A sensível sustentabilidade A americana Jean Hansen, referência em design sustentável na saúde, traz projetos com materiais minuciosamente selecionados e enfatiza a importância dos fabricantes em proporcionar qualidade a seus produtos
CARTA AO LEITOR
Traços que fazem a diferença Caro leitor,
De um espaço simples a sofisticado, o design tem o seu papel de fazer a diferença para a comodidade do ambiente. Ao esboçar e executar determinado projeto hospitalar, muitos arquitetos e engenheiros têm como missão desenvolver algo que garanta leveza, sustentabilidade e humanização. Atualmente, uma grande premissa que engrandece os projetos arquitetônicos é a adoção de medidas que resguardam o meio ambiente e evitem altos custos. Encarar um plano de modernização hospitalar pode ser algo cheio de desafios por se tratar de um ambiente complexo. Por outro lado, esse trabalho de inserir medidas criativas e inteligentes na composição da obra, pode reforçar a questão do poder que a arquitetura tem em oferecer aos pacientes um tratamento com alto padrão de qualidade. É com esse ideal, que teremos uma entrevista exclusiva com a designer de interiores americana Jean Hansen. A profissional dedicou dez anos na elaboração de estratégias e soluções sustentáveis que ajudaram na criação do Green Guide for HealthCare (Guia Verde para a Saúde), o qual contém as melhores práticas para a construção de “edifícios verdes” para o setor médico. Ainda nesta publicação, vamos contar com um sequencial de reportagens referente aos detalhes das obras de construção de um centro de hemodinâmica na cidade de São Paulo. Também, vale conferir uma matéria sobre a utilização do vidro nos ambientes de saúde. Para apresentar mais detalhes acerca deste assunto nossa equipe entrevistou o arquiteto e consultor em fachadas, Paulo Celso Duarte, que fez uma análise sobre as grandes vantagens do uso deste cristal. Destacaremos nesta publicação, sobre as “Salas Limpas” nos espaços de saúde. O conteúdo da matéria
busca mostrar como garantir uma edificação hospitalar livre de contaminação, proporcionando um cenário estéril e ideal para o manuseio de produtos complexos. Para incrementar, abordamos algumas novidades da ampliação do Hospital das Clínicas de Uberlândia (HCU-UFU), em Minas Gerais. Essa obra irá proporcionar à população o primeiro heliponto da cidade. Além disso, o projeto visa estabelecer a redução do consumo de energia com sistemas de aproveitamento de iluminação e ventilação natural.
Que todos tenham uma excelente leitura!
Edmilson Jr. Caparelli Publisher
EXPEDIENTE
PRESIDENTE Edmilson Jr. Caparelli ecaparelli@grupomidia.com
RELAÇÕES INTERNACIONAIS Jailson Rainer jailson@grupomidia.com
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Health ARQ
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30 CAPA
design sustentável Em entrevista exclusiva à revista HealthARQ, Jean Hansen explica como obter sustentabilidade e conforto em projetos na saúde
A sensível sustentabilidade A americana Jean Hansen, referência em design sustentável na saúde, traz projetos com materiais minuciosamente selecionados e enfatiza a importância dos fabricantes em proporcionar qualidade a seus produtos
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Arquiteto Zanettini relembra a trajetória e projetos de destaque elaborados para os hospitais da Rede São Camilo na capital paulista
Hospital das Clínicas de Uberlândia aposta na humanização e flexibilidade em sua nova unidade
ARQ entrevista
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ampliação
NESTA EDIÇÃO N.06 I dezembro 2012 | janeiro | fevereiro | 2013
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criatividade
construção
Interior de Minas Gerais brilha aos olhos de investidores que apostam na construção do que promete ser o maior e mais completo hospital da região
sustentação garantida Execução das fundações do Hospital da Unimed em Ribeirão Preto (SP) adere às novas tecnologias, proporcionando segurança e qualidade
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Requinte nas
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expansão Hospital inaugura área de procedimentos minimamente invasivos com a nova Hemodinâmica
estruturas Cidade de São Paulo ganhará inovador centro de hemodinâmica que contará com 722 m² e cinco leitos para repouso e preparo
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boletim ARQ
luxo Padrão de hotel cinco estrelas em um centro médico O Sidra Medical and Research Center, em Doha, no Qatar – Oriente Médio, combina o luxo de um hotel cinco estrelas com a tecnologia NASA. A arquitetura, layout e iluminação foram concebidos para criar uma excelente privacidade, paz e tranquilidade para aqueles que buscam um tratamento diferenciado. O hospital, orçado em 5,8 mil milhões de euros, terá quartos privativos com mobiliário sofisticado e vista para jardim. Cada quarto dos pacientes terá luz natural, elemento este comprovado em estudos como facilitador na recuperação. Vale destacar as características de espaços com águas relaxantes e uma impressionante coleção de arte que adornam os corredores.
BEM-ESTAR Arquitetura traz conforto como identidade principal Conforto e bem-estar são os principais conceitos do projeto do Hospital Austin, em Melbourne, na Austrália. O centro de saúde oferece um ambiente tranquilo com a finalidade de diminuir o estresse dos usuários. O projeto vai aumentar a eficiência energética e minimizar os impactos ambientais. A iluminação natural é outro fator muito aproveitado, juntamente com os acabamentos naturais, cores e texturas a fim de proporcionar mais contato com o exterior. A estrutura oferece aos usuários um fácil acesso e conexão visual para o pátio central, projetado principalmente para proporcionar maior conforto para os pacientes, sem prejudicar a conexão entre os departamentos.
SUSTENTABILIDADE Clínica americana é exemplo de arquitetura sustentável Uma nova clínica de reconstituição facial, em São Francisco, EUA, conquistou a certificação LEED. Isso porque a nova instalação segue parâmetros que obedecem a diversas medidas sustentáveis. O design e a arquitetura resultaram em uma edificação onde se abriga alta tecnologia com medidas a favor do meio ambiente através de eficiência energética de aparelhos e de equipamentos médicos, sistemas de baixo fluxo de água e registros médicos eletrônicos. Tais soluções também trazem economia para a instituição. Atualmente, a nova unidade reduziu para mais da metade as contas de energia do escritório existente. 8
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PROJETO Parque infantil em hospital na Europa vai além dos limites do design Em 2015, o Hospital Alder Hey´s, em Liverpool, promete ser um exemplo de como conciliar arquitetura com sustentabilidade e humanização. A proposta é criar um parque infantil de saúde, conectando o hospital ao meio ambiente e, assim, proporcionar as crianças um maior contato com o mundo externo. Com isso, objetiva-se trazer uma característica única ao hospital, com um inovador prédio que interage com o meio ambiente. São inúmeros diferenciais que o projeto traz. A maioria dos pacientes terão um quarto privativo, com vista para o parque. O grande diferencial está no telhado do prédio. Como a ideia é integrar o prédio ao parque, o telhado verde exibe ainda mais a preocupação com a sustentabilidade.
DESIGN Hospital na Califórnia oferece arquitetura moderna a seus usuários Quando se trata de design hospitalar há a necessidade de respeitar e refletir a respeito de todo o espaço para o bem-estar dos usuários. Assim, o ambiente pode contribuir para a melhora do paciente quando o local proporciona conforto e humanização. O escritório Hawley Peterson Snyder teve a oportunidade de aplicar essa filosofia na estrutura do West County Health Center, no Estado americano de Califórnia. Para isso, foram investidos cerca de U$ 12 milhões na construção de um novo prédio. O projeto visava modificar uma antiga edificação cuja estrutura não acompanhou os novos procedimentos médicos e a evolução tecnológica. Além disso, havia na instalação arte nas paredes criada por artistas de uma organização chamada ArtsChanges.
ESTRUTURA Papel de parede desenvolvido na Alemanha protege estrutura de hospitais Acaba de chegar ao mercado o primeiro tecido de revestimento para paredes capaz de minimizar os efeitos de abalos sísmicos, o que pode evitar danos em locais complexos como hospitais. O papel de parede contra terremotos e abalos terrestres vem sendo desenvolvido há vários anos por engenheiros do Instituto de Tecnologia Karlsruhe, na Alemanha. Depois de reproduzir em laboratório, o terremoto que devastou L’Aquila, na Itália, em 2009, a equipe multidisciplinar demonstrou os benefícios do material, sobretudo contra os desabamentos. Health ARQ
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Expo Revestir 2013 Principal evento de soluções em acabamentos para a construção civil da América Latina, a Expo Revestir, será realizada de 5 a 8 de março de 2013, no Transamérica Expo Center, em São Paulo e receberá mais de 45 mil visitantes de 60 países, entre arquitetos, designers de interiores, revendedores, construtores e compradores internacionais. Simultaneamente à feira, será realizado o 11º Fórum Internacional de Arquitetura e Construção, que promove cinco eventos temáticos, durante quatro dias de realização, reunindo grandes nomes mundiais dos setores de arquitetura e construção e mais de três mil profissionais altamente qualificados. Confira toda a cobertura do evento no site: www.saudeonline.net.br
Salas de cinema em hospital da Europa Seis novas salas de cinema já estão sendo construídas no hospital EAST Grinstead Municipal, em Londres. Os trabalhos começaram em 2012. Todos os 10 locais de lazer e descanso da instituição, como os cinemas, serão instalados em um novo prédio, no Estrada Holtye. Prevê-se que estas salas acabarão por substituir os cinemas atuais. Estes cinemas foram financiados através de um empréstimo do Departamento de Saúde, a segunda fase do desenvolvimento serão pagos através de fundos existentes do hospital.
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MBA para projetar hospitais O Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) abriu inscrições para os cursos de MBA em Real Estate e em Gerenciamento de Facilidade e de especialização em Gestão de Projetos. Os cursos são ideais para arquitetos que desejam projetar hospitais e clínicas. O curso tem duração de dois anos e carga horária de 420 horas. As inscrições podem ser realizadas por meio do site do Programa de Cursos de Extensão (poli-integra.com.br) e confirmadas com o pagamento da taxa. As aulas têm início previsto para fevereiro, em datas distintas para cada curso.
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Health ARQ
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ARQ entrevista
O idealizador de grandes obras Arquiteto Zanettini relembra a trajet贸ria e projetos de destaque elaborados para os hospitais da Rede S茫o Camilo na capital paulista
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N
ão é só o aço que se destaca nos projetos idealizados pelo arquiteto e professor Siegbert Zanettini. Em todos os projetos hospitalares deste pioneiro da arquitetura é possível observar características que os identificam pelos conceitos, pelas pesquisas, pelo excelente detalhamento, pelo funcionamento correto, pela vida útil e colocando sempre a razão como cúmplice da criatividade. Foi por essas qualidades que a rede de hospitais São Camilo, na cidade de São Paulo (SP), decidiu desde 1999 implantar em suas unidades (Santana, Pompeia e Ipiranga) os projetos elaborados por esse grande idealizador da arquitetura brasileira. Em entrevista à reportagem, Zanettini comenta alguns detalhes dos seus trabalhos desenvolvidos para essa conceituada rede hospitalar.
HealthArq: Como é para a equipe do seu escritório participar da elaboração de projetos da Rede São Camilo há mais de 13 anos? Zanettini: Desde 1999 estamos realizando os projetos da Instituição São Camilo. Atuando integradamente com a equipe de diretores, médica e de serviços. Desta forma, fomos conjuntamente definindo diretrizes, estratégias e planos em ações integradas e multidisciplinares com uma nova di-
mensão na abordagem e no trato da questão hospitalar. Todas as intervenções que se seguiram eram discutidas e implementadas conforme as necessidades, dimensões, prazos e custos. Na nossa avaliação foi uma experiência ampla e enriquecedora. HealthArq: Em 1999, o escritório realizou o projeto de reformulação das fachadas do Hospital e Maternidade São Camilo Pompeia. Nesta obra foi utilizado o uso de revestimento em placas cimentícias com o acabamento melamínico aplicadas sobre a fachada existente. Qual foi o maior desafio de promover toda essa reestruturação? Zanettini: Em 1999 o São Camilo Pompeia era constituído de um único bloco voltado para a avenida Pompeia, resultante da construção de três edificações antigas interligadas há mais de 40 anos. O local apresentava um visual não consistente que funcional e esteticamente não se conversavam. As fachadas exibiam vãos desalinhados, esquadrias diferentes e materiais e revestimentos já bastante deteriorados. Após estudar o programa de cada unidade, começamos os projetos a partir dos pavimentos inferiores junto à avenida Pompeia. Retiramos as coberturas precárias dos prontos
socorros infantil e adulto, que ficavam nas extremidades, e criamos o espaço intermediário da lanchonete. Propusemos uma cobertura de aço e vidro que se estendia por toda a área do edifício, incorporando uma nova entrada principal para o hospital e uma nova cabine de medição e transformação que se fazia necessária. O novo desenho unificou os espaços antes fragmentados ao resultar em um visual integrado e contemporâneo junto à via. Nos volumes novos e nos existentes foram utilizados revestimentos em placas cimentícias com acabamento melamínico branco importados da França, pois nessa época ainda não existia esses materiais no Brasil. Tratamos toda a calçada fronteira e os pisos da entrada com placas de granito apicoado, assim como os acessos de pedestres e veículos, inclusive o ponto de táxi existente. Realinhamos os vãos das fachadas e padronizamos todos os fechamentos com esquadrias com vidro duplo e persianas móveis internas conforme a necessidade de proteger os pavimentos superiores de internação do grande ruído do tráfego da avenida. Estudamos também o tratamento paisagístico e a comunicação com totens e identificação dos acessos para cada setor da fachada. O grande resultado Health ARQ
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ARQ entrevista obtido ordenou e atualizou o visual deste bloco, posteriormente incorporado ao Plano Diretor com a designação de Bloco 1. Essa solução inicial para a edificação foi um resultado marcante junto aos responsáveis pelo hospital e agilizou a nossa seguida participação com o São Camilo. HealthArq: Ainda neste projeto da Unidade Pompeia foi elaborado duas coberturas em estrutura metálica e vidro em substituição das existentes. O que houve de inovador nesta parte da obra? Zanettini: As coberturas de aço e vidro, que devido à inovação e ao conjunto de intervenções, deram à unidade um volume e estilo contemporâneo ao visual do hospital para a avenida Pompeia. Dessa feliz solução veio um novo passo importante que resultou no convite pela direção da instituição para elaborarmos o Plano Diretor do Complexo Pompeia. Essa decisão resultou em um trabalho extremamente estruturado e claro não se limitando somente à questão estética e formal, mas resolvendo e disciplinando funções, fluxos, acessos e conceituando com medidas que disciplinariam as intervenções futuras. HealthArq: Na Unidade Pompeia, em 2001, foi re14
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alizado pelo seu escritório a elaboração do Plano Diretor com a execução programada dos blocos 2 e 3, e novas fachadas para a rua Barão do Bananal. Conte para nossos leitores como foi realizar este projeto. Zanettini: Em 2001, a criação do Plano Diretor visava atender os objetivos do hospital que era quadriplicar a sua capacidade de atendimento. Dessa forma, orientamos os responsáveis para as seguintes ações: - aquisição contínua dos lotes vizinhos na mesma quadra, que foi iniciada pelo hospital na medida que a expansão de ocupação dessa área fosse sendo definida pelos estudos do Plano Diretor; - o fator decisivo de que o complexo deveria ter continuidade e ligação direta entre vários blocos, aspecto importante para definir uma correta integração entre os mesmos; - um outro ponto importante desta obra é a primeira fase do Plano, que era construir um edifício perpendicular ao Bloco 1 que interligasse estes dois prédios extremos e com designação de Bloco 2. HealthArq: Na unidade Pompeia, em 2002, ocorreu a execução do bloco; em 2008 a do bloco 3; e em 2009 a continuação do bloco 2. Qual avaliação o Sr. faz deste modelo de
trabalho realizado em várias etapas e como avalia o resultado final? Zanettini: Outra parte do Plano era já deixar previsto uma ampliação perpendicular ao Bloco 2 e da mesma forma com as atividades compatíveis e coerentes aos outros dois blocos com unidade de internação acrescida de um novo e amplo centro de materiais e um terraço jardim para uso de pacientes, local de eventos e dois auditórios no pavimento térreo, designado como Bloco 3 e voltado para a rua Tavares Bastos, com acesso para o público no térreo e garagens nos pavimentos inferiores dos blocos 2 e 3. Assim, a ocupação programada para a quadra, hoje se complementando tem acessos setorizados para os prontos socorros pela avenida Pompeia, a entrada principal pela rua Barão de Bananal e uma terceira entrada para a rua Tavares Bastos para os pavimentos, garagens e serviços do conjunto todo. HealthArq: Quais são os projetos recentes do São Camilo que o escritório da Zanettini Arquitetura participou? Zanettini: O trabalho realizado com extrema dedicação de toda nossa equipe foi no desenvolvimento dos projetos. Atuamos também na assistência contínua às obras, nas
inúmeras reuniões com todas as demais disciplinas compatibilizando-as ao projeto arquitetônico os resultados alcançados nos valeram o importante convite da direção da Entidade Camiliana para elaborar os Planos Diretores e projetos do Hospital São Camilo Unidade Santana, também em fase adiantada de execução, e da Unidade Ipiranga, ainda elaborados e em fase de execução de retrofit do bloco antigo. HealthArq: O Sr. conta com características nos seus projetos ao introduzir o aço, detalhes com pastilhas e valorizar as áreas verdes. Como é ser um arquiteto que possui traços e personalizações próprias? Zanettini: É importante que se esclareça que nossa notoriedade, hoje mundial, não está só no fato de termos sido pioneiros no uso do aço na construção civil no Brasil, mas também há mais de quadro décadas fiz a primeira casa bioclimática e eco-eficiente no País, executada em 1974. Introduzi também na década de 70 várias casas com estrutura de madeira onde os vigamentos e pilares eram industrializados com sarrafos de madeira colados de pinho. Fiz o primeiro conjunto habitacional pré-fabricado com estrutura de aço e painéis pré-moldados em Cubatão (SP), além
disso orientei cooperativas de auto-construção para elaboração de 70 edifícios em Santo André projetados com alvenaria estrutural. Realizei várias indústrias em pré-moldado de concreto e lancei as fachadas em placas de fibro-cimento. Fiz, como professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP), durante 40 anos, várias experiências didáticas como a reurbanização do parque Maria Fernanda como trabalho escolar. Fiz parte do grupo dos primeiros professores doutores de arquitetura do País, cuja tese de doutoramento foi uma pesquisa sobre habitação para baixa renda.
