CARTA AO LEITOR
Consagração na arquitetura hospitalar
Caro leitor,
Arquitetura voltada para área da saúde é um segmento que tem ganhado cada vez mais espaço no mercado nacional, porém algumas empresas visionárias já vêm trabalhando este aspecto há bastante tempo e, com isso, ganham reconhecimento e credibilidade no mercado. Sobre este pioneirismo, a 8ª edição da HealthARQ traz na editoria ARQEntrevista o fundador de um dos escritórios de maior renome no País, o arquiteto Sérgio Reis, da Emed Arquitetura. Em entrevista exclusiva, Reis fala sobre o surgimento de seu interesse pela arquitetura, sua trajetória e os maiores projetos dos quais já esteve à frente. A edição traz também em ARQDestaque o Hospital Maria Thereza Rennó, localizado no Sul do estado de Minas Gerais. A obra, que levou mais de dez anos para ser concluída, venceu diversos contratempos e foi finalizada com sucesso, possibilitando o acesso à saúde de qualidade no interior do País. Na ARQColuna, o Presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH), Fábio Bitencourt, aborda a importância da qualidade do ar e outros fatores ambientais dentro das instituições de saúde. Ainda quanto a este tema, a revista apresenta duas matérias mostrando a importância dos sistemas de climatização nos hospitais e as opções para garantir a higiene e evitar a proliferação de microorganismos. Na editoria Iluminação, a sustentabilidade e a economia de energia, que pode ser gerada pela escolha certa do produto e também pelo retrofit de lâmpadas, são demonstradas através do trabalho realizado no Centro de Referência do Idoso (SP). A luminotécnica também é abordada nesta editoria, falando sobre a importância das lâmpadas de LED. A revista traz ainda, em Expansão, informações sobre o Plano
Diretor da obra de expansão que está sendo realizada no Hospital Sírio-Libanês (SP) pela L+M GETS, incluindo a construção de um Centro Cirúrgico com salas robotizadas.
Que todos tenham uma excelente leitura!
Edmilson Jr. Caparelli Publisher
EXPEDIENTE
PRESIDENTE Edmilson Jr. Caparelli ecaparelli@grupomidia.com
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A revista HealthArq é uma publicação trimestral do Grupo Mídia. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional. O conteúdo dos artigos é de responsabilidade dos autores. A reprodução das matérias e dos artigos somente será permitida se previamente autorizada por escrito pelo Grupo Mídia, com crédito da fonte.
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Novas vertentes O renomado arquiteto da área da saúde Sérgio Reis fala, em entrevista exclusiva, sobre sua trajetória profissional e os 24 anos de seu escritório de arquitetura focado em projeção de hospitais
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Clínica carioca, com mais de 20 anos, voltada ao tratamento do câncer, foca no design para dar sensação de bem-estar aos pacientes
Hospital São Rafael, em Salvador (BA), elabora Plano Diretor de projeto e obras para melhorar o fluxo de pessoas nos corredores da instituição
Construção
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plano diretor
NESTA EDIÇÃO N.08 I JUNHO | JULHO| AGOSTO| 2013
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humanização
Arq Destaque
Obra realizada, recentemente, em hospital de Curitba (PR) foca especialmente o design, humanização e sustentabilidade
Após mudança no projeto, Hospital Maria Thereza Rennó é concluído com sucesso e leva tecnologia e tratamentos sofisticados ao interior de Minas Gerais
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Sustentabilidade
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expansão Hospital Israelita Albert Einstein tem Plano de Expansão para aprimorar o padrão de segurança hospitalar
Com pensamento holístico, projeto arquitetônico considera benefícios ambientais com medidas sustentáveis que reduzem significativamente os gastos
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boletim ARQ Fotos: Divulgação
SUSTENTABILIDADE Hospital em Indiana, nos Estados Unidos, traz diversas soluções verdes Objetivando conquistar a acreditação LEED, o projeto do St. Vicent Fishers Hospital, localizado em Indiana (EUA), traz inúmeras inovações para os usuários. A nova unidade conta quatro andares destinados a cirurgias e internação, com 30 salas médicas e cirúrgicas, seis salas de observação, dez para realizar trabalhos de parto, maternidade, creche, SPA, dentre outros departamentos. Para a conquista da certificação, o projeto trouxe diversas soluções sustentáveis para a instituição como gestão de resíduos que desviou mais de 75% de entulhos para aterros locais, utilização de materiais e produtos que reduzem a liberação de substâncias químicas e tóxicas, sistemas elétricos para o desempenho ideal, implementação de um plano de gestão da qualidade do ar interior para ajudar a sustentar o conforto e bem-estar dos trabalhadores da construção civil e ocupantes do edifício.
NOVAS INSTALAÇÕES Hospital americano especializado em cuidados do coração ganha novo espaçamento O novo Louis & Peaches Owen Heart Hospital, no Estado do Texas (EUA), traz para seus usuários mais 72 quartos privados, uma unidade para cuidados intensivos, salas para cirurgias, centro de imagem, além de cuidados relacionados a problemas cardíaco, torácico, vascular e pulmonar, tudo com equipamentos de última geração. Após uma longa etapa de planejamento, estudando as melhores soluções já realizadas em outros hospitais, o projeto conferiu flexibilidade à infraestrutura visando crescimento futuro, e espaços funcionais para o melhor desempenho do corpo clínico. O design incorpora alvenaria e janelas, contrastando com a fachada de vidro. No hall de entrada a decoração utiliza materiais em forma de plaquetas sanguíneas no teto na entrada.
ILUMINAÇÃO Retrofit O Centro de Referência do Idoso, em São Paulo, recebeu um retrofit da iluminação com o intuito de abaixar o custo operacional fixo hospitalar. Na primeira etapa, foram instaladas 548 lâmpadas tubulares Extreme LED de 10W, que substituíram as tubulares fluorescentes de 16W (o que devido ao consumo do reator equivale a 17,60 W). A troca proporcionou uma diminuição do consumo mensal de energia de 9.644W para 5.480W, totalizando uma economia de 43,18%. Foram levados em consideração aspectos como retorno de investimento e tempo de vida do produto. Com uma durabilidade de 7,83 anos, o pay back ocorrerá em um ano e oito meses. Daí para frente o valor economizado na conta de energia poderá ser aplicado em outros recursos. Além disso, com a troca da tecnologia cerca de 1.900 lâmpadas deixarão de ser trocadas, o que significa redução do custo com manutenção e menor geração de lixo. 10
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ENSINO Centro de estudos traz tecnologia e completa infraestrutura O novo Centro de Simulação e Educação criado em parceria com a OSF HealthCare e Universidade de Illinois foi desenvolvido a fim de ensinar novas habilidades a profissionais e estudantes. Trata-se de um hospital virtual que combina equipamentos médicos reais e os últimos avanços da tecnologia virtual. A unidade possui espaços de simulação, salas de aula e centros de conferência. Ainda constam laboratórios de anatomia, centro de transporte com ambulâncias, etc. Todo o projeto foi elaborado visando a certificação LEED.
EVENTO Aberta chamada de trabalhos para o VI Congresso da ABDEH Já está aberta a chamada de trabalhos para o VI Congresso da ABDEH (Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar) que acontecerá em agosto de 2014, em Florianópolis. Trata-se do mais importante evento brasileiro sobre as edificações hospitalares que mobilizará profissionais, pesquisadores e interessados na melhor qualidade dos ambientes de saúde. Os interessados em submeter trabalho escrito para apresentação oral e publicação nos anais do VI CBDEH devem submeter seus textos, em português ou espanhol, para consideração da Comissão Científica. Todas as regras podem ser acessadas no site http://www.abdeh2014.com.
ENGENHARIA CLÍNICA ABEClin sugere grupo de estudos ao Confea Em uma plenária realizada no mês de junho, o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Clínica (ABEClin), Rodolfo More (foto), pediu ao Confea a criação de um grupo de estudos para iniciar os trabalhos de reconhecimento da profissão de engenheiro clínico. Segundo o que foi exposto por More, a ideia é regulamentar a profissão através da especialização, como já acontece com a Engenharia de Segurança do Trabalho. O presidente da ABEClin falou ainda sobre o surgimento da profissão, que se deu nos Estados Unidos, na década de 1970. Hoje, naquele país, cada hospital com mais de 300 leitos é obrigado a ter um departamento de engenharia clínica. Já no Brasil, os serviços de engenharia clínica estão presentes em hospitais universitários, privados de maior complexidade e em alguns institutos especializados. Health ARQ
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Lei do Ato Médico terá adendo O Governo Federal enviou ao Congresso Nacional um adendo à Lei do Ato Médico, sancionada com vetos pela presidente Dilma Rousseff em julho. O Ato Médico regulamenta a profissão, estabelecendo atos que são privativos desse profissional. O projeto colocou médicos de um lado, e as demais profissões da saúde , que temiam que a lei restringisse sua prática, de outro. Em sua primeira versão, o diagnóstico e a prescrição de tratamentos seriam ações exclusivas dos médicos. Com os vetos da presidente, essa exclusividade foi retirada da lei, porque o governo temia que isso pudesse afetar ações do SUS realizadas por outros profissionais, como a prescrição de remédios para hanseníase, entre outros.
Brasileiro ocupa presidência da União Internacional das Sociedades de Imunologia No mês de agosto, o médico imunologista e Diretor do Instituto Butantan, Jorfe Kalil, assumiu a presidência da União Internacional das Sociedades de Imunologia, em Milão, Itália, sendo o primeiro pesquisador de um país em desenvolvimento a assumir o comando da entidade internacional. A sociedade reúne sociedades de imunologia de mais de 70 países. Jorge Elias Kalil Filho é graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e possui mestrado em Imunogenética e Imunopatologia e doutorado em Biologia Humana, ambos pela Universidade de Paris VII. É Professor Titular de Imunologia Clínica e Alergia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração.
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Células com câncer no sangue poderão ser encontradas por biopsia Um teste realizado, em São Paulo, busca facilitar a identificação de câncer por meio de um simples exame de sangue. Além disso, a técnica prevê a busca do melhor tratamento para cada paciente e acompanhar a resposta à terapia através da biópsia líquida. Tal método que analisa as células tumorais que circulam no sangue, a área ganhou mais atenção nos últimos anos graças às novas tecnologias que permitem encontrar e capturar essas células que são raras - há cerca de uma célula tumoral em um bilhão de células sanguíneas normais. O teste seria menos danoso do que exames de imagem com radiação e, no futuro, poderia até ser mais barato. Outra aplicação é o estudo da biologia dos tumores por meio das características das células, o que pode levar a um tratamento mais personalizado.
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ARQ coluna
Conforto e desconforto humano em ambientes de saúde: a qualidade do ar e outros fatores ambientais Estudos desenvolvidos sobre os aspectos de conforto humano têm demonstrado que condições desfavoráveis como excesso ou a ausência de calor, umidade, ventilação e renovação do ar, ruídos intensos e constantes, condições lumínicas inadequadas, podem representar uma grande fonte de tensão no desenvolvimento das atividades de trabalho. Para cada uma das variáveis ambientais (luz, clima, ruídos, odores, etc.) há características específicas que são mais ou menos facilitadoras. No entanto, quanto mais complexas as ações executadas pelo indivíduo, maior a responsabilidade sobre os riscos envolvidos e mais cuidados se
tornam necessários com essas questões na elaboração do projeto e na sua implantação. Em edificações para serviços de saúde, onde é frequente a ocorrência de situações críticas e estressantes envolvendo relações interpessoais e indivíduos com algum grau de sofrimento físico e/ou psíquico, os fatores ambientais que definem as condições de conforto (acústica, visual, higrotérmica, olfativa e ergonômica) assumem responsabilidades significativas durante o desenvolvimento da concepção arquitetônica. As dimensões definidas pelas diversas legislações que conformam e determinam a construção do espaço para serviços de saúde
estão estabelecidas sob padrões de conforto que privilegiaram os profissionais de saúde e os fatores vinculados ao limpo ou ao científico, muito mais que à valorização dos aspectos de sensibilidade e de expectativa de conforto do usuário. Este é um grande desafio: encontrar o equilíbrio entre as demandas dos diversos usuários (profissionais de saúde, pacientes e visitantes) dos ambientes de saúde e suas distintas demandas. Por outro lado, providências para a busca do equilíbrio entre as determinações formais dos regulamentos existentes e as normatizações técnicas, aliada à diversidade ambiental, social e cultural, representam algumas das
estratégias que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem procurado implementar através da principal norma para ambientes destinados aos serviços de saúde, a RDC nº 50 de 21/fevereiro/2002. Em meio a sua pouca idade, com pouco mais de 11 anos, esta regulamentação já se encontra em busca da atualização necessária face às novas demandas tecnológicas e aos novos procedimentos assistenciais. A arquitetura tem, portanto, a oportunidade de contribuir transformando os processos críticos e a percepção técnica e funcional em espaços construídos para a finalidade do acolhimento humano. Este é um momento em Health ARQ
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Artigo
Fábio Bitencourt Presidente da ABDEH - Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, Arquiteto D Sc e professor
que os profissionais e especialistas em conforto e em ambientes de saúde podem experimentar contribuir com as críticas e as experiências regionais em meio à diversidade ambiental e climática do Brasil. Ao contrário da sensação de desconforto, o conforto ambiental não é uma percepção facilmente mensurável. Resultado da harmonia de vários condicionantes – higrotérmicos, acústicos, visuais, olfativos, da qualidade do ar, entre outros - ela também pode propiciar a integração do homem (usuário) a seu meio, possibilitando a otimização do seu desempenho. A origem do termo “conforto” se explica pelo verbo “confortar”, do latim confortare e tem a mesma 16
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origem que “força”; levar força significava consolar. No livro Casa: pequena história de uma ideia (Editora Record, 1999), o arquiteto canadense Witold Rybczynski apresenta o momento aproximado em que o termo comfort passa a referir-se ao ambiente da casa, na Inglaterra rural do início do século XIX. Em 2012, em encontro realizado de 4 a 6 de abril, em São Paulo, durante o V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar promovido pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH), ficou evidenciado que as necessidades de conforto humano não podem ser resolvidas apenas com a
sofisticação da tecnologia dos equipamentos. Esta abordagem deve considerar prioritariamente a aplicação de políticas de desenvolvimento sustentável que privilegiem as condições naturais que cada região, ambiente e cultura humana permitam explorar. Segundo os conceitos estabelecidos pelo documento “Os Limites do Crescimento”, publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) em 1972, adaptado posteriormente pela Comissão Brundtland, o desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as suas
próprias necessidades. Quando se trata dos ambientes de saúde, as edificações hospitalares e sua contribuição para a sustentabilidade ambiental, a abordagem mais frequente é a que se refere às dificuldades e inviabilidade de adequação e implantação destes conceitos. No entanto, considerando as edificações existentes e os novos projetos de estabelecimentos para serviços de saúde, há muito por fazer neste processo de adequações e inovações conceituais e projetuais. Um desafio para os profissionais que projetam os ambientes de saúde, além de uma importante reflexão para estes e para todos os usuários que representam a sociedade.
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Iluminação hospitalar
ILUMINAÇÃO
Técnica e bem-estar Tecnologia e humanização tornam-se cada vez mais essenciais em projetos luminotécnicos
A
iluminação é essencial em um edifício hospitalar, uma vez que este elemento interfere nos custos operacionais, na eficiência energética e na humanização de todo o ambiente. Por isso a importância de oferecer um projeto luminotécnico que carregue em sua concepção o conforto e bem-estar para os usuários e economia para a instituição. Isso porque a iluminação está em todos os setores hospitalares, desde a fachada com os projetores de alta potência, em rotas de fugas, com os sistemas de iluminação de emergência e nos quartos, com luminárias para aplicação decorativa ou funcional. Para isso, o mercado vem oferecendo diversos produtos que possuem baixo consumo de energia e longa vida útil. “O desenvolvimento e crescimento da tecnologia LED traz muitas vantagens. Há as luminárias de LED que podem substituir as atuais fluorescentes. Além disso, há as luminárias ajustáveis com foco de
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iluminação direcionado, importante para serem utilizadas na supervisão de procedimentos”, ressalta Igor Tcacenco Martins, designer de produto da Utiluz Tecnologia. Quanto à tecnologia de iluminação LED, não há normas em nível nacional, trabalhando-se apenas com normas e especificações internacionais. “O
selo Energy Star é o principal até o momento e que, provavelmente, vai estabelecer relação com alguma norma nacional a ser implantada”, afirma Tcacenco. Mesmo sem uma diretriz específica, o mercado da iluminação e da saúde vivem momentos de grandes crescimentos e modificações. Em um curto espaço de tempo os produtos
evoluem, aumentando as capacidades tecnológicas e funcionais, possibilitando assim maior abrangência na sua aplicação. Entretanto, muitas vezes os profissionais especificadores de produtos de iluminação acabam por não acompanhar esta evolução, o que acarreta no uso de produtos convencionais. “Com isso não Health ARQ
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Iluminação hospitalar
ILUMINAÇÃO
se dá a devida atenção ao novo e às infinitas possibilidades e vantagens disponíveis para aplicação e obtenção de melhores resultados para os projetos luminotécnicos.” Por isso, mais uma vez, ressalta-se a importância dos estudos luminotécnicos, não apenas em ambientes hospitalares, mas para qualquer setor. “Com um projeto bem elaborado é possível evitar o desperdício de iluminação e equívocos corriqueiros, como o excesso de iluminação onde não é necessário, ausência de luz em espaços que necessitam maior atenção luminotécnica, dentre outros. Além disso, também é importante a instalação de dispositivos corretos com eficiência ideal para serem aplicados de maneira certa”, finaliza Tcacenco. Portfólio Atualmente, o mercado proporciona diversos produtos direcionados especialmente para o uso hospitalar. A Utiluz Tecnologia desenvolve equipamentos para as mais diversas fina20
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lidades, como a arandela iluminada na cor verde para o pacientes usarem em caso de emergência. Este material é utilizado em corredores de hospitais e, quando acionada pelo usuário, automaticamente a cor da iluminação é modificada para vermelho. “Além disso, há a iluminação específica para corredores e quartos. Cada aplicação deve ser estudada conforme a instalação e uso adequado”, explica. Diversos hospitais já utilizam os produtos da Utiluz Tecnologia como o Hospi-
tal do Círculo, Hospital da PUC-RS, Hospital Nossa Senhora da Oliveira, Hospital Mãe de Deus, Hospital Moinhos de Vento, Rede de hospitais Unimed e Hospital Sírio-Libanês. Dentre os diversos projetos, Tcacenco destaca o Hospital Pompéia (RS) pelo fato de ser uma instituição centenária que optou pela revitalização da unidade utilizando produtos de alta tecnologia. “Nesse case desenvolvemos especificações únicas e que se adequaram muito bem com as necessidades propostas.”
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Economia
ILUMINAÇÃO
Luz inteligente Linha de produtos destinada aos ambientes clínicos conta com soluções em LED que reduzem o consumo de energia e o custo de manutenção 22
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C
onsultórios médicos, laboratórios, spas e grandes hospitais precisam ser inovadores ao implantar um sistema de iluminação, porém sem deixar de lado a responsabilidade sócio-ambiental, que consiste em adquirir produtos sustentáveis e que gerem menor consumo de energia elétrica. Nesse contexto, entra em cena a tecnologia LED por ter características que protegem o meio ambiente. Tal solução garante durabilidade, ciclo de vida maior e, por consequência, menos despesas com manutenção e com conta de luz. Para obter tal economia, contudo, é preciso investir e esta amortização tende a vir em longo prazo. Instituições como INCOR e SEPACO são consideradas referências por utilizaram este conceito sustentável em suas estruturas. Recentemente, o Centro de Referência do Idoso da Zona Norte (CRI Norte), em São Paulo (SP), realizou o retrofit de lâmpadas fluorescentes tubulares pela Extreme LED, proporcionando uma economia de energia de aproximadamente 50%. Para Fernando Bottene, parceiro comercial da Lâmpadas Golden, os ambientes de saúde necessitam de uma iluminação que traduz os atributos da instituição, como transparência, limpeza, sobriedade e etc. “As luminárias LED, por terem um design clean, traduzem este conceito, que indiretamente é percebido pelo usuário”, afirma. Atualmente, no mercado, é possível encontrar novidades de iluminação para clínicas/consultórios. Um exemplo são os painéis LED 62,5 x 62,5 e 123,5 x 31,5 cm da Lâmpadas Golden, que possuem uma assepsia na manutenção, fundamental para espaços médicos. “Os forHealth ARQ
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Economia
ILUMINAÇÃO matos mais indicados para instituições deste porte são os modelos tubulares, por ter uma possibilidade de expansão”, completa Bottene. Outra saída para a implantação deste modelo de iluminação é desenvolver um retrofit com reaproveitamento das luminárias já existentes no local. Essa prática colabora para a melhoria da manutenção e cria um ambiente mais atualizado em termos de conservação. SAIBA MAIS Os sistemas da linha Golden Extreme LED economizam até 80% mais do que as lâmpadas comuns. A vida mediana de mais de 30 mil horas diminui a frequência de manutenção e reduz os gastos com mão de obra. Além disso, a tecnologia é uma alternativa sustentável por gerar menos lixo e não conter metais pesados em sua composição, o que reduz a possibilidade de danos ambientais e à saúde. Outro quesito importante é o conforto necessário para os cuidados médicos e o bem-estar dos pacientes, pois a tecnologia proporciona uma iluminação não cansativa, sem calor, sem variação de cor, sem raios ultravioletas e infravermelhos e com fluxo de luz constante. 24
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Projetos Luminotécnicos Confira algumas opções que se encaixam nos projetos destinados à saúde: Extreme LED Tubular Potência: 10W e 18W Temperatura de cor: 4.100K e 6.000K Vida mediana: 40.000h Aplicação: Áreas de circulação, corredores, salas de espera, banheiros, consultórios, “escritórios”, salas específicas (que têm utilizações peculiares à área hospitalar e que usam atualmente como luz geral as fluorescentes tubulares), restaurantes/refeitórios e cozinhas. Painel LED Potência: 20W, 42W e 45W Temperatura de cor: 4.000K Vida mediana: 50.000h Aplicação: Áreas de circulação, corredores, salas de espera, consultórios, “escritórios”, salas específicas (que têm utilizações peculiares à área hospitalar e que usam atualmente como luz geral luminárias embutidas com fluorescentes tubulares) e restaurantes/refeitórios. LED Downlight Potência: 15W, 20W e 30W Temperatura de cor: 3.000K e 6.000K Vida mediana: 30.000h Aplicação: Áreas de circulação, corredores, salas de espera, banheiros, consultórios, “escritórios”, ambientes que usam atualmente downlights tradicionais com lâmpadas fluorescentes compactas, restaurantes/refeitórios e cozinhas. Extreme LED GU10 Potência: 6,5W Temperatura de cor: 2.700K Vida mediana: 30.000h Aplicação: Salas de espera (de acordo com o tipo de hospital), restaurantes e corredores. Health ARQ
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FLEXIBILIDADE
Identidade Visual Sinalização
Sinalização hospitalar pode colaborar com melhor fluxo e orientação de funcionários e pacientes
E
m busca de suavizar visualmente o ambiente, considerando o grande número de pessoas da terceira idade que circulam no local, o Hospital Samaritano implantou um projeto que além de ser funcional tem informações que podem ser realocadas. O sistema personalizado de fixação com ímãs para que as informações possam mudar visualmente foi desenvolvido pela Caso Design Comunicação, empresa que atua no mercado há mais de 20 anos e em vários segmentos, como, por exemplo, no desenvolvimento de marcas,na identidade corporativa, entre outros. O projeto desenvolvido para o Hospital Samaritano tem como principal característica visual a cor azul, referência à nova marca da instituição. A criação Clean prevê a sinalização interna e externa, em português e inglês. “Entender este universo exige muita sinergia entre as diversas áreas do setor 26
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que estão inseridas dentro de um ambiente único, como hospitais e clínicas. É preciso ter conhecimento de suas particularidades. Desde 2001, com a implantação do projeto no Hospital São Luiz, em conjunto com o marketing da instituição, a Caso Design adquiriu expertise e vem se especializando nesta área”, conta Marc Florindo, Diretor de Criação e Sócio-Proprietário da empresa. De acordo com Marc, desenvolver trabalhos voltados para a área de saúde exige a percepção das particularidades, princípios e necessidades de cada instituição. “Nossa função é analisar e entender caso a caso, adequando e alinhando o projeto de acordo com cada necessidade”, explica. Durante os estudos para criação da identidade é feita uma análise que leva em consideração o perfil dos usuários, fluxo de pessoas e qual a melhor linguagem visual
a ser aplicada. Além das formas das peças, os tipos de materiais a serem usados, a necessidade de realocação dos componentes, entre outros. “Para facilitar este processo, nós procuramos manter um relacionamento muito próximo com todas as áreas do hospital, atendendo assim às suas diferentes necessidades na hora da implantação e conceituação do projeto.” O conceito de comunicação visual do hospital foi idealizado antes do início do projeto do Novo Complexo, e o grande desafio foi a sua adequação em ambientes com características arquitetônicas tão diferentes e, ao mesmo tempo, tão integradas. “Nós desenvolvemos com exclusividade o conceito, mas sempre há, e deve haver, a participação de arquitetos e de setores estratégicos da instituição, principalmente nas decisões sobre fluxos, mudanças futuras e na alocação das peças”, conta Marc.
O diferencial deste projeto foi a utilização, na maioria das peças, de um sistema por fixação das informações através de ímãs. Como o projeto previa a realocação de setores, desenvolvemos um sistema que facilitasse a troca da sinalização. Pode-se, por exemplo, trocar apenas a direção de uma seta, ou palavra, sem danificar a peça por inteiro. Além de ser econômico, esse sistema promove maior agilidade na troca das informações. “A implantação de um projeto como este em uma instituição hospitalar além de informar e orientar com precisão o seu usuário, também fortalece a marca da instituição, como a qualidade e eficiência dos seus serviços. Além disso, é importante tornar o ambiente hospitalar agradável e evitar qualquer tipo de transtorno nos momentos em que o usuário transitar pelo ambiente”, finaliza Marc.
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ENGENHARIA
Novas instalações Complexo industrial
Edificação do maior complexo fabril da B. Braun na América Latina apoia-se em uma engenharia integrada e consistente
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om um investimento de R$ 346 milhões, o grupo alemão B. Braun, presente no Brasil há 45 anos, vai inaugurar uma nova fábrica no Complexo Industrial e Empresarial de São Gonçalo (Ciesg), localizado no Rio de Janeiro. O parque fabril promete ser o maior da multinacional na América Latina, com 80 mil m² de área construída em dois terrenos que somam 200 mil m². A conclusão de todo o empreendimento está prevista para 2017. Até lá muito tem que ser feito e este processo está sob a liderança da Tessler Engenharia, que atuou desde a avaliação técnica dos projetistas, sua contratação, gerenciamento e a coordenação de todos os projetos envolvidos. “Após a elaboração e aprovação do Plano Diretor, iniciou-se o estudo de engenharia básica, com todas as disciplinas para o desenvolvimento dos projetos executivos. Toda essa etapa durou nove meses”, explicam os engenheiros Fernando Neaime e Théo Silveira, respectivamente Sócio Diretor e Diretor Executivo da Tessler Engenharia. Sobre as instalações hidráulicas, os profissionais explicam que o abastecimento de água foi proposto através de rede pressuriHealth ARQ
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Complexo industrial
ENGENHARIA zada, com a contribuição de reuso de água. Já o sistema de combate a incêndio contará com duas linhas de SPK, por se tratar de um armazém com o pé direito de 19 m. O sistema de ar condicionado é composto por chillers a ar, para atendimento de 400 tr´s, sendo o armazém refrigerado a 30 graus. “O pé direito do armazém, a climatização com temperatura máxima de 30º, onde a temperatura média anual ultrapassa esse limite, e a laje de piso que suporta oito ton/m² foram os
diferenciais do projeto”, explicam os engenheiros. A topografia também exigiu uma atenção especial. Para tanto, houve uma importação grande de terra, pois foi exigido que o terreno ficasse no mínimo 60 cm acima da média de alagamento dos últimos 100 anos. Todas essas soluções são criadas através de planejamento que envolve todos os participantes, explorando a engenharia como uma ferramenta adequada e precisa nas obras. Além da construção do novo complexo da B.
Braun, a Tessler também participa da edificação da nova fábrica de vacinas da Novartis, em Recife. A empresa também já atuou em obras no Hospital Bandeirantes e São Camilo. “A Tessler procura fidelizar a mão de obra técnica através de treinamento e controles para as diversas áreas que atua. No segmento da saúde procuramos sempre manter os mesmos profissionais que já atuaram em outras obras correlatas e oferecer uma adaptação técnica para cada obra específica”, afirmam.
