HEALTHCARE
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ideias, tendências, líderes e práticas
mais influentes da saúde HEALTHCARE Management 23
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EXPEDIENTE
PRESIDENTE Edmilson Jr. Caparelli ecaparelli@grupomidia.com
DIRETORA ADMINISTRATIVA Lúcia Rodrigues lucia@grupomidia.com
RELAÇÕES INTERNACIONAIS Jailson Rainer jailson@grupomidia.com
CONSELHO EDITORIAL Edmilson Jr. Caparelli, Erica Alves, Jailson Rainer, Lúcia Rodrigues e Priscila Soares Prado
diretora editorial Priscila Soares Prado priscila@grupomidia.com
GESTORA DE RECURSOS HUMANOS Gislaine Filipine gislaine@grupomidia.com
DIRETORA DE MARKETING/ EVENTOS Erica Almeida Alves erica.alves@grupomidia.com
editorial
diretor comercial Marcelo Caparelli marcelocaparelli@grupomidia.com
PUBLISHER Edmilson Jr. Caparelli
COMERCIAL
REDAÇÃO Priscila Soares Prado priscila@grupomidia.com Carla de Paula Pinto carla@grupomidia.com Thiago Cruz thiagocruz@grupomidia.com Patricia Bonelli patricia@grupomidia.com
Alessandra Tomaz alessandra@grupomidia.com Giovana Teixeira giovana@grupomidia.com Vagner Avelino vagner@grupomidia.com Marcela Rosseto marcela@grupomidia.com Assistente Comercial Caroline Caparelli carolcaparelli@grupomidia.com
DEPARTAMENTO DE Marketing Erica Almeida Alves ASSINATURAS E CIRCULAÇÃO assinatura@grupomidia.com ATENDIMENTO AO LEITOR atendimento@grupomidia.com FOTOS Banco de imagens Priscila Soares Prado PROJETOS EDITORIAIS projetoseditoriais@grupomidia.com
A revista HealthCare Management é uma publicação bimestral do Grupo Mídia. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional. O conteúdo dos artigos é de responsabilidade dos autores, e não refletem, necessariamente, a opinião do Grupo Mídia. A reprodução das matérias e dos artigos somente será permitida se previamente autorizada por escrito pelo Grupo Mídia, com crédito da fonte.
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EDITORIAL
Influência para novos
horizontes
Caro leitor, Várias lendas explicam a fama de excelência do Pinguim, a mais famosa choperia do Brasil, com sede em Ribeirão Preto (SP), mesma cidade da nossa empresa. De acordo com os antigos moradores da cidade, a qualidade da bebida corresponde à proximidade do estabelecimento com a antiga fábrica da Antárctica no município. Reza a lenda que o chopp era transportado, logo após sua produção, para a choperia por meio de um encanamento subterrâneo, chamado de “chopeduto”. E com a proposta de seguir esses ideais, o Grupo Mídia leva à cidade de São Paulo, o tradicional chopp para convidados durante a Feira + Fórum Hospitalar, no lançamento do Especial “Os 100 Mais Influentes da Saúde”, publicado nesta edição da HealthCare Management. Depois de quatro meses de pesquisas e reuniões do Conselho Editorial do Grupo Mídia, toda essa idealização se tornou realidade. Nesta publicação, mostramos nomes de destaque que contribuíram para o impulso do mercado da saúde nos últimos 12 meses. E nessa linha de pensamento, reforçamos que o mercado da saúde vive concorrências necessárias para que pacientes e acompanhantes sejam atendidos com produtos e tratamentos de qualidade. Dessa forma, mostramos novos cases de instituições que foram acreditadas pela ONA e também de serviços que registraram aumento da procura, como o resgate aeromédico. Ainda trazemos a matéria de consagrados eventos realizados nos últimos dois meses. Nossa equipe mostra a cobertura do 2oCongresso de Inovação em Materiais e Equipamentos para a Saúde (CIMES), da XIII Jornada Paulista de Urologia e também 8
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da 43a Jornada Paulista de Radiologia. Contamos ainda com uma reportagem sobre os 20 anos da Feira + Fórum Hospitalar. Os bastidores, números e a evolução foram mencionados por autoridades e organizadores deste importante evento do setor da saúde na América Latina. Também vale conferir curiosas matérias na editoria “Modelo de Atendimento”, ao relatar sobre a Pet Terapia e sobre a Psicologia Hospitalar. Outro assunto que não poderia ficar de fora desta edição é o embate entre operadoras, ANS e médicos. Nossa equipe entrevistou a Dra. Sandra Franco, Presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde (ABDMS). Já no Saúde 10, o Presidente da ANAHP, Francisco Balestrin, faz uma análise da atual situação dos hospitais privados. Ao elencar todos esses assuntos, deixamos uma reflexão em aberto. Qual é a sua influência? Pense que seu trabalho é o resultado de futuras perspectivas e impactos gerados. Boa leitura!
Edmilson Jr. Caparelli Publisher
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NESTA EDIÇÃO
março - abril 16
saúde
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sustentabilidade
113 Gestão racional da água
Artigo de Márcia Mariani, especialista em gestão ambiental
pontuando a gestão
Dr. Francisco Balestrin, Presidente da ANAHP, explica novo programa bem como a importância da governança corporativa e clínica do setor, com foco na ampliação da qualidade do sistema suplementar.
116 A solução para economia
foco na gestão
121 O destino ideal
20 É tempo de acreditar Com o compromisso de buscar a excelência, hospitais de diversas regiões brasileiras receberam a certificação da ONA pela primeira vez
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Conheça as opções que ajudam na economia dentro de grandes hospitais, como a utilização de lâmpadas mais potentes e sustentáveis Especialistas elencam vários pontos fundamentaispara o adequado recolhimento das lâmpadas fluorescentes nas instituições hospitalares
além dos negócios
126 O difícil acesso às novas tecnologias
Melhoria constante Em busca de aprimorar cada vez mais a prestação de serviços aos pacientes, hospital no interior de São Paulo utiliza avaliação ONA para certificar seus procedimentos e processos
Brasil brilha aos olhos de empresas estrangeiras, mas excesso de trâmites atrasa a vinda de novidades do segmento médico-hospitalar
130 Feira Hospitalar
health-it
30 Ferramentas de busca em dados não estruturados ganham espaço na área de saúde
Cerca de 1.250 expositores aguardam mais de 92 mil visitantes no grande encontro da saúde da América Latina
Artigo de Fernando Vogt, Diretor de Vendas para a área de saúde da InterSystems
32 A revolução começa aqui
Pesquisas de instituições brasileiras com foco em nanotecnologia impulsionam o tratamento de câncer e outras doenças complexas
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Agilidade tecnológica Dinamismo e melhora no atendimento são alguns dos inúmeros resultados que a tecnologia trouxe para a gestão de leitos
44 O advento da tecnologia de Big Data e o mercado de saúde
Artigo de Avi Zins, consultor especialista no setor da saúde
46 A avaliação da performance
Implantação de uma nova metodologia de avaliação do desempenho possibilita a melhoria dos resultados dos prestadores de serviços
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Tecnologia de ponta Maior evento em radiologia na América Latina traz inovações tecnológicas para o setor
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138 Novos horizontes Representantes políticos, pesquisadores e indústria médica debatem desafios do segmento da saúde no País
espaço médico
146 XIII Jornada Paulista de Urologia Encontro trouxe palestrantes internacionais para mais de mil profissionais no Brasil
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escolha certa
148 Segurança e conforto
Além de economia e praticidade, cortinas hospitalares desempenham importante papel na humanização do atendimento
152 Mais eficácia
Em busca de mais qualidade, instituições de saúde estabelecem parcerias com empresas de apoio
PONTO DE VISTA
162 Ética na indústria da saúde: consolidando o caminho para uma nova cultura
Artigo de Carlos Goulart,Presidente-Executivo da ABIMED
164 Tempo é tecnologia
Longa espera para obter registro de produtos e equipamentos médicos compromete o acesso às novas tecnologias no País
170 O impasse atual Presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde (ABDMS) faz análise dos recentes entraves entre médicos, ANS e operadoras
ALTA NOS NEGÓCIOS
174 Muito além do progresso
Transporte aéreo fomenta mercado de saúde com excelência e segurança no atendimento
modelo de atendimento
178 Atendimento com qualidade e resolutividade
Psicologia hospitalar, importante requisito para conquistar acreditação, ganha espaço em instituições que se dedicam a oferecer atendimento humanizado
186 Amigo para todas as horas
Tratamento alternativo, que envolve animais, auxilia na recuperação de pacientes
197 Uma nova vertente
Método de regime domiciliar reduz o número de internações ao realizar o gerenciamento da saúde de idosos e portadores de doenças crônicas
200 PONTO FINAL Por um serviço melhor Saúde Suplementar apresenta crescimento constante
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Confira os indicados de cada categoria 62 Análises Clínicas 64 Arquitetura 66 Associação | Federação 68 Autoridades Públicas 70 Construção Civil 72 Consultoria 74 Direito 76 Educação 78 Empresários 80 Engenharia Clínica 82 Terceiro Setor 84 Gestor Hospitalar - Especialidades 86 Gestor Hospitalar - Geral 88 Gestor Hospitalar - Referência 90 Home Care 92 Indústria 94 Indústria de Materiais 96 Negócios 98 Odontologia 100 Operadoras 102 Organização Social de Saúde - OSS 104 Prestação de Serviços 106 Qualidade e Segurança 108 Tecnologia da Informação 110 TI dentro de Instituições MARÇO| ABRIL 2013 healthcaremanagement.com.br
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DIAS prevenção Mapeamento genético possibilita encontrar predisposição ao câncer Familiares de pacientes com câncer já podem prevenir a doença por meio do mapeamento genético. Através de um exame de sangue é possível definir se há ou não predisposição genética para o desenvolvimento da enfermidade, quando se tratar de um tipo hereditário. A análise é feita por meio de uma comparação entre o DNA de quem já teve a doença e o DNA de outras pessoas da família que até então não apresentaram alterações celulares. O Hospital do Câncer de Barretos, no interior de São Paulo, tem utilizado esta técnica para prevenir tumores em parentes de primeiro grau de seus pacientes. A partir do diagnóstico, os médicos encaminham a pessoa para o tratamento mais indicado. Há casos em que é preciso passar por uma cirurgia preventiva antes mesmo da doença aparecer, o que evita a ocorrência de um câncer geneticamente programado para se desenvolver.
Fotos: Divulgação
DESCOBERTA Substância auxilia no tratamento de insuficiência cardíaca Uma descoberta pode contribuir para o avanço do tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca. Um estudo realizado no Instituto do Coração (Incor), pela Faculdade de Medicina (FM) e pelo Instituto de Química (IQ), ambos da Universidade de São Paulo (USP), identificou uma substância produzida pelo corpo humano capaz de funcionar como uma espécie de marcador de gravidade da doença. A substância em questão é a acetona, que exala um odor característico. Foram separados três grupos para análise: um com pessoas sem doença cardiológica alguma, outro com pacientes que apresentavam insuficiência cardíaca, porém em um quadro estável, e um terceiro com aqueles que apresentavam um quadro clínico mais avançado. Os resultados apontaram que entre os pacientes que apresentavam a doença cardíaca, o nível da substância era muito maior do que entre os saudáveis.
solução Transplante de medula cura Talassemia Major A cura da Talassemia Major pode estar no transplante de medula óssea. O que leva a crer que essa seja a esperança para os portadores da doença é um caso bem sucedido que ocorreu em São Paulo (SP), no Hospital Sírio-Libanês, recentemente. Uma menina de 6 anos, passou pelo procedimento inédito no Brasil. A pequena foi submetida a um transplante de medula óssea e de sangue de cordão umbilical doados pela sua irmã de um ano. O que torna o caso ainda mais interessante é o fato de que a caçula nasceu após ter sido geneticamente selecionada, por não ter o gene da talassemia e ser 100% compatível com a irmã mais velha. No parto, os médicos colheram células do cordão umbilical da caçula, porém a quantidade não foi suficiente, por isso a paciente precisou esperar que a irmã completasse um ano para que a retirada de medula pudesse ser feita.
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DESTAQUES
DO SETOR TRATAMENTO Título: Haloterapia pode combater problemas respiratórios O sal pode ser um novo aliado para pacientes com problemas respiratórios. O tratamento de Haloterapia está ganhando espaço no Brasil. Trata-se de sessões de 45 minutos, em uma sala climatizada, onde o paciente respira um ar salgado. Os locais reproduzem o ambiente de uma caverna e contam com iluminação colorida para dar um charme tecnológico. A temperatura e a umidade são controladas, partículas de sal são jogadas no ar e as paredes são revestidas com um reboco do mineral. A técnica surgiu em 1843, quando um médico polonês percebeu que a permanência em cavernas de sal melhorava a saúde respiratória. A função do mineral é limpar as vias respiratórias e fazer a pessoa eliminar muco. A Haloterapia é contraindicada em casos de câncer, febre ou estado agudo de doença respiratória, e não interfere na pressão arterial, pois o sal não entra em contato com a corrente sanguínea.
TECNOLOGIA FMUSP desenvolve projeto de tecnologia a favor dos profissionais de saúde Um projeto em desenvolvimento na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) pretende usar a tecnologia para valorizar os profissionais da saúde. A meta é fornecer aos trabalhadores da área um tablet conectado à internet, que permita o acesso direto ao conteúdo acadêmico e científico produzido pela FMUSP, o maior centro de referência em estudos médicos no País. O dispositivo, batizado de “Tablet da Saúde”, é a parte prática do Programa de Valorização dos Profissionais de Saúde por Educação Interativa a Distância e Teleassistência. O programa é uma iniciativa que procura potencializar os efeitos positivos do conteúdo produzido por intermédio da disciplina de Telemedicina para uma parcela maior da sociedade. Para tanto, criou a chamada “Nuvem do Conhecimento da Saúde”, uma plataforma digital que armazena vídeos, cursos e materiais interativos criados pelos especialistas.
CIÊNCIA Cientista americano cria curativo com agulhas microscópicas Cientistas norte-americanos criaram um curativo coberto com agulhas microscópicas para tratar cicatrizes de cortes cirúrgicos. O material é inspirado em um tipo de parasita chamado Pomphorhynchus laevis, que vive no intestino de peixes, e que se agarra às paredes do órgão usando espinhos parecidos para se fixar com firmeza. O curativo imita a ação do parasita utilizando agulhas minúsculas de plástico e com pontas rígidas enquanto secas. Ao espetar o tecido molhado, as pontas incham e se prendem com mais firmeza. Além disso, na hora de retirar o adesivo, comparado a grampos, há menos trauma nos tecidos, sangue e nervos e um risco menor de infecção. Ele possui 4cm², é três vezes mais poderoso do que os materiais de cicatrização utilizados atualmente em pacientes com queimaduras e também pode injetar medicamentos no paciente através das minúsculas agulhas.
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Obesidade custa R$ 490 milhões por ano ao SUS Uma pesquisa feita pela Universidade de Brasília (UnB) concluiu que o SUS gasta R$ 490 milhões, por ano, para tratar pacientes com obesidade. O estudo mapeou o valor empregado pelos hospitais e ambulatórios públicos do País para atender as doenças desencadeadas por meio da obesidade. O ponto de partida foram pesquisas internacionais que já haviam detectado quantas pessoas desenvolveram problemas de saúde por estarem obesas. Os números encontrados no Brasil foram usados pelo Ministério da Saúde como base nos programas governamentais para reduzir a obesidade e o sobrepeso, condições hoje presentes em 52% dos brasileiros.
Alteração na lei obriga cirurgia reparadora de mama A nova lei que dispõe sobre a obrigatoriedade da cirurgia plástica reparadora da mama pelo SUS nos casos de mutilação decorrentes de tratamento de câncer (Lei nº 12.802) foi sancionada pela Presidente da República, Dilma Rousseff. A partir de agora, quando houver condição técnica, a reconstrução será efetuada no mesmo momento em que for realizada a cirurgia para retirada do câncer. No caso de impossibilidade de reconstrução imediata, a paciente será encaminhada para acompanhamento e terá garantida a realização da cirurgia imediatamente após alcançar as condições clínicas requeridas. A nova Lei altera a de nº 9.797, em vigor desde 6 de maio de 1999. Redes Sociais
Jornada debate temas como complicações da cirurgia de Incontinência Urinária Aconteceu entre os dias 18 e 20 de abril a XIII Jornada Paulista de Urologia, em Campos do Jordão (SP). Participaram do evento médicos, gestores e expositores de produtos ligados à saúde. As palestras contaram com o serviço de tradução simultânea, visto que entre os conferencistas tinham nomes internacionais como Brian R. Matlaga, M.D., M.P.H., professor associado de Urologia da Escola de Medicina da Johns Hopkins University. A equipe do Grupo Mídia esteve presente na cobertura da Jornada. Confira as fotos e matérias na página do Saúde Online.
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Disseminar excelência
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uito já foi feito, mas mais ainda deve ser conquistado. Assim considera Francisco Balestrin, Presidente do Conselho da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), acerca da gestão hospitalar no País. Para obter ainda mais a excelência na gestão, a Associação vem incentivando os hospitais afiliados, uma nova categoria de hospitais membros da ANAHP, a se candidatarem aos processos de acreditação. Balestrin explica para o Saúde 10 esse novo programa bem como a importância da governança corporativa e clínica do setor, com foco na ampliação da qualidade do sistema suplementar.
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Qual o diagnóstico que o sr. faz acerca da gestão hospitalar no Brasil? Qual o maior problema enfrentado pelas instituições atualmente para que se aplique uma administração estratégica?
A gestão da saúde evoluiu muito na última década e com as instituições hospitalares não foi diferente. É possível observar vários hospitais com um modelo de gestão consolidado e com critérios de governança bem estabelecidos. Apesar dessa evolução, ainda há questões importantes a serem tratadas, como o modelo de remuneração do setor privado de saúde, a qualificação das redes dos prestadores, a possibilidade de investimentos estrangeiro para a expansão dos hospitais privados independentes, entre outras questões que têm sido discutidas no âmbito da saúde privada.
Sendo um dos fundadores da Associação, como é, hoje, assumir a presidência de uma entidade que se tornou tão importante para o setor?
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Sem dúvida, estar à frente da
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ANAHP é motivo de muito orgulho e uma grande responsabilidade. A ANAHP cresceu muito em apenas uma década e se tornou uma referência para o sistema suplementar de saúde. Esse resultado é fruto da dedicação e compromisso de seus hospitais membros que entendem a importância do trabalho desenvolvido pela entidade.
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Ainda sobre sua gestão na Associação, como o sr. avalia o seu primeiro ano de presidência e momento atual? Quais foram os principais avanços conquistados? Para a Associação, 2012 foi um ano intenso, de acontecimentos decisivos para a saúde privada, e também foi um período importante para estreitar o relacionamento com as entidades do setor e de posicionar a ANAHP no mercado como fonte de referência. Amadurecemos muito no ano passado e assumimos, de fato, a responsabilidade como entidade referência dos hospitais de excelência do País. Estamos cumprindo com o nosso papel, de ser reconhecida como instituição representativa, liderando o processo de fortalecimento do sistema
de saúde. As iniciativas da ANAHP caminham em ritmo acelerado. Para essa gestão foram definidos alguns marcos estratégicos. Uma parte dessas iniciativas já foi implantada, como a profissionalização da gestão da entidade e a reforma estatutária. Para os próximos dois anos estamos trabalhando para a realização do 2º Congresso Nacional de Hospitais Privados (CONAHP), a elaboração do Livro Branco ANAHP, que consiste numa proposta da Associação para a Sustentabilidade do Sistema de Saúde Brasileiro. O documento será oferecido aos candidatos à presidência da república em 2014.
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Quais são as inovações que o sr. pretende trazer aos associados até o fim de sua gestão?
Em 2013, a ANAHP continuará desenvolvendo e incentivando a governança corporativa e clínica do setor, com foco na ampliação da qualidade do sistema suplementar. Esse processo consiste em ‘empoderar’ o consumidor para que ele cobre das operadoras de saúde melhores prestadores de serviço, criando um círculo virtu-
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Francisco Balestrin
oso nesse processo. A área de publicações deve ser marcada pelo lançamento da 5ª edição do Observatório ANAHP, o livro sobre Governança Clínica e a produção do Livro Branco com a proposta para um modelo do setor de saúde único e plural que será oferecido aos candidatos a presidência da república em 2014. Além disso, na área científica, serão realizados três seminários e o 2º Congresso Nacional de Hospitais Privados (CONAHP), focados no tema envelhecimento e seus impactos no setor hospitalar e assistencial.
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A ANAHP possui um novo programa de incentivos às acreditações dos hospitais. Por outro lado, este processo de acreditação traz um custo muito caro para a instituição. Como funciona este programa?
A Associação proporcionará o compartilhamento de melhores práticas assistenciais e indicadores de qualidade a fim de incentivar os hospitais afiliados (nova categoria de hospitais membros da (ANAHP) a se candidatarem aos processos de acreditação. Claro que para atingir esse nível de excelência, são necessários investimentos por parte das instituições que ainda são pouco organizadas, com um alto desperdício e, muitas vezes, sem foco na qualidade e na assistência social. No entanto, o retorno em credibilidade, transparência e satisfação dos clientes
também será alto. À medida que se estimula e estabelece altos padrões de qualidade, diminuímos a possibilidade de eventos adversos, melhoramos os processos e aprimoramos a gestão.
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Hoje, existem vários estímulos quanto aos novos modelos de renumeração que implantará na gestão uma “diária compacta”, ao invés do “fee for service”, na saúde suplementar. Quais são os grandes desafios de aplicar este novo padrão nos hospitais brasileiros?
O modelo de remuneração do setor ainda não chegou a um modelo com regras totalmente bem definidas. A ANAHP participa ativamente do Grupo de Trabalho (GT) da ANS sobre novos modelos de remuneração, que conta com a participação de diversos representantes da cadeia da saúde privada, além da intermediação e uma atenção especial por parte da Agência Reguladora, a ANS. A iniciativa tem sido um importante catalisador para aproximar as diferenças entre prestadores e operadoras. O objetivo é encontrar uma alternativa que seja benéfica tanto para os prestadores quanto para as operadoras de planos de saúde. Esse, sem dúvida, é o nosso grande desafio. Com o novo modelo, queremos caminhar para um sistema em que exista menos discussão e mais ações padronizadas, que o mérito do atendimento
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e da atenção é levado em consideração, ou seja, se passa a medir junto aos resultados econômico-financeiros e assistenciais. O fee for service não vai sumir. Na realidade vamos ter uma migração de uma grande parte daquilo que é fee for service, que é quase 100%, para um outro tipo de visão. Mesmo com fee for service seerão trabalhadas tabelas mais aprimoradas. Na nova proposta, os itens frequentes em uma internação serão cobrados de forma agrupada, ou seja, os hospitais passam a oferecer produtos completos aos planos de saúde. Uma cirurgia, por exemplo, passará a ser um item único na conta hospitalar, já contemplando todo o período de internação do paciente, bem como os recursos humanos e físicos necessários. Para isso, os hospitais terão de reformular os protocolos e diretrizes para realização de cada tipo de procedimento. Inicialmente, essa modalidade é recomendada para procedimentos médico-hospitalares cirúrgicos de alta frequência, com baixa variabilidade de: desfecho, processo assistencial, uso de recursos e prevalência de complicações, respeitando a especificidade de cada instituição. Para os procedimentos hospitalares que ofereçam dificuldades de padronização dos insumos e serviços, o Grupo de Trabalho sobre Remuneração propõe a conta aberta aprimorada/tabela compacta, que consiste na padronização e uniformização nas tabelas de preços de diárias e taxas dos pres-
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Disseminar excelência tadores de serviços hospitalares. Essa iniciativa facilitará a emissão das contas hospitalares, diminuindo o tempo para emissão e facilitando as atividades da auditora de contas hospitalares. O custo das transações entre operadoras e prestadores de serviços também será reduzido.
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Na sua avaliação, como foi o desempenho assistencial neste primeiro quadrimestre de 2013 nos hospitais privados do Brasil?
Temos acompanhado uma mudança no perfil do brasileiro. Estamos diante de uma ampliação do número de doentes crônicos e do aumento de expectativa de vida da população. A atenção hospitalar privada, cada vez mais, investe na alta especialização e em especialidades focadas no aumento da faixa etária dos usuários, tais como oncologia, neurologia e etc.
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Quanto à análise econômico-financeira, como o sr. avalia o desempenho institucional neste começo de 2013 nos hospitais da rede privada no Brasil?
Temos visto um crescimento da receita do conjunto de hospitais membros, sem a contrapartida do resultado. Em maio lançaremos a 5ª edição do Observatório ANAHP e mais informações sobre o desempenho econômico-financeiro dos hospitais ANAHP poderão ser conferidas.
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Qual a sua análise acerca das práticas de liderança no contexto hospitalar dos hospitais privados do Brasil e como podemos melhorar tais ações dentro das instituições?
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Já evoluímos bastante nesse sentido. É possível observar vários hospitais com um modelo de gestão consolidado e com critérios de governança bem estabelecidos. Como entidade representativa, a ANAHP se preocupa em disseminar as melhores práticas de gestão para o setor e, sem dúvida, a Governança Corporativa é um caminho consolidado em qualquer segmento. Seus princípios básicos como equidade, transparência e prestação de contas são os principais pilares para uma boa gestão.
De que maneira a tecnologia tem contribuído para o aprimoramento na prestação de serviços dos hospitais privados e como essas ferramentas podem reduzir custos e desperdícios nos hospitais?
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A tecnologia é uma parcei-
ra muito útil na prestação de serviços no nosso setor, assim como nos demais. A tecnologia da informação à beira do leito, por exemplo, é, atualmente, uma das metas dos hospitais brasileiros e um grande desafio para a equipe assistencial. O tema é cada vez mais recorrente, principalmente entre instituições de alta complexidade, que buscam com essa iniciativa aumentar a segurança do paciente e promover melhores condições de trabalho para os profissionais envolvidos na assistência. Hoje, já é possível observar nos hospitais a utilização de tablets, computadores, smartphones, entre outros recursos que auxiliam, por exemplo, no controle da administração de medicamentos à beira do leito e no registro adequado da assistência prestada para assegurar a continuidade do cuidado por diferentes profissionais. A incorporação tecnológica à beira do leito tem duas perspectivas importantes, a primeira relacionada à melhoria de processos e outra ao aumento da precisão do diagnóstico, o que interfere diretamente na redução de custos e desperdícios.
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pontuando a gestão Participe! Escolha o próximo entrevistado do “Saúde 10”. É simples! Envie sua sugestão para o e-mail: redacao@grupomidia.com Sua indicação pode ser publicada na coluna!
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FOCO NA
G EST ÃO Acreditação
É tempo de acreditar Com o compromisso de buscar a excelência, hospitais de diversas regiões brasileiras receberam a certificação da ONA pela primeira vez
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a edição anterior da HealthCare Management alguns dados foram divulgados referentes às instituições que receberam pela primeira vez o reconhecimento da Organização Nacional de Acreditação (ONA). De acordo com o órgão acreditador, nos dois pri-
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meiros meses de 2013, a ONA homologou os certificados de 35 Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde (OPSS) em todo o País. Na região Sul, foram duas organizações, no Estado do Rio Grande do Sul, ambas recertificadas no Nível III (Excelência). Três
hospitais no Paraná foram certificados pela primeira vez, sendo um em Campo Largo, em Ponta Grossa e outro em Londrina, sendo que este último obteve o Nível II (Acreditação Plena). No Estado de Santa Catarina, em Blumenau, também houve um recertificado como Nível I (Acreditado).
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Passos da
excelência
O AVANÇO NECESSÁRIO Com um atendimento de qualidade e hotelaria fortalecida, o Hospital Geral Unimed (HGU), em Ponta Grossa (PR), inaugurado em novembro de 2007, sempre teve como missão ser uma instituição diferenciada na região dos Campos Gerais, no Paraná. Ao registrar uma média de 500 internações mensais, 2.100 exames de imagem, 500 cirurgias, 1.780 consultas de pediatria e 300 de obstetrícia, o HGU recebeu, em fevereiro deste ano, a homologação do certificado da ONA, nível I. O primeiro passo dessa
conquista começou em julho de 2011, quando o hospital implementou o Programa 5S, com o intuito de organizar em nível básico todo o centro de saúde. Um ano depois, com a iniciativa já consolidada, começou a adoção à metodologia do Sistema Brasileiro de Acreditação. A escolha deste novo procedimento foi bem aceita pela maioria dos funcionários. O processo todo, do início da implantação até a homologação da certificação, durou um período de um ano e quatro meses. Todos os setores da insti-
tuição foram avaliados conforme os padrões do Manual Brasileiro de Acreditação. A equipe analisada foi composta por um médico, uma enfermeira, uma farmacêutica e uma administradora. Também os setores internos e os prestadores de serviço foram observados. Rodrigo Della Torres, Coordenador da Qualidade do HGU, conta que os benefícios de um processo de gestão da qualidade podem ser observados paralelamente ao sistema de implantação. “Podemos perceber claramente em nossa instituição
ENTREGA DO CERTIFICADO ONA Dr. Nilson Sant’Ana (Diretor de Mercado e Desenvolvimento), Dr. Lecy Ferreira Mattos (Presidente) e Dr. Octacílio da Silva Couto (Diretor Administrativo)
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FOCO NA
G EST ÃO Acreditação “Quando há um trabalho sério, planejado e com o comprometimento das pessoas o resultado não pode ser diferente. Foi assim que encaramos o processo desde o início, e nunca houve dúvidas em relação a conquista” Rodrigo Della Torres, Coordenador da Qualidade do Hospital Geral Unimed – Ponta Grossa (PR)
um clima organizacional mais agradável, a busca por inovações e melhorias de forma contínua por parte das equipes”, afirma. Para Torres, a probabilidade de ocorrência de problemas inesperados foi reduzida, pois com a implantação de procedimentos padrões, o hospital conseguiu criar barreiras mais eficazes. “Financeiramente também houve um avanço, porque no sistema Unimed os hospitais que possuem essa distinção recebem uma diferenciação, então migraremos da tabela N1 para N0.” A conquista desta certificação nada mais é que o reconhecimento do empenho e das metodologias empregadas em prol da gestão, qualidade e segurança. “Entendemos que nos confere uma responsabilidade ain-
da maior, pois a expectativa dos pacientes, cooperados e colaboradores aumenta ainda mais a partir desse momento. É fundamental que a percepção também aumente na mesma proporção”, afirma Torres. Para a equipe do hospital, a acreditação serviu para agregar valor ao atendimento, remodelar processos, expor as deficiências para que elas sejam trabalhadas e eliminadas. Além disso, os funcionários do hospital compreendem a acreditação como um processo infinito, com inúmeras possibilidades de melhoria. “Não é um certificado de perfeição que garante a imunização de falhas. Pelo contrário, mostra que os erros, quando ocorrem, são analisados criticamente e as ações são imple-
mentadas, para que não voltem a reincidir. Além disso, é uma ferramenta que previne problemas críticos”, esclarece Torres. Desde junho de 2011, o HGU possui um Núcleo de Gestão da Qualidade (NGQ), responsável por toda a gestão de excelência. Atualmente, o setor é formado por um coordenador e uma assistente da qualidade. Entre as principais metas estão a manutenção do nível I da acreditação e conseguir, até dezembro de 2014, migrar para o nível II. O núcleo também visa expandir as atividades e desenvolver a cultura de gestão de riscos. A instituição ainda pretende implantar o QUALISS e focar na nova portaria da ANVISA de 01/04/2013 que institui o Programa Brasileiro de Segurança do Paciente.
é o número médio de internações mensais realizadas no Hospital Geral Unimed (HGU), em Pronta Grossa (PR)
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Passos da
Excelência CONFIRA 15 FATORES QUE AJUDARAM O HGU CONQUISTAR A ACREDITAÇÃO 1. Criação do Núcleo de Gestão da Qualidade para implementar e gerenciar todo o SGQ da organização. 2. Implantação de uma política de gestão de riscos com o objetivo de prevenir e eliminar a ocorrência de falhas. 3. Planejamento estratégico com metodologia de desdobramento e acompanhamento dos resultados. 4. Descrição dos processos e atividades organizacionais em documentos fluxogramados. 5. Criação do Núcleo de Educação Permanente. 6. Validação de uma metodologia de auditoria interna nos processos. 7. Padronização de documentos de apoio em todas as áreas. 8. Reorganização da sinalização visual da instituição. 9. Inclusão dos prestadores de serviço no programa de qualidade. 10. Definição de uma política de comunicação e disseminação de informações sobre qualidade, gestão de riscos, acreditação, etc. 11. Idealização de um programa de desenvolvimento de líderes. 12. Criação de um Workshop de Gestão da Qualidade. 13. Validação de protocolos assistências multidisciplinares. 14. Implementação de uma sistemática de avaliação contínua do desempenho dos fornecedores e prestadores de serviços. 15. Reestruturação de comitês, tais como de ética em enfermagem, entre outros.