Coordenei pela FAU, junto com o professor Lindenberg da Escola Politécnica da USP, o Curso de Dupla-Formação de enorme sucesso com várias turmas formadas desde 2004. Em 1987, montei o meu escritório em 30 dias, que foi a primeira construção totalmente industrializada, e a desmontei em 10 dias para implantação em outro local. Recentemente introduzi inúmeros materiais de fechamento de fachada, de revestimentos externos e internos e grande número de estudos cromáticos com superfícies e painéis artísticos. Realizei durante a “ECO 92” o projeto “Casa Limpa”, a única experiência completa de sustentabilidade, com
tudo o que hoje se qualifica com esse termo. E neste século tenho realizado vários projetos emblemáticos em todo Brasil, como o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes); ampliação do Centro de Pesquisas da Petrobras na Ilha do Fundão (RJ), considerado a principal referência de sustentabilidade já realizada; o Centro de Convenções da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com os novos acessos e espaços públicos à instituição; o Fórum do Meio Ambiente de Brasília do Tribunal de Justiça Federal; o Centro de Pesquisas Schlumberger, tam-
bém na Ilha do Fundão; as “GreenHouses” em Inhotim (Instituto de Arte Contemporânea e Jardim Botânico - MG); os hospitais São Luiz Morumbi e Anália Franco, em São Paulo, e o Hospital Mater Dei em Belo Horizonte (MG), entre outros. Em todos os meus projetos existem características que os identificam pelos conceitos, pelas pesquisas, pelo excelente detalhamento, pelo funcionamento correto, pela vida útil e colocando sempre a razão como cúmplice da criatividade. HealthArq: Nestas reformas do São Camilo foram introduzidas linguagens contemporâneas, a
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ARQ entrevista exemplo de vidros duplos insulados e utilização de tecnologias. Todas essas características visam à humanização do atendimento? Conte mais detalhes. Zanettini: Tanto nas obras do São Camilo, como em todas as nossas experiências utilizamos a visão contemporânea da arquitetura identificada com os usos e costumes de cada época. Com uma ligação estrutural da obra com o meio ambiente e uma profunda pesquisa de inovações e novas tecnologias e, principalmente, colocando o homem como o centro de gravidade, ao usar corretamente a matéria com uma linguagem própria e coerente e sempre com conhecimento científico integrado ao conhecimento criativo. HealthArq: Quais os principais prêmios que
o seu escritório recebeu nos últimos cinco anos? Zanettini: O nosso escritório de arquitetura vem, ao longo de 53 anos de existência, sendo o mais premiado do País e, nas últimas décadas, também internacionalmente. Somente para citar os dois últimos meses recebemos o “Prêmio Top 1” de sustentabilidade e empreendedorismo de todo o mundo, concorrendo com mais de 90 países e escolhido para recebê-lo no evento internacional do US World Green Building Council, em São Francisco, na Califórnia (EUA), realizado em novembro último. Assim fomos brindados, em uma cerimônia que contou com mais de mil convidados; com o “David Gottfried Global Green Building Entrepreneurship Award”, que pela primeira vez foi
entregue a um arquiteto internacional, sendo o “World Green Building Council 2012”. Também recentemente, nesse mesmo período, recebemos pela segunda vez do Instituto Internacional de Pesquisa e Responsabilidade Socioambiental Chico Mendes, o “Prêmio Socioambiental Chico Mendes 2012”. Em novembro, ganhamos da Associação Brasileira da Construção Metálica o “Prêmio Personalidade ABCEM 2012”, pelo trabalho pioneiro e pela minha contribuição ao setor da construção metálica e a arquitetura brasileira, também recebido, como único arquiteto brasileiro e pela segunda vez. Esse é um contínuo reconhecimento por instituições nacionais e internacionais como o “Latin American Quality Awards
Professor Siegbert Zanettini
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2011”, os “Green Buildings Brasil 2011”, como arquiteto sustentável e como arquitetura pública sustentável em 2011, e o “GreenNation Fest”, na categoria Arquitetura Sustentável em 2012. Essa repercussão pública ao nosso trabalho como arquiteto, sempre com soluções além do nosso tempo, com inovações conceituais e construtivas como professor e profissional, com uso de tecnologias limpas e eco eficientes, com a preocupação de economia de energia, de pesquisar soluções naturais de iluminação e ventilação, com relação estrutural com o meio ambiente natural em um universo de centenas de projetos e obras vêm conquistando uma gama de clientes mais esclarecidos em todas as áreas da arquitetura. Não poderia ser diferente também na área hospitalar.
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ILUMINAÇÃO
A luz da economia
Novas tecnologias em iluminação para os ambientes do segmento da saúde contribuem para diminuir os custos operacionais das instituições
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o geral, a iluminação hospitalar é muito técnica. Embora existam várias áreas e serviços dentro desse segmento, não existe uma ampla variação de tipos de iluminação. O que encontramos são níveis variados de iluminância es18
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pecíficos para determinado ambiente e serviço. Como exceção, temos áreas onde a iluminação pode ser mais decorativa e aconchegante, geralmente recepção, sala de espera e leitos de descanso, contudo, áreas pediátricas também são espaços
que comportam uma iluminação mais lúdica. Se considerada toda iluminação de um hospital, mais de 90% é de caráter técnico e geral. Neste sentido, a iluminação do segmento hospitalar requer certa atenção em algumas áreas, pois
existem tipos específicos de luminárias em função do ambiente a que se destina. Aspectos como isolamento e proteção contra contaminação são essenciais para garantir a integridade e limpeza, e possibilitar a fácil manutenção de forma ade-
quada ao uso do paciente e desempenho dos serviços. Nesses locais geralmente predomina a utilização de lâmpadas fluorescentes tubulares e compactas, que apresentam aspectos como boa distribuição luminosa e temperatura de cor clara – que possibilita a boa visualização do ambiente pelos usuários. Assim, as lâmpadas transmitem um atmosfera ativa em locais onde pessoas circulam continuamente. Também é usada uma pequena parcela de lâmpadas mais decorativas, como as hálogenas, que se caracterizam por transmitir uma luz mais quente, ideal para deixar o espaço mais tranquilo e aconchegante. Mas os gestores hospitalares já começam a perceber as vantagens operacionais decorrentes da aplicação da iluminação com LED. Primeiramente porque são lâmpadas de fácil substituição. Hoje, o mercado dispõe de solução LED que se enquadram às luminárias desenvolvidas para lâmpadas tradicionais, como é o caso da tubular. Com pequena adaptação de alimentação elétrica do ponto, é possível migrar de um sistema para outro facilmente. A iluminação já está mais objetiva em relação à instalação, onde a tendência é a utilização de um módulo completo que agregue em
uma única peça luminária, equipamento e lâmpada. Neste quesito, este modelo de luz são viáveis para aplicação, pois são mais baratos que os módulos e ainda aproveitam a estrutura já existente. Um fato importante a favor do LED é sua excelente distribuição luminosa, que aproveita quase 100% do fluxo dissipado no ambiente e, ao contrário das lâmpadas tradicionais, não perde um percentual considerável de fluxo. Este é um argumento plausível para o seu uso em lugar de lâmpadas tradicionais, principalmente se comparado às fluorescentes, que dissipam luz até onde não é necessário. O LED ainda tem como vantagem de seu rendimento ser igual ou melhor que as lâmpadas tradicionais, pois elas consomem menos energia elétrica. Já é possível substituir uma lâmpada tradicional por este modelo econômico, reduzindo até 80% do consumo, dependendo do molde. Na troca de uma lâmpada tubular T8 de 32 Watts por uma tubular de LED de 18 Watts, considerando o consumo do reator, é possível reduzir o consumo de energia em 50%. Para Felipe Marcili, Lighting Designer da Lâmpadas Golden, este é um argumento muito importante para hospitais, onde Health ARQ
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ILUMINAÇÃO existe uma demanda de energia elétrica destinada ao uso de equipamentos, ar condicionado, entre outros. “A simples substituição de tecnologia pode amenizar o consumo de energia e reduzir a parcela que é destinada à iluminação.” As fontes de luz LED também são de alta durabilidade. Possuem vida útil muito longa, chegando a até cinco vezes mais que as lâmpadas tradicionais – e isso em uma análise bem conservadora, comparando com lâmpadas tubulares. É notório o efeito disso, pois quando se fala em maior vida útil, traduz-se
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em menos manutenção, ou seja, a iluminação irá operar por mais tempo sem que a mesma tenha necessidade de reparo – neste caso inclui-se o custo da lâmpada e a mão de obra da troca. Outro argumento favorável a este emissor de luz, principalmente no que se refere aos espaços hospitalares, é o fato de ele não possuir em sua composição elementos prejudiciais ao ser humano e ao meio ambiente. Como já citado, em alguns ambientes as luminárias devem ser vedadas para evitar contaminação, e, lâmpadas tradicionais possuem
elementos tóxicos, como o mercúrio que exige um bom isolamento em caso de uma eventual quebra e exposição do elemento químico, contaminando assim, o local. Marcili comenta que em um projeto hospitalar costuma-se encontrar em quase todos ambientes a iluminação com lâmpada tubular fluorescente modelos T10 40Watts/20Watts e T8 32Watts/16Watts, aplicadas em centros cirúrgicos, subsolos de estacionamentos, áreas de técnicas, cozinhas, laboratórios, entre outras. “Em áreas de circulação geralmente são usadas lumi-
nárias para lâmpadas compactas de 15Watts, 20Watts e 25Watts”, afirma. Ele também relata que em recepção, salas de espera e quartos de repouso é comum o uso de lâmpadas halógenas tipo dicroica, halopin e palito. Em todos estes casos é possível se fazer a substituição pela tecnologia LED. Um projeto de retrofit conseguirá mensurar a economia e a melhoria na qualidade lumínica, com uma sobra de recursos que poderá ser direcionada a outras áreas.
“A simples substituição de tecnologia pode amenizar o consumo de energia e reduzir a parcela que é destinada à iluminação” Felipe Marcili, Lighting Designer da Lâmpadas Golden
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FLEXIBILIDADE
Alas revigoradas
Obras no Hospital Florianópolis impõem traços construtivos e incorporam pavimento técnico para receber instalações de climatização e elétrica
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ada como proporcionar aos seus pacientes um centro médico com ambientes tendo características construtivas diversificadas e humanizadas. Um hospital que conta com diversos níveis de iluminação e sistemas elétricos que acompanham as últimas revisões de norma como o IT Médico, No-Breaks, além de climatização de alto nível. Todas essas características referem-se às obras de reforma do Hospital Flo-
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rianópolis, localizado no bairro Estreito, parte Continental da capital do Estado de Santa Catarina. Com investimentos na casa dos R$ 4 milhões, a previsão é atender cerca de 5 mil pessoas por mês. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de SC, a reforma que compreende a estrutura e modernização de equipamentos, tornará o antigo Complexo Hospitalar uma referência no atendimento médico na Grande Florianópolis. Conforme in-
formado, o prédio que abriga a instituição existe desde 1969, nunca sofreu uma reforma tão ampla. A obra consiste na reforma completa do segundo e terceiro andares, pavimentos que abrigam as alas de internação (incluindo UTI), centro cirúrgico e centro de material esterilizado. Também inclui na segunda etapa a construção de um pavimento técnico – quarto andar. Esta fase necessitou de diversas alterações nos projetos de execução (hidráulica,
elétrica, climatização). As obras foram iniciadas na prática, em dezembro de 2011, e os trabalhos estão acelerados. Todos os esforços entre construtora, fiscalização e Secretaria de Estado da Saúde estão voltados para que esta construção seja executada de forma adequada e respeitando o cronograma traçado para finalização até o fim do presente exercício. Para Oscar Luiz Voges, Sócio Administrador da construtora da obra, atuar na reforma do Hospital Florianópolis exigiu um esforço maior da empresa. “Por ser uma edificação com mais de 40 anos e nunca ter passado por uma reforma tão profunda, apresentou diversos imprevistos,
normalmente relacionados à infraestrutura de instalações”, avalia, ao dizer que juntamente com técnicos especializados, os problemas foram contornados e novas e modernas tecnologias foram incorporadas. Ao relatar o diferencial deste serviço de execução de obras, Voges comenta que o destaque está em conseguir, dentro do orçamento disponível, dotar o hospital de instalações mais seguras e modernas, acabamentos de primeira qualidade e materiais de revestimento mais resistentes. Quanto ao maior desafio para a execução desse projeto, o sócio administrador da construtora considera o alinhamento da informação e prazo, pois houve
divergências entre alguns projetos, bem como a compatibilização dos mesmos, demandando mais tempo para análise e alteração, aumentando consequentemente o prazo de execução de serviços. “Foram demolidas diversas paredes em alvenaria de blocos cerâmicos, sendo as novas executadas em dry-wall com gesso acartonado. Isso compensou de certa forma a nova carga de equipamentos e instalações, mas sempre buscou-se concentrar as novas cargas sobre os elementos estruturais”, descreve Voges. Nesta obra algumas medidas sustentáveis foram adotadas, como revestimentos que utilizam matérias primas renováveis e/ou
que possam ser recicladas como protetores de canto e parede em acrovyn, manta vinílica, tinta epóxi à base d’água, cobertura e estrutura do telhado em aço galvanizado. Também houve o recolhimento de toda a água da cobertura, podendo ser reutilizada após a instalação de cisterna de reuso; contou com torneiras economizadoras de água do modelo pressurizada e automática com sensor. Já a iluminação é toda com lâmpadas fluorescente tubulares e compactas além de balizadores em LED, enfim, alguns materiais que ajudam o meio ambiente e também com características que auxiliam no combate à infecção hospitalar.
