Revista HealthARQ 9a Edição

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CARTA AO LEITOR

Construções verdes Caro leitor, Um assunto que tem ganhado cada vez mais espaço dentro do universo da arquitetura e da engenharia é a sustentabilidade. A preocupação com o meio ambiente foi incorporada não somente por arquitetos e engenheiros, mas também pelos empresários e profissionais que atuam dentro das instituições de saúde. Com isso, podemos observar um significativo crescimento de construções e reformas que utilizam materiais que não prejudicam a natureza, madeira de reflorestamento e também que façam a destinação correta dos entulhos. Para consagrar as obras que conseguem seguir a risca esses cuidados está a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações, utilizado em 143 países, concedido pelo Green Building Council. Um exemplo de construção dentro do segmento da saúde que segue com esta certificação é a obra de ampliação do Hospital Nove de Julho em São Paulo. Totalmente sustentável, o processo recebeu a certificação desde o seu início. Em entrevista exclusiva a HealthARQ, a Afonso França Engenharia, empresa responsável pela construção, fala sobre o andamento da obra. Além disso, os fundadores da empresa contam sobre seu início, tecnologias e planos para o futuro. Outra edificação inaugurada recentemente que também demonstrou preocupação ambiental foi a quinta ampliação do Hospital Unimed Sorocaba. O projeto recebeu investimento de, aproximadamente, R$ 50 milhões, e teve todo seu entulho destinado para descarte correto e reciclagem. Além disso, a última edição de 2013 da HealthARQ traz uma reportagem sobre a ABDEH (Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar), que completa 20 anos em 2014. Outro destaque é a matéria especial sobre o Plano de

Expansão do Hospital Sírio-Libanês. O projeto prevê diversos pontos de conexões mediante construção de passarelas e túneis, interligando os quatro blocos existentes com os três novos. O Instituto de Oncologia Santa Paula, a maternidade do Hospital Moinhos de Vento, que aposta na iluminação para humanizar o ambiente, e a integração entre Unimed Betim e Unimed-BH também são destaque nesta edição.

Que todos tenham uma excelente leitura!

Edmilson Jr. Caparelli Publisher



EXPEDIENTE

PRESIDENTE Edmilson Jr. Caparelli ecaparelli@grupomidia.com

RELAÇÕES Institucionais Jailson Rainer jailson@grupomidia.com

DIRETORA ADMINISTRATIVA Lúcia Rodrigues lucia@grupomidia.com

DIRETORA DE MARKETING/ EVENTOS Erica Almeida Alves erica.alves@grupomidia.com

CONSELHO EDITORIAL Edmilson Jr. Caparelli, Erica Alves, Jailson Rainer e Lúcia Rodrigues

diretor comercial Marcelo Caparelli marcelocaparelli@grupomidia.com

DEPARTAMENTO DE criação e diagramação Erica Almeida Alves Valéria Vilas Bôas

editorial PUBLISHER Edmilson Jr. Caparelli

gerente comercial Gislaine Almeida gislaine@grupomidia.com

REDAÇÃO Carla de Paula Pinto carla@grupomidia.com Thiago Cruz thiagocruz@grupomidia.com Patricia Bonelli patricia@grupomidia.com Jéssica Gomes jessica@grupomidia.com

COMERCIAL Giovana Teixeira giovana@grupomidia.com Joyce Anne Matta joyce@grupomidia.com Roberta Cruz roberta@grupomidia.com

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Assistente Comercial Janaiana Marques jana.marques@grupomidia.com

A revista HealthArq é uma publicação trimestral do Grupo Mídia. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional. O conteúdo dos artigos é de responsabilidade dos autores. A reprodução das matérias e dos artigos somente será permitida se previamente autorizada por escrito pelo Grupo Mídia, com crédito da fonte.

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CAPA

Construção Verde Hospital Nove de Julho passa por obras de ampliação com conceito sustentável e certificação LEED. Em entrevista exclusiva à HealthARQ, a Afonso França Engenharia, responsável pela construção, fala sobre o andamento da obra. Além disso, os fundadores da empresa contam sobre seu início, tecnologias e planos para o futuro.

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Construção Hospital Santa Paula inaugura Instituto de Oncologia para ampliar a capacidade de atendimento

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flexibilidade Estacionamento do Hospital Israelita Albert Einstein possui 2800 vagas e estratégias de segurança


NESTA EDIÇÃO N.09 I setembro | outubro| novembro| 2013

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humanização

Arq Destaque

Hospital Unimed Betim passa a integrar a Unimed-BH, trazendo melhorias para sua infraestrutura

A ampliação do Hospital SírioLibanês traz medidas sustentáveis e de humanização

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Sustentabilidade

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expansão Hospital Unimed Sorocaba inaugura quinta ampliação e cresce 7.418 m2, atingindo quase 20 mil m2 de área edificada

Novo prédio voltado a Diagnósticos tem obras iniciadas no Hospital Unimed Goiânia e segue dentro dos princípios de sustentabilidade

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boletim ARQ

Fotos: Divulgação

evento Encontro discute gerenciamento de resíduos no EAS Uma palestra, no Rio de Janeiro, discutiu o “Gerenciamento de Resíduos nos Serviços de Saúde”. Promovida pela ABDEH (Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar), teve como principal objetivo discutir a importância de lidar com o tema abordado, discutindo e contemplando as novas legislações que abordam o assunto. A palestra foi ministrada pela arquiteta e urbanista Regina Barcellos. O encontro reuniu, em sua maioria, dirigentes e responsáveis pelos setores geradores de resíduos de saúde, que puderam obter conhecimento sobre a RDC 306/2004 da Anvisa, além da sua aplicabilidade através da elaboração e/ou implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde.

Internacional ABDEH participa do 24º Congresso da AADAIH Representantes da ABDEH (Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar) estiveram presentes no 24º Congresso Latinoamericano de Arquitectura e Ingeniería Hospitalaria, em Mendoza, na Argentina. O evento realizado pela Asociación Argentina de Arquitectura e Ingeniería Hospitalaria (AADAIH) aconteceu pela segunda vez no interior do País, tendo sido sediado na cidade de La Plata em 2012. A associação brasileira participou através de um painel dedicado integralmente ao Brasil e suas diversidades. O arquiteto Fábio Bitencourt, Presidente da ABDEH, iniciou o painel com um panorama da arquitetura hospitalar no Brasil. Em seguida, o Vice Presidente de Desenvolvimento Técnico-Científico da instituição, o arquiteto Marcio Oliveira, apresentou trabalho sobre a arquitetura de laboratórios e a arquiteta Célia Schahin, ex-diretora regional da ABDEH-SP, discorreu sobre o projeto de seu escritório para um novo centro de oncologia em São Paulo. O arquiteto Flavio Kelner, Ex-presidente da ABDEH, finalizou a participação brasileira com uma apresentação sobre como alguns projetos da área da saúde, desenvolvidos por seu escritório, estão influenciando o processo de revitalização da área central da cidade do Rio de Janeiro.

Sustentabilidade Selo verde O hospício de Western Reserve’s, em Cleveland, nos Estados Unidos, possui 40 mil m² da Reserva Ocidental de Cleveland em sua área. Além disso, a instituição recebeu a certificação LEED ouro do Green Building Council dos EUA (USGBC) por suas instalações de energia, iluminação, água e utilização de materiais sustentáveis. Outras características verdes da instituição são a utilização de madeira certificada, pintura de baixo VOC, luminárias fotossensíveis, que são acionadas apenas quando necessário, sistemas de climatização de alta eficiência, entre outros. 10

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Lei Projetos e obras têm direitos autorais aprovados Foi aprovada pelo CAU/BR (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) uma resolução que dispõe sobre os direitos autorais em Arquitetura e Urbanismo. A norma considera que projetos, obras e demais trabalhos técnicos de criação no âmbito da arquitetura e do urbanismo são obras intelectualmente protegidas. O registro dessas obras intelectuais deverá ser requisitado junto aos CAU/UF, que farão a análise dos pedidos. O extrato dos registros efetuados ficará disponível no portal do CAU/BR. A resolução especifica dois tipos de direitos autorais: os morais, relativos à paternidade da obra intelectual e os patrimoniais, que são os direitos de utilização da obra.

Infantil Hospital na Flórida investe no público infantil O Hospital Golisano Children’s, localizado no Campus do HealthPark Medical Center no estado da Flórida, nos Estados Unidos, será construído com o objetivo de oferecer serviços de primeiro nível a crianças. Além disso, a instituição deve capacitar familiares e cuidadores transmitindo esperança na possibilidade de cura. O projeto do hospital propõe um design exclusivo com ambiente acolhedor e eficiente, integrado a natureza, a edificação com o apoio da tecnologia, e mantendo a flexibilidade da planta para possíveis reformas futuras. O novo edifício terá uma fachada longa ao sul, que poderá proporcionar economia através da utilização de energia solar. Um jardim de atividades, logo na entrada trará esculturas familiares as crianças para que sua chegada ao hospital seja mais branda.

Comemoração ABEClin comemora dez anos A ABEClin (Associação Brasileira de Engenharia Clínica) completou dez anos em 2013 e em sua comemoração, na cidade de São Paulo, apresentou o planejamento 2014 da Associação, com as novidades em cursos e demais atividades. O Vice-presidente de Marketing e Relações Institucionais da ABEClin, Ricardo Leal Reis, foi o responsável pela explanação que destacou o caráter nacional da Associação e a realização de 15 Simpósios de Treinamentos Regionais para o próximo ano. Além disso, também já estão agendados dois seminários, um na 21ª FEIRA+FÓRUM HOSPITALAR e outro em parceria com a Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica. Na ocasião, Rodolfo More, Presidente da ABEClin, relembrou os primeiros passos para o surgimento da Associação e apresentou o Prêmio João Carlos Langanke Pedroso, nome escolhido em homenagem ao idealizador da Associação, criado para reconhecimento e valorização de grandes profissionais do setor. Health ARQ

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www.saudeonline.net.br

Grupo Mídia faz cobertura na Feira MEDICA A equipe do Grupo Mídia esteve presente na Feira MEDICA, que aconteceu em Dülsseldorf, na Alemanha, de 20 a 23 de novembro. O evento é o maior do mundo no segmento da saúde e contou com a participação de mais de 4.500 empresas expositoras, sendo que destas 50 são brasileiras. Mais de 130 mil visitantes de vários países puderam conferir as últimas inovações tecnológicas do setor. O grupo entrevistou todas as empresas brasileiras e várias internacionais, além de autoridades políticas, especialistas e importantes presidentes de associações do setor. Todo este material pode ser conferido em vídeos exclusivos produzidos pelo portal www.saudeonline.net.br.

Veja a última edição da HealthCare no Saúde Online A 26ª edição da revista HealthCare Management traz em sua capa os representantes dos dois mais importantes eventos do setor médico-hospitalar: a Feira MEDICA e a FEIRA+FÓRUM HOSPITALAR. Para tanto, Horst Giesen, Diretor da MEDICA 2013, e Dra. Waleska Santos, Presidente e Fundadora da HOSPITALAR Feira + Fórum, comentam sobre a participação do Brasil no evento e a parceria entre os eventos que já dura mais de 10 anos. A revista também traz uma entrevista exclusiva com Michael Porter, a cobertura do II Fórum Anual Setorial de TI, promovido pela ABCIS (Associação Brasileira CIO Saúde) e o especial Norte-Nordeste, que fala sobre a gestão das principais instituições de saúde das regiões.

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Agende-se! O Saúde Online traz a agenda completa dos principais eventos que acontecem no setor da saúde. São encontros direcionados para todas as especialidades do setor como TI, Sustentabilidade, Hotelaria, Arquitetura Hospitalar, dentre outros quesitos que permeiam pontos fundamentais da gestão hospitalar. Você também confere a cobertura completa dos principais debates que acontecem no segmento e entrevistas exclusivas com gestores, CIOs, especialistas, dentre outros profissionais.

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Sustentabilidade

ILUMINAÇÃO

Sustentabilidade no ambiente hospitalar Investimento adequado em iluminação pode contribuir, não somente para a economia da instituição de saúde, mas também com o meio-ambiente 14

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Brasil ocupa o quarto lugar entre os países que mais concentram edificações feitas a partir de critérios ambientalmente adequados. E na área hospitalar, a iniciativa deve contemplar tanto a redução do consumo de recursos naturais como a utilização de matérias que contribuem para uma recuperação mais rápida dos doentes. A sustentabilidade em hospitais vai muito além da redução do uso de fontes tóxicas e da utilização de materiais e produtos de fontes sustentáveis. Ela engloba investimentos que contribuem para a recuperação mais rápida dos doentes, o que inclui escolha adequada do mobiliário médico, qualidade do ar durante a construção, controle ambiental de fumaça, até a questão de ordem acústica, controle dos sistemas térmicos e dos sistemas de iluminação. O conforto térmico, a luz diurna e o controle do sistema de iluminação são aspectos que auxiliam na recuperação do paciente. A luz do dia contribui para reduzir o estresse e diminuir o tempo de recuperação. No caso de idosos, sua presença ajuda a manter os níveis de cálcio e o pa-

drão de visão. Mas quando a luz artificial precisa ser usada, é importante que a mesma não aqueça sobremaneira para garantir um ambiente saudável e produtivo. Além disso, um simples gesto como permitir o controle do sistema de iluminação, pode ajudar na recuperação do paciente. Reduzir o risco de exposição do paciente a fontes que contêm elementos químicos danosos à saúde é um passo importante rumo à sustentabilidade. A substituição de lâmpadas que levam mercúrio e outros metais pesados em sua composição é um requisito para tornar o ambiente hospitalar mais saudável e está condicionado a uma política de compras saudáveis capaz de indicar produtos alternativos. A credibilidade da tecnologia a ser adotada é fator essencial. Neste aspecto, não basta o discurso, mas sim que seja assegurada a qualidade dos produtos substituídos por testagem em laboratórios com metodologia adequada. Um hospital só pode ser considerado como sustentável se as ações levarem em consideração o tripé meio ambiente, investimento e potencial humano. “O compromisso com a redução dos impactos ambientais deve

andar de mãos dadas com a busca do bem-estar dos pacientes e profissionais que lá atuam e os benefícios financeiros do investimento”, avalia o diretor da divisão LED da Lâmpadas Golden, Ricardo Cricci. Evento focado Para discutir a importância da sustentabilidade no segmento hospitalar que Lâmpadas Golden, Via Luz e L+M Gets promoveram seminário no Museu da Casa Brasileira em 14 de outubro voltado a arquitetos, decoradores e tomadores de decisão da área de saúde. Na ocasião, Paola Figueiredo, do Grupo SustentaX, especializado em sustentabilidade de negócios, de empreendimentos imobiliários, de produtos e serviços, falou das tendências e aspectos que envolvem o tema no ambiente hospitalar, que vai da redução do uso de produtos com mercúrio, chumbo, cádmio e cobre ao controle dos sistemas de iluminação e de conforto térmico. Para o sucesso da iniciativa, a especialista alerta que a retirada gradual de produtos deste tipo envolve uma política de compras sustentáveis e reciclagem dos itens retirados. Em uma edificação hosHealth ARQ

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Sustentabilidade

ILUMINAÇÃO pitalar, o acesso à iluminação e ao controle de temperatura, por exemplo, têm impacto direto sobre as pessoas, influenciando diretamente na recuperação dos pacientes. Por isso, ao escolher um produto sustentável em iluminação o gestor precisa estar ciente que o investimento deve garantir a sustentabilidade do negócio e o bem-estar das pessoas, mas a escolha do produto deve também obedecer a critérios técnicos, pois “especificar não é só dar o nome, é referência de marca”, finaliza Cricci.

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LED e sustentabilidade: •

Economia de energia de até 90%

Baixo consumo de energia

longa durabilidade e menor custo de manutenção

Não emite ultravioleta e infravermelho

Não contém metais pesados em sua composição

Não desbota as cores dos objetos

Baixa geração de calor

Permite dimerização

98% dos materiais que compõem a lâmpada LED são recicláveis

Elas são menos agressivas à vista humana e não demoram ao serem acesas novamente, quando são desligadas


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Tendência LED

ILUMINAÇÃO

Iluminação Ideal

A iluminação em Led, além de mais moderna, gera redução de custos 18

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Hospital Bandeirantes inaugurou recentemente um novo Centro Cirúrgico para procedimentos de alta complexidade, incluindo salas específicas para neurocirurgias e videolaparoscopias. Os ambientes foram equipados com recursos de infraestrutura e tecnologia médico-hospitalar de última geração, contemplando portas de acionamento automático, monitores de alta definição e focos cirúrgicos à LED. Tudo isso garante luminosidade adequada, amplitude, controle de temperatura e umidade

através de sistema de ar condicionado com fluxo laminar e pressão positiva, além de sets de videolaparoscopia de alta definição. Foi adquirido um intensificador de imagem de 12”, o que possibilita a realização de procedimentos híbridos, facilitando a interação das equipes multiprofissionais e integrando procedimentos que, até hoje, precisariam ser realizados em tempos cirúrgicos diferentes. A iluminação é um dos pontos que também merece destaque, pois foram utilizadas luminárias quadradas de embutir 60

x 60 cm com frontal leitoso, que possuem um alto fluxo luminoso e uma luz difusa. “Como resultado, o ambiente ficou muito bem iluminado e com um consumo de energia 60% menor em relação a lâmpadas fluorescentes convencionais. A iluminação LED tem sido muito eficiente para as instituições de saúde, gerando grandes economias em energia elétrica e drástica redução no custo de manutenção”, conta André Altschul, Diretor Comercial da Solelux. A obra divida em várias etapas avaliou minucio-

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Tendência LED

ILUMINAÇÃO samente, na primeira delas, quais seriam os locais chaves para utilização das lâmpadas LED. “Dentro dessa avaliação foram considerados os seguintes pontos dos LEDs: valor total do investimento, tempo das lâmpadas ligadas, economia de energia elétrica e de ar condicionado, redução do custo de manutenção e, por fim, o retorno do investimento (“pay back”)”, conta. O Centro Cirúrgico da instituição foi um desses locais, no qual, através da planta arquitetônica, foi desenvolvido um projeto Luminotécnico que defi-

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niu o posicionamento e a quantidade de luminárias necessárias para obter-se a intensidade luminosa ideal para cada ambiente seguindo a norma NBR. De acordo com Altschul, cada local de trabalho exige um nível de iluminação ideal e por isso é muito importante que o projeto de iluminação seja bem feito, considerando todos os pontos do ambiente como: pé direito, altura da luminária, textura e cor das paredes, piso e teto, móveis e equipamentos. “Por esses motivos o uso correto da luminária é imprescindível para o melhor

resultado na iluminação. Além do que, um ambiente com iluminação correta gera mais produtividade e bem estar”. O LED utilizado nessas luminárias é de alta performance e eficiência: 100 lúmens por Watt, o que propicia boa iluminação com baixo consumo de energia. Outro ponto importante é a vida útil de 50.000 horas desse LED utilizado, gerando uma redução drástica no custo de manutenção nesse local, onde a troca de lâmpadas convencionais seria muito complexa e cara.


FICHA TÉCNICA Nome do empreendimento: Hospital Bandeirantes - Centro Cirúrgico Prof. Dr. Domingos Lerário Data do Projeto: Setembro/2010 Obra: Dezembro/2012 a Agosto/2013 Área total construída: 740,00m² Empresas sub-contratadas: Construção: TOTUS Engenharia Obra (empresas responsáveis) Arquitetura: AWL Planorc Engenharia e Consultoria Ltda – Eng° Alexandre Laguna Construtora: TOTUS Engenharia Ltda – Eng° Marcelo Scardua Coordenação: Arq. Raíssa Rodrigues Colaboradores: Gerenciamento de licitação: AWL Planorc – Engenharia e Consultoria Ltda Projetos (empresas responsáveis): Ar-condicionado: Constru-Ar Engenharia S/C Ltda Arquitetura: CABE Arquitetura Interiores: Denise Vanderlinde – Arquitetura e Interiores Elétrico e hidráulico: EAPEC – Engenheiros Associados Gases Medicinais: EAPEC – Engenheiros Associados Luminotécnico: SOLELUX Prevenção e Combate a Incêndio: INSTALKAJI Fornecedores de Material e Serviço: Aço Inox – Flow Técnica Andaimes – Andraus Ar-condicionado – R Vieira Engenharia e Ar Condicionado Automação – ENCON Concreto – Totus Engenharia Divisórias e Portas – KWE Marcenaria Detalhes da Obra: Drywall – Zé Beré Gesso Esquadrarias madeira – KWE Esquadrarias metálicas – Alumínio: Espaço VIP Estrutura metálica – GSM Fios – PJ Elétrica Impermeabilização – Imperial Instalações Hidráulicas e Elétricas – MVS Instalações e Manutenções Elétricas Luminárias – Solelux Revestimento vinílico de parede – Uniplac Pinturas – Multi Tintas Piso Vinílico – Panaflex Pisos Porta corta-fogo – DKS / Instalkaji Mão de Obra Civil – Totus Engenharia Fornecedores de Equipamentos: Acabamentos de elétrica – PIAL Legrand Calhas e Rufos – Totus Engenharia Combate a incêndio – Instalkaji Proteção à Incêndio Detectores de fumaça – Instalkaji Proteção à Incêndio Distribuição de água quente e fria – Totus Engenharia Escadas/exaustão mecânica – R Vieira Engenharia e Ar Condicionado Louças – Deca Metais sanitários – Docol Pressurização – Enimed Placas de Dry wall – Zé Beré Gesso Batente Metálico – JF Health ARQ

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Parada certa

FLEXIBILIDADE

Ponto fundamental

Estrutura do local direcionado ao estacionamento de veículos dentro de uma instituição de saúde é importante para segurança e bem-estar dos pacientes

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estadia do seu veiculo”, revela a Gerente. Mas além de oferecer comodidade aos usuários do hospital o estacionamento precisa garantir também segurança. “Pensando nisso, nosso serviço de garagem é 100% vallet, transitando no local somente os manobristas”. Além disso o hospital separou os fluxos entre recepção e entrega de veículos. “O fundamental é respeitar a necessidade de cada um, do paciente dos nossos Centros de Oncologia, Reabilitação e Hemodiálise aos nossos clientes da Medicina diagnóstica, e à eventos especiais que são realizados em nossos auditórios”, completa Maricioneida. Foi criada também, nas áreas de garagem, uma Si-

nalização Horizontal (de piso) com rotas de segurança (ou faixas de retenção), para orientação do encaminhamento dos pedestres, ao longo das circulações de veículos, até chegarem a algum núcleo de elevadores. Essas rotas também receberam uma Sinalização Vertical (placas) complementar. De acordo com Fadva Ghobar, Diretora da Ghobar Arquitetura, é essencial para uma instituição de saúde uma garagem que pressuponha um bom resultado no seu todo, desde o projeto, no qual seus espaços e necessidades são cuidadosamente pensados até sua finalização. “Uma garagem bem projetada tem grandes chances de sair do papel sem criar problemas

para o andamento da obra, e mesmo que imprevistos aconteçam no decorrer da obra, a situação pode ser minimizada ou resolvida, considerando-se sempre as diretrizes pré-estabelecidas para garagem”, diz. Em um hospital, uma das principais atenções quando se refere à logística do local deve ser dada aos idosos e “portadores de necessidades especiais” (PNE), o que implica em oferecer vagas especiais para esses usuários, e sempre próximos aos elevadores. Fadva relata que todo o projeto da ampliação do Complexo HlAE foi um grande desafio para as equipes de arquitetura, uma vez que já havia vários edifícios e áreas de garagem, em uma im-

Foto: Patrícia Sobrinho

o Hospital Israelita Albert Einstein o estacionamento tem 2800 vagas disponíveis para clientes e visitantes. Para determinar o espaço que o hospital ocuparia foi feito um plano diretor de obras, que é revisitado a cada cinco anos para seguir as diretrizes estabelecidas. “Nosso objetivo é sempre priorizar os pacientes no fluxo do check in e check out”, diz Maricioneida Gaselato, Gerente de Serviços do hospital. O serviço de estacionamento é bastante importante, pois alguns clientes, como os pais que visitam a maternidade, passam um tempo maior na instituição. “Pensando nisso, criamos um pacote de descontos nas tarifas quanto a

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Parada certa

FLEXIBILIDADE plantação complexa, na qual teriam que acomodar todos os novos edifícios, interligando-os aos já existentes e considerando também as setorizações das atividades do Hospital. Muitas das garagens, tanto as novas como as já existentes, não tinham como se interligar. “Algumas áreas de garagens, de alguns setores do hospital, possuíam vagas bem próximas a esse setor, onde os usuários poderiam acessá-las sozinhos e se dirigirem, de forma rápida e direta, a esses locais”, conta a arquiteta.

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Porém, boa parte das vagas de todo complexo, estavam concentradas em algumas regiões (ou no Deck Park, ou em outros edifícios) que, nem sempre, estariam perto do setor a que o usuário se destinaria, o que poderia comprometer a agilidade de suas atividades. Para isso, foi necessário criar alguns “núcleos” de Vallet para direcionar os veículos, em áreas que centralizassem o acesso a vários setores/atividades do complexo e assim propiciar melhor conforto e agilidade aos usuários. “Um desses

Vallets teve uma especial atenção de nossa parte, pois acabou tendo um caráter de “Praça”, pois ficou em uma área ampla, rodeada por algumas arvores, recebendo uma cobertura especial”, conta Fadva. Outra questão importante para a organização e otimização das garagens trabalhada foi criar algumas áreas específicas para veículos de médicos e funcionários, uma vez que cada uma delas tinha necessidades e abordagens específicas, baseadas nas diretrizes apresentadas pelo hospital.


