A imagem da embalagem para leite Mercosul prorroga TEC para produtos lรกcteos Festas da Piracanjuba e Forno de Minas
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Especial
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Foto: Depositphotos / Capa: Raphael Inácio
Expediente
Diretora Jussara F. S. Rocha (11) 94110.4965 diretoria@grupomaisfood.com.br Editor Cauê Vizzaccaro caue@grupomaisfood.com.br
Tiragem: 9000
Gerente de Contas Clécio Laurentino (11) 95557.4355 clecio@grupomaisfood.com.br Administrativo / Financeiro financeiro@grupomaisfood.com.br Conselho Editorial Carlos Ramos, Christian Oest Möller, Ludmila Couto Gomes, Luiza Carvalhaes de Albuquerque, Marion Ferreira Gomes, Nelson Luiz Tenchini de Macedo e Rodrigo de Souza Assinatura/Subscription Brasil: R$ 130,00 USA, Latin America, Europe and Africa: US$ 150,00 Produção Gráfica (11) 99804.0962 rr.inacio@uol.com.br
Tel.: (11) 2369-0403 2369-4116 2369-4054 2386-1584 3
Sumário
03 | Expediente
38 | Referência: Piracanjuba
04 | Sumário
40 | Política: Kátia Abreu
06 | Editorial
42 | Mercado: Mercosul
08 | Lançamentos
43 | Empresas: Fortress
20 | Mercado: Cepea 22 | Especial Queijos: Mascarpone 28 | Empresas: Daxia Doce Aroma 32 | Capa: Embalagem 4
44 | Referência: Forno de Minas 46 | Caderno Nacional 50 | Índice de anunciantes
Editorial
Um ano para o
fortalecimento P
rimeiramente agradeço a todos que estiveram conosco nestes 5 anos de revista Mais Leite. Com muito esforço, trabalho, dedicação e amor, criamos e alimentamos a revista, que hoje ocupa lugar de destaque no setor e, com toda humildade, o espaço deixado por publicações que entraram em decadência. Os primeiros dias de 2015 não parecem apresentar o melhor dos cenários para a cadeia produtiva do leite. No entanto, como diz um amigo: “eu gosto quando tem crise, porque é nela que eu cresço”. Na afirmação dele, no momento de dificuldades, enquanto os concorrentes “fecham as torneiras”, ele investe para aparecer mais e, assim, crescer. Nesta edição, a reportagem de capa trata da imagem da embalagem e o design universal. Em Mercado, apresentamos que o Mercosul prorrogou por mais seis meses a Tarifa Externa Comum (TEC) para produtos lácteos e, assim, o Brasil continuará cobrando tarifa de importação de 28%. Em Especial Queijos, o tipo escolhido para esta edição foi o Mascarpone. Ele, preferido por Napoleão Bonaparte, é fresco e possui textura cremosa e homogênea. A fabricação é semelhante à de um iogurte. O queijo, originado na região de Milão (Itália), é empregado no famoso doce tiramisu.
Por fim, desejamos parabéns e ainda mais sucesso para a Piracanjuba, que completa 60 anos de história, e para a Forno de Minas, que faz 25 anos. A campanha da Piracanjuba apresenta o slogan “Há 60 anos, gostamos de fazer bem o que te faz bem”. Já a ação da Forno de Minas celebra a data com “Aqui, todos somos de casa”, que tem como finalidade mostrar que a diversidade cultural colaborou para o fortalecimento da marca. E meus votos de boa sorte para Kátia Abreu, a primeira mulher a assumir o Mapa. Boa leitura!
Jussara F. S. Rocha Diretora 6
Fotos: Divulgação
Lançamentos
Novas embalagens
da Tetra Pak Os dois lançamentos são: Tetra Rex®, produzida com 100% de matérias-primas renováveis, e Tetra Brik® Aseptic 500 Edge, indicada para famílias pequenas A Tetra Pak anunciou o lançamento da primeira embalagem cartonada produzida inteiramente com matérias-primas renováveis: a nova Tetra Rex®. A embalagem utiliza polietileno de baixa densidade nas camadas e polietileno de alta densidade nas tampas, ambos proveniente da cana-de-açúcar, além do papel certificado pelo FSC (Forest Stewardship Council). De acordo com Charles Brand, Vice-presidente de Marketing e Gestão de Produtos da Tetra Pak, excelência ambiental é um dos pi-
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lares estratégicos da empresa e uma diretriz para o desenvolvimento de novos produtos. “Atuando com fornecedores, clientes e parceiros estamos liderando a indústria na busca de embalagens 100% renováveis. Além disso, acreditamos que a utilização de matérias-primas renováveis em nossas embalagens não é só positiva para o meio ambiente, mas também representa uma vantagem competitiva para os nossos clientes, quando se trata do perfil ambiental de seus produtos”, afirma Brand.
Lançamentos Desenvolvido em parceria com a Braskem, empresa especializada na produção de biopolímeros, a nova embalagem Tetra Rex está disponível para comercialização no início de 2015. Os clientes da Tetra Pak que já utilizam a embalagem Tetra Rex de um litro, com a tampa TwistCap OSO 34, podem facilmente substituir pela nova versão, sem nenhum investimento adicional ou modificações nas máquinas de envase já existentes. A Tetra Brik® Aseptic 500 Edge é o outro lançamento da Tetra Pak e amplia o portfólio da linha Tetra Brik Aseptic Edge. A novidade foi desenvolvida para atender às necessidades dos consumidores que integram famílias pequenas. A empresa de lácteos austríaca Berglandmilch é a primeira a lançar a nova embalagem que serão usadas para a linha premium de leite longa-vida, Formil. De acordo com Josef Braunshofer, diretor-geral da Berglandmilch, nos últimos anos a empresa tem testemunhado uma mudança significativa na forma como os consumidores compram leite. Mais consumidores estão buscando embalagens menores, em razão da redução do tamanho das famílias.
“A nova Tetra Brik Aseptic 500 Edge é exatamente o que procurávamos. Ficamos muito satisfeitos com o sucesso do produto durante o lançamento piloto. Ouvimos diretamente dos consumidores que eles não apenas adoraram o leite, o seu design de forma geral, mas também apreciaram muito a sua praticidade e a forma como combina com seus estilos de vida”, afirma Braunshofer. De acordo com pesquisa Euromonitor Internacional, em 2020, o número médio de filhos por família deverá ser 1, ante 1,9 em 1980. Globalmente, os lares com pessoas solteiras ou casais sem filhos também devem experimentar maior taxa de crescimento, quase dobrando, para mais de 330 milhões durante o mesmo período. O fenômeno é provocado pela mudança nos estilos de vida, pela diminuição da taxa de natalidade e pelo aumento dos custos envolvidos na criação dos filhos. A Berglandmilch está produzindo Formil utilizando a máquina de envase Tetra Pak® A3/ Flex DIMC com o QuickChange™, que permite, no envase, a troca de embalagens de um litro e de 500 ml em apenas 15 minutos.
Novo Frut Clara Tropical Já está nos mercados a nova bebida láctea da Santa Clara. Em uma mistura de maçã, mamão e banana com o leite Santa Clara, o Frut Clara Tropical é um alimento leve e nutritivo. A nova bebida está disponível em duas versões de embalagens UHT: 1 litro, com tampa rosca, e 200 ml, que é ideal para o lanche das crianças. A embalagem UHT segue a linha das demais bebidas lácteas Frut Clara, com cores alegres e as frutas em evidência, para fácil identificação do novo sabor. O Frut Clara Tropical poderá ser encontrado em mercados de toda a região Sul do país.