Estrutura em destaque
Entre os destaques da estrutura deste projeto está a incorporação de um novo pavimento técnico para receber todas as instalações de climatização e elétrica do Centro Cirúrgico e UTI, com sistema estrutural simples e com distribuição principal de carga sobre as vigas da circulação central e paredes laterais. Também merece destaque a dimensão das paredes externas que, embora não sendo estruturais, apresentavam cerca de 40 cm de espessura. Outro ponto de destaque foi o reforço metálico para sustentar os sistemas de suporte de teto que concentram as instalações de gases medicinais e elétricas, tanto na UTI como no Centro Cirúrgico. Conhecidas comercialmente como Estativas de Tetos, as vigas já existentes exigiam vigas metálicas de apoio que não comprometessem nem transpassassem a laje, evitando interferência no conforto médico acima da UTI. Health ARQ
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FLEXIBILIDADE FICHA TÉCNICA Hospital Florianópolis (Pertencente à Secretaria de Estado da Saúde) Endereço: Rua Santa Rita de Cássia, 1665, Bairro Estreito, Florianópolis,SC Data do Projeto: 2009 Obra: 2013 Área do terreno: 8.695,65 m² Área total construída: 5.692,40 m² Nº pavimentos: bloco 1(4 pavimentos), bloco 2 (2 pavimentos) e bloco 3 (3 pavimentos) Vagas estacionamentos: 36 Pronto-atendimento: Unidade de Urgência e Emergência Serviços Diagnósticos: Unidade Apoio ao Diagnostico e Terapia (2 salas de RX e 01 Sala de Tomografia e Salas de Métodos Gráficos) Projetos: Ar-condicionado: Engº Artur Beck Neto (O3 Engenharia, WZ Hospitalar, Hidrosane Engenharia Cozinha/Refeitório: Engenseg Engª e Segurança do Trabalho Consultoria de caixilhos: Gerência de Obras/SES Elétrico: Engº Eletricista Roberto Krieger (Krieger Engª – Blumenau) Hidráulico: Scavi Engª, Hidrosane Engª e Wokys Construções Gases Medicinais: Scavi Engª, Engº Artur Beck Neto e Wokys Construções Estrutura Metálica e Reforço Metálico: Engº Jorge Luiz Schreiber e Wokys Construções Luminotécnico: Engº Roberto Krieger Impermeabilização: Wokys Construções Prevenção e Combate a Incêndio: Hidrosane Engenharia Obra: Arquitetura: Arquiteto Carlos Henrique da Silva (Gerência de Obras e Manutenção/SES) e Arquiteta Inara Beck Rodrigues (Salutare Arquitetura) Construtora: Wokys Construções Ltda. Interiores: Idem Arquitetura Coordenação: Gerência de Obras e Manutenção e Departamento de InfraEstrutura do Estado de Santa Catarina Gerenciamento de licitação: Deinfra/SC Fornecedores de Material e Serviço: Ar-condicionado: WZ Hospitalar e Wokys Construções Divisórias e Portas: Sul Pará Madeiras Detalhes da Obra: Drywal: Paredes divisórias e Forros monolíticos (Placo) Esquadrarias metálicas: Esquadrias tipo Glazing (VTech Esquadrias e Vidros) Fios: Corfio Impermeabilização: Vedacit Juntas de dilatação: Vedacit Luminárias: Samig Elementos de proteção de cantos, paredes e bate-macas: Enterprise/Cirúrgica Climaza Piso Vinílico: Forbo Revestimento Cerâmico – Cozinha: Gail Revestimento Granito Reconstituído: Tecnogran Pisos Revestimento Fachada: Cerâmica Strufaldi (SP) Mão de Obra Civil: Wokys Construções Ltda. Fornecedores de Equipamentos: Metais sanitários: Docol Remoção de entulho: PRS Entulhos Health de Dry wall: Placo 24Placas ARQ
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criatividade
Um retrofit inovador Interior de Minas Gerais brilha aos olhos de investidores que apostam na construção do que promete ser o maior e mais completo hospital da região
U
m novo complexo hospitalar promete ser o mais completo centro de saúde na cidade de Uberlândia (MG). A proposta já saiu do papel e, a cada dia, a infraestrutura obedece aos traços desenhados pelo projeto arquitetônico. O Uberlândia Medical Center, como é chamado 26
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o conjunto, aproveitou-se das antigas estruturas do prédio onde funcionava o Ubershopping e outros estabelecimentos comerciais. “Trata-se de um retrofit das instalações do primeiro shopping center da cidade que estava desativado. A tarefa de compatibilizar os espaços novos com elevado grau de
complexidade em construções pré-existentes foi o maior desafio do projeto”, salienta José Antônio Schmidt, Diretor da Schmidt Arquitetos Associados. A missão foi utilizar as estruturas e adaptá-las a fim de atender a multifuncionalidade de um ambiente hospitalar. Por isso, houve um especial cuidado quan-
to à flexibilidade, uma vez que este fator exerce extrema importância para a viabilidade física e financeira da instituição. “Cuidamos desse assunto ao longo de mais de um ano até concluir a versão final de um Master Plan que contempla todas as etapas de execução, bem como todas as interfaces existentes entre as
diversas atividades envolvidas no complexo.” A primeira etapa do Plano Diretor dedica-se a elaboração de um hospital dia de 26 apartamentos individuais, seis salas de centro cirúrgico, 11 leitos de UTI, além de 3.242,43 m² de área de apoio hospitalar. Vale destacar, serão instaladas nesta fase as unidades de pesquisa clínica e medicina nuclear. O projeto também já concebeu o edifício vertical destinado ao Setor de Apoio ao Diagnóstico e Terapia (SADT) no pavimento térreo e mezanino. Acima desse local serão constru-
ídos sete pavimentos com 308 consultórios. Na segunda fase do projeto será erguida a Faculdade Politécnica em uma área de 6.472,49 m² distribuídos em seis andares. Em seguida, o complexo hospitalar ganhará um edifício-garagem de sete pavimentos. A construção de um hospital geral será iniciada na quarta etapa onde se localizarão 300 apartamentos individuais, 30 salas cirúrgicas, UTI com 60 leitos, atendimento ambulatorial, setores de apoio, administração, recepção e heliponto. Por fim, será erguido o edifício de Flat Re-
sidence composto por 90 unidades e salas de convenção. “Se podemos criar uma expressão que sintetize o conceito que norteia a criação desse espaço, elegemos a tecnologia a serviço da saúde humana”, comenta Schmidt. Humanização sustentável A grandeza do Uberlândia Medical Center também considerou a sustentabilidade como pilar fundamental para a sua concretização. “Além do cuidado e respeito ao ambiente urbano, a preocupação ambiental acarreta em um considerável
A primeira etapa do Plano Diretor dedica-se a elaboração de um hospital dia de 26 apartamentos individuais, seis salas de centro cirúrgico, 11 leitos de UTI, além de 3.242,43 m² de área de apoio hospitalar. Health ARQ
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criatividade ganho financeiro. Sendo assim, cuidamos para que materiais sustentáveis fossem especificados em todas as etapas da obra”, afirma o arquiteto. Quanto à iluminação, o projeto explorou ao máximo o uso de medidas naturais, principalmente nos apartamentos para pacientes. Em outros locais onde a iluminação artificial é predominante adotou-se sistemas de alta performance, com baixo consumo de energia, através das lâmpadas de LED. “Também implantaremos métodos de autogeração
energética por meio da captação de energia solar por placas fotovoltaicas.” O isolamento acústico será intensificado através de um cinturão verde que contornará todo o complexo. Ainda quanto ao conforto sonoro dos pacientes, serão utilizados materiais que compõem os fechamentos laterais em todas as edificações. Na parte interna do prédio, todas as paredes serão preenchidas com isolante acústico exigidos pelas normas técnicas. Vale ressaltar também que o projeto adotou o sistema de alvenarias dry-wall no
interior da instalação. Para intensificar ainda mais a humanização do ambiente, aproveitou-se dos amplos malls e átrios da antiga estrutura, adaptando-os apenas para responder à moderna identidade do ambiente. “Outro aspecto que nos facilitou a tarefa de humanizar os espaços foi a extensa área destinada ao estacionamento implantado sobre o terreno. Tal medidas, possibilitou acomodar as distintas verticalizações e promover qualidade ao conforto ambiental”, ressalta Schmidt.
A construção de um hospital geral será iniciada na quarta etapa, onde se localizarão 300 apartamentos individuais, 30 salas cirúrgicas, UTI com 60 leitos, atendimento ambulatorial, setores de apoio, administração, recepção e heliponto. Por fim será erguido o edifício de Flat Residence composto por 90 unidades e salas de convenção. 28
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A edificação da Medicina de ponta O Uberlândia Medical Center é fruto do sonho de trazer para o Brasil um conceito mundial de harmonização de práticas de saúde. De acordo com o Dr. Roberto Botelho, um dos responsáveis pela construção do complexo, o novo conceito busca uma linguagem harmonizada em diagnósticos e tratamentos. A grandiosidade do complexo hospitalar brilhou aos olhos de instituições estrangeiras. Através de um intercâmbio de conhecimentos, a entidade
realizará trabalhos de medicina nuclear coordenada pelo professor Dr. Salvador Borges Neto, da Universidade de Duke (EUA). Outra parceria será com Baptist Hospital de Miami (EUA), que atuará no setor de imagem. “A facilidade de encontrar em um só lugar a maioria das ofertas por serviços altamente especializados e produtos, é, sem dúvida alguma, um forte apelo que beneficia usuários e profissionais do ramo”, considera Schmidt.
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design
Design Sustentável Em entrevista exclusiva à Revista HealthARQ, Jean Hansen explica como obter sustentabilidade e conforto em projetos na saúde
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uando o assunto é design sustentável e construção verde na saúde, o nome de Jean Hansen é reconhecido nos Estados Unidos devido a sua notória trajetória profissional. Com cerca de 30 anos de carreira, a designer já ganhou diversos prêmios, sendo eleita como a profissional americana mais influente no design de interiores na saúde. Por sete anos, Jean Hansen colaborou para o desenvolvimento dos critérios LEED para o setor da saúde. Hoje, a designer de interiores é membro do US Green Building Council (USGBC), na região norte do Estado da Califórnia e, atualmente, está envolvida em atividades que apoiam a construção verde. Jean Hansen compartilha seu vasto know-how em entrevista exclusiva à revista HealthARQ, a qual fala sobre o verdadeiro conceito de sustentabilidade e os benefícios que um inteligente projeto de design de interiores podem trazer para instituição, pacientes, funcionários e, claro, para o meio ambiente.
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HealthArq: Qual é a sua concepção sobre “produto verde” e como este conceito é interpretado pelos profissionais? Jean Hansen: Eu acredito que muitos profissionais têm uma ideia diferente sobre o que é realmente um produto sustentável. Para que uma empresa proporcione tais produtos deve-se cumprir alguns requisitos acerca do custo, estética, durabilidade, disponibilidade e manutenção. Além disso, enumero outros importantes fatores como a transparência acerca da composição do material e como são feitas as etapas de produção. HealthArq: O que a indústria tem feito para adaptar sua produção a fim de oferecer mais materiais de qualidade e sustentáveis? Jean Hansen: Vejo que os fabricantes testam constantemente seus produtos. Por outro lado, sempre peço os resultados e referências de outros projetos que usaram tais materiais. Com isso, as empresas sabem que não serão utilizados produtos que tenham desrespeitado todos os rigores exigidos ou infringido as regras da sustentabilidade na saúde. Com isso, muitos fabricantes são incentivados
a entender o verdadeiro conceito de sustentabilidade e a colocar em prática tais medidas. Eu sei que muitas empresas que participaram de projetos de minha autoria não só aprenderam muito sobre os seus próprios produtos, como também ajudaram a indústria a aprender de forma coletiva. HealthArq: Como a Sra. avalia a importância da certificação US Green Building Council LEED para as edificações hospitalares? Jean Hansen: As instituições de saúde que optam por utilizar a certificação do USGBC LEED para seu campus ou edifícios dão exemplos não só para os seus pacientes e funcionários, mas também para toda a comunidade. Essa conquista demonstra uma valorização da saúde humana e, paralelamente, a preocupação ambiental. O reconhecimento traz o vínculo entre o design e a arquitetura com a saúde e bem-estar do paciente. HealthArq: O que um projeto de design de interiores em hospitais e clínicas de saúde deve trazer em sua concepção para conquistar a certificação LEED? Jean Hansen: O proje-
to mais bem sucedido é aquele que integra toda a equipe, desde os arquitetos, até mesmo o próprio cliente. Com isso, cria-se uma missão, definindo claramente os objetivos e conferindo uma perfeita identidade à instituição. Se o cliente e a equipe buscam a certificação LEED é fundamental que haja esta abordagem integrada, com metas definidas. Além disso, o profissional deve ter e fornecer uma visão do mundo natural, proporcionando meios para usufruir as melhores ferramentas como o acesso à luz natural, a escolha de materiais saudáveis e qualidade do ar interior. HealthArq: Quais materiais a Sra. prioriza utilizar em seus projetos e quais são os benefícios que tais produtos oferecem para o hospital? Jean Hansen: Sempre identifico produtos cujos fabricantes sejam transparentes sobre o conteúdo do material, como evitar produtos químicos, dentre outros protocolos “verdes”. Os benefícios da boa qualidade do ar, baixos índices de SVOCs (Compostos Orgânicos Semi Voláteis), e a “limpeza verde”, isto é, métodos de limpeza e produtos com ingredientes ecológicos destinados
a preservar a saúde humana e a qualidade ambiental também são importantes. O resulto é um ambiente muito mais saudável para todos os usuários. HealthArq: Como um material pode contribuir para a sustentabilidade e, ao mesmo tempo, para a humanização do hospital? Jean Hansen: O design de interiores pode contribuir para a sustentabilidade em diversos modos através de soluções como Evidence-Based Design (EBD), ou seja, pensar o espaço com base em pesquisas científicas e acadêmicas. Desse modo, serão aplicadas as melhores práticas do design sustentável. Vale ressaltar que o projeto também deve atentar-se aos fatores como estética, som, acústica, proporcionar um maior contato do paciente com a natureza através de áreas de descanso, etc. Em se tratando de projeto para a saúde, a sensibilidade é fator primordial para toda a criação arquitetônica. HealthArq: Como a sustentabilidade no projeto de design de interiores pode contribuir para a segurança do paciente? Jean Hansen: Ao selecionar um piso, por exemplo, o profissional deve considerar aspectos como a Health ARQ
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design cor, manutenção, limpeza, resistência, riscos de queda e o conforto, dentre outras características. Todos esses conceitos contribuem para a segurança e a opção por determinado produto através do EBD colaboram ainda mais para obter decisões inteligentes e seguras, tanto para o hospital como para o meio ambiente. Acredito também na importância de incluir as instituições
de saúde nas discussões do projeto e seleções de materiais. HealthArq: Além de economizar gastos de energia, reservatórios de água e jardins, quais itens a Sra. ressalta no conceito de design de interiores na saúde? O projeto de design de interiores hospitalar é extremamente abrangente e traz muitos benefícios
para todos os usuários através de inúmeras ferramentas. Cito a criação de áreas de descanso, dentro e fora da instalação. A valorização da luz natural é outra questão fundamental, proporcionando vistas para o ambiente externo em salas de recepção, setores especiais para funcionários, familiares e visitantes, etc. Isso ajuda significativamente na redução de energia, afora di-
minuir o estresse dos usuários, afinal um ambiente mais tranquilo permite menos erros por parte da equipe e melhoras rápidas dos pacientes. O design de interiores também deve selecionar materiais que conciliem em sua natureza a sustentabilidade e a durabilidade. Também devemos pensar quanto à iluminação e conforto térmico que o projeto deve trazer em sua concepção.
Com mais de 30 anos de experiência em design de interiores, Jean Hansen desenvolveu projetos para a área da saúde trazendo soluções sustentáveis em suas concepções. Em seu portfólio constam projetos de saúde para hospitais infantis, setores para cuidados intensivos, para tratamento de câncer e centros de pesquisa, além de diversos escritórios médicos. A designer dedicou dez anos na elaboração de estratégias e soluções sustentáveis que ajudaram na criação do Green Guide for HealthCare (Guia Verde para a Saúde), o qual contém as melhores práticas para a construção de “edifícios verdes” para o setor. Também é membro do US Green Building Council, respondendo pela região Norte do Estado da Califórnia. Jean Hansen é ainda membro fundadora da Academia Americana de Designer de Interiores para a Saúde (AAHID) e atuou como presidente da Associação Internacional de Design de Interiores (IIDA), também da Califórnia. Dentre os diversos artigos publicados de sua autoria são “Mobiliário para o Setor de Saúde: Uma Jornada para a Sustentabilidade” (Furniture for the Healthcare Industry: A Journey to Sustainability), “O Futuro de Tecidos para a Saúde” (The Future of Fabric: Healthcare), dentre outros. 32
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resposabilidade social
Futuro para todos
População de Restinga, em Porto Alegre, ganhará novo complexo hospitalar ainda no primeiro semestre de 2013
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a assistência básica a cirurgias e internações, o novo Hospital Moinhos de Vento - Restinga proporcionará serviços de diagnósticos, unidades de internação, centro cirúrgico e obstetrício. O complexo hospitalar também abriga 34
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em seu projeto o Centro de Especialidades, com 20 consultórios de diversas especialidades médicas. O esboço arquitetônico contempla a sustentabilidade em toda a sua concepção através de soluções como reaproveitamento de água da chuva,
gerenciamento de resíduos sólidos, tratamento paisagístico de áreas externas, dentre outras. Previsto para concluir as obras ainda no primeiro semestre deste ano, estima-se que o novo hospital atenderá uma região onde vivem mais de 100 mil habitantes.
Know-how adquirido ao longo de três décadas garante o estratégico planejamento e a execução, sem atrasos, da construção do novo hospital A edificação do Hospital Moinhos de Vento - Restinga carrega a assinatura da MPD Engenharia, sendo esta responsável pela execução das fundações rasas, superestrutura, alvenarias de fechamento interno e externo, pisos, forros, janelas e portas. De acordo com André Bezerra, Gerente de Contratos da empresa, a obra conta com materiais específicos que conferem identidade à infraestrutura. “Utilizamos piso vinílico em 80% da área construída, revestimento cerâmico em 70% das fachadas e utilização de brises de concreto nas fachadas leste e oeste, melhorando o desempenho térmico da edificação”, afirma. Na parte interior da estrutura estão sendo feitas algumas adequações de layout. Por este motivo, os fechamentos e acabamentos estão com 45% dos serviços executados. Já as fachadas e a cobertura do prédio estão com 90% das obras concluídas. O genoma de todo o projeto também carrega
a sustentabilidade como fator primordial. Para isso, a MPD utilizou canteiro de obras remontáveis, com torneiras dotadas de economizadores de água; gestão de resíduos sólidos, por meio da montagem de uma central que, inclusive, possibilita a reutilização de materiais na própria obra; montagem de um viveiro de plantas para reprodução de espécies típicas da região, que serão utilizadas no paisagismo final do empreendimento. Diante de tantos desafios que uma obra deste porte enfrenta, André Bezerra ressalta a montagem das equipes de produção devido à falta de mão de obra local. “Construímos um alojamento para receber 45 funcionários de outros Estados. Além disso, montamos, em parceria com a Associação do Hospital Moinhos de Vento (AHMV), Sindicato da Indústria da Construção Civil (SINDUSCON), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e Prefeitura de Health ARQ
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resposabilidade social Porto Alegre, um centro de treinamento e qualificação que formou 72 profissionais para a área de carpintaria, armação e pedreiros de alvenaria.” “O hospital atende a uma requisição de mais de 40 anos. A comunidade, por meio de seus representantes, tem visitado a obra mensalmente, acompanhando com grande expectativa sua conclusão. O projeto social-sanitário de Restinga deverá atender com suas unidades uma população de aproximadamente 100 mil pessoas. Essa obra ocupará um espaço importante em nosso portfólio, pois se trata de um dos mais modernos complexos hospitalares do Brasil”, avalia André Bezerra.
