HealthARQ 17ª Edição

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CARTA AO LEITOR

A palavra de ordem é sustentabilidade Caro leitor, Chegamos ao final de mais um ciclo, o ano 5 de publicação da Revista HealthARQ. A última edição de 2015 está cheia de novidades sobre o setor de arquitetura para a saúde. Um assunto que tem se consolidado cada vez mais dentro do universo da arquitetura e da engenharia é a sustentabilidade. A preocupação com o meio ambiente foi incorporada não somente por arquitetos e engenheiros, mas também pelos empresários e profissionais que atuam dentro das instituições de saúde. Com isso, podemos observar um significativo crescimento de construções e reformas que utilizam materiais não prejudiciais à natureza, como madeira de reflorestamento, além de fazer a destinação correta dos entulhos. Um bom exemplo de edificação focada na sustentabilidade é o Hospital Unimed Erechim, com ambientes bem planejados e instalações modernas, a instituição também tomou cuidado com o controle da geração, manuseio e descarte de resíduos através do PGRE (Plano de Gerenciamento de Resíduos e Efluentes). Reduzindo, reciclando, reutilizando e direcionando corretamente os resíduos sólidos. Para economia de água, foram implantadas a captação e o aproveitamento das águas da chuva direcionadas a utilização nos jardins e calçadas. Houve a preocupação em reduzir o consumo, procurando ter uma vazão mais eficiente, utilizando aeradores que melhor distribuem a água; torneiras com o sistema de temporização, para evitar desperdícios, e bacias com descargas em duas faces para o descarte de resíduos. Uma forma de sustentabilidade menos comentada, porém não menos importante, é a sustentabilidade cultural. Edifícios históricos representam a memória do passado, não somente em sua expressão física, mas principalmente na forma como eles retratam a vida de seu tempo. Nesse sentido, eles incorporam a cultura de suas épocas aos dias atuais. Baseado nesta premissa, a UNESCO introduziu no

mercado o conceito de “Sustentabilidade Cultural”, que visa transferir à futura geração a memória do passado, agregando valor aos edifícios históricos e integrando novas funções que valorizem sua riqueza cultural. O retrofit tem sido um grande aliado da sustentabilidade cultural neste processo, permitindo que antigo e novo caminhem juntos. Alguns hospitais centenários têm optado por esta técnica para incorporar as novas tecnologias e não perder seu valor cultural. Este assunto ganhou destaque na matéria de capa da 17ª HealthARQ. Outro tema que não poderia ficar de fora desta edição é a economia. O assunto foi bastante discutido durante o ano todo, não só no setor da saúde, mas de modo geral, devido ao momento complicado pelo qual o País vem passando. Pensando nisso, ouvimos especialistas para falarem sobre sustentabilidade na crise. Diante de um cenário turbulento na economia, mais do que nunca, é necessário reduzir os gastos na construção e operação dos edifícios de saúde.

Que todos tenham uma excelente leitura.

Edmilson Jr. Caparelli Publisher



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CAPA

Hospitais Centenários Edifícios históricos representam a memória do passado, não somente em sua expressão física, mas principalmente na forma como eles retratam a vida e o tempo. Nesse sentido, eles incorporam a cultura de suas épocas à sociedade atual. O retrofit tem sido um grande aliado da sustentabilidade cultural neste processo, permitindo que antigo e novo caminhem juntos. Alguns hospitais centenários têm optado por esta técnica para incorporar as novas tecnologias e não perder seu valor cultural.

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Construção O Hospital Municipal de Parelheiros (SP) está localizado em um terreno de aproximadamente 110 mil metros quadrados e teve suas obras iniciadas em 2015. 12

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Expansão O Hospital viValle está passando por um processo de ampliação que irá triplicar sua capacidade inicial. Porém, o projeto teve a preocupação em manter as características originais da instituição com enfoque em humanização.


NESTA EDIÇÃO N.17 I setembro | outubro | novembro | 2015

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Humanização Com a preocupação de garantir conforto e acolhimento para seus 3,2 milhões de beneficiários, o Grupo NotreDame Intermédica realizou, recentemente, no Estado de São Paulo, obras em alguns centros clínicos e hospitais do grupo.

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ARQ Reforma Mesmo depois de entregar à população sua versão mais moderna, as obras no Hospital Moriah não pararam. Adaptações e reformas que visam aumentar a disponibilidade e confiabilidade dos diversos sistemas, melhorar os fluxos e adequar os ambientes e instalações as novas tecnologias estão sendo executadas.

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ARQ Destaque Salim Lamha Neto é o Perfil desta edição. Engenheiro industrial, modalidade mecânica, o Sócio-fundador da MHA Engenharia tem um lado que nem todos conhecem.

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sustentabilidade Com o grande espaço que a sustentabilidade ganhou nos projetos, uma antiga técnica de construção está de volta, a taipa de pilão. O método de construção com terra é utilizado em todos os continentes e, nas últimas décadas, tem sido aplicado em larga escala em países como a Austrália e os Estados Unidos. Health ARQ

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boletim ARQ

Fotos: Divulgação

Evento internacional Presidente da ABDEH participa de congresso na Costa Rica A ABDEH participou do 3º Congresso da Associação Costa-Riquenha de Arquitetura e Engenharia Hospitalar, realizado entre os dias 20 e 23 de outubro de 2015, na cidade de San José, através da presença de seu atual Presidente, Marcio Oliveira. Na ocasião, Oliveira apresentou dois trabalhos, sobre os seguintes temas: “A construção da sustentabilidade na rede de sangue no Brasil” e “Laboratórios para o controle da qualidade da água - a experiência brasileira”, com base em trabalhos desenvolvidos junto ao Ministério da Saúde. O evento foi realizado no Hotel Barceló Palacio San José, e incluiu, além das palestras, a realização de workshops e visitas técnicas a estabelecimentos de saúde da cidade.

