Revista Mais Leite Ed. 54

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Diretora Jussara F. S. Rocha

expediente

(11) 94110.4965 diretoria@grupomaisfood.com.br Editor CauĂŞ Vizzaccaro caue@grupomaisfood.com.br Gerente de Contas Clecio Laurentino (11) 95557.4355 clecio@grupomaisfood.com.br Arte Anselmo Rocha anselmo_ar@icloud.com Administrativo / Financeiro financeiro@grupomaisfood.com.br Conselho editorial Carlos Ramos, christian Oest Moller, Ludimila Couto Gomes, Luiza Carvalhaes de Albuquerque, Marion Ferreira Gomes, Nelson Luiz Tenchini de Macedo e Rodrigo de Souza, Vera Lucia de Souza Assinatura/Subscription Brasil: R$ 130,00 USA, Latin America, Europe and Africa: US$ 150,00 Tel.: (11) 2369-4116 / 2369-4054 / 2386-1584

www.grupomaisfood.com.br 3


SUMÁRIO

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03 | Expediente

28 | Saúde: Sooro

04 | Sumário

32 | Empresas: Arsopi

06 | Editorial

34 | Especial: Vogler

08 | Lançamentos: Alibra

38 | Capa: inovações em embalagens

12 | Lançamentos: Regina

46 | Guia Lácteo Envase Brasil: mapa

14 | Especial: Logoplaste

48 | Guia Lácteo Envase Brasil: expositores

16 | Saúde: corantes bioativos

54 | Empresas: RMB Pack

18 | Especial Queijos: Poivre d’Âne

56 | Opinião: Cláudio Furtado Soares

22 | Especial: Sealed Air

62 | Informe: Metanox

24 | Empresas: Milainox

63 | Caderno de sorvetes: Tetra Pak

26 | Especial: Prozyn

66 | Índice de anunciantes


Maxiren® XDS

Queijo com uma textura duradoura Tornamos isto realidade Ótimas notícias para o setor de queijos: apresentamos nosso novo Maxiren® XDS, um coagulante que mantém a textura do queijo durante a vida de prateleira, proporcionando mais flexibilidade aos produtores e processadores de queijos. E ainda há mais. Os consumidores podem saborear um queijo com uma excelente fatiabilidade e um derretimento perfeito e equilibrado. Tudo isso porque o Maxiren® XDS mantém a textura em toda a estrutura das proteínas do queijo. Além da flexibilidade e dos benefícios sensoriais, este coagulante também atende aos requisitos

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de qualidade do soro do leite, agregando valor ao processamento de seu soro do leite. Nosso objetivo é fornecer ao setor de queijos soluções completas que funcionem. Nossa combinação de culturas e coagulantes proporciona, de modo sinérgico, a eficiência de produção e os benefícios de sabor e textura. Para saber mais, entre em contato conosco hoje mesmo. info.food@dsm.com | www.dsm.com/food

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EDITORIAL Envasando o Brasil

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ais uma vez estaremos na Envase Brasil, um dos eventos que mais crescem em nosso país. Na feira teremos a satisfação de reencontrar amigos do setor e, somando a isto, nossa revista oferece ao visitante o Guia Lácteo Envase Brasil. Além da Envase Brasil, neste ano estaremos na Fispal Tecnologia (14 a 17/6), Semana do Laticinista/Expolac/Concurso Nacional de Produtos Lácteos (19 a 21/7), Anutec Brazil (2 a 4/8), Food Ingredients (23 a 25/8), Encontro Baiano de Laticinistas (ainda sem data marcada), Embala Nordeste (18 a 21/10), Latin America Dairy Congress (3 e 4/11) e Fispal Nordeste (8 a 11/11). Nesta edição, a reportagem de capa é sobre o tema inovações em embalagens. A autora refletiu sobre inovações, a causa de elas serem tão importantes atualmente e quais são mais importantes no caso das embalagens flexíveis. Já na editoria Opinião tivemos o prazer em entrevistar o prof. Cláudio Furtado Soares, chefe geral da Epamig-ILCT. No encontro, o prof. Cláudio pôde contar parte da história do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), a não realização da Expomaq e a forma encontrada para atender as empresas do segmento. Em Especial Queijos, abordamos sobre o queijo tipo Poivre d’Âne. O alimento é originário da Provence-Alpes-Côte d’Azur, da região Alpes-de-Haute-Provence, no sul da França, e é produzido da primavera ao outono a partir do leite de cabra. Também temos uma matéria sobre os corantes bioativos, como a luteína, e sua utilização no queijo prato para prevenir doenças oculares. Os corantes bioativos foram testados na fabricação do produto e obtiveram resultados favoráveis em estudo realizado pelo ILCT. Boa feira e leitura!

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HIDROZON

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A mais completa linha de Salgas, Secadores, Maturadores e prateleiras de estocagem para todos os tipos de queijos.

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Lançamentos

Alibra lança a Mozzalet Atenta à crescente demanda do mercado food service, empresa lança uma nova cobertura para pizza com custo competitivo

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Alibra, fornecedora de produtos lácteos em pó e de soluções em ingredientes para alimentos e pioneira no Brasil na produção de queijos análogos processados, lança mais um produto destinado à cadeia food service: a Mozzalet, desenvolvida para substituir parcialmente a mussarela tradicional e proporcionando redução de custos. Com experiência neste segmento há cinco anos, desde quando lançou a Mozzana – cobertura para pizzas tipo mussarela –, a Mozzalet inova trazendo uma nova tecnologia e melhor custo. De acordo com o sócio da Alibra, João Bosco Pinheiro, a Mozzalet é uma cobertura para pizzas tipo mussarela que chega ao mercado apresentando como principais características: a alta performance e rendimento, redução de custos, excelentes propriedades de ralagem, fatiamento e derretimento. Além disso, o produto não aglomera depois de ralado, libera menos gordura após o forneamento, e possui baixo teor de lactose. “Como se trata de um queijo análogo, ele pode ser adaptado para atender às necessidades nutricionais específicas, dependendo da base de ingredientes utilizada”, afirma Pinheiro. Crescimento do mercado food service Segundo a Associação Brasileira das

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Indústrias da Alimentação (Abia), o mercado food service já representa 30% do faturamento da Indústria de Alimentos e Bebidas. A Associação também estima que nos grandes centros urbanos o número de refeições feitas fora de casa chegue a 30% das refeições totais. Apesar de significativo, o número ainda tem grande potencial de crescimento se comparado aos Estados Unidos e Europa, onde são destinados 50% e quase 70% respectivamente. Já o Instituto Food Service Brasil (IFB) reforça o crescimento apontando que, entre 2011 e 2014, o faturamento desse setor saltou de R$ 121 bilhões para R$ 157 bilhões, apresentando uma média anual acima de 9%. A participação do food service no gasto das famílias com alimentação saltou de 24,1% em 2002 para 33,3% em 2014. Diante desses números, Tiago Paschoini, gerente de Vendas da Alibra, declara que o que motivou a empresa a lançar este produto, que integrará a linha food service, foi perceber, além do crescimento do setor, a oportunidade de oferecer uma cobertura que pode reduzir o custo final da pizza, principalmente em um mercado em que todos procuram melhorar a margem de lucro sem abrir mão da qualidade. “O grande diferencial dos queijos análogos é a vantagem econômica diante dos tradicionais, já que o preço da mussarela


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convencional oscila ao longo do ano, acompanhando a oferta e demanda do leite. Como o mercado de food service é crescente no Brasil, produtos inovadores como a Mozzalet agregam às demandas cada vez maiores por produtos que tragam qualidade, praticidade e redução de custo”, garante Paschoini. De acordo com o gerente de vendas, a Mozzalet se homogeneíza muito bem com a mussarela tradicional e, por isso, pode ser utilizada em diversas proporções dependendo do resultado de sabor, textura e consistência desejados. Além da pizza, a Mozzalet pode ser aplicada em recheios de pastéis, salgados, tortas e de massas em geral. Paschoini explica ainda que a Mozzalet chegará às pizzarias, restaurantes, pequenas fábricas de salgados e cozinhas industriais através de distribuidores de produtos refrigerados e atacado de autoserviço (cash and carry). Além disso, a empresa disponibilizou um vídeo no site, no qual demonstra a performance e benefícios do produto. Histórico dos Queijos análogos Na fabricação dos queijos análogos, o leite e a gordura do leite presentes nos queijos tradicionais são parcialmente ou

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totalmente substituídos por proteínas de leite, gorduras vegetais e amidos modificados. A tecnologia de produção é a mesma utilizada na fabricação do queijo processado, através de calor, trabalho mecânico e sais fundentes. Os queijos análogos também conhecidos como sucedâneos de queijo podem ser classicados como produtos lácteos ou parcialmente lácteos como a Mozzalet, ou análogos não lácteos. Além do queijo análogo tipo mussarela, é possível produzir também queijo análogo tipo cheddar e parmesão, os quais podem ser comercializados em blocos, filetes, pedaços, fatias ou molhos. “Apesar de sua produção ser recente no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos ela já acontece há algum tempo devido ao preço atraente e funcionalidade. Além da redução de custos à cadeia food service, o produto oferece uma expansão mercadológica graças à demanda por intolerantes à lactose”, diz o sócio da Alibra. No Brasil, a estimativa é de que sejam consumidas aproximadamente mil toneladas de mussarela por dia em pizzas. “Nosso país representa um grandioso mercado, por isso a Alibra conta em seu portfólio com os queijos análogos”, conclui Pinheiro.•


74 ANOS

TECNOLOGIA EUROPEIA A SERVIÇO DO MERCADO NACIONAL

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Lançamentos

Barbosa & Marques lança Queijo Colonial Temperado Regina Produto conta com sabor marcante, é fabricado na região sul do Brasil e ideal para ser apreciado como aperitivo ou adicionado em pratos refinados

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Barbosa & Marques, empresa de laticínios presente no mercado brasileiro desde 1915, fabricante dos produtos Regina, lança com exclusividade o Queijo Colonial Temperado Regina, produto de sabor marcante, ideal para ser degustado como aperitivo acompanhado de um bom vinho tinto ou incluso em pratos requintados. Disponível nas principais redes supermercadistas, o Queijo Colonial Temperado Regina é considerado um dos ícones de destaque da gastronomia gaúcha. O produto de produção artesanal, fabricado na região sul do Brasil, passa por um processo de maturação, responsável por uma de suas características mais peculiares: casca amarelada, interior macio e sabor único. Seu consumo é altamente benéfico por ser fonte de cálcio e energia. Pode ser adicionado em saladas diversas ou de ervas que lhe conferem um sabor mais picante. Além disso, este tipo de queijo é indicado para desenvolver a receita do tradicional pão de queijo mineiro. O Queijo Colonial Temperado Regina para sua melhor conservação deve ser refrigerado entre 1 e 10°C. Recomenda-se

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retirar da geladeira pelo menos 20 minutos antes do consumo para melhor percepção da consistência e sabor.• Os produtos de laticínios da marca Regina podem ser encontrados nos principais supermercados do país. Outras informações pelo site (http://site.regina.com.br/) ou facebook (https://www.facebook.com/ QueijosRegina).