Sustentabilidade reconhecida Regras técnicas e qualidade no resultado sempre caminharam lado a lado com a preocupação ambiental nas diversas atuações da MPD Engenharia. A fidelidade com o conceito sustentabilidade está presente desde a concepção do projeto até a criação de condições ideais para toda a comunidade. O reconhecimento está na conquista, por três anos consecutivos (2009, 2010 e 2011), do prêmio ITCNet-SustentaX, como a empresa que mais construiu de acordo com princípios sustentáveis. “Em busca da Sustentabilidade” é um conjunto de
ações que a empresa coloca em prática tendo em vista a construção verde. “Dessa maneira, adotamos a capacidade de planejar e prever os impactos de um empreendimento, antes, durante e depois de sua realização”, explica o gerente de contratos. Outras ações também convergem para a preservação do meio ambiente, como o “Guia MPD de Práticas Sustentáveis”, no qual constam as principais ações que contribuem para o equilíbrio ambiental, social e econômico. Dentre as diversas soluções propostas estão o aproveitamento de estruturas de canteiro de obras anteriores em novas obras,
“O hospital atende a uma requisição de mais de 40 anos. A comunidade, por meio de seus representantes, tem visitado a obra mensalmente, acompanhando com grande expectativa sua conclusão. O projeto socialsanitário de Restinga deverá atender com suas unidades uma população de aproximadamente 100 mil pessoas. Essa obra ocupará um espaço importante em nosso portfólio, pois se trata de um dos mais modernos complexos hospitalares do Brasil” André Bezerra - Gerente de Contratos da MPD Engenharia 36
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a otimização da água, a gestão de resíduos sólidos e líquidos, os cuidados especiais com drenagem e erosão, dentre outras. Trajetória MPD Fundada em 1982, a MPD Engenharia é uma empresa com atuação nos mercados de construção e incorporação imobiliária. Em seu portfólio figuram construções de unidades comerciais, industriais, de educação e lazer, residenciais, hospitalares e laboratórios. A empresa está entre as “30 Maiores da Construção no Brasil” e tem certificados como ISO 9001:2008, PBQP, Qualihab Nível A e OHSAS 18.001-2007.
Edificação do novo hospital é resultado de tecnologia aliada à economia O projeto estrutural do Hospital Moinhos de Vento - Restinga também conta com a atuação da Vanguarda Engenharia, que trouxe para a edificação o uso de materiais de qualidade, garantindo, por completo, a estabilidade e a segurança do novo centro. Tamanha grandeza da construção seguiu, rigorosamente, ao conjunto de normas técnicas impostas pela ABNT. Especificamente no segmento estrutural, destacam-se a NBR 6118/2007, sobre a estrutura do concreto; NBR 8800/2008, para elementos em aço; NBR
6123/1986, que determina as cargas devidas ao vento sobre o edifício; e a NBR 6120/2008, que fixa as cargas sobre os vários pavimentos da obra. De acordo com Felipe Brasil Viegas e Eduardo Giugliani, engenheiros e sócios da empresa, o plano técnico aborda uma obra com grande área em planta, por isso o projeto arquitetônico explorou com propriedade o desnível natural do solo. “A estrutura foi concebida tentando reduzir a quantidade de pilares, utilizando grandes áreas livres que proporcionam flexibilidade para as na-
turais transformações na ocupação dos espaços”, comentam. E foi justamente o fator flexibilidade um dos desafios para a equipe. Afinal, a meta é conciliar estrutura econômica com a necessária ampliação de vãos livres. “Ao mesmo tempo, a baixa capacidade resistente do solo exigiu uma boa proximidade com o projetista de fundações e o arquiteto, para que, assim, se chegassem a soluções adequadas à magnitude do empreendimento”, explicam. A dicotomia entre o desafio tecnológico e a economia do projeto também Health ARQ
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resposabilidade social permeou a preocupação no plano da engenharia estrutural do hospital. “Vale lembrar que uma decisão de projeto estrutural tem sempre grande repercussão no custo da construção, observando-se que esse fator é um dos mais importantes itens para o orçamento de um edifício”, ressaltam os engenheiros. Para isso, o estudo lançou mão de modernos recursos computacionais para avaliação do real funcionamento da obra. “Modelos complexos nos permitem simular o funcionamento integrado do edifício como um todo. Usamos estas fer-
ramentas para oferecer estruturas com menores volumes de concreto e intenso monitoramento das deformações previstas no conjunto. Os processos de análise não linear, facultados pelas normas de concreto, onde o edifício é analisado em processos repetitivos, permitem determinar, com rigor, o comportamento da obra, viabilizando, assim, estruturas com maiores vãos e menores dimensões.” Os engenheiros também ressaltam a parceria com a equipe de arquitetura, a qual viabilizou a redução significativa de caras cortinas de contenção do terreno, substituindo,
onde fosse possível, por taludes de terra. Os contrapisos também foram substituídos por lajes de concreto, inclusive no pavimento de fundação. Além da tecnologia e economia de gastos, o projeto também se atentou a medidas sustentáveis. Para tanto, itens como brises de fachada, que protegem os espaços internos da insolação direta e reduzem o uso de ar condicionado, exigiram trabalhosos projetos e adequações da estrutura. Ao mesmo tempo, o uso de um detalhamento refinado das peças da estrutura (vigas, lajes, pilares, etc) permitiu um
Eduardo Giugliani, Engenheiro e Sócio da Vanguarda Engenharia 38
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menor desperdício e a redução no volume de rejeitos. À frente de seu tempo Não apenas acompanhar o avanço tecnológico, mas também oferecer as melhores ferramentas e soluções que cada projeto requer. Assim atua a Vanguarda Engenharia, que considera de extrema importância trazer inovações às necessidades de cada cliente. “No segmento hospitalar, por
exemplo, é preciso ter a capacidade de acompanhar as necessidades de todos os projetistas envolvidos; os equipamentos hospitalares que mudam dia a dia; as necessidades de dutos distribuídos pelo edifício e suas interferências com a obra; subestações; centrais de ar condicionado, etc.”, explicam os engenheiros. Entre os diversos cases de sucesso que contaram com a parceria e contribuição da Vanguarda En-
genharia estão a atuação no complexo Hospital Unimed de Joinville (SC); Hospital Regina, em Novo Hamburgo (RS); Hospital Dom João Becker, em Gravatai (RS); além de vários outros em Porto Alegre, como por exemplo a ampliação do Hospital Mãe de Deus, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Centro Clínico e Edifício Garagem do Hospital Ernesto Dornelles e a ampliação do Hospital Divina Providência; entre outros.
Felipe Viegas , Engenheiro e Sócio da Vanguarda Engenharia Health ARQ
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resposabilidade social FICHA TÉCNICA HOSPITAL RESTINGA E EXTREMO SUL Endereço: Estrada João Antônio da Silveira, 3.330 Data do Projeto: 2009 Área do terreno: 41,670,33 m2 Nº pavimentos: 03
Obra: Fevereiro / 2010 (terraplenagem) Área total construída: 19.145,48 m2 Vagas estacionamentos: 331
Pronto-atendimento: Projetado de acordo com os conceitos de acolhimento com classificação de risco, priorizando o atendimento conforme a gravidade do paciente, com áreas específicas para atendimento de adultos e crianças. Terá salas para estabilização de pacientes graves, recursos diagnósticos por imagem para rápida avaliação dos pacientes, salas para procedimentos (sutura, gesso, medicação, curativos). Sala de observação e de isolamento. O Pronto Atendimento está projetado para atender a demanda atual. Serviços Diagnósticos: Recursos diagnósticos por imagem, RX, ecografia, tomografia, mamografia, densitometria, diagnósticos endoscópicos, avaliações funcionais cardiológicas, ergometria, eletro encefalograma e laboratório de análises clínicas. O Centro de Diagnóstico além de atender as demandas do Hospital, do Pronto Atendimento e do Centro de Especialidades, está estruturado para atender as necessidades de recursos diagnósticos demandado pelas Equipes de Saúde da Família integrantes do território de abrangência do Projeto. Unidade de Internação: Implantação de 135 leitos, distribuídos em enfermarias de cinco leitos, nas unidades materno-infantil, clínica médica adultos e cirúrgico. Em cada pavimento haverá leitos de isolamento. Centro Cirúrgico e Obstétrico: Terá quatro salas cirúrgicas, duas salas de parto cirúrgico, sala de observação obstétrica, seis leitos PPP – pré, parto e pós parto e sala de recuperação com quatorze leitos. Centro de Especialidades (Policlínica): Composto de vinte consultórios distribuídos nas diversas especialidades médicas, com áreas específicas para a saúde da mulher, saúde bucal, saúde mental e para especialidades clínicas e cirúrgicas. Vinculado ao centro de especialidades teremos uma área com dois consultórios e três salas equipadas para reabilitação fisioterápica. O Centro de especialidades será referência e apoio para as Equipes de Saúde da Família do território do projeto. Escola de Gestão em Saúde: Terá quatro salas de aulas teóricas; laboratórios para aulas práticas de técnicas de enfermagem e de saúde bucal, laboratório de informática, biblioteca, área destinada à pesquisa em saúde e gestão de sistemas de saúde. A Escola está em operação desde janeiro de 2009, nas instalações da Escola de Enfermagem do Hospital Moinhos de Vento. Como já ressaltamos, o projeto Desenvolvimento de Técnicas de Operação e Gestão de uma Rede Intramunicipal, também tem entre seus objetivos a geração de emprego e renda. Com a implantação do projeto estaremos criando aproximadamente 600 postos de trabalho, todos os esforços de capacitação de recursos humanos que realizamos são destinados aos moradores da região do projeto, possibilitando assim a geração de renda na região. Empresas sub-contratadas: Terraplenagem: Coesul Muro externo: MCA – TEM 02 MCS Estaqueamento: Basetec Prova de carga nas estacas: Fugro In Situ Consultoria na terraplenagem: SA & FRA MLF Consultoria em medicina e segurança do trabalho: SL Engenharia Gerenciamento da obra: Obra Gerenciada, MPD Engenharia (obras civis) Instalações elétricas, hidrossanitárias e gases: Eletrotec Instalações de ar condicionado: Arself Arquitetura: Cassiano Arquitetos Interiores: Moema Wertheimer Arquitetura Coordenação: Engº Carlos Emílio Marczyk/ Engª Bárbara K. N. Wetzel Gerenciamento de licitação: Obra Gerenciada Projetos: Ar-condicionado: MHA Engenharia Ltda Consultoria de caixilhos: Cassiano Arquitetos Elétrico e hidráulico: MHA Engenharia Ltda Gases Medicinais: MHA Engenharia Ltda
Projeto de fundações e contenções: Jarbas Milititsky Estrutura de concreto: Vanguarda Sistemas Estruturais Abertos Luminotécnico: Cassiano Arquitetos (Interno); Zanini & Dias (Externo) Impermeabilização: Cruz & Cruz Arquitetos Prevenção e Combate a Incêndio: MHA Engenharia Ltda Obra: Construção: Estrutura convencional de concreto Estágio da estrutura: 100% concluída Estágio da obra total: 65% executado Fornecedores de Equipamentos: Acabamentos de elétrica: Linha pial plus da Pial Detectores de fumaça: MORLEY IAS; HONEYWELL Geradores: S. G. Wilson Louças: Deca Metais sanitários: Deca; WOG Plano de geração de resíduos: Ecosafety Bus Way: Beguin
Fundação: Basetec Placas de Dry wall: A. A. Richter Construtora Ltda Batente Metálico: Elmo Esquadrias de Madeira Fornecedores de Material e Serviço: Aço: Gerdau S. A. Formas metálicas: SH Formas, Andaimes e Escoramentos Ltda Andaimes: Mills Estruturas e Serviços de Engenharia S. A. Ar-condicionado: Arself Concreto: Concrepedra Divisórias e Portas: Ângulo Dry Wall e Steel Frame ; Elmo esquadrias de Madeira Detalhes da Obra: Drywal: A. A. Richter Construtora Ltda Elevadores: Orona Esquadria ferro: Granmetal Esquadrias madeira: Elmo Esquadrias de Madeira Esquadrias metálicas de alumínio: Alumiconte Comp. de Alumínio Ltda Estrutura metálica: Granmetal Estruturas Metálicas Ltda. Ferragens: IMAB Fios: IPCE Granito: Bona Pedras
Guarda Corpo: Granmetal Esquadrias Metálicas Ltda. Impermeabilização: Denver Impermeabilizantes Ind. E Com. Instalações Hidráulicas e Elétricas: Eletrotec construções elétricas Ltda. Juntas de dilatação: MPD Engenharia Luminárias: Itaim; Reka Paisagismo execução: Toni Bakes Consultoria e Paisagismo Pinturas: MPD Engenharia Piso Vinílico: Tarkett Porta corta-fogo: Shaft Ind. e Com. Ltda Revestimento Cerâmico: Portobello Porcelanato: Eliane Revestimento Fachada: Portobello Sistema de fixação: MPD engenharia; Hilte Terraplanagem: Coesul Vidros: Vidrocerto Mão de Obra Civil: MPD Engenharia
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Praticidade nas alas Com a meta de oferecer qualidade aos hospitais, fabricantes de divisórias produzem modelos com certificações e testes no IPT 42
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a hora de planejar uma obra hospitalar, a implantação de divisórias em determinadas alas deve ser algo essencial. Por isso, muitas empresas fabricantes oferecem materiais que auxiliam na execução do projeto. No mercado da construção é possível encontrar portas maciças de diversos acabamentos com isolamento acústico que veda, por exemplo, a parte inferior da porta. Tais modelos são denominados portas de guilhotina. Instaladas geralmente em áreas de corredores, para divisão de ambientes como recepção, sala de atendimento médico e de coleta de exames, as divisórias devem possuir bate-macas para proteção das paredes contra danos provenientes de colisões das camas móveis, cadeiras e demais equipamentos, garantindo, assim, a segurança dos usuários. A instalação deste componente exige cuidados relacionados ao sistema acústico, a fim de proporcionar maior privacidade aos pacientes. Dentre as cautelas que os hospitais devem ter ao instalar uma divisória está a seleção de empresas certificadas por órgãos ambientais. Outro ponto
importante é a busca por informações dos produtos, com a confirmação de o material estar de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para maior segurança nos ambientes médico-hospitalares. Dessa forma, modelos de preocupação como esse ocorrem na estrutura de hospitais brasileiros como o Oswaldo Cruz, Santa Catarina e Albert Einstein. De acordo com Oswaldo Ferreira, Diretor Comercial da Design On, uma das grandes vantagens do isolamento de ambientes do setor da saúde é a garantia de maior privacidade entre o paciente e médico. Ele ressalta que isso ocorre, especialmente, quando se refere principalmente a dados pessoais. Ao comentar das divisórias mais indicadas para os ambientes médicos, Ferreira cita a linha Zion, por ser mais robusta, além de dispor de ótima performance acústica, possuir 90 milímetros de espessura total e ser constituída em perfis de alumínio com formato exclusivo. “As divisórias podem ter elevações, integralmente em vidro ou meio vidro. Já as portas são construídas em partículas de madeira maciça prensadas
a quente, o que permite uma variedade de acabamentos”, explica. O diretor também informa sobre a linha Evidence – que é composta por divisórias de 85 milímetros de espessura, com alta performance acústica e dentro dos padrões da ABNT. Segundo ele, este modelo – que pode ser “100% cega”, “meio cega” ou totalmente em vidro – é mais robusto, permitindo a personalização do ambiente, que transmite sofisticação e elegância. Sobre a procura das instituições de saúde pelas de divisórias no mercado nacional, Ferreira comenta que a arquitetura hospitalar está cada vez mais modernizada e preocupada. “Por isso desenvolvemos divisórias com acabamentos modernos que trazem aos edifícios pontos positivos, alegres e despojados”, ressalta. Como explica Ferreira, os produtos da empresa, que são instalados nos ambientes hospitalares permitem a utilização de bate-maca. Assim como a aplicação de película em vidro para construção de um local mais leve e com privacidade. Todos os produtos utilizados pela empresa são considerados reciclados como Health ARQ
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humanização tecidos, madeira, vidro e alumínio. Vale destacar, que os fornecedores têm uma parceria com a empresa, permitindo a logística inversa e a coleta de resíduos para reciclagem. Quanto ao diferencial de suas linhas, Ferreira diz que o material possui alta performance acústica, é testado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e normatizado pela ABNT com a certificação ISO 9001.
