sua criação, o presidente-executivo da associação e ex-ministro da Agricultura, Francisco Turra, celebrou os resultados alcançados nesse período. “A avicultura e a suinocultura, hoje, após a criação da ABPA, são cadeias produtivas ainda mais fortes e organizadas. Temos mais força institucional e atuamos de forma mais sinérgica, efetiva e otimizada, no interesse de dois setores que têm muito em comum”, explica. Conforme ressalta Turra, seja nas negociações internacionais – a exemplo da expansão dos negócios com Rússia, reabertura do mer-


cado da África do Sul para suínos ou abertura das exportações de carne de frango para o Paquistão – ou na defesa das empresas e dos empregos do setor – em situações como a recente greve dos caminhoneiros ou na luta por mais recursos para a defesa sanitária do Brasil, frente aos focos de Influenza Aviária e Diarreia Suína Epidêmica –, a ABPA atuou de forma firme e proativa, cumprindo seu papel como representação institucional. “Com a ABPA, a centralização das negociações tornou mais rápida e efetiva a busca por resultados. A representação institucional da avicultura e da suinocultura tornou-se mais ágil. Nossas relações governamentais e com outras instituições são ainda mais sólidas”, detalhou Turra. O presidente da ABPA exaltou, ainda, os avanços obtidos com a unificação dos trabalhos dos Projetos Setoriais Brazilian Chicken, Brazilian Pork e Brazilian Egg, iniciativas gerenciadas pela associação em parceria com a Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). “As sinergias alcançadas pela ABPA são especialmente notáveis agora. Em feiras onde o

Brasil aparecia apenas com a avicultura ou com a suinocultura, agora vão as duas cadeias produtivas. Geramos mais negócios e trabalhamos, de maneira mais eficiente, a imagem dos produtores de aves, ovos e suínos do país”, explica. Na ABPA, estão representadas duas das maiores cadeias produtoras e exportadoras do país. Ao todo, são mais de US$ 10 bilhões em exportações anuais – para mais de 150 países, com PIB equivalente a R$ 80 bilhões e cerca de 4,1 milhões de empregos diretos e indiretos gerados. A avicultura brasileira é líder mundial em exportações de carne de frango e a suinocultura, quarta maior exportadora. A carne de frango e a carne suína são, respectivamente, a primeira e a terceira entre as proteínas mais consumidas no país – são 43 quilos per capita por ano em frangos e 15 quilos per capita em suínos. “São cadeias decisivas para a segurança alimentar do Brasil e o saldo positivo da balança comercial. Muitos empregos e divisas são gerados pela avicultura e pela suinocultura. São setores estratégicos para a economia que, por meio da ABPA, atuam de forma unificada e profissionalizada”, finalizou Turra.


Brasil

Mapa divulga resultados do

PNCRC

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento considera saldo satisfatório do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (Animal)

A

pós análises realizadas em produtos de origem animal, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou, em 13 de abril, o resultado do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC/Animal/2014). No documento foram analisadas 10.092 amostras, sendo 60 amostras consideradas não conforme, ou seja, 0,59%. Portanto, o índice de 99,41% é considerado bastante satisfatório, segundo técnicos da pasta. O plano demonstra, de forma detalhada, a execução do programa nas cadeias produtivas da carne (bovina, aves, suína, equina, avestruz, caprina e ovina), leite, mel, ovos e pescado. De acordo com o coordenador de Resíduos e Contaminantes do Mapa, Leandro Feijó, com relação as 60 amostras fora da conformidade detectadas há, de forma geral, a utilização inadequada de produtos de uso veterinário por meio

de produtores rurais. “O não conhecimento dos riscos à saúde pública pelos produtores rurais e principalmente a não observância às instruções contidas na bula dos medicamentos, tais como dosagem, via de administração e período de carência são as principais causas das ocorrências de resíduos de avermectinas acima dos limites de tolerância estabelecidos. Já para as não conformidades relacionadas aos resíduos de nicarbazina em aves de corte destacam-se problemas relacionados às granjas e às fábricas de ração”, explica. Segundo o coordenador, nas granjas chama-se a atenção para as deficiências nas boas práticas para manejo de rações medicadas e não medicadas. “Já nas fábricas de ração foram identificadas falhas nos programas de boas práticas de fabricação, com deficiências detectadas de rastreabilidade, limpeza de misturadores e contaminação cruzada”, afirma.