Acordo Autoridades buscam melhorias na infraestrutura da saúde pública do DF Por meio da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus), o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) procurou o apoio da ABDEH para solucionar problemas no Hospital Regional da Ceilândia (DF). O MPDFT quer realizar análises e sugestões acerca da infraestrutura do hospital, visando a melhoria nas condições de atendimento à população de uma das maiores cidades satélites de Brasília. Em outubro, o Presidente da ABDEH, Marcio Oliveira, esteve reunido com a Promotora de Justiça, Marisa Isar, quando foram discutidos os termos de um acordo a ser assinado entre o Ministério Público e a associação, visando a realização de ações que busquem a melhoria da infraestrutura da rede pública de saúde.

Oncologia Hospital Angelina Caron inaugura ala oncológica para pacientes do SUS O Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba (PR), inaugurou em novembro um moderno complexo oncológico voltado aos pacientes do SUS. A obra é fruto de um investimento de R$ 30 milhões, feitos com recursos próprios do hospital. A nova ala permitirá triplicar o número mensal de pacientes em tratamento, passando de 850 para 2.500 pessoas. A nova ala está distribuída por quatro mil metros quadrados. O espaço físico abrangerá 47 poltronas para tratamentos quimioterápicos de curta duração e oito em pediatria. A estrutura contará com 20 leitos para impedir contaminações, um sistema de filtros especial, de pressão positiva, que impedirá que o ar de fora entre na unidade.

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Alto padrão Hospital Moinhos de Vento anuncia nova unidade em Canoas O Hospital Moinhos de Vento contará com uma nova unidade no Estado do Rio Grande do Sul. O empreendimento ocupará uma área de 600 m² onde serão implantados serviços que seguem o conceito de Medicina Diagnóstica. Nesta unidade, serão oferecidos procedimentos de média e baixa complexidade. O prédio ficará às margens da BR-116, próximo do eixo Hospitalar de Canoas, com fácil acesso para toda a região. O investimento estimado em R$ 300 milhões resultará na construção de cinco torres, com Medical Center, consultórios, hotel com centro de eventos, salas comerciais, apartamentos residenciais e mall com lojas e serviços. As obras do complexo deverão ter início em março do ano que vem e serem concluídas em 2019.

Especialidade RJ ganha Unidade Especial de Cirurgia para pacientes com Síndrome de Down O Hospital Universitário (HU) Clementino Fraga Filho (UFRJ) inaugurou, em outubro, uma Unidade Especial de Cirurgia para pacientes com Síndrome de Down. Além dos leitos, a nova unidade tem TV e sofá para dar conforto aos acompanhantes e aparelhos modernos para monitorar o estado de saúde do paciente. A equipe de profissionais será composta por nutricionistas, enfermeiros e assistentes sociais que prestarão atendimento específico. “Nós temos um ‘ouro’ em nossas mãos, que é a equipe do hospital universitário. Essa será a primeira unidade exclusiva e especializada para atendimento de pessoas com Down da rede pública de saúde do País”, revelou o Diretor Geral do HU, Eduardo Côrtes, um dos idealizadores desta nova unidade.

Infantil Região do ABC Paulista ganha moderno Pronto-Socorro Infantil Recentemente, o Hospital Next São Bernardo (SP), anteriormente chamado ABC Unidade Cirúrgica, inaugurou um Pronto-Socorro Infantil e uma Ala Pediátrica com leitos de internação. O Pronto-Socorro Infantil possui consultórios médicos, leitos de observação, sala de emergência equipada para atendimento a casos críticos, salas de inalação e medicação e posto de enfermagem. Também oferece uma brinquedoteca, um espaço de descanso para a equipe médica e outro dedicado aos familiares. Já a ala da pediatria possui leitos de internação e uma área de recreação para os pacientes e seus acompanhantes (pais ou responsáveis). O novo espaço dedicado às crianças e aos adolescentes, de até 12 anos de idade, tem infraestrutura para realizar um atendimento eficiente e humanizado de média complexidade. Health ARQ

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Confira mais vídeos no Saúde Online TV: http://goo.gl/j3zuWh

Interior paulista ganha novo pronto atendimento pediátrico totalmente humanizado Ribeirão Preto (SP) e região passaram a contar com uma nova referência no atendimento pediátrico. O Hospital Materno Infantil Sinhá Junqueira inaugurou, em novembro, as novas instalações de seu pronto atendimento. Com uma estrutura totalmente humanizada, a nova ala oferece infraestrutura completa para o atendimento aos pacientes pediátricos. A equipe do Portal saudeonline.net esteve presente no evento exclusivo de apresentação da instituição. Confira o vídeo no Saúde Online TV: http://goo.gl/W75ysF

HealthCare destaca os Líderes da Saúde 2015

Engemon comemora 25 anos em grande estilo

A Revista HealthCare Management traz na sua última edição de 2015 o especial Líderes da Saúde, que já chega a terceira edição, com 69 empresas, instituições de saúde, de ensino, operadoras, indústrias, entre outros players do mercado que mais se destacaram neste último ano. A publicação também apresenta uma entrevista com Fabrício Campolina, Presidente do Conselho de Administração da ABIMED, que fala sobre a necessidade de fomentar a inovação no País e sua importância para o equilíbrio do sistema de saúde. No Saúde 10, Fabio Jatene, Diretor-geral do InCor, explica como conseguiu manter a sustentabilidade da instituição. A revista está disponível através do portal saudeonline.net

Neste semestre, a Engemon, empresa especializada em engenharia civil e elétrica, que tem atuado em diversas obras no setor da saúde, comemorou seus 25 anos em um jantar festivo, na Casa Fasano em São Paulo. No encontro, os sócios-fundadores da empresa, Marco Alberto Silva e Robson Rocha, anunciaram a nova marca da companhia e lançaram o livro “A Engenharia Nacional se faz com Tecnologia e Inovação”, da BB Editora. O evento contou ainda com um show da banda Titãs e teve como mestre de cerimônia a apresentadora Renata Fan.