“Uma das grandes vantagens do isolamento de ambientes do setor da saúde é a garantia de maior privacidade entre paciente e médico” Oswaldo Ferreira, Diretor Comercial da Design On 44
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A primeira impressão
Recepção hospitalar ganha novos traços através do projeto de interiores inspirado na humanização, conforto e segurança dos pacientes
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companhar a crescente demanda de usuários e, ao mesmo tempo, oferecer a esse público o conforto e bem-estar através de um ambiente bem estruturado. Essas foram as preocupações que levaram
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o Hospital Beneficência Portuguesa (SP) a ampliar, dentre os diversos setores que compõem seu centro hospitalar, as áreas de recepção. O projeto responde também à necessidade de modernização e otimi-
zação do fluxo de pacientes. “Esta recepção, que antes atendia convênios, particulares e SUS, será a entrada somente de pacientes particulares e conveniados. Além disso, a concepção do projeto tem o objetivo de fortalecer a marca e a história do
hospital”, explica a arquiteta Fabiana Annenberg, da MW Arquitetura. Em se tratando de áreas de recepção, os esboços priorizaram o tráfego de pacientes, de modo que o usuário tenha facilidade para se locomover. Para isso, a beleza do ambiente foi acompanhada com os devidos cuidados quanto à sinalização e acessibilidade para todas as pessoas. Assim, normas técnicas guiaram o projeto como a NBR 9050, RDC nº 50 da ANVISA, além de requisitos de ergonomia, iluminação e níveis de ruído para conforto acústico e térmico. Quanto aos materiais utilizados, a arquiteta explica que alguns locais receberam um revestimento especial para piso, parede e forro. “Escolhemos um
produto visualmente semelhante ao piso vinílico, entretanto é um composto de cortiça e lâmina de madeira altamente resistente. Este material funciona como isolante térmico e acústico, é de fácil limpeza e manutenção, sendo resistente ao fogo e ao alto tráfego e, consequentemente, à abrasão. Além disso, há uma efetiva ação antibactericida em sua composição. Tudo isso conferindo uma estética harmoniosa e bela ao ambiente.” O mesmo cuidado ocorreu na escolha de batentes e guarnições. Logo, foi priorizado um revestimento que possui uma película de PVC com adesivo permanente de extrema resistência, durabilidade, além de não propagar chamas. Os cuidados também
abrangem o conforto do paciente, seja através de circulações amplas, ou no mobiliário estável, seguro e de qualidade. Convergindo para esta preocupação também está a segurança do usuário que foi intensificada através da utilização de materiais adequados para cada ambiente. As caixas acopladas das bacias, por exemplo, são embutidas na parede, aumentando ainda mais a assepsia do local. Vale ressaltar que todo o projeto foi revisado junto ao corpo de bombeiros. A humanização do espaço apoia-se em várias soluções. As cores utilizadas, por exemplo, conferem ao ambiente uma maior sensação de bem-estar aos usuários. A iluminação também caminha por esse
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ARQ reforma conceito, além de colaborar para a sustentabilidade, uma vez que foram priorizados os materiais LED, proporcionando maior economia e menor custo a longo prazo. Também é importante citar que a iluminação foi feita por um escritório especializado em luminotécnica. Recursos de áudio e vídeo complementam uma atmosfera mais acolhedora. O compromisso sustentável da obra abrangeu várias medidas, como a proposta de marcenarias com separação de lixo orgânico e reciclável. Outro exemplo é a opção por balcões das recepções feitos em corian, por se tratar de um material
reutilizável e não tóxico. Todo o estudo do projeto de interiores foi cauteloso em preservar a história da instituição através de uma área prevista para ser o “Espaço da Memória”. Neste local, os usuários poderão conhecer melhor o Hospital e compartilhar suas experiências pessoais. Essa é uma das soluções adotadas pela hotelaria hospitalar a fim de intensificar a humanização do atendimento. Para a elaboração do projeto foi necessário conciliar as reformas com o funcionamento do hospital. Para isso exigiu-se um detalhado planejamento, afinal trata-se de áreas de recepção,
locais que têm uma intensa circulação de pessoas. “Outro desafio foi conceber soluções inteligentes para que conseguíssemos melhorar a iluminação e o pé-direito dos corredores, já que havia muitas interferências de toda a infraestrutura do edifício localizada no entreforro do térreo”, ressalta a arquiteta. O trabalho iniciou-se em abril de 2012, sendo que a obra está sendo executada em duas etapas, ambas com previsão de entrega ainda no primeiro semestre de 2013. O projeto de interiores dedica-se às áreas de recepção da internação, dos sócios e a principal, além dos corredores.
Moema Wertheimer, MW Arquitetura 48
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Charme na estética Arquiteto consultor para sistemas de fachadas, Paulo Celso Duarte, orienta sobre benefícios da utilização do vidro nos ambientes de saúde
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om relação à implantação de vidros em ambientes de saúde, alguns dimensionamentos são necessários. Primeiramente, é preciso calcular a espessura do vidro, a fim de que resista às cargas solicitantes, como ventos e cargas acidentais. Portanto, os vidros para hospitais devem ser laminados para que não formem cacos e mantenham o vão íntegro, garantindo a segurança do paciente em caso de quebra. O dimensionamento também interfere na garantia do conforto térmico desejado. Isso depende da orientação da fachada considerada, se esta recebe mais o menos sol. Tal característica determinará a qualidade de controle solar a ser especificada. “Outro critério a ser considerado, é a condição de con50
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forto acústico. É desejável que o isolamento acústico do prédio seja melhor que em um edifício comum”, completa o Arquiteto Consultor para Sistemas de Fachadas, Paulo Celso Duarte. Conforme ele explica, os vidros são utilizados em hospitais com o mesmo fim que em outros edifícios comuns: para permitir a entrada de luz, oferecer ampla visão de dentro para fora, além de proteger de intempéries. Duarte menciona que o critério utilizado para todos os tipos de edifícios é a sustentabilidade, traduzida em eficiência energética, maior aproveitamento da iluminação natural e conforto acústico. “Para os hospitais, esses últimos quesitos são mais importantes, pois estes locais possuem pessoas debilitadas a serem protegidas.”
Ao mencionar modelos de vidros que geram economia de energia, Duarte recomenda que as instituições de saúde utilizem vidros de controle solar especificados cuidadosamente para os locais de trabalho. Para os departamentos administrativos, os vidros indicados são especificados da mesma forma que se faz para um edifício corporativo. Já no caso dos locais onde os pacientes são cuidados e atendidos – apartamentos e dormitórios, salas de repouso, solário, consultórios – os vidros devem garantir boa penetração de luz direta, porém controlada, pois em um País tropical como o Brasil, o céu é excessivamente luminoso e a intensa claridade incomoda os pacientes. “A passagem de calor para dentro deve ser bloqueada
de modo a garantir um ambiente confortável, isso é o que define os Parâmetros de Controle Solar.” Duarte explica que o vidro é um dos materiais mais fáceis de limpar, podendo, inclusive, utilizar produtos germicidas para a sua manutenção. Ele diz também que, além do controle solar é necessário escurecer os ambientes para o repouso do paciente, não podendo usar elementos internos. “A melhor solução que se tem é o uso de vidros duplos com câmara hermética – insulados – que possuem uma persiana interna a essa câmara. Dessa forma, temos a possibilidade de controlar a luz sem o problema da contaminação e limpeza”, salienta. O profissional destaca que uma condição especial a se considerar é que nos locais
onde ficam os pacientes, não pode ter cortinas, rolôs, persianas ou outros elementos de sombreamento interno, porque pode ocorrer o problema de contaminação. Portanto é necessário tais interferências “no vidro”. Nos vidros insulados existem duas lâminas principais de vidro para dimensionar de modo a melhorar o conforto acústico, portanto fica facilitada a solução. Vale ressaltar que é necessário trabalhar com um consultor de acústica para saber exatamente os níveis sonoros do local. Com isso garante-se a perfeita dimensão do vidro. O consultor avalia que, no Brasil, o uso do vidro só
é considerado no caso de se ter uma disponibilidade maior de recursos, pois são soluções geralmente caras. “Um hospital não necessita exatamente desse tipo de solução, mas se os grandes espaços podem ser resolvidos com soluções desse modelo é claro que há uma solicitação.” Ele diz que a qualidade estética é sempre desejável e um hospital não é apenas uma casa de saúde, os pacientes devem sentir-se bem, além de seus familiares e todos os que circulam pelo edifício. Portanto, há um uso mais frequente dessas soluções nos hospitais maiores e mais modernos.
“Um hospital não necessita exatamente desse tipo de solução, mas se os grandes espaços podem ser resolvidos com soluções desse modelo é claro que há uma solicitação” Paulo Celso Duarte, Arquiteto Consultor para Sistemas de Fachadas
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Elegância com transparência Utilizar o vidro na composição das edificações hospitalares tem sido algo bastante visível nos últimos anos. O uso deste material na envoltória dos novos prédios é uma tendência atual. Este cristal tem agregado muita tecnologia às fachadas, com muito desempenho quanto ao controle de energia, além de muita 52
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transparência no design. Os critérios para a aplicação dos vidros nos ambientes de saúde são definidos a partir da elaboração do projeto de arquitetura, com a interface do programa hospitalar e dos consultores específicos deste tipo de projeto. Na opinião da arquiteta Claudia Mitne, Gerente de Marketing da GlassecVira-
con, os vidros mais indicados para área da saúde devem ter requisitos especiais de desempenho. Conforme explicado, a prioridade é a segurança, depois o controle de luz/calor, a aparência, que deve ser mais transparente possível, ou seja, com baixa reflexão, em tons neutros para o ambiente. “Estes materiais devem possuir baixa manu-
tenção”, esclarece. Quanto à fabricação de vidros da empresa, a arquiteta considera tal processo sustentável um processo sustentável, pois o material é um produto 100% reciclável. “Temos certificados ambientais e sistemas de reuso de água controlados”, informa. Segundo ela, a companhia é focada em soluções de vidros para a construção civil,
com atenção ao segmento hospitalar, aprimorando seus processos, desenvolvendo produtos com as matérias-primas de ponta, agregando experiência e trocando conhecimento com o mercado. A empresa traz várias soluções de vidro, prestando serviços para grandes complexos hospitalares do País. Claudia avalia que este crescimento deve-se ao
alinhamento entre as soluções oferecidas pelo vidro às necessidades do setor. “A busca por excelência no atendimento ao paciente tem apoio na infraestrutura oferecida, sendo a segurança e o conforto acústico e térmico de extrema importância neste contexto”, afirma. De acordo com Claudia, a empresa possui muitos vidros insulados de controle
solar com persianas internas, com serigrafia e também materiais laminados de segurança, corta fogo, enfim, muitas alternativas para este tipo de projeto. “Nós especializamos em apresentar soluções em vidros para projetos de alta complexidade, em que são especificados diversos vidros de alto desempenho térmico, acústico e de vidros especiais”, garante.
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ARQ destaque SAIBA MAIS VIDROS BAIXO-EMISSIVOS O vidro Baixo Emissivo, também conhecido como vidro de Controle Solar, recebe a aplicação de uma “capa” que adere permanentemente à superfície do vidro – através de processos industriais complexos – porém, que fornece um desempenho variável. A “capa” interfere nos comprimentos de onda na região do infravermelho, permitindo um melhor controle da passagem do calor e afetando pouco a passagem da luz. Essa qualidade permite ter um vidro muito claro, com grande transmissão luminosa, filtrando grande quantidade de calor. Na realidade, no caso dos hospitais, essa condição é a desejável, ou seja, ter ambientes com um vidro de controle solar cuja eficiência necessária é suficiente para criar condições de conforto. A valorização destes espaços se dá com o uso de vidros insulados de controle solar, com persiana interna, que controlam a quantidade de sombreamento. Além disso, este material é de baixa manutenção e reflexão luminosa, o que proporciona a transparência interna, sem o efeito espelhado. Vale enfatizar que a persiana recolhida garante a quantidade de luz desejada, sem excessos, da forma que o paciente desejar em seu leito.
CASE EM HOSPITAL REFERÊNCIA Um dos hospitais de referência da América Latina no tratamento do câncer infantil, o GRAAC, fundado pelo Dr. Sérgio Petrilli, Superintendente do grupo, iniciou em 2011 uma ampla obra de expansão de sua infraestrutura de atendimento. O projeto contou com a participação da GlassecViracon no desenvolvimento de uma solução diferenciada, aliando funcionalidade e design. Com previsão de entrega de todo o projeto até o final de 2015, o Hospital contará com 100% de fachada em vidro. A empresa desenvolveu toda a especificação e a transformação do vidro, a preço de custo. Estimado em R$ 100 milhões, o empreendimento compreende 16 mil m² de área construída, do qual 3 mil m² será composto do vidro de controle solar verde, de alta performance térmica e acústica. 54
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CONSTRUÇÃO
Sustentação garantida Execução das fundações do Hospital da Unimed em Ribeirão Preto (SP) adere à novas tecnologias, proporcionando segurança e qualidade
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pós um completo raio x do terreno, através da identificação do solo e sua resistência, inicia-se, então, os cálculos para que se projete, adequadamente, as fundações da obra. Por essa mesma etapa trilhou a construção do Hospital da Unimed de Ribeirão Preto (SP), cujo término 56
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está previsto para o segundo semestre de 2014. Cumprindo os prazos combinados, a Base Fundações e Infra Estrutura atuou no alicerce do futuro hospital com equipamentos próprios e pessoal operacional experiente. “Ficamos honrados em executar as fundações desta que é uma das
maiores e principais obras em andamento na cidade atualmente e agradecemos à Diretoria da Unimed pela escolha da nossa empresa para essa empreitada”, diz o engenheiro Ricardo Debiagi. “Após análises, cálculos e troca de informações, optou-se pela solução de estacas escavadas com per-
furatriz moldadas ‘in loco’ normais (até Ø 50 cm) e com auxílio de fluído estabilizante para grandes diâmetros (de Ø 70 a Ø 150 cm), devido à variação das cargas atuantes na fundação e ao tipo de solo local”, explica Debiagi. O projeto, elaborado em parceria com a GMA Engenharia de Fundações, seguiu o processo executivo de acordo com a norma NBR 6122/2010 da ABNT, a qual contempla práticas correntes de projetos e execução de
fundações, incorporando novas tecnologias. Além disso, foram exigidos parâmetros e valores para a densidade mínima do polímero biodegradável usado para a confecção do fluido e para o tipo de concreto a ser utilizado. A topografia não foi um empecilho para o andamento das obras, conforme considera o engenheiro, pois todo o prédio principal encontra-se na mesma cota. Além disso, trabalhou-se em um platô nivelado, após a execução
da terraplanagem. “Nosso maior desafio foi a execução dos estacões de Ø 150 cm com profundidades de até 17 m e cotas de apoio abaixo do N.A. Para isso exigiram-se equipamentos e ferramentas especiais e apropriados”, salienta Debiagi. O hospital da Unimed de Ribeirão Preto terá 130 leitos, sendo dez salas cirúrgicas e 40 leitos de UTI, além de cerca de 600 vagas de estacionamento. “Trata-se de um hospital que irá atender
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CONSTRUÇÃO 130 mil usuários de nossa rede para diversos tratamentos, inclusive procedimentos de alta complexidade”, comenta Dr. Percival Martineli, coordenador da construção do novo centro. Para Debiagi, a obra é de suma importância, pois irá “intensificar e melhorar o sistema de saúde da cidade de Ribeirão Preto e região, além de estar localizada em uma área privilegiada e de fácil acesso”.
Quanto às contratações e aos serviços executados até então, Martineli considera que tudo que está sendo realizado atende às expectativas. “Observamos uma rapidez na construção pelo uso da estrutura metálica e cuidados com o meio ambiente no que diz respeito à economia de energia, reaproveitamento de água e uso de material da linha verde”, ressalta o coordenador.
A Base Fundações é especializada na execução de diversos tipos de fundações e carrega em seu portfólio atuações no Hospital de Guariba (SP), Hospital São Lucas e Hospital São Francisco, de Ribeirão Preto, e Hospital do Câncer, de Barretos (SP). Em 32 anos de atividades já foram executados cerca de 6.500 fundações de obras residenciais, comerciais, industriais, para saúde, educação e esportes, etc.
“Ficamos honrados em executar as fundações desta que é uma das maiores e principais obras em andamento na cidade atualmente” Engenheiro Ricardo Debiagi 58
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CONSTRUÇÃO
Requinte nas estruturas Cidade de São Paulo ganhará inovador centro de hemodinâmica que contará com 722 m² e cinco leitos para repouso e preparo
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uito se questiona com relação à importância da implantação de um centro de hemodinâmica em uma instituição hospitalar. Este complexo setor realiza procedimentos cirúrgicos como cateterismo, ponte de safena, cirurgias de artérias mamárias, entre outros procedimentos. É com essa proposta
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que um novo centro de hemodinâmica, na capital paulista, segue em construção, no Hospital Alemão Oswaldo Cruz. De acordo com informações fornecidas pela arquiteta Teresa Gouveia, a edificação teve o seu projeto arquitetônico iniciado em março de 2011. Ela informa que a área total construída é de 722 m² e que
as obras já começaram a ser executadas no segundo semestre de 2012. O centro possui duas salas de hemodinâmica com equipamentos de ponta em área estéril. O local ainda terá cinco leitos para repouso e preparo. Além de duas salas de laudos, conforto médico, copa, dois vestiários com barreira, posto de enfermagem, etc.
