Revista Mais Leite - Ed. 52

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Diretora Jussara F. S. Rocha

expediente

(11) 94110.4965 diretoria@grupomaisfood.com.br Editor Cauê Vizzaccaro caue@grupomaisfood.com.br Redação Andréia Manczyk andreia@grupomaisfood.com.br Gerente de Contas Clecio Laurentino (11) 95557.4355 clecio@grupomaisfood.com.br Arte Anselmo Rocha anselmo_ar@icloud.com Administrativo / Financeiro financeiro@grupomaisfood.com.br Conselho editorial Carlos Ramos, christian Oest Moller, Ludimila Couto Gomes, Luiza Carvalhaes de Albuquerque, Marion Ferreira Gomes, Nelson Luiz Tenchini de Macedo e Rodrigo de Souza, Vera Lucia de Souza Assinatura/Subscription Brasil: R$ 130,00 USA, Latin America, Europe and Africa: US$ 150,00 Tel.: (11) 2369-4116 / 2369-4054 / 2386-1584

www.grupomaisfood.com.br 3


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SUMÁRIO

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03 | Expediente

28 | Capa: Latin America Dairy Congress

06 | Sumário

44 | Especial: sobremesas lácteas

08 | Editorial

46 | Opinião: Robson Dias Monteiro

10 | Especial: Tetra Pak

50 | Especial: Maqinox

12 | Eventos: Anuga

52 | Sorvetes: Thermo Star

18 | Eventos: Fispal Nordeste

54 | Mercado: Cepea

24 | Especial: Calci-K

58 | Índice de anunciantes


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EDITORIAL A cadeia do leite se fortalece

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ortalecer. Essa é a palavra de ordem que precisamos levar em conta para o próximo ano. O tempo de reclamar de crise já passou, na verdade, nem deveria ter existido. Deveríamos ter gasto toda a nossa energia, em 2015, em pensar novas formas de crescimento com inovações em projetos e tecnologias. E alguns eventos ocorridos neste ano favoreceram este pensamento. Na matéria de capa apresentamos como foi 1º Latin America Dairy Congress. O evento reuniu aproximadamente de 200 líderes do setor, que discutiram tendências, inovações, consumo, mercados, sustentabilidade e segurança alimentar. A ideia do congresso nasceu com a visão de que faltava ao Brasil um evento com uma proposta global, onde as informações e conhecimentos de todo o mundo seriam absorvidas pelo nosso setor. Outros eventos importantes que aconteceram e agregaram trocas de experiências foram a Anuga e Fispal Nordeste. Neste ano, a feira alemã, com a temática “Experimente o futuro”, mostrou os caminhos, tendências, novidades e inovações do mundo das embalagens. Já a Fispal Nordeste favoreceu parcerias e inovações em Pernambuco e nos estados vizinhos. A 13ª edição contou com as feiras Fispal Tecnologia Nordeste e Fispal Food Service Nordeste, e ocasionou nova força ao setor de alimentação fora do lar e à indústria de alimentos e bebidas. Na editoria Opinião tivemos o prazer de entrevistar o diretor comercial da Imaaj: Robson Dias Monteiro, que discorreu sobre o setor lácteo. Temos também uma interessante reportagem sobre a utilização de Calci-K na fortificação de produtos lácteos. Como os minerais desempenham um papel importante na prevenção de muitas doenças crônicas, o cálcio é crucial para o desenvolvimento e manutenção óssea e muscular, coagulação sanguínea, transmissão nervosa e função celular. Este fim de ano é a ocasião propícia de retribuir pelo ano que passou e pensar positivamente em 2016. Dessa forma, toda a equipe da Mais Leite faz votos de muita saúde, felicidades e realizações para todos os leitores! Boas Festas e leitura!

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Especial

Tetra Pak ganha prêmio de melhor embalagem

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desempenho ambiental e maior flexibilidade de produção. A Tetra Pak também venceu na categoria Melhor Embalagem com a Tetra Rex® Bio-based, a primeira cartonada produzida totalmente com materiais renováveis, destinada para alimentos líquidos. Além do plástico derivado de cana-de-açúcar, a embalagem contém papel certificado e proveniente de fontes gerenciadas.•

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Tetra Pak recebeu dois prêmios durante o World Beverage Innovation 2015, realizado na BrauBevial – Feira Internacional de Produção e Comercialização de Bebidas –, um dos eventos europeus mais importantes do setor. A Tetra Pak® E3 foi reconhecida dentro da categoria Industrial: Melhor Inovação de Processo. A máquina de envase utiliza feixes de elétrons em vez de peróxido de hidrogênio para esterilizar o material de embalagem. Segundo a empresa, entre os benefícios para os clientes estão: custos operacionais menores, melhoria do

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Eventos

O futuro dos produtos lácteos mostrado na Anuga 2015! A cada dois anos, a feira alemã Anuga® mostra caminhos, tendências, novidades e inovações do mundo das embalagens; este ano, o tema foi “Experimente o futuro” (Taste the Future), provocando, em duplo sentido, ainda mais o imaginário de todos Por Assunta Camilo

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em sua embalagem ícones de origem (a bandeira da Grécia) e de ser saudável (com um coração destacando a porcentagem de vitamina E e menor índice de gordura).

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ada Anuga® tem uma tendência preponderante ou um mote. Esta foi marcada pela busca pela diferenciação. Empresas e marcas procuraram se posicionar através da sua “diferença”, fazendo das embalagens seu instrumento de comunicação e ferramenta de marketing para contar sua história. A consultoria Inova Markets apontou alguns números, como: • 40% dos alimentos e bebidas lançados, no primeiro semestre de 2015, foram posicionados sobre alguma plataforma de saúde de algum tipo; • De 2013 para 2014 houve um aumento de 12% de produtos considerados gourmet, destacando-se a valorização do país de origem como um atributo; • No mesmo período, produtos com apelo do Fair Trade, ou seja, de acordo com as premissas do comércio justo, tiveram um crescimento de 59%. Um destaque é o produto Oliving®, que, além de inovar ao misturar dois ingredientes (leite e azeite de oliva), traz

Observamos também muitas sobremesas lácteas, como sorvetes, cremes e iogurtes apresentados em glamorosas embalagens de vidro, com detalhes como fitilhos e luvas de papelcartão. Também houve o crescimento de 22% no


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lançamento de produtos vegetarianos e de 60% de veganos, reforçando a preocupação com a questão da sustentabilidade. Encontramos, por exemplo, diversas ofertas de leites de outras origens, como de amêndoas, aveia, soja, arroz, nozes etc.

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Outro crescimento apontado foi o de produtos com certificados Halal (função do aumento dos muçulmanos em todo o mundo), com uma variação de 43% de 2010 para 2014. A inovação segue sendo relevante e importante: 31% dos produtos lançados, de 2013 para 2014, usaram ingredientes inovadores, muitos baseados em proteínas, o que poderia ser uma excelente oportunidade para os produtos lácteos. Um dos produtos que ganharam o prêmio Taste 2015 é o Yollie®, um pirulito de iogurte inovador, divertido, diferente e diversificado, agradando assim a mães e crianças.

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Eventos


Que os desafios do próximo ano se transformem em oportunidades de crescimento e realizações. A Prozyn deseja que o ano de 2016 seja repleto de vitórias e que nossa parceria seja sempre sinônimo de sucesso!

info@prozyn.com.br I 55 11 3732-0000 I www.prozyn.com.br 15


Eventos Foi constatada também a preferência por produtos orgânicos, com expressivos 7,4% dos lançamentos. Cortado em formato de coração, o queijo muçarela orgânico da empresa alemã Zugër recebeu um prêmio no Taste 2015 pela inovação, que já começa pela embalagem stand up pouch.

muito econômicas e podem ficar fora de refrigeração. Quanto mais tendências os produtos puderem atender, mais fortes eles serão. Para produtos lácteos, por exemplo, que podem conter alto teor de proteínas, se tiverem campanhas de marketing voltadas para os millennials, se estiverem adequados ao consumo em qualquer lugar ou prontos para serem facilmente finalizados, ou contiverem uma proposta sensorial forte ou uma marca própria representativa, então terão enormes chances de sucesso.• Embalagem melhor. Mundo melhor. Sempre!