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FOCO NA
G ESTÃO Acreditação de Excelência
Melhoria constante Em busca de aprimorar cada vez mais a prestação de serviços aos pacientes, hospital no interior de São Paulo utiliza avaliação ONA para certificar seus procedimentos e processos 24
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Melhoria
constante
C
om a política de investir sempre na busca pelo aprimoramento de seus serviços, na satisfação e segurança dos pacientes, o São Joaquim Hospital e Maternidade, localizado na cidade Franca (SP), já conquistou os três níveis de acreditação ONA. Em 2003, a instituição iniciou o processo e, após um ano, recebeu a Acreditação de Nível I. Mais tarde, em 2008, em busca de melhorar ainda mais sua prestação de serviços, foi solicitada uma nova avaliação, e conquistaram então o re-
conhecimento de Nível II. Ainda não satisfeitos, submeteram-se a uma terceira avaliação, que os levou a ONA de Nível III – Excelência, em março de 2012. “As acreditações aumentam a credibilidade do hospital perante o mercado. A busca pela qualidade é uma das marcas da instituição. Essa é a forma de certificar a preocupação e garantir aos nossos clientes o melhor atendimento”, diz Marco Aurélio Dainezi, Diretor do Hospital. Segundo ele, o cliente já começou a perceber a
importância destes reconhecimentos. A ISO, por exemplo, todos sabem do que se trata, já a Acreditação Hospitalar, começa aos poucos a ser percebida pelos usuários como um diferencial. O processo é demorado e requer o envolvimento e maturidade de todos na instituição de saúde, desde o médico, equipe multidisciplinar, até o pessoal do administrativo, fornecedores e o próprio cliente. “Quando a empresa se propõe a ser avaliada é em busca de conhecer
“As acreditações aumentam a credibilidade do hospital perante o mercado. A busca pela qualidade é uma das marcas da instituição. Essa é a forma de certificar a preocupação e garantir aos nossos clientes o melhor atendimento ”, Marco Aurélio Dainezi, Diretor do São Joaquim Hospital e Maternidade HEALTHCARE Management 23
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FOCO NA
G EST ÃO Acreditação de Excelência seus pontos fracos e, por isso, há a necessidade de uma mudança em sua cultura após o resultado. Nós estamos trilhando este caminho, tendo um setor específico da Qualidade como apoio para a condução desta jornada que não para em nenhum momento”, afirma Dainezi. No início do processo de certificação a instituição não tinha a noção da importância desta metodologia de trabalho. A cultura foi sendo criada gradativamente em cada profissional que atua na empresa e percebeu-se que o principal ponto da
acreditação é mostrar os pontos fracos da instituição, para que assim possam ser trabalhados, bem como os pontos fortes para que os clientes possam usufruir dos benefícios. A partir daí notou-se a necessidade de monitorar as não conformidades e posteriormente trabalhar isto de maneira madura e profissional, sempre pensando na segurança do paciente. Segundo o diretor, um hospital sem acreditação está mais propenso a cometer erros, especialmente o de não atender aos protocolos de segurança,
o que pode comprometer a saúde do paciente. “Estamos prontos para os novos futuros desafios, pois temos a consciência de que a busca pela excelência é interminável”. Por acreditar na continuidade deste trabalho, o hospital, que optou inicialmente pela ONA devido a credibilidade, seriedade do trabalho e, principalmente, por ser uma entidade focada na prestação de serviços voltados à saúde, agora, pensa em ir mais longe. “Certificações internacionais já estão sendo contempladas no plano diretor a médio e longo
São Joaquim Hospital e Maternidade, sala de hemodinâmica 26
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Melhoria
constante
prazo”, conta o diretor. O hospital possui, hoje, 106 leitos no total, sendo 90 para internações clínicas e cirúrgicas e 16 na Unidade de Terapia Intensiva. E atende hoje 65 mil pacientes por mês, entre unidades de internação, de emergência, cirurgias, exames por imagens, exames laboratoriais e quimioterapia. No Laboratório de Análises Clínicas, nas três unidades próprias, são mais de 60 mil
exames realizados mensalmente. Já na Unidade de Emergência, clínico geral, são cerca de 11 mil atendimentos por mês. Os exames por imagens, raio x, ultrasson, ressonância magnética, litotripsia, endoscopia digestiva giram em torno de 5 mil. A instituição oferece destaque para área de cardiologia com plantonistas 24 horas e ainda moderno aparelho de hemodinâmica para tratamento e
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diagnóstico mais preciso e menos invasivo. “Assim como a busca pelas acreditações, os investimentos não param. Precisamos de pessoas treinadas e motivadas, desde a recepcionista, médicos, até a gestão em si”. A tecnologia é outro ponto que o hospital prioriza, em busca de oferecer o melhor aos clientes, com diagnósticos cada vez mais precisos, além da agilidade, segurança e comodidade. HCM
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FOCO NA
G EST ÃO Acreditação
Hospital Oftalmológico conquista sua primeira acreditação ONA O Hospital Oftalmológico de Londrina (Hoftalon), também no Paraná, foi outra instituição que recebeu a acreditação ONA, pela primeira vez, neste ano. E logo em sua primeira certificação conseguiu conquistar o Nível II. O que pode ter levado a este sucesso é o fato de que desde a sua fundação, a instituição tem como premissa prestar serviços de qualidade. Baseado neste foco se adequou ao modelo de qualidade ISO em 1998, e, há três anos, quando também, com apoio da diretoria, deu início à adequação do processo de qualidade da instituição ao modelo da ONA. O Hoftalon foi o primeiro hospital do norte do Paraná e o primeiro em saúde 28
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dos olhos do Sul do país a receber esta certificação, que reconhece a qualidade total em todos os procedimentos. “Saúde é coisa séria. Por isso não poupamos esforços nem investimentos para aperfeiçoar procedimentos e garantir segurança e resultados aos nossos pacientes e a certificação da ONA vem comprovar isto. É fruto do trabalho em conjunto dos colaboradores e de um excelente corpo clínico. É o reconhecimento nacional da qualidade total de nossos processos” afirma o Diretor Clínico do Hoftalon, Dr. Nobuaqui Hasegawa. Durante o processo de avaliação foram considerados os itens que compõem
o Manual de Acreditação nos seguintes aspectos: Liderança, Gestão de Pessoas, Gestão Administrativa, Gestão de Suprimentos e Gestão da Qualidade. “O HOFTALON sempre focou em investimentos em alta tecnologia, no treinamento de nossos colaboradores e na qualidade de seus serviços. Sabíamos que o caminho seria árduo, todavia tínhamos a certeza que poderíamos, através de muito trabalho, atingir o nosso objetivo, a obtenção do Nível II”, declara Hasegawa. Após a conquista, a instituição já pôde notar algumas diferenças, e a principal delas está no comportamento dos usuários, que têm se mostrado mais seguros em
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Passos da
Excelência
receber atendimento qualificado e com a garantia da resolutividade do seu problema. “Temos constituído um Comitê de Gestão da Qualidade, composto por gestores e colaboradores chaves que contribuem na disseminação, acompanhamento e controle de todos procedimentos, com objetivo de crescer o espírito e o compromisso em manter a qualidade”, diz. A instituição prevê o alcance de mais um Nível da ONA a curto prazo, já para 2014, o Nível III, de Excelência.
Infraestrutura Hoje, o Hoftalon conta com mais de 100 colaboradores e corpo clínico com 135 médicos, a maior concentração de oftalmogistas do País. Atualmente, é uma instituição privada sem fins lucrativos, de caráter filantrópico. Atende pacientes particulares, de convênios e do SUS de mais de 100 municípios. São mais de 250.000 atendimentos e 12.000 cirurgias anuais. Desde 1993 está habilitado a realizar transplantes de córnea para pacientes do SUS. O hospital cultiva alguns
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projetos que visam levar mais saúde oftalmológica à população da região atendida. Entre eles está o Primeiros Olhares, que atende crianças carentes em diversas regiões da cidade, diagnosticando precocemente doenças oculares e, em parceria com o Sindióptica, fornecendo óculos gratuitamente para aquelas que necessitarem. Outro projeto é o Glaucoma, promovido desde 2007, realiza exames para aferição de pressão ocular e também divulga esta grave e silenciosa doença. HCM
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ARTIGO
Ferramentas de busca em dados não estruturados ganham espaço na área de saúde
Por Fernando Vogt
E
stima-se que, atualmente, 90% das informações clínicas estejam armazenadas de forma não estruturada, ou seja, sem seguir necessariamente um formato, regra ou sequência padronizados. Em função disso, a complexidade para os profissionais de saúde em controlar e achar informações em diferentes programas traz como consequência uma maior dificuldade para gerir o negócio. As ferramentas desenvolvidas para fazer buscas de palavras em arquivos não estruturados têm sido verdadeiras aliadas para reduzir essa complexidade. Utilizadas nos Estados Unidos e em diversos países da Europa, há algum tempo, já existem versões disponíveis no Brasil, traduzidas para o português. Essa tecnologia possibilita aos profissionais da área de saúde descobrir conceitos e interconexões entre dados e informações mais avançadas em relação aos mecanismos de busca convencionais, pois o algorítimo de busca desses sistemas avalia a
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relação entre as palavras, verbos e assuntos buscados e indexa as informações não estruturadas presentes em diferentes documentos, para fazer correlações e trazer resultados práticos. Outra vantagem sobre as técnicas convencionais de buscas é que esse tipo de ferramenta não requer um dicionário pré-definido. As buscas realizam correlações muito mais baseadas no contexto da palavra ou termo buscado do que em sua ocorrência. Sendo assim, a equipe médica pode usar esses recursos para fazer
uma correlação dentro de um Prontuário Eletrônico, por meio de buscas em palavras-chave que podem ajudar a identificar se há alguma relação entre pressão alta e dor de cabeça de um paciente, por exemplo. Dependendo da ferramenta, é possível pesquisar palavras e conteúdos em mais de 100 telas de textos sobre o histórico clínico armazenado no Prontuário Eletrônico, ajudando a localizar rapidamente detalhes críticos como se a pessoa é fumante ou diabética. Também é possível encontrar rapidamente dados laboratoriais referentes a exames, sintomas, diagnósticos e tratamentos. Contribuindo para gerar uma visão completa do quadro clínico dos pacientes ao encontrar informações de forma mais ágil e simplificada, as ferramentas de busca são, sem dúvida, um item indispensável para agilizar o trabalho do corpo clínico fazendo a diferença para HCM salvar vidas. Fernando Vogt é Diretor de Vendas para a área de saúde da InterSystems.
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OPINIÃO
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Inovação
A revolução começa
aqui
Pesquisas de instituições brasileiras com foco em nanotecnologia impulsionam o tratamento de câncer e outras doenças complexas 32
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Além da
medicina
J
á pensou em oferecer no seu hospital uma alternativa de tratamento para o câncer por meio de nanopartículas? Imagine que essa tecnologia seja possível para eliminar tumores, através de minúsculos fragmentos inseridos nos medicamentos. Todo esse conceito corresponde à nanotecnologia (Nanotech), que, ao longo dos anos, tem sido uma grande aliada no serviço de oncologia. A técnica propõe que “nanorrobôs” atuem dentro do corpo humano, introduzidos via oral ou intravenosa. Sua função seria buscar células tumorais ou infectadas por vírus e destruí-las. As nanopartículas potencializariam os processos químicos dos remédios, isso porque atuariam direto na célula doente. O princípio de toda essa tecnologia foi demonstrado, pela primeira vez, na década de 50, pelo físico americano Richard Feymann. Na época, ele defendeu a possibilidade de construir pequenos dispositivos, compostos por elementos infinitamente pequenos, mais precisamente na escala nanométrica. Duas décadas depois, na Universidade de Tóquio,
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o professor Norio Taniguchi denominou como nanotecnologia essa forma de criar produtos e processos a partir da manipulação de átomos e moléculas. As possibilidades deste método são imensas, porque os átomos, quando na escala nanométrica, mostram características específicas como maior tolerância à temperatura, condutividade elétrica e força além do esperado. As partículas são milhares de vezes menores que um fio de cabelo, mas podem apresentar a resistência do aço. No segmento da saúde, a chamada “nanomedicina” é considerada por muitos especialistas como uma grande solução para o futuro. Entre as expectativas dessa inovação estão as maiores chances de identificar e destruir células ou regenerar tecidos destruídos. Por demonstrar-se promissora, esta tecnologia tem recebido um alto investimento. Até 2015, está previsto investimentos acerca de US$ 1 trilhão, quantia destinada às investigações em esfera mundial. Os centros de pesquisas que já dominam as primeiras técnicas estão na Alemanha, na França e principalmente nos Esta-
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Inovação dos Unidos, que desenvolveu, por meio de seu Instituto do Câncer, um grupo de pesquisas específico: a Aliança pela Nanotecnologia no Câncer. O Brasil já mobiliza esforços para estudos nesta área com o apoio de universidades e grandes centros de pesquisa, como o Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEPAE). Atualmente, a instituição desenvolve um estudo sobre as nanopartículas de ferro, para ajudar no diagnóstico de diversas doenças, como o mal de Parkinson. A pesquisa segue em etapa avançada e de forma promissora. Em breve o
instituto vai começar estudos mais avançados. Vale citar que os pesquisadores já possuem uma patente relacionada e estão em busca de outra específica, dependendo dos resultados dos ensaios pré-clínicos. O Dr. Luiz Vicente Rizzo, Diretor de Pesquisa do IIEPAE, relata que os cientistas têm trabalhado principalmente em nanotecnologia para o diagnóstico e tratamento de tumores. “Também desenvolvemos outros projetos nas áreas de vacinas e células-tronco”, revela. Rizzo esclarece que não é possível saber qual será o valor dessa tecnologia, quando estiver acessível comercialmente. “Ainda não
existe uma procura específica, visto que está disponível apenas para protocolos de pesquisa”, explica. Já sobre os entraves da atuação dos nanorrobôs dentro do corpo humano, o diretor do IIEPAE comenta que os institutos que apresentam pesquisas nesta área não relatam dificuldades. “Essa é uma questão experimental e as pessoas que se dispõe a participar já tem um perfil muito específico”, destaca. No ensino Ainda no território brasileiro, uma série de estudos do Grupo de Fotobiologia e Fotomedicina do Centro de Nanotecnologia e Engenharia Tecidual da
“A Nanotecnologia, ou Nanociência, de forma mais abrangente, é sem dúvida uma revolução. Vai trazer muitos benefícios à sociedade, principalmente Na área da Saúde, onde atuamos, e já temos resultados” Professor Antonio ClÁudio Tedesco, coordenador dos estudos - USP 34
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Além da
medicina
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, resultaram em diversas possibilidades de tratamento de complexas doenças. Nas pesquisas, destacam-se as que utilizam partículas metálicas nanoestruturadas para a melhoria de diagnósticos feitos por imagens, além da construção de próteses de alta eficiência, parte delas envolvendo células-tronco voltadas para a aplicação na engenharia tecidual, como a regeneração de vasos sanguíneos, por exemplo. O professor da USP, Antonio Cláudio Tedesco, coordenador destes estudos, diz que a combinação de fotoprocessos utilizando nanotecnologia à administração de fármacos, de forma intravenosa ou tópica, é uma realidade nos tratamentos de câncer de pele. Ele afirma que o mesmo tipo de tratamento, no entanto, não se aplica ao melanoma, que, por ser uma lesão pigmentada (de cor escura), absorve todos os comprimentos de onda luminosa visível. Normalmente, com uma única aplicação, em 98% dos casos a cicatriz desaparece, sem cirurgia e dispensa tratamentos como radioterapia ou cirurgia. O custo
desse tratamento é baixo, o que o torna uma opção viável para ser aplicado nesse caso de neoplasia. Tais estudos demonstram que não se trata apenas de uma mudança de escala de tamanho de macro ou micro para nano. A maioria dos remédios tem uma interação diferenciada com o sistema biológico, em outras áreas como a Física e Química. Trata-se de uma nova roupagem para velhos fármacos, que mudam sua forma de interagir, aumentam ou sustentam sua ação sobre as doenças, conseguindo melhores efeitos e tempos e doses menores. Ao analisar esse tratamento do câncer de pele, Tedesco diz que “apesar da árdua tarefa, ainda são poucos centros ambulatoriais no País, que atuam de forma pontual”, afirma, dizendo que o procedimento deveria ser uma política pública de saúde, aberta à toda a população. Em outra linha de pesquisa envolvendo a nanotecnologia, o centro de pesquisa da USP está em processo de produção de uma pele 3D, a ser usada nos estudos in vivo, para queimaduras e pessoas com problemas cicatriciais. “Neste caso, partimos de uma célula e conseguimos de 10 a 50 cm² de pele.”
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OUTRAS VERTENTES Em 2012, o Centro de Nanotecnologia da USP, em Ribeirão Preto (SP), iniciou uma nova jornada de estudos com foco em doenças neurodegenerativas. Um sistema nanoestruturado já patenteado pela universidade consegue permear a barreira hematoencefálica e levar os medicamentos ao cérebro. Uma revolução, que servirá para tratamentos como Mal de Parkinson e Alzheimer além de abrir uma possiblidade de tratar isquemia cerebral, glioma e glioblastoma ou câncer de cabeça e pescoço. Nos estudos em modelos animais, já foi constatado que há possibilidade de evitar a progressão da doença no caso de Parkinson, ao usar um conceito novo dentro do desenvolvimento de nanomateriais. Para o Alzheimer é utilizado o modelo anila para testar os sistemas. “Estamos em busca de parceiros que acelerem o processo de transferência dessa tecnologia para a população”, descreve o Professor da USP, Antonio Cláudio Tedesco, Coordenador destes estudos. Já em uma linha de pesquisa mais ecológica, direcionada ao uso da nanotecnologia, segue em desenvolvimento a criação de inseticidas com ativos isolados da Bioflora Amazônica. O professor diz que possui uma parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e obtém excelentes resultados. “Esperamos produzir um repelente, de ação duradoura e efetiva contra a Malária e a Dengue.”
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Inovação COMO ESTÁ A LEGISLAÇÃO DESTA TECNOLOGIA As questões sobre os riscos associados à Nanotecnologia passaram a ter maior ênfase no Brasil a partir da mobilização de redes, universidades, organizações e agências governamentais. No final de 2009, quando o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) implantou o Fórum de Competitividade de Nanotecnologia, promovendo o debate e a discussão sobre os potenciais riscos dos nanomateriais no grupo de trabalho sobre o marco regulatório da nanotecnologia. Mesmo com o apoio da ANVISA, INMETRO e outras instituições reguladoras, o país possui ainda uma legislação defasada sobre a utilização da Nanomedicina.
A adequação não é um problema apenas no Brasil, pois Estados Unidos e países da Europa também caminham lentamente para estabelecer uma política de utilização e produção. “Estamos todos na mesma situação, alguns mais a frente, outros mais atrás. O Brasil tem feito seu papel”, comenta Antonio Tedesco. O professor da USP diz que o investimento e recursos até hoje tem ocorrido como uma política constante e contínua de fomento. Ele considera a posição do País avançada nesta corrida da nanotecnologia. “Em algumas áreas estamos até na frente, o que é muito bom.” Ao avaliar se os hospitais brasileiros têm se preparado
para i m plantar este modelo de tecnologia, Dr. Luiz Vicente Rizzo, Diretor de Pesquisa do IIEPAE, diz que a nanotecnologia em medicina ainda está em fase embrionária. “Não está à disposição ‘na prateleira’ e, portanto, a maior parte das instituições não a tem no horizonte próximo. Exceto por uns poucos centros de saúde no mundo que realizam pesquisa pesaHCM da nesta área.”
“Ainda não existe uma procura específica pela nanotecnologia, visto que está disponível apenas para protocolos de pesquisa”, Dr. Luiz Vicente Rizzo, Diretor de Pesquisa do IIEPAE
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Hotelaria Hospitalar
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Gerencimento
de leitos
Agilidade
tecnológica
Dinamismo e melhora no atendimento são alguns dos inúmeros resultados que a tecnologia trouxe para a gestão de leitos
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e não há saúde sem gestão, essa, por sua vez, não se consolida sem informação, tecnologia e humanização. Isso porque o hospital de hoje, visando o futuro para seus usuários, deseja reverter a triste imagem relacionada à doença. Agora, a aposta é construir a ideia de cura e bem-estar. Para tanto, cresce, cada vez mais, a importância da hotelaria hospitalar na instituição, afinal esse segmento desempenha o papel de prover e reunir todos os serviços de apoio. Por outro lado, bene-
ficiam-se os hospitais que investem em uma gestão de todos os serviços como higienização, rouparia, gerenciamento de leitos, dentre outros, de modo a convergir tudo na hotelaria hospitalar. Todo esse procedimento permite um processo contínuo e sem redundância das atividades, proporcionando informações suficientes para tomar decisões assertivas. Visando auxiliar o desempenho da gestão, vários produtos estão disponíveis no mercado a fim de integrar diversas informações. Esse é
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o objetivo da Solução Sinapsys Health Care System que, dentre as diversas vantagens, atua no gerenciamento dos leitos interditados (manutenção e sujos), provendo informações precisas e on-line da higienização, bem como manter um controle de custos com telefonia, acarretando em um grande benefício financeiro à instituição. De acordo com Regiane Pereira dos Santos, Gerente de Leitos e Desenvolvimento de Recursos do Hospital Israelita Albert Einstein, a solução Sinapsys Health Care System
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Hotelaria Hospitalar compõe a gestão do fluxo de pacientes da instituição. Ela conta que este projeto foi iniciado há mais de dois anos e tem como uma das principais metas otimizar a eficiência operacional. “Desde a sua implantação, analisamos e acompanhamos a melhoria de indicadores, como a relação entre capacidade e demanda. Também a satisfação e a segurança dos pacientes.” Outro aspecto apontado por Regiane é a preocupação quanto à sustentabilidade da organização em assegurar que os pacientes recebam o devido cuidado, no lugar certo, na hora exata, durante todo o tempo. “A Solução Sinapsys Health Care System ajudou-nos na gestão de disponibilidade de leitos, tornando o processo mais ágil e mais fácil, propor-
cionando a liberação do leito higienizado em tempo hábil para alocação de pacientes, de acordo com a demanda, prioridade e especialidade”, avalia a gerente. A Solução permitiu automatizar todo o antigo processo manual que abrangia vários ‘fatores humanos’ até a liberação do leito. “Com o sistema temos todos os processos integrados, sabemos quando e qual leito está sujo para enviar o profissional de limpeza. Concluído o serviço, o quarto é liberado via telefone. Não é mais necessário ligar para o superior para passar tal dado, uma vez que tudo está registrado em sistema, através do telefone do próprio leito”, explica Norberto Maver Simoni, Sócio da Voice Technology. O grande potencial deste
dispositivo está em integrar as boas práticas de governança hospitalar. Entretanto, um dos grandes desafios para aplicar essa tecnologia é transpor a fronteira do manual para o aperfeiçoamento, exigindo a quebra de rotina que, muitas vezes, é obedecida por vários anos dentro da instituição. “O segundo passo é conseguir repassar a todos os funcionários que, apesar de eles estarem sendo monitorados, trata-se de uma evolução do processo que resultará na melhora do atendimento ao seu paciente”, comenta Noberto Simoni. Com o Sinapsys Health Care System o gestor saberá via tela WEB qual profissional está no quarto e em qual passo a limpeza se encontra. Outras vantagens são o desbloqueio do ramal assim
“Percebemos que a maioria dos hospitais já possui todas essas áreas de apoio, mas com enormes dificuldades na gestão, por estarem organizadas de maneira descentralizada”, Norberto Maver Simoni, Sócio da Voice Technology
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Gerencimento
de leitos
que o paciente é internado, possibilitando realizar chamadas telefônicas que são devidamente contabilizadas, cobrando de modo justo e transparente os gastos no período da internação, mesmo quando houver a transferência de leitos. “Através da integração com o SGH (Software de Gestão Hospitalar) obtemos a informação de internação de um paciente e então liberamos o ramal para chamadas externas. No momento da alta hospitalar bloqueamos o ramal para não haver ligações telefônicas de origens indeterminadas. Já constata-
mos através de vários cases que esse procedimento traz grande impacto financeiro ao hospital, diminuindo significativamente o custo com telefonia”, ressalta o diretor. Resultado comprovado A primeira implantação do Sinapsys Health Care System foi em 2005, no Hospital 9 de Julho (SP), com 250 leitos na época. Hoje são mais de 400 leitos cadastrados no sistema. O resultado foi a redução de 30% na fila de espera por leitos, agilidade na comunicação e distribuição das equipes de limpeza,
economia de ligações telefônicas, relatórios estatísticos para análise de recursos humanos e para acreditação hospitalar. “Com este produto conseguimos agilizar todo o processo de internação, eliminando o stress entre as equipes internas e a diminuição da espera e angústia do usuário”, afirma Norberto Maver Simoni. Ainda de acordo com o especialista, a maioria dos hospitais já possui todas as áreas de apoio, mas com enormes dificuldades na gestão, por estarem organizadas de maneira descentralizada.
A ANÁLISE DA TECNOLOGIA PELA INSTITUIÇÃO Questionada sobre a criação de novas tecnologias para a liberação dos leitos, Regiane relata que a instituição avalia esta iniciativa como algo positivo. “A implantação do sistema informatizado na gestão do Serviço de Higiene Terminal teve a finalidade de garantir a qualidade e agilidade na execução do serviço, contribuindo diretamente
no giro do leito”, afirma. Ao relembrar como era o andamento da gestão no Albert Einstein sem a automatização de limpeza, Regiane diz que o processo exigia uma consulta em sistemas diversos para visualização de leitos sujos (SGH), para a abertura de chamados de manutenção, entreposto (mobiliário) e telefonia (SAP). “O contato
“A solução Sinapsys Health Care System ajudou-nos na gestão de disponibilidade de leitos, tornando o processo mais ágil e mais fácil”, Regiane Pereira dos Santos, Gerente de Leitos e Desenvolvimento de Recursos do Hospital Israelita Albert Einstein HEALTHCAREManagement 22
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Hotelaria Hospitalar com a equipe era realizado via telefone e todos os relatórios gerenciais extraídos manualmente e registrados em planilha”, recorda. Segundo ela, a aceitação dos usuários e profissionais com a implantação deste sistema foi muito satisfatória, pois houve investimento em treinamento teórico e acompanhamento prático. “O sistema facilitou a comunicação e evitou o deslocamento entre os prédios, o qual perdia-se muito tempo esperando o
elevador. Hoje, o superintendente sabe exatamente onde estão os funcionários e quantos apartamentos estão limpos”, afirma a Camareira Gisele Souza. Já na equipe administrativa do Albert Einstein, após instalação desta solução, o funcionário rapidamente consegue explorar o sistema, monitorando os tempos de cada fase do processo para realizar as suas tarefas. “A solução proporcionou uma praticidade maior, trocando planilhas
manuais por uma única tela em que posso visualizar tudo ao mesmo tempo, otimizando o meu trabalho”, diz a Auxiliar Administrativo Karen Dias Rago. Na enfermaria foi possível gerenciar o tempo e produtividade da sua equipe em diferentes dias da semana. “Através dos relatórios mensais, conseguimos avaliar pontos de melhorias no processo e da equipe”, diz Josiane Hergesel, Enfermeira de HCM Treinamento.
AS VANTAGENS DA SOLUÇÃO 1. Menor número de ligações para a “mesa de controle” das higienes terminais, proporcionando ambiente de trabalho mais saudável junto ao controle de leitos. 2. Maior satisfação e confiabilidade por parte das unidades assistenciais por visualizarem e acompanharem o status real da higiene dos apartamentos. 3. A partir do momento da internação, o telefone é ativado e relacionado ao paciente. Após a alta, o telefone é bloqueado para ligações externas, o que permite também o controle de eventuais ligações. 4. Possibilita obter relatórios de controle sobre tempos e produtividade. 5. Gestão completa do processo, agilidade na liberação do leito, maior qualidade e eficiência no procedimento. 6.
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Ganho de eficiência com redução de custos.
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Gerencimento
de leitos
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artigo
O Advento da tecnologia de Big Data e o mercado de saúde Por Avi Zins
Uma grande quantidade de informações sobre os pacientes. Assim é no Brasil, onde hospitais são obrigados a manter em seus registros 20 anos de prontuário das passagens de seus pacientes, tratamentos realizados, pesquisas, tratamentos realizados, pesquisas de medicamentos e de tratamentos de doenças específicas, informações públicas de epidemias, dados importantes para avaliação de programas públicos de saúde, informações de controle financeiro e regulamentação, e muitos outros faz com que, cada vez mais, se necessite manipular enormes quantidades de dados e, mais do que isso, poder aplicar análises específicas em cima dos dados para melhoria da eficiência e da qualidade de atendimento ao paciente, ao mesmo tempo em que se pode reduzir custos desnecessários e tornar as instituições mais sustentáveis. Para tal, a tecnologia Big Data, que hoje vem trazendo seus primeiros produtos e aplicativos ao mercado, como uma série de casos de sucesso em uso no segmento, permite esta manipulação e análise com estes volumes de dados que ultrapassam Petabytes de informação. Alguns exemplos: 44
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1. Interoperabilidade de informações entre diferentes sistemas de gestão clínica e hospitalar, incluindo os prontuários eletrônicos, hoje muito limitados e de fundamental importância na busca de um prontuário único e um uso mais eficiente para o paciente de suas informações, não importando quem foi o provedor. 2. Medicina Baseada em Evidência – Uso das informações para o conhecimento sobre vários tratamentos em diferentes locais e diferentes pacientes, podendo ser usado pelos médicos para tomar decisões clínicas mais rápidas e assertivas, ao mesmo tempo servindo de apoio aos profissionais para que tenham em seus trabalhos todo o detalhe do protocolo de atendimento dos sintomas apresentados, ou de en-
fermidades específicas. 3. Tratamento de doentes crônicos 4. Gestão de Ativos Hospitalares (alguns milhões de ativos que necessitam ser controlados) 5. Controle do que chamo de “geopatologia”, ou seja, o entendimento das patologias e necessidades de atendimento à saúde em uma determinada micro-região ou cidade, para cobrir melhor com hospitais e órgãos de atenção primária realmente de acordo com as necessidades daquela área, auxiliando no planejamento de construção de hospitais e órgãos ou empresas provedoras de atenção primária e reduzindo desperdícios financeiros. Além de trazer à população melhor qualidade e cobertura de atendimento. 6. Farmacodinâmica que permite integrar informações sobre uma gama enorme de medicamentos e seus efeitos com outra de informações advenientes da nutrição, permitindo que, em tempo real, evite os chamados erros de droga adversa (Adverse Drug Events), ou seja, evitando intercorrências causadas por interação de drogas, que se anulam ou causam outros problemas ao paciente além do que ele apresenta, incluindo as afetações entre as dro-
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SISTEMA
gas e a nutrição. 7. Redução significativa dos tempos e custos de pesquisa para o desenvolvimento de novos produtos e/ou tratamentos com a capacidade de analisar grandes quantidades de dados apresentados pelos participantes das pesquisas, ao mesmo tempo, incluindo toda a capacidade analítica que isso traz. 8. Com o aumento cada vez maior de regulamentação e regras de acreditação e suas auditorias, uma capacidade muito maior de ter informações claras da situação nas operadoras de saúde, nos
hospitais e outros provedores, permitindo um melhor controle e respostas a estas regras e auditorias, além de um menor custo. Soluções no mercado hoje incluem equipamentos computacionais mais rápidos e focados em Big Data, softwares que tratam das informações nestas condições para permitir a manipulação e análise das informações segundo as necessidades da empresa, onde se constroem as aplicações necessárias, ou até mesmo aplicativos que já usam estas plataformas. O advento da tecnologia de
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Big Data faculta uma série de usos em vários segmentos de mercado como, por exemplo, a indústria automotiva, mas é de fundamental importância para a sobrevivência de instituições em uma saúde cada vez mais personalizada, centrada no paciente, com claros problemas na qualidade de atendimento e é sempre a principal missão das empresas do segmento, e principalmente para, ao mesmo, tempo garantir a sustentabilidade da empresa, seja ela pública HCM ou privada. Avi Zins, Sócio Diretor da CareI Strategic Consulting, colunista da revista HealthCare Management.
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Análise
A avaliação da
performance
Implantação de uma nova metodologia de avaliação do desempenho possibilita a melhoria dos resultados dos prestadores de serviços
G
rande parte dos hospitais brasileiros já possuem softwares que trazem informações relevantes para a gestão. No entanto, a quantidade de dados gerados nestes sis-
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temas que precisam ser agregados é imensa. Tal fator gera perda de tempo, retrabalhos, envolvimento de equipes para customizar relatórios, dentre outros problemas. Com isso,
o gestor acaba não tendo um detalhamento do que realmente o auxilia na tomada de decisão, principalmente quando se trata da gestão assistencial. Para suprir essa deman-
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Metodologia
inovadora
da, uma nova metodologia com conceitos de Business Analytics (BA) e utilização de software especialista da 2iM® (Impacto Inteligência Médica S/A) foi desenvolvida. Esse programa realiza o agrupamento, analisando e monitorando as informações com foco na tomada de decisão estratégica em relação aos indicadores de performance em saúde da instituição. Este conceito (BA) trata-se da evolução do Business Intelligence (BI). Intitulado GPS.2iM©, a metodologia estimula os médicos para o engaja-
mento em atividades de excelência. A meta é monitorar indicadores de desempenho focados na assistência. “Diversos benefícios indiretos, que chamamos de externalidades positivas, são alcançados, como o aumento substancial do nível de informações dos gestores e auditores. Também oferece a melhoria nos processos de trabalho, dentre outros”, afirma o Dr. César Abicalaffe, CEO da 2iM. A metodologia tem aplicabilidade para qualquer serviço de saúde que bus-
ca um processo de avaliação de seus prestadores, sejam eles médicos, enfermeiros, dentistas, equipes de saúde, entre outros. O CEO conta que a aceitação da nova metodologia tem sido positiva, pois a comunidade hospitalar está mais consciente que o desempenho em saúde é uma obrigação do gestor. “Esta consciência tem aumentado por várias ações regulatórias da ANS, a exemplo de iniciativas de monitoramento da qualidade da saúde suplementar, e de progra-
“O Hospital Nove de Julho representa para nós o marco de entrada nas instituições hospitalares. Graças à visão inovadora e a elevadíssima competência técnica dos seus gestores, a metodologia GPS.2iM© foi implementada com sucesso, servindo de palco para a demonstração à outros hospitais” Dr. César Abicalaffe, CEO da 2iM HEALTHCARE Management 23
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Análise “Diversos benefícios indiretos, que chamamos de externalidades positivas são alcançados, como o aumento substancial do nível de informações dos gestores e auditores. Também oferece a melhoria nos processos de trabalho, dentre outros” Dr. César Abicalaffe, CEO da 2iM
mas de acreditação.” A 2iM© já tem experiência de trabalho positiva em integrações junto a vários desenvolvedores de softwares ERP. Essa conexão facilita o processo de implantação e de identificação de não conformidades nos processos de registros de dados. “Quando isso ocorre, observamos um ganho adicional com a metodologia”, avalia Abicalaffe. Vale mencionar que a agregação de dados está diretamente ligada aos indicadores escolhidos para monitorar. Boa parte deles possui elementos que precisam ser buscados em diferentes sistemas e muitas vezes até em planilhas eletrônicas. “O importante é qualificar estas informações para que sejam gerados indicadores relevantes, com solidez científica.” Outra grande aplicação da metodologia é a possibilidade de implantar programas
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de pagamento. Os relatórios gerados contribuem para que esta estratégia seja adotada pelos contratantes de serviços de saúde. Este procedimento também pode servir de apoio para a mudança da lógica de remuneração do mercado da saúde suplementar e público e ainda apoiando programas de incentivo à qualidade como o QUALISS (ANS) e o QUALISUS. O tempo de implantação (modelo e software) em um hospital está diretamente ligado ao nível de informatização da instituição, ao número de programas que serão contemplados e do comprometimento da equipe que estará envolvida no projeto. Estima-se um prazo de três a seis meses. DOIS MÓDULOS A metodologia 2iM© tem duas grandes verticais de avaliação. Uma focada no avaliado e outra
nos gestores. A primeira vertical é bastante intuitiva e, utilizando-se de login e senha, o avaliado pode acessar o seu scorecard (boletim de indicadores) através de qualquer browser ou mesmo de tablets. Os avaliados são orientados por meio de manuais e e-mails, ou mesmo em reuniões periódicas com a equipe do hospital. Já a vertical dos gestores é mais complexa, pois agrega todos os programas e equipes avaliadas, traduzindo através de um painel de bordo (dashboard) altamente visual, como está o desempenho dos profissionais. Além disso, possibilita a análise individual e comparativa dos indicadores e das dimensões da qualidade, bem como mostrar o índice de desempenho por avaliado. A equipe de gestores do hospital é treinada pessoalmente para o uso deste módulo. HCM
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Metodologia
Inovadora Case na capital paulista O Hospital Nove de Julho, em São Paulo (SP), foi o primeiro centro de saúde a implantar o modelo de avaliação do seu corpo clínico. O projeto teve início em novembro de 2010 e, devido ao excelente resultado, foi ampliado para sete programas diferentes, analisando diversas unidades de internação e equipes de enfermagem. A solução implantada permitiu a avaliação das equipes médicas e, inclusive, dos médicos individualmente. Isso favoreceu o processo de acreditação que o hospital vinha passando com a Joint Commission International (JCI), além de dar transparência no processo de avaliação. “O principal resultado do programa foi a credibilidade pelos médicos do corpo clínico”, afirma a Diretora Técnica do Hospital Nove de Julho, Dra. Regina Tranchesi. Com a implantação da metodologia GPS.2iM© houve uma completa integração com o ERP do hospital, além da agregação de dados advindos de outros sistemas e de planilhas eletrônicas. Estes dados, agora agrupados, geraram os indicadores de forma automática. E seguindo o modelo proposto pela 2iM©, é possível calcular um índice de performance para cada profissional. Estas informações, pela modelagem feita, possibilitam a comparação dos diversos médicos em diferentes especialidades. O sucesso desta implantação só foi possível em decorrência ao intenso envolvimento da direção clínica e técnica, equipes de epidemiologia e qualidade do hospital. O alinhamento conceitual com toda a direção foi a premissa básica para que o programa fosse adequadamente implantado. Após o Hospital Nove de Julho, vários outros se interessaram, como o Hospital Samaritano, Centro de Combate ao Câncer e o Hospital de Clínicas do Paraná, além de diversos outros em fase de estudos.