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Especial

Logoplaste “In-house”

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Logoplaste, empresa fundada, em 1976, em Cascais (Portugal), trabalha com o modelo de negócios “In-house” – idealizado após uma série de razões históricas que aconteceram no país. A Logoplaste abarcou ao Brasil, em 1995, e atualmente possui sete fábricas em diversos estados do Brasil, tais como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná. A concepção da operação “In-house” utilizada pela Logoplaste nasceu como alternativa para a dificuldade encontrada no transporte de frascos sopráveis, já que o volume é muito grande e o valor é baixo. De acordo com Fabio Salik, diretor da Logoplaste, o valor agregado do frasco é muito baixo se comparar com o volume que ele ocupa. Assim, o frete pode atingir muitas vezes um valor substancial no custo total do frasco. No Brasil existem várias regiões que necessitam de embalagens e só encontram polos desenvolvidos no Sul e Sudeste, logo um dos problemas é referente à questão dos custos com o transporte. Segundo o diretor, as vantagens quando se faz uma operação “In-house” são: 1- Elimina o frete e traz grande economia aos clientes; 2- A entrega do material é instantânea (há casos em que o tempo para o estoque intermediário é de um minuto e meio, assim, este estoque está praticamente junto com a linha de produção) e otimiza o processo inteiro, pois o cliente não precisa se preocupar com o estoque ou pedido de compra, pois ao ligar o equipamento, a máquina da Logoplaste também é ligada; 3- Elimina os estoques dentro da fábrica e o cliente acaba por ganhar espaço; 4- Diminui a mão de obra;

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5- Com uma operação “just in time”, o capital de giro é negativo, pois o cliente só compra o material quando necessita e paga em data posterior, assim, o cliente não precisa ter estoque, não tem que comprar antecipadamente e não há produto em trânsito. Além dessas vantagens, também há outros pontos a considerar, como a questão dos volumes. Para justificar a implantação de uma fábrica é preciso um volume mínimo e isso varia de produto a produto e da localização da fábrica. É necessário analisar cada caso para concluir se é viável a realização da operação. “Muitas vezes a operação com uma máquina é viável e com cinco máquinas não é. Depende do nível de SKUs (‘Stock Keeping Unit’ ou Unidade de Manutenção de Estoque é um código identificador único de um produto e é utilizado para controle do estoque), do tipo de decoração necessária, entre outros detalhes. Como exemplo de SKUs diferentes temos frascos de 80 ml ou de 180 ml e sabor de pêssego ou de morango. Cada código comprado é um SKU”, explica Salik. Quando se tem uma fábrica “In-house” há um custo variável e um fixo que tem que ser coberto. “Temos uma regra que conforme o volume aumenta ou diminui, o custo fixo acaba sendo absorvido em uma quantidade maior ou menor. Isso tem impacto no preço ou uma compensação por causa da redução ou aumento de volumes. Se o cliente consegue produzir mais do que o número combinado e nós temos a capacidade para atender a quantia adicional, isso gerará um impacto no preço e o cliente aproveitará os benefícios. Em


Especial contrapartida, se for comprado menos do que foi previsto, o custo fixo de operação na fábrica não tem como eliminar, e isso acaba por encarecer ligeiramente o produto. Esses processos são realizados através de uma planilha de custos aberta ao cliente, com total transparência. Em uma operação ‘In-house’ é necessária absoluta transparência, pois é como um casamento. A operação ‘In-house’ é baseada em um relacionamento muito forte entre as empresas e transparência incondicional”, afirma o diretor. Existem vários processos para produção de garrafas plásticas. Citando o exemplo do leite UHT, a Logoplaste consegue produzir preformas com dupla camada que permitem a barreira à luz necessária para este produto. A injeção é realizada em dois estágios (sobreinjeção), conforme exemplifica Salik: “É realizado um movimento no molde e assim é possível injetar uma ca-

mada preta interna e outra camada branca externa. São duas cores diferentes injetadas. Hoje no mundo são pouquíssimas empresas que possuem essa tecnologia. E no Brasil, somente a Logoplaste domina esta tecnologia”. A segurança na higienização dos frascos é uma grande preocupação da Logoplaste. Além de evitar ao máximo a contaminação interna da embalagem, no processo também é realizada uma descontaminação prévia com peróxido de hidrogênio (água oxigenada). “A nossa grande preocupação é garantir que a embalagem saia das nossas máquinas e chegue ao cliente através de um processo que garanta que nada entrará no frasco. O processo segue uma série de regras bastante criteriosas para que não exista contaminação no frasco. Nem por meio de micro-organismos, nem por meio de objetos estranhos”, finaliza o diretor.•

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Saúde

Queijo prato com corantes bioativos pode prevenir doenças oculares A utilização de corantes bioativos na fabricação do produto, como a luteína em substituição ao urucum, foi testada e obteve resultados positivos em projeto de pesquisa desenvolvido pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes

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queijo prato pode ser mais um aliado na prevenção de doenças e lesões oculares, como a catarata e a degeneração macular, que chega a causar cegueira em pessoas com mais de 65 anos. Para isso acontecer, é necessária a utilização de corantes bioativos na fabricação do lácteo. “Substituímos o corante de urucum, tradicionalmente utilizado durante a fabricação do queijo prato, por corante luteína, com propriedades antioxidantes que evita essas doenças. Os resultados apontaram a absorção de 6 mg de luteína em cada 100g de queijo, quantidade necessária para uma dieta diária de reposição dessa substância no organismo; e o melhor, sem alterar o sabor do produto”, revela a pesquisadora Denise Sobral, que coordenou o estudo. Segundo ela, o queijo prato é o segundo mais consumido no Brasil e a utilização da luteína pode trazer benefícios à saúde, sem alterar os hábitos da população. “A

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versatilidade, faz com que o queijo tenha grande potencial para se tornar um alimento funcional, pois consegue atingir diferentes faixas de idade, classe social e exigências de consumo”, observa. O projeto desenvolvido no Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig). Durante três anos, os pesquisadores fabricaram o queijo prato com luteína e realizaram análises para verificar o grau de absorção da substância bioativa no queijo, a composição, a textura, a microbiologia e a coloração do produto, comprovando que a luteína não altera as características do produto final. Benefícios da luteína A luteína é um dos principais pigmentos maculares contidos na retina humana, sendo responsável por duas funções fundamentais: proteger a mácula contra o estresse oxidativo (função antioxidante) e filtrar a luz azul de alta energia, melhorando a acuidade visual. Por meio desses mecanismos, acredita-se que luteína possa contribuir para a diminuição do risco de ocorrência de catarata e de degeneração macular relacionada à idade. A degeneração macular relacionada à idade é a principal causa de perda de visão irreversível na população de idade avançada nos Estados Unidos e no mundo ocidental.


Saúde tornar mais severo, apontam os estudos. Como a luteína não é sintetizada pelo organismo humano, é necessário que seja suprida por meio da alimentação. A dose mínima de luteína a ser ingerida para que tenha efeitos benéficos à saúde é de 6 mg diárias. O próximo passo do projeto, segundo a pesquisadora, é viabilizar a utilização da luteína junto à indústria, já que a substância tem custo maior que o urucum.• Estima-se que 1,6% da população entre 50 e 65 anos de idade seja afetada por esta doença, aumentando para 30% no grupo de indivíduos com idade acima dos 75 anos. Como a proporção de idosos na população brasileira aumentou, assim como a expectativa de vida, o impacto da doença na saúde pública tende a se

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Especial Queijos

Poivre d’Âne

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queijo tipo Poivre d’Âne é originário da Provence-Alpes-Côte d’Azur, da região Alpes-de-Haute-Provence, no sul da França. Originalmente é fabricado da primavera ao outono quando elaborado a partir de leite de cabra exclusivamente. O teor de gordura deve ser tal qual o leite recém-ordenhado. O Poivre d’Âne possui textura fechada, untuosa e aroma ligeiramente lático originário da fermentação lática. Tradicionalmente é maturado por um período de 30 dias, envolto em folha de segurelha seca que lembra o tomilho e a hortelã, e que dá um toque ligeiramente acentuado ao sabor. Características Formato: queijo pequeno e cilíndrico. Sabor: suave, ligeiramente ácido tendendo ao ácido, pela característica da coagulação. Peso: 100 a 120 gramas. Massa: crua, dessorada lentamente. Coagulação: preponderantemente ácida – lática com uma pequena dose de coalho. Rendimento médio: 5,8 a 6,5 litros de leite por quilo de produto final. Padrão de qualidade Índice Após a fabricação % de umidade 55 a 58% % de sal 1,2% pH 5,0 a 5,4 % de GES (mínimo) 45% % de proteína total % gordura 18 a 22% Dias maturação 15 a 20 dias Tecnologia Leite: filtrado e pasteurizado. Gordura: leite integral. Fermento lático mesofílico à base de Lac-

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Por Fernando Rodrigues tococcus lactis subsp. lactis e Lactococcus lactis subsp. cremoris – fermento tipo O. A quantidade de fermento deverá ser proporcional ao volume de leite a ser processado. Temperatura adição do coalho: 30 a 32°C. Coagulante Quimase na dosagem de 1/10 (um décimo) da dosagem usual. Temperatura adição do fermento lático: 30 a 32°C. Tempo de coagulação: 8 a 10 horas. Técnica Após a adição do coagulante e fermento lático, o leite deverá ser deixado em repouso por um período de 8 a 10 horas. Após este período deverá estar com pH de 4,6 ou acidez de 70 a 72°D (graus Dornic), totalmente coagulado sob a forma de um gel único, bem formado, sem desprendimento de soro ou produção de gás (pequenas bolhas que podem ser indicativo de contaminação). A coalhada é retirada cuidadosamente com auxílio de concha em aço inoxidável, previamente desinfetada. A coalhada deverá ser depositada em pequenas armações com telas finíssimas ou sacos de tecido poroso (morim). A função do pano é permitir a saída do soro, deixando a massa intacta e consequentemente concentrando-a. Esta operação deve ser lenta e com muita tranquilidade para que não ocorram perdas excessivas (massa frágil). O soro resultante no primeiro momento deverá estar com 48°D, não devendo ultrapassar 50°D, o que poderá resultar em um queijo de sabor mais ácido. A dessoragem lenta poderá ocorrer num período de 24 até 48 horas num ambiente de temperatura regulado entre 10 e 12°C (quanto maior o tempo, maior a tendência


Especial Queijos em se obter uma massa mais seca). Ao final deste período, a massa coagulada apresenta-se com consistência mais firme e seca, textura leve e muito aromática (lembrando a fermentação lática). Após a dessoragem é feita a moldagem seguida de enformagem da massa (manualmente). Utilizam-se formas cilíndricas compatíveis com o peso final do queijo (100 a 120 gramas). Tradicionalmente estes queijos são envoltos com ramos secos de segurelha, tomilho, alecrim e hortelã (que podem ser preparados para tal finalidade).

