HealthARQ 10ª Edição

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CARTA AO LEITOR

Sucesso, tradição e inovações Caro leitor, História, qualidade e parceria. São essas as palavras que definem a matéria de capa da 10ª edição da HealthARQ. A Rede D’Or São Luiz, com hospitais no Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal e Pernambuco, tem um diferencial arquitetônico em cada um dos prédios de suas instituições de saúde. O destaque está nos primeiros hospitais do Grupo: o Copa D’Or, que possui uma circulação vertical com um heliponto em seu topo, e o Barra D’Or, com um pórtico de entrada marcando a fachada do hospital. O Quinta D’Or também merece destaque, pois possui características de um prédio dos anos 50, remetendo a ArtDeco. Os projetos de sucesso são fruto da expertise da RAF Arquitetura. Esta edição traz também detalhes sobre a ampliação pela qual o Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre (RS), está passando em busca da modernização de suas instalações. O Ver Hospital Oftalmológico, também passou por reformas e se destaca pelo sucesso no processo de contenção e escavação. A HealthARQ traz também as novidades sobre o novo centro de P&D da Siemens Brasil, que ficará no Rio de Janeiro. Também na capital carioca, um complexo integrado de saúde merece destaque. O Américas Medical City será o maior complexo médico da cidade, com 72 mil m² de área construída, reunindo centro médico, hospitais e centro de treinamento em um só local. A sustentabilidade é um assunto que ganha cada vez mais espaço no mercado da construção civil. Por exemplo, o novo prédio do HCor, inaugurado recentemente e batizado de Dr. Adib Jatene, possui certificação LEED. Ainda no âmbito ambiental, um especialista revela as medidas que agregam certificações e economia às instituições de saúde. Na editoria “Gerenciamento” o Presidente da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração), Paulo Oscar Auler Neto, fala sobre gestão de risco em obras. O segredo pode estar no planejamento,

na experiência dos profissionais e na boa gestão do processo. E em “Humanização” os cuidados com a criação de um centro de reprodução assistida são destacados pelo arquiteto que criou a Clínica Ginecológica Invida. A revista traz ainda dois artigos em “ARQ Coluna”. Os arquitetos Paula e Domingos Fiorentini falam sobre a sustentabilidade com foco nos recursos naturais e operacionais. Já o Presidente da ABDEH (Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar), Fábio Bitencourt, aborda a ergonomia, o conforto humano e a qualidade da arquitetura para saúde. Que todos tenham uma excelente leitura!

Edmilson Jr. Caparelli Publisher



EXPEDIENTE

PRESIDENTE Edmilson Jr. Caparelli ecaparelli@grupomidia.com

gerente de recursos humanos Gislaine Almeida gislaine@grupomidia.com

DIRETORA ADMINISTRATIVA Lúcia Rodrigues lucia@grupomidia.com

DIRETORA DE MARKETING/ EVENTOS Erica Almeida Alves erica.alves@grupomidia.com

CONSELHO EDITORIAL Edmilson Jr. Caparelli, Erica Alves, Jailson Rainer e Lúcia Rodrigues

diretor comercial Marcelo Caparelli marcelocaparelli@grupomidia.com

diagramação Erica Almeida Alves

editorial PUBLISHER Edmilson Jr. Caparelli

gerente comercial Jailson Rainer jailson@grupomidia.com

REDAÇÃO Carla de Paula Pinto carla@grupomidia.com Thiago Cruz thiagocruz@grupomidia.com Patricia Bonelli patricia@grupomidia.com Jéssica Gomes jessica@grupomidia.com

COMERCIAL Giovana Teixeira giovana@grupomidia.com Ana Carolina Cesca anacarolina@grupomidia.com Assistente Comercial Janaiana Marques jana.marques@grupomidia.com

criação Valéria Vilas Bôas ASSINATURAS E CIRCULAÇÃO assinatura@grupomidia.com ATENDIMENTO AO LEITOR atendimento@grupomidia.com FOTOS Banco de imagens PROJETOS EDITORIAIS projetoseditoriais@grupomidia.com

A revista HealthArq é uma publicação trimestral do Grupo Mídia. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional. O conteúdo dos artigos é de responsabilidade dos autores. A reprodução das matérias e dos artigos somente será permitida se previamente autorizada por escrito pelo Grupo Mídia, com crédito da fonte.

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CAPA

História de sucesso A Rede D’Or, que iniciou seu investimento em hospitais em 1998, trouxe revolução nos conceitos de arquitetura e hotelaria hospitalar. A parceria com a RAF Arquitetura ajudou na criação das características peculiares de cada um dos hospitais, além de trabalhar com humanização e sustentabilidade

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Construção Estado do Pará investe em saúde através da construção do Ambulatório de Clínicas Especializadas da UEPA e de dois modernos hospitais na cidade de Altamira 10

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Acabamento A escolha correta dos pisos hospitalares pode garantir o funcionamento da instituição de maneira fluida e proporcionar maior durabilidade e menos gastos com manutenção


NESTA EDIÇÃO N.10 I dezembro | janeiro| fevereiro| 2014

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Sustentabilidade

Arq Destaque

O HCor inaugurou seu novo prédio no início de 2014. O edifício Dr. Adib Jatene é altamente sustentável e possui certificação LEED

Complexo de saúde no Rio de Janeiro contará com hospitais, consultórios, centro de treinamento e área de lazer para médicos

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Humanização

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Ampliação Hospital São Joaquim (SP) investe em reformas para aprimorar sua estrutura física e atendimento

Hospital especializado em tratamento oncológico ganha novas UTI’s e ressalta as características de humanização e sustentabilidade em sua reforma

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boletim ARQ

Ampliação Hospital americano investe em expansão

Fotos: Divulgação

O Lawrence General Hospital, em Massachusetts, nos Estados Unidos, irá investir 72 milhões de dólares em uma expansão. O projeto prevê renovação e inclui um novo bloco cirúrgico, reformas nos quartos dos pacientes e aperfeiçoamentos estéticos. O projeto de renovação inclui uma área de 25.600 m², onde serão construídos apartamentos para pacientes, áreas de apoio a família e também de espera. O novo Centro Cirúrgico contará com 42.250 m², incluindo os novos espaços pré-operatório e pós-operatório, além das salas de cirurgia.

Legislação Revisão da Lei de Licitações O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR), o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) e sete outras entidades nacionais de arquitetura e urbanismo e de engenharia fizeram um requerimento junto à presidente da República, Dilma Roussef, com ponderações sobre a revisão da Lei de Licitações (Lei 8.666/93). As entidades defendem que as licitações de obras públicas sejam feitas somente a partir de projetos completos, definidos por meio de concursos públicos. As associações e os profissionais que representam são contra a licitação de obra pública a partir do “Projeto Básico”, criação da Lei 8.666/93, que transfere à construtora a tarefa de detalhar e completar o projeto.

Profissão Número de arquitetos e urbanistas cresce em 2013 O número de Registros de Responsabilidade Técnica (RRTs) cadastradas no Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) cresceu 22% no ano passado em todo o país. De acordo com os dados divulgados pela entidade, 792.624 registros foram emitidos. No ano retrasado, o volume havia ficado em 646.398 registros. O crescimento foi considerável se comparado a alta de 12% entre 2012 e 2013 . 12

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Integração Centro de Serviços Compartilhados O CAU/BR e os CAU/UF se juntaram para melhorar e qualificar a prestação de serviços aos arquitetos e urbanistas atuantes no país. Em reunião conjunta com conselheiros federais e presidentes estaduais, foi aprovada a criação do Centro de Serviços Compartilhados do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CSC-CAU). Trata-se de um novo modelo de atendimento aos arquitetos, com inovações operacionais e de gestão. O objetivo é que os profissionais de todo o Brasil sejam atendidos com a mesma qualidade e menor custo. Os serviços aos arquitetos serão administrados nacionalmente por um Colegiado de Governança, composto por conselheiros do CAU/BR e presidentes dos CAU/UF. Uma das inovações será a implantação de uma Rede Integrada de Atendimento (RIA), para gerenciar o relacionamento e o atendimento prestado aos profissionais brasileiros.

evento XX Congresso Brasileiro de Arquitetos O XX Congresso Brasileiro de Arquitetos (XX CBA) acontece entre os dias 22 e 25 de abril no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. O evento, que contará com conferência do CAU em sua abertura, terá entre os palestrantes Sérgio Magalhães, presidente do IAB, e Jeferson Salazar, presidente da FNA. Os temas que serão abordados englobam “Diversidade de atuação: concursos e formas de contratação” e “Empreendedorismo em arquitetura”.

Perda Arquitetura em luto No dia 14 de fevereiro a arquitetura brasileira perdeu um de seus grandes nomes: Jorge Wilheim. Nascido em Trieste, na Itália, em 1928, mudou-se com a família para o Brasil no início dos anos 40. Formou-se pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e, ainda nos anos 50, foi incumbido de projetar uma nova cidade em Mato Grosso. Wilheim incluía, entre seus inúmeros projetos na capital paulistana, o Centro de Diagnóstico do Hospital Albert Einstein. Como homem público, teve um grande papel. Foi secretário de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo (1975-1979) e duas vezes secretário de Planejamento da capital paulistana, na gestões de Mário Covas e Marta Suplicy. Além disso, ocupou diversas posições no IAB.

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www.saudeonline.net.br Especialmente para os pequenos Um hospital voltado exclusivamente ao atendimento de crianças foi inaugurado em Ohio, nos Estados Unidos, no ano passado. A edificação com 80 mil m² abriga nove clínicas e 17 serviços. O espaço foi projetado para proporcionar às crianças um ambiente confortável e acolhedor, para isso, na decoração foram utilizadas cores e arte. A flexibilidade é uma das principais características da nova instalação. Os sistemas móveis, por exemplo, permitem que áreas sejam desmontadas e remontadas em diferentes configurações, dependendo das necessidades do centro. Leia a reportagem completa no Saúde Online: http://saudeonline.grupomidia. com/2014/02/especialmente-para-os-pequenos/

Líderes da Saúde A revista HealthCare Management trouxe, pela primeira vez, em sua 27ª edição, o especial Líderes da Saúde. Nele são apresentadas as empresas mais requisitadas no setor em 2013. As vencedoras foram classificadas em 23 categorias, referentes aos serviços e produtos oferecidos para as instituições de saúde, sendo três eleitas em cada categoria. Todos os líderes eleitos ocupam a mesma posição de destaque perante o júri, não sendo colocados como primeiro, segundo ou terceiro lugar. Confira os vencedores. A revista está disponível através do portal www.saudeonline.net.br.

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Assista Em entrevista exclusiva para o Saúde Online, o Superintendente do Hospital Sírio-Libanês, Gonzalo Vecina Neto, fala sobre a gestão de excelência e do atual projeto de expansão da instituição. Com a ampliação, o hospital totalizará mais de 700 leitos, com tecnologia de ponta e uma infraestrutura estudada minuciosamente para atender os critérios de sustentabilidade. Segundo Vecina, todo o investimento realizado visa fazer do projeto ser certificado pelo LEED na categoria Gold. “Toda a iluminação é feita com LED, usamos um sistema de recuperação de água cinza e sistema de dutos inovador na coleta de resíduos sólidos e roupas sujas”, ressalta o superintendente. Confira ao vídeo na íntegra no site saudeonline.net.br.

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ARQ Coluna

Artigo

Fábio Bitencourt Presidente da ABDEH - Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, Arquiteto D Sc e Professor

Ergonomia e conforto humano e a qualidade da arquitetura para saúde - Parte 1

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Ergonomia é uma ciência recente, considerando-se o seu nascimento formal em 12 de julho de 1947, durante um encontro realizado em Londres com pesquisadores interessados em oferecer melhores condições à realização das atividades humanas. Muito embora possa se afirmar que as bases para sua construção lógica tenha origem na própria existência humana. O papel da ergonomia é adequar o trabalho ao homem segundo o professor e pesquisador francês Etienne Grandjean. Conceito estabelecido nos objetivos da Sociedade de Pesquisa em Ergonomia (ERS - Ergonomics Research Society). Mais recentemente, a Associação Internacional de Ergonomia (IEA) atualizou-o com a se16

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guinte afirmação: A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada à compreensão das interações entre seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema. Os ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas. Aproximar profissionais que lidam com o ambiente de saúde à necessidade de promoção de qualidade de vida a partir do que a ergonomia possa contribuir é uma das atribuições des-

te trabalho. Reconhecendo isso, muitos países já obrigam os serviços de saúde a empregar ergonomistas. No Brasil, diversas empresas, hospitais e demais estabelecimentos assistenciais de saúde recorrem aos profissionais de ergonomia com frequência, seja para introdução de novas metodologias de trabalho ou para o estabelecimento de correções operacionais. A Ergonomia pode contribuir fundamentalmente para a prevenção de erros, melhorando o desempenho. No projeto de sistemas mais complexos, como um centro de controle operacional de uma ressonância magnética, equipamentos de hemodinâmica, postos de enfermagem, a Ergonomia surge como um dos fatores mais importantes na redução dos

erros operacionais. Ergonomistas que atuam em empresas e hospitais trabalham na interface dos problemas e situações; de um lado, com os projetistas e, de outro, com os operadores ou usuários dos sistemas de produção. Nesta função, procuram orientar os projetistas, gestores e trabalhadores sobre as questões ergonômicas, adaptando as respectivas atividades às características e limitações humanas. Além dos ergonomistas, existem outros profissionais que aplicam os conhecimentos e recomendações da Ergonomia. Nestes se incluem os médicos do trabalho, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos industriais, arquitetos, engenheiros, designers de interiores, desenhistas industriais, etc.


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Artigo

ARQ Coluna

Paula Fiorentini e Domingos Fiorentini Arquitetos

Sustentabilidade com foco nos recursos naturais e operacionais USO RACIONAL DE ÁGUA POTÁVEL O grande desperdício de água potável em qualquer edificação e principalmente em hospitais é causado pela utilização desse precioso líquido que a natureza nos dá, para remover e conduzir dejetos. Nossa proposta é a não utilização de água potável como água motriz para este fim, resultando em um sistema duplo de alimentação de água, conforme descrição abaixo: 1) Sistema de alimentação de água potável para chuveiros, lavatórios, bebedouros e pias. 2) Sistema de alimentação de água reciclada para bacias sanitárias, despejos, mictórios, expurgos e jardins. 18

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Estas medidas conseguem reduzir 50% ou mais do consumo de água potável, pois é conhecido que 50% de toda água consumida no hospital é destinada para água motriz. Sendo assim, a não utilização de água potável como água motriz, reduz 50% de sua demanda. REDUÇÃO DO VOLUME DE ESGOTO PRODUZIDO Propomos em nossos projetos, além da separação da distribuição de água em dois sistemas: água potável e água reciclada, a separação em dois sistemas da captação das águas servidas (esgoto) em esgoto negro ou fecal, oriundo das bacias sanitárias, mictórios, expurgos,

etc. E esgoto cinza ou esgoto reciclável, oriundo de chuveiros, lavatórios, bebedouros, pias, etc. O esgoto negro é destinado à rede pública de captação ou à central de tratamento de esgoto do hospital. A produção do esgoto negro ou fecal corresponde a 50% da produção total de esgoto, com isso o custo de tratamento dos dejetos líquidos são reduzidos pela metade. O esgoto reciclado (esgoto cinza) correspondente a 50% da produção total de esgoto que é coletado, colorido artificialmente (azul) para identificação de que não se trata de água potável, evitando, assim, acidentes, sendo reutilizado como água motriz.


REDUÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA TÉRMICA Por meio de: 1. Uso máximo de ventilação e iluminação natural; 2. Isolamento térmico do edifício, através de alvenarias mais espessas periféricas, brises, venezianas, elementos que sombreiem as fachadas do edifício mais expostas ao sol. Evitar a utilização de persianas e cortinas internas que são elementos geradores de calorias dentro do ambiente quando da incidência solar. 3. Utilização de ar-condicionado com recuperação de calor que aproveita toda energia térmica uti-

lizada para produção de água gelada e para produção de água quente, e ou, cogeração no uso de gás combustível. 4. Nossos projetos não contemplam o uso de caldeiras para produção de água quente, pois toda água quente consumida é produzida pelo ar-condicionado (recuperação de calor) quando utilizado o gás combustível para o ar-condicionado (cogeração), gerando enorme economia de energia térmica por evitar o desperdício comum de calorias por parte dos sistemas convencionais de ar-condicionado.

REDUÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA Por meio de: Uso máximo de ventilação e iluminação natural; Alimentação por grupo moto gerador para 100% do hospital possibilitando o desligamento da energia da rede pública nos horários de pico de demanda; Utilização dos recursos anteriormente referidos, tais como: bomba de calor e cogeração (ar-condicionado); Sistema de automação inteligente (ar-condicionado, elevadores, aquecedores,etc.) para racionalização do consumo energético.