Fernando Neaime, Sócio Diretor da Tessler Engenharia 30
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ThĂŠo Silveira, Diretor Executivo da Tessler Engenharia.
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ENGENHARIA
Novas tecnologias Ressonância magnética
Reforma do setor hemodinâmico e radiologia do Hospital Albert Einstein é concluída sem interferir na rotina dos atendimentos
O
planejamento da área física do departamento de hemodinâmica do Hospital Israelita Albert Einstein passou por recentes reformas a fim de acomodar as novas tecnologias de
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ponta. A nova área desenhada responde a diversas exigências como fluxo de pacientes e profissionais, segurança dos usuários e um local livre de influências deletérias à qualidade das imagens geradas.
Esta obra contou com a expertise da Ararat Engenharia, que atuou na demolição, execução de alvenaria, forro, acabamento, estrutura, dentre outros. Segundo engenheiro Kegham Dadian Diretor de
Engenharia, o grande desafio deste case foi conciliar as intervenções com o funcionamento do hospital. “A reforma foi realizada sem interferir na rotina dos atendimentos. Para tanto, recorremos a algumas so-
luções como a demolição sem barulho e sem poeira através de equipamentos silenciosos (crushing) que destrói a alvenaria e concreto por esmagamento. Já a demolição dos pisos foi por meio de argamassa expansiva.” Além disso, também houve uma intensa preocupação quanto à blindagem da sala. Tal procedimento deve ser realizado
com rigor, principalmente quando relacionadas às aberturas para dutos de ar condicionado, portas, visor de comando, gases medicinais e instalações elétricas. “A construção de uma área para a instalação dos equipamentos de ressonância magnética deve ser blindada em todo o seu redor (teto, piso e paredes), para que não haja interferências internas e externas
de pulsos de rádiofrequência ou de campo magnético. Tudo isso para que o sistema de ressonância funcione adequadamente e não interfira em outros equipamentos externos”, explica. Ademais, a blindagem deve ser eletricamente isolada da estrutura predial isolada. “Isto porque um aparelho de ressonância magnética possui um com-
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ENGENHARIA
Ressonância magnética
plexo mecanismo gerador de imagens o qual é suscetível a uma série de interferências negativas vindas do meio ambiente. Deve-se tomar o cuidado para que nenhuma onda de radiofrequência penetre na sala de exames, isolando muito bem este local, para que o campo magnético gerado pelo equipamento esteja também a salvo da influência de elementos ferromagnéticos”, ressalta Marcelo Buarque de Gusmão Funari, radiologista chefe do departamento de imagem do Hospital Albert Einstein. Além disso, a segurança das pessoas que transitarão perto do aparelho deve ser pensada. Conforme explica Funari, o equipamento de ressonância
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magnética atua como se fosse um grande ímã e, portanto, capaz de atrair e influenciar elementos ferromagnéticos. “Por isso é importante que a sua instalação seja em um lugar que respeite a distância de segurança do trânsito de pessoas que possuam, por exemplo, marca-passo cardíaco, ou estruturas metálicas das mais diversas naturezas no interior dos seus organismos”. Quanto à parte elétrica e hidráulica, o engenheiro Dadian explica que foi feito o método de corte das paredes mecanizada. “Com uma cortadora de paredes é possível realizar as tubulações necessárias e sem poeira. Os shafts hidráulicos e elétricos também
contam com uma proteção passiva corta-fogo.” A preocupação ambiental é uma constante em nossas obras. Assim, trabalhou-se no sentido de minimizar a poluição luminosa, acústica e térmica. “Utilizamos materiais antirruídos, priorizou-se a iluminação LED, devido a sua durabilidade e economia, além de todo o gerenciamento de resíduos da obra”, comenta Dadian. No setor hospitalar, a Ararat Engenharia possui em seu portfólio a construção e reforma de centros de oncologia, laboratórios, farmácias, centros cirúrgicos, centros de exames de imagens, centros obstétricos, dentre outros.
Tecnologia x Infraestrutura O desafio de acomodar novas tecnologias é uma realidade para a arquitetura hospitalar. Segundo Marcelo Buarque de Gusmão Funari, radiologista chefe do departamento de imagem do hospital, trata-se de um trabalho de time. “É um processo que envolve médicos radiologistas, biomédicos, enfermeiros, físicos e engenheiros clínicos e civis, cada um dando uma fundamental contribuição para que nenhum detalhe impor-
tante ao funcionamento desta tecnologia seja esquecido.” Atualmente, o hospital possui dez aparelhos de ressonância magnética e mais três começarão a ser operados a partir do segundo semestre de 2013. “São equipamentos que estão instalados não só no próprio hospital, mas também em todas as suas unidades espalhadas pela grande São Paulo. No total, são aproximadamente 5.000 exames por mês”, explica.
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climatização
Temperatura sob controle Clima ideal
Projeto para instituição na Bahia prima pela climatização para garantir a segurança dos procedimentos e conforto dos pacientes Uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) será construída anexa ao Hospital Regional de Juazeiro, na Bahia. O projeto, que já está pronto, apresentou entre as principais preocupações o cuidado com o processo de climatização, para garantir conforto e segurança aos usuários. Em função da complexidade da instalação, este projeto demandou um maior acompanhamento da área de engenharia de desenvolvimento, o que levou seu tempo de execução para 150 dias. Durante a elaboração do projeto, a empresa contratada, a FJS Consultoria e Projetos, fez um Relatório de Solução a ser Adotada (RSA), uma ferramenta de gestão de projeto que possibilita a análise quantitativa e qualitativa de custo e consumo do sistema de climatização a ser adotado. “Após esta avaliação, optamos por utilizar um sistema de climatização através de resfriadores de líquido (expansão indireta) 36
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e climatizadores de ar tipo fan-coils, padrão hospitalar”, conta Francisco José, Diretor da FJS Consultoria e Projetos. Por se tratar de uma área hospitalar voltada à oncologia, o projeto apresenta, no 2º pavimento, uma área de produção de remédios para aplicação oncológica, o que necessitou de atenção especial, com controle de temperatura e umidade, bem como a implementação de uma cascata de pressão entre os ambientes, o que impede a ocorrência de contaminação cruzada. Além da área farmacológica, o empreendimento contempla a instalação de um acelerador linear e um equipamento de braquioterapia, que necessitam de cuidados na questão de controle de temperatura e umidade. “Neste trabalho, além de atender as condições acima referenciadas, nos preocupamos em utilizar um sistema que apresentasse otimização energética e alto grau de confiabilidade, uma vez que, por se tratar
de uma instalação hospitalar, que funciona 24 horas, não pode haver risco de interrupção por falha. Nesta linha de raciocínio, utilizamos um sistema de expansão indireta, com dois resfriadores de líquido e capacidade unitária de 120 TR´s cada, condensação a ar, com circuito hidráulico divido em anel primário e secundário, e utilização de bombas centrífugas”, revela José. Na configuração dos ambientes críticos foi adotada a solução de climatizadores modulares fan-coil´s, padrão hospitalar, com a filtragem adotada de acordo com a NBR-7256 e distribuição de ar através de rede de dutos. Trata-se de uma instalação de ar condicionado para conforto térmico e climatização de área hospitalar , com controle de temperatura, umidade relativa e pureza do ar, em conformidade com a NBR 16401, com sistema de expansão indireta utilizando resfriadores de líquidos com compressores Scroll de condensação a ar, e sistema de ventilação /
exaustão mecânica, com renovação de ar. A central de água gelada será composta por dois resfriadores de líquido, compressores Scroll, condensação a ar, com capacidade unitária 120 TR´s cada. Visando melhorar a performance do sistema, foi implantado também um sistema com circuito hidráulico primário e secundário, de modo a manter constante a pressão diferencial entre as linhas de alimentação e retorno do circuito secundário, independente das válvulas de duas vias dos climatizado-
res tipo fan-coil´s. A distribuição de ar dos ambientes condicionados será efetivada através de rede de dutos e o sistema de controle de temperatura dos climatizadores de ar será do tipo elétrico, composto por válvulas de controle de fluxo de água gelada do tipo duas vias proporcional, para os fan-coils modulares, e on-off para os climatizadores hidrônicos montados nos ambientes . Ainda para o segundo pavimento, foi prevista a utilização de um sistema VAV (Volume de Ar Va-
riável) com utilização de Caixas de VAV tipo TVZ, permitindo que através do sistema supervisório haja atuação de forma direta no controle das variáveis acima descritas. No intuito de proporcionar uma condição de conforto térmico aos operadores dos equipamentos fluxo laminar, foi implementado a solução de insuflamento de ar primário nestes equipamentos, com temperatura entre 20º e 22º C, através de um fan-coil dedicado a este processo. O acionamento destes dispositivos irá abrir o damper de blo-
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Clima ideal
climatização queio motorizado do equipamento, bem como acionando o exaustor de ar do respectivo equipamento. O grande diferencial deste projeto é a utilização de uma lógica de controle e automação que irá monitorar e gerenciar todo o sistema de climatização do hospital, efetuando o Schedule de funcionamento dos equipamentos, bem como o controle de temperatura dos ambientes climatizados pelos fan-coil´s, modular a vazão destes aparelhos através de inversores de frequência instalados nos motores dos ventiladores (modulação de vazão através do índice de saturação dos filtros). O sistema de automação e controle, além de propiciar o rodízio de funcionamento das bombas primárias e secundárias, gerenciará a vazão do circuito secundário, através da modulação dos inversores de frequência destas bombas, em função da variação de pressão do anel hidráulico. Para os equipamentos resfriadores de líquido foi estabelecida uma programação de partida e controle de capacidade através da análise de demanda térmica do prédio, garantindo o melhor ponto de eficientização energética da instalação. 38
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Experiência, tecnologia e eficiência Há 20 anos no mercado, a FJS Consultoria e Projetos aplica tecnologia de ponta no desenvolvimento dos seus projetos. A empresa foi criada com o conceito de ser inovadora, por isso, desde seu princípio conta com diferenciais como equipe e estrutura próprias, sofisticados instrumentos para medição em campo e inúmeros recursos que lhe permitem flexibilidade de ação e agilidade no cumprimento dos prazos. Os projetos da empresa viabilizam os menores custos de operação com o melhor aproveitamento possível de energia. “Eficiência e economia são nossos objetivos, sempre buscamos a melhor maneira de integrar os sistemas à arquitetura e às diversas disciplinas. Para proporcionar qualidade, rapidez e precisão na elaboração do trabalho utilizamos os mais modernos softwares”, conta Francisco José, Diretor da empresa. Para a elaboração de desenhos, o computador também é utilizado como principal ferramenta de trabalho, sendo confeccionados através deste e utilizando uma vasta biblioteca de símbolos, desenhos e detalhes, de desenvolvimento, elaboração e utilização própria, assegurando-se assim agilidade na elaboração, riqueza de detalhes e qualidade gráfica, além de utilização da tecnologia Building Information Modeling (BIM Programs), que propicia uma maior confiabilidade nas compatibilizações e interfaces com as demais disciplinas de projeto.
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Humanização e sustentabilidade
humanização
Projeto bem pensado Hospital de Curitiba tem projeto que valoriza design, humanização e sustentabilidade
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recente obra do Union Day Hospital, localizado na cidade de Curitiba (PR), deu atenção especial a dois pilares em seu
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projeto: humanização e sustentabilidade. Os ambientes foram projetados de modo a se comunicarem entre os andares e as salas através de visores
para o exterior, inclusive nas salas cirúrgicas. No que tange à humanização, as cores foram grande aliadas. O projeto utilizou tons fora dos pa-
drões hospitalares, quebrando os paradigmas de cores brancas e frias. “Instalamos pisos em manta vinílica com desenhos curvos e multicores. Nas paredes, colocamos cores vivas acentuadas por jogo de luzes”, conta Adolfo Sakaguti, proprietário da Sakaguti Arquitetura e arquiteto responsável pelo projeto. Além das preocupações com a humanização e a sustentabilidade a busca pela facilidade de manutenção, através do uso de forros removíveis,
galerias técnicas e especificações de materiais adequados também foi preocupação neste projeto. “Nosso maior desafio foram as mudanças que tivemos que fazer para contemplar questões relativas ao atendimento de exigências de convênios médicos”, explica. A beleza da arquitetura externa do hospital também tem se destacado, pois o projeto buscou traduzir na fachada a filosofia da instituição, tecnologia e vanguarda no tratamento da saúde,
assumindo o estilo contemporâneo. O escritório de arquitetura foi responsável pelo gerenciamento da obra, interiores, paisagismo e até da assessoria em comunicação visual do Union Day. A empresa está no mercado da saúde há cerca de 20 anos e também já atuou Santa Casa de Misericórdia, ao Hospital de Clínicas (HC) e ao Instituto de Neurocirurgia em Curitiba (PR), além do Hospital e Maternidade Sapezal, no Mato Grosso. “Desde o
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humanização
Humanização e sustentabilidade
início buscamos aperfeiçoar nossos trabalhos de projeto e consultoria através de pesquisas e presença em congressos. Nossa carteira de obras abrange desde pequenas reformas em clínicas e hospitais, até planos diretores nos quais trabalhamos em sintonia com equipes multidisciplinares”, ressalta Sakaguti. O arquiteto conta ainda que todos os projetos da empresa passam por diferentes fases em busca da perfeição. Em um primeiro momento, chamado de diagnóstico, são investigados os compromissos com a legislação de uso do solo, questões ligadas à Vigilância Sanitária e segurança das rotas de fuga. Na sequência, há a coleta dos dados do programa de necessidades e a partir daí começam as inserções no projeto, com estudos que são discutidos com o cliente até a formatação final. “Isto se repete a cada etapa da obra. Do estudo ao último trabalho consumimos praticamente três anos, porque acompanhamos a obra e decidimos questões antecipadamente e também em tempo real”, finaliza o diretor da Sakaguti Arquitetura. 42
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“Nosso maior desafio foram as mudanças que tivemos que fazer para contemplar questões relativas ao atendimento de exigências de convênios médicos”, Adolfo Sakaguti, Proprietário da Sakaguti Arquitetura
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humanização
Padronização humanizada Dinamismo
Projetos na região Sul promovem amplo acolhimento ao criar ambientes curativos com dinâmica espacial, garantindo mais comodidade
A
s Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) criadas pelo Governo Federal trazem uma inovação quanto ao atendimento. A proposta desses locais é reduzir as filas, ao evitar que casos de menor complexidade sejam encaminhados para os hospitais. De acordo com escritório Badermann Arquitetos, essas unidades devem se destacar contendo atributos relativos à humanização e sustentabilidade, além de utilizar materiais
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mais resistentes para que a edificação possa ter uma maior vida útil e uma fácil manutenção. Para a definição da área física mínima e dos ambientes necessários das UPAs são levados em consideração diversos fatores, tais como os processos executados, os fluxos de atendimento, a setorização e as atividades a serem desenvolvidas, conforme as regulamentações do Ministério da Saúde e ANVISA. Em Pelotas (RS), duas
novas UPAs 24h foram projetadas, sendo elas do Porte I e Porte III. Os projetos arquitetônicos visam contribuir decisivamente para que a assistência seja prestada de maneira funcional e, ao mesmo tempo, com conforto a todos os usuários. Ambos os projetos promovem um amplo conceito de acolhimento. Dentro das unidades, a intenção é oferecer ambientes curativos, energéticos e intuitivos. Para tanto, serão utilizadas cores em
vários tons dinamizando os espaços mantendo o padrão da identidade visual estabelecido pelo Ministério da Saúde. Nesses projetos foram previstas aberturas permitindo a entrada da luz natural e a ventilação cruzada, reduzindo o consumo energético. Na UPA I, por exemplo, foram deixados dois jardins laterais de modo que as circulações internas sejam iluminadas, garantindo a ventilação dos espaços, além de proporcionar que os usuários usufruam da paisagem. Na UPA III a luz
vem de cima através de aberturas zenitais o que confere uma grande qualificação nas circulações. É importante salientar que nestes dois projetos as áreas externas se relacionam com as internas. Portanto, existe uma preocupação com a dinâmica espacial para garantir a eficácia terapêutica da arquitetura. “Queremos projetar ambientes saudáveis e enriquecedores que vão atuar positivamente no ânimo dos pacientes, acompanhantes e equipe assistencial”, afirma o arquiteto Jonas
Badermann de Lemos, da Badermann Arquitetos Associados. Nestas obras, houve também um cuidado relativo à flexibilidade de maneira que as áreas possam ser ampliadas. E, como tais projetos foram desenvolvidos em módulos, as alterações futuras poderão ser executadas com os serviços em pleno funcionamento. Quanto à acessibilidade destes novos centros, Jonas Badermann relata que os projetos preveem três acessos cobertos com áreas e alturas ade-
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Dinamismo
humanização quadas para ambulâncias, automóveis e veículos de carga. Nestes locais, os acessos às inclinações das rampas estão conforme a NBR 9050, que estabelece critérios e parâmetros técnicos de acessos aplicáveis às edificações. Ainda nesse contexto, os vãos das aberturas das unidades serão apropriados ao movimento de pacientes e profissionais. Para os acessos dos pedestres foi contemplado o piso modelo tátil sinalizador. Em ambos os projetos a pavimentação externa em blocos de
concreto intertravados e vazados garantem a permeabilidade do terreno. “Temos a expectativa, considerando as preocupações públicas municipais, que os responsáveis pela gestão destas edificações saberão escolher um bom executor. O resultado do trabalho dos arquitetos é a materialização do projeto que é a obra”, salienta. Jonas Badermann diz ainda que sua equipe reconhece que o segmento da saúde está em constante transformação e ressalta que a tecnologia evolui
rapidamente, assim como as técnicas médicas, o que induz a incorporação de novos programas arquitetônicos correspondentes a outras visões da medicina. “As pessoas preocupadas em manter uma vida mais saudável, procuram cada vez mais os serviços de saúde. Dessa forma, ocorre um aumento na demanda de ampliações e novas edificações. Em vista disso, nossa equipe está em constante aperfeiçoamento, com a intenção de oferecer bons projetos e um apoio técnico constante.”
“Queremos projetar ambientes saudáveis e enriquecedores que vão atuar positivamente no ânimo dos pacientes, acompanhantes e equipe assistencial” Arquiteto Jonas Badermann de Lemos, Badermann Arquitetos Associados 46
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Crescimento sustentável
humanização
Crescimento constante
HCor se expande sem deixar de lado a segurança e a sustentabilidade
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Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, vem investindo em seu plano de ampliação. A instituição inaugurou, no final do ano passado, a unidade avançada do Centro de Diagnósticos HCor, um espaço com alguns diferenciais que visam a humanização. Um bom exemplo é a sala de ressonância magnética digital, com equipamentos mais amplos, ambiente humanizado e iluminação natural que irá beneficiar os pacientes claustrofóbicos. Outra obra importante nesse processo de expan48
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são é a unidade 130, em frente à primeira unidade, da Rua Desembargador Eliseu Guilherme. O espaço tem 38 apartamentos para internação, um andar exclusivo para quimioterapia, centro de convenções para 210 pessoas e vagas para 142 veículos, tudo distribuído em 15 andares e cinco subsolos. “O HCor consolida a sua excelência, com estruturas de última geração e segurança no atendimento aos pacientes”, ressalta José Cesar Ribeiro, Gerente de Enfermagem da unidade. O prédio destaca-se ainda pelas salas híbridas, que
possibilitam a realização de procedimentos cirúrgicos, hemodinâmicos e exames. Esse conceito tem se tornado tendência nos mais modernos centros médicos do mundo. No HCor, foram projetados dois espaços focados em especialidades distintas: a sala híbrida cardiológica e de neurocirurgia. A edificação criou um cenário raro em São Paulo: a passarela entre prédios. A estrutura dela é composta por dois níveis, sendo que o inferior fica a oito metros da calçada. A altura total é de 18,5 metros e o comprimento, de 34 metros, com
largura de 3,5 metros. Entre os patamares de passagem existe um jardim para humanizar a estrutura. O objetivo da passarela é facilitar o trânsito de funcionários e pacientes, especialmente daqueles em fase pós-operatória, que saem do novo centro cirúrgico rumo à UTI. Além disso, a passarela poderá atender ao público de palestras e treinamentos. O prédio 130 tem um amplo centro de convenções, composto pelo auditório e por salas de apoio, que ocupam dois andares. “É uma necessidade gerada pelo crescimento do Instituto
de Ensino e Pesquisa (IEP), do hospital”, comenta José Cesar Ribeiro, Gerente de Enfermagem do Prédio 130. Além da humanização e viabilidade, a instituição se preocupou também com a segurança e durabilidade das edificações. Uma das principais dificuldades encontradas neste processo foi planejar o espaço nos corredores e nos shafts, para montar todas as instalações de maneira segura e prática, com objetivo de facilitar sua operação. “Por se tratar de uma instituição de saúde, a infraestrutura elétrica, hidráulica, de gases
medicinais e ar condicionado é grande”, conta Erick Viegas, engenheiro da Sanhidrel Engekit responsável pelas instalações do HCor. O engenheiro ressalta que mesmo com a grandiosidade da obra não foram apenas os cuidados com a segurança e qualidade dos prédios que foram levados em conta. As medidas de sustentabilidade também estiveram presentes durante todo o processo. “Procuramos tratar os resíduos pertinentes a nossa atividade, com o treinamento da equipe e a triagem dos materiais recicláveis”, relata Viegas.
Para garantir a segurança, inúmeros cuidados foram tomados na escolha dos materiais, por exemplo, os quadros do centro cirúrgico e de hemodinâmica foram equipados com o “Sistema IT Médico”, conforme Norma NBR 13534. “Neste caso faz-se necessário a aplicação de transformadores do tipo Separador (Ensaios Segundo a IEC 61558-2-15), sistema monitor de isolação, anunciador e TC”, explica o engenheiro. Alguns circuitos são alimentados por no-breaks em caso de falta de energia, o que faz com que o
grupo gerador tenha uma resposta rápida em caso de falta de abastecimento pela operadora. Além disso, as soldas dos tubos de gases medicinais são todas feitas com solda prata (AWS A.5 8BAG6) e o sistema passa por um processo de limpeza, desinfecção e purga de toda a rede. “Foi tomado o cuidado também de instalar misturadores de água quente e fria especiais com dispositivo de segurança que limita a 38˚C impedindo, que o usuário se queime ao tomar banho em todos os banheiros de internação”, finaliza Viegas.
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humanização
Crescimento sustentável
Além da construção Não é apenas a estrutura de obras do hospital que determina seu bom funcionamento, as instalações elétricas também são consideradas de suma importância e possuem várias particularidades, ou seja, alimentam as cargas críticas na qual suprem circuitos destinados a sustentação e monitoramento da vida dos pacientes. Para isso ocorrer, é preciso que haja cuidados especiais desde a fase de projeto, instalação e operação dos circuitos. E atrelado as instalações elétricas estão os equipamentos de monitoramento da vida dos pacientes. O projeto desses sistemas é fundamentado em normas e regulamentos técnicos vigentes. “Nesse caso, cabe ao corpo médico, garantir que os pacientes sejam tratados com eficácia, recebendo o mais alto nível de cuidado. Entretanto, uma breve falta de energia pode por em risco a saúde dos pacientes ou prejudicar o sucesso de uma terapia ou de um diagnóstico”, explica o engenheiro Sérgio Castellari, Diretor da RDI Bender. Por isso, é importante que esteja integrado à estrutura hospitalar um sis50
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tema de sinalização sonoro (silenciável) e visual de qualidade. Por tanto, um componente que informe à equipe médica, quando a alimentação dos equipamentos eletromédicos e de sustentação da vida deixarem de ser seguros e passíveis ao ponto de serem interrompidos automaticamente por um dispositivo de proteção, conforme determina a
sinalizados, sempre que detectadas alterações nas condições de segurança elétrica que possam vir a comprometer um procedimento, a saúde ou a vida de pacientes. “A equipe médica, ao receber um diagnóstico sonoro e visual de falha de isolamento na instalação, elevação de temperatura ou sobrecarga no transformador exclusivo para
“Nossa equipe está capacitada para consultoria, treinamento e orientação necessária a todos os tipos de EAS. Todas as soluções seguem rigorosamente as especificações da ABNT NBR 13534:2008 para esquema IT Médico em locais médicos do grupo 2.” Ricardo Bender, Diretor Presidente da RDI Bender RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, da ANVISA. Neste segmento, existem várias empresas no mercado como a RDI Bender que oferecem IT Médico inteligente, com soluções e equipamentos concebidos com a mais alta tecnologia, para supervisionar permanentemente circuitos e instalações vitais em locais como UTIs e salas cirúrgicas. Isto possibilita que diagnósticos precisos sejam imediatamente
alimentação dos eletromédicos, aciona a equipe responsável para identificação do equipamento que está originando o defeito, a fim de que este seja eliminado o mais rápido possível”, explica Ricardo Bender, Diretor-Presidente da RDI Bender. Os sistemas de supervisão da fabricante incluem tecnologia para localização automática de falhas de isolamento. Esta solução é particularmente indicada para salas cirúr-
gicas onde são realizados procedimentos mais complexos e UTIs. Nestes locais, o longo trabalho da equipe responsável pode ser substituído pela identificação automática da falha em poucos segundos. Entre os produtos fabricados pela marca estão o Transformador de Separação, DSI - Dispositivo Supervisor de Isolamento, Localizador de Falhas de Isolamento, Sistemas de sinalização, diagnóstico e controle, Tableau touchscreen, Conversor de Protocolo, Supervisão de fuga à terra em sistemas TN-S, Quadros e Painéis e o UNIMET - Testadores de equipamentos eletromédicos. “Nossa equipe está capacitada para consultoria, treinamento e orientação necessária a todos os tipos de EAS, seja este um hospital, clínica odontológica, oftalmológica, de estética ou veterinária. Todas as soluções seguem rigorosamente as especificações da ABNT NBR 13534:2008 para esquema IT Médico em locais médicos do grupo 2. Estas são complementadas pelas últimas edições interna-cionais das normas específicas para os equipamentos”, finaliza Bender.
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Conforto e segurança
humanização
Ambientação do bem-estar Projeto de ampliação do Hospital Unimed Volta Redonda tem os detalhes pensados para garantir conforto, segurança e bem-estar aos pacientes
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om menos de três anos de atividades, o Hospital Unimed Volta Redonda (RJ) chega à fase final de sua obra de ampliação. Com a expansão será possível ampliar a capacidade de atendimento dos atuais serviços de alta complexidade e para acompanhar esse crescimento a Cooperativa tem investido continuamente em pessoas e em tecnologia. “A instituição tem como princípio a qualificação de pessoas. Não medimos esforços para a capacitação dos médicos, colaboradores e de todo o nosso corpo clínico”, disse a Vice-Presidente do hospital, Elizabeth Carolina Mathias de Araújo. Em um terreno de 52
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17.000m² o hospital, com investimento na expansão de R$ 3,6 milhões, passará a ter área construída de 13.000m², divididos em dois pavimentos, contando com pronto atendimento, serviços diagnósticos, e um centro de fisioterapia e a área de internação, agora ampliada. Serão 50 novos leitos que possibilitarão mais 400 internações. O projeto de detalhamento foi desenvolvido pela DHOR Arquitetura em parceria com as equipes de hotelaria e enfermagem do hospital, visando atender à rotina particular de cada área. Na ambientação atual foram criados espaços no corredor da nova área de internação,
para descanso ou espera de acompanhantes. Além disso, foram criados espaços humanizados visando ampliar os espaços de conforto do hospital. “O conhecimento sobre o controle de infecção, limpeza e desinfecção de superfícies, métodos de trabalho, atividade de funcionários e custos estão relacionados à boa especificação dos materiais de acabamentos para um ambiente de saúde que vai estar preparado para ser usado com toda a sua atividade sem que, em pouco tempo, esteja deteriorado e também sem que ofereça risco de ser foco de contaminação”, cita Dayne Rebouças, da
DHOR Arquitetura. A ambientação da área de ampliação seguiu o mesmo conceito já usado anteriormente pela DHOR Arquitetura no Hospital Unimed de Volta Redonda. Partindo das cores padronizadas pela Unimed, os materiais usados buscaram destacar-se pelo colorido, transmitindo o conceito de vida e bem-estar, e, ao mesmo tempo, pela praticidade. Para garantir a segurança dos pacientes, são usados materiais com alta lavabilidade e sem texturas para evitar o acúmulo de sujeiras nos revesti-
mentos. “Ao especificar um material de acabamento para um ambiente de saúde temos que levar em consideração suas propriedades químicas, e também a dos materiais de limpeza aos quais eles resistem, ou melhor, se adequam, assim definidas por cada área específica do Estabelecimento de Atendimento de Saúde (EAS)” conta Dayne. As cerâmicas e porcelanatos utilizados são retificados, com rejunte epóxi e espaçamento mínimo. Foram instaladas as persianas Luxaflex do tipo rolô e os forros de gesso
cartonado, intercalados com removíveis, de onde se pode acessar as tubulações elétricas de ar condicionado e hidrossanitárias. O mobiliário vai ao encontro dos preceitos das boas práticas de enfermagem, os conceitos de limpeza e manutenção hospitalar e, acima de tudo, a RDC 50. Também os tecidos foram considerados importantes para oferecer funcionalidade ao dia a dia da instituição. É preconizado o uso de couríssimos para que possam suportar as limpezas diárias, realizadas com produtos adequados para cada setor.