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Especialização

FLEXIBILIDADE

Projeto flexível Hospital investe em neurologia e prima pela humanização e flexibilidade em seu Plano Diretor

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rocurando oferecer um serviço assistencial e acadêmico cada vez melhor, iniciou-se em 1999 a construção do Instituto de Neurologia de Curitiba (INC). O objetivo da criação de um hospital dedicado a especialidade da área neurológica foi associar a mais moderna tecnologia a um corpo clínico de excelência e preocupado em garantir atendimento médico mais humano. Além disso, a instituição tem como missão desenvolver atividades acadêmicas, principalmente de ensino e pesquisa médica. Inaugurado em 2003, o Instituto de Neurologia de Curitiba é uma instituição hospitalar que preza pela

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qualidade e pelo tratamento diferenciado no atendimento aos seus pacientes. Com o intuito de oferecer um atendimento de alta complexidade de excelência, o INC está continuamente em busca de novas tecnologias e conhecimentos, investindo na modernização de sua estrutura física e atualização constante de sua equipe. Inúmeros trabalhos científicos e livros foram publicados ao redor do mundo, e os integrantes do grupo passaram a divulgar sua experiência através de um grande número de apresentações científicas em congressos, tanto no Brasil como no exterior. “O INC nasceu como hospital de neurologia e

foi agregando várias especialidades ao longo de sua existência. Hoje, conta também com atendimento na área de cardiologia, endoscopia e tratamento de tumores cerebrais através de um equipamento de última geração que trata destes problemas sem a necessidade de internação. Esta clínica foi implantada no INC e é hoje a mais moderna da América do Sul”, conta Adolfo Sakaguti, Diretor da Sakaguti Arquitetos Associados, empresa responsável pelo projeto do Instituto. O Plano Diretor da instituição, passou por inúmeras mudanças, o que, segundo Sakaguti, é natural para estudos desta complexidade. “O que, efetiva-


mente, ajudou na definição foi a topografia do terreno com declive acentuado em direção ao bosque dos fundos”, conta Sakaguti. Foram avaliadas as questões de ampliações futuras através de aquisições de terrenos vizinhos, o que acabou acontecendo. “No Plano Diretor definitivo privilegiamos as circulações e os acessos, definindo claramente, e em primeiro lugar, o pronto atendimento. Em seguida, foi definido o acesso social bem no centro da edificação. Privilegiamos também os ambientes com vista

para o bosque como consultórios, apartamentos e áreas de terapia”. Como um hospital está sempre necessitando de aperfeiçoamentos, adaptações ou ampliações, a flexibilidade da planta determina algumas diretivas de projeto, seja estrutural ou de material divisório. “Na estrutura, procuramos algo que alcance grandes vãos, mas que possibilite também intervenções como aberturas de pequenos furos, como vãos de novas escadas”, explica o arquiteto. A humanização do local

foi trabalhada com o cuidado nas escolhas de cores suaves, materiais de revestimento amigáveis e decoração de ambientes que desvinculassem a ideia de ambiente hospitalar. As curvas foram utilizadas com frequência em contraponto às formas externas retangulares da edificação. Foram introduzidas áreas ao ar livre para estar e relaxamento. “Além disso, o projeto foi conduzido de forma a contemplar várias medidas de sustentabilidade sem o foco da certificação”, conta Sakaguti.

“No Plano Diretor definitivo privilegiei as circulações e os acessos, definindo claramente, e em primeiro lugar, o pronto atendimento. Em seguida, foi definido o acesso social bem no centro da edificação. Privilegiamos também os ambientes com vista para o bosque como consultórios, apartamentos e áreas de terapia” Adolfo Sakaguti, Diretor da Sakaguti Arquitetura Health ARQ

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Construção

ENGENHARIA

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Obra diferenciada Projeto e construção do Hospital Marcelino Champagnat considera humanização e sustentabilidade

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naugurado no 2º semestre de 2011, o Hospital Marcelino Champagnat, na região Sul do País, recebeu investimento de R$ 65 milhões na construção de sua unidade, integrante da Área de Saúde do Grupo Marista. O Hospital Marcelino Champagnat baseia-se nos preceitos Maristas e tem como compromisso o atendimento humanizado, ou seja, globalidade de processos de saúde, que torna mais humana a assistência. Esta iniciativa gera uma nova relação entre os profissionais de saúde e pacientes, individualizando a assistência em relação às necessidades de cada um e melhorando a qualidade nos atendimentos aos pacientes e familiares. Com uma área de 27.437 m² em um prédio de dez andares, possui sete salas cirúrgicas, 20 leitos de UTI geral, 10 leitos de Unidade Coronariana e Neurovascular (UCN). Além de um moderno centro diagnóstico e 72 consultórios médicos. No total, são 130 leitos, 97 apartamentos e o Pronto Atendimento, com 10 boxes (leitos) de atendimento, quatro leitos para emergências, oito poltronas para observação, quatro salas de procedimentos, seis consultórios e duas salas de gesso. “O hospital é referência em Curitiba e um dos mais modernos complexos hospitalares do Sul do Brasil com atuação nas áreas clínicas e cirúrgicas de média e alta complexidade”, diz Ivana Roseira, Gerente Médica do Hospital Marcelino Champagnat. Sua arquitetura é voltada à humanização dos espaços, sem descuidar da qualidade, elegância e conforto. “Propusemos espaços arquitetonicamente organizados, constituindo um meio físico estético e psicológico, especialmente preparados para o exercício de atividades assistenciais e gerais Health ARQ

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Construção

ENGENHARIA

de atendimento aos pacientes. Na delicadeza de detalhes, na preocupação com a privacidade de pacientes e profissionais, no uso das cores, dos padrões de acabamentos e demais itens de qualificação técnica focados na arquitetura de espaços hospitalares”, conta Jussara Ruggeri, Gerente de Projetos da Área de Saúde do Grupo Marista. Segundo Jussara, a concepção do projeto foi baseada em um conceito de acessibilidade, visando equiparar as oportunidades que possibilitem as mesmas chances de circulação, interação e autonomia nos espaços e acessos a todos. “Adotamos soluções arquitetônicas e urbanísticas adaptadas às condições específicas (clima e hábitos de consumo) locais com atenção especial aos itens de conforto e requintes de hotelaria”. Além disso, foi desenvolvido um projeto sustentável voltado ao aproveitamento de água da chuva, da ventilação natural e do uso da energia solar. “Assumimos o compromisso de termos um edifício mais eficiente na sua totalidade, obedecendo a critérios de avaliação, como a relação do prédio 30

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com seu entorno”, conta. A iluminação natural de ambientes internos foi utilizada com o objetivo de reduzir significativamente o consumo de energia da edificação, resultando em menor impacto ambiental com a geração e a distribuição de energia. “Além disso, o acesso à luz natural traz benefícios à saúde dos usuários da edificação, proporcionando uma sensação de bem-estar e também o conforto visual por transmitir ao ambiente 100% do coeficiente de cor e o conforto térmico”. Foram utilizadas tam-

bém películas de controle solar, que asseguram conforto térmico, eficiência energética, redução de consumo de energia elétrica com o ar condicionado e iluminação natural. Foi aplicado ainda o vidro duplo, pois além de ter um bom isolamento acústico, tem a característica de isolamento térmico. “Utilizamos esquadrias em alumínio com vidro laminado Reflecta Float verde. O Reflecta Float reflete os raios solares, reduzindo a entrada de calor no ambiente em até 60%, impedindo em até 80% a

entrada dos raios UV (Ultravioleta) e aumentando a privacidade (aspecto refletivo)”, diz a Gerente de Projetos No Centro Cirúrgico, foi aplicado um piso vinílico em manta homogênea e condutiva, com IQ PUR, que proporciona características de excelente resistência à abrasão e maior facilidade de limpeza. “A tecnologia IQ PUR é uma das melhores escolhas para áreas onde é necessário o controle da condutividade elétrica, em instalações hospitalares”, explica Jussara.

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Construção

ENGENHARIA Já a Unidade Coronariana e Neurovascular (UCN) do hospital Marcelino Champagnat oferece estrutura especializada para pacientes com problemas Cardiológicos ou Neurológicos, com equipes médicas presenciais 24h, possibilitando diagnóstico e tratamento precoce de doenças com alto índice de morbidade e mortalidade, como o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Em relação à estrutura, a UCN foi desenvolvida para ser um ambiente humanizado, com o uso de cores adequadas, plotagens, iluminação natural, divisórias em vidro, espaço arquitetonicamente organizado, constituindo um meio físico, estético e psicológico especialmente preparado para o exercício de atividades assistenciais e áreas de atendimentos aos pacientes com problemas Cardiológicos ou Neurológicos. A obra da instituição foi dividida em quatro setores, sendo dois blocos de garagem com quatro pavimentos cada um; o bloco do hospital propriamente dito e o bloco das rampas frontais de acesso. “Esta divisão levou em conta a função de cada se32

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tor e as dimensões físicas em planta de maneira a prover juntas de dilatação que minimizassem os efeitos de temperatura sobre a estrutura e alvenarias”, conta Jorge Luiz Silka Pereira, engenheiro da Procalc, empresa responsável pelo desenvolvimento do projeto estrutural. O bloco de garagens apresenta implantação em um terreno com forte aclive para os fundos e uma de suas faces mais longas totalmente enterrada. Enquanto isso, a face oposta está totalmente livre. “Isso gerou uma complexidade da

estrutura de contenção e sua solidarização com a mesma foi a principal dificuldade para estes blocos”, revela o engenheiro. Já bloco do hospital, pelas suas necessidades de grande número de tubulações de instalações, exigiu um estudo de solução de estrutura que procurasse interferir o mínimo possível com estas instalações. “Através de uma minuciosa análise do projeto arquitetônico e dos projetos de instalações, definimos uma estrutura em laje lisa maciça protendida, apoiada sobre pilares com distri-

buição modular, que, aliada a uma série de shafts proporcionou uma grande agilidade no processo construtivo e grande flexibilidade nas instalações posteriores”. Para a realização deste processo a parceria com o setor de Engenharia Clínica do hospital foi importante, pois durante a etapa de compatibilização com os demais projetos auxiliou na definição das passagens necessárias de instalações entre pisos, permitindo a localização de shafts em posições e dimensões adequadas às necessidades do hospital.

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Integração

humanização

Integração e melhorias Hospital Unimed Betim passa a integrar Unimed BH e implementa melhorias em prol do bom atendimento

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m setembro de 2012, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou a integração entre Unimed-BH 34

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e Unimed Betim, consolidando a presença do Sistema Unimed na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com a união, a

Unimed-BH somou mais de 70 mil clientes à sua carteira e 289 médicos cooperados. Além de Betim, mais sete municípios


passaram a compor a área de atuação da Unimed-BH, que alcança 34 cidades atualmente. A integração entre Unimed Betim e Unimed-BH representa mais segurança para os médicos cooperados e clientes, que passaram a contar com a solidez de uma operadora de grande porte, avaliada pela ANS entre as melhores do país, de acordo com o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS). Os clientes passaram a contar com uma área de atendimento maior e puderam usufruir de serviços, como agendamento on-line de consultas e o Alô Saúde. Os médicos cooperados tiveram ganhos imediatos com a valorização dos honorários e a ampliação do seu espaço de trabalho. O Hospital Unimed – Unidade Betim, possui 87 leitos e realizou mais de 7,5 mil internações e 186 mil atendimentos de urgência e emergência em 2012. Desde o ano passado, a Unimed-BH implementou melhorias na infraestrutura, além de fazer investimentos em novos equipamentos e na ampliação de serviços, entre outras ações para permitir avanços na assistência aos pacientes.

A Unidade teve seu parque tecnológico modernizado, com a compra de novos equipamentos para diagnóstico e tratamento clínico. Fazem parte das aquisições monitores para a Unidade de Terapia Intensiva, aparelhos de ecocardiograma, ultrassonografia, raios-X e videocirurgia. Já no Pronto Atendimento, a adoção do Protocolo de Manchester trouxe inúmeros benefícios, uma vez que os pacientes são atendidos de acordo com o nível de gravidade de cada caso, possibilitando o acolhimento do paciente grave prioritariamente. Este modelo de atenção à saúde é adotado com sucesso em serviços de urgência e emergência em todo o mundo. No plano de investimentos da Unimed-BH para Betim e região, avaliado em R$220 milhões, estão contempladas a construção de um novo Hospital Geral e Maternidade, com 380 leitos, e um Centro de Promoção da Saúde, onde os clientes poderão realizar consultas em diferentes especialidades médicas e com outros profissionais de saúde. O hospital e maternidade terá um total de 380 leitos de internação, dos quais 30 em regime de Health ARQ

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Integração

humanização hospital-dia e 80 para terapia intensiva neonatal, pediátrica e de adultos. A unidade ampliará a capacidade da Unimed-BH, em Betim, em 18 mil internações por ano, mais que triplicando o já realizado pelo hospital. Contará, ainda, com pronto-socorro, com potencial para 200 mil atendimentos anuais, o dobro da média atual, e importantes serviços, como unidade coronariana e de

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hemodiálise. O Centro de Radiologia e Exames oferecerá raios-X, ultrassom, endoscopia, mamografia, hemodinâmica, tomografia computadorizada e ressonância magnética, além de laboratório. A expectativa é de que a operação do hospital gere dois mil empregos diretos para profissionais de saúde e técnico-administrativos, além de 1,5 mil empregos indiretos. Após o fim do processo de li-

cenciamento ambiental, a nova unidade deve ficar pronta em um prazo de dois anos. Já o Centro de Promoção da Saúde ficará localizado na Praça Milton Campos, no Centro de Betim e tem previsão para iniciar as operações até o final de 2013. A unidade ambulatorial, com capacidade para mais de 70 mil atendimentos por ano, contará com nove consultórios médicos para consultas


programadas nas especialidades Clínica Médica, Dermatologia, Endocrinologia e Metabologia, Ginecologia, Hematologia e Hemoterapia, Neurologia, Neurocirurgia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Pediatria e Pneumologia. Haverá, também, disponibilidade de consultas em “Agenda Livre”, sem hora marcada, nas especialidades Clínica Médica e Pediatria. Além disso, o Centro disponibilizará atividades para promover a saúde dos clientes e estimular o autocuidado, como a Clínica do Diabético. A unidade não oferecerá atendimentos de urgência e emergência. Boas práticas arquitetônicas foram as guias orientativas que balizaram o desenvolvimento do projeto. Naturalmente, desta forma, questões envolvendo sustentabilidade, humanização e boas condições de salubridade serão trabalhadas. Foi trabalhado, sempre que possível, os ambientes com luz natural. E evitado, nos espaços de tratamento e estar de pacientes, áreas enclausuradas e sem iluminação natural. Houve um estudo para que, além do atendimento aos fluxos, fosse obtida a melhor condição de iluminação e menor

ganho de calor através da radiação. As fachadas que recebem insolação indesejável receberam predomínio de massa e cores claras para menor absorção térmica. Quando necessário, foram utilizados sistemas passivos para controlar a radiação solar. Também foi prevista a utilização de sistemas alternativos de energia. “O projeto arquitetônico deste hospital encontra-se em fase avançada de desenvolvimento. Foi objeto de um processo de concorrência. Nesta etapa desenvolvemos um esboço de fluxo, setorização, programa básico de necessidades e volumetria”, conta Eduardo Mori, arquiteto da Dávila Arquitetura e um dos responsáveis pelo projeto. Atualmente, está sendo feito o Estudo Preliminar e Projeto Básico com duração prevista de três meses. A previsão é que toda a etapa de projeto, considerando as interfaces com todos os departamentos da prefeitura, vigilância sanitária e demais projetos, terá duração aproximada de um ano. “Estimamos que a aprovação na prefeitura ocorra ainda no final deste ano. A obra têm previsão de dois anos de duração”, revela Mori. Health ARQ

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Integração

humanização No projeto, os acessos foram considerados e, para garantir acessibilidade no âmbito urbano, faz-se necessária a execução de passarelas e vias de retorno na avenida. As condições topográficas e as características do solo identificadas nas sondagens tornaram necessária também a elevação do platô de implantação. “Entretanto, o afastamento generoso da edificação, garante a continuidade entre o espaço urbano e o interior da edificação. Os acessos para os pedestres são

garantidos com rampas e escadas confortáveis e que atendem a norma brasileira de acessibilidade – NBR-9050.2004”. Além disso, existem quatro acessos distintos para veículos, para embarque e desembarque, para a garagem, acesso de serviço e acesso exclusivo para ambulâncias. O embarque e desembarque dos pacientes conta com o conforto de abrigos cobertos. Os acessos aos diversos setores do hospital é feito através de um saguão amplo que possui luz natural em abundância e que com

seu pé-direito generoso dispõe de lojas de conveniência, agência bancária e lanchonete propiciando um espaço de transição entre a rua e o interior do hospital. Já a flexibilidade e facilidade de expansão foram premissas idealizadas ainda na etapa de setorização do projeto. “A expansão deve ocorrer sem prejudicar o dia a dia do hospital. Desta forma idealizamos a expansão já prevista em estrutura construída sem acabamento interno. Além destas áreas prevemos também a possibilidade

Arquitetos Alberto Dávila e Antônio De Pádua Fialho 38

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de ampliação vertical através da construção de pavimentos acima do bloco de garagem com ligação com o bloco de internação. Todos os fluxos verticais e horizontais foram estudados para possibilitar este arranjo”, explica Eduardo. Para flexibilizar futuras alterações foram previstos vários artifícios. “Todo o sistema foi idealizado no estudo de setorização quando criamos ramais principais de instalação nas duas circulações principais de serviço que se cruzam e atendem todos

os blocos da edificação”. Para o sistema construtivo definiu-se a estrutura em concreto armado e lajes maciças. Todas as divisões internas serão feitas com paredes de dry-wall. Devido a grande lâmina ocasionada pela característica horizontal da edificação, estudou-se vazios estratégicos que possibilitam ambientação com luz natural em diversos espaços. “Além disso, definimos vazios para passagem de tubulações. As passagens e alterações futuras nas instala-

ções são facilitadas pelo entre-forro generoso, pavimento técnico com dimensões folgadas e de acesso fácil e galerias subterrâneas nos principais ramais”, conta o arquiteto da Dávila. Os transtornos causados pela expansão foram evitadas em projeto, apesar de toda intervenção pós-construção apresentar reflexos indesejáveis. A largura ampla das vias de acesso possibilita que a obra ocorra sem impactos nos demais setores do hospital.

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Alto Padrão

humanização

Bem nascer

Maternidade investe em luzes e cores para humanizar o ambiente

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Hospital Moinhos de Vento inaugurou, em março de 2011, a Maternidade Helda Gerdau Johannpeter, passando a oferecer aos seus clientes um novo conceito no assunto com base em quatro pilares: humanização, segurança/tecnologia, privacidade e hotelaria. As novas instalações funcionam em um espaço equivalente a três andares e disponibiliza 40

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Centro Obstétrico e CTI Neonatal, além de salas de recuperação obstétrica individuais, suítes, apartamentos privativos com vista privilegiada para o Rio Guaíba e para o bosque, salas de parto e leitos de observação prévia equipados com telemetria, dentre outros diferenciais. A instituição conta ainda com detalhes tecnológicos, como monitores de LED colocados na porta que

informam aos visitantes o nome do bebê e o que se passa dentro do quarto. Por exemplo, se a mãe está amamentando, se é hora do banho do bebê ou se ambos estão descansando. “A nova Maternidade reforça o conceito de acolhimento e representa um upgrade em bem-estar aliado a cuidados médicos e assistenciais, segurança, privacidade e conforto. O projeto de


arquitetura de interiores e de decoração tem padrão diferenciado, inclusive com atenção à ergonomia”, diz Carlos Emilio Stigler Marczyk, Gerente de ambientes e segurança do Hospital Moinhos de Vento. No oitavo andar, está o Centro Obstétrico, com uma sala especial para pré-parto, parto e pós-parto (PPP). No mesmo local, está a CTI Neonatal, que amplia a sua capacidade, passando de 17 para 27 leitos. São dois leitos de isolamento individuais e um leito triplo, no caso de nascimento de trigêmeos. Há também o corredor envidraçado, uma área especial para que os familiares possam ver os bebês internados na CTI, que também dispõe de iluminação especial, controlada via fibra ótica e que reproduz as condições de luz do dia e da noite (quando o teto fica estrelado) sob medida para preparar os bebês para a passagem física do tempo. Já no nono andar está a Recuperação Obstétrica, planejada para que a mãe desfrute dos primeiros instantes com o seu bebê, de forma mais privada, com boxes separados. É nesse andar que foi planejada uma ampla área de convivência, para que os familiares possam usufruir do momento com mais tranquilidade e espaço, acompanhando as rotinas do recém-nascido, como o primeiro banho. No local, há também leitos com maior Health ARQ

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Alto Padrão

humanização capacidade de monitoramento para pacientes de alto risco. O décimo andar também está reservado para a internação, com suítes e apartamentos com detalhes diferenciados. As suítes possuem uma sala de estar para os familiares, que podem comemorar a

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chegada do bebê sem interferir na privacidade da mãe. Contam ainda com uma mesa para refeições rápidas, computador, televisão e acesso a todas as facilidades por meio de um serviço de concierge, em que profissionais treinados controlam entradas e saídas e podem

oferecer todo o tipo de informações aos pacientes e suas famílias. O átrio confere leveza à fachada e aos espaços internos e recebe a luz natural através de uma claraboia. Detalhes como escadarias de mármore e móveis de estilo dão ar de requinte e sofisticação.


A arquiteta Karin Moraes, da Karin Moraes Arquitetura, responsável pelo projeto de interiores de acabamento na nova Maternidade do Hospital Moinho de Vento, conta que o tempo para desenvolver o projeto e implementá-lo foi curto. Os estudos levaram 60 dias. “Entre o desenvolvimento dos projetos necessários, sua implementação, a contratação do mobiliário, seu recebimento e a entrega dos trabalhos prontos, adequando-se com o restante do complexo hospitalar, foram cinco meses”, conta. Como o projeto foi feito para uma obra que já estava em andamento, foi necessário adequar a plástica desejada ao que já havia sido feito e as exigências da RD 50, resolução da Secretaria da Saúde e Meio Ambiente do RS. “Não houve acréscimo espacial, mas trabalhamos em cima de um novo conceito, de uma nova plástica. Outro fator preponderante foi o trabalho conjunto realizado com a todas as equipes do hospital”, revela a arquiteta. Além disso, o projeto visou a humanização, buscando novas alternativas. A iluminação, as cores e

9o andar - paginação de piso

10o andar - Suite A

10o andar - Suite B

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Alto Padrão

humanização o conforto térmico, assim como a questão sonora e visual, foram os elementos mais trabalhados. “O hospital já trabalha com estes conceitos há algum tempo, entretanto, nós conseguimos introduzir uma atualização, inserindo o que há de mais moderno, sem perder o glamour, o aconchego, o refinamento e a praticidade, quebrando um tanto as caracterís-

ticas das mesmices que existem na maioria das maternidades dos hospitais”, revela. O piso em paviflex também foi trabalhado em cores de modo que formasse um desenho geométrico nos quartos indicando o caminho ergonômico que poderia ser feito com a cama da gestante. “Revestimos também todas as paredes com papel de pare-

de lavável e resistente e trabalhamos nas cores bege, café com leite e branco. Substituímos ainda algumas bancadas dos banheiros, programadas anteriormente em mármores, onde então utilizamos o silestone. Pesquisamos o que havia de mais moderno para o uso de louças e metais para os banhos e complementos”, finaliza a arquiteta.

“O hospital já trabalha com estes conceitos há algum tempo, entretanto, nós conseguimos introduzir uma atualização, inserindo o que há de mais moderno, sem perder o glamour, o aconchego, o refinamento e a praticidade, quebrando um tanto as características mais comuns e repetidas que existem na maioria das maternidades dos hospitais” Karin Moraes, Arquiteta 44

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Especialidade

humanização

Mais novidade Dando continuidade ao seu projeto de expansão, o Hospital Moinhos de Vento inaugurou, recentemente, no 6° andar do Bloco B, em Porto Alegre, a nova Unidade de Diálise da instituição. Destinada ao tratamento de pessoas que apresentam quadro de Insuficiência Renal Crônica, a nova área contará com quatro máquinas de Hemodiafiltração. A unidade será a única no estado a realizar este tipo de terapia, que combina a hemofiltração e hemodiálise. A nova unidade passa a contar com 22 leitos e oferece modernas instalações que proporcionam mais privacidade e comodidade 46

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para os pacientes e familiares. Também possui equipe multidisciplinar capacitada para prestar cuidado médico e assistencial, seguindo os pilares do modelo da instituição que alia humanização com qualidade e segurança dos seus pacientes. A obra foi divida em duas etapas, necessitando de alguns cuidados para que o atendimento aos pacientes não fosse prejudicado. As áreas em obra foram cuidadosamente isoladas dos locais onde a unidade permaneceu em funcionamento. Foi realizada a substituição dos pisos, execução de novas paredes, forro de gesso acartonado, revestimentos e

pinturas. “Além disso, o local necessitou também de novas instalações hidrossanitárias, gasoterápicas, elétricas, de dados e voz e de combate a incêndio”, conta Geraldo Peixoto Vidal, Diretor da Engex, empresa responsável pela obra. Durantes as obras, as preocupações da construtora e da instituição eram duas: a primeira delas, viabilizar a continuidade dos atendimentos durante o período da obra. A segunda era respeitar os critérios de sustentabilidade. Para isso, os entulhos da obra eram classificados pelo tipo de material e conduzidos a um destino adequado e específico.


FICHA TÉCNICA Nome do empreendimento: Unidade de Diálise - Hospital Moinhos de Vento Endereço: Rua Tiradentes, 333, 6º pavimento Data do projeto: 2012/2013 Número de pavimentos: 1 Número de consultórios: 2 Adcional: Sala de litotripsia e comando, sala de videourodinâmica e comando, sala de treinamento e pesquisa, sala de supervisão, copa, posto assistencial, DML, sala de utilidades, 2 vestiários e sanitários, sala dos médicos, distribuição de material, duas salas de admissão de pacientes, 7 boxes de hemodiálise e 1 box de isolamento Empresas sub-contratadas: Eletrotec Construção: Obra Arquitetura: Freitas Pesenatto Arquitetura Construtora: ENGEX Engenharia e Execuções Interiores: Freitas Pesenatto Arquitetura

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Preenchendo o ambiente

humanização

Peças importantes Móveis auxiliam na humanização do hospital e devem ser confeccionados com materiais específicos para garantir a segurança dos pacientes

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humanização do ambiente hospitalar é uma preocupação constante das instituição de saúde. Principalmente depois que este assunto ganhou força com a criação da Política Nacional de Humanização (PNH), instituída pelo Ministério da Saúde. As ferramentas utilizadas pelos arquitetos para transformar o ambiente hos-

pitalar em um local mais aconchegante e que proporcione bem-estar a pacientes, acompanhantes e profissionais, vai além das cores e jogo de luzes. Os móveis são bastante importantes nesse processo, pois conseguem preencher o ambiente proporcionando conforto, praticidade e bem-estar aos usuários. Mas para isso é preciso que as

peças sejam desenvolvidas especialmente para o ambiente hospitalar. “Isso requer alguns cuidados, como materiais especiais, que garantem a higiene, durabilidade e segurança dos pacientes”, diz Socrates Lopes, Diretor da Socrates & Zeno Móveis. Poltronas fixas e giratórias, para coleta de sangue, para quartos e longarinas para espe-

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Preenchendo o ambiente

humanização ras especiais devem ser confeccionados em MDP (Medium Density Particleboard) e MDF (Medium Density Fiberboard), com acabamentos em BP liso ou madeirado de alta pressão. Além dos revestidos em viníicos ou couro ecológico. “Deste modo, os produtos ganham maior resistência e fácil manutenção. Acabamentos com bordas arredondadas, materiais resistentes as mudanças de layout, desmontagem e remontagem também são importantes para manter a integridade dos móveis, assim como ferragens com tratamento e pintura epóxi”, orienta Socrates Lopes.