Desenformam-se os queijos cuidadosamente, decorridos 30 minutos após a enformagem e cobrem-se cada superfície com a mistura destas ervas. Matura-se o Poivre d’Âne por no mínimo 15 dias (tempo suficiente para incorporar os sabores aromáticos das ervas aplicadas). Tradicionalmente é maturado por até 30 dias incorporando sabores mais pronunciados que caracterizam os queijos franceses. Recomenda-se a maturação em câmara frigorífica com temperatura regulada entre 10 a 12°C, com os queijos previamente embalados em papel alumínio.•

- O ideal é fazer a dessoragem da massa em uma sala climatizada ou câmara fria. - O objetivo da dessoragem é definir a massa, naturalmente, liberando soro. - O tempo médio de coagulação irá depender de alguns fatores como: a) Aptidão do leite para fermentação lática; b) Qualidade do fermento lático; c) Ausência de medicamentos que podem afetar o fermento lático; e d) Manutenção da temperatura no decorrer da fermentação.

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Especial

Sealed Air propõe automação para envase de queijos comuns e “Wet cheese”

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Sealed Air Food Care, por meio da marca de embalagens e equipamentos Cr yovac®, é especializada em soluções inovadoras e sustentáveis para a indústria de laticínios. Em seu portfólio, oferece soluções em automação para linhas processadoras de queijos, que tornam a produção mais integrada, automatizada e eficiente. O processo de automação inclui a integração de equipamentos e soluções Cryovac às linhas de produção préexistentes, que inclui as etapas de: • Chegada do queijo após banho de salga; • Fracionamento do queijo (se necessário); • Equipamento automático de ensacamento (e processos de vácuo e encolhimento); • Pesagem e rotulagem (se necessário); • Transporte entre o túnel de encolhimento e a linha de envase de caixas. “Para a integração da operação, fazemos uma análise personalizada do processo e das instalações existentes com o objetivo de identificar alternativas de sistemas de envase mais adequadas. É possível incluir

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equipamentos específicos de acordo com a necessidade individual do cliente”, comenta Daniel Marquez, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Sealed Air. Marquez explica que, com a abordagem de soluções totais, é possível ter a visão do negócio do cliente como um todo, otimizando cada seção para oferecer soluções vantajosas, competitivas e capazes de entregar maior sustentabilidade e receita. A automação da planta é feita de forma individualizada, com um projeto personalizado conduzido por especialistas da Sealed Air. As propostas apresentam soluções com diferentes graus de automação, focando sempre no processo contínuo, ergonômico e com redução ou eliminação da movimentação manual de queijos e caixas. Isso tudo aumenta a eficiência operacional. Sistemas totalmente automatizados ajudam a transformar a linha de produção em um processo continuo e padronizado, reduzindo variáveis, riscos de erros e alterações. As tarefas de supervisão da


linha são simplificadas com o suporte de tecnologias, como o Cr yovac® PakFormance® Insight, uma plataforma de gerenciamento remoto para carregadores, câmaras de vácuo e túneis de encolhimento, que pode ser integrada ao equipamento Sealed Air. “Wet cheese” O “Wet cheese” consiste no processo pelo qual o queijo é embalado na saída da salga e, nesse caso, a maturação do produto acontece dentro da própria embalagem. As diferenças sensoriais de sabor, aroma, coloração, consistência etc. entre um queijo maturado na embalagem (“wet cheese”) e outro no procedimento comum pode variar de acordo com o tipo de queijo, a tecnologia de processamento e o tipo de produto (e devem ser planejadas e ajustadas conforme a necessidade específica de cada um).

Entre os benefícios para o laticínio ao trabalhar com “Wet cheese” está o ganho com a vida útil do queijo, segundo o gerente de Desenvolvimento de Negócios: “Certamente é possível identificar aumento de vida útil, que ocorre por conta redução de manipulação e do tempo de processamento dos queijos, fatores que diminuem as possíveis variáveis de contaminação. Além disso, o equipamento de vácuo e os sacos termoencolhíveis proporcionam uma embalagem bem ajustada, mesmo em queijos mais úmidos, impedindo a ação de ar residual no interior da embalagem, que poderia favorecer o crescimento de fungos no interior da embalagem. Além disso, ao eliminar a etapa de cura do queijo, entre a saída da salga e a embalagem a vácuo, o tempo de processamento é reduzido, e o espaço da planta é mais otimizado”, conclui Marquez.•

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Empresas

Máquinas automáticas e manuais da Milainox A Milainox, empresa especializada em equipamentos para envase, apresenta seladoras, envasadoras, datadoras e colocadoras automáticas e manuais ao mercado lácteo. Veja algumas delas: DS Máquina seladora e colocadora de sobre tampa semiautomática em copos e potes plásticos com ø até 120 mm. • Produção de até 1.200 unidades/hora; • Totalmente Revestida em aço inoxidável, com acabamento sanitário; • A bastecimento e extração do copo, feito manualmente; • Único equipamento do mercado com concepção mecânica; • Dispensa mão de obra especializada; • Baixo custo operacional e longa vida útil; • Versátil e robusto, possibilitando a troca prática e rápida dos formatos garantindo a facilidade e agilidade operacional; • Disco do porta-copos com 7 cavidades; • Interrupção automática do colocador selos e sobre tampa, na ausência de embalagem; • Pedal expulsor de copos; • Espaço ocupado de 1 m² por equipamento (otimização de espaço). DSM-2 Máquina envasadora, seladora, datadora e colocadora de sobre tampa semiautomática em copos e potes para requeijão, manteiga, iogurte, coalhada, doce de leite, cottage (líquidos, pastosos e granulados) e outros (sob consulta). • Produção de até 1.200 unidades/hora; • Totalmente Revestida em aço inoxidável, com acabamento sanitário; • A bastecimento e extração do copo, feito manualmente;

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• Único equipamento do mercado com concepção mecânica; • Dispensa mão de obra especializada; • Baixo custo operacional e longa vida útil; • Versátil e robusto, possibilitando a troca prática e rápida dos formatos garantindo a facilidade e agilidade operacional; • Disco do porta-copos com 7 cavidades; • Interrupção automática do dosador na ausência de embalagem; • Pedal expulsor de copos; • Espaço ocupado de 1 metro quadrado por equipamento (otimização de espaço); • Exatidão no envase e também na dosagem do produto. M-22 – PASTOSO Máquina envasadora, seladora, datadora e colocadora de sobre tampa automática em copos e potes para requeijão, manteiga, iogurte, coalhada, doce de leite, cottage (líquidos, pastosos e granulados) e outros (sob consulta). • Produção de 2.200 unidades/hora; • Totalmente revestida em aço inoxidável, com acabamento sanitário; • Executa automaticamente as operações de alimentação de copo/pote, selo e sobre tampa; • Único equipamento do mercado com concepção mecânica; • Dispensa mão de obra especializada; • Baixo custo operacional e longa vida útil; • Versátil e robusto, possibilitando a troca prática e rápida dos formatos garantindo a facilidade e agilidade operacional;


Empresas • Interrupção automática do envase e colocação de selo/tampa na ausência de copos/potes, eliminando desperdício de embalagens/produtos; • Espaço ocupado de 1 m² por equipamento (otimização de espaço); • Exatidão no envase e também na dosagem do produto; • Uma pessoa opera até quatro máquinas simultaneamente. M-22 PLUS – PASTOSO Máquina envasadora, seladora, datadora e colocadora de sobre tampa automática em copos e potes para requeijão, manteiga, iogurte, coalhada, doce de leite, cottage (líquidos, pastosos e granulados) e outros (sob consulta), com cabine de desinfecção da embalagem. • Produção de 2.200 unidades/hora; • Totalmente Revestida em aço inoxidável, com acabamento sanitário;

• Executa automaticamente as operações de alimentação de copos/potes, selos e sobre tampas; • Único equipamento do mercado com concepção mecânica; • Dispensa mão de obra especializada; • Baixo custo operacional e longa vida útil; • Versátil e robusto, possibilitando a troca prática e rápida dos formatos garantindo a facilidade e agilidade operacional; • Interrupção automática do envase e colocação de selo e sobre tampa na ausência de copos/potes, eliminando o desperdício de embalagens/produtos; • Cabine de desinfecção da embalagem durante o envase; • Espaço ocupado de 1 m² por equipamento (otimização de espaço); • Exatidão no envase e também na dosagem do produto; • Uma pessoa opera até quatro maquinas simultaneamente.•

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Especial

Bacteriocinas como agentes naturais de conservação: BioMax® Nisina Por Magali Carregã, gerente técnica e comercial da Prozyn Bio Solutions

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maior parte dos alimentos de origem vegetal ou animal se deteriora com facilidade, perdendo a qualidade com consequente diminuição na vida de prateleira. A principal forma de deterioração dos alimentos é de origem microbiológica, principalmente por contaminantes contidos na superfície dos alimentos. A presença de micro-organismos nos alimentos pode, além de reduzir a vida de prateleira, causar intoxicações ou infecções. O crescente interesse por alimentos processados e que ainda mantenham as suas características próximas do natural tem incentivado pesquisadores a buscar associações de tecnologias para conservar os alimentos com qualidade e segurança alimentar. Há muitos anos tem se falado sobre o uso das bacteriocinas como agentes naturais de conservação. As bacteriocinas são proteínas, ou complexos de proteínas, com atividade antibiótica, naturalmente produzida pelas bactérias lácticas e são capazes de inibir o crescimento de bactérias Gram-positivas, devido à sua capacidade de controlar a flora microbiana. A procura por alimentos processados convenientes impulsiona ainda mais as pesquisas sobre a utilização dos biopreservativos. A nisina apresenta-se como um biopreservativo em potencial com uso aprovado para alguns alimentos. Vários pesquisadores vêm realizando estudos para ampliar a aplicação da nisina em outros produtos, seja adicionada diretamente no alimento ou incorporada em materiais de embalagem. A nisina, que é naturalmente produzida

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em vários alimentos fermentados, vem sendo consumida por humanos há séculos. Ela tem seu uso aprovado em alimentos em mais de 50 países, e, em 1988, o FDA concedeu-lhe o status de GRAS (Generally Recognized As Safe). O uso da nisina em alimentos pode ser na forma de imersão do produto em uma solução que a contenha ou ela pode ser incorporada nas embalagens ativas e, ao serem usadas no acondicionamento do produto, será liberada de forma controlada para a sua superfície. Com foco nos fatos citados, a Prozyn apresenta a BioMax® N – Nisina, que é um conservante alimentar natural de alta eficiência. BioMax® N – Nisina é um agente antimicrobiano natural, possuindo atividade antimicrobiana contra uma vasta gama de bactérias Gram-positivas e seus esporos, as quais provocam a deterioração dos alimentos. Ela é eficientemente segura e livre de efeitos colaterais. Principais Benefícios - Inibe as bactérias Gram-positivas de forma eficiente e controla patógenos, como Clostridium botulinum, Listeria monocytogenes e Bacillus cereus; - Prolonga a vida útil do produto; - Eficaz sobre uma vasta faixa de pH (3-8); - Mantém os sabores desejados dos alimentos; - Melhora a eficiência de custos, devido à baixa dosagem utilizada; - Atende aos desejos dos consumidores por alimentos protegidos com aditivos naturais, substituindo total ou parcialmente os aditivos sintéticos.