O reflexo da qualidade Sejam gestores ou coordenadores hospitalares, uma das grandes metas ao planejar uma nova edificação é contratar profissionais qualificados para desenvolver um projeto com alto padrão de qualidade. A proposta ideal é estabelecer premissas para que todos os materiais, equipamentos e mão de obra empregada sejam de excelência e de alta tecnologia, garantindo-se assim uma valiosa estrutura ao empreendimento de saúde. Todos esses atributos estão presentes nas obras do Centro de Hemodinâmica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Isso porque, a equipe de engenharia buscou utilizar uma mão de obra própria multidisciplinar, a fim de se reduzir cus-
tos de produção e ter maior agilidade na desenvoltura dos trabalhos realizados. Foram aplicadas tecnologias avançadas tais como divisórias de vidro com persianas embutidas móveis para as salas de RPA, e iluminação adequada para melhor conforto dos pacientes e equipe médica. O prédio também contou com a instalação de uma iluminação especial. Este elemento, foi elaborado trazendo para o paciente a alusão de um céu estrelado, criando um ambiente calmo e sereno para as duas salas de exames existentes no setor. Esse espaço possui revestimento misto de barita e filme de chumbo tanto para as portas, como para as paredes com a meta Health ARQ
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CONSTRUÇÃO de proteger de emissões radiológicas as áreas adjacentes. Vale ressaltar que o local tem um sistema de automação de ar condicionado que garante uma temperatura ideal para cada ambiente, podendo ser controlado remotamente em função da necessidade do uso de cada cômodo. A execução da obra contou com uma estrutura técnica altamente qualificada para atender aos requisitos necessários, ou seja, com equipes de limpeza para manutenção dos acessos à obra e interno a ela constantemente, a fim de se garantir o programa de controle de infecção hospitalar. Outro ponto interessante é o isolamento com tapumes
de divisória naval selada, para proporcionar baixo nível de ruído e eliminação da poeira gerada pela obra. Ainda, houve abastecimento do local com insumos em horários previamente agendados com o hospital, com o intuito de não se afetar o fluxo de pacientes e equipe médica nas áreas vizinhas à obra. Ao falar da atuação nesta obra, José Firmo Piazza Junior, Diretor da Zaori, cita o grande desafio na promoção e realização deste trabalho. “Cada pequeno detalhe, tanto do projeto arquitetônico, como do plano de instalações foram estudados e planejados exaustivamente junto com os projetistas das diversas
disciplinas abrangidas pela obra”, completa. De acordo com Piazza, o maior diferencial desta obra foi executá-la em meio ao hospital em funcionamento, com equipe médica e pacientes sendo atendidos em áreas adjacentes à obra, sem que esta interferisse, em nenhum momento, nos processos hospitalares, tais como fluxo de pacientes, atendi62
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mentos médicos e exames. Quanto a parte “verde”, foram utilizadas algumas medidas sustentáveis na execução desta obra, a exemplo da coleta seletiva dos resíduos gerados (entulhos, gesso, alumínio, aço, vidros, entre outros dejetos). Como explica Piazza, o tempo necessário para finalizar toda a obra foi de 120 dias corridos conforme previsto no cronograma inicial.
Uma etapa indispensável Na elaboração de um plano de construção na área médica é mais que indispensável decidir qual serviço escolher para a instalação da parte hidráulica e elétrica da nova edificação. Nas obras do Centro de Hemodinâmica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, essa foi uma das preocupações dos responsáveis pelo desenvolvimento da obra. “Devemos ter atenção com as instalações elétricas e hidráulicas em todos os setores de espaços públicos, não apenas na área hospitalar como também no comércio, indústria e residências”, destaca o engenheiro, Eduardo Reininger, Sócio
Diretor da Polo Instaladora. Segundo ele, nos últimos anos a procura pelos serviços da empresa tem aumentado consideravelmente, graças a atuação da equipe técnica na área hospitalar. “Creio que o nosso diferencial, além do comprometimento com nossos clientes, é o investimento em pessoas capacitadas, quando procuramos motivá-las através de prêmios e participação no desempenho de cada serviço. Vale citar que “funcionários motivados, empresa sadia e cliente satisfeito”, ressalta. Na área da saúde a empresa tem uma preocupação muito grande com as
instalações elétricas, onde precisa fornecer uma energia confiável para o ótimo funcionamento de equipamentos eletromédicos. “Para que isto ocorra, além do fornecimento de materiais de qualidade, é necessário o monitoramento das instalações através de dispositivos de proteção de isolamento (DSI)”, relata. Conforme ele explica, em salas cirúrgicas, UTI’ s, entre outras, é obrigatório a utilização de um esquema IT-médico exclusivo, onde a primeira falta de terra ou massa não causem o desligamento automático de energia, o que permite a continuidade dos pro-
cedimentos clínicos sem colocar a equipe médica e pacientes a riscos de choques ou queimaduras. “Na área hospitalar podemos citar a NBR 13534 que especifica a utilização de equipamentos do esquema IT-médico”, explica. Recentemente a Polo Instaladora está com parceria com a arquiteta Teresa Gouveia e a empresa MHA, que executou a ampliação e reforma do Centro de Hemodinâmica. “Além do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a Polo tem uma parceria com os Hospitais Metropolitano, Jardim Anália Franco, 9 de Julho entre outros”, afirma Reininger.
“Creio que o nosso diferencial, além do comprometimento com nossos clientes, é o investimento em pessoas capacitadas, quando procuramos motivá-las através de prêmios e participação no desempenho de cada serviço. “Vale citar que ‘funcionários motivados, empresa sadia e cliente satisfeito’”
Eduardo Reininger, Sócio Diretor da Polo Instaladora Health ARQ
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CONSTRUÇÃO
Composição que faz a diferença Outro destaque nas obras do Centro de Hemodinâmica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz são os sistemas de IT-médico da instituição, que contam com o mais alto nível de tecnologia, pois possuem a função de localização de falhas automática e uma central de alarmes com anunciadores que registram históricos. Este projeto conta com um sistema de supervisão de fuga à terra do primário dos transformadores, atendendo ao requisito de uma medição dos transformadores de separação a cada 36 meses. Assim, a exigência é cumprida em 24h. Todo princípio está interligado com o TCP/IP disponibili64
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zando as informações de alarme na rede do hospital e enviando e-mail aos responsáveis técnicos no evento de um alarme. De acordo com Sergio Castellari, Diretor da RDI Bender, o sistema de IT-médico é fabricado com o mais alto padrão de qualidade e atendendo às normas brasileiras e internacionais. O grande diferencial dos fornecimentos deste sistema desenvolvido pela empresa é o atendimento pleno às normas vigentes e o excelente conhecimento técnico de todos os colaboradores para a realização dos projetos, comissionamentos, treinamentos das equipes de manutenção/
engenharia e enfermagem. Castellari afirma que os sistemas IT-médico produzidos pela RDI Bender nos últimos anos estão cada vez mais com o nível de tecnologia agregada e eficiente. “Tudo isso tem o intuito de ter um sistema automático e registrador de eventos de alarme, ao tornar mais eficaz e rápido nas soluções de baixo isolamento das instalações elétricas e equipamentos eletromédicos”, relata. Por serem locais complexos (salas cirúrgicas, UTI’ s, salas de procedimentos invasivos como os intracardíacos, de emergência, de hematologia entre outras), alguns cuidados são necessários para a instalação
destes equipamentos. Tais exigências devem constar no projeto elétrico do hospital, no qual precisa estar em conformidade com as normas brasileiras. O fornecimento do sistema deve estar de acordo com os requisitos do projeto. A instalação elétrica deve prever locais apropriados de montagem dos quadros IT-médicos para evitar problemas durante limpeza/assepsia dos ambientes. Além disso, o instalador elétrico deve seguir rigorosamente os projetos técnicos elétrico e do fornecedor do sistema IT-médico e também devem ser instalados um cabo terra por circuito nos ambientes cirúrgicos, RPA, UTI´s.
O diretor explica que a resistência de isolamento é continuamente medida através do sistema de medição do DSI na qual se utiliza de medição ativa (tensão e corrente injetada na rede) de baixos valores (segurança ao paciente) e informa via display local e remoto (anunciadores de alarme). Ao cair a um nível de isolamento abaixo de 50 kohm, o sistema deve alarmar em acordo com a NBR13534 (instalações elétricas em EAS). Outro ponto importante é que o DSI deve medir falhas de isolamento em CA e CC de acordo com a norma IEC61557-8 a qual determina os aspectos técnicos mínimos exigidos a um DSI. Os aspectos normati-
vos da segunda edição da NBR13534 de 2008 são plenamente seguidos pela RDI Bender desde 2002 (tal exigência originou-se da norma internacional IEC 60364-7-710). “A mudança foi gradativa pois os projetos elétricos estavam ainda em conformidade com a NBR13534 de 1995, porém quando a norma entrou em vigência em 2008 estávamos adiantados tecnicamente seis anos.” Castellari diz que hoje o que há de mais inovador em sistemas IT-médico são os sistemas automáticos de localização de falhas a terra, na qual o localizador detecta rapidamente o exato circuito com problema de isolamento, o que torna a
procura do defeito rápida e eficiente. Estes sistemas estão descritos na NBR5410 e detalhados na IEC61557-9. Outra grande inovação neste setor são os anunciadores de alarme com registro de histórico e eventos do sistema IT-médico com os detalhes dos locais em que o defeito perdurou ou perdura em determinado horário e data. E por último a inovação de inserir todos os dados do sistema IT-médico no modelo TCP/ IP, integrando as informações do sistema IT-médico com a rede TCP/IP do hospital, todas as informações são visualizadas via browser da Internet com plataforma silverlight tornando o visualizador dinâmico e rápido.
Sergio Castellari, Diretor da RDI Bender
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CONSTRUÇÃO
Acesso restrito O controle e a organização dentro de uma instituição são importantes para segurança e bom funcionamento dos serviços em geral. Quando se trata de um ambiente hospitalar o cuidado precisa ser ainda maior. Nesses casos, o principal requisito é a segurança, pois é preciso levar em conta os níveis de acesso e permissão necessários na estrutura da instituição. Os equipamentos não podem ser agressivos, de difícil uso, que gerem ruídos, filas e transtornos. A tecnologia precisa ser avançada para garantir agilidade, confiabilidade e ser de fácil uso no dia a dia. Para ter a garantia de bom funcionamento deste processo o Centro de Hemodi-
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nâmica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na cidade de São Paulo, optou por implantar controle de acesso. Para isso, foram colocadas catracas motorizadas, com materiais leves e dimensões reduzidas, que oferecem economia de espaço e resistência, além da Automatic Clip, desenvolvida especialmente para atender pessoas com deficiência. “O hospital conta com profissionais da área de segurança que fazem a análise de riscos e definem os equipamentos, serviços e tecnologia a serem empregados no projeto. Um planejamento de fornecimento e instalação foi feito juntamente com os responsáveis pela obra para
Modelos de catracas da Digicon que serão implantadas no Hospital Alemão Oswaldo Cruz
garantir o cumprimento dos prazos e cronogramas”, conta João Diniz, Gerente de Produto da Digicon, empresa especializada em soluções para controle de acesso que atuou durante a obra do hospital. De acordo com Diniz o principal desafio em uma obra hospitalar é atender os requisitos exigidos pelos administradores dos hospitais, que geralmente requerem sistemas e equipamentos integrados com o software de gestão existente, atendendo os diversos públicos que frequentam o ambiente diariamente, como funcionários, médicos, pacientes, acom-
panhantes, idosos e crianças. Hoje, o mercado brasileiro conta com dezenas de empresas qualificadas para oferecer produtos e serviços de segurança, mais especificamente, de controle de acesso. Essa oferta permite que o cliente escolha a tecnologia, os produtos, os preços e os prazos. “O mercado de controle de acesso está andando muito bem no Brasil. Cada vez mais as empresas se preocupam com a segurança patrimonial e da informação. É fundamental saber e permitir o acesso das pessoas certas nos locais determinados”, comenta. A empresa, que também
fabrica os equipamentos, tem algumas novidades lançadas neste ano, catracas motorizadas em duas versões: as tradicionais de três braços e bloqueios com portas tipo Asas de Anjo, especial para pessoas com deficiência. Os bloqueios, fabricados em vidro ou policarbonato, têm movimento deslizante. É um modelo mais sofisticado, oferece maior conforto de passagem e não emite ruídos. “São muito utilizadas na Europa e Estados Unidos e entendemos que o Brasil está preparado para absorver este tipo de tecnologia”, afirma Diniz.
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acabamento
Charme e tecnologia ResistĂŞncia e beleza foram alguns dos determinantes para a escolha do piso na nova unidade do Hospital AlemĂŁo Oswaldo Cruz 68
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star mais próximo de seus usuários, facilitar a acessibilidade e, paralelamente, ampliar os serviços oferecidos. Todas essas necessidades são atendidas pela nova casa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em Campo Belo, São Paulo. Assim, a excelência do atendimento apoia-se em oferecer aos usuários tecnologia de ponta e uma arquitetura que prima pelo conforto e bem-estar do paciente. A nova unidade é o primeiro centro externo do hospital, com cerca de 2.000 m², distribuídos em dois pavimentos. São diversos consultórios, centro de reabilitação
cardio-pulmonar, centro cirúrgico e day-clinic, além de um setor destinado ao tratamento de doenças relacionadas ao equilíbrio. “Priorizar o conforto, o acolhimento e tornar a estada do paciente a mais agradável possível, traduzindo a preocupação em tratar da saúde, da vida e não apenas da doença. Assim guiaram-se as premissas básicas para conceituar o projeto, ao invés de apenas criar ambientes convencionais, fechados e comerciais”, explica a arquiteta Teresa Gouveia. Dentre tantas questões pontuais que um projeto de interior carrega em
sua concepção, está a preocupação com o piso que será instalado. “Escolhemos pisos que proporcionam tratamento antibactericídas e fungicidas com PUR Protect, ou seja, resistentes a produtos químicos e 100% recicláveis. Todos os materiais utilizados atendem a normas internacionais.” Segundo Glênia Silveira S. Francisco, Gerente de Marketing da ACE Pisos e Revestimentos, o piso hospitalar deve seguir algumas exigências como a RDC 50 da ANVISA, a qual prioriza revestimentos que tornem as superfícies monolíticas nesses ambientes. Ainda
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acabamento de acordo com a regra, os pisos devem proporcionar impermeabilidade de água menor que 4%, como é o caso das mantas vinílicas que também são resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes. “A instalação do piso vinílico é limpa, isto é, sem ‘quebra quebra’, afora a facilidade de realizar uma obra setorizada, questão fundamental quando se trata de construção hospitalar”, explica Glênia. Para a nova unidade do Hospital Oswaldo Cruz utilizou-se o piso vinílico, padrão madeira, em réguas de 18 cm de largura x 92 cm de comprimento. De acordo com Glênia,
esse material é fácil de ser instalado, silencioso, além de conferir beleza ao ambiente. Outro material utilizado foi o piso vinílico em mantas, de natureza homogênea e flexível que “possui tratamento PUR Protect, resistentes a produtos químicos e 100% recicláveis”. De fácil manutenção e baixo custo, o piso evita a aplicação de cera e impermeabilizante acrílico durante toda a vida útil. “Selecionamos estes materiais pela facilidade de colocação e de limpeza, resistência, atendimento aos padrões exigidos pela legislação e, claro, pela beleza e gran-
de variedade de cores e texturas. Além disso, o piso possui boa absorção acústica, conferindo conforto aos ambientes”, salienta Teresa. Ainda de acordo com a arquiteta responsável, os desenhos demarcados pelos pisos distinguem as áreas, buscando, assim, criar diferentes percepções. No caso das recepções, por exemplo, os pisos possuem texturas amadeiradas, já as áreas clínicas levam pisos lisos com desenhos, de forma a tornar os grandes espaços menos monótonos. “O projeto do hospital foi de grande complexidade já que o prazo da
“A instalação do piso vinílico é limpa, isto é, sem ‘quebra quebra’, afora a facilidade de realizar uma obra setorizada, questão fundamental quando se trata de construção hospitalar” Glênia Silveira S. Francisco, Gerente de Marketing da ACE Pisos e Revestimentos
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obra era curto. A instalação do piso foi feita com a obra em andamento, liberando o tráfego de pessoas”, ressalta a gerente de marketing. Tecnologia de ponta O piso hospitalar deve respeitar normas técnicas e, concomitantemente, proporcionar segurança e praticidade para a instituição. Assim, características como baixo custo de manutenção e limpeza, grande resistência ao trânsito, conforto acústico, facilidade de repo-
sição e rapidez na instalação devem constar no gene deste material. Se antes o piso vinílico era de difícil manutenção e exigia uma atenção diária por sujar facilmente, hoje, com os avanços tecnológicos, diversos pisos podem ser encontrados no mercado de alta qualidade, oferecendo grandes vantagens para a instituição. Como é o caso do piso comercializado pela ACE, o Symbioz, por exemplo. Trata-se de um produto com plastificante base Bio (trigo, milho, etc), o
qual possui uma proteção Evercare, um poliuretano curado a laser que dispensa o uso de cera durante toda a vida útil do produto, ou seja, um piso totalmente inovador e focado nas questões ambientais. No portfólio da empresa constam atuações em hospitais como o Sírio Libanês (SP), São Camilo (SP), Nove de Julho (SP), Rede Amil (SP e RJ), Rede D’OR (RJ), Hospital Espanhol (BA) e em laboratórios como Fleury, ENESP, dentre outros.