Sobre a Socrates Móveis A Socrates & Zeno Móveis está no mercado há 17 anos e já forneceu poltronas Chromma e mobiliário de outros fabricantes para inúmeros hospitais pelo Brasil. Entre eles estão o Santa Paula, 9 de Julho, Paulistano, Vitória, Metropolitano, Alvorada Taquatinga e da Luz em São Paulo. JK, Total Care, De Brasilia e Alvorada de Brasília. Santa Cruz e Vitória em Curitiba. E também algumas instituições do Rio de Janeiro: HCN (Hospital de Clínicas de Niterói), São Lucas, Serv Baby (Padre Miguel), Casa de Saúde São José, Mario Lioni, Pro Cardiaco, Samaritano, TotalCare, Cardiotrauma, Casa de Saúde Santa Lucia, Paster, Hospitalys (ABBR) e o mais importante hoje, o Hospital das Américas. “Somos fornecedores do Grupo Amil há 15 anos, não só para os hospitais, mas para postos de atendimento, centros médicos e em escritórios em todo o Brasil. Este contínuo atendimento se deve a nossa agilidade nas respostas das cotações e flexibilidade nas entregas quando o prazo de entrega é essencial para finalização de algum projeto”, ressalta Zeno Lopes, Diretor da Socrates Móveis.

“Os produtos ganham maior resistência e fácil manutenção. Acabamentos com bordas arredondadas, materiais resistentes as mudanças de layout, desmontagem e remontagem também são importantes para manter a integridade dos móveis, assim como ferragens com tratamento e pintura epóxi” Socrates Lopes, Diretor da Socrates & Zeno Móveis 50

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humanização

Por uma instituição melhor

Espaço especial

Hospital do litoral Sul de São Paulo tem novo projeto para ampliar atendimento a gestantes

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Hospital Santo Amaro, localizado no Guarujá (SP), vem passando por reestruturações ao longo dos anos. O processo dedica-se a melhorias, buscando atender a população mais carente deste município. Hoje, a instituição atende 85% de sua capacidade pelo SUS. Depois de passar por diversas obras, um novo projeto está em andamento dentro do Hospital Santo Amaro. Trata-se da instalação de uma maternidade, incluindo UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) no primeiro e segundo pavimentos do edifício principal do hospital, além do acesso à maternidade pelo pavimento térreo, com conexão direta com a rua. Sendo que a primeira etapa do projeto maternidade, o segundo andar está em fase conclusiva de construção. A concepção do projeto estrutural foi baseada na solicitação do escritório de arquitetura onde o ponto de partida seria a não interrupção do funcionamento do hospital, justificada por 52

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uma demanda altíssima de leitos por parte do município” diz Maurício Oliva de Farias, Engenheiro da Stec do Brasil Engenharia, escritório responsável pelo cálculo da obra. O edifício principal possui localização estratégica em relação ao conjunto do hospital, por possuir acesso direto para pedestres, veículos e ambulâncias e por possuir áreas de circulação vertical (elevadores e escadas) e conexão horizontal com o edifício anexo. Do ponto de vista estrutural, a edificação principal foi construída com uma modulação adequada para atender o funcionamento hospitalar, o que permite abrigar nele os novos ambientes propostos em projeto. Na segunda etapa de reforma do Hospital Santo Amaro, ainda em fase inicial de desenvolvimento de projetos, está prevista a reforma do edifício anexo para a instalação dos novos setores de Atendimento de Emergência, no piso térreo, e de UTI, no primeiro pavimento, incluindo UTI Adulto, Neonatal e UTI Pe-

diátrica com um total de 60 leitos e para a construção do segundo pavimento que abrigará o Centro Cirúrgico, com 10 salas de cirurgia, Central de Material Esterilizado, Recuperação Anestésica e salas de apoio, além de um pavimento técnico. Após a conclusão da segunda etapa da reforma, a maternidade será complementada e contará com o uso dos ambientes que serão criados no edifício anexo, como a UTI Neonatal, duas salas de cirurgia para partos, recuperação anestésica, vestiários e a sala de conforto médico. Para conectar o edifício principal ao edifício anexo será construída uma torre de circulação contendo dois elevadores para macas, áreas técnicas para as máquinas de climatização, além de reservatório de água no último piso. A maternidade ocupará o térreo, primeiro e o segundo pavimento do edifício principal, totalizando uma área de reforma de 1.808 m² e abrigando dez leitos de pré-parto e 65 leitos de pós-parto, sendo 37 leitos

no primeiro andar e 28 leitos no segundo. Além disso, a instituição ganhará mais oito apartamentos duplos de internação (16 leitos novos) no primeiro andar, cuja utilização pode ser flexível, de acordo com as demandas do hospital, e abrigará a Unidade de Cuidados Intermediários para 14 berços. No pavimento térreo será instalada a recepção, consultório para exames e triagem da maternidade, bem como secretaria, cartório e coleta de leite. Será reativado o acesso de pedestres e veículos sob a marquise existente, criando conexão direta da rua com o acesso à maternidade. Segundo Maurício Oliva de Farias, em reuniões de equipe entre o escritório de arquitetura, cálculo e Diretoria do hospital foi definido como meta, a elaboração de projetos que permitissem uma logística em que a instituição não sofresse com uma paralisação, e por outro lado, os valores desta opção não fossem um cronograma físico e financeiro de muito peso. “Pensando nesta contra-


partida, optamos por aproveitar a estrutura do prédio existente somada a um projeto de reforço estrutural, o que mostrou-se viável graças a presença de uma estrutura existente sólida e com fundação adequada ao perfil geotécnico da região”, conta o engenheiro. A maior dificuldade encontrada neste processo foi a falta de informações. Foi necessário a execução de levantamentos em relação às características físicas e geométricas da construção, para que se fizessem possíveis os dimensionamentos dos reforços estruturais. O escritório de arquitetura

fez a adequação do projeto de layout em função da ampliação das peças estruturais que foram reforçadas e optou por reforços em concreto com aumento de seção, por que as duas outras alternativas apresentaram pontos negativos para sua utilização. “Os reforços em chapas de aço, esbarraram no alto grau de corrosão frente a agressividade atmosférica do litoral, o que geraria um custo elevado de proteção e manutenção. A terceira opção seria a utilização de fibra de carbono, que se faz excelente tecnicamente e a que menos prejudicaria a arqui-

teura. Porém, seu custo se tornou um grande obstáculo e vai contra a premissa de não termos um valor de obra elevado”, explica. Além disso, a construção da maternidade será apoiada em um projeto de sustentabilidade e reuniões em conjunto com o corpo clínico para que a construtora crie uma logística em conjunto com todos, de forma que a obra não traga nenhuma interferência de acústica e mobilidade ao hospital e para que os pacientes descubram apenas no dia da inauguração o nascimento do novo Hospital Santo Amaro.

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Modernização

ARQ reforma

Em busca de renovação Hospital Samaritano passa por retrofit para proporcionar maior estrutura, mais comodidade e melhor atendimento a seus clientes

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ualificado desde 2008 pelo Ministério da Saúde como Hospital de Excelência, o Samaritano participa do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi SUS), executando projetos considerados estratégicos pelo MS. Além disso, uma das prin-

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cipais iniciativas de responsabilidade social do Samaritano é o Programa de Assistência Multidisciplinar Integrada que assiste 1.570 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. O total de atendimentos no hospital é de 6.801 pacientes ao dia. “O Samaritano já ofere-

ce todas as condições para que a estadia dos pacientes seja o mais confortável possível, sejam para aqueles que necessitam de internação ou para aqueles que passam apenas pelo Pronto- Socorro e Medicina Diagnóstica. Com a reforma, o padrão de atendimento e conforto oferecido será um diferencial no processo de


escolha dos clientes”, acredita Gizele Ivanoff, Gerente de Engenharia do Hospital Samaritano. O hospital passará por um retrofit de 150 leitos. A proposta é trazer a mesma paginação de acabamento do prédio novo para as alas antigas. Será realizada uma reforma geral dos quartos, banheiros, corredores, posto de enfermagem, áreas restritas e de espera. Este processo proporcionará maior conforto aos pacientes. “A necessidade de revitalização de construções antigas é sempre notada

quando há um padrão de comparação com estruturas novas. Isso aconteceu com a entrega de um prédio novo”, argumenta Gizele. A Sanhidrel Cimax, empresa de engenharia, que desde 1957 vem primando pela excelência em seus projetos, foi responsável pelas instalações elétricas, hidráulicas e combate a incêndio do novo prédio hospitalar, dividindo o processo de construção em duas etapas distintas. A primeira etapa é referente a área onde está instalado o novo edifício, que precisou passar por adap-

tações (demolições e remanejamentos). O jardim, o clube das enfermeiras e o prédio de “tijolinhos” deram espaço a ampliação do complexo.Com isto, toda rede de água, esgoto e energia que saiam da CUT (Central de Utilidades) e passavam subterraneamente por estas edificações para atender ao prédio hospitalar antigo, e que continuou durante toda a obra em funcionamento, tiveram que ser remanejadas. Já na segunda etapa, as instalações do novo prédio hospitalar, ou seja, o início

“A customização do Centro Cirúrgico foi exaustivamente discutida com a equipe de arquitetura e técnica do Hospital Samaritano com o objetivo de tornar cada sala com a maior assepsia possível e visual clean com iluminação especial, sistema de condicionamento de ar e gases medicinais e sistema de alarme para ser administrado por um controle central” José Marcelo Ramos, Superintendente de Obras da Cimax Health ARQ

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Novos espaços

ARQ reforma da execução do projeto denominado por aquela instituição como Master Plan Hospital Samaritano (MPHS). “Por se tratar da interligação com uma edificação centenária, este estudo foi adequado pela Sanhidrel Cimax, uma vez que se fazia necessário algumas prospecções para o projeto”, conta José Marcelo Ramos, Superintendente de Obras da empresa. No que tange a acessibilidade, embora o complexo seja composto por edifícios construídos em

diferentes épocas e o terreno no qual está instalado apresente um nivelamento não tão favorável, houve uma preocupação com a acessibilidade e, por isso, soluções como a integração dos andares com elevadores inteligentes e corredores largos adaptados aos cadeirantes foram projetados. No tocante as instalações todas as tomadas, interruptores, sanitários, louças sanitárias e corrimão foram previstos para uso de portadores de deficiência física,

seguindo as normas da prefeitura que dão as diretrizes para o âmbito hospitalar. “Esta preocupação em atender os diferentes públicos, sejam eles especiais ou não, foi observada desde as áreas comuns, áreas sociais (auditórios com cadeiras especiais), área assistencial (centro de diagnóstico e consultórios) e estacionamentos”, comenta Ramos. Quando iniciou-se o projeto de ampliação do Complexo Hospitalar, há 15 anos, com a construção

da Ala Lane, já se falava de uma segunda ampliação no futuro. Dentro deste contexto arquitetônico, foram criados caminhos técnicos enterrados, aproveitados para a interligação dos prédios. “Foi construído um prédio de quatro andares com isolamento acústico, para concentrar equipamentos pesados que alimentam (energia, água quente, água potável e gases medicinais) dos prédios existentes”, conta o Superintendente da Cimax.

Hospital Samaritano - Prédio Novo 56

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A arquitetura do prédio novo, foi pensada contemplando a questão da sustentabilidade. Exemplo disso é o restaurante que possui farta iluminação e ventilação natural. Além de tornar o espaço harmonioso, muito bem sinalizado, com ambientes claros favorecendo aos idosos e pessoas com dificuldades visuais. Por isso, a obra está baseada em um estudo para projeto Leadership in Energy and Environmental Design (LEED - sistema internacional de certificação ambiental).

Além disso, no hospital é possível encontrar circuitos com queda de tensão mínima exigida pelo Lead, iluminação usando tecnologia LED, luminárias principais com lâmpadas T5 – de alto rendimento. E também alimentação dos vasos sanitários com água de reuso, louças e metais colocados respeitando a certificação “LEED”. O projeto foi implementado com tecnologia de última geração. Destaca-se como grande desafio as instalações das salas do Centro Cirúrgico e das

UTI’s. Foram montadas dez salas cirúrgicas, sendo cinco especiais, seguindo o perfil de cada fornecedor. “A customização do Centro Cirúrgico foi exaustivamente discutida com a equipe de arquitetura e técnica do Hospital Samaritano com o objetivo de tornar cada sala com a maior assepsia possível e visual clean, com iluminação especial, sistema de condicionamento de ar e gases medicinais e sistema de alarme para ser administrado por Controle Central”, relata Ramos.

Já a iluminação foi pensada de forma escalonada, então, no momento oportuno, o hospital vai comportar um sistema de gerenciamento de energia com a possibilidade de colocar dimerização nas luminárias de seus perímetros e nas janelas. “Esta iluminação em torno das janelas fechadas cooperam para o paciente, pois estão previstas condições de serem dimerizadas automaticamente. Além disso, foi pensado em todo o gerenciamento de energia através de automação”, finaliza.

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Revitalização

ARQ reforma

Tudo novo de novo

Hospital Brasília investe em ampliação e revitalização das instalações

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isando atender ainda melhor a seus clientes o Hospital Brasília passa constantemente, desde o ano de 2006, por reformas tanto na estrutura de atendimento, quanto em sua estrutura física. Uma das grandes obras realizadas foi a construção do novo setor de Pronto

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Atendimento, finalizada em 2008. O espaço passou de, aproximadamente, 150 m² para uma área com 1000 m². A nova ala está mais moderna, com instalações mais confortáveis e, após a reforma, contabiliza entre seis e oito mil atendimentos por mês. Em 2009, o setor de radiologia do hospital pas-

sou por um projeto de modernização e contou com a aquisição de uma máquina de ressonância magnética, além da digitalização dos serviços de imagem, que possibilitou a visualização dos arquivos por meio do sistema informatizado presente nas diversas áreas assistenciais. A instituição está investindo também


em obras na área de hotelaria, com a reforma de apartamentos antigos e a construção de acomodações maiores, voltadas para o conforto tanto do paciente quanto do acompanhante. Os novos apartamentos contam com projeto de ventilação e paisagismo. A primeira etapa das obras foi finalizada em 2012 e recebeu 13 apartamentos na Unidade 4, em um total de 600 m². A segunda, na Unidade 3, está em andamento e terá um espaço total de 900 m², com 19 apartamentos e previsão de entrega para dezembro de 2013. Para o ano que vem, o objetivo do hospital é dar continuidade ao projeto de modernização dos serviços de hotelaria. Estão sendo realizadas ainda, obras de ampliação e revitalização da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que ganhará, além de mais

24 leitos (distribuídos em 1000 m²), equipamentos mais modernos, como um novo parque de ventilação mecânica. O projeto será entregue no primeiro semestre de 2014 e já está em análise uma proposta que visa ampliar para 250 o número de apartamentos e leitos de UTI. O projeto arquitetônico seguido pelo Hospital Brasília é o mesmo adotado pelos outros hospitais da rede, que são geridos pelo núcleo de projetos da empresa de administração hospitalar ADHosp. A estrutura física visa descaracterizar a imagem de um ambiente de saúde, trazendo um visual mais moderno. Por isso, é composta por vidros, ventilação natural, energia solar e modelo de hotelaria nas acomodações. De acordo com o Engenheiro Civil Paulo Roberto de Morais Muniz, Diretor Superintendente da Con-

bral Construtora, empresa com mais de 45 anos de mercado, a obra foi dividida em diversas etapas. “São dez anos executando serviços na instituição com o hospital sempre em operação. É como trocar uma turbina de um avião em pleno voo, ao longo do tempo nos deparamos com várias dificuldades”, conta. Entre os contratempos citados pelo engenheiro estão o treinamento e a qualificação dos colaboradores no intuito de atender a complexidade e insalubridade envolvidas nos serviços, os desligamentos de energia elétrica com instalações de geradores e nobreaks temporários para manter o hospital em plena operação. Além da complexa adequação das interferências que uma obra de reforma e ampliação requer. Durante todo o período já são 15. 930,00 m² trabalhados.

“São dez anos executando serviços na instituição com o hospital sempre em operação. É como trocar uma turbina de um avião em pleno voo, ao longo do tempo nos deparamos com várias dificuldades” Paulo Roberto de Morais Muniz, Diretor Superintendente da Conbral Construtora

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ARQ reforma FICHA TÉCNICA Nome do empreendimento: Hospital Brasília - Unidade 3 Data do Projeto: 04/07/2013 Obra: Reforma de ala de apartamentos do Hospital Área total construída: 950 m² Nº pavimentos: 01 Empresas sub-contratadas: 01

Revitalização

Construção: Obra: Arquitetura: Equipe de Projetos do Grupo Amil Construtora: Conbral S.A. – Construtora Brasília Interiores: Equipe de Projetos do Grupo Amil Projetos: Ar-condicionado: Estermic – Engenharia de Sistemas Térmicos Consultoria de caixilhos: Conbral S.A. – Construtora Brasília Elétrico e hidráulico: Conbral S.A. – Construtora Brasília Gases Medicinais: Conbral S.A. – Construtora Brasília Luminotécnico: Equipe de Projetos do Grupo Amil Impermeabilização: Conbral S.A. – Construtora Brasília Fornecedores de Material e Serviço: Andaimes – Conbral S.A. – Construtora Brasília Ar-condicionado – Carrier , Trox, Automação – Conbral S.A. – Construtora Brasília Divisórias e Portas – Grupo Conbral S.A. – Construtora Brasília Detalhes da Obra: Esquadrarias madeira – Portas revestidas em Laminado Melamínico Almond Ferragens de portas – Haga Hospitalar Granito – Granio aqualux e Marmore Crema Marfil Impermeabilização – Impermeabilização interna de WC´s com argamassa polimérica estruturada com telas de polietileno e emulsão asfaltica Instalações Hidráulicas e Elétricas Água Fria : Tubulação em PVC Água quente : Tubulação em CPVC Pinturas: Tinta Acrílica Suvinil cor F100 Piso Vinílico – Piso vinílico Gerflor Mipolam Accord 300 cor 0301 - Louise Revestimento Cerâmico Parede – Cerâmica White Plain Mate 20x30 Portinari e parquet Marfim 60x60 Porto Belo Porcelanato – Duramax WH 45x45 Cecrisa Mão de Obra Civil – Conbral S.A. – Construtora Brasília Fornecedores de Equipamentos: Acabamentos de elétrica – Pial Plus Distribuição de água quente e fria – Acqua System Louças – Deca Metais sanitários – Deca , Fabrimar e Docol Remoção de entulho – Só Entulhos 60

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Evolução permanente

ARQ reforma

Em constante mudança Hospital São Camilo passará por novas reformas para aprimorar a estrutura física

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Hospital São Camilo, conta hoje com 188 leitos, 12 salas cirúrgicas, 1.100 internações, 1.500 atendimentos de consultas e 35.000 exames realizados ao mês. Referência em cirurgia cardíaca para sua região, a instituição tem papel social tanto no número de atendimentos, como pelos serviços prestados à população carente das comunidades ribeirinhas do Foz do Rio Amazonas, através do médico e padre José Raul Matte que realiza visitas com seu barco. Recentemente, o auditório José Raul Matte e a Clinica Day do centro de saúde passaram por obras. “A reestrutura62

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ção do auditório trouxe maior agilidade nos treinamentos e capacitação com estrutura apropriada para esses momentos. Já as adequações feitas na Clinica Day proporcionaram mais rapidez nos atendimentos ambulatoriais. Ambas as obras obedeceram todas as normas preconizadas pela “RDC 50”, conta Ademir Vicente de Oliveira, Diretor Administrativo do Hospital São Camilo. Ao longo de sua existência, o hospital sofreu várias mudanças, algumas ocasionaram alterações estruturais tendo sua configuração original alterada. “O terreno onde se encontra implantado é bastante generoso e sua

ocupação com edificações é muito baixa. Isso significa que temos área suficiente para novas expansões, mas devemos levar em consideração que é um hospital basicamente horizontal e que isso gera grandes percursos a serem percorridos”, conta Márcia Gonçalves, arquiteta e Diretora da MW3 Arquitetura empresa responsável pelo Plano Diretor de reforma e ampliação do hospital. Segundo a arquiteta, a expansibilidade é um privilégio dos hospitais horizontais, mas por ter sido concebido e ampliado sempre junto às vias públicas, o que deixou os blocos muito próximos uns aos outros, tornou di-


fícil algumas expansões. “Por ser uma edificação antiga não atende satisfatoriamente aos critérios de flexibilidade, pois sua estrutura não contribui para alteração de ambientes sem grandes intervenções. Os projetos dos novos prédios estão sendo desenvolvidos com modelos estruturais que permitam uma maior flexibilidade interna, com o uso de shafts e alvenarias somente de vedação.” As novas obras pelas quais a instituição passará nos próximos meses trarão ao hospital padrões diferentes que promoverão sua modernização e sustentabilidade, garantindo a melhoria da qualidade de vida de seus

usuários. O Plano Diretor terá como objetivo principal orientar as ações administrativas atuais e futuras na tarefa de reorganizar a estrutura física do complexo hospitalar. Todos os novos projetos serão desenvolvidos tendo a humanização como parâmetro básico. Critérios como qualidade do ar, privacidade, acessibilidade, iluminação, eliminação de ruídos e conforto térmico são estabelecidos como parâmetros dos novos projetos. O novo zoneamento do hospital leva em consideração também os padrões de acolhimento, hoje bastante solicitados, priorizando as áreas de atendimento e recepção.

Além disso, a cada nova etapa de execução do Plano Diretor serão estabelecidas medidas de sustentabilidade como para a implantação de novas tecnologias em relação às demandas energéticas, uso consciente dos sistemas de água, uso de matérias primas duráveis (menor custo de manutenção) e materiais com a finalidade de reduzir os resíduos de obra. A elaboração do Plano Diretor da instituição partiu da necessidade de um planejamento abrangente com formato mais dinâmico e que correspondesse à necessidade de modernização e atualização dos serviços. “O Plano Diretor foi concebido de forma a Health ARQ

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Evolução permanente

ARQ reforma apresentar propostas imediatas de implantação e propostas futuras de crescimento”, conta Márcia. O trabalho foi realizado junto aos gestores da unidade hospitalar e seus colaboradores. Constou da elaboração de um diagnóstico da situação encontrada no momento, onde foram detectados problemas, do mais ao menos crítico e daí elaborou-se uma hierarquização desses problemas baseado nos critérios de

criticidade. “Após o diagnóstico foi elaborado um Planejamento Estratégico, o qual teve por objetivo resolver os problemas mais urgentes e planejar a reorganização e o crescimento futuro do hospital. Foram criadas também ferramentas que viabilizassem a implementação do Plano Diretor. O trabalho durou quatro meses e constou de visitas ao local, levantamento de dados, reuniões e apresentação do

“O Plano Diretor foi concebido de forma a apresentar propostas imediatas de implantação e propostas futuras de crescimento” Márcia Gonçalves, Arquiteta e Diretora da MW3 Arquitetura e Consultoria Hospitalar Ltda

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resultado ao corpo funcional do São Camilo”, revela a arquiteta. A previsão é que o trabalho seja implantado em seis anos, podendo sofrer alterações em função do fluxo financeiro do hospital e a disposição para seguir cada uma das fases. “Além disso, a obra está prevista para ser executada em seis etapas gerais, sendo estas subdividas obedecendo a um cronograma de execução”, finaliza.


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Aprimoramento

ARQ reforma

Reforma renova e amplia espaço

Hospital investe em reformas e ampliações para melhor atender aos pacientes

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Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente foi fundada há 83 anos. Trata-se de um hospital de referência terciária, ou seja, destinado ao atendimento de procedimentos de média e alta complexi66

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dade como oncologia, hemodiálise, transplante de rim e córnea, além de hemodinâmica, cardiologia, ortopedia, neurocirurgia e cirurgia bariátrica. A instituição, que realiza cerca de nove mil atendimentos ao mês, possui 198 leitos,

com nove salas cirúrgicas, sendo seis delas só no pronto atendimento. “Nossa instituição é ancorada na filantropia e tem como objetivo prestar serviços na área de saúde ao município e região, com abrangência de


Sala da Provedoria 44 cidades e uma população estimada em 700 mil habitantes. Atendemos SUS, convênios e particulares, inclusive recebendo pacientes do norte do Paraná e sul do Mato Grosso do Sul, sendo uma das referências no Estado. Há três anos, o hospital vem passando por mudanças organizacionais na gestão hospitalar, focadas na humanização de seus funcionários, usuários e familiares”, conta o Provedor do hospital, Francelino Magalhães. As mudanças que a instituição vem passando não estão somente na área de gestão, mas também no espaço físico que está sendo revitalizado para adequar-se às novas ins-

talações e oferta de novos serviços, nos últimos tempos. A mais recente delas foi a reforma e ampliação da Unidade de Internação da Urologia. “O projeto do local, específico para atender os pacientes com problemas urológicos do hospital, tem a proposta de traçar uma linguagem contemporânea, com objetivo principal de oferecer uma nova identidade à unidade, na intenção de prestar um atendimento de alto padrão aos pacientes. Além disso, objetivou proporcionar maior conforto aos usuários (pacientes e familiares), equipe médica e de enfermagem e funcionários”, explica a arquiteta Talita

de Giacomo, da Giacomo Arquitetura, empresa responsável pelo projeto. A nova internação tomou o espaço da antiga internação pediátrica. Portanto, apesar do uso ser o mesmo, o projeto objetivou o aumento do número de leitos da unidade, além da ampliação e o novo layout dos apartamentos, proporcionando maior conforto aos pacientes e familiares. “Outro objetivo foi a centralização do posto de enfermagem e serviços de apoio, o que facilitou o trabalho de atendimento da equipe médica e de enfermagem. A disposição dos apartamentos em sua periferia garantiu a ventilação e iluminação Health ARQ

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Aprimoramento

ARQ reforma naturais, importantíssimo na recuperação dos pacientes”, revela Talita. Já os banheiros de todos os apartamentos receberam novas instalações, atendendo integralmente as normas de acessibilidade, permitindo assim maior conforto aos usuários. Grandes painéis fotográficos foram dispostos estrategicamente, adquirindo seu papel na humanização de toda a unidade. “A nova comunicação visual contribuiu com a linguagem contemporânea da arquitetura”. Com aproximadamente 22.000,00 m2 de área construída, o hospital permanece em constante mutação no seu crescimento físico, tecnológico e de recursos humanos para poder atender à crescente demanda da população em serviços de alta complexidade. A partir de 2010, a proposta da Giacomo Arquitetura foi a elaboração do Plano Diretor de Organização e Expansão Física, com o objetivo de estabelecer um direcionamento para o crescimento do hospital de forma mais coerente, racional e principalmente adequada ao que se preconiza os bons princípios e conceitos da arquitetura hospitalar. “Com este norteamento objetiva-se ainda a con68

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formidade normativa da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária / MS) para se atingir um ótimo padrão de qualidade espacial e operacional”, revela a arquiteta. Este processo ainda está em curso, onde atingiu-se e concluiu-se as duas fases iniciais: o levantamento cadastral e planialtimétrico; e o macrozoneamento espacial e diagnóstico da infraestrutura instalada. “Os próximos passos ocorrerão com a discussão sobre as propostas de crescimento do hospital, com o reali-

nhamento da ocupação atual e com a conclusão e apresentação do documento final do referido Plano Diretor”, conta. Segundo a arquiteta, este trabalho, no escopo de sua leitura, deverá ser periodicamente reavaliado, para que seja realinhado conforme as mudanças operacionais futuras, avanço da medicina, oferta de novas tecnologias e alteração da política municipal, estadual e federal de atenção à saúde brasileira. “Todo e qualquer plano de crescimento físico das

unidades hospitalares requer que a arquitetura trabalhe com as condicionantes de flexibilidade pela dinâmica operacional e com a expansibilidade pelo constante crescimento da demanda dos serviços de saúde”. Para Talita, arquitetura quando bem equilibrada, pode proporcionar aos pacientes, familiares e grupo médico operacional, conforto e bem-estar. No caso de um hospital é preciso ofertar o acolhimento, proteção, privacidade, individualidade e invulnerabilidade de todos

Arq. André de Giacomo, Arq. Talita de Giacomo e Arq. Nelson Schietti de Giacomo Health ARQ

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Aprimoramento

ARQ reforma seus usuários. São estes os aspectos que tornam a arquitetura mais humana e em condições de contribuir na recuperação do paciente, já debilitado física e emocionalmente. Atualmente, alguns projetos estão em processo. São eles os novos apartamentos para ampliação da 1ª Clínica, instalação do tomógrafo junto ao Centro de Diagnóstico por Imagem, reforma da UTI Geral, reforma da sala de espera para familiares, ampliação de mais duas salas cirúrgicas para o Centro Cirúrgico, nova torre de internação e serviços gerais (Lavanderia e Cozinha), reforma e ampliação do Pronto Socorro, entre outros. Recentemente, a reforma da sala da Provedoria também foi concluída.