Especial Níveis comuns de adição de Nisina e Biomax® Alimento Queijo processado

Nisina (mcg/g)

Biomax® (mg/kg, mg/L)

Micro-organismo alvo

2,5 - 1,5

100 - 600

Leite e produtos lácteos

0,25 - 1,25

10 - 50

Sobremesas lácteas pasteurizadas e refrigeradas

1,88 - 5,0

75 - 200

Bacillus clostridium

1,22 - 5

5 - 200

Bacillus (B. cereus)

Ovo líquido

Bacillus, Clostridium Bacillus (B. sporothrmodurans)

Sopas pasteurizadas

2,5 - 6,25

100 - 250

Bacillus

Panquecas inglesas

3,75 - 6,25

150 - 250

B. cereus

0,75 - 1,5

30 - 60

Enlatados

2,5 - 5

100 - 200

B. stearothermophilus, Cl. thermosaccharolyticum, Cl. Botulinum

Molhos e condimentos

1,25 - 5

50 - 200

Bactérias lácteas, Clostridium, Bacillus, L. monocytogenes

Embutidos como mortadela e salsicha frankfurter

5 - 10

200 - 400

Bactérias lácteas, Br. thermosphacta, L. monocytogenes

Queijo Ricota

2,5 - 5

100 - 200

Bactérias lácteas (Lactobacillus, Pediococcus)

Suco de frutas (pasteurizado / temperatura ambiente)

2,5 - 5

100 - 200

Lavagem de levedura

Cerveja, vinho, bebidas fermentadas, aguardentes

25 - 37,5

1000 - 1500

Pasteurização reduzida

0,25 - 1,25

10 - 50

Durante fermentação

0,63 - 2,5

25 - 100

Após fermentação

0,25 - 1,25

10 - 50

Alicyclobacillus acidoterrestris

Referente à legislação brasileira, a nisina só está prevista para utilização em queijos, queijos processados, ricota e requeijão no limite de 12,5 mcg/g, ou seja, 500 mg de Biomax® Nisina por kg ou por litro.•

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Saúde

Com investimento de R$ 35 milhões, indústria paranaense pioneira na produção de whey protein duplica sua capacidade produtiva Localizada em Marechal Cândido Rondon (PR), a Sooro investiu em uma tecnologia dinamarquesa e, a partir do segundo semestre de 2016, produzirá mais de uma tonelada por mês do concentrado proteico de soro do leite

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a Sooro, inovação é rotina! A empresa que nasceu, em 2001, a partir de uma oportunidade de negócio enxergada por seus fundadores, William da Silva e Esméria Engels, na cidade de Marechal Cândido Rondon, no interior do Paraná, não para de crescer e investir em novos produtos. Já reconhecida nacionalmente pela produção de concentrado de soro do leite, a empresa iniciou, em 2008, um projeto ambicioso para se tornar a primeira fabricante nacional do famoso produto: whey protein. A finalização do plano aconteceu, em 2011, com a instalação da primeira torre de secagem (Spray Dryer) e o lançamento ao mercado do WPC

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(Whey Protein Concentrate) com 35% de proteínas. Porém, para este ano, a ambição é ainda maior: produzir o WPC com concentrações superiores de proteínas (80%) na versão “instantâneo”. Para tornar isso possível, o diretor-executivo da Sooro, Hélio Alves Garcia, afirma que foram necessários vários anos de estudos e um investimento milionário. “Entre a análise inicial do projeto e a conclusão da obra foram cerca de dois anos, com investimento de aproximadamente R$ 35 milhões. Isso porque não envolve só um equipamento. Além dos equipamentos principais, são necessários vários equipamentos periféricos para que seja possível produzir com eficiência e


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Saúde qualidade. Investimos também em uma nova caldeira e ampliamos a capacidade dos serviços de suporte, como energia elétrica, água, ar comprimido, tratamento de efluentes e mão de obra. É, realmente, um projeto grandioso! A área instalada deste novo projeto é de cerca de 4.000 m² e, com ela, vamos gerar aproximadamente 30 novas vagas de emprego”. Com a nova tecnologia, até então inédita no Brasil, a Sooro vai dobrar a capacidade de produção a partir do segundo semestre deste ano, passando de 750 para 1.500 toneladas por mês de soro do leite em pó. “Estamos prevendo um crescimento gradual na produção do WPC 80. Sabemos que é um mercado um pouco diferente, mas nós estamos acreditando muito neste produto”, afirma o fundador e presidente da Sooro, William da Silva.

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Como funciona? A tecnologia dinamarquesa trazida para o Brasil pela Sooro permite fazer a separação dos três grandes componentes do soro do leite: as proteínas, a lactose e os sais minerais. “Quando você passa o produto pela membrana, ela faz uma filtragem e retém as proteínas, que são as moléculas maiores. É como se fosse, genericamente, um filtro. Como as proteínas têm um peso molecular maior, elas ficam retidas e a lactose e os minerais acabam passando por


Saúde essa membrana. Aí nós temos dois tipos de produtos: o whey protein, composto pelas proteínas, e o permeado, composto por lactose e sais minerais”, explica Garcia. Tanto o WPC quanto o permeado são produtos largamente utilizados no Brasil, especialmente para suplementação alimentar e como ingredientes em formulações de alimentos. William da Silva, presidente e fundador da Sooro

Exportação Hélio Alves Garcia, Atualmente, a Sooro já possui diretor-executivo da habilitação para exportar seus Sooro produtos, mas, de acordo com o diretor-executivo, o mercado interno tem absorvido toda a produção: “Felizmente não tem sobrado muito produto para exportarmos por conta da grande demanda dos clientes nacionais. Talvez agora, com esse aumento da capacidade produtiva, a gente consiga iniciar o processo de exportação. Estamos na expectativa”.•

Rua Reynaldo Rubens Rosa, 4-50 Distrito Ind. III - Bauru - SP - Brasil

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Empresas

Arsopi investindo no Brasil

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Arsopi foi criada para atuar na área de alimentos e bebidas em 1942. Com sede na cidade de Vale de Cambra, em Portugal, a empresa foi evoluindo ao longo dos anos e aumentando o leque de produtos oferecidos ao mercado. A estratégia da Arsopi sempre foi investir, crescer e expandir sua influência em novos mercados no mundo todo e, em 2013, aportou no Brasil. A empresa possui uma planta industrial, com aproximadamente 1.300 m², e que está toda equipada com o maquinário necessário para a fabricação dos seus equipamentos no Brasil. A fábrica está localizada em Vargem Grande Paulista (SP), próxima a capital. A área de recursos humanos já está contratada, juntamente com o setor administrativo. “Este será um ano decisivo para nós. Estamos começando o terceiro ano no Brasil. O primeiro e o segundo ano foi para nos instalarmos, nos apresentarmos ao mercado e criarmos as condições industriais para produzirmos no Brasil. Implementar tudo isso deu muito trabalho. No segundo ano, com esses projetos mais estruturados, começamos a formar a equipe de trabalho e a divulgar a Arsopi em eventos, feiras e revistas. O trabalho neste período foi apresentar a marca Arsopi. Os equipamentos que desenvolvemos nesta fase são de montar em sequência. Fazemos a pré-montagem em nossa fábrica e depois uma interligação fácil e rápida no cliente”, afirma Tiago Coelho de Pinho, diretor geral da Arsopi Equipamentos Industriais e Automação. A Arsopi mantém o foco de vendas e assistência técnica em todas as regiões

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do Brasil. Como a empresa dá muita importância ao serviço de pós-venda, nos estados mais distantes da sede paulista, a ideia será criar parcerias para melhor atender os potenciais clientes e diminuir os custos com deslocamento de pessoal para manutenção. Produtos Para os equipamentos mais sofisticados que a empresa comercializa no Brasil, como os sistemas de pasteurização ou as centrais CIP, há garantia de um ano, e neste período também existe a possibilidade de uma assistência técnica gratuita ao cliente. “Temos ainda as peças de reposição em estoque, tanto nossas peças quanto de outras empresas renomadas. Isso dá mais confiança ao cliente e ele acaba percebendo não existir problemas com essas questões com a Arsopi”, garante o diretor geral. Neste momento, a Arsopi foca no fornecimento de quatro equipamentos para o mercado brasileiro: trocadores de calor a placas, sistemas de pasteurização – para leite, sucos e cerveja –, centrais automáticas de limpeza CIP e sistemas de medidores de vazão e de coleta de amostras automáticos – equipamento para leite instalado em um caminhão e que no momento de recolha, reúne amostras de cada produtor para realizar posteriores análises da qualidade do leite. Além disso, esta máquina faz a medição automática do volume do leite. “Este equipamento é muito útil para acabar com os problemas do sistema de coleta atual no Brasil, tanto que estamos desenvolvendo um projeto,


Empresas no Rio Grande do Sul, em companhia da Embrapa e do Sindilat-RS. Apesar de ser certificado há aproximadamente 25 anos na Europa, estamos fazendo testes para identificar como será a sua adaptação ao mercado brasileiro”, diz Pinho. Sobre os trocadores de calor, a empresa possui estoques de gaxetas e placas, e todo o resto será fabricado no Brasil, bem como a montagem, controle de qualidade etc. “A vazão do trocador de calor pode variar entre 1.000 litros/hora até 100.000 l/h”, informa o diretor geral. Já nos sistemas de pasteurização, a Arsopi oferece soluções para vasão entre 1.000 l/h e 40.000 l/h. A Arsopi produz centrais CIP’s, desde as mais simples, com dois tanques e em linha de 5.000 l/h até 10.000 l/h, como também as maiores, com cinco tanques e em 10 ou 20 linhas de saída de limpeza e vazão que atinge 40.000 l/h. A automação é um dos principais focos da empresa, tanto que os equipamentos são produzidos com a máxima de tecnologia de automação e isso reflete na diminuição de custos e aumento de produtividade para o cliente, pois, com o menor número de operadores, estes podem ser alocados para outras áreas da empresa, conforme indica Pinho. “Um dos nossos diferenciais, além da alta qualidade dos nossos produtos, é adotar as boas práticas de fabricação. Fazemos tudo dentro das normas de higiene, segurança e controle de qualidade da União Europeia. Nós prezamos a qualidade e não trabalhamos apenas o ‘preço pelo preço’. Nossos equipamentos são muito duráveis, funcionando por dezenas de anos nas fábricas de nossos clientes. Com certeza, nossos equipamentos terão a relação preço e qualidade muito competitiva. E em médio prazo, o custo acaba saindo menor, por causa da nossa preocupação com questões energéticas e o baixo consumo de energia de nossos equipamentos”, afirma o diretor geral. Neste ano, a empresa estará presente em feiras, tais como, a Envase Brasil, a Mecânica (com os trocadores de calor), e Minas Láctea (pré-reserva). “Neste terceiro ano esperamos aumentar os negócios para podermos crescer mais em termos de estrutura e dar um passo decisivo no mercado brasileiro. Criarmos mais referências no mercado, para que o cliente conheça o nosso equipamento, veja como é bom e competitivo em termos de preço”, finaliza Pinho.•