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Lançamentos
Regina lança nova versão do seu
Queijo Reino
Empresa apresenta ao mercado produto em novo tamanho (dividido ao meio) e tipo de embalagem (acondicionado em ½ lata) para facilitar o consumo A Regina, empresa especializada em produtos lácteos, tais como queijos, leite longa vida, creme de leite, achocolatado, leite condensado, entre outros, acaba de lançar uma nova versão de seu Queijo Reino. Trata-se do mesmo produto dividido ao meio e acondicionado em ½ lata, embalagem moderna e prática. Segundo a empresa, essa apresentação visa oferecer ao mercado consumidor um queijo com tamanho reduzido e menor valor de compra, beneficiando número maior de consumidores, que possibilita ao apreciador de queijos uma solução original de fábrica, em que o produto é isento de manipulação no ponto de venda. O produto é acondicionado em lata especialmente estampada e dotada de uma cinta plástica transparente com picotes para fácil abertura. Desta maneira, seu consumo torna-
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-se mais prático, e permite guardar na própria lata o queijo parcialmente degustado. Segundo o consultor de marketing, Disney Criscione, o produto é indicado “para consumidores que possuem o habito de presentear seus parentes e amigos com o Queijo Reino Lata. A nossa nova versão vai praticamente dividir por dois suas despesas com esse presente, cujas origens remontam ao tempo do Brasil Colonial com todos os seus significados, ou seja, desejar ao presenteado boa sorte e exprimir-lhe afeto e bem querer”, comenta. De acordo com a empresa, seja como presente ou consumo da família, o Queijo Reino Regina se destaca em datas festivas ou para o dia a dia, oferecendo um sabor lácteo maturado, aromático e ligeiramente picante, e que remete para um passado de felizes comemorações.
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Lançamentos
Codificadora 1200,
modular, para impressão em alta resolução até 8” A Markem-Imaje apresenta ao mercado mundial a nova Codificadora TIJ 1200, modular, econômica, resistente, para operar nos ambientes mais exigentes. Com a tecnologia de jato de tinta térmico, a Codificadora 1200 é indicada para imprimir informações com altura até 8 polegadas (203 mm), em embalagens secundárias (caixas de papelão), com velocidade máxima de 201 m/min e alta definição de 600 x 600 dpi, usando tintas à base de água. A Codificadora TIJ 1200 aceita até 2 cabeças de 101,6 mm ou 4 cabeças de 50,8 mm. “É importante ressaltar o conceito modular dessa Codificadora, pois, não é preciso adquirir inicialmente as 8” de impressão; pode começar com uma cabeça menor e aumentar conforme a necessidade”, explica Antonio Buccino Neto, Diretor de Marketing da Markem-Imaje.
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A Codificadora TIJ 1200 opera com cabeças de impressão em aço inoxidável, desenvolvidas para atender as mais complexas codificações de embalagens, com alturas de 50,8 a 203 mm, enquanto os custos operacionais são reduzidos graças aos reservatórios de tinta disponíveis em 680, 1.360 ou 2.720 ml, a maior capacidade da indústria. Padrão exclusivo de tintas Markem-Imaje. Segundo a empresa, com elevada resolução de impressão, mesmo a altas velocidades, a TIJ 1200 proporciona qualidade de impressão superior, maior legibilidade de textos, logotipos e códigos de barras 100% legíveis, conforme os requisitos GS1. Além disso, oferece instalação rápida e fácil, com troca de cartucho igualmente rápida e manutenção reduzida, quando necessária.
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Lançamentos
Bombuello chocolates
apresenta lançamentos para a Páscoa A Bombuello chocolates, indústria especializada em chocolates com 30% de cacau na composição, apresenta ao mercado sua linha de produtos para a Páscoa. A marca lançou cinco itens em janeiro. Entre os lançamentos estão ovos de Páscoa diferenciados e outras opções, como moldados de chocolate em forma de coelho da Páscoa, miniovos e também um produto desenvolvido especialmente para aguçar o imaginário das crianças. Blanc e Rouge Ovo de chocolate branco artesanal com recheio de flocos crocantes de frutas vermelhas. Além do sabor inconfundível, conta com embalagem sofisticada, o que pode ajudar o consumidor na hora de presentear. Premium O chocolate Premium da Bombuello é o diferencial da marca. Fabricado com chocolate branco artesanal, tem embalagem requintada nas cores prata e dourada.
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Brigadier O já diferenciado chocolate 30% cacau da Bombuello ganha agora sua versão com recheio de brigadeiro e granulados, ideal para os fanáticos por brigadeiro. Chocoelho Para os pequenos, a novidade fica a cargo do coelho da Páscoa, que vem acompanhando de seis miniovos. São 100 gramas de chocolate ao leite 30% cacau que, além de ser delicioso para o paladar das crianças, tem ótimo valor nutricional, por ter mais cacau em sua composição. Trilha do coelho Para crianças que ainda não podem comer tanto chocolate, a marca preparou uma surpresa para estimular a criatividade: a embalagem, que tem 200 gramas de chocolate ao leite artesanal 30% cacau, vem acompanhada de adesivos com pegadas do coelhinho da Páscoa. Uma maneira de deixar a data ainda mais lúdica.
Os ovos da Bombuello estão disponíveis em versão de 400g, e os produtos podem ser encontrados nas unidades Bombuello e nos principais varejistas. A rede de franquias Bombuello Chocolates, recém-chegada ao mercado, já conta com cinco unidades inauguradas no estado de São Paulo e uma no Rio de Janeiro. As lojas que contam com grande variedade de produtos e estrutura para café possuem ambiente acolhedor e o diferencial de ter seus chocolates desenvolvidos por chocolatiers renomados por meio de receitas belgas e produzidos com 35% de cacau, além de não levar gordura hidrogenada, apenas manteiga de cacau em sua formulação.
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Lançamentos
Benecol
chega ao Brasil O lácteo é uma bebida funcional, produzida pela Shefa e lançada em embalagem longa vida da SIG Combibloc
A Shefa lança com exclusividade no Brasil a bebida funcional Benecol, com benefícios comprovados na redução da absorção do colesterol, em embalagens longa vida de 1 litro da SIG Combibloc, no formato combifitMidi. Inédito no mercado nacional, o produto já existe em mais de 30 países dos cinco continentes. “Na América do Sul, o Benecol já é comercializado no Chile, Equador, Colômbia e agora Brasil”, explica Pedro Ribeiro, diretor Comercial da Shefa. E completa: “Por sua importância, o mercado brasileiro merecia um produto com os atributos do Benecol. A nova bebida possui fitoestanóis que auxiliam na absorção da redução do colesterol. Por tais características, o Benecol é considerado uma das dez maiores inovações em nutrição dos últimos tempos”. O produto já foi aprovado pela Anvisa e tem validação da Comissão da União Europeia e FDA (Food and Drug Administration), o órgão governamental dos Estados Unidos responsável pelo controle dos alimentos.