Giacomo Arquitetura O escritório está no mercado desde 1986, atuando nas diversas áreas da arquitetura, elaborando projetos hospitalares, institucionais, comerciais, residenciais e etc. Ao longo desses 27 anos, já elaborou acima de 700 projetos arquitetônicos. “Na área da saúde, nosso trabalho é garantir um espaço mais acolhedor, dinâmico e provedor de reações emocionais mais positivas, buscando a melhor contribuição na recuperação do paciente, no conforto de seus familiares e na qualidade de trabalho da equipe envolvida. A humanização nesse caso é de fundamental importância”, diz Talita. 70

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FICHA TÉCNICA Dados da obra: Nome do empreendimento: Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente - SP Endereço: Rua Wenceslau Braz nº 05 – Presidente Prudente, SP Obra: Reforma e Ampliação da Unidade de Internação da Urologia Data início de Projeto: Início 2010 Data conclusão de obra: Início 2013 Área do terreno: 27.337,75 m2 Área total construída Santa Casa Presidente Prudente: Aprox. 22.000,00 m2 Área Internação Urologia: 450,46 m2 (Reforma = 406,57 m2 | Ampliação = 43,57 m2) Santa Casa Presidente Prudente – nº pavimentos: Predominantemente 02 pavimentos Serviços Internação da Urologia: Localizado pavimento Térreo Nº apartamentos Urologia: 09 apartamentos Nº leitos Urologia: 13 leitos Equipe: Arquitetura: Giacomo Arquitetura Arquitetos Coordenadores: Arq. Nelson Schietti de Giacomo, Arq. Talita de Giacomo, Arq. André de Giacomo Equipe de Arquitetos: Arq. Nancy Cifuentes, Arq. Celina HirokoTutumi, Arq. Natália Mayumi Diogo, Arq. Esther Audibert, Arq. Kamila Yokoyama Gerenciamento Geral Hospital: Sr. Francelino Magalhães (Provedor da Santa Casa Presidente Prudente) Gerenciamento Médico do Serviço de Urologia: Grupo Suppera – Serviço de Urologistas de Presidente Prudente e Região Associados

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ARQ reforma

Aprimoramento da Rede

Pelo melhor atendimento

Rede de laboratórios constrói novas unidades e readapta sua sede para proporcionar mais conforto aos pacientes

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xistem no Brasil, atualmente, 40 unidades dos laboratórios Santa Luzia. Todas localizadas na Grande Florianópolis e divididas em atendimento ambulatorial e hospitalar. São mais de 780 mil clientes por ano. Além disso, a instituição disponibiliza assessoria médica para os profissionais da saúde, plantão 24 horas e atendimento dentro de hospitais. Com a crescente constante dos serviços prestados pelo Santa Luzia, a marca inaugurou, recentemente, duas novas unidades, na Trindade e no Estreito. “Também fizemos há pouco tempo uma grande reforma na matriz. Esta unidade de três andares foi humanizada e comporta uma área que é tombada, além de um lindo jardim interno sempre

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muito elogiado e apreciado pelos clientes”, conta Patricia Ravasi, Gerente do Escritório de Projetos dos Laboratórios Santa Luzia. Para manter a identidade em todas as unidades, os laboratórios seguem um padrão arquitetônico. Na reforma da matriz, por exemplo, foi elaborado um novo conceito de posto de coleta baseado em um sistema atual com um processo diferenciado de atendimento e uma nova infraestrutura. “Priorizamos o deslocamento em sentido único com a circulação de clientes independente dos colaboradores e buscamos um layout que contribuísse para a redução de acidentes, bem como a otimização do espaço físico”, conta Emerson Silva, Arquiteto responsável pelas


obras dos Laboratórios Santa Luzia. Neste processo foi feita também a simplificação da infraestrutura elétrica e logística, atendendo às exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Com estas mudanças estruturais conseguiu-se a redução do tempo de planejamento de novos postos. No caso da Unidade Trindade, por exemplo, internamente foi levado em conta no projeto de interiores, a maior comodidade do cliente, com áreas para repouso, ambientes tranquilos e um layout elaborado para agilizar os processos, com salas separadas para atendimento, cadastro e coleta. Mas a preocupação do projeto dos laboratórios da rede não está apenas no bem-estar dos pacientes; a sustentabilidade também é levada em consideração. Nas obras são utilizados materiais que possuem baixa manutenção, evitando o desperdício futuro. O prédio também conta com a reutilização de água da chuva, instalação de luminárias que consomem menos energia, sistema de ar condicionado econômico, elevadores de alta eficiên-

cia e isolamento térmico de telhado, reduzindo o consumo de energia. “A tela colocada sobre toda a fachada é um dos itens mais importantes neste aspecto, pois diminui significativamente o aquecimento da edificação, proporcionando um melhor conforto, e consumo mais suave de energia”, diz Alexandre Savi, Diretor da Catalusa Engenharia, responsável pela gestão técnica da obra de reforma da matriz. Segundo Savi, a maior dificuldade da obra não foi implantar as medidas que visam à sustentabilidade, mas sim manter o laboratório em pleno funcionamento durante todas as atividades que exigiram, ainda, a implantação de um elevador, desde a escavação, corte de estruturas de concreto armado e execução de reforços ao longo do prédio. “Tivemos que trabalhar no período noturno e em finais de semana. Por mais que se trocassem as equipes, facilmente se trabalhava 18 horas por dia. Para manter a instituição em funcionamento durante o período de reforma foi criado um fluxo de materiais e mão de obra independente dos clientes”, conta. Health ARQ

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Certificação LEED CAPA

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Ampliação certificada Hospital Nove de Julho, sempre focado em tecnologia, investe também em ampliação física para melhor atender aos seus clientes

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Hospital Nove de Julho é uma instituição focada em alta complexidade. E tem investido pesadamente em seu crescimento para acompanhar a maior demanda por atendimento em saúde. “Dentre as áreas administrativas, o setor de Tecnologia da Informação (TI) é o responsável por dar todo o respaldo para que os indicadores de saúde e demais informações ligadas à assistência tenham aproveitamento máximo, ajudando os gestores e demais co-

laboradores a manter a eficiência do atendimento. Apenas em 2013, foram investidos R$ 2 milhões em soluções de TI”, diz Alfonso Migliore, Diretor do Hospital Nove de Julho. A instituição deve fechar 2013 com 116 mil atendimentos no pronto-socorro, além de 60 mil consultas e procedimentos ambulatoriais e 17 mil cirurgias apenas com a estrutura atual, já considerando o crescimento de oferta ambulatorial proporcionado pela inauguração do Centro de Medicina Especializada.

O hospital possui um fluxo de atendimento alinhado com as melhores práticas internacionais. E é através da tecnologia que esse fluxo é alinhado e controlado. “Além disso, por meio dela que conseguimos indicadores para manter a constante busca por melhoria na qualidade e segurança do atendimento”, ressalta Migliore. Os softwares específicos apoiam outras atividades da instituição. Há o sistema de gestão clínica e também um software específico para fazer todo o gerenciamento

“Dentre as áreas administrativas, o setor de Tecnologia da Informação (TI) é o responsável por dar todo o respaldo para que os indicadores de saúde e demais informações ligadas à assistência tenham aproveitamento máximo, ajudando os gestores e demais colaboradores a manter a eficiência do atendimento. Apenas em 2013, foram investidos R$ 2 milhões em soluções de TI”, Alfonso Migliore, Diretor do Hospital Nove de Julho Health ARQ

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Certificação LEED

CAPA de eventuais focos de infecções hospitalares, que indica para as equipes assistenciais quando um paciente que já teve alguma infecção volta a ser internado na instituição. Há ainda sistemas responsáveis por organizar o relacionamento com médicos, operadoras e pacientes. Como o uso de tecnologia tem crescido, o Departamento de TI do H9J mantém uma atualização contínua das políticas de segurança e de redundância da informação para, em alguma eventualidade, não haver qualquer perda de dados. A instituição já trabalha também em prol de sua ampliação física. Para melhor atender aos seus pacientes, o hospital está aumentando sua área com a construção de uma nova torre, projetada somente para internação, sendo 112 apartamentos standards e oito apartamentos vips, além de auditório, refeitórios, salas de reunião, conforto médico, estacionamento com oito pavimentos e demais áreas de apoio. O prédio tem uma das escavações mais profundas de São Paulo com aproximadamente 30 m. “Para realizar este processo, precisamos criar um túnel sob o prédio existente para viabilizar a retirada de terra”, conta Leonardo de Lima, Gerente de Contrato da 76

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Afonso França Engenharia. Totalmente sustentável, a obra que tem prazo previsto de 26 meses, recebeu certificação LEED desde o seu início, tendo bom desempenho nas verificações parciais. Entre as práticas adotadas em prol do meio-ambiente estão a implementação de Plano de Gestão de Resíduos da construção civil, Plano de Gerenciamento de Erosão e Sedimentação do solo e Planos de Controle de Qualidade do ar interno. “Acredito que nossa postura em relação à conduta sustentável ajude a incentivar o mercado a adotar as boas praticas relacionadas ao assunto, pois a construção civil utiliza como matéria prima os recursos naturais. Além disso, o esgotamento desses recursos impactam diretamente nos custos dos empreendimentos”, diz Lima. Na obra, 75% do volume total de entulho gerado é destinado a reciclagem, assim como a escolha dos materiais utilizados foi feita com base nas especificações do LEED. “Levamos em conta alguns fatores como o teor de reciclagem, nível de COV, regionalidade dos materiais, certificados DOF das madeiras utilizadas, entre outros”, revela. Dentro da construção houve também uma preo-

cupação com a humanização, por isso, foi implantada uma área de vivência e canteiro de obra de acordo com os padrões normatizados. O canteiro foi executado no subsolo da edificação e está dividido em sanitários, vestiário e refeitório. Já a área de vivencia conta com mesa de pebolim, televisão e espaço para jogos diversos. “Foram realizadas também palestras diárias com temas de interesse sócio educativos”, conta. Para manter a política da boa vizinhança, dentro do Planejamento Logístico de operação da obra foi feito um planejamento executivo das atividades. Por exemplo, através do cronograma de suprimentos são identificadas as entregas do planejamento. É feita ainda a programação dos recebimentos para atender ao planejamento executivo. “Além disso, devido as restrições das áreas de circulação no processo de entrega dos materiais foi feita uma programação semanal que é divulgada através de dois quadros distribuídos nas entradas da obra. Um plano de mitigação de impactos é feito também junto a divulgação dos planos e aspectos gerais da construção para vizinhança ”, conta o Gerente de Contrato.


Construindo com qualidade Há mais de 20 anos no mercado a Afonso França Engenharia atua no segmento da saúde com profissionais especializados, técnicas inovadoras e ainda trabalha internamente com questões sociais. Quando e como a Afonso França Engenharia foi fundada? Afonso França: A empresa foi fundada em 1992 por iniciativa de Cláudio Afonso e Estevam França. Inicialmente, era uma empresa de pequeno porte que atendia clientes exigentes, com atendimento personalizado. Após atuarem na execução de muitos projetos comerciais, os proprietários sentiram a necessidade de buscar novos desafios no mercado da construção civil. Com a expansão de suas atividades, a marca passou a ser caracterizada por atributos de gestão como excelência, qualidade e o cumprimento de rígidas especificações técnicas. Atualmente, Cláudio Afonso e Estevam França comandam uma equipe com cerca de 400 profissionais responsáveis por

construções hospitalares, industriais, comerciais e de edifícios corporativos. Com mais de um milhão de metros quadrados em áreas em execução pelo Brasil, a Afonso França ocupa posição de destaque entre as construtoras brasileiras.

Como é para a Afonso França atuar dentro da área de saúde? Afonso França: São mais de 20 anos atuando neste segmento e, ainda assim, cada obra é uma nova experiência. Cada uma tem as suas particularidades e desafios. Contribuir significativamente para o crescimento de um setor que precisa de atenção em nosso país é muito gratificante. Entregamos hospitais completos, alguns com capacidade para alocar mais de dois mil e s p e ci a l i s t a s

preparados para atender aos mais variados casos de emergência, consultas e cirurgias. As obras deste setor refletem, acima de tudo, a nossa responsabilidade como construtora. Como a história da empresa começou a misturar-se com a deste mercado? Afonso França: Começamos fazendo uma reforma na UTI do hospital

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Ampliação certificada

CAPA

“A Afonso França conta com equipes técnicas especializadas em cada segmento em que atua. Nosso trabalho é pautado na contratação de pessoas altamente qualificadas, segurança, qualidade, destreza e atenção aos prazos sempre com muita seriedade e transparência no relacionamento com o cliente”

UNICOR. Por volta de 1997 construímos o prédio da maternidade do Hospital Brasil em Santo André o que marcou de fato a entrada da Afonso França no segmento. A partir de então engrenamos fortemente no setor de construção hospitalar. Hoje, o que torna o trabalho prestado pela Afonso França excelência? Afonso França: A Afonso França conta com equipes técnicas especializadas em cada segmento em que atua. Estruturar uma UTI ou um hospital desde as fundações é tarefa que exige conhecimento do processo. Nosso trabalho é pautado na contratação de pessoas altamente qualificadas, segurança, qualidade, destreza e atenção aos prazos sempre com muita seriedade e transparência no relacionamento com o cliente. Quais técnicas ou tecnologias utilizadas pelas empresa em obras são inovações? Afonso França: Utiliza78

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mos várias técnicas inovadoras no mercado, entre elas as concretagens com utilização de mastro de concretagem e Spider, Tapumes apropriados para isolamento acústico e perfeita vedação, evitando passagem de poeira em obras de retrofit; e canteiros de obra modulares, de rápida montagem e facilmente readequados às necessidades. Além disso, fazemos demolições silenciosas com equipamentos especiais, utilizamos equipamentos e ferramentas elétricas com baixo nível de ruído, para trabalho em obras de hospitais em funcionamento e executamos a fundação com tela metálica autoportante, eliminando madeira e tornando a obra mais limpa e rápida. Quais são os planos da Afonso França para o próximo ano? Afonso França: Estamos preparando o futuro desde o início de 2012, estruturando a empresa de modo diferenciado, contratando

profissionais com larga experiência, fortalecendo a área de planejamento e gestão de custos que é altamente estratégica, entre outras ações no sentido de reforçar a nossa atuação em diferentes segmentos. Como a empresa lida com a questão da responsabilidade social? Afonso França: Cada dia mais as empresas adotam uma postura socialmente responsável. A Afonso França, além de ações pontuais de apoio a organizações sociais que cuidam da saúde infanto-juvenil, vem apoiando, há quase quatro anos, o Núcleo Educacional Maria Rosa Fernandes, localizado na cidade de Itapecerica da Serra. Nosso apoio não é apenas financeiro, pois acreditamos na participação das pessoas. Assim, temos funcionários que atuam na administração e na criação de alternativas de sustentabilidade e autonomia do Núcleo Educacional, para que possamos auxiliar cada vez mais instituições.


Abastecimento

Os gases medicinais são medicamentos importantes em determinados tratamentos, por isso sua estrutura de condução é um ponto a ser observado em obras hospitalares

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s gases medicinais são extremamente importantes no dia-a-dia dos hospitais. Por serem utilizados em diversos tratamentos e fundamentais para a sobrevivência de alguns pacientes, não pode haver falhas em seu fornecimento. Para isso, é preciso que as instalações que os conduzem, das centrais de armazenamento até seu ponto de consumo, sejam bem planejadas e executadas durante o processo de obras. A RDC 60, de dezembro 2012 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(Anvisa), estabelece que os gases medicinais já estão inclusos na classificação de medicamentos, por isso a Anvisa passou a fiscalizá-los como tal. Para garantir a condução adequada desses medicamentos até o paciente o primeiro passo é ter um bom projeto para as Redes de Gases do hospital e contatar uma empresa atualizada e especializada no segmento que cumpram a norma da ABNT 12188:2012 e a RDC 50 da Anvisa, que regulamentam este tipo de instalações. “Nas normas estão de-

terminados os parâmetros para projeto, tipo de material, equipamentos e acabamentos. Além das etapas de serviços para montagem, teste, tipo de limpeza dos materiais, produtos e definições para instalações de caixas, painéis de alarmes e acabamentos”, explica José Roberto Balote, responsável pelo departamento de Projetos e Orçamentos da Enimed Engenharia. Durante a montagem, a verificação da classe de tubulação que está sendo usada, que por norma

deve ser classe A, e a qualidade da solda, que deve ser prata, pois outros tipos de soldas em contato com o oxigênio criam gases nocivos à saúde, portanto devem ser observados. “Neste tipo de instalação nós fazemos teste de estanqueidade da rede, garantindo ao cliente que não haverá vazamentos. Além disso, submetemos as instalações ao processo final de homologação, com oximetro, garantindo que o ponto de consumo está sendo abastecido com o gás correto”, finaliza.

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Com o olhar no usuário

Sírio-Libanês

Plano de Expansão do Hospital Sírio-Libanês é referência no setor da saúde por oferecer espaços de bem-estar aos pacientes

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esenvolver um projeto sob modulação estrutural já definida e existente. Esse foi um dos desafios presentes no Plano de Expansão do Hospital Sírio-Libanês. Um dos empreendimentos mais recentes no segmento da saúde, tem tornado-se referência para inúmeras instituições nacionais e internacionais quanto ao uso de medidas sustentáveis e de humanização. Por ser uma edificação já existente e com tipologias de difícil interligação, foram criados diversos pon-

tos de conexões mediante construção de passarelas e túneis, interligando os quatro blocos existentes com os três novos. Para comportar a duplicação do complexo e garantir que o mesmo funcione de uma forma única e fluida, foram desenvolvidos novos acessos e sua operação foi reavaliada. Para isso, destinaram-se novas áreas para atender a todo o complexo como Usina, Subestação, entre outras. Uma das premissas que nortearam este projeto são as constantes mudanças

internas que refletem na composição das fachadas. “Ao longo do processo de concepção foi avaliada a flexibilidade de layout, na qual buscou-se soluções que atendessem da melhor forma às alterações, sem interferir no andamento e na rotina da instituição”, acrescenta Ana Paula Dinardi Auad, Coordenadora de Contratos da L+M GETS, escritório de arquitetura, responsável pela expansão. E mesmo com o terreno da ampliação sendo ocupado quase na sua totali-

“Respeitamos os recursos do planeta, estudamos a insolação para melhor adequar a iluminação natural. É a arquitetura adequada às necessidades”, Lauro Miquelim, Arquiteto da L+M Guets 80

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dade, foram criados vários espaços de contemplação como: praças e espelhos d´água, com a proposta de garantir momentos de bem-estar aos usuários. Ainda neste conceito de humanização, o projeto inclui a criação de uma área destinada ao apoio e acolhimento dos acompanhantes que necessitarem passar períodos longos na instituição. Tal espaço será composto por ambientes de estar, cyber café, sala de repouso e vestiários individuais com área exclusiva para guarda de pertences. E quanto à sonoridade

do novo prédio, houve um cuidado especial, ao implantar paredes de drywall e forros que receberam tratamentos acústicos. Outra novidade foi a criação de terraços nos apartamentos onde a insolação foi estudada para, proporcionar mais conforto térmico. Também houve a criação de leitos vips em todos os pavimentos. Cada leito possui uma estrutura de aproximadamente 70m² com sala de estar, uma pequena copa e banheiros separados para acompanhantes. A escolha do mobiliário ficou a cargo da diretoria do

Hospital Sírio-Libanês, no entanto, o escritório de arquitetura L+M GETS fez suas proposições e sugestões. Além das complexidades do projeto em si, um dos desafios desta atual intervenção é realizar a obra com o menor impacto possível para a rotina da instituição e da cidade. “Respeitamos os recursos do planeta, estudamos a insolação para melhor adequar a iluminação natural. É a arquitetura adequada às necessidades”, detalha o arquiteto Lauro Miquelin, Diretor de Obras e tecnologias da L+M GETS.

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Sírio-Libanês

Detalhes da Obra Além das novas edificações a obra proporcionará também a modernização de sistemas antigos, como o suporte de energia elétrica, água e ar condicionado. “Estamos aproveitando a oportunidade para centralizar os facilities, como ar condicionado, oxigênio, gases em geral, central de elétrica, entre outros. Assim, conseguiremos evitar todas as possibilidades de falta de energia elétrica”, relata Gonzalo Vecina Neto, superintendente do Sírio-Libanês. O hospital conta com uma usina de geração formada por três geradores a diesel de cerca de 3,4 MVA cada um e outro, existente, de 2,5 MVA. Além de assumir o fornecimento de energia elétrica no caso de falha da concessionária, permite a opção de geração com diesel no horário de pico (17h30 às 20h30), quando a energia elétrica da concessionária tem um valor mais alto que a do diesel. Para proporcionar a redução do consumo de água, o esgoto proveniente de lavatórios, chuveiros, pias e a água pluvial coletada na cobertura, é tratada e reutilizada nos sistemas de ar condicionado, de irriga82

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ção e de bacias. Na elétrica, haverá a utilização de barramentos blindados, que possuem maior capacidade de condução de corrente em relação à distribuição com cabos e que também contribui com a diminuição da perda por queda de tensão. Esse item, além de ser pré-requisito para o LEED, permitiu uma redução significativa tanto do custo como do espaço ocupado pelos alimentadores. Na climatização, o tratamento do ar externo é realizado por equipamentos dedicados: o ar externo quente e úmido é resfriado e desumidificado, o que permite que a qualidade do clima interno seja otimizada. “Para o aquecimento da água, tanto para consumo nos chuveiros e cozinha, quanto para o sistema de reaquecimento de ar condicionado, optou-se pelo uso de bombas de calor, que oferecem melhor eficiência do que um sistema elétrico ou a gás”, conta Raymond Khoe, engenheiro da MHA Engenharia, que coordenou os projetos de elétrica, de hidráulica, incêndios, gases medicinais, sistemas eletrônicos, controle de fumaça, pressurização de escadas, climatização

e ventilação dos novos blocos do Hospital Sírio-Libanês. Os sistemas de monitoramento e automação foram desenvolvidos para realizar o controle e ajustes das demandas de energia. Dessa maneira, de acordo com as variações de carga térmica, o sistema de automação permite a otimização do uso dos equipamentos de ar condicionado em qualquer horário do dia ou da noite. O mesmo ocorre com o aproveitamento da iluminação natural X iluminação artificial. O sistema de automação ainda controla o monitoramento dos hidrômetros, medidores de energia elétrica, geradores e nobreaks. Além do consumo do sistema de ar condicionado, que também são pré-requisitos do LEED. No aspecto da tecnologia há a utilização de sistemas de 2ª ou 3ª geração, mais eficientes e com melhor qualidade, como, por exemplo, variadores de frequência nas bombas e torres de resfriamento que otimizam a operação em função da variação da carga térmica, válvulas de balanceamento dinâmico na rede de distribuição de água gelada, que facilitam o controle do sistema e


sistema de cabeamento estruturado cat. 6A englobando VoIP (telefonia IP). Com o objetivo de melhorar a funcionalidade do hospital, os sistemas de segurança do complexo existente e das novas torres foram concentrados em uma única nova sala. O mesmo ocorreu na central de água gelada (CAG) existente, com a incorporação em uma única CAG nova englobando os equipamentos existentes (devidamente retrofitados), dimensionada para atender a demanda total do hospital.

Os Sistemas elétricos de Distribuição principal de baixa tensão foram executados por barramentos blindados que viabilizam a conexão de novas linhas de alimentação. O Sistema de Segurança (Controle de Acesso e CFTV PoE) e de Chamada de Enfermeira utilizaram tecnologia IP trafegando na rede corporativa, que facilita a expansibilidade dos sistemas da instituição. Outra novidade que será implantada nas novas torres é o controle de fumaça, através da extração mecânica de fumaça e reposição

mecânica de ar limpo, que permite a remoção das pessoas com segurança para áreas de refúgio ou o seu escape do prédio, em caso de incêndio. “Foram aplicadas soluções de engenharia que incorporam tecnologia, funcionalidade, expansibilidade e contingenciamento”, diz Khoe. Durante o processo de obras do hospital, houve também a preocupação com a escolha dos materiais a serem utilizados. “Optamos por aqueles que apresentam alta durabilidade, resistência a corro-

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Sírio-Libanês

ARQ destaque são, facilidade para substituição e gabinetes com espaços adequados para permitir manutenção”, comenta o engenheiro da MHA Engenharia. A obra utilizou a possibilidade de substituição de qualquer elemento do sistema, prevendo espaços para retirada de equipamentos, tubo ou painel, além dos espaços necessários para as manutenções mais corriqueiras (apertos, substituições de filtros, motores, sensores e atuadores). “A automação também ajuda no monitoramento de parâmetros cuja medição pode determinar quando

um dispositivo deve ser inspecionado ou substituído”, comenta Khoe. Os materiais e peças a serem utilizados na construção foram escolhidos não só para facilitar a logística, mas também devido ao grau de limpeza no hospital foram utilizados, por exemplo, filtros de ar com duplo estágio G3 + F5 para todo o ar externo e para os principais condicionadores de ar para conforto para minimizar a possibilidade de entrada de contaminantes externos. Naturalmente, em ambientes críticos como salas de cirurgia ou UTI a classificação dos filtros é maior. Foram colocadas tam-

bém coifas com lavagem interna de ar para minimizar a gordura gerada na cozinha. A descarga desse ar será feita acima da cobertura da torre mais alta (bloco E) para evitar odores do ar exaurido. Na hidráulica, destaca-se os sistemas de tratamento físico-químico para a água de reuso e a separação completa da tubulação, do armazenamento e do sistema de distribuição. Por uma questão de complexidade no controle do tratamento de água, foi descartado o reuso de água das bacias sanitárias e da água pluvial coletada no pavimento térreo.