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ENGENHARIA

Ampliação

Mais espaço, melhor atendimento Hospital investe em ampliação e foca nos cuidados com a sustentabilidade durante as obras

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Previna Centro Médico, localizado em São Paulo, possui 15 leitos, duas salas de cirurgia e atende, em média, entre o pronto-socorro e ambulatório, 27 mil pessoas ao mês, além de cerca de 100 internações. “Trata-se de uma instituição de saúde de fundamental importância, pois suprimos a demanda que o hospital público não comporta. Além disso, conseguimos conciliar um atendimento digno e humanizado a um preço condizente com o nível de renda da população local”, diz Roberto Ranieri, Diretor Administrativo da Plena Saúde. Em busca de aprimoramento, de ampliar sua capacidade e de oferecer serviços ainda melhores para seus usuários, a instituição passará pela sua terceira grande ampliação. “O principal diferencial será a construção 20

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de dois prédios anexos. Faremos uma reforma completa no edifício mais antigo e um face lift no prédio que não é tão antigo. Acontecerá também a ligação dos três prédios: mais antigo, recente e o novo”, conta Ranieri. A obra permitirá o aumento da capacidade e da complexidade dos atendimentos, proporcionando serviços até então não existentes: UTI Adulto, e um restaurante interno para médicos, colaboradores e pacientes. “Além disso, aumentaremos em 400% a capacidade de internação, pois passaremos a ter 60 leitos na primeira reforma. Já a capacidade do pronto-socorro será dobrada, pois o número de consultórios passará de quatro para oito. Segregaremos as observações infantil e adulto”, revela. A obra, que será realizada pela construtora

BAGGIO, teve como objetivo segregar em áreas específicas o hospital, de modo que o público infantil, masculino, e feminino adulto pudessem ter, cada um, sua própria área de observação, a fim de proporcionar um atendimento mais personalizado, sem desconfortos e com maior privacidade. No subsolo, previamente reservado para áreas técnicas obrigatórias, geradores e vagas para diretoria e médicos, agora terá uma área para o bicicletário. “Acreditamos que temos um papel fundamental em incentivar a prática de esportes, assim como o deslocamento por meios alternativos, uma vez que nossos colaboradores moram, em sua maioria, nos arredores do Previna Centro Médico”, diz Ranieri. Além desta preocupação social, a obra incorporou também cuidados com o


meio ambiente. Todas as lâmpadas utilizadas são em LED, para proporcionar a economia de energia. As máquinas de ar-condicionado também atendem ao novo modelo de gás, que corresponde aos padrões mais elevados de qualidade, economia de energia e sustentabilidade. “Todos os quartos possuem janela para melhor aproveitamento da luz natural e 80% do aquecimento da água é feito por energia solar. Os 20% remanescentes são para suprir em dias frios ou para uma demanda fora do normal”, conta. Além disso, em parceria com a construtora BAGGIO, uma empresa de soluções ambientais reforça ainda mais a sustentabilidade na obra. “Junto ao Previna, estamos elaborando o Plano de Gerenciamento de Resíduos Só-

lidos da Construção Civil, que qualifica e quantifica os resíduos que serão gerados durante o processo construtivo e dá diretrizes de como gerenciá-lo”, conta Marcus Brisolla, Diretor Técnico da in natura soluções ambientais. Além disso, está sendo feito também o acompanhamento ambiental de obra, que executa os ditames do Plano de Gerenciamento de Resíduos, melhorando a reciclagem dentro do canteiro, garantindo a destinação correta dos resíduos para locais adequados e reduzindo custos. A empresa executou também o Projeto de Corte e Aterro, que precisou o volume de solo que será movimentado. “Isso foi importante já que o solo é um resíduo volumoso que é gerado durante a obra”. A orientação de Brisolla

é que os resíduos sejam depositados dentro do canteiro, em baias específicas, separadas fisicamente e identificadas por cor e tipo do resíduo, ou caçambas para retirada direta. “Para facilitar o entendimento por parte dos colaboradores, uma palestra de conscientização será agendada. Posterior a isso, as empresas de transporte e destinação final são indicadas e devem estar devidamente licenciadas junto ao órgão ambiental. É obrigação delas fornecer um documento que comprove a correta destinação. Este documento é avaliado e, se aprovado, é arquivado”, explica. No final da obra toda a documentação compõe um Relatório Final de Gerenciamento de Resíduos que será apresentado ao órgão ambiental para aprovação.

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Novas UTI’s

Humanização

Nova ala AC Camargo Cancer Center ganha novas UTI’s com foco na humanização e na sustentabilidade

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o final do ano passado, foram entregues os novos leitos de UTI do AC Camargo Cancer Center, em São 22

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Paulo, o que ampliou significativamente o acesso ao serviço de medicina intensiva para pacientes adultos com perfil onco-

lógico. “A proposta de expansão está diretamente relacionada ao número de pacientes atendidos e qualidade na assistência


prestada, por isso o investimento em infraestrutura e equipamentos”, conta o Superintendente de Operações do hospital, Jarbas Salto Junior. A estrutura física da nova Unidade de Terapia Intensiva possui dez leitos que foram arquitetados com o objetivo de proporcionar, principalmente, um ambiente seguro e humanizado. A estrutura permite observação individualizada dos pacientes, garantindo assim sua privacidade. A UTI oferece um bom espaço para mobilização do paciente e iluminação natural, proporcionando um ambiente tranquilo e agradável. “Dispomos de assistência médica, enfermagem e fisioterapia ininterruptas, com equipamentos específicos próprios e recursos humanos especializados”, comenta Salto Junior. A humanização das relações e do cuidado ao ser humano é uma preocupação da instituição, por isso sua UTI conta com uma visita estendida, na qual os pacientes podem permanecer na presença de seus familiares por um período de oito horas. “Nossa UTI também conta com iluminação natural, leitos individualizados, relógios visíveis para todos os leitos e informações da evolução diária dos pacientes aos seus familiares”, revela o Superintendente de Operações do A.C. Camargo. Além disso, a instituição preocupa-se também com a questão ambiental e detém a certificação ISO 14001, que tem como objetivo criar o equilíbrio entre a manutenção da rentabilidade e a redução do impacto ambiental, contando com o comprometimento de toda equipe. “Por isso nossa grande preocupação relacionada ao consumo de energia, coleta Health ARQ

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Novas UTI’s

Humanização seletiva, planejamento de recursos, destino adequado de resíduos, gestão de produtos químicos e etc”. De acordo com o arquiteto responsável pelo projeto, Kadu Furtado, da KMF Trio Arquitetura & Engenharia, alguns fatores foram determinantes para a implantação desta nova UTI. “Primeiro não tínhamos como ampliar a área construída do hospital e tivemos que usar o prédio de estacionamento como única opção para uma expansão de leitos para proporcionar mais conforto e privacidade, buscando separar o fluxo de serviço como

coleta de resíduos, roupa suja, suprimentos do fluxo de paciente e/ou familiares. Tudo em curto prazo”, conta. A expansão do número de leitos foi calculada tendo como referência a proporção leito/equipe multidisciplinar adotada pela instituição de saúde. Ao todo são dez novos leitos sendo dois de isolamento. “A planta prevê a expansão de mais leitos na área que ainda é ocupada como estacionamento”, conta o arquiteto. Mas as obras não pararam por aí. A UTI foi apenas um dos cinco pavimentos do edifício que

entraram no processo de reforma e ampliação. Também foi necessário a execução de duas novas torres de elevadores para viabilizar a ocupação deste edifício e a implantação de uma nova cozinha para atender os novos leitos da UTI e dos 60 apartamentos implantados também nesta obra. No total, foram cerca de 12 meses para execução total das obras. A sustentabilidade também se fez presente no protejo, através do uso de sistemas para redução de consumo de água e energia elétrica tais como torneiras de fecha-

Equipe KMF Arquitetura 24

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mento automático, caixas de descarga de baixo volume, lâmpadas econômicas, tintas à base d’água e outros. Adotou-se ainda o sistema de aquecimento solar para água, cola de contato para fixação dos revestimentos de parede à base de componentes naturais eliminando a cola feita com produtos químicos e também a central de gases medicinais que utiliza bomba com selo mecânico com menor consumo de água.

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Climatização

Humanização

Mais cuidados O cuidado do AC Camargo Cancer Center com seus pacientes não para na ampliação de seu espaço físico. A climatização é preocupação constante dentro da instituição para manter usuários, visitantes e colaboradores em um clima agradável e saudável. Quando trata-se das UTI’s o cuidado é ainda maior. Por exemplo, a UTI do 4º andar do edifício Hilda Jacob, que foi projetada e executada pela SN Ar Condicionado, possui um sistema composto por uma central de água gelada com condensação a água localizada na cobertura do prédio. “Esta central é a segunda que nós implantamos neste prédio. A primeira atendia aos dois subsolos, onde estão localizados os laboratórios de Patologia e Pesquisa, o Térreo, 26

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composto pela Quimioterapia e o 1º pavimento com a farmácia que prepara os quimioterápicos para aplicação no andar”, conta José Eduardo Sodré Noronha, Diretor da SN Ar Condicionado. A segunda central de água gelada foi projetada para atender às internações dos 2º, 3º, 5º, 6º e 7º pavimentos, além do restaurante e salas de reuniões do 8º andar. Atende também à UTI do 4º pavimento. “A água gelada gerada nesta segunda central é bombeada e distribuída por rede hidráulica isolada termicamente a todos estes pavimentos, inclusive o 4º, que é o nosso objeto”, comenta Noronha. Nas casas de máquinas, localizadas no próprio 4º pavimento, são alojados os condicionadores de ar do tipo

fan & coil, que recebem esta água gelada e retiram o calor dos ambientes tratados. Calor este que é rejeitado à atmosfera na central da cobertura. Com a retirada do calor, os ambientes tratados esfriam. “Este ar tratado nos condicionadores é resfriado e desumidificado. Após este tratamento o ar é filtrado e enviado à UTI”, explica. A pressão estática, no interior das internações, foi projetada como positiva para evitar a entrada de ar contaminado, oriundo das circulações e exterior. As internações de isolamento, para portadores de moléstias infecciosas e transmissíveis pelo ar, foram tratadas com balanço de vazões que proporcionassem pressões negativas nos seus interiores. “A distribuição do ar

dentro da internação obriga que o fluxo de ar seja do profissional de saúde para o paciente.” Todo o ar exaurido destas internações é esterilizado antes do descarte para o exterior, obedecendo às normas do Ministério da Saúde (ANVISA) quanto à esterilização e posição de descarga. Como a arquitetura inicial projetou um edifício para ser garagem, o pé direito abaixo das vigas metálicas não comportaria o volume ocupado pelos dutos de ar-condicionado, ventilações e exaustões. Como solução, a estrutura do prédio foi recalculada e reforçada para possibilitar furação que permitisse o trânsito dos dutos de ar e tubulações de água gelada, gases medicinais e hidráulica e elétrica prediais.


Atendendo às normas De acordo com as normas da ABNT o ar deve ser tratado em dois estágios de filtragem G4 + F7 (G = grosso e F = fino). “Como boa parte dos pacientes que fazem quimioterapia estão deprimidos imunologicamente a opção foi acrescentar mais um estágio de filtragem do tipo HEPA (filtro “absoluto”)

da categoria A3 para garantir a esterilidade do ar insuflado nas internações da UTI”, explica Noronha. Como os filtros HEPA A3 possuem grande perda de carga (resistência à passagem do ar) o ventilador do Fan & Coil, que é responsável pela circulação do ar, deverá ser de alta pressão. Os ventiladores

de alta pressão produzem altos níveis de pressão sonora, o que obrigou o uso de atenuadores de ruído para manter os níveis de som dentro do exigido pela ABNT. “Foram usados, também, controladores de vazão para manter o fluxo de ar constante quando da saturação destes filtros”, finaliza.

“Esta central é a segunda que nós implantamos neste prédio. A primeira atendia aos dois subsolos, onde estão localizados os laboratórios de Patologia e Pesquisa, o Térreo, composto pela Quimioterapia e o 1º pavimento com a farmácia que prepara os quimioterápicos para aplicação no andar” José Eduardo Sodré Noronha, Diretor da SN Ar Condicionado Health ARQ

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Reprodução humana

Humanização

Invida Clínica

Cuidados com a vida Projeto para Centro de Reprodução Humana requer cuidados técnicos, logísticos e com a humanização do local

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Clínica Ginecológica Invida, localizada no edifício Prime Medical Center no Itaim, em São Paulo, que abriga serviços de saúde com infraestrutura direcionada para este segmento, conta com 520m². A instituição especializada em reprodução humana reúne espaços para consultas, exames, tratamentos e acompanhamentos correlatos. “Dentro

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do mesmo edifício está o day-hospital do Hospital Sírio-Libanês e lá projetamos o centro cirúrgico (onde são realizados os procedimentos) e os laboratórios (onde são manipulados e armazenados todos os materiais genéticos)”, conta o arquiteto Antonio Carlos Rodrigues, Diretor da ACR Arquitetura e responsável pelo projeto da clínica. Em Centros de Reprodu-

ção Humana há um quebra-cabeça a resolver, pois é preciso atender à operação e à vigilância sanitária, além de proporcionar sinergia de tarefas entre os laboratórios e a sala de procedimentos. “A sala de procedimentos requer uma antecâmara e acesso fácil pelos clientes por maca e precisa ter acesso de médicos e técnicos através de um vestiário de paramenta-


ção”, diz o arquiteto. Este mesmo vestiário dá acesso aos três laboratórios fundamentais da instituição: laboratório de FIV, de andrologia e sala de criogenia. “No FIV chegam os óvulos colhidos na sala de procedimentos, lá ocorre a fecundação do óvulo pelo material genético masculino e ficará em incubadoras até o tempo oportuno de ser transferido para o útero materno. Sua posição é estratégica e precisa de pressão positiva no ar-condicionado, além de filtragem especial”, explica. No laboratório de andrologia chega o material genético masculino, colhido em outra sala cuja ambientação adequada é fundamental. Neste laboratório, o esperma é manipulado para ser usado no FIV. Já na sala de criogenia, óvulos, embriões e sêmen podem ser congelados indefinidamente. “Este ambiente precisa de espaço para os tanques de criopreservação, pressão negativa e sistemas de segurança para garantir que o nitrogênio não intoxique

os colaboradores”, explica o arquiteto. O quebra-cabeça não para por aí, ainda há de se pensar no fluxo do material sujo e limpo, na privacidade das mulheres e homens e nas condições físicas para que os colaboradores possam exercer suas funções com excelência e hospitalidade. Além disso, o fluxo de clientes e funcionários é sempre um fator importante ao planejar qualquer ambiente de saúde, especialmente uma clínica de reprodução humana. “Por se tratar de tema muito delicado, muitas vezes os clientes exigem privacidade ou estão fragilizados com o processo complexo que é a fecundação. A distinção entre as áreas de acolhimento, exames e procedimentos médicos é essencial, mas sua sinergia é ainda mais.” Para que toda esta logística de fluxo, circulação de clientes e materiais aconteça, Antonio Carlos Rodrigues criou salas de consultas com todos os equipamentos para exames necessários. “Além disso, é

fundamental contar com equipe de profissionais que coordenem o atendimento do cliente desde sua chegada a clínica, realização de consultas e exames até sua partida”, acredita. Humanização Ambientes humanizados propiciam vínculos mais estreitos entre profissionais da saúde e pacientes, de forma a melhorar a qualidade de serviços. Em uma definição simplificada, a arquitetura representa os aspectos tangíveis da humanização, onde estes elementos são destacados através do conforto ambiental nos aspectos da iluminação, mobiliários confortáveis, na utilização da cor e do conforto higrotérmico. “Ambientes humanizados, ao mesmo tempo em que colaboram com o processo terapêutico do paciente, contribuem para a qualidade dos serviços de saúde prestados pelos profissionais envolvidos”, diz o arquiteto. Segundo Antonio Carlos Rodrigues, a hospitalidade só será completa quando aspectos intangíveis de Health ARQ

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Reprodução humana

Humanização humanização do atendimento estiverem presentes, onde cada colaborador presta o cuidado com carinho, respeito, dignidade e empatia ao cliente. “Nos ambientes onde a hospitalidade está presente, o colaborador vai além de suas funções e antecipam-se às necessidades do cliente”. O investimento em espaços humanizados e hospitalidade, além de uma tendência, é um diferencial. Pois retorna com a redução do desperdício, aumento da qualidade de serviços e, consequentemente, a fidelização do cliente.“O projeto de arquitetura deve assegurar a funcionalidade, mas sem se esquecer do bem-estar dos usuários.” Dentro do conceito de humanização, a iluminação é um elemento fundamental para o bem-estar dos pacientes e profissionais da área da saúde. “Nos ambientes voltados ao público, como esperas, vestiários e banheiros, cuidamos para que a iluminação seja mais acolhedora e indireta”, conta o arquiteto. Já nas salas em que são feitos procedimentos médicos a opção é por uma iluminação técnica, ideal a cada exame ou procedimento específico. “Um bom exemplo são os laboratórios de FIV (fertilização in vitro), onde devemos evitar o uso de luz fluorescente”, explica Antonio Carlos Rodrigues. Além de todo o cuidado com a humanização a sustentabilidade também está sempre presente nos projetos da ACR Arquitetura, especificando materiais duráveis, equipamentos econômicos, usando recursos naturais disponíveis e agregando valores ao empreendimento. 30

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Invida Clínica

Invida Sírio

Invida Sírio


Invida Sírio

Projeto da ACR Entre os muitos projetos desenvolvidos pela ACR Arquitetura, algumas clínicas voltadas à reprodução humana merecem destaque. Entre elas está a Clinica Huntington, dos doutores Paulo Serafini e Eduardo Mota que, em 2004, convidaram a empresa de arquitetura para projetar a sua sede no Ibirapuera, em São Paulo. A clínica de última geração possui 800 m². “Com eles aprendemos tudo o que sabemos da área e onde descobrimos um mundo que não conhecíamos até então. Trata-se de uma atividade altamente complexa e frágil, que requer muita ética e humanidade, onde a arquitetura tem que ser aliada e nunca desafiada. Depois da sede, fizemos todas as filiais e nos tornamos conhecidos no meio”, diz Antonio Carlos Rodrigues.