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“Vale lembrar que o sabor do Benecol é muito próximo ao do leite semidesnatado. E os benefícios podem ser observados se ele for consumido puro, com café, com achocolatado e até em receitas ou como cada um preferir”, explica Pedro Ribeiro. Estudos mostram que os fitoestanóis presentes no Benecol podem reduzir os níveis de LDL, o chamado “colesterol ruim”, em até 10%. Isso se consumida a dose diária recomendada, que é de uma a três porções de 200 ml cada, por 2 a 3 semanas, associada a uma dieta saudável. “E a busca por produtos funcionais, que atuem junto ao colesterol, é uma tendência bastante forte no mundo todo, especialmente na Ásia e América do Sul”, completa o diretor. Estima-se que mais de 40% dos adultos no Brasil tenham níveis elevados de colesterol.
O Benecol foi lançado, em janeiro de 2015, pela Shefa e já está disponível em grandes redes de varejo de todo o País. Sua comercialização é resultado de um acordo com a empresa finlandesa Raisio, detentora da marca. No Brasil, o produto é oferecido em embalagens cartonadas assépticas, que segundo a SIG Combibloc, proporcionam grande diferenciação para bebidas premium e destacam-se na gôndola. Além disso, contam com a tampa de rosca combiSwift, de ação única, ou seja, que pode ser aberta com um único giro e depois fechada novamente. “A Shefa é um importante cliente para nós, tanto que já temos três linhas de envase instaladas na planta de Amparo (SP). As embalagens da
SIG Combibloc envasam hoje mais de 50 diferentes produtos da marca”, acrescenta Luciana Galvão, gerente de Marketing da SIG Combibloc para a América do Sul. O Benecol é envasado em uma linha CFA 812 da SIG Combibloc, com capacidade para produzir até 12 mil embalagens por hora. “A alta velocidade e a flexibilidade de nossos equipamentos é um dos grandes diferenciais que permite lançamentos como o Benecol. Em uma máquina, o cliente pode envasar diferentes produtos com ajustes rápidos e sem comprometer a eficiência da linha. Além de embalagens de diferentes volumes, designs e formatos, de acordo com a necessidade”, completa Luciana.
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Mercado
CEPEA: Preço ao produtor é o menor dos últimos quatro anos
O
s preços do leite pago ao produtor tiveram nova queda expressiva em dezembro, de 4,5%, tornando-se os menores valores dos últimos quatro anos para o mês. No comparativo com dezembro de 2013, por exemplo, a queda é de 10%, em termos reais – IPCA de nov/14. A pressão continua vindo do aumento na captação de leite em todos os estados acompanhados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Mesmo com os derivados em queda, a demanda não tem sido suficiente para absorver tal oferta. Em dezembro, o preço médio bruto (inclui frete e impostos) pago ao produtor, na “média Brasil” (MG, RS, SP, PR, GO, BA e SC), foi de R$ 0,9810/litro, forte redução de 4,3% em relação a novembro. O preço líquido médio (sem frete e impostos) caiu 4,6%, passando para R$ 0,8968/ litro. Essas médias, calculadas pelo Cepea, são ponderadas pelo volume captado em novembro nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA. Houve queda no preço líquido do leite em todos os estados da pesquisa do Cepea. As maiores baixas foram registradas em Goiás e Paraná, de 6% em cada, e Minas Gerais e Santa Catarina, de 5,4%. Entre os estados
que compõem a “Média Brasil”, Santa Catarina teve o menor valor em dezembro, de R$ 0,8337/litro, seguido pelo Rio Grande do Sul, com R$ 0,8657/litro (médias líquidas). Pesquisadores do Cepea explicam que os altos patamares de preços alcançados, em 2013, elevaram os investimentos na atividade leiteira, que resultaram em maior produção nesse ano e acúmulo de estoques, principalmente no segundo semestre. Com a oferta elevada, as cotações recuaram no último quadrimestre do ano, após três meses de relativa estabilidade. Além disso, nos últimos meses do ano, mesmo com atraso, as chuvas favoreceram a qualidade das pastagens e, consequentemente, a captação de leite, que alcançou a maior alta mensal de 2014. De outubro para novembro, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/ Cepea) teve aumento de 6,43%. O destaque no período foi para Goiás, São Paulo e Minas Gerais, onde os avanços foram de 11,09%, 11,03% e de 7,87%, respectivamente. Segundo indicações de profissionais de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea, para janeiro/15, a expectativa é de nova queda nos preços do leite. A maioria dos en-
Gráfico 1: ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite - NOVEMBRO/14. (Base 100=Junho/2004) 210
193,85
190 dez-13: 170,50
170
jul-14: 168,12
Patamar de Novembro de 2013
jun-14: 161,97 mai-14: 155,29
150
ago-13: 152,11
130
mai-13: 134,24
110
ago/04 nov/04 fev/05 mai/05 ago/05 nov/05 fev/06 mai/06 ago/06 nov/06 fev/07 mai/07 ago/07 nov/07 fev/08 mai/08 ago/08 nov/08 fev/09 mai/09 ago/09 nov/09 fev/10 mai/10 ago/10 nov/10 fev/11 mai/11 ago/11 nov/11 fev/12 mai/12 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13 ago/13 nov/13 fev/14 mai/14 ago/14 nov/14
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ICAP-L/CEPEA-Esalq/USP - Estadual
PTL-IBGE
Fonte: Cepea-Esalq/USP
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ICAP-L/CEPEA-Esalq/USP - Estadual
PTL-IBGE
trevistados (75%), que representam Gráfico 2: Série de preços médios pagos ao produtor deflacionada pelo IPCA 87,75% do leite amostrado, indica MÉDIA BRASIL PONDERADA (BA, MG, GO, PR, SC, SP, RS) que haverá baixa nos valores. Outros VALORES REAIS - R$/LITRO (Deflacionados Base “Novembro/14”) 23,53% dos agentes, que representam 12,07% do volume amostrado 2014 de leite, acreditam em estabilidade. E apenas 1,47%, que representa 0,17% do volume da amostra, acredita em alta. No mercado de derivados, também houve queda nas cotações, em decorrência principalmente dos estoques elevados. Os preços médios do leite UHT e do queijo mussarela negoFonte: Cepea-Esalq/USP ciados no atacado do estado de São mente com laticínios e atacadistas e tem o apoio Paulo em dezembro (até o dia 26) foram de R$ financeiro da Organização das Cooperativas Bra1,88/litro e R$ 11,24/kg, respectivamente, 5,2% sileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Coe 2,2% inferiores às médias de novembro. A pesoperativas de Laticínios (CBCL). quisa de derivados do Cepea é realizada diaria1,20 1,15 1,10
2013
1,05
2011
R$/Litro
1,00 0,95
Média 2003 a 2013
2012
2010
0,90 0,85 0,80
2009
0,75 0,70
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquidos) em DEZEMBRO referentes ao leite entregue em NOVEMBRO
Fonte: Cepea-Esalq/USP
Tabela 2. Preços em estados que não participam da “média nacional” – RJ, MS, ES e CE
Fonte: Cepea-Esalq/USP
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Especial Queijos
Especial
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Mascarpone
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Especial Queijos
O preferido
do Napoleão O
queijo Mascarpone é do tipo fresco e produzido com o aquecimento do creme do leite de vaca. Isso ocorre para que a acidez natural o separe ou coalhe gradualmente, antes de drenar o soro. Data do século XII, fica pronto depois de um dia e foi um dos tipos de queijos preferidos por Napoleão Bonaparte. A textura cremosa e homogênea faz com que o queijo tipo Mascarpone, tecnicamente, não seja considerado um queijo por alguns especialistas. Ele é fabricado de maneira semelhante a um iogurte e possui elevado teor de gordura. O queijo, que é originário da região de Milão (Itália) e outras cidades importantes no norte do país, é usado para preparar molhos e sobremesas, como o famoso doce tiramisu. Rendimento O rendimento oriundo da fabricação do queijo tipo Mascarpone varia principalmente em função do teor de gordura do creme a ser utilizado. Em média, o rendimento situa-se na faixa de 40 a 50%, ou seja, gastam-se entre 2 e 2,5 quilos de creme para 1 quilo de produto final. Ingredientes Creme de leite sem lactose, gordura de 35%, solução a 5% de ácido cítrico e sal a gosto.