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O último destaque foi o crescimento das marcas próprias, impulsionadas pela crise econômica dos países emergentes, o que tem sido um desafio à fidelidade das marcas. Para isso, o investimento em inovação é vital. Com certeza, uma das grandes inovações foi o desenvolvimento de iogurte em embalagens stand up pouch, que são

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Se quiser mais informações e fotos dos produtos, é possível obtê-las no site (www. clubedaembalagem.com.br). *Assunta Napolitano Camilo é diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Ar ticulista, professora e palestrante internacional de embalagens, recebeu diversos prêmios, entre eles o de Profissional do Ano e o de Melhor Embalagem do Ano. Também é coordenadora dos livros: Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade, entre outros. Também é diretora do Kit de Referências de Embalagens e da obra Better Packaging. Better World.


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Eventos

Complexo Fispal Nordeste favorece parcerias e traz inovação para PE Evento atraiu investidores que desejam ampliar ou iniciar operações no setor de alimentação no estado do Pernambuco e Nordeste

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13ª edição do complexo Fispal Nordeste, que conta com as feiras Fispal Tecnologia Nordeste e Fispal Food Service Nordeste, trouxe novo ânimo ao setor de alimentação fora do lar e à indústria de alimentos e bebidas da região. O evento, que ocorreu entre 3 e 6 de novembro, apresentou as principais novidades para esses dois importantes setores. A feira recebeu milhares de visitantes durante os quatro dias de realização, de mais de 362 cidades, um recorde em comparação com a edição anterior. Para os expositores, o ano, mesmo com dificuldades, se mostrou positivo com o fechamento de muitos negócios e parcerias com a região Nordeste. FISPAL TECNOLOGIA NORDESTE A Fispal Tecnologia Nordeste atraiu as indústrias de toda região e reuniu as últimas novidades em processos, embalagens e logística para o segmento alimentício, farmacêutico, químico e cosmético. Entre os produtos e segmentos contemplados nos quatro dias estavam máquinas rotuladoras, automação industrial, etiquetas, logística, pisos industriais, refrigeração, marcação, codificação e matéria-prima e insumos.

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Funcionário de uma indústria do ramo alimentício, Paulo Ricardo também ficou satisfeito com as novas tecnologias encontradas para aumentar sua produção. “As novas tecnologias que encontrei vão nos ajudar a diminuir os custos, o que é muito importante neste momento em que vivemos. Assim, também conseguimos aumentar nosso volume de produção”. Mercado de PET Um dos produtos mais procurados foi o da indústria de resina PET, que tem grande potencial de expansão na região e contou com a PETtalk NE, Conferência da Indústria do PET, realizada pela Associação Brasileira da Industria Pet (Abipet). “Agradecemos muito a Informa Exhibitions pelo espaço concedido dentro da Fispal Tecnologia Nordeste, principalmente por estarmos tão próximos do polo industrial de Suape, importante centro dentro do nosso mercado. Só no ano passado foram consumidos mais de 600 mil toneladas de embalagens PET e, até 2016, o esperado é que este número aumente em 8%”, afirmou o presidente da Abipet, Auri Marçon. Ciclo de palestras O ciclo de palestras da Fispal Tecnologia


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Eventos Nordeste teve início no primeiro dia da feira e contemplou os seguintes temas: - O teste de DNA no combate à fraude em alimentos: gerando valor ao produto; - Como reduzir custos na indústria com o reuso da água; e - Gestão de controle de alergênicos na produção. Para a Informa Exhibitions, a 13ª edição foi um verdadeiro sucesso. “Este ano tivemos visitantes qualificados, que vieram decididos a realizar negócios, o que resultou na satisfação dos nossos expositores”, afirmou Clelia Iwaki, diretora da marca Fispal. A 14ª edição das feiras Fispal Tecnologia Nordeste e Fispal Food Service Nordeste já tem data e será, entre os dias 8 e 11 de novembro de 2016, no Centro de Convenções de Pernambuco.

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FISPAL FOOD SERVICE NORDESTE A Fispal Food Service Nordeste apresentou soluções em equipamentos e serviços para estabelecimentos comerciais de alimentação fora do lar. Proprietário de uma empresa de biscoitos, Alexandre Batitê procurou e encontrou novas tecnologias para o ramo de panificação no primeiro dia da feira. “Consegui achar o que queria na área de panificação. Por conta do grande número de empresas presentes, a variedade ajudou nas minhas escolhas, ainda pretendo visitar a feira nos dias que restam para agregar mais conhecimento sobre os itens, produtos e novas tecnologias”. Ricardo Oliveira, diretor comercial da VemPlast, empresa especializada em materiais plásticos para restaurantes, foi um dos que saíram muito satisfeitos com as opor tunidades geradas. “A movimentação este ano foi bastante positiva. Conseguimos fazer muitos negócios e zeramos todos os produtos do nosso estande”, contabilizou. A pernambucana KiKoxxinha, empresa especializada em salgados, que veio pela primeira vez à feira, ficou surpresa com a movimentação. “Apresentamos aos visitantes vários modelos de negócios para quem quer começar no ramo. O cliente define sua estratégia de acordo com o capital que deseja investir e a receptividade foi a melhor possível”, revelou Adriano Brito, diretor da empresa. Um dos grandes sucessos entre os visitantes este ano foram as máquinas automatizadas para produção de salgados e doces de festas, oferecidas pelas empresas Bralyx, Indiana e MCI. De coxinhas a risoles, passando por brigadeiros, churros e até mesmo bolo de rolo, os estandes com demonstrações de preparo ficaram lotados com os interessados em começar


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Eventos seu próprio negócio. Renato Rodrigues, do departamento de vendas da MCI, elogiou a logística do evento, que resultou em vendas e prospecções bastante avançadas. Food truck Fornecedores das mais diversas áreas atraíram muitos interessados em entrar no ramo de food trucks. Seja procurando máquinas de refrigeração de pequeno porte, carrinhos de picolés ou para paletas mexicanas, trailers personalizados, embalagens ou até mesmo produtos a serem comercializados, os visitantes buscaram oportunidades durante a feira. Prova disso foi a palestra com André Vita, do Na Rua Tem, que precisou dobrar a capacidade do auditório para caber os interessados. André ficou surpreso como a movimentação em busca desse segmento durante a feira. “Perdi as contas de quantas pessoas nos procuraram querendo começar aqui na feira. A procura e o retorno têm sido muito positivos”, pontuou. Pizza Ronaldo Ayres, do Centro Tecnológico

de Desenvolvimento de Pizzas e Massas do Brasil (CTP), também atraiu o público que passou pelo Cecon com sua Escola da Pizza. As oficinas gratuitas tiveram dicas e aulas gratuitas para quem tivesse interesse na gestão de pizzarias. “Levamos inovações e técnicas novas de fermentação de uma massa, falamos sobre o desperdício que há dentro das pizzarias, de como se organizar dentro da sua cozinha, seja com aplicações do catupiry ou mussarela. Nosso objetivo foi ajudar os visitantes a impulsionar seus negócios e se organizar dentro das limitações de cada um”, explica Ayres. Ciclo de palestras Outra atividade que aconteceu paralelamente à feira de negócios, foi um ciclo de palestras com temas atuais focados no setor de alimentação fora do lar como oportunidade de negócio. Uma delas com dicas de como lucrar e montar pontos de cafeterias, sorveterias, confeitarias e padarias, que foram ministradas pela Prática Fornos, MCI e Pan Cristal, entre outras empresas especializadas do setor.•