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humanização
Conforto e segurança
Detalhe importante Outro ponto bastante importante quando se fala em obras para instituições de saúde está nas instalações elétricas. Apesar do curto prazo para realizar o trabalho, a Power & Light Engenharia, empresa fornecedora de equipamentos e serviços na área elétrica, conseguiu, através do envolvimento com a equipe Unimed, realizar o trabalho atendendo às normas técnicas exigidas. Entre elas estão as NBR5419, NBR13534-1995, que discorre sobre Instalações elétricas em estabelecimentos assistenciais de saúde, NBR14039 -2005, voltada a instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV e NBR-5419 2000, a SPDA,
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sistemas de proteção contra descargas atmosféricas. Tudo sem deixar de lado a mais importante delas, a NBR 5410, que fixa as condições de que as instalações de baixa tensão devem garantir seu funcionamento adequado, assim como a segurança das pessoas, animais e conservação de bens. “O curto prazo de entrega, quando se trata de hospitais, é um dificultador no processo, porém com a experiência que já tivemos com o trabalho realizado em diferentes instituições de saúde, entendemos e cultivamos o envolvimento de todos na obra, pois este é um fator que contribui muito para o
bom resultado e para que fosse inclusive uma obra entregue antes do prazo estimado”, ressalta Joel de Oliveira, Diretor da Power & Light Engenharia. Além disso, outro fator que exigiu bastante dedicação e cuidado dos profissionais envolvidos foi a necessidade de manter o hospital em funcionamento durante a interligação dos novos quadros. “Em uma instituição de saúde, mais do que em outros lugares, a energia elétrica é de extrema importância. Há aparelhos, dos quais depende a vida de pessoas, portanto qualquer falha na rede pode ser fatal”, ressalta Oliveira.
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humanização
Arquitetura para família Espaço especial
Maternidade passa por reforma para aprimorar estrutura oferecida aos pacientes
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m momento especial requer um lugar especial. Por isso, qualquer obra executada em uma maternidade precisa de atenção nos mínimos detalhes para tornar inesquecível os instantes que marcam a chegada de um bebê a uma família. Inaugurado na década de 70, o Hospital e Maternidade Brasil chegou a região metropolitana de São Paulo serviços de saúde com a mesma referência daqueles prestados na Capital. Sua primeira estrutura apresentava dois andares, com trinta apartamentos, duas salas de cirurgia, mais duas de parto, berçário e um centro de recuperação. Mas o projeto previa seis pavimentos, que foram construídos ao longo dos anos seguintes. Hoje, a maternidade do Hospital Brasil é um dos mais modernos centros de obstetrícia do País, com estrutura e serviços sofisticados, equipamentos e uma equipe
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altamente qualificada e acolhedora. Desde a recepção central já é possível perceber a junção da qualidade técnica ao conforto dos serviços de hotelaria. Um bom exemplo é o mensageiro e recepcionista, além de manobrista e estacionamento com capacidade para 450 vagas. Ampla e moderna, a recepção central possui lojas de conveniência com artigos para mães e bebês, floricultura e todas as condições para um atendimento rápido. Ainda na entrada do hospital, encontra-se um espaço próprio, dotado de conforto e privacidade, que tornam agradáveis os momentos que antecedem a chegada do bebê. Já os apartamentos possuem varanda, frigobar, camas com regulagem elétrica, TV a cabo e ar-condicionado e foram decorados em tons agradáveis e com mobília hospitalar funcional. O Centro Obstétrico está equipado com apa-
relhos de última geração, instalações sofisticadas, modernas salas de pré-parto, de parto e de recuperação pós-anestésica. Além disso, dispõe de recursos necessários para a realização de procedimentos seguros e eficazes. Depois de nascer e receber os primeiros cuidados, os bebês são levados ao berçário, sem que tenham qualquer contato com o meio externo. A maternidade possui ainda, ao lado da recepção central, o Espaço Cultural, uma área ampla e confortável com capacidade para 150 pessoas. Nele, periodicamente são ministrados cursos gratuitos para gestantes. Ali também são feitos eventos técnicos, exposições, cursos para médicos, pacientes e comunidade em geral. Para aprimorar ainda mais sua estrutura física, recentemente a instituição passou por obras. O projeto executado pela Sfera Engenharia reestruturou diferentes seto-
res da instituição. “Trabalhamos em diversas obras de ampliação, executando serviços como engenharia civil, engenharia elétrica e hidráulica, estruturas de concreto, estruturas metálicas, execução de interiores e planejamento”, conta Marcos Lopez, Diretor Comercial da empresa. Durante as obras, a tecnologia contribuiu para minimizar o prazo e o impacto da mesma em relação a estrutura funcional do hospital e atendimento aos pacientes. Utilizando-se de métodos
construtivos modernos, profissionais capacitados, ferramentas hidráulicas e até robô para demolição. “Junto a um bom planejamento pudemos superar prazos e dificuldades para atingir as metas estabelecidas pelo hospital”, conta Lopez. A sustentabilidade não foi deixada de lado neste processo. Por isso, cuidados como a separação de resíduos de construção civil e atendimento às normas ambientais foram tomados. Além disso, o respeito às regulamentações da AN-
VISA também foram levados em consideração, assim como a cautela para evitar contaminação, reduzir a sujidade, nível de emissão de partículas sólidas e ruído. Como as obras aconteceram com o hospital em funcionamento, foram criadas estruturas de contenção para isolamento da áreas, redução de emissão de particulados sólidos e ruídos e utilização de corredores de trabalho especiais e independentes, sem acesso as áreas de pacientes e funcionários. “Apesar
de todo o projeto bem pensado e os cuidados tomados, como em toda obra, tivemos algumas dificuldades. A principal delas foi o curto prazo para execução sem interferir na rotina do hospital e com cuidado especial em não causar incômodo aos pacientes. Mas superamos trabalhando na contratação de profissionais especializados, com planejamentos específicos, tecnologia avançada e utilizando nossa dedicação e habilidade em superar desafios”, finaliza Lopez.
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humanização
Na temperatura ideal
Saúde e bem-estar
Projeto de climatização da Unidade II do Hospital Márcio Cunha, em Minas Gerais, se destaca pela ampla abrangência e diversificação técnica
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sistema de clima- magnética e tomógrafos. vessem a eficiência energétização em insti- Também está incluso neste tica conforme a ASHRAE nº tuições de saúde é serviço o processo de filtra- 90.1/2007, norma referênextremamente fundamen- gem rigorosa e controle de cia que estabelece as efital sob diversos aspectos, pressão em quartos de UTI ciências aceitáveis dentro principalmente a fim de e salas de isolamento. dos critérios de economia garantir a manutenção Este projeto foi concebido de energia. das condições climáticas para operar sempre com o Para Manoel Milaré, Direnecessárias ao conforto número otimizado de equi- tor da Masterplan, houve do paciente. Além disso, pamentos. Dessa forma, as alguns desafios no proo processo proporciona a bombas de distribuição de cesso de elaboração e impureza do ar, evitando a proliferação de micro“Um sistema mal concebido neste aspecto, pode -organismo. espalhar agentes patogênicos de um ambiente Nas obras de ampliacontaminado para outros. Além disso, pode trazer ção da Unidade II do consequências graves à saúde dos usuários do local” Hospital Márcio Cunha, Manoel Milaré, em Ipatinga (MG), o Diretor da Masterplan projeto de climatização se destaca por ser bastante abrangente água e os condicionadores plantação deste projeto. e diversificado. O serviço com estágios de filtragem ri- Um deles foi com relação à compreende-se na reforma gorosa operam em rotações CAG, com a instalação dos da Central de Água Gela- controladas. Essa atribuição novos equipamentos e reda (CAG) e na reestrutura- garante as vazões requeridas forma das tubulações exisção dos equipamentos de com redução do consumo tentes, sem interferir signiventilação da cozinha/res- de energia. Neste caso, um ficativamente na operação taurante e a utilização de sistema de automação faz o dos sistemas de climatizasistemas simples em áre- controle das operações. ção em operação. as como salas de espera e As medidas sustentáveis “Também, projetar os sisconsultórios. deste projeto referem-se à temas atendendo às exiA obra ainda conta com utilização racional do con- gências e determinações o processo de condicio- sumo de energia elétrica. da NBR nº 7256 (norma resnamento de ar de espaços Na CAG estão os maiores ponsável pelo tratamento com maior complexidade consumidores de energia, do ar na saúde), conciliando de controle de temperatura que são os resfriadores de critérios de economia de e umidade relativa, como água. Portanto, foi exigido energia, nem sempre é uma as salas de ressonância que esses equipamentos ti- tarefa fácil”, acrescenta. 58
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Em projetos de climatização como esse há vários desafios inerentes às aplicações, temperatura e umidade relativa. Na opinião de Milaré, a maior preocupação deve ser com a contaminação cruzada. “Um sistema mal concebido neste aspecto pode espalhar agentes patogênicos de um ambiente contaminado para outros. Além disso, pode trazer consequências graves à saúde dos usuários do local”, explica. Integração pelo conforto A parceria da Masterplan com a Fundação São Francisco Xavier (FSFX) e o Hospital Márcio Cunha iniciou-se em 2005, quando a Masterplan desenvolveu o projeto de uma nova central de geração de distribuição de água gelada para a Unidade I do hospital, em substituição ao sistema existente. Antes deste atual projeto, a empresa já havia realizado alguns outros serviços relevantes para a FSFX, tais como a reforma e ampliação do pronto-socorro e UTI da Unidade I.
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Novos espaços
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Completa gestão Reforma completa de mais de 10 mil m² do Incor engloba desde o reforço das fundações até a instalação de equipamentos 60
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s blocos um e três do Instituto do Coração de São Paulo (Incor) estão sendo ampliados, com previsão de término para 2016. Os serviços de consultoria técnica são realizados pelo consórcio formado pelas empresas DPG Plan-Artelia e ASTEC Engenharia. Dentre as atividades desempenhadas estão o planejamento e controle global das obras, análise crítica dos projetos executivos de estrutura e instalação, gerenciamento, fiscalização técnica de campo, comissionamento das instalações, dentre outros. A reforma no bloco um se estenderá por uma área de 4.000 m², onde serão
modificados totalmente os dois andares sobre o sexto andar, ala de internação. Também serão inteiramente renovadas as redes elétricas e hidráulicas existentes, inclusive eliminando interferências nos forros localizados também no sexto andar. Já no bloco três, a área de intervenção equivale a 6.750 m². Neste local serão reforçadas as fundações e estruturas, possibilitando a renovação e ampliação de ambientes hospitalares e laboratoriais, seus sistemas elétricos, hidráulicos, gases e ar condicionado, as reformas da cabine primária de energia e a instalação de equipamentos de transformação e geração
de energia de emergência. Tais obras exigem intervenções críticas nas fundações e na estrutura existente, com a remoção de estruturas metálicas e a execução de reforços de concreto armado em diversos ambientes. Estas ações devem-se à ampliação e ao remanejamento de diferentes setores do hospital. Para o gerenciamento das obras, Claudio de Mattos Falcão, Diretor Geral da DPG Plan-Artelia e representante do Consórcio DPG-ASTEC, explica que a equipe utiliza em suas atividades diárias referências internacionais de gestão de empreendimentos e obras, como o
Pronto-Socorro Health ARQ
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Novos espaços
ARQ reforma PMBOK® (Project Management Body of Knowledge) | PMI (Project Management Institute). ”Também trabalhamos orientados pelo sistema de gestão da qualidade – certificação ISO 9001:2008.” Para tanto, o projeto apoia-se em diversas normas técnicas brasileiras e internacionais, como exemplo tem-se a NBR 15.220 e a Lei Brasileira de Eficiência Energética das Edificações nº. 10.295/2001. Vale ressaltar também que há um intenso trabalho para incorporar as medidas de conservação de energia a fim de buscar o melhor desempenho energético do empreendimento e o menor consumo dos sistemas de climatização, iluminação, dentre outros. “Estamos assessorando a equipe do Incor no intuito de maximizar a aderência do projeto às exigências para uma eventual certificação de eficiência energética do empreendimento”. Quanto aos sistemas hidráulicos e sanitários, haverá uma completa renovação nas referidas áreas para, assim, adequar as novas instalações hospitalares a princípios e normas técnicas atuais, incluindo aplicações e dispositivos sustentáveis de geração e conservação de energia. 62
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Térreo
2o Pavimento
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8o Pavimento
Serão instaladas redes de distribuição e coleta hidráulica pelos entre forros e shafts verticais. “A cabine primária do hospital será integralmente reconfigurada de modo a atender as novas demandas das instalações e equipamentos”, explica Falcão. Alinhada a boas práticas de engenharia estão as soluções sustentáveis, com o objetivo de maximizar o desempenho energético da edificação. “Estes trabalhos visam reduzir o impacto sobre o meio ambiente e o conforto dos usuários, bem como de toda a infraestrutura pública”.
Para Falcão, as reformas no Incor se destacam quanto às práticas internacionais de gerenciamento e fiscalização das obras, associadas à gestão contínua de interfaces das obras com as operações hospitalares, as intervenções estruturais e a avaliação de eficiência energética das edificações. Conforto Médico Outra reforma no Incor dedicou-se a criação de um espaço novo de conforto médico, que antes já contava com outras áreas como cafés de acesso público. “Faltava um espaço mais restrito, menos con-
gestionado, que permitisse, não só aumentar as opções para as pequenas reuniões, o café e o uso de computador, mas também para relaxamento e descompressão”, comenta Henrique Jatene, Diretor da Unidade de Arquitetura do Incor. O novo espaço visa oferecer um ponto de apoio em que se possa relaxar, refletir, conversar, receber algum profissional visitante, dentre outras atividades para a melhoria da relação de trabalho. “O objetivo é que com essa melhoria, se cumpra melhor a missão de assistência, ensino e Health ARQ
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Novos espaços
ARQ reforma pesquisa do hospital.” Este projeto não favorece apenas o médico. No mesmo local e ocupando um espaço bem maior foi reformado uma área que estava para concluir há quase 15 anos destinada a realização de eventos internos. “Essa era outra demanda frequente de um hospital universitário e que se enquadra também no contexto de melhoria das relações de trabalho com oferta de espaços adequados para o atendimento de necessidades diretas e indiretas de quem trabalha no hospital”, ressalta Jatene.
“Estamos assessorando a equipe do Incor no intuito de maximizar a aderência do projeto às exigências para uma eventual certificação de eficiência energética do empreendimento” Claudio de Mattos Falcão, Diretor Geral da DPG Plan-Artelia
Trajetória A DPG Plan-Artelia e a ASTEC atuam em todo território nacional, atendendo investimentos privados e públicos, e contam com uma extensa experiência técnica em projetos e gerenciamento de obras de edificações hospitalares, farmacêuticas e laboratórios de pesquisa e desenvolvimento. Além das atividades do Grupo Artelia, através de suas 40 subsidiárias internacionais, constam no portfólio da DPG Plan-Artelia serviços prestados para o complexo do Hospital Sírio-Libanês; instalações do grupo Intermédica em Campinas, São Paulo, Santos e Osasco; Hospital Santa Cecília, Instituto Eldorado em Campinas e recentemente as novas instalações do Laboratório de Microbiologia e CQ da TEVA em São Paulo. 64
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Reformulação
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Reestruturação planejada
Obra de ampliação de clínica em Porto Alegre (RS) utiliza ferramentas estratégicas para reduzir custos e evitar interferências no atendimento A constante e rápida evolução tecnológica de tudo que se relaciona com a medicina é um grande desafio aos projetistas na área da saúde. A flexibilidade é o componente que mais exige técnicas dos projetos arquitetônicos e complementares. No caso de uma nova construção, a possibilidade de se prever expansão em formato versátil é total, mas quando se trata de um local já existente, tais métodos são bem limitados. Na reforma da Clínica Santo Antônio, em Porto Alegre (RS), essa limita-
ção é menor, pois são realizadas reuniões semanais entre construtora e a instituição de saúde para discutir estratégias da obra. Estes encontros analisam a transferência temporária de cada setor, visando maior rapidez de execução dos trabalhos de construção civil e a menor interferência nos processos da clínica. Entre as particularidades da reforma está a instalação de um elevador, que conta com uma plataforma de elevação vertical com capacidade para uma pessoa em cadeira de rodas. O
local é uma cabine alta de 2,10 metros. Além disso, a estrutura arquitetônica da clínica conta com divisões nas salas com material leve em gesso cartonado e com todas as redes de utilidades distribuídas pelo teto, sendo encobertas pelo forro. Outro destaque é a continuação das atividades da clínica durante a reforma, sendo um fator que demanda um trabalho de organização envolvendo toda instituição hospitalar. O arquiteto Luiz Felipe Paixão, Sócio da Carmel Engenharia, afirma que o
diferencial deste modelo de obra é o planejamento. Conforme informado, a construtora busca sempre encurtar o prazo de execução, de forma a interferir o mínimo nas atividades da instituição e reduzir os custos da construção. Esta reforma conta com a introdução do PCP (Planejamento e Controle da Produção), sendo uma ferramenta que permite a realização de serviços com as atividades em andamento. Na opinião de Paixão, é tão importante quanto à execução dos trabalhos. Entre as dificuldades de Health ARQ
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Reformulação
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execução deste projeto está o fluxo das matérias primas, além do horário específico de carga e descarga em função do tráfego e o grande movimento da clínica. Outro empecilho é a falta de lugar para estocar materiais, problemas estes que justificam a necessidade da aplicação de alguns princípios do PCP, de modo a não criar problema de descontinuidade de produção. Cerca de 20 pessoas participam desta reforma, contando com serviços especializados como elétrica, exaustão, ar condicionado e gesso. Para desenvolver cada etapa, a obra conta com o apoio de um arquiteto e um engenheiro, ambos com larga experiência na área, sendo um responsável pelo Planejamento e Programação de Recursos e o outro pela execução. “Participar deste retrofit nas instalações da Clínica Santo Antônio nos enche de orgulho”, finaliza Paixão. 68
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“Participar deste retrofit nas instalações da Clínica Santo Antônio nos enche de orgulho” Luiz Felipe Paixão, Sócio da Carmel Engenharia
FICHA TÉCNICA Nome do empreendimento: Clínica Santo Antônio Endereço: Rua Santo Antônio, nº 767 - Porto Alegre (RS) Data do Projeto: Fevereiro/2013 Área da reforma : Pavimento térreo – 340 m² Nº pavimentos do prédio : 3 pavimentos / de reforma : Apenas o térreo Pronto-atendimento: Ortopedia e Traumatologia Serviços Diagnósticos: Raio X Outros serviços: Fisioterapia Nº consultórios: 4 Nº de Boxes de Atendimento: 8 Adicional : Sala de Raio X / Sala de Distribuição / Área de Guarda de Materiais e Equipamentos, Recepção / Sala de Espera / Sanitários Gerenciamento e Construção: Carmel Engenharia Obra Coordenação e Gerência de Contrato: Carmel Engenharia Arquitetura: Lúcia Lisboa Arquitetura Médico Hospitalar Construtora: Carmel Engenharia Interiores: Carmel Engenharia
Elétrica / Dados/ Telefonia : Pro Elétrica Engenharia Ar Condicionado e Exaustão: Multitécnica Engenharia PPCI : MD Arquitetura Projetos: Ar Condicionado e Exaustão: Multitécnica Engenharia Elétrico e hidráulico: Pro Elétrica Engenharia Luminotécnico: Lúcia Lisboa Arquitetura Médico Hospitalar Fornecedores de Material e Serviço: Aço Inox: Refrinox Equipamentos de Ar Condicionado: Springer Carrier Portas de madeira: Indústria de Esquadrias Moschetta Granito: Marmoraria Painel Fidelidade Elevador: Ortobras Luminárias: Comercial Elétrica São Pedro Louças sanitárias: Sia Comércio e Representações Metais sanitários: Mil Torneiras Comercial Porta de vidro automática: Doorsul Health ARQ
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Organização
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Panorama da Obrar Hospital Moinhos de Vento realiza obra com ênfase na “Construção a Seco” 70
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entre as características da obra da Unidade de Internação A1 e do Centro Cirúrgico e Ambulatório do Hospital Moinhos de Vento (RS) estão a ênfase na modalidade de “construção a seco”, com paredes e forro em gesso acartonado estruturados com perfis metálicos, forros removíveis em áreas de manutenção das instalações, estruturas metálicas para reforços estruturais, contrapiso em concreto com fibra sintética para dar maior resistência ao impacto e prevenção de fissuras, entre outros materiais adequados a esta técnica construtiva não convencional. Além disso, a edificação conta com lajes com estruturas metálicas e painel
wall, piso vinílico em manta com solda quente e compatibilização de diversas instalações importantes, como elétricas, hidrossanitárias, gases medicinais, climatização, TI médica, sistema de chamada médica, entre outros. O Diretor da OAP Construções, o engenheiro civil Mário Krawczyk Filho, gerenciador desta obra, diz que o maior desafio para a execução deste projeto, “sem sombra de dúvidas”, foi adequar o cronograma de obras para que houvesse a mínima interferência nas atividades do hospital. Outro ponto que necessitou de bastante empenho foi executar a interligação do novo espaço arquitetônico com o centro cirúrgico existente no pavimento superior.
Outro diferencial deste empreendimento foi o planejamento estratégico que contou com a utilização de materiais de acabamento inovadores no mercado da construção civil e a implementação de equipamentos médicos de última geração. O engenheiro Mário esclarece que esta parceria da empresa com o hospital Moinhos de Vento surgiu pelo o histórico da construtora, que é referência no setor de gerenciamento e execução de obras em instituições de saúde no Estado do Rio Grande do Sul. “O Moinhos de Vento é uma instituição de vanguarda em nosso País, por isso este trabalho foi uma experiência gratificante”, destaca. Health ARQ
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detalhes IMPORTANTES NA EXECUÇÃO DAS OBRAS
Organização
• Foi necessário um ano para o de gerenciamento e execução do Centro Cirúrgico Ambulatorial e quatro meses para Unidade de Internação A1. • Também foi implantado o gerenciamento de resíduos sólidos com intuito de evitar danos ao meio ambiente.
Da esquerda para direita: Eng. Rafael Borba, Arq. Alexandre Borda e Eng. Mário Krawczyk Filho 72
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Detalhe essencial Outro destaque das obras do Hospital Moinhos de Vento é o mobiliário decorativo. O local possui em sua estrutura diversas peças sofisticadas que atendem aos requisitos necessários de uma instituição na área da saúde. Os móveis foram desenvolvidos aliando valor estético com funcionalidade, sempre em consonância com as normas de saúde e segurança. Cada
peça foi criada pensando no conforto e bem-estar dos usuários, que, por sua vez, requerem um produto de alta resistência e durabilidade. Nesse contexto é válido citar que o móvel hospitalar não se limita apenas a uma função convencional, este por sua vez, em conformidade com uma perspectiva arquitetônica, tem a função de transmitir para o usuário harmonia e tranquilidade.
Tais objetos diminuem tensões e desconfortos, comumente associados ao ambiente hospitalar, atribuindo uma comodidade semelhante a uma estadia de hotel. Todos os projetos de mobília que contam com empresas específicas envolvem profissionais conceituados e com grande experiência no segmento. No caso dos hospitais, são ambientes projetados que exiHealth ARQ
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Organização
ARQ reforma gem, além de materiais específicos, normas e padrões fiscalizados por órgãos competentes na área da saúde, ao exemplo da ANVISA. Por isso, é importante estabelecer uma parceria da empresa fornecedora dos móveis com os arquitetos. No Moinhos de Vento o maior desafio para a implantação dos móveis foi atender fielmente às es-
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pecificações dos projetos bem como dos materiais a serem utilizados. “Levamos em conta sempre a durabilidade para este modelo de serviço”, destaca Gilberto Purper, Diretor Comercial da Purper´s. Com a experiência de produzir móveis com especificações muito mais técnicas, a Purper´s, há oito ano, fornece o mobiliário decorativo ao Hos-
pital Moinhos de Vento. “Para nós é uma honra participar destas obras. Por ser uma instituição referência no segmento, é gratificante conseguir manter o nosso trabalho, atendendo a todos esses procedimentos, qualificando ainda mais o nosso produto e a mão de obra com o aval de profissionais tão capacitados”, finaliza o diretor.
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Demanda pela inovação
CAPA
Novas vertentes Arquiteto Sérgio Reis descreve trajetória profissional e fala sobre os 24 anos do seu escritório de arquitetura focado em projeção de hospitais
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ais de 200 projetos específicos na área da saúde, desde reestruturação de hospitais existentes até a concepção de complexos hospitalares. Essa informação integra o portfólio do talentoso arquiteto Sérgio Reis, autor de diversas unidades da Unimed no Brasil. Em entrevista, o arquiteto, formado pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (SP), relata para a equipe da HealthARQ, curiosidades da sua carreira profissional e também da fundação da Emed Arquitetura e Planejamento, em 1989. Reis ainda salienta os principais diferenciais do estudo de viabilidade proporcionado pelo seu escritório de arquitetura. Health ARQ
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Demanda pela inovação
CAPA
HealthARQ: Como surgiu o interesse pela arquitetura direcionada à saúde? Sérgio Reis: Eu frequentava o terceiro ano do Curso de Edificações do Colégio Liceu de Artes e Ofícios em São Paulo (SP), na década de 80. No mesmo período fui trabalhar como estagiário, sendo meu primeiro emprego em uma empresa de medicina que dispunha de um departamento próprio de arquitetura e engenharia. Esta oportunidade de emprego foi proporcionada pelo então engenheiro Ascimir Torres, Gerente Geral da 78
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unidade na época. Isso foi em 1985, e depois dessa experiência nunca mais estive fora da área. HealthARQ: O que mais te atrai na arquitetura focada na saúde? Sérgio Reis: A pluralidade das atividades desenvolvidas dentro do ambiente hospitalar, tais como: hotelaria, residencial, industrial e até comercial. Isso requer de nós, arquitetos da área, uma visão global e um senso apurado no direcionamento e na organização espacial dessas unidades, a fim de gerar recursos físi-
cos de qualidade. HealthARQ: Como surgiu a ideia de criar o escritório da Emed? Sérgio Reis: A Emed nasceu da necessidade de atender a um único cliente, na época, um plano de saúde com projeção nacional, com própria rede em plena expansão. O pequeno departamento de projetos desta empresa se desenvolveu e deu origem ao nosso escritório em fevereiro de 1989. HealthARQ: Há vários anos que a Emed Arqui-
tetura está no mercado, promovendo serviços para conceituadas instituições de saúde. Qual avaliação o sr. faz de toda essa trajetória? Sérgio Reis: Estamos vivenciando um momento extraordinário, amplamente esperado nestes 24 anos de existência. Nossos contratantes, hoje, estão mais conscientes da necessidade de investimento em planejamento, atrelado à oferta de crédito no mercado financeiro, com os bancos cada vez mais interessados neste segmento. Isso proporciona
um aumento na demanda por projetos de revitalização, modernização, ampliação de estruturas existentes, além de novos empreendimentos. HealthARQ: A arquitetura produzida pela Emed é direcionada para edificações hospitalares. Qual o principal compromisso em assumir projetos ligados à área da saúde? Sérgio Reis: Projetamos algo hoje pensando no amanhã, criando espaços com a máxima flexibilidade possível, de forma
a permitir que as edificações acompanhem as inevitáveis evoluções tecnológicas e dos serviços médico hospitalares. Além disso, temos a responsabilidade de enquadrar nossos edifícios de forma a serem sustentáveis. Entre outras premissas, nossa produção é marcada pelo entendimento ortodoxo das máximas da arquitetura hospitalar no que tange à compreensão de fluxos, hierarquização de acessos, setorização, etc. Aliado a isso, nosso portfólio se dá através da leitura de uma arquitetura
contemporânea, de linhas retas, sem modismos, o que a transforma em uma arquitetura atemporal. HealthARQ: Como surgiu essa parceria com as Unimeds? Sérgio Reis: Fomos contratados pela Unimed Petrópolis (RJ), em 2003, no qual tivemos a oportunidade de conhecer melhor o sistema da cooperativa. E foi a partir deste contrato que fomos indicados para as outras similares. Hoje já são cerca de 30 Unimeds em todo o território brasileiro atendidas
pelo nosso escritório. HealthARQ: Como é para sua equipe ter a oportunidade de realizar este trabalho para a cooperativa Unimed? Sérgio Reis: O cliente Unimed tem as suas particularidades, o processo de aprovação de cada etapa do projeto tem um tempo maior comparado a uma outra organização empresarial. Porém, é desafiador, instigante e extremamente motivador você conseguir produzir, detalhar e, principalmente, aprovar suas ideias para Health ARQ
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CAPA um auditório lotado em uma assembleia de cooperados.