Gonzalo Vecina Neto, Superintendente Corporativo do Hospital Sírio-Libanês 84

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A base da construção As obras de fundação, que antecedem a construção, são extremamente importantes para garantir a segurança dos futuros prédios. No caso do Hospital Sírio-Libanês o trabalho foi realizado pela Consultrix, empresa especializada em contenção e fundação, que mantém parceria com o hospital desde 1981. No mercado há mais de 60 anos e com experiência de mais de 11 mil obras realizadas na área de

Mecânica do Solos, com destaque nos projetos de fundação e contenção, a Consultrix sempre contou com a confiança dos dirigentes do Hospital Sírio-Libanês. “No Caso das Novas Torres do Hospital Sírio-Libanês, embora de grande complexidade, a Consultrix, independentemente das dificuldades, realizou o trabalho com eficiência buscando a melhor solução técnica dentro das condicionantes envolvi-

das em cada caso”, diz Eduardo Couso Júnior, Diretor da Consultrix. Segundo Couso, as obras hospitalares, merecem um tratamento ainda mais especial, uma vez que a saúde é peça fundamental para o desenvolvimento de qualquer Nação. “Todas as outras necessidades pressupõem que o item saúde tenha sido atendido. Temos participado de todas as obras de ampliação do Sírio e da grande maio-

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Sírio-Libanês

ria do sistema hospitalar brasileiro”, relata. As normas hospitalares são seguidas pelo escritório de arquitetura contratado pela empresa, que juntamente com o projetista estrutural fornecem os dados necessários para que sejam elaborados os projetos das fundações e contenções que segue entre outras a NBR-6122. Para esta obra, todo o terreno e o projeto preci-

saram ser ainda mais bem avaliados, pois o complexo hospitalar Sírio-Libanês situa-se na encosta de uma colina e a topografia local apresenta grandes desníveis, obrigando a execução de complexas obras de contenção. “No atual prédio da Rua Barata Ribeiro, em fase final de obras, foram executadas paredes diafragma de até 1m de espessura para solucionar o problema da

topografia”, revela o Diretor da Consultrix. Em face da diversidade de projetos e tipos de solo, praticamente todos os tipos de fundações e contenções em uso na área urbana foram utilizados para esta construção. “A grande dificuldade foi a interação dessas diferentes soluções em termos de diferenciais de deformabilidade”, finaliza Couso.

“Todas as outras necessidades pressupõem que o item saúde tenha sido atendido. Temos participado de todas as obras de ampliação do Hospital Sírio-Libanês desde 1981 e da grande maioria do sistema hospitalar brasileiro” Eduardo Couso Júnior, Diretor da Consultrix

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Estrutura metálica Para realizar uma obra bem sucedida apenas um bom projeto e cuidados com as medidas de sustentabilidade não são suficientes. É preciso que a base do processo seja bem traçada, através de boa fundação e implementação de estrutura metálica de qualidade. Na ampliação do Sírio-Libanês, por exemplo, a estrutura metálica foi trabalhada na cobertura dos prédios e passarela que deverá interligar as torres. “O processo deve durar, em média, quatro meses. Pois se tratando de uma instituição hospitalar

é preciso que haja mais alguns cuidados, como acabamento de solda e pintura diferenciados, ou seja, é feito tratamento para eliminar pequenas reentrâncias e acúmulo de impurezas”, explica Paulo Afonso dos Santos Junior, Comercial da Meta Steel, responsável pelas estruturas metálicas na obra do Sírio-Libanês. As instalações metálicas também adotam medidas de sustentabilidade, como a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), sistema internacional de certificação e orienta-

ção ambiental para edificações, utilizado em 143 países, que possui o intuito de incentivar a transformação dos projetos, obra e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações e a reciclagem de todo material não utilizado com certificação ambiental. Exemplos disso é o controle dos compostos orgânicos voláteis das tintas e adesivos (VOCmax), dos índices de refletância das telhas (SRI) e o gerenciamento dos resíduos da fabricação das estruturas”, diz Paulo. Health ARQ

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Sírio-Libanês

Acabamento seguro O processo de acabamento das obras também já começou em algumas partes da nova ala do Sírio-Libanês. As áreas internas da ampliação já estão recebendo o processo de finalização com a pintura. “Temos 75 funcionários trabalhando neste projeto há seis meses e estamos tendo sucesso em nosso objetivo – dar acabamento sem atrapalhar o funcionamento do hospital”, diz Marcos Roberto Costa, da Revan Pinturas, empresa responsável por

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esta etapa. O processo consiste na limpeza de todas as superfícies, selamento, aplicando massa corrida, lixamento, pintura e limpeza fina, para retirar quaisquer resíduos que tenham ficado. Para isso, está sendo utilizado Látex Acetinado, especial para pintura hospitalar, nas cores branca e bege, a base de água, que além que não exalar cheio, também não libera gases que poderiam intoxicar colaboradores e pacientes. “Nos

preocupamos muito com a segurança, por isso optamos por produtos que nos garantam a qualidade do trabalho e evitem qualquer contratempo”, ressalta Costa. Outro cuidado tomado pela empresa na pintura das novas áreas do hospital está relacionado ao processo de lixamento das paredes, que normalmente produz muita poeira. Para evitar que haja contaminação pelo pó está sendo utilizada uma máquina com captador de pó com sistema

de exaustão eficiente. “Além de um cuidado em prol do bom funcionamento do hospital, esta escolha respeita também nossa política de garantir a segurança dos funcionários”. Em busca de mão de obra ainda mais qualificada e melhores condições para os prestadores, a empresa não opta apenas por tais ferramentas, mas também investe no treinamento dos profissionais e segue rigorosamente as normas regulamentadoras.


Solução para os resíduos Um moderno sistema de coleta pneumática de resíduos sólidos será instalado no Hospital Sírio-Libanês após as obras de ampliação. “Iremos fornecer ao hospital Sírio-Libanês dois sistemas de coleta pneumáticos para atender à sua unidade principal localizada no centro de São Paulo. O primeiro sistema estará focado na coleta de resíduos comuns e o gerenciamento de oito toneladas de resíduos por dia. O segundo sistema fará a coleta de roupa para a lavanderia e fará o gerenciamento de oito toneladas e meia de roupas por dia”, conta Fábio Colella, Diretor da Envac. A instalação da primeira

fase do sistema, que é a parte vertical de coleta de resíduos e roupa suja, teve início em abril de 2013 e deve ser concluída no final deste ano. A central de coleta e a rede horizontal de transporte serão executadas numa segunda fase próximo do início de 2015, pois a central de coleta será instalada na atual área de resíduos do hospital e também de outras utilidades, que devem ser realocadas antes de podermos iniciar sua construção. No mesmo ano (2015), o sistema deve iniciar sua prestação de serviço no local. O sistema de coleta pneumática de resíduos sólidos é baseado em três

princípios fundamentais. Primeiro, o usuário pode dispor seus resíduos, 24 horas por dia, nos pontos de coleta internos e/ou externos. Existem pontos de coleta específicos para diferentes frações/ tipos de resíduos. Segundo, o resíduo é transportado por um fluxo de ar, através de uma rede de tubulações subterrâneas ou aéreas, que conectam os pontos de deposição à central de coleta. Com isto o transporte convencional realizado por veículos ou por pessoas é bastante reduzido ou eliminado. Terceiro, a central de coleta recebe as diferentes frações de resíduos e armazena cada uma em contêineres hermétiHealth ARQ

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Sírio-Libanês

“Os sistemas de coleta pneumática são completamente selados, o que proporciona a eliminação de maus odores” Fábio Colella, Diretor da Envac

cos dedicados. Neles, os resíduos irão permanecer armazenados até que se complete o seu volume, para posterior envio a sua destinação final. Não há mais exposição de resíduos ou manuseio do mesmo durante a coleta. “Os sistemas de coleta pneumática de resíduos são completamente selados, o que proporciona a eliminação de maus odores”, explica. O transporte deste sistema é baseado em uma rede de tubulações na qual uma corrente de ar extremamente elevada, criada por um grupo de exaustores, transporta as diferentes frações de resíduos até o ponto final de coleta. As frações coletadas são armazenadas de forma compacta em contêineres herméticos. “Quando o sistema aciona os exaustores instalados na central de coleta, uma condição de vácuo é criada na rede de tubulações, o que permite o transporte dos resíduos. As válvulas de descarga localizadas sob os pon90

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tos de coleta são abertas automaticamente, uma a uma, permitindo que o resíduo possa entrar na rede de tubulações e ser transportado, por ar, até a central”, conta Colella. De acordo com o diretor da Envac os centros de saúde e hospitais podem ter vários ganhos com a instalação deste sistema, pois há grandes quantidades de resíduos e roupas sujas, que são, frequentemente, perigosos ou contaminados, o que torna especialmente importante o desenvolvimento de soluções duradouras e seguras para o seu manuseio.“Lidar com este tipo de resíduos em saúde é tradicionalmente uma tarefa pesada e suja, na qual os materiais são transportados pelos corredores das instituições em sacos ou transportados em carrinhos que ocupam espaço útil da instituição. Estes problemas podem ser eliminados com a aplicação dos sistemas da Envac, que transportam resíduos e peças de roupa em siste-

mas de tubulações herméticas independentes. No segmento de Hospitais, a Envac já forneceu suas soluções de gerenciamento de resíduos a mais de 70 instalações ao redor do mundo. “Temos sistemas instalados na Austria, Alemanha, Dinamarca, França, Iraque, Italia, Japão, Noruega, Suécia, Russia, Arabia Saudita, Estados Unidos, Espanha, China entre outras localidades”. A Envac inventou o sistema de coleta pneumática de resíduos sólidos no final da década de 50, tendo instalado seu primeiro sistema em 1961 no Hospital de Sollefteå, localizado na cidade de mesmo nome que fica a 500 km ao norte de Estocolmo. Atualmente são mais de 700 sistemas instalados e em funcionamento no mundo todo atendendo a coleta de resíduos urbanos, hospitais, aeroportos e grandes geradores como as cozinhas de empreendimentos industriais de grande porte ou caterings da aviação comercial.


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Mais espaço e tecnologia

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Marcas da modernização

Hospital Unimed Sorocaba amplia edificações e investe em novo átrio

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Hospital Unimed Sorocaba inaugurou, recentemente, sua quinta ampliação. Batizado de Hospital “Dr. Miguel Soeiro”, passa a contar com 205 leitos operacionais, 183 exclusivos para internação. Além de novos setores e dos equipamentos e serviços, que podem ser equiparados aos das mais avançadas instituições. O projeto de ampliação 92

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começou a ser estudado há quatro anos pela Diretoria Executiva e exigiu investimentos da ordem de, aproximadamente, R$ 50 milhões, totalmente aportados com recursos próprios da cooperativa. Com as obras finalizadas, o hospital, inaugurado em 1996, cresce 7.418 m2, atingindo quase 20 mil m2 de área edificada. Foram construídos 44 novos aparta-

mentos e 21 quartos de enfermaria. A nova ala de apartamentos tem serviços e mobiliários inéditos na região, como as camas especiais Hill Rom, produzidas nos Estados Unidos, mesas-cabeceiras da alemã Volker e carros térmicos italianos da Burlodge, utilizados para transportar as refeições até os quartos, sejam elas quentes ou geladas. Os

aparelhos de tevê instalados são interativos, e permitem consultar o cardápio, horários de visitas e serviços disponíveis. A linha de amenities foi desenvolvida com óleos vegetais e embalados em material biodegradável. Além disso, foram construídos também uma UTI Pediátrica, Salas de Observação da Emergência Adulto e Infantil e um novo Conforto Médico do Centro Cirúrgico.


Com isso, a UTI Pediátrica passa a ter 15 leitos em vez de apenas seis, sendo que parte deles ficará em um espaço exclusivo para neonatos. A Sala de Observação da Emergência Adulto ganha outros três, além de mais seis poltronas para medicação, que se somam às seis que já existem. Na Observação Infantil, foram agregados outros quatro novos leitos, totalizando dez. O novo Átrio, com oito metros de altura e fachada espelhada chama atenção de quem chega à instituição. O espaço abriga a recepção principal, a cafeteria e a revistaria em uma área de aproximadamente, 420 metros quadrados. O estacionamento do hospital também passou por mudanças, gerando 71 novas vagas. Para viabilizá-las, foram aproveitados espaços dos jardins que ficavam em frente à antiga recepção e próximos ao setor de Emergência. Todas essas vagas são em terreno pavimentado. A CP Construplan realizou as obras do novo Átrio e também da nova ala de internação. Na área mais recente, chamada de Bloco H, constam os laboratórios e três pavimentos de internação e a interligação com o prédio já existente. “Essa ligação é importante, pois facilita o acesso. Não é preciso modificar o dia a dia do hospital para usufruir das novas edificações”, diz Fernando Junqueira, Diretor da CP Construplan. A obra foi feita com o hospital em funcionamento e para isso a construtora tomou alguns cuidaHealth ARQ

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Mais espaço e tecnologia

ARQ destaque dos para evitar problemas. “Pensamos nas melhores maneiras para evitar barulho e a proliferação da poeira da obra. Para isso, procuramos respeitar horários de trabalho para que se restringissem ao dia com o monitoramento do nível dos ruídos”, diz Fernando Junqueira, Diretor da CP Construplan. Outra preocupação foi em relação a logística de movimentação de pessoas, para que não interferisse no funcionamento do hospital. Para isso, foi criada uma entrada para a obra totalmente independente da portaria do hospital. A sustentabilidade também está presente nas áreas de ampliação do Hospital Unimed Sorocaba. As construções executadas nesta quinta ampliação foram planejadas para que a água das chuvas seja captada, armazenada e utilizada no próprio hospital, gerando economia desse recurso natural. Os cuidados com o meio ambiente também constaram na obra, que executou a destinação correta dos entulhos, para depósitos legalizados pela CETESB. Alguns tipos específicos de materiais, como o metal, foram destinados a reciclagem. “Nós temos um programa de qualidade que pensa 100% nas questões de sustentabilidade. Mante94

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mos sempre o cuidado de responder pelo nosso lixo”, conta Junqueira, que revela ainda que a empresa faz também um trabalho junto aos seus funcionários para orientar sobre a separação dos materiais provenientes do canteiro e sua destinação. Outro diferencial desta construção foi a tecnologia utilizada na aplicação de um material autonivelante aplicado para nivelamento do piso, e posterior aplicação do piso vinílico, impedindo que este apresente qualquer tipo de desnivelamento. “Buscamos sempre novas técnicas e materiais para atingirmos o mais alto grau

de qualidade das obras”. A tecnologia está ainda mais presente na nova fase do Hospital “Dr. Miguel Soeiro”. As nutricionistas já fazem as evoluções das dietas dos pacientes em iPads. As copeiras, por sua vez, anotam os pedidos dos pacientes e acompanhantes em tablets, interligados com a rede de computadores da instituição. Com isso, o processamento dos pedidos é substancialmente mais rápido. “Um detalhe muito importante, decorrente do uso dos iPads, é que as preferências ou necessidades dos usuários ficam registradas em um banco de dados do

hospital. Assim, um paciente que peça para excluir carnes ou determinado produto da sua dieta, por exemplo, não precisará repetir a recomendação na próxima vez que ficar internado”, explica José Francisco Moron Morad, Diretor Presidente da Unimed Sorocaba. Algumas áreas críticas dos hospitais, como os centros cirúrgicos e as UTIs, não podem ficar sem energia elétrica. Por isso, as instituições costumam ter geradores próprios, que entram em funcionamento toda vez que o abastecimento feito pela concessionária é interrompido. “Com os no-

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Mais espaço e tecnologia

ARQ destaque vos apartamentos e as novas alas, a demanda elétrica cresce. Consequentemente, os geradores alternativos devem estar capacitados para essa nova realidade. Por conta disso, foi construída uma sala de 250 metros quadrados com capacidade para abrigar até quatro geradores de energia elétrica (já pensando nas futuras ampliações), mais potentes e modernos do que o atual”, revela Morad. Inicialmente, foram comprados dois geradores Caterpillar, cada um com capacidade de 1.000 kVA e suficientes para abastecer todos os setores do hospital. O valor investido pela Unimed Sorocaba em todo o sistema de geração e transformação de energia elétrica foi de, aproximada-

mente, R$ 3,7 milhões. “O investimento se justifica pelos benefícios alcançados. Quando há queda no fornecimento da energia elétrica, tanto o antigo quanto os novos equipamentos são automaticamente acionados”, diz o Presidente. Histórico A primeira ampliação dotou a instituição hospitalar de uma Unidade Cardiovascular Diagnóstica e Intervencionista (Hemodinâmica) e foi concluída em 27 de julho de 2002. A segunda, entregue em 31 de janeiro de 2004, incorporou uma nova ala composta por mais 15 apartamentos, duas salas cirúrgicas e um jardim reservado para uso exclusivo dos pacientes e acompanhantes. Com essa

ampliação, o hospital passou a contar com seis salas de cirurgia, duas salas no centro obstétrico e duas salas no day clinic. Já a terceira ampliação permitiu a reformulação da Ala de Imagens, com duas novas salas para exames de ultrassom e outra exclusiva para a implantação da base inicial do Serviço de Métodos Gráficos, todas inauguradas em 25 de agosto de 2006. As obras entregues em 7 de dezembro de 2007, contemplaram a ampliação dos setores de Emergência (que recebeu uma ala exclusiva para atendimento pediátrico), Quimioterapia Ambulatorial, Hospital-Dia (que ganhou mais duas salas de cirurgia) e o Centro de Nefrologia e Diálise.

Consolidada no mercado A construtora CP Construplan sediada em Ribeirão Preto (SP), já executou mais de 560 obras em vários estados. Fundada em 1984 por José Rubens Bevilacqua, Mateus Leoni e Fernando Junqueira, para atuar em obras industriais, nas áreas de açúcar e álcool, papel e celulose, petrolífera, saúde e alimentos (supermercados, indústrias de bebidas) e, mais tarde, no setor imobiliário e loteamentos. A ampliação do Hospital Unimed Sorocaba não é a primeira obra no segmento da saúde realizada pela empresa, seu portfólio conta com a construção de pavilhão do Hospital de Câncer de Barretos, Faculdade de Medicina de Barretos, Centro de Tratamento em RadioOncologia na cidade de Ribeirão Preto, diversas obras no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, postos de saúde e ambulatórios em diversas usinas de açúcar e álcool, dentre outras. “O setor da saúde no Brasil ainda tem muito para crescer, por isso nós resolvemos investir nesta área”, diz Fernando Junqueira, Diretor da CP Construplan. A CP Construplan, desde 1998 vem dando ênfase na área de Qualidade e hoje é certificada nos selos ISO 9001 e PBQP-H / Siac. 96

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Sobre o Projeto O projeto de arquitetura e interiores do Novo Átrio da Unimed Sorocaba levou três meses para ser desenvolvido e foi elaborado pelo escritório FIORENTINI Arquitetura de Hospitais. Sua criação, com forte apelo estético, teve como objetivo, oferecer conforto e humanização aos pacientes e visitantes. Para isso, foram utilizadas ferramentas da arquitetura contemporânea, como pé direito triplo, que amplia os espaços e também traços arrojados e modernos. “Criamos o Átrio como área de convivência para

os pacientes e visitantes, por meio de uma arquitetura majestosa e arrojada, demarcando a reputação de excelência da instituição Unimed Sorocaba, diz Paula Fiorentini, Arquiteta responsável pelo projeto. Com foco na humanização, o projeto priorizou a iluminação e a ventilação naturais. Além disso, artifícios luminotécnicos foram utilizados para criar a sensação de aconchego. A iluminação foi aplicada em forros alternados com sancas e também por meio de luminárias modernas. Outra preocupação da

arquitetura foi com relação à escolha dos revestimentos, optando por aqueles de alta durabilidade, fácil higienização e manutenção e esteticamente interessantes como o granito para o piso. “Além de resistente, ele é nobre, o que combina perfeitamente com a arquitetura majestosa da instituição. Já nas paredes, a opção foi pela pintura mesclada a algumas áreas revestidas por painéis de madeira e outras por caixilharia, reforçando o conceito de iluminação natural”, ressalta a arquiteta.

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Consolidação

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União em prol do conhecimento Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar completa 20 anos em 2014 e se consolida dentro do setor

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ABDEH (Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar) foi fundada em 1994 e completará 20 anos em 2014. A instituição, que começou através da união de engenheiros e arquitetos que lidavam com o mercado de saúde, hoje representa internacionalmente a arquitetura e a engenharia

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hospitalar brasileira. São 640 associados, entre eles grandes empresas do setor de construção, chegando a atingir cerca de 20 mil pessoas. “Na época, notou-se a necessidade de organizar as informações de uma maneira em que elas pudessem ser disponibilizadas a todos os profissionais e levassem a reflexões

e proposições dentro da proposta de qualificar os ambientes de saúde”, conta Fábio Bitencourt, Presidente da ABDEH. A estrutura começa a ganhar corpo, inicialmente no início do século XX, em São Paulo e no Rio de Janeiro. “Os seis anos do século passado foram, para a ABDEH, um período de estruturação, consolidação


da proposta como uma necessidade e também de fortalecimento no sentido de agregar pesquisadores, profissionais liberais, médicos e arquitetos, que de algum modo tinham atuação neste setor”, acredita Bitencourt. A associação já teve a sua frente, no início do século, o engenheiro Salim Lamha Neto, e contou, mais tarde, com nomes renomados no mercado como o arquiteto Flávio Kelmer, responsável pela ampliação de base da diretoria da ABDEH através da criação da vice-presidência, desenvolvimento técnico e científico e uma

vice-presidência de marketing e de relações institucionais. Em 2008, quem assume a associação é Flávio Bicálio, cedendo o cargo, em 2011, ao atual Presidente, Fábio Bitencourt. “Em todo este período foram criados seminários, congressos, eventos por todo Brasil, que acontecem regularmente. Hoje, o Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar é o mais representativo no setor, atraindo inclusive profissionais e palestrantes de outros países para o Brasil”, garante Bitencourt. Outro passo importante

para consolidar a instituição junto aos profissionais de seu setor, foi a regionalização das diretorias. Hoje, são 16 áreas atendidas, Nordeste, Sudeste, Sul quase completos, além de grade parte do Norte e do Centro-Oeste do Brasil. “Não adiantaria uma instituição se propor a ser brasileira, estando instalada apenas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Fazer com que a ABDEH acontecesse em outras partes do Brasil, sobretudo as mais afastadas, melhora até a questão de comunicação”. A instituição tem levado o que há de novo no mer-

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Consolidação

ARQ destaque cado para todos os profissionais que lidam com a questão no Brasil, através da possibilidade de convivência com as grandes experiência nacionais e internacionais, assim como as pesquisas. “Nós transmitimos o conhecimento brasileiro para outros países também. Recentemente, estivemos na Noruega, Canadá e na Argentina, interagindo coletivamente com as discussões”, relata o atual presidente da ABDEH. Entre os importantes eventos que a instituição se prepara para representar o País no próximo ano está a participação no Congresso

Internacional realizado pela IFHE (Federação Hospitalar de Engenharia), a qual a ABDEH é vinculada, que acontecerá em outubro de 2014, na cidade de Buenos Aires (Argentina), sendo a primeira vez que o congresso ocorre na América Latina. “Nós somos partes deste processo. Eu faço parte da comissão científica do Congresso Mundial. O Brasil terá uma representatividade importante e isso contribui para qualificação dos profissionais e, consequentemente, das edificações”, garante. Hoje a ABDEH partici-

pa de discussões junto ao Ministério da Saúde, à Anvisa, e às vigilâncias regionais de todos os estados do Brasil. Além disso, para 2014 a associação prepara o XI Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, que acontecerá em Florianópolis, entre 27 e 29 de agosto. Na ocasião será dada também a posse da nova diretoria. “Mas ao longo do ano teremos uma série de outros eventos acontecendo em todo País. Essas serão nossas grandes comemorações, em torno da discussão e da informação”, finaliza Bitencourt.

“Não adiantaria uma instituição se propor a ser brasileira estando instalada apenas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Fazer com que a ABDEH acontecesse em outras partes do Brasil, sobretudo as mais afastadas, melhora até a questão de comunicação” Fábio Bitencourt, Presidente da ABDEH 100

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Health 101 ARQ


Diagnóstico certo

CONSTRUÇÃO

Diagnóstico certo

Centro de medicina diagnóstica foca na humanização e na sustentabilidade 102

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S

ão cerca de 90 unidades de atendimento espalhadas por Recife (PE), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). A rede a+ Medicina Diagnóstica, do grupo Fleury, é uma nova marca que contempla unidades que contam com diferentes portfólios de serviços. O grupo tem investido na ampliação e diversificação dos serviços existentes, mesclando, cada vez mais, análises clínicas e exames de imagem. Um exemplo disso é a recente inauguração, em Salvador, da Diagnoson a+, uma unidade no bairro da Pituba, que une a expertise da operação da a+ Medicina Diagnóstica na Bahia, com forte atuação em análises clínicas e da marca Diagnoson, que é uma referência em exames de imagem na cidade. Também foram inauguradas recentemente as unidades a+ Viaduto do Chá e a+ Capela do Socorro, ambas em São Paulo (SP). “Todos os laboratórios utilizam um conceito de identidade ambiental único. Esse ambiente deve traduzir a essência e os atributos da marca”, conta João De Lucca Souza, Diretor de Patrimônio e Facilities do Grupo Fleury. Foram padronizados os acabamentos, cores, design de móveis e a fachada das unidades. “Cada site tem sua peculiaridade, ora temos um edifício de mil metros quadrados, ora uma loja de apenas 50 m² e é sempre um desafio transmitir em cada espaço e projeto, o padrão de qualidade e eficiência da marca”, conta Antonio Carlos Rodrigues, Diretor da ACR Arquitetura, escritório que projeta as unidades a+, especializado em projetos de saúde. Foi priorizado o atendimento pleno de todas as normas de segurança e da vigilância sanitária, aliando conceitos de conforto em um ambiente de fluxo fácil e design dinâmico. “Com a padronização ganhamos escala, conseguimos fazer um projeto de arquitetura em menos de 30 dias e uma obra de porte médio/complexo em aproximadamente 90 dias”, explica Antonio Carlos Rodrigues. De acordo com o Diretor da ACR Arquitetura, ao se projetar um centro diagnóstico é preciso pensar que a atualização tecnológica na medicina é constante, além de variações de mercado e demanda. “Sendo assim, pensamos sempre em Health 103 ARQ


Diagnóstico certo

CONSTRUÇÃO espaços flexíveis e expansíveis, ou seja, fáceis na hora de mudar e de expandir. Devemos objetivar obras rápidas e limpas. Para isso é preciso empregar materiais de fácil manuseio como pisos vinílicos, que são facilmente aplicados e principalmente retirados e/ ou trocados, vedações de drywall, forros modulares e estruturas limpas, com grandes vãos e sem vigas, que não restrinjam alterações futuras sempre que necessárias”, diz. Para equilibrar a tendência do emprego de alta tecnologia aplicada no setor, a hotelaria da saúde oferece aos clientes, pacientes e acompanhantes serviços que agreguem valores durante sua estadia, que sabidamente é momento gerador de tensão, estresse e desconforto. “A hotelaria

representa ambientes limpos, iluminados, coloridos e seguros. Suas instalações devem apresentar conforto, praticidade e qualidade.” De acordo com Antonio Carlos Rodrigues, o investimento em espaços humanizados e hospitalidade, além de uma tendência é um diferencial. Retorna com a redução do desperdício, aumento da qualidade de serviços e, consequentemente, fidelização do cliente. Assim como a humanização, outro assunto muito em pauta atualmente é a sustentabilidade e os prédios a+ atendem também a esta questão. Entre as medidas adotadas estão as válvulas de descarga de dois estágios, luminárias de alto rendimento, coleta seletiva de resíduos, torneiras com válvula de controle de fluxo e fechamento au-

tomático e mobiliário produzido com alto percentual de material reciclado. Além de tintas à base d’água, laminado de bambu, piso vinílico com material reciclado, equipamentos com selo Energy Star, madeira certificada com selo FSC (Forest StewardshipCouncil-BR) , entre outros. “Um edifício comum, além de emitir 30% dos gases “estufa”, consome 12% da água e 70% da energia gerada. Além disso, produz 65% de entulho. Já um edifício sustentável pode reduzir estes índices economizando 30% da energia e diminuindo em até 35% a emissão de carbono e economizando entre 30% e 50% o consumo de água. Diminuindo também, em até 90%, a geração de entulho ou desperdício”, revela Antonio Carlos Rodrigues.