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Como fazer O creme para o preparo deverá estar padronizado para a faixa mencionada (35% de gordura), sendo vertido em uma vasilha de preparo, onde se inicia o aquecimento até atingir a temperatura de 90°C (aquecimento ideal em banho-maria). Nesse momento faz-se a adição da solução de ácido cítrico na dosagem de 15 ml para cada litro de creme de leite, agitando suavemente por cerca de 10 segundos, até que se observe a coagulação (representada pelo aumento da consistência e formação de “grumos” finíssimos). Essa massa deverá ser cuidadosamente removida e depositada em um estrado de tela fina, um coador ou um saco de morim para
concentração da massa e expulsão do soro (denominamos esta etapa de dessoragem e deverá ser realizada com a temperatura entre 10 a 12°C por um período de 18 a 24 horas). Durante a dessoaragem é necessário revolver a coalhada ou massa formada lentamente com auxílio de uma espátula favorecendo a drenagem do soro. Salga Após o período de dessoragem, a massa deve ser revolvida de forma homogênea, a fim de efetuar-se a salga na proporção 5 gramas de sal para cada quilo de Mascarpone. O produto deve ser embalado em potes plásticos e armazenado em temperatura de 1 a 5°C.
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Especial Queijos Notas Preparo da solução de ácido cítrico: pesar 5 gramas de ácido cítrico. Utilizar um vasilhame com medida exata de 100 ml com água fria e adicionar 50 ml de água filtrada. Adicionar o ácido cítrico, completar o volume para os 100 ml e misturar até dissolução completa. A cada 15 ml desta solução deve ser adicionadas em 1 litro de creme de leite. O ácido cítrico deverá ser adicionado lentamente, com constante agitação, observando a coagulação. Quando a quantidade de ácido é menor, forma-se uma massa muito fina com certa dificuldade de expulsão do soro, ocorrendo também menor rendimento. A dessoragem deve ser lenta, a fim de se obter uma massa em um padrão ótimo de consistência e finura. O queijo deve ser embalado em potes plásticos em pequenas quantidades (100 a 200 gramas). NOTAS DE DEGUSTAÇÃO: Com cor de leite, suavidade aveludada e duplo creme gordo, o Mascarpone tem pronunciado sabor doce e de limão, e um aroma intenso, persistente e manteigoso. COMO SABOREAR: Essencial para fazer tiramisu e charlote, é fantástico para ser servido com rodelas de maçã com açúcar e limão. Acompanhado de um bom vinho clássico de sobremesa faz uma combinação maravilhosa.
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Especial
Doce Aroma agora é Daxia
Empresa tradicional, especializada em aditivos e ingredientes modifica sua marca e se torna Daxia Doce Aroma
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o mercado há mais de duas décadas, a Daxia Doce Aroma sempre se destacou por realizar um trabalho sério e por estar na vanguarda do setor, antecipando-se às necessidades de mercado, trabalhando dentro de um planejamento estratégico que prevê um crescimento sustentável e ético que gera valor à sociedade. Em consequência desse posicionamento, a empresa cresceu, diversificou segmentos de atuação, promoveu significativas alterações em seu portfólio e todas essas mudanças sinalizaram para a necessidade de uma mudança tam-
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bém do nome. Helô Blanco, diretora da empresa afirma: “Com a diversificação de segmentos, identificamos a limitação que o nome Doce Aroma nos trazia. Já éramos consideravelmente conhecidos no segmento alimentício, porém ao abordar potenciais clientes em outros segmentos, o ‘Doce Aroma’ apresentava-se como limitador. Era necessário tomar uma ação para corrigir essa distorção”. “Não é a primeira vez que fazemos alteração em nossa marca”, continua Helô: “Por volta de 1998, acrescentamos a tag line Aditivos e In-
gredientes ao nosso nome. Até então, éramos somente Doce Aroma, justamente por termos uma atuação mais forte no mercado de aromas. Com a ampliação da linha de aditivos e ingredientes remodelamos também a marca”. No início de 2014 foi contratada uma agência especializada para fazer um estudo do posicionamento da empresa no mercado. Assim foi realizada uma ampla pesquisa de mercado, e o resultado dessa pesquisa é motivo de muito orgulho e satisfação para nós, ressalta Helô: “Essa pesquisa realizada junto a clientes, fornecedores e parceiros
diversos nos mostrou a imagem positiva de que a empresa desfruta”. “Isso muito nos orgulha, pois entendemos que é o reconhecimento de um trabalho sério realizado no decorrer de anos”, diz Helô. Naturalmente que essa pesquisa também confirmou aquilo que já era de certa forma sabido pelos diretores da empresa: Havia a necessidade de uma readequação da marca. Helô explica que, por conceito, esse novo nome deveria estar vinculado ao resultado da pesquisa, considerando que o resultado foi muito positivo. “Dentre as características iden-
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Especial
tificadas pelo mercado através da pesquisa”, continua Helô, “ser uma empresa que tem valores claros e vivenciados foi algo que entendemos de fundamental importância para nosso direcionamento”, portanto, o próximo nome deveria estar vinculado a valor, no sentido intrínseco da palavra. Após cuidadoso trabalho foi definido o nome Daxia, que em grego, significa algo “de valor”. Tal semelhança agradou e, com o nome quase definido, foi constatada outra peculiaridade: Daxia também pode ser considerado como o anagrama de Doce Aroma Ingredientes e Aditivos. “Com essa feliz coincidência não havia mais o que procurar, o nome já estava pronto” afirma Helô. O tempo entre o início da pesquisa e a conclusão da alteração de marca levou quase todo o ano de 2014.
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No início de 2015, a empresa fez a mudança e atualmente está trabalhando para divulgar a ação ao mercado. Segundo Helô, a aceitação da Daxia Doce Aroma está sendo muito favorável. Ela também esclarece que durante o ano de 2015 trabalharão com as duas marcas: Daxia e Doce Aroma, sendo que a partir de 2016 a marca Doce Aroma continuará como uma linha de produtos, passando a ser Daxia a única marca da empresa. Esclarece também Helô que exceto o nome, nenhuma outra configuração foi alterada na empresa, “permanece a mesma direção, os mesmos sócios e naturalmente a mesma seriedade, transparência e confiabilidade de sempre”. Pensando no ano de 2015, Helô completa: “Evoluímos na essência e transformamos nosso nome; entendemos que as dificuldades atuais
de mercado servem de estímulo para fazermos um trabalho melhor. Dentro das dificuldades nós buscamos as oportunidades. Para 2015, apesar desse cenário apocalíptico que a mídia nos apresenta, a nossa intenção é intensificar esforços e colher melhores resultados. É nossa expectativa com a mudança da marca aumentar a nossa abrangência e atingir novos mercados com maior eficiência, mantendo sempre nossos valores. Valores esses que fizeram a empresa crescer e se sustentar como uma das grandes fornecedoras de aditivos e ingredientes do país”.