Invida Clínica

Outros projetos: - Huntington Medicina Reprodutiva Unidades Ibirapuera, Vila Mariana, Tatuapé, em São Paulo. Unidade Campinas - São Paulo Unidade Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - Clínica Dr. Carlos Izzo Unidade Jd. Paulistano I - São Paulo -Clínica Dr. Pedro Monteleone Unidade Ibirapuera I - São Paulo Unidade Santo André - Fertility Centro de Fertilização Assistida Unidade Ibirapuera I - São Paulo - Centro de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas Prédio dos Ambulatórios I - São Paulo Health ARQ

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CAPA

Grupo hospitalar

Sempre juntos

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O grupo hospitalar Rede D’Or e a RAF Arquitetura misturam suas histórias de crescimento e sucesso

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Rede D’Or São Luiz é hoje a maior operadora independente de hospitais do Brasil com presença no Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal e Pernambuco. Fundada em 1977 com a abertura da primeira unidade Cardiolab do Grupo Labs, a Rede D’Or São Luiz continua com a sua estratégia de expansão. O grupo soma mais de quatro mil leitos, 25 mil funcionários e são realizados em torno de cinco milhões de atendimentos por ano. O grupo opera com 24 hospitais próprios ou em parcerias, além de um hospital sob gestão e quatro em fase de construção. Em 2012, adquiriu os hospitais Santa Luzia e Coração do Brasil, em

Brasília, e no Estado de São Paulo, assumiu o controle dos Hospitais ViValle, em São José dos Campos, do Hospital Nossa Senhora de Lourdes e do Hospital da Criança na capital paulista. A entrada no mercado paulista iniciou-se em 2011 com a obtenção dos Hospitais e Maternidades São Luiz, localizados nos bairros do Morumbi, Itaim e Anália Franco, na capital paulista. O mesmo ano também foi marcado pela transferência das unidades Labs D’Or para o grupo Fleury, porém a Rede permanece ligada à gestão do negócio, do qual possui 15% de participação societária. No Rio de Janeiro, foram três novas unidades abertas entre os anos de 2009 e 2011: Hos-

pital Rios D’Or, em Jacarepaguá; Norte D’Or, em Cascadura; e Niterói D’Or, em Niterói. Estes se juntaram aos já existentes Copa D’Or, em Copacabana; Barra D’Or, na Barra da Tijuca; e Quinta D’Or, em São Cristóvão. E em construção estão as unidades Copa Star, para atendimento Triple A no Rio de Janeiro, e o Caxias D’Or, que marcará a entrada da Rede D’Or na Baixada Fluminense. Já em São Paulo, serão construídas unidades nos municípios de São Caetano do Sul e Mauá. Além dos centros hospitalares, a Rede D’Or São Luiz também conta com unidades que realizam tratamentos de alta complexidade. Como é o caso do Centro de Oncologia, localizado em prédio aneHealth ARQ

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Grupo hospitalar

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xo ao Hospital Quinta D’Or, que trouxe ao País o aparelho Novalis, uma tecnologia alemã de radioterapia para o tratamento do câncer; e o Centro de Miomas, que completou cinco anos em 2012 e foi pioneiro na América Latina ao disponibilizar o aparelho ExAblate, que trata os tumores uterinos sem cortes. História Entre 1982 e 1988 a Rede D´Or vem investindo na área de diagnóstico não invasivo em cardiologia. Neste período, o grupo lança o Doppler, Color Doppler e diversas modalidades de exames como a ecocardiografia transofágica e a ecocardiografia de stress. Já entre 1989 e 1992, ocorreu a implantação do conceito “todos os exames em um só local”, com a inauguração da primeira mega-unidade em Botafogo, em um prédio de seis andares. No período de 1993 a 1997 o Grupo amplia o número de prédios com a abertura de novas unidades, chegando a outros pontos da cidade. “Nesta época fomos chama34

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dos para desenvolver uma área de diagnósticos por imagem. Assim começava nossa parceria”, conta o arquiteto Flávio Kelner, Sócio-Diretor da Raf Arquitetura responsável pelos projetos da área de saúde. Mais tarde, em 1998, a Rede D’Or expande suas atividades e investe na área hospitalar, com a inauguração de seu primeiro hospital: o Barra D’Or, que trouxe revolução nos conceitos de arquitetura e hotelaria hospitalar. “Quando a RAF assumiu o projeto do hospital já havia uma obra de fundação no prédio e tivemos que nos adequar a esta premissa”, revela Kelner. Em 2000, nasce o Hospital Copa D’Or, com conceito de hotelaria hospitalar e toda a alta tecnologia em serviços médicos de alta complexidade, sendo o único hospital com heliponto da Zona Sul. “O nome D’Or, nasceu do antigo Hotel Copa D’Or, em Copacabana, adquirido pelo grupo na época”, conta o arquiteto. Em 2001, é a vez do Hospital Quinta D’Or, construído através do retrofit do antigo hospital na Quinta da Boa Vista. A instituição chega para atender à população Health ARQ

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Grupo hospitalar

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do Centro e Zona Norte. A primeira radiologia totalmente digital foi implantada neste hospital e serviu de referência para implantação nos demais hospitais da Rede. Com isso, em 2004, as instituições do grupo chegam a 600 leitos disponíveis, entre suítes e apartamentos, nas áreas de terapia intensiva, semi-intensiva, cardiológica, neonatal, pediátrica, emergência e day hospital, gerando atendimento mensal de mais de 12.300 pacientes nos setores de emergência e a realização de aproximadamente 1.700 cirurgias, além de 2.300 internações. Ao lado das demandas Durante o decorrer dos anos, os hospitais foram passando por reformas e alterações. Algumas delas aconteceram para atender a crescente demanda da instituição por novas áreas como, centros cirúrgicos 36

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e suporte para alta tecnologia. Segundo Kelner, a alteração nos projetos deve-se ao avanço da medicina e a mudança no perfil dos pacientes, assim como a complexidade dos casos médicos. “Durante os últimos anos pude vivenciar uma grande transformação no número de leitos de alta complexidade em relação as suítes e apartamentos, chegando em até 50%”, relata o arquiteto. Novas unidades da marca Labs foram inauguradas na Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Copacabana, Tijuca, Ilha do Governador, Centro, Vila da Penha, Ipanema e Jardim Botânico em 2005. Acreditada pela ISO 9.000 desde 2002, o setor de medicina laboratorial recebe novos investimentos em sistemas informatizados gerando agilidade e comunicabilidade. No ano seguinte, são os hospitais da Rede D’Or que iniciam um processo de Acreditação Hospita-


lar. Nesta busca, o Copa D’Or é o primeiro hospital privado do Rio de Janeiro certificado pela JCI (Joint Commission Internacional) em 2007. Os hospitais Barra D’Or e Quinta D’Or, que tinham nível 3 de Acreditação pela ONA (Organização Nacional de Acreditação), conquistam a certificação internacional pela certificadora canadense - Accreditation Canada, atestando o nível de excelência em 2008. No ano de 2009, é a região oeste da cidade que ganha uma nova opção de serviços em saúde com o padrão de qua-

lidade D’Or, através da inauguração do Hospital Rios D’Or. No início de 2011, mais dois hospitais do grupo são inaugurados: o Norte D’Or, em Cascadura, e Niterói D’Or, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Em 2012, a Rede adquiriu os hospitais Santa Luzia e Coração do Brasil, todos em Brasília, e no estado de São Paulo, a operadora assumiu o controle dos Hospitais ViValle, em São José dos Campos e do Hospital Nossa Senhora de Lourdes e do Hospital da Criança, ambos no bairro de Jabaquara.

Presente Os projetos mais recentes desenvolvidos pela RAF Arquitetura para a Rede D’Or são os Hospitais Copa Star, no bairro de Copacabana no Rio de Janeiro, que será voltado a um público exclusivo. E também a ampliação do Hospital Quinta D’or. “O projeto está sendo desenvolvido para suprir a demanda que é crescente na região em que está localizada a instituição. O Hospital ViValle, em São José dos Campos, e o Hospital São Caetano, além de reformas em prédios já existentes estão envolvidos.

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Grupo hospitalar

“Os edifícios hospitalares devem ser projetados dentro de uma filosofia de garantir a maior flexibilidade e expansibilidade. Tanto do ponto de vista estrutural, quanto de sua infraestrutura para garantir as alterações ao longo dos anos em função das novas tecnologias”. Característica Todos os projetos da Rede D’Or têm como principal característica a preocupação com a identidade visual. Cada um dos prédios do grupo têm uma característica especifica que marca sua existência por algum elemento arquitetônico. O Barra D’Or, por exemplo, tem um pórtico de entrada (onde está escrito o nome), que marca a fachada do hospital. O Barra D’Or, foi construído em um terreno amplo e uma região não muito densa. Por se tratar de um edifício de proporções longas e estreitas pensou-se em uma solução de segmentação da edificação em dois blocos com as distâncias ao meio separadas por um atrium. Ao entrar no prédio tem-se a sensação de estar entrando em um hotel. Na chegada há uma clarabóia e espaços de pés direitos altos, de até quatro andares”, comenta. Já o Copa D’Or, possui uma circulação vertical que tem em seu topo um heliponto. Isso passou a ser um ícone de referencia visual da instituição. O Quinta D’Or tem as características de um prédio dos anos 50, remetendo a Art Deco. Neste projeto a intervenção arquitetônica na fachada foi a criação de uma redoma de vidro, que enaltece os ornamentos da característica arquitetônica da época em que o prédio foi construído. Já os hospitais novos, possuem traços 38

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mais arrojados, com a utilização de materiais de baixa manutenção, adequados as características da região em que está inserido. “Nossa busca, além da funcionalidade, é para que as edificações não tenham cara de hospital. Assim a pessoa que entrar na instituição terá a impressão de que está entrando em um ambiente agradável e que remeta à cura.” Lado sustentável A sustentabilidade é assunto presente nas instituições da Rede D’Or. O compromisso com este

enfoque se concretiza através de campanhas para arrecadação de doações, utilização de material reciclado, coleta seletiva de materiais descartados e a busca crescente pela conscientização dos colaboradores a respeito dos deveres sócio ambientais. Na arquitetura, a preocupação ambiental também é constante. Segundo o arquiteto Flávio Kelner, as questões de sustentabilidade vêm sendo implantadas desde os primeiros prédios da Rede D’or. Por exemplo no projeto do

Barra D’or, a fachada norte, que é a mais ensolarada, está totalmente protegida, com menos vãos (janelas), e a fachada sul é mais envidraçada, controlando o calor. Além disso, este prédio possui prismas internos que permitem a entrada de luz natural em diversos ambientes do hospital. “Apesar de na época nós não termos um processo de certificação em prédios sustentáveis, já havia esta premissa com a questão ambiental. A ideia para todas as edificações do grupo é obter a certificação LEED”, conta.

“Nossa experiência trouxe o que há de mais moderno no mundo da arquitetura. Nós fazemos os projetos de acordo com as necessidades específicas da instituição” Flávio Kelner, Raf Arquitetura Health ARQ

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Grupo hospitalar

A RAF Arquitetura foi fundada em 1989 e nesses mais de vinte anos vem se destacando pela sua criatividade, inovação e posicionamento empresarial, na busca por uma arquitetura de vanguarda e design qualificado sempre trabalhando principalmente focado no usuário do espaço projetado. Hoje a empresa atua, além do setor da saúde, nos mercados imobiliário, corporativo, de educação e industrial. Além dos setores diversos, design de interiores, desenho e revitalização urbana, Plano Diretor e renovação / restauração. Sua experiência de mercado e know How conquistaram diversos prêmios: Editora Flex 2013 – X Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa IAB 2013 – Menção Honrosa – Casa Portobello II IAB 2013 – Premiação Anual – Hospital Pro Criança ADEMI-RJ 2013 – Categoria Retrofit – Edifício Sloper ADEMI – RJ 2012 (Prêmio Master Imobiliário ) Prêmio Master Editora FLEX 2011 – Instituto Nacional de Câncer – RJ ABRASCE – RJ – 2010 – Associação Brasileira de Shoppings Centers – Shopping Barigüi. AIA – USA – 2010 – Instituto Americano de Arquitetos – Instituto Nacional de Câncer (INCA) Editora FLEX 2009 – Com o hospital da UNIMED. ADEMI – RJ 2009 (Associação de Dirigentes de empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro) – Prêmio de empresa de arquitetura do ano. ADEMI – RJ 2008 (Associação de Dirigentes de empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro) – Prêmio de empresa de arquitetura do ano. Editora FLEX 2008 – (INTO) – Categoria Hospitalar. ADEMI – RJ 2007 (Associação de Dirigentes de empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro) Categoria: Concepção Arquitetônica – Torre Norte Shopping. IAB 2007 da Nova Sede do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia – INTO. Editora FLEX 2007 – Perinatal Barra – Categoria Hospitalar. Editora FLEX 2006 – Categoria Hospitalar / Interiores “Lâmina Medicina Diagnóstica”. AsBEA Nacional 2006 (Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura) – categoria Residências. ADEMI – RJ 2005 Associação de Dirigentes de empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro – Categoria: Residencial Médio Porte – Lagoa Stylus. FIABCI – Brasil 2005 – Federação Internacional das Profissões Imobiliárias. Editora FLEX 2004 – Categoria Comercial do Barra Life Medical Center. IAB 2004 (Instituto dos Arquitetos do Brasil – RJ) – Premiação anual – Projeto: “Lâmina Medicina Diagnóstica”. 40

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Inovação

ARQ destaque

Conforto Médico

Emergência Hospital Samaritano

Complexo integrado Rio de Janeiro abrigará a maior e mais moderna instituição de saúde da cidade

O

Américas Medical City, situado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, será o maior complexo médico da cidade, com 72.000 m² de área construída, reunindo centro médico, hospitais e centro de treinamento em um só local. Com amplo estacionamento e facilidades que promovem acesso a um modelo diferenciado de solução total para a saúde, desde o diagnóstico até o tratamento. Com investimento superior a 250 milhões de dólares, o empreendimento já tem um Centro Médico em funcionamento e possui os mais conceituados especialistas da cidade, de diversas áreas da medicina. São 255 salas, de 33m² a 76m² que, em breve, contarão com 42

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um sistema integrado que proporcionará a consulta ao prontuário do paciente e o acesso imediato a resultados de exames laboratoriais e de imagem realizados no complexo, promovendo integração das informações, eficiência e resolutividade. Visando o bem-estar dos profissionais de saúde, os médicos que possuem consultório no Centro Médico contam com um andar exclusivo para o seu descanso, e lazer, oferecendo duas quadras de tênis, academia de ginástica e área de relaxamento. “A arquitetura do Complexo Hospitalar possui um conceito arrojado e com traços marcantes de modernidade nas fachadas, além de privilegiar o

conforto, o bem-estar e a conveniência dos pacientes através da idealização de ambientes acolhedores e humanizados. Proporcionando condições de expansibilidade e funcionalidade ideais para o perfeito funcionamento das atividades da equipe médica, de acordo com as normas técnicas para estabelecimentos de saúde. Além disso, prevê a flexibilidade dos espaços para permitir a utilização de diversos serviços e a modernização das tecnologias”, diz Robson Szigethy, Diretor de Projetos da Amil. Já os dois hospitais gerais que integrarão o Américas Medical City somarão 494 leitos, 16 salas cirúrgicas, estrutura completa de oncologia com radioterapia,

radiocirurgia e quimioterapia, além de toda gama de exames de diagnóstico laboratoriais e de imagem, com equipamentos de última geração, que permitem maior precisão nos resultados. Dentre as inovações, duas salas híbridas: uma com hemodinâmica e outra com Ressonância Magnética, dentro do centro cirúrgico, garantirão procedimentos mais seguros e com melhores resultados. Uma das instituições será o Hospital Samaritano. Com mais de 60 anos dedicados ao exercício da medicina de excelência, a instituição do Rio de Janeiro é um dos mais respeitados centros de diagnóstico e tratamento do País. A unidade instalada dentro do complexo contará com 20% do quadro de


Lobby Hospital Samaritano

colaboradores de Botafogo, que terão como missão replicar para a nova unidade a cultura e os valores do hospital. Serão 109 leitos distribuídos entre apartamentos, suítes VIP e CTI, além de emergência exclusiva. Já o Hospital Vitória, que também compõe o complexo, chega ao Rio de Janeiro com uma estrutura de saúde completa que inclui a realização de procedimentos cirúrgicos de alta complexidade, modernos exames diagnósticos e atendimento emergencial e eletivo nas mais diversas especialidades clínicas, incluindo a pediatria. Serão 274 leitos distribuídos entre apartamentos adultos e pediátricos, CTI adulto e pediátrico e Unidade Intermediária.

Recepção hospital Samaritano

Além dos hospitais, o Américas Medical City, deverá inaugurar, até o final de 2014, uma estrutura de treinamento única no Rio de Janeiro, que promete ser referência não só no Brasil, mas também em toda a América Latina. O espaço contará com um prédio totalmente dedicado à capacitação de médicos e profissionais de saúde ao uso de novas tecnologias de ponta, com foco nos procedimentos conhecidos como minimamente invasivos. A estrutura oferecerá também salas para aulas teóricas e salas de videoconferência, onde eles poderão trocar experiências com centros internacionais de excelência. Quatro grandes salas simulando um centro cirúrgico proporcionarão

o treinamento prático em cirurgia robótica, cirurgia laparoscópica, hemodinâmica e em robôs que simulam de forma precisa as reações do ser humano. “A obra, que foi dividida em três fases, contemplando primeiro a construção do Centro Médico, seguida dos blocos hospitalares (B e C), onde está o hospital propriamente dito, o centro de diagnóstico e o centro oncológico. Terá na terceira etapa, que já foi iniciada, um bloco para maternidade e outro para centro de convenções e treinamento”, conta Vasco Rodrigues, CEO da Fator Towers. Com preocupação ambiental, durante as obras há uma atenção especial na especificação e aquisição dos materiais para que eles

atendam as condicionantes da certificação LEED. “Por isso, todo material empregado na obra teve (ou tem) uma análise prévia, por se tratar de uma empresa de consultoria especializada, antes da sua aquisição. Neste aspecto, podemos destacar madeiras, tintas e vernizes, qualidade e especificações dos vidros, materiais para isolamento acústico e térmico, fios e cabos, todo o sistema de HVAC (ar-condicionado) entre outros”, comenta. Ainda dentro dos critérios ambientais, os entulhos são tratados separadamente, de acordo com a natureza: metal, madeira, orgânico e outros. “Além disso, realizamos a coleta seletiva diária dos resíduos, e adquirimos dois equipaHealth ARQ

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Inovação

ARQ destaque mentos para trituração de sólidos da obra, visando o reaproveitamento (quando possível) e redução do volume de resíduos”, conta. Antes do início da construção houve toda a estruturação do canteiro de obras proporcional ao efetivo planejado, prevendo alimentação, recreação e instalações adequadas para um efetivo de até 900 colaboradores (diretos e indiretos) “Contamos com uma equipe capacitada e experiente para a administração da obra, são aproximadamente 120 profissionais multidisciplinares”, comenta Vasco Rodrigues. O setor de engenharia do hospital participa ativamente da obra, principalmente no acompanhamento da instalação de equipamentos e identificação dos requisitos para manutenção. “Com isso, podese adequar a construção, já prevendo o atendimento para futuras manutenções, como instalação de escadas, passarelas de locomoção, etc”, finaliza. Detalhes do Projeto O projeto arquitetônico foi desenvolvido pela Diretoria de Projetos da Amil e possui todas as diretrizes de um hospital verde, seguindo os padrões internacionais de sustentabilidade estabelecidos pelo Green Building Council. “O hos44