Confira o vídeo no Saúde Online TV: http://goo.gl/TVsoHT

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Radial Rede

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TIL Radial Rede da Tigre, lançado recentemente, tem como temperatura máxima indicada para a utilização do tubo Vinilfort, 40ºC, não sendo recomendado a sua utilização em temperaturas superiores. O produto pode ser utilizado tanto em sistemas horizontais quanto verticais, porém é de fundamental importância efetuar a ancoragem ou chumbamento da mesma para impedir sua movimentação. Para proteção da tubulação contra a ação dos Raios U.V, recomenda-se uma pintura com tinta a base d’água, não sendo indicadas tintas com base em solventes ou óleo, pois estes podem acarretar na perda da resistência da tubulação.

Opção de tinta sem cheiro e lavável

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ançamento da Coral, a tinta Acrílico Total é um produto indicado para ambientes externos e internos. Sem cheiro e de fácil aplicação, segundo uma pesquisa realizada, 86,4% dos consumidores avaliaram a intensidade do cheiro como fraco/sem cheiro. (Instituto responsável: PERCEPTION Pesquisa em Análise Sensorial Ltda). Seu acabamento é superior e, se seguidas corretamente as instruções de aplicação, a tinta permite resistência à abrasão 30% maior que o mínimo exigido pelo PSQ para categoria Premium, mantendo a proteção das superfícies pintadas após a limpeza. Sua cobertura é 50% maior que o mínimo exigido pelo mesmo órgão e categoria. Além disso, o produto é lavável, o que abre a possibilidade de 30% mais ciclos.

Banho em cores

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xclusivo, o chuveiro Chromo, lançado pela Deca recentemente, tem o conforto do banho aliado ao poder relaxante das cores. Com um baixo consumo de energia, proporciona uma experiência única. O produto possui crivos salientes, que facilitam a limpeza e proporcionam jato linear e intenso com maior conforto. Seu jato é linear, com fluxo continuo e o efeito colorido da água é proporcionado por LED’s (fontes luminosas de alta eficiência). Cada cor traz uma sensação e um estimulo diferente. Além disso, o produto possui controle de acionamento com sete variações de cores, próprio para a Cromoterapia e a função randômica, na qual as cores são alternadas automaticamente. 18

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Palavra da Editora

Reconhecimento profissional O ano de 2015 está se encerrando, mas vai levar com ele grandes iniciativas do setor de arquitetura, engenharia e construção para saúde que, inclusive, renderam prêmios a seus autores. Me refiro ao Primeiro Prêmio HealtHARQ, realizado em agosto em São Paulo. O evento, que reuniu os mais renomados profissionais do setor, elegeu 36 premiados nas categorias: Profissional em Destaque (Arquitetura, Engenharia e Construção, Infraestrutura); Marcas Mais Lembradas (Acabamento, Interiores, Infraestrutura); Cases de Sucesso (Projeto, Engenharia e Construção, Ampliação); e Instituições do Ano (Hospital Sustentável, Hospital Conceito, Hospital Modelo). O objetivo do prêmio não foi apresentar dados matemáticos ou científicos, mas sim homenagear o respeito conquistado por estas pessoas, marcas e instituições devido trabalho realizado em prol da arquitetura, engenharia e construção para saúde no Brasil. Um dos homenageados na categoria Profissional em Destaque – Infraestrutura é o Perfil da nossa edição: Salim Lamha Neto. Engenheiro industrial, modalidade mecânica, graduado pela Faculdade de Engenharia Industrial em 1976, ele tem também um lado que nem todos conhecem, como sua paixão pelo automobilismo, os títulos de Campeão brasileiro e sulamericano de rallye de velocidade, e a presença nas reuniões de um clube de charuto que preserva a prática da boa conversa e das viagens entre amigos. Mas a revista traz também alguns cases focados em outro assunto que há muito tempo se fala, mas tem sempre novidades a apresentar, a humanização. Na comunidade da saúde é trabalhada como forma

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de atender melhor aos usuários de clínicas e hospitais assim como de oferecer melhores condições de trabalho aos profissionais do setor. Embora ainda esteja engatinhando em países como o Brasil, as técnicas intimistas para garantir maior conforto aos pacientes estão cada vez mais presentes nos projetos de arquitetura da saúde. Uma prova dessa adequação humanizada focada no usuário é o recente retrofit da Eye Clinic. Para cada ambiente desta edificação foi elaborado e desenvolvido uma especificação que atendesse aos critérios de operação e comodidade. Durante a escolha do mobiliário, a instituição teve sempre como premissa prezar pela durabilidade e a ergonomia. O mobiliário adotado busca atender as necessidades dos pacientes com dificuldade de mobilidade. Um ótimo final de ano e até 2016!

Patricia Bonelli, Editora da Revista HealthARQ


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ARQ Coluna Fábio Bitencourt Arquiteto D Sc e Professor

Artigo

Redução de custos em edificações de saúde: contribuições da arquitetura e engenharia para um problema global

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ustos hospitalares ainda representam uma abordagem pouco conhecida, mas recorrentemente explorada nas justificativas para os altos custos dos serviços de saúde em diversos países. Estudos realizados pela Federação Internacional de Hospitais (IHF) apontam a gestão do edifício, desde a construção à gestão da operação, como item de alta relevância e de significativo impacto na composição dos referidos custos. Em publicação realizada em 2014, o administrador hospitalar José Cléber Nascimento Costa comenta sobre o assunto: “Para um hospital ter qualidade, é importante manter equipes multiprofissionais; ...é vital ter equipamentos de última geração, mas não se admitindo atendimento impessoal, pois a tecnologia não substitui a pessoalidade do atendimento; é necessário também levar em conta, como atributo de qualidade, o preço médio 22