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Promoção e organização

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EspeciaL

O uso de Calci-K na fortificação de produtos lácteos

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s minerais desempenham um papel importante na prevenção de muitas doenças crônicas através da preservação da integridade de células, tecidos e órgãos. O mineral mais predominante no organismo humano é o cálcio, que é crucial para o desenvolvimento e manutenção óssea e muscular, coagulação sanguínea, transmissão nervosa e função celular. Entre crianças e adolescentes, a necessidade de cálcio é maior em função do período de crescimento ósseo e aumento do depósito mineral, bem como em adultos e idosos, para a prevenção da osteoporose, da osteopenia e da perda dentária, sendo que a recomendação para a ingestão deste mineral varia de 1.000 a 1.300 mg/dia. Dados de consumo alimentar obtidos pela pesquisa Brazos (Brazilian Osteoporosis Study), de 2007, revelam que 90% dos entrevistados ingerem apenas 400 mg/dia de cálcio. Diante dos benefícios do cálcio à saúde humana e considerando que a

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população brasileira tem um consumo inadequado deste nutriente, a fortificação de alimentos com esse mineral se torna uma estratégia atrativa. Entre os alimentos, o leite é considerado um excelente veículo para ser fortificado por ser amplamente utilizado, atingir uma vasta gama de indivíduos e ser bem adaptado à alimentação da população em geral. Entretanto, nem todos os compostos de cálcio disponíveis no mercado são indicados para a fortificação do leite como, por exemplo, o fosfato tricálcico, que causa incrustações nas tubulações dos equipamentos, baixa fixação de cálcio no leite, além da formação de grumos, alterando, dessa forma, as características sensoriais do produto. Visando oferecer uma fonte de cálcio viável para as indústrias de alimentos, de forma a não comprometer o processo industrial, tampouco as características sensoriais do leite, a Albion desenvolveu o Calci-K®. O Calci-K®, uma forma biodisponível de cálcio, é um composto orgânico obtido pela reação de hidróxido de cálcio, ácido cítrico, ácido fosfórico e hidróxido de potássio. É um produto indicado para a fortificação de leite por ser solúvel e mantido completamente disperso em pH


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EspeciaL entre 3,5 e 8,0. Estudos realizados no Brasil mostraram que a fortificação do leite com Calci-K® não alterou as características sensoriais do leite integral e desnatado quando submetido ao tratamento térmico UHT. Além disso, o uso do Calci-K® não impactou no pH do leite, garantindo uma estabilidade do produto durante todo o processo produtivo.

• Po s s u i a l t a e s t a b i l i d a d e n o processamento industrial; • Possui pH neutro; • Não causa alterações sensoriais; • Não causa precipitação do produto; • Não compromete os equipamentos.•

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ABSORÇÃO RELATIVA (%) DE CÁLCIO PARA O LEITE E LEITE ADICIONADO DE CALCI-K®

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RESULTADO IDENTICO

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Para avaliar a absorção de cálcio, pesquisadores ofereceram amostras, de Calci-K® e de Calci-K® +leite, aos participantes com idades entre 23 e 59 anos. A absorção relativa para o Calci-K®, quando ingerido sozinho, foi de 76% da do cálcio do leite e, quando adicionado ao leite, sua absorção relativa foi idêntica ao do leite (27%). Este fato é inesperado, visto que, em alimentos, é mais usual ocorrer a redução da absorção do produto adicionado. Assim, o Calci-K® se diferencia de outros sais inorgânicos de cálcio e se torna uma excelente alternativa para fortificação de leite, pois: • Possui alta absorção; • Possui alta solubilidade;


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1º Latin America Dairy Congress é sucesso de crítica

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erca de 200 líderes do setor, envolvendo 10 países, estiveram reunidos em Foz do Iguaçu (PR) para discutir tendências, inovação, consumo, mercados, sustentabilidade e segurança alimentar em lácteos, nos dias 18 e 19 de novembro. A partir desta agenda de futuro e com a presença de especialistas e empresários do Brasil e de fora, o 1º Latin America Dairy Congress, uma parceira da Zenith com a AgriPoint, discutiu os principais gargalos, oportunidades e insights do setor no continente e no mundo, com as palestras do painel “Dimensão global, oportunidades e tendências de mercado”. Marcelo Pereira de Carvalho, diretor executivo da AgriPoint, abriu o evento comentando sobre a ideia de realizá-lo pela primeira vez no Brasil. De acordo com Carvalho, hoje há pouca interação entre os países da América Latina no setor lácteo e o evento surgiu para suprir essa demanda. “O mercado tem crescido nos países emergentes e faz sentido aproximarmos

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Marcelo Ermini, da Titanium, finaliza o primeiro dia de palestras.

o mercado lácteo. Esse é o principal intuito do evento”. Na sequência, Richard Hall, presidente da Zenith Internacional Ltda, agradeceu a presença de todos no evento e frisou que esperava que os participantes usufruíssem da estrutura do evento, pois trará novidades e é inovador na América Latina. A primeira palestra foi proferida por Rita Navarro, gerente de Novos Negócios na Kantar Worldpanel. Ela iniciou comentando sobre o momento de consumo dos últimos 10 anos, que tem apresentado grande crescimento, principalmente no chamado fora do lar. Já em 2015, em função da crise econômica, a alimentação dentro dos domicílios voltou a ganhar força. De acordo com Rita, houve uma diminuição no número de visitas ao supermercado, assim como a redução do volume comprado. As principais razões apontadas para esse acontecimento foram o aumento da inflação, aumento do índice de desemprego, dólar alto e o impacto da crise política. “Com relação aos lácteos, temos algumas categorias


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Richard Hall, Chairman da Zenith; Rita Navarro, da Kantar; Ariel Londisky, da Fepale e Marcelo Carvalho, da AgriPoint.

apresentando retração, como o leite condensado, manteiga, o requeijão, o cream cheese e o leite pasteurizado. O leite UHT parece que também está caminhando para uma retração. Quem tem se beneficiado é o setor de iogurtes, impulsionado pelo iogurte grego. Os iogurtes funcionais, que se desenvolveram muito nos outros anos, também apresentaram forte retração. Mesmo assim, nota-se que ainda há espaço para o desenvolvimento de novas categorias no mercado lácteo. As marcas que se diferenciaram e souberam se comunicar com os consumidores, cresceram mesmo na crise, aumentando clientes e market share”, concluiu Navarro. Em seguida, Ariel Londinsky, secretário geral da Federação Pan-Americana do Leite (Fepale), explanou sobre as funções da federação: “O principal objetivo é promover o desenvolvimento da cadeia leiteira em toda a região, combinando interesses comuns, recursos, habilidades e talentos, ao mesmo tempo em que visa atuar como um fórum para a ligação de instituições

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do setor”. De acordo com Londinsky, o mercado de lácteos está crescendo na América Latina e o principal produtor hoje é o Brasil, seguido da Argentina e México: “É muito difícil nós compararmos as produções dos países latino-americanos, pois os sistemas produtivos, assim como o clima, são muito diferentes. Como exemplo, os países do cone sul (Argentina, Chile e Uruguai) possuem uma estrutura relativamente homogênea e propriedades maiores. Já no Brasil, na Região Andina e na América Central e Caribe, a estrutura é mais heterogênea, com muitas fazendas de duplo propósito (leite e carne) e com propriedades menores”. Além dessas diferenças apontadas, destacou outras desigualdades com relação à importação e exportação. “O México é um país predominantemente importador, enquanto a Argentina e o Uruguai são exportadores e voltados para o mercado internacional”. De acordo com ele, os maiores compradores são México e Venezuela, que juntos, representam 59% do total importado na