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pital está em fase final de obtenção da certificação pelo LEED, adotando processos para a redução dos impactos ao meio ambiente e com um foco especifico na utilização racional de água e energia, evitando o desperdício e reduzindo o consumo. Além da utilização dos mais modernos e elevados padrões e sistemas construtivos”, conta Robson Szigethy, Diretor de Projetos da Amil. Como diferencial na área de sustentabilidade, foi estabelecida a economia de energia elétrica, prevendo um sistema de refrigeração autorregulável. Nele, a temperatura se ajustará de acordo com o clima e a ocupação, e será controlado em conjunto com o sistema de iluminação LED, através de uma moderna automação e controle. O complexo possui um sistema de coleta e armazenamento da água da chuva. Através desta solução é possível aproveitar a água para irrigação, lavagem de piso e fachadas, além da utilização futura em bacias sanitárias. “Estamos utilizando fontes de energia renováveis com a implantação do sistema solar fotovoltaico instalado com placas solares no topo dos edifícios”, conta o Diretor de Projetos da Amil. Os materiais adquiridos foram extraídos e manu-

CTI Hospital Samaritano

Quarto Hospital Samaritano

Sala Cirúrgica

Sala Hibrida


faturados regionalmente, diminuindo o custo e a emissões de gases com a utilização de transportes. Já os equipamentos especificados são de alta performance, para que tenham uma maior vida útil e a possibilidade de redução na manutenção periódica. A pavimentação possui blocos vazados de concreto intercalados com grama na área de estacionamento, contribuindo para redução do efeito de ilha de calor no local e redução do escoamento. E a preferência pela aquisição de madeiras certificadas FSC contribui com as áreas de melhor manejo florestal e incentiva o uso de madeira certificada. Humanização A idealização do projeto previu a humanização dos espaços físicos com a in-

teração através dos fatores naturais e tirando o maior proveito das suas características especiais. As edificações possuem fachadas com vidros especiais de alto desempenho acústico e térmico, que promovem alto nível de conforto e luminosidade para os pacientes, além de reduzir o consumo gerado a partir da utilização dos equipamentos de ar-condicionado “Pesquisas realizadas em hospitais verdes apresentam uma redução em torno de 15% no tempo de permanência de pacientes, com a diminuição da dor e da ansiedade, além de reduzir as faltas de trabalho das equipes médicas, tendo a humanização dos espaços e a interação com os fatores naturais como principais aliados”, conta Szigethy. Além disso, o hospital está criando áreas de ca-

minhadas e descanso e, futuramente, utilizará o Bosque da Barra como parceiro para estas atividades com os pacientes. “Essa integração com a natureza promoverá efeitos no equilíbrio do ecossistema, na melhoria da qualidade do ar, no controle natural da temperatura ambiental e na diminuição do nível de estresse de todas as pessoas que utilizarem o hospital, promovendo para a comunidade o conceito de Healing Gardens, ou jardins de cura.” O paisagismo nos espaços livres do empreendimento estarão integrando todos os prédios com o meio ambiente. Serão alamedas urbanizadas, canteiros centrais, palmeiras imperiais, chafarizes, jardins e fontes que imprimirão bem-estar nas áreas externas do empreendimento, trazendo

influência benéfica para a vida dos pacientes, acompanhantes e colaboradores. A decoração de interiores foi projetada pela arquiteta Solange Medina, e reflete a preocupação em oferecer um ambiente com instalações confortáveis e com visual agradável, através da utilização de diferentes elementos decorativos. “O conjunto de ideias e soluções proporciona uma sensação de acolhimento em momentos delicados para a vida dos pacientes.” Com todos estes diferenciais, o Hospital das Américas foi vencedor do Prêmio Master Imobiliário, na eleição Destaques da ADEMI, na categoria Sustentabilidade na Construção. E o Projeto Arquitetônico foi vencedor do IX Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa na categoria Saúde.

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Inovação

ARQ destaque

No gerenciamento da construção No gerenciamento da obra, atendendo ao Departamento de Projetos e Obras da Amil está uma empresa especializada na gestão de obras, a Planservice. Ambos são responsáveis pela implantação do projeto. “O maior volume de trabalho está 46

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no acompanhamento das instalações prediais e na antecipação das necessidades de cada equipamento, pois empreendimentos hospitalares possuem uma diversidade e complexidade maior nos sistemas a serem instalados”, diz o engenheiro

Mario Donato Notarnicola, Diretor de Operações da Planservice. Essas acomodações especiais estão mescladas com as instalações normais, como nas instalações elétricas (que além das instalações comuns prediais possuem carac-

terísticas diferenciadas para locais classificados e para as instalações de equipamentos médicos, Geradores e UPS). Ocorre também nas instalações hidrossanitárias (onde se destacam: o tratamento de efluentes, tratamento e reuso de águas pluviais,


sistema de água clorada para pacientes com transplante de medula) e de ar-condicionado. Existem também sistemas especiais como os de: dados, voz, imagem, cftv, som ambiente, chamada de enfermagem, controle de acesso, gases medicinais, correio pneumático e sistemas de supervisão e automação predial. As instalações de óleo diesel

para grupos geradores, de detecção e combate à incêndio entre outras que também fazem parte do processo. Um dos maiores desafios encontrado pelos profissionais deveu-se às limitações de pé direito e a necessidade da compatibilização destas instalações, tanto na etapa de projetos como na de obras, uma vez que o en-

treforro das edificações acomoda a maior parte destes sistemas. De acordo com Notarnicola, para o segmento da saúde faz-se necessário o conhecimento de sistemas especiais. Além da necessidade de conhecimento das Normativas Hospitalares, para atendimento de órgãos específicos como a Anvisa e o CNEN, entre outros.

Consolidada no mercado A Planservice assessorou na licitação para a contratação da Construtora responsável pela execução das instalações e dos acabamentos dos Blocos B e C, em apoio aos Departamentos de Projetos e Compras da Amil. Após esta contratação, a empresa vem atuando no gerenciamento destas obras, assim como das áreas externas (Avenida Jorge Curi, Estacionamento e Vias Internas) que tem previsão de término em 2014. As principais atribuições da Planservice são: • Acompanhamento dos projetos, cuidando para que as empresas responsáveis atendam ao escopo e cumpram os prazos propostos; • Coordenação e controle de modificações de projetos; • Elaboração detalhada do plano de ataque e da programação física dos serviços, em conjunto com a construtora e empresas contratadas diretamente pelo cliente; • Controle do andamento físico dos serviços através da emissão de Quadros de Produtividades e Desvios e Curvas de Avanço Físico; • Preparação e implementação do controle orçamentário e financeiro, nos moldes adotados pelo cliente; • Fiscalização técnica das obras e instalações visando sua conformidade com os projetos, memoriais, especificações e normas; • Análise das medições dos serviços executados para efeito de liberação dos pagamentos dos serviços prestados pela construtora; • Acompanhamento das atividades relativas ao comissionamento dos sistemas instalados; • Recebimento técnico provisório com a elaboração e acompanhamento de check-list dos ambientes; • Recebimento técnico definitivo e encerramento dos contratos.

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ARQ destaque FICHA TÉCNICA

Inovação

Nome do empreendimento: Hospital das Américas Endereço: Av. Jorge Curi, 550, Barra da Tijuca – CEP: 22.793-334, Rio de Janeiro/RJ Data do Projeto: 2008 Obra: Hospitalar Área do terreno: 57.750 m² Área total construída: 70.614,11 m² Nº pavimentos: Bloco B (3 Pavimentos, sendo 2 para internação e 1 pavimento técnico com equipamentos do centro cirúrgico + Cobertura com casa de máquinas + 1 Semienterrado para apoio nos serviços como laboratórios); Bloco C (2 Pavimentos + Cobertura com casa de máquinas + 1 Subsolo) destinados para centro de diagnósticos por imagem, analises clinicas, oncologia e pediatria. Vagas estacionamentos: 1.868 vagas Pronto atendimento: 383 leitos distribuídos entre apartamentos (adulto e infantil), suítes VIP, CTI (adulto e pediátrico), unidade intermediária e emergência exclusiva. Serviços Diagnósticos: Diagnóstico da Mulher (ultrassonografia, mamografia, mamotomia e densitometria) e Centro de Diagnóstico (ultra somografia, raio X, raio X telecomando, pet CT, ressonância, tomografia, boxes de repouso e indução/RPA) Nº consultórios: 255 (De 33 a 76 m² por sala) Adicional: Unidade de resgate, centro cirúrgico, maternidade, UTI, centro de convenções, clube dos médicos. Empresas sub-contratadas: Fator Towers, Heating Cooling, Div Design, ACE Revestimentos, Decorario, Medlux, Isotran, D’ Angeli, Projetec, Aluaço, Cia das Soldas, Aurea, Grupo Paris, Nata, ON2, Central do Alumínio, Rios Engenharia, Airo PVC, Tecnoplan, Alufran, Neocon, IMM, Engepavi, CS Group, Engkons, Pisoag, Satini, Stargran, Tengel, Don Artesano e outras. Gerenciamento de licitação: Planservice Engenheiros Associados Ltda. Projetos: Projeto de Fundações e contenções: Walker Engenharia Estrutura de concreto: Walker Engenharia Obra: Construção: Fator Towers Construções e Incorporações LTDA Fornecedores de Material e Serviço: Aço: Gerdau Aço Inox: Tubonox Andaimes: Mills/Jahu Ar-condicionado: Alfaterm Automação: Schneider, TA Concreto: Engmix Divisórias e Portas: Div Desing e Neocon

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Detalhes da Obra: Drywall: Knauf Elevadores: Thyssenkrupp Esquadrarias metálicas: Nata Instalações e montagem de ACM e Alumínio, Central do Alumínio, ON2 e Grupo Paris Estrutura metálica: Projetec, Aluaço e D’Angeli Ferragens de portas: Haffele Fios: Phelps e General Cable Granito: Brothers Marmoraria, Stargran, Amigos do Bilac Impermeabilização: IMM Instalações Hidráulicas e Elétricas: Heating Cooling Luminárias: Philips, Premiere, Itaim Revestimento vinílico de parede: Bravargen e outros Pinturas: Suvinil, Sherwin William e outros Piso elevado: Piso AG Piso Vinílico: ACE Revestimentos Porta corta-fogo: Hidro Center Health ARQ


Revestimento Cerâmico: Cecrisa, Eliane, Portobello e outros Porcelanato: Cecrisa, Eliane, Portobello e outros Revestimento Fachada: Nata Instalações e montagem de ACM e Alumínio, Central do Alumínio e ON2 Terraplanagem: Tecnoplan Vidros: Brazilglass e Grupo Paris Mão de Obra Civil: Fator Towers Fornecedores de Equipamentos: Acabamentos de elétrica: Pial Plus e outros Água fria, geradores, caldeiras: Unicap, Tigre Bombas de recirculação: Jelly Fish Bombas de drenagem/esgoto: Grund funds e SPV Bombas de recalque/incêndio: Grund funds e SPV Calhas e Rufos: Mega Combate a incêndio: Proline Detectores de fumaça: Proline Distribuição de água quente e fria: Unicap e Tigre Escadas/exaustão mecânica: Projelmec Geradores: Stemac Louças: Deca, Docol, Montana e outros Metais sanitários: Deca, Docol e outros Pressurização: Grund Funds Remoção de entulho: Rio Limpo, Atual e outros Bus Way: Begin Fundação: Geologus Furação de laje: Prolight Divisórias de banheiros: Neocon Placas de Drywall: Knauf

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Consolidação

CONSTRUÇÃO

Novo Prédio Unimed Botucatu (SP) terá hospital próprio na cidade

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Unimed Botucatu (SP) terá um hospital próprio em 2015. As obras, iniciadas no dia primeiro de dezembro de 2013, trarão um prédio com sete pavimentos que contará, inicialmente, com 100 leitos, Centro Cirúrgico com quatro salas e mais uma sala hibrida. Além disso, acolherá também o Serviço de Pronto Atendimento da instituição. De acordo com o Presidente da cooperativa, Omar Abujamra Junior, o hospital deve oferecer aos cooperados melhores condições para a prática da medicina e aos beneficiários um serviço de excelência na atenção 52

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à saúde. “A unidade vai somar-se aos recursos de saúde já existentes em Botucatu e quem ganha com isso é a população da região. Se tudo der certo e caminhar como estamos prevendo, em outubro de 2015, inauguramos o nosso hospital”, salienta. De acordo com Andreia Rossi, arquiteta da L+M Gets e responsável pelo projeto do Hospital Unimed Botucatu, o Plano Diretor, importante ferramenta de Gestão de Espaços e Tecnologias para tomada de decisões estratégicas e táticas, levou em conta as necessidades do cliente, alinhadas com a pesquisa do mercado. Foi definida

a anatomia do edifício até o limite do potencial construtivo permitido pela legislação. “A duração do Plano Diretor em questão foi de 90 dias, o mesmo foi realizado e atualizado posteriormente, para após a conclusão, darmos início ao detalhamento”, conta. Desde o início do projeto (Plano Diretor), os vetores de crescimento e as etapas de implantação do empreendimento foram definidas, bem como as estimativas de investimentos em obras, incorporação de mobiliário e tecnologias para cada fase, pensando fundamentalmente na expansibilidade e flexibilidade


das instalações. A humanização é um ponto importante dentro de um projeto arquitetônico hospitalar. “A hotelaria das instalações será um grande passo para esse quesito. Além disso, o prédio também contará com acessos para portadores de deficiência”, diz Abujamra Junior. De acordo com a arquiteta, este quesito foi considerado no detalhamento do edifício, a fim de criar espaços agradáveis aos pacientes. A iluminação, por exemplo, foi

pensada de forma a ter o melhor desempenho para cada ambiente a que se destina, seja técnico, assistencial ou de conforto. “Este é um item importante na composição estética dos ambientes, por mais técnico que ele possa ser, sempre é possível tomar partido da mesma, afim de criar ambientes mais agradáveis, como quando utiliza-se a iluminação natural”, explica Andreia. A sustentabilidade também não ficou de lado no processo. Foram con-

siderados vários aspectos sustentáveis como aproveitamento da luz solar e a otimização dos recursos de construção para que, depois de pronto, o hospital possa manter-se utilizando de forma inteligente os recursos naturais. “Tratamos o projeto de forma a otimizar ao máximo suas instalações, utilizando sempre medidas de sustentabilidade que realmente tragam benefícios para a utilização do mesmo, como o aquecimento solar e a reutilização de água”, finaliza.

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CONSTRUÇÃO FICHA TÉCNICA Nome do empreendimento: Hospital Unimed de Botucatu Endereço: Rua Emílio Cani, nº1128 (lote C, quadra 3) - Vila Assumpção – Botucatu -SP Data do Projeto: 2012 Obra: De 2013 a 2015 (01/12/2013 à 30/11/2015) Área do terreno: Aproximadamente 10 mil m2 (6.750 m2 terreno do hospital e 3.125m2 estacionamento = 9.875 m2) Área total construída: 10.077,98 m²

Consolidação

Nº pavimentos: 07 pavimentos Vagas estacionamentos: 150 vagas Pronto atendimento: Sim Serviços Diagnósticos: Sim Nº consultórios: 06 consultórios no PA e 02 triagem Adicional: áreas de apoio, treinamento, controle, métodos gráficos, conforto médico, SND (cocção e demais), postos de enfermagem, farmácias, biblioteca, open office, vestiários, engenharia clinica. Leitos de Internação: 60 leitos (fase 2) Leitos de RPA: 08 leitos (fase 2) Leitos UTI adulto: 10 leitos Salas Cirúrgicas: 04 salas cirúrgicas Nº Atendimentos no PA adulto: 220 unidades Nº Atendimentos PA Pediátrica: 110 unidades Nº de Box múltiplo uso PA adulto (leito de observação): 05 unidades Nº de Box múltiplo uso PA infantil (leito de observação): 02 unidades CDI (leito temporário): 03 unidades Nº consultório PA adulto: 05 unidades Nº consultório PA infantil: 02 unidades Nº salas Raio X: 01 unidade Nº salas USG: 02 unidades Nº salas de tomografia: 01 unidade Endoscopia: 01 unidade Colonoscopia: 01 unidade Ressonância Magnética: 01 unidade Métodos Gráficos: 01 conjunto Hemodinâmica/híbrida: 01 unidade Nº de sala de mamografia: 01 unidade Construção Obra (empresas responsáveis) Arquitetura: L+ M Gets Construtora: Incorbase Interiores: Coordenação: Diretoria Unimed de Botucatu + Comissão de Construção do Hospital + Renato A.Gallo Engenharia Eireli Colaboradores: Engenheiro Renato Antonio Gallo Gerenciamento de licitação: Diretoria Executiva Unimed de Botucatu / Comissão de construção do Hospital e Departamento Jurídico Unimed de Botucatu Foram convidadas 18 empresas, com participação de 11 construtoras. A seleção foi feita pela Comissão de construção do Hospital / Diretoria Executiva e Departamento Jurídico Unimed de Botucatu.

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Detalhes da obra A obra do Hospital Unimed Botucatu está prevista para execução em uma única etapa. O processo deve ser executado pela Incorbase Engenharia através do sistema “turn-key”, que compreende desde os trabalhos iniciais de movimento de terra, até os sistemas e instalações necessárias ao perfeito funcionamento da instituição de saúde. “Para isso, contamos com nosso corpo de colaboradores e em-

presas parceiras, especializadas nos serviços a serem executados”, diz Carlos Gullo, Sócio-Diretor da empresa. A sustentabilidade também estará em pauta durante a construção, visando a economia e o respeito ao meio ambiente durante o processo. De acordo com Gullo, no durante as obras, tudo será tratado conforme o PBQO Incorbase (Plano Básico de Qualidade de Obras), que se inicia no

planejamento de todas as etapas construtivas, se estende pela criteriosa aquisição dos insumos e prevê a mais correta destinação de resíduos. Como em toda obra, é possível que algumas dificuldades surjam durante o processo, “mas serão solucionadas pela conjunção da nossa engenharia, sempre em perfeita sintonia com a equipe da UNIMED, seus gerenciadores e colaboradores, finaliza Gullo.