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inovações
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jpr
Tecnologia de
ponta
Maior evento em radiologia na América Latina traz inovações tecnológicas para o setor
A
43ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR) reuniu mais de 18 mil profissionais do setor que puderam conferir os últimos avanços tecnológicos expostos por mais de 100 empresas, além de congressos e palestras acer-
ca do tema. O evento, considerado o maior em Radiologia na América Latina e o quarto maior do mundo, recebeu congressistas, expositores e visitantes durante quatro dias. O conteúdo científico foi dividido em
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dois programas distintos, ultrassom e demais modalidades. De acordo com Antônio Rocha, Presidente da Sociedade Paulista de Radiologia, o evento traz a oportunidade de reunir, em um mesmo local,
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inovações profissionais e principais empresas, além de proporcionar um valioso conteúdo científico. Para a sua gestão frente à SPR, Rocha afirma que será priorizado o melhor atendimento aos associados, buscando a melhor formação para os profissionais. “Disponibilizaremos diversos cursos online de alto nível para fomentar, ainda mais, a troca de conhecimento.” Também presente no
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evento, Carlos Goulart, Presidente da ABIMED, reforçou a importância da Jornada e afirmou que este setor é o que mais cresce no País. “O setor de radiologia tem se destacado dentro do ramo hospitalar e dentro da área de produtos para a saúde. Nós temos um crescimento médio de equipamentos de produtos para a saúde por volta de 10%. A Radiologia se destaca chegando a 20%”, afirma.
Antônio Rocha, Presidente da Sociedade Paulista de Radiologia
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jpr
Novidades A Sony trouxe monitores de alta resolução desenvolvidos especialmente para radiologia, com luminosidade elevada e alto contraste. “Essa tecnologia proporciona imagens mais nítidas, de alta qualidade para o diagnóstico e monitoramento médico”, explica Luis Vieira, Gerente de Produto da divisão Soluções para Medicina Sony. A Canon exibiu, dentre vários equipamentos, os scanners portáteis imageFORMULA P-215 e imageFORMULA DR-C 125, feitos para a digitalização de todos os tipos de documentos, incluindo cartões plásticos, guias de exame e documentos em geral. Para Fabiano
Leonardo Packer, Gerente de Produto para a América Latina da Philips
Peres, Supervisor de Revendas da Canon, a JPR é uma grande oportunidade de “estar mais próximo dos profissionais e expor da melhor forma os produtos”. Propondo uma solução para redefinir os padrões de radiação associados à qualidade de imagem, o público pode conferir a plataforma de Hemodinâmicas Philips, que permite diminuir a dose de radiação em até 73% e, ao mesmo tempo, proporciona imagens com qualidade igual ou superior aos equipamentos convencionais. A GE apresentou o tomógrafo de última geração Discovery CT750 com a tecnologia HD FREEdom Edition. O sistema é capaz de realizar correções nas imagens de exames com movimentação das artérias coronárias, diminuindo, assim, a necessidade de pacientes com alta frequência cardíaca repetirem o exame. Outra inovação que os profissionais conferiram na JPR foi o ACUSON Free Style, primeiro ultrassom sem fio desenvolvido pela Siemens que propõe um melhor desempenho em seu manuseio. O estande da Pixeon Medical Systems trouxe o Portal de Distribuição para imagens e laudos médicos, sistema online que agiliza o processo de entrega de resultados de
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Vanessa Pamplona, Gerente da Divisão de Ultrassom da Toshiba Medical
exames (laboratoriais e por imagem). Segundo Roberto Ribeiro da Cruz, CEO da empresa, a ferramenta garante tanto ao médico quanto ao paciente praticidade para acessar o resultado de casa ou do consultório. A Konica Minolta mostrou a tecnologia de impressão digital a laser. De acordo com Sean Maximo, do departamento de marketing da empresa, a tecnologia traz benefícios de qualidade e redução de custos para o ambiente médico. “São vantagens documentais, possibilitando o diagnóstico feito através de tela e a impressão do papel como complemento de todo esse processo.” A Barco trouxe para a JPR quatro novos modelos de monitores todos eles com backlight de LED, garantindo, assim, ganhos no diagnósti-
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inovações
Renato Leite, Diretor de Ressonância Magnética da GE para a América
co por imagem. Acerca desta solução, Marcos Barboza, Gerente Comercial para a América Latina, explica que todos os equipamentos contam com sensor frontal que auxiliam na manutenção da calibração dos monitores. Já a proposta da Medic Ware Sistemas é a solução de gestão para a unidade de imagem. De acordo com Marcelo Kutter, Sócio Diretor Comercial da empresa, o mercado atual exige uma atualização na administração e, assim, obter um maior controle e resultados positivos para o centro de saúde. A comunidade médica também pode conferir o equipamento portátil, ferramenta oferecida pela Shimadzu do Brasil. Ao realizar o procedimento, após três segundos já se obtém a informação desejada. “Isso fa54
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cilita porque o procedimento pode ser feito em emergência, centros cirúrgicos, onde normalmente não existe equipamentos fixos para essa informação.” A Philips apresentou os lançamentos providos de uma nova geração de sistemas de imagens e soluções inovadora com alta qualidade de imagem para agilizar e tornar o diagnóstico mais preciso. Outra solução para a gestão nos serviços de radiologia foi exibida pela Agfa Healthcare. Serviços de digitalização e automação dos serviços de diagnóstico por imagem desenvolvendo uma nova plataforma para realizar este gerenciamento, produto totalmente desnvolvido plataforma web, que permite de qualquer lugar o médico acessar não só as imagens radiológicas, mas também confeccionar os laudos. A Toshiba trouxe as inovações na linha Aplio, com equipamentos para ultrassonografia e novas aplicações clínicas. De acordo com Vanessa Pamplona, Gerente da Divisão de Ultrassom da Toshiba Medical, a ferramenta é resultado de uma extensa pesquisa de mercado a fim de responder as preferências dos médicos brasileiros. “O equipamento se adapta ao médico, oferecendo todas as soluções para as necessida-
des do profissional.” A chinesa Shenzhen Anke High-tech, esteve pela primeira vez presente no evento. A empresa buscou, principalmente, distribuidores para representar a empresa no Brasil. De acordo com Caroline Zhang, Diretora de Vendas da Empresa, os produtos são direcionados para sistemas de diagnóstico por imagem. “Nossa empresa foi fundada em 1986 e, desde então, atua na China, sendo o primeiro fabricante desta linha de equipamentos médicos em nosso País. Estamos pela primeira vez no Brasil para conseguir distribuidores. Isso porque acreditamos que o mercado brasileiro é muito bom, mas, ainda assim, fechado.” Confira os vídeos com as entrevistas na íntegra em nosso site: saudeonline.net.br
Fábio Keller, Gerente de Negócios de Medicina Nuclear e Oncologia da Siemens
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Especial Patrocínio Ouro:
Se “o prazer no trabalho aperfeiçoa a obra”, como já citou o filósofo grego Aristóteles, nada mais louvável que reconhecer e homenagear o resultado alcançado por um bom profissional. É justamente esse devido reconhecimento que a Revista HealthCare Management elenca as principais pessoas que mudaram o cenário da saúde em 2012. HEALTHCARE Management 23
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capa | 100 mais influentes da saúde
Influência em cena 23ª edição da revista Healthcare Management traz especial inédito com “Os 100 Mais Influentes da Saúde”
É
constante o destaque da revista HealthCare Management no segmento da comunicação. No ano passado, a publicação lançou durante a Feira + Fórum Hospitalar um novo projeto gráfico e editorial, ao reformular o layout, seções e conteúdo. Entre essas inovações estão as reportagens e entrevistas, que ganharam mais dinamismo com imagens, frases em destaque, números e gráficos. Nesta edição, a revista apresenta mais uma novidade ao publicar o especial “Os 100 Mais Influentes da Saúde”. Tais indicados representam
diversas categorias do setor como Direito, Consultoria, Engenharia Clínica, Gestão Hospitalar, Indústria Médica, Prestação de Serviços, Autoridades Públicas, OSS, entre outros setores. A finalidade é apresentar ao mercado quem são os profissionais que se destacaram por seus trabalhos e iniciativas ligadas à saúde no território brasileiro, nos últimos 12 meses. O fator de o Brasil ser também um dos grandes polos de desenvolvimento deste setor, contribuiu para a realização dessa criteriosa análise de profissionais.
“Por que não homenagear os maiores profissionais do setor? Afinal são eles que nos oferecem soluções integradas e inovadoras para a melhoria da saúde no País. E esse é o intuito da revista HealthCare Management: consagrar quem realmente faz diferença à sociedade.” Priscila Soares, Diretora Editorial
Para a escolha dos indicados, o Conselho Editorial do Grupo Mídia, formado por jornalistas e publisher, se reuniu durante quatro meses para a definição dos nomes. Nesse período, muitas pesquisas, reuniões e análises foram realizadas para chegar a este resultado final. De acordo com Priscila Soares, Editora Editorial do Grupo Mídia, vários critérios foram avaliados, desde a inovação até requisitos como credibilidade e liderança. “Foi uma decisão muito complexa, porque a comunidade da saúde possui diversas pessoas que contribuem fortemente para a evolução do segmento.” Este projeto, que resulta em uma lista de pessoas influentes, não se trata de uma pesquisa científica, portanto serve como um indicador que expressa a opinião dos integrantes do Conselho Editorial desta publicação. Para esta 1ª edição do especial, um projeto gráfico diferenciado foi estabelecido para apresentar os nomes mais lembrados de forma clara e objetiva, divididos em 25 categorias, sendo quatro eleitos por categoria. Um pequeno perfil traz um resumo das atividades de cada influente. Devido ao sucesso e grande aceitação e repercussão desse projeto, o Grupo Mídia sentiu a necessidade de expandi-lo e transformá-lo em um Prêmio, que acontecerá em 2014. Aguarde mais informações nas próximas edições da revista.
CATEGORIAS Análises Clínicas Arquitetura Associação/Federação, Autoridades Públicas Construção Civil Consultoria Direito Educação Empresários Engenharia Clínica Terceiro Setor Gestor Hospitalar - Especialidades Gestor Hospitalar - Geral Gestor Hospitalar- Referência Home Care Indústria Indústria de Materiais Negócios Odontologia Operadoras Organização Social de Saúde - OSS Prestação de Serviços Qualidade e Segurança Tecnologia da Informação TI Dentro das Instituições
Eles fizeram história Na evolução do segmento da saúde a influência foi grande protagonista de diversos avanços significativos Em todas as áreas do conhecimento o fenômeno da influência acontece, de forma perceptível ou não. Se for realizada uma retrospectiva de grandes homens que influenciaram o setor da saúde, com certeza uma enorme lista de personalidades será estabelecida. Nesta área direcionada a pesquisas, medicina e inovações, sempre houve pessoas movidas por muita determinação, que algumas décadas depois se transformaram em grandes ícones. Nesse conceito, todo o trabalho na saúde necessita de uma soma de fatores como esforço, credibilidade, ousadia e persistência. E foi com essa missão que a equipe de reportagem da HealthCare Management promoveu uma seleção de alguns nomes que deixaram marcas inesquecíveis no cenário da saúde. Estes nomes influenciaram na criação de novas invenções, estudos e descobertas decisivas para a evolução no tratamento de complexas doenças.
Hipócrates É considerado por muitos como uma das figuras mais importantes da história da saúde, frequentemente considerado o “Pai da Medicina”. Hipócrates era membro de uma família que, durante várias gerações, praticou os cuidados em saúde. Em suas obras estão descrições clínicas pelas quais se podem diagnosticar doenças como a Malária, Papeira, Pneumonia e Tuberculose.
Louis Pasteur Em 1861, através de um experimento, provou a impossibilidade da geração espontânea da vida, ou seja, a origem da vida somente é possível a partir da matéria viva. São notáveis as suas descobertas de causas e prevenções de várias doenças. Dentre seus feitos também está a criação da primeira vacina contra a raiva e fundamentos para outras teorias microbiológicas de doenças. 60
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Marie Curie Cientista polonesa laureada duas vezes com o Prêmio Nobel de Física, em 1903. (dividido com seu marido, Pierre Curie, e Becquerel) pelas suas descobertas no campo da radioatividade, e com o Nobel de Química de 1911 pela descoberta dos elementos químicos Rádio e Polônio. Durante a Primeira Guerra Mundial, Curie propôs o uso da radiografia móvel para o tratamento de soldados feridos.
Johann Friedrich Miescher As ideias do cientista alemão, semeadas em 1869, foram o início para grandes feitos científicos. O bioquímico descobriu a presença de um composto de natureza ácida que era desconhecido até o momento: a nucleína. de acordo com o cientista, o elemento poderia ser um dos responsáveis pelo processo de fertilização. Mais tarde, seus estudos resultou na descoberta do DNA.
Oswaldo Cruz Foi cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista. Fundou em 1900 o Instituto Soroterápico Nacional, no Rio de Janeiro, transformado em Insittuto Oswaldo Cruz, reconhecido internacionalmente. Em 1907, foi prestigiado durante o XIV Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, recebendo a medalha de ouro pelo trabalho de saneamento do Rio de Janeiro. Oswaldo Cruz ainda reformou o Código Sanitário e reestruturou todos os órgãos de saúde e higiene do País. HEALTHCARE Management 23
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capa capa || 100 100 mais mais influentes influentes da da saúde saúde
análises clínicas
Luís Salomão
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ascido em Promissão (SP) e Médico formado pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto(FAMERP). Luís Vitor de Lima Salomão fez Residência Médica no Hospital Central da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, de 1978 a 1980. No ano de 1979, Salomão encontra com o Dr. Paulo Sérgio Zoppi na Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e ambos planejam a criação de um novo laboratório. Atuantes na Anatomopatologia da faculdade, eles fundaram em 1981, o SalomãoZoppi Diagnósticos. Salomão é casado e possui dois filhos. Desde 2010 é Conselheiro e co-Presidente com atuação estratégica na SalomãoZoppi. A empresa possui mais de 30 anos e atualmente tem mais de 1000 colaboradores. Com cinco unidades, em 2011 a organização cresceu significativamente.
Roberto Santoro Meirelles
M
embro do seleto grupo de profissionais do laboratório Hermes Pardini há oito anos, Roberto Santoro Meirelles é o Presidente Executivo da conceituada instituição mineira. Ele possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com Especialização em Gastroenterologia. Também é Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Negócios pelo CEPEAD/UFMG e possui MBA Empresarial pela Fundação Dom Cabral. Na empresa, administra 41 unidades próprias nas cidades de Belo Horizonte, Betim, Contagem, Santa Luzia e Vespasiano, em Minas Gerais. A atuação de Meirelles na instituição tem sido fundamental para a empresa se destacar no mercado nacional no segmento de apoio laboratorial, estando entre os três principais do ramo no Brasil, em volume de análises e em faturamento.
Sandra Costa
Omar Magid Hauache
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armacêutica Bioquímica formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com MBA em Gestão de Negócios pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Sandra Costa é Mestre em Ciências Médicas pela Universidade de Brasília (UnB) e membro da American Association for Clinical Chemistry, nos EUA. Ela também integra a European Society for Clinical Investigation. Sandra participou em 1984 da fundação do Laboratório Sabin de Análises Clínicas, junto com a bioquímica Janete Vaz. Após 28 anos, a instituição tem mais de 1.800 colaboradores e 107 unidades em sete Estados. Devido ao trabalho de constante inovação, o Sabin é um dos laboratórios de destaque no território brasileiro. O crescimento da empresa esteve sempre ligado ao atendimento de pessoas com forte viés tecnológico e frequente quebra de paradigmas.
édico Endocrinologista, com MBA pela Fundação Instituto de Administração (FIA), Omar Magid Hauache, Presidente do Grupo Fleury e membro do Conselho de Administração da empresa, possui Pós-Doutorado no National Institutes of Health, Bethesda, Maryland, nos EUA. Possui graduação pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Residência Médica, Mestrado e Doutorado pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM). Também possui Pós-Doutorado no National Institutes of Health, Bethesda, Maryland, nos EUA. No Grupo Fleury, Hauache já foi assessor médico em Endocrinologia de 2000 a 2004 e Diretor de Análises Clínicas de 2005 a 2007. Assumiu a diretoria executiva de unidades de negócios em 2007, onde ficou até 2010. Chegou à presidência da instituição em 2011.
capa capa || 100 100 mais mais influentes influentes da da saúde saúde
arquitetura
João Carlos Bross
Sérgio Reis
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rquiteto formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da atual Universidade Presbiteriana Mackenzie. João Carlos Bross foi professor do Departamento de Produção e Operações Empresariais da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas e do Programa de Estudos Avançados em Administração Hospitalar e da Saúde (PROAHSA). Colaborou com outros autores nos livros como “O Hospital e a Visão Administrativa Contemporânea”, “Gestão e Economia da Saúde” e “Gestão em Saúde”. É o fundador e primeiro Presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH). Já desenvolveu projetos para instituições como Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Hospital das Clínicas da UNICAMP, Clínica Multiperfil em Luanda/Angola e Hospital IGESP (SP).
rquiteto formado pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (SP), tem em seu portfólio mais de 200 projetos específicos na área da saúde, desde a reestruturação de hospitais existentes até a concepção de complexos hospitalares. Sérgio Reis, em 1989, participou da fundação da EMED Arquitetura e Planejamento. Em 2002, após sucessivas conquistas profissionais, assumiu a direção do escritório. Já como Sócio Diretor, expandiu os negócios da empresa por todo o território brasileiro e africano (Angola). Reis é palestrante, bem como membro da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (ASBEA) e Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH). O seu currículo conta com vários projetos elaborados para clínicas, laboratórios e hospitais dos mais diferentes portes.
Siegbert Zanettini
Lauro Miquelin
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rquiteto Urbanista, formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP) em 1959. Siegbert Zanettini foi professor assistente contratado em 1967 (FAUUSP), fundador e coordenador didático da Faculdade de Arquitetura de São José dos Campos em 1970. Também foi professor Doutor em 1972 (tese de doutoramento pela FAUUSP) e professor titular em 2004 (FAUUSP). Com mais de 53 anos de atuação profissional, seu currículo tem 1.200 projetos realizados em mais de 5 milhões de m², além de quatro décadas de vida dedicadas ao conhecimento acadêmico. Especialista em projetos hospitalares, Zanettini já conquistou diversos títulos e Prêmios. O último foi em 2012, com o Prêmio Internacional David Gottfried Global Green Building Entrepreneurship Award World Green Building Council.
rquiteto formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP) e PhD em Arquitetura de Edifícios de Saúde pela Universidade de Bristol, na Inglaterra. Lauro Miquelin é autor de dois livros e de vários artigos sobre ambientes de saúde. Ele é Sócio Fundador e Diretor de Tecnologias, Obra e Desenvolvimento da L+M Gets. Ele também atuou por 30 anos em todas as etapas do “Ciclo de Vida” dos ambientes de saúde: estudos de viabilidade, planejamento operacional e físico, obra, embarque de equipamentos, mobiliário e tecnologias, manutenção e gestão de infraestrutura. Dentre seus projetos estão várias unidades da Unimed, Hospital Maternidade Brasil Rede D’ Or (SP), Hospital São José (RJ), Hospital Madre Regina Protmeann (ES), etc.
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associação | federação
Carlos Goulart
Franco Pallamolla
F
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ormado em Engenharia Elétrica, pela Universidade de Brasília (UnB). Possui MBA sob coordenação da Duke University (EUA), concluído em 2003. Carlos Alberto Pereira Goulart trabalhou no segmento de telecomunicação, ocupando diversos postos. Trabalhou na Siemens na Alemanha e foi o Country Manager da Healthcare da mesma empresa sediada no Brasil. Desde fevereiro 2009 ocupa o cargo de Presidente Executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed). Durante a vida profissional conquistou a oportunidade de fazer centenas de viagens internacionais, o que veio lhe despertar o interesse por línguas e culturas. Gosta de música e de esportes. É casado com Eliana Goulart e tem três filhos, Sílvia, Eduardo e Fernanda.
ormado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Franco Maria Giuseppe Pallamolla é Presidente da Lifemed S.A. e da ABIMO - Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios. Também é Coordenador Adjunto do Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde da FIESP e membro do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS). Em 2012, na Lifemed, firmou com a FIOCRUZ a primeira Parceria de Desenvolvimento Produtivo Público Privada, direcionada ao desenvolvimento e à fabricação de produtos para diagnóstico no âmbito das prioridades do SUS, definidas pelo Ministério da Saúde.
Francisco Balestrin
Marcelo Soares de Camargo
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residente do Conselho da ANAHP (Associação Nacional de Hospitais Privados) e Vice-Presidente Executivo e Diretor Médico Corporativo do Grupo VITA. Francisco Roberto Balestrin de Andrade é graduado em Medicina. Possui Residência Médica em Administração em Saúde no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Especialista em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP e em Administração Hospitalar pelo PROAHSA, da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Possui título de especialista em Administração em Saúde pela Associação Médica Brasileira (AMB). É Presidente do Conselho Nacional de Gestão em Saúde da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH). Atua ainda como Venture Corp do Instituto Endeavor, ONG Internacional que apoia o empreendedorismo de alto impacto.
atural de Jundiaí (SP), formado em Administração de Empresas com Pós-Graduação em Administração Hospitalar pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Marcelo Soares de Camargo é o atual Presidente da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP). Assumiu a presidência da entidade em dezembro de 2012 – por ocasião do falecimento do então Presidente, Dante Montagnana. Camargo é ainda Presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de Jundiaí e Região (SINDHOSCLAB). Sua trajetória como líder sindical tem sido pautada pela defesa dos prestadores de serviços em saúde, frente aos inúmeros desafios impostos à categoria, sempre amparado pela transparência. O profissional também é o Diretor Geral do Hospital Santa Elisa, em Jundiaí.
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Autoridades públicas
Alexandre Padilha
Geraldo Alckmin
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édico Infectologista formado pela Unicamp, com Especialização pela USP, o atual Ministro da Saúde, assumiu o posto em 2010. Em dois anos à frente da pasta, lançou programas e ações como o “Saúde Não Tem Preço”, “Rede Cegonha”, “S.O.S Emergência”, “Melhor em Casa”, entre outros. Antes, havia coordenado o Núcleo de Extensão em Medicina Tropical do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Numetrop/ USP. Também esteve à frente de Projetos de Pesquisa, Vigilância e Assistência em Doenças Tropicais, no Pará, e foi Diretor Nacional de Saúde Indígena da Funasa. Em setembro de 2009 foi nomeado Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Paulistano, de 1971, enveredou na política desde cedo, tendo participado do movimento estudantil na juventude.
ormado em Medicina com Especialização em Anestesiologia, o atual Governador do Estado de São Paulo foi professor, médico, vereador, prefeito, deputado estadual e federal duas vezes. Além de vice-governador e secretário de Desenvolvimento do Governo de São Paulo. Foi também vice-líder da bancada na Assembléia Nacional Constituinte e, posteriormente, um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Na Câmara, foi o relator do Código de Defesa do Consumidor, e do projeto que originou a Lei de Benefícios da Previdência Social. Entre suas ações em prol da saúde do Estado, o Governador liberou R$ 16 milhões para construção do Hospital Municipal do M“Boi Mirim, no município de São Paulo. Além disso, outros R$ 65 milhões foram investidos para a ampliação do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, maior hospital público da zona norte da capital paulista.
Giovanni Guido Cerri
rafael de aguiar barbosa
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édico Radiologista formado pela Universidade de São Paulo e professor titular da mesma instituição, o Secretário de Estado da Saúde de São Paulo é membro do Conselho de Administração do Hospital Sírio-Libanês, do Conselho Consultivo da Fundação Faculdade de Medicina e da Fundação Zerbini. Além disso, é também membro do Conselho Fiscal da Associação Médica Brasileira (ABM). Até 2009, presidiu a World Federation for Ultrasound in Medicine and Biology. Cerri é autor de mais de 200 trabalhos publicados em revistas científicas nacionais e estrangeiras. Escreveu mais de 50 artigos veiculados em meios de comunicação, tem 22 livros publicados e mais de 30 prêmios conquistados, incluindo o Prêmio LAFI de Ciências Médicas (1984). Em 2010, ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura na área de Ciências. O Secretário nasceu em Milão, na Itália, em 1953.
médico especializado em Nefrologia atua, hoje, como Secretário de Saúde e Presidente do Conselho de Saúde do Distrito Federal. O alagoano, nascido em 1960, reside em Brasília há 27 anos. Desde sua mudança para a capital do Brasil, começou a envolver-se com questões políticas e ter destaque à frente das causas pelas quais defendia. Desde muito jovem atuou em sindicatos e associações que representam a categoria médica defendendo direitos e lutando por melhorias para sua classe. Foi Diretor do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Coordenador do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), Secretário Executivo do Ministério do Esporte e atuou ainda como Diretor Adjunto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Tudo veio a somar-lhe experiências e prestígio para que fosse nomeado em seu cargo público atual.
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construção civil
Cláudio de Souza Afonso
Salim Lamha Neto
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iplomado em Engenharia Civil pela Faculdade de Itajubá (MG), Cláudio de Souza Afonso possui mais de 30 anos de experiência na área. Ele já atuou em uma grande empresa conhecida no mercado de construção civil, dirigindo obras de diferentes segmentos. O seu portfólio profissional inclui grandes indústrias, construções comerciais e hospitalares. Afonso é Sócio Proprietário da Afonso França Engenharia, juntamente com o empresário Estevam Novaes França, desde 1992. Pela empresa, atuou em construções de obras hospitalares com alto nível de exigência tecnológica como: Hospital Albert Einstein, Santa Catarina, Nove de Julho, Hospital da Luz e Hospital e Maternidade São Camilo, entre outros. Nascido em São Paulo (SP), Afonso é um profissional de destaque no ramo da construção hospitalar.
ormado em 1976 pela Faculdade de Engenharia Industrial (FEI/SP), Salim Lamha Neto possui graduação pelo Curso Intensivo de Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas. Fundador da MHA Engenharia Ltda., empresa criada em 1975. Nos últimos 18 anos o profissional é coordenador científico dos Congressos de Engenharia e Arquitetura Hospitalar do Centro Universitário São Camilo nos últimos 18 anos. Ele é membro da Academia Brasileira de Administração Hospitalar e Sócio Fundador da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH). Já foi coordenador dos projetos de engenharia de diversos hospitais e centros administrativos. Nas horas vagas, o engenheiro gosta de passar o tempo com amigos e familiares.
Mauro Piccolotto Dottori
Marcelo Moyses
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ngenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Mauro Piccolotto Dottori começou as atividades profissionais em 1980 nas áreas de gerenciamento, administração e produção de obras civis. Em 1982, fundou a MPD Engenharia, iniciando esse trabalho com a construção de prédios de alto padrão e dedicando-se a outras áreas da construção civil, alcançando, a partir de 2005, um crescimento empresarial próximo de 30% ao ano. Em 2012, foi convidado pela FIABCI/Brasil para proferir palestra na Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável) pelo conjunto de ações sustentáveis realizadas. Nas edificações hospitalares, o profissional participou da execução de obras do Hospital IMASF, Clínica Médica Santa Helena e Fundação para o Remédio Popular (FURP).
ngenheiro Civil formado pela Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie (SP) em 1981, Pós-Graduado em Negócios Imobiliários pela FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado). Marcelo Moyses atua na área de Engenharia Civil desde 1980, executando diversas obras de grande porte, principalmente para o setor da saúde. Em 1999, fundou a Obra Gerenciada, empresa especializada em gerenciamento de obras. Entre seus projetos de destaque na área da saúde estão o Hospital Moinhos de Vento da região de Restinga, em Porto Alegre, e também unidades da Unimed na região Sul. Natural de São Paulo (SP), Moyses é casado e tem dois filhos. Além do tempo dedicado à família, é praticante de Artes Marciais e também músico instrumentista, tendo se apresentado em programas de televisão e rádio, além de participar da oficina de Choros.
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consultoria
José Luiz de Jesus Cella
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tuário, graduado em 1986 pela Sociedade de Economia e Finanças do Rio de Janeiro (RJ), Pós-graduado em Economia e Especialização em Gestão Estratégica, José Luiz de Jesus Cella é o Diretor Presidente da Strategy Consultoria, empresa especializada em gestão empresarial, atuarial e gestão de risco para operadoras de saúde. Especialista em Gestão de Risco e de Negócios para os Planos de Saúde, implementou trabalhos nestas áreas para mais de 200 empresas desde 1983. Também foi professor da Fundação Nacional Escola de Seguros - São Paulo (FUNENSEG) para os setores de Saúde, Vida e Previdência. Possui vários artigos publicados em revistas, sites e publicações ligadas à área de saúde. Cella têm três filhas e é casado há nove anos.
Renato Couto
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ormado em Medicina, especializou-se em Clínica Médica no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e depois se dedicou ao tratamento intensivo de adultos. Renato Camargos Couto é especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e Professor Adjunto do Departamento de Clínica Médica da FM-UFMG. Ao lado da médica Tania Grillo, participou da fundação do Instituto de Acreditação e Gestão em Saúde (IAG Saúde), que visa promover e disseminar programas de controle de infecção hospitalar. Na administração do IAG, Couto tem contribuído para a incorporação, em definitivo, das metodologias de gestão da qualidade no cotidiano do trabalho para o controle de infecções em centros de saúde. Para 2013, Couto pretende expandir a empresa para todo o País e ainda promover a estrutura da gestão para outras organizações.
Rubens Covello
Cristiano Zaroni
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raduado em Medicina e Pós-Graduado em Administração de Empresas e Gestão Hospitalar, além de ter um MBA em Gestão da Qualidade. Rubens José Covello é o CEO do IQG (Instituto Qualisa de Gestão), organização que assessora mais de 400 instituições de saúde em todas as regiões do País. Membro do International Advisory Committee: Accreditation Canada para o desenvolvimento de modelos de acreditação de atuação mundial. Ele é membro especialista em saúde do World Council for Quality e Presidente da Câmara Estratégica do Programa Brasileiro de Segurança do Paciente (PBSP), uma das ações em destaque para a segurança do paciente. Covello faz parte do comitê técnico da Organização Nacional de Acreditação (ONA), além de ter sido co-autor dos manuais da mesma.
raduado em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo (FEA-USP) e possui o Certificado de Relações Internacionais também pela mesma universidade. Cristiano Zaroni tem mais de 12 anos de experiência no setor de tecnologia, telecomunicações e consultoria estratégica. Além disso, o profissional possui conhecimento na concepção, desenvolvimento e implementação de novos negócios – desde produtos até estratégias. Já ocupou diversas posições de gestão em empresas líderes no Brasil. Atualmente ocupa o cargo de Diretor das Operações da América Latina na Frost & Sullivan, sendo responsável por quatro escritórios (Argentina, Brasil, México e Miami). Esta empresa que ele atua é norte-americana e promove serviços de consultoria para diversos segmentos, inclusive para o mercado da saúde.
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direito
Emerson Eugenio de Lima
Verônica Mesquita
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merson Eugenio de Lima é Presidente da ELP Rede Nacional de Advogados Especializados na Área da Saúde, Vice-Presidente da Associação Brasileira de Direito da Saúde e do IBGS Instituto Brasileiro de Governança em Saúde. Também exerce a função de Diretor Jurídico da Associação Brasileira de Clínicas e Spas e do Portal Saúde Jur. Autor de vários artigos publicados em revistas, boletins e sites conceituados nas áreas médica e empresarial. Solidificou sua carreira profissional dedicando-se a questões societárias, contratuais, negociais e tributárias. Além disso, é especialista na solução de conflitos e litígios na área da saúde e criador de técnicas de gestão de riscos e do sistema de segurança jurídica para médicos, sociedades médicas além de hospitais.
dvogada especializada em Direito Constitucional, com mais de 17 anos de experiência em diversos segmentos e atuação primordial no Direito Sanitário, Verônica Cordeiro da Rocha Mesquita coordenou o departamento jurídico de uma importante entidade assistencial que administra hospitais públicos e privados em todo o território nacional. Sócia da Mesquita & Dornelas Advogados Associados, banca voltada para o Direito Sanitário. É responsável pela elaboração de programas de prevenção para empresas, pela área de responsabilidade civil médica e hospitalar e pelos artigos jurídicos da área médica. Entre 2000 e 2007 participou da coordenação do departamento jurídico da Pró-Saúde ABASH. Verônica também escreve artigos sobre os direitos médicos.
Reynaldo Tilelli
Renata Vilhena Silva
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eynaldo Tilelli formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. De julho de 1976 a dezembro de 2010, manteve regular contrato de prestação de serviços para assessoria jurídica à Sociedade Beneficente São Camilo. Desde 1987 até hoje presta serviços contratuais de assessoria jurídica à Associação Congregação de Santa Catarina – Hospital Santa Catarina. Atualmente presta assessoria jurídica também a OSS’s - Organizações Sociais de Saúde – geridas pela referida instituição. Lecionou a disciplina de Direito Tributário a alunos no Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e de Pesquisas Hospitalares de São Paulo, direcionado à formação de futuros administradores hospitalares. Possui inúmeros artigos de sua autoria, matéria trabalhista e relacionadas a entidades filantrópicas.
specialista em Direito Processual Civil, Renata Vilhena Silva é a primeira advogada do País a ser membro do Health Lawyers – Associação Americana de Advogados da Saúde, fundada para atender as necessidades dos advogados que atuam na área. Autora de publicações como “Planos de Saúde: Questões atuais no Tribunal de Justiça de São Paulo”. Sócia fundadora do Vilhena Silva Advogados, escritório especializado em Direito à Saúde. Sua equipe tem como meta a excelência e a agilidade nos trabalhos forenses para solucionar as questões jurídicas dos clientes, muitas vezes portadores de moléstias graves. Dedica-se ao progresso dos aspectos jurídicos que envolvem a saúde no Brasil, lutando por novas políticas assistenciais, apoiando práticas de divulgação das informações acerca do Direito à Saúde.
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educação
Sidney Cunha
José Antonio Mendes
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ormado em Economia pela Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, e Pós-Graduado pela Fundação Getúlio Vargas, Sidney da Silva Cunha, ingressou no quadro de funcionários do Senac há 40 anos. Passou por diversos cargos de diretoria na instituição até que em dezembro de 2001, assumiu a função de Diretor Geral do Departamento Nacional. Durante sua gestão, vem implementando importantes iniciativas de âmbito nacional na empresa voltada à educação. Exemplo disso é o “Programa Senac de Gratuidade”, que ampliou o acesso da população de baixa renda à educação profissional. Outra ação que também merece registro é a intensificação dos investimentos que vem sendo feito para a expansão da oferta de cursos de qualidade em todo o País, em especial na área de saúde e na modernização da gestão institucional.
raduado em Licenciatura em Ciências Biológicas pela UNESP – Campus de Rio Claro (SP) o reitor da Uniararas é Mestre e Doutor em Ciências Biológicas – Área de Biologia Vegetal pela UNESP e Professor Universitário desde 1988. As atividades como gestor iniciaram em 1998 e em 2004, assumiu a Coordenação do Curso de Ciências Biológicas e a Supervisão do Curso de Tecnologia em Gestão e Saneamento Ambiental. Já ocupou também o Cargo de Pró - Reitor de Graduação. Através da concessão de bolsas de estudos, Mendes acredita que esta medida proporciona a oportunidade de acesso ao ensino superior a pessoas menos favorecidas. Outra ação realizada pela instituição que também se destaca na saúde são os atendimentos gratuitos a comunidade local pelas diversas especializações que a instituição possui.
Christian de Paul de Barchifontaine
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Pe. Christian está à frente da reitoria da Universidade São Camilo desde 1997. Formado em Enfermagem, Filosofia, Teologia, Mestre em Administração Hospitalar e da Saúde, além de doutorando em Enfermagem pela Universidade Católica Portuguesa. Além da reitoria, está na superintendência da União Social Camiliana e presidência da Sociedade de Bioética de São Paulo, desde 2010. É Senador do Parlamento Mundial para a Segurança e a Paz, desde 2009; Professor de Bioética, inclusive no Mestrado e Doutorado pela Universidade Católica Portuguesa, desde 1994. Atua como membro da Diretoria do SEMESP, da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil e da Câmara técnica de Bioética do CREMESP. Além disso, Barchifontaine é também palestrante nacional e internacional e recebeu o título de Cidadão Paulistano em 2006.