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Capa região. Brasil, Peru e Cuba representam 20%. Com relação ao consumo per capita de lácteos, Uruguai, Argentina, Costa Rica, Brasil e Chile posicionam-se entre os cinco primeiros respectivamente. “Só os quatro primeiros países estão dentro da faixa de consumo mínimo recomendado”, pontuou o secretário geral. Sobre o setor industrial, comentou que a proporção de produção de leite processada pela indústria é maior na Argentina, seguida por México, Chile, Paraguai, Uruguai, Brasil e Bolívia. Para finalizar, Londinsky destacou que a América Latina, comparada aos outros continentes, é a que possui maior área para expansão da produção de alimentos. Além disso, a emissão de gás carbônico também é baixa se comparada aos outros continentes. “O potencial de crescimento da produção de leite na América Latina é considerado de médio a alto. Na União Europeia é considerado baixo, enquanto nos outros continentes a tendência é de médio crescimento. Isso mostra que temos muitas

oportunidades e que a América Latina é a despensa global. Precisamos aprender a produzir sempre visando à qualidade se queremos alavancar no mercado”. Na sequência, Esther Renfrew, diretora de Inteligência de Mercado da Zenith International, palestrou sobre a “Globalização da indústria láctea”. A princípio, ela pontuou que a produção global de leite alcançou 802 milhões de toneladas, em 2014, +3,3% comparado a 2013, e que comércio internacional de lácteos aumentou, atingindo 9% da produção. “O consumo per capita de lácteos está em crescimento assim como a demanda, e o que a impulsiona atualmente é o crescimento populacional, a maior renda, a urbanização (com destaque para a Índia e os países africanos), as mudanças dos padrões de consumo e a tendência de aumento da população”. De acordo com ela, o consumo de lácteos será impulsionado pelo consumo da Ásia e da África, que ainda apresentam baixo consumo per

Richard Hall, da Zenith; Michael Mishchenko, da Dairy News (Russia); Marc Beck, do USDEC; Marcelo Carvalho, da AgriPoint.

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Capa capita, mas com grande potencial de crescimento. “Os países asiáticos estão buscando suprir o crescimento da demanda fazendo parcerias, buscando joint ventures e cogitando parceiros de outros países para suprir o desenvolvimento do seu consumo. Em breve, também acredito que o interesse das empresas pela África vai aumentar e as empresas europeias estão buscando penetrar no continente”. Esther concluiu que as empresas têm que responder ao aumento da demanda de lácteos e que isso não parece ainda um desafio, devido a suficiência da produção, mas futuramente isso pode mudar: “A indústria láctea está em processo de transformação e enfrenta desafios com relação à globalização. Deve haver diversificação de produtos, inovação, diferenciação da marca e os mercados em desenvolvimento devem garantir a oferta sustentável de leite com qualidade”.

Michel Nalet, diretor mundial de Relações Institucionais da Lactalis Group, falou sobre o desenvolvimento da empresa no Brasil e sobre a recente inserção no país. “Hoje estamos com 18 fábricas no Brasil e há dois anos não tínhamos nenhuma. O Brasil fechará 2015 como o quinto maior mercado para a Lactalis. A ideia é buscar uma relação a longo prazo e para isso estamos investindo em treinamentos de equipes na América Latina. É um desafio entrar no mercado brasileiro, mas temos uma equipe fantástica. O ambiente é competitivo no mundo inteiro nesse setor e para nos diferenciarmos focamos cada vez mais na qualidade”, mencionou ele, que enfatizou que garantir um suprimento de leite de qualidade e a custo competitivo é um dos objetivos da empresa. Para Nalet, é essencial reduzirmos os custos de produção e a busca de inovações. “Vamos trabalhar

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Capa muito no Brasil para diferenciarmos cada consumidores, utilizando-os, por exemplo, vez mais os nossos produtos. Temos que como lanches inteligentes ou substitutos estar prontos para oferecer os produtos de refeições etc. As empresas também corretos para o varejo a aumentar as precisam focar em sabores agradáveis e parcerias com o trade. Além disso, temos pensar em alternativas, como bebidas não que melhorar a força dos produtos refrigeradas à base de iogurte, entre outros”, lácteos e divulgar para os consumidores sugeriu ele. No fim da sua apresentação, o que os lácteos podem oferecer no dia o diretor global ressaltou o crescimento a dia. Precisamos melhorar a imagem do das alternativas lácteas, que abrangem leite no Brasil”. produtos a base de vegetais, feitos com Fechando as palestras do período da proteína natural, fáceis de beber e que manhã, Alexandre Carvalho, diretor global têm como característica uma nutrição de Serviços de Marketing da Tetra Pak acessível. “Esse é o segmento que mais abordou o tema “Inovações e marketing no cresce”, finalizou. mercado de leite fluído”. “A América Latina Na parte da tarde, Michael Mischchenko, ainda tem muito potencial para crescer. especialista russo, disse que “a Rússia De 2012 a 2015, o crescimento global dos não deverá remover o atual embargo às lácteos foi de 1,7% (puxado importações de alimentos pela Ásia) e na América ocidentais até pelo menos Michael Mischchenko: Latina, 1%. E como nós 2018”. Segundo ele, é “a Rússia não deverá improvável que a Rússia podemos melhorar esse remover o atual embargo crescimento? Buscando remova o embargo até às importações de inovações, entrando em depois das eleições de alimentos ocidentais até março de 2018. “Isso é mercados e ganhando pelo menos 2018” devido a diferentes razões, c o n s u m i d o re s a i n d a não explorados”, disse o mas a principal razão é a política, porque temos diretor global. Ele frisou que o leite é atacado com mensagens uma eleição nesse ano. Com a perda dos negativas, mas que a imagem do produto produtos importados, principalmente junto ao consumidor ainda é favorável. iogurtes, queijos e manteiga, a Rússia Também apresentou possibilidades de está estimulando a produção interna e os como podemos acelerar o crescimento países ao redor estão buscando aumentar dos lácteos e o que aproximaria mais as as exportações para nós”. pessoas do leite. “Precisamos mostrar para Ele destacou que a Rússia vem apresentando o consumidor que o leite é um alimento redução no consumo. “O consumo de saudável e que pode ser apresentado ao produtos lácteos está diminuindo devido mercado com menos gordura, sem lactose, a uma insegurança dos consumidores, com ingredientes funcionais, com excelente pois hoje há no mercado muitos produtos sabor e textura, enfim, que é um produto adulterados, como por exemplo, com flexível e que pode ser personalizado de acréscimo de gorduras vegetais. O governo muitas formas. Além disso, precisamos está tentando tomar algumas providências, pensar em produtos lácteos destinados pois, estima-se que aproximadamente 85% a uma vida moderna, que se enquadrem dos produtos hoje estão adulterados, não nos novos hábitos alimentares dos sendo o que deveriam ser”, concluiu ele.

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Capa A queda no consumo, também causada pela perda de poder aquisitivo, aliada ao aumento da produção interna, faz com que a quantidade de leite importada seja bem menor do que já foi: dos 8,8 bilhões de kg importados em 2012/13, o volume para 2015/16 será de aproximadamente 2,6 bilhões. Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da AgriPoint, que moderou o evento junto com Richard Hall, Chairman da Zenith International, disse que o fato do mercado russo ser potencialmente menor do que já foi, com o mesmo ocorrendo com a China, coloca dúvidas sobre o consenso geral de que o mundo terá um déficit de leite nas próximas décadas: “De um lado, vemos vários países e continentes se estruturando para exportar. De outro, temos uma perspectiva de aumento do consumo no mundo, mas o fato é que sempre que há um aumento na produção, os impactos nos preços têm sido rápidos e intensos”, constatou. Na sequência, Marc Beck, vice-presidente executivo de estratégia e visão do USDEC (Conselho de Exportação de Lácteos dos Estados Unidos), falou sobre como os Estados Unidos (EUA) se tornaram um exportador estrutural de lácteos. “Os