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CONSTRUÇÃO

Investindo em saúde Mais opções

Pará investe na construção de um ambulatório universitário e dois novos hospitais

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Perspectiva - Clínica UEPA

Universidade do Estado do Pará (UEPA), ao longo de sua trajetória, tem mostrado seu compromisso com a sociedade paraense, contribuindo para o desenvolvimento do Estado. Presente em 15 municípios e pertencente a dez das 12 regiões de integração do Estado, apresenta uma estrutura multicampi, sendo cinco deles na capital e 14 no interior. São cerca de 15 mil alunos atendidos nos diversos cursos de graduação, pós-graduação, nas modalidades presenciais e a distância. A instituição conta com o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), localizado no Campus II da UEPA. O CCBS oferece laboratórios especializados na área da saúde, como: anatomia, fisiologia, biofísica, bioquímica, farmacologia, patologia, genética, histologia, imunologia, anatomia patológica, tendo como suporte a biblioteca, laboratório de informática e o laboratório de Cirurgia Experimental, onde os alunos têm a oportunidade de desenvolver experiências, estudos e pesquisas para aprimorar sua formação. Para ampliar ainda mais o alcance desta instituição, será construído o Ambulatório de Clínicas Especializadas do CCBS para a contriHealth ARQ

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Mais opções

CONSTRUÇÃO buição da prática do ensino dos cursos de saúde da UEPA e a assistência à saúde da população. “O objetivo principal é oportunizar ao aluno universitário a consolidação dos conhecimentos com a prática, promovendo a integração entre a instituição de ensino e a rede de assistência especializada à

população do município de Belém e hospitalar na região paraense”, comenta o professor Emanuel de Jesus Soares de Sousa, Vice-Diretor do CCBS. Este novo espaço tem como objetivo implantar um complexo de ambulatórios de clínicas especializadas voltado para as atividades de ensino,

Implantação - Clínica UEPA

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assistência, pesquisa, residência médica e pósgraduação da UEPA, além de oferecer à população amazônica uma assistência especializada à saúde com qualidade, respeitando os princípios do SUS. O Complexo de Clínicas Especializadas do CCBS ocupará um espaço físico de 1.247m² de área cons-


truída, em um espaço total de 4.988m², distribuídos em quatro pavimentos, a contar do subsolo ao segundo pavimento, com 114 compartimentos para comportar 64 ambulatórios, auditório, sala multiuso, duas bibliotecas, dois espaços de acolhimento da residência médica, três salas para tutoria, especialização, equipamentos e raio-X. Além de farmácia, almoxarifado e distribuição de medicamentos, três salas de emergência, atendimento e quatro salas de espera. Haverá também os espaços destinados para atendimento ao público e administração, como recepção, espera,

coordenação geral e três secretarias, sendo uma por pavimento. Para o setor operacional e de infraestrutura, consta no projeto arquitetônico áreas para: central telefônica, sala de informática, três copas (uma por andar), seis vestiários com banheiros para funcionários (dois por andar), central de máquinas para dois elevadores, escadas e nove banheiros ao público, sendo três para portadores de necessidades especiais (um para cada pavimento). “O ambulatório será totalmente preparado e composto com modernos equipamentos, como

eletrocardiograma, teste ergométrico, eletroencefalograma, eletromiograma, raio-x, ultra-som, mamografia, densitometria óssea, tomografia computadorizada de acordo com padrões médicos estabelecidos para fornecer diagnóstico e tratamento nas clínicas especializadas em diversas áreas”, conta o arquiteto José Freire , da DPJ Arquitetura & Engenharia. Os aspectos de sustentabilidade do projeto desta obra também merecem destaque, principalmente no que diz respeito à coleta de água da chuva, em reservatório especial no Pavimento Técnico sob a cobertura, para fins de

José Freire, Paulo Lima e Jorge Derenji Health ARQ

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Mais opções

CONSTRUÇÃO uso menos nobres como descargas dos vasos sanitários e jardinagem. Outra proposta importante é o uso de brises para sombreamento das fachadas, reduzindo a radiação solar nos ambientes internos e potencializando o condicionamento de ar. Com relação à humanização do ambulatório, foram propostos no projeto, em todos os pavimentos, amplos espaços de estar e espera, sempre com materiais adequados ao conforto visual, sonoro e luminoso, além de adequadamente coloridos. Foram também inclusos espaços especiais para estar, repouso e higienização de funcionários, alunos e professores. Mais investimentos Os investimentos em saúde no Estado do Pará não param no novo ambulatório da UEPA. Dois modernos hospitais serão construídos para ampliar o leque de atendimento a população paraense na cidade de Altamira, município no qual está sendo construída a Hidroelétrica de Belo Monte: o Hospital Geral de Altamira e o Hospital Materno Infantil de Altamira. A primeira instituição de saúde será para atendimento geral da população, com 100 leitos, entre os quais dez serão para 60

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Bloco novo UTI e Internações - Hospital Geral de Altamira


UTI e dez para observação. Já o segundo hospital será específico para atendimento materno-infantil e contará com 70 leitos, sendo que 30 estão distribuídos entre UTI materno, UTI infantil e UCI neonatal. Ambas instituições também foram projetadas pela DPJ Arquitetura & Engenharia, dentro de padrões tecnológicos dos mais modernos do País, levando em consideração os perfis de atendimento de baixa e média complexidade, embora estejam qualificados para atender eventualmente a alta complexidade. “Essas obras são frutos da parceria entre a Norte Energia, o Estado do Pará e o município de Altamira, bem como fa-

zem parte dos compromissos de compensação social, assumidos pela Norte Energia para a construção e funcionamento da Usina Hidrelétrica de Belo Monte”, conta José Lázaro de Brito Ladislau, Gerente de Saúde da Norte Energia. Os projetos consideram os aspectos de sustentabilidade, principalmente no que diz respeito ao sombreamento das fachadas, reduzindo a radiação solar nos ambientes internos e potencializando o condicionamento de ar. “Outro ponto importante é a utilização de telhas termo acústica, protegendo o prédio da intensa radiação que ocorre na Região. Quanto à funcionalidade das instalações

nas áreas críticas, como centros cirúrgicos e UTIs, sobre estes foram projetados pavimentos mecânicos, nos quais estão todas as instalações especiais que atendem os mesmos”, explica Freire. Com relação à humanização dos espaços internos, foram propostos nos projetos dos dois hospitais, amplos espaços de estar e espera para funcionários, pacientes e acompanhantes, sempre com materiais adequados ao conforto visual, sonoro e luminoso, além de adequadamente coloridos. Além disso, foram incluídos espaços especiais para estar, repouso e higienização de mães no Hospital Materno Infantil.

A experiência da DPJ A DPJ, fundada em novembro de 1974, já elaborou mais de dois milhões e meio de m² de projetos de prédios de naturezas diversas. Setecentos mil dos quais para Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. Nestes, incluem-se mais de 40 hospitais, entre os quais os Hospitais Regionais do Pará, em Santarém, Altamira, Redenção e Tucuruí, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência de Belém, os Hospitais Regionais do Amapá, em Santana, Serra do Navio, Oiapoque e Amapá, o da Criança e do Adolescente e o de Especialidades Dr. Alberto Lima em Macapá, o Materno Infantil de Santarém e o novo Hospital Materno Infantil da Santa Casa de Misericórdia do Pará. A DPJ foi contratada por notória especialização em várias oportunidades, tendo em conta a grande experiência em projetos desta natureza, o que levou em 2005 a indicação do seu Diretor, o arquiteto José Freire, como Personalidade do Ano da Arquitetura Hospitalar Brasileira. Indicação esta feita pelo Departamento de São Paulo do Instituto de Arquitetos do Brasil, pelo Centro Universitário São Camilo e pela Associação Brasileira do Desenvolvimento do Edifício Hospitalar.

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CONSTRUÇÃO Planta do Térreo - Hospital Materno Infantil

Mais opções

Hospital Geral de Altamira A instituição foi projetada com 6.954,79m², considerando a reforma e ampliação da Unidade de Saúde “Mutirão”, transformando-a em um Hospital Geral com ambulatórios gerais com sete consultórios e áreas de apoio; apoio Diagnóstico com Ultrassom, Endoscopia, Ergometria, Raio-X, ECG, Observação, Laboratório de Análises Clinicas e áreas de apoio e Emergência com Triagem, Sala de Estabilização, Consultórios, Observações com 10 leitos, Isolamento, Sala de Emergência Traumatológica, Plantões e áreas de apoio. Além de internação com 80 leitos, três isolamentos e áreas de apoio; Centro Cirúrgico com três salas de cirurgia, RPA, indução anestésica e áreas de apoio e UTI com dez leitos. Apoio Técnico Logístico com lavanderia, nutrição e dietética, CME, farmácia, almoxarifado e necrotério, apoio administrativo e serviços de Infraestrutura com subestação, geradores, Central de Resíduos Sólidos, Central de Fluidos Medicinais, cisterna e reservatório elevado também fazem parte do projeto. 62

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Hospital Materno Infantil de Altamira Já o Hospital Materno Infantil de Altamira foi projetado com 8.061,25m², considerando a reforma e ampliação do Hospital Municipal São Rafael, transformando-o em um Hospital Materno Infantil, com a seguinte configuração: emergência pediátrica em Consultórios, triagem, sala de emergência, curativos, observação, isolamento e áreas de apoio e emergência obstétrica com consultórios, triagem, emergência, isolamento, observação e área de apoio. Além dis-

so, contará também com internação com 40 leitos, UTI’s Obstétrica, Pediátrica e Neonatal com 30 leitos e apoio diagnóstico com coleta de exames da patologia clinica, AMIU, ultrassom, endoscopia, ECG, Raio-X, mamografia, banco de leite humano e áreas de apoio. Um Centro de Parto Cirúrgico com duas salas de cirurgia, RPA, indução anestésica e áreas de apoio; um Centro de Parto normal com cinco salas de PPP, sala de exames, admissão e áreas de

apoio; e Centro Cirúrgico com duas salas de cirurgia, RPA, indução anestésica e áreas de apoio também farão parte da estrutura da instituição, assim como o apoio técnico logístico com CME, copa para recepção e distribuição de alimentos, rouparia, farmácia, almoxarifado e necrotério; apoio administrativo e serviços de infraestrutura com subestação, geradores, Central de Resíduos Sólidos, Central de Fluidos Medicinais, cisterna e reservatório elevado.

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Especialidades

CONSTRUÇÃO

Foco na especialidade Hospital Albert Einstein constrói Centro de Oncologia e Hematologia e mantém a qualidade dos demais setores da instituição

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Centro de Oncologia e Hematologia Einstein Família Dayan – Daycoval, em São Paulo, foi criado para ser o mais avançado sistema em diagnóstico e tratamento do câncer da América Latina. O objetivo da instituição é integrar os aten64

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dimentos em oncologia e hematologia, por meio de normas de condutas, protocolos clínicos e de pesquisa, unificação da gestão e incentivos à colaboração multiprofissional. Em abril de 2012, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein

assinou contrato com o MD Anderson Câncer Center, dos Estados Unidos, uma das maiores instituições de combate ao câncer do mundo. Essa colaboração envolve diversas áreas e temas, como adequação da nova estrutura física, tecnologia da informação,

modelo assistencial, discussão de processos técnicos, treinamento/educação e indicadores de qualidade. Centros de excelência e tratamento em diversos tipos de câncer e doenças hematológicas foram então criados, unindo assistência, ensino e pesquisa .


A instituição possui uma infraestrutura que contempla laboratórios nas áreas de anatomia patológica, hematologia, histocompatibilidade e microbiologia. O Departamento de Hemoterapia está capacitado para prestar serviços de cuidados transfusionais como coleta, separação e congelamento de células-tronco hematopoiéticas e responsável pelo Banco de Cordão umbilical Público pertencente à Rede Brasil Cord. O complexo é composto por uma Unidade de Prevenção e Detecção Precoce do Câncer, Unidade de Transplante de Medula Óssea, Unidades de Quimioterapia Ambulatorial e Unidade de Radioterapia. Além de Ensino e Pesquisa, Departamento de Ima-

gem, Laboratório Clínico, Patologia, Biologia Molecular e Departamento de Hemoterapia. A UTI adulto e pediátrica com unidade e quartos adaptados para tratamentos de imunossuprimidos com ambiente com controle de ar o Banco de Tumores e Células, Banco Público de Cordão Umbilical e Laboratório de Terapia Celular também integram o complexo. Serão quatro andares para atenção ao paciente ambulatorial de forma integrada com um excelente portfólio de serviços melhorando a resolutividade e o fluxo dos pacientes. Os 23 consultórios possibilitam o atendimento multidisciplinar em clínicas integradas, consultório especializado para medicina

bucal, áreas para terapias complementares (meditação, yoga e terapia por toque), sala de teleconferência e ampla sala de espera com vista para um jardim tornando o ambiente humanizado. O ambulatório de quimioterapia contará com unidades individuais de atendimento com camas, poltronas e banheiros privativos com vista para área externa e área exclusiva e customizada para atendimento de pacientes da área pediátrica. Já as unidades de internação dispõem de 49 leitos distribuídos em dois andares do hospital para internação de pacientes em tratamento clínico oncológico e hematológico. São 14 leitos para pacientes da

Claudio Lottenberg (Presidente do Hospital Israelita Albert Einstein), Michel Temer (Vice-Presidente da República) e Alexandre Padilha (Ex-ministro da Saúde) Health ARQ

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Especialidades

CONSTRUÇÃO Unidade de Transplante de Medula Óssea, 14 leitos para pacientes onco-hematológicos e 21 leitos para pacientes oncológicos. A Unidade de Transplante de Medula Óssea do Einstein conta com 14 leitos, todos equipados com filtro HEPA (High Efficiency Particulate Air), que garante a purificação do ar e a proteção contra fungos para pacientes com comprometimento da imunidade submetidos à quimioterapia ou a transplante. A tecnologia também está presente nos corredores da Unidade, permitindo que o usuário não fique recluso em seu quarto. Outro diferencial é o sistema independente de fornecimento de água, instalado em cada leito.

A ação é extremamente importante para a segurança do paciente. No combate à infecção hospitalar, o ambiente oferece descontaminação computadorizada a 80ºC de todo o sistema hidráulico e, periodicamente, um flush é disparado em todos os canos da Unidade. Outras Obras Além da construção do Instituto voltado para os tratamentos oncológicos e hematológicos, o Hospital Albert Einstein passa constantemente por reformas para aprimorar suas instalações. “Nós estivemos presentes também em outras obras da instituição, como a reforma completa das salas de cirurgia, reforma parcial do piso da

garagem, vários retrofits no prédio de check up da Av. Brasil, entre outras. Entretanto, pelas dificuldades envolvidas, sem duvida, a mais marcante foi a reforma dos banheiros de mais de 100 apartamentos do prédio ‘antigo’”, conta Roberto Camargo, Diretor da Ita Construções. Camargo explica que durante as obras dos banheiros a logística do processo deu-se com a quebra da parede para troca da tubulação hidráulica dos banheiros por outra nova, inclusive misturadores de ultima geração, seguido do fechamento e pintura geral. Essa obra foi realizada em todos os andares do hospital, portanto as dificuldades se iniciavam com a liberação dos apartamentos

Claudio Lottenberg (Presidente do Hospital Israelita Albert Einstein), Carlos Dayan Daycoval e Michel Temer (Vice-Presidente da República) 66

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para a execução da obra. “Tínhamos que ter um bom diálogo com as Enfermeiras Chefes de cada andar, para obter as liberações, o que significava que quase nunca a lógica de execução era a nossa, pois tínhamos que executar segundo as disponibilidades de cada pavimento”, afirma. Isso porque para a reforma de cada apartamento tinham que estar vagos os laterais, além do acima e abaixo daquele que estava em obras. Para reduzir o ruído, tudo foi executado com maquinas elétricas de corte com aspiração do pó. A equipe trabalhava enclausurada dentro de

uma armação de madeira e cortiça que tinha duas finalidades: conter o pó e reduzir a propagação dos sons. “Com o calor, cada equipe não aguentava ficar lá dentro por mais de duas horas, havendo, portanto, um rodízio de profissionais”, relata Camargo. Para garantir o normal funcionamento da instituição durante o processo de obras, antes do início, todas as equipes tiveram um treinamento intensivo sobre como se comportar nas dependências do hospital. “O foco do treinamento foi muito dirigido a limpeza constante dos ambientes e redução de ruídos.”

Os materiais dessa construção, por serem especiais, foram importados diretamente pelo hospital, que pesquisou o que havia de mais moderno em termos de funcionalidade e beleza. A sustentabilidade também foi considerada no processo. Para isso, dois engenheiros foram mantidos no local revezando-se entre a obra e o diálogo continuo, tanto com a Engenharia do hospital quanto com as enfermeiras de cada andar. O entulho também foi cuidado, sendo retirado em caçambas e lançados em bota-foras autorizados e devidamente comprovados.

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CONSTRUÇÃO

Tecnologia

Segurança e automatização Para otimizar o trabalho e a circulação de seu espaço físico o Hospital Albert Einstein investe também em sistemas eletrônicos que auxiliam em sua segurança, gestão e logística. Os Sistemas de Segurança eletrônicos implantados na instituição são uma solução integrada dos sistemas de Circuito Fechado de Televisão (CFTV), Controle de Acesso, Alarme Perimetral, Automação Predial, e Detecção e Alarme de Incêndio e O&M (Operação e Manutenção). “Fizemos a implantação do sistema, recentemente, nas unidades Sites Paulista, Alphaville e Faria Lima do Einstein para facilitar o monitoramento”, conta Alexandre Gushiken, Gerente Geral da Servtec Sistemas de Automação. Além disso, a utilização de sistemas eletrônicos de controle possibilitam uma maximização operacional, pois foca na eficiência dos serviços que atende. Os

resultados desse processo otimizam também o lado econômico da instituição de saúde, pois os sistemas desenvolvidos especialmente para o uso de gestores com modelos de custeio e de gestão por atividades, proporcionam um melhor panorama sobre o uso dos recursos. Esses sistemas possibilitam também a maximização no prolongamento da vida útil do ativo e também maior exatidão do custeio, permitindo melhor avaliação nas decisões que envolvem o âmbito econômico. As soluções tecnológicas da Servitec, implantadas nas instituições de saúde, foram personalizadas e alinhadas às necessidades de cada hospital. Desta maneira, o sistema permite que haja equilíbrio entre os itens que garantem a segurança da instituição. “Um exemplo é o posicionamento das câmeras. Nesse ambiente, elas não devem ser tão eviden-

tes a ponto de ferir sensibilidades e, ao mesmo tempo, precisam estar visíveis para coibir eventuais más intenções”, comenta o Gerente Geral da empresa. De acordo com Gushiken, os detalhes são essenciais e garantem a qualidade e a eficiência do sistema, assim como a segurança dos pacientes. “Por isso, clínicas e hospitais demandam soluções de engenharia altamente especializadas, que precisam ser totalmente confiáveis”, diz. Para a instalação, foi necessária a utilização da Rede de Comunicação Corporativa do hospital e por isso, a chave principal deste processo foi o planejamento. “Por se tratar de um empreendimento em funcionamento, o serviço foi totalmente planejado antes da execução, realizando plano de contingência e sistemas redundantes, para que não atrapalhasse a rotina da instituição”, finaliza Gushiken.