Marcos Boulos
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ormado em Medicina pela PUC Sorocaba, o Dr. Marcos Boulos é professor titular de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e Diretor da Divisão da Clínica de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP. Foi Diretor da Faculdade de Medicina, Presidente do Conselho Deliberativo do HC e Presidente do Conselho Deliberativo do Hospital Universitário. Presidiu o Conselho Curador da Fundação Faculdade de Medicina e ainda foi Presidente do Conselho Curador da Fundação Hemocentro de São Paulo (SP). Atualmente, também ocupa o cargo de Superintendente de Saúde da USP, além de exercer as atividades primordiais de coordenação dos setores de medicina do trabalho, de prevenção e assistência.
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empresários
Maurício De Lázzari Barbosa
Waleska Santos
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ormado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e também possui especialização pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA. Maurício De Lázzari Barbosa teve seus 13 anos iniciais de sua carreira na Merck Sharp & Dohme (MSD), como Diretor de Operações. Desde o ano 2000 atua como CEO na Bionexo Global, onde ao longo desse período liderou o desenvolvimento de um modelo pioneiro e inovador de negócios online B2B na comunidade da saúde, introduzido inicialmente no mercado do Brasil. Esse modelo foi estendido globalmente na indústria da saúde, obtendo aceitação nos mercados que possui atuação, como a América Latina e Espanha. Atualmente, a Bionexo Global se destaca na América Latina em compras eletrônicas do segmento de saúde.
aúcha, nascida em Pelotas (RS), Waleska Santos completou seus estudos de segundo grau na High School de Chicago, nos EUA, de onde retornou para cursar a Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em paralelo à Medicina, sempre se dedicou a atividades de promoção comercial. O crescimento dessas iniciativas, principalmente no mercado internacional, somado à sua experiência pessoal no exterior, levou Waleska a deixar a prática médica para dedicar-se à realização de feiras e congressos. Em 1992, ela criou a empresa Hospitalar Feiras e Congressos e lançou aquele que seria o seu maior projeto: a Feira + Fórum HOSPITALAR, que acontece todos os anos em São Paulo (SP). Em 2013, a Hospitalar chega à sua 20ª edição e já se consolidou como a maior evento de saúde da América Latina.
Norman Pierre GÜenther
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ngenheiro Biomédico formado pela Universidade de Frankfurt, com Especialização em Biotecnologia e Tecnologia Médica. Norman Pierre Güenther atuou como Engenheiro de Produção de anticorpos monoclonais, na Behring Werke, em Marburg – Alemanha. Fez MBA em Gestão de Marketing pela Universidade de Sorbonne. De 1998 a 2001 foi gerente de vendas da Heareus para a região Sul da Europa e América Latina. Em 2002 e 2003 foi responsável pela gerência de desenvolvimento de Telemedicina da Maquet, em Rastatt, na Alemanha. De 2003 a 2011 foi Presidente da Maquet para a América Latina e, em 2012, assumiu a presidência do Grupo Getinge para a América Latina, oferecendo sistemas médicos e soluções completas para salas de cirurgia, urgência e terapia intensiva. Fanático por esportes náuticos e jogos de inverno.
Walter Rosebrough
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alter M. Rosebrough Jr. é Presidente da Steris Corporation e membro do conselho administrativo, sendo responsável pelo planejamento estratégico da empresa. Durante sua trajetória profissional, ocupou posições de liderança em diversos setores como desenvolvimento de negócio, manufatura, finanças e marketing. Também comandou empresas starup que hoje estão fortemente solidificadas com mais de US $ 1 bilhão em receita. Rosebrough começou no segmento da saúde há aproximadamente 30 anos. Em 2005, atuou como Presidente da Coastal Hydraulics Inc.Em 2007, começou sua atual função na Steris, empresa de destaque em equipamentos nas áreas de esterilização e cirurgia, proporcionando seus serviços para dezenas de hospitais. Rosebrough é formado em Engenharia Industrial pela Universidade de Kettering e possui MBA pela Universidade de Stanford.
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engenharia clínica
Donizetti Louro
Rodolfo More
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rofissional com mais de 20 anos de experiência no mercado nacional e internacional em inovação e tecnologia. Possui experiência em estratégia e projetos baseados em análise, modelagem matemática e simulação computacional, atuando nas áreas de Engenharia Biomédica, Ciência da Computação e Medicina. Professor e Pesquisador do Departamento de Computação da Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP). Pesquisador e Coordenador do Laboratório de Medicina Computacional e Simulação por Síntese de Imagens do Núcleo de Tecnologia e Saúde do Polo de Tecnologia de Sorocaba (SP), em conjunto com o Instituto de Computação Científica e Instituto de Engenharia Biomédica da George Washington University, nos EUA. Também é o Diretor de Inovação e Tecnologia da Associação Brasileira de Engenharia Clínica (ABEClin).
ascido em São Paulo (SP), ainda criança mudou-se para Marília (SP). Engenheiro de Produção Mecânica formado pela Universidade de Marília e especialista em Engenharia Clínica pela UNICAMP. Rodolfo More é membro da Célula de Excelência em Planejamento Estratégico do Conselho Regional de Administração de São Paulo. Professor da disciplina de Engenharia Clínica no curso de Engenharia Biomédica da PUC-SP. Desde 2004 é Diretor Geral da Engebio Engenharia Ltda. Sua atuação na empresa tem sido essencial para oferecer recursos e viabilizar a implantação de novas tecnologias em hospitais e clínicas. Além da atuação na empresa, o profissional ainda desenvolve diversas atividades para valorizar o setor. Exemplo disso é a participação na Associação Brasileira de Engenharia Clínica (ABEClin), na qual é o atual presidente (gestão 2012-2014).
Guilherme Xavier
Victor Mendes
ngenheiro Clínico formado pela Universidade Federal de Itajubá (MG) e Pós-Graduado em Gestão de Empresas pela FGV. Guilherme Xavier trabalhou para o Ministério da Saúde, no Departamento de Gestão Hospitalar (RJ), em contato com os serviços de Engenharia Clínica de seis hospitais da Rede Federal. Foi Coordenador do setor de Engenharia Clínica do HEMORIO do RJ, atuando em empresa terceirizada, onde liderou equipe técnica no gerenciamento de manutenção de um parque de aproximadamente 1.700 equipamentos. Atualmente, Xavier é Sócio Diretor da EquipaCare, empresa de consultoria e serviços especializada no planejamento tecnológico e equipagem de hospitais. A contribuição mais relevante da empresa ao setor de saúde tem sido garantir maior sustentabilidade aos empreendimentos hospitalares.
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ngenheiro Eletricista e Pós-Graduado em MBA de Gestão de Negócios, Victor Eduardo Mendes esteve presente na criação de um dos primeiros departamentos de calibração de equipamentos médicos no Brasil. Começou a carreira na ForMedical, em 1998, como vendedor. Foi responsável pela assistência técnica e pela comercialização dos equipamentos de diversas marcas internacionais. Em seguida, participou da implantação de mais de 30 departamentos de Engenharia Clínica em hospitais brasileiros. Assumiu interinamente, em 2010, a Direção Geral da empresa, na qual ficou por 18 meses. Atualmente, é o Diretor Técnico Comercial da ForMedical, sendo responsável pela reestruturação de toda rede de representantes e desenvolvimento de novos negócios. Participa ainda do desenvolvimento da divisão de imagem da ForMedical.
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terceiro setor
Regina Helena Scripilliti Velloso
Silvia Regina Brandalise
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egina Helena Scripilliti Velloso está há 10 meses como Presidente voluntária do Conselho de Administração da AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente. Entretanto atua há mais de 10 anos como voluntária na instituição. É a primeira mulher à frente da entidade e adota em sua gestão a consolidação do crescimento e a adequação do atendimento da AACD à Política Nacional de Humanização, do Ministério da Saúde. Sua meta é fortalecer a atuação da entidade no Hospital Abreu Sodré, nas Oficinas Ortopédicas, nos Centros de Reabilitação e em pesquisas científicas. Outros focos são o reforço de obtenção de recursos por meio de doações e de atividades que gerem renda para amparar as ações sociais da AACD e o aprimoramento do atendimento ao usuário, por meio do respeito às diferenças e da busca pela promoção da saúde com maior qualidade e satisfação.
édica Pediatra formada pela Escola Paulista de Medicina, Silvia Regina Brandalise é Membro Fundador e Presidente do Centro Infantil de Investigações Hematológicas Dr. A. Domingos Boldrini, desde 1984. Implantou o primeiro Protocolo Brasileiro de tratamento da Leucemia Linfoide Aguda (LLA), até hoje sob a sua coordenação, que modificou a história da leucemia no Brasil: de menos 5% a 80% de chances de cura. Indicada em 2012 ao cargo de Presidente Internacional da Sociedade Americana de Hematologia e Oncologia Pediátrica (ASPHO), organização dos EUA com a qual firmou parceria para assistência, ensino e pesquisa na área da doença falciforme. Também integra um grupo de pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre meio ambiente e câncer pediátrico. A especialista recebeu 85 prêmios no Brasil e no exterior pela excelência do seu trabalho.
Fernando de Castro Marques
Henrique Prata
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atural de Belo Horizonte (MG), Fernando de Castro Marques é CEO da União Química Farmacêutica, empresa de capital 100% nacional que, em 2011, completou 75 anos de existência. O executivo é também o atual Presidente da ALANAC (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais), estando à frente da gestão 2012/2014, e integra o Corpo Diretivo do GRAAC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer), em que ocupa o cargo de Vice-Presidente desde 1998. Ciente do papel das empresas na sociedade, sob seu comando, o Grupo criou o projeto Bio-Vida, destinando 5% das vendas líquidas dos seus medicamentos pediátricos para cinco entidades especializadas no tratamento do câncer infantil. Desde a sua criação, em 1999, até 2004, o Projeto Bio-Vida arrecadou e distribuiu mais de um milhão de reais.
gropecuarista e Diretor Geral do Hospital de Câncer de Barretos, também ocupa o cargo de Vice-Presidente na fundação Pio XII, mantenedora da instituição. Começou a trabalhar cedo, com lavoura e gado na fazenda do avô e aos 15 anos, já administrava a propriedade. Aos 33 anos, porém, recebeu a mais difícil de todas as tarefas: administrar um antigo hospital que estava prestes a fechar as portas por falta de recursos. Em pouco mais de 20 anos, transformou o Hospital de Câncer de Barretos em um dos maiores centros de tratamento oncológico do Brasil. A instituição realiza gratuitamente quatro mil atendimentos por dia, 100% SUS, a pessoas provenientes de todas as partes do País e conta com mais de 3 mil funcionários. Em 2000, foi escolhido pelo Ministério da Saúde como o melhor hospital público do Brasil e, em 2007, foi certificado pela ONA.
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Foto: Cristiano Sant’Anna
gestor hospitalar - especialidades
Henrique Salvador
JOSÉ ADROALDO OPPERMANN
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ormado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1982, especializou-se em Mastologia pelo Guys Hospital da Universidade de Londres. Também já exerceu atividades de direção em associações de classe, recebendo diversas condecorações de entidades, do Governo de Minas Gerais e da cidade de Belo Horizonte. Possui cerca de oito livros especializados e colaborou como editor da obra “Gestão do Corpo Clínico – Experiência dos Hospitais da ANAHP”. Sua gestão trabalha para fazer do Hospital Mater Dei um centro de excelência com objetivos primordiais relacionados à assistência médica, ao ensino e à pesquisa. completando o conceito de modernidade no que diz respeito a diagnóstico, tratamento e prevenção. Na juventude, foi adepto de esportes como voleibol e natação, chegando a fazer parte da Seleção Brasileira Infanto-Juvenil de Voleibol.
rofessor do Departamento de Pediatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Oppermann é o atual Presidente do Conselho de Administração da Associação Hospitalar Moinhos de Vento. Ao longo da década de 80 participou de estudos para a instalação do Centro de Tratamento Intensivo Neonatal, Berçário e Alojamento Conjunto. Atua como associado desde 1994 e está na segunda gestão como presidente do Hospital Moinhos de Vento. Sua administração é marcada por inúmeras conquistas, apostando em constantes evoluções tecnológicas e estruturais, incorporando produção de conhecimento científico, formação e qualificação de profissionais da saúde, inserção e desenvolvimento sustentável de comunidades em situação de fragilidade social. Para 2013, Oppermann aposta em um maior relacionamento com a classe médica.
valdir ventura
Eduardo de Almeida Carneiro
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ormado em Engenharia Mecânica/Segurança e Higiene do Trabalho/Administração, além de MBA com especialização em Planejamento e Implementação de Projetos pela Universidade de Michigan, nos EUA. O engenheiro e administrador, Valdir Pereira Ventura, é hoje o CEO do Grupo São Cristóvão Saúde. Realizou viagens internacionais, objetivando definições e acompanhamento de projetos e treinamento. Desde que ocupou a gestão administrativa do São Cristóvão Saúde, em 2007, Ventura concluiu centenas de processos que resultaram em grandiosas ações como a recuperação financeira da Instituição, expansão da área física com a modernização de diversos setores, implantação e atualização de novos softwares na área de Tecnologia da Informação e aquisição de diversos equipamentos de ponta em prol do beneficiário; além de outros projetos em fase de planejamento e execução.
ormado em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie (SP). Com experiência no setor imobiliário, Eduardo de Almeida Carneiro é proprietário da empresa Almeida Carneiro Comércio e Participações Ltda., especializada em planejamento e gestão imobiliária. Na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), iniciou sua trajetória na entidade em 2003, quando foi convidado a fazer parte da Diretoria, inicialmente para cuidar da parte de imóveis da instituição. Em 2005, foi designado Diretor Tesoureiro e, em 2006, foi eleito Presidente Voluntário, cargo ocupado até abril de 2012. Atualmente, faz parte do Conselho de Administração como Vice-Presidente e também é Presidente do Hospital Infantil Sabará (SP). É casado com a Sra. Valéria Haddad de Almeida Carneiro e possui três filhos.
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gestor hospitalar - geral
José Ricardo de Mello
Claudio Seferin
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Diretor Presidente do Hospital Santa Rosa (MT), desde 2002, é Médico formado pela Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM) e Pós-Graduado em Administração Hospitalar pelo IPH. Além do cargo no hospital, Mello atua também como Presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados, com mandato que durará até 2014. Também é Diretor da Confederação Nacional de Saúde, desde 2012; da Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde, desde 2008; e Presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso, desde 2003. Atuou também como Diretor da Associação Médica de Mato Grosso, entre 2000 a 2004, e Médico do Conselho Penitenciário de 1994 a 2004. O Diretor Presidente do HSR é nascido em Ituiutaba (MG), casado e com dois filhos.
ormado em Medicina pela Universidade de Caxias do Sul (UCS/RS) e Pós-Graduado em MBA - Gestão Empresarial, Administração e Planejamento Hospitalar e Medicina Interna e Cardiologia. Claudio Serefin, desde 1984, é o Diretor Superintendente do Sistema de Saúde Mãe de Deus, em Porto Alegre (RS). Já foi membro do Conselho Deliberativo da Associação Nacional dos Hospitais Privados (ANAHP). Presidiu o Conselho de Líderes do Sindicato dos Hospitais de Porto Alegre (Sindihospa). Docente do Instituto de Administração Hospitalar e Ciências de Saúde. Na Associação dos Hospitais do Estado do Rio Grande do Sul foi Vice-Presidente e, atualmente, é conselheiro fiscal. Também é membro da Academia Brasileira de Administração Hospitalar e do Comitê de Filantropia da Confederação Nacional de Saúde (CNS).
Ko Chia Lin
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ormada em Medicina pela Santa Casa de São Paulo (SP), com Especialização em Ultrasonografia pelo Hospital Humberto Primo (SP). Ko Chia Lin é atual Diretora Administrativa do Sino-Brasileiro Hospital e Maternidade, em Osasco (SP). Frente ao Hospital Sino-Brasileiro, que no ano passado ampliou suas instalações, proporcionou ainda mais oportunidades, como a contratação de novos funcionários e a oferta de exames de alta complexidade. Sua gestão prima por excelência profissional, instalações modernas e bem equipadas para atendimento emergencial, ambulatorial e internações clínica e cirúrgica. Além disso, a instituição oferece ajuda voluntária no atendimento à Casa Maria Maia, de Carapicuíba, e Grêmio, de Osasco. É o único na região acreditado pela Organização Nacional de Acreditação. A profissional é casada e tem dois filhos.
Marcus Vinícius Tanure
N
ascido em Belo Horizonte (MG), foi para Vitória (ES) em 1980 para estudar e acabou adotando o Estado como local para viver. Marcus Vinícius Azevedo Tanure é Anestesiologista atuante e um estudioso sobre a Gestão de Saúde. Hoje, divide seu tempo entre o Centro Cirúrgico e a administração hospitalar. Formado pela Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam/ES). Possui Residência em Anestesiologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e MBA em Gestão de Saúde pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Atua no Vitória Apart Hospital desde a sua fundação, em que ocupou a coordenação do Serviço de Anestesiologia. Liderou importante processo de reestruturação administrativa e organizacional e atualmente é o Presidente do Conselho de Administração da instituição.
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gestor hospitalar - referência
CLAUDIO LOTTENBERG
Gonzalo Vecina neto
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estre e Doutor em Oftalmologia, Claúdio Luiz Lottenberg é professor co-orientador do curso de Pós-Graduação em Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo e professor titular em Políticas Públicas de Saúde do curso de MBA em Saúde do Instituto de Ensino e Pesquisa de São Paulo. Em 2008, recebeu o prêmio “Análise de Medicina” pela indicação como um dos mais admirados na especialidade de Oftalmologia. No ano seguinte, recebeu a Medalha Moacyr Álvaro, mais importante láurea outorgada na área de oftalmologia em toda a América Latina. Já exerceu a função de Secretário Municipal de Saúde de São Paulo durante a gestão de José Serra. Membro do Conselho Político e Social da Associação Comercial de São Paulo, coordenado pelo senador Jorge Konder Bornhausen. Exerce atualmente a Presidência do Hospital Israelita Albert Einstein.
onzalo Vecina Neto nasceu em Sorocaba e há 35 anos mora em São Paulo. É formado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí e Mestre em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas. Já atuou como Secretário Municipal de Saúde de São Paulo, entre 2003 e 2004, e Secretário Nacional da Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, entre 1998 e 1999. Também foi Diretor Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), no período de 1999 a 2003. Além disso, é professor assistente da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Desde 2007 é Superintendente Corporativo do Hospital Sírio-Libanês. Vecina Neto tem duas filhas e é amante de música clássica, viagens, pesquisas e de jogar xadrez.
Adib Jatene
José Mariano Soares de Moraes
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ascido no Acre, Adib Domingos Jatene é médico, professor e cientista. Conhecido internacionalmente, através das inovações na comunidade médica, como o inventor de uma cirurgia do coração, que leva seu nome, para tratamento da transposição das grandes artérias em récem-nascidos. Jatene foi Secretário Estadual de Saúde de São Paulo e duas vezes Ministro da Saúde. É também membro da Academia Nacional de Medicina. Jatene mantém um dos mais avançados centros tecnológicos de saúde da América Latina, o Hospital do Coração (HCor), que contabiliza mais de 40 mil cirurgias cardíacas e 70 mil procedimentos hemodinâmicos, incluindo atendimentos filantrópicos. Sua gestão prima por manter e ampliar o nível da instituição e o reconhecimento nacional e internacional, identificando, atraindo e retendo profissionais com potencial técnico, científico e social.
ormado em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Doutor em Anestesiologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). José Mariano Soares de Moraes possui Especialização em Anestesiologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). É Pós-Graduado e especialista em Gestão de Organizações Hospitalares e Sistemas de Saúde. É também professor assistente de Anestesiologia da UFJF e responsável pelo Serviço de Anestesiologia do Instituto de Clínicas e Cirurgia de Juiz de Fora desde 1994. Também é Diretor Superintendente do Hospital Monte Sinai e Presidente do Conselho Superior da Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Mariano é conhecido na comunidade da saúde pelo o empreendedorismo que abrange o foco saúde-educação, baseada na experiência de gestão hospitalar.
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home care
Gabriel Palne
Luiza Watanabe
O
A
CEO do Grupo Geriatrics é administrador de empresas formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com MBA no Coppead, pela mesma instituição. Atualmente cursa Educação Executiva, Managing Healthcare Delivery, na Universidade de Harvard (EUA). Ingressou na então Geriatric’s Health Care, em 1998, ainda com 18 anos, passando por todos os setores da área administrativa. Assumiu em 2009, a posição ocupada por seu pai, na gestão da empresa, elevando-a à categoria de Grupo. É o atual Diretor Executivo. Nascido na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1980, é filho mais velho de Ricardo Rodrigues e Marenízia Basílio de Souza Rodrigues, médicos fundadores do Grupo Geriatrics. A filosofia da empresa é servir com qualidade humana e excelência técnica, levando conforto e promovendo ações de saúde para os pacientes e seus familiares.
Diretora e fundadora da Dal Ben Home Care é formada em Enfermagem, licenciada em Educação e especialista em Administração de Serviços de Saúde e Hospitalar pela USP. Concluiu Mestrado em 2000, cujo tema foi “Instrumento para dimensionar horas diárias de assistência de enfermagem residencial”, e o Doutorado em 2005, com o tema “Dimensionamento do Pessoal de Enfermagem em Assistência domiciliária: Percepção de gerentes e enfermeiras”. Diretora no Núcleo de Assistência Contínua do SINDHOSP, é também responsável pelo núcleo de assistência domiciliar da REBRAENSP, polo São Paulo. Atuou na área hospitalar em assistência a cuidados intensivos e educação permanente durante 16 anos, até fundar sua empresa, em 1992. Luiza nasceu dia 29 de setembro na cidade de Cruzália (SP), é casada e tem dois filhos.
José Eduardo Ramão
M
édico, formado pela Faculdade de Medicina Fundação do ABC, em 1980, o Sócio Proprietário, Diretor Comercial e Financeiro da Home Doctor especializou-se em Cirurgia Geral pela Residência do Hospital Santa Cruz (SP), em 1982. Em 1998 foi representante da América Latina para falar sobre Home Care no Simpósio Saúde das Américas, realizado na cidade de Washington, nos Estados Unidos. Atuou também como Speaker em diversos eventos voltados ao setor de Atenção Domiciliar. Ainda no segundo ano de faculdade começou a trabalhar em um hospital no ABC Paulista. Em 1984, constituiu a empresa Cirurgiões Associados na mesma região. Realizou também auditorias em grandes companhias multinacionais na área de cirurgia. Finalmente, em 1994, direcionou sua carreira para a Atenção Domiciliar, área da qual faz parte até hoje a frente de sua empresa.
Ana Elisa álvares Corrêa de Siqueira
F
ormada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, fez sua residência em Oftalmologia e, mais tarde, especializou-se em cirurgia refrativa na Universidade da Califórnia (EUA). Além das formações em saúde, Ana Elisa é também Mestra em economia. Iniciou no Grupo Hospitalar Santa Celina(SP) como consultora para formatação dos processos, passou a Gerente Médica, Diretora Operacional, Sócia Diretora e hoje atua como CEO. Participou de treinamentos de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal dentro da Nucleo Ser (Lider Training, TL, RA). Durante os anos de 2010 e 2011 foi coaching empresarial e trabalhou com algumas ferramentas de Constelação Empresarial. Atleta desde criança já jogou tênis, fez triatlhon e de maratonas. Hoje, seu hobby é praticar corrida de aventura.
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indústria
Karin Schmidt
Roberto Mendes
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G
ormada em Medicina com Mestrado e Doutorado pela Universidade de São Paulo (USP). Dra. Karin Schmidt foi Médica do Estado de SP por mais de 10 anos e coordenadora do serviço de Hematologia do Hospital Santa Catarina (SP). Por ser Mestre e Doutora em Hematologia e Moléstias Infecciosas, pôde agregar noções e ideias também na área de Laboratório e Neonatologia. Além disso, pelo fato de ter trabalhado dentro de hospitais desde que tinha 21 anos de idade, adquiriu a visão do médico, do enfermeiro e até do próprio paciente para o ambiente coorporativo-empresarial. A profissional foi por quatro anos Diretora Científica da Fanem entre 2007 e 2011, tendo participado também de diversas atividades internacionais. Em 2013, a Dr. Karin assumiu um novo cargo na empresa como Presidente do Conselho da Fanem.
raduado em Engenharia Elétrica, com especialização em Engenharia Biomédica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Roberto Mendes participou de programas de gestão na Duke University (EUA) e na Escola Europeia de Gestão e Tecnologia. Foi Vice-Presidente de Desenvolvimento Corporativo para as Américas na Siemens. Ingressou na GE Healthcare como responsável pela área de ultrassom, que mais do que duplicou sob seu comando, recuperando sua posição no mercado. Mendes, trouxe um importante marco no fortalecimento da estratégia da empresa, com a consolidação de parcerias de longo prazo com grandes clientes. Em seu cargo atual, Gerente Geral, Mendes é responsável por liderança, planejamento estratégico e definição de metas para alcançar a excelência operacional no território brasileiro.
Armando Lopes
C
ursou Engenharia Elétrica na USP e especizalizou-se em Administração pela Fundação Getúlio Vargas e MBA pela Fundação Dom Cabral. Armando C. Lopes Jr., durante o último ano de faculdade, ingressou na Siemens Privante Networks como estagiário, onde se tornou especialista em Produtos e Marketing. Em 1995, em Munique, atuou como Gerente de Produto na Siemens PN. Seu primeiro desafio de gestão foi quando assumiu os grandes sistemas da unidade de negócios nas redes privadas da Siemens no Brasil em 1998. Lopes também atuou como Gerente de Unidade de Negócios Multidivisional de Vendas. Em 2003, retorna a São Paulo como Gerente Geral de Serviços da Siemens Soluções Médicas. Logo após, ocupa a Gerência Nacional de Vendas da Siemens Healthcare Brasil. Em 2011 assume a direção do setor Healthcare Brasil.
Marcos Cunha
F
ormado em Engenharia Eletrônica, Marcos Cunha iniciou sua trajetória na Philips em 1998 como Assistente de Marketing e Produto da Philips Medical System. De 2002 a 2007, já como Gerente de Negócios da Linha de Tomógrafos Latam, foi responsável pelo desenvolvimento do plano estratégico de negócio da área para toda América Latina, prestando suporte durante o desenvolvimento do plano da área de vendas, assim como na execução. Em 2007, tornou-se Gerente de Marketing e Vendas da América Latina, sendo promovido em 2009 a Diretor da América Latina - Região Sul, com o desafio de gerenciar as vendas de Healthcare da Argentina, Chile, Bolívia, Uruguai e Paraguai. Hoje, Cunha é Diretor de Marketing e Vendas do Brasil, responsável pelo plano estratégico de crescimento da área no território nacional.
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indústria de materiais
Otto Philipp Braun
Rodrigo Hanna
B
R
acharel de Ciência em Economia e Gestão pela Royal Holloway University em Londres, Otto Philipp Braun começou sua carreira no Grupo B. Braun na subsidiária de Barcelona, na Espanha em 2008. Assumiu a direção da B. Braun Brasil, no mesmo ano, e exerce tal função até hoje. Com 33 anos de idade, é o primeiro da sexta geração da família a fazer parte do Conselho de Gestão da B. Braun, passando a responder também pelas regiões da Península Ibérica e América Latina. Desde 2009, tem sido responsável pela subsidiária brasileira da B. Braun em São Gonçalo, Rio de Janeiro. A B. Braun abastece o mercado de saúde mundial com produtos para anestesia, medicina intensiva, cardiologia, terapias de substituição renais e cirurgias, assim como oferece serviços para hospitais, clínicos gerais e para o setor de homecare.
odrigo Luiz Hanna é administrador de empresas com Especialização em Marketing e atua no setor há 15 anos. O executivo construiu sua carreira na indústria de tecnologia médica, diagnóstico e life sciences. Hanna iniciou sua carreira na Becton Dickinson (BD) Brasil em 1997 como Analista de Marketing. Nos últimos três anos e meio atuou como Diretor Geral da BD. Em 2011, foi eleito Vice-Presidente da ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios). Recentemente foi convidado a assumir a Vice-Presidência/Gerência Geral de um dos principais negócios da companhia para todo o continente europeu, posição essa assumida em maio de 2013. Sob sua liderança, a BD Brasil obteve progresso na compreensão do sistema de saúde no País, tornando uma empresa com maior foco no cliente.
Alexandre Borges
Regina Navarro
F
F
ormado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e com MBA pela Columbia Business School, de Columbia, nos Estados Unidos. José Alexandre Carneiro Borges é Diretor Presidente da Cremer S.A., desde 2009. Em sua trajetória profissional, antes de chegar a sua colocação atual, trabalhou na área de investimentos da Tarpon, foi o principal executivo do escritório de consultoria da Egon Zehnder no Brasil, e ocupou o cargo de Vice Presidente do Morgan Stanley para América Latina, atuando na cidade de São Paulo. O executivo foi também associado do banco de investimentos Goldman Sachs, em Nova York. A Cremer oferece produtos que facilitam e aperfeiçoam os cuidados com a saúde nas áreas de primeiros socorros, cirurgia, tratamento e higiene para o uso profissional e doméstico.
ormada em Biomedicina pela Universidade de Mogi das Cruzes e Pós-Graduada em Administração e Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Maria Regina Navarro é Vice-Presidente da Johnson & Johnson Medical Brasil desde 2011. Anteriormente, ela acumulou a posição de Vice-Presidente para o Brasil e para a unidade de negócio Ethicon Endo-Surgery (EES) na América Latina por nove anos consecutivos. Durante o período que esteve à frente da EES, Regina consolidou o negócio de cirurgias minimamente invasivas. Seu novo cargo, dedicado exclusivamente ao Brasil, deve-se à importância do País para os negócios da empresa na região. Além de suas responsabilidades na Johnson & Johnson, Regina integra o Conselho de Administração da Amcham, desde março de 2012. Ela também é Presidente da Escola de Enfermagem Fundação Robert Wood Johnson.
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negócios
Jürgen Ziegler
roberto ribeiro da cruz
F
E
ormado em Administração de Negócios na Economic High School, em Rendsburg, na Alemanha, o Presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina iniciou sua carreira na empresa em 1980. Depois de ocupar vários cargos na Alemanha foi nomeado, em 1995, como Gerente Geral de Controle Financeiro da Mercedes-Benz Índia, onde atuou por sete anos, chegando ao mesmo cargo que ocupa hoje no Brasil. Os veículos da Mercedes-Benz se destacam nos serviços de socorro médico por suas dimensões externas compactas, facilidade de manobra e agilidade no trânsito. Isso resulta numa operação com eficiência e confiabilidade, fatores essenciais para quem atua com transporte no setor da saúde.Jürgen Ziegler nasceu em 1959, é casado desde 1983 e tem duas filhas.
ngenheiro de Produção formado pela Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), em 1994, e com Pós-Graduação em Administração (FGV, 1997), atua na área de Tecnologia da Informação para Medicina Diagnóstica há 25 anos. O interesse por esta área começou aos 16 anos, quando era programador e teve a oportunidade de conhecer a área da saúde desenvolvendo sistemas para centros de saúde. Aos 19 anos, foi co-fundador da Medical Systems, especializada em softwares e soluções para Medicina Diagnóstica, que desenvolveu o X-Clinic, utilizado por mais de mil instituições pelo País. Com a expansão da empresa pela América do Sul, a Medical Systems fundiu-se com a Pixeon, empresa criada em 2003 no polo tecnológico de Florianópolis. A união resultou em uma das grandes empresas de TI para Medicina Diagnóstica do Brasil.
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Severino Benner
José Laska
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F
everino Benner é graduado em Contabilidade, com Pós-Graduação em Controladoria. Atuou profissionalmente durante 10 anos na área de processamento de dados na Cetil. Na década de 1980 fundou sua primeira empresa de tecnologia, em Blumenau (SC). Em 1997, fundou a Benner Sistemas S.A. juntamente com dois sócios. Desde então, dirige a companhia, ocupando, hoje, a posição de Diretor Presidente. Com 16 anos de existência, a Benner Sistemas tem capital 100% nacional e está entre as maiores empresas de software de gestão empresarial (ERP) do Brasil. Hoje o grupo é composto por várias empresas focadas no desenvolvimento de software de gestão, conceituando-se em tecnologia para os segmentos de operadoras de saúde e de turismo. Está também entre os maiores players do segmento de transportes e logística.
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ormado em administração de empresas e Pós-Graduado em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde, o responsável pela operação da Agfa HealthCare no Brasil, desde 2007, começou sua carreira na área técnica no segmento de equipamentos para microfilmagem. Em 1987, iniciou as atividades no setor de saúde, em uma multinacional alemã. Em 1992, assumiu na mesma organização a gerência de vendas para o Sul do Brasil. Em 1999, foi transferido para São Paulo como Gerente de Vendas para o Estado e, em 2001, assumiu a Gerência Nacional de Vendas da Siemens, para todos os produtos da divisão de técnica médica. Em 2007, transferiu-se para a Agfa HealthCare como Diretor da empresa para o Brasil, posição em que atua até a presente data. A Agfa HealthCare é uma grande fornecedora de diagnóstico por imagem e soluções de TI para a área da saúde.
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odontologia
Áter Cristófoli
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ilho de dentista e nascido em uma cidade de aproximadamente 4 mil habitantes chamada Farol (PR), Áter Carlos Cristófoli convive com o meio odontológico desde a infância. Ainda jovem, atuou como vendedor de materiais odontológicos e autoclaves de esterilização. No início dos anos 90, fundou a empresa Cristófoli Biossegurança, que contava apenas com três colaboradores. Com o objetivo de consolidar a empresa no mercado internacional, fundou a Ningbo Cristófoli Medical Equipment, na cidade de Ningbo, China, coordenando as duas empresas simultaneamente. Também criou a Fundação Educere, escola técnica gratuita que capacita jovens empreendedores, atuando como indutora de desenvolvimento sócio-econômico e centro de pesquisa. O empresário também é Presidente do Observatório Social do Brasil, entidade que atua na fiscalização de gastos públicos.
Caetano Biagi
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ascido em Ribeirão Preto (SP), em 1981, Caetano Barros Biagi é o quarto filho entre cinco irmãos. Com 11 anos de atividades na Dabi Atlante, liderou importantes projetos de ganhos de qualidade e produtividade durante sua gestão na área industrial. Como head da área de P&D, esteve à frente das iniciativas em diagnóstico por imagem, apresentando ao mercado uma linha completa de produtos de alta tecnologia, entre eles o recém-lançado tomógrafo Eagle 3D. Também comandou o desenvolvimento de toda a linha de implantes PROSS, bem como o ELLO, solução logística exclusiva da Dabi no mundo. Como CEO, está liderando o maior projeto de investimentos e expansão da companhia. Apaixonado por esportes e competições, conquistou na adolescência o título de campeão brasileiro de esqui aquático. Casado, tem uma filha de dois anos e um intenso convívio familiar.