EUA não foi um país constituído para ser um exportador. Em 1995, por exemplo, estávamos voltados para o mercado interno, quase totalmente isolados dos mercados mundiais. Começamos a perceber uma mudança mundial, oportunidade de demanda e oportunidade de crescimento. Houve um aumento da demanda principalmente pelos países emergentes, aumento populacional, aumento de renda e ocidentalização das dietas e então, passamos a expandir nosso mercado”. Ele citou que a rodada GATT do Uruguai limitou as distorções comerciais e os fornecedores tradicionais começaram a ter dificuldades para atender a demanda, então, surgiu uma proposta competitiva para os EUA de captar essa oportunidade de crescimento de forma madura. “Para obter vantagem nesse cenário, algumas coisas precisaram ser implementadas e adaptadas, houve mudança na cultura dos fornecedores que passaram de oportunistas para fornecedores consistentes, entre outros. Além disso, o foco do programa é dar às empresas norte-americanas as ferramentas para encontrar clientes e competir por eles”. Para finalizar, ele ressaltou que os EUA tem uma grande oferta de leite a custo “baixo o suficiente” e precisam das exportações

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Capa para crescer. Hoje, aproximadamente 15% da produção norte-americana precisam ser exportadas. Abordando o assunto “Embalagens inteligentes: o que o futuro nos reserva?”, Gail Barnes, sócia da empresa de consultoria Personify LLC, dos Estados Unidos, apresentou ideias futuras sobre como podemos aumentar a vida de prateleira dos produtos lácteos. “Hoje temos muito desperdício na indústria láctea e essas possibilidades de embalagens futuras vêm para auxiliar esse problema. Destaco três opções: tintas termocrômicas, biossensores e RFID. As tintas já são comercializadas há alguns anos. Em temperatura ambiente não há cores visíveis, mas, quando se coloca o produto na geladeira, uma figura aparece na embalagem com um recado dizendo ‘pronto para beber’. Isso é muito atraente para os consumidores, pois eles acham a ideia simpática. Os biossensores também

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detectam temperaturas e poderiam ser utilizados pelas indústrias com o intuito de analisar se os varejistas estão refrigerando adequadamente os produtos e se os produtos sofreram abusos de temperatura”. Para finalizar, ela citou que o RFID (radiofrequência) é uma opção para pallets e containers. No dia seguinte, o congresso contou com a palestra de Carlos Ramirez, CEO e fundador da Powerful Yogurt, que questionou até que ponto o consumidor está preparado para lidar com embalagens inteligentes. “Temos QR codes nas nossas embalagens e inclusive fazemos promoções oferecendo produto a quem acessar, mas o fato é que ninguém acessa”, admitiu o empresário radicado nos Estados Unidos. “Todos eles são utilizados em produtos premium por enquanto e temos que pensar se esses custos valem a pena, pois esse é apenas um início daquilo que podemos ter


Capa

Evento reuniu cerca de 200 líderes do setor lácteo de 10 países daqui uns anos”. Discorrendo sobre “Tendências de Food Services”, Roberto Denuzzo, da RDC Consultoria, iniciou a palestra frisando que o food ser vice ainda vai gerar muitas oportunidades. “Após décadas de crescimento contínuo, o food service está sofrendo, em 2015, com impactos negativos na rentabilidade devido ao aumento do custo da mão de obra, aumentos nos custos de energia, contratos de aluguel fixados em valores elevados e aumento dos custos logísticos, além de uma redução de 10 a 30% nas vendas. As empresas nunca estiveram tão atentas aos custos e a pedra de toque nesse momento é como conseguir oferecer aos clientes uma

solução atrativa em termos de custos”, sintetizou. Ainda, devido ao aumento dos custos, a necessidade de escala ficou maior e, para atingir custos operacionais mais interessantes, devem ocorrer novas fusões e aquisições no setor. De acordo com Denuzzo, há muitas oportunidades para a indústria atuar no food service. “Estamos agora, por exemplo, em um grande hotel, de luxo. O iogurte que tem no café da manhã é genérico, com o produto em uma jarra. Seria uma ótima oportunidade para uma empresa oferecer o produto em uma máquina automática, com vários sabores e com marca. Porque não temos isso? Faltam equipamentos e falta atenção a essas oportunidades”, exemplifica. Além disso, o food service, para se manter precisa estar por dentro das tendências, como por exemplo, o aumento do hábito gourmet e maior demanda por produtos glúten free, lactose free, vegan e natural. “É interessante

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Capa acompanhar redes como a Shake Shack, dos EUA, que vende também biscoitos para animais de estimação. A rede percebeu que criar um ambiente favorável aos animais de estimação atraía clientes para a loja, Hoje, nove entre cada 10 adolescentes preferem a Shake Shack em relação ao McDonald’s”. Denuzzo falou ainda sobre a regionalização. Apesar do eixo Rio-SP continuar dominando, há muita coisa ocorrendo fora dele. Ele trouxe o exemplo da Rede Açaí, que tem 40 lojas no interior, tendo sede em Divinópolis (MG). “Quem não for ver o que está acontecendo em locais como esse, só vai vender para eles quando chegarem a São Paulo (SP), muitos anos à frente”. Piercristiano Brazzale, sócio da Brazzale Company, empresa de lácteos mais antiga da Itália, questionou até que ponto é bom para o setor ficar lançando produtos sem isso ou sem aquilo. “Estamos dizendo que os lácteos, para serem saudáveis, precisam perder ingredientes que são parte do produto?”, provocou. Já Julian Mellentin, fundador da New

Nutrition Business, falou na sequência sobre o “Consumo de queijos e oportunidades de mercado. O que há de novo?”. O destaque de sua apresentação foi mostrar que há uma mudança em curso a respeito dos lácteos como produtos saudáveis. Na década de 90, os lácteos eram recipientes para ingredientes que eram tidos como responsáveis por fazer bem à saúde, como probióticos, infoesteróis, CLA e outros. Agora, surge o conceito dos lácteos como produtos saudáveis em si, embasados por pesquisas que mostram não haver evidências do consumo de lácteos estar associado à obesidade e problemas cardiovasculares. Dentro disso, Mellentin comentou que houve uma fase na qual a gordura do leite e dos lácteos foi discriminada e ganhou a fama de fazer mal para a saúde, resultando em um aumento de consumo de produtos com baixa gordura (desnatados), bem como produtos substitutos. “Não há provas concretas para essa afirmação e estamos desmitificando isso. Com relação ao queijo, algumas pesquisas mostram que devemos analisar

Richard Hall, da Zenith; Alexandre Carvalho, da Tetra Pak; Michel Nalet, da Lactalis; Esther Renfrew, da Zenith; Marcelo Carvalho, da AgriPoint.

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Capa a tabela nutricional do produto como um todo, pois além das gorduras, ele possui outros nutrientes que o torna um alimento balanceado e não um vilão para a saúde”. Para ilustrar, ele compartilhou o caso dos franceses, que são os maiores consumidores de queijos e têm os menores índices de problemas cardiológicos do mundo: “É importante que as indústrias lancem opções de produtos que se encaixem no dia a dia dos consumidores, como snacks, lanches rápidos e produtos casados com outros ingredientes. Se a indústria láctea não fizer isso, outras indústrias farão”, alertou. Finalizando o painel, Marcelo Ermini, diretor da Titanium Trade Marketing, apresentou algumas tendências e oportunidades para o varejo de lácteos no mundo. “Nós temos que saber quais são as expectativas dos consumidores. Devemos estar prontos para atender o cliente do jeito que ele

quiser. Eles estão cada vez mais em busca de informações e compartilhando experiências nas redes sociais”. Ermini relatou que as indústrias precisam interagir com os seus clientes e ter engajamento social, engajamento político, buscando comprometimento e sustentabilidade. “As indústrias devem estar mais próximas dos canais de vendas, focar seus esforços em marcas regionais e nichos do mercado local e descobrir quem são os seus clientes”. Ermini comentou também a busca crescente por produtos naturais e o efeito “Master Chef”: com a proliferação de programas de culinária nas TVs, o consumidor tem buscado aprender a cozinhar, mudando a sua relação com a alimentação. Já para Marcelo Pereira de Carvalho, trata-se de uma boa plataforma para os lácteos, que são ingredientes relevantes e essenciais em cozinhas como a italiana e a francesa.•