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Especial
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Embalagens de leite
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Especial Capa Por Mariana Menezes Campos da Paz e Matheus Valle Rego Tasso Fragoso
A imagem da embalagem e o
design universal
A
embalagem é antes de tudo, um artefato que, além das funções básicas de cobrir, empacotar, envasar, proteger e garantir a integridade e conservação dos produtos, tanto no transporte quanto na armazenagem e exposição nos pontos de venda, representa o principal elo entre o consumidor, o produto e a marca. Embora seja um componente essencial de custo que integra o valor físico tangível do produto, a embalagem cumpre também uma
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função de comunicação, como um componente fundamental da imagem e do valor percebido do produto que muitas vezes é bem maior que seu valor real. A articulação das exigências às funções que a embalagem assume para garantir a relação afetiva com seu conteúdo se expressa numa estratégia do design e torna-se uma poderosa ferramenta de marketing. A produção de embalagem envolve estruturas logísticas de variada complexidade de-
pendendo dos fins a que se destina. O projeto de design de embalagem deve pressupor a integração de diversos conhecimentos que vão de fatores humanos, tecnológicos, mercadológicos e econômicos a implicações culturais e ambientais que precisam ser consideradas na atual sociedade globalizada. Porém, a embalagem vai além das produções técnicas, de conter, proteger, conservar e transportar, apontando a importância mercadológica da embalagem, e suas funções de chamar a atenção, despertar desejo de compra, informar sobre o produto, ajudar a construir a imagem da marca, influir na percepção de valores do produto, entre outras funções. As embalagens de leite que normalmente se encontram nos supermercados são as longa vida cartonadas multicamadas. Nelas se justificam que além de propiciarem a estocagem doméstica por longos períodos, permitem o consumo imediato sem prévio preparo ou necessidade de ferver, no caso do leite. A
difusão desse tipo de embalagem para leite redefiniu o modelo de distribuição do produto no Brasil justamente por dispensar a refrigeração do leite nas etapas anteriores do envase até a abertura da embalagem, tornando-a mais prática e segura também para o consumidor. Esses fornecedores de embalagens oferecem também diversas soluções de tampas com fácil abertura que aumentam a facilidade do uso de seus produtos. EMBALAGEM E DESIGN UNIVERSAL Se o cálcio é o aditivo mais desejado em um leite, seguido de fibras alimentares e ferro, isto deve ficar muito bem esclarecido para toda a sociedade. A embalagem pode trazer um dos fatores de decisão não só de compra, mas também de estímulo à ingestão do leite por suas propriedades que favorecem a nutrição, especialmente para crianças e pessoas idosas. Então no projeto de embalagem o design universal deve ser considerado.
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Especial Capa O design universal consiste em gerar ambientes, produtos, serviços, programas e tecnologias acessíveis de forma a atender o maior número de pessoas, na maior extensão possível, por qualquer pessoa, não importando sua idade, tamanho, habilidade, deficiência, sem a necessidade de adaptação ou design especializado. Aplicar as características e princípios do design universal em projeto de embalagem permite conferir a esta o entendimento de seu conteúdo e as formas adequadas por todos os tipos de consumidores. O design universal promove a expansão fronteiras de produtos “mainstream” pela oferta de serviços e ambientes que incluam o maior número de pessoas possível, formando o usuário consciente. Constitui-se no design personalizável, minimizando as dificuldades da adaptação de usuários em particular. Propõe sete princípios de aplicação em projetos de qualquer produto: Uso equitativo: é útil e comercializável para pessoas com habilidades distintas. Proporciona a mesma forma de utilização a todos os usuários e identifica sempre que possível uma equivalente. Evita marginalizar ou estigmatizar qualquer usuário. Providencia a privacidade, proteção e segurança, igualmente. É atraente a todos os usuários. Flexibilidade de uso: atende amplamente a diversidade de preferências e habilidades. Possibilita a escolha de formas de utilização. Atende ao acesso e o uso, tanto ao destro, como ao canhoto. Uso simples e intuitivo: dispensa complexidades desnecessárias. É lógico para as expectativas e intuições do usuário. Abrange uma ampla faixa de níveis de instrução e capacidades linguísticas. Dispõe a informação de acordo com a importância. Informação perceptível: informa somente o essencial. Maximiza a legibilidade. Facilita orientação e instrução. Possibilita o fácil acesso aos usuários portadores de limitações sensoriais. Tolerância ao erro: provê avisos de riscos e de erros. Providencia recursos de segurança e de falhas. Desencoraja ações inconsistentes.
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Baixo esforço físico: mantém a composição corporal neutra. Minimiza o esforço físico contínuo. Minimiza operações repetidas. Permite o emprego de força razoável. Tamanho e espaço para aproximação de uso: permite a livre visualização dos elementos mais importantes, deixando a linha de visão, livre e desimpedida. Ser alcançável e de forma confortável. Se toda e qualquer embalagem, conforme o Art. 31 do Código de Defesa do Consumidor, deve garantir que todo e qualquer usuário tenha acesso a todas as informações necessárias e de forma eficiente sobre o produto que usa ou consome, inclusive sobre os riscos que apresentam à sua saúde e segurança, podemos considerar extremamente importante a aplicação dos sete princípios do Design Universal: uso igualitário; adaptabilidade; entendimento e compreensão; fácil percepção; segurança; baixo esforço físico; abrangência. No entanto, o que se vê, no caso do leite, as embalagens nem sempre possuem uma comunicação clara e objetiva quanto às necessidades de cada consumidor. Especificamente, com relação à aquisição e ao consumo por pessoas idosas, as embalagens fazem associação do leite com a saúde meramente metafórica, apesar de possuírem informações importantes e obrigatórias como: uma marca que a diferencia; a indicação da indústria ou cooperativa produtora; o endereço completo do estabelecimento que produziu/beneficiou o leite; o número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ); o Registro no Ministério da Agricultura; o Selo de inspeção do Ministério da Agricultura. As informações que descrevem a composição do leite, os ingredientes adicionados, os valores nutricionais, o teor de gordura que diferenciam os vários tipos de leite são termos técnicos que impossibilitam a compreensão e não há nenhuma explicação do que significam e para que sirvam. Em alguns casos, o tamanho reduzido da tipografia utilizada dificulta a leitura. Por outro lado, as cores e os formatos das embalagens são fatores de comunicação muito forte. As caixinhas de leite longa vida UHT
são compostas por diversas camadas de três materiais: cartão, alumínio e polietileno. Têm em sua maioria dimensões que oferecem uma grande área de impressão. No caso das cores foram encontrados o branco, o azul em vários tons. Às vezes com um toque de vermelho, amarelo ou verde, associadas a textos como adição de vitaminas, cálcio, ferro ou redução da lactose e gordura, que podem proporcionar melhor apelo visual. Nesse caso foi verificado que o design de embalagem busca atender a um mesmo tipo de necessidade/desejo por mais vitalidade e saúde, mesmo que de forma enganosa, pouco se preocupando com o usuário/consumidor, que tem direito a informações corretas, claras, precisas e ostensivas sobre as características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.