Antonio Carlos Rodrigues é arquiteto formado pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas há 25 anos. Sua trajetória é marcada pela dedicação a projetos em todas as áreas da saúde, como hospitais, clinicas e laboratórios. Além disso, o profissional é ganhador do X Prêmio da Arquitetura Corporativa – 2013 na categoria “Edifícios de Saúde”. Entre seus principais projetos estão hospitais, centros diagnósticos e de reprodução humana. Antonio Carlos Rodrigues é conhecido em seu meio como um profissional eficiente, criativo, que escuta seu cliente e sabe alinhar tecnologia e humanização nos espaços que projeta.

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Health 105 ARQ


Instituto especializado

CONSTRUÇÃO

Atendimento especializado Hospital Santa Paula inaugura instituto de oncologia 106

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O

Hospital Santa Paula atua na área da oncologia há 12 anos e para ampliar a capacidade de atendimento inaugurou, em julho deste ano, o Instituto de Oncologia Santa Paula. Com investimento de R$ 26 milhões o novo prédio tem capacidade para realizar 800 atendimentos aos mês e conta com equipamentos de alta tecnologia, como é o caso da Radioncologia, instalada no subsolo do IOSP. Além disso, a instituição investiu também em capacitação profissional. “O IOSP foi desenvolvido especialmente para atendimento de pacientes oncológicos localizados na Zona Sul da Cidade de São Paulo, onde não existe ainda nenhum Centro de Oncologia completo como este. Ele é dedicado ao tratamento e combate ao câncer e não possui internação. Caso esta seja necessário, o paciente é direcionado para o Hospital Santa Paula”, explica George Schahin, Diretor Presidente do hospital. O escritório de arquitetura responsável pela concepção e realização do projeto arquitetônico IOSP, procurou projetar o edifício de maneira que cause diferentes sensações às pessoas que irão frequentá-lo. Para os pacientes e acompanhantes, os ambientes projetados ajudam a reduzir o nível de estresse; já para a equipe de profissionais de saúde, esse ambiente auxilia e simplifica o dia a dia de trabalho com segurança e otimização de tempo. “Além disso, a nova unidade está alinhada com o conceito de humanização hospitalar, oferecendo atendimento multidisciplinar em ambientes inspirados no modelo de instituições de saúde internacionais dedicadas ao tratamento integrado do câncer”, conta Schahin. A tecnologia é outro ponto que ganhou destaque dentro do Instituto de Oncologia Santa Paula. “Atualmente, utilizamos o mesmo sistema de TI do Hospital Santa Paula. Ele atende a demanda de gestão eletrônica do Instituto, inclusive todo o administrativo, que apoia o IOSP.” Health 107 ARQ


Instituto especializado

Todo o processo, desde o agendamento de uma consulta, prescrição, dispensação, infusão e faturamento é informatizado. O que existe em papel, é a impressão de documentos exigidos pelos convênios médicos com assinatura original e carimbos. “O sistema que utilizamos para a gestão do IOSP é o software de gestão, denominado TASY”, diz Schahin. As obras do IOSP apresentaram alguns diferenciais, como a logística de execução. O terreno onde hoje se encontra o Instituto de Oncologia tem cerca de 800m², o que dificultou o processo de construção. O canteiro de obras precisou ser realocado em uma casa na mesma rua. “Como a instituição fica na esquina da av. Santo Amaro com a rua Alvorada, tivemos que adotar estratégicas logísticas inovadores para não oferecer impacto nos equipamentos viários existentes, relata Alexandre Paranhos, Diretor de desenvolvimento e Novos Negócios da Bueno Netto Construções. Além disso, houve a cautela de proteger todo o entorno, garantindo a segurança dos pedestres e vizinhos. “Tivemos também muita preocupação com o nível de ruído dessa obra, seja advindo das 108

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Fotos: BILLFOTOS

CONSTRUÇÃO

Box para infusão de medicamentos - Instituto de Oncologia Santa Paula

Auditório - Instituto de Oncologia Santa Paula

Área de convivência - cyber café, espaço para orientações de beleza e bem-estar


atividades “normais” de qualquer obra, ou provenientes dos funcionários alocados na construção”. Também pelo pouco espaço, foi necessário escavar de modo a obter-se quatro subsolos no terreno, fazendo as contenções das edificações vizinhas e da av. Sto. Amaro através de parede diafragma atirantada. “Outro desafio foi a execução da laje e dos pilares do quarto subsolo, no ambiente onde instalamos os Aceleradores Lineares (Equipamento Radiológico). Neste ambiente temos uma laje e pilares de até 1,80 metros de espes-

sura para garantir a blindagem radiológica”, explica o Diretor da Bueno Netto. Apesar desse grande desafio, a obra foi concluída em 14 meses, incluindo as disciplinas que foram contratadas diretamente pelo HSP. Esse prazo contempla também algumas alterações de projetos e especificações que surgiram durante a obra. Medidas de sustentabilidade que visam minimizar a produção de resíduos, fazendo a separação do entulho e demais materiais descartados também foram adotadas. Assim como prevaleceu a preocupação

na utilização de materiais “sustentáveis”, evitando o desperdício de materiais e também a racionalização do uso de água e energia. “Nós temos uma constante preocupação com o descarte e demais materiais não aproveitados em nossas obras. Apesar dessa construção não ser certificada com o Leed, tivemos a cautela de adotar procedimentos dessa certificação e garantir o descarte da terra advinda da escavação num “bota-fora” certificado, assim como os demais resíduos de construção gerados na obra”, conta Paranhos.

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CONSTRUÇÃO

Instituto especializado

Desafios da readequação de espaços Com mais de dez anos, Unidade Morumbi da Rede São Luiz ainda é modelo de Retrofit

A

unidade Morumbi do Hospital São Luiz (SP), inaugurada em setembro de 2000, segue os princípios de qualidade de atendimento, conforto e eficiência da rede. É uma instituição moderna que possui Pronto-Socorro Adulto e Infantil, assim como UTI para as duas classes e um completo Centro de Diagnósticos. O seu Centro de Diagnósticos tem equipa-

mentos de alta tecnologia para realizar exames de tomografia computadorizada, ressonância magnética, mamografia, endoscopia, entre outros. Com 21,2 mil m² de área construída, a unidade tem capacidade de 176 leitos. Desses, 116 são apartamentos, 32 são leitos em UTI (Adulto e Infantil) e 16 na Semi-Intensiva. Sua obra foi dividida em duas etapas, a primeira

contemplando as áreas de serviço do hospital e edifício garagem e o corpo principal da instituição. Porém, o prédio no qual a unidade foi instalada não havia sido projetado para receber um centro de saúde de alta complexidade, mas sim tornar-se um edifício comercial. “Isso trouxe-nos alguma dificuldade durante o processo de execução das obras, pois precisamos transformar

“Nenhum hospital pode nascer de uma prancheta de arquitetura sem que a base operacional e a engenharia clínica das unidades participem do processo” Marcio Moraes, Diretor Presidente da RFM Construtora 110

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o local para que pudesse atender o requisitos do setor”, relata Marcio Moraes, Diretor Presidente da RFM Construtora, responsável pela obra. Porém, a preocupação da empresa não deu-se apenas com as adequações. A escolha dos materiais que seriam usados no processo também foi feita de maneira cuidadosa, uma vez que o principal fator determinado pela Rede São Luiz foi a funcionalidade aliada a qualidade dos produtos. “Não foi difícil atendermos a essas exigências, pois a RFM já detinha o

certificado ISO 9001. Aliás, na época éramos a única construtora no Brasil com este certificado para a área hospitalar”, conta Moraes. Outro quesito no qual esta obra esteve à frente das construções daquele período foi em relação aos cuidados com o meio-ambiente. Mesmo tendo sido construído anteriormente a lei de resíduos sólidos do município de São Paulo, o prédio atendia a todas as normas de sustentabilidade exigidas internacionalmente. O setor de Engenha-

ria Clinica foi grande aliado dos engenheiros que estavam à frente da construção, uma vez que colaboraram com a concepção operacional. “São eles quem detêm as informação de todos os procedimentos que o hospital necessita e a interligação de cada setor no modo de operação, diríamos que nenhum hospital pode nascer de uma prancheta de arquitetura sem que a base operacional e a Engenharia Clínica das unidades participem do processo”, finaliza o Diretor Presidente da RFM Construtora.

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Hospital de olhos

Foto: Nilson Bastian

CONSTRUÇÃO

À frente de seu tempo Hospital investe em projeto com humanização, sustentabilidade e tecnologia para ganhar destaque

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O

Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, possui, atualmente, um Centro Cirúrgico com quatro salas de cirurgias, três salas de pequenos procedimentos e dois setores de diagnósticos com nove salas. Além disso, há também setor de cirurgia refrativa (laser ocular), de lentes de contato e próteses, 43 consultórios (divididos em áreas por especialidades) e um consultório de atendimento somente para Conjuntivite. As esperas exclusivas, auditório, salas de reunião e treinamentos, conforto médico e de colaboradores, área para terceirizados e higienização, sala de automação, andar exclusivo para área administrativa, restaurante e estacionamento também fazem parte do complexo. O Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem foi inaugurado em março de 2013 e realizou, somente no primeiro semestre deste ano, em média, 15.524 atendimentos ao mês. “Nosso diferencial é ter em nossa sede um Centro de Diagnóstico e um Centro Cirúrgico, fazendo com que todos os tratamentos e cirurgias que não necessitem de anestesia geral sejam realizadas no próprio hospital”, diz Mirian Pinheiro, Gerente Administrativa do Hospital.

Antes de iniciar a obra, foi realizado um estudo técnico visando oferecer elementos para análise de viabilidade ambiental do empreendimento, tanto que 30% da área de construção foi preservada com mata nativa. Medidas de responsabilidade ambiental foram algumas das ações adotadas durante a construção da instituição. Na dimensão econômica, a escolha de materiais teve como base o menor impacto possível. As luminárias consomem menos energia, as louças sanitárias têm menor consumo de água por serem automatizadas e os vidros especiais diminuem a incidência dos raios solares na área interna, reduzindo a carga térmica e, portanto, há redução do consumo do sistema de ar condicionado. A utilização de vidros em toda fachada também contribuiu para a redução do consumo de energia elétrica em função da maior utilização da luz natural. Já na dimensão ambiental, a sustentabilidade esteve presente na obra com um programa de gerenciamento de resíduos sólidos provendo a correta separação e destinação para reciclagem de lixo. Foram instalados, no canteiro de obras, containers para classificação e destinação de resíduos. Health 113 ARQ


Hospital de olhos

Foto: Pablo Teixeira

CONSTRUÇÃO

Foto: Nilson Bastian

Centro de Estudos Dra. Cleusa Coral-Ghanem

Foto: Pablo Teixeira

Recepção Lentes de Contato

Recepção Principal (Térreo) 114

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“Com relação ao social, foi implementado um plano para monitoramento e controle de ruídos e houve grande interação com a comunidade no entorno minimizando os possíveis impactos na qualidade de vida dos vizinhos decorrentes das atividades de obra”, conta Mirian. Apesar do hospital apresentar um projeto extremamente rigoroso em relação à funcionalidade, o layout contemplou a otimização e correta distribuição das atividades internas, assim como a beleza e o conforto não foram excluídos em detrimento da sofisticação. Os arquitetos consideraram como fatores fundamentais a beleza e a funcionalidade para humanizar os ambientes. Dentro deste contexto, foram criadas amplas recepções com a utilização da ventilação e iluminação naturais, o que evita os frequentes espaços confinados e proporcionam ambientes mais humanos e ergonômicos para pacientes e colaboradores, além de contribuir para a redução do consumo de energia elétrica. Na ambientação das recepções foram utilizados sofás, TVs, máquinas de café e água para atender aos pacientes e garantir tranquilidade durante as consultas, exames e cirurgias. As cores


Foto: Pablo Teixeira Foto: Pablo Teixeira

Laser Ocular

Foto: Nilson Bastian

Consultório

Restaurante

claras nas paredes foram escolhidas para proporcionar amplitude e tranquilidade aos pacientes e aos colaboradores. “Os arquitetos configuraram a recepção ao público através de uma extensa galeria no espaço térreo, proporcionando uma sensação agradável de amplitude pelo pé-direito alto na recepção principal. A intenção foi trocar os espaços frios, impessoais e estressantes presentes nos hospitais tradicionais por um espaço mais humanizado e descontraído, alcançado por meio de uma efetiva comunicação visual com cores mais quentes, semelhante a de um hotel”, ressalta a Gerente Administrativa. Já o Projeto Luminotécnico foi desenvolvido para oferecer sensações de bem-estar e conforto aos pacientes e colaboradores utilizando ao máximo a luz natural que o prédio proporciona. Houve preocupação para que o fluxo luminoso interno não fosse projetado para fora das janelas e a iluminação externa fosse projetada para garantir segurança e conforto. Na área externa foram instalados temporizadores, que permitem a programação de horários para ligar e desligar as luzes, mantendo a partir das 23 horas somente luzes vigias. Na recepção principal, a Health 115 ARQ


Hospital de olhos

CONSTRUÇÃO iluminação ganhou ares mais sofisticados, marcada por belos lustres, sem prejudicar a luz funcional necessária para um ambiente de trabalho. O objetivo foi transformar a estada no hospital em algo parecido com o que se vê em recepções de hotéis. Outro ponto levado em consideração no Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem foi a segurança. Para isso, foram instalados controles de acesso nos principais pontos onde há grande fluxo de passagem por funcionários, pacientes e visitantes (nas entradas do restaurante, auditório

e portão de pedestres). Além dos locais de acessos restritos: centro cirúrgico, tesouraria e datacenter. “O controle de acesso é de suma importância para a segurança no hospital, pois o mesmo é frequentado por diversas pessoas e é através desta mensuração que é possível orientar e controlar a entrada e a permanência dos mesmos nos locais determinados”, diz João Marcos Xavier Coelho, Gerente Comercial da Holdtech Automação & Security. Na instituição, foram priorizados os equipamentos com um designer versátil e inovador, que ficasse de

acordo com a estrutura física do local. Os equipamentos instalados têm como objetivo controlar o fluxo de pessoas desde a entrada nos estacionamentos até os locais que exigem maior cuidado quanto ao acesso, o centro cirúrgico por exemplo. “Os funcionários são cadastrados em um sistema e recebem um cartão de identificação. Esse cartão permite a liberação das portas através do sensor de proximidade. O acesso dos funcionários é limitado às áreas específicas e de acordo com os setores onde atuam”, explica João Marcos.

“Nosso diferencial é ter em nossa sede um Centro de Diagnóstico e um Centro Cirúrgico, fazendo com que todos os tratamentos e cirurgias que não necessitam de anestesia geral sejam realizados no próprio hospital” Mirian Pinheiro, Gerente Administrativa do Hospital 116

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Uma obra de ponta

Com investimentos de R$ 117 milhões e previsão de entrega para 2014, hospital com 400 leitos é construído na capital do estado de Goiás

O

Estado de Goiás ganha reforço na área da saúde a partir do primeiro semestre de 2014 com a construção do Hospital de Urgências da Região Noroeste, Hugo 2. Localizado na GO-070, Setor Santos Dumont, Goiânia – GO, saída para Inhumas, a nova unidade terá capacidade para acolher 360 pacientes em leitos, e outros 40 em Unidades de

Terapia Intensiva (UTI). O hospital terá 27,7 mil m² de área construída. Além dos 400 novos leitos, haverá sete salas prontas para cirurgia, equipamentos de última geração e capacidade para realizar até mil atendimentos por dia em cirurgia geral, ortopedia, neurocirurgia, cirurgia pediátrica, além de contar com uma ala para pacientes com queimaduras,

composta de 15 leitos. O Hugo 2 prestará serviços de urgência, emergência, entre outros. Contará também com um auditório para 152 pessoas, um heliponto e aproximadamente mil vagas de estacionamento. Também serão oferecidos 250 leitos de internação, dez salas de cirurgia, das quais uma é de Hemodinâmica. Está previsto ainda espaço ambiental

aproveitando a área verde, propícia para caminhadas, meditação e relaxamento. O Governo do Estado informou que esta nova unidade “significa a maior realização na prestação de serviços na área da saúde”. Também foi divulgado que com o funcionamento do Hugo 2, novos leitos e médicos estarão disponíveis. De acordo com o Secretário da Saúde do Estado, Health 117 ARQ


Saúde pública

CONSTRUÇÃO Antônio Faleiros, o atual Hugo foi criado há 25 anos, quando a população de Goiânia era metade do que se tem hoje. “Atualmente, a demanda de pacientes ainda é maior que a quantidade de leitos. Por isso estamos criando o Hugo 2”, explica o secretário. “Não tenho dúvidas de que esta instituição, o Hugo 2, vai contribuir e muito com a saúde dos goianos”, diz o Secretário Faleiros. A Secretaria da Saúde tem previsão de investir na área hospitalar mais de R$ 117 milhões em recursos próprios, até o ano de 2014. A perspectiva engloba, além da construção do Hugo 2, a criação do Hospital da Mulher, também em Goiânia. O Hugo 2 foi dividido em blocos para agilizar o processo construtivo, e a maior dificuldade encontrada pela Porto Belo Engenharia, empresa responsável pela administração desta edificação, foi o curto prazo estabelecido. “Geralmente, para um trabalho deste porte, o prazo ideal é de 15 a 20 meses, e estamos executando em 11 meses. Para tanto, a empresa investiu em planejamento, logística e industrialização dos processos produtivos utilizando maquinário e pessoal qualificado”, contam Celso de Paula e Silva Filho, Presidente da Porto Belo Engenharia. 118

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Obras otimizadas Fundada em 1987, a Porto Belo é uma das empresas mais atuantes no setor de obras públicas e privadas em todo o Brasil. Há 13 anos a construtora administra o Centro de Convenções de Goiânia como concessionária do empreendimento. A Porto Belo tem por princípio oferecer serviços de ponta em execução de obras civis, comerciais, industriais, de saneamento, entre outras. Mantém um Sistema de Gestão da Qualidade certificada pela ISO 9001:2008 e pelo PBQP-H nível A e tem como política da Qualidade: “Construir e restaurar patrimônio com o foco do cliente”.

FICHA TÉCNICA Nome do empreendimento: Construção do Hospital de Urgência – HUGO na Região Noroeste de Goiânia Endereço: GO 070, KM 05, Setor Santos Dumont, Goiânia - GO Área total construída: 27.714,77 m² Prazo de execução: 450 dias Tipo de operação: Construção Engenheiro responsável: Agostinho Alcântara Neto Início: 03/06/2013 Término: 27/08/2014

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Saúde pública

CONSTRUÇÃO

Ampliando edificações Após 30 anos, Unimed Ponta Grossa constrói novos prédios

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om o crescimento da cooperativa Unimed, o Hospital Unimed Ponta Grossa aumentou, ao longo dos anos, o número de colaboradores, de cooperados e de beneficiários. Com isso, para proporcionar um melhor ambiente de trabalho, melhor atendimento e mais segurança, foram adquiridos dois novos terrenos para a construção de uma nova sede. As obras tiveram início em abril de 2013 e as novas instalações comportarão os principais setores administrativos da cooperativa, junto com o SAC e o atendimento. No prédio antigo, irão funcionar o auditório Enny Luiz Facchin e o departamento de Gestão em 120

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Saúde. Haverá também espaço para a Associação dos Funcionários da Unimed Ponta Grossa, para o depósito e para o Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED). A obra foi dividida em oito etapas, sendo a primeira delas os serviços preliminares: mobilização, instalações de canteiro e demarcações topográficas. Na sequência, as ações ligadas a infraestrutura, como fundações, escavações, forma, concreto, aço, re-aterro, compactação manual, caixas inspeção de pluvial e esgoto, tubulações e envelopamento foram concretizadas. A terraplanagem e o enchimento de terra, assim como a compactação mecânica vieram em

um terceiro momento, seguidos das estruturas e fechamento com a execução de alvenaria e chapisco. Além de emboço, reboco, pintura, fornecimento e instalação de esquadrias, vidraçarias, impermeabilizações, revestimento de pisos, fornecimento e colocação de peças metálicas, rodapés, azulejos, forro, calçada e portões. As instalações hidráulicas e sanitárias e a prevenção e combate a incêndio, vieram seguidas das instalações elétricas, telefonia e lógica (somente infraestrutura). As últimas três etapas contaram com as instalações para ar-condicionado, obras complementares como arrimos (concreto, forma, aço, impermeabi-


lizações e pintura) e desmobilização: limpeza da obra, remoção de entulhos e paisagismo. “Na etapa anterior da obra, tivemos dificuldades para compatibilizar os projetos por partes da estrutura, pois trata-se de uma construção mista, sendo ela 40% em concreto armado (estrutura convencional) e os outros 60% em Steel Frame (LSF), devido aos projetistas serem de escritórios distintos tivemos alguns contratempos”, revela Elton Junior, engenheiro civil da Hexagono

Engenharia, que supervisiona todas as etapas da obra. A etapa de fundação da obra também exigiu um pouco mais dos profissionais envolvidos, uma vez que o terreno tinha as características de solo ruins (solo mole/orgânico). Em 70% da totalidade tivemos que reforçar a base para podermos executar as estacas hélice. “Também nesta etapa tivemos problemas com águas de servidão dos vizinhos, tubulações muito antigas se romperam e acabaram atrapalhando

o bom desenvolvimento das atividades”. Segundo o engenheiro, a escolha dos materiais levou em conta o custo, agilidade, responsabilidade ambiental, beleza entre outros aspectos específicos. E a sustentabilidade esteve presente através da separação de entulhos como isopor e madeiras de sobra, que foram retirados por empresas que fazem coletas. “Além disso, trata-se de uma obra que terá 60% dos quesitos dentro de um selo verde atendidos”, finaliza Elton Junior.

Health 121 ARQ


Planejamento

PLANO DIRETOR

Obras por excelência

Hospital Mãe de Deus revisa Plano Diretor para obras de ampliação

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Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre (RS), passará por reformas e ampliação nos próximos meses com o objetivo de atender ainda melhor aos seus usuários. Para isso, o Plano Diretor da obra foi revisado como ponto de partida para o projeto de ampliação, considerando as demandas atuais aos serviços e especialidades, além das necessidades de modernização do prédio, face às necessidades decorrentes do modelo de assistência médico-hospitalar e as tendências do atual quadro epidemiológico da região sul. “Em 2012, foi elaborado um importante estudo a respeito da situação mercadológica. Foi realizado o diagnóstico institucional, no qual verificou-se a evolução tecnológica, as tendências 122

Health ARQ

para os próximos anos, bem como o atual perfil dos nossos clientes. Esse trabalho culminou com a elaboração do ‘Planejamento Estratégico’ para os próximos dez anos, que foi fundamental para o detalhamento dos projetos de ampliação e modernização a instituição”, conta Claudio Seferin, Diretor Geral do hospital. O projeto de expansão levou em consideração os atuais problemas do prédio do hospital, nos acessos, fluxos internos, distância e dificuldades de comunicação dos serviços assistenciais e áreas de apoio, bem como as condições de segurança e conforto dos pacientes. “Foi levado em conta o modelo assistencial privilegiando os serviços ambulatoriais e as facilidades de acesso e independência

dos serviços de pacientes não internados. Ao mesmo tempo, as ampliações possibilitarão a flexibilidade dos apartamentos privativos e semiprivativos, que poderão ser facilmente transformados ou mesmo adequados a pacientes de maior risco e complexidade, de acordo com a demanda”, revela o Diretor Geral do Hospital Mãe de Deus. Segundo Seferin, o novo hospital possibilitará um atendimento ainda mais seguro e confortável com condições excelentes para a boa prática da medicina. “Será uma instituição mais acessível, ágil e resolutiva tanto no nível ambulatorial, quanto de internação hospitalar, que se caracterizará pelo atendimento humano e afetivo além da competência técnica”.

As obras serão divididas em três etapas subsequentes: o prédio A, torre de 10.000 m² que será entregue em duas etapas. A primeira deverá ser entregue até junho de 2014, com os novos serviços de Emergência, com ampliação dos leitos de CTI e ambulatórios com Centro de Diagnóstico Ambulatorial. Ao longo do segundo semestre de 2014 e início de 2015, serão entregues a segunda etapa do prédio A, com as unidades de internação hospitalar. A terceira etapa, entregue no final do ano de 2014, será o prédio B, onde serão localizados os novos leitos da CTI (Centro de Tratamento Intensivo). A Humanização e a Espiritualidade serão tratadas como um projeto próprio, seguindo o modelo do


“Planetree”, uma certificação internacional específica para esse padrão de atendimento. “Queremos o novo Hospital Mãe de Deus, reforçando ainda mais o padrão de atendimento atual e que tem caracterizado os nossos serviços. Isso será possível com as facilidades, segurança e conforto aos clientes no novo prédio e pelo treinamento intenso das equipes assistenciais”, afirma Seferin. A obra de construção das duas torres que compõem o projeto de ampliação já passou pelo período preparatório, que consiste na desocupação e transferência dos prédios antigos

que serão demolidos para dar lugar às novas torres. Além disso, nos últimos meses foi executada uma complexa obra em áreas como a emergência, serviços ambulatoriais e acesso de pacientes. “Este processo tem por finalidade evitar qualquer tipo de prejuízo ao bom funcionamento do hospital no período de construção das novas áreas”, explica Seferin. As duas torres serão totalmente sustentáveis, com automação, aproveitamento da água da chuva, iluminação econômica, telhados verdes, vidros duplos e geradores que darão sustentabilidade a todo o prédio.