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LADC: plantando uma semente Michel Nalet, diretor mundial da Lactalis, fala aos participantes

Por Marcelo Pereira de Carvalho

A

ideia do Latin America Dairy Congress surgiu a partir da percepção de que precisávamos fazer, no Brasil, um evento com uma proposta global, aproximando o mundo lácteo de nosso mercado. Tenho participado de diversos eventos lá fora, em especial do Global Dairy Congress, realizado pela Zenith e que serviu de inspiração para o nosso evento. Nesses eventos, sempre saía com certa frustração: nossas discussões aqui, via de regra, envolviam uma agenda de passado, ao passo que lá, a agenda era de presente e futuro. Como proposta global, entende-se: discutir temas de negócios envolvendo empresas e o setor como um todo no Brasil e no mundo; e utilizar um formato objetivo, intenso e aberto a discussões e networking, reunindo palestrantes de diversos países, com grande experiência e capacidade de comunicação, e dispostos a liderar. Um evento, enfim, que estimularia a participação de dirigentes de empresas, que abririam mão de dois a três dias de suas atribuladas agendas para ouvir, refletir e expandir suas visões sobre seus

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negócios e o próprio setor. Como colocou Isabelle Ortiz, diretora da francesa Bel, citando o Dalai Lama, “quando falamos, apenas repetimos o que sabemos; quando ouvimos, podemos aprender algo novo”.

Isabelle Ortiz, da Bel (França)

Também, nosso intuito foi trazer pessoas (casos de sucesso, consultores) alinhadas com o futuro. Há, sem dúvida, muita coisa boa ocorrendo aqui no Brasil. Muitas empresas crescendo – a palavra crise quase não foi citada (ou melhor, foi: um dos empresários disse que, por causa da crise, estava crescendo 50% neste ano e não os 75% planejados...). A agenda foi,


Capa enfim, voltada para o futuro. Há um empreendedorismo de alta qualidade nascendo (ou se fortalecendo) no setor, e creio que isso conseguirmos captar. Casos como o da Delicari, apresentado por Craig Bell, um dos neozelandeses da Leitíssimo, certamente nos fazem pensar que há oportunidades por aqui que poucos países apresentam. Acho que a iniciativa dos neozelandeses, tanto na Leitíssimo como na Delicari, tem muito a nos ensinar e a nos estimular. A maneira como estruturam a estratégia de negócios, partindo da forma como o leite é produzido e levando esse valor ao produto final, é muito interessante e acertada.

Craig Bell, da Delicari

Também é altamente digno de nota e elogios o caso da Verde Campo, de Alessandro Rios. Rios representa o novo empresário lácteo brasileiro: antenado, visão progressista, moderna proposta de valor, responsabilidade social e participação ativa nas questões setoriais. Ele merece o nosso aplauso e incentivo. Tivemos ainda o caso da Yorgus, de Enrico Letta, cuja visão é ser uma Chobani brasileira. Estes três casos de sucesso discutidos no evento simplesmente não existiam há 10 anos, e representam, sem dúvida, um olhar sobre o futuro do setor.

Alessandro Rios, da Verde Campo

Esse futuro também pode ser percebido no discurso de Ricardo Cotta, diretor da Itambé. Tem sido muito comum, em nosso meio, a postura do “fala, fala, e não diz nada”; ficamos em cima do muro em questõeschave e, com isso, deixamos de evoluir. Quase ninguém tem a coragem de colocar o dedo na ferida, em alto e bom som. Foi o que Ricardo fez, ao dizer que temos que abrir nosso mercado caso queiramos realmente ter um projeto de futuro para o setor. Observação: ele fez a ressalva de que muitas vezes não competimos em pé de igualdade com outros países, como no caso das ajudas aos produtores oferecidas quando o mercado cai, como agora na União Europeia. Mas minha percepção foi de que essa ressalva não elimina a sua opinião de que precisamos ter uma postura diferente, caso contrário, nosso mundo lácteo ficará restrito ao Brasil (e a Venezuela). Nessa busca pelo futuro, nada ficou mais evidente do que as limitações que temos a respeito da burocracia e, mais do que isso, o choque das regulamentações vigentes para registro de produtos, rotulagem, tarifas de importação de ingredientes e coisas do gênero, e as demandas do mundo atual. A diretora da Bel mostrou como adaptar marcas globais a mercados locais, dando o exemplo da Laughing Cow (A vaca que ri), cuja comunicação visual

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Capa é uma simpática vaquinha vermelha. Já no painel de discussões foi alertado que é possível que, em algum momento, ela tenha que tirar a vaquinha das embalagens, porque não se pode ter no Brasil animais “humanizados” nas embalagens lácteas (obs: para queijos ainda pode, mas vai saber...). Esse simples exemplo mostra que estamos na contramão do mundo, criando enormes dificuldades para o marketing desenvolver abordagens que estimulariam o consumo, a geração de empregos e tudo o mais que envolve o setor. Como resolver essa questão? A única forma é através da representação setorial atenta e alinhada com o que está sendo feito no mundo lácteo, trazendo informações relevantes e procurando flexibilizar ou alterar as normas vigentes. A impressão que temos é que queremos comprar uma Ferrari, mas nossas estradas ainda são de terra, dando elas o limite de até onde

podemos chegar. Nesse ponto, o governo é o nosso limite. Outro ponto muito interessante foi a visão de Julian Mellentin, da New Nutrition Business, que mostrou que está em curso uma mudança na percepção a respeito dos lácteos como produtos saudáveis. Até uma ou duas décadas atrás, os lácteos eram vistos ou como recipientes para componentes externos que seriam os responsáveis por fazer bem (probióticos, fitoesteróis, CLA etc.) ou, pior, como produtos que apresentavam limitações para o consumo, como o teor de gordura saturada, sal etc. Hoje, isso está mudando. As evidências sugerem que não há associação entre consumo de queijos, por exemplo, problemas de obesidade e cardíacos. Estamos assistindo ao que pode ser provavelmente um renascimento dos lácteos como produtos saudáveis por si

Painel final, com Richard Hall, da Zenith; Enrico Letta, da Yorgus; Craig Bell, da Delicari; Carlos Ramirez, da Powerful Yogurt; Alessandro Rios, da Verde Campo; Marcelo Carvalho, da AgriPoint.

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Capa só, o que oferece uma excelente plataforma para o setor. Na mesma linha, a visão do “menos é mais” foi abordada por diversos palestrantes, que mostraram que a redução do número de ingredientes artificiais e a simplificação do processo industrial obteve cada vez mais adeptos, inclusive ganhando espaço na mídia, espontaneamente. Foram 23 apresentações de excelente nível e que trataram dos grandes temas atuais do setor: oportunidades de mercado; globalização do setor lácteo; inovação; sustentabilidade; segurança alimentar e casos de sucesso. Ao término do evento, que realizamos em uma bem sucedida e complementar parceria com a Zenith International, ficamos com a sensação de que havíamos criado algo diferente. Evidentemente, um evento por si só não muda o setor, longe disso. Mas ele pode contribuir para que uma

nova agenda, voltada para o futuro, seja cada vez mais incorporada, substituindo o blá-blá-blá enfadonho e retórico que há tempos discutimos e que muitas vezes usamos como desculpa para nossa postura. Nesse sentido, esperamos ter sensibilizado os líderes que lá estiveram; são eles, afinal, que já estão construindo o futuro. 15 anos depois da criação do MilkPoint, percebo que fizemos um evento muito alinhado com a nossa proposta primordial: trazendo e discutindo as questões que precisam ser discutidas, para que a cadeia do leite avance. Quem sabe, no futuro, o setor lácteo no Brasil seja reconhecido pela mesma eficiência, competência e liderança mundial que existem em outros segmentos. Se isso ocorrer – e esperamos que isso corra – o LADC foi uma das sementes desse processo. Espero realmente que cresça e frutifique!•