Finalmente, é extremamente importante frisar que, com base nas colocações do design universal, uma vez que um produto ou solução visa facilitar o uso ou o consumo por quem possui necessidades especiais, como idosos, deficientes, gestantes, entre outros, esta solução imediatamente inclui, também, aqueles que não possuem necessidades especiais. Conclui-se, então, que o projeto é relevante e benéfico para todo e qualquer consumidor. A partir das análises foi possível perceber que as embalagens nem sempre possuem uma comunicação clara e objetiva, sempre necessitando de grande massa de texto para informar o consumidor, mas que, infelizmente, no caso dos idosos, a informação escrita, acaba se perdendo pela dificuldade que apresentam na visão ao atingirem idade mais avançada. Assim, encontramos a oportunidade para garantir que todo e qualquer usuário tenha acesso a todas as informações necessárias e de forma eficiente sobre o produto que usa ou consome.
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Especial Referência de Mercado
Piracanjuba brinda os seus
60 anos
Campanha possui o slogan “Há 60 anos, gostamos de fazer bem o que te faz bem”, que reforçará também o portfólio da marca
A
Piracanjuba comemora 60 anos em 2015 e para tal preparou uma série de ações para celebrar a data. Com o slogan “Há 60 anos, gostamos de fazer bem o que te faz bem”, a empresa organiza uma campanha nacional de marketing – o maior investimento já feito pela marca –, que contemplará comerciais em TV aberta e paga, anúncios em revistas direcionadas para consumidores finais, profissionais de saúde e trade, além de ações nas mídias sociais. As criações são assinadas pela agência Nova/SB e serão veiculadas, durante todo o ano de 2015, em várias praças – incluindo ações de merchandising e veiculação nacional –, com o objetivo de reforçar o portfólio da marca, com produtos que são sinônimos de sabor e qualidade. O pontapé inicial é o comercial da linha Pirakids, direcionado ao público infantil, que já está no ar na TV paga, patrocinando a programação do desenho Peppa Pig.
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“A história da Piracanjuba é construída com toda dedicação, cuidado e carinho, a partir de produtos e serviços que proporcionam qualidade de vida e bem-estar aos nossos consumidores, colaboradores e parceiros. Tudo o que fazemos é fundamentado em valores sólidos, como ética, valorização das pessoas e responsabilidade socioambiental. Por isso, hoje estamos entre as 20 marcas mais presentes nos lares de todo o país e muito nos orgulha completar 60 anos em um momento de pleno crescimento. Teremos um 2015 recheado com a história da Piracanjuba, afinal, não basta fazer bem. É preciso gostar de fazer bem”, afirma a gerente de marketing da empresa, Lisiane Guimarães. A programação dos 60 anos da Piracanjuba contemplará eventos corporativos; convenção de vendas para representantes comerciais; participação em grandes feiras voltadas para supermercadistas e atacadistas; encontros de produtores de leite nas cidades onde a empresa possui
unidades fabris em Bela Vista de Goiás (GO), Maravilha (SC) e Governador Valadares (MG); presença em congresso de nutrição e corridas em vários estados do Brasil, de modo a reforçar o institucional da marca; além de ações de trade nas principais praças de atuação da empresa. A comunicação das embalagens de leite longa vida Piracanjuba (Integral, Semidesnatado, Desnatado e Zero Lactose) passam a apresentar na embalagem parte da história da empresa, com dados e fotos, para que os consumidores participem ainda mais dessa comemoração. Também foi criado um selo representativo de 60 anos, que estará inserido em todas as correspondências da indústria. Um livro sobre o aniversário da empresa está em fase de produção, de modo a retratar os principais desafios e conquistas ao longo dessa trajetória. Por fim, o público também poderá esperar por lançamentos exclusivos, que prometem revolucionar o mercado. “Estamos preparando muitas novidades e temos certeza que gostarão do resultado. Nossas energias estão direcionadas para termos um grande ano”, finaliza Lisiane. COMERCIAL PIRAKIDS No ar na Discovery Kids até o final do mês de fevereiro, o filme da linha Pirakids retrata, de forma emocional, como é bom cuidar bem de quem a gente gosta. Uma leitura livre do tema da marca Piracanjuba, a partir da relação de dois irmãos: “Há 60 anos, gostamos de fazer bem, o que te faz bem”. No comercial, o ir-
mão mais velho tem prazer em ensinar e ajudar o mais novo a amarrar o cadarço do tênis. Para visualizar, acesse: http://we.tl/CemRn1QXnZ SOBRE A PIRACANJUBA A Piracanjuba, que neste ano completa 60 anos no mercado, é, segundo a empresa, nacionalmente reconhecida pelas inúmeras inovações no segmento lácteo, proporcionando qualidade e praticidade aos seus consumidores. Hoje, já está entre as 20 marcas mais presentes nos lares de todo o país. Foi, por exemplo, pioneira no mercado ao lançar produtos nutritivos, como bebida láctea com cereais, leite para pessoas com intolerância à lactose e queijos em porções individuais. Soma-se a isso um portfólio com mais de 100 produtos, distribuídos nas marcas Piracanjuba e Pirakids, vendidos em diversas regiões do Brasil. Com faturamento de mais de R$ 2 bi e capacidade de processamento de 4,3 milhões de litros de leite por dia, a empresa gera mais de dois mil empregos diretos. Com a nova fábrica em Governador Valadares (MG), passa a contar com três unidades fabris, sendo as outras duas em Bela Vista de Goiás (GO) e Maravilha (SC). DE acordo com a empresa, a Piracanjuba já é uma das cinco maiores indústrias de laticínios do Brasil e vem recebendo importantes reconhecimentos nacionais relacionados à marca, aos produtos e à sua gestão, fundamentada em valores sólidos, como ética, valorização das pessoas e responsabilidade socioambiental.
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Especial Política
Kátia Abreu A
cerimônia de transmissão do cargo do ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, para a sucessora, Kátia Abreu, ocorreu no dia 5 de janeiro. A solenidade foi na sede do Mapa, em Brasília (DF). A senadora do PMDB pelo estado do Tocantins e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil foi empossada pela presidenta da República Dilma Roussef, no dia 1º de janeiro. KÁTIA ABREU É A PRIMEIRA MULHER A ASSUMIR O MAPA Na cerimônia de transmissão de cargo, a senadora Kátia Abreu recebeu, pelo ex-ministro, Neri Geller, o cargo de ministra da pasta. “Ao assumir esse cargo, passo a fazer parte de uma história valorosa, que começou ainda durante o Império, sob comando de Dom Pedro II, em 1860, quando foi criada a Secretaria de Estado de Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas”, comentou a ministra. Kátia Abreu é a centésima vigésima pessoa a ocupar o posto como titular e a primeira ministra da Agricultura do sexo feminino. Durante discurso, a ministra destacou três desafios que terá na sua gestão. “Assumo neste momento o compromisso com a organização, estruturação e implantação da Escola Brasileira do
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Wenderson Araujo
assume o Mapa
profissional da Agricultura e Pecuária. Uma escola que capacite, forme e fortaleça os profissionais do sistema público da agricultura dos municípios, estados e do Ministério da Agricultura”, disse. De acordo com a ministra, o segundo desafio foi determinado pela presidente da República, Dilma Rousseff, e visa ampliar a classe média rural brasileira. “Vamos estabelecer como meta dobrar a classe média rural nos próximos quatro anos. Hoje o Brasil tem mais de cinco milhões de produtores, sendo que 70% nas classes D e E, 6% nas classes A e B, e apenas 15%, algo em torno de 800 mil produtores, na classe C”, comentou.