Claudio Seferin, Diretor Geral do hospital

Health 123 ARQ


Escolha Certa

acabamento

Detalhe importante Pisos e revestimentos devem ser bem escolhidos para garantir higiene e durabilidade 124

Health ARQ


A

escolha correta dos revestimentos que serão aplicados dentro de uma instituição de saúde é extremamente importante para garantir a higiene e o bem-estar dos pacientes. Isso além de proporcionar aos arquitetos e designers a oportunidade de brincar com as cores e desenhos. “Uma opção de material que proporciona fácil assepsia é o Laminado Formica, pois não possui porosidade, garantindo ao ambiente a certeza que a superfície não sofrerá acumulo de resíduos e sujeiras”, comenta Durval Francisco Macedo, Diretor da Uniplac. Com uma crescente cada vez maior neste setor o mercado tem lançado

tendências frequentemente, uma delas, que está em alta, são os revestimentos e as texturas que remetem ao tecido, ao toque de madeira e a opacidade. “Esta é uma das vantagens da fórmica, que permite a textura sem porosidade. No caso do tecido, por exemplo, está associada ao padrão F-663 Lino Naturales, o que torna o ambiente mais aconchegante e moderno”, diz Reginaldo Missiato, Gerente de Marketing da Formiline, que ressalta também que o Legno, com textura que remete ao toque da madeira, tem o padrão M-906 Salina, além de uma padronagem de tons claros, que permite a composição com outras

cores e madeiras. O principal material no qual os pisos hospitalares são feitos é o Formipiso. “A durabilidade do produto e a diversidade de cores e texturas, são pontos fortes da fórmica, que garante as características técnicas apontadas e permitem ao ambiente maior resistência a água, a produtos químicos, a alta temperatura e maior resistência a riscos”, explica. Além disso, a fórmica utilizada na produção possui Microban, proteção antimicrobiana que não permite a proliferação de bactérias e formação de fungos. Para que esses revestimentos tenham maior durabilidade a limpeza

Health 125 ARQ


Escolha Certa

acabamento

deve ser realizada com um pano levemente umedecido em água com produtos de limpeza de uso doméstico, por exemplo o álcool e detergentes . “No caso do uso de hipoclorito de sódio é preciso diluí-lo a 1%. Não deve-se utilizar, de maneira alguma, ceras ou produtos abrasivos”, orienta o Diretor da Uniplac. Os revestimentos devem seguir as determinações da Anvisa. Além disso, há uma preocupação muito grande com o conforto acústico, principalmente nos espaços de convivência. Além disso, o material desenvolvido especialmente para o ambiente hospitalar apresenta outra característica específica, na maioria das vezes, não possuem emendas, o que os torna mais fáceis de limpar e aumenta sua durabilidade. 126

Health ARQ


Health 127 ARQ


Escolha Certa

acabamento

Finalização da obra

A escolha correta dos revestimentos auxilia na higiene, controle de proliferação de bactérias e economia dentro da instituição de saúde

D

entro de uma obra, a fundação, o alicerce e todo o processo de construção são importantes para seu sucesso. Porém, a fase de acabamento não é menos valiosa, pois além do design, os materiais de revestimento ajudam a proporcionar a sensação de higiene e beleza ao ambiente. “Um piso bem escolhido e com boa manutenção auxilia no controle infeccioso dentro de uma instituição de saúde. O primeiro passo na hora de optar pelo material ideal é avaliar quais as características técnicas necessárias exigidas para o local no qual serão aplicados e verificar se o piso atende estas especificações”, diz Dari Henke, Diretor da GDA Pisos.

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Health ARQ

De acordo com Henke, além da escolha certa é preciso manter também a manutenção adequada com os produtos indicados pelo fabricante, pois isso evita danos no revestimento. “O uso de produtos com Ph ácido ajuda a tirar manchas e isto produz uma reação no revestimento que pode descolorir e até deformar o produto”, alerta. Além disso, a escolha correta adequada dos revestimentos auxilia também na redução dos custos de manutenção, pois dispensa o uso de ceras e polimentos. “Alguns ambientes específicos requerem revestimentos especiais, como o Centro Cirúrgico, que precisa de pisos condutivos e as salas de fisioterapias, que precisam de solo com

absorção de impactos”. Os pisos são classificados em três categorias que levam em consideração a dureza e o desgaste de abrasão. A classificação M apresenta um desgaste superior a 30% no teste de fricção aplicado pela EN 660-1. Já a classificação P tem um desgaste de até 15% no teste conforme a EN 660 e a classificação T apresenta desgaste de até 8% no mesmo teste. Embora todos os pisos sejam para alto tráfego, a vida útil deles é diferente. “O diferencial é a escolha de um produto que atenda todas as normas da Anvisa no tocante a diminuição da infecção hospitalar, e também que seja para alto tráfego, e resistente ao desgaste de abrasão.”


Pioneira no mercado A GDA Pisos já realizou importantes obras desde sua fundação. Entre as principais instituições que a empresa atuou estão o Hospital Santo Antônio, de Porto Alegre, a Liga Norte Rio-grandense de Combate ao Câncer, na cidade de Natal e a Marinha do Brasil, no Rio de Janeiro. Além disso, a GDA foi pioneira na implantação de pisos em manta no Brasil na década de 90. “Contamos com mão de obra própria e importamos e distribuímos o material diretamente para as obras, o que é um diferencial, pois proporciona uma redução de custos”, diz Dari Henke, Diretor da GDA Pisos.

Health 129 ARQ


AMPLIAÇÃO

Inovação no Interior Novo Centro

Fundação Hospitalar Santa Terezinha construirá Unidade de Alta Complexidade em Oncologia

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N

ovo projeto encontra-se em fase final junto à Fundação Hospitalar Santa Terezinha de Erechim (RS), a execução de seu novo Centro Cirúrgico e Central de Materiais Esterilizados e, paralelamente, inicia a construção de sua nova Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON). A obra do bloco cirúrgico é aguardada pela comunidade e corpo clínico há muitos anos e deverá duplicar a capacidade de realização de cirurgias, visto que, hoje são realizadas cerca de 600 cirurgias por mês. Para atender essa demanda foram projetadas dez salas cirúrgicas, em uma obra que totalizará um investimento de R$ 5.201.861,21. O contrato para a ordem de serviço da ampliação do Centro Cirúrgico e reforma do Centro de Materiais Esterilizados foi assinado no dia 29 de dezembro de 2011 no Salão Nobre da Prefeitura Municipal. As obras tiveram

inicio no dia 03 de janeiro de 2012. Os recursos para a ampliação são advindos de demandas selecionadas pela população na Consulta Popular, que foi uma prioridade regional de 2004 a 2010. Em virtude da limitação do seu espaço físico, a ampliação do bloco cirúrgico está sendo realizada verticalmente, com a construção de novos andares acima da estrutura já existente, que será reforçada para sustentar suas novas instalações. Junto da ampliação, também está prevista uma repaginação de fachada do hospital, mudando seu visual, tornando-o mais moderno para esta entidade que é referência em atendimento hospitalar. Já as obras da UNACON, após concluídas irão aumentar em 100% a capacidade de atendimento da Radioterapia e em 50% o atendimento da Quimioterapia no hospital. A unidade também contemplará uma Farmácia Central de Manipulação . Health 131 ARQ


Novo Centro

AMPLIAÇÃO A edificação, que demandará a execução da obra de adequação das Unidades de Serviços de Radioterapia, Quimioterapia e Farmácia da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia está orçada em R$ 4.480.441,45. O prazo para conclusão dos trabalhos, conforme edital, é de 18 meses. A UNACON conta também com a instalação de um Acelerador Linear, aparelho para combate ao câncer, avaliado em R$ 1,5 milhão e que já está em Erechim, vindo da Alemanha. O total do investimento público para viabilizar a ampliação deste serviço será de aproximadamente

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R$ 6,7 milhões, e deverá contribuir para que a região se consolide entre os 10 maiores polos de saúde do Rio Grande do Sul. O projeto foi concebido após amplas discussões com corpo técnico do hospital, como também a equipe do INCA (Instituto Nacional do Câncer). Para isso, foram realizadas visitas às suas unidades na cidade do Rio de Janeiro, ocasião na qual foram abordados vários assuntos, esclarecendo dúvidas e estudando os conceitos no tratamento e atendimento aos pacientes. Conceitos este que foram adaptados aos espaços físicos disponíveis a realidade local.

“A aprovação do projeto foi precedida de apresentações a equipe da Anvisa, que se mostrou receptiva e colaborativa para que fossem adaptadas as exigências legais aos novos conceitos propostos pelo INCA. O projeto demandou em torno de um ano e meio desde os primeiros contatos até a aprovação e os projetos complementares necessitaram de mais um ano para sua elaboração”, conta Rosane Lemos de Pinho Zanardo, Especialista em Arquitetura Hospitalar, autora do projeto e responsável pelo escritório Armazém de Design. A obra que teve início no


final deste ano deve durar por 18 meses e levará em conta a preocupação com expansões futuras (apesar do espaço restrito). Para atender a este objetivo, parte do processo compreende a reforma de espaços físicos existentes e parte em ampliação de área e a construção mais nova foi dimensionada visando uma futura verticalização. A flexibilidade dos espaços foi garantida com a utilização de divisórias leves que permitem com facilidade e a baixos custos, modificações futuras, para oportunizar, caso precise, adaptação às novas necessidades que se impõem aos projetos hospitalares. Seguindo a tendência de hospitais mais humanizados, foram projetados espaços com iluminação natural abundante nos locais de permanência mais

prolongada dos pacientes. Alguns deles foram especificados com divisórias móveis para possibilitar maior privacidade aos pacientes. “Procuramos ambientar os espaços com o uso de materiais amadeirados e com a utilização de cores com o objetivo de torná-los mais harmônicos e aconchegantes, lembrando aos pacientes seu ambiente domiciliar”, relata Rosane. Além disso, a iluminação segue as indicações de norma para ambientes hospitalares que estabelece o grau de claridade para cada tipo de atividade. “Visando a sustentabilidade, foram utilizadas lâmpadas de baixo consumo, padronizadas, que facilitam e proporcionam agilidade de manutenção.” Outra medida levada em consideração no pro-

jeto que visa a sustentabilidade foi a projeção de ambientes funcionais, com sistemas especiais de controle das condições acústicas bem como, com sistema de iluminação especial e padronizados para todo o hospital, respeitando as exigências de cada ambiente. Respeitando também as exigências da legislação para estabelecimentos assistenciais de saúde, RDC 50, o projeto da Farmácia Central de Manipulação, segue os novos padrões de exigências do INCA e exigiu uma atenção especial, por se tratar de área critica. “Demandou grande atenção nos aspectos de segurança, prevenção e fluxos de pessoas. Tornando este projeto, após executado, um espaço de referência para esta área”, finaliza.

Health 133 ARQ


Para melhor atender

AMPLIAÇÃO

Por um melhor atendimento 134

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InCor amplia instalações para melhor atender aos pacientes

O

InCor, Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo é um hospital público universitário, especializado, referência internacional em assistência, ensino e pesquisa em cardiologia e pneumologia com abrangência e relevância assistencial e acadêmico não só para a população local, mas regional e nacional. Hoje, a instituição possui 500 leitos, sendo 157 de UTI, 14 salas cirúrgicas, sete de hemodinâmicas, duas de ressonâncias, três tomografias, três radiologia convencional, uma radiologia intervencionista, sete medicina nuclear, 70 consultórios, unidade de emergência, laboratório clínico, dez salas de Eco, quatro Ultrassom, 12 ECGE e oito Métodos Gráficos. Além disso, possui uma média de 260 mil consultas médicas, 37 mil atendimentos multiprofissionais, 13 mil internações, cinco mil cirurgias, dois milhões de exames de análises clínicas, 330 mil exames de diagnóstico de alta complexidade ao ano. O hospital está em permanente processo de

planejamento, projeto e reformas. A última obra entregue foi a Reforma e Ampliação do 1º andar do Bloco I para abrigar o Centro de Pesquisa Clínica. “No momento, estamos construindo o Bloco III e reformando os 7º. e 8º. andares do Bloco I”, conta Henrique Jatene, arquiteto da instituição. Segundo Jatene, o InCor trabalha de forma integrada com todo o ciclo de produção do espaço, do planejamento estratégico a operação e avaliação. O que se pretende é que todos os projetos representem, de fato, o desenho das necessidades, limitações, complexidades e diferenciais dos processos do hospital. O Bloco III, que está sendo construído para adequar os espaços às demandas, permite ao hospital atender melhor à sua missão focada no tripé assistência, ensino e pesquisa. O programa prevê a expansão da área de atendimento da unidade de Emergência, a ampliação do Hospital Dia, a implantação do Centro de Endoscopia, a transferência e ampliação do Centro de Desinfecção e Esterilização de Material e a am-

pliação das áreas de pré e pós exame de Hemodinâmica. “O grande desafio, e que estamos trabalhando para que possa ser visto como diferencial, é fazer uma obra dessas, no coração do hospital com ele em funcionamento e integrar fluxos e sistemas. Além dos aspectos do plano propriamente dito, há um grande projeto em curso que é uma espécie de cirurgia, bastante invasiva que pretendemos que não deixe cicatrizes”, comenta o arquiteto. O projeto foi trabalhado pensando na sustentabilidade do dia a dia com diretrizes que implicam na adoção de sistemas construtivos e materiais de menor impacto ambiental. Considerando produção, implantação e manutenção, inclusive com menor geração de entulho, iluminação de maior eficiência energética, fachadas com vidros em maior transparência e menor transmissão de calor. “Estamos iniciando a adoção de aquecimento solar e captação de águas pluviais e estudando alguns sistemas de co-geração, tudo dentro das limitações da oferta de Health 135 ARQ


Para melhor atender

AMPLIAÇÃO tecnologia viável de implantação”, revela Jatene. A humanização também foi trabalhada neste processo, pois de acordo com o arquiteto do InCor, assim como a sustentabilidade, a humanização é indissociável da arquitetura e também de um hospital público. “O InCor nasceu com essa filosofia de projeto e de atendimento. Na verdade, um dos grandes desafios de qualquer instituição pública, de arquitetura, administração e assistência,

é defender a humanização diante da realidade das demandas da saúde pública”, comenta. A obra do Bloco III, que teve início em março deste ano deve durar 36 meses e, de acordo com Roberto de Jesus Moraes, gerente de contratos da MPD, empresa responsável pela obra, executar este tipo de construção é um desafio, incluindo os reforços estruturais e de fundações com o hospital em operação. “Buscamos sistemas de traba-

lho que causem o menor impacto na operação do hospital. A execução do reforço da fundação, que utilizará tecnologia de ponta (estaca mega metálica injetada – MMI), e das atividades de reforço dos pilares demandarão remoção de utilidades existentes e em funcionamento”, comenta. Para tornar possível esta ampliação foi erguido um pronto-socorro provisório, com todas as utilidades necessárias, ao lado do existente.

Medidas necessárias para a construção do Bloco III do InCor 1. Reforço da Fundação 2. Execução da obra no piso SS 3. Reforço da estrutura do AB (Anexo RM, Anexo PS e Anexo Edícula) 4. Transferência provisória de instalações da Edícula 5. Execução do piso do AB (Edícula) 6. Transferência dos serviços de Radioisótopos 7. Estrutura da escada e elevador 8. Reforço da estrutura do Térreo 9. Execução da estrutura do Térreo (Anexo Ressonância) 10. Montagem da área de transição 11. Execução da estrutura do 1º pavimento (anexo Ressonância, anexo PS) 12. Execução do piso do Térreo (Anexo Ressonância) 13. Instalação de Infraestrutura do 1º andar (Anexo Ressonância) e Infraestrutura do Térreo (Anexo Edícula) 14. Transferência dos serviços do PS para a área de Transição 15. Execução do reforço do piso do 1º andar (Anexo PS) 16. Instalação de Infraestrutura do 1º andar (Anexo PS) 17. Execução do piso 1º andar (Anexo PS) 18. Execução do piso 2º andar (Anexo Ressonância e Anexo PS) 19. Execução do piso do 3º andar (Anexo Ressonância e Anexo PS) 20. Execução do piso do 4º andar (Anexo Ressonância e Anexo PS) 136

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Anúncio

Referência no Sul Hospital Virvi Ramos estende sua característica de investimento em aprimoramento também para área física Health 137 ARQ


AMPLIAÇÃO

O Trabalho integrado

Hospital Virvi Ramos é uma instituição de assistência hospitalar de médio porte, com mais de 50 anos, localizada em Caxias do Sul (RS). Desde seu surgimento, vive uma busca constante pela qualidade e tecnologia de seus processos. A instituição possui acreditação pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e também é certificada pelo Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP). Uma marca importante do Hospital Virvi Ramos é o pioneirismo, sendo a primeira instituição do interior do Estado a realizar transplante renal, e o primeiro a constituir um serviço de Home Care. Seu ambulatório atende situações de urgência e emergência em tempo integral contando com equipe médica permanente e especialistas de apoio para quaisquer exigências. A tecnologia é outro fator que acompanha os serviços oferecidos pelo hospital. A constante aplicação de recursos em equipamentos altamente sofisticados para a área cirúrgica, laboratorial, UTI, radiologia e diagnóstico por imagem complementam a segurança nos resultados. O bloco cirúrgico, por exemplo, possui tecnologia de ponta para cirurgias minimamente invasivas, principalmente para todos os procedimentos por vídeo. O laboratório de análises clínicas também segue a linha da modernidade, agrega equipamentos capazes de processar 700 amostras hematológicas em até 30 segundos. Mas a capacidade de aprimoramento do hospital não está apenas nas questões humanas e tecnológicas. Visando ampliar e aprimorar o atendimento o hospital investiu, recentemente, no aumento de sua área física com a construção de um novo prédio, interligado ao já existente. “Acreditamos que a unificação das áreas internas auxiliará no tráfego e na logística dentro da instituição, com isso, haverá uma maior satisfação dos usuários”, acredita Max Vargas, Gestor, da Nakatomi do Brasil Construtora, responsável por parte da execução da obra. A construção do novo prédio foi dividia em várias etapas com o objetivo de não prejudicar o funcionamento do hospital. “Executamos de maneira singular cada etapa, pois a cada uma delas, fazíamos

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estudos criteriosos junto com responsável pela área, levando em conta sempre a assepsia e a ausência de resíduos”, conta Max Vargas. A parceria da construtora, em busca dos melhores resultados para a instituição, aconteceu também com o departamento de Engenharia Clínica, fornecendo informações estratégicas para o desenvolvimento das obras. “Um bom exemplo de decisão que precisou ser tomada em conjunto foi a escolha por realizar os trabalhos de interiores no período de funcionamento do hospital”, finaliza o Diretor da Nakatomi do Brasil.

Health 139 ARQ


Maternidade

design

Hospital Radamés Nardini- Enfermaria

Adequando-se as necessidades Projeto da Maternidade do Hospital Radamés Nardini prevê uso criativo do espaço disponível

L

ocalizado em Mauá (SP), o Hospital de Clínicas Radamés Nardini ocupa uma área de 11.978 m² e conta com aproximadamente 221 leitos cadastrados no Ministério da Saúde. São 686 funcionários atendendo à população, dos 140

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quais 132 são médicos, 46 enfermeiros e 227 auxiliares de enfermagem. A instituição prevê aprimoramento no atendimento às gestantes com a instalação de um andar voltado exclusivamente à maternidade. O projeto desta edifi-

cação exigiu criatividade dos arquitetos envolvidos, pois tratava-se de uma unidade engessada pela sua estrutura e com diversas interferências de instalações, uma vez que está localizada no 4º pavimento da instituição. “Essas condições


tornam o trabalho mais difícil, porém, encontramos a solução deixando espaços mais amplos nos salões de UTI e cuidados intermediários que, na medida do possível, podem ser remodelados de maneira simples sem muitas interferências”, conta Alexandre Romano, arquiteto responsável pelo projeto e Diretor da ARM Arquitetura. Além disso, outro ponto levado bastante em consideração foi a humanização do ambiente. Para isso, foram instalados painéis nas paredes que simulam a imagem de crianças, paisagens e cores para tornar o ambiente mais tranquilo e harmonioso. Para cada extremidade do corredor central foi projetado um jardim de inverno, bem como uma paginação de piso que quebre a sensação de corredor longo. “Procuramos também trabalhar com o máximo de captação natural possível. Para isso recuperamos algumas janelas que estavam obstruídas e fizemos dois jardins internos na extremidade dos corredores, além de luminárias indicadas para cada ambiente”, revela Romano. A escolha dos revestimentos também foi feita de maneira cuidadosa, pois segundo o arquiteto,

Hospital Radamés Nardini - Mamãe Canguru

Hospital Radamés Nardini - Entrada da Maternidade

Hospital Radamés Nardini - Pediatria Health 141 ARQ


Maternidade

design é muito importante empregar materiais que condizam com a necessidade da área, assim como pensar na qualidade e assepsia do mesmo. “Em ambientes ligados à saúde temos que tomar cuidado para não errar na escolha do material e, ao mesmo tempo, pensar na ambiência deixando-o mais agradável. Hoje em dia, existe um mercado que se dedica a criar produtos voltados especificamente

para esta área, o que facilita projetar ambientes interessantes quanto a este quisito”, diz. Mas a precupação em relação aos materiais não se restingiu apenas as questões internas da instituição. O cuidado com o meio ambiente também esteve presente utilizando apenas matéria prima certificada e utilizando de maneira ecologicamente correta os residuos gerados pela obra.

“Procuramos também trabalhar com o máximo de captação natural possível. Para isso recuperamos algumas janelas que estavam obstruídas e fizemos dois jardins internos na extremidade dos corredores, além de luminárias indicadas para cada ambiente” Alexandre Romano, Diretor da ARM Arquitetura 142

Health ARQ


Experiência comprovada Focada em atender os diversos segmentos que perfazem todo o setor da saúde com ideias inovadoras e acompanhando a crescente modernização de equipamentos e processos de gestão, a ARM Arquitetura tem destacado-se neste mercado. Envolvida em projetos como Hospital Estadual de Ribeirão Preto, que tem área de aproximadamente 5.000 m² e conta com 50 leitos, com previsão de crescimento para mais 50; a unidade do HC Criança, que está em fase de construção e terá cerca de 16.200,00 m², além de oferecer mais de 200 leitos voltados para crianças e adolescentes. E projetos como Centro de Reprodução Humana e Centro de Reabiltação, a empresa reflete a experiencia de seu Diretor. “Após trabalhar 12 anos como arquiteto concursado no HC de Ribeirão Preto e desenvolver atividades docentes em algumas instituições como Fundação Hermínio Ometto (Uniararas) e Fundação Unimed, me senti qualificado para abrir minha própria empresa no ramo de projetos na área da saúde”, conta Alexandre Romano, Diretor da ARM Arquitetura.

Health 143 ARQ


Controle da obra

gerenciamento

Gestão na arquitetura Projeto criado para ampliação de hospital no interior de Minas Gerais considera possibilidades econômicas

O

Hospital São Joaquim, localizado em Ituiutaba (MG) está em funcionamento há mais de 60 anos representando, através de sua classe médica, várias famílias tradicionais da cidade. Tendo passado apenas por pequenas reformas durante esses anos, a instituição percebeu a necessidade de investir em sua ampliação para melhor atender a população local. E para isso investirá em um projeto que prevê o aumento de sua capacidade física. As obras de ampliação da instituição deverão ser iniciadas em janeiro de 2014 e entregues em 14 meses. Serão construídas duas novas torres, uma ligada diretamente ao hospital com três pavimentos: o térreo, que abrigará a sala de espe144

Health ARQ

ra e apoio administrativo. O primeiro andar, com o Hospital-Dia, contando com capacidade de 16 leitos e uma sala de pequenos procedimentos. E o segundo andar que abrigará a UTI Geral. A segunda torre será dividida em oito pavimentos, sendo a Clínica de Imagens nos andares térreo e primeiro. Já o segundo andar contará com seis consultórios e a ampliação do Centro Cirúrgico. Os terceiro, quarto, quinto, sexto e sétimo andares serão dedicados a consultórios, com dez salas em cada um dos pavimentos. A humanização no local será primeiramente trabalhada quanto a modernização da estrutura existente e com a qualificação da área acrescida (projeto) com vários itens de modernização,

ambientação, estudo de cores e texturas. Na decoração, por exemplo tudo será baseado em dinamismo. “Não quero que o paciente sinta-se dentro de um ambiente hospitalar, no máximo em uma sala de espera de um hotel de luxo, com acomodações confortáveis, climatização, comunicação visual, suporte de atendimento e etc”, conta Clóvis Lima, arquiteto responsável pelo projeto e Diretor da ARQ+SAÚDE. Para criação do projeto de ampliação do Hospital São Joaquim foram realizados vários estudos sobre as necessidades na estrutura da instituição como um Hospital Geral de pequeno porte, mas também como uma estrutura a parte, que interagisse, ao mesmo tempo, com o hospital. “Um fator


relevante é a existência de uma área nobre livre ao lado da estrutura da instituição e de propriedade do mesmo, que poderia ser utilizado para o investimento”, conta Lima. Depois do estudo do espaço a viabilidade econômica também foi pensada economicamente a partir dos espaços criados o projeto possuía então uma conta válida. “Colocamos a venda os consultórios e o espaço da clínica de imagens para gerar um valor agregado ao de venda do terreno que custearia o Projeto de Ampliação da Estrutura do hospital. Da possibilidade desta verba nasceu a segunda

torre, com três andares”, revela Lima. Pensando desta maneira, construiu-se um modelo econômico de investimento sustentável, no qual o médico iria desembolsar um determinado valor para compra do espaço e receberia uma escritura referente ao investimento, em forma de condomínio e automaticamente estaria investindo na ampliação do hospital. “Chegamos a este modelo como uma medida cabível para a construção, uma vez que o arquiteto, hoje em dia, não pode ater-se somente a questão projectual da estrutura. O profissional que trabalha nesta área tem

que conhecer o mercado, o que acontece na atualidade, ter noção de faturamentos e contabilidade hospitalar, de investimentos e de aplicações”, acredita Lima. Isso porque, o modelo do projeto arquitetônico tem que ser pensado para que possa dar vasão financeira para o investimento e ao mesmo tempo ser viável para os interessados (investidores). “No caso especifico, pensou-se em ter o profissional médico ao lado do hospital, com acesso direto e interno aos consultórios, mas que ao mesmo tempo, dentro do ambiente hospitalar não haveria consultórios”, conta.