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cobrado pelos serviços” (Arquitetura e Engenharia Hospitalar, Editora Rio Books, 2014, p. 346) Nos dias 19 a 21 de abril de 2016 acontecerá em Genebra, Suíça, o Geneva Health Forum, uma discussão importante em busca de soluções para reduzir os custos para construção e manutenção dos edifícios hospitalares sem, no entanto, interferir na sua qualidade assistencial. Um tema de interesse para o futuro da saúde em todo o mundo. O Workshop Reducing hospital operating costs throuh better design (Reduzindo os custos operacionais do Hospital através da qualidade do projeto), promovido pela União Internacional de Arquitetos (UIA) e a Federação Internacional de Hospitais (IHF), representa um passo intermediário no processo de desenvolvimento de um projeto significativamente mais complexo sobre o tema. Esse encontro propõe-se a definir um programa

operacional para redução de custos em edifícios para serviços de saúde. Será a contribuição de especialistas de todas as regiões do planeta que possam contribuir com suas experiências e pesquisas para produzir as bases do conhecimento que possibilitem identificar situações críticas. Dentre as muitas necessidades identificáveis que possam contribuir para esta finalidade, destaca-se a necessidade de serem produzidas recomendações e conteúdos especialmente focados em ações para redução dos custos hospitalares, incluindo-se: • custos da construção através de decisões provenientes do projeto; • custos da gestão e da operação “in use”; • manutenção e transformação das “facilities” do hospital. O termo facility muito utilizado pelos países de língua inglesa, e até mesmo em Portugal, ainda não dis-

põe de uma palavra ou expressão que o defina inteiramente no Brasil, além de ter a palavra facilidade muito distante do seu amplo significado. Pode-se aqui utilizar a referência para as instalações, equipamentos e sistemas que compõem a edificação hospitalar. Pode também significar todas as instalações prediais e hospitalares, sistemas de transportes verticais e horizontais, além de outros serviços que os edifícios de saúde requerem para o seu funcionamento. Muito embora a tradução do termo “facility management” para a língua portuguesa não esteja ainda efetivamente padronizada há quem o utilize na sua integralidade criando um anglicismo. A Associação Brasileira de Facilities (ABRAFAC) traduz “facility management” como “atividade de administração e gerenciamento de serviços e atividades de infraestrutura destinadas a suportar


a atividade fim de uma organização”. Já a Associação Portuguesa de Facility Management (APFM) apresenta o termo como “gestão integrada dos locais e ambientes de trabalho, com o objectivo de optimizar os espaços, os processos e as tecnologias envolventes”. Em Genebra, o Workshop proposto deverá dar solidez aos ”estudos e encontros promovidos pelo professor e arquiteto italiano Romano Del Nord (Faculdade de Arquitetura de Florença), pelo arquiteto suíço Hans Eggen Membro Executivo e ex-Presidente do Programa de Trabalho de Saúde Pública da União Internacional de Arquitetos - UIA) e pelo médico francês Eric de Roodenbeke (Presidente da Federação Internacional de Hospitais). Os encontros técnicos, as reuniões já realizadas, assim como as previstas, propõem-se a elaborar e apresentar um produto final

que auxilie no “desenvolvimento de orientações e recomendações destinadas a direcionar o projeto para as soluções que resultem nos custos do investimento inicial, bem como contenham as despesas durante o uso, gestão e manutenção das Instalações”. Algumas inovações de processo do planejamento do estabelecimento assistencial de saúde passam a ser recomendadas a enfatizar a participação do cliente em decisões que envolvem o conhecimento de todas as etapas, desde a concepção projetual à gestão do edifício. Outro aspecto importante a ser considerado nas ações propostas será a vinculação aos distintos contextos socioeconômicos e sistemas de saúde dos diferentes países envolvidos no projeto. Conhecer e adotar processos de desenvolvimento de projetos compatíveis com as especificidades de cada

etapa da construção e da gestão funcional. Sendo assim e de forma estaratégica, os participantes dos estudos iniciais recomendaram a adoção das seguintes fases em que é possível ter impacto na redução de custos: • Técnica de controle de custos/taxas/tributos; • Valor do trabalho (custos da construção); • Custos operacionais (in-use); • Custos de manutenção; • Gestão de custos; • Custos de demolição; • Custos de mobilidade e infraestrutura; • Custo de sustentabilidade. Em paralelo, uma discussão recorrente envolve os custos sociais implícitos, visto como um dos componentes de alta complexidade a serem considerados no que se refere aos custos hospitalares. As suas diversas interpretações, os aspectos culturais e a transparência política e social de cada país

podem interferir diretamente nos resultados a serem obtidos. Variáveis de difícil mensuração. Há uma tensão natural entre os custos de investimento e os custos operacionais conforme os mecanismos de investimentos e os respectivos parceiros envolvidos. E de acordo com o documento preliminar referente ao evento “é necessário reverter a tendência de limitar os investimentos que podem conduzir a custos operacionais muito elevados”. Há também uma expectativa no cenário internacional sobre os resultados e sobre as possíveis contribuições que esse encontro de especialistas em Genebra possa resultar. Assim como o que suas propostas possam apresentar para a economia e qualidade dos edifícios de atenção à saúde sem, no entanto, comprometer a qualidade dos respectivos serviços. Um bom desafio!

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ARQ Coluna

Artigo

Marcio Nascimento de Oliveira Prof. Arq. Msc. e Presidente da ABDEH

A utilização terapêutica do ambiente construído – pesquisa científica aplicada à arquitetura hospitalar “First we shape our buildings, thereafter they shape us.”

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frase acima é uma famosa citação de Winston Churchill, um dos mais influentes políticos da história, proferida em um discurso na Câmara dos Comuns do Reino Unido, em 28 de outubro de 1944. O significado da citação, muito repetida por autores e pesquisadores, é o reconhecimento de que, ao longo do tempo, as pessoas acabam por tomar a qualidade (ou o defeito) dos edifícios em que vivem e trabalham. Em suma, primeiro o homem molda o edifício, depois é 24