Gilberto Nomelini
Cesar Olsen
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raduado em Engenharia pela Universidade de Mogi das Cruzes (SP), Gilberto Henrique Canesin Nomelini atua há 32 anos como CEO da Gnatus. Ao lado de seu pai, participou de praticamente todas as etapas de sucessos e conquistas da existência da empresa, desde sua fundação até os dias de hoje. Entre as principais competências do executivo estão a habilidade na administração e a gestão de resultados, objetivando o gerenciamento econômico e financeiro da empresa. Também está em suas mãos a liderança de todo o corpo gerencial, com uma visão macro e funcional dos negócios, com atuação participativa junto às ações estratégicas de cada departamento. Conduziu as transformações que levaram a Gnatus a ser uma empresa voltada para a pesquisa e inovação, atuante em outros segmentos além da Odontologia.
esar Augusto Olsen é Sócio Fundador e Diretor Presidente da Olsen Indústria e Comércio que chega ao 35º ano renovada para novos desafios, cuja filosofia ultrapassa os parâmetros técnicos da construção de equipamentos e periféricos médicos e odontológicos. Também é representante da Federação das Indústrias de Santa Catarina no Conselho Regional do SENAI, Presidente e Sócio Fundador da Associação Comercial e Indústria de Palhoça (SC), membro do Conselho Diretor do Centro das Indústrias de Estado, integrante do Conselho do Sindicato Patronal dos Metalúrgicos da Grande Florianópolis, dentre outras funções. A empresa oferece equipamentos modernos, inovadores, duráveis e de custo de manutenção muito baixo. Tais qualidades alcançadas através de uma equipe com profissionais qualificados. Atualmente, a Olsen produz e comercializa para mais de 100 países.
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operadoras
Marcio Coriolano
Gabriel Portella
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ós-Graduado em Engenharia de Produção, com Especialização em Planejamento, pela Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia – COPPE, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marcio Serôa de Araújo Coriolano iniciou sua trajetória no Grupo Bradesco Seguros em 1997, quando assumiu o cargo de Diretor Técnico de Benefícios (saúde e vida). Em 2010, assumiu a Presidência da Bradesco Saúde e da Mediservice. O executivo atualmente é também Vice-Presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Privados, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), representante na Câmara de Saúde Suplementar, órgão consultivo da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e membro titular do Conselho Diretor do IESS – Instituto de Estudos em Saúde Suplementar.
ormado em Economia pela Faculdade Cândido Mendes (RJ) e com Especialização em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Gabriel Portella possui um histórico com mais de 30 anos de atuação na SulAmérica. Nesta empresa já atuou em diversos segmentos como o Comercial, Vida, Previdência e Ramos Elementares. Atualmente, exerce a função de Vice-Presidente. Além disso, Portella também atua como Vice-Presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) e é membro da Academia Nacional de Seguros e Previdência. O executivo tem como desafios implantar o posicionamento estratégico da seguradora, seguindo a trajetória de crescimento que a companhia vem registrando ao longo dos últimos anos.
Eudes de Freitas Aquino
Edson Bueno
M
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estre e Doutor em Clínica Médica (Nefrologia) pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP), Eudes de Freitas Aquino também possui Pós-Graduação em Gestão Empresarial Avançada em Saúde e MBA em Gestão de Serviços de Saúde, ambos pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo. Entre 1992 e 1997, exerceu o cargo de Presidente da Unimed Piracicaba (SP). Posteriormente, criou a Federação Intrafederativa do Centro Paulista e a presidiu por duas gestões. Na Federação São Paulo foi membro do Conselho de Administração também por duas gestões. Em 2009, assumiu a presidência da Unimed do Brasil, período que também respondeu pela vice-presidência da Organização Internacional das Cooperativas de Saúde. Atualmente, é o representante brasileiro no Conselho de Administração Regional da ACI Américas (Aliança Cooperativa Internacional).
fundador do Grupo Amil é formado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com Especialização em Cirurgia Geral e Residência no Hospital da Santa Casa do Rio de Janeiro. Além da experiência na área médica, possui também diversos cursos de negócios, como Administração de Empresas pela PUC-RJ e os Programas de Gestão Empresarial da Harvard Business School, em Boston, nos Estados Unidos. Em 1976, fundou a Rede Esho para administrar três hospitais. Mais tarde, em 1978, Bueno e seus companheiros lançaram a Amil Assistência Médica Internacional. Hoje, integra o Conselho de Administração da United Health. Seu empreendedorismo começou cedo, em 1972, quando cursava o último ano de faculdade, associou-se à Casa São José, vindo a transformá-la, mais tarde, na maior maternidade da cidade de Duque de Caxias (RJ).
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Organização Social de Saúde - oss
Eduardo Cruz
José Carlos Rizoli
O
G
Presidente do Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (IABAS) é Graduado e Pós-Graduado em Farmácia, especialista em Bioquímica e Análises Clínicas pela UFRJ. No IABAS, sua experiência é medida em indicadores de resultado de atenção ao usuário do SUS. Fundador e também Presidente da Axis Biotec, que se dedica à tradução de pesquisa em produtos e serviços, no setor da saúde e biotecnologia, inovadores e comercialmente viáveis. Lançou empresas e apoiou o desenvolvimento de produtos que se destacaram em seu segmento, ganhando o Prêmio Finep de Inovação e a primeira colocação no Índice Brasileiro de Inovação (FAPESP/UNICAMP). Coordenou ainda a incorporação de grupos de pesquisa para os segmentos de biomateriais, enxertos ósseos, produtos para saúde oral e tecnologias relativas à Medicina Regenerativa e às células-tronco.
raduado em Administração de Empresas e Pós-Graduado em Gestão Hospitalar, Economia na Área da Saúde e Introdução à Medicina Hiperbarica o Presidente do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), foi funcionário da White Martins por 30 anos, tendo exercido várias funções de direção na empresa. Hoje, proprietário da Riz-consultoria, especializada em consultoria e assessoria médica/hospitalar. É também ex Presidente da entidade Pró-Saude e atual presidente da entidade Gestão de Saúde Brasil, OSCIP. Rizoli é ainda professor convidado dos cursos de extensão universitária em Medicina Hiperbarica e palestrante em cursos e eventos relacionados à área da saúde. Nascido na capital de São Paulo, iniciou sua carreira em Campinas (SP), onde casou-se e teve quatro filhos.
Paulo Roberto Segatelli Camara
Rubens Belfort Jr.
B
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acharel em Administração Hospitalar pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Pesquisas Hospitalares, com MBA em Gestão Empresarial e Liderança. Além do Mestrado em liderança para o serviço – competência e hospitais filantrópicos pela Universidade de Santo Amaro. Camara é Presidente da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares e Vice da Federação Latinoamericana de Administradores da Saúde. Também Superintendente da Pró-Saúde, Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, Diretor da Entidade Social Mãos Juntas e da Associação Brasileira de Entidades de Assistência Social – ABEAS. Além de ex-Conselheiro do Conselho Regional de Administração do Estado de São Paulo – CRA/SP. Nascido no interior do Estado de São Paulo, teve seu primeiro emprego no mercado da Saúde aos 18 anos em uma das primeiras empresas de medicina de grupo no Brasil.
Presidente da SPDM é formado em Medicina. Possui também os títulos de Mestre, Doutor e PhD, especializado em Oftalmologia e Imunologia. Além de professor titular de Oftalmologia da Escola Paulista de Medicina e cientista nível 1 da CNPq. Pertence ao Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Membro das Academias Nacional de Medicina, Internacional de Oftalmologia, Brasileira de Ciências e de Farmácia além do Grupo de Estudo Internacional de Uveites e da Comissão para a Educação. Já recebeu diversos prêmios e certificados, entre eles a Medalha do Mérito Científico do Brasil. Publicou também mais de 900 artigos em revistas médicas. O médico provém de uma família de oftalmologistas, trabalha em sua Clínica e exerce atividades também nos Hospitais São Paulo, Albert Einstein e Santa Cruz, além da Escola Paulista de Medicina e da SPDM.
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prestação de serviços
Paulo Andrade
F
ormado em Engenharia Química pela Unicamp e com MBA pela FIA USP, o Diretor Presidente da Atmosfera Higienização de Têxteis S.A., desde fevereiro 2012, já foi também Diretor Geral e COO na Cremer S.A. e Diretor Presidente Região Andina e COO Região Sul na Amanco Tubos e Conexões. Ainda atuou como Diretor Geral na ABF e de Operações América Latina na Avery Dennison Ltd. Trabalhou ainda, na Suíça, como Diretor de Projetos na Nestec Ltd., em sua sede mundial. A Atmosfera atua no mercado brasileiro oferecendo a gestão e higienização de têxteis, atuando nos segmentos industrial, hospitalar e de hotelaria. Para o mercado da saúde, atende a hospitais, clínicas e laboratórios no âmbito clínico ou farmacêutico. Andrade nasceu em Santos (SP) é casado há 24 anos e tem três filhos.
Giovanna Araujo
G
raduada em Enfermagem com Especialização em Vigilância Sanitária pela FSP-USP e MBA em Gestão de Saúde pela INESP. A Diretora de Operações da Brasanitas Hospitalar é também Pós-Graduanda do MBA em Gestão Empresarial da FIA –USP. No Grupo Brasanitas, empresa onde trabalha há 12 anos, iniciou como Gestora de Contratos, foi Coordenadora e Gerente de Operações. Em 2009, assumiu a Diretoria Técnica, criando metodologias e novos padrões de trabalho. Desde 2011, ocupa o cargo de Diretora de Operações da Unidade de Negócio Brasanitas Hospitalar. Há alguns anos participa de Congressos, Fóruns e Feiras internacionais para atualizar-se e realizar benchmarking com instituições de referência fora do Brasil. A Brasanitas Hospitalar dedica-se à higienização de hospitais, clínicas e laboratórios. Com mais de 30 anos de atuação e permanente atualização no segmento.
Elaine Balazs
E
nfermeira graduada em 1984 pela USP, com Licenciatura Plena e Especialização em Saúde Pública pela mesma universidade. A Gerente de Contratos Hospitalares da Tejofran é também especializada em Hotelaria Hospitalar pela FGV e Pós-Graduada em Propaganda e Marketing pela ESPM. Elaine tem 16 anos de experiência em Administração e Serviços, voltados à área da saúde, em cargos de liderança. No Grupo Tejofran está desde 2001 e já atuou na Gerência Operacional Hospitalar, até 2011, quando migrou para área comercial como Gerente de Contratos Hospitalares, desenvolvendo novos projetos. A Tejofran é especializada em soluções integradas de limpeza para hospitais, clínicas e laboratórios, possui um sistema de gestão unificado, formado por enfermeiros treinados, por procedimentos técnicos específicos, que asseguram a qualidade dos seus serviços.
Márcio fontoura Granato
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raduado em Engenheria Química e Pós-Graduado em Administração de Negócios pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Márcio Fontoura Granato iniciou suas atividades profissionais em 1996 na empresa MaxBrill Services como Responsável Técnico pelas atividades de controle de pragas e higienização hospitalar. Em 2004, assumiu a Diretoria Operacional da MaxLav Services. Em 2008, participou da conquista da empresa pela acreditação hospitalar de acordo com as diretrizes da Organização Nacional de Acreditação (ONA) em seu segmento de atuação. A empresa tem capacitação técnica no processo industrial de lavagem de enxovais hospitalares, permitindo que a roupa seja completamente higienizada e descontaminada, atuando como adjunto no combate à contaminação cruzada. Granato nasceu em São Paulo, tem 39 anos, é casado e pai de uma filha.
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qualidade e segurança
Cláudia Garcia de Barros
Marília Corrêa
C
H
om Pós-Graduação em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde, Cláudia Garcia de Barros é, desde janeiro de 2011, a Diretora Executiva de Prática Assistencial, Qualidade e Segurança no Hospital Albert Einstein. Entretanto, sua trajetória na instituição é longa. Possui experiência na área assistencial, com 10 anos de atuação em gestão de recursos humanos, materiais, financeiros, tecnológicos, administrativos na Unidade de Primeiro Atendimento (UPA) do hospital (1989 - 1999). Também é Professora de MBA em Gestão em Saúde, no Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Atualmente, exerce seu trabalho a fim de assegurar a aplicação das melhores práticas para a assistência ao paciente, promovendo uma cultura organizacional que valorize a qualidade, a segurança de pacientes e colaboradores, a saúde ocupacional e a proteção do meio ambiente.
á três anos no Hospital Mater Dei, Marília Fátima Costa Corrêa atua em processos de segurança do ambiente, qualidade e segurança assistencial. Dentre as melhorias destacam-se a preparação do hospital para participar do Projeto Hospital Sentinela da ANVISA, a sistematização do monitoramento dos processos de gestão da qualidade por meio da criação do “Calendário da Qualidade”, estabelecimento de fluxos e processos de monitoramento contínuo de não conformidades e eventos adversos. Atualmente, tem se dedicado à implantação de um novo software de gestão adquirido pelo hospital, assegurando o alinhamento estratégico-operacional e a segurança da informação. Marília é mineira, casada e mãe de duas filhas. Nos momentos de lazer opta por caminhadas ao ar livre, trabalhos manuais e passeios com a família.
Sandra Cristine da Silva
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outora em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo e Especialista em Unidade de Terapia Intensiva pela mesma instituição, Sandra Cristine da Silva também é Especialista em Saúde Baseada em Evidências pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês; em Qualidade e Produtividade pela Escola Politécnica da USP; em Gestão de Atenção à Saúde pela Fundação Dom Cabral e Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês. Atuou como enfermeira intensivista no hospital no período de 1995 a 2003. Foi Coordenadora de Educação, de 2003 a 2006, e Coordenadora do Curso de Pós-Graduação de Enfermagem em UTI, do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, em 2005. Desde 2006, atua como Gerente de Qualidade no hospital. A paulistana dedica seus momentos de lazer em explorar as belezas do fundo do mar.
João Antonio Aidar Coelho
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ascido na cidade de Olímpia (SP) e formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, em 1977. João Antonio Aidar Coelho fez Residência em Clínica Médica de 1978 a 1980. Foi professor assistente de UTI da Santa Casa de São Paulo (SP), de 1980 a 1990. Especialista, em Terapia Intensiva, desde 1982, e também possui conhecimento em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde. Coelho iniciou suas atividades no Hospital Bandeirantes (SP) em 1983, na Unidade de Diálise como plantonista. Foi eleito Diretor Clínico da instituição de 2000 a 2010. É Diretor Técnico do Hospital Bandeirantes desde 1992. Também exerce a diretoria executiva da Rede Pública do Grupo Saúde Bandeirantes. Coelho é membro diplomático do Parlamento Mundial Para a Segurança e Paz (ONU) de 2010 a 2014.
capa capa || 100 100 mais mais influentes influentes da da saúde saúde
Tecnologia da Informação
Carlos Eduardo Nogueira
Paulo Magnus
G
F
raduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Diretor Geral da InterSystems para a América Latina, possui também MBA Executivo pela mesma instituição de ensino. Há 20 anos na empresa, foi responsável pelo início das operações da corporação em São Paulo. Antes de ingressar na InterSystems, foi Vice-Presidente de Vendas e Marketing na GVT. Sua experiência em gerenciamento de empresas de software, telecomunicações e TI acumula mais de duas décadas. A InterSystems fornece diversas plataformas para saúde, conectando-a com tecnologias inovadoras de banco de dados e de integração. Tais dispositivos permitem às empresas a criação, implantação, execução e conexão de aplicativos de forma mais rápida.
ormado em Engenharia Eletrônica pela PUC-RS, em 1987, possui Pós-Graduação em Administração e Marketing pelo CEDEPE-PE, concluído em 1998. Magnus é fundador e atual Presidente da MV, empresa que oferece soluções de gestão para a área de saúde. O empresário integra o grupo de empreendedores apoiados pela ONG Endeavor, e também é Presidente da Federação das Santas Casas de Pernambuco. Ainda na adolescência, começou a trabalhar no setor de faturamento do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres (RS). No início da década de 80, já em Porto Alegre (RS), trabalhou no Hospital de Reumatologia. Aos 23 anos criou a sua primeira empresa de processamento de dados, consolidando-se como uma das maiores empresas do setor da saúde.
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Diego Dzodan
G
raduado em Contabilidade pela Universidade de Belgrano, na Argentina, e Pós-Graduado em Administração de Empresas pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, Diego Dzodan é o atual Presidente da SAP Brasil, cargo assumido em julho do ano passado. Sua carreira na companhia começou em 2004, como Diretor da área de Engenharia de Valor e Vendas Competitivas para América Latina. Na sequência, assumiu o cargo de Gerente Geral para Colômbia e Equador, e em 2009 se tornou Vice-Presidente Comercial para Grandes Empresas da SAP Brasil. A empresa fornece softwares para a área de saúde que contribuem para a maior humanização no atendimento ao paciente. Tais plataformas auxiliam o profissional a obter melhores dados para processos decisórios, maior agilidade no faturamento e cobrança através de processos financeiros simplificados, dentre outras vantagens.
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Mário Lonczynski
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om formação em Gestão de Empresas e Pós-Graduação em Administração Hospitalar o Sócio Fundador da SPDATA atua na área da saúde há 29 anos. Sua trajetória profissional iniciou-se no setor de faturamento hospitalar, ainda na juventude. Mais tarde, em 1988, junto a um de seus nove irmãos e alguns colegas, fundou a empresa na qual hoje é Diretor Presidente. Atuou de forma decisiva no crescimento e desenvolvimento das soluções que propostas ao mercado de saúde. A SPDATA oferece soluções em software para hospitais, laboratórios e clínicas de diversos portes, em todo o Brasil. Os programas desenvolvidos pela empresa utilizam soluções atualizadas de Tecnologia da Informação, com foco na gestão de custos. Lonczynski nasceu no Rio Grande do Sul, é casado e tem três filhos.
capa capa || 100 100 mais mais influentes influentes da da saúde saúde
ti dentro de instituições
Ricardo Santoro
Alexandre Dias Freitas de Jesus
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ormado em Matemática com ênfase em Sistemas de Computação, Ricardo Santoro atua há mais de 20 anos no setor de TI. Já foi responsável pela equipe de consultoria da Bull para o setor de telecomunicação e também pela área de TI de empresas como BCP, Telefônica e Claro. Ingressou no Albert Einstein em 2011, como responsável pela área de Tecnologia. Neste período respondeu por vários projetos entre eles a migração do Data Center na instituição, a execução de ferramenta de automação de processos para obter e consolidar informações de outcomes, desenvolver a estratégia de BI Analítico na área clínica, solução de planejamento e controle orçamentário (SAP/BPC), atualização da versão dos principais sistemas (Gestão Hospitalar, Laboratório, PACS, SAP etc) e a implantação da arquitetura de virtualização da infraestrutura de TI no hospital.
ascido em Presidente Prudente (SP), Alexandre Dias Freitas de Jesus recebeu aos 12 anos sua primeira certificação na área de informática na linguagem Basic. Aos 19 anos iniciou sua carreira na área hospitalar (Hospital A. C. Camargo) trabalhando no desenvolvimento de sistemas na linguagem Dataflex. É formado em Administração de Empresas e possui Especialização em Administração Hospitalar pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Em 2006, iniciou sua trajetória profissional no Hospital Santa Paula (SP) com a incumbência de reestruturar a área de TI. Desde então, sua atuação contribui para o elevado nível de qualidade e segurança no processo assistencial da instituição, garantindo o compromisso de oferecer qualidade de atendimento aos usuários. O Hospital Santa Paula participa de importantes programas voltados para a qualidade e segurança, como a ONA.
Carlos Yamashita
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arlos Rioiti Yamashita é responsável pelo setor de TI do Hospital 9 de Julho desde 2008. Participou dos principais projetos das certificações de qualidade obtidas pelo hospital, como re-certificação pela Organização Nacional de Acreditação, nível III, Canadian Council for Health Services Accreditation e Joint Commission International, trazendo assim uma contribuição da utilização da Tecnologia da Informação nos processos de melhoria da qualidade e segurança ao paciente, oportunidade em que os sistemas foram readequados às exigências. Implantou projetos inovadores na área hospitalar, como Gestão e Controle da Performance Operacional, CRM (médico, paciente e operadora), Performance Clínica (P4P), Gestão da Infecção Hospitalar (CCIH), Implantação de Sistemas de Hotelaria para os leitos de internação e outros, integrados ao ERP Hospitalar.
Margareth Ortiz de Camargo
M
argareth Ortiz de Camargo atuou como Analista de Administração de Dados Sênior, entre 1991 e 1995, no Núcleo de Informática do Hospital de Clínicas da Universidade de Campinas (UNICAMP) e como Coordenadora no Núcleo de Informática Biomédica na mesma instituição. De 1998 a 2000, foi Gerente do Centro de Informática do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Também atuou como consultora no desenvolvimento e implantação do Projeto de Informatização da Saúde da UNESCO pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, de 2003 a 2005. Exerceu a gerência do Escritório de Projetos e Assessoria da Diretoria de Administração e Sistemas da Companhia de Processamento de Dados do Município de São Paulo, de 2005 a 2006. Desde 2007 atua como Superintendente de Tecnologia da Informação do Hospital Sírio-Libanês.
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Gestão racional da água
Por Márcia Mariani
A
água, elemento essencial em nosso dia a dia, seguramente representa a vida, uma vez que é fonte de alimento, limpeza, revigoração e, por fim, responsável pela renovação da vida no planeta. Este líquido está presente em todos os lugares, como no ar que nos cerca, na superfície da terra, e até debaixo dela. Sendo de fundamental importância, a água está presente em grande quantidade dentro de todos os seres vivos. As grandes civilizações como a egípcia, suméria, indiana e chinesa se desenvolveram graças à proximidade de margens de rios, terras estas banhadas por este precioso líquido. De tão importante, a água é um bem público e econômico. Quanto mais a sociedade se desenvolve, mais a água
se torna necessária, porque ela está presente em praticamente tudo que é produzido para a civilização. Os hospitais são grandes consumidores deste precioso recurso. Afinal, a água está presente em diversos setores como no serviço de processamento da roupa, na nutrição e dietética, na higienização e limpeza, na central
Consumo de água por fonte
Metros cúbicos (m³)
de material esterilizado, entre outros. Portanto, é mais do que justificável realizar a gestão profissional deste recurso. Para isso, faz-se necessário: • Identificar as atividades a serem acompanhadas. • Focar nos pontos relevantes. • Escolher indicadores apropriados. Para garantir a confiabilidade das informações, faz-se necessário avaliar se os sistemas de monitoramentos existentes estão dentro de padrões adequados e confiáveis. Caso contrário, é essencial uma análise criteriosa para identificar os recursos necessários e, assim, a efetiva implantação do indicador. Um bom sistema de indicadores de desenvolvimento sustentável contempla indicadores ambientais, econômicos e sociais. Valores em Reais (R$)
Abastecimento Municipal Água Subterrânea (poços artesianos) Caminhão-pipa Água de superfície ( rios, lagos) Água de reuso Total recurso de água HEALTHCARE Management 23
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SUSTENTABILIDADE
artigo recurso água por unidade de consumo/ setor / processo Setor /processo Pode se controlar além do setor, os processos mais relevantes
Grau de impacto Pequeno Médio Grande
Controle (autonomia) Obs: geralmente serviços próprios
Para começar esta gestão de recursos é muito interessante aferirmos a quantidade de água utilizada por fonte, além de quantificarmos os recursos utilizados por setor, ou, se for mais adequado, por processo. Deste modo, teremos informações importantes para realizar o controle e, se possível, a redução do consumo.
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Influência
(Terceiros) Obs: geralmente serviços de terceiros
Indicador de consumo M³ ( metros cúbicos)
A informação que identifica se o setor/processo é serviço próprio ou de terceiros serve para adequação das estratégias de coleta, acompanhamento e reporte do recurso de água envolvido nos mesmos. Sempre que se tratar de recurso natural, a meta mais adequada e ecológica para o gestor é conseguir
Requesito legal aplicado ( Legislação) Orienta sobre as condições das obrigatoriedades legais que a entidade está sujeita
realizar a atividade dentro do “mais perfeito” processo racional possível para HCM sua realidade. Márcia Cristina Mariani é formada em administração hospitalar pelo Centro Universitário São Camilo, mestre em Liderança pela Unisa, especialista em gestão ambiental e desenvolvimento sustentável pela FAAP, Gerente ambiental e de projetos do INDSH- Instituto Nacional de Desenvolvimento Humano e Social e Membro do Projeto Nossa Terra (www.projetonossaterra.com.br)
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OPINIÃO
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SUSTENTABILIDADE
Iluminação
A solução para
economia
Conheça as opções que ajudam na economia dentro de grandes hospitais, como a utilização de lâmpadas mais potentes e sustentáveis 116
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Alternativa
LUCRATIVA
E
m grandes hospitais os custos operacionais são imensos e as despesas variáveis intermináveis. Neste caso, a saída é buscar a eficiência operacional. Ao produzir mais com menos, o administrador deve adotar todas as soluções disponíveis para reduzir os gastos. E ainda, melhorar as performances e tomar decisões que levem à sustentabilidade. Nesse sentido é importantíssimo debater vários pontos para avanços con-
tínuos nas reduções de custos e aumento de eficácia nas instituições de saúde. Também é necessário lembrar que o quesito iluminação gera muita despesa e na maioria das vezes, o gestor não consegue enxergar alternativas para minimizá-las. A luminosidade no hospital tem um peso enorme nos custos, pois há grande consumo de energia, já que o uso é de 24h por dia. Além disso, têm as manutenções constantes como as trocas regulares
de lâmpadas e as adequações de níveis da luz. Apesar de a iluminação ser um ponto sensível em um hospital, o mercado disponibiliza diversas soluções e tecnologias que proporcionam redução do consumo, bem como dos custos de manutenção. Tudo isso com uma visão de sustentabilidade. De acordo com Leandro de Barros, Consultor de Produtos da Lâmpadas Golden, atualmente com a tecnologia LED, é possível reduzir custos e me-
“Se considerarmos um uso de 24h por dia, a lâmpada de LED durará cerca de cinco anos” Leandro de Barros, Consultor de Produtos da Lâmpadas Golden
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SUSTENTABILIDADE
Iluminação “Um exemplo clássico é a substituição das fluorescentes tubulares utilizadas em boa parte dos hospitais pelas tubulares de LED.” Leandro de Barros, Consultor de Produtos da Lâmpadas Golden
lhorar os níveis de iluminação nos mais variados setores do hospital. “Este modelo proporciona soluções para retrofit, em que é possível tirar uma lâmpada tradicional e colocar uma LED utilizando a mesma estrutura do local”, explica. Barros comenta que uma substituição de lâmpada tradicional para a tecnologia LED pode reduzir de 50% a 90% o consumo de energia. E dependendo da solução utilizada, ainda pode prolongar a troca, visto que este modelo possui uma vida útil muito maior que as luminárias normais. “Um exemplo clássico é a substituição das f luor e s c en tes tubulares utilizadas em boa parte dos 118
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hospitais pelas tubulares de LED.” Tipicamente utiliza-se muito a lâmpada fluorescente tubular de 40W nos hospitais. Barros esclarece que neste caso, quando agregado ao reator, o gasto total costuma ser de 44W. “Este mesmo modelo pode ser substituído pela tubular LED de 18W, que por ser ligada diretamente na rede elétrica, dispensa todo o custo do reator”, orienta. Além disso, o consultor relata que utilizar a e s tru-
tura existente não demanda adaptações na instalação. Segundo ele, tal modelo dura 40.000h contra as 13.000h da lâmpada tubular fluorescente. “Neste caso estamos falando de uma redução de consumo de energia na ordem de aproximadamente 60%.” Barros ressalta que essa análise não considera os custos das trocas de lâmpadas tradicionais. Isso porque, a tecnologia LED, pela sua durabilidade, reduz significativamente as trocas. “Se considerarmos um uso de 24h por dia, a lâmpada de LED durará cerca de cinco anos”, destaca. Após esses exemplos é possível concluir que a iluminação evoluiu e pode trabalhar a favor do administrador na redução dos custos. Portanto, é válido lembrar que todos os investimentos nas novas tecnologias de iluminação são extremamente viáveis
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Alternativa
LUCRATIVA
e se pagam rapidamente com a economia proporcionada pela redução do consumo de energia. Por isso, é recomendável aos gestores conhe-
cerem todos os sistemas de iluminação com LED disponíveis no mercado, já que é possível encontrar diversas soluções para as mais variadas
aplicações. “A tecnologia LED em iluminação já é uma realidade e deve ser usada a favor do bom funcionamento de hospitais”, finaliza Barros. HCM
É a estimativa máxima de redução do consumo de energia, com uma substituição de lâmpada tradicional para a tecnologia LED
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O destino
ideal
Especialistas elencam vários pontos fundamentais para o adequado recolhimento das lâmpadas fluorescentes nas instituições hospitalares
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SUSTENTABILIDADE
Recolhimento
M
esmo sendo uma opção 80% mais sustentável do que as lâmpadas incandescentes, os modelos fluorescentes instalados em grande parte dos hospitais podem se tornar um risco à natureza se não forem devidamente descartados. Por conter mercúrio, metal pesado e tóxico, este produto deve ser recolhido e encaminhado a empresas capazes de realizar o descarte de maneira segura e eficaz. A quantidade de mercúrio em cada lâmpada pode parecer insignificante (aproximadamente 0,15 mg de Hg/ lâmpada). Mas se for considerado que todas elas vão para o lixão, por exemplo, em uma cidade de 2 milhões e meio de habitantes, pode-
-se ter aproximadamente 30 Kg de mercúrio por ano, sendo absorvido pelo solo, lençóis freáticos, contaminando rios, peixes, etc. O Brasil é um dos países do mundo que mais consome lâmpada fluorescente. De 250 milhões de lâmpadas comercializadas nacionalmente, apenas 15 milhões são descartadas corretamente. Conforme a Lei nº 12.350/2010 sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), as cadeias produtivas, consumidora e recicladora de diversos tipos de produtos, dentre eles as lâmpadas fluorescentes, “são obrigadas a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante
retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos”. A logística reversa é o instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial. O objetivo é criar o reaproveitamento para uma destinação final ambientalmente adequada. De acordo com a NBR nº 10.004, a lâmpada fluorescente é classificada como um resíduo perigoso (Classe I). Por isso, alguns cuidados devem ser tomados pe-
“É uma iniciativa que servirá para minimizar riscos e trazer sustentabilidade à questão” Eduardo Sebben, Diretor Superintendente da Apliquim Brasil Recicle 122
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Medida
adequada
los gestores hospitalares ao contratar uma empresa responsável pelo recolhimento e descarte deste elemento. Para Marcos Casado, Diretor Técnico e Educacional da Green Building Council Brasil (GBC Brasil), é fundamental checar primeiro se a firma tem licença de operação pelo órgão ambiental local, para transporte, manuseio e descarte. Também é válido conferir se a empresa possui cadastro técnico federal do IBAMA, além dos documentos necessários para comprovar se cumpre todas as normas e procedimentos de segurança.
Ao avaliar a política internacional de controle e gerenciamento do mercúrio, Eduardo Sebben, Diretor Superintendente da Apliquim Brasil Recicle, afirma que esta política é extremamente relevante para a gestão deste elemento como um todo. “Essa é uma iniciativa que servirá para minimizar riscos e trazer sustentabilidade à questão”, salienta. Seleção Geralmente as fábricas que realizam a descontaminação das lâmpadas fluorescentes hospitalares promovem a reciclagem separando o vidro,
o alumínio e os infectantes através de equipamentos. “O material costuma ser enviado para reciclagem, sendo encaminhado para um local apropriado”, explica o diretor da GBC Brasil. A diretora da Bulbox Neice, Thiesen Barros, menciona que a empresa trabalha com um equipamento móvel que se desloca até o local de armazenamento das lâmpadas, evitando assim a necessidade de transportá-las até outro ambiente. “Por várias vezes é necessário atravessar vários estados até chegar ao ponto de processamento. Em se tratando
“O fundamental é a campanha de conscientização de toda a sociedade para o recolhimento dessas lâmpadas” Marcos Casado, Diretor da GBC Brasil
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SUSTENTABILIDADE
recolhimento de material frágil, é preciso evitar que ocorram possíveis acidentes ambientais nestes trajetos”, afirma. Neice conta que o mercúrio é transportado até o destino final de maneira mais segura, pois não está mais em forma gasosa, mas sim sólida, estabilizado no filtro. “O cliente pode comprovar, através da documentação emitida, que o material realmente não foi parar em destinos desconhecidos ou proibidos, como o garimpo clandestino, por exemplo”, alerta. Já Sebben também comenta que na Apliquim é feita a recuperação do mercúrio que se encontra em estado gasoso. No entanto, por meio de um elemento
é capturado o pó fosfórico, resgatando assim, o estágio líquido elementar. Além disso, é realizado o monitoramento e controle do processo através de um transporte especializado. Casas de saúde como Hospital de Clínicas da Unicamp, Hospital de Clínicas da UFRGS (RS), Hospital da UFMG e Hospital de Clínicas do Paraná (HC-UFPR) já contam com este serviço de recolhimento das lâmpadas fluorescentes, sendo a garantia de mais segurança aos pacientes. Para hospitais de cidades que não possuem postos de recolhimento dessas lâmpadas, Marcos Casado recomenda a contratação de empresas privadas de
outras localidades para realizar este trabalho. As instituições também devem disponibilizar um espaço para o armazenamento seguro das lâmpadas, como caixas, tambores ou outros recipientes, e solicitar a coleta. “O descarte de maneira inapropriada pode provocar a contaminação da edificação”, orienta. Questionado sobre o período necessário para a troca das lâmpadas fluorescentes, o diretor técnico da GBC Brasil, Marcos Casado, diz que isso depende da qualidade do produto e o tempo de construção do hospital. “Quanto mais velho o local, mais resíduos gerará, pois as lâmpadas possuem tempo de vida
“Infelizmente ainda notamos pouco conhecimento sobre os perigos deste tipo de resíduo em todas as áreas” Neice Thiesen Barros, Diretora da Bulbox
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Medida
adequada
útil”, ressalta. Na análise de Casado, a Nova Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil é um grande avanço para preservação do meio ambiente. Essa a medida diminuiu a pressão nos aterros sanitários e proporciona uma sobrevida. “Ainda pode-se gerar uma enorme possibilidade de negócios com os resíduos no País, por serem muito ricos e originarem inclusive energia”, explica. Para Neice, o mercado brasileiro de gestão de resíduos hospitalares está em ascendência, porém muito
aquém do ideal, pois, apenas os maiores hospitais, ou aqueles com uma organizada gestão, possuem esta preocupação. “Infelizmente ainda notamos pouco conhecimento sobre os perigos deste tipo de resíduo em todas as áreas.” Ela diz que os hospitais, assim como todos os grandes geradores de resíduos, devem se conscientizar que os gastos com a destinação adequada, especialmente os perigosos, devem atualmente ser inseridos nos planos de custos, para garantir a preservação da saú-
de do meio ambiente. Eduardo Sebben alega que os conceitos de descontaminação e reciclagem deveriam ser melhor trabalhados de forma a conscientizar toda a sociedade, padronizando informações, para que seja possível garantir a correta destinação das lâmpadas. “Isso ocorre, entre outros fatores, pela falta de incentivos organizados do poder público para que as empresas desenvolvam seu trabalho. Vale citar que uma única lâmpada pode contaminar até 15 mil litros de água”, encerra. HCM
A DESCONTAMINAÇÃO O serviço na maioria das empresas de descontaminação de lâmpadas fluorescentes funciona da seguinte forma: após o primeiro contato com o cliente, a empresa agenda o serviço e vai até o local. As lâmpadas são trituradas dentro do equipamento, sob pressão negativa, evitando assim qualquer emissão de gás no ambiente. No seu interior, os resíduos são separados através de filtros, permanecendo o mercúrio absorvido no filtro químico estabilizado. Os resíduos de vidro e ponteiras metálicas ficam no tambor, já descontaminados de mercúrio. Vale destacar que 98% dos resíduos do processo são estes elementos, que podem ser encaminhados para a reciclagem. Depois de todo esse procedimento, a empresa geralmente emite o certificado de descontaminação das lâmpadas ao cliente, possibilitando-o comprovar a correta destinação. Na Apliquim Brasil Recicle é diferente, todos os materiais são separados e encaminhados para a reciclagem de forma comprovada.