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AMPLIAÇÃO
Um projeto para três milhões de pessoas Hospital das Clínicas de Uberlândia aposta na humanização e flexibilidade em sua nova unidade
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pós mais de dois anos de estudos e planejamentos, o novo prédio do Hospital das Clínicas de Uberlândia (MG) ganha os primeiros traços além do papel. Trata-se de uma
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obra complexa que teve a colaboração de profissionais altamente especializados e a participação de toda a comunidade. A nova unidade nasce visto que o antigo prédio não comportaria novas
adequações. Sem contar a necessidade de ampliar o atendimento médico, uma vez que o hospital atende uma região que abrange cerca de três milhões de pessoas. De acordo com Paloma
de Paula Lúcio Silva, arquiteta responsável, conceitos de humanização, flexibilidade e sustentabilidade são os pilares do projeto. Na fachada de vidro, por exemplo, será colocado vidro low-e que, além de ser uma potente ferramenta estética, possui um grande desempenho energético. A fachada também será do estilo ventilada, caracterizada pelo afastamento entre a parede do edifício e o revestimento, criando, assim, uma câmara de ar em movimento. “Com isso obtemos um maior conforto
térmico, além de reduzir a potência do sistema de ar condicionado. Logo, obteremos vantagens sustentáveis e econômicas com esse modelo.” Outra solução que o projeto propõe é a utilização de sistemas de placas solares para a geração de água quente nos chuveiros e torneiras. “O novo centro terá mais de 200 leitos, por isso é imprescindível pensar em fatores que convergem para a economia e sustentabilidade”, ressalta Paloma. O projeto traz também espaços humanizados a fim de colaborar para a
autonomia do usuário e, assim, estabelecer relações psicológicas adequadas com o espaço que o acolhe, como sendo um centro provedor de cura. “O paisagismo foi projetado para adequar os níveis de ruídos provenientes do alto fluxo de pessoas e veículos, além do aspecto estético e humanizado que compõe o projeto.” O desenho do novo prédio também dedicou-se à criação de um heliponto. Através de um elevador, o paciente será transferido rapidamente para as áreas de emergências e setores de exames que necessita.
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AMPLIAÇÃO
Os primeiros passos da edificação A construção do novo prédio do Hospital das Clínicas de Uberlândia carrega a assinatura da IBEG Engenharia e Construções. O empreendimento, até então o que mais recebeu recursos do Governo Federal para a região do Triângulo Mineiro, tem a previsão de conclusão em outubro de 2015, sem etapas definidas. A obra abrange uma área de 26.210,96 m² em um terreno relativamente plano, com um desnível de apenas 70 cm entre duas avenidas a qual se situa a construção. Quanto aos materiais utilizados na obra, Salim Bento Nigri, Diretor de Engenharia, destaca o uso de insumos pertinentes à execução das fachadas do prédio, por se tratar de um processo 74
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ainda novo no Brasil. “É um sistema de fachadas ventiladas que permite a redução no custo de energia elétrica, isso porque o prédio não tem incidência direta do sol, proporcionando, assim, um gasto menor com o consumo de ar condicionado.” Quanto à parte elétrica e hidráulica, o engenheiro salienta que está sendo feito um trabalho de compatibilizações de projetos, “analisando todos os pontos pertinentes ao bom andamento da obra”. A implantação do sistema de qualidade neste projeto seguiu as normas do ISO 9001 e do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade Habitacional (PBQPH) que visa o aprimoramento do conceito de
qualidade como estratégia empresarial e gerencial, além do aspecto técnico. O trabalho também abraçou medidas sustentáveis em sua concepção. “Durante a execução do arrasamento das estacas, por exemplo, o cascalho proveniente da demolição é reaproveitado para fabricação de concreto magro. Também replantamos todas as árvores que foram suprimidas para o início das obras, tanto em quantidade como em espécie predeterminada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente da região. Afora esses fatores, todo o processo construtivo deste bem público adotará outras medidas de sustentabilidade.” Para adotar tais soluções
inteligentes e saber aplicar as novas tecnologias, os funcionários são treinados a fim de qualificar os serviços prestados em todas as etapas da obra. “Vale ressaltar que, hoje em dia, grande parte da mão de obra disponível está despreparada. Como visamos sempre entregar uma construção em perfeito funcionamento, faz-se necessário o treinamento”, explica o diretor. É devido a esse modelo de gestão que a empresa tornou-se membro da Green Building Council, ou seja, é apta para a execu-
ção de obras com diretrizes sustentáveis – Selo LEED, tendo executado para a PREVI – Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, uma das primeiras obras de retrofit integral em um edifício de quase 70 anos, conquistando a qualificação com o selo LEED SILVER, no Estado do Rio de Janeiro. No portfólio da empresa estão importantes cases como a construção do maior tanque de testes oceânicos do mundo para a Fundação COOPETEC, e de obras aeroportuárias, dentro
as quais as mais recentes como a implantação do destacamento de proteção ao voo do aeroporto de Campo Grande/MS, melhoria do sistema aeroviário de Guarulhos, serviços de engenharia de reforma e revitalização do sistema de luzes e aproximação (ALS) e Flash das cabeceiras 10 e 15 do Aeroporto Internacional do Galeão. Além dessas obras, a IBEG Engenharia e Construções também traz vasta experiência em obras hospitalares, laboratórios químicos e modernização - retrofit.
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AMPLIAÇÃO
Vantagens do sistema pré-moldado A SF Engenharia, contratada pela IBEG Engenharia e Construções, atua na expansão do hospital desempenhando o importante papel de trazer agilidade e qualidade à obra através da implantação do sistema pré-moldado de concreto armado. Trata-se de uma perfeita solução quando se busca atender aos prazos executivos e à padronização da construção. A elaboração do projeto ensejou uma adaptação de alguns ambientes para uma cadência estrutural que pudesse repre-
sentar um maior grau de repetição de peças pré-fabricadas que melhor aproveitasse a adoção do sistema construtivo. Com a padronização da solução estrutural é possível obter uma significativa redução de prazos e custos globais do empreendimento. Conforme explica Antonio José Gonçalves Monteiro, Sócio da SF Engenharia, por se tratar de uma obra pré-fabricada, os índices de perdas materiais são menores e com uma produtividade bem elevada. “Pode-se afirmar que esta obra prio-
riza um alto controle do seu rendimento energético e ambiental. Além disso, o fato das peças serem produzidas em fábrica faz com que haja um controle ainda maior quanto à emissão de resíduos e partículas, que pode ser feito de maneira mais efetiva.” O projeto da estrutura objetivou minimizar ao máximo a interferência com os ambientes hospitalares, gerando, assim, “panos” estruturais da ordem 12,50m x 6,0m. Com isso criou-se grandes espaços sem interferência, que pos-
“Pode-se afirmar que esta obra prioriza um alto controle do seu rendimento energético e ambiental. Além disso, o fato das peças serem produzidas em fábrica faz com que haja um controle ainda maior quanto à emissão de resíduos e partículas, que pode ser feito de maneira mais efetiva” Antônio José Gonçalves Monteiro, Sócio da SF Engenharia 76
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sibilitam um atendimento às diversas necessidades hospitalares do tipo cirúrgico, ambulatórios, consultórios, salas de exames, etc. Logo, os ambientes tornam-se extremamente flexíveis, permitindo uma adaptabilidade em usos futuros, de acordo com as necessidades do hospital. Além da agilidade, a arquiteta Paloma de Paula também salienta os benefícios sustentáveis adquiridos através dos moldes adotados. “O sistema estrutural escolhido em pré-moldado de concreto contribui com o conceito de sustentabilidade adotado, pois reduz o tempo de obra e os canteiros são mais limpos devido ao pouco entulho gerado.” Por se tratar de um local onde a obra está cercada
pelas demais unidades foi aplicada uma inteligente logística de execução a fim de que tais trabalhos impactassem o mínimo possível no cronograma da obra e na operação das unidades hospitalares ao redor. Para isso, há a execução de um trabalho de gerenciamento constante do plano de recebimento e montagem de peças no local. “Outro grande desafio deste projeto foi em um prazo curto, produzir uma estrutura que pudesse atender ao projeto hospitalar de uso variado em um hospital vertical, que é sempre um complicador, sem impacto significativo no projeto arquitetônico que já havia sido desenvolvido, de forma a não retroceder o processo, que
se encontrava em curso”, salienta Antonio Monteiro. Além da atuação no Hospital das Clínicas de Uberlândia, a SF Engenharia possui outros projetos estruturais de edificações hospitalares feitos em seus 25 anos de experiência. Dentre as diversas obras estão no portfólio da empresa trabalhos realizados em unidades do Instituto Nacional do Câncer – INCA; Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia - INTO; o Hospital Municipal de São João de Barra, Hospital Municipal de Búzios, Hospital Municipal de Duque de Caxias, Hospital Municipal de Queimados, Hospital Municipal de Quissama, todos no Rio de Janeiro, e o Hospital Municipal de Urgência e Emergência de Belém (PA).
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AMPLIAÇÃO
Setores do antigo prédio do hospital também ganham reformas em suas instalações Além do novo prédio do Hospital das Clínicas de Uberlândia, outros setores dentro da antiga unidade também passaram por reformas. As alas de ressonância magnética, UTI e pediatria ganharam uma nova infraestrutura. Uma nova passarela também foi construída para melhorar o fluxo de pessoas. Grande parte da reforma realizada nesses setores já se encontra em fase de finalização, aguardando apenas a instalação de equipamentos por parte da Universidade Federal de Uberlân78
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dia (UFU). “Todas as obras que estamos executando no hospital estão nos últimos acabamentos. Algumas alas aguardam a montagem de materiais por parte do hospital para serem inauguradas e entregues para a sociedade”, explica José Aparecido de Sousa Serrão, Diretor Geral da Construtora Sousa Serrão. Dentre as complexidades que a reforma hospitalar exige, o maior desafio para a concretização do projeto foi conciliar a construção com o atendimento do hospital.
“Adaptamos nosso cronograma com o funcionamento da instituição. Isso porque nossas atividades não interferiram na paralisação da assistência médica. Seguindo nossa missão, executamos nosso trabalho de forma consciente e responsável.” O grande destaque da obra é a passarela que interliga dois setores internos do hospital: o pronto-socorro ao IML. A nova passagem tem formato oval e utiliza materiais como tubos metálicos. Além da otimização do tráfego de pessoas, a
obra também contempla a sustentabilidade em sua concepção. Elaborado pela equipe de engenharia da UFU, o projeto recorreu ao policarbonato translúcido em sua construção. Tal elemento permite que a luz do ambiente externo ilumine a área interna.
“Essa obra beneficiará não apenas a população de Uberlândia, como também de toda a região. Logo, as ampliações e reformas realizadas visaram uma melhor acomodação e atendimento tanto para os usuários, quanto para os funcionários”, destaca Sousa Serrão.
“Essa obra beneficiará não apenas a população de Uberlândia, como também de toda a região. Logo, as ampliações e reformas realizadas visaram uma melhor acomodação e atendimento tanto para os usuários, quanto para os funcionários” José Aparecido de Sousa Serrão, Diretor Geral da Construtora Sousa Serrão
FICHA TÉCNICA Hospital de Clínicas De Uberlândia-UFU Endereço: Av. Pará, 1720 – B. Jardim Umuarama – Uberlândia/MG Data do Projeto: Agosto/2010 Área do terreno: 8.200 m2 Área total construída: 26.210,96 m2 Nº pavimentos: 06 Vagas estacionamentos: Foram contempladas junto ao campus da universidade Arquitetura e Interiores: Paloma de Paula Lúcio Silva (Hospital de Clínicas De Uberlândia-UFU) Coordenação: Paloma de Paula Lúcio Silva (Hospital de Clínicas De Uberlândia-UFU) Colaboradores: Equipe: Arquitetos: Paloma de Paula Lúcio Silva, Laura Alves dos Santos e Lucas Carvalho Muniz Estagiárias: Gabriela Silva Garcia, Luciane Casassanta e Giovana Augusto Merli Gerenciamento de licitação: Luiz Roberto Souza Vieira Projetos: Ar-condicionado: Eng. Rodrigo Gonçalves dos Santos Elétrico: Eng. Márcio Henrique Bassi Hidráulico: Crosara Engenharia Gases Medicinais: RT Soluções Projeto de fundações e contenções: SF engenharia Estrutura de concreto: SF engenharia Prevenção e Combate a Incêndio: Crosara Engenharia Construção: IBEG Engenharia e Construções
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estrutura
Do concreto ao aço Solução de estruturas em aço proporciona rapidez na obra e qualidade em toda a infraestrutura 80
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om término previsto para março de 2014, a nova sede administrativa da Unimed de Londrina se localizará na zona sul da cidade, abrangendo uma área de 6.295 m². Além de um maior espaço e melhoria no ambiente de trabalho, a construção traz também opções inovadoras de coberturas e estruturas em sua edificação. A grande aposta é trazer soluções em aço para a infraestrutura, visto que são vários os benefícios que
esse material proporciona. “As edificações em aço para o segmento da saúde oferecem rapidez e obras limpas devido à baixa geração de resíduos”, explicam Gustavo Berti e Carlos Vargas, Diretores da empresa Berti Estrutural. Como se trata de obras que demandam agilidade na construção e reforma, o uso de estruturas metálicas convencionais e sistemas de fechamentos “Light Steel Frame” possibilitam edificações altas, rápidas e seguras. Neste sistema
o concreto da estrutura é substituído pelo aço galvanizado e os fechamentos de alvenaria por chapas prontas para receber a pintura ou revestimento. Tudo isso para atender o atributo central no desenvolvimento do projeto arquitetônico, que é a flexibilidade. De acordo com o hospital, serão utilizadas divisórias para definir o espaço das diferentes áreas da Cooperativa. Assim, quando for preciso reduzir ou aumentar os espaços individualmente, esta mu-
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estrutura dança pode ser feita sem dificuldades. O sistema Light Steel Frame traz inúmeras vantagens para toda a obra. Além da total flexibilidade, a ferramenta é de fácil montagem, manuseio e transporte; proporciona alto desempenho térmico e acústico; diminui os custos e o impacto ambiental, ainda possui extrema rapidez. “Estamos falando de obras em até 1/3 do tempo convencional, com melhor desempenho térmico e acústico que as convencionais, baixa geração de resíduo e ecologicamente correto”, afirmam. Ainda de acordo com os especialistas, a tecnologia Light Steel Frame é relativamente nova no mercado
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brasileiro, entretanto muito comum na Europa e em países como os Estados Unidos, Japão e Chile, entre outros. “Acreditamos que este sistema irá ganhar muita força nos próximos anos e, principalmente, se unirmos nossos conhecimentos em estruturas metálicas convencionais para criarmos edificações altas, com fechamentos e divisórias.” Por se tratar de uma nova tecnologia, os diretores consideram que ainda há uma resistência em “migrar do conhecido cimento e tijolo para novos modelos em aço”. Entretanto, aos poucos os sistemas para construção em aço estão conquistando espaço, principalmente no segmento da saúde. “É
questão de pouco tempo para que se torne comum este tipo de projeto. Gradativamente, substituiremos os sistemas tradicionais por novos modelos em aço e revestimentos como Gesso Acartonado, Placas Cimentícias, enfim, sistemas rápidos, limpos, ecologicamente corretos e que resultarão em obras com qualidade superior das convencionais.” Para o novo projeto da Unimed de Londrina foram definidas, calculadas e detalhadas a fabricação das peças a partir de quantitativos precisos e especificados. “Também criamos os projetos de montagem das estruturas e a paginação e relação de telhas e acessórios
para a correta aplicação e vedação das coberturas”, explicam os diretores. Toda a criação apoiou-se em modernos softwares como o Tekla Structures para detalhamento 3D, e softwares de cálculo como Strap e Metalicas 3D – Cype. Vale ressaltar que o projeto da sede administrativa da Unimed de Londrina não é o primeiro projeto a recorrer às soluções em estrutura metálicas. A mesma alternativa já foi utilizada no Hospital do Rim, também em Londrina, e outras clínicas de saúde, além de empreendimentos como shoppings, residências de alto padrão, comércios e galpões industriais em geral.