“Por se tratar de um empreendimento em funcionamento, o serviço foi totalmente planejado antes da execução, realizando plano de contingência e sistemas redundantes, para que não atrapalhasse a rotina da instituição” Alexandre Gushiken, Gerente Geral da Servtec Sistemas de Automação

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Inovação no mercado

Centro de medicina diagnóstica foca na humanização e na sustentabilidade A Sulbrasil Engenharia, de Blumenau (SC), que completa 30 anos em 2014, é uma das poucas empresas deste segmento em Santa Catarina a utilizar o sistema construtivo de paredes de concreto armado moldadas no local. O sistema consiste na moldagem de paredes e lajes maciças de concreto armado com telas metálicas centralizadas. A estrutura é dimensionada para cada projeto específico de arquitetura do edifício. O processo de produção do sistema construtivo permite o controle geométrico das peças e a obtenção de superfícies aptas a receberem o acabamento. A empresa utiliza esta tecnologia desde 2009. O sistema foi aplicado nas obras dos empreendimentos Divinópolis, em Blumenau, e Novos Caminhos, em Jaraguá do Sul, e será empregado (executado) nas obras do Park Piçarras (Piçarras), Santa Luzia (Jaraguá do Sul) e Portal de Itajaí (Itajaí). A Gerente Geral de Engenharia da Sulbrasil, Auriciane Fachini, afirma que neste período de utilização do sistema, já foram observados diversos benefícios como industrialização do processo, aumento da produtividade, otimização da mão de obra e redução da manutenção na pós entrega.

“A tecnologia das paredes de concreto moldadas no local ainda traz outras vantagens como mais agilidade na obra, garantia de padronização de todos os apartamentos, e eliminação de etapas da execução como o reboco, o que reduz o custo de mão de obra, diminui a sujeira, o desperdício e o tempo da obra”, complementa Auriciane.

Sobre a Sulbrasil A Sulbrasil Engenharia e Construções Ltda atua há quase 30 anos no mercado nacional. Com sede em Blumenau, Santa Catarina, a empresa vem construindo obras industriais, comerciais e residenciais, somando mais de dois milhões de m2 de área construída em diferentes regiões do país. A Sulbrasil encara cada nova obra com um desafio que deve ser vencido, buscando constante melhoria em seus processos e a satisfação das necessidades do cliente, da empresa e de seus colaboradores. www.sulbrasil.eng.br

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Melhor opção

acabamento

Escolha importante Pisos apropriados para o ambiente hospitalar garantem segurança e conforto aos pacientes

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ara garantir o funcionamento de seu complexo hospitalar de maneira única e fluida, mesmo após a finalização do projeto de expansão, a engenharia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, preocupa-se com cada detalhe da obra. Por exemplo, paredes de drywall e forros que receberam tratamentos acústicos foram escolhidos para controlar os ruídos. Houve também a criação de terraços nos apartamentos

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onde a insolação foi estudada para, proporcionar mais conforto térmico. Outra preocupação da instituição foi na hora de escolher os materiais, por exemplo, os pisos. A opção foi pelos pisos de borracha noraplan®, da Kepco, devido a alguns diferenciais do produto. Entre eles estão o sistema de instalação ágil e homologado pelo fabricante do produto na Alemanha, o fato de não demandarem nenhum tipo de tra-

tamento químico ou uso de cera em sua superfície e o baixo custo de manutenção dos revestimentos ao longo de toda sua vida útil. “Outro diferencial é que o sistema atende às regras dos níveis mais altos de certificação ambiental LEED. Além disso, os revestimentos são livres de PVC, halogêneos e plastificantes e não demandam o uso de cordões de solda”, explica André Dratovsky, Diretor Comercial da Kepco.


Peça importante A escolha correta dos pisos está diretamente relacionada ao controle de infecções hospitalares. Neste caso, os melhores revestimentos são sempre aqueles que possuem superfícies densas, lisas e com baixíssima porosidade, por exemplo os revestimentos de borracha noraplan®. Ainda neste sentido, a manutenção e processos de limpeza adequados são cruciais para o controle de bactérias e infecções hospitalares. No caso dos pisos de borracha noraplan®, por exemplo, os revestimentos são originalmente bacteriostáticos, ou seja, previnem quanto a proliferação de bactérias.

Por isso, especialmente em instituições de saúde, a escolha correta dos revestimentos significa muito mais do que apenas elementos arquitetônicos. No caso dos pisos, a escolha correta deve levar em consideração aspectos funcionais, estéticos, financeiros e de segurança, visando sempre, impactar positivamente os pacientes e demais usuários presentes na instituição. “Os revestimentos para o ambiente hospitalar precisam ser de baixíssima porosidade, sem juntas ou soldas, que não permitam a proliferação de bactérias, com fácil limpeza e assepsia, e com alta durabilidade”, orienta Dratovsky.

Segundo Dratovsky, especialmente em instituições de saúde, o custo de manutenção e troca de revestimentos é muito maior do que a média de outros tipos de instituições. “Quanto custa um dia de uma sala de cirurgia parada, por exemplo? Portanto, o cliente final deve sempre focar em produtos que tragam um bom custo benefício no longo prazo, ainda que no momento da aquisição inicial, o investimento seja superior, se comparado a produtos e sistemas de instalação de qualidade inferiores”, explica. Depois da escolha e da instalação corretas, a ins-

tituição precisa ter alguns cuidados para garantir a durabilidade do produto. “Tudo começa na preparação do substrato (em geral, contrapiso cimentício), seguida pela instalação adequada dos revestimentos”, afirma. Além disso, é preciso que haja alinhamento entre as demandas técnicas do fabricante dos revestimentos, construtora e empresa de instalação. Também são fundamentais, manutenção adequada, limpeza inicial e rotineira adequadas. A escolha correta dos revestimentos varia para cada tipo de uso e tráfego nos ambientes onde serão instalados. Health ARQ

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Melhor opção

acabamento

Novidades O setor de revestimentos de pisos para o segmento hospitalar está sempre em busca de novidades e aprimoramento. Entre os produtos, estão alguns lançamentos recentes da Kepco, como os revestimentos de borracha que dispensam o 72

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uso de cordões de solda; os revestimentos compostos de matérias-primas diferenciadas, mais duráveis e seguras (por exemplo, livres de PVC e halogêneos) e o uso de insumos de instalação (ex: massas de regularização e adesivos) 100% livres de solventes e

com baixíssimos níveis de COVs. Além desses, existem também novos tipos de revestimentos, que não demandam o tratamento de suas superfícies, com uso de produtos químicos, ao longo de toda sua vida útil (exemplo: pisos de borracha noraplan®).


Conhecimento técnico

Por Birgitta Knoch

Instalações da área de saúde necessitam mais do que uma arquitetura eficaz. Elas também devem refletir a natureza médica, terapêutica e a qualidade da instituição. O objetivo é criar um ambiente comprometido com a funcionalidade de espaços tanto para os pacientes quanto para os funcionários. Ao mesmo tempo, tomadores de decisão de ambientes de saúde devem equilibrar custos razoáveis de instalação e manutenção com baixos impactos ambientais, incluindo baixa toxicidade dos materiais utilizados. O revestimento de piso é uma das partes mais extensas e visíveis do ambiente na área de saúde. Está presente, literalmente, em todos os lugares e uma escolha ‘ruim’, seja para um novo projeto de edifício ou durante uma reforma, pode ter sérios impactos na equipe, pacientes e visitantes. Particularmente por este motivo, a escolha do revestimento de piso é geralmente uma decisão para longo prazo e que não pode ser facilmente revertida. Então, o que faz um bom revestimento de pisos? Custo, características de superfície, durabilidade e aparência geral do piso são critérios importantes para a tomada de decisão. Porém deve ser dada a mesma

importância a impactos na qualidade do ar interior e a minimização dos compostos químicos perigosos no revestimento e durante sua fabricação e instalação. O revestimento resiliente ideal deve ser atóxico ao longo de seu ciclo de vida, prático (higiênico e fácil de limpar), durável e seguro, silencioso sob os pés, visualmente agradável e com ótimo custo benefício. Em geral, elementos chave na escolha do revestimento de piso incluem: controle de infecção, resistência às manchas e seguro contra escorregamento, aspectos estéticos e visuais, controle acústico, limpeza e manutenção, impacto ambiental e custo (inicial e ao longo do tempo de vida). Considerações de orçamento precisam levar em conta não só quanto dinheiro está disponível para a compra de um determinado material, mas também considerar os custos de manutenção e potencial de custos ocultos. Cada vez mais a sustentabilidade ambiental é levada em consideração, particularmente problemas de toxicidade, tanto a curto quanto a longo prazo. Custos de Ciclo de Vida (CCV) Em tempos de orçamento enxuto no setor da saúde, é extremamente importante reduzir o custo de manutenção de hospitais. Muito

dinheiro pode ser salvo com o planejamento. No ciclo de vida de um hospital, apenas entre 20 e 30 por cento do custo do edifício são custos atribuíveis à sua construção. O restante, 70 a 80 por cento, são custos relacionados à manutenção. A chamada análise CCV soma todos os custos incorridos durante a vida útil do produto. Fatores de custo possível podem ser: operação e abastecimento, manutenção, limpeza, recondicionamento e desmontagem. Ao longo do tempo, estes custos relacionado à manutenção podem rapidamente exceder em muito o investimento inicial para aquisição do produto. Acima de tudo, cuidados e tratamento regular compõem a maior parte dos custos de

manutenção. Os gráficos a seguir baseiam-se em um estudo considerando uma área de 1000 m² e um período de uso de 15 anos, comparando o custo total do ciclo de vida de diferentes tipos de revestimentos resiliêntes utilizados em ambientes de saúde. O cenário dos revestimentos de borracha noraplan® retrata uma típica área com tráfego intenso, por exemplo, um hall de entrada usado normalmente. O cenário dos revestimentos de borracha norament® retrata uma área com tráfego extremo e sujidade intensa, por exemplo, uma entrada muito frequentada. Birgitta Knoch, Especialista do Segmento de Saúde – nora Systems GmbH Health ARQ

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Novos ares

AMPLIAÇÃO

Evolução constante Em busca de aprimoramento, Hospital São Joaquim investe em obras de ampliação e reestruturação

S

empre em busca de aprimorar os seus serviços, o Hospital São Joaquim de São Paulo, do grupo Beneficência Portuguesa, tem passado por várias obras nos últimos anos. Entre elas, algumas que merecem destaque são o Centro Ci-

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rúrgico, a Central de Material Esterilizado e a obra de revitalização do pronto atendimento. Há ainda a reforma nas unidades de internação, as torres de elevadores, a reestruturação interna das UTI’s e a obra na subestação de energia. A mudança no

layout da instituição, a ampliação das salas de apoio, a construção dos vestiários e da área para conforto médico, também estão inclusas no processo. “Com todas essas construções e reformas teremos a melhoria da estrutura física do hospital, oferecen-


“Com todas essas construções e reformas teremos a melhoria da estrutura física do hospital, oferecendo maior segurança e conforto ao paciente e uma condição mais adequada ao profissional médico” Fábio Teixeira, Superintendente de Operações da Beneficência Portuguesa de São Paulo

do maior segurança e conforto ao paciente e uma condição mais adequada ao profissional médico”, garante Fábio Teixeira, superintendente de operações da Beneficência Portuguesa de São Paulo. As obras de revitalização do pronto atendimento vieram para solucionar o problema com o declive acentuado que havia em sua entrada e tornava desconfortável o acesso de alguns pacientes. “Apesar dele não ser antigo, com apenas três ou quatro anos, decidimos fazer esta intervenção para facilitar a vida dos pacientes. Porém, ainda falta mexermos na parte estética do PA, com o embelezamento externo do prédio”, comenta Teixeira. Além da fachada do pronto atendimento, recentemente, foi feita uma remodelação da entrada do hospital para deixá-lo mais bonito e harmonioso que englobou todo o

paisagismo. Também está acontecendo uma obra na subestação de energia do São Joaquim. O grupo de geradores está sendo reforçado para que a instituição possa ser abastecida em 100% por energia própria caso haja alguma pane elétrica. Ainda ligado à questão da eficiência energética, o hospital promoveu a substituição das lâmpadas por outras com maior rendimento. “E pensando em economia, instalamos nos banheiros modernas válvulas automáticas de acordo com a RDC 50.” O Centro Cirúrgico, que está em fase final, será um dos maiores do País. Com 31 salas, o espaço foi reformulado e equipado de maneira a proporcionar o máximo em tecnologia e segurança para o cirurgião durante o ato cirúrgico. A Central de material esterilizado, também foi montada

com equipamentos e materiais de última geração, disponíveis nos melhores Centros do mundo. No setor de internação, a reforma foi na ala de radioterapia e segue também na Medicina Diagnóstica por Imagem. “Foram feitas novas instalações de elétrica e hidráulica, gases medicinais, ar-condicionado e infraestrutura para os equipamentos de última geração alocados nas salas de cirurgia e UTIs. Em 2012, iniciamos a construção da torre que abrigará as escadas e elevadores”, conta Oscar Fávero, Diretor da Afonso França Engenharia, empresa responsável pelas obras. De acordo com Fávero, o ponto de destaque deste processo é o desafio logístico. As atividades foram executadas com o hospital em funcionamento e precisavam ser desenvolvidas de modo que não interferissem na dinâmica de Health ARQ

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Novos ares

AMPLIAÇÃO circulação de médicos e pacientes. “Em virtude da obra estar acontecendo com o hospital em plena operação, o objetivo principal era o de fazer o nosso trabalho com a qualidade de sempre, sem que a estrutura de funcionários do hospital, pacientes e visitantes percebessem a presença da construtora no local, diz Fávero”. Para isso, a empresa de engenharia adotou métodos construtivos especiais, executados por equipe treinada, bem como equipamentos silenciosos, como o Crushing. “Esse equipa-

mento é manipulado por duas pessoas e funciona como uma espécie de mandíbula hidráulica que comprime e “mastiga” as paredes demolidas. Diferente do sistema convencional, o equipamento permite fazer uma demolição silenciosa”, explica o Diretor. Além disso, foi utilizado um elevador externo para que os materiais não fossem transportados dentro do hospital. Nos cruzamentos pré-definidos dos caminhos da obra com os corredores do hospital, o transporte foi executado em carrinhos fechados e a

limpeza mantida por funcionários exclusivos para essa finalidade. “Considerando o nível de intervenção, estabelecemos horários para a execução de determinados trabalhos e restringimos o acesso a algumas áreas, pré-definimos os caminhos para circulação sem bloquear os serviços do hospital”, conta. Para execução de trabalhos em áreas interligadas foram desenvolvidos tapumes especiais, com características de isolamento térmico e acústico diferenciado do que normalmente

“Considerando o nível de intervenção, estabelecemos horários para a execução de determinados trabalhos e restringimos o acesso a algumas áreas, prédefinimos os caminhos para circulação sem bloquear os serviços do hospital” Oscar Fávero, Diretor da Afonso França Engenharia

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é utilizado no mercado da construção civil. “Quando a obra estava praticamente concluída era interditado o trecho da interligação, e uma operação especial de logística e engenharia finalizava a união das duas áreas, sem qualquer impacto perceptível aos usuários”, conta. Mesmo com todo o planejamento, executar a construção com o hospital em funcionamento trouxe alguns desafios. A interligação das novas instalações elétricas, hidráulicas e

de gases medicinais com as existentes, por exemplo. “Neste tipo de obra temos que ter um processo de planejamento muito detalhado e cuidadoso. A execução inadequada de uma atividade pode comprometer o uso de um equipamento e até mesmo a energia elétrica de uma ala e, em última análise, colocar em risco a vida de uma pessoa”, explica Fávero. Apesar desta não ser uma obra que leva a certificação LEED, alguns processos sustentáveis foram

adotados durante o processo por serem procedimento da empresa. Por exemplo, o tratamento de entulhos, que são organizados e descartados da forma correta para evitar desperdício e acúmulo de materiais com elementos nocivos ao meio ambiente. “Tivemos o cuidado em manter o canteiro de obras organizado e limpo precavendo contra os acidentes de trabalho e promovendo o aumento da produtividade. Além disso, para reduzir o desperdício, acondi-

cionamos nossos materiais em locais adequados para a finalidade de cada um.” Para um futuro próximo, será feita uma reavaliação do Plano Diretor visando atender a revisão do modelo de negócios. “Nosso Plano Diretor foi fechado em 2009 e com as mudanças feitas até aqui, que englobam também a abertura da unidade na Penha, há aproximadamente um ano, teremos que fazer um realinhamento”, explica Lian Segui, Arquiteta da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

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Gerenciamento

Gestão na Arquitetura

Análise da situação

Estudo prévio auxilia no desenvolvimento de um projeto melhor

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implantação de um novo hospital na cidade requer muito mais que um plano diretor e um projeto bem pensados. Antes do desenvolvimento dessas peças é necessário que se realize um estudo. Esta verificação deve levar em conta, primeiramente, a demanda. “É importante saber se realmente existe a necessidade de implantação de uma nova unidade, saber

qual é o tipo, a especialidade e quais e quantos profissionais irão oferecer serviço nesta nova estrutura”, diz o arquiteto e Urbanista, especialista em arquitetura hospitalar da ARQ+SAÚDE, Clóvis Queiroz de Lima. Esse estudo deve ser baseado em pesquisa de mercado, de necessidades estruturais do sistema de saúde oferecido, dentre outros itens. Também de-

vem ser considerados durante a avaliação o público alvo, demanda instalada, demanda futura, especialidades, capacidade operacional, corpo clínico e valor do investimento. Além de necessidades operacionais da estrutura, serviços de apoio clínico e administrativo e de estrutura de colaboradores. Com estudo e avaliação da demanda em mãos é hora

“O arquiteto não é meramente um profissional interessado no desenho arquitetônico, mas sim na função que a arquitetura do seu desenho pode ajudar na construção do projeto ideal, pois o projeto hospitalar requer, acima de tudo, função” Clóvis Lima, ARQ+SAÚDE 78

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de escolher o terreno ideal, que tenha área suficiente, com vista para expansão futura, topografia, acessos e acessibilidade, análise de itens como oferecimento de energia, água, esgoto e baixo impacto ambiental. “Depois de resolver todos estes itens, passaríamos para análise de um modelo arquitetônico ideal”, explica o arquiteto. No mundo atual, no qual as informações são à base

de todo investimento, cabe, em parte, ao profissional de arquitetura uma análise geral do contexto da obra para que possa nortear o estudo de ocupação da área, o projeto. “O arquiteto não é meramente um profissional interessado no desenho arquitetônico, mas sim na função que a arquitetura do seu desenho pode ajudar na construção do projeto ideal, pois o projeto hospitalar requer, acima de tudo,

função”, acredita Lima. De acordo com o arquiteto, o profissional que trabalha hoje com projetos hospitalares, tem a necessidade permanente de conhecer do funcionamento e da função de uma estrutura de saúde. Não tem como projetar, sem saber a maneira e o momento em que será utilizado. “A estrutura é muito dinâmica e delicada, pois além de tudo o ambiente lida com vidas”, finaliza.