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ALÉM DOS
NEGÓCIOS Dificuldades do setor
O difícil acesso às novas
tecnologias
Brasil brilha aos olhos de empresas estrangeiras, mas excesso de trâmites atrasa a vinda de novidades do segmento médico-hospitalar 126
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EmpresaS
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evar tecnologia de ponta para o setor da saúde no Brasil não é tarefa fácil. Para que tais ferramentas cheguem ao paciente é necessário percorrer uma longa trajetória. Além de todos os trâmites, outro empecilho que muitas empresas encontram é a resistência às novidades. É notável a importância de um sistema regulatório para favorecer empresas que buscam desenvolver negócios com parceiros sólidos, norteando todas as exigências pelo viés da qualidade dos produtos. Entretanto, conforme salienta Ronald Lorentziadis, Diretor da Bace Healthcare, o excesso burocrático, associado à falta de pes-
soal, tem gerado lentidão nos processos de registros. “Tal situação tem assustado muitas empresas estrangeiras, afastando-as do mercado brasileiro. Não são poucos os fornecedores que acabam desistindo de atuar no nosso mercado, o que é uma pena por reduzir a concorrência e, principalmente, por restringir o País ao acesso de novas tecnologias.” Com isso, confrontam-se duas questões pontuais para o fomento econômico e tecnológico no campo da saúde. Por um lado, há o grande interesse de empresas estrangeiras de ingressar no mercado brasileiro. Em contrapartida, estão a morosidade e as
dificuldades impostas que emperram a vinda destes produtos e equipamentos para o País. “Com o uso de dispositivos inovadores, o Brasil passa a aumentar seu potencial econômico, pois se beneficia com os melhores produtos desenvolvidos e fabricados com tecnologia de ponta que oferecem melhores resultados, custo benefício, segurança e qualidade”, salienta Lorentziadis. Ainda de acordo com o diretor, as dificuldades vão além dos processos regulatórios. Vale ressaltar também a elevada carga tributária dos produtos, além de todo o trabalho para colocá-lo no mercado. “Há uma natural resistência ao novo,
Diretoria da Bace
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ALÉM DOS
NEGÓCIOS Dificuldades do setor por se tratar da utilização de conceitos e tecnologias novas. Por isso, há a necessidade de realizar uma completa assessoria, por meio de um trabalho próximo dos clientes para quaisquer esclarecimentos e treiná-los constantemente. Todo o processo de implantar novas tecnologias é muito caro a qualquer empresa que se proponha a fazer um trabalho sério e consistente, pois demanda capacitação e preparo técnico e muito tempo para se obter o retorno do
investimento.” Conforme explica o diretor, os trâmites para que o produto chegue ao Brasil acontecem de duas maneiras. Por meio de várias feiras e congressos internacionais que ocorrem anualmente, apresentando o produto para as instituições e profissionais. Ou então através de demandas dos próprios clientes quando necessitam da captação de algum material ou solução. “Neste caso, uma vez identificado o potencial
fornecedor, realiza-se uma visita técnica à empresa para avaliar seus processos e real solidez. Somente depois desta avaliação é que a empresa se capacita para transformar-se em um parceiro e fornecedor”. Mesmo com tantas dificuldades, a procura por novas tecnologias ainda é crescente no País. “Cada vez mais médicos e profissionais da saúde têm participado de congressos internacionais, onde as tecnologias são apresentadas.
“Não são poucos os fornecedores que acabam desistindo de atuar no nosso mercado, o que é uma pena por reduzir a concorrência e, principalmente, por restringir o País ao acesso de novas tecnologias” Ronald Lorentziadis, Diretor da Bace Healthcare 128
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A dificuldade é o tempo que elas demoram para serem implantadas no Brasil. Geralmente elas chegam bem atrasadas com relação aos países onde foram lançadas”, avalia Lorentziadis. Em se tratando de eventos do setor, há 10 anos a Bace Healthcare participa da Feira Hospitalar e neste ano, junto com a empresa alemã Berchtold, divulgará as mesas cirúrgicas e focos da mais avançada tecnologia disponível no mundo, patente do parceiro alemão.
Segundo o diretor, a expectativa é somar mais quatro empresas para representar com exclusividade no Brasil em 2013. “Atendemos cerca de 700 hospitais e 40 distribuidores em todo o País. Entre os clientes podemos destacar o Hospital Sírio-Libanês; Hospital Albert Einstein; Hospital Samaritano; Grupo Amil; Cruz Azul Saúde e Educação; Grupo Rede D´Or, Hospital das Clínicas de São Paulo; Intermédica, Beneficência Portuguesa, etc.
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Fundada em 1976, a Bace Healthcare atua na área de comércio internacional. Em 1991 abriu sua divisão na área médico-hospitalar, que logo passou a ser a principal atividade da empresa. Atualmente, fabrica e importa produtos de consumo médico-hospitalar e médico-laboratorial, representando algumas das principais empresas do segmento, como as alemãs Paul Hartmann, a holandesa Palmedic, e as americanas Medline e Ansell. HCM
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ALÉM DOS
NEGÓCIOS feira hospitalar
Feira
Hospitalar
Cerca de 1.250 expositores aguardam mais de 92 mil visitantes no grande encontro da saúde da América Latina
A
23ª edição da revista HealthCare Management não poderia deixar de dedicar algumas de suas páginas ao maior evento internacional de negócios na saúde da América Latina, a 20º Feira Hospitalar. Para isso, nada melhor do que saber de sua própria idealizadora as expectati-
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vas para o ano de 2013. Em seu escritório, na capital paulista, a médica e empresária Waleska Santos, Fundadora e Presidente da Hospitalar, recebeu a nossa equipe de jornalismo e, durante duas horas, falou sobre a Feira, o mercado industrial brasileiro, a crise de 2008 e as perspectivas para este ano.
Criada há 20 anos, a Feira Hospitalar é hoje um evento obrigatório na agenda de médicos, indústrias ligadas ao setor da saúde e órgãos governamentais. Tudo isso nasceu visando beneficiar o paciente, dando condições para os profissionais obterem o máximo de informações e suporte, o que, con-
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Clube da
saúde
sequentemente, acarreta em um trabalho com maior conhecimento e segurança. “Desde a primeira edição nós fizemos um plano, como o projeto piloto de Brasília, onde você tem Norte e Sul. No início, pensamos em um evento que congregasse não só os profissionais liberais, como também a indústria fornecedora de equipamentos e serviço, ou seja, que houvesse uma integração e uma linguagem única. Cada um com a sua especialidade, mas com esse intercâmbio e trabalho em equipe. Afinal o objetivo é um só: tratar com excelência o paciente”, explica.
Adaptou-se, então, uma fórmula de promoção comercial mais customizada para a saúde. Não apenas vender equipamentos, mas sim trazer informações, variedades e o que de melhor existe de preço, custo e qualidade no mercado. Agora, mais do que nunca, o comprador tem poder sobre o fornecedor, pois ele “se aculturou e se sente mais forte e não refém”. E toda essa integração está na Feira Hospitalar que, uma vez por ano, reúne toda a cadeia produtiva da saúde em um ambiente propício, um verdadeiro “clube da saúde”. Afinal, são
cerca de 1.250 expositores, mais de 60 eventos dentre seminários, congressos e workshops e 92.000 visitas de profissionais. Com isso, a feira cumpre seu papel de trazer à tona a gestão profissional e, sobretudo, melhorar os processos, a promoção da saúde e do serviço. “A Hospitalar é um passeio de conhecimento. Não são apenas produtos, mas também de serviços de atendimento. O profissional se acultura,” explica Waleska que enfatiza o objetivo da Feira em mostrar a saúde que funciona, para que os bons exemplos sensibilizem os profissionais.
“Colocamos frente a frente fornecedor e comprador. Isso estimula o sucesso do negócio. É uma valiosa oportunidade de a indústria realizar a pesquisa in loco, pessoal, saber o que o consumidor precisa e deseja comprar” Dra. Waleska Santos, fundadora e presidente da Hospitalar
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NEGÓCIOS feira hospitalar
Foto: Jefferson Bernardes
O começo Há mais de vinte anos não existia um evento no Brasil que reunisse diversos showroons de empresas do segmento da saúde. Os dirigentes hospitalares visitavam distribuidor por distribuidor, por isso era muito complicado chegar a um consenso sobre qual seria a melhor escolha, considerando fatores como preço, condições, atendimento, pós-venda, etc. Faltava uma visão de conjunto, em que todas essas ideias que dizem respeito à atividade hospitalar estivessem juntas, no mesmo local e momento. “Enquanto eu estava na escola de Medicina, tive a oportunidade de viajar para 132
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o exterior e frequentemente me informava sobre as novidades. Cheguei até a trazer equipamentos quando os professores pediam. Então comecei a fazer contato com os fabricantes, pesquisando nas listas telefônicas, e visitava as entidades representativas dos médicos, como sindicatos e associações”, lembra Waleska. O processo de criar a Hospitalar contou com a ajuda de muitas pessoas como Paulo Barbanti, da Intermédica; Francisco Ubiratan Delappe, falecido em 2012, idealizador da Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Fenaess) e da
Confederação Nacional da Saúde (CNS); Juljan Czapski, o criador dos planos de saúde no Brasil, e muitos outros. “Quando eu conversava com essas pessoas, percebia o entusiasmo com a ideia de criar um evento como a Hospitalar. A experiência do Dr. Ubiratan ajudou muito a definir um formato para o evento que fosse adequado para o Brasil.” O sucesso da Hospitalar já pode ser comprovado desde o seu início. “Já na primeira edição tivemos a participação de empresas de 19 países e a presença do Diretor Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Hiroshi Nakajima”, comenta.
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Clube da
saúde Mercado competitivo Não existe um país altamente suficiente quando o assunto é equipamento para a saúde. Até mesmo os mais desenvolvidos do mundo como Estados Unidos, Japão e Alemanha importam tecnologia para seus serviços. Afinal, trata-se de um campo intensamente fomentado por pesquisas oriundas de diversas partes do globo. Hoje, o Brasil exporta para mais de 170 países. Ainda assim, a importação fomenta intensamente o mercado nacional. Por isso, a importante presença das empresas estrangeiras no evento que, por um lado, incentivam ainda mais a competição e, consequentemente, a qualidade e o preço dos produtos. Em contrapartida, esse cenário gera mais negócios para o País. “Nos-
sa visão é que as empresas brasileiras se beneficiem com a presença da indústria internacional. Afinal, criou-se a oportunidade de ter em casa um produto desenvolvido. Com isso surgiram diversos acordos de joint venture, parcerias em troca de tecnologia e de representação. Uma vez que a indústria, ao ter uma rede de capilaridade de clientes e sem tempo ou orçamentos para investir em uma pesquisa, ela pode representar e ser parceiro de uma indústria internacional, ganhando tempo e otimizando recursos”, salienta a presidente da Hospitalar. Essa parceria entre empresas nacionais e internacionais beneficia diretamente o consumidor, uma vez que há distribuidoras locais e atendimento pós venda no
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Brasil, ou seja, mais agilidade no atendimento. Todas essas facilidades, juntamente com o posicionamento mais crítico e participativo do consumidor perante o mercado, intensificaram, segundo a Dra. Waleska, a partir da crise de 2008. Naquele momento, a conjectura internacional viveu a falta de crédito, o baixo consumo e o declínio do desempenho das empresas de vários segmentos, inclusive da saúde. “Depois dessa turbulência, a indústria internacional viu a América Latina como o grande local para desovar seus estoques. Isso porque os países ricos começaram a não renovar tanto, nem comprar muito. Com isso os fabricantes tinham que vender e conquistar novos clientes.” Estava, assim, armado
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NEGÓCIOS feira hospitalar “O setor amadureceu. A compra é consciente. O investimento é bem feito.” Dra. Waleska Santos, fundadora e presidente da Hospitalar
o principal palco de oportunidades para as grandes empresas estrangeiras, que trouxeram para a Feira Hospitalar ofertas de bons equipamentos, a preço mais barato. “Iniciou-se então no evento a prática de promoção. Isso porque as indústrias internacionais necessitavam colocar seus produtos no mercado, pois, caso contrário, encerraria a produção e fecharia a fábrica. Logo, os preços abaixaram e muitos hospitais tiveram facilidade maior de crédito. “O setor amadureceu. A compra é consciente. O investimento é bem feito.” Não só as grandes empresas são beneficiadas pela Feira Hospitalar, afinal
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o evento abriu portas para países de menor produção colocar seus produtos na maior vitrine da América Latina. “Colocamos frente a frente fornecedor e comprador. Isso estimula o sucesso do negócio. É uma valiosa oportunidade de a indústria realizar a pesquisa in loco, pessoal, saber o que o consumidor precisa e deseja comprar.” São países do Leste Europeu, África, Oriente Médio e de outras regiões que se reúnem durante os quatro dias do evento. Dra. Waleska relata casos como representantes políticos visitarem a Hospitalar para comprar de empresas estrangeiras, porque sabem
que as principais indústrias estarão presentes. Assim, cria-se, também, a oportunidade de produtos brasileiros serem mais vistos por todo o mundo. “Recebemos missões estrangeiras, proporcionamos a eles visitas guiadas. Já houve casos de presidentes de países da África comprarem produtos para 100 hospitais. Ademais, temos acordo de cooperação entre países. A Inglaterra, por exemplo, já fez lançamentos de acordo com o Ministério da Saúde na nossa Feira. Esse ano vai haver outra palestra a qual o governo inglês lançará um projeto de cooperação”, ressalta Waleska.
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Clube da
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Encontro entre lideranças Um evento de tamanha grandeza como a Feira Hospitalar conta com a participação de inúmeras associações e entidades para a sua realização. Como é o caso da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), que desde 2011 estreitou seu relacionamento com a Feira através da promoção do 1º Congresso Nacional de Hospitais Privados (CONAHP). Segundo o Presidente da Associação, Francisco Balestrin, a ANAHP sempre buscou “se aproximar e estabelecer um relacionamento positivo com as entidades que representam o setor. Por isso, sempre
participamos da Feira Hospitalar, um dos principais eventos do segmento”. Ainda de acordo com Balestrin, o evento proporciona o perfeito benchmarking à gestão das empresas, bem como a discussão de temas fundamentais para a perenidade do setor. “A Hospitalar reúne ainda os principais líderes da saúde e é uma grande oportunidade para relacionamento. Por isso conquistou o seu espaço e sua representatividade no setor. Esse evento deixou de ser apenas uma feira e se tornou um ponto de encontro entre as lideranças da saúde. Além
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disso, a Hospitalar congrega hoje uma grade de eventos de alto nível, em parceria com entidades representativas do setor.” Para este ano, está previsto o lançamento da 5º edição do Observatório ANAHP na Feira Hospitalar, além da promoção do segundo seminário da entidade sobre o envelhecimento populacional e as repercussões na atividade hospitalar e na assistência. “Também teremos um stand da entidade que será o principal ponto de encontro entre os hospitais membros associados e afiliados, bem como das lideranças do setor”, explica.
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NEGÓCIOS feira hospitalar
Hospitalar e MEDICA A Feira Hospitalar também conta com a parceria da MEDICA, feira líder mundial neste segmento. Esse estreito relacionamento, que existe desde 1998, foi ratificado durante a MEDICA de 2012, quando foi assinada a renovação do acordo já existente, reforçando os laços que unem
as duas grandes feiras. Com isso, a Hospitalar pode levar informação do evento e do mercado brasileiro de saúde a diversos países em que a promotora alemã possui escritórios de representação. Por sua vez, a parceria permite à MEDICA ter uma especial promoção e divulgação no Brasil e
na América Latina. Segundo Horst Giesen, Diretor da MEDICA, esta cooperação traz muitos benefícios para os dois lados. “Os organizadores da Hospitalar nos apoiaram no sentido de obter mais visibilidade e, assim, atrair empresas brasileiras para expor na MEDICA e trazer delegações
“As empresas usam a Hospitalar para entrar em contato com os tomadores de decisões do setor de saúde e para atender os parceiros da indústria médica. Além disso, é realizado um intenso contato entre comerciantes e importadores de produtos médicos. Trata-se de uma grande plataforma para os negócios do segmento, oferecendo à pessoas de todo o mundo o intercâmbio de experiências” Horst Giesen, Diretor da MEDICA 136
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como os visitantes para a nossa feira. Nossa parte é chamar empresas de todo o mundo para expor na Hospitalar. Fazendo isso, incluímos a nossa rede mundial de representantes e escritórios em cerca de 70 países”, comenta. Para este ano, a MEDICA trabalha, mais uma vez, no sentido de atrair expositores internacionais, muitos deles da Europa e dos Estados Unidos. Entretanto, conforme salienta Giesen, o trabalho de convencimento não é
nada árduo, afinal o País está se destacando perante os olhares das maiores potências mundiais. “A economia brasileira está em constante crescimento, consequentemente, muitos investimentos estão sendo feitos. E o setor da saúde oferece muitas oportunidades de negócios para fabricantes internacionais de equipamentos médicos”, ressalta. Ainda de acordo com o diretor, sempre há um retorno positivo das empresas europeias em participar da Hos-
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pitalar. “Eles sabem da magnitude do evento e quanto isso pode gerar benefício. As empresas usam a Hospitalar para entrar em contato com os tomadores de decisões do setor de saúde e para atender os parceiros da indústria médica. Além disso, é realizado um intenso contato entre comerciantes e importadores de produtos médicos. Trata-se de uma grande plataforma para os negócios do segmento, oferecendo às pessoas de todo o mundo o intercâmbio HCM de experiências.”
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NEGÓCIOS Debates e Tendências
Novos
horizontes
Representantes políticos, pesquisadores e indústria médica debatem desafios do segmento da saúde no País
D
urante os dias 16 e 17 de abril, o Centro de Convenção Rebouças, em São Paulo, sediou a segunda edição do Congresso de Inovação em Materiais e Equipamentos para Saúde (CIMES). O evento, realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo) em parceria com a Sociedade
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Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec), contou com a participação de representantes do governo, importantes indústrias do setor e universidades. A sessão de abertura teve a presença de Franco Pallamolla, Presidente da ABIMO; Dirceu Barbano, Presidente da ANVISA; João Paulo Pieroni, Gerente Setorial do Complexo Industrial da Saúde do BNDES;
Ivan Hussni, Diretor Técnico do Sebrae SP; Maurício França, Superintendente de Tecnologia para o Desenvolvimento Social da FINEP; dentre outros. O presidente da ABIMO, diz que “o governo vem respondendo aos nossos questionamentos, entretanto muito ainda deve ser feito, inclusive por nós, indústrias e academia. Por isso estamos reunidos neste fórum,
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para encontrar alternativas e superar os desafios”. O Diretor Geral da Protec, Roberto Nicolski, salientou que o CIMES enfatiza a importância de medidas governamentais para o setor. “Quando comecei nesta área, em 1994, não havia uma única lei que estimulasse a empresa a inovar. Tudo foi criado em função desta atuação que realizamos hoje. A própria Protec foi criada para este fim: reunir forças para criar políticas públicas para a promoção do setor.” Segundo Paulo Henrique
Fracarro, Presidente Executivo da ABIMO, a grande importância do encontro é criar uma postura inovadora nas empresas. “O Brasil teve muita dificuldade de desenvolver essa mentalidade de inovação no início da era industrial. Nossos primeiros passos foram cópias do que era feito em outros países. Com a economia aberta não podemos nos contentar com isso. O objetivo desse evento é trazer todas as partes direta ou indiretamente envolvidas nesse processo de inovação. Porque se nada disso acontecer a in-
dústria brasileira enfrentará dificuldades em competir com o mercado global.” Em discurso, Dirceu Barbano, Presidente da ANVISA, elogiou a iniciativa do evento e afirmou que a parceria entre indústrias, academia e governo é essencial para o crescimento do setor. “Esse debate é uma obrigação de qualquer segmento que atue na saúde. A agenda da ANVISA não pode ser apenas para a saúde, tem que ser um olhar econômico. Temos que ter produtos de qualidade e ampliar o acesso”, ressaltou.
“Esse debate é uma obrigação de qualquer segmento que atue na saúde. A agenda da ANVISA não pode ser apenas para a saúde, tem que ser um olhar econômico. Temos que ter produtos de qualidade e ampliar o acesso” Dirceu Barbano, diretor da anvisa
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NEGÓCIOS Debates e Tendências
comissão organizadora do 2o cimes e equipe de jornalismo do grupo mídia
Regulação da Inovação e Certificação Durante o CIMES muito se debateu a respeito do polêmico tema sobre a regulação da inovação e certificação de produtos. Conforme Barbano salientou, a Agência possui um déficit no tempo de registro de materiais médicos. Ressal-
tou também, a importância da construção de medidas eficazes para o desenvolvimento tecnológico e social. Barbano defende a importância de um forte marco regulatório. “Tudo o que se produz na indústria de equipamentos e materiais
será usado por hospitais e clínicas, por isso devemos olhar para a questão da segurança e eficácia dos produtos a fim de proteger as pessoas. Além disso, o marco eleva o patamar de preocupação da indústria, fomentando a preocupa-
“O grande problema do Brasil é que hoje muitos brasileiros estão tendo o direito de acesso negado às tecnologias comprovadas em eficácia porque o Governo não tem recursos para pagar” José Gomes Temporão, ex- ministro da Saúde e atual Diretor do ISAGS/ UNASUL 140
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ção de buscar a qualidade na eficácia dos produtos. Assim, colocamos a indústria em um nível superior de competitividade interna e internacional. Ou seja, protegemos a saúde das pessoas e colocamos a indústria no mesmo patamar que as indústrias de fora do País.” Atualmente, o prazo para análise é de seis meses e meio para matérias de saúde, chegando a 17 meses e meio para produtos ortopédicos. Conforme o presidente da Agência, considerando as entradas de todas as petições de registros (novos, revalidações e alterações), houve um au-
mento de 76% no número de processos em 2012, em relação a 2005. No mesmo período, todas as publicações de petições de registros novos, revalidações, alterações e indeferimentos emitidos pela ANVISA aumentaram 33%. Ainda assim, foram apresentadas propostas para modernização da gestão interna de trabalhos da Agência, como a divisão de cinco diretorias visando melhorar o atendimento. Outra solução será a celeridade da liberação dos processos simplificando a análise referente ao cadastro e classificação das alterações de registro. Para isso será
utilizado o peticionamento eletrônico para o setor de materiais e equipamentos para saúde até o fim do ano. Tal sistema também proporcionará um formato objetivo para a aprovação. Também ressaltou-se a instituição de um processo simplificado de análise para determinados pedidos de aprovação de pesquisas clínicas, como o caso de estudos já avaliados e aprovados pelas autoridades reguladoras na Europa, Estados Unidos, Japão, Austrália ou Canadá (RDC Nº 36, de 27/06/2012). “Com esse novo procedimento, há expectativa que se reduza pela metade o
“O governo vem respondendo aos nossos questionamentos, entretanto muito ainda deve ser feito, inclusive por nós, indústrias e academia. Por isso estamos reunidos neste fórum, para encontrar alternativas e superar os desafios” Franco Pallamolla, Presidente da ABIMO HEALTHCARE Management 23
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NEGÓCIOS Debates e Tendências tempo que a ANVISA leva para autorizar esses estudos”, salientou. Outra medida para agilizar os procedimentos é abrir a possibilidade de a ANVISA reconhecer auditorias e inspeções internacionais realizadas por organismos certificadores no Brasil e em outros países. “Isso pode diminuir de imediato em 80% o número de inspeções internacionais e nacionais”. Além disso, estuda-se, também, a proposta de
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alteração na validade dos registros de produtos sujeitos à vigilância sanitária, segundo o critério de risco sanitário. Logo, haverá uma redução do acúmulo de demandas por revalidação de registros, com otimização da capacidade operacional da ANVISA. Para Djalma Luiz Rodrigues, Diretor Conselheiro da ABIMO, as medidas de apoio ao segmento são sempre bem-vindas, porém o executivo salientou algumas dificuldades. “Fa-
lamos muito da demora para obter a certificação da ANVISA, mas não é somente isso que faz com que o produto seja lançado tardiamente no mercado. Muito ainda precisa ser melhorado para não haver tanta morosidade do processo. Acaba-se perdendo tempo preciso e, consequentemente, deixando de salvar vidas. O governo está bem intencionado e se isso for implantado tanto a indústria, quanto o paciente, será beneficiado”.
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Inova Saúde Durante o 2º CIMES, representantes do governo apresentaram para o público o Plano Inova Saúde. Trata-se de instrumentos de financiamento da FINEP (Agência Brasileira da Inovação), do Ministério da Saúde e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Assim, serão apoiados projetos de inovação em quatro linhas temáticas: Diagnósticos in vitro e por imagem, Dispositivos implantáveis, Equipamentos eletromédicos e odontológicos e Tecnologias da Informação e Comunicação para Saúde. Para Eduardo Jorge Va-
ladares de Oliveira, Diretor do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde do Ministério da Saúde, o projeto é o maior investimento que as agências públicas já realizaram para o setor. “Acreditamos que essa mobilização de créditos, seja na forma direta ou através de créditos e compras públicas, poderá viabilizar a produção de tecnologias que são essenciais para a prestação de serviço de saúde no País.” Segundo Maurício França, Superintendente de Tecnologia para o Desenvolvimento Social da FINEP, o evento trouxe a
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oportunidade de discutir ações políticas para os gargalos do setor. “Não há tecnologia sem inovação. Por isso temos que discutir todos os desafios e trazer instrumentos que busquem a qualidade da universalização do acesso à saúde.” Representando o BNDES, João Paulo Pieroni, Gerente Setorial do Complexo Industrial da Saúde, disse que o CIMES já se consolidou como maior seminário para a discussão de indústrias e equipamentos para a saúde. “Por isso, estamos aqui para anunciar junto com a FINEP e o Governo o pro-
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NEGÓCIOS Debates e Tendências
grama Inova Saúde que, pela primeira vez, está realizando uma articulação conjunta para o setor.” De acordo com Márcio Bósio, Diretor Institucional da ABIMO, trata-se de demandas que o setor vem pleiteando há mais de 10 anos. “O segmento de equipamentos e materiais médicos não era reconhecido pelos órgãos de fomento. Hoje, realizamos um trabalho intenso para demonstrar a importância e a capacidade que a indústria tem de gerar valor agregado a seus produtos. Com isso, temos linhas específicas que visam melhorar o desempenho do setor. Entretanto, ainda temos dificuldades do ponto de vista tributário, principalmente a grande disparidade quanto ao produto importado. Isso torna o produto brasileiro menos competitivo no nosso País, o que é um desrespeito à produção brasileira.” Representando o Sebrae, Francisca Pontes de Aquino, Analista da Unidade de Atendimento Coletivo-Indústria, ressaltou que as políticas públicas são fundamentais, assim como a força do empresariado de crescer. “Não podemos deixar de incluir as empresas de pequeno porte tamHCM bém”, finalizou.
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Perspectivas No segundo dia, José Gomes Temporão, ex-Ministro da Saúde, atual Diretor do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde da União de Nações Sulamericanas (ISAGS/ UNASUL), palestrou sobre o sistema de saúde em um mundo em transformação. Em entrevista exclusiva à revista HealthCare Management, Temporão acredita que o Brasil é um campo fértil para muitas oportunidades devido à abrangência do mercado nacional, tanto do setor público e privado, e também por causa da crescente demanda. Entretanto, o ex-ministro destacou a necessidade de uma maior articulação da produção industrial com o sistema de saúde. “O grande problema do Brasil é que hoje muitos brasileiros têm o direito de acesso negado às tecnologias comprovadas em eficácia porque o Governo não tem recursos para pagar”, concluiu. Questionado sobre a valorização do profissional da saúde, Temporão citou o ditado “cuidar de quem cuida”. Para ele, não há o devido reconhecimento do trabalho exercido por enfermeiros e médicos que trabalham “em um ambiente estressante e desgastante, e muitas vezes exercem múltiplos empregos devido à baixa renumeração”. Temporão também salientou a necessidade de uma ampliação da agenda da saúde, incorporando a questão da inovação, da base produtiva e de seu papel estratégico na crise atual. Confira a entrevista na íntegra no site saudeonline.net.br.
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Espaço
MÉDICO busca por conhecimento
XIII Jornada Paulista de
Urologia
Encontro trouxe palestrantes internacionais para mais de mil profissionais no Brasil
A
acolhedora cidade de Campos do Jordão (SP) sediou, de 18 a 20 de abril, a XIII Jornada Paulista de Urologia, um evento promovido pela Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo (SBU-SP). Durante os três dias, profissionais se reuniram para debater as tendências atuais da medicina e conhecer novas tecnologias expostas por diversas empresas. A Jornada contou com a participação de convidados
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internacionais que compartilharam os avanços e estudos da urologia do mundo todo para o público presente. Em entrevista exclusiva à revista HealthCare Management, Guido Giusti, Diretor do “Stone Center” e do Centro Europeu de Treinamento de Endourologia no Instituto Clinico Humanitas em Milão, Itália, disse surpreso com o porte e organização do evento. “Este encontro com profissionais não perde em nada para o que realiza-
mos na Itália. Considero os profissionais brasileiros extremamente capacitados e as técnicas empregadas são muito semelhantes com as realizadas na Europa”. Entretanto, Giusti ressalta que sua visão é de quem apenas conheceu técnicas feitas em São Paulo. “Sei que o Brasil é um país continental e que também possui regiões com grande carência de profissionais e tecnologia.” Outro palestrante internacional presente no evento foi
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aprimoramento
Christopher G. Wood, Professor e Vice-Presidente do Departamento de Urologia na Universidade do Texas Anderson Cancer Center, em Houston (EUA). Ao comparar os tratamentos americanos com os realizados no Brasil, Wood considera que há métodos comuns feitos entre os dois países. Todavia, o grande diferencial salientado pelo especialista é a acessibilidade a medicamentos e tratamentos. “Acredito que nos Estados Unidos temos uma maior facilidade e rapidez em obter os últimos remédios e equipamentos tecnológicos, como a robótica, lançados pela comunidade científica.” Segundo Rodolfo Borges dos Reis, Presidente da SBU-SP, o evento superou as expectativas da edição anterior. “A Jornada já faz par-
te do calendário da urologia brasileira. Reunimos nesta edição mais de mil inscritos. Além da importante presença da indústria, afinal permite um maior contato com os profissionais e a oportunidade de conhecer as novas tecnologias no mercado. Com isso nos atualizamos em fazer uma urologia prática,
com sofisticação.” Para Agnaldo Nardi, Presidente da SBU nacional, o encontro é a oportunidade de trazer a produção científica internacional. “Os médicos aqui presentes terão uma visão atualizada de toda a urologia e isso reflete na qualidade do tratamento do paciente.” HCM
“Sei que o Brasil é um país continental e que também possui regiões com grande carência em profissionais e tecnologia.” Guido Giusti, Diretor do “Stone Center” e do Centro Europeu de Treinamento de Endourologia no Instituto Clinico Humanitas em Milão, Itália HEALTHCARE Management 23
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ESCOLHA
CERTA maior privacidade
Segurança e
conforto
Além de economia e praticidade, cortinas hospitalares desempenham importante papel na humanização do atendimento
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s cortinas hospitalares estão presentes em quase todas as alas de um centro de saúde. A fim de proporcionar privacidade ao paciente e assim, um tratamento mais humanizado, esses materiais devem conter importantes propriedades para que não causem problemas futuros.
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Nesse caso, a segurança desponta como fator primordial. Isso porque a cortina não deve ser uma ferramenta de risco dentro do ambiente hospitalar, ou seja, deve conter aditivos retardantes a chamas para que dificulte a propagação de fogo em caso de incêndios. A cortina deve ter, em
sua parte superior, uma tela “colmeia”, isto é, espaços vazados de pelo menos 0,7 cm de diâmetro. A finalidade dessa tela não é apenas a ventilação ou a passagem de luz, mas, principalmente, proporcionar a dispersão de água disparada pelos sprinklers em caso de incêndio.
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humanização
Além de não conter em sua natureza elementos inflamáveis, as cortinas hospitalares devem também proporcionar a segurança biológica aos pacientes,
contendo aditivos antibacterianos e antifúngicos em sua composição. A limpeza desses materiais deve ser a mais prática possível, sendo laváveis ou higie-
nizáveis no próprio local. Também não deve haver o acúmulo de pó ou outros resíduos para não facilitar o desenvolvimento de colônias de bactérias.
O preço da qualidade Infelizmente, no Brasil muitos desastres são fruto de irresponsabilidade de empresas em fornecer para o mercado produtos com qualidade comprometida. Este triste cenário ganha mais forças devido à deficiente fiscalização na fabricação de cortinas. Sem nenhuma norma específica, os hospitais contam apenas com a seriedade de alguns fabricantes. A falta de normatização, além de colocar em risco a segurança do paciente, também colabora para que empresas se aproveitem de hospitais com poucos recursos financeiros disponíveis. São oferecidos produtos baratos, mas que não proporcionam segurança biológica e ainda podem ser um condutor inflamável em casos de incêndios, ou seja, são materiais que não atendem aos padrões mínimos de qualidade que podem trazer grandes riscos para o ambiente. Empresários do setor afirmam que
alguns hospitais chegam até a utilizar cortinas produzidas com materiais impróprios, iguais os tecidos de paraquedas, que são altamente inflamáveis. Mas a economia, conforme o dito popular, muitas vezes sai cara. Isso porque a baixa qualidade implica em desperdício de recursos financeiros. A cortina hospitalar, por ser um bem durável, pode ter uma vida útil de, no mínimo, três anos, se for mantida em boas condições. Quando se trata de produto de qualidade questionável, confeccionada sem padrões de costura e com matéria-prima ruim, esse período reduz em até 50%. Isso acarreta em um investimento dobrado, afora o trabalho com a instalação. Entretanto, há um movimento realizado por entidades no sentido de fiscalizar a qualidade de produtos e os procedimentos com foco principal na infecção hospitalar. Em países como os
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Estados Unidos, Japão e os da Comunidade Europeia as cortinas estão sujeitas a normas de controle que evitam a propagação de incêndios. Vale lembrar que, embora não haja uma legislação específica acerca deste assunto, a Vigilância Sanitária e o Corpo de Bombeiros atuam dentro dos estabelecimentos de saúde exigindo o cumprimento da RDC nº 50/ 2002, que dispõe sobre a adequação quanto à privacidade, elaboração e avaliação de projetos físicos. Mesmo sem uma fiscalização estruturada é possível comprovar a qualidade das cortinas hospitalares por meio de testes mecânicos para avaliar a tração e resistência ao rasgo. O mesmo também pode ser feito quanto à segurança biológica. Para isso, há certificados antibacterianos e antifúngicos que podem ser realizados por entidades especializadas em testes microbiológicos utilizando, para isto,
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ESCOLHA
CERTA maior privacidade metodologias como JIS (Japanese Industrial Standard) Z 2801:2000 ou a ASTM (American Society for Testing and Materials). Os certificados garantem a validade das características necessárias, pois os materiais são avaliados em quesitos que, muitas vezes, não são perceptíveis a olho nu. Ao adquirir um produto sem saber sua procedência de fabricação, o hospital pode ter prejuízo meses após o uso, quando a cortina apresentar, por exemplo, manchas de mofo.
A cortina hospitalar, por ser um bem durável, pode ter uma vida útil de, no mínimo, três anos, se for mantida em boas condições. Quando se trata de produto de qualidade questionável, confeccionada sem padrões de costura e com matériaprima ruim, esse período reduz em até 50%. Isso acarreta em um investimento dobrado, afora o trabalho com a instalação.