Demanda pela inovação
HealthARQ: Na sua avaliação quais são os projetos da Unimed de maior destaque? Sérgio Reis: Destaco a Unimed Resende (RJ), recentemente inaugurada, a Unimed Nova Iguaçu (RJ) pelos seus 48.000,00m² de área de projeto, a Unimed Ribeirão Preto (SP) pela escolha do sistema construtivo, que está sendo de vanguarda para o setor. Também ressalto as unidades da Unimed em Campo Grande (MS), Juiz de Fora (MG), Governador Valadares (MG), Macaé (RJ) e Marquês de Valença (RJ), que juntas somarão mais de 1 mil leitos de internação e mais de 80.000,00m² de construção. HealthARQ: Dentre todos os projetos que você realizou para a área da saúde, qual o que você mais gostou de fazer? Por quê? Sérgio Reis: Cada projeto me dá um enorme prazer. Não é um trabalho. É uma experiência de iniciar um processo que servirá para amenizar a dor, proporcionar cura ou na outra ponta, festejar o nascimento de uma nova vida. Neste contexto, enfatizo também o Hospital Austa, em São José do Rio Preto (SP). Na época, eu era muito jovem, ambicioso, cheio de sonhos e ideias e a diretoria da instituição, presidida pelo Dr. Jabor e sua equipe, me apoiou, e com isso foi possível realizar um excelente trabalho. HealthARQ: Quais seus projetos mais desafiadores? Sérgio Reis: O projeto de unidade avançada do Grupo Fleury - Alphaville, na cidade de Barueri (SP). Tal obra tinha o seu plano de negócios preestabelecido. O grande desafio era construir e equipar uma edificação com aproximadamente 7.000,00m² e que fosse viabilizada em apenas sete meses. Além disso, o empreendimento tinha como meta atender a todos os pré-requisitos da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). É a 80
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certificação sustentável mais conhecida e aceita no Brasil. Outra obra que também cito é a projeção de edifício de 14 pavimentos e dois subsolos, em Angola, na cidade de Luanda, devido a diferença cultural, logística e cronograma de obras. HealthARQ: Além das obras da Unimed, quais são os outros projetos em
destaque que o escritório desenvolve atualmente? Sérgio Reis: Destaco o complexo hospitalar da CASSEMS, de Campo Grande (MS) com 23.000,00 m²; a ampliação e modernização do Hospital Cristo Rei em Palmas (TO); a construção do Hospital Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa (PB) em fase final de obras, além de 30 outros projetos
que estão sendo elaborados atualmente. HealthARQ: Quais são os principais diferenciais do estudo de viabilidade oferecido pela Emed Arquitetura? Sérgio Reis: Entendemos que a viabilidade é melhor compreendida quando realizada sob a luz de um estudo preliminar arquite-
tônico. Desta forma, destacamos para o nosso cliente as informações preliminares e as diretrizes do projeto, tais como dimensionamento, prazos de execução e montagem, estimativa de valores de investimento. Confirmada a viabilidade, avaliamos qual a melhor forma para captar os recursos financeiros para realização do empreendimento.
“Cada projeto é um enorme prazer. Não é um trabalho. É uma experiência de iniciar um processo que servirá para amenizar a dor, proporcionar cura ou, na outra ponta, festejar o nascimento de uma nova vida” Sérgio Reis, Fundador da Emed Arquitetura Hospitalar
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Segurança assistencial: a importância das edificações
Cada vez mais, fica evidente a relevante importância que as edificações têm nos processos de segurança assistencial em uma instituição de saúde. Da mesma forma, também se torna mais frequente a preocupação dos empresários e gestores na elaboração de projetos de edificações que contemplem aspectos ou elementos relacionados com a segurança assistencial, o que demonstra mudança de cultura nesta nova geração de construções. Como parte dos manuais e padrões desenvolvidos e aplicados pela Joint Commission International (JCI) - considerada a maior agência acreditadora em saúde no mundo e que, no Brasil, atua por meio de um acordo 82
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de acreditação internacional conjunta com o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) -, os requisitos estabelecidos para as instalações e infraestrutura predial têm lugar de destaque na busca pelo selo internacional de acreditação. Na atual edição do manual internacional de padrões para hospitais, um capítulo inteiro é dedicado ao gerenciamento da segurança do ambiente e das instalações, onde os primeiros padrões tratam diretamente do pleno e adequado atendimento as leis, regulamentos e normas aplicáveis aos estabelecimentos assistenciais em saúde, nos processos de construção, ampliação ou reforma de suas estruturas prediais. Os demais padrões abordam
aspectos e elementos de segurança predial, prevenção e atuação frente à presença de fumaça, de fogo e de possíveis emergências ou desastres, fluxos para o transporte e armazenamento de materiais perigosos, gerenciamento dos sistemas utilitários como água, energia, elevadores, gases, informática, entre outros e as garantias de segurança para profissionais, visitantes, fornecedores e prestadores de serviços. Requerimentos dos padrões também incluem a necessária educação dos profissionais para conhecer e, de forma adequada e efetiva, saber lidar com todos os recursos e elementos que integram a complexa estrutura de uma edificação de um es-
Heleno Costa Júnior Coordenador de Educação e Diretor de Relações Institucionais do Consórcio Brasileiro de Acreditação
tabelecimento assistencial de saúde. Vale ressaltar a preocupação dos padrões com as questões relacionadas com a acessibilidade dos pacientes, em especial daqueles que apresentam deficiências ou limitações físicas, que não têm relação com sua doença ou condição principal de saúde. Nas avaliações externas conduzidas pelas equipes do CBA e da JCI nas instituições de saúde no Brasil, chama atenção a elevada frequência de não conformidades referentes aos padrões relacionados com o ambiente e instalações. De forma especial, nas avalições iniciais realizadas nas instituições, o número de não conformidades nestes padrões chega a superar 70%, o
que denota um expressivo conjunto de inadequações das estruturas prediais das instituições avaliadas. Destacam-se nestas não conformidades o desconhecimento ou descumprimento das leis, regulamentos e normas aplicáveis, além de a elaboração de projetos, de forma direta, nas obras de reformas ou ampliações. Fluxos e ambientes mal planejados, ausências ou má configuração de expurgos e salas de utilidades, inexistência ou insuficiência de locais para rotas de fugas ou evasão, construção de ambientes de cuidado sem recursos de segurança, como banheiros sem barras de apoio e campainhas de emergência, janelas ou
portas de quartos sem restrições ou mecanismos de prevenção de quedas, má localização de postos de enfermagem, entre outros, são exemplos das não conformidades identificadas nas avaliações. Diante destas constatações, é importante reiterar a relevância do planejamento e da elaboração de projetos que constituam um plano diretor de obras. A participação de profissionais de arquitetura, especializados em ambiente hospitalar, ou de saúde deve ser garantida desde a concepção inicial do projeto, assim como de especialistas de saúde, que devem também ter conhecimento e capacitação em gerenciamento de processos de segurança assistencial. Health ARQ
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Empreendedorismo
ARQ destaque
Trajetória de sucesso Com vinte anos de atuação no mercado, arquitetos inovam e renovam o cenário da arquitetura da saúde no País. 84
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m 1985, Marcos Cardone e Célia Bertazzoli iniciaram seus estudos de arquitetura pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Começava, então, uma grande parceria que resultaria em grandes projetos na área da saúde. Os mesmos ideais se cruzaram a fim de trazer uma maior humanização e sustentabilidade para as obras hospitalares. Juntos constituíram, em 1994, a Sociedade Cabe – Cardone Bertazzoli Arquitetos.“Projetamos muito a frente da visão de mercado, pois a produção arquitetônica hospitalar no Brasil, naquela época, orientava-se pelo racionalismo funcional de espaços, deixando em segundo plano outros importantes aspectos da arquitetura”, lembra Marcos. Após um ano de atuação no mercado, a Cabe Arquitetos já tinha em seu portfólio mais de 30 projetos de centros médicos, além de participar de diversos projetos de adequação para importantes instituições no País. “Nossos projetos buscaram sempre, e de forma incisiva, alinhar as metas de projeto ao planejamento estratégico das organizações de saúde. Nossa experiência em escala macro sempre contribuiu muito para o bom resultado que alcançamos.” Em 2005, cerca de 200 mil m² de projetos eram assinados pela empresa. A notabilidade e a excelência dos serviços prestados renderam o Grande Prêmio Flex da Arquitetura Corporativa, como destaque do setor da saúde na categoria predial. “Ao longo dos anos, procuramos observar com sensibilidade o cenário e as principais ações que afetavam diretamente esse segmento. Assim, aproximamos nossa metodologia de projeto aos planos estratégicos das instituições, buscando um equilíbrio para proporcionar excelente performance em um cenário altamente competitivo, mercado crescente e políticas públicas não muito claras”, ressalta Marcos. Health ARQ
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Empreendedorismo
ARQ destaque Três anos depois, em 2008, a Cabe Arquitetos é premiada novamente com um projeto pioneiro destinado à área de internação dedicada aos pacientes jovens e adolescentes denominada Hebiatria, para o Hospital Santa Catarina, em São Paulo. “Reformular áreas no Hospital Santa Catarina é tarefa complexa, pois são edifícios de diferentes épocas e arquiteturas, todos muito representativos para a história da instituição. Lá, desenvolvemos o Plano Diretor e, posteriormente, escopo de um novo bloco de complexidade médica, além do retrofit dos demais edifícios que formam o complexo”, comenta Célia. A partir de 2010, os profissionais dedicaram-se a novos desafios, realizando estudos macros e localizados, corrigindo rotas e promovendo a adequação física com o objetivo de melhorar a flexibilização de espaços e atender novas demandas tecnológicas, científicas e serviços de saúde. Com isso, foi possível classificar problemas e definir prioridades de adequações e ajustamentos de muitas organizações de saúde. Hoje, são cerca de 600 86
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“Temos a missão de proporcionar um ambiente que acolha o paciente, estimule a equipe e conforte o familiar. Para isso, investimos desde a óbvia aplicação de cores, revestimentos de paredes, pisos e iluminação até a criação de jardins de cura” Arqª. Célia Bertazzoli
mil m² de intervenções e projetos baseados em soluções de sustentabilidade e humanização. “Temos a missão de proporcionar um ambiente que acolha o paciente, estimule a equipe e conforte o familiar. Para isso, investimos desde a óbvia aplicação de cores em revestimentos de paredes, pisos e iluminação até a criação de jardins de cura”, afirma Célia. Outro diferencial importante na história da Cabe Arquitetos é o fato de ter investido em sua própria marcenaria. “Projetando para saúde descobrimos que havia muita dificuldade em conseguir um bom trabalho de marcenaria que soubesse atender especificidades de um hospital e conseguir trabalhar dentro dele respeitando os padrões e exigências necessárias ao atendimento de todas as necessidades de níveis adequados. Decidimos, então, ter nossa própria marcenaria e conceituá-la para o imobiliário hospitalar sob medida”, salienta Marcos. Atualmente, os arquitetos trabalham em vários projetos como no Hospital Salvalus (SP). São 40 mil m², três torres de 13 andares interligadas tudo construído em três etapas. Os dois primeiros pavilhões já foram construídos e ocupados. Agora, o projeto se dedica na construção da terceira torre que ampliará a oferta de leitos de internação, UTI e salas cirúrgicas, pronto-socorro, além de fazer a ligação entre as duas primeiras torres. Conforme avalia Célia, o maior desafio deste projeto foi pensar nas diferentes etapas de construção. “Foi preciso pensar em um projeto que atendesse integralmente a primeira fase e que sofresse o mínimo de impacto, tanto do ponto de vista de obra, quanto operacional”.
Arqº. Marcos Cardone e Arqa Célia Bertazzoli
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Excelência no interior
Obra Concluída
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Após mudança no projeto, Hospital Maria Thereza Rennó é concluído com sucesso
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oi inaugurado, recentemente, um Complexo Hospitalar na cidade de Santa Rita do Sapucaí (MG), o Hospital Maria Thereza Rennó. A instituição é voltada para casos de média e alta complexidade, contando com UTI adulto, neonatal, pediátrica, pronto-socorro infantil e adulto. Além de ambulatório, hotelaria, laboratório de análises clínicas, serviço de imagens, anfiteatro, serviços de apoio administrativo e logísticos. Também estão disponíveis sete salas cirúrgicas com fluxo laminar e centro cirúrgico preparado para robótica e telemedicina. O investimento no projeto foi de aproximados R$ 40 milhões com equipamentos. “O objetivo é abranger toda área do Sul de Minas, com um milhão e meio de habitantes”, diz Wagner Campos do Amaral Rennó, proprietário do hospital. Trata-se de um projeto
que já havia sido iniciado em meados de 1999, porém, pela falta de experiência dos profissionais contratados, precisou ser paralisado. Em 2001, a ARQ+SAÚDE, empresa especializada em arquitetura e construção hospitalar, assumiu a obra dando segmento ao projeto após as adequações necessárias e a aprovação da Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais. Iniciado os trabalhos de readequação, o projeto tomou uma dimensão fora da mensurada do início das obras, tornando-se, ao longo desses anos, uma estrutura complexa com forma e função totalmente definidos. “Todos os detalhes construtivos, acabamentos, singularidades do terreno, meio ambiente, humanização, iluminação natural foram levados em conta. Assim como a questão de ser funcionalmente correto, Health ARQ
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Excelência no interior
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com detalhes estudados e muito bem executados, gerando um belo prédio, um lindo hospital”, conta Clóvis Queiroz de Lima, Arquiteto e Urbanista, especialista em arquitetura hospitalar e Diretor da ARQ+SAÚDE. O prédio possui cabeamento classe seis, que é o que existe de mais moderno em transmissão de dados dentro de uma estrutura hospitalar e foi construído com material certificado, telhas em barro para conforto térmico, heliponto e área para expansão possível no total de 90
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23 mil metros quadrados. “A flexibilidade do projeto é extensa, pois o prédio foi projetado sempre pensando em um futuro aumento da estrutura, com pontos e níveis direcionados a esse parecer, que é crescer com qualidade sem causar transtornos na estrutura. Além disso, todo o complexo é acessível, contando com rampas, elevadores e portas largas com pontos específicos de acessibilidade”, conta o arquiteto. Medidas de sustentabilidade como aproveitamento de água de chuva,
aquecimento solar, pós-aquecimento a gás, madeira certificada e iluminação solar foram utilizadas. A iluminação natural, além de ser um importante ponto de sustentabilidade foi utilizada como forma de trabalhar a decoração do hospital, deixando o ambiente aconchegante. As preocupações com o meio ambiente sempre estiveram presentes, sendo que a instituição está localizada nas Serras do Sul de Minas. A tecnologia também é ponto de destaque dentro da instituição, uma vez que a cidade de Santa Rita do
Sapucaí, onde está localizado o Hospital, é o berço da tecnologia de Minas Gerais. Com isso, o Maria Thereza Rennó, junto ao INATEL, escola respeitada no ramo da tecnologia de ponta, abre caminho para Biomedicina. A instituição faz parte de uma fundação que será o caminho para o desenvolvimento de equipamentos médicos, inclusive vários equipamentos biomédicos, como Monitores Cardíacos e Eletrocardiógrafos produzidos pela Fundação Adib Jatene, e que estão sendo desenvolvidos e estudados
no INATEL. A humanização do ambiente hospitalar também foi trabalhada para tirar do prédio o aspecto de hospital, transformando-o em um completo complexo hoteleiro, com bela vegetação, torres diferenciadas, entradas separadas por serviços e atendimento, dentre muitos outros aspectos arquitetônicos observáveis. Para isso foram construídos grandes jardins, entradas e saídas de pacientes e serviços totalmente separadas. “Assim, foi se desenhando um projeto audacioso
que traria para população regional, não só mais uma estrutura de saúde, mas sim um hospital de ponta, de alta tecnologia. Além disso, várias dificuldades foram vencidas ao longo dos anos. Com muita perseverança e a luta constante do Sr. Wagner Rennó, juntamente com sua família, não deixaram esmorecer o sonho de construir o hospital, que leva o nome de sua mãe, que perdeu a vida em meio à falta de estrutura de atendimento necessário”, finaliza o arquiteto. Health ARQ
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ARQ destaque
Um pouco da história
Excelência no interior
Nascido da necessidade de salvar vidas. Foi assim que começou a ideia de construir o Hospital Maria Thereza Rennó, no final dos anos 90, com a perda da matriarca da Família Rennó. Consternados com a dor do momento e com a falta de estrutura física necessária para abrigar os enfermos em momentos críticos, o Sr. Wagner Rennó, em reunião com amigos e familiares, decidiu edificar uma estrutura hospitalar que pudesse dar amparo à população local. Sem o conhecimento necessário para tal, grandes dificuldades surgiram no caminho, como a acessibilidade e topografia. Além disso, o não atendimento as normas em vigência da Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais e da ANVISA requereram novos rumos ao projeto. E é a partir daí que começa a parceria com o arquiteto Clóvis Queiroz de Lima – proprietário da Empresa ARQ+SAÚDE, especializada em projetos hospitalares. A partir deste momento estava criado o caminho para finalização de um sonho tão ousado: construir um Hospital. Passou-se então para confecções dos projetos de arquitetura especializada, engenharia, lógica, marcenaria, compra de mobiliário e equipamentos. “É preciso ressaltar a importância deste hospital, pois não é todos os dias que uma instituição do interior do país investe em qualidade e acabamento desta maneira”, finaliza.
“Várias dificuldades foram vencidas ao longo dos anos. Com muita perseverança e a luta constante do Sr. Wagner Rennó, juntamente com sua família, não deixaram esmorecer o sonho de construir o hospital, que leva o nome de sua mãe, que perdeu a vida em meio à falta de estrutura de atendimento necessário”. Clóvis Queiroz de Lima, Arquiteto e Urbanista, especialista em arquitetura hospitalar e Diretor da ARQ+SAÚDE 92
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Coordenação imprescindível O sucesso na execução de uma obra não está ligado apenas à contratação de uma empresa de engenharia e arquitetura com experiência na área de saúde e o desempenho do engenheiro responsável no acompanhamento de todas as etapas da obra, e sim no fato de que a empresa de engenharia tenha organização e qualidade no gerenciamento da construção. Por isso algumas instituições que atuam no setor da construção civil, especializadas na gestão de obras, são contratadas para ga-
rantir o funcionamento de todo o processo. “Para que uma empresa possa executar obras da área de saúde é preciso que tenha conhecimento de todos os procedimentos e normas da área em questão. E também ter muito rigor na execução de cada etapa da obra com um controle de qualidade muito eficiente”, diz Mônica Popst, Gerente de Qualidade da EH Nova. No Hospital Maria Thereza Rennó, a instituição contratou a EH Nova Engenharia e Arquitetura Ltda, focada neste tipo
de prestação de serviço e de todo processo inclusive a compatibilização dos projetos de arquitetura e complementares. Todo este processo envolveu muitos profissionais e fornecedores. “Além disso, a EH Nova busca sempre preço, qualidade, transparência e pontualidade”, diz Mônica Popst, Gerente de Qualidade e Projetos da empresa. De acordo com o Gerente de Orçamentos, Pedro Castilho, para iniciar uma construção deste porte, a empresa contratada tem que ter todos os
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Excelência no interior
ARQ destaque projetos da obra: Projeto de arquitetura aprovado na prefeitura local, com todos os detalhamentos especificando o forro, piso, acabamentos e móveis. Também os projetos complementares com cálculo estrutural, elétrico, cabeamento, CFTV, som, hidrossanitários, incêndio aprovado no Corpo de Bombeiro, ar condicionado, exaustão, SPDA, gás natural, gás medicinal, oxigênio, vácuo, ar comprimido e óxido nitroso, tudo aprovado pela Vigilância Sanitária. E todos estes projetos tem que ser compatibilizados pela empresa de arquitetura para evitar interferências com acompanhamento da empresa de engenharia. A partir desta compatibilização é gerado o orçamento global da obra e o cronograma físico financeiro com acompanhamento gerencial de todas as etapas. “A maior dificuldade é que normalmente as obras se iniciam sem que tenhamos todas as informações e ou projetos acima. No caso específico do HMTR tivemos alguns contratempos, pois a obra foi iniciada há mais de dez anos e tivemos que fazer várias modificações para adaptá-lo as condições e normas atuais”, explica Pedro. 94
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Bom clima Um ponto de extrema importância para o bem-estar dos pacientes e também para a segurança e garantia do bom funcionamento dos aparelhos e armazenagem dos medicamentos dentro de um hospital é seu sistema de climatização. Por exemplo, o sistema de refrigeração para as salas de cirurgia precisa oferecer filtragem absoluta, além das opções de aquecimento, umidificação e renovação do ar através de exaustão e
tomadas de ar externo, que também devem ter filtragem. “No caso do Maria Thereza Rennó, as salas de cirurgia possuem fluxo laminar sendo o único hospital na região com este sistema. É importante ressaltar que o sistema implantado nesta instituição é o que tem de mais moderno em refrigeração hospitalar”, conta Renê Resende, proprietário da Resende Ar Condicionado. O profissional ressalta que o sistema instalado
na instituição contempla todas as exigências citadas, além de contar com equipamentos Hitachi e Airside. Na hora de escolher os equipamentos adequados, os gestores devem estar atentos a questão do consumo de energia dos equipamentos, da possibilidade para utilizar o sistema inverter com gás ecológico e fazer a parte elétrica de forma automatizada. Os aparelhos instalados no Maria Thereza Rennó já
possuem o gás ecológico R410, que não agride o meio ambiente. “Outra preocupação é garantir a qualidade do ar que será emitido pelos equipamentos de refrigeração. Para isso é preciso que haja manutenção constante realizada por uma empresa especializada e credenciada pelos fabricantes dos aparelhos, com rotina mensal (PMOC), além de efetuar análise microbiológica anualmente do sistema”, orienta Resende.
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Projeto inovador
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Investimento em saúde
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Primeiro hospital da Rede D’Or na baixada fluminense apresenta corredores com desenhos que facilitam acesso de emergência e cuidados com a sustentabilidade
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naugurado este ano, no Rio de Janeiro, o Hospital Caxias D’Or, traz para região de Duque de Caxias (RJ), na baixada fluminense, um hospital geral com capacidade para tratar uma ampla gama de doenças. Seu foco está no tratamento de alta complexidade, tendo como principais especialidades: Terapia Intensiva, Hemodinâmica, Cirurgia Geral, Pediatria e Emergência. A instituição conta com um parque de equipamentos completo e moderno, capaz de viabilizar a realização de pro-
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cedimentos médicos de alta complexidade como Cateterismos, Microcirurgias, Radioscopias Pré-operatórias, entre outros. O Centro de Diagnóstico por Imagens conta com um Tomógrafo Computadorizado Multislice, além de Radiologia Digital, permitindo a rápida disponibilização das imagens adquiridas aos médicos solicitantes. Todas as salas do Centro Cirúrgico dispõem de equipamento de Fluxo Laminar, que fortalece o isolamento da área da cirurgia através de uma cortina de vento que aju-
da a evitar disseminação de microorganismos causadores de infecções. O hospital está pronto para atender a uma demanda projetada de cerca de dois mil pacientes ao mês, com 220 leitos, dos quais 80 são de Terapia Intensiva. Porém, o setor de emergência possui estrutura para mais de dez mil atendimentos por mês, de acordo com o crescimento da demanda, entre pacientes adultos e pediátricos. Com um investimento da ordem de R$ 220 milhões, englobando aqui-
sição do terreno, criação de projeto arquitetônico e compra de equipamentos, os traços arquitetônicos do hospital foram completamente pensados com base na lógica médica de atendimento rápido aos casos graves, com o desenho de vias inteligentes que encurtam o tempo de chegada dos pacientes aos locais de atendimento. O projeto foi elaborado pela Arcus Arquitetura e desenvolvido em parceria com técnicos da Rede
D’Or São Luiz. “A gestão da obra foi totalmente conduzida pela equipe de engenharia da Rede, fato que proporcionou significativa redução nos custos da construção. Preferimos também contratar mão de obra local para a operação”, relata Dr. Hernandes Aguiar, responsável pela instituição. O Hospital Caxias D’Or conta com a primeira emergência da Rede D’Or São Luiz concebida (arquitetura e construção)
a partir do novo modelo de Emergência SmartTrack, criado para realizar o primeiro atendimento a casos de menor gravidade com maior agilidade. “Além disso, sua arquitetura é baseada nos princípios de atendimento humanizado e segurança do paciente. O hospital conta com uma capela ecumênica, um lounge a céu aberto e salas de bem-estar para acompanhantes de pacientes, dentro e fora do ambiente hospitalar”, Health ARQ
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Investimento em saúde
ARQ destaque conta Aguiar. No que diz respeito à sustentabilidade três pontos merecem destaque: as fachadas, com vidros especiais, que visam diminuir os ruídos da rua e dos aviões em rota de pouso e decolagem da pista do Aeroporto do Galeão, além de reduzir a incidência de raios solares, otimizando assim o consumo de energia elétrica destinada ao condicionamento de ar. A água quente é pré-aquecida através de um sistema especial que recupera o calor expelido pelas centrais de ar condicionado (heatrecovery), fato que reduz substancialmente o consumo de gás. E o fato de todo o prédio ser suportado por um avançado sistema de automação e controle, que atua diretamente no consumo de energia elétrica e desempenho das máquinas de condicionamento de ar. Além disso, os registros reguladores de vazão foram instalados em 100% dos metais incluindo as válvulas para chuveiros, mictórios e misturadores. Os vasos sanitários receberam duplo acionamento, funcionando com meia descarga no caso dos líquidos e vazão completa para sólidos. Alguns modelos limitam a vazão de seis litros mesmo com o 100
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“O embasamento da edificação, com suas respectivas alturas definidas entre lajes, foi um desafio a mais para solucionarmos o trânsito e a distribuição das instalações. Além de ser fator determinante para decidirmos os apoios técnicos, logísticos e principalmente os apoios de diagnóstico e terapia” Bianca Berga, Arquiteta da Arcus Arquitetura
botão sendo apertado insistentemente. Cerca de 90% da área externa foi revestida com pisos intertravados. “Este tipo de revestimento é composto por peças de concreto modulares que são assentadas como um quebra-cabeça. Muito resistentes foram usados em toda área externa, incluindo as calçadas e áreas de manobra de veículos de carga e descarga. A vantagem para o meio ambiente é que os pisos intertravados possibilitam que a água da chuva permeie entre as juntas e encontre o solo, facilitando a drenagem”, explica a arquiteta da Arcus Arquitetura responsável pelo projeto, Bianca Berga. As lâmpadas fluorescentes compactas, instaladas em 95% das luminárias do hospital, representam
um consumo de energia 80% menor além de durarem dez vezes mais que lâmpadas convencionais e aquecerem menos o ambiente. Foram instaladas também algumas unidades em LED que possuem inúmeras vantagens. “São luzes que desperdiçam pouquíssima energia e são extremamente compactas. Proporcionando a redução das cargas térmicas dos ambientes é possível especificar aparelhos de refrigeração com menor potência e garantir menor eficiência energética ao projeto como um todo”, conta Bianca. Como em toda obra de reforma com ampliações, algumas dificuldades apareceram e a mais complexa delas foi vencer as limitações que uma estrutura já existente tende a impor. “O embasamento da edi-
ficação, com suas respectivas alturas definidas entre lajes, foi um desafio a mais para solucionarmos o trânsito e a distribuição das instalações é fator determinante para decidirmos os apoios técnicos, logísticos e principalmente os apoios de diagnóstico e terapia”, relata Bianca. Mantendo toda a preocupação ambiental, a escolha dos materiais a serem utilizados na construção também envolveu preocupação com os requisitos de limpeza e sanitarização de pisos, paredes, tetos, pias e bancadas, que devem seguir as normas contidas no manual de Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde 2ª edição, Ministério da Saúde / Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar, ou
o que vier a substituí-lo. Sem dúvida, o principal critério é relacionado à assepsia e manutenção. “Os materiais adequados para o revestimento de paredes, pisos e tetos de ambientes de áreas críticas e semi-críticas devem ser resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes, conforme preconizado no manual anteriormente citado”, explica a arquiteta. Por isso, foram priorizados para as áreas críticas, e mesmo nas áreas semi-críticas, materiais de acabamento que tornem as superfícies monolíticas, com o menor número possível de ranhuras ou frestas, facilitando o processo frequente de limpeza. “Exploramos bastante o uso de porcelanatos, que possuem índice de absorção de água considerado zero por cento, tintas elaHealth 101 ARQ
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Investimento em saúde
boradas a base de epóxi, e mantas vinílicas instaladas no piso ou nas paredes, proporcionando um maior conforto acústico e térmico”, conta. Os tetos em áreas críticas (especialmente nas salas destinadas à realização de procedimentos cirúrgicos ou similares) são contínuos. Nas demais áreas exploramos o uso do forro removível, inclusive por razões ligadas à manutenção, que são resistentes aos processos de limpeza, descontaminação e desinfecção. No que diz respeito à humanização foram priori-
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zados o conforto, o acolhimento e a estadia dos pacientes, dando ênfase aos tons “quentes” aplicados nos revestimentos e pisos e paredes. As cores suaves, presentes na maioria dos ambientes, foram “quebradas” por tons mais modernos em algumas paredes estratégicas, proporcionando um visual de contrastes equilibrados. O uso de divisórias em vidro piso-teto, com o uso parcial de películas, permitiram a privacidade necessária sem esquecer-se da passagem da luz natural, tão importante para o conforto visual.