De que maneira esses conhecimentos podem nortear o trabalho do arquiteto ante sua atuação no mercado da saúde? Clóvis Lima: No mercado de trabalho, é evidente que o profissional que detem maior conhecimento, destaca-se perante os demais. Se eu, como arquiteto, consigo manter um diálogo com o corpo clínico e com a administração de uma instituição de saúde, com um mínimo de conhecimento sobre procedimento, números e demandas, claro que o meu trabalho tem uma maior probabilidade de ser um excelente projeto.

Como os profissionais de arquitetura podem se preparar para atuar neste segmento? Clóvis Lima: No meu entendimento, o primeiro passo é fazer um curso de especialização na área hospitalar. Assim, o profissional poderá agregar um grande número de informações a respeito, entender que arquitetura hospitalar é baseada em normas e leis. O segundo passo seria estar dentro de uma estrutura de saúde, para entender como funciona. Assim, a probabilidade de se construir um bom projeto seria bem maior.

Ping-Pong Qual a importância de o profissional de arquitetura deter conhecimentos sobre gestão? Clóvis Lima: Se um cliente (hospital) te convida para fazer parte de um projeto de construção ou ampliação, vários estudos de demanda e econômicos já foram realizados para se chegar aos números e dados necessários. Saber interpretar esses dados e números, e transporta-los para o desenho arquitetônico é a função do arquiteto. O bom profissional precisa saber analisar números baseados na gestão, e analisar como o seu projeto pode acertar e satisfazer as necessidades do cliente.

O que deve conter o plano diretor de uma instituição de saúde para torná-lo diferenciado? Clóvis Lima: Deve ter o que chamamos de Planejamento Estratégico. A partir de um estudo complexo de demanda, funções e necessidades, conseguimos nortear um Plano Diretor que leve em consideração o crescimento da instituição. Além disso, ele deverá contemplar todas as informações colhidas durante o estudo, todos os desenhos alvos e toda a estruturação financeira para respaldo do Planejamento. Se a instituição sabe por onde crescer, tem previsão físico-financeira do crescimento sustentável, passa a ser um grande diferencial no mercado. Health ARQ

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Gerenciamento

Gestão de obra

Sob Controle Planejamento, experiência e boa gestão auxiliam na diminuição de riscos em obras

A

s obras de empreendimentos voltados à saúde, em suma, são similares a qualquer outra construção, portanto oferecem tantos riscos, quanto qualquer outro processo de obras. “O diferencial é o projeto, onde devem ser especificados materiais mais duráveis e resistentes ao grande fluxo de pessoas, aplicação de materiais de fácil limpeza e higienização. Além de um estudo minucioso dos acessos e da circulação de pessoas”, diz o vice-presidente da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração), Paulo Oscar Auler Neto. Por isso, a gestão de riscos dentro da construção torna-se importante para inibir possíveis problemas e dificuldades que possam surgir ao longo do processo. Segundo Auler Neto, o principal ponto de atenção é a instalação de equipamentos sofisticados e caros, que apesar de, na sua

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maioria, serem instalados pelos fornecedores dos mesmos, requerem cuidados redobrados no seu manuseio e nas atividades do entorno. Paralelo a isso, os cronogramas enxutos requerem planejamentos mais precisos e uma gestão mais eficaz sobre os mesmos. Obra com cronograma apertado não é necessariamente mais arriscada, desde que tenha as atividades devidamente planejadas e acompanhadas. “Além disso, com uma boa gestão, o controle de desperdícios, descartes adequados e redução de retrabalhos somente são obtidos com uma boa gestão”. Para Auler Neto, todos os acidentes podem ser evitados, pois geralmente o acidente “avisa” quando vai ocorrer. “A presença dos gestores nas frentes de serviço, aplicação de boas práticas de engenharia, organização e limpeza, trei-

namento das equipes e um processo seletivo da mão de obra são os fatores que fazem diferença em uma construção e que determinarão a taxa de frequência e gravidade dos acidentes, levando ao ”Acidente Zero”.” Para evitar problemas, o conhecimento e a experiência adquiridos durante a carreira profissional são peças fundamentais para uma boa gestão, pois permitem uma melhor percepção, avaliação e ação sobre a realidade da obra. “A presença física permanente nos canteiros, junto aos operários, e não dentro dos escritórios, também é de suma importância, permitindo ao gestor uma maior sinergia com todo o processo construtivo”, ressalta. O vice-presidente acredita que o profissional que gere uma obra precisa ter completo domínio sobre ela e trabalhar sobre um planejamento.


Quando são observados desvios, a elaboração de um replanejamento é fundamental, pois desta forma o gestor saberá identificar e atuar sobre o caminho crítico do empreendimento. “Este é um processo dinâmico e que deve ser reavaliado semanalmente, porém que permite ao gestor se antecipar aos fatos e ter uma atuação eficaz onde faz diferença, seja na cadeia de suprimentos, projeto, questões legais, pessoas ou equipamentos”.

engenheiros e encarregados estão assumindo posições de comando cada vez mais jovens e, em alguns casos, sem a devida experiência para se antecipar e perceber os pontos críticos de uma obra, tanto nas questões

técnicas, legais como também na gestão de pessoas”, finaliza Auler Neto.

Desafio Com a grande demanda que se instaurou no mercado da construção civil nos últimos anos, o setor ter sofrido com a escassez de mão de obra, e a falta de qualificação os riscos de acidentes foram potencializados.“Também pela alta demanda de profissionais, os Health ARQ

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Sustentabilidade

Edifício Dr. Adib Jatene

Novo prédio

HCor inaugura novo prédio com certificação LEED

Fachada do Prédio Principal do HCor 82

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o início deste ano, o HCor, em São Paulo, inaugurou um novo edifício, o Dr. Adib Jatene. A obra que correu por quatro anos deu origem a um prédio com 14 andares, além do térreo, e mais cinco subsolos. Nele, há um pavimento voltado para o tratamento oncológico e seis andares de internação com 38 apartamentos, sendo dez deles “VIPs”, com antesala e decoração diferenciada. Além disso, em outros dois pavimentos estão instalados auditórios. O auditório principal possui recursos que permitem que os processos operatórios sejam transmitidos aos expectadores. Outros dois auditórios menores, no andar inferior ao principal, servem como apoio. O prédio também abriga um centro cirúrgico, com duas salas híbridas, sendo

uma para cirurgias cardiovasculares e outra para neurocirurgias. A sala de neurocirurgia conta com uma ressonância acoplada, sendo um espaço de alta tecnologia dentro do hospital. Além disso, no subsolo do edifício está uma Gamma Knife, equipamento utilizado para radiocirurgias em tratamentos oncológicos, que trabalha associada a um tomógrafo. Há ainda duas passarelas que interligam o Adib Jatene ao prédio antigo do HCor. Uma delas é exclusiva para o transporte de pacientes, interliga o Centro Cirúrgico a Unidade Coronariana. A outra, para livre circulação, liga o auditório a lanchonete e a ala social do hospital. Ainda para a união entre os prédios há um túnel no terceiro subsolo, que faz a ligação operacional. “Toda a comunicação entre a parte de lavanderia, farmá-

cia e demais necessidades operacionais são realizadas através deste túnel”, explica Ayrton Siqueira, engenheiro do HCor. Todo o sistema elétrico do novo prédio utiliza a regeneração de energia com enfoque na sustentabilidade. “O edifício conta com a certificação LEED, o projeto e a obra foram concebidos nessa visão. É um prédio totalmente voltado para a sustentabilidade em seus sistemas”, conta o engenheiro. Outros pontos de sustentabilidade considerados foram a instalação BMS (Building Management System), que controla todos os sistemas prediais de forma integrada, tornando os mais eficientes e diminuindo o consumo de energia. Foram utilizados vidros de alto desempenho (alta iluminação / baixa absorção térmica), motores de

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Sustentabilidade

Novo prédio

“Logicamente, a manutenção é um dos focos mais importantes de um hospital e, dessa forma, esse aspecto permeia todas as escolhas. A par dessas considerações, a responsabilidade ambiental, a estética e o custo também entraram no processo de decisão” Marcelo Themudo Lessa Waetge, Arquiteto da Minerbo-Fuchs Engenharia alto rendimento e iluminação com lâmpadas de LED (Light-Emitting Diode), para diminuição de consumo de energia. Além da utilização de metais sanitários de baixo consumo de água, instalação de sistema de reuso de água da chuva para diminuição do consumo de água potável, de gás refrigerante, que não ataca a camada de ozônio, materiais de construção e acabamento com conteúdo reciclado. Além de materiais com baixa concentração de compostos voláteis e madeiras certificadas pelo FSC (Forest Stewardship Council). A diminuição do efeito ilha de calor, com utilização de telhado jardim e a combinação dos metais sanitários de baixo consumo com o sistema de reuso de água de chuva proporcionarão uma economia de água potável de 50%. “Foram utilizados todos os preceitos requeridos para a obtenção da certificação LEED, que in84

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clui a escolha de materiais, eficiência energética da edificação, utilização de sistemas prediais de alto desempenho como elementos e sistema de fachada que tornam o prédio eficiente do ponto de vista energético”, comenta o arquiteto da Minerbo-Fuchs Engenharia, Marcelo Themudo Lessa Waetge, coordenador de projeto do Edifício Dr. Adib Jatene do HCor. De acordo com Waetge, as principais dificuldades na execução da obra foram as restrições de acesso de caminhões, equipamentos e materiais, devido a sua localização. “Estávamos próximos à Avenida Paulista, que possui uma grande concentração de hospitais e prédios comerciais e residenciais, onde existem restrições de horários devido o trânsito de veículos”, diz. A Minerbo-Fuchs desenvolveu os estudos preliminares, os projetos básicos e os projetos detalhados

de todas as especialidades (arquitetura, estrutura, ar-condicionado, e instalações elétricas, instalações hidráulicas, BMS, etc). Através disso, determinou os materiais a serem utilizados em cada espaço da obra. Nas áreas médico-hospitalares, por exemplo, foram levados em consideração a funcionalidade, resistência e a facilidade de limpeza predominantemente. Já nas alas sociais, o bom gosto prevalece. “Logicamente, a manutenção é um dos focos mais importantes de um hospital e, dessa forma, esse aspecto permeia todas as escolhas. A par dessas considerações, a responsabilidade ambiental e o custo também entraram no processo de decisão”, conta. O HCor já prevê novas obras de ampliação. De acordo com o engenheiro da instituição, em 2015, deverá ter início a construção de um novo edifício voltado exclusivamente para oncologia.


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Sustentabilidade

Construção Sustentável Meio ambiente

Medidas ambientais são chave importante dentro de uma obra, agregando certificações e economia à instituição de saúde

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o Brasil, órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) têm assumido a função de orientar, definir regras e regular a conduta dos diferentes agentes, no que diz respeito à geração e manejo dos resíduos dos serviços de saúde, com o objetivo de preservar o meio ambiente, para garantir a sua sustentabilidade. “Desde o início da década de 90, muitos esforços têm sido empreendidos no sentido de buscar a exequibilidade de um gerenciamento adequado para os resíduos dos serviços de saúde, além da responsabilidade do gerador”, comenta João Ricardo Magalhães Gonçalves, arquiteto e urbanista, Sócio-proprietário da ECCOx Ambiental e do Laboratório Ambiental ECCOX. Os estabelecimentos de saúde brasileiros têm passado por pressões legais para melhorarem os procedimentos ambientais, a fim de adotarem um geHealth ARQ

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Meio ambiente

Sustentabilidade

“As licenças ambientais dos estabelecimentos de saúde são uma obrigação para o funcionamento destes estabelecimentos conforme resolução CONAMA 237/97 e portarias ANVISA, evitando assim multas e penalidades. As mesmas são obtidas nas secretarias de meio ambiente e para isso, deve ser apresentado, além dos relatórios de controle e procedimentos ambientais, o plano de gerenciamento de resíduos dentro das normas CONAMA e ANVISA”, João Ricardo Magalhães Gonçalves, ECCOx Ambiental renciamento adequado, de forma a evitar impactos negativos ao meio ambiente e a sociedade, bem como aos pacientes. “As licenças ambientais dos estabelecimentos de saúde são uma obrigação para o funcionamento destes estabelecimentos conforme resolução CONAMA 237/97 e portarias ANVISA, evitando assim multas e penalidades. As mesmas são obtidas nas secretarias 88

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de meio ambiente e para isso, deve ser apresentado além dos relatórios de controle e procedimentos ambientais, o plano de gerenciamento de resíduos dentro das normas CONAMA e ANVISA”, explica. Segundo Gonçalves, mais do que atender a legislação, a adequação ambiental é uma ação de responsabilidade ambiental de empresas inovadoras rumo a sustentabilidade,

de cuidar além da saúde de pacientes, mas da saúde e sustentabilidade da população e do planeta. Ainda que um centro médico, não venha a requerer uma certificação de sustentabilidade, muitas medidas podem ser adotadas como forma de gerar benefícios ambientais, sociais e econômicos, ou seja, ganhos de sustentabilidade. “Dentre elas, podemos elencar o uso racional de energia


construção com práticas de degradação ambiental, também são importantes. Além disso, a adoção de materiais de maior durabilidade, evita perdas e desperdício. Os planos de gerenciamento de resíduos e coleta seletiva, assim como a conscientização dos usuários de uma forma geral, tanto da população fixa quanto dos visitantes, também são importantes medidas de sustentabilidade. “Uma grande questão que se reverte em beneficio aos paciente diretamente, é que o investimento e a manutenção de um padrão de controle ambiental, é uma das me-

didas mais eficazes para a manutenção da assepsia hospitalar, diminuindo consideravelmente a possibilidade de contaminação aos usuários”, diz o arquiteto e urbanista. Economia O investimento em sustentabilidade, é benéfico aos estabelecimentos de saúde na medida que, além de atender a legislação e evitar gastos com multas, podem gerar uma série de economias. Entre elas está a redução do consumo de água, do custo de disposição irregular de resíduos e do consumo energético. “Além do aumento da vi-

Foto: Fernando Lutterbach

e de água, se possível com lâmpadas de LED, temporizadores nas pias e vasos sanitários de menor consumo de água com caixa acoplada”, diz Gonçalves. Além disso, a orientação solar adequada das aberturas e janelas e uso de persianas ou acessórios que possibilitem a ventilação natural sem aquecer a edificação também ajudam, pois são medidas que diminuem o uso do ar-condicionado. A manutenção de áreas verdes, adoção de materiais não absorventes de calor e não reflexivos e com origem certificada, não contribuindo na cadeia produtiva da

Helton Freitas, Diretor-Presidente da Unimed-BH Health ARQ

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Meio ambiente

Sustentabilidade sibilidade e aceitação do estabelecimento perante a sociedade, ampliando sua cartela de pacientes, diminuição de desperdícios, uso correto dos recursos naturais empregados na edificação, bem como uma condição mais econômica de utilização e operação do estabelecimento”. Certificação As certificações ambientais são as medidas mais evoluídas em termos de

adequação física de uma edificação. “A sua aplicação em estabelecimentos já construídos torna-se um pouco mais difícil, ainda que não impossível. Já em novas edificações, planejadas sob critérios de sustentabilidade, as certificações vêm ganhando campo. O Brasil, hoje, é o segundo país do mundo com maior número de solicitações de certificações de edificação sustentável”, conta Gonçalves. Dentre as inúmeras van-

tagens de uma certificação de sustentabilidade para estabelecimentos de saúde, estão a adequação física de espaços dimensionados de forma a propiciar melhor conforto térmico e acústico, redução do consumo de energia e adequação do edifício a critérios de iluminação e ventilação adequados. “Isso contribui inclusive com a diminuição da proliferação de vetores bacteriológicos e fungicos (geradores de contaminações)”.