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Especial

Sistemas Estabilizantes para a Indústria de Laticínios Por Ana Lúcia Barbosa Quiroga, gerente de P&D e Aplicação da Vogler Ingredients

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Vogler Ingredients disponibiliza várias alternativas para atender o segmento de laticínios com a finalidade de conservar, melhorar a textura, estabilizar, conferir cor e aroma, agregar valor nutricional e funcionalidade. Contando com um time de profissionais altamente especializados e investindo em constante aperfeiçoamento em tecnologias e desenvolvimento de processos e produtos, a empresa possibilita a oferta de soluções específicas para a indústria de laticínios, disponibilizando ao mercado uma linha que atende a diversas aplicações. Hidrocolóides

Figura: Estrutura química da carragenas

e ß-1,4. As moléculas de galactose possuem grupos sulfato e/ou piruvato, encontrando-se geralmente na forma de sais de sódio, potássio e

Tipo

Origem

Goma Xantana

Fermentação

Espessante

Agar

Algas

Gelificante, “espessante”

Goma Tara

Endosperma Caesalpinea spinosa

Espessante, estabilizante

Celulose microcristalina

Fibras de celulose

Estabilizante, gelificantes, espessante

Carboximetilcelulose (CMC)

Celulose

Espessante, estabilizante

Gelatina

Bovinos, suínos

Gelificante

Goma Acácia/Arábica

Exsudado de acácia

Estabilizante, emulsificante, espessante

Goma Guar

Endosperma sementes leguminosa Cyamopsis tetragonolobus

Espessante

Efeito

Pectinas

Maçã e cítricos

Gelificantes, espessante, estabilizantes

Alginatos

Algas

Gelificantes, espesante

Carragenas

Algas

Gelificante, espessante

A Vogler disponibiliza uma extensa linha de hidrocolóides isolados ou combinados que compõem a linha de Systems: INNOGUM e INNOSTAB, mistura de hidrocolóides que atendem as necessidades de estabilização, textura, e emulsificação. No segmento lácteo, a empresa destaca a linha de Carragenas (Gelymar) e Gela-

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tinas (PB Leiner): Carragenas Quimicamente, as carragenas são polissacarídeos lineares apresentando moléculas alternadas de D-galactose e 3,6 anidro-D-galactose (3,6 AG) unidas por ligações α-1,3

cálcio. O conteúdo e a posição dos grupos sulfatos diferenciam os diferentes tipos de carragenas que se classificam em Kappa I, Kappa II, Iota e Lambda. Aplicações em lácteos As propriedades conferidas pelas carragenas, viscosidade e formação de gel, permi-


Especial

tem obter diferentes texturas em variadas aplicações. Essas propriedades melhoram a coesividade, consistência, redução de sinérises e melhora da aparência. O poder de gelificação das carragenas é muito maior em leite devido a sua interação com a caseína. Utilizando-se concentrações de carragena bem menores do que em sistemas aquosos obtêm-se géis de mesma textura. Devido a essas propriedades funcionais são amplamente utilizadas em di-

versas aplicações na indústria de laticínios. As carragenas do tipo lambda podem atuar como agente espessante a frio, as do tipo Iota e Kappa além de serem amplamente utilizadas como agentes espessantes em produtos que se preparam a altas temperaturas, também Imagem: Gelymar resultam géis estáveis em água à temperatura ambiente. Esses géis (Iota e Kappa) são transparentes e termorreversíveis, conseguindo uma ampla variedade de texturas desde muito elásticas e coesas, até géis firmes e quebradiços, dependendo da combinação das frações que se utiliza. Sobremesas Os diferentes tipos de carragena permitem obter variadas texturas de géis em leite,

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Especial desde firmes e quebradiços até suaves em sobremesas cremosas e aeradas. Em sobremesas gelificadas de leite é comum o uso de misturas de diferentes tipos de carragena em função da textura do produto final desejada: gel firme, cremosidade, elasticidade. Amidos e outros espessantes podem ser utilizados em conjunto com as carragenas. São usadas para estabilizar emulsões e espumas em cremes tipo chantilly. Bebidas lácteas achocolatadas A utilização de carragenas em bebida láctea achocolatada possibilita manter o cacau em suspensão, melhorar o corpo e a palatabilidade. Bebidas lácteas achocolatadas preparadas a partir da combinação de leite, soro, cacau e submetidas a tratamento térmico UHT têm como desafio o desenvolvimento de um sistema estabilizante que permita manter a bebida homogênea durante a vida de prateleira, evitando a sedimentação do cacau e aportando ao produto boa textura. A Carragena é o produto ideal para a estabilização de leites com cacau, especialmente a carragena Kappa II que possui alta reatividade com proteínas lácteas. A carragena exerce efeito colóide protetor sobre a proteína, evitando separações e mantendo o cacau suspenso. Outros hidrocolóides como guar, carboximetilcelulose, xantana conferem viscosidade e podem ser combinados com a carragena para melhorar o perfil sensorial. Em leites aromatizados, as carragenas Kappa II e Lambda, associadas, podem ser utilizadas para dar corpo e palatabilidade. Em leites reconstituídos, a carragena estabiliza a gordura e a proteína adicionadas, além de melhorar o corpo. Sorvetes A carragena melhora as propriedades de derretimento, reduz a formação de cristais de gelo e evita a separação de soro. Em

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sorvetes aerados e mousses, a carragena estabiliza a emulsão e a espuma. Creme de leite A textura do creme de leite UHT apresenta requisitos especiais, viscosidade fluída no envase e formação de posterior de gel na embalagem. Para esta aplicação, a carragena é utilizada em combinação com outros hidrocolóides além de fosfatos/citratos como estabilizantes do produto. Para esta aplicação, as carragenas mais usadas são do tipo Iota, que possuem a característica de formar géis suaves e textura viscosa em presença de cálcio, ou Kappa, para conferir característica “colherável”, além de possuir propriedades tixotrópicas que permitem manter a viscosidade do produto final submetido a esforços mecânicos característicos do processo de elaboração. Em leites evaporados, a carragena estabiliza e melhora a emulsão. Queijo processado Em queijos processados e similares, a carragena aumenta a resistência à estrutura formada pela caseína, melhora o corte, derretimento e cremosidade. Para atender a vasta gama de aplicações na indústria láctea, a Vogler dispõe de carragenas de sua parceira Gelymar: • Carragel: gelificante em água ou leite em variadas texturas • Carralact: gelificante, espessante e estabilizante em leite • Carrasol: espessante e estabilizante em água e produtos lácteos Vogler Systems Produzidos em nossa unidade industrial, desenvolvemos sob demanda para a indústria alimentícia sistemas estabilizantes a base de hidrocolóides INNOSTAB e INNOGUM, edulcorantes INNODOLCE, corantes INNOCOLOR, antioxidantes INNODOX, para atender


Especial necessidades específicas dos clientes. Destaque para aplicações no segmento lácteo: Achocolatados – Misturas de ingredientes específicas para conferir corpo e estabilidade a bebidas achocolatadas. Sistemas a base de carragena, gelana, amido, celulose microscristalina, carboximetilcelulose que auxiliam na manutenção da suspensão do cacau. Creme de leite – Misturas de ingredientes a base de celulose microcristalina, carragena, goma de tara, alfarroba (LBG), específicas para conferir corpo e estabilidade a cremes de leite produzidos pelo processo UHT. Bebidas lácteas fermentadas – Misturas de ingredientes a base de gelatina, amido, pectina e hidrocolóides de textura específicos para conferir corpo e estabilidade a bebidas lácteas fermentadas fluídas, “colheráveis” prevenindo sinérese e estabilidade a variações de temperatura na cadeia de distribuição. Bebidas lácteas proteicas acidificadas – Misturas de ingredientes a base de pectina,

alginato e hidrocolóides de textura, específicas para conferir corpo e estabilidade a bebidas lácteas proteicas acidificadas. Queijo Petit Suisse – Misturas de ingredientes a base de proteínas de soro e de leite, gelatina, amido modificado e pectina específica para conferir corpo e estabilidade a queijos Petit Suisse. Sorvetes e frozen iogurte – Misturas de ingredientes a base de hidrocolóides específicas para conferir corpo e estabilidade em Gelados comestíveis Gel multifuncional substituto de gordura – Gel multifuncional substituto de gordura, ideal para queijos processados, sorvetes, coberturas e produtos forneáveis. Queijos processados – Misturas de ingredientes a base de hidrocolóides específicas para conferir corpo e estabilidade. Aliado à qualidade e regularidade de seus produtos, contando com parcerias renomadas mundialmente, a Vogler Ingredients oferece ao mercado “Qualidade, Regularidade e Confiança. Pilares para grandes parcerias”.•

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Capa

Inovações em embalagens Por Assunta Napolitano Camilo

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que é inovação? Por que se tornou algo tão importante no momento atual? Por que inovar em embalagens? Quais são as inovações relevantes em embalagens flexíveis? Inovação é realizar ou produzir algo novo, um produto ou um processo, diferentemente da criatividade, que apenas gera ideias. A velocidade das informações e das mudanças atuais impõe que as empresas inovem e criem novos produtos que podem até “matar” seus produtos atuais. Melhor fazer você mesmo, antes de outrem. A escolha é simples: inovar ou morrer. Inovar por meio das embalagens é muitas vezes mais simples e econômico e, além disso, a comunicação com o consumidor é imediata e direta. Inovação em embalagens é o motor da competitividade e a chave para um futuro próspero. É importante lembrar que toda vantagem competitiva tem tempo de validade e, dessa forma, inovação deve fazer parte da gestão do negócio, no seu dia a dia. O que disse Philip Kotler, em 1954, continua sendo atual: “A sobrevivência das empresas reside na sua capacidade de inovação e diferenciação por meio das novas Marcas, Conceitos e Embalagens”. Há muitas metodologias e ferramentas possíveis de serem empregadas, tais como: Funil de inovação; • C o c r i a ç ã o ( p o d e n d o e n v o l v e r fornecedores, colaboradores, clientes e até mesmo concorrentes); • Matriz de inovação;

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• Radar de inovação; • Brainstorming; • Design thinking, entre outros. Dentro do portfólio de cursos do Instituto de Embalagens®, realizamos anualmente o Workshop de Inovação, no qual discutimos essas ferramentas e apresentamos as últimas inovações e novidades no que se refere a embalagens. Neste artigo focaremos as inovações em embalagens flexíveis, que têm criado novas oportunidades e ciclos de crescimento para as empresas convertedoras e para as usuárias dessas embalagens. Vamos a elas: • A utilização do recurso de Realidade Aumentada tem sido frequente em todo tipo de embalagem e materiais promocionais. Alimentos com embalagens animadas e interativas são conhecidos por meio de Food 2.0, uma poderosa ação de marketing principalmente voltada aos Millennials (grupo de jovens que nasceram depois de 1987). A Pepsico® lançou várias campanhas usando realidade aumentada, com destaque para uma com o Doritos® Chili, que alcançou grande sucesso.