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moldado por ele. Desde o século XIX a enfermeira Britânica Florence Nightingale, desenvolvendo sua teoria de cuidados com a saúde, já enfatizava que os elementos físicos do ambiente eram vitais para a saúde do indivíduo. Deste então a ventilação e a iluminação natural foram incorporadas à forma de se projetarem os edifícios de saúde, em particular as alas de internação, sendo entendidos como elementos fundamentais para afetar positivamente a saúde do paciente. Desde então, diferentes

pesquisadores desenvolveram pesquisas que mostravam como o ambiente físico afetava a saúde humana e o bem-estar, com abordagens relacionadas à compreensão so efeito terapêutico do ambiente, gerando uma onda de integração entre as diversas disciplinas que se relacionam com a saúde humana. No século XX todos os teóricos da arquitetura de alguma forma contemplaram a influência do espaço na saúde das pessoas. Neste último período, diversos pesquisadores realizaram estudos

dos espaços construídos e sua influência sobre o comportamento humano, resultando na adoção do termo “Psicologia Arquitetural”. Mais recentemente, esta área do conhecimento ganhou um sentido mais amplo, não apenas relacionado ao ambiente edificado, passando a se adotar o termo “Psicologia Ambiental”. Mais recente, o conceito de Arquitetura ou Design ou Arquitetura Baseada em Evidências vem sendo utilizado para categorizar os projetos desenvolvidos com base em recomenda-


ções advindas de resultados científicos, tomando como princípio as ideias de determinismo arquitetônico, ou seja, o reconhecimento de que o ambiente físico exerce uma influência real e mensurável no bem-estar de seus ocupantes e desempenha um papel fundamental no processo do cuidado da saúde. Como as recomendações advindas de evidências científicas diferenciam-se da forma tradicional de se pensar e

definir o espaço, observa-se que ainda são poucos os projetistas que utilizam esta metodologia, que tem na Psicologia Ambiental um de seus pilares conceituais. As recomendações projetuais da Arquitetura Baseadas em Evidências incluem aspectos importantes para a saúde dos usuários, tal como o foco na redução de estresse, o que é conseguido por meio da provisão de espaços dedicados ao supor-

te social, a utilização de elementos arquitetônicos que permitam, dentre outros aspectos, o controle e a privacidade do paciente, uma decoração que promova as distrações positivas (por meio de obras de arte, música, entretenimento) e um paisagismo que explore de forma ampla a influência da natureza. Os jardins terapêuticos, aliás, são exemplos bem conhecidos de utilização das recomendações da Arquitetura Baseada

em Evidências. Coloca-se, neste momento, a necessidade de se ampliar a revisão acerca dos diversos estudos existentes, relacionados à utilização terapêutica do ambiente construído, de forma a proporcionar uma maior sistematização e utilização dos resultados, sejam no aprofundamento ou na aplicação de seus achados, na busca por projetos mais eficientes e ambientes mais resolutivos e humanizados.

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Artigo

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João Carlos Bross Arquiteto, Docente e Consultor em Arquitetura da Saúde

Edifício de Saúde e o Plano de Negócio

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ma empresa de prestação de serviços de Saúde, seja uma clínica médica ou um hospital de porte, necessita compor e consolidar um documento que, com aval de seus dirigentes, defina com bastante clareza qual é o negócio que operam ou pretendem operar. O conhecimento do Ambiente onde se propõe implantar o mesmo esclarece que, em serviços médico-hospitalares, poderemos realizar de forma que sejam consumidos e remunerados por nossos clientes, levan26

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tar a estratégia mercadológica que pretendemos adotar para conquistá-los e em que recurso físico vamos realizar a sua entrega às pessoas e pacientes que os demandam. Para fazer operar o Negócio, seus dirigentes necessitam de “capital de investimento” a ser aplicado nas instalações físicas, nas tecnologias médica e de informação e comunicação, recursos que, ao lado das competências profissionais, são fundamentais para a produção de serviços médico-hospitalares de qualidade. O

Plano de Negócio deverá compor o montante de receitas, despesas e resultados financeiros projetados para quando da operação plena, indicando qual o retorno previsto do Investimento e o tempo sua amortização. Instalações físicas e tecnologias médicas e de informação representam um valor significativo quando da montagem inicial ou melhoria de um negócio de Saúde. Arquitetos e Engenheiros, tanto de projetos, como de construção, têm um papel marcante no estabeleci-

mento de um Negócio Viável, ao encontrarem custos de obras e equipamentos cujos valores de amortização que permitam um tempo de retorno aceito pelos investidores, com seus montantes retirados dos resultados da operação do negócio. Recomendamos que adequações nos edifícios, mesmo que setoriais, ou a incorporação de novas tecnologias médicas, gerem um Plano de Negócios que indique se o mesmo é viável ou requer alterações para que assim se torne!!!


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Expansão

Cuidado Completo

Instituição modelo Ampliação do Hospital Sírio-Libanês conta com alta tecnologia e cuidado aos detalhes

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om um projeto que se caracteriza por um avanço tecnológico grande, aplicando inclusive materiais de nanotecnologia, a expansão do Hospital Sírio-Libanês, entregue este ano, duplicou a capacidade da instituição de 350 leitos para em torno de 700 leitos. “A expectativa ao utilizarmos tecnologia de ponta nas Novas Torres é que isso traga menos custos de manutenção e aumente o conforto do paciente desse edifício”, comenta Antonio Carlos Cascão, Superintendente de Engenharia e Obras do Hospital Sírio-Libanês. Segundo Cascão, apesar de toda tecnologia disponível não só no prédio, mas para o processo de obras, durante o período de construção, a logística de implantação da obra denotou algumas dificuldades, pois com as restrições que existem no município de São Paulo em relação a circulação de veículos de grande porte, foi preciso trabalhar de modo planejado para abastecer a obra. “Conciliar isso com os interesses dos vizinhos, para causar o menor impacto possível na vizinhança, trazendo materiais e abastecendo durante a noite, sem dúvida necessitou de um bom gerenciamento.” A construção das Novas Torres teve início em 2009, com investimento de, aproximadamente, 1,9 bilhão de reais, que também inclui a modernização e ampliação de estruturas já existentes, como o Ponto Atendimento, e o Centro de Diagnósticos. Segundo Gonzalo Vecina Neto, Superintendente do Hospital Sírio-Libanês, as reformas e ampliações estão transformando a instituição em uma instituição contemporânea. “Este complexo, com 85 mil m² e modernos sistemas de geração de energia elétrica para contingencias, de ar-condicionado, de tratamento de esgoto para o reaproveitamento de água e menor utilização de carga elétrica é um edifício ambientalmente correto, que atualizou o restante dos edifícios também”, afirma. Apesar das obras concluídas, a ocupação das Novas Torres deve levar entre dois e três anos. Segundo Cascão, a expectativa é que em 2017 todos os leitos já estejam em utilização. Health ARQ