“O terceiro e importante desafio é consolidar um planejamento nacional de defesa agropecuária, construído por meio de parceria do poder público, iniciativa privada e nossa valorosa academia”, afirmou. Segundo a ministra, os fóruns de secretários de agricultura e de órgãos serão parceiros e orientadores. “Queremos solidez técnica para garantir confiabilidade para os nossos consumidores no Brasil e no mundo. A meta é garantir padronização, transparência e segurança”, esclareceu. Em discurso de despedida, Neri Geller elogiou a indicação da senadora Kátia Abreu ao cargo e avaliou como positiva sua atuação frente à pasta. “Trouxemos o setor para dentro do Ministério e lutamos pelos principais interesses do segmento do agronegócio, como crédito farto para a produção, defesa da qualidade e segurança dos nossos alimentos e a retomada e abertura de novos mercados internacionais”, disse Geller. O ex-ministro agradeceu a oportunidade de ocupar o cargo e creditou os bons resultados da sua gestão ao excelente grupo de técnicos do Mapa que o acompanhou em sua missão.
Além disso, a FAO foi inserida no calendário do planejamento da defesa agropecuária brasileira, trazendo novos olhares e perspectivas para agregar às experiências do ministério. A Ministra também tomou conhecimento dos órgãos específicos da FAO voltados à defesa sanitária, pesca, floresta, solo e água. Inclusive, também fruto do encontro, será realizado um evento para prestigiar produtores brasileiros de água. “Nada mais adequado para começar meu trabalho no ministério do que receber o presidente da FAO e fazer um evento para valorizar e reconhecer os produtores de água”, finalizou a ministra. Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Mapa
PRIMEIRA AUDIÊNCIA PARA DIRETOR DA FAO No primeiro dia à frente do Mapa, a ministra iniciou sua agenda de trabalho no Mapa com audiência concedida ao diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), José Graziano. Na pauta, uma proposta para aumentar a eficiência de políticas agrícolas que ampliem a recuperação de áreas degradadas, em prol do meio ambiente. A ministra também demonstrou total apoio a parceria da FAO com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) para ajudar produtores agrícolas africanos.
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Especial Mercado
Mercosul
prorroga por mais seis meses TEC para
produtos lácteos Com a decisão, o Brasil continuará cobrando tarifa de importação de 28% em lácteos
O
Conselho dos Ministros do Mercado Comum do Sul (Mercosul) prorrogou por mais seis meses o prazo para a cobrança de 28% na Tarifa Externa Comum (TEC) para 11 produtos lácteos. Sob a presidência da Argentina, a decisão aconteceu durante a última reunião do bloco, em dezembro de 2014. Neste ano, o Brasil presidirá o Mercosul e retomará as propostas que não foram objeto de consenso. “O que nós queríamos mesmo era a alteração definitiva das tarifas para todo o bloco, e então o Brasil não teria necessidade de pedir autorização para prorrogação do prazo de cobrança das tarifas. Como isso não foi possível, nós tínhamos pedido a prorrogação por mais dois anos de cobrança com essa taxa de 28%, mas que também não foi atendido”, disse Benedito Rosa, diretor de Assuntos Comerciais da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa). “Infelizmente não foi possível consenso entre os países-membros a aprovação desses
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novos regulamentos. Continuaremos pedindo, nas próximas reuniões, que estará sob a presidência do Brasil, a alteração definitiva das tarifas”, afirmou. Segundo o diretor, as tarifas cobradas pelo Mercosul para os produtos lácteos (entre 14% e 16%) são tarifas relativamente baixas. “Elas não correspondem ao mínimo de proteção que os países produtores precisam ter. Isso porque esses são mercados controlados, fortemente subvencionados, e acabam prejudicando os produtores brasileiros na medida em que teriam que concorrer com produtos que vem com subsídios para serem vendidos no Brasil”, explicou. Outros acordos Durante a reunião, foi assinado um AcordoQuadro com a Tunísia e Líbano. “Esse não é um acordo de livre comércio ainda. É um acordo que reflete o interesse dos países em aprofundar o comércio e estudar as formas de fazer um Acordo de Livre Comércio”, explicou Benedito.
Empresas
Nova sede da
Fortress 2
015 será marcado como um momento muito importante para a Fortress Technology, pois, neste ano foi anunciada a nova sede no Brasil. A mudança para a sede de 3.000m², com estacionamento próprio, ampla área fabril, administrativa, área de showroom para apresentação dos equipamentos, entre outras comodidades, aconteceu em dezembro de 2014. A empresa canadense, que possui filiais no Reino Unido e Brasil, está otimista com os resultados alcançados pela filial brasileira:
“Estamos muito felizes de ver o crescimento e reconhecimento de nossa marca no Brasil. Sabemos que esse nova sede é resultado de um trabalho em equipe com foco em satisfação das necessidades de nossos clientes”, afirma Thais Christinne Cini, Analista de Marketing da Fortress Brasil. A companhia fabricante de detectores de metais para indústrias continua localizada no município de Caieiras (SP) e seu novo endereço fica na tradicional Rodovia Tancredo de Almeida Neves, 3007 – Km 30,5.
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Especial Referência de Mercado
Forno de Minas
completa 25 anos
Para celebrar a data, empresa estreia campanha com o slogan “Aqui, todos somos de casa”; objetivo é mostrar que a diversidade cultural colaborou para o fortalecimento da marca
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Forno de Minas comemorará 25 anos em grande estilo. A empresa prepara uma série de ações para celebrar a data durante todo o ano de 2015. Uma campanha institucional, com slogan “Aqui, todo mundo é de casa”, será o pano de fundo para reforçar que a empresa conseguiu unir pessoas de várias partes do Brasil, com diferentes culturas e experiências, num mesmo objetivo: globalizar o pão de queijo e diversificar o mix de alimentos práticos. “Completar 25 anos reforça conquistas que só o tempo pôde trazer: tradição, qualidade, respeito, reconhecimento, aprendizado e inovação. A diversidade nos permitiu ir além do pão de queijo e descobrir novos sabores, novos produtos, como folhados, empanadas, waffles, quiches, entre outros. Tudo produzido com carinho e cuidado por uma equipe unida e motivada”, afirma a diretora de RH e Comunicação da empresa, Hélida Mendonça. A programação dos 25 anos da Forno de Minas contemplará eventos corporativos, participação em feiras, campanhas específicas para alguns produtos do mix, como waffle, além de ações de trade nas principais praças de atuação da empresa. O público também poderá esperar por lançamentos exclusivos, que vão conquistar o mercado.
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“Estamos preparando um grande ano, que vai contemplar desafios, realizações e oportunidades. Queremos seguir firmes na nossa missão de oferecer, aos nossos consumidores, alimentos práticos e saborosos, que são cuidadosamente preparados, sendo sinônimos de sabor e qualidade”, completa a diretora. Já no mês de março de 2015 será realizada a primeira convenção de vendas da marca, que reunirá diretores, gerentes, vendedores e parceiros. Na reunião serão apresentados resultados, definidas novas estratégias e apresentadas novidades para o ano. O evento acontecerá em Belo Horizonte (MG) e vai reunir mais de 150 pessoas.