Humanização através da privacidade Os especialistas são enfáticos ao afirmar que as cortinas hospitalares contribuem para um atendimento mais humanizado, uma vez que esses dispositivos conferem privacidade ao paciente de maneira prática. Neste quesito, o papel do fornecedor é dar a devida assistência em elaborar e executar um projeto e layout mais adequado que respondem às necessidades dos usuários. Estudar devidamente o espaço é fundamental para a instalação das cortinas, pois elas também otimizam o ambiente hospitalar. Assim, o 150
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produto não deve ser apenas funcional, mas, também, respeitar aspectos arquitetônicos para melhor aproveitamento e humanização do espaço. Além disso, vale ressaltar a importante composição visual do material, isto é, a cortina hospitalar deve ser agradável aos olhos, bem costurada e acabada, uma vez que a correta confecção facilita o manuseio e a limpeza. Diante de todos os aspectos já expostos, a cortina hospitalar cumpri uma importante função quanto ao bem-estar do paciente. Com ela evita-se a exposi-
ção do enfermo que, muitas vezes, está em situação de fragilidade física e emocional. O corpo clínico também é beneficiado ao concentrar toda atenção a um procedimento específico, sem constranger os demais pacientes e familiares. É a privacidade da humanização a custo baixo para o hospital. Afinal, as cortinas hospitalares não acarretam em um alto investimento e são de fácil manutenção. Há de se ressaltar também o fator praticidade, uma vez que este material pode ser retirado de uma sala para outra, sendo facilmente instalado.
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Panorama
do setor
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ESCOLHA
CERTA terceirização
Mais
eficácia
Em busca de mais qualidade, instituições de saúde estabelecem parcerias com empresas de apoio
É
a qualidade dos serviços prestados aos clientes que define o diferencial de uma instituição de saúde. Em busca de aprimorar o atendimento em cada área, alguns hospitais têm optado por terceirizar os serviços que não estão diretamente ligados ao setor, como cozinha, limpeza e segurança. O Hospital viValle, localizado em São José dos Campos (SP), é uma dessas instituições que optaram por trabalhar em conjunto com empresas de apoio na maioria dos segmentos possíveis. Hoje, o
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hospital terceiriza seus serviços de limpeza, lavanderia, dedetização, alimentação e até de ambulância. “Sem o auxílio dos terceiros, precisaríamos realizar algumas atividades com equipe própria, ou seja, fazendo uso da autogestão. A terceirização permite que as equipes internas se dediquem exclusivamente aos serviços finais de saúde, e utilize mão de obra qualificada para as outras atividades que não são pertinentes ao hospital ou a área da saúde”, diz Ana Carolina Bacha, Gerente de Ope-
rações do Hospital viValle. De acordo com a gerente, além de poupar pessoal, outra vantagem de utilizar os serviços de apoio é que essas empresas conseguem estar atentas às mudanças do mercado de seu segmento ao levar inovações e tecnologia para o hospital. Ana Carolina afirma que sem tais benefícios não seria possível acompanhar no mesmo ritmo, sem uma empresa especializada em determinada atividade. “Em alguns casos, observamos grandes avanços. Essa melhora depende muito do
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segurança
gestor responsável pela equipe que está prestando serviço para o hospital e dos treinamentos que recebe.” Com este pensamento, o Hospital viValle fornece alguns treinamentos internos para que o gestor da empresa terceira repasse para a sua equipe. “Isso também é uma forma deles estarem inseridos dentro da cultura organizacional do hospital. Se o gestor for comprometido e conseguir transmitir as informações necessárias, observamos as melhorias”, conta. O Grupo Engeseg é uma das prestadoras parcerias do hospital. Responsável pela segurança, recepção e controle de acesso, o objetivo da prestadora é proporcionar à instituição as boas práticas deste segmento, disseminando uma cultura de segurança tanto para os médicos, enfermeiros, prestadores de serviço quanto para os clientes.
“Oferecer um ambiente mais seguro e agradável para todos é nossa meta. Trabalhamos focados e alinhados aos objetivos estratégicos do hospital, com planejamento para as situações de rotina e a atuação frente a emergências”, ressalta o Gerente Operacional do Grupo Engeseg, Antonio Pimenta Moraes Junior. Moraes Junior explica que sua equipe atua com 12 profissionais no interior do hospital, trabalhando de tal forma a identificar perigos reais que possam causar danos às pessoas ou à organização por meio de uma postura alerta e atitude firme, mas sem truculência e, principalmente, de maneira comprometida com os princípios básicos de humanização e hospitalidade. Para isso, é preciso uma preparação especial da equipe. “Além da apresentação pessoal impecável e postura, nossos profissionais devem
ser preparados a lidar sob pressão, pois estão a todo momento com pessoas com nível alto de stress e impelidos por emoções.” Em todo este processo a tecnologia é uma importante aliada. Para auxiliar a segurança patrimonial no monitoramento, os sistemas eletrônicos, que permitem um controle de acesso rigoroso por meio da utilização de software modernos, são grandes aliados. Os programas são integrados a sistemas de biometria e fechaduras eletromagnéticas instaladas nos principais acessos, monitorando os ambientes interno e externos através de modernas câmeras de CFTV. Isso permite maior segurança aos setores sensíveis, que contam ainda com alarmes monitorados, restringindo e controlando o acesso de pessoas a esses locais.
“Oferecer um ambiente mais seguro e agradável para todos é nossa meta” Antonio Pimenta Moraes Junior, Gerente Operacional do Grupo Engeseg HEALTHCARE Management 23
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ESCOLHA
CERTA terceirização
Alimentação hospitalar também pode ser gourmet Os serviços relacionados à alimentação são outra área que o Hospital viValle delegou a uma empresa especializada. A Massima Alimentação é a responsável pelas refeições dos usuários da instituição. No mercado, há mais de 13 anos, a empresa trouxe para o centro de saúde algumas inovações na cozinha por meio de sua marca, Gastronomia Hospitalar, que conta com mais de 400 colaboradores nesta divisão sendo 36 atuando dentro do Hospital viValle. A equipe é formada por nutricionista, gastrônomo, chef de cozinha, confeiteiro e cozinheiros, tudo para proporcionar uma refeição diferenciada aos pacientes. “Todos os nossos pratos são preparados seguindo 154
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os princípios da ciência da Gastronomia, o que traz uma outra configuração para a alimentação no segmento hospitalar, por mais restritiva que possa ser uma dieta”, conta Fernanda Sorelli, Gerente de Produto – Gastronomia Hospitalar, da Massima Alimentação. Neste processo, a formação dos colaboradores é bastante importante, por isso, os profissionais passam por constantes treinamentos de formação e reciclagem. “Hoje temos convênio com algumas faculdades de Gastronomia, de forma que a nossa equipe operacional possa ser capacitada realmente com este diferencial. Além deste programa de formação, realizamos treinamentos voltados para segurança ali-
mentar, dietoterapia, atendimento e gestão”, explica. Além dos cuidados na produção dos alimentos, a higiene é também de extrema importância para garantir o bem-estar dos pacientes. Por isso, todo o processo de higienização segue cronogramas por áreas e por equipamentos, que são validados várias vezes ao dia. O mesmo se aplica em relação à manutenção dos uniformes. Todos os funcionários recebem trocas da vestimenta, e devem mantê-las limpas e em bom estado de uso. A tecnologia é grande aliada de todos esses procedimentos que levam um bom prato até os usuários. A empresa utiliza fornos combinados, que garantem o melhor processo de cocção,
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alimentação
mantendo as características nutricionais dos alimentos, por utilizar calor seco e úmido alternados. Além de carrinhos térmicos para distribuição, a prestação de serviços de alimentação na área de saúde encontra grandes desafios, uma vez que no mesmo local temos diferentes públicos de consumidores, como pacientes, acompanhantes, corpo clínico, equipe administrativa, e cada um com uma demanda/ necessidade. Desta forma, o serviço deve ser
planejado de forma a atender estas expectativas e superá-las. “Na Gastronomia Hospitalar desenhamos cada serviço seguindo as seguintes premissas: intimidade, entender o que o cliente precisa e deseja para o seu hospital; atendimento, ser acolhedor e eficaz; gastronomia, todos os nossos pratos são preparados seguindo os princípios da ciência gastronômica; E por fim, respostas rápidas, atendimento eficaz e rápido”, finaliza Fernanda.
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realizamos treinamentos voltados para segurança alimentar, dietoterapia, atendimento e gestão”, Fernanda Sorelli, Gerente de Produto
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ESCOLHA
CERTA terceirização O cuidado começa na remoção Outro importante serviço prestado por empresas de apoio, é o de locomoção de pacientes. A MedLink Emergências Médicas, empresa especializada remoções inter-hospitalares, domiciliares e de conforto, que está há quase quatro anos no mercado de saúde, tem entre seus clientes o Hospital Vivalle.
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“Nosso time é formado por médicos intensivistas, que sempre trabalharam na área de remoções e resgate. Juntos decidimos levar nossa expertise para uma empresa privada, sempre oferecendo o melhor para os clientes” Flavio Antônio de Andrade Jambo, Sócio Diretor da empresa
Para a prestação dispõe de uma equipe e também de suporte avançados, com UTI Móvel 24hs por dia, para realização de atendimentos de urgência e emergência. “Nosso time é formado por médicos i n -
tensivistas, que sempre trabalharam na área de remoções e resgate. Juntos decidimos levar nossa expertise para uma empresa privada, sempre oferecendo o melhor paraos clientes”, conta Dr. Flavio Antônio de Andrade Jambo, Sócio Diretor da empresa. O atendimento funciona da seguinte maneira, quando o hospital necessita de uma ambulância, aciona a base operacional da prestadora, que imediatamente disponibiliza o serviço solicitado. “Em alguns casos excepcionais, de aumento da demanda de remoções, sempre pensando na qualidade e tempo resposta adequado, disponibilizamos uma equipe no próprio hospital”,afirma Jambo. Este trabalho é bas-
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remoção
tante importante para o usuário, pois a forma, e o tempo no qual é feito precisam ser seguros e eficazes ao paciente, inclusive com “checklist” completo dos sinais vitais antes de iniciar a remoção. Por isso éfundamental contar com profissionais bem treinados, pois a forma com que a remoção é feita pode minimizar as possíveis intercorrências. “Esse cuidado algumas vezes, pode gerar peque-
nos atrasos em outras remoções. Para evitar isso, agendamos com prazos maiores e aumentamos o número de equipes quando necessário”, relata. Para bem atender aos pacientes, os colaboradores recebem periodicamente treinamentos e cursos de atualização e trabalham com vestimenta adequada, atendendo a NR32 de segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde. A tecnolo-
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gia contribui também para este setor da saúde, com uma forma de trazer mais segurança ao paciente crítico, através de aparelhagem médica apropriada para o ambiente inter-hospitalar.“Mesmo com toda tecnologia a serviço do paciente, entendemos que nada substitui o conhecimento técnico vindo através da educação continuada a nossos colaboradores”, acredita o sócio diretor.
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ESCOLHA
CERTA terceirização Higienização hospitalar requer cuidados especiais Outro importante serviço de apoio, que também está presente em diversas instituições de saúde brasileiras, são aqueles especializados em limpeza hospitalar. A ISS Facility Services é uma das empresas que se dedica à higienização de instituições de saúde. Há 35 anos no Brasil, seus mais de 22 mil colaboradores trabalham dentro das normas que levaram à certificação dos ISOs 9001:2008 - qualidade e ISO14001:2011 – Responsabilidade Ambiental. Além dos OHSAS 18001:2011 – Saúde e Segurança do Trabalho e SA8000 – Responsabilidade Social. E entre as inúmeras instituições atendidas estão o Hospital Oswaldo Cruz, Hospital Edmundo Vasconcelos, Grupo Amil e a Medial Saúde. Os serviços de limpeza dentro de um hospital devem otimizar e racionalizar custos, assim como reduzir os riscos de infecção e contaminação através de um processo de higienização profissional que visa a segurança e o conforto dos usuários. “Estamos focados no nosso negócio, que é prestar o serviço ao cliente com o máximo de qualidade e eficácia, deixando-o 100% 158
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direcionado ao seu negócio, que é cuidar de pessoas”, acredita Marcus Vinicius Braga, Gerente Regional da Divisão Hospitalar da ISS. Por se tratarem de instituições de saúde, é necessário que a empresa encarregada dos serviços de limpeza sigam algumas normas da vigilância sanitária como a RDC N.º 306, NR35, NR32, NR14, NR9, NR6. “Para isso, os colaboradores são capacitados tecnicamente em todos os processos. Disponibilizamos cursos como Descontaminação de Matéria Orgânica, Limpeza e desinfecção de panos e mops hospitalares, Higienização de mãos e luvas, Fluxograma de acidentes biológicos, Limpeza Terminal, limpeza concorrente, utilização de E’PIs e EPC, prevenção de acidentes com perfuro cortante, entre outros”, conta Juliana Freire, Gerente de Operações graduada em Enfermagem. A saúde dos colaboradores também precisa ser levada em conta, por isso é necessário que sejam utilizadas EPIs adequados e uniformes diferenciados e higienizados em lavanderias credenciadas, além de ser mantido atualiza-
“Estamos focados no nosso negócio, que é prestar o serviço ao cliente com o máximo de qualidade e eficácia, deixando-o 100% direcionado ao seu negócio, que é cuidar de pessoas” Marcus Vinicius Braga, Gerente Regional da Divisão Hospitalar da ISS
do o calendário vacinal. Também são utilizadas vestimentas especiais e diferenciadas para centro cirúrgico, que conta com funcionários exclusivos nesta área. “Fazemos isso em conjunto com um sistema de educação continuada de nossos funcionários, que se baseia no treinamento e comprometimento com a qualidade e necessidade de cada cliente.” HCM
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limpeza
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ESCOLHA
CERTA terceirização Especialistas em descarte ajudam hospitais a não contaminarem o meio ambiente O descarte correto de resíduos hospitalares é extremamente importante para evitar a contaminação do meio ambiente e do ser humano. Por isso, algumas instituições optam por contratar equipes especializadas neste tipo de serviço. A instituição observou que os parceiros trazem experiência em sua área de atuação, colaboram no acompanhamento dos programas de certificação, coletam dados e informações de importantes indicadores. E por terem foco em um processo específico, conseguem buscar melhoria contínua e inovações em cada uma destas áreas. “É possível perceber resultados devido à especialização do processo,
investimentos em treinamentos e materiais. Além de observar a evolução através dos indicadores de processos”, diz Luciana Cristina Zanette, Chefe de Hotelaria do Hospital. Fábio Berto Xavier, Diretor da Ambserv, ressalta a importância de delegar este tipo de serviço a uma empresa especializada. “Além de coletar, transportar, tratar e destinar os resíduos de serviços de saúde, nossos clientes contam com uma equipe multidisciplinar que assessoram as instituições fornecendo treinamentos, visitas técnicas, relatórios constando indicadores de eficácia da segregação dos resíduos dentro da instituição. Isso, sem falar na redução dos custos”, conclui.
Há mais de nove anos no setor, a Ambserv presta serviço para aproximadamente 1.500 instituições de saúde. Com a colaboração de seus 45 funcionários realiza todo o procedimento de acordo com a resolução da diretoria colegiada da Anvisa N.º 306 de 2004, que dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Os materiais recolhidos são basicamente separados em cinco grupos, sendo os Infectantes, Químicos, Radioativos, Comuns e Perfuro Cortantes. Cada categoria recebe normas específicas desde o acondicionamento até a destinação final. Necessariamente os resíduos devem passar por
“Para que tudo aconteça da maneira adequada, os colaboradores passam por treinamento específico sobre segregação, classificação e recolhimento interno dos resíduos” Fábio Berto Xavier, Diretor da Ambserv 160
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coleta
um processo de tratamento, retirando a periculosidade que o mesmo apresenta ao meio ambiente e saúde, fazendo com que o mesmo seja considerado não perigoso. “Para que tudo aconteça da maneira adequada, os colaboradores passam por treinamento específico sobre segregação, classificação e recolhimento interno dos resíduos. Já aqueles que trabalham diretamente ligados com a coleta devem utilizar vestimenta especial para evitar acidentes de trabalho”, explica Xavier. HCM
Gama de serviços A busca por alternativas que proporcionem excelência no atendimento tem sido constante nas instituições de saúde do Brasil. A proposta de terceirização é uma grande ferramenta estratégica para solucionar diversos problemas com qualidade e agilidade. Nesta linha de governança que o Sinhá Junqueira Hospital Materno Infantil, em Ribeirão Preto (SP), tem conduzido sua administração nos últimos anos. Para garantir um atendimento de primeira para os pacientes e acompanhantes, a instituição conta com o suporte de empresas especializadas nos serviços de limpeza, lavanderia, segurança, dedetização e ainda personalização de enxoval. Outro quesito indispensável que também é levado a sério no hospital é o recolhimento de resíduos. Para realizar esta tarefa, uma empresa focada neste segmento promove toda a logística para a coleta dos descartes.
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PONTO
DE VISTA ARTIGO
Ética na indústria da saúde: consolidando o caminho para uma nova cultura Por Carlos Goulart
A
ssistimos hoje a uma tendência mundial de combate à corrupção e busca por padrões éticos aprimorados em todas as grandes áreas e nações. A área da Saúde não fica atrás, sendo inclusive pioneira em várias iniciativas de valorização dos códigos de conduta. Há estimativas de que entre 10 e 25% dos gastos em saúde sejam desviados de sua atividade-fim devido à corrupção. Levando-se em conta que os recursos aplicados em saúde, além de serem finitos, não são suficientes, pode-se concluir que, apenas com a mudança de práticas, haverá uma oferta significativamente maior de cuidados à saúde para a população. Um dos mais recentes movimentos na área da Saúde ocorreu em 2012, na Malásia, quando as indústrias de produtos para a Saúde lançaram o documento chamado “Princípios de Kuala Lumpur” que, de forma clara e objetiva, estabelece regras de comportamento entre a indústria e os profissionais da Saúde. As associações brasileiras da indústria de produtos para a Saúde também estão mobilizadas. A ABIMED lançou seu primeiro código de ética em 2006 e o revisa a cada dois
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anos. A mais recente revisão levará em conta os Princípios de Kuala Lumpur, juntamente com um conjunto de recomendações de conduta que contemple todos os elos da cadeia de comercialização. Atualmente, atravessamos um processo de aprendizado, no qual as entidades do setor coordenam esforços para transmitir aos seus associados a relevância e os impactos positivos da adoção de diretrizes éticas em todas as esferas e circuitos da atuação empresarial. Fundamental para o sucesso de qualquer iniciativa é o engajamento e o exemplo dos líderes das empresas: “o tom tem de vir de cima”. A partir daí, a mudança de cultura deve-se permear por toda a organização e se estender a fornecedores e distribuidores. Deve-se ter a consciência de
que este é um caminho árduo, que poderá implicar algumas perdas, como por exemplo, a diminuição de negócios em um primeiro momento. Vale ainda citar que as indústrias de produtos para a Saúde atuantes na América Latina, juntamente com suas associações de classe, fazem anualmente um seminário chamado Latin American Compliance Conference, onde são debatidas e alinhadas medidas de aprimoramento de conduta. Em 2013, o evento foi realizado em Miami e, em 2014, será em São Paulo, o que propiciará a participação de outros segmentos, como, por exemplo, as sociedades médicas. A indústria de produtos médicos se sente engajada, comprometida e desafiada em ser um dos condutores e inspiradores de uma nova cultura que privilegie a ética e a conduta moral e, mais uma vez, trazendo como benefício a oferta de uma saúde de mais qualidade, mais equânime e socialmente responsável a uma parcela cada vez maior da população. HCM Carlos Goulart é Presidente Executivo da ABIMED – Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares.
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NOVAS
TÉCNICAS
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PONTO
DE VISTA Normas regulatórias
Tempo é tecnologia Longa espera para obter registro de produtos e equipamentos médicos compromete o acesso às novas tecnologias no País
Evaristo Araújo, Diretor Administrativo da ABEC
S
e por um lado a tecnologia de equipamentos e produtos caminha a passos rápidos, fomentando, a cada dia, o mercado com novas soluções e alternativas médicas, por outro lado, 164
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muitas dessas novidades demoram meses, se não anos, para entrar no Brasil. Isso por causa da demora em analisar os processos, afora exigências e indeferimentos. Segundo Renaldo Massini Júnior, Diretor da Razek Equipamentos, os prazos para análise e aprovação de processo de registro gira em torno de 14 meses, para produtos classe 3 e 4, ou seja, de alto e máximo risco inerente associado à tecnologia. “Com este período adicional, o fluxo de caixa da empresa é comprometido severamente. Aliada a esse aspecto, está a velocidade crescente de obsolescência das tecnologias, o que faz com que corramos sempre o risco de que quando o registro estiver sendo liberado, o produto já não faça mais sentido”, explica. Massini Júnior ainda
ressalta que a dependência tecnológica brasileira no segmento de saúde é um ponto crítico para o desenvolvimento do País, entretanto, o Governo Federal vem apoiando o desenvolvimento tecnológico através de medidas como a liberação de recursos. “A indústria, por sua vez, está respondendo a estes estímulos, desenvolvendo soluções modernas, porém o ciclo não se completa na velocidade pretendida, pois a ANVISA não cumpre o seu papel.” Acerca deste polêmico cenário, o advogado Evaristo Araújo, Diretor Administrativo da Associação Brasileira das Empresas Certificadas em Saúde (ABEC), alerta sobre a necessidade de mudar os procedimentos para que os processos tornem mais céleres e seguros.
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Processos
Em março, o Ministro Alexandre Padilha apresentou um conjunto de medidas para acelerar a análise de registro de novos medicamentos pela ANVISA. O objetivo é diminuir a burocracia desse processo, o tempo de aprovação e os custos a empresários e microempreendedores. Assim, o prazo final de registro deve ser reduzido de nove meses, em média, para seis meses. Como o sr. avalia esta medida? Evaristo Araújo - A medida é excelente e imprescindível. Porém, é preciso que o Governo e a ANVISA também olhem para o setor de produtos e equipamentos para a saúde, os chamados correlatos. Esse segmento, que congrega desde uma seringa até um tomógrafo, tem sido esquecido nos últimos anos pela Agência. Verificamos uma série de medidas na área de medicamentos, como peticionamento eletrônico, publicação da fila de processos, entre outras, e nessa área os processos encontram-se estagnados, sem perspectiva de melhoras. Hoje, alguns produtos/ equipamentos têm demorado de dois a três anos para serem registrados. Evidentemente, esse prazo
é inadmissível em se tratando de um setor em que a tecnologia e a inovação são indissociáveis. Quais são as consequências que a demora de registro de novos medicamentos pode acarretar tanto para a indústria, quanto para a sociedade? Evaristo Araújo - As consequências são as mais danosas possíveis. Desde a falta de produtos em hospitais e clínicas, até o travamento dos processos de inovação, ligado à inviabilidade em se investir em tecnologias que rapidamente se tornarão obsoletas pela demora no registro, ou mesmo no alto custo de investimento em pesquisa e desenvolvimento, sem a possibilidade de se comercializar os produtos e/ ou medicamentos. Outro prejuízo para a sociedade é a judicialização da saúde. Temos visto um aumento considerável de processos judiciais em que se pleiteiam autorizações para uso e importação de medicamentos não registrados pela ANVISA, bem como para que a Agência respeite o prazo legal para a análise que é de 90 dias, conforme a Lei Federal 6.360/76.
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Como o sr. analisa o longo trâmite imposto aos produtos para obter o registro? Evaristo Araújo - É fato que a importância do controle da produção e comercialização desses grupos é extremamente necessária e impositiva, mas por esta mesma razão, a ANVISA demonstra não estar capacitada para tanto. Ora, se nenhum prazo é cumprido pela Agência, impõe-se a necessidade de revisão de seus quadros e processos internos, ainda que seja com a contratação e capacitação de novos servidores, ou com a adequação de normas regulatórias ultrapassadas frente a realidade atual. O atraso de registros também se faz presente quanto aos equipamentos. O sr. acredita que esta forma visa proteger a produção nacional? Evaristo Araújo - Sim, esta área específica é onde temos identificado o maior problema de atrasos e falta de critérios por parte dos técnicos nas análises de processos. O segmento de produtos e equipamentos está constantemente em processo de atualização. A demora de dois ou três
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PONTO
DE VISTA Normas regulatórias anos para um registro praticamente condena o produto à obsolescência, visto que novas tecnologias provavelmente já tenham ultrapassado aquela do registro. Não há como entender isso como política de proteção ao mercado nacional, pois os fabricantes nacionais também sofrem com a morosidade do sistema. Mercado fechado nunca foi solução industrial. Vimos o atraso que o País teve nos anos 90 com a proteção dada ao mercado de informática que praticamente alijou o Brasil do cenário de desenvolvimento de softwares e tecnologia eletrônica, sendo retomada nos últimos anos com a abertura aos modelos internacionais. Quais são as principais reivindicações das empresas para a vinda destes produtos e equipamentos para o Brasil? Evaristo Araújo - As principais reivindicações são: aplicação de processos eletrônicos para cadastro e registro, publicação da fila de processos pendentes de análise, criação de comissões tecnológicas específicas para a maior gama de produtos e equipamentos, trazendo critérios objetivos e normatizados, parceria com certifica166
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doras para a realização das inspeções, diminuição de exigências para alterações de pequena importância nos produtos e harmonização de normas com Agências Internacionais. Como o mercado interno vem reagindo a este excesso de burocracia? Evaristo Araújo - O excesso de burocracia gerou o aumento em progressão geométrica de demandas judiciais. Hoje, as empresas buscam o judiciário para todas as etapas regulatórias, desde a obtenção da Autorização de Funcionamento do Estabelecimento – AFE, passando pelos pedidos de análises de processos atrasados de registro e/ou cadastro, até o agendamento de inspeções nacionais e internacionais. A situação tem se agravado de tal modo que as próprias publicações em Diário Oficial da União têm demorado meses para serem feitas, após a respectiva análise dos pleitos pelos técnicos. Em artigo (“ANVISA e a paralisação da indústria”), o sr. afirma que “Empresas procuram o Poder Judiciário para fazer valer esse direito (tempo de registro) e ter seu processo analisado em tem-
po razoável. Porém, a questão tornou-se tão absurda que algumas empresas têm receio de litigar contra a Agência, com medo de retaliação. A empresa ingressa com uma medida jurídica e depois tem sua vida transformada em um verdadeiro inferno na ANVISA”. Como é feita esta retaliação? Evaristo Araújo - No referido artigo o contexto abrangido é a visão do mercado ao se ver diante da decisão de ingressar, ou não, em juízo. Historicamente, criou-se a ideia de que a ANVISA não vê com bons olhos processos judiciais contra ela. Como cidadão brasileiro, contribuinte e consumidor, não posso acreditar que uma Agência Reguladora possa retaliar, ou ter sentimento de revanchismo, contra qualquer um de seus regulados que busquem seus direitos, quer por meio de diálogo, quer via o Poder Judiciário legalmente constituído em nosso Estado Democrático de Direito. O que tem acontecido e que deve ser rechaçado pelo Judiciário é a argumentação dada pela ANVISA, quando intimada a analisar determinado processo, de que não possui capacidade para a análise da
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processos
demanda e por esta razão teria de indeferir de plano os pleitos de registros. Tal fato é inadmissível e a Constituição Federal veda atos administrados não fundamentados. Qual amparo a Lei oferece às empresas para não acontecer esta retaliação? Evaristo Araújo - A lei brasileira ampara integralmente as empresas e indivíduos que venham a ser prejudicados por decisões unilaterais sem fundamentação técnica e legal.
O Brasil não vive mais em uma ditadura em que os direitos possam ser cerceados pelas autoridades públicas. Temos orientado nossos associados que tenham tido algum tipo de constrangimento indevido, ou direito não respeitado, que nos procurem para que possamos encaminhar os pleitos à Diretoria Colegiada da Agência que tem se mostrado aberta e sensível frente a questões relativas a violações de direitos básicos
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com o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa. Ainda neste mesmo artigo, o sr. defende a revisão de procedimentos da ANVISA. O que o sr. acredita que deveria ser mudado? Evaristo Araújo - Devem ser mudados procedimentos básicos que tornem os processos mais céleres e seguros. No Brasil, milhões de eleitores votam em urnas eletrônicas, quase 100 milhões de contribuintes
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PONTO
DE VISTA Normas regulatórias realizam, todo ano, declarações de imposto de renda. Por que a ANVISA não aplica uma sistemática semelhante para o encaminhamento dos pedidos de registros? O fato é que a ANVISA não possui pessoal suficiente para atender a demanda de inspeções. Por que não aceita terceirização da confecção desses relatórios por entidades certificadoras ou pelo próprio INMETRO? Outras diversas medidas como processos interdepentes, comunicação entre os departamentos da Agência e harmonização de normas com Agências Internacionais poderiam minimizar de maneira importante o caos vigente. No final do ano passado, a Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares) obteve decisão judicial favorável na ação contra a ANVISA devido à demora em realizar inspeções em fábricas no exterior, requisito para a aprovação dos registros de produtos de saúde importados. Como o sr. avalia esta decisão judicial e como as empresas foram beneficiadas com isso? Evaristo Araújo - Esta decisão está totalmente amparada pela Constituição 168
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Federal e pelas leis pátrias. A lei que regulamenta a atuação da autoridade sanitária – Lei N.º 6.360/76 – expressamente determina o prazo de 90 dias para a análise de pedidos administrativos junto à Agência. Além disso, a lei que trata a eficiência administrativa concede 30 dias para a consecução por parte do administrador público de casos omissos, não previstos em leis. No caso das inspeções internacionais, algumas empresas chegam a esperar por dois anos, o que inviabiliza o planejamento estratégico. Qualquer empresa que pleitear a demanda judicialmente terá sucesso. O Poder Judiciário deve respaldar a norma vigente, não há como ser diferente. Como este registro de medicamentos são feitos em outros países? Evaristo Araújo - Não podemos dizer que há mais facilidade, mas sim que há mais eficiência. Os padrões e processos das Agências são mais racionais e não permitem critérios subjetivos de técnicos, como muitas vezes verificamos na ANVISA. O histórico das empresas e os padrões de qualidade e inovação contam como fatores de celeridade, o que gera inves-
timento em segurança de processos, tecnologia para inovação, pesquisa e desenvolvimento, sendo, portanto, o grande diferencial e vantagem que o Brasil não pode deixar escapar. Há mais alguma informação que o sr. gostaria de salientar? Evaristo Araújo - O Contrato de Gestão, assinado entre ANVISA e Ministério da Saúde, é claro ao considerar como hipótese de exoneração da função e suspensão de repasses governamentais o não cumprimento por parte da ANVISA acerca da legalidade, celeridade, moralidade administrativa, dentre outros. Assim, temos que cobrar também o Governo Federal para que interceda e exija o aperfeiçoamento das funções da Agência, porém, infelizmente, estamos vendo que a importância que o Governo Federal tem dado a ANVISA é proporcional ao tempo de espera para a indicação de novos diretores para compor a Diretoria Colegiada da Agência, ou seja, quase três anos sem nomeação, o que torna qualquer mudança mais difícil, mas aumenta a nossa responsabilidade como sociedade civil de cobrar e permanecer vigilante. HCM
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PONTO
DE VISTA direitos
O impasse atual
Presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde (ABDMS) faz análise dos recentes entraves entre médicos, ANS e operadoras
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batalha entre médicos e operadoras de saúde no Brasil aumenta em longa escala. Para deixar essa situação ainda mais complexa, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou, em abril, novas regras para as empresas que controlam os planos de saúde. A preocupação dos médicos, no entanto, não se limita aos valores defasados, mas, em especial, pelas chamadas intervenções antiéticas exercidas pelas operadoras. Segundo a categoria, os planos de saúde impedem a realização de tratamentos de alto custo, abreviam internações e pressionam os médicos a adotarem medidas de contenção que ameaçam a eficácia do tratamento dos pacientes. Para esclarecer este assunto, a HealthCare Management traz uma entrevista com a Presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde (ABDMS), Dra. Sandra Franco, para avaliar este atual cenário que envolve ANS, médicos e operadoras. A ANS vai aumentar o rigor na fiscalização dos planos de saúde. O órgão levará em conta os casos em que as operadoras negam atendimento ao paciente. Quais os principais efeitos que essa medida terá? Dra. Sandra Franco: Na prática, espera-se que a ANS apresente mais agilidade na solução de queixas apresentadas pelo consumidor. Segundo o diretor da Agência, serão contratadas 200 pessoas para analisar os processos pendentes. No entanto, ainda não se pode afirmar como o setor responderá. Espera-se que, com a obrigatoriedade da
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criação de ouvidorias, os problemas, em especial, o de negativa injustificada de cobertura, sejam resolvidos pela própria operadora. Não se pode esperar que o Judiciário continue a abarcar o número de ações judiciais contra os planos, e que os conflitos somente sejam resolvidos nessa instância. No ano passado, a negativa de cobertura dos planos foi responsável por 75% das reclamações recebidas pela ANS. Quais são os principais fatores para a ocorrência destes problemas? Dra. Sandra Franco: Acredito que o maior problema
está mesmo na margem de lucro auferida pelas operadoras com as negativas para procedimentos mais complexos. Ainda são poucos os consumidores que buscam o Poder Judiciário, muitos acreditam que a demora para uma solução, o tempo despedido e o valor gasto com honorários advocatícios não compensam a propositura de uma ação. O primeiro relatório com novos critérios para os serviços das operadoras foi apresentado pelo Ministério da Saúde em abril de 2013, mas a suspensão de venda de planos, pela
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Cenário
polêmico
negativa de atendimento, só deve começar a partir de julho. Como a sra. avalia essa medida? Dra. Sandra Franco: A ANS tem colocado as operadoras em uma situação expectante. É necessária a adequação e melhoria dos serviços para continuar no mercado. Já tivemos a suspensão de venda de planos daquelas empresas que têm recebido muitas reclamações. No entanto, uma mesma operadora tem várias alternativas para venda e talvez as medidas não sejam suficientemente duras para coibir a repetição de atos lesivos aos usuários. Por outro lado, trata-se de um serviço complementar à sociedade, com um mercado crescente exatamente pela deficiência do Estado no cumprimento de dever: o de oferecer saúde integral a seus cidadãos. Esse empenho, demonstrado pelo Ministro Alexandre Padilha, precisa ser direcionado também para a melhoria da saúde pública. Em maio de 2013, entra em vigor outra regra: se o plano de saúde não autorizar algum procedimento, tais operadoras serão obrigadas a justificar o motivo ao paciente, por escrito, em 48 horas. Na
sua opinião, essa é a melhor medida para reduzir as reclamações? Dra. Sandra Franco: Considero essencial a negativa por escrito. Nada mais é que o cumprimento de um dever do fornecedor de serviços em oferecer informações claras e inequívocas a seus clientes, está no Código de Defesa do Consumidor. Em uma relação contratual, é preciso a demonstração de boa-fé das partes envolvidas. Entendo como má-fé esse sistema das operadoras em oferecer dificuldades em um atendimento, obrigar o consumidor a anotar números de protocolos extensos, ser transferido para vários setores, conversar com profissionais despreparados para dar uma resposta analítica e não apenas aquela que consta em um script. Ademais, são uma prova documental incontestável que pode facilitar a solução de um processo judicial. Como a sra. analisa o fato de os médicos em todo o Brasil informarem que planos de saúde podem ser suspensos por não cumprirem as reivindicações mínimas expostas pelas entidades da classe, como Conselho Federal de Medicina (CFM)?