“O intuito, além da beleza, envolve um processo de criação que exige, além de paixão, a verdadeira percepção do lado humano e do bem-estar de todos que residem temporariamente e trabalham em um hospital. É de suma importância a avaliação profunda dos processos desde um procedimento simples até a cura de um paciente grave. As necessidades humanas se refletem no projeto, essa é a questão a se trabalhar sempre quando se inicia um projeto arquitetônico hospitalar”, finaliza Bianca.
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Fluxos operacionais
CONSTRUÇÃO
Acessibilidade universal Instituto de Medicina do Esporte traz uma arquitetura alinhada com a estratégia de segmentação do público-alvo 104
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Instituto de Medicina do Esporte, localizado no pavimento térreo do Centro Clínico Mãe de Deus, é o primeiro das Américas credenciado internacionalmente como Centro Colaborador em Medicina do Esporte pela FIMS (International Federation Sports Medicine). Essa certificação coloca o Instituto como referência em prestação de serviço e na promoção de pesquisas nessa área. A integração entre inovação tecnológica e uma equipe altamente qualificada e atualizada são requisitos fundamentais para que o serviço permaneça sendo referência em Avaliações de Performance e Reabilitação de Lesões. Para abrigar toda esta medicina de ponta foi elaborado um projeto de arquitetura, desenvolvido por um período de 12 meses, em que realizou-se um completo levantamento da área física e instalações existentes, elaboração do programa de necessidades do novo serviço, adequação do programa à capacidade física de ampliação, entre outros fatores. “Também foram avaliadas as diretrizes da instituição e normas técnicas para projetos físicos de estabelecimento assistenciais de saúde, como a RDC 50, da ANVISA”, explica a arquiteta Marcia Martinez de Azevedo Bastian, Diretora da Planesa Arquitetura e Consultoria. De acordo com Patrícia Wagner da Silva, arquiteta e Gerente de Projetos da Planesa, a elaboração do projeto também contou com a participação de profissionais de diversos setores da recepção, higienização, manutenção, fisioterapeutas, médicos e administradores. “Observar o funcionamento ‘in loco’, perceber as sensações que os ambientes proporcionam e estar atento ao perfil do consumidor dos serviços disponibilizados foi fundamental. Assim, podemos estabelecer uma relação com as pessoas que irão desfrutar das novas insHealth 105 ARQ
Fluxos operacionais
CONSTRUÇÃO talações e proporcionar as condições ambientais para que estas atividades se desenvolvam organicamente.” Após análise do perfil do público, isto é, atletas de alta performance com demandas diferenciadas quanto ao atendimento de fisioterapia, o projeto desenhou algumas especificidades. A começar pela recepção, onde os usuários são encaminhados a uma sala de espera interna, exclusiva e reservada, garantindo acesso aos laboratórios e consultório com privacidade. “Tal zoneamento e organização dos setores privilegiam a funcionalidade e os fluxos operacionais”, explicam as arquitetas. “Uma vez que no mesmo espaço físico encontram-se pacientes que buscam a reabilitação física e outros que buscam a melhora de sua performance através do Laboratório do Esporte (Sport Lab), a exigência era que a arquitetura deveria auxiliar na promoção do acolhimento aos usuários em reabilitação, mas também mostrar um ambiente inovador para os atletas”, explica Felix Albuquerque Drummond, gestor do Instituto de Medicina do Esporte do Hospital Mãe de Deus. 106
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Já os ambientes de apoio, como copa de funcionários, vestiários, depósito de material de limpeza e guarda-pertences dos pacientes estão organizados de forma a terem acesso externo exclusivo de serviço. Isso faz com que a operação aconteça sem interferir no fluxo de usuários pela entrada principal. Dentre outras soluções para a otimização da
circulação estão a organização espacial das atividades quanto ao tipo de usuário, evitando, desse modo, cruzamentos indesejados. “Criou-se, então, um controle sútil através do posicionamento da bancada da recepção e registro de pacientes, onde se visualiza todos os caminhos”, explicam as arquitetas. A acessibilidade uni-
versal foi elemento que norteou todo o projeto e, para tanto, foram exploradas soluções como rampas, área coberta e dimensões adequadas. Afora a otimização do fluxo dos usuários, o instituto também priorizou em seus ambientes a privacidade, segurança e conforto, além de novas tecnologias de avaliação terapêutica. Health 107 ARQ
CONSTRUÇÃO
Fluxos operacionais
Novas edificações
O Hospital Mãe de Deus tem passado constantemente por obras e reformas em busca de melhorias na estrutura, expansão e inovações para atender cada vez melhor seus usuários. No mês de maio, por exemplo, foi inaugurado o Instituto de Medicina do Esporte para atuar de maneira especializada em fisioterapia e laboratório do esporte. Desde o início do planejamento da reforma, foi incentivado que a arquitetura deveria estar em linha com a estratégia de 108
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segmentação do público-alvo. Depois de entregue esta grande obra, a instituição não para de buscar melhorias, por isso, logo no começo deste segundo semestre está iniciando novas obras. “São ambientes com utilizações específicas como CTI, leitos, áreas de vivência e de lojas que devem ser integradas à circulação vertical e horizontal do complexo hospitalar já existente”, conta Jader Teitelbaum, Diretor de Relacionamento com o
Mercado do Escritório de Engenharia Joal Teitelbaum, empresa responsável pela gestão da obra através do seu exclusivo Sistema de Gerenciamento Integrado – SGI, com 51 anos no mercado da construção civil. A Joal já recebeu o Prêmio Nacional da Qualidade da Fundação Nacional da Qualidade, reconhecimento este que equivale ao Malcolm Barldrige National Quality Award nos EUA e ao European Quality Award na Europa. Por se tratar de um em-
preendimento complexo o processo exigirá interferência de vários profissionais, de diferentes áreas de construção civil, equipamentos médicos, mobiliários, instalações de ar condicionado, elétricas e hidrossanitárias. Pois todos os ambientes serão customizados no que diz respeito a iluminação, conforto térmico e sistemas de comandos hospitalares específicos. “As equipes multidisciplinares de projetistas desenvolveram um projeto coordenado pela Joal Teitel-
baum e, atendendo às demandas funcionais e legais que um projeto hospitalar exige, utilizando materiais diferenciados, como vidros especiais e revestimentos externos através de painéis arquitetônicos”, relata Teitelbaum. Um projeto hospitalar deste porte exige um cuidado especial com as unidades que permanecem em funcionamento, bem como uma previsão, estudo e implantação das mais modernas tecnologias do ramo hospitalar dentro de uma funcionalidade lógica. E em todo esse processo, um ponto fundamental levado em conta
pela empresa gerenciadora de obras é a segurança dos colaboradores. Para isso é elaborado o PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Construção Civil) específico para a obra, listando todas as medidas necessárias para a proteção coletiva e individual dos empreiteiros contratados pela obra, além das áreas de vivência (refeitório, escritório, banheiro, vestiário), treinamentos, etc. “Os trabalhadores de cada empresa que ingressa no canteiro de obras possui toda a documentação e treinamentos exigidos pela legislação. A partir do PCMAT,
são contratados projetos específicos para a saúde e segurança do trabalho, tais como o Projeto de Proteção de Periferia, Projeto de Linha de Vida, Projeto de Instalações Elétricas Provisórias, etc. Assim como os equipamentos para transporte vertical de cargas e dos trabalhadores”, ressalta Teitelbaum. Para garantir que tudo esteja dentro das conformidades, diariamente a equipe de engenharia fiscaliza as atividades, não apenas nos quesitos de qualidade e prazo, mas também de modo que as exigências de organização, meio ambiente, saúde e segurança do
trabalho sejam cumpridas, tanto no que tange às condições de trabalho quanto no que se refere ao uso, por parte dos trabalhadores e dos equipamentos de proteção individual. “As condições de organização e segurança são encaradas como pré-requisito para o início de qualquer atividade, por isso uma empresa especializada em saúde e segurança do trabalho vistoria as obras semanalmente. O êxito será decorrente de uma ação conjunta da equipe de engenharia e dos empreiteiros, com cada parte cumprindo com duas obrigações”, finaliza.
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Visão holística
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Integração
Compreender especificidades, necessidades e restrições são premissas para construção hospitalar 110
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om mais de 45 mil m² de área construída, o Hospital Anália Franco (SP), uma das maiores obras do Grupo Hospital e Maternidade São Luiz, proporciona aos seus usuários uma moderna e inovadora arquitetura. Durante os 20 anos de atuação no grupo, Renato Aranha, atual Sócio Diretor da Fakiani Construtora, participou diretamente da construção do centro que hoje conta com 279 leitos e centros obstétrico, cirúrgico, de diagnóstico, pronto-socorro e maternidade. Para tanto, a gestão desta construção cuidou desde a contratação do escritório de arquitetura, passando pela concepção do produto, estabeleci-
mento das premissas, coordenação dos projetos, fiscalização e coordenação de todas as atividades da obra, até o startup dos equipamentos e validação final dos sistemas. “O maior desafio é sempre poder adequar e entregar o produto perfeitamente ajustado às expectativas do cliente”, ressalta. O projeto concebeu a execução de estrutura metálica e, para viabilizar economicamente a obra, tal composição se deu em concreto armado. “Foi um grande desafio vencido, pois a estrutura deveria absorver os balanços laterais de 25 m com uma deformação máxima no ponto mais crítico de 35 mm”, salienta Anselmo Cortella-
zzi, engenheiro responsável pela obra e atual coordenador de obras na Fakiani Construtora. Assim, o projeto foi desenvolvido através de vigas de transição e paredes de concreto armado. Após a concretagem, a desforma aconteceu dentro de um planejamento estratégico e houve, pelo período de 15 meses, um acompanhamento topográfico das deformações até a estabilização. Outro diferencial do case é a projeção de um heliponto, com estrutura metálica em quatro pilares sustentado por grandes vigas metálicas vazadas. Essa montagem exigiu uma logística bem planejada, pois as vigas foram Health 111 ARQ
Visão holística
CONSTRUÇÃO montadas no chão e içadas por potentes guindastes até o local de aplicação. As novas salas técnicas foram criadas acima do centro cirúrgico. Neste local abrigou-se todos os equipamentos de ar condicionado e filtros de fluxo de ar, bem como toda a alimentação de gases medicinais para que, no caso de manutenção, não houvesse paralisação desta ala cirúrgica. Nesta obra também foi montada uma verdadeira usina de geração de energia com quatro
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geradores de 450 KVA. Para Renato Aranha, é fundamental uma visão holística na construção de um estabelecimento de saúde. “O conhecimento adquirido pela experiência de todo o ciclo da implantação de um hospital, ultrapassando a técnica de engenharia para ter uma melhor compreensão da dinâmica de um empreendimento em constante mutação, suas especificidades, necessidades e restrições, e custos de manutenção, é o diferencial para o aten-
dimento do segmento da construção hospitalar.” Atualmente, a Fakiani Construtora está dedicada à construção do Hospital da Unimed Leste Fluminense, em Niterói, com 28 mil m2 de área construída; e no desenvolvimento e implantação de um Hospital na Zona Leste de São Paulo que terá aproximadamente 56 mil m2 de área. A obra do Hospital Anália Franco traz a assinatura do escritório Zanettini Arquitetura e da Porte Construtora.
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Toque diferente
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Humanização no tratamento oncológico Clínica voltada ao tratamento do câncer foca no design para dar sensação de bem-estar aos pacientes
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Grupo COI está instalado no Rio de Janeiro desde 1990 em busca de oferecer tratamento humanizado e de alta tecnologia contra o câncer. “Ao longo dos anos, investimos em tecnologia e pesquisa, aperfeiçoamento técnico dos profissionais e sensibilidade na forma de cuidar do paciente”, conta Bruno Haddad, Vice-Presidente Executivo do Grupo COI. Com capacidade de atendimento para 17 mil pacientes ao ano, o instituto traz uma preocupação com seu paciente e familiares, tratando-os com cuidado desde o diagnóstico até o acompanhamento em todo o
tratamento. “Nossos profissionais têm treinamentos internacionais e participação em congressos para atualizações sobre tratamento”, diz Haddad. O COI conta, hoje, com um Instituto de Educação e Pesquisa que tem como objetivo gerar informações em saúde e participar de estudos que permitem acesso a novos medicamentos, além de três unidades de atendimento clínico e ambulatorial, sendo uma na Barra da Tijuca, outra em Nova Iguaçu e a mais recente em Botafogo. O projeto arquitetônico da unidade se baseou nos conceitos contemporâneos utilizados para instituições de saúde e
especialmente no tratamento do paciente com câncer. “Nesse projeto, procuramos criar espaços em que os pacientes se sentissem acolhidos e em um ambiente de cura, não de doença”, conta Flávio Kelner, arquiteto da RAF Arquitetura, responsável pelo projeto do COI. Para isso, o arquiteto focou na utilização de materiais nobres e interiores com design contemporâneo, vistas para áreas externas com iluminação natural, recursos de áudio e vídeo para melhorar o “astral” do ambiente, a exemplo dos lounges dos melhores hotéis. Foram utilizados também mobiliários exclusivos projetados para este local. Um Health 115 ARQ
Toque diferente
CONSTRUÇÃO dos principais diferenciais deste projeto é a distribuição dos espaços com layout que visa a separação dos fluxos dos setores diversos associado ao conceito de design. “O design dos ambientes do COI estão ajudando a desmistificar a doença, criando espaços de convivência dos pacientes e familiares, onde os problemas e as conquistas estão sendo compartilhados entre todos os envolvidos no processo”, conta Kelner. Além disso, as medidas de sustentabilidade não foram deixadas de lado neste projeto. Para isso, foram escolhidos materiais certificados, dispositivos para economia da água, equipamentos de ar condicionado com maior eficiência energética e vidros eficientes. Como toda obra desta complexidade, alguns obstáculos surgiram ao longo do caminho, porém não atrapalharam o projeto. “Nós tivemos restrições da legislação local e um extenso programa para área equivalente restrita, porém nada conseguiu impedir que seguíssemos nossa visão inicial traçada no projeto”, finaliza o arquiteto.
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“O design dos ambientes do COI estão ajudando a desmistificar a doença, criando espaços de convivência dos pacientes e familiares, onde os problemas e as conquistas estão sendo compartilhados entre todos os envolvidos no processo” Flávio Kelner, Arquiteto da RAF Arquitetura
“Ao longo dos anos investimos em tecnologia e pesquisa, aperfeiçoamento técnico dos profissionais e sensibilidade na forma de cuidar do paciente” Bruno Haddad, Vice-Presidente Executivo do Grupo COI
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Toque diferente
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Revestimento como diferencial Dentro da instituição de saúde, além do design, os materiais para acabamento são importantes para proporcionar as sensações de higiene e beleza ao ambiente. Entre eles, os revestimentos são bastante importantes, pois devem seguir as determinações da 118
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ANVISA. “Além disso, há uma preocupação muito grande com o conforto acústico, principalmente nos espaços de convivência”, explica Flávio Kelner, arquiteto da Raf Arquitetura, responsável pelo projeto do COI. Por isso, na hora de escolher o material ade-
quado para revestir sua nova sede, o Grupo COI optou por produtos de uma marca fabricante de revestimentos vinílicos para paredes, de origem holandesa e bastante conhecida no mercado nacional, a Vescom. “Nós somos o único fabricante deste tipo de revestimen-
to com filial própria no Brasil. Além disso, oferecemos, atualmente, a coleção mais diversificada de revestimentos para paredes. Um exemplo, é o Vescom Protect, solução ideal para centros cirúrgicos, quartos de pacientes, UTIs e laboratórios”, conta Daan Bisseling, Diretor da Vescom do Brasil. Isso porque, hoje em dia, nas instituições de saúde, a manutenção é um assunto que preocupa. Por isso os revestimentos vinílicos são resistentes ao fogo, possuem uma proteção
anti-bactericida (chamada Bio-Pruf) e são fáceis de limpar. “Além desses aspectos técnicos, observamos que a humanização nos espaços é também cada vez mais importante, por isso, reunimos as vantagens técnicas com uma aparência aconchegante”, diz Bisseling. Os revestimentos desenvolvidos especialmente para o ambiente hospitalar apresentam também uma outra característica específica: não possuem emendas, pois isso os torna mais
fáceis de limpar e aumenta sua durabilidade. “Os nossos revestimentos atendem estas exigências melhor que alternativas como pintura, formica ou fibra de vidro. Na prática, vemos que o cliente hospitalar no Brasil tem uma preferência por desenhos mais lisos”. Com essa filosofia a empresa desenvolveu, para as áreas mais críticas do hospital, o Vescom Protect, uma película que pode ser aplicada aos vinílicos permitindo limpeza com produtos químicos.
“Observamos que o cliente hospitalar no Brasil tem uma preferência por desenhos mais lisos” Daan Bisseling, Diretor da Vescom do Brasil
Sobre a Vescom A Vescom atende o Brasil todo e tem nas principais capitais do País mão de obra local qualificada. Além dos revestimentos vinílicos, a empresa fabrica também revestimentos murais de seda, linho, non-woven e personalizados. Há alguns anos, produz e comercializa ainda revestimentos para móveis (lã, mohair, e vinílico) e cortinas (dim-outs, voils, decorativas e acústicas principalmente para o segmento hoteleiro e hospitalar). “Como líder no mercado europeu pretendemos agora conquistar o mercado brasileiro com desenhos contemporâneos, entrega rápida e atendimento de primeira linha”, diz Daan Bisseling, Diretor da Vescom do Brasil.
Health 119 ARQ
Toque diferente
CONSTRUÇÃO
Pisos também são importantes Assim como os demais itens que irão garantir a higiene, a beleza e facilitar o controle infeccioso dentro de uma instituição de saúde, os pisos também são peças importantes quando se trata do acabamento de uma obra. Por isso, o primeiro passo na hora de escolher o material ideal é avaliar quais as características técnicas necessárias exigidas 120
Health ARQ
para o local no qual serão aplicados. “Entender claramente se o piso atende estas especificações é fundamental, pois quando o produto é definido pela aparência ou pelo preço, pode não oferecer aproveitamento pleno e durabilidade. E pode-se imaginar quais os custos envolvidos e o tamanho do prejuízo pelo retrabalho do local”,
argumenta Hellen Gusmão Gerente de Marketing da Revitech Pisos. Devido a sua importância, o mercado de pisos está sempre inovando, e por isso a Revitech lança o piso Unique SK, última geração dos revestimentos vinílicos indicados para instituições de saúde, pois possibilitam a redução de infecção hospitalar, que atinge 15% dos pacien-
tes internados. O piso possui uma superfície autodesinfetante – composta por duas linhas de defesa - que faz com que as bactérias sejam eliminadas sem o uso de produtos químicos. A primeira linha de defesa é a NanoSilver, na qual as bactérias podem ser destruídas sem o uso de produtos químicos. Já a segunda linha de defesa é o NanoTiO2, que ajuda a decompor os germes, transformando substâncias nocivas em compostos inofensivos por meio do processo de oxidação química. Além de ser um piso autolimpante, ele também purifica o ar através de fotocatálise, ou seja, por aceleramento de uma reação com a luz natural ou artificial, eliminando assim os odores desagradáveis, e material poluente do ar, como a nicotina. “O piso Unique SK consegue agir e manter a ação de aniquilador de bactérias e tem poder auto-limpante quando associado às radiações do espectro UV, seja luz natural ou artificial. Este produto é um grande aliado aos ambientes que precisam estar sempre limpos e seguros. Eu recomendo”, destacou o arquiteto João de Deus Cardoso, respon-
“O Unique SK é um piso revolucionário. Com recursos de nanotecnologia e partículas de prata fotocalisadoras, o lançamento da Revitech é ideal para hospitais e ambientes que precisam estar sempre limpos e livre de organismos nocivos à saúde. Com uma paleta de oito cores, o piso ameniza odores, é auto-limpante, o que aumenta o ciclo de limpeza. Com o diferencial Acoustic 7, combate também a poluição sonora. Unique SK, um piso único “ Hellen Afonso Gusmão, Gerente de Marketing e Relacionamento da Revitech Health 121 ARQ
Toque diferente
CONSTRUÇÃO
sável pelo projeto Hospitalar do Serviço de Onco-Hematologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da USP. Mais um diferencial do piso Unique SK é a preocupação com a poluição sonora, por isso ele tem propriedades acústicas que reduzem o impacto sonoro equivalente a 17 decibéis. Com todas essas qualidades e preocupações com o bem-estar, Unique SK foi desenvol122
Health ARQ
vido para ambientes que necessitam estarem sempre limpos e livres de bactérias, como hospitais, laboratórios, consultórios, também é recomendado para áreas de educação, recepções, entre outros. “Seguindo os cuidados de utilização e exigência do ambiente, um piso bem escolhido proporciona proteção e fácil manutenção, o Unique SK é um piso revolucionário. Com recursos de nano-
tecnologia e partículas de prata fotocalisadoras, o lançamento da Revitech é ideal para hospitais e ambientes que precisam estar sempre limpos e livre de organismos nocivos à saúde. Com uma paleta de oito cores, o piso ameniza odores, é auto-limpante, o que aumenta o ciclo de limpeza. Com o diferencial Acoustic 7, combate também a poluição sonora. Unique SK, um piso único.” finaliza Hellen.
Health 123 ARQ
PLANO DIRETOR
Circulação inteligente Planejamento
Fluxo de pessoas com segurança é a proposta do Plano Diretor do Hospital São Rafael em Salvador
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Health ARQ
A
segurança do paciente e de todos os usuários de um hospital envolve diversos fatores que abrangem desde a correta medicação e tratamento, como também a completa infraestrutura que esteja preparada para qualquer evento que possa ocorrer. Neste contexto, a arquitetura desempenha papel fundamental, uma vez que elementos essenciais como acessibilidade, flexibilidade e segurança são frutos de projetos e interferem no bom funcionamento do local. É com esse objetivo que o Hospital São Rafael, em Salvador, contratou a elaboração de um Plano Diretor de Projetos e Obras.
Na primeira fase do trabalho, a de diagnóstico, realizado a partir do levantamento gráfico e de uma análise da conformidade legal, iniciou-se o diálogo com diretores e lideranças do hospital com o objetivo de destacar os principais problemas físicos da edificação. “Trata-se de uma etapa em que são debatidos os problemas arquitetônicos e, dentre as diversas situações encontradas, decide-se qual merece maior atenção, o que poderá ser feito em termos de investimentos e recursos a curto prazo, tudo para melhorar a condição atual”, ressalta Mariluz Gomez Esteves,Diretora Executiva da Pró-Saúde Profissionais Associados, empresa responsável pelo serviço.
De acordo com a arquiteta, utilizando-se de uma metodologia própria de hierarquização de prioridades, foi possível chegar à questão primordial que, no caso do Hospital São Rafael, está relacionada à alta taxa de crescimento e à diversificação das atividades médico-hospitalares que a instituição passou na última década. O diagnóstico trouxe elementos novos ao repertório de problemas frequentemente encontrados nos hospitais brasileiros. O principal elemento distintivo é a edificação original, projeto típico hospitalar dos anos 1980, dotado de todas as facilidades construtivas e de instalações, desenhado de forma modular e dotado de circulaHealth 125 ARQ
Planejamento
PLANO DIRETOR
ções gerais verticais e horizontais que buscavam determinar fluxos específicos. Trata-se de um hospital projetado de forma a controlar os fluxos de pacientes e insumos que, em função de seu crescimento acelerado, teve seu zoneamento inicial corrompido, acarretando na mistura de atividades de natureza diferente, com a geração de fluxos indesejáveis. Ou seja, o desafio principal do Plano Diretor do Hospital São Rafael é proporcionar ao hospital atual a eficácia no controle de fluxos que lhe era peculiar em sua origem. Para Mariluz, o conflito de circulação de pessoas e insumos é frequente nas instituições brasileiras. “Não é raro vermos carros de transporte de insumos e resíduos hospitalares, ou mesmo macas com paciente atravessando áreas de acesso ao público, como salas de espera. E essa questão é extremamente importante, pois interfere na segurança da operação hospitalar, no controle de acesso, de contaminação e mesmo de roubos, além de estar relacionada com a garan126
Health ARQ
tia de funcionamento das saídas de emergência, especialmente em caso de incêndios.” Neste case, a proposta em discussão no momento é sair da planta atual e criar estruturas externas que otimizem as circulações verticais e horizontais através de elevadores e escadas. Para isso, o Plano Diretor prevê medidas especiais em relação à prevenção contra incêndio, definindo por onde as pessoas serão evacuadas ou transferidas. Para tal, estão sendo redefinidos compartimentos ligados às novas estruturas externas, providas de elevadores e escada de emergência, acessadas através de antecâmaras munidas de portas e/ou cortinas automatizadas corta fogo, que poderão ser utilizadas por quaisquer dos
prédios do hospital. Os compartimentos se constituem de áreas estanques, destinadas para a segurança do paciente, como prevê RDC 50/2002 da ANVISA a qual dispõe que “os setores devem ser autossuficientes em relação à segurança contra incêndio, isto é, devem ser compartimentados horizontal e verticalmente de modo a impedir a propagação do incêndio para outro setor ou resistir ao fogo do setor adjacente”. Entretanto, não são raros os casos em que as regras e normas técnicas são esquecidas para atender a grande demanda pelos serviços médico-hospitalares. “Muitas vezes os projetos estão certos, as áreas estão compartimentadas, mas acabam sendo alteradas
por necessidade do próprio hospital, sem passar por uma devida fiscalização ou por um profissional qualificado. É necessário valorizar tanto a mão de obra, como também as normas e regras.” Retrofit O retrofit das instalações já começou e, conforme o andamento das obras, serão introduzidas as novidades. “Este processo dará mais 25 anos de vida útil para o hospital. Mantém-se a estrutura, mas reorganizam-se todas as instalações, elétrica e hidráulica, proporcionando mais sinergia para a instituição.” Por outro lado, o Plano Diretor visa também reorganizar os diversos departamentos que compõem o hospital a partir da conclusão do prédio Health 127 ARQ
Planejamento
PLANO DIRETOR anexo, prevista para o final deste ano. Para isso, alguns departamentos estão sendo realocados no prédio anexo a fim de descomprimir áreas do bloco principal. “Estamos esvaziando alguns setores para depois reorganizá-los. O objetivo principal é olhar para o lugar, entender seu funcionamento e propor alternativas que melhorem sua
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eficiência”, salienta. Abastecimento O Plano Diretor também deverá ajudar o hospital na escolha de um bom sistema de automação do abastecimento. Trata-se de otimizar todo o sistema que envolve desde o armazenamento dos medicamentos até a distribuição dos mesmos para os pacientes.