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EXPANSÃO
A arquitetura de ponta Hospital inaugura área de procedimentos minimamente invasivos com a nova Hemodinâmica
Dr. João Batista Guimarães, Responsável pela Hemodinâmica do Hospital 9 de Julho
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om um investimento de U$ 1,5 milhão, o Hospital 9 de Julho traz para seus usuários uma nova e completa área de Hemodinâmica. Com isso, a arquitetura ficou encarregada de trazer conforto aos pacientes e modernidade para o ambiente abrigar a complexa tecnologia. De acordo com a arquiteta Carolina Sejtman, o projeto baseou-se nas normas
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solicitadas pela RDC nº 50, considerando os fluxos dos pacientes e colaboradores do hospital, juntamente com as solicitações de médicos e enfermeiros responsáveis. “Há um corredor de acesso à área da Hemodinâmica de uso comum, onde o colaborador é levado instintivamente a seguir ao vestiário para que possa paramentar-se antes de entrar na sala de exames”, explica.
Trabalhando em conjunto com os projetos arquitetônicos, a Jortec Projetos e Construção Civil atuou em toda a montagem da área Hemodinâmica, trazendo uma completa infraestrutura, desde o forro, parte elétrica, até piso e pintura. Segundo José Ribeiro, Diretor da empresa, o maior desafio da obra foi em encontrar medidas exatas que compatibilizassem os
três tipos de estruturas utilizadas: metálica, alumínio e o forro. “Foram feitos diversos cálculos para encontrar a melhor solução, uma vez que todos os materiais devem ser 100% compatíveis”, ressalta. O novo setor ganhou um reboco especial contra radiação, denominado massa barita. O material é indicado para aplicações em blindagens de ambientes que utilizam equipamentos emissores de raios-X nas áreas médica, veterinária, odontológica, industrial e laboratórios de pesquisa. Isso porque há medidas
mínimas que devem ser seguidas no projeto arquitetônico para que o equipamento possa ser instalado e funcione em perfeito estado. “Assim, os cálculos de projeto estrutural na sala de exames foram feitos em função do pé direito mínimo solicitado pelo fabricante do equipamento”, comenta a arquiteta. A obra também priorizou manter o fluxo do hospital e, para isso, a execução do reforço estrutural foi feita em horários noturnos e em finais de semana. Outro desafio da construção da nova área
foi em atender a todas as normas e solicitações dos médicos em uma área restrita e pré-definida. A Jortec atua em todas as áreas que envolvem reformas de um hospital como elétrica, hidráulica, civil, ar condicionado e gases medicinais. Há 15 anos atuando neste segmento, a empresa possui em seu portfólio atuações no Hospital Samaritano (SP), Hospital das Clínicas de São Paulo, Hospital Prevent Senior (SP), Hospital do Câncer (SP), Grupo Intermédica, dentre outros.
“Foram feitos diversos cálculos para encontrar a melhor solução, uma vez que todos os materiais devem ser 100% compatíveis” José Ribeiro, Diretor da Jortec Health ARQ
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EXPANSÃO
À luz da qualidade
Os novos leitos e áreas de circulação desenhados no projeto de expansão do Hospital 9 de Julho, do Grupo Amil, ganharam luminárias que respondessem às necessidades de cada setor. Desde quartos, corredores e elevadores, até complexas áreas como leitos de CTI foram instalados equipamentos de acordo com exigências estabelecidas. “As luminárias usadas em um ambiente hospitalar devem ser funcionais, mas ao mesmo tempo precisam ser uma peça de decoração. É importante 86
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que o hospital seja aconchegante, por isso a iluminação é importantíssima nesse processo”, explica Francesco Marcier, Sócio da empresa Joana Marcier Iluminações. Aliar humanização, qualidade e rentabilidade são pilares para a escolha dos materiais de iluminação em centros de saúde. “Em ambientes hospitalares exigem-se materiais de alta qualidade, pois os riscos de oxidação e vazamento, entre outros, devem ser minimizados”, explica Marcier. Outro quesito que deve
ser considerado na escolha das luminárias hospitalares refere-se quanto à vedação, afinal tais equipamentos não podem se tornar vetores de sujeiras ou de outros elementos de contaminação. “Em vários ambientes precisamos utilizar luminárias hermeticamente vedadas para evitar o acúmulo de sujeira, além de peças feitas com materiais que evitem a deterioração precoce.” Ainda de acordo com Marcier, muitas das luminárias fornecidas para o Hospital 9 de Julho já constavam no portfó-
lio da empresa. “Pode-se dizer que todas as luminárias escolhidas são de alta qualidade e de grande harmonia. Percebemos que o Hospital 9 de Julho preocupou-se com todo o material utilizado.” Mesmo com toda essa preocupação que a instituição demonstrou na escolha dos materiais, Marcier considera que poucos grupos hospitalares possuem tal consciência de qualidade. “Por diversas vezes já vimos luminárias de qualidade questionável serem preferidas aos de qualidade superior, claramente por motivos de
redução de custos. Mas o mercado está evoluindo e já podemos observar uma postura diferente em alguns aspectos. Acredito que, em parte, isso se deve ao crescimento de redes de hospitais, que primam pela qualidade como os da Amil, fazendo com que a concorrência tenha de elevar a qualidade nos materiais utilizados.” Essa não é a primeira atuação da empresa em hospitais do Grupo Amil. “Participamos de outros cases, fornecendo e criando algumas peças, sempre em parceria com o setor de projetos da
Amil e com os arquitetos e decoradores envolvidos”, explica Marcier. O vínculo com o Grupo Amil começou em 2001, sendo o primeiro fornecimento destinado para a sede do Laboratório Dr. Sérgio Franco, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Hoje, consta no portfólio a atuação no Hospital Vitória e Hospital Santa Paula, em São Paulo. Já no Estado do Rio de Janeiro, as atividades foram realizadas no Hospital São Lucas, Casa de Saúde Santa Lúcia, Hospital Samaritano, Hospital das Clínicas de Niterói, dentre outros.
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EXPANSÃO
Expansão à vista
Com a construção de três novas torres, o Hospital Sírio-Libanês busca duplicar sua capacidade de atendimento
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Hospital Sírio-Libanês começou no ano de 2009 um grande plano de expansão para aumentar sua capacidade de atendimento. Atualmente está em andamento um projeto que duplicará seu suporte de demanda, com a construção de três novas torres. Em uma área total de 74m² os prédios abrigarão novas unidades de tratamento, centro cirúrgico, alas especializadas, além de 692 leitos. Além das novas áreas de internação, os prédios
receberão restaurantes, capela, banco de sangue, centros cirúrgicos, consultórios, unidades de terapia intensiva, laboratórios e áreas técnicas e administrativas. A construção está sendo realizada com o hospital em normal funcionamento seguindo diretrizes pré-estabelecidas de responsabilidade ambiental e social. Na obra, a preocupação com a sustentabilidade e o meio ambiente estão sempre presentes. Por isso, o empreendimento tem a cer-
tificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), concedida pela organização não governamental norte-americana U.S. Green Building Council. A preocupação com o bem-estar dos pacientes também está em pauta e, levando-se em conta que a sensação de bem-estar é um fator positivo para a recuperação, as suítes serão mais amplas, com luz natural abundante e com decoração acolhedora. A previsão de entrega das torres é para julho de 2014.
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EXPANSÃO
Hospital Sírio-Libanês: ampliação requer gerenciamento de qualidade para bom resultado A expansão do Hospital Sírio-Libanês, na qual serão construídas três novas torres, compreende uma área total de 74 mil m². O grande porte da ampliação requereu a contratação de uma empresa de engenharia especializada, para, além de executar parte do trabalho, gerenciar os serviços deixados a cargo de outras prestadoras. A eleita para gerir a obra foi a MHA Engenharia, pois além de trabalhar com segmentos distintos como projeto de instalação hidráulica, elétrica, mecânica, de incêndio, gases medicinais e 90
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ventilação, tem um vínculo antigo com o hospital. Em 1986 foram eles os responsáveis pelo projeto do Bloco C, além de outros realizados internamente ao longo dos anos, como por exemplo, o Bloco D, onde foi implantado um centro de ensino. “Esse projeto atual vem de uma sequência de trabalhos de muito tempo, e sempre tentamos atendê-los da melhor forma, com projetos de alta qualidade e atendimento de prazos”, garante Edison Domingues, Diretor Executivo da empresa e responsável pelo projeto.
O conceito inicial, norteador da ampliação, é o de que, com esses três novos blocos, o hospital esgotaria a área de utilização do complexo. Por isso, as novas instalações precisariam ser feitas de forma a permitir no futuro a maior flexibilidade possível para novas soluções técnicas e/ou de atendimentos à saúde, alterações, revisões de layout, modificações e inserção de outras tecnologias com equipamentos mais modernos. “Tem toda a convergência de um aprendizado, e hoje a gente busca levar para as
torres o que existe de mais atualizado e moderno na área da assistência à saúde”, afirma Rodrigo Macedo, Superintendente de Engenharia e Logística da casa de saúde. Os blocos E e F serão construídos em estrutura metálica e incluirão área de exposições e central de internação, ampliação do setor administrativo, 34 leitos na UTI cardiológica, núcleo de especialidades (endoscopia, colonoscopia, oftalmologia, entre outras), 14 salas no Centro Cirúrgico, 90 leitos na UCC e UCG, nove pavimentos
de internação, restaurantes e capela. Já o Bloco G, que será estruturado em concreto, terá docas para recebimento de consignados, espaço do colaborador com academia e lan house, área de segurança do trabalho, refeitório para mais de 300 pessoas, CME, mais 12 leitos de UTI cardiológica, centro de reabilitação com ginásio e piscina, laboratórios e internação. As novas torres também terão pavimentos técnicos, áreas de apoio, coberturas, barriletes, casas de máquinas e outro heliponto. O Bloco E terá 19 pavimentos, o F, 14, e o G, 17. Os blocos existentes não serão modi-
ficados, apenas haverá, em alguns pontos específicos, ligações entre as áreas novas e as existentes. “Todos os prédios irão se comunicar. Isso acarreta a necessidade de obras nesses setores de interligações para adaptação dos ambientes”, explica Fernando Marques, Diretor Adjunto da área de gerenciamento da empresa de engenharia. O projeto de ampliação do Sírio-Libanês foi concebido desde seu início com uma orientação clara em relação à contingência: como o dia a dia de uma instituição desse tipo é preservar vidas, a rotina não pode sofrer grandes
alterações devido a quebras ou paradas no fornecimento de utilidades (ar condicionado, gás, água ou eletricidade). É preciso que haja uma contingência para problemas nos equipamentos. Um dos pontos trabalhados no projeto foi readequar as soluções previstas, originalmente projetadas para atender eventuais problemas de falhas através de sistemas redundantes. Os riscos de falhas foram classificados tanto pela possibilidade de ocorrência quanto pelo impacto causado pela mesma. Dessa forma os sistemas mais críticos continuaram com
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EXPANSÃO equipamentos e dispositivos redundantes (por exemplo: Ar condicionado para Nobreaks ou gases medicinais para UTI). Em outros sistemas, como distribuição de água gelada nas áreas de conforto, a rede hidráulica foi simplificada em função do pequeno impacto de eventuais vazamentos. “O hospital continua tendo tecnologia de ponta, bem como muitos recursos de contingência, porém ajustado ao grau de risco de sua ocorrência, valorizando o investimento em relação a concepção inicial do projeto em 2008”, comenta Raymond Khoe, Diretor Adjunto de Gestão da empresa. Outro desafio dizia respeito à altura das torres – o local onde o hospital está implantado não permite uma expansão horizontal, somente vertical, o que tornou necessário um sistema de controle de fumaça acoplado ao sistema de ar condicionado. Adicionalmente, o projeto foi concebido para que a ampliação receba a certificação LEED, concedida pelo US Green Building Council. – “A ampliação do Sírio foi um dos maiores desafios em projetos hospitalares que a MHA já realizou”, complementa Raymond. 92
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Empreendimento sustentável Eficiência energética Para um prédio ser sustentável, ele precisa ter 10% a mais de eficiência energética na comparação com outro virtual padrão simulado pelo Green Building Council. Para chegar a essa eficiência, as novas torres do Hospital Sírio-Libanês terão – além de equipamentos que consomem menos energia – uma quantidade significativa de vidros para permitir a refletividade da luz solar em relação ao ambiente. Economia de água Uma série de recursos será utilizada nessa área, como a água de reuso. Essa água, proveniente de lavatórios, chuveiros e pias, será reutilizada nos sistemas de ar condicionado, de irrigação e de bacias. Parte elétrica Para evitar que uma pane na concessionária de energia deixe o hospital no escuro, uma usina de geração foi criada para suprir eventuais faltas. Essa usina consiste na composição de 100% da energia necessária no Sírio através de geradores – nesse caso, de quatro geradores a diesel de cerca de quatro megawatts cada um. Além de poder assumir o fornecimento de energia para o hospital no caso de um blecaute, a usina assume o papel da concessionária nos horários de pico, quando a tarifa é mais cara. Ar condicionado O ar externo de renovação é muitas vezes quente e úmido, por isso não é lançado diretamente nos ambientes. Condicionadores de ar dedicados resfriam e umidificam o ar externo, o que permite a otimização no controle da qualidade do ar interno. Por outro lado, como o ar já vem seco, isso diminui a quantidade de água condensada nos condicionadores de ar de cada ambiente, reduzindo o risco de formação de fungos e algas nas bandejas dos aparelhos. Bombas de calor O sistema de fornecimento de água quente com bombas de calor tem uma eficiência maior do que a de um sistema a gás e muito maior que a de um sistema elétrico. O sistema foi utilizado para o ar condicionado (reaquecimento no modo de desumidificação) e para o fornecimento de água quente de consumo. Telemática e automação Todos os projetos foram desenvolvidos para que a automação possa não apenas monitorar, mas controlar os sistemas e as demandas por energia. A cada hora de mudança na carga térmica e condições de luz, o sistema de automação permite que o prédio se valha dessa tecnologia para atender às necessidades específicas dos horários. Por isso, as novas torres trabalharão sempre com a melhor condição de eficiência energética.
O SEGREDO DAS SALAS LIMPAS Garantir um ambiente livre de contaminação, proporcionando um cenário estéril, ideal para manuseio de produtos complexos. Estas são algumas das características das Salas Limpas. Elas compõem o espaço adequado para centros cirúrgicos e outros locais onde o controle da contaminação é primordial, como por exemplo, nas indústrias alimentícias, de eletro eletrônicos e farmacêuticas. As Salas Limpas são constituídas com materiais que não geram partículas e são
facilmente higienizadas. Entre os principais desafios para a montagem de uma sala deste modelo, encontra-se a parte dos dutos de ar, que devem ser construídos sob cuidados especiais, de modo que nunca precisem ser abertos para limpeza. Para isso, devem ser seguidas normas e exigências de qualidade quanto à fabricação e instalação. Uma vez o duto fabricado dentro dos critérios técnicos, é necessário a higienização do mesmo, e por fim o fechamento das bo-
cas com um filme plástico para evitar a contaminação no transporte e na própria obra. A remoção do filme é feita somente no momento da montagem, e sempre do lado que será conectado a outro duto, ficando sempre uma boca do duto fechada até a conexão de outra peça. O duto fabricado com esses cuidados atenderá às normas e ajudará a garantir que o ar com a qualidade desejada chegue até a Sala Limpa. Grandes instituições, de referência de todo o munHealth ARQ
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EXPANSÃO do, entendem a necessidade de trabalhar conforme as especificações técnicas que exigem as Salas Limpas e por isso buscam empresas parceiras capazes de oferecer esse tipo de qualidade para as obras. Um grande exemplo é o Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, que possui este modelo higiênico na estrutura da edificação. De acordo com Ariane Carreira, Supervisora de Comunicação e Marketing da Powermatic Dutos e Acessórios, a procura por este serviço atualmente tem sido alta. “O mercado está aque-
cido e isso reflete diretamente na nossa produção. Prova disso são as constantes ampliações de nossa área fabril e abertura de filiais no território nacional.” Quanto aos diferenciais das tubulações de ar condicionado, a supervisora assegura que a empresa sempre trabalhou dentro das normas e se atenta às mudanças do mercado. “Estamos sempre em expansão, seja física ou de conhecimento, para aprimorar e oferecer produtos cada vez melhores. Primamos pelo atendimento e a solução do problema que muitas vezes os clien-
tes nos confiam”, afirma. Uso na obra Para a montagem dos sistemas de ar condicionado, o mercado brasileiro conta com empresas que possuem dutos retangulares TDC ou com sistema Powermatic de flangeamento com perfil, canto e grampo em aço galvanizado, inox e alumínio. Na arquitetura para áreas comuns, não é raro o uso dos Dutos Circulares Espirais, pois sua forma dificulta o acúmulo de resíduos em suas paredes, além da harmonia que ele proporciona ao ambiente.
“Estamos sempre em expansão, seja física ou de conhecimento para aprimorar e oferecer produtos cada vez melhores” Ariane Carreira, Supervisora de Comunicação e Marketing da Powermatic Dutos e Acessórios 94
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