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Dra. Sandra Franco: Trata-se de uma forma justa de negociar com as operadoras. Os médicos não podem transferir aos pacientes suas reivindicações, mas podem exigir melhores honorários. É uma relação comercial que pode beneficiar ao consumidor final que é o usuário. O dia 25 de abril é conhecido como o “Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde”. Na sua avaliação, o anúncio de novas regras pode mudar este cenário no Brasil? Dra. Sandra Franco: A normatização da ANS não pode alcançar honorários e questões contratuais entre médicos, cirurgiões-dentistas e operadoras. A competência da agência é regular os planos, mas com foco nos usuários. É verdade, porém, que o órgão tem se preocupado em sentar à mesa de negociações, como parte interessada em mediar melhores condições para os profissionais de saúde. Com essas reformulações nos planos, os médicos desejam a hierarquização dos procedimentos com base na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) e a criação de um indexador que permita o reajuste
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PONTO
DE VISTA direitos da tabela de serviços com a mesma periodicidade do aumento das mensalidades dos usuários. Quais os principais impactos que essas mudanças podem gerar? Dra. Sandra Franco: A longo prazo, o objetivo dos profissionais é de não precisar repetir as reivindicações atuais que ocorrem justamente por falta de previsão contratual. Já é o terceiro ano de manifestação dos médicos e odontólogos no sentido de exigir regras claras a fim de apontar a forma e o momento de reajustar os valores de procedimentos e de hono-
rários. É um braço de ferro que tem levado profissionais a se descredenciarem, passando a cobrar por suas consultas três ou quatro vezes mais do que recebiam dos planos. Ou seja, um mesmo paciente pode ser atendido em meia hora ou o tempo que for necessário, uma vez que paga o valor de quatro outros pacientes que seriam atendidos com valores dos convênios. Outro problema, que possibilita inclusive punições arbitrárias pelas operadoras, são os descredenciamentos unilaterais e sem justificati-
va. Por que isso ocorre? Dra. Sandra Franco: Ocorre pela falta de regras claras. Se um profissional reclama dos valores, das glosas, da negativa de exames, logo recebe uma carta de comunicação do descredenciamento. A relação contratual torna-se desequilibrada, quando não há critérios objetivos. Este ano, vários médicos desistiram da luta contra as operadoras e resolveram simplesmente se descredenciar. Como a sra. analisa esta iniciativa? Dra. Sandra Franco: Quem
“Esse empenho, demonstrado pelo Ministro Alexandre Padilha, precisa ser direcionado também para a melhoria da saúde pública” Dra. Sandra Franco, Presidente da ABDMS 172
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Cenário
polêmico
perde é o usuário, pois deixa de ter seu médico de confiança para atendê-lo, uma vez que a maioria dos pacientes não podem pagar o valor de uma consulta particular. O reembolso das operadoras, quando existente, é sempre mais baixo do que o valor cobrado em uma consulta. Perde também a saúde de forma geral, o relacionamento médico X paciente torna-se rarefeito, pois o médico especialista será aquele credenciado e que possui disponibilidade em sua agenda. Prova disso
é o aumento de ações contra profissionais e clínicas reclamando, até sem motivo, justamente porque não existe vínculo estabelecido de confiança, de credibilidade e tolerância, fatores imprescindíveis no relacionamento entre profissional da saúde e paciente. Um assunto polêmico que tramita no Congresso Nacional é a PLS 380/2011. O texto determina que as mensalidades dos planos de saúde deverão representar melhoria dos honorários
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pagos aos profissionais de saúde credenciados. Caso esse projeto seja aprovado, quais serão os principais desafios para que regra seja cumprida? Dra. Sandra Franco: O lobby das operadoras é grande o suficiente para que esse projeto não seja aprovado, mas, na remota hipótese de que tal aprovação ocorra, estaríamos fazendo aplicação da maisvalia. Dessa maneira, todos ganhariam, mas o lucro das operadoras diminuiria, sem dúvida. HCM
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ALTA NOS
NEGÓCIOS Demanda
Muito além do
progresso
Transporte aéreo fomenta mercado de saúde com excelência e segurança no atendimento
É
fato que o transporte aeromédico de pacientes em situação de risco se consolidou no Brasil. Paralelamente à incorporação dos avanços tecnológicos,
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esta modalidade aérea deve ser tratada como um diferencial a mais pelas organizações de saúde. Nos últimos anos a procura por este serviço tem
impulsionado o segmento de empresas aéreas nacionais. Um exemplo dessa alta demanda é a Uniair, que experimenta uma constante expansão. Nos
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Tendência
INOVADORA
quatro primeiros meses de 2013 a empresa atingiu o total de 1,725 milhão de clientes, contra 1,690 milhão no ano passado. É importante destacar que em 2007 esse número não chegava aos 700 mil usuários, já na época restringia-se apenas aos detentores de planos do Sistema Unimed do Rio Grande do Sul, cuja Federação é a sócia majoritária da empresa. De acordo com Maurício Alberto Goldbaum, Diretor Presidente da Uniair, depois que a empresa decidiu se expor ao mercado, o resultado melhorou. Por mês, aproximadamente 25 pacientes utilizam os serviços de transporte aeromédico. “Crescemos em
todo o País, a uma média de 46% nos voos aeromédicos e 45% no segmento de táxi aéreo de voos executivos”, informa. Com 15 anos no mercado, a empresa está presente no Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso e Minas Gerais. Além de estar habilitada para operar em todo o Brasil e no âmbito do Mercosul. Atualmente, a empresa conta com uma frota composta de três aviões King Air e dois helicópteros. Para Goldbaum, um item fundamental que este serviço deve oferecer é a garantia de segurança aos transportados. “Temos uma equipe de comandantes e pilotos com muitos anos de experiência, além da companhia de médicos e enfermeiras
que têm por compromisso cuidar de pessoas – seja em terra ou no ar.” No transporte dos pacientes, a empresa segue requisitos imprescindíveis como o uso de equipamentos técnicos e manutenção preventiva das aeronaves. Também segue-se a confirmação de leito no destino; aeroportos ou pistas homologadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). O diretor comenta que os usuários devem ser atendidos com qualidade e eficiência em voos de curta ou longa distância, como em um hospital. Os transportados são atendidos por uma equipe de médicos e enfermeiras, em total segurança. Esses profissionais, além de capacitados na área mé-
“Temos uma equipe de comandantes e pilotos com muitos anos de experiência, além da companhia de médicos e enfermeiras que têm por compromisso cuidar de pessoas – seja em terra ou no ar.” Maurício Alberto Goldbaum, Diretor Presidente da Uniair
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ALTA NOS
NEGÓCIOS Demanda dica, são treinados em fisiologia de voo para prestar um atendimento melhor. Tais médicos possuem experiência de longa data no segmento. Eles ainda possuem como especialização profissional a titulação de Cardiologistas, Intensivistas e Emergencistas, na prática médica hospitalar. Além do cuidado ao paciente adulto, os médicos Neo-Natologistas e Pediatras realizam as remoções de recém-nasci-
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dos e crianças. “O carinho, a atenção, a dedicação, o profissionalismo e o cuidado com a vida faz com que os familiares expressem a sua satisfação pelo serviço prestado. Todas essas características aliada a equipamentos de última geração resultam no atendimento com excelência.” ANÁLISE Na opinião de Goldbaum, o Brasil ainda precisa ser melhor atendido pelos po-
deres públicos no que tange à legislação específica do segmento de transporte aeromédico. O diretor que hoje a regulação oficial contempla quase que somente o setor de voos executivos. “Estamos prontos a colaborar com ideias e projetos neste sentido, e inclusive temos ido frequentemente ao Congresso Nacional e ao Ministério da Aviação Civil para nos colocar à disposição das autoridades”, revela. HCM
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Psicologia
HOSPITALAR
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MODELO
DE ATENDIMENTO Humanização
Atendimento com qualidade e
resolutividade
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Psicologia
HOSPITALAR
Psicologia hospitalar, importante requisito para conquistar acreditação, ganha espaço em instituições que se dedicam a oferecer atendimento humanizado
O
Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), criado em 2002 pelo Ministério da Saúde, tem como foco aprimorar as relações humanas entre o usuário, o profissional de saúde e a instituição. A medida propõe um conjunto de ações integradas que visam à mudança do padrão de assistência a fim de melhorar a qualidade e a eficácia dos serviços prestados
por essas instituições. Ao valorizar a dimensão humana, presente em todo ato de assistência à saúde, o PNHAH requalifica os hospitais. Nesse contexto, o psicólogo trabalha com as equipes, dinamizando a implantação dessas ações com o máximo de participação e aderência dos demais profissionais, possibilitando assim um atendimento mais humanizado. “O psicólogo hospitalar se
depara com pessoas que estão no confronto com acontecimentos inesperados em suas vidas. Quase sempre são caracterizadas por desamparo e sofrimento, seja pela ameaça de um diagnóstico ou da eminência de morte”, explica Elaine Maria do Carmo Zanolla Dias de Souza, Presidente da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar (SBPH). Apesar de não haver nenhuma lei específica que
“o trabalho exercido é reconhecido pela equipe clínica e pacientes. Além disso, esse trabalho é necessário para que os padrões nacionais e internacionais de qualidade na prestação de serviços sejam atingidos”. Maria Teresa da Cruz Lourenço, Psiquiatra e Diretora do Núcleo de Psico-Oncologia do Hospital A.C.Camargo
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MODELO
DE ATENDIMENTO Humanização obrigue a instituição a manter um psicólogo no corpo clínico, constata-se um crescimento da inserção deste profissional nas equipes de atenção à saúde. “Através de dados apresentados em eventos científicos, podemos afirmar que a maioria dos hospitais, hoje, têm pelo menos um psicólogo em seu quadro.” Ainda de acordo com Elaine, várias instituições, principalmente os grandes centros, possuem equipes de psicólogos nos diversos grupos de atendimento e setores do hospital. “Além da assistência, o psicólogo tem trabalhado na área de gestão hospitalar, participando de processos de acreditação e elaboração
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de protocolos”, explica. Segundo a Psiquiatra e Diretora do Núcleo de Psico-Oncologia do Hospital A.C.Camargo, Maria Teresa da Cruz Lourenço, os gestores estão dando cada vez mais atenção à psicologia, uma vez que “o trabalho exercido é reconhecido pela equipe clínica e pacientes. Além disso, esse trabalho é necessário para que os padrões nacionais e internacionais de qualidade na prestação de serviços sejam atingidos”. Conforme explica Maria, o centro de alta complexidade conta com o núcleo formado por psicólogos e psiquiatras que atuam em todos os setores do hospital, atendendo aos clientes
internados e também aqueles que estão nos ambulatórios. Também são assistidos pacientes dependentes de nicotina e álcool. Já os psicólogos clínicos do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC) acompanham os mesmos pacientes desde o diagnóstico ao término do tratamento. “Existe um psicólogo responsável pelas leucemias e linfomas, um para os tumores de sistema nervoso central, um para os tumores ósseos, transplante de medula óssea e retinoblastoma, e outros para os tumores sólidos”, explica a Coordenadora da área de psicologia da instituição.
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MODELO
DE ATENDIMENTO Humanização
atendimento à família A internação é um fato que desestabiliza não só o paciente como também seus familiares, afinal são pessoas que confrontam acontecimentos inesperados, muitas vezes em situações caracterizadas por desamparo e sofrimento, seja pela ameaça de um diagnóstico ou da eminência de morte. “A família também é afetada, por isso a importância do suporte psicológico a essas pessoas”, explica Elaine. O atendimento psicológico permite também o diagnóstico de comorbidades psiquiátricas que podem dificultar a recuperação do paciente. “Já é sabido que a assistência psicológica ao doente e familiares propicia uma maior aderência do paciente ao tratamento, e é um dos fatores que pode reduzir o período de internação hospitalar”, ressalta Maria. No Graacc, por se tratar de um hospital pediá182
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trico, a assistência à família é primordial, uma vez que a criança tem uma relação de dependência emocional com os pais. “Além do acompanhamento da criança, temos pai, mãe, avós e irmãos de paciente em atendimento psicológico. Assim, executa-se um trabalho importante de auxiliar os pais na importância de sustentarem o impacto da notícia, não perdendo a função de protetores da criança”, comenta Renata. Ainda de acordo com a coordenadora, os atendimentos são direcionados para a característica de cada família e o foco do trabalho de equipe passa para além da cura, com a preocupação de como as famílias irão passar por todo o processo. A Psicologia na Gestão
Os benefícios da psicologia hospitalar também são sentidos pela gestão. Com a melhora da qualidade do
serviço prestado, há redução dos níveis de stress não só do paciente, como também de toda a equipe envolvida no cuidado com este paciente. “Muitos hospitais têm sim essa preocupação com o corpo clínico, buscando implantar programas com o objetivo de minimizar o stress profissional”, afirma Elaine. Segundo a presidente da SBPH, o maior desafio hoje é regulamentar a exigência da inclusão do psicólogo no corpo clínico de hospitais, com número suficiente e proporcional ao número de leitos, com sua devida remuneração. Ainda que não seja obrigatório, é de extrema importância o trabalho desempenhado por este profissional, uma vez que essa atividade é avaliada em processos de certificação da qualidade, acreditação ou outras avaliações externas pelas quais a instituição passa.
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Investindo na alegria Uma alternativa para enriquecer ainda mais o ambiente hospitalar e fortalecer o trabalho dos psicólogos é o serviço prestado por diversas organizações que realizam visitas periódicas às instituições. É o caso dos Doutores da Alegria que, desde
1991, levam arte aos hospitais. Com o passar dos anos, o impacto positivo da visita sistemática dos palhaços nas relações com os pacientes identificou o grupo como um exemplo de humanização, tema que começava a ser foco das instituições de
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saúde naquela época. De acordo com o Luis Vieira da Rocha, Diretor Executivo, primeiramente avalia-se a possibilidade de iniciar os trabalhos com um hospital mediante o convite da instituição de saúde. Posteriormente, algumas condições opera-
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MODELO
DE ATENDIMENTO Humanização cionais devem estar presentes. O hospital deve ter no mínimo 50 leitos pediátricos operantes, ser referência local, ter poucos recursos ligados à humanização e demonstrar predisposição para investir nas relações humanas e em uma parceria a médio prazo. “Infelizmente não conseguimos atender a todos os hospitais que preencham a estes requisitos, pois nossos recursos não crescem de acordo com a demanda. Sendo assim, para iniciarmos trabalhos em novos hosp i tais, o u tros t ê m q u e
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‘receber alta’, como o Hospital do Câncer e do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, que hoje possuem programas completos de atendimento a pacientes e grande comprometimento com este olhar”, explica. A coordenação artística do grupo e a gestão do hospital planejam ações a serem desenvolvidas, realizando encontros periódicos para o acompanhamento e a orientação das atividades. Tudo isso sem nenhum custo financeiro para a instituição. Para Teresa, as ONG´s, através de parcerias com as instituições, exercem um papel importante junto aos pacientes e familiares, e que não é conflitante com o trabalho exercido pelos psicólogos. Os Doutores da Alegria ainda desenvolvem o programa denominado “Boas Misturas”, direcionado para todos os profissionais da saúde. Trata-se de uma oficina que estimula o corpo clínico a exercitar e ampliar sua capacidade de interação. “A alegria é decorrente de uma comunicação bem estabelecida, e a criança hospitalizada comunica grande parte de suas necessidades por
“Infelizmente não conseguimos atender a todos os hospitais que preencham estes requisitos, pois nossos recursos não crescem de acordo com a demanda. Sendo assim, para iniciarmos trabalhos em novos hospitais, outros têm que ‘receber alta’ Luis Vieira da Rocha, Diretor Executivo dos Doutores da Alegria
canais não-verbais. Captar e responder a essas necessidades faz parte do campo de ação do palhaço e do profissional de saúde. Olhar, ouvir, estabelecer contato, interagir, comunicar são elementos importantes para o exercício do ofício de diagnosticar, tratar e brincar”, comenta Rocha. HCM
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MODELO
DE ATENDIMENTO tratamento alternativo
Amigo para todas as
horas
Tratamento alternativo, que envolve animais, auxilia na recuperação de pacientes
A
Pet Terapia, também conhecida por TAA (Terapia Assistida por Animais) está se tornando comum no Brasil. Nela o paciente estabelece contato e
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vínculo com um animal dócil e treinado, durante o período de sua enfermidade. “A técnica auxilia porque mexe com o emocional da pessoa, e, para isso, per-
mite a utilização do animal como um instrumento para o tratamento”, explica a psicóloga especializada na linha cognitivo comportamental Karina Schutz.
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Pet
terapia
A Pet Terapia pode auxiliar a praticamente todos os tipos de tratamentos. De acordo com a psicóloga, as únicas situações nas quais o animal não deve ser colocado em contato com o paciente são quando possuir alguma zoonose ou não tiver acompanhamento veterinário, e se a pessoa em tratamento tiver medo de animais ou ainda, se for alérgica aos pelos ou penas dos animais. “Trata-se de uma terapia ideal, pois além das contraindicações serem mínimas, os benefícios são inúmeros, como a melhora do sistema imunológico, diminuição do stress e de doenças cardiovasculares, por exemplo”. Karina relata que há inclusive algumas pesquisas que têm comprovado benefícios físicos da TAA, como a liberação de hormônios como oxitocina, que auxiliam uma considerável melhora de doenças como depressão. De acordo com os estudos, houve pacientes que reduziram a medicação devido ao aumento da imunidade e diminuição da pressão arterial ao acariciar e interagir com o animal. Porém, é preciso tomar cuidado para não confundir a TAA com a AAA (Atividade Assistida por Animais).
Ambas trazem benefícios, entretanto há diferença. A AAA normalmente é feita em grupo, com a finalidade de trazer para o ambiente um momento de descontração, com o único objetivo de lazer e desfoque das tristezas e stress. Diferente da TAA, que tem um foco específico e varia de acordo com cada tipo de paciente. Por exemplo, com as crianças autistas, que têm dificuldades de se vincular ao mundo, o animal entra em cena para auxiliar neste contato. “O bichinho entra em ação como um elo, uma ponte para trabalhar o paciente no consultório, ou na instituição de saúde. Tenho, atualmente, como meus companheiros de trabalho cinco cães treinados, um coelho, um papagaio e uma calopsita. Em cada sessão eu levo um”, conta a psicóloga. No Brasil, existem algumas associações que se dedicam a realizar o trabalho d e Pe t
Terapia em parceria com os hospitais. Uma delas é a Medicão, localizada em Campinas (SP), teve início em 2002, com o intuito de atuar na área de Terapia Assistida por Animais.“Comecei sozinho. Eu e uma cadela da raça labrador atendíamos cerca de seis crianças com Síndrome de Down em um instituto assistencial da cidade”, conta o adestrador e cinotécnico Hélio R o v a y J u n i o r, tam-
MODELO
DE ATENDIMENTO tratamento alternativo bém Presidente da Medicão. Com o tempo o projeto se consolidou e a equipe ganhou corpo. Hoje, são 40 pessoas, entre voluntários e profissionais da área de Pedagogia, Psicopedagogia, Fisioterapia, Terapeutas Ocupacionais, Veterinários e Administração. Além dos 27 cães que já trabalham, outros seis estão em processo de avaliação e treinamento qualificado para, literalmente, vestirem a camisa do projeto e
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integrar a seleção. O termo seleção, neste caso, não pode ser considerado uma simples analogia. O Presidente da instituição explica que há realmente requisitos básicos sem os quais o cão fica impossibilitado de praticar as visitas. “Ele deve ser um animal confiante, estável. Não pode ser medroso ou tímido e deve permitir receber carinhos sem reagir de modo agressivo.” Após a peneira, os cães
selecionados têm dieta específica, além da aplicação de medicamentos contra parasitas, vermífugos, entre outros. A rotina no dia de visitas ainda inclui um banho detalhista, com produtos especiais hipoalergênicos, que permitem tanto a segurança dos cães quanto das pessoas com as quais eles terão contato. Cada animal tem sua higienização feita com até no máximo 24 horas antes de um atendimento.
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Pet
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MODELO
DE ATENDIMENTO tratamento alternativo Dentro das instituições
O Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia adotou a Pet Terapia em 2006, como uma estratégia de humanização, na unidade de pediatria, que na época possuía 22 leitos.“Primeiramente foi desenvolvida e apresentada uma proposta de implantação da AAA para a Diretoria de Enfermagem, Diretoria Técnica, Serviço de Controle 190
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da Infecção Hospitalar, Seção Médica responsável pela unidade pediátrica. Após a aprovação, foi firmada uma parceria com a Organização Brasileira de Interação Homem Animal-Cão Coração (OBIHACC)”, conta a Diretora de Enfermagem, Dra. Andrea Cotait. Posteriormente foi realizada capacitação de enfermeiras do IDPC em A/
TAA por meio do curso oferecido pela OBIHACC. Essas enfermeiras foram as multiplicadoras do treinamento, capacitando outros profissionais da unidade. Mas a primeira experiência do hospital com animais aconteceu um pouco antes, em 2003, quando um grupo de enfermeiras utilizaram diversas intervenções para
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Pet
terapia
melhorar o quadro de tristeza de uma criança de 10 anos de idade, com cardiopatia congênita, submetida a procedimento cirúrgico, tais como vídeos, passeios, leituras e brinquedos, não obtendo sucesso em nenhuma dessas intervenções. Por fim, utilizaram uma prática terapêutica não convencional, que fugia do modelo biomédico, a terapia com cães, já que a criança havia referido que seu cão de estimação tinha morrido, manifestando a vontade de brincar com um cachorro durante a hospitalização. Com a implantação da AAA na unidade pediátrica, o hospital percebeu que esta atividade trazia benefícios para o funcionamento físico, social, emocional e cognitivo das crianças, familiares e
equipe de saúde. Para tanto, foi realizado um estudo que confirmou tais evidências, sendo elas: redução significativa da frequência cardíaca, aumento da saturação de oxigênio, melhora dos níveis pressóricos. “As crianças apresentaram-se mais participativas e alegres durante e após as visitas dos cães. A equipe de enfermagem relatou melhora no ambiente de trabalho após a inserção dos cães na unidade pediátrica, apontando que as crianças ficavam contentes, sorridentes, eufóricas e comunicativas com as visitas e comentavam com os profissionais as experiências vivenciadas com os cães”, relata Andrea. A maior preocupação da instituição relacionada à AAA foi o potencial para a transmissão de doenças infecciosas, mesmo não sendo identificado relato na li teratu ra sobre trans-
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missão de infecção por conta do tratamento. Os principais riscos descritos por pesquisadores associados à terapia com animais são as mordidas de animais, alergias e zoonoses. Para que a atividade fosse realizada com segurança, diretrizes específicas baseadas no Guia de Orientações para visita de animais em serviços de assistência à saúde foram formuladas antes do início do tratamento, incluindo adequação do animal, do paciente, a coordenação do programa e ambiente. As visitas ocorrem semanalmente e são realizadas em uma área física, fora dos quartos, facilitando dessa forma a interação entre os pacientes, seus familiares e os profissionais que participam da atividade, além de facilitar a higienização, que é realizada antes e após o contato com os animais. Por se tratar de pacientes com problemas cardíacos, durante as visitas dos cães, a equipe de enfermagem monitora o estado clínico dos pacientes, os condutores a interação dos cães, e ambos utilizam- se desse momento alegre para facilitar a aceitação e adaptação ao ambiente hospitalar.
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MODELO
DE ATENDIMENTO tratamento alternativo Benefícios da Pet Terapia •Estabelece momentos alegres e descontraídos •Melhora o sistema imunológico •Estimula a interação social •Ensina e estimula a divisão de tarefas e o trabalho em grupo •Auxilia a desenvolver noções de cuidados •Ajuda a lidar com o luto: trabalho com doença e morte de um cão
Outro foco O Hospital Israelita Albert Einstein também conta com o auxílio dos animais para motivar os pacientes. Entretanto, de uma maneira um pouco diferente. Ao invés de utilizar cães treinados para Pet Terapia, a instituição libera a entrada dos animais de estimação dos usuários. “Essa solicitação sempre existiu no Einstein, e sempre partiu dos pacientes e seus familiares. Essa experiência nos motivou a criar um fluxo. A partir de 2009, transformamos essa solicitação numa rotina com procedimentos claramente definidos”, conta Rita Grotto, Gerente do Atendimento ao Cliente da instituição. De acordo com o Coordenador da Medicina Integrativa do Hospital, Dr. 192
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Paulo de Tarso, o modelo promove uma evolução nas instituições de saúde ao conceder mais atenção aos pacientes e seus familiares pela personalização, informação e educação. “Tem sido uma experiência muito agradável para ambos. Ter a oportunidade para fazer escolhas quando você está hospitalizado é essencial para a sua saúde e bem-estar. A família e os amigos (entre eles os animais) são essenciais para o processo de cura”, diz o médico. Foi necessário criar um protocolo de visitação com as equipes médicas a fim de favorecer esse fluxo. Hoje, toda instituição está envolvida e sensibilizada com o tema. Para a entrada dos animais no hospital é neces-
•Facilita o processo de aprendizagem tais como leitura, memorização, concentração e socialização •Diminui o nível de estresse •Reduz o nível de risco em doenças cardiovasculares •Facilita a autoconfiança, resgata a autoestima e reduz a inibição •Melhora a capacidade motora, cognitiva e sensorial •Proporciona melhora na capacidade de comunicação e na sensibilidade •Estimula a empatia através do desenvolvimento afetivo •Possui efeito calmante e antidepressivo •Facilita o processo de aprendizagem através da expressão de sentimentos e motivação •Ajuda crianças e adolescentes a saberem reconhecer limites e aprender a respeitar
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Pet
terapia
sário a autorização médica, carteira de vacina atualizada, atestado de avaliação veterinária com data de, no máximo, cinco dias antecedentes à visita, e um banho com um dia de antecedência, entre outros cuidados que o familiar é orientado para trazer o visitante. E em relação à higiene há todo um cuidado das equipes envolvidas, por exemplo, os animais de grande porte têm local diferenciado, os dóceis e de pequeno porte entram dentro de compartimentos adequados. Até hoje já foram rece-
bidas 51 visitas de animais de estimação entre cachorros, gatos, coelhos e pássaros. Cristiane Isabela de Almeida foi uma das pacientes que puderam usufruir das visitas de seu Pet. A médica esteve internada em 2011 por 35 dias, devido a uma complicação cirúrgica. Segundo ela, nesta fase de internação as pessoas ficam mais frágeis e cada um que entra no quarto é como um farol, uma luz no caminho. Um dia, alguém lhe perguntou o que mais poderia ser feito por ela, que
pensou em seu cãozinho, o Twister. “Ele era o único que não “sabia” o que tinha me acontecido. De repente eu sumi da vida dele. E então, o Einstein me ofereceu aquilo que parecia improvável, a visita do Twister. Com toda a doçura que os animais sabem ter nestes momentos, entrou como um principezinho pela porta principal do hospital, abanou o rabo com aquela alegria de quem não guarda mágoas da separação, e pulou, pedindo colo, carinho e um tempo só com ele”, conta.
“Aquela visita preencheu minha alma. O amor sem palavras, apenas a presença, a companhia, a cumplicidade daquele que sabe esperar, que é grato pelo que tem, meu cachorrinho. Quando chegou a hora de ir embora, saiu com dignidade, feliz, sem olhar para trás... não precisava, ele sabia que eu ia voltar” Cristiane Isabela de Almeida, paciente do Hospital Israelita Albert Einstein
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MODELO
DE ATENDIMENTO tratamento alternativo Técnica internacional
A Pet Terapia não é utilizada apenas no Brasil. O Children’s Hospital of Philadelphia, nos Estados Unidos, implantou este tratamento alternativo em 2009, e vem encontrando resultados. De acordo com a Coordenadora de Eventos e Doações da instituição, Natalie Virgilio, a técnica ajuda a minimizar o stress do período de internação, apoiam na interação social das crianças além de contribuir para o desenvolvimento físico e emocional. Além disso, a presença e o contato com os animais colaboraram para reduzir a ansiedade e fortalecer as habilidades de enfrentamento, tornando o ambiente mais caseiro e tirando o foco da doença. 194
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A iniciativa do hospital em implantar a Pet Terapia para seus pacientes surgiu da crença de que os cães têm um valor terapêutico para as crianças, e conseguem suprir uma carência emocional que familiares e funcionários do hospital não conseguiriam. Além disso, o programa oferece também oportunidade aos pequenos de interagirem com os animais, dando e recebendo amor, tornando a estadia na casa de saúde menos desconfortável e estressante. A prática que acontece entre três e quatro vezes na semana faz uma pré avaliação de cães e proprietários antes de destiná-los a visitação. Apesar de a técnica ser
utilizada de maneira semelhante ao Brasil, nos Estados Unidos, a escolha dos cães é feita de forma diferente. Enquanto que a maioria das instituições brasileiras conta com organizações especializadas em Pet Terapia para levarem seus animais para o tratamento, o hospital norte-americano utiliza animais de estimação de voluntários da instituição. O hospital faz um cadastro de pessoas interessadas em contribuir com as crianças junto a seus animais, que devem ser previamente treinados para executar a Pet Terapia, e ambos são avaliados, se aprovados passam por um treinamento e só então começam o contato com os pacientes. HCM
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Pet
terapia HISTÓRICO Em 1792, uma clínica psiquiátrica na Inglaterra (York Retreat) utilizava animais como coelhos para interagirem com seus pacientes. A finalidade naquela época já era tida como oportunidade de interação pacífica do paciente com os animais e desfocava a atenção dos mesmos para algo externo do cotidiano de suas vidas (Altschiller, 2011). As primeiras sessões de terapia assistida por animais documentada nos Estados Unidos ocorreu em 1944, quando um Hospital das Forças Armadas de uma cidade próxima de Nova York (Pawling Hos-
pital, em Dutches), tratou de pacientes soldados que sofreram de algum trauma psicológico causado pela segunda guerra mundial. Em 1961, o Dr. Boris Levinson, apresentou na conferência anual da Associação Americana de Psicologia, a publicação de um artigo, no jornal Mental Hygiene. Nesse artigo, o Dr. Levinson, relata o atendimento muito bem sucedido através de um cão. Inaugurava-se então, o primeiro estudo científico dessa atividade terapêutica. Muitos estudos sobre a interação homem-animal foram
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realizados na década de 70 e 80. Foram diversas as denominações que utilizavam para o mesmo tipo de estudo. Surgiu então a necessidade de uma única nomenclatura que fosse considerada padrão para todos os países, pois dessa forma seria encarada com mais seriedade e profissionalismo, depositando assim maior credibilidade ao trabalho (Dotti, 2005). Assim, em 1996, ficou definida duas distintas formas de trabalho utilizando os animais nas intervenções: Atividade Assistida por Animais e Terapia Assistida por Animais.
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MODELO
DE ATENDIMENTO
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Redução das
INTERNAÇÕES
Uma nova
vertente
Método de regime domiciliar reduz o número de internações ao realizar o gerenciamento da saúde de idosos e portadores de doenças crônicas HEALTHCARE Management 23
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MODELO
DE ATENDIMENTO Dinamismo
A
mplamente utilizado em países desenvolvidos, tais como Inglaterra, Canadá e Estados Unidos, o “Gerenciamento de Crônicos e Idosos” é um processo que necessita de uma equipe multidisciplinar com foco na prevenção de agravos à saúde. A proposta é ideal para pacientes com idade superior a 60 anos e / ou portadores de doenças crônicas. Entre as práticas de destaque do método está a visita domiciliar, que favorece todo conhecimento do usuário e o meio em que está inserido. Além disso, o processo une os profissionais em prol do bem-estar do paciente, com um acompanhamento contínuo. Ainda, promove o atendimento por telefone e a educação
continuada para familiares e cuidadores. Ao gerenciar os pacientes neste modelo de regime domiciliar, é possível ter uma relação e um plano terapêutico individualizado, customizado com a aplicação correta de recursos. A iniciativa também pode reduzir o número de internações, ao diminuir as idas ao pronto-socorro, afora adicionar qualidade de vida aos usuários. Com o “Programa de Gerenciamento de Crônicos”, os pacientes e familiares se sentem mais acolhidos em suas demandas e satisfeitos com os serviços propostos. Isso ocorre devido ao processo de ter um aprimoramento em todas as relações envolvidas no atendimento. No Brasil, o Grupo Ge-
riatrics utiliza a metodologia com protocolos que já são validados e adaptados transculturalmente. “Seguimos uma linha de cuidado, e adotamos protocolos baseados em evidências científicas internacionais e nacionais”, informa a Dra. Patrícia Cristina dos Santos Ferreira, Gerente Médica do setor de Gerenciamento de Crônicos e Idosos, intitulado de Office Care. Para a gerente, o método se destaca de outros programas já existentes no mercado. Ela esclarece que ao mapear o risco geral de uma população, é possível seguir critérios específicos de avaliação individualizada da funcionalidade, cognição e fragilidade do paciente. “Com essa técnica, associa-
“Por isso, medidas como esse gerenciamento são vitais para conter os gastos de uma parcela de indivíduos que não param de crescer.” Dra. Patrícia Cristina dos Santos Ferreira, Gerente Médica de Office Care 198
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Redução das
INTERNAÇÕES
mos marcadores mais sensíveis para realmente acompanhar os pacientes em maior risco. Vale lembrar, que não seguimos apenas o modelo tradicional saúde x doença”, explica Segundo a Dra. Patrícia, sem programas como este, todo sistema de saúde pode colapsar, uma vez que os portadores de doenças crônicas e idosos consomem 40% dos recursos destinados à população geral. “Por isso, medidas como esse gerenciamento são vitais para conter os gastos de
uma parcela de indivíduos que não param de crescer.” Na opinião da gerente, as instituições brasileiras de saúde estão preparadas para receber este modelo de metodologia. No entanto, ela alerta que os administradores precisam apenas buscar o entendimento de todos os envolvidos na prática da prevenção e promoção de saúde. O custo de implantação do gerenciamento é baixo, devido a não incorporação de tecnologias caras, como exames de última geração.
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É válido lembrar que os recursos humanos são os principais componentes utilizados no método, a partir de ações que impedem as internações e agravos na saúde dos pacientes. Quanto aos gestores hospitalares que querem adotar a prática semelhante ao Office Care, a Dra. Patrícia orienta a análise de estratificação da população que deverá receber a atenção especial. “Sem um mapeamento correto não conseguimos aperfeiçoar a alocaHCM ção de recursos.”
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PONTO
FINAL
MUDANÇAS
Por um serviço
melhor
Saúde Suplementar apresenta crescimento constante
F
oco de polêmicas por conta das novas regras e leis sancionadas para as operadoras de convênios médicos, o setor de saúde suplementar no Brasil tem apresentado crescimento constante nos últimos anos e os gastos com este tipo de serviço devem ultrapassar R$ 80 bilhões em 2030. Um estudo realizado pelo Iess (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), com base em números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) revelou que, se a expectativa se cumprir, este número representará uma elevação de 35% se comparado aos R$ 59,2 bilhões despendidos pelas operadoras em 2010. A quantidade de usuários de planos de saúde poderá crescer de 44 milhões de pessoas, em 2010, para aproximadamente 51 milhões, em 2030. Números de 2010 sobre a saúde suplementar apontam que aproximada-
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mente 160 mil médicos e 47 milhões de pessoas estão credenciados a operadoras de saúde. Dos usuários, 80% possuem planos de assistência médica coletivos e o restante, plano individual ou familiar. Já os médicos atendem, em média, oito planos de saúde e realizam mais e 223 milhões de consultas ao ano. Um dos motivos para este crescimento, apontado pelo estudo, é o aumento da população de idosos no País. Porém, esta crescente no número de usuários levou a um aumento de reclamações sobre os serviços: de dezembro de 2012 a março deste ano, foram recebidas 13.348 reclamações sobre garantia de atendimento, envolvendo 509 operadoras de planos de saúde. O fato levou a ANS a realizar um monitoramento que resultou em três medidas de suspensão da comercialização de planos de saúde. No total, foram 396 planos de
56 operadoras. A partir do dia sete de maio, passa a valer outra nova norma que determina que as operadoras apresentem resposta por escrito sempre que houver registro de recusa de realização de exame, consulta ou cirurgia. A cada vez que a operadora deixar de explicar a negativa será multada em R$ 30 mil. Em meio a tantas insatisfações está também a dos médicos, que em protesto, paralisaram o atendimento aos planos de saúde, por 24 horas no final do mês de abril. A mobilização, que acontece há três anos, é um alerta para gestores das operadoras dos planos de saúde, e à sociedade em geral. Entre os itens da reivindicação constaram o reajuste das consultas e dos procedimentos nova contratualização, baseada na proposta das entidades médicas nacionais. HCM
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