APURAÇÃO Cabe ressaltar que, para cada uma das não conformidades detectadas no PNCRC/2014, foi aberto processo administrativo para levantamento das possíveis causas visando a mitigar novas ocorrências no futuro. Além disso, os resultados do PNCRC devem servir de alerta para revisão dos programas de autocontrole das empresas, a fim de que haja um trabalho consistente de orientação dos produtores rurais fornecedores de animais para abate e matéria-prima para processamento com relação ao correto uso de produtos veterinários no campo. SOBRE O PLANO O PNCRC/Animal é um programa do Mapa de fiscalização das cadeias produtivas de alimentos (carnes, leite, mel, ovos e pescado) baseado em análise de risco, que visa a monitorar a efetividade dos controles implementados pelos sistemas de produção e a respectiva

qualidade e segurança dos produtos de origem animal disponibilizados ao consumo no Brasil e para o mercado internacional. Esse monitoramento oficial é realizado por meio da verificação da presença e dos níveis de resíduos de substâncias químicas potencialmente nocivas à saúde do consumidor, tais como resíduos de produtos de uso veterinário, de agrotóxicos e de contaminantes químicos (aflatoxinas, metais pesados e dioxinas). O PNCRC/Animal existe desde o ano de 1979 e é gerenciado pela Coordenação de Resíduos e Contaminantes (CRC/DAS), que anualmente oficializa o escopo do programa que será conduzido no ano, assim como, publica os resultados do monitoramento do exercício anterior. As amostras foram coletadas em estabelecimentos registrados sob o Serviço de Inspeção Federal (SIF) e analisadas nos Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagros) e laboratórios credenciados pelo Mapa.


Brasil

PR livre da

febre aftosa Paraná pode se tornar área livre de febre aftosa, sem vacinação, utilizando os critérios de normatização da OIE

A

campanha de vacinação contra febre aftosa no Paraná prevista para maio, dentro do calendário oficial, pode ser a última no estado. “A unidade da Federação tem plenas condições de atingir um novo e mais vantajoso status sanitário, através da adoção das medidas corretivas apontadas pelo Ministério da Agricultura Pecuária e abastecimento (Mapa), em conformidade com o padrão sanitário internacional”, disse Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, após reunião ocorrida, em Curitiba, com autoridades estaduais, municipais e o setor privado do estado.


Entre as ações recomendadas pelo Mapa estão o fortalecimento do serviço veterinário local e o incremento no sistema de vigilância com reforço nas barreiras primárias. O Paraná já é reconhecido como livre de febre aftosa, mas mantém a vacinação como prática obrigatória. O gado paranaense ainda é imunizado porque, em caso de vulnerabilidade ou se por ventura ocorrer algum fator de risco de introdução da doença naquele território, o vírus não se disseminará com facilidade. Para que o estado seja considerado livre da doença sem vacinação, o sistema de barreiras sanitárias deve ser reestruturado, sobretudo nos 23 postos de fronteira existentes com São Paulo e Mato Grosso do Sul, além dos portos e aeroportos. De acordo com Guilherme Marques, o governo paranaense, através da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), se comprometeu a empossar 169 fiscais aprovados no último concurso público estadual até o início do mês de maio próximo. Esse novo efetivo vai contribuir com as ações de defesa sanitária. CRITÉRIOS DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE ANIMAL “Faremos uma auditoria técnica para che-

car se o sistema está mais robusto a partir de maio. Em caso afirmativo, teremos elementos para suspender a campanha de vacinação contra febre aftosa de novembro em diante”, pondera Marques. Segundo ele, o Mapa seguirá os critérios exigidos pela comunidade científica internacional e o cronograma da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). De acordo com as normas do Organismo Internacional, o pleito para que uma determinada área seja decretada livre de uma doença sem vacinação precisa ser feito doze meses após a retirada do processo de imunização. Considerando que a data limite para envio de relatório técnico para a OIE é sempre no mês de setembro e este ano ainda não haverá tempo de completar um ano sem vacinação, a expectativa do diretor do Departamento de Saúde Animal, é que o Brasil comunique oficialmente à OIE em setembro de 2016. Se a Organização aprovar o requerimento, em maio de 2017, o Paraná pode ser o mais novo estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação. O diretor do DSA lembrou ainda que o governo do estado deverá manifestar oficialmente o pedido. “Caso isso não ocorra em tempo hábil, a estratégia pode ser inviabilizada”, disse Marques.


Índice de Anunciantes

Bumerangue................................................................13 Cold Air............................................................... 4ª capa Dois Irmãos..................................................................25 Doremus......................................................................11 Handtmann...................................................................9 Haarslev.......................................................................19 Multiflex......................................................................35 Nutri.com....................................................................17 Nyroplast.....................................................................43 Poly-clip.........................................................................7 Refri-Leste............................................................ 3ª capa Rool.............................................................................15 Stelka.............................................................2ª capa e 3 Tecnoalimentos............................................................41




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