Health 145 ARQ


sustentabilidade

Construção verde Unimed Belo Horizonte investe em Centro de Ensino e Pesquisa e aplica normas ambientais à obra

Integração

C

om o intuito de expandir a oferta de consultas médicas e criar uma unidade dedicada à capacitação, pesquisa e inovação em saúde, a Unimed Belo Horizonte está construindo uma Central de Consultórios Médicos e um Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Pesquisa em Saúde, que funciona-

rão integrados. A Central, com 142 consultórios médicos, possui capacidade para ofertar mais de 120 mil consultas ao mês. Já o Instituto de Ensino tem como objetivo a capacitação de médicos e profissionais de saúde e a realização de pesquisas que resultem em inovações para a assistência aos clientes e a gestão

dos sistemas de saúde. O complexo terá um modelo de negócio diferenciado, com um centro de convenções e uma área de conveniência com lojas e estacionamento. O projeto segue um conceito de autossustentação, uma vez que conta com uma estrutura de manutenção eficiente. Serão oferecidos aos co-

“Os empreendimentos fazem parte do Plano Diretor da Unimed-BH, que contempla, nos próximos anos, a implantação de seis novas unidades assistenciais, que permitirão abrir mais de 430 consultórios e 900 leitos hospitalares na Rede Própria da Cooperativa” Fernando Paiva Costa, Engenheiro Superintendente da Via Engenharia 146

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operados consultórios de alto nível, com conforto, segurança e a gestão da marca Unimed, potencializando assim, o atendimento aos clientes. As obras do Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Pesquisa em Saúde e da Central de Consultórios Médicos, que funcionarão no mesmo local, tiveram início no primeiro semestre de 2012 e têm previsão de entrega para o primeiro semestre de 2014. Este projeto prioriza a orientação solar, a iluminação e a ventilação na-

turais, tomando partido, por exemplo, de planos de vidro de última geração com filtros solares e correto posicionamento das aberturas, ou ainda centrais de automação para gestão inteligente dos edifícios. Além disso, seguem requisitos de ecoeficiência e sustentabilidade, visando desde a redução do consumo de energia elétrica e ar-condicionado e o reaproveitamento de água, até a adoção de materiais e sistema construtivo que minimizam o desperdício e

aumentam a agilidade da obra. Aquecimento solar, uso de vegetação nativa no paisagismo das unidades e cuidados com a permeabilidade também compõem os projetos. As obras apresentaram algumas dificuldades até o presente momento, sendo os problemas relacionados à logística, o que mais se destacou até então. “Por estar acontecendo em meio a um centro urbano, precisamos tomar vários cuidados em relação ao barulho e sujeira emitidos

Health 147 ARQ


Integração

sustentabilidade

pela construção. Para isso, procuramos fazer uso sempre da política de boa vizinhança”, diz Fernando Paiva Costa, Engenheiro Superintendente da Via Engenharia, empresa responsável pela fundação e construção do projeto. Entre as medidas adotadas pela empresa estão critérios como realizar os processos de demolição apenas durante o dia e praticar as atividades de subsolo durante a noite, pois assim é possível minimizar os ruídos emitidos. Já na escolha dos materiais utilizados no processo, foi levada em consideração a responsabilidade ambiental, desde a concepção do projeto até a etapa de aquisição. “Claro que durabilidade, beleza e custos sempre são premissas que são levadas a sério pelo Grupo Via, mas a qualidade e satisfação do cliente sempre estão a frente”, comenta o engenheiro. A sustentabilidade foi tratada em dois pontos estratégicos da obra. O primeiro foi o licenciamento ambiental do empreendimento e o segundo a participação no processo de certificação/revalida148

Health ARQ

ção das normas ISO 9001, 14001 e OSHAS 18001. No caso das certificações, em especial a ISO 14001, norma reconhecida no âmbito internacional, cujos objetivos são a definição de requisitos e processos para se determinar e operar um Sistema de Gestão Ambiental. O sistema SGA é desenvolvido para que o empreendimento seja capaz de identificar, minimizar e controlar seus impactos ambientais, bem como melhorar de forma contínua seus processos produtivos. “A validação desse processo no empreendimento da Unimed Belo Horizonte, considerando uma empresa do porte da Via, mostra a importância, seriedade e confiabilidade com a qual o sistema é tratado no dia a dia do canteiro de obras.” No âmbito do licenciamento o empreendimento preza pelo atendimento à legislação ambiental vigente na cidade, tendo o acompanhamento direto da prefeitura de Belo Horizonte e ainda, conta com o suporte da empresa CLAM Engenharia Meio Ambiente, contratada pela Unimed-BH devido a sua especiali-

dade na consultoria ambiental para construção civil. “São feitos monitoramentos relacionados a ruído, gestão de resíduos, atendimento e interação com a vizinhança, além de regularização e atendimento as normas ambientais pertinentes à atividade”, revela Costa. Já os resíduos da construção, gerados no canteiro, sejam eles entulho, madeira, metal, papel, entre outros, são destinados conforme a determinação da Resolução CONAMA 307/2002. Depois de segregados conforme a classificação da norma são destinados às empresas parceiras que apresentam também os seus documentos referentes ao licenciamento ambiental, pois a obra é co-responsável no processo de geração do resíduo. Além da escolha das empresas considerando sua regularização ambiental, são gerados documentos para comprovação da geração, transporte e correta destinação, conferindo rastreabilidade da gestão de resíduos realizada no canteiro. A partir destes, são criados relatórios trimestrais encaminhados à Prefeitura para avaliação e controle.


Health 149 ARQ


Crescimento

sustentabilidade

Crescimento da Rede Unimed Goi芒nia constr贸i Centro Diagn贸stico para ampliar e aprimorar rede de atendimento. O novo pr茅dio tem foco em sustentabilidade 150

Health ARQ


D

entro de projeto de expansão da Rede de Recursos e Serviços Próprios da Unimed Goiânia está a construção do Centro de Diagnóstico. O objetivo do novo prédio, que teve as obras iniciadas em abril de 2013 e tem previsão de entrega para o mesmo mês em 2015, é garantir atendimento personalizado e de excelência aos beneficiários e gerar mais oportunidades de trabalho para seus médicos cooperados. “O projeto de arquitetura da instituição teve início com a montagem do Programa de Necessidades junto à diretoria da Unimed, em virtude da carência de um edifício que pudesse aglutinar áreas administrativas com as áreas de exames de diagnósticos”, conta Athos Rios, Diretor da Walter&Athos, empresa de arquitetura responsável pelo projeto. Serão oferecidos 12 tipos diferentes de exames além daqueles já realizados pelo Laboratório Unimed, como Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada, Cintilografia, Pet CT, Densitometria Óssea, MAPA, Ultrassonografia,

Mamografia, Ecocardiograma, Holter, Raio-X e Teste Ergométrico. A expansibilidade e a flexibilidade da planta também foram trabalhadas, de modo que qualquer pavimento poderá ser substituído ou adequado para receber as unidades funcionais com características técnicas distintas e independentes, sendo no pavimento térreo a radiologia, no primeiro andar a imageneologia, no segundo a coleta de material, e no terceiro pavimento o laboratório. Já o quarto andar abrigará o callcenter e o atendimento ficará no quinto pavimento. As Secass, o Senit/Senec e o Conselho administrativo estarão, respectivamente, nos sexto, sétimo e oitavo andares. Já o Sejur fica no nono e a presidência no décimo, com área total de 9.663,00m². Mesmo tratando-se de um Centro de Diagnóstico a humanização não foi deixada de lado. O projeto prevê a implantação de conforto acústico e luminotécnico, além de área de conveniência para colaboradores e beneficiários e direito à acessibilidade do paciente. Health 151 ARQ


Crescimento

sustentabilidade

Além disso, o prédio está sendo construído dentro dos princípios de sustentabilidade, como o cuidado com o envoltório do edifício, observando orientação leste/oeste, utilização de imvidro Cool Lite SKN, ar condicionado sistema VRV, com novo conceito de redução de consumo de 152

Health ARQ

energia e a utilização de lâmpadas LED e Usina Fotovoltáica para captação de energia solar. Também há telhado verde para redução do coeficiente energético de calor e a utilização de manta acústica nos pisos dos pavimentos superiores. “O projeto de arquitetura nasce com o objetivo de

alcançar a aprovação do selo verde de certificação LEED. Por isso, projetamos o aproveitamento de água da chuva e residual dos drenos dos aparelhos de ar condicionado para descarga nos vasos e mictórios; iluminação LED com usina fotovoltaica e forro acústico, entre outras técnicas”, finaliza Athos.


Gestão da obra O processo construtivo de uma obra é bastante complexo. Envolve a participação de uma equipe multidisciplinar, desde a elaboração dos projetos de arquitetura e complementares de engenharia, até a contratação de uma empresa especializada para a construção propriamente dita. “A garantia de um empreendimento com a qualidade desejada, com um melhor custo benefício e sem ‘surpresas’ durante o processo passa, obrigatoriamente, pela compatibilização dos projetos, a escolha adequada da empresa construtora e uma eficaz fiscalização técnica durante sua construção”, garante o engenheiro Civil Paulo Menezes, Consultor Técnico da

Metrópolis Consultoria e Planejamento, que está no mercado há 18 anos. O ideal é que a empresa de consultoria participe de todo o processo, ou seja, desde a elaboração dos projetos, especificações e orçamentos, passando pela contratação da empresa construtora, gerenciando a fiscalização da obra até o seu recebimento final e até mesmo acompanhando o uso correto dos espaços físicos e suas instalações. Nessas condições, a consultoria será a responsável pela coordenação e compatibilização dos diversos projetos, procurando evitar choques de informações e retrabalhos durante a obra. “Outras funções que exerce-

mos é a elaboração de um orçamento básico de referência e de um caderno de especificações, para que o cliente tenha conhecimento prévio do custo provável do empreendimento. Também a definição dos critérios que irão determinar qual a melhor proposta e consequente escolha da construtora, a fiscalização dos serviços executados pela contratada e o recebimento definitivo da obra”, explica o engenheiro. No caso da Unimed Goiânia a empresa de consultoria não participou do processo de elaboração e coordenação dos projetos. “Essa situação dificultou a elaboração do orçamento básico referencial, sob a nossa responsabilidade, pois alguns

projetos não continham a relação de materiais”. Segundo Menezes, durante o início da construção verificou-se a incompatibilidade entre projetos, o que gerou atraso no cronograma, pois houve a necessidade de ajustes nos projetos de fundação, estrutura metálica e de concreto armado. Por outro lado, “A fiscalização conseguiu prever condições para a diminuição do custo da obra, intermediando ações entre as partes para evitarcustos como a bitributação de alguns serviços. Essa economia acabou sendo revertida em ganhos para ambos os lados, sem prejuízo técnico para a edificação”, garante Menezes.

“Exercemos a elaboração de um orçamento básico de referência e de um caderno de especificações, para que o cliente tenha conhecimento prévio do custo provável do empreendimento. Também a definição dos critérios que irão determinar qual a melhor proposta e, consequentemente, faça a escolha da construtora, a fiscalização dos serviços executados pela contratada e o recebimento definitivo da obra” Paulo Menezes, Engenheiro Civil e Consultor Técnico da Metrópolis Consultoria e Planejamento Health 153 ARQ


sustentabilidade FICHA TÉCNICA

Crescimento

Nome do empreendimento: Centro Médico Unimed Endereço: Avenida T-7, esquina com T-28, Setor Bueno. Goiânia-Goiás Data do projeto: 13/06/2012 Obra: Hospitalar (Serviços ambulatoriais com recursos para realização de exames complementares) Área do terreno: 1.160,00 m2 Área total construída: 9.663, 48m2 Número de pavimentos: 14 Vagas de estacionamento: 121 vagas Responsáveis pela obra Arquitetura: Walter & Athos Arquitetos Associados Construtora: Bilenge Interiores: Walter & Athos Arquitetos Associados Gerenciamento de Licitação: Metropólis Consultoria e Planejamento Fiscalização Técnica: Metropólis Consultoria e Planejamento Projetos Ar condicionado: Bombonato Engenharia Ltda. Cozinha/refeitório: não existe Elétrico e Hidráulico: Eletrodória Engenharia de Eletricidade e Walter e Athos Arquitetos Associados Gases Medicinais: não tem Projeto de fundações e contenções: GH Engenharia de Fundações Estrutura de Concreto: Errevê Engenharia Luminotécnico: Walter & Athos Arquitetos Associados Prevenção e Combate a Incêndio: Walter & Athos Arquitetos Associados Assessoria Legal: Unimed Goiânia (Corpo Jurídico) Fornecedores de materiais e serviços Aço: Arcelor Mittal Andaimes: Locsolo Concreto: Real Mix Detalhes da Obra Estrutura Metálica: Medabil Terraplanagem: Kaviterra Mão de Obra Civil: Bilenge Construtora Fornecedores e Equipamentos Fundação: Engesol

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Health 155 ARQ


Novas Unidades

estrutura

Maquete Novo Posto Leopoldina

Planejamento Prévio Projeto de obra hospitalar prevê sustentabilidade e implantação de tubulação para gases medicinais

A

s Unidades de Saúde Jardim Leopoldina e Coinma do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) ganharão novas sedes. O projeto considerado inovador deverá garantir a ampliação e qualificação dos postos, com princípios de sustentabilidade. As novas edificações te-

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rão área ampliada e qualificada, com plena capacidade de atendimento dos usuários: 13,8 mil usuários na Unidade de Saúde Jardim Leopoldina e nove mil, na Coinma. O projeto é inovador e foi elaborado pela Gerência de Engenharia e Patrimônio do GHC. Além de ter as depen-

dências dentro das normas técnicas, as novas instalações seguirão princípios e estratégias de conforto e sustentabilidade, como a promoção do uso eficiente da água, dos sistemas de energia, da mobilidade, do design e da qualidade ambiental interna. Por exemplo, está pre-


visto o reaproveitamento das águas pluviais nos vasos sanitários e nas áreas ajardinadas, o uso de iluminação eficiente na distribuição nas salas considerando a luz natural proveniente das janelas, a opção por lâmpadas econômicas e de baixo impacto ambiental. Assim como o uso de energia solar para aquecimento da água nos chuveiros e nas torneiras, local para armazenamento e triagem de resíduos, a construção de bicicletário, entre outros. A nova sede da Unidade de Saúde Jardim Leopoldina terá área de 1.187 m² e a Coinma, 900m². Cada um dos postos contará com 12 consultórios, sala de acolhimento, sala de procedimentos, sala de imunização, sala de observação, sala de inalação, sala de curativos, salas de espera, salas de apoio, farmácia, consultório odontológico com três cadeiras e raio-X para odontologia, sala de demonstração e educação em saúde, cozinha e apoio para os funcionários. “A qualificação das unidades básicas do Grupo Hospitalar Conceição é uma das metas da instituição. A intenção é que todos os postos do GHC venham a ter esse novo

Bloco I 1

Bloco I 2

Bloco I 3 Health 157 ARQ


Novas Unidades

estrutura padrão. A construção dos novos prédios agrega qualidade ao reconhecido trabalho que já vem sendo feito nas unidades básicas do Grupo”, diz o Coordenador do PI do GHC, Éder Saldanha. Além dos cuidados relacionados a sustentabilidade o projeto arquitetônico também define os objetivos da instituição ligados à implantação de mecanismos diretamente ligados ao tratamento dos pacientes, por exemplo, a implantação de tubulações para gases

medicinais. “A partir dessas definições e projeto, inicia-se o levantamento das necessidades de gases medicinais e seus quantitativos”, explica Amandio Gomes Bueno, arquiteto, engenheiro clínico e Diretor da Amandio Gomes Engenharia. Segundo Gomes Bueno, a garantia de segurança destas tubulações advém do respeito integral a NBR que regulamenta os materiais de qualidade e normatizados, a mão de obra qualificada e a inspeção do engenheiro

responsável pela obra. Durante este processo há cautela com a inspeção dos materiais, verificação de sua qualidade e cumprimento as especificações do projeto e da NBR. “Procuro prestar um serviço sério e confiável, sempre aprimorando a cada novo trabalho e prestando atenção a toda legislação e normas não referentes aos gases medicinais, mas em tudo que evolve um estabelecimento assistencial de saúde”, finaliza o Diretor da Amandio Gomes Engenharia.

Maquete Novo Posto Coinma 158

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FICHA TÉCNICA Nome do empreendimento: Grupo Hospitalar Conceição/ Serviço de Projetos e Obras Projeto Unidades Básicas de Saúde Unidade Básica de Saúde Jardim Leopoldina Endereço: Rua Orlando Aita,130 _ Porto Alegre/ RS Data do projeto: 2012 Área do projeto: 1.180,00 m² Área do terreno: 1.200,00 m² Responsáveis pela obra Arquitetura: Arq. Elsa Maria Toniolo Unidade Básica de Saúde Coinma Endereço: Rua República do Peru, 380_Porto Alegre/ RS Data do projeto: 2012 Área do projeto: 910,00 m² Área do terreno: 962,00 m² Responsáveis pela obra Arquitetura: Arq. Cristina Lenz Mentges Equipe SPO/ Colaboradores: Arqª Ignez D’Avila, Arqª. Patricia Machado Flores, Arqª. Terezinha de Fatima Finamor, Arqª. Cibele Klusener, Arqª. Cristina Lenz Mentges, Arqª. Elsa Maria Toniolo, Engª Isar Rosemberg, Engº Anderson Policarpo, Engº Evaldo Bidese, Engº Newton Quintela, Engº Alexandre Tocchetto, Engº Cláudio Campello, Engº Lucas Pasquotto, Engº José Volnei Lopes, Antonio Carlos Machado, Cristina Grigollo, Romulo Magalhâes, Gulherme Debem.

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EXPANSテグ

Mais seguranテァa

Ampliaテァテ」o adaptada

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A.C. Camargo utiliza prédio de estacionamento para ampliar número de leitos de internação e UTI

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A.C.Camargo Câncer Center, além de ser um instituto oncológico de excelência no País, está entre os maiores do mundo. Ao longo de sua história, consolidou-se como um centro que atua de forma integrada e multidisciplinar em pesquisa, ensino, diagnóstico, tratamento e reabilitação do paciente oncológico, e, também, em prevenção por meio de um forte trabalho de conscientização da comunidade em geral sobre os fatores de risco para os diversos tipos da doença. A instituição possui mais de três mil profissionais especializados e dedicados à oncologia. Além disso, é responsável por 74% da produção científica oncológica do Brasil e pela formação de 47% dos médicos oncologistas do País. Detém também o maior banco de tumores da América Latina e atende a mais de 15 mil pacientes ao ano. “Crescer e manter a qualidade é o desafio de toda a organização. No entanto, no caso de uma Instituição como o A.C. Camargo Câncer Center, que tem a preservação da vida humana como algo inerente a seu negócio, esse desafio toma proporções ainda maiores”, comenta Mauricio Alves da Silva, Superintendente de recursos Humanos do hospital. De acordo com Silva, investir em tecnologia para garantir ao paciente oncológico acesso aos melhores recursos é fundamental em uma organização e o A.C. Camargo vem trabalhando deste modo. Um exemplo claro de investimento em tecnologia com foco na qualidade do atendimento aos pacientes é atualização constante do parque do Departamento de Health 161 ARQ


Retrofit

EXPANSÃO

Diagnóstico por Imagem, capacitado a realizar exames de todos os setores da medicina. Desde os mais conhecidos como o Raio-X Digital e Contrastado, Ultrassonografia Convencional e Doppler Colorido, Ecocardiografia e Mamografia Digital até os mais sofisticados. Nesse último grupo estão, por exemplo, a Tomografia Computadorizada “Multi-Slice” e a Ressonância Nuclear Magnética, além de exames de alta complexidade como o PET-CT, um dos mais sofisticados do segmento de Medicina Nuclear, e procedimentos como Biópsias Percutâneas, Marcação de Lesões 162

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Não Palpáveis por Fio e Radioguiadas e Terapia com Radioisótopos. “Esses exames de alta complexidade apresentam disponibilidade limitada em outros centros, o que reforça nossa posição de referência para esses procedimentos tanto para os pacientes que estão sendo tratados na instituição, quanto para os encaminhados por outros centros oncológicos”, comenta o Superintendente de Recursos Humanos do hospital. Nessa busca constante por melhorias, a instituição não investiu apenas em equipamentos e capacitação de pessoal. A estrutura física do hospi-

tal também foi modificada para melhor atender aos pacientes. A necessidade de ampliação de leitos de internação e UTI era um problema antigo que o centro de saúde enfrentava, porém havia a impossibilidade de expansão da área construída do site (coeficiente de aproveitamento do terreno está no limite). A solução encontrada em curto prazo, foi utilizar o edifício de estacionamento existente, localizado no centro do Complexo Hospitalar. As vagas foram retiradas do local e substituídas por convênios com empresas que prestam este serviço e estão localizadas próxi-


mas ao hospital. Em uma primeira fase de ocupação deste edifício, foi projetada a implantação de 60 novos leitos de internação em três pavimentos e mais dez leitos de UTI em um 4º pavimento. “Houve também a necessidade de implantar uma nova cozinha para atender esta e uma futura ampliação de leitos neste edifício. Para permitir a ligação ao complexo, foi projetada uma passarela de estrutura metálica elevada, unindo os novos leitos aos outros prédios, onde estão as áreas de diagnósticos e centro cirúrgico principalmente”, conta Kadu Furtado, Diretor da KMF e arquiteto

responsável pelo projeto. Porém, para chegar a essas soluções foi necessário um estudo prévio que analisou a documentação e o potencial construtivo dos terrenos que fazem parte do complexo hospitalar e o projeto existente para regularização perante PMSP. Além disso, elaborou-se também estudos preliminares para o replanejamento de espaços através de diagrama de massas para acomodar a expansão desejada, um anteprojeto de arquitetura para determinar e organizar a área necessária para alcançar a capacidade desejada. E a apresentação do projeto para regulari-

zação perante a prefeitura de São Paulo. Porém a aplicação desses estudos e projetos foi um desafio, visto que a empresa executora visou minimizar o transtorno e a interferência no cotidiano de pacientes e funcionários. “Este desafio é também uma oportunidade de mostrar a experiência em logística de obra. “Neste projeto, o diferencial foi conseguir separar a circulação de serviço e social, permitindo mais privacidade e evitando o cruzamento de fluxos. O maior desafio foi buscar um resultado que agradasse tanto na funcionalidade, quanto na apresentação, com Health 163 ARQ


Retrofit

EXPANSÃO custo reduzido”, conta o arquiteto da KMF. Além disso, soluções de sustentabilidade também foram adotadas nesta obra. Entre elas, a redução de consumo de água e energia elétrica, tais como torneiras de fechamento automático, caixas de descarga de baixo volume, lâmpadas econômicas, tintas à base d’água, entre outros. Adotou-se também o sistema de aquecimento solar para água, cola de contato para fixação dos revestimentos de parede a base de componentes naturais eliminando a cola feita com produtos químicos e também a central de gases medicinais que utiliza bomba com selo mecânico e menor consumo de água. Neste mesmo período, o Hospital A. C. Camargo obteve a recomendação para certificação ambiental ISO 14001. “Buscamos uma composição entre soluções sustentáveis e budget aprovado pela instituição”, conta Furtado.

Arquiteto Kadu Furtado, Engenheiro Alexandre Arantes e Engenheiro Maurício Monteiro 164

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Referência regional Hospital de Manaus com mais de três décadas passa por ampliação

C

om know-how de mais de 30 anos, o Hospital Santa Júlia, localizado em Manaus (AM), contempla uma estrutura de 154 leitos, 11 de UTI adulto e 19 de UTI pediátrica e neonatal. Além disso, o Centro Cirúrgico e Obstétrico oferece dez salas com os mais modernos recursos tecnológicos, uma sala de SRPA (Sala de Recuperação de Pacientes Pós - Anestesia) com 11 leitos e uma sala inteligente de Vídeolaparoscopia. Toda a estrutura é composta por sistema de ar condicionado central equipado com filtragem HEPA para controle de micro-organismos, piso condutivo e corredores de serviço e circulação isolados. A estrutura do Centro Ci-

rúrgico é frequentemente solicitada para procedimentos de alta complexidade realizados em Manaus por equipes de outros estados. Outra obra realizada recentemente que melhorou ainda mais a estrutura do hospital foi a construção do Edificio Atrium, que engloba as alas de Medicina Nuclear, Quimioterapia e Radioterapia, UTI Coronariana, Unidade de Check-Up, entre outros. “Essa foi uma construção sem canteiro de obra, ocupando 100% do lote, onde houve uma logística bastante complexa, uma vez que o hospital estava funcionando, havia vizinhos e transito na porta”, conta Ricardo Benzecry, Diretor da Platinum, empresa responsável

pela obra. O novo prédio, que possui área de 9.073,21m² em nove andares com três sub-solos foi interligado ao antigo para melhorar a logística da instituição. Como a empresa que executou a construção é certificada no PBQPH (programa que se preocupa com o meio ambiente e o correto descarte dos materiais da obra) em nível A, a preocupação com a sustentabilidade esteve em alta. “Todas nossas obra possuem um plano de gerenciamento de resíduos com objetivo de estabelecer procedimentos necessários ao manejo e destinação ambientalmente corretos dos resíduos gerados nos canteiros de obra”, revela o Diretor.

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Novos ares

EXPANSÃO

Ampliação do atendimento Hospital Santa Marcelina investe em ampliação para aumentar demanda de atendimento e oferecer mais acolhimento aos usuários

C

om 60% das obras concluídas e previsão de entrega para abril de 2014, o Hospital Santa Marcelina trabalha de acordo com o cronograma e planejamento da construção que concretizará a nova unidade de Pronto-Socorro da região Leste da cidade de São Paulo, com o objetivo de melhorar o atendimento à população com mais agilidade, acolhimento e humanização. Este investimento visa também à modernização e ampliação das instalações, oferecendo assistência de qualidade e excelência em benefício do usuário. Será 166

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um prédio composto por três pavimentos, sendo o subsolo com 467 m², pavimento térreo com 1.407 m² e pavimento superior de 710 m², levando a uma área total de construção aproximada de 2.584 m². A construção concentrará todas as portas de entradas de urgência e emergência SUS (Sistema Único de Saúde) do hospital. A verba destinada para este projeto foi autorizada e liberada por órgãos públicos. Além disso, a construção não altera o fluxo normal de atendimento do Hospital Santa Marcelina. Está prevista também uma

reforma/ readequação do atual Pronto-Socorro dentro da Estratégia SOS Emergências do Ministério da Saúde, que em novembro de 2012, completou um ano de programa. A Estratégia é uma ação para a qualificação da gestão e do atendimento em grandes hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com Rogerio Faustino de Lacerda, Coordenador de Obras e projetos da R&Sá Gerenciamento, Construções e Participações, empresa responsável pelas obras no Hospital Santa Marcelina, a planta de um centro de saú-


de necessita de flexibilidade para futuras expansões e isto deve ser pensado durante projeto de arquitetura. “Devemos pensar que em uma expansão não se pode parar ou atrapalhar o prédio já existente em funcionamento. Neste projeto consideramos as casas de maquina de elevadores e ar-condicionado em um pavimento onde não será necessário a paralisação de equipamentos para ampliações”, conta. Os materiais a serem utilizados na obra, foram escolhidos de acordo com a funcionalidade, harmonia e custo-benefício atrelados.

Assim como o atendimento aos critérios de sustentabilidade. Por exemplo, foram implantados sistema de aquecimento solar e iluminação artificial em LED. “Focamos também na humanização, trabalhando com salas de espera confortáveis. Tivemos algumas dificuldades para implantar tudo isso, como é comum em qualquer obra, mas tratando-se de um pronto-socorro para uma classe menos favorecida, é muito gratificante ver nascerem os resultados, pois poderemos através dele dar um pouco de conforto e dignidade a todos”, finaliza Lacerda.

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