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Especial Nacional Caderno
Por Renata Silva
Tecnologias para leite
encantam produtores familiares em RO
O
fortalecimento da produção familiar é um desafio assumido mundialmente por diversas instituições para que se possa oferecer aos trabalhadores do campo oportunidades de aumentar a produção e torná-la sustentável. Mas para que isso de fato possa acontecer, é preciso, principalmente, que sejam adotadas tecnologias no campo, produzindo mais, com menor custo, em menor área e de maneira a preservar o ecossistema. Em uma região de Rondônia, o desafio foi aceito: “Quando vieram me procurar pela primeira vez eu não acreditei e não aceitei adotar tecnologias na minha propriedade. Mas depois eu pensei melhor e vi que podia dar certo. Aí abracei a causa e conseguimos muita coisa já nos últimos 11 meses. Agora posso ser modelo para os demais da região e hoje agradeço por ter aceitado o desafio”, conta o produtor Rubens Rocha, de Rio Pardo, distrito de Porto Velho (RO).
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Renata Silva
Segundo Rocha, a produtividade de leite aumentou consideravelmente em sua propriedade. Antes a média das 17 vacas que possui era de 70 litros/dia, hoje ele continua com a mesma quantidade de animais, mas com uma média de 130 litros/dia, ou seja, subiu de quatro para sete litros/leite/vaca/dia. “Antes usava metade da minha propriedade com vaca lei-
teira e não via sobrar capim e hoje elas não comem os dois alqueires que fiz com o funcionamento dos piquetes. Além disso, minha pastagem era fraca, aí eu reformei, adubei e aumentei o número de animais por área, de quatro para oito vacas por hectare, e ainda está sobrando pasto. Então hoje posso dizer que eu acredito, recomendo e incentivo meus vizinhos a fazerem o mesmo. O caminho é a tecnologia”, comenta o produtor. Rocha faz parte de um projeto que busca levar tecnologias ao pequeno produtor, para que ele possa aumentar sua renda e melhorar a qualidade de vida no campo. Em Porto Velho esta ação faz parte de uma parceria da Embrapa Rondônia com a Prefeitura Municipal de Porto Velho, em que a Embrapa capacita e orienta os técnicos da Secretaria de Agricultura do Município e acompanha o andamento dos trabalhos nas unidades modelos, que são propriedades de produtores que aceitaram o desafio de investir em tecnologia. A prefeitura atua com assistência técnica e subsídios. De acordo com o médico veterinário da Embrapa Rondônia, Rhuan Lima, na propriedade de Rocha foi implantado o manejo de pastagem com piqueteamento, trabalhando com o pastejo rotacionado e também com a suplementação de cana e ureia no período seco do ano. Nas próximas etapas serão trabalhadas a qualidade do leite, que inclui cuidados com a higiene da ordenha e controle de mastite, e práticas reprodutivas e de melhoramento genético. O médico veterinário destaca que em menos de um ano de implantação da unidade é possível constatar que tecnologias e práticas
simples são viáveis. Desse modo, será possível difundir essas unidades modelos. Os outros produtores podem ver a tecnologia sendo adotada e funcionando, e os que se interessarem podem adotá-la. “É uma mudança de visão do produtor e isso é o mais importante. É a conscientização de que há tecnologias que são acessíveis a todos e que é possível produzir mais em uma área menor e melhorar a renda do produtor. Isso impulsiona a agricultura familiar, tornando-a mais competitiva e sustentável”, explica Lima. Nesse cenário do qual os resultados surpreenderam os produtores da região, a demanda cresceu. Cerca de 20 produtores já se interessaram e estão esperando para participarem do projeto, com a adoção de tecnologias. “Eram pessoas que, assim como eu, não acreditavam em tecnologia, aliás, achavam que tecnologia não era pra gente, pequeno produtor, mas é sim! Tá aí na minha propriedade pra quem quiser ver”, declara Rocha, enquanto atende os cerca de 120 produtores que, com suas famílias, participaram de um dia de campo em sua propriedade para conhecer as tecnologias implantadas e comprovarem os resultados. O vizinho do produtor, Salvador da Cruz Filho, compareceu ao evento e disse estar seguindo os mesmo passos. Cruz Filho começou a fazer os piquetes e a rotação dos animais e disse já obter dois litros de leite a mais por vaca depois da ação. O pesquisador da Embrapa Rondônia, Pedro Gomes, explica que os bons resultados com os piquetes são as forrageiras adotadas, pois possuem alto potencial produtivo, como é
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Especial Nacional Caderno
o caso do Mombaça que está sendo utilizada na propriedade de Rocha. Para ter um manejo adequado é preciso dividir esses animais em piquetes para concentrar o consumo de forrageiras e obter o melhor resultado. Na propriedade modelo é feita a rotatividade de três em três dias, respeitando a altura do capim. O produtor verifica a altura do capim e, a depender da altura, ele coloca ou retira animais do piquete. “A produtividade por área de forrageiras como a Mombaça e a Tanzania chega a ser quase o dobro de outras forrageiras mais comuns utilizadas no estado, como a braquiária”, afirma o pesquisador. Esse dia de campo fez parte da 1ª Jornada Tecnológica da Agricultura Familiar, realizada pela prefeitura de Porto Velho, em parceria com a Ceplac, Emater e Embrapa. A ação acontece simultaneamente também nos distritos de Nova Califórnia, Extrema, União Bandeirantes, Jacy-Paraná, Calama e na capital rondoniense. Para o secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Leonel Bertolin, esse evento
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ofereceu o que há de melhor em programas voltados para o fortalecimento da produção familiar, a exemplo novidades tecnológicas, cursos de capacitação, oficinas, palestras, orientações sobre crédito rural e boas práticas de manejo, dentre outros. “Uma forma de fortalecer a agricultura familiar no município”, conclui o secretário. ANO INTERNACIONAL DA AGRICULTURA FAMILIAR A produção familiar foi escolhida pela Organização das Nações Unidas como temática central no ano passado. No Brasil, o setor engloba 4,3 milhões de unidades produtivas (84% do total) e 14 milhões de pessoas ocupadas, o que representa em torno de 74% do total das ocupações distribuídas em 80.250.453 hectares (25% da área total). O resultado da produção familiar se destina basicamente para as populações urbanas locais, o que é essencial para a segurança alimentar e nutricional.
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Especial Índice de Anunciantes
Brascon................................................................................................9 Cold Air..................................................................................... 4ª capa CR7...................................................................................................13 Daxia Doce Aroma..................................................................... 2ª capa DSM....................................................................................................5 Fibrav.................................................................................................27 Guarani-Plast.....................................................................................11 Hiper Centrifugation..........................................................................31 Injesul................................................................................................37 Ionix..................................................................................................19 Jandaplast..........................................................................................17 Meta.......................................................................................... 3ª capa Nyroplast...........................................................................................45 Perfor ...............................................................................................15 Plásticos Dise.....................................................................................25 Poly-clip...............................................................................................7 Ricefer...............................................................................................41 Rool...................................................................................................35 Tecnoalimentos..................................................................................49 50
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Especial
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