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Cuidado Completo

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Cuidado aos detalhes Apesar da maior visibilidade ser para as áreas visíveis da instituição, como tamanho da edificação, interiores e paisagismo, o hospital tratou para que cada detalhe da estrutura fosse cuidadosamente implantado, garantindo segurança, serviços e conforto aos pacientes e colaboradores. “Aceitamos um grande desafio, com uma meta bastante ousada, tendo em vista que as atividades deveriam acontecer com o hospital em pleno funcionamento, garantindo as diretrizes pré -estabelecidas de responsabilidade ambiental e social”, comenta Wagner Meirelles, Gestor de Contrato da Temon Técnica de Montagens e Construções, responsável pelas instalações elétricas, hidráulicas, sistema de combate à incêndio e gases medicinais das Novas Torres do Sírio-Libanês. A instalação dos gases medicinais, por exemplo, seguiram com seriedade o compromisso e os processos que garantem níveis de limpeza das tubulações e qualidade nas soldas. “Para garantir a segurança do usuário, a execução foi feita através 30

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de mão de obra qualificada, utilização de equipamentos de alto desempenho e materiais de primeira linha”, garante Meirelles. Segundo o Gestor de Contrato, outro item de grande relevância no processo é o monitoramento e acompanhamento dos engenheiros e técnicos para evitar inversões nas linhas, item que poderia gerar grande impacto para uma instituição de saúde. No que diz respeito às instalações elétricas, foram utilizados os melhores equipamentos e tecnologias disponíveis no mercado interno e externo, pois todo sistema de distribuição elétrica em baixa tensão foi feito através de barra-


mentos blindados que importamos da Hungria em parceria com a Empresa Schneider Electric. “Além disso, todo sistema apresenta diversos tipos de redundância, ou seja, duas ou três fontes de alimentação distintas visando a segurança dos pacientes. E por fim submetemos todo sistema há um comissionamento com os mais altos rigores de atendimento de normas e especificações técnicas”, explica Meirelles. Para favorecer a economia de energia, toda instalação elétrica foi desenvolvida atendendo aos

requisitos do LEED no que diz respeito a performance e eficiência energética. “Utilizamos sistema de iluminação com luminárias a LED’s importadas de Portugal pela Empresa Trilux, instalamos também um conjunto de trocadores de calor que utilizam água das torres de resfriamento para aquecimento da água, utilizada na central de água quente”, comenta. Em relação a prevenção de incêndios, a instituição também tomou os cuidados necessários, foi instalado um sistema de prevenção através

de chuveiros automáticos (sprinklers) e hidrantes distribuídos por toda edificação. “Utilizamos a técnica do sistema grooved (ranhura) eliminando assim todo tipo de solda elétrica do processo de instalação”, conta o Gestor de Contrato da Temon. Já as instalações hidráulicas, que foram realizadas em um período de três anos, recebeu tubulações de água fria e reuso, esgoto, águas pluviais, água quente, bombas de recalque, redutoras de pressão, louças e metais. Foi instalado também uma estação

de tratamento de efluentes com uma capacidade de 10m³/h através de um sistema de ultrafiltração visando a reutilização dos recursos naturais. “Os processos visam o desempenho das bombas, redutores de pressão, válvulas de balanceamento, vasos de pressão, garantindo a segurança dessas instalações. Além disso, o comissionamento de todo sistema, através de testes de pressão e estanqueidade, também nos ajudaram a oferecer um sistema confiável e sem vazamentos”, finaliza Meirelles.

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Outras unidades

Expansão

O investimento não para Além do investimento em seu complexo principal, o Hospital Sírio-Libanês também realizou, recentemente, reformas e ampliações em outras unidades da instituição. Por exemplo, a Unidade Brasil, que passou por reforma para a implantação da área de ressonância magnética no primeiro semestre de 2015. Fora a implantação de um equipamento de ressonância magnética, houve também a reforma de alguns locais, para mudança de layout das novas áreas. “Apesar de o equipamento de ressonância magnética não emitir radiação, a sala destinada para recebê-lo ganhou uma blindagem específica, com o intuito de evitar as interferências de rádio frequência e eletromagnéticas”, explica Eduardo Vassoler, engenheiro da Consfat Engenharia. Localizada na Rua Itararé, no mesmo bairro do complexo Sírio-Libanês está sendo construída uma nova unidade de ultrassom, voltada à filantropia. “Os projetos de arquitetura e engenharia desta edificação procuraram manter as características originais do imóvel que já existia no local, usando a alta tecnologia para fazer as adequações necessárias, sem deixar de lado também as normas de acessibilidades”, conta Marcos Peres, engenheiro da Consfat. Com espaço físico reduzido para recebimento e estocagem de material, a obra foi dividida em fases, começando pela demolição, seguida do reforço de fundação, estrutura, e acabamento. “Tudo sempre acompanhado com os sistemas de instalações Elétricas, Hidráulica, Gases Medicinais, Dados, Ar Condicionado e Bombeiro”, ressalta. Não só nos projetos, mas também durante o processo de obras, a sustentabilidade foi trabalhada, reaproveitando todos os tijolos da demolição 32

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para execução das novas caixas de passagem e encunhamento de alvenarias. “O descarte de entulhos ocorreu através de caçamba, porém, separando entulho seco dos demais materiais, e levados para aterros credenciados”. Já na unidade do hospital em Brasília (DF), está havendo a ampliação do “Bunker” , no subsolo da edificação. “Na realidade, estamos construindo uma nova sala de Radioterapia, contando com todas as paredes de concreto de alta densidade, laje de concreto com espessura de 1,5m, bloqueando assim, a passagem da radiação”, conta Marcos Peres, engenheiro da Consfat. Como a construção vem ocorrendo com a instituição em funcionamento, para não atrapalhar o fluxo normal do hospital foi isolado o acesso interno, utilizando materiais que garantissem o isolamento acústico. Além disso, todo o trabalho está sendo executado com acesso externo”, revela.