Capa • A impressão digital, que possibilita a produção de pequenos lotes, até mesmo individualizados de embalagens. Podemos citar equipamentos da HP Indigo® e da AGFA®: a impressão de 14 versões de refeições infantis da Yoogi® foi realizada pela Uni-Packaging® da França com um equipamento da HP Indigo® série 20000 no final de 2014.

• Embalagens com duas câmaras, ou seja, é possível envasar dois produtos diferentes na mesma embalagem, separados apenas por um filme. Assim, têm-se na mesma embalagem dois biscoitos ou dois chocolates, ou ainda dois líquidos diferentes. O equipamento foi lançado pelo grupo espanhol IRTA®.

• A Ecolean®, empresa sueca que iniciou a operação para o leite pasteurizado e o

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Capa mercado de iogurtes, lançou em 2015 a embalagem asséptica. A empresa promete uma maneira diferente de esterilização, uma alternativa não química, o que garante que as superfícies de contato com alimentos nunca sejam expostas a produtos químicos. Também houve a separação da máquina de esterilização das máquinas de enchimento, o que permite o tratamento sob condições controladas nas plantas. Embalagens que não necessitam ficar em geladeira têm menor impacto ambiental, uma vez que não dependem de energia para manter produtos lácteos ou outras bebidas frescas durante a distribuição. Da mesma forma, envolvem menos desperdício e menos produtos deteriorados. A embalagem é fácil de manusear e muito estável. A alça criada pela injeção de ar facilita muito a ergonomia e o uso do produto. O produto que sobra pode ser guardado na geladeira e continuar a ser usado até o final, sem que a embalagem fique mole ou desestruturada. A abordagem principal tem sido a economia de recursos materiais e de transporte para além da questão de olhar ao final de uma embalagem de ciclo de vida desperdiçada. Alegam pesar cerca de 40-50% das embalagens de cartão para alimentos líquidos e garrafas convencionais. As máquinas envasadoras são produzidas pela Ecolean®, bem como as embalagens. • Embalagens de produtos líquidos concentrados com filmes hidrossolúveis, que possibilitam que tais produtos possam ser diluídos no meio sem que alguém tenha de abrir as cápsulas, minimizando o risco de contato com produtos

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potencialmente perigosos. As principais aplicações são em limpadores concentrados, detergentes e amaciantes para roupas (bicomponente) – nesses casos, em contato com a água, a cápsula se dilui. Larvicidas e/ou pesticidas podem ser manuseados sem contato com a pele das pessoas que os aplicam. • Filmes de alumínio, que laminados com filmes plásticos garantem selagem perfeita de potes e copos.

• Embalagem multipack: é uma embalagem múltipla, termoformada com filme PE/ PA liso e transparente para o fundo (ou verso) e filme PE/PA impresso na frente com fechamento em sistema form, fill and seal a vácuo. A multiplicidade se dá com o jogo de facas transversais e moldes múltiplos. A empresa alemã Ültje® optou por essa embalagem para seus amendoins por vários motivos: a barreira e o vácuo mantêm o amendoim crocante por mais tempo (maior shelf life); o painel frontal


Capa tem uma excelente área de comunicação; e é prática para o consumidor, que pode comprar três pacotes com preço melhor e consumir um a um. • Embalagens de dose única que se abrem e dispensam o produto com uma só mão. Há controvérsias sobre essa patente, mas é um conceito interessante e simples: no verso usa-se um filme rígido com um pré-corte no centro; no painel frontal, um filme flexível. Ao dobrar a embalagem, o verso rígido se quebra, dispensando o produto. Normalmente é utilizada para pequenas porções, em torno de 10 gramas. Nos exemplos a seguir, o sachê de azeite contém 10 g e o de mel, apenas 7 g. Já encontramos aplicações como amostras de produtos cosméticos, adoçantes e instrumentos cirúrgicos, entre outras possibilidades. • Clip-tube®, da Polyclip System: é uma embalagem que se propõe a atuar como bisnaga, serve para uma variedade de produtos alimentícios, tais como queijo processado, cremes, patês de peixe, maionese, mostarda e muitos outros

produtos pastosos, e mesmo para produtos industriais como adesivos. O clip-tube® é uma embalagem tubular cortada em cada extremidade: de um lado é fechado com um clipe e no outro completado por um bico rígido sobreposto e uma tampa de fechamento. Algumas aplicações novas no segmento das embalagens flexíveis Sempre comento durante as palestras e aulas que uma boa fonte de inspiração para inovar é visitar outras categorias, ver a “gôndola do lado”, ou seja, muitas vezes a inovação que precisamos ou que pode alavancar a empresa é aplicar a mesma solução que deu certo em outra categoria de produto. São inúmeros casos de sucesso através da transferência de conceitos, por exemplo: se a garrafa PET deu certo para refrigerante, por que não daria em óleo de cozinha e, mais recentemente, em produtos de limpeza? Por que não podemos embalar camiseta em uma embalagem rígida (pote termoformado), em um tubo ou em um copo de papel? As embalagens cartonadas assépticas começaram para embalar leite e hoje embalam até legumes. Da mesma forma, as embalagens de stand up pouch

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Capa saíram de atomatados para sopas, pratos prontos e sucos. Apresentamos na sequência algumas embalagens flexíveis que nos chamaram a atenção por serem pouco usuais no Brasil e talvez em outras partes do mundo:

Produtos em stand up pouch para atender à necessidade de produtos saudáveis: iogurte, frutas com cereais, sorvete e purê de frutas.

A empresa polonesa fez sucesso desde o lançamento de sua linha de produtos, pois entrega a conveniência do duosachet: com embalagens flow pack de duas câmaras ou compartimentos, oferece uma grande variedade de produtos, como café em uma parte e creme na outra; iogurte em uma parte e granola na outra.

Bebidas e smoothies de frutas para serem servidos praticamente congelados.

Notamos o crescimento do uso de sticks packs (embalagens compridas e finas) para cremes e pós. Até a famosa mostarda francesa Maille® está adotando para mel e chá.

Para atender à conveniência de ter o ovo cozido pronto para o rápido café da manhã, os atletas já podem contar com embalagens termoformadas a vácuo.

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Muitas categorias têm optado por embalagens stand up pouch com tampa, como méis, molhos e coberturas para bolos.

Outra solução que permite posicionar o produto em pé é o fechamento em quatro soldas, como este de tempero, que em muitos países utiliza copo termoformado.


Capa

Observamos a mudança rápida da embalagem papelcartão para a flexível em categorias como aveias, grãos e cereais matinais.

Embalagem híbrida, ou seja, mista: cartão e plástico flexível. A empresa irlandesa Spudmuckers® inovou ao apresentar suas batatinhas fritas nesta embalagem que batizou de “Boxerchips”®. A embalagem flexível flow pack envolve uma “bandeja” de papelcartão, no qual as batatinhas ficam protegidas e cuja utilidade é servir e compartilhar com amigos os salgadinhos.

Em várias regiões do mundo, encontramos embalagens de pratos que podem sair do freezer e ir diretamente ao forno, sendo assados no próprio saco (normalmente à base de filme de poliéster), facilitando a vida do consumidor.

Embalagens inovadoras são melhores para o consumidor e empresas, e: Embalagem melhor promove um mundo melhor, sempre! * Texto adaptado do capítulo da autora em Embalagens Flexíveis - Flexible Packaging do Instituto de Embalagens. Se quiser mais informações e fotos dos produtos, é possível obtê-las no site: www.clubedaembalagem.com.br. *Assunta Napolitano Camilo: Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Recebeu diversos prêmios, entre eles o de Profissional do Ano e o de Melhor Embalagem do Ano.

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APIL/RS ESTANDE L (51) 3221-3488 www.apilrs.com.br

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ARSOPI EQUIPAMENTOS ESTANDE G/H (11) 4158-2151 tiago.pinho@arsopi.com.br www.arsopi.pt ASTROGROUP Estande A/B AUPYL – ASSOCIAÇÃO URUGUAYA DE PYMES LACTEAS ESTANDE L (+598) 98200075 martinsdefreitaspiga@ gmail.com www.aupyl.com.uv

48

BRAZILCOLOR ESTANDE B/C (54) 3225-1853 www.brazilcolor.com.br CALVALTEC Estande C/D (54) 3451-4631 www.calvaltecmaquinas.com.br CAP LAB Estande J (11) 2319-6800 www.cap-lab.com.br CSN PRADA Estande A/B DEINOX - SFOGGIA BRASIL Estande B/C (54) 3292-2041 www.deinox.ind.br


DELGO Estande I/J (11) 4617-2000 www.delgo.com.br

ENVASARE Estande B/C (54) 3464-7011 www.envasare.com.br

DESINMEC Estande K (+54) 3404-420784 www.desinmec.com.ar

EQUIMATEC Estande J (47) 3522-0143 www.equimatec.ind.br

DUFRIO Estande B (51) 3076-8500 www.dufriopecas.com.br

ETOL MÁQUINAS Estande F/G (54) 3454-9338 www.etol.com.br

EDITORA ADEN Estande I (11) 4221-1555 www.engarrafadormoderno.com.br

FACCHIN IMPOEX Estande A/B (54) 3464-7084 www.facchin.com.br

ELETRO ZAGONEL LTDA Estande A (49) 3366-6000 www.zagonel.com.br

FERMENTECH Estande J (11) 2227-7500 www.fermentech.com.br

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FORTRESS TEC. SIST. DE INSPEÇÃO Estande G (11) 3641–6153 www.fortress-iis.com.br

EMBALA BRASIL IND.COM. DE MÁQUINAS Estande G (51) 3748-8151 www.embalabrasil.com.br EMBRAPA Estande I ENGAFBRAS MÁQUINAS E COMPONENTES LTDA Estande F (54) 3226-4921 www.engafbras.com.br

GANIMEDE Estande A/B GALVANOTEK EMBALAGENS LTDA Estande K (54) 3461-9500 www.galvanotek.com.br

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Eventos GEA EQUIPAMENTOS E SOLUÇÕES S/A Estande K (19) 3725-3100 www.gea.com