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e o seu tratamento para ser direcionado às Estações de Tratamento de Esgoto é muito dispendioso. Desse modo, a Arla Foods Ingredients desenvolveu o Nutrilac® YO-6568, que possibilita o reaproveitamento do soro ácio na produção de sobremesas lácteas. Quando é utilizado o leite em pó desnatado ou de proteína concentrada de soro na produção de sobremesas lácteas a partir do soro ácido, alguns problemas com o processamento e estabilidade do produto podem ser encontrados durante o armazenamento e vida útil. A caseína presente no leite em pó desnatado poderá precipitar quando aquecida numa mistura ácida, e a precipitação durante a vida útil é também verificada quando utilizado Concentrado Poteico de Soro Standard. A funcionalidade do Nutrilac® YO-6568 foi especialmente desenvolvida com foco nas características do produto final, bem como a necessidade de obter um produto estável durante o processamento e vida útil. De acordo com Marcelo Leitão, gerente comercial Arla Foods Ingredients, as vantagens do uso do Nutrilac® YO-6568 em sobremesas a partir de soro ácido: - Maior viscosidade - Paladar suave - Sabor refrescante Avaliação Aplicando Nutrilac® YO-6568 em combinação com 50% de soro de leite ácido na fabricação de sobremesas, o produto final terá um bom brilho, boa aparência sem a formação de um gel muito rígido. O sabor da sobremesa é refrescante, com uma sensação de cremosidade na boca. Portanto, segundo o gerente comercial, o Nutrilac® YO-6568 é uma excelente alternativa para o reaproveitamento na produção de sobremesas lácteas.•

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Opinião

A imagem da alta qualidade Entrevista com Robson Dias Monteiro, diretor comercial da Imaaj 1- Onde vocês foram buscar esse nome Imaaj? O nome deriva das letras iniciais da razão social de nossa empresa, que é: Indústria de Máquinas e Automação Jamapará Ltda, instalada no distrito de Jamapará, em Sapucaia (RJ), às margens do bucólico Rio Paraíba do Sul. Uma curiosidade: geralmente os clientes fazem uma contração das vogais da nossa marca e pronunciam “image”. 2- Como surgiu a Imaaj? A ideia de constituição de uma empresa partiu, em 2007, da vontade de seus atuais sócios, Jaime de Medeiros, Fabiano Santos e Aderbal Bonfante, aos quais me juntei.

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Na antiga empresa onde trabalhávamos percebemos que o mercado brasileiro apresentava uma demanda favorável de máquinas e equipamentos voltados para o envase dos mais diversos produtos em substituição a equipamentos semiautomáticos. Esses produtos, que encareciam a produção, eram mais sujeitos a rejeitos operacionais e estavam Esses produtos, que encareciam a produção, eram mais sujeitos a rejeitos operacionais e estavam aquém dos volumes de produção desejados


Opinião aquém dos volumes de produção desejados pelas empresas participantes de mercados de consumo (em forte crescimento na época). Tivemos a ousadia de criar nosso próprio negócio, além da decisão de iniciarmos pela prestação de assistência técnica às indústrias detentoras de máquinas de envase. Obtivemos assim, o conhecimento dos problemas e oportunidades do mercado. Começamos a produzir máquinas de envasar alimentos líquidos, viscosos e pastosos, aplicando nelas todo o nosso conhecimento advindo da prática de muitos anos nesse segmento específico. 3- A que fatores você atribui o crescimento da empresa? Em nossa mente, vemos a Imaaj como uma grande empresa em um futuro não muito distante, fruto da nossa maneira de

Via de regra, o industrial quer adquirir a melhor máquina por um preço compatível com sua importância em seu core business. trabalhar. Nós sabemos que para nossos clientes, nossas máquinas são apenas instrumentos utilizados para a produção, que estão, consequentemente, inseridos em seus objetivos empresariais. Via de regra, o industrial quer adquirir a melhor máquina por um preço compatível com sua importância em seu core business. Por isso, produzimos máquinas eficazes a custos proporcionalmente inferiores. Temos levado essa filosofia de trabalho a muitas feiras de tecnologia, alimentação e embalagens, pelo Brasil afora, como

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Opinião principal meio de divulgação. O sucesso tem sido grande e o nosso maior problema é conseguir atender a todos os pedidos que, modestamente, a fama de excelência nos tem trazido. 4- E, cronologicamente, quais foram os eventos-chaves do crescimento? Nossa primeira exposição foi, em 2008, na Expomaq, em Juiz de Fora (MG). No mesmo ano, participamos também da Fispal Nordeste. Em cada ano seguinte, par ticipamos de todas as feiras e exposições pertinentes ao nosso negócio. Podemos dizer que nelas encontramos os profissionais que decidem e, acima de tudo, temos aumentado muito nossa carteira de amigos. Muitos viram “amigosclientes”. As exposições nos permitem a instalação de algumas máquinas, que ao funcionar, ao vivo, diante de prospects, faz

Em 2015, participamos de cinco feiras e exposições por todo o país, inclusive da Fispal Sorvetes, em São Paulo (SP). com que eles possam ter a oportunidade de compará-las com similares. Por fim, são demonstradas as capacidades do maquinário de como poderão resolver os problemas de produção de futuros clientes. 5- Como foi o crescimento na estrutura física? Construímos nossa fábrica, em 2010, num terreno de 20.000 m² e nele instalamos um galpão industrial de 1.200m², o qual foi ampliado para 2.200m², em 2012. No ano seguinte, a Imaaj inaugurou sua

INSTITUTO DE EMBALAGENS

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filial no Nordeste, localizada na cidade de Paulista, região metropolitana de Recife (PE). A filial funciona como base operacional para atendimento dos clientes das regiões Norte e Nordeste. Em 2014, a Imaaj iniciou seu exercício anual de Planejamento Estratégico. 6- O ano de 2015 foi próspero para a empresa? Em 2015, participamos de cinco feiras e exposições por todo o país, inclusive da Fispal Sorvetes, em São Paulo (SP). Também neste ano, a indústria de alimentos, indiferente às mazelas e da corrupção oriunda da política nacional, exigiu da Imaaj um novo investimento em mais uma ampliação da área industrial. Com previsão de conclusão no primeiro semestre de 2016, aumentaremos 1.800m², totalizando 4.000m² de área industrial. A crescente quantidade de maquinário próprio instaladas em nosso país exigiu, também, que fizéssemos ampliações estruturais na área de fabricação de peças de reposição, direcionada para o mercado de manutenção e produção de novas máquinas. Hoje, a empresa opera marketing oriented, focada nas necessidades de seus clientes e atenta às oportunidades do mercado. Conclusão: 2015 foi um ano muito bom para a Imaaj, que superou todas as expectativas em crescimento das vendas, graças ao portfólio de soluções materializadas em máquinas eficazes a preços competitivos, boa assistência técnica e prestação adequada de serviços que agradam a seus numerosos clientes. Tudo isso, sem esquecer outro importante fator que faz da Imaaj uma empresa séria, comprometida e competente: o constante treinamento de funcionários dos clientes. Ele é realizado em suas fábricas ou nas dependências da própria Imaaj, que conta com diversos recursos, inclusive, bancada eletropneumáticas. 7- E como será 2016? Vou apresentar nossas ideias para o próximo ano em tópicos: 1. Mais inovações em novos produtos! 2. Melhoria contínua no atendimento aos pedidos! 3. Praticar o imagineering, palavra cunhada por Walt Disney, que significa a combinação da imaginação criativa e do conhecimento técnico de que dispomos! Desse modo, a Imaaj orgulha-se em apresentar a satisfação de seus clientes como a principal referência para seus produtos.•