Segundo Mariluz, a nova proposta de automação resulta em uma massa de estantes sem corredores, economizando o espaço em mais de 50%, além de não haver perda de materiais e medicamentos. Isso porque, cada remédio recebe um código de barras e, assim, a gestão do sistema passa a se basear na leitura deste número em todos os pontos
do abastecimento. O trabalho de administrar a medicação aos pacientes, realizada por profissionais de enfermagem, será facilitado e ficará mais seguro. “O medicamento só é liberado com a leitura do código de barras da pulseira do paciente. A mesma leitura registra a administração do medicamento no prontuário e baixa o estoque na farmácia. O resultado é mais segurança e maior humanização, com profissionais tendo mais tempo para as atividades de cuidado e sendo me-
nos requeridos para as atividades burocráticas”, explica. Arquitetura Diante de tantos obstáculos e desafios que a arquitetura hospitalar enfrenta, Mariluz destaca a importância do planejamento antes do próprio projeto. “Atualmente, a valorização de aspectos visuais dos edifícios suplanta aspectos fundamentais, diretamente relacionados ao funcionamento, como o zoneamento de atividades correlatas, controle
de acesso, hierarquização de circulação e humanização do atendimento, dentre outros elementos da arquitetura”. Para a arquiteta, a grande dificuldade é compreender o pleno funcionamento do hospital e entender que cada projeto exige e pode ter soluções diversas. “Cada cliente exige uma abordagem diferente. Um material de acabamento pode ser bom em um lugar e não será recomendado em outro. Por isso o atendimento customizado deve prevalecer”, finaliza.
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PLANO DIRETOR
Atualização da tradição Elaboração
Instituição tradicional do Rio de Janeiro tem Plano Diretor para modernizar e melhorar o fluxo de atendimentos
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Casa de Saúde São José é uma instituição católica que completa 90 anos em 2013. Apesar de tradicional, o hospital não deixa de buscar a atualização para atender de maneira completa aos
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seus usuários. Por isso, foi desenvolvido recentemente um Plano Diretor Físico Hospitalar para a ampliação do complexo. O projeto teve a total participação e envolvimento da direção e colaboradores, através de
entrevistas, levantamentos e discussões, com importantes percepções e sugestões ao processo. “Participar foi gratificante, uma oportunidade para sintetizar e ampliar a experiência e o conhecimento adquirido durante
os mais de dez anos em que desenvolvemos projetos para diversos setores. Uma primeira oportunidade para pensarmos a edificação na sua totalidade, e projetarmos a expansão para os próximos dez anos, avaliando os serviços e fluxos atuais, e propondo intervenções que atendam aos
objetivos de longo prazo, focando o Planejamento Estratégico”, diz Elisabeth Hirth, arquiteta da Hirth Arquitetos Associados e responsável pelo projeto. O Plano Diretor Físico Hospitalar foi elaborado a fim de atender aos objetivos definidos no Planejamento Estratégico da instituição em 2010.
Seu desafio era projetar a expansão definida no planejamento mesmo com as limitações físicas do terreno, uma vez que o hospital está localizado em uma zona urbana com alta densidade demográfica na Zona Sul do Rio de Janeiro. “Com isso, dois pequenos terrenos adquiridos, anteriormen-
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PLANO DIRETOR
Elaboração
“O Plano Diretor Físico Hospitalar é um documento flexível e dinâmico, que tem a função de nortear e orientar, com planejamento e critério, as futuras modificações, implantação de novas tecnologias e atividades, contribuindo, portanto, nas decisões do processo de ampliação, durante um período determinado” Elisabeth Hirth, Arquiteta da Hirth Arquitetos Associados
te, junto à Casa de Saúde, tornaram-se as únicas opções para expansão física da edificação”, conta. O desenvolvimento do projeto durou seis meses e contemplou quatro etapas. A primeira delas foi o levantamento físico, funcional e de fluxo das áreas existentes. Inclusive com a apuração das 132
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necessidades dos usuários e pacientes. Na sequência, houve a análise crítica dos pontos positivos e negativos gerando relatório com o diagnóstico para direcionamento das mudanças necessárias. O terceiro passo foi definir junto à direção e colaboradores o novo programa de atividades.
Por fim, foi considerada uma nova planificação e setorização dos espaços, integrando elementos de otimização, flexibilidade, humanização e conforto. O estudo da situação também identificou inúmeros cruzamentos dos diversos fluxos internos de pacientes, acompanhantes, colaboradores
e serviços. Identificado as necessidades redesenhou-se as vias para evitar os cruzamentos. Entre as propostas apresentadas pelo Plano estão o acesso separado para médicos e pacientes dos visitantes e acompanhantes; no setor de Emergência, um novo fluxo vertical com elevador, que se interliga com todos os andares e acessará o heliponto projetado; e ainda foi redesenhada uma nova circulação de serviços e materiais para interligação com a área
central da edificação do hospital. “A construção de um subsolo, que permitirá absorver parte do estacionamento que hoje ocupa área do terreno junto à rua principal do bairro, também foi projetada. O novo espaço permitirá a construção dos acessos independentes das ambulâncias diretamente ao setor de emergência, possibilitará também acesso independente dos veículos sem o cruzamento com o fluxo de pedestres ao hospital.”
O maior desafio deste projeto foi a ausência de espaço para a ampliação da estrutura física. Duas decisões importantes foram tomadas, como linhas. Primeiro a aquisição de lotes ou edificações na adjacência, o mais perto possível do complexo, para que setores de apoio, como manutenção predial, estoque central, serviços administrativos, como RH, compras, e outros pudessem ser transferidos, para liberação de áreas para setores estritamente assistenciais no corpo central
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PLANO DIRETOR
Elaboração
da edificação. “Depois foi feito um grande esforço para otimizar e racionalizar os setores e espaços distribuídos na edificação existente, melhorando a organização interna. Ainda com o projeto de dois novos blocos, de acordo com novos parâmetros para a nova legislação hospitalar municipal, os setores internos foram reorganizados”, conta Elisabeth. Os centros cirúrgicos, antes distribuídos em três blocos distantes, foram concentrados em um único edifício, em três pavimentos sobrepostos. Assim como os setores de internação, distribuídos em diversos blocos e pavimentos, foram concentrados apenas dois blocos e pavimentos interligados. E os leitos críticos, como CTI e Unidades Intermediárias de Tratamento, foram localizados em dois blocos anexos em formato de “L”, em três pavimentos, muito perto dos setores de Diagnóstico e Emergência. “Com a retirada dos setores de apoio do corpo hospitalar, foi possível organizar as gerências e os setores de Logística e Técnica, onde temos o acesso de serviço à outra rua que leva ao hospital. 134
Health ARQ
Ainda nesta tendência, a diretoria foi deslocada para o novo bloco na rua principal, com apoio para áreas de auditório, setores de treinamento e recepção de pacientes, com acesso direto pelo novo lobby principal”. Também a nova Emergência com novas especialidades como Neurologia, Obstetrícia, além da Cardiologia e Ortopedia, já existentes, foi projetada. Este local será implantado no térreo, com acesso facilitado ao paciente e às ambulâncias, e adjacente ao
Setor de Diagnóstico de Imagem. Estes remanejamentos para otimização dos espaços possibilitaram maior conforto e humanização para os leitos de internação e críticos, e a criação e atualização tecnológica das salas cirúrgicas. Com o Plano Diretor pronto, as obras foram iniciadas em 2010 e têm previsão de término até 2016. Inicialmente, em cumprimento ao cronograma, foi definido como primeiro investimento, o setor de Cardiologia unidade de referência
e excelência na instituição. Assim sendo, foram concluídas as obras da Unidade Coronariana, Métodos Gráficos e Hemodinâmica. “O Plano Diretor Físico Hospitalar é um documento flexível e dinâmico, que tem a função de nortear e orientar, com planejamento e critério, as futuras modificações, implantação de novas tecnologias e atividades, contribuindo, portanto, nas decisões do processo de ampliação, durante um período determinado”, explica a arquiteta.
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Divisórias Hospitalares
acabamento
Sofisticação e elegância Divisórias de alto padrão conferem beleza e segurança para os ambientes hospitalares 136
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razer segurança e toques de decoração para o ambiente hospitalar através da implantação de divisórias de alto padrão. Essa é a tarefa desenvolvida pela Design On em projetos de arquitetura da saúde por todo o Brasil. Os revestimentos adotados e a instalação de corremãos e bate macas sempre atendem às normas da ANIVSA a fim de proporcionar uma maior proteção das divisórias contra riscos, arranhões e danificações causadas por objetos como camas hospitalares, macas e cadeiras. Os requisitos estéticos também não são descartados, caminhando lado a lado com os fatores de segurança. Para isso, muitas vezes, são implantadas divisórias coloridas, reafirmando ainda mais a identidade de cada setor do hospital. Vale ressaltar também que tais materiais ainda oferecem fácil remanejamento. Segundo o Diretor Comercial da Design On, Oswaldo Ferreira, o isolamento acústico ao ambiente também é um fator importante a ser estudado, bem como o grau certo de visualização do ambiente. “Muitas vezes, utilizamos divisórias paginadas, com a parte inferior cega em fórmica e a parte
superior em vidro duplo instalado no sistema pele de vidro, com película tipo jateada. Desta forma, a luz passa pela estrutura, mas impossibilita a visualização do que está acontecendo internamente para pessoas que circulam pelo local”, explica. Para instalação do bate macas, em alguns cases, cria-se uma paginação exclusiva com a altura exata, possibilitando a substituição em caso de alteração ou de reparo. “Em alguns hospitais as paginações são reforçadas para que não haja danos ao restante da divisória com caso de pancadas.” O diferencial de material para obras em ambientes médico-hospitalares são produtos certificados pela ABNT, removíveis, permitindo remanejamentos dos ambientes, além da variedade de acabamentos que personalizam os setores e trazem conforto acústico e visual aos usuários. Especializada na elaboração e construção de divisórias do tipo piso-teto para escritórios, a Design On tem como principal diferencial o acompanhamento do projeto junto ao arquiteto, dando suporte técnico total até a conclusão da obra. A equipe de montagem é própria, o que evita transtornos na entrega ao cliente. Health 137 ARQ
ACABAMENTO Linha Evidence Dentre os diversos produtos oferecidos pela De-
Divisórias Hospitalares
sign On para o mercado corporativo, a linha Evidence é específica para ambientes
hospitalares.
Composta por divisórias de 85 mm de espessura, com alta performance acústica e dentro dos padrões da ABNT. Mais robusto, o produto – que pode ser “100% cega”; “meio cega”; ou totalmente em vidro - permite personalizar o ambiente, transmitindo sofisticação e elegância.
“Muitas vezes utilizamos divisórias paginadas, com a parte inferior cega em fórmica e a parte superior em vidro duplo instalado no sistema pele de vidro, com película tipo jateada. Desta forma, a luz passa pela estrutura, mas impossibilita a visualização do que está acontecendo internamente para pessoas que circulam pelo local” Oswaldo Ferreira, Diretor Comercial da Design On 138
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Health 139 ARQ
ACABAMENTO
Alternativas práticas Brises e termobrises
Implantação de brises e termobrises confere vantagens econômicas e valor estético à edificação hospitalar
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lém de agregar valor e estilo à arquitetura, a utilização de brises e termobrises traz vantagens econômicas para as instituições hospitalares. Isso porque este material proporciona
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a diminuição de incidência solar e, consequentemente, a redução do uso de ar condicionado. O Hospital Souza Aguiar, na cidade do Rio de Janeiro, decidiu pela adoção da solução com a utilização
de brises em sua fachada, justamente pela proteção solar. A instituição utilizou em sua edificação o brise BSM-C150, em galvalume pintado na cor prata e perfurado, modelo fabricado e fornecido pela Cadri Co-
mércio de Forros Metálicos. Este material é indicado para o fechamento de vão, garantindo a privacidade e proteção do sol. O brise pode ser aplicado fora ou dentro do vão e suas lâminas podem ser
lisas ou perfuradas. O brise BSM C-150 também pode ser utilizado em revestimento de fachadas, sendo um produto leve e econômico. Para garantir a sua conservação, o material deve passar por limpeza periódica. Trata-se de um processo simples que requer apenas detergente neutro diluído em água. Modelos São vários os modelos de brises disponíveis no mercado. Os BSM-100 / BSM-150 / BSM-335, por exemplo, podem ser fabricados em chapa de alumínio, aço ou galvalume. São termobrises modelo “asa de avião” com largura de 100, 150 ou 335 mm, pois, em seu miolo, há injeção de poliuretano expandido, dando-lhes a característica, além da barreira solar, proteção térmica. Já o BSM-A300 é fixado sobre suportes de nylon inseridos em tubos redondos de alumínio. Quando perfurado permite total visualização externa devido a sua transparência. Há também o brise colmeia, BSM-100CL / BSM-150CL / BSM-200CL, composto por grelhas quadriculadas monolíticas formadas por perfis tipo “U” com base de 20mm e altura de 67mm desenvolvido em peça única, não necessitando de emendas.
Detalhe Técnico do Brise - BSM-C150
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ACABAMENTO
Brises e termobrises
A Cadri Comércio de Forros Metálicos atua no mercado de forros, brises e revestimentos metálicos desde 1999, atendendo aos projetos arquitetônicos de forma participativa por meio de apoio técnico do desenvolvimento do produto. Há, também, um departamento responsável pelo atendimento desde a medição, projeto executivo e acompanhamento das instalações até o aceite da obra.
Luiz Ricardo, Gerente de Projetos da Cadri Comércio de Forros Metálicos, salienta que a empresa visa sempre o crescimento sustentável e ressalta que o grande diferencial é “oferecer atendimento personalizado seja para grandes ou pequenas obras”. Atualmente, a empresa também fornece materiais e presta serviços nas obras das Clínicas da Família (RJ), da rede São Camilo (SP) e Hospital Edmundo Vasconcelos (SP).
“...o grande diferencial é oferecer atendimento personalizado seja para grandes ou pequenas obras” Luiz Ricardo, Gerente de Projetos da Cadri Forros Metálicos 142
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Health 143 ARQ
ACABAMENTO
Detalhe importante Estrutura metálica
Estruturas metálicas podem fazer a diferença em uma construção
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sucesso de uma obra não está somente em seu projeto, design e sustentabilidade. Detalhes de acabamento, como a estrutura metálica utilizada, podem fazer toda a diferença no resultado final da construção. O Hospital Albert Einstein investiu nesse tipo de detalhe quando finalizou sua expansão da unidade central em 2009. A escada utilizada para ligar o espaço de um andar a outro tornou-se um diferencial dentro da instituição.
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Feita em aço inox, a peça foi modulada pela Sunto, empresa especializada em artefatos metálicos, e teve seu desenho modulado degrau a degrau em um trabalho artesanal que durou cerca de 30 dias. “A escolha do material foi especial por se tratar de uma instituição de saúde. O aço inox tem um registro comprovado de sucesso nas áreas onde há necessidade de maior nível de higiene e a facilidade da limpeza são críticas, assim como em áreas onde as reações e as contaminações
advindas do contato possam estar presentes, além de proporcionar uma durabilidade muito longa”, conta Julio Sunto, Sócio Diretor da empresa. Sua instalação é feita por uma base com fundação em tubos de inox. Primeiro foi instalado o tubo principal, depois os degraus, um a um, e, na sequência, o guarda corpo em aço inox e vidro, dando beleza e proporcionando proteção aos usuários. Uma vez instalada, a escada exige apenas uma manutenção preventiva vol-
tada à limpeza. As obras de expansão da unidade Morumbi do Hospital Albert Einstein também trabalharam com estrutura metálica diferenciada. O trabalho realizado pela Sunto englobou a instalação de guarda-corpo, corrimão, escadas marinheiro, grades de segurança de fechamento e bate-rodas de estacionamento. “Geralmente as instalações metálicas são feitas tanto no início quanto no final da obra, porém, neste caso, aconteceu no final, para termos um acabamen-
to mais refinado e que não fosse danificado no decorrer da obra”, revela. As instalações metálicas também adotam medidas de sustentabilidade, como a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações, utilizado em 143 países, o intuito de incentivar a transformação dos projetos, obra e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações e a reciclagem de todo material não utilizado com certificação ambiental.
Sunto A indústria metalúrgica com 25 anos de mercado trabalha com grandes realizações em metais, garantindo boas referências em design, atendimento, qualidade e prazo. Desde sua fundação, tem se consolidado no mercado e criado know-how através da J&K Sunto. “Nosso objetivo é a busca pela excelência na qualidade e por este motivo procuramos constantemente a perfeição”, diz Julio Sunto, Sócio Diretor da empresa. Em sua sede própria, com 6.200 m², localizada na rodovia Castelo Branco, próximo ao anel viário Mário Covas, em Barueri, dispõe de máquinas e equipamentos para fabricação de estruturas metálicas (pesadas e leves), guarda-corpo, corrimãos, portas, janelas, portões e esquadrias. Além de inserts, postes, móveis em aço inox e artefatos metálicos em geral. Entre as instituições de saúde para as quais já prestou serviços estão, além do Hospital Albert Einstein, os hospital São Lucas, no Rio de Janeiro, Nove de Julho, Samaritano, Paulistano e Sírio-Libanês na cidade de São Paulo.
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Integração
AMPLIAÇÃO
Espaços integrados e funcionais 146
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Complexo Hospitalar Maria e Márcia Braido (SP) utiliza de modernas ferramentas e conceitos sustentáveis em sua obra de ampliação
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odo projeto arquitetônico deve considerar as necessidades do empreendimento e responder, tecnicamente, qual é a forma mais eficiente. Os edifícios, principalmente os relacionados à saúde, possuem níveis de desempenho diretamente ligados com os sistemas e processos de trabalho. Um bom planejamento e um inteligente projeto são determinantes para empreendimentos e serviços de alta qualidade. Características como essas estão presentes nas obras de ampliação do Complexo Hospitalar Maria e Márcia Braido, em São Caetano do Sul (SP). A ampliação do local foi projetada de forma a resolver problemas de funcionalidade do complexo hospitalar existente e apresentar
para a população um novo serviço, exclusivo de atendimento à mulher. Desde o seu primeiro esboço, o projeto durou dois anos até que finalmente tivesse início a sua realização. O edifício principal foi concluído em novembro de 2012, desde então, o hospital está em funcionamento. Já a interligação dos edifícios existentes será concluída até janeiro de 2014. Nessa obra, o uso do estrutural glazing no átrio central em conjunto com a integração visual dos pavimentos permitiu trabalhar a luz natural de maneira inovadora e criativa. A utilização do piso vinílico desenhado em cores traz para o interior do hospital a sensação de ambientes personalizados. As fachadas, revestidas com cerâmi-
ca extrudada, e o brise no mesmo material, controlam a incidência de luz natural e a ventilação necessária para os ambientes internos. A textura deste revestimento permite a referência ao tijolo, à pedra, à rusticidade, trazendo a personificação da edificação. “Como em todo projeto, o início foi um sonho, pois nós fomos criando e concretizando a cada desenho. O projeto e a construção de um espaço público torna esta realização mais especial”, revela o arquiteto Gustavo Pinto, da GP Arquitetura. Uma das metas da obra, foi responder às necessidades funcionais e a muitas outras, criando um espaço integrado tanto interno, quanto externo. “A oportunidade de participar da construção de uma obra Health 147 ARQ
Integração
AMPLIAÇÃO
pública na área da saúde é sempre um grande desafio e uma enorme satisfação quando o resultado final é positivo. Acompanhar todas as etapas, desde a busca dos recursos até a inauguração, presenciar o atendimento à população e verificar os objetivos alcançados fortificam cada vez mais nosso trabalho”, destaca. As paredes internas da edificação foram executadas em drywall e o forro 148
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dos corredores em placas minerais removíveis. Foram projetados shafts verticais para as instalações elétrica, hidráulica e dos gases medicinais. A estrutura, por sua vez, foi desenvolvida de forma a diminuir a quantidade de vigas e seus dimensionamentos. Dessa forma, a flexibilidade do edifício para futuras reformas e adequações está assegurada. Quanto à acessibilidade do local (pedestres e veículos), a necessidade
apresentada foi a de ampliação e integração do hospital por meio da criação de um novo núcleo de atendimento personalizado à mulher. Para isso, a solução escolhida foi a inserção de um novo bloco hospitalar para abrigar as funções específicas para este atendimento, contendo centro obstétrico, UTI neonatal, berçário, ala de internação, recepção geral, ambulatório e áreas de diagnóstico por imagem.
O projeto está organizado na funcionalidade do acesso principal do hospital geral e na sua integração com os acessos do novo núcleo de atendimento especializado à mulher. A partir de um grande átrio central banhado por luz natural é possível ter a ligação entre a ala antiga e a nova, de forma a permitir a organização e o direcionamento entre os pacientes ambulatoriais, os de internação e os cirúrgicos, além dos visitantes e funcionários. “Esta ligação entre os edifícios existentes foi solucionada por meio de um conector de circulação vertical. Neste sen-
tido, pacientes e visitantes podem entrar e serem direcionados pelos eixos de circulação vertical e horizontal, que interligam os níveis do edifício antigo com o do novo”, enfatiza Gustavo Pinto. Outro item referente à integração entre os edifícios e seus fluxos foi a revitalização das fachadas com tratamento estético que conferisse identidade e unidade aos prédios. Tal fator foi proposto, porque hoje todas as edificações, sejam elas hospitalares ou não, devem responder aos portadores de necessidades especiais. As áreas hospitalares já possuem
particularidades relacionadas ao tráfego de usuários, como tamanho de portas, corredores, saídas de emergência, etc. “O projeto arquitetônico é pensado pelo olhar do corpo clínico, do usuário e do paciente. Criar um espaço hospitalar e responder a todos estes usuários com a mesma qualidade é sempre um desafio.” Também é válido destacar que o projeto buscou valorizar a transparência, com um espaço participativo onde é possível ter várias atividades. “Espaços de múltiplo uso nos agradam, pois permitem sua utilização como um todo
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Integração
AMPLIAÇÃO nas mais diversas situações.” Gustavo Pinto afirma que o ambiente hospitalar exige respostas funcionais e técnicas, porém o bom projeto arquitetônico permite trabalhar com os materiais industrializados e os elementos naturais para destacar o bem-estar nos ambientes projetados. Neste projeto, em suas variadas etapas de ampliação foram desen-
volvidos aspectos como amplitude, luminosidade, cor, volume, articulações, entre outros. O intuito foi responder aos principais desafios de integrar um novo centro de atendimento à mulher e ampliar o complexo hospitalar existente, organizando seus fluxos e acessos. Entre os desafios para a execução deste projeto de ampliação está o apri-
moramento tecnológico dos estabelecimentos assistenciais de saúde e as reestruturações administrativas, buscando melhorar o atendimento aos pacientes. “Devemos, em qualquer projeto, por menor que seja a intervenção ou por mais rígidas que sejam suas instalações, proporcionar ao usuário a sensação de que naquele espaço existe arquitetura.”
“O projeto arquitetônico é pensado pelo olhar do corpo clínico, do usuário e do paciente. Criar um espaço hospitalar e responder a todos estes usuários com a mesma qualidade é sempre um desafio.” Arquiteto Gustavo Pinto, GP Arquitetura 150
Health ARQ
O LADO VERDE Edificações inteligentes, flexíveis e que proporcionem bem-estar são qualidades que fazem parte de projetos dos grandes arquitetos. Os conceitos de sustentabilidade também estão presentes desde os primeiros desenhos e raciocínios. Na obra de ampliação do Complexo Hospitalar Maria e Márcia Braido, a definição dos sistemas construtivos, o estudo de fluxos, aberturas, insolação e de outros elementos arquitetônicos formam a base para o desenvolvimento de ações sustentáveis do local. Reuso de água da chuva, utilização de aquecimento solar, paredes de gesso acartonado, lâmpadas de LED, sensores de presença e a utilização de vidros e brises para proteção solar foram alguns dos sistemas utilizados para a eficiência energética desta edificação. “O projeto de ampliação sempre foi identificado como um espaço agregador de novos conceitos de uso e ambientação. Nas fachadas, buscamos um sistema construtivo que respondesse à unidade plástica entre os edifícios. Assim, trabalhamos os conceitos de sustentabilidade, construindo uma edificação saudável”, afirma o arquiteto Gustavo Pinto. Com o sistema de fachada ventilada, o revestimento proposto pode ser utilizado sem a necessidade de remover o antigo, além de proporcionar melhor desempenho para o conforto térmico e acústico, resultando em economia de energia e facilidade de manutenção. Este sistema permite a ventilação natural e possibilita, também, a dispersão do vapor presente no interior das paredes, eliminando a umidade dos edifícios novos ou recuperados. Por outro lado, o vapor de água que se forma no interior do edifício pode sair parcialmente pela parede, sem nenhum impedimento, contribuindo para a conservação da estrutura. A cerâmica extrudada utilizada como revestimento possui baixo coeficiente de absorção de água e permite uma remoção natural de boa parte da fuligem pela ação da própria chuva.
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AMPLIAÇÃO
Melhorias
Uma obra inovadora
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Health ARQ
Expansão do Sírio-Libanês utiliza medidas ecológicas e centraliza serviços como ar condicionado e elétrica para garantir mais segurança
D
esde 2006, o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP), conta com um projeto para expandir sua capacidade de atendimento. Atualmente, para duplicar a capacidade, três novas torres (blocos E, F e G) estão sendo construídas. O plano diretor e o detalhamento é da L+M GETS, empresa brasileira que reúne competências de planejamento, orçamento, execução e manutenção de ambientes de saúde.
Tais obras começaram pela torre maior, que será edificada sobre garagens e o Instituto de Ensino e Pesquisa da instituição já em operação. A construção está sendo realizada com o hospital em normal funcionamento, seguindo diretrizes préestabelecidas de responsabilidade ambiental e social. Os blocos E e F foram idealizados para abrigar basicamente áreas de internação e a nova recepção (embarque/desembarque).
Já o bloco G surge com o objetivo de dar suporte a todo o complexo. Em suma, o hospital busca dobrar as instalações, desde a internação, UTI e centro cirúrgico. De acordo com o Superintendente Corporativo do Sírio-Libanês, Gonzalo Vecina Neto, a instituição possui, atualmente, cerca de 80 mil m² já construídos e com a expansão o tamanho será duplicado. “O local possui três edificações, uma cuja obra é da década de 40 e
“Mesmo o terreno sendo ocupado quase na sua totalidade foram criados vários espaços de contemplação como praças, espelhos d´água, cafés e restaurante, visando momentos de descontração e bem-estar aos usuários” Ana Paula Dinardi Auad, Coordenadora de Contratos da L+M GETS Health 153 ARQ
Melhorias
AMPLIAÇÃO as outras dos anos 60 e 80. O prédio da nova expansão será relativamente integrado aos edifícios já existentes”, explica. A concepção deste projeto, a partir de uma estrutura já existente, delimitou o estudo em relação ao contorno e peso. Portanto, foi tirado partido do uso de empenas, grelhas e, principalmente, do vidro para criar uma maior leveza. Nas novas fachadas, optou-se pela estrutura metálica devido à necessidade de um ganho maior de pavimentos. A escolha das cores azul e branco foi intencional, para criar identidade
com os tons da logomarca da instituição. Este projeto é o resultado de um programa de necessidades que adota o potencial máximo construtivo da região com um embasamento préexistente. Dessa forma, a verticalização foi a solução adotada pela falta de área no local. Ana Paula Dinardi Auad, Coordenadora de Contratos da L+M GETS, conta que mesmo o terreno sendo ocupado quase na sua totalidade foram criados vários espaços de contemplação como praças, espelhos d´água, cafés e restaurante, visando mo-
mentos de descontração e bem-estar aos usuários. Também foi criada uma área destinada ao apoio e acolhimento dos acompanhantes que necessitarem passar períodos longos na instituição. “Esse local será composto por ambientes como cyber café, sala de repouso e vestiários individuais com área exclusiva para guarda de pertences”, destaca a coordenadora. Vecina Neto ainda conta que a instituição está aproveitando o ensejo para centralizar tudo que diz respeito aos facilities, como ar condicionado, gases em geral, central de elétrica,
“A intenção da atual ampliação é compatibilizar espaços e tecnologias com os valores perenes do Sírio-Libanês e com a visão que o hospital tem do segmento da saúde”, informa o autor do projeto. Arquiteto Lauro Miquelin, do escritório L+M GETS 154
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entre outros. Essa centralização é uma garantia de maior segurança da edificação. “Temos que evitar todas as possibilidades de falta de energia elétrica”, completa, ao dizer que o hospital possui além da energia fornecida pela concessionária, um no break e uma usina própria para atender as alas de tratamentos mais intensos. Inovações Em relação às instalações está sendo aplicado o que existe de última geração, podendo ser inteiramente controlado e monitorado via CME automatizada.