JOPEMAR METALÚRGICA Estande F/G (54) 3297-5152 www.jopemar.com.br

GEIGER IND. DE MÁQUINAS LTDA Estande J (41) 3667-1192 www.geiger.ind.br

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GRUPO MAIS FOOD Estande K (11) 2369-4116/4054 www.grupomaisfood.com.br

KINOX EQUIPAMENTOS EM AÇO INOX Estande A (54) 3464-7207 www.kinox.com.br

GUARANIPLAST Estande K (32) 3426-1243 www.guaraniplast.com.br

KRONES DO BRASIL LTDA Estande D/E (11) 4075-9500 www.krones.com.br

HIPER CENTRIFUGATION LTDA Estande E (19) 3227-7977 www.hipercentrifugation.com.br

LC BOLONHA INGREDIENTES ALIMENTÍCIOS LTDA Estande K (41) 3139-4455 www.lcbolonha.com.br

IMSB Estande D/E (54) 3455-7200 www.grupoimsb.com.br INTERCAP Estande A/B IRMÃOS LUVISON LTDA Estande A/B (54) 3535-1373 www.luvison.com.br JAPA COMPONENTES LTDA Estande H/I (54) 3464-7254 www.japacomponentes.com.br

50

LNF LATINO AMERICANA CONSLT. ASSES E IMPORTAÇÃO Estande D/E (54) 3297-5152 www.lnf.com.br MAQMUNDI AUTOMAÇÃO IND. LTDA Estande A/B (47) 3383-0284 www.maqmundi.com.br MERCK S/A Estande F (11) 3346-8551 www.merckmilipore.com


Eventos MESAL MÁQUINAS E TECNOLOGIA LTDA Estande F/G (54) 2102-6400 www.mesal.com.br METIQ SOLUÇÕES COMERCIAIS LTDA Estande G/H (54) 3026-7775 www.metiq.com.br MILAINOX IND. COM. MÁQUINAS PARA ENVASE LTDA Estande D (19)3447-8950 www.milainox.com.br OWENS-ILLINOIS DO BRASIL Estande E/F (11) 2542-8000 www.owens-illionois.com.br

PAEMA EMBALAGENS LTDA Estande G/H (54) 2102-9500 www.paema.com.br PIERALISE DO BRASIL LTDA Estande A (14) 3948-5250 www.pieralise.com.br PORTAL LECHERO Estande L (598) 4554-7822 www.portalechero.com QUALITERME Estande J (51) 3587-5152 www.queliterme.com.br

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Eventos REVISTA MAIS LEITE Estande K (11) 2369-4116 / 23694054 www.grupomaisfood.com.br REYPEL Estande H/I (54) 3454-2426 www.reypelembalagem.com.br ROTA INOX EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA Estande I/J (51) 3762-4666 www.rotainox.com.br SAINT-GOBAIN VIDROS S/A – VERALLIA Estande C/D (11) 2246-7594 www.saint-gobain.com.br SAVA EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA Estande A (54) 3451-2411 www.savaequipamentos.com.br SEAPI/RS Estande JK SEBRAE Estande J/K/L SDR/RS Estande K/L SELOVAC IND. COM. LTDA Estande H/I (11) 5643-5599 www.selovac.com.br SEW EURODRIVE BRASIL LTDA Estande F/G (19) 3835-8000 www.sew-eurodrive.com.br

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SMURFIT KAPPA BAG IND. BOX Estande G/H www.smurfitkappa.com SOMA SUL EQUIPAMENTOS LTDA Estande F (49) 3323-0656 www.somasul.com.br SULJETT DO BRASIL LTDA Estande F (51) 3108-2506 www.suljett.com TAIMAK Estande F /G (55) 3332-9171 www.taimak.com.br TANUCCI TECNOLOGIA PARA ENVASE LTDA Estande A/B (54) 3458-1103 www.tanucci.com.br TECNOR IND. COM. MÁQUINAS Estande C (11) 4461-6140 www.grupotecnor.com.br TECNOTRI INDÚSTRIA DE PLASTICOS LTDA Estande I - J/K (54) 3359-2400 www.tecnotri.com.br TEDESCO SISTEMAS DE ARMAZENAGEM LTDA Estande G/H (54) 3451-7611 www.grupotedesco.com.br


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Empresas

RMB Pack investe em copos para requeijão

O

Grupo RMB Pack, formado por uma distribuidora e três unidades fabris, atua no mercado de embalagens há mais de 30 anos com ampla linha de embalagens e máquinas para embalar, está presente nas principais redes supermercadistas e em mais de 2.500 clientes do varejo e da indústria. Além das fábricas e distribuidora, oferece o serviço de logística por meio da Pack Mix Transportadora. Atua com representação comercial em todo o Brasil e Mercosul, além do atendimento comercial e suporte interno. “A RMB Pack está há mais de três décadas no mercado e fabrica embalagens, potes com lacre, entre outros, para laticínios, frigoríficos, supermercados, restaurantes e rotisserie, importa e revende equipamentos para embalagens. Atualmente a empresa está iniciando a produção de copos para requeijão”, afirma Fernando Frigeri, gerente comercial da RMB Pack. Números da RMB Pack Atualmente a RMB Pack possui três plantas. “Na planta 1 temos o processo de injeção. Na planta 2 temos o processo de termoformagem. Na planta 3 acontece a distribuição. As unidades fabris são totalmente robotizadas e conta com uma área de 6 mil m². A empresa conta com aproximadamente 320 funcionários”, diz o gerente comercial da RMB Pack.

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Lançamento: copos para requeijão A RMB Pack procurou direcionar o foco para os laticínios com os lançamentos de copos para requeijão. A empresa possui os principais modelos para requeijão, estará lançando em breve um pote de 500 g. “Atualmente, a produção mensal dos copos é de 100 toneladas por mês. A nossa previsão é termos mais moldes neste ano e no início de 2017. Afinal, investimos em novas máquinas de última geração conciliados com o projeto de moldes. Temos alta produção e garantia de qualidade, o que reverte em benefícios aos nossos clientes”, garante Frigeri. Novidades na estrutura física Em 2017, a RMB Pack concentrará as três unidades em uma só área com 12 mil m² construídos. Com a nova unidade, a empresa irá investir na tecnologia de termoformagem, já que é um nicho de mercado no qual a grande maioria de laticínios trabalham. De acordo com o gerente comercial da RMB Pack: “Praticamente todos os laticínios trabalham com termoformagem, mas nem todos com requeijão. No Sul se trabalha com manteiga, nata, e no Nordeste é mais com iogurtes. Assim, é interessante para nós entrarmos nesse nicho”. Serviço técnico e de logística A empresa possui corpo técnico que


realiza visita ao laticínio. Sempre haverá um técnico à disposição e quando o laticínio for envasar os copos, se for solicitado pelo cliente, será visitado por um técnico da RMB Pack para auxiliar em algum ajuste. Sobre a questão da logística, segundo Frigeri: “Nós temos transporte até São Paulo (SP) e a partir desta cidade é direcionada a carga para o local onde o cliente indicar, dependendo do que for contratado. Assim, otimizamos o frete, ficando mais em conta para o cliente”. Atendimento comercial A intenção da RMB Pack é comercializar com todos os clientes do mercado de laticínios, sejam empresas de pequeno, médio ou grande porte. “Atendemos empresas com pedidos de mil ou um milhão de nossos produtos. Já temos clientes que solicitam um milhão, como também há clientes que pedem dez mil copos”, afirma o gerente comercial da RMB Pack. Diferencial do grupo A RMB Pack também oferece o serviço completo ao comprar o rótulo, realizar a rotulagem e entregar diretamente na fábrica do cliente, caso este necessite disso. Todo o trâmite é feito pela empresa se o cliente desejar. “A qualidade de nossos produtos é o ponto forte de RMB Pack. Não temos alterações na qualidade da matériaprima. Temos controle da rastreabilidade, desde a saída da matéria-prima da fábrica da Braskem até o produto final. Nossos copos oferecem ótima selabilidade, não temos variações no processo produtivo deixando assim estável o processo de produção dos clientes”, finaliza Frigeri.•

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Opinião

Candinha em alta Entrevista com o Chefe geral da Epamig-ILCT, Cláudio Furtado Soares, sobre a história do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, a não realização do Minas Láctea/Expomaq e a saída encontrada para satisfazer as empresas do setor 1) Por favor, conte passagens importantes da história do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT)? Em 1974, o ILCT foi transferido para a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Como o fato foi favorável ao desenvolvimento de pesquisas e conhecimentos para o ILCT? Esse período é conhecido no Brasil como sendo a Primeira Revolução Acadêmica, que foi quando o país deixou de formar apenas profissionais para atender as demandas da indústria e passou a formar também profissionais para atuar em pesquisa. A Epamig-ILCT participou ativamente dessa revolução, incentivando seus professores/pesquisadores a cursarem graduação, especialização, mestrado e doutorado, inclusive no exterior, o que resultou na melhoria da qualidade do ensino e da pesquisa. A Epamig, por ser

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uma instituição de pesquisa, não estimulou naquele momento a criação do curso superior de laticínios, sendo que ensino era a vocação do ILCT. Recentemente, em parceria com a UFJF e Embrapa Gado de Leite foi criado o Mestrado Profissional em Leite e Derivados, mas certamente a Epamig-ILCT muito se tornará mais competitiva com a implementação de um curso superior em laticínios. 2) O ILCT teve influências de outras escolas – notadamente a Europeia. É possível estabelecer vertentes de pesquisas e conhecimentos? Sim, os primeiros professores eram dinamarqueses e também as primeiras fábricas de queijos que se instalaram no Sul de Minas Gerais e no Campo das Vertentes foram implementadas por empresários dinamarqueses. Com isso, nossos queijos são originários


Opinião principalmente dos queijos europeus. A interação dos professores do ILCT com a França e Itália também foi bastante intensa em determinado período. Por outro lado a interação com os Estados Unidos trouxe grandes resultados, principalmente na qualificação de professores e na qualidade das pesquisas. Vários professores nos anos de 1960 e 1970 fizeram cursos de graduação e de mestrado em laticínios naquele país, quando não existiam esses cursos no Brasil. Essa qualificação de profissionais contribuiu para um grande salto tecnológico da Epamig-ILCT, que resultou como consequência imediata na melhoria do nível tecnológico da indústria de laticínios. Definindo conhecimentos como resultados acumulados de pesquisa, podemos estabelecer como vertentes a transferência de conhecimentos e, nesse caso, o maior vetor é o ser humano. Um pesquisador, ao observar um processo industrial, pode sugerir mudanças significativas para aquele processo sem necessariamente conhecer todo o processo tecnológico da empresa. 3) Como o ILCT trabalha em seus cursos a articulação entre teoria e prática / escola e empresa? O lema “Para saber mandar