Sobre o profissional João Ricardo Magalhães Gonçalves é arquiteto e urbanista, Sócio proprietário da ECCOx Ambiental e do Laboratório Ambiental ECCOX. Pós-graduado em Gestão Ambiental, em planejamento ambiental e urbano, em construção civil e perícias, e em gestão de negócios. Além disso, é mestrado em administração e em Engenharia Ambiental. 90

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Meio ambiente

Sustentabilidade

Edificação Verde Unimed -BH em Minas Gerais investe em obras que visam a sustentabilidade

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o dia 16 de janeiro, a Unimed-BH realizou a primeira entrega do plano de investimentos para Betim e região. A inauguração oficial do Centro de Promoção da Saúde – Unidade Betim simbolizou o compromisso da cooperativa com os mais de 77

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mil clientes na região. Ao criar a unidade ambulatorial de Betim, a Unimed-BH tinha como objetivo oferecer conveniência aos clientes e facilitar o acesso aos serviços voltados para os atendimentos que não se caracterizem de fato como urgência e emergência.

O novo Centro tem capacidade para mais de 70 mil atendimentos por ano, ampliando a oferta de cuidados ambulatoriais em Betim de forma eficaz e com alto nível de qualidade. Anunciado em agosto do ano passado, o plano prevê investimentos


“Além de ter obtido a licença para a construção da unidade, foram mantidas espécies arbóreas e área permeável no terreno, gerando sombreamento na edificação e bem-estar aos usuários e ao meio, além de economia no consumo de ar-condicionado”, João Ricardo Magalhães Gonçalves, Arquiteto e Urbanista, Sócio-Proprietário da ECCOx Ambiental e do Laboratório Ambiental ECCOX

na ordem de R$ 220 milhões, incluindo a construção de um novo hospital geral e maternidade no município, com 380 leitos, cujo projeto está em andamento. A expectativa é de que a nova unidade fique pronta em um prazo de dois anos após o fim do processo de licenciamento ambiental. A estrutura dispõe de ambientes assistenciais confortáveis, amplos e seguros, que priorizam a orientação solar, a iluminação e a ventilação naturais. Assim como em outros projetos previstos no Plano de Investimentos da Unimed-BH, a meta é seguir requisitos de ecoeficiência e sustentabilidade. Dentro desta preocupação, a instituição contratou a uma empresa especializada em tecnologia e soluções ambientais, que implantou todas as medidas de sustentabilidade, seguindo a normativa ambiental na obra da nova instituição. “Além de ter obtido a licença para a construção da unidade, foram mantidas es-

pécies arbóreas e área permeável no terreno, gerando sombreamento na edificação e bem-estar aos usuários e ao meio, além de economia no consumo de ar-condicionado”, conta João Ricardo Magalhães Gonçalves, arquiteto e urbanista, Sócio-proprietário da ECCOx Ambiental e do Laboratório Ambiental ECCOX. De acordo com Gonçalves foram adotados também iluminação e torneiras inteligentes, que proporcionam menor consumo. Além de planejamento para a menor geração de resíduos durante a construção e planejamento da destinação correta dos resíduos. “Tomamos a concepção arquitetônica de forma a possibilitar uma economia energética e de água, dentre outros itens que demonstram como a rede Unimed adota este critério de sustentabilidade em suas unidades e tem como preocupação de planejamento as variáveis ambientais, em respeito a natureza, a sociedade e a redução de custos operacionais”. Health ARQ

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Sustentabilidade FICHA TÉCNICA

Meio ambiente

Nome do empreendimento: Centro de Promoção da Saúde Unidade Betim Setor da Obra: Saúde Tipo da Obra: Reforma Endereço: Praça Senador Milton Campos, 33. Centro – Betim/ MG Data do Projeto: 16/01/2014 Área do Terreno: 4.780 m² Área total Construída: 492,7 m² Nº pavimentos: 01 Vagas Estacionamentos: 15, aproximadamente Gerente de Obra: Sandro Menezes Generoso (Gestor da Gestão do Plano Diretor de Obras UNIMED BH) Responsável por execução: Reginaldo Andrade (Coordenador Engenharia UNIMED BH) Empresas sub-contratadas: Obra (empresas responsáveis) Arquitetura: Fernanda Verdolim Construtora: Costa Junior Interiores: Geraldo Martins (Ambientação) Coordenação: UNIMED BH Colaboradores: Sandro Menezes Generoso / Flávia Costa Nunes / Reginaldo César de Andrade / Flávia Alessandra Gomes de Paula / Gisele Fernanda Marques / Juliany Lobato Gomes Gerenciamento de licitação: Gestão do Plano Diretor de Obras UNIMED BH Projetos (empresas responsáveis): Ar-condicionado: Construtora Costa Junior LTDA Elétrico e Hidráulico: Construtora Costa Junior LTDA Estrutura de Concreto: Construtora Costa Junior LTDA Prevenção e Combate a Incêndio: Construtora Costa Junior LTDA Assessoria Legal: ECCOX Fornecedores de Material e Serviço: Aço/ Estruturas metálicas: Construtora Costa Junior LTDA Aço Inox: Construtora Costa Junior LTDA Andaimes: Construtora Costa Junior LTDA Ar-condicionado: Construtora Costa Junior LTDA Concreto: Construtora Costa Junior LTDA Divisórias e Portas: Construtora Costa Junior LTDA Detalhes da Obra: Fornecedores de Equipamentos: Acabamentos de elétrica: Construtora Costa Junior LTDA Água fria, geradores, caldeiras: Construtora Costa Junior LTDA Calhas e Rufos: Construtora Costa Junior LTDA Combate a incêndio: Construtora Costa Junior LTDA Distribuição de água quente e fria: Construtora Costa Junior LTDA Louças: Construtora Costa Junior LTDA Metais sanitários: Construtora Costa Junior LTDA Remoção de entulho: Construtora Costa Junior LTDA Placas de Drywall: Construtora Costa Junior LTDA Caminhões: Construtora Costa Junior LTDA

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Investimento

Estrutura

Novo endereรงo Siemens Brasil construirรก novo centro de P&D no Rio de Janeiro 96

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O

centro P&D da Siemens Brasil, localizado na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, tem um caráter estratégico, pois está junto com os centros de pesquisas da Petrobras, Eletrobras, UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), entre outros, o que facilita a proximidade e a parceria com diversas instituições acadêmicas, especialmente a UFRJ. A estrutura é totalmente voltada para inovação, e abrigará, inicialmente, 800 profissionais dedicados ao desenvolvimento de soluções de alta tecnologia para o setor de Óleo e Gás. Neste contexto de alta tecnologia, o partido arquitetônico adotado foi de linhas retas e espaços cleans, onde a imponência do edifício se reflete na amplitude dos espaços, e na modernidade e tecnologia das fachadas. A elaboração do projeto que define o novo espaço da empresa nasceu de uma parceria entre a engenharia da Siemens Brasil, que forneceu os inputs e demandas necessárias para elaboração de um programa de necessidades, que norteou o projeto, e a Oliveira Cotta Arquitetura. Na elaboração do projeto foi levada em conta a implantação do edifício e o melhor aproveitamento do lote respeitando os limites de recuos frontais, laterais e posteriores. “O estudo inicial, enviado para aprovação na Alemanha, foi

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Investimento

Estrutura rápido devido à necessidade de aprovação do Budget para o projeto, por isso foi feito em duas semanas. Após a plena aceitação da matriz, o estudo consolidado demorou por volta de 45 dias”, conta Davi Cotta, arquiteto da Oliveira Cotta Arquitetura. A Siemens possui o conceito utilizado na construção dos espaços da empresa, chamado de Siemens Office, que prevê diversas áreas de convívio para seus colaborados, com sala de criatividade, sala 3D, salas de reunião e videoconferência, áreas de coffee break e lounges para descompressão. “Trata-se de um corporate muito interessante de ocupação de escritório, com uma taxa bem flexível de m² por colaborador. Nós aplicamos esses conceitos em todos os andares, otimizando espaços e criando áreas e ambientes propícios à boa dinâmica de trabalho. Acredita-se que com os openoffices, a sinergia entre as equipes são maiores e a integração entre os colaboradores propicia maior qualidade do espaço”, comenta o arquiteto. Esse projeto reune diversas qualidades que podem ser consideradas como diferenciais, entre os destaques está a visão privilegiada para o mar, a linguagem contemporânea da arquitetura, com linhas 98

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retas e imponentes, e também a Certificação com o selo LEED GOLD, atestando que o prédio tem um caráter sustentável. Na planta, foram aplicadas diversas medidas de sustentabilidade para criação de um edifício que resultasse em eficiência energética e qualidade para seus usuários finais. Como resultado de diversas opções de projeto, a Siemens optou por submeter o prédio ao processo de certificação LEED, no qual confirmou a qualidade e as medidas de sustentabilidade implantadas. “Em resumo, algumas medidas adotadas foram a utilização de metais com redução de consumo, lâmpadas Led com automatização, energia solar e foto voltaica, ar-condicionado com redução de emissão de CO2, bacias com duplo fluxo, entre outros”, conta o arquiteto. A obra está estimada para 12 meses, porém com uma margem de entrega de um mês a mais devido ao inicio próximo ao período de chuvas. O cronograma original prevê a execução da obra em seis etapas, iniciando com fase de mobilização e fundações, passando para a montagem da super-estrutura, fechamentos e revestimentos da fachada, acabamentos internos, mobiliários e equipamentos, e limpeza geral. Health ARQ

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Base da obra

ARQ reforma

Por um bom resultado

Obra de contenção e escavação de hospital oftalmológico se destaca no processo

O

Ver - Hospital de Oftalmologia Clínica Diagnóstica e Cirúrgica, localizado na cidade Goiânia - GO, é um centro de referência no tratamento da visão, com estrutura completa, unidades cirúrgicas e de diagnósticos. A instituição oferece tratamentos das patologias relacionadas à retina, córnea, glaucoma, catarata, estrabismo, visão subnormal, transplante de córnea, plástica ocular entre outras. Em 1998, o hospital realizou sua primeira expansão, saindo de uma 100

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pequena clínica para um local mais amplo, aumentando também o seu corpo clínico, com o objetivo de atender a todas as subespecialidades da oftalmologia. No início de 2009, a instituição concluiu mais uma etapa em sua expansão com a inauguração de sua sede própria. Hoje, o Ver oferece instalações amplas com cinco salas de cirurgia, sala de recuperação pós-anestésica, quatro apartamentos, quatorze salas de exames complementares, 40 consultórios, um setor de

adaptação de lentes de contato e auditório. Um processo que chamou atenção durante a última obra realizada na instituição foi a execução da cortina de contenção das escavações e acabamento final da mesma. “Como existe um desnível bastante elevado do terreno e a necessidade de execução do subsolo, além do tipo de terreno e do nível do lençol freático, foram executadas estacas tipo “Hélice Contínua” justapostas com a finalidade de trabalhar como contenção

das escavações e também como cortina permanente para a execução de parte do térreo e a área total do subsolo”, explica Sérgio de Lima Guimarães, Gerente Técnico da Enec Engenharia, responsável pelo processo. Após as escavações foram observadas as irregularidades das faces das estacas o que determinou a necessária execução de uma parede de concreto com a finalidade de estanqueidade e de acabamento. “Surgiu então a ideia de adotar uma parede,


ancorada nas estacas, em concreto sem finos com posterior revestimento em argamassa impermeabilizante”, conta Guimarães. O uso de concreto sem finos garante a perda de pressão da água do lençol freático e, consequentemente, elimina as infiltrações nas paredes, e direciona a água para o sistema de drenagem, composta de valas drenantes, executadas abaixo do nível do piso do sub-solo e ao longo de todo o perímetro da cortina. A aplicação da argamassa de revestimento impermeabilizada confere a face da cortina um acabamento final. “A ideia foi substituir o uso de manta de drenagem + parede de concreto por um sistema mais simples de parede de concreto sem finos com a mesma funcionalidade

porém com redução de etapas”, explica. A sustentabilidade foi levada em consideração durante as obras, para isso, além da preocupação quanto ao uso de materiais certificados. Como exemplo, as madeiras que foram empregadas na execução das formas e parte dos escoramentos da fase da estrutura de concreto. “Pode-se destacar os estudos e compatibilizações entre os projetos executivos, que são feito pela equipe técnica da Enec Engeneharia, os quais contribuem para a minimizar as interferências entre as etapas da obra (estrutura, instalações, acabamentos etc) e, consequentemente, reduzindo também desperdícios de materiais e mão de obra com retrabalhos”. Outro item importante foi

a destinação/encaminhamento da água de rebaixamento do lençol freático do nível do subsolo. Praticamente toda água, que é captada por um sistema de drenagem permanentemente ativo e que direciona a água a um lago de um parque, bem em frente ao empreendimento, contribuindo para manter o nível do lago e/ou garantir sua pecolação no terreno. Em função dos estudos e compatibilizações, os entulhos gerados nos processos foram bem reduzidos. E os resíduos considerados como entulho, que não puderam ser evitados na execução dos processos, foram coletados e transportados por empresas certificadas e com autorização junto à prefeitura e Secretaria de Meio Ambiente e dada a destinação devida.

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EXPANSÃO

Em busca de crescimento Aprimoramento

Hospital Mãe de Deus investe em ampliação visando conforto e melhor atendimento

P

ara melhor atender aos seus usuários, o Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre (RS), está passando por obras em suas instalações. O projeto de ampliação visa a modernização do prédio e levou em consideração as melhorias a serem implantadas nas atuais instalações do hospital. “Estão considerados os acessos, fluxos internos, distância e dificuldades de comunicação dos serviços assistenciais e áreas de apoio, bem como as condições de segurança e conforto dos pacientes”, comenta Claudio Seferin, Diretor Geral do Hospital Mãe de Deus. O projeto considera, em especial, os serviços am-

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bulatoriais e as facilidades de acesso e independência dos serviços de pacientes não internados. “Ao mesmo tempo, as ampliações possibilitarão a flexibilidade dos apartamentos privativos e semiprivativos, que poderão ser facilmente transformados ou mesmo adequados a pacientes de maior risco e complexidade, de acordo com a demanda”, revela Seferin. O processo de obras deve acontecer em três etapas, iniciando pelo prédio A e pela torre de 10 mil m², divididos em duas etapas. Os espaços abrigarão os novos serviços de Emergência, CTI e pronto atendimento. Além dos ambulatórios com Cen-

tro de Diagnóstico Ambulatorial, lojas de conveniências e as unidades de internação. Já o prédio B, terceira etapa da obra, acolherá os novos leitos da CTI (Centro de Tratamento Intensivo). “A complexidade do empreendimento está justamente por ser composto por três grandes áreas de atuação com o prédio da Avenida José de Alencar, o prédio da rua Grão Pará e a adaptação e ampliação do setor de emergência”, comenta Jader Teitelbaum, Diretor da Joal Teitelbaum, empresa responsável pelo gerenciamento da obra. Um projeto hospitalar deste porte exige um cuidado especial com as uni-

dades que permanecem em funcionamento bem como uma previsão, estudo e implantação das mais modernas tecnologias do setor da saúde dentro de uma funcionalidade lógica do processo de atendimento médico e hospitalar. São ambientes com utilizações específicas que passam desde uma CTI, leitos, áreas de vivência, área de lojas e que devem ser integradas à circulação vertical e horizontal do complexo hospitalar já existente. “Utilizamos de nossa experiência em gerenciamento de obras complexas e atuação em projetos multi-disciplinares de modo a entrar em sinergia com a equipe inter-


na do hospital, que nos deu um efetivo suporte de conhecimento para embasar os projetos”, diz Teitelbaum. De acordo com o Diretor da Joal Teitelbaum, o gerenciamento do processo de obras se inicia desde a fase de projetos, com a coordenação das diversas disciplinas envolvidas, até a entrega final do empreendimento. “Nós utilizamos o Sistema de Gerenciamento Integrado (SGI) das construções com base nos exclusivos processos de nossa empresa, que originam um produto final de custo menor com qualidade Classe Mundial”. O SGI consiste na organização de uma tecnologia avançada de gerenciamento de obras de construção e montagem industrial, baseada na Engenharia de Valor, com foco na obtenção de um produto final no qual preço competitivo, sustentabilidade e qualidade este-

jam equalizados. Todos os ambientes são customizados nos quesitos de iluminação, conforto térmico (isolamento e arcondicionado) e sistemas de comandos hospitalares específicos. As equipes multidisciplinares de projetistas desenvolveram um projeto atendendo às demandas funcionais e legais que um projeto hospitalar exige. E os materiais definidos para obra no projeto, buscou aliar estética com durabilidade e custo-benefício. “Trabalhamos com ele de forma integrada principalmente na adequação dos mesmos ao orçamento da obra, às metas de custo e à questão ambiental, devido ao nosso expertise em obras certificadas LEED e AQUA”. Baseado nas exigências das certificações ambientais a sustentabilidade está sendo fortemente trabalha-

da. Um bom exemplo é a racionalização do processo construtivo através do uso de painéis arquitetônicos, isolamento acústico entre pisos, reutilização de água de chuva, utilização de vidros especiais em fachadas e brises, que proporcionam um melhor conforto térmico e acústico, além de influenciarem diretamente na diminuição do consumo de energia e água. “A coordenação dos projetos através de uma empresa que é membro do United States Green Building Council e do Green Building Brasil possibilita que o projeto seja desenvolvido como “DNA” de quem já conhece e aplica os conceitos de sustentabilidade”, ressalta o Diretor da Joal Teitelbaum. Ainda relacionado a preocupação ambiental, apesar de a obra estar iniciando a etapa de fundações, toda a programação de logística

reversa é tratada de acordo com a Resolução 307 do Conama, a de separação de todos os resíduos da construção conforme respectivas classes, e envio para destinatários licenciados. Na fase de obtenção da LI (Licença de Instalação) foi executado o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. O trabalho está sendo realizado em uma parceria entre as equipes da construtora, de arquitetura e de engenharia do hospital, buscando agregar o conhecimento das equipes, otimizando os recursos técnicos e novas tecnologias capazes de suprir restrições. “Um projeto de um hospital é altamente complexo e pode ser comparado ao planejamento estratégico da vida de um ser humano que inicia no pré-natal e segue para toda a vida”, finaliza Teitelbaum.

“Ao mesmo tempo, as ampliações possibilitarão a flexibilidade dos apartamentos privativos e semiprivativos, que poderão ser facilmente transformados ou mesmo adequados a pacientes de maior risco e complexidade, de acordo com a demanda” Claudio Seferin, Diretor Geral do Hospital Mãe de Deus Health 103 ARQ


Novos ares

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