Ainda, o local terá um centro cirúrgico com salas robotizadas e recolhimento de roupa suja/lixo através de sistema de coleta pneumática. “A intenção da atual ampliação é compatibilizar espaços e tecnologias com os valores perenes do Sírio-Libanês e com a visão que o hospital tem do segmento da saúde”, informa o autor do projeto, o arquiteto Lauro Miquelin, do escritório L+M GETS. Para Vecina Neto, esta é uma obra muito moderna e complexa, feita para albergar tecnologia. “Para incorporar tais invenções que surgirão, temos todos os sistemas necessários. A proposta é tornar mais acessível e rápido o atendimento aos nossos clientes”, conclui.
Flexibilidade Uma das premissas que nortearam o projeto são as constantes mudanças internas que refletem na composição das fachadas. Com isso, os arquitetos da obra juntamente com o consultor Paulo Duarte, avaliaram a flexibilidade de layout e buscaram soluções que atendessem da melhor forma às alterações, sem interferir no andamento e rotina da instituição. A solução encontrada foi a de módulos de fachadas intercambiáveis que permite alterar o visual pelo lado externo com diferentes tipos de vidro. O sistema consiste na composição de dois quadros de alumínio instalados no vão-luz. Existem 17 módulos diferentes especificados neste proje-
to, entre eles: vidros laminados de diversas espessuras (conforme estudo de túnel de vento), laminados com shadow box, vidros insulados, insulados com micropersiana e blackout. Desafios Além das complexidades do projeto em si, um dos desafios é realizá-lo com o menor impacto possível para a rotina da instituição e da cidade. “Respeitamos os recursos do planeta, protegendo a incidência solar nas fachadas de maior exposição. Mantivemos portanto, iluminação natural para uma porcentagem significativa dos usos do edifício”, detalha Miquelin. Para as edificações existentes que apresentam tipologias de difícil inter-
ligação, foram criados diversos pontos de conexões mediante construção de passarelas e túneis, interligando os quatro blocos existentes com os três novos. Para comportar a duplicação do complexo e garantir que o mesmo funcione de uma forma única e fluida, foram criados novos acessos e sua operação revista. Para isso, estão destinadas novas áreas para atender a todo o complexo como usina, subestação, CAG, Docas e CME. “É uma honra para a L+M GETS participar das obras de expansão do Sírio-Libanês. Pois o hospital, além de ser um dos mais importantes da América Latina, tem valores e pessoas com as quais é um prazer trabalhar”, relata Miquelin.
PRESENÇA SUSTENTÁVEL A preocupação com a sustentabilidade está presente na obra. Por isso, o empreendimento tem a avaliação da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), concedida pela organização não governamental norte-americana U.S. Green Building Council (GBC). O projeto contará com: - Vidros de alta performance - ETA, estação de tratamento de água pluvial, dreno da água condensada do AC e água cinza para reuso nas torres de resfriamento, irrigação e bacias - Elevadores com regenerador de energia - Ecotelhados - Água quente com auxílio de sistema solar - Tratamento do ar externo em condicionadores de ar exclusivo - Todo o projeto atende uma eficiência energética dentro dos requisitos do LEED - Especificação de materiais certificados Health 155 ARQ
design
Otimização de espaço Projeto de hospital no interior de São Paulo busca melhores condições a funcionários e pacientes
Decoração
D
epois de muita foram trabalhadas. As- do Hospital Saint Vivant. dos, em sua maioria, napesquisa nasceu o sim, futuras modificações O conforto visual e acús- turalmente, com abertuprojeto do Hospi- provindas de evoluções tico, não só do usuário, ras zenitais e, em alguns tal Saint Vivant, em Su- tecnológicas poderão ser mas também dos funcio- casos, dependendo do maré (SP). Inicialmente realizadas sem maiores nários, foram os pontos layout, com ventilação feito diante de uma lista problemas. “Fizemos de de maior preocupação. A mecânica para garantir a de parâmetros, que fo- um modo que as ações ambiência da instituição salubridade e qualidade ram sendo modificados e sempre estarão condicio- tratou destas questões ambiental. “O diferencial aprimorados através das nadas à estrutura exis- desde o dimensionamento deste projeto pode ser reuniões com cada depar- tente, ficando flexível a e forma da rampa até a de- visto na lanchonete como tamento da instituição e remoção das vedações. A finição de cores. Saguões espaço de descontração sofrendo ajustes ao lon- experiência profissional arejados com pé direito e gentileza, um ritual ao go do processo, o projeto da Equipe da ARCH e ou- duplo e muita luz natural café, nas recepções, na propôs otimizar a circapela ecumênica e culação de pacientes no heliponto. Nos“Fizemos de um modo que as ações sempre estarão cone funcionários com a so maior desafio foi dicionadas à estrutura existente, ficando flexível a remooperacionalidade e produzir um hospição das vedações. A experiência profissional da Equipe a complexidade do tal de qualidade nos da Arch e outros projetos hospitalares novos e de consfluxo de pacientes, modelos dos maiotrução e reforma, bem como dos profissionais e dos dimédicos, familiares, res hospitais de São ferentes departamentos do Hospital Madre Teodora de funcionários e terceiPaulo e ser inovaCampinas colaborou na elaboração do projeto” rizados. Tudo isso sedor”, conta Curi. Welton Nahas Curi, guindo as normas que As soluções susArquiteto Diretor Empresa ARCH Arquitetura buscam atender todas tentáveis também as legislações e as diestão presentes no retrizes do projeto, bem tros projetos hospitalares compõe a fachada e dão projeto. O local buscou o como a acessibilidade e a novos e de construção e características contempo- abastecimento de água ambiência foram caracte- reforma, bem como dos râneas ao prédio. E a hu- por fonte própria através rizadas em todo o plano. profissionais e dos dife- manização foi trabalhada de um poço artesiano, não Em uma topografia ade- rentes departamentos do através da ergonomia do ficando sujeito as oscilaquada para se manter Hospital Madre Teodora mobiliário, cores, cheiros, ções do município. As jatodo o hospital no nível de Campinas colaborou áreas e saguões ventila- nelas e as grandes abertumais plano possível e com na elaboração do projeto”, dos e arejados, espaços de ras minimizam o consumo terreno que favoreceu a conta Welton Nahas Curi, quietude e capela. de energia e todo o fluxo construção com pouco Arquiteto Diretor Empresa A iluminação também de entrada e saída de maarrimo e contenção, a ex- ARCH arquitetura Consul- foi um ponto bastante teriais é controlado e propansibilidade e a flexibi- toria e Construções ltda, trabalhado, os ambientes tegido e, quando possível, lidade da planta também responsável pelo projeto são iluminados e ventila- reutilizado. 156
Health ARQ
Health 157 ARQ
gerenciamento
Fonte de Sucesso Controle da obra
Serviço de consultoria permite soluções para manter o prazo na execução das obras de construção da Unidade Contorno do Hospital Mater Dei em Belo Horizonte (MG)
O
gerenciamento de qualquer obra é um processo permanente. A partir de um planejamento inicial o acompanhamento e o controle são realizados em tempo real. Na construção da Unidade Contorno do Hospital Mater Dei em Belo Horizonte (MG), a consultoria de gestão de obra tem sido um fator fundamental para o sucesso de cada etapa do projeto. O grande desafio deste empreendimento é a garantia do prazo de conclusão da obra. Esta restrição aliada à escala e complexidade das obras, coloca a atividade de gerenciamento de obras no foco central para o sucesso do empreendimento. Neste sentido, a principal tarefa da consultoria é a integração e coordenação das ações de cada um dos participantes no processo, monitorando as interfaces, facilitando as comunicações e projetando os cenários futuros do empreendimento, conseguindo assim, evitar crises e antecipar ações, além de aplicar soluções capazes de contornar as dificuldades encontradas e garantir o 158
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prazo de conclusão da obra. A empresa responsável pelo gerenciamento das obras desta nova unidade iniciou o trabalho ainda na primeira etapa, com a coordenação e contratação dos diferentes serviços. Além disso, promoveu a equalização e análise das propostas para tomada de decisão. Todo este trabalho foi norteado pelo planejamento inicial e a introdução dos serviços de acompanhamento. De acordo com Fátima Santana, Diretora Executiva da FS Consultores, a empresa mantém uma equipe própria no canteiro de obras, que está encarregada de acompanhar a evolução física das diversas atividades e realizar a atualização permanente do planejamento. “A partir destas informações são tomadas decisões corretivas e medidas para garantir a integração dos diversos fornecedores”, completa. Para Fátima, sem dúvidas, o prazo estabelecido para uma obra de aproximadamente 70.000 m² com a complexidade de uma instalação hospitalar foi o
grande desafio deste projeto. “A nossa tarefa é garantir a qualidade dos trabalhos, no prazo estabelecido.” Parceria O primeiro contato da FS Consultores com o Hospital Mater Dei foi estabelecido por indicação de clientes. Depois de conhecer melhor as particularidades do empreendimento e as demandas do cliente, foi apresentado um plano de trabalho personalizado para realizar as atividades de planejamento e gestão da obra. Este plano base também incorporou o apoio à gestão do investimento, controles e rotinas relativos ao financiamento através de instituições fomentadoras e o acompanhamento físico das obras. “Este trabalho tem sido uma experiência enriquecedora em todos os aspectos. Tecnicamente estamos acompanhando a execução de uma obra inovadora no mercado de Belo Horizonte (MG), é uma obra seca, em steel frame e estrutura metálica com proteção passiva, com projeção de argamassa. De
outro lado, tem sido um privilégio participar, junto com a equipe própria do hospital, neste trabalho de gerenciamento da obra. De forma particular é admirável a capacidade e a visão do Henrique Moraes Salvador Silva, Presidente da Instituição, como líder e administrador do empreendimento”, relata Fátima. Arquitetura O projeto da Unidade Contorno segue uma tendência de construção contemporânea, intensificada com questões do século XXI, sendo uma integração entre a ciência e a criação, o holístico e o sistêmico, a razão e a sensibilidade. Com uma visão pluridimensional, utiliza tecnologia limpa, sendo o primeiro edifício de hospital no Brasil neste porte com estrutura metálica. “A sustentabilidade é um dos valores do projeto, que foi realizado no local de um bosque, mas a construção não interferiu em sua vegetação de porte e original”, afirma SiegbertZanettini, arquiteto, coordenador geral e responsável técnico pelo projeto.
INVESTIMENTO O Mater Dei Contorno será um hospital geral com alto investimento em tecnologia, processos e qualidade. Henrique Moraes Salvador Silva, Presidente da instituição, diz que a diretoria está na fase de montar as equipes clínicas para atendimento no pronto-socorro. O presidente conta que o Mater Dei está adquirindo camas, mesas cirúrgicas, mobiliário, equipamentos de imagem, instrumental para Centro Cirúrgico e CTI. “Estamos nos preparando para oferecer ao paciente e sua família uma solução que contemple a qualidade assistencial, mas que também permita maior conforto.”De acordo com José Salvador Silva, Presidente do Conselho de Administração do hospital, a primeira parte da obra será entregue no primeiro semestre de 2014.
Health 159 ARQ
sustentabilidade
Medidas sustentáveis
Soluções eficientes
Além de benefícios ambientais, medidas sustentáveis reduzem significativamente os gastos financeiros de operação e manutenção da instituição hospitalar 160
Health ARQ
N
ão apenas promover a saúde de seus usuários, mas também preservar o bem-estar de todos os que habitam o entorno da edificação hospitalar e, assim, de todo o meio ambiente. É esse pensamento holístico a base do projeto arquitetônico do Centro Integrado de Medicina (CIM) do Paraná Clínicas ‐ Planos de Saúde. Trata-se de um empreendimento de 18.200 m², caracterizado pela implantação de dois blocos. O primeiro sendo o centro médico efetivo com as unidades ambulatoriais de diversas especialidades totalizando 67 consultórios, centro diagnóstico completo e hospital dia com quatro salas cirúrgicas e dez leitos. Possui área de 9.500 m², distribuídos em nove pavimentos com laje de 945 m². Já o outro bloco abriga a área administrativa e um de centro de estudos, de 3.000 m², distribuídos em seis pavimentos com laje de 450 m². Os dois blocos são interligados por uma praça de convívio, sobre um embasamento de dois pavimentos e um subsolo, onde estão as áreas de acesso, áreas técnicas e garagens. Segundo a arquiteta co-autora do projeto, Sandra Pinho Pinheiro, que atualmente realiza consultoria em saúde e construções susten-
táveis, a inclusão de novos métodos de gestão e a inserção de novas tecnologias propiciaram uma “discussão enriquecida de qualidade que alimentou o conceito arquitetônico e ambiental do empreendimento”. Sustentabilidade Sabe-se que nenhuma edificação ganha vida se não houver sustentabilidade em sua infraestrutura. Contudo, ainda é necessário desmistificar o ônus projetado de se implementar tais soluções verdes. “Independente de certificação, o investimento em projetos, sistemas e equipamentos eficientes trazem benefícios econômicos imediatos através da redução dos gastos com energia e água, por exemplo”, afirma Sandra. Quanto à iluminação, por exemplo, foi adotada luz natural em todos os ambientes possíveis. “Sob o ponto de vista técnico, houve um grande cuidado com a controlabilidade da luz e reversibilidade de uso em salas do centro cirúrgico ambulatorial e de exames, como ecografia”. Já no projeto de ar condicionado, implantou-se um sistema composto por chiller instalado na cobertura e dois fan coils instalados por andar que, por atenderem unidades de serviço independentes e fachadas Health 161 ARQ
Medidas sustentáveis
sustentabilidade distintas, são comandados via building management system, acionados conforme demanda. A estratégia adotada foi crucial para atingir os resultados de economia de energia, sem comprometer as exigências normativas e o conforto do usuário. O projeto do CIM também aproveitou toda a água pluvial dos telhados e do terraço existente para lavagem das garagens, pisos externos e irrigação. A especificação de 100% dos metais e louças eficientes com sensores elétricos nos locais de utilização clínica também foram medidas adotadas. No que tange à energia, a combinação de projeto luminotécnico de alta performance, distribuição de circuitos e sensores de presença em todos os locais com circulação temporária tais como escadas e banheiros colaboram ainda mais para a economia e sustentabilidade. “Nas garagens, por exemplo, foram projetados sistemas diferenciados para acendimento de acordo com a demanda, que, somadas à oferta de iluminação natural, derrubaram de forma impactante o consumo de energia”. Na ponta do lápis Conforme avalia Sandra, os investimentos em medidas de eficiência foram 162
Health ARQ
orientados por semelhança de uso e analogia de soluções adotadas em outro empreendimento, também de sua co-autoria, em processo de certificação pelo sistema LEED em andamento na mesma época. “Sabíamos que haveria economia, mas não quanto, nem quando teríamos seu pay-back. A constatação veio através de fatura e equalização de resultados.” A arquiteta ressalta ainda que, atualmente, é possível realizar estudos técnicos através de softwares de simulação energética e viabilidade técnico/financeira das medidas a serem projetadas. “Os resultados, devidamente avaliados, vão direcionar de forma competente e sinérgica os
investimentos. Exemplo disso é o projeto de uma envoltória bem equacionada, aberturas e tipos de vidro, que reduzirão o tamanho do equipamento de ar condicionado necessário. É o que realizamos hoje na Petinelli para nossos clientes, prestando consultoria para obter o melhor resultado e eficiência pelo menor custo. A certificação é simplesmente a validação nacional e internacional dos esforços realizados.” Os benefícios das medidas de sustentabilidade aplicadas ao CIM estão no montante final. Constatou-se uma redução no consumo de água potável de 68% em comparação com as antigas instalações, proporcionando uma economia projeta-
da anual de R$ 104.000. Da mesma forma, constatou-se uma redução de consumo de energia em fatura em 52%, resultando em economia anual de R$ 359.000. Comparando os valores, na desativada unidade Sete de Setembro, tal instalação possuía sistemas pouco eficientes, tanto de sistemas sanitários, quanto elétricos e de ar condicionado. Já a nova unidade foi projetada para adotar as novas tecnologias disponíveis em todos os âmbitos. Os resultados mostram, de forma contundente, que o investimento de um projeto integrado entre proprietário, gestores e projetistas produz benefícios notáveis, econômicos e de bem-estar para seus usuários.
Health 163 ARQ
sustentabilidade Confira os valores abaixo:
Medidas sustentáveis
Energia
conclusão - redução do consumo energético Média KWh/m2 Redução de Área/ m2 Mensal Consumo 2 KWh/m (KWh/m2)
Unidade sete de Setembro Unidade Geturlio Vargas
4.600
3.467
0,75
18.200
6.516
0,36
52%
Economia Projetada Anual R$
359 mil
Memorial de Cálculo: 0,75 - 0,36 = 0,39 KWh/m2
0,39 / 0,75 x 100= 52%
Análise A redução de consumo torna-se ainda mais contundente se forem levados em conta o aumento exponencial do número de equipamentos eletrônicos, além da instalação de um centro cirúrgico ambulatorial. Todas as estratégias implementadas contribuíram para esse resultado, inclusive a negociação de demanda e tarifa com a fornecedora de energia.
Água Potável
resumo - Redução do Consumo de água potável Consumo Redução de Área Média Mensal/m2 Consumo % Mensal m3
Unidade 7 de Setembro Unidade Geturlio Vargas
4.600
514,50
0,11
18.200
644,40
0,035
68%
Economia Projetada Anual R$
104 mil
Memorial de Cálculo: 0,11 - 0,35 = 0,075 KWh/m2
0,075 / 0,11 x 100= 68%
Análise A redução impactante de consumo de água potável deve‐se, principalmente, ao aproveitamento de água pluvial e as especificações de torneiras e vasos de baixa vazão e temporizadores que não eram contemplados na Unidade da sete de setembro.
* Fonte: Banco de Dados - Paraná Clínicas - faturas da COPEL - Companhia Paranaense de Energia e Faturas da SANEPAR Companhia de Saneamento do Paraná 164
Health ARQ
Health 165 ARQ
sustentabilidade
Flexível
Ideia premiada
Medida sustentável como ventilação natural é uma das características do prédio do Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Anália Franco (SP) 166
Health ARQ
D
iversos fatores contribuíram para que a obra do Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Anália Franco, em São Paulo (SP), fosse premiada no “5º Grande Prêmio de Arquitetura” - Categoria: Projeto / Segmento: Saúde. A edificação é diferenciada por ter grande incidência de luminosidade, ventilação natural, circulação horizontal/ vertical de altíssimo padrão de qualidade.
Outro destaque é a grande fluência dos espaços internos e principalmente por este prédio ter sido idealizado como hospital, ao contrário de outros centros médicos que, sem estrutura necessária, acabam tendo adaptações ao longo do tempo. Toda relação quanto ao número de quartos, tamanho do centro cirúrgico, postos de enfermagem, dimensão do pronto atendimento, estrutura da recepção e as
vagas de estacionamento que o prédio possui contemplam atributos necessários para o funcionamento de uma empresa hospitalar. A acessibilidade do local segue os principais requisitos exigidos pelos órgãos fiscalizadores. O terreno onde foi construído o empreendimento preenche uma quadra inteira, tendo quatro frentes, permitindo acessos distribuídos de maneira a otimizar o uso do prédio.
NÚMEROS DA OBRA 1.500 é a quantidade de empregos diretos gerados no início da construção da unidade Anália Franco. 1.000 é o número médio de atendimentos realizados pela instituição hospitalar. Health 167 ARQ
Flexível
sustentabilidade A unidade conta com 43.000 m² e durante a construção foram utilizadas as mais avançadas técnicas. Thaumaturgo Araujo, Vice-Presidente Corporativo da Porte Construtora, afirma que a edificação foi concebida e desenvolvida em parceria com um escritório de arquitetura, fornecedores e o hospital. “Essa integração facilita a escolha dos melhores caminhos para execução”, acrescenta. O Vice-Presidente diz que, em obras deste nível, a empresa de enge-
nharia contrata consultores da área hospitalar, que oferecem auxílio no desenvolvimento de pesquisas para identificar o tamanho da unidade, o perfil do usuário e até mesmo das empresas participantes do projeto. “Fizemos toda a gestão de recursos desta obra. O objetivo da parceria com o São Luiz é trazer mais saúde, emprego e consequentemente retenção de valores econômicos e urbanos para a região”, ressalta. Araujo enfatiza que houve um desenvolvi-
mento no entorno e adjacências da instituição hospitalar. Conforme explicado, a ideia é capacitar a região para que os moradores possam trabalhar nesta localidade. Ponto fundamental A flexibilidade também marca presença neste projeto, não necessariamente alterando paredes de lugar, e nesse sentido, tanto o Hospital São Luiz (solicitante) quanto a empresa de arquitetura conseguiram fazer com que este prédio tivesse uma
“Fizemos toda a gestão de recursos desta obra. O objetivo da parceria com o São Luiz é trazer mais saúde, emprego e consequentemente retenção de valores econômicos e urbanos para a região” Thaumaturgo Araujo, Vice-Presidente Corporativo da Porte Construtora 168
Health ARQ
circulação vertical e horizontal irrepreensíveis. O projeto foi concebido inicialmente para ser 50% maternidade, 50% hospital e a demanda da região foi maior para o hospital geral, podendo ser ampliado sem alteração física, reduzindo um pouco o percentual do tamanho da maternidade. “Caso futuramente isso tenha que ser revertido será possível”, salienta Araujo. Há também no local uma grande laje técnica, que é um diferencial, na qual é possível promover a manutenção do centro cirúrgico e da UTI por ela, sem ter que invadir os corredores. Na avaliação de Araujo, o maior desafio para a execução dessa obra foi lidar com a proposta do projeto arquitetônico que absorvia grandes estruturas, grandes vigas, escoramento, enormes vãos, etc. “Com esta obra demostramos à direção do hospital que nossa expertise de negócio nos possibilitou custos muito mais baixos por m². Foi uma experiência engrandecedora, pois desenvolvemos conhecimento na área de logística hospitalar. Somos muito gratos ao São Luiz por terem acreditado nesta grande parceria.”
FICHA TÉCNICA Hospital e Maternidade São Luiz Local: Rua Francisco Marengo, nº 1312 - Bairro: Tatuapé - São Paulo (SP) Data do Projeto: Jul/2003 à Dez/2003 Obra: Jul/2003 à 2007 Área Terreno: 7.950,00 m² Área Total Construída: 43.816,55 m² N° Pavimentos: 7 N° Subsolos: 3 N° Leitos: 234 (int.=192/UTI (adulto+inf.=62) N° Vagas: 380 N° Salas de Cirurgia: 18 N° Salas de Parto: 11 Equipe Técnica Arquiteto responsável: Siegbert Zanettini Arquiteta coordenadora: Barbara Kelch Monteiro Arquiteta: Vanessa de O. Soares Ludescher Projetista: Elson Matos Cerqueira Estagiários: Camila de Souza N. Silva / Eduardo Dornelas / Alessandra Salado Projetos Complementares Fundações: Portella Alarcon Estrutura de concreto: CEC – Companhia de Engenharia Civil Instalações: MHA Engenharia Estrutura metálica: Edatec / Carlos Freire Escritório técnico Acústica: Alexandre Sresnewsky Paisagismo: Marta Gavião Esquadrias: arqMate Construtora : Porte Construtora Ltda Fornecedores Impermeabilização : Viapol – Torodin Revestimento Externo : Fulget Revestimentos Divisórias: Abatex Engenharia em Divisórias Gesso Acartonado : Placo do Brasil Revestimentos Cerâmicos : Portobello Piso Vinílico : Forbo Linoleum Ltda Piso Elevado : Tate do Brasil Piso Auto Nivelante : Lisonda -Pisos Esportivos Flexíveis Granitos : Imarf Carpetes : Santa Mônica Carpetes e Tapetes Ltda Bate Macas / Cantoneiras : Inpro Corporation Pinturas : Tintas Suvinil Bancadas : Corian - Dupont do Brasil Esquadrias: Belmetal Produtos e Soluções em Alumínio Ferragens : Dorma Sistemas de Segurança para Portas Ltda Louças : Deca Elevadores : Atlas Schindler Health 169 ARQ
sustentabilidade
Refrigeração hospitalar
Hospital Unimed Recife III possui sistema de ar-condicionado que gera economia e melhora a qualidade do ar
Bom clima
I
naugurado em outubro de 2011, o Hospital Unimed Recife III trabalha hoje com 100% da sua capacidade. A estrutura de 204 leitos, 10 salas de cirurgia e 258 vagas para estacionamento estão distribuídos em 22 mil m². As acomodações da instituição comportam 108 leitos de enfermaria (dois por acomodação), 45 aparta-
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Health ARQ
mentos privativos, 11 apartamentos de luxo e 40 leitos de UTI, sendo 20 deles para UTI Geral, dez coronariana e outras dez neurológica. Além disso, o hospital possui um Centro Cirúrgico completo, com oito salas, uma exclusiva para neurocirurgia e outra para cirurgia cardíaca. Duas salas de cirurgia ambulatorial e 11 leitos de recuperação pós
anestésica também foram construídos. A instituição contempla ainda um centro Diagnóstico com Colonoscopia, Endoscopia, Ecoendoscopia, Brancoscopia, Laringoscopia, Ultrassonografia, Ultrassonografia com Droppler, Tomografia Computadorizada, Raio-x Digital e análises clínicas em geral. Além disso, há
uma Clínica Médica, Cirúrgia Geral, Cardiologia, Ortopedia/Traumatologia, Neurologia e Queimados. O Centro de Oncologia abriga dois consultórios, dois apartamentos privativos e dez boxes individuais de infusão medicamentosa, com TV e DVD. Porém, o grande diferencial deste hospital está em sua preocupação com a
sustentabilidade. A instituição possui um sistema de ar-condicionado que trabalha sem consumir energia a partir das 17 horas, utilizando a água gelada acumulada durante o dia. “Isso está gerando uma economia de 7%. A instituição faz também uma coleta seletiva de todo o material orgânico e inorgânico. O hospital foi construído seguindo as premissas que levam a uma edificação sustentável”. O sistema de refrigeração do Hospital Unimed Recife III, além de trabalhar com o resfriamento do ar por meio de água gelada, utiliza também o refrige-
rante ecológico 134A com compressores de alto rendimento tipo parafuso dispondo de monitoramento, controle e automação microprocessados com sensores inteligentes interligados aos mesmos, tendo um sistema de expansão do refrigerante com válvula eletrônica, inclusive calendário para automação indicando os sábados e domingos de modo a permitir a predeterminação de horários de partidas e paradas. Além da preocupação sócio-ambiental, que consequentemente gera economia, o sistema de refrigeração também mantém
cuidados na instalação que garantem sua qualidade e bom funcionamento, como o controle afinado de temperatura, umidade, velocidade do ar e pureza do ambiente. Além disso, é importante que atenda também aos requisitos especificados na norma brasileira ABNT NBR 7256:2005 o tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) – Requisitos para projeto e execução das instalações. “A importância maior é garantir a qualidade do ar adequada e, em particular, reduzir os riscos biológicos
e químicos transmissíveis pelo ar em níveis compatíveis com as atividades desenvolvidas em diversas áreas do hospital”, explica Breno Vila Nova Ferreira, Diretor Operacional da Arclima Engenharia, empresa responsável pela instalação do sistema de refrigeração do Hoispital Unimed Recife III. Outra inovação implantada na instituição para contribuir com a qualidade do clima foi a instalação de lâmpadas ultra violeta nas unidades de tratamento de ar. Elas contribuem com a esterilização do ar do ambiente.
Health 171 ARQ
Cozinha Industrial
estrutura
Alimentação estruturada
Cozinha industrial do Hospital Santa Joana garante o bom atendimento e a qualidade da alimentação de usuários e colaboradores 172
Health ARQ
S
endo a alimentação um importante aliado para manter a saúde em ordem, nada mais natural que a cozinha dos ambientes hospitalares seja foco de preocupação e cuidado dos gestores. Por procurar atender sempre da melhor maneira pacientes e colaboradores, o Hospital Santa Joana, na cidade de São Paulo, investe neste setor há bastante tempo. Em 1994, o projeto de obra para implementar uma cozinha industrial no chamado Serviço de Nutrição e Dietética (SDN) do hospital foi elaborado pela Nucleora -empresa de arquitetura que já atuou também junto ao Hospital Celso
Pierro, Centro Médico de Campinas, Hospital Geral em São Luiz, entre outros obedecendo os padrões de qualidade que atendiam o objetivo da instituição e as especificações da ANVISA, que atua no âmbito federal, e também a CVS6, que é estadual, isto do ponto de vista de segurança alimentar. “Neste caso foi considerada ainda a NR24, do Ministério do Trabalho, que se foca nas condições de trabalho dos colaboradores. O projeto foi preparado com as tecnologias disponíveis no Brasil para aquela época, mas, ainda assim, de modo que pudesse receber as inovação futuras”, conta Dimas Rodrigues, Diretor da empresa.