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Referência

Expansão

Para não perder a excelência Santa Casa de Misericórdia de Santos amplia e revitaliza espaços

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undada em 1543, a Santa Casa de Misericórdia de Santos possui 700 leitos, 2.700 internações, 25 salas cirúrgicas e realiza 160 mil procedimentos ao mês. Primeiro hospital do Brasil, maior hospital da Região Metropolitana da Baixada Santista, é hoje centro especializado de referência. Para não perder a excelência, neste ano, a instituição deu início a uma série de obras de expansão, que compreendem 840 metros quadrados no quinto andar e na Ala B da instituição. Além disso, o hospital conta com recursos específicos para a melhoria, que agregará novos leitos de maternidade para atender ao SUS e particular, reforçando o setor de maternidade já existente no quarto andar no hospital, a Ala H. 34

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O projeto Arquitetônico contempla 26 leitos de maternidade, todos com suíte, salas executivas de enfermagem, medicação, exames e curativos, quarto de plantonista, copa e banheiro de funcionários. As obras na maternidade constituem a primeira etapa da obra, com a construção de um novo andar sobre o telhado atual. A próxima etapa do projeto é a construção de uma UTI pediátrica com dez leitos, sobre a ala C. O prazo previsto para a conclusão da nova obra é de 12 meses e está orçada em R$ 3,4 milhões. Há planos de se construir também uma UTI pediátrica cardiológica e uma enfermaria para adultos. De acordo com a diretoria da construtora, “a logística da obra garantiu o bom andamento do processo.


Toda a laje foi imperializada e a construção aconteceu em etapas”. “Elaboramos um cronograma físico com início em março de 15 e término em Fevereiro de 16”, completa Carlos Alberto Indame, Engenheiro Civil da Engeplus, responsável pelo processo. A diretoria da Santa Casa declarou ainda que a verba para o projeto trata-se de uma multa aplicada à antiga Cosipa - Companhia Siderúrgica Paulista, decorrente de ações trabalhistas. Em acordo entre Ministério Público e Justiça do Trabalho, ficou decidido que o valor de aproximadamente R$ 20 milhões fosse

destinado à Santa Casa. “A quantia será liberada em parcelas e só pode ter uma finalidade: gastos com infraestrutura e mediante prestação de contas”, afirma. Para não atrapalhar o funcionamento normal do hospital, desde o início das obras, a equipe que executa o serviço tem tentado amenizar ao máximo o barulho gerado pela construção, que também tem contado com o auxílio da tecnologia. “A utilizamos, principalmente, na escolha da estrutura metálica em lugar da convencional (processo construtivo, com utilização de materiais mais leves e

modernos), revela Indame. Todo o trabalho foi realizado com cuidado especial em cada uma das etapas, zelando sempre pela segurança dos pacientes. “Isso envolve uma sequencia de serviços, iniciando-se pela retirada do entulho existente, limpeza geral e impermeabilização da laje antes da retirada do telhado existente”, destaca o engenheiro, que garante que sua equipe encontrou dificuldades apenas em momentos isolados da construção, como na retirada do entulho existente embaixo do telhado, o que provocou atraso do início da obra.

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Crescimento

Expans達o

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Crescimento em foco Hospital Alvorada Moema amplia alas e da continuidade a trajetória de sucesso

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undado em 1961 pelo médico Fernando Mauro Pires Rocha, o Hospital Alvorada Moema deu os seus primeiros passos com a criação de um consultório na região Sul de São Paulo, onde conquistou, com atendimento humanizado e personalizado, a confiança e a preferência dos moradores no seu entorno. Dois anos depois, com o intuito de oferecer atendimento equivalente às necessidades dos seus clientes, o Dr. Fernando percebe a possibilidade de ampliar a estrutura do serviço oferecido. Com a ampliação das instalações em 1963, o consultório se transforma no Pronto-Socorro Alvorada. Em 1967, o Dr. Fernando associou-se a outros três médicos: o Dr. Geraldo Rocha Mello, o Dr. Samir José Kalil e o Dr. David Schapira. Por meio da nova sociedade, o pronto-socorro foi transformado em Casa de Saúde, com alas para Emergência, Internação, Centro Cirúrgico, Obstétrico e Raios X, alcançando, dessa forma, o nível terciário de atenção à saúde. Em 1974, a Casa de Saúde foi demolida para dar início à construção do Hospital e Maternidade Alvorada, sendo esta obra executado pela antiga Construtora Fakiani, empresa fundada pelo pai do André, o Engo. Antônio Fakiani (“in memoriam”), e inaugurado em 1976, com 122 leitos, dos quais 14 exclusivos para Terapia Intensiva, e sete salas cirúrgicas, sendo duas obstétricas. Com o decorrer do tempo, o hospital passa por mais uma reforma, iniciada em 1996 e concluída em 2000, sendo batizado de Hospital Alvorada Moema e contando com 209 leitos, dos quais 29 para Terapia Intensiva, além de dobrar a quantidade de salas cirúrgicas (totalizando 14). Nesse mesmo período, começa a construção do Medical Center Paulista (um anexo ao hospital), inaugurado em 1999, com estrutura para 262 consultórios, um mini-shopping, amplo estacionamento e praça de alimentação. Uma segunda ampliação foi realizada em 2005 e outra, em 2009, com a inauguração de mais 19 leitos de UTI. Em 2009, o grupo Amil adquiriu o hospital e, em 2010, deu-se início ao processo de acreditação pela JCI. Em 2011, foram inau-

gurados oito leitos VIP e o conforto médico com novo conceito, além de realizada a ampliação dos leitos de UTI pediátrico. Porém, o investimento da instituição em infraestrutura física não parou. Novas demandas estão por vir, como as obras do Centro de Reabilitação do Hospital Alvorada Moema. “A execução da obra ocorrerá de maneira integral e contínua. Porém, internamente visando garantir o sucesso do projeto com relação à qualidade, custo e prazo dividimos o em três fases: planejamento; execução e finalização”, adianta André Fakiani, Sócio-fundador da Fakiani Construtora, escolhida para realizar o processo. Para atender o prazo de nove meses e garantir que a obra seja entregue com todos os requisitos atendidos, foi desenvolvido um planejamento prévio e detalhado em parceria entre a engenharia da Fakiani e a manutenção do hospital, afim de programar as atividades auxiliares de maneira que não impacte as atividades referente ao caminho crítico do projeto, considerando também as restrições da área em que o terreno está implantado. Já no projeto da construção do Novo Pronto Socorro Infantil, os maiores desafios serão realizar as Health ARQ