é preciso saber fazer – para saber fazer é necessário aprender fazendo” ainda é relevante ao ILCT? Com base nesse lema – que nos dias atuais são denominados de empreendedorismo e inovação –, o ILCT desenvolveu uma metodologia de formação profissional, articulando teoria e prática / escola e empresa por meio de aulas teóricas e práticas, somadas aos estágios nas empresas, que são capazes de formar um profissional com um diferencial competitivo para atender as necessidades do mercado. 4) Em qual ano o sr. entrou para o ILCT? Quais foram os eventos marcantes vividos pelo sr. no ILCT até hoje? Entrei como estudante do curso técnico em 1973 e como chefe geral em 2015. Durante minha carreira profissional sempre acompanhei as atividades do ILCT. Presenciei a entrada do ILCT para a Epamig em 1974, a comemoração nesse mesmo ano do jubileu de prata da Semana do Laticinista, que é o evento técnico científico mais antigo do Brasil, nessa área, que completa 62 anos este ano. Com a mobilização da Semana do Laticinista, cujo foco é o ex-aluno, originou-se essa série de eventos que compõem hoje o

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Opinião Minas Láctea, como o Congresso Nacional de Laticínios, o Concurso Nacional de Produtos Lácteos, a Expomaq e a Expolac, cada um com seu público alvo. Nesse período presenciamos e participamos de muitos eventos e cursos em parcerias internacionais com a França, EUA, Itália, Dinamarca, Alemanha e com instrutores da FAO-Chile. Em muitos momentos o ILCT se tornou o palco para reuniões institucionais da área que resultaram em importantes decisões para definição de novas políticas e estratégias para o desenvolvimento do setor de laticínios. Já neste século o acontecimento mais marcante para o ILCT-Epamig foi a criação do curso de mestrado profissional em parceria com a UFJF e Embrapa Gado de Leite 5) Como o Sr. vê a sua administração frente ao ILCT? Vejo como uma grande honraria e tenho certeza de que qualquer ex-aluno se sentiria extremamente enobrecido com esta oportunidade, por isso, humildemente quero compartilhar com todos este grande e belo desafio. Estamos com a responsabilidade de preservar os valores históricos desta instituição octogenária para prospectar o seu futuro de forma a continuar atendendo os desejos e as expectativas da sociedade, em particular da comunidade laticinista. Apesar de todas as dificuldades do momento, vejo com muito otimismo o nosso trabalho à frente desta instituição. Estamos recebendo uma forte manifestação de apoio da administração da Epamig, um grande estímulo com a motivação dos professores/pesquisadores, dos técnicos administrativos, dos estudantes e com clara manifestação de confiança dos ex-alunos. O setor industrial tem manifestado o interesse em continuar o estreito relacionamento

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que sempre manteve com o ILCT e já apresenta algumas demandas. Portanto, acreditamos firmemente que com uma administração participativa e o apoio dos parceiros teremos um grande êxito em nossos projetos institucionais. 6) Quais são os maiores desafios? O maior desafio é manter o ILCT-Epamig como instituição de referência em tecnologia de leite e derivados, com foco em pesquisa aplicada. Para tal, precisamos do apoio de toda a comunidade laticinista, das empresas, das entidades governamentais e da comunidade científica das universidades e centros de pesquisa que atuam na área. 7) Como o Sr. enxerga a cadeia produtiva do leite no Brasil? A cadeia produtiva do leite é muito ampla, mas se considerarmos que há uma convergência das atividades para três setores básicos que são os produtores de matériaprima, a indústria de processamento e o setor varejista, torna-se mais fácil a sua percepção. Podemos perceber também que o setor industrial, por estar no meio da cadeia, pode ser o catalisador de desenvolvimento de toda a cadeia, pois o seu posicionamento lhe permite desenvolver a sensibilidade necessária para perceber os acontecimentos em toda a cadeia. Para isso, com a visão holística, tem que investir decididamente em treinamento e qualificação de suas equipes. 8) Por que não ocorrerá o Minas Láctea/ Expomaq? Como é tradicional o evento de dois em dois anos, procuramos adequar para uma realidade atual. Então iremos fazer a Semana do Laticinista, que é um evento muito tradicional, onde ofereceremos cursos palestras, painéis. O Concurso Nacional


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Opinião dos Lácteos continuará ocorrendo, já que desperta grande interesse na indústria. E a Exposição de Lácteos (Expolac) também ocorrerá. Iremos oferecer também um espaço, sem equipamentos, onde as empresas do setor poderão interagir com os clientes. Este espaço não é uma versão da Expomaq, mas é uma oportunidade para que as empresas tenham contato com os clientes e realizem negócios. 9) Qual o modelo utilizado para realizar o evento deste ano? Procuramos fazer um evento mais adequado para o atual momento. É um modelo moderno, onde a empresa apresentará digitalmente os seus serviços e poderá interagir com o cliente. Isso é adequado para as exigências do momento. 10) Por todos os eventos acontecerem no mesmo espaço, pode ser bom para o ILCT? Os laticinistas conhecem Candinha (ILCT) e os eventos continuarão a ser um lugar para a inovação. Aqui você consegue unir pessoas ligadas ao governo e indústria, pesquisadores, formadores de opinião, acadêmicos, estudantes e empresários. Não teremos a estrutura gigantesca do Expominas, mas teremos a oportunidade de interagir. Não vai substituir o Minas Láctea, mas será o lugar de interação entre os laticinistas. 11) O evento será diferente, logo foi uma boa saída. Será diferente, não terá a exposição de equipamentos. As empresas que antes estavam na Expomaq, agora estão achando interessante esse novo modelo. Teve uma boa aceitação. Como o conhecimento está incorporado às pessoas, não precisa fazer sempre uma demonstração do

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equipamento. Como a Expomaq será no próximo ano, já se cria uma expectativa. E contamos com vocês da revista Mais Leite. 12) Pode contar que estaremos prestigiando o evento! Afinal, um dos nossos lemas é o apoio total a cadeia produtiva do leite. Isso é muito bom, pois sabemos que o ILCT é mais que uma feira de equipamentos, é uma instituição inovadora e que produz os melhores profissionais, e assim precisa continuar a avançar e continuar a trazer o retorno para a sociedade.• * Cláudio Furtado Soares, natural de Rio Pomba (MG), é Técnico em Laticínios ILCT-Epamig (1975). Possui graduação em Administração pela Universidade Federal de Viçosa - UFV (1982), mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UFV (1987) e doutorado em Engenharia de Produção/ Inovação Tecnológica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - COPPE/UFRJ (1999). É professor associado I - aposentado do Departamento de Tecnologia de Alimentos (DTA) da UFV. Foi vice-reitor da UFV, diretor-presidente da FUNARBE, presidente do Conselho de Administração do CENTEV/UFV, coordenador da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica CENTEV/ UFV, coordenador do curso de Ciência e Tecnologia de Laticínios/UFV e chefe do Departamento de Tecnologia de Alimentos da UFV, membro do Comitê Científico do BH-TEC e líder Grupo de Pesquisa (CNPq) em Inovação Tecnológica e Desenvolvimento de Produtos na área de Alimentos/Laticínios. assessor adjunto de Planejamento e Gestão da FAPEMIG, membro do Conselho de Administração da Fundação João Pinheiro e do Conselho Curador da FUNED. É membro da Câmara de Medicina Veterinária e Zootecnia da FAPEMIG.


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Caderno de sorvetes

Tetra Pak apresenta novo equipamento de sorvetes que reduz os custos operacionais

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Tetra Pak lançou um equipamento para a indústria de sor vetes projetado especificamente para médios fabricantes que procuram reduzir os custos operacionais, com o mínimo de investimento. O Tetra Pak® Ice Cream Filler A3 produz até 18 mil cones de sorvetes por hora e possui três componentes avançados: um dispensador de cones com alta confiabilidade e capaz de produzir diferentes cones e copos, um pulverizador de chocolate fácil de operar e com uma grande precisão, e um dispensador de tampa preciso, que melhora a padronização do produto final. Esses recursos ajudam os fabricantes a aumentar a eficiência através da redução de resíduos, minimizando paradas e aumentando a velocidade e assegurando a qualidade do produto. Além disso, o projeto modular da máquina oferece flexibilidade de produção significativa com configuração simples e trocas de equipamentos fáceis. Isso permite que os clientes façam mudanças entre diferentes tamanhos de cone ou copos, bem como de sabores de sorvete, em apenas alguns minutos.

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De acordo com Peter Lindstrom, Diretor da Categoria da Tetra Pak, o mercado de sorvetes é extremamente competitivo. “Nossos clientes enfrentam o desafio de fornecer produtos de qualidade aos consumidores, mantendo os custos baixos. Nosso novo equipamento oferece uma solução eficaz que melhora a manipulação do cone e produtos diferentes em uma única máquina. Isto reduz significativamente os custos operacionais. Nossos testespiloto mostram que os clientes podem economizar até € 69 mil por ano, graças à redução de desperdício”, afirma Peter. A Tetra Pak acredita que haverá uma demanda dos clientes no sudeste da Ásia e da América do Sul, onde novos fabricantes estão entrando no mercado, e também na Europa Oriental, onde as empresas existentes estão procurando mais flexibilidade de produção. O dispensador de cone e da tampa e o pulverizador de chocolate também estão disponíveis individualmente para os clientes que desejam atualizar suas linhas de equipamentos de sorvete.•


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ÍNDICE DE ANUNCIANTES Águia Inox

13

Lacteus 48

Alibra 23

Lisboa 25

Anutec Brazil

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Metanox 45

Arsopi 11

Milainox 17

Delgo 51

Nutri.com 55

DSM 05

Nyroplast 65

Fernando Frigeri

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Padroniza

Fispal Tecnologia

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Plásticos Dise

Food Ingredients

29

Poly-clip

30 e 31 41 4ª Capa

Galvanotek 35

Rota Inox

Geiger 27

SEW

Guarani-Plast 09

Sooro 15

Hidrozon 07

Stork 43

Hiper Centrifugation

49

Vogler 21

2ª Capa

WasserLink 33

Imaaj

37 3ª capa

Injesul 57 ERRATA Na edição 51 da Mais Leite, no artigo de Capa (páginas 24 a 29) faltou apresentar o currículo do autor do texto, Gerson Brião da Silva. Gerson Brião da Silva Engenheiro de Produção, MBA em Gestão da Qualidade e Produtividade, e Mestrado em Tecnologia (ênfase na Logística da Cadeia do Frio). Atua há 18 anos como gerente de logística em diversas empresas, sendo especialista em distribuição de produtos perecíveis pela RICA Alimentos. Membro do CCM e palestrante convidado para o IV International Workshop of Cold Chain, em Bonn, Alemanha.

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nas 15 fábricas e nos 77 centros de tecnologia, distribuídos por 49 países, movimentando mais de 15 mil colaboradores em todo o mundo. Agora, a história da SEW-EURODRIVE BRASIL dá um salto tecnológico com a nova unidade em Indaiatuba/SP, uma das mais modernas do grupo. São 300 mil metros quadrados de terreno, espaço ideal para gerar maior capacidade

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