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Especial

Acondicionamento de leite condensado em embalagens flexíveis com formato stand up pouch

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Maqinox cria e desenvolve a maioria rígidas, conforme informa o gerente dos equipamentos destinados ao comercial. O equipamento também possui envase de produtos alimentícios e uma condição técnica para aplicação de um dos objetivos comerciais da empresa, bicos, zip lock, válvulas e formatos especiais. segundo Marciano Zoltir, gerente comercial da “Para a Maqinox, o envase de leite condensado Maqinox, é buscar e apresentar ao mercado nestas linhas já é uma realidade, um mercado novas formas de envase e tecnologias, promissor para os nossos clientes, com grande melhor produtividade, baixo perspectiva de crescimento. custo produtivo, aliado a Assim, a indústria cria apresentar ao mercado mais uma opção, com uma “capabilidade” funcional novas formas de envase dos equipamentos. um equipamento muito e tecnologias, melhor Em uma das linhas de mais acessível, com baixo produtividade, baixo custo destaque está o envase investimento e grande produtivo, aliado a uma leque de fornecimento para de leite condensado, “capabilidade” realizado em embalagens embalagem, com diversos com formato stand up fornecedores de grande pouch e com diversas gramaturas devido à qualidade”, afirma Zoltir. facilidade de configuração das embalagens De acordo com o gerente comercial, o e equipamentos, que possui um range que consumidor terá um produto de qualidade, permite o trabalho de 100 ml a 2 litros. atendendo a todas as normas, agregado a O formato stand up pouch, que é configurado um baixo custo, fácil utilização etc. “Avaliando com o equipamento Doy Pack, tem sido a estes pontos é certo dizer que é um mercado linha de maior procura nos últimos anos que ainda esta engatinhando, mas sem no mercado. Isso ocorreu pelo fato de sombra de dúvida que trará bons frutos apresentar uma montagem que permite uma em um curto espaço de tempo”, concluiu o apresentação muito similar às embalagens gerente comercial•.

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Caderno de Sorvetes

Como ter sucesso no verão

Fonte: Divulgação

Por Santiago Adriano Sabel

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ia após dia, aumenta o número de empresas e encontrar um mercado para ser explorado não é tarefa fácil. Uma ótima forma para iniciar o seu próprio negócio é comprar uma franquia ou aproveitar as tendências de consumo que vão surgindo, uma dessas oportunidades é a venda de sorvetes no verão. O sorvete é uma sobremesa a base de leite, na qual é adicionado fruta ou outros ingredientes e sabores, sendo consumido por milhares de pessoas em todos os lugares do mundo há mais de 3.000 anos. Atualmente o sorvete está no gosto do brasileiro e nos últimos 10 anos, o consumo teve um crescimento de 80%. O verão pode ser uma ótima forma de dar o pontapé inicial ao seu negócio, com muito planejamento e pesquisa sobre a venda e distribuição de seu futuro negócio, consulte especialistas e converse com consumidores e fornecedores. Se você já trabalha no ramo de sorvetes ou deseja iniciar o seu primeiro empreendimento, é muito importante garantir a qualidade do seu produto na hora de ser transportado. O transporte de sorvetes está se modernizando com equipamentos e carroçarias melhores e mais

Fonte: Divulgação

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leves que possam levar do carregamento até a última entrega a garantia do produto sem sofrer avarias. A Thermo Star é uma empresa especializada em refrigeração e possui equipamentos com ótima tecnologia, conta com uma linha de equipamentos Placas Eutéticas desenvolvidas para atender as várias dimensões de carroçarias existentes no mercado. A carroçaria por sua vez deverá seguir a vários requisitos de qualidade e isolamento para que se tenha o perfeito conjunto. Sinônimo de qualidade e inovação na refrigeração de sorvetes, as Placas Eutéticas Thermo Star permitem ampliar as práticas logísticas e comerciais que antes eram restritas a pouca exigência frigorífica. Garantia de uma eficiente distribuição, preserva a temperatura do produto desde o carregamento até a última entrega, que pode passar de 60 em um dia. Os equipamentos TSP possuem garantia de 12 meses e as placas eutéticas garantia de 10 anos. Temos uma equipe treinada, pronta para atendê-los, procure sempre o apoio de profissionais capacitados para tornar seus objetivos em realidade.•

Fonte: Divulgação


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Mercado

CEPEA: Chuva favorece produção e preço ao produtor segue em queda

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om a chegada das águas nas principais regiões produtoras de leite em setembro, a produção aumentou e o valor pago ao produtor em outubro teve a segunda queda consecutiva, considerando-se a “média Brasil” (MG, PR, RS, SC, SP, GO e BA). De acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o preço líquido (sem frete e impostos) recebido pelo produtor recuou 1,15% de setembro para outubro, com a média indo para R$ 0,9731/litro. Na comparação com outubro/14, o preço está 9,2% menor em termos reais (deflacionados pelo IPCA de setembro/15). O preço bruto médio (inclui frete e impostos) pago pelos laticínios/cooperativas foi de R$ 1,0589/litro, redução de 0,73% em relação ao mês anterior. As quedas ocorreram em praticamente todas as praças acompanhadas pelo Cepea; apenas no Rio Grande do Sul e na Bahia, os valores subiram um pouco. Esse recuo já era esperado por agentes consultados pelo Cepea, tendo em vista o aumento da produção nesta época do ano. No Rio Grande do Sul, no entanto, o excesso de chuvas limitou o crescimento da oferta, motivando alta dos preços ao produtor. Na Bahia, foi a competição entre laticínios por produtores que elevou as cotações. Em setembro/15, o Índice de Captação do Cepea (ICAP-L/Cepea) registrou novo aumento, de 3,26%, em relação a agosto e de 8,1% na comparação com setembro/14. São Paulo teve o maior aumento de captação, de 4,66%, seguido por Goiás (4,55%), Minas Gerais (3,74%), Paraná (3,04%), Rio Grande do Sul (2,13%) e Santa Catarina (1,91%). Bahia foi o único estado onde a captação de leite diminuiu, 3,04%. Para novembro, a expectativa da maior parte dos representantes de laticínios/cooperativas ainda é de queda nos preços. Entre os colaboradores consultados pelo Cepea, 72,7% deles, que representam 95,4% do leite amostrado, acreditam que haverá novo recuo no próximo mês; apenas 18,2% dos agentes, que respondem por 3,9% do volume captado, sinalizam estabilidade. Há ainda um grupo que reúne 9,1% dos profissionais consultados, representantes de 0,6% da amostra, que acreditam em alta em novembro. No mercado paulista de derivados (referência de consumo varejista), o leite UHT e o queijo muçarela se desvalorizaram em outubro pelo quarto mês seguido. Apesar da queda mensal, os fechamentos diários sinalizaram ligeira reação nos preços do leite UHT no final de outubro, influenciados por certo aquecimento da demanda por esse produto. Já para o queijo muçarela, a demanda ainda está fraca e as cotações seguiram com quedas diárias. Em outubro (até o dia 28), o leite UHT teve média de R$ 2,1848/litro e o queijo muçarela, de R$ 13,4062/kg, quedas de 2,6% e de 2,63%, respectivamente, em relação a setembro/15. Esta pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).•

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ROOL NATAL

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Mercado

Fonte: Cepea-Esalq/USP.

Evolução do ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite, SETEMBRO/15 (Base 100=Jun/04)

Fonte: Cepea-Esalq/USP.

Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquidos) em OUTUBRO/15 referentes ao leite entregue em SETEMBRO/15

Fonte: Cepea-Esalq/USP.

Preços em estados que não estão incluídos na “média nacional” – RJ, MS, ES e CE

Fonte: Cepea-Esalq/USP.

Preços médios pagos ao produtor - “Média Brasil” (MG, PR, RS, SC, SP, GO e BA) Valores reais – R$/litro (deflacionados pelo IPCA Set/15)

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