Depois de quatro anos o SND, preocupado com novos processos e padrões que queriam atingir e com um foco muito grande no paciente, solicitou nova adaptação desta cozinha, separando a área que atendia aos pacientes daquela voltada aos colaboradores.“Assim, a cozinha original inseriu novas tecnologias para melhor atender seus pacientes e, além disso, deixou os nutricionistas com foco somente na alimentação dos usuários”, relata Rodrigues. Além da abertura para novas tecnologias, o projeto da cozinha industrial do Hospital Santa Joana também trabalhou com as preocupações ambientais, tendo foco
na sustentabilidade. Medidas como a separação dos resíduos, a escolha de torneiras eficientes com aeradores que economizam água e o uso de equipamentos com maior eficiência energética foram aplicadas. “Todo o projeto levou em consideração a ergonomia das atividades especificas da cozinha e levou-se em consideração o dimensionamento do território para cada tipo de uso. Isso proporciona tanto a segurança e o conforto do colaborador, como também aumenta a segurança alimentar evitando cruzamentos indesejáveis, que poderiam provocar alguma contaminação”, salienta o diretor da Nucleora.
Health 173 ARQ
estrutura
Melhor performance
Soluções inovadoras
Hospital Mater Dei Contorno traz tecnologia limpa em seu projeto arquitetônico, sendo o primeiro edifício hospitalar neste porte com estrutura metálica
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Health ARQ
D
iante dos grandes investimentos no segmento da construção civil e, ao mesmo tempo, uma infraestrutura em recursos materiais e humanos aquém da demanda, o consórcio Italux, forma-
do pela Luxalum, Itefal e Algrad, atua no Hospital Mater Dei (MG) a fim de somar esforços e capacidade de produção, e cumprir com metas e superar as expectativas. “Além do grande porte e da variedade de
detalhes nas fachadas, optamos por nos aliar à Schüco, que traz sistemas de janelas, portas, fachadas e soluções solares, visando realizar uma fachada e caixilhos de alta performance, garantindo conforto técnico para o
Health 175 ARQ
Soluções inovadoras
estrutura
cliente”, afirma Michael H. Eidinger, Gerente Geral da Schüco no Brasil, acerca da obra. Os sistemas de fachadas cortina unitizada e de caixilhos têm perfis de alumínio extrudado, com vedações de alto desempenho. Já as ferragens de caixilhos de abrir – tipo maximar e de giro – têm componentes de aço inox e de alumínio, bem como vedações especiais. Para garantir o desempenho de caixilhos foram seguidas rigorosamente a NBR 10.821. Afora a preocupação com normas técnicas, a sustentabilidade também foi elemento fundamental. O alumínio tem baixo impacto ambiental, justamente por ter um considerável teor reciclado. Além disso, todos os resíduos tem descarte controlado, conforme regras de proteção ambiental. “A exigência por melhor performance, garantia e qualidade vem crescendo 176
Health ARQ
“A exigência por melhor performance, garantia e qualidade vem crescendo no mercado brasileiro, bem como a complexidade dos projetos arquitetônicos também. Essa evolução exige o constante investimento em parque fabril e capacitação das equipes técnicas e de produção” Michael H. Eidinger, Gerente Geral da Schüco no Brasil
no mercado brasileiro, bem como a complexidade dos projetos arquitetônicos também. Essa evolução exige o constante investimento em parque fabril e capacitação das equipes técnicas e de produção”, ressalta Eidinger. A primeira etapa da obra está prevista para ser entregue no primeiro semestre de 2014, e a segunda no final do mesmo ano. Segundo Henrique Moraes Salvador Silva, Presidente do hospital, o Mater Dei Contorno
terá alto investimento em tecnologia, processos e qualidade. “Estamos adquirindo camas, mesas cirúrgicas, mobiliário, equipamentos de imagem, instrumental para Centro Cirúrgico e CTI para oferecer ao paciente e sua família uma solução que contemple a qualidade assistencial, mas que também permita maior conforto.” O projeto arquitetônico utiliza tecnologia limpa, sendo o primeiro edifício hospitalar neste porte com estrutura metálica.
Health 177 ARQ
EXPANSÃO
Mais segurança
Em franco crescimento
Obras do Plano de Expansão da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein se destaca pelo elevado padrão de segurança hospitalar
A
Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, em São Paulo (SP), por meio de um Plano Diretor para a expansão física, vem ampliando constantemente suas instalações. Esse projeto tem como objetivo ampliar o tamanho das instalações. Mas tal iniciativa vai muito além 178
Health ARQ
dos aspectos quantitativos para responder às crescentes taxas de ocupação e ao aumento do número de pacientes externos. O plano busca alinhar a infraestrutura física do hospital às exigências de modernas tecnologias, à nova realidade da prática médica e aos mais rigorosos requisitos de qualidade no atendimento.
Das características inovadoras deste Plano de Expansão, se destaca a utilização de materiais de alta qualidade, instalações elétricas, hidráulicas e de ar condicionado. Todos esses elementos foram implantados dentro dos padrões mais modernos existentes, feitos com o rigor e planejamento conforme as obras
executadas em fases, com liberações parciais. O setor de engenharia buscou uma metodologia específica para que os pacientes não sejam incomodados, incluindo dispositivos antirruído e horários especiais para execução dos trabalhos. Patrícia Chiaradia, Gerente de Contrato da Afonso França, aponta que o principal desafio deste plano foi executar as obras de grande impacto, sem que elas interferissem no funcionamento do hospital. “Nossa missão é oferecer soluções imediatas em função de possíveis interferências, além de promover o serviço em etapas com o hospital em funcionamento”, destaca. A responsável pelo Marketing da AF, Flávia Sérvolo, diz que participar do Plano de Expansão do Hospital Israelita Albert Einstein é uma tarefa de destaque, pois trata-se de um projeto de uma conceituada instituição no mercado da saúde. “Para nossa equipe representa mais uma grande realização no segmento hospitalar e demonstra que estamos habilitados a executar qualquer obra do setor, tendo passado por todos os rigorosos critérios de qualificação”, afirma. Já Oscar Favero, Diretor de Suprimentos da AF, conta que esse trabalho Health 179 ARQ
Mais segurança
EXPANSÃO possibilitou desenvolver técnicas e processos especiais. Como ele explica, tal atuação permitiu a execução de serviços complexos, com cumprimento de prazos, qualidade e medidas sustentáveis. “Registramos várias conquistas, pois cada obra tem as suas particularidades e desafios.” De acordo com Patrícia, essa construção precisou atender altos padrões tecnológicos e de segurança hospitalar. “Já executamos obras focadas nas mudanças de uso, ao exemplo das ocupações internas do Albert Einstein nos blocos A, B, C e D”, acrescenta.
Lado sustentável Quanto às preocupações sustentáveis deste Plano de Expansão é válido destacar o cuidado com o atendimento de todas as normas de certificação dos materiais utilizados, controle de procedência, além do uso de forma correta e descarte apropriado de acordo com cada modelo de material. Houve também o gerenciamento de todo o lixo gerado de maneira ambientalmente segura. Tais resíduos da obra foram coletados e adequadamente acondicionados em área de estocagem definida e
devidamente identificada, sinalizada no canteiro de obras. Depois de identificado, este lixo é armazenado corretamente e tem o seu destino final estabelecido (conforme indicação de empresas homologadas pelo próprio hospital). Cada obra tem uma característica e efetivo diferente, mas, em média, cerca de 120 colaboradores da Afonso França Engenharia participaram desta obra. A construção da Unidade Alphaville contou com aproximadamente 250 profissionais em média, incluindo a participação de terceiros.
Parceria fortalecida Desde 2005, a Afonso França atua nas obras do Hospital Israelita Albert Einstein. Ao longo dessa caminhada, a construtora já participou de diversos projetos estruturais. A empresa executou vários sites do Albert Einstein, tais como: Unidade Diagnóstica de Alphaville - Alphaville - Barueri (SP); reforma completa dos apartamentos, alas de internação do 11º, 12º e 13º andares do Bloco D – Unidade Morumbi; reformulação da UTI pediátrica – 12º andar do Bloco A – Unidade Morumbi; reestruturação dos apartamentos, alas de internação do 2º, 3º, 6º, 8º e 11º andares do Bloco A – Unidade Morumbi. Também a empresa participou da reforma da ala de internação para Oncologia – 5º andar do Bloco C – Unidade Morumbi.
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EXPANSÃO
Integração e expansão Complexo integrado
Obra que reúne todas as unidades do INCA em um único terreno otimizará logística da instituição
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Croqui INCA
isando ampliar sua capacidade de atendimento e reunir em um único endereço suas diversas unidades, integrando assistência, ensino, pesquisa, prevenção e gestão para o controle do câncer, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), passará por obras, com início previsto para este segundo semestre, e que deverá se estender por 48 meses. Os R$ 526 milhões investidos na integração das unidades proporcionarão a otimização dos recursos da instituição, inclusive o logístico. O projeto do novo campus do INCA foi executado pelo consórcio entre a MHA Engenharia e RAF Arquitetura. Os 36 mil m² do prédio existente e áreas de ampliação devem se transformar em uma sede renovada de 148.000 m²,
com arquitetura sustentável e humanizada, instalações flexíveis, manutenção facilitada e segurança de funcionamento, sem esquecer da preocupação com o meio ambiente. “Para vencer o desafio, nos mobilizamos internamente, destacando equipes exclusivas e dedicadas ao projeto. Fundamental foi a participação do INCA, tomando decisões rápidas que resultaram em significativo ganho de tempo para a execução do projeto“, conta Edison Domingues Junior, Diretor Executivo da MHA Engenharia. Mesmo antes do início das obras, o projeto já foi premiado, em primeiro lugar, em concurso na área de saúde, realizado pelo Instituto Americano de Arquitetura (AIA), na categoria “obras não construídas”. “Nossa proposta é a criação de um campus Health 183 ARQ
Complexo integrado
EXPANSÃO
Acesso INCA
Foto Montagem 184
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integrado que seja o mais moderno centro de desenvolvimento científico e de inovação para o controle do câncer do Brasil. O conceito do projeto, que está inserido em uma área de preservação cultural, buscou transformar o instituto, seu entorno urbano imediato, mas principalmente melhorar a relação e sensação, que nós, seres humanos, temos em relação à doença e à saúde. O conceito deste projeto poderia ser resumido em uma palavra: integração’’, diz o arquiteto Flávio Kelner, da RAF Arquitetura. A circulação de imagens e o sistema PACS (Picture Archiving Capture System) podem ser destacados no projeto. Domingues conta também que “as soluções de projeto que buscam a redução de qualquer impacto, seja ele econômico, ambiental ou cultural, são outro ponto importante, já que a renovação do INCA tem como foco central a sustentabilidade, a melhora na qualidade de vida, o desempenho ambiental e a responsabilidade social”. “Ao adentrar o campus,
o público terá a sensação de perceber cada um dos setores através das formas dos prédios que farão parte do complexo. A integração não se fará apenas internamente. A nova praça será da cidade e permitirá aos transeuntes o cruzamento da grande quadra, integrando socialmente instituto e cidade”, garante Kelner. O projeto novo INCA respeita o meio ambiente nos aspectos: evitando a formação de ilhas de calor, aplicação de materiais adequados e em uma interferência reduzida no local de implantação, minimizando o uso dos subsolos e a consequente interferência no lençol freático. “A sustentabilidade é um dos nortes na elaboração do projeto do campus integrado do INCA, que prevê diversos aspectos ecologicamente corretos, como valorização da luz natural, reservatórios para captação de águas da chuva para reuso, economia de energia e reaproveitamento da água”, conta Kelner. O edifício foi pensado
para ter o menor consumo de energia e água possíveis, por meio de economizadores e do reaproveitamento de água. Está prevista uma Estação de Tratamento de Efluentes exclusiva para o hospital, com tecnologia avançada e a preocupação ambiental. Finalmente, o novo INCA melhora também o conforto e a saúde de seus usuários através de cuidados para diminuir ruídos e emissão de fumaça e da construção de quartos com isolamento total para pa-
cientes imuno-deprimidos ou infecto-contagiosos. Outro ponto importante a ser destacado é que “no desenvolvimento dos projetos foi levada em conta a logística para execução das obras, visando a não interrupção da utilização dos serviços das áreas existentes por longo tempo. Basicamente isto deverá ser garantido a partir da execução da área de ampliação, relocação em fases dos setores existentes para as novas áreas e posterior reforma das áreas existen-
tes”, informa Domingues. Conforme informou o INCA, a obra será executada sem prejuízo de funcionamento das atuais instalações, pois as atividades somente serão transferidas quando houver a conclusão da primeira fase, ou seja, a construção da área nova. A segunda etapa, que consiste na adequação do prédio sede, será executada a partir da ocupação da área nova e, depois de finalizada, permitirá a transferência das demais alas do instituto.
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EXPANSテグ
Gerenciamento de obras
Total controle Expansテ」o hospitalar de mais de 19 mil mツイ conta com rigoroso gerenciamento de obras
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A
s obras no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS), continuam progredindo e, a cada dia, a unidade está mais perto de expandir ainda mais o seu atendimento para toda a comunidade. A previsão de término da construção é de 18 meses, mas para chegar ao resultado final esperado, cumpre-se um rigoroso gerenciamento de toda a obra. Para isso, a coordenação de todas as etapas do projeto (básico e executivo) de arquitetura, estrutura, instalações e complementares é feita pela equipe da Obra Gerenciada. “Trabalhamos desde a concepção inicial dos projetos, implantação e coordenação das revisões, compatibilização e correções. Também participamos das validações junto aos diversos gestores de todas as áreas envolvidas, do controle dos processos visando atingir a meta planejada do cronograma físico de
etapas. Além disso, realizamos a coordenação do sistema de armazenamento de projetos”, explica o engenheiro Marcelo Moyses, Sócio Diretor da empresa. Trata-se de um gerenciamento de uma obra de 19.772,02 m² de novas áreas a serem construídas no complexo do hospital, distribuídos em cinco novos prédios destinados à internação, manutenção, UTI, imagem e diagnóstico além do pavilhão de colaboradores com refeitório, áreas de descanso, academia para uso dos funcionários, biblioteca e espaço para estudo. Segundo Moyses, para o gerenciamento da obra são realizados vários métodos como a interface entre projetistas e equipes de produção, com reuniões periódicas visando, assim, corrigir em tempo hábil eventuais incompatibilidades que possam surgir ao longo da construção e que possam provocar atraso ou aumento de custos na obra, demonsHealth 187 ARQ
Gerenciamento de Obras
EXPANSÃO trados no cronograma físico-financeiro e equalizações de propostas. Outros processos de planejamento referem-se à elaboração de planilhas para controlar serviços e custos (medições), fiscalização da qualidade dos materiais e serviços prestados e, assim, qualificar os fornecedores, elaborar check list de pendências e não conformidades, fiscalização e controle contábil. Este case também contou com total suporte na obtenção e aprovação de projeto e controle de ARTs
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(anotação de responsabilidade técnica), acompanhamento do processo de ‘habite-se’ e das licenças de operação, além de toda assessoria necessária para o cumprimento dos contratos firmados entre o hospital e os prestadores de serviços. “Todo o sucesso do empreendimento está conectado à sua realização com o custo e prazo planejados. Em caso de interferências não previstas, atuamos de forma a recuperar o atraso de modo incisivo.” Dentre os grandes desafios da obra, Moyses res-
salta a tarefa de conciliar o atendimento aos usuários com a reforma. “Trata-se de um conjunto de obras dentro de um complexo em funcionamento. Assim, as inovações deste projeto são os sistemas construtivos a serem aplicados de modo a impactar o mínimo possível no dia a dia do complexo hospitalar. Além disso, temos que saber conciliar a logística de obra ao prazo disponível.” Experiência Obra Gerenciada conta com profissionais especia-
lizados nas diversas etapas de projetos e obras. São engenheiros de planejamento, produção, orçamentistas e de instalação, arquitetos, analistas contábeis, técnicos e toda estrutura necessária para apoio e suporte. A metodologia de trabalho traz uma gestão completa do negócio, de modo que todo o investimento retorne através de controles rígidos que resultam em um empreendimento de qualidade dentro das especificações, prazos e custos otimizados.
“Trata-se de um conjunto de obras dentro de um complexo em funcionamento. Assim, as inovações deste projeto são os sistemas construtivos a serem aplicados de modo a impactar o mínimo possível no dia a dia do complexo hospitalar. Além disso, temos que saber conciliar a logística de obra ao prazo disponível.” Marcelo Moyses, Sócio Diretor da Obra Gerenciada
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Sinergia entre grupos EXPANSテグ
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Parceria bem sucedida Trabalho em conjunto entre hospital, gerenciadora, projetistas e construtora Ê o primeiro passo para alcançar o sucesso no resultado Health 191 ARQ
A
pós o término dos serviços de fundação profunda e contenções do Hospital Villa Lobos – CEMA, a Incorbase Engenharia LTDA foi contratada para executar todas as obras de engenharia civil, bem como a administração e acompanhamento técnico de todos os serviços de instalações hidráulicas, elétricas, ar condicionado e seus sub-sistemas. A construtora foi também responsável por todos os trabalhos de apoio civil quanto à infraestrutura dos serviços de proteção e blindagem radiológica, equipamentos das salas de cirurgia, correio pneumático, sistema
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Health ARQ
de lógica, imagem, som, CFTV, marcenaria entre outros necessários para o completo e perfeito funcionamento do hospital, que passou a operar em seu pleno atendimento no dia seguinte à sua inauguração. O maior desafio foi motivado pelo fato de a obra localizar-se ao lado de um importante centro hospitalar já em funcionamento. “Tratava-se de um novo empreendimento, implantado contiguamente ao Hospital CEMA já existente. Por isso, nossos maiores esforços foram a interligação dos dois hospitais, contornando as interferências e ajustando al-
guns sistemas tais como a entrada de energia elétrica, bateria de grupos geradores, central de gases, lavanderia, cozinha, entre outros para não interromper, interferir ou mesmo prejudicar o funcionamento da instituição”, afirma o engenheiro Carlos Roberto Briscese Gullo, Sócio da Incorbase. Todos esses trabalhos duraram 24 meses e foram entregues dentro do prazo previsto. A este sucesso, Briscese Gullo acredita que a sinergia entre o Grupo de Trabalho do hospital, gerenciadora, projetistas e construtora foi essencial para executar tudo du-
rante o calendário proposto. “Planejamento adequado, conhecimento técnico e especializado em obras hospitalares e perfeita sintonia entre todos os envolvidos contribuíram para cumprir todas as metas preestabelecidas. A presença ininterrupta do cliente junto à obra sempre foi muito positiva, com um verdadeiro espírito de parceria e auxílio na solução de problemas e no pronto encaminhamento de soluções.” Em uma área construída de 16 mil m², a nova unidade possui cerca de 200 leitos, distribuídos em
nove andares, sendo quatro para internação, com 22 apartamentos cada, um andar com 14 salas cirúrgicas, Unidade de Terapia Intensiva com 20 leitos e Semi-intensiva com dez apartamentos. Conta ainda com um Centro de Diagnóstico dotado de laboratórios de análise clínica, exames de imagem de última geração, exames cardiológicos, endoscopia digestiva e respiratória, hemodinâmica (estudo dos movimentos da circulação sanguínea) e radiologia intervencionista (procedimento radiológico que usa cateteres e sondas que podem substituir alguns ti-
pos de cirurgia). Mercado da saúde Segundo avaliação de Briscese Gullo, para realizar uma obra de alta complexidade, como é em estabelecimentos da saúde, deve-se estudar previamente os desafios que serão enfrentados. Por isso, cada vez mais, exige-se um rigoroso critério e avaliação na contratação das empresas. “Nos clientes mais estruturados há uma consciência da valorização deste tipo de serviços. Para outros, que valorizam apenas os aspectos financeiros, ainda há a opção por projetistas
Health 193 ARQ
Sinergia entre grupos
EXPANSÃO e empresas não especializadas. Nestes casos, o resultado final nem sempre será satisfatório e, consequemente, nem o aspecto financeiro será preservado. Assim, a instituição arcará com todos os problemas decorrentes de uma obra mal projetada, mal planejada e mal executada”. Dentre as obras que a Incorbase atuou estão o Instituto Central do Hospital das Clínicas, em São Paulo, e o Centro Infantil Boldrini, em Campinas, dentre mais de uma dezena de outras importantes obras hospitalares que constam em seu acervo técnico.
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Health 195 ARQ
EXPANSÃO
Facilidade
Novas edificações
Hospitais da rede Amil investem na tecnologia drywall na construção
O
s investimentos do Grupo Amil nos hospitais de sua rede trouxeram também um projeto inovador, o Hospital das Américas, localizado no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ). Com previsão 196
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para inaugurar parte do complexo ainda em 2013, tem seu funcionamento total previsto para o ano que vem. A instituição contará com recursos de emergência, internação, centro de diagnóstico, consultórios, centros de
ensino e pesquisa e centro de convenções. Além disso, serão 484 leitos e 252 consultórios de diferentes especialidades médicas que contarão com alta tecnologia para tornar o atendimento mais fácil e dinâmico. Haverá um
sistema via Internet que permite a transmissão de dados e imagens, além da utilização do prontuário eletrônico dos pacientes. Também haverá a área de oncologia, oferecendo atendimento completo aos usuários. O projeto desta obra passou por uma série de adequações ao longo dos anos para que pudesse atender às inovações constantes que surgiram no setor de engenharia e arquitetura, demandando centenas de estudos e compatibilizações muito específicas de diretrizes de projeto. Desde o início da obra, a Engekons, empresa especializada no sistema drywall, tem atuado com consultoria técnica, elaboração de projeto executivo detalhado e controle da qualidade através de inspeções periódicas na construção e apoio técnico remoto constante. Validando assim o conceito
sistêmico de atividades, visando transformar o ambiente da obra igual ao de uma fábrica. O consultor da Engekons, Itio Iamamoto, acredita que todos os profissionais envolvidos nessa transformação devem passar por treinamentos práticos na obra, buscando-se uma integração dos profissionais de todos os níveis de interface na produção. “Nessa obra, houve inúmeros treinamentos de acordo com o avanço das fases na produção, gerando uma harmonia de obra limpa e produção entrosada”. Entre os treinamentos que foram oferecidos na obra estão procedimentos específicos, passo a passo, tais como: RRM (Requisição e Recebimento de Materiais), importante para garantir que todos os materiais estejam alinhados com as especificações e normas, principalmente quanto à qualidade dos
mesmos, armazenamento, corte X das chapas para conferir a aderência do cartão no substrato. O procedimento MGU (Marcação e Guias), que explica como se deve locar e afixar as guias que dão origem as paredes de drywall. Na sequência o MES (Montagem Estrutural), procedimento que orienta como montar as estruturas, paginações e posições dos montantes, juntas telescópicas de dilatações, folga anti-capilaridade, vãos, enfim, a instalação dos montantes; e o fundamental procedimento ITD (Instalações no drywall), procedimento que integra as demais frentes, apresentando critérios e modos de como se executa as instalações no Drywall, como caixinhas elétricas, passagem de tubulações dentro das paredes, saídas de hidráulica e elétrica, impermeabilização, reforços e outros. Uma vez con-
Health 197 ARQ
Facilidade
EXPANSÃO cluídas as instalações nas estruturas do sistema de paredes de drywall, segue o procedimento de fechamento das paredes, ou seja, CHA, procedimento de chapeamento, como se deve paginar, cortar, garantir amarrações, aparafusamentos corretos, informações fundamentais; o ACA, que orienta sobre o tratamento das juntas (Acabamento) para nortear o correto modo de se ter um drywall com acabamento perfeito, sem a necessidade do uso de massa corrida; e o PIN, instruções voltados à pintura, mostrando como se deve pintar o drywall para chegar a uma superfície plana, sem ondulações, imperfeições, principalmente na luz ra-
sante, auxiliando o profissional a finalizar com qualidade diferenciada. “Esses procedimentos têm sido fundamentais para complementar os projetos executivos, confirmando que o drywall é um sistema e exige uma implantação do seu conjunto para validar todas as inúmeras vantagens na obra”, ressalta Itio Iamamoto Jr., Consultor Técnico da Engekons Consultoria da Qualidade e Drywall. De acordo com Iamamoto, as paredes de drywall, em áreas com radioterapia ou radiação, tiveram que ser projetadas com tipologias e detalhes para receberem camadas de chumbo. A complexidade e o volume de instalações,
passando pelas paredes e entre-forros de drywall ou removíveis, tiveram que ser direcionadas em posições e condições específicas para não comprometerem a resistência mecânica das paredes, isolamento acústico, estética, enfim, um trabalho em projeto e consultoria no campo constante durante toda a obra. Também foram necessários cuidados nas especificações das tipologias das paredes para garantir uma acomodação correta das instalações dentro das paredes de drywall, evitando-se riscos de perfurações de instalações e patologias ou manutenções futuras. “Um projeto hospitalar demanda um trabalho muito profundo de análise, espe-
“Trabalhamos com o Grupo Amil há vários anos e temos quebrado uma série de paradigmas do mercado da construção civil, como por exemplo, a execução de paredes e forros de drywall sem a aplicação de massa corrida, tornando a qualidade final do drywall excelente e trazendo uma série de benefícios decorrentes.” Itio Iamamoto Jr., Consultor Técnico da Engekons Consultoria da Qualidade e Drywall 198
Health ARQ
cificação e principalmente implantação como apoio constante à obra, via consultoria, para garantir-se a implantação dos próprios projetos executivos, mas também de procedimentos passo a passo que complementam o projeto na obra, somado a inspeções periódicas de acompanhamento”, diz Iamamoto. Para a elaboração do projeto executivo foi preciso analisar todos os projetos em cada ambiente, em planta, corte, vista, e principalmente, analisar as fichas técnicas e elementos do tipo válvulas de mono comando ou similares, registros, caixas embutidas, fan coil, dutos, tubulações em geral, sistema de correio pneumático, tudo para garantir a correta instalação no drywall, eliminando-se os riscos patológicos ou até mesmo problemas na prática. Tudo sempre com a execução de pro-
tótipos técnicos na obra para um aval de todos os responsáveis. “A maior dificuldade da consultoria e elaboração do projeto executivo de drywall para esta obra, com certeza, foi a compatibilização entre projetos, principalmente em relação aos de instalações. Isso porque envolve uma série de informações que se cruzam e remetem a necessidade da aplicação de regras, procedimentos e normas para evitar problemas durante a execução, ou até mesmo patologias e manutenções futuras. Tudo seguido do constante apoio aos profissionais de campo, na produção, validando o projetado e procedimentos, visão sistêmica, igual a uma fábrica”, explica o Consultor Técnico. Segundo Iamamoto, o entrosamento entre todos os profissionais tem sido um grande diferencial nesta obra, desde o comando
até os montadores, validando o conceito proposto de trabalho em equipe, com respeito e comprometimento. Mesmo com as dificuldades, a consultoria não deixou de fora os cuidados com a sustentabilidade. Para isso, durante a elaboração do projeto executivo de drywall, foi tomado o cuidado em gerar diretrizes que reduzem ao máximo a taxa de desperdício dos materiais, com projeto de paginações da estruturação e chapeamento. “Além disso, aplicamos todos os nossos procedimentos, passo a passo na obra, com treinamentos práticos, cujo foco é a industrialização do processo e otimização no uso dos materiais. De outro lado, recomendamos sempre a separação dos resíduos de chapas de Drywall e metais, para retorno até o fabricante que os reciclam”, conta. Além do Hospital das
Américas a Engekons também participou das obras do Hospital Vitória, no bairro Anália Franco, na cidade de São Paulo, concluído há cerca de três anos. “Este foi um projeto específico e diferente, inclusive com relação ao conceito e momento. Temos trabalhado com o Grupo Amil há vários anos, para se ter uma ideia, nas obras da Amil, temos quebrado uma série de paradigmas do mercado da construção civil, como por exemplo, a execução de paredes e forros de drywall sem a aplicação de massa corrida, tornando a qualidade do drywall excelente e trazendo uma série de benefícios decorrentes. Na obra do Hospital Vitória de São Paulo e Hospital das Américas, em andamento, já implantamos esse processo e a aceitação é unânime por parte do cliente e construtora” , conta Iamamoto Jr.
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