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Crescimento

Expansão

atividades necessárias à obra de maneira a causar o menor impacto possível à vizinhança e principalmente ao funcionamento do Hospital Alvorada, localizado no terreno limítrofe ao Canteiro da obra, a logística de abastecimento da obra, que exige bastante planejamento, devido as restrições do local com relação a circulação de veículos de grande porte, e o espaço limitado do canteiro de obra. “A tecnologia esteve bastante presente nesta obra, desde o planejamento, com a utilização de software de gerenciamento de projetos para a gestão de escopo e prazos, software que possibilitam a compatibilização dos projetos entre disciplinas, até a utilização de sistema de enfermagem com IP que garantem maior funcionalidade e eficiência do sistema para funcionários e pacientes”, relata Fakiani. Segundo o Sócio-fundador, para garantir a qualidade da obra, a empresa utiliza o Sistema de Gestão da Qualidade da Fakiani, que atua de forma integrada com a equipe de obra, planejamento e custo.

Internação e Ortopedia Em fase final, a instituição também soma aos seus investimentos nas obras das alas de internação e ortopedia. Neste processo, devido à interferência dos andares ocupados, e as instalações comuns ao hospital em funcionamento, foi desenvolvido um planejamento prévio e detalhado entre a engenharia da empresa executora e a manutenção do hospital, afim de programar o isolamento correto das áreas permitindo as frentes de trabalho necessárias à execução das atividades em total segurança e dentro do prazo acordado. “Nosso principal desafio neste processo está sendo conciliar os serviços a serem executados com as atividades do hospital em funcionamento”, diz Fakiani. Embora a obra não conte com a certificação LEED, a equipe trabalha sempre em prol da sustentabilidade atuando em ações que visam a redução dos impactos ao meio ambiente, evitando desperdícios e reduzindo consumo. “Os entulhos estão sendo coletados e transportados de maneira a diminuir os riscos de contaminação no hospital e estão sendo destinados a locais autorizados e especializados no descarte e reciclagem de material”, reforça. 38

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Expertise

A Fakiani Construtora, através de suas experiências em construções hospitalares adquiriu expertise na realização de projetos em unidades em funcionamento, sem deixar comprometer o bom andamento das atividades do cliente. Isso é resultado da constante busca por inovação nos serviços e uma equipe técnica bem estruturada. Todo esse Know-how da empresa é implantado no planejamento detalhado do projeto e no acompanhamento da realização das atividades exatamente conforme planejado, garantindo o sucesso na execução da obra.


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Investimento crescente

Expansão

Investimento que não para Hospital Brasília amplia e revitaliza instalações ao longo dos anos

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om o objetivo de acolher da melhor forma possível quem precisa passar por algum procedimento médico, o Hospital Brasília passa constantemente por reformas, tanto na estrutura de atendimento, quanto em sua estrutura física. Uma das grandes obras realizadas foi a construção do novo setor de pronto atendimento, finalizada em 2008. O espaço passou de, aproximadamente, 150 m² para uma área com 1000 m². A nova ala está mais moderna, com instalações mais confortáveis e, após a reforma, contabiliza cerca de 6 mil a 8 mil atendimentos por mês. Em 2009, o setor de radiologia do hospital passou por um projeto de modernização e contou com a aquisição

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de uma nova máquina de ressonância magnética, além da digitalização dos serviços de imagem, que possibilitou a visualização dos arquivos por meio do sistema informatizado presente nas diversas áreas assistenciais. Este ano foi adquirido e está em processo de instalação um novo equipamento de tomografia, que possui 256 canais e, por isso, opera de forma mais rápida e com melhor qualidade de imagem, auxiliando no diagnóstico de pacientes oncológicos. Para complementar, também foi feita a aquisição do PET-CT, um novo equipamento de tomografia computadorizada que possibilita o diagnóstico, com mais precisão, de doenças do coração, câncer e desordens do cérebro.


O hospital está investindo também em obras na área de hotelaria, com a reforma de apartamentos antigos e a construção de acomodações maiores, voltadas para o conforto tanto do paciente quanto do acompanhante. Os novos apartamentos contam com projeto de ventilação e paisagismo. A primeira etapa das obras foi finalizada em 2012 e conta com 13 apartamentos na Unidade 4, em um total de 600 m². A segunda, na Unidade 3, ganhou um espaço total de 900 m² As obras seguiram ainda pela ampliação e revitalização da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que ganhou, além de mais 24 leitos (distribuídos em 1000 m²), equipamentos mais modernos, como um novo parque de ventilação mecânica. Durante todo o processo, a instituição teve alguns parceiros. Entre eles, a CONBRAL, que teve seu primeiro vínculo em 2003 para fazer o retrofit e ampliação do Hospital Brasília, localizado na SHIS QI 15 conjunto G lago Sul Brasília DF.

“A área final após a ampliação é de 16 mil m², onde todas as suas dependências e instalações foram revitalizadas em diversos contratos parciais até a presente data”, conta Paulo Muniz, Diretor da CONBRAL SA CONSTRUTORA BRASÍLIA, que vem realizando todas as obras civis, reforços estruturais em casos específicos, revestimento de piso, parede e forro, aplicando o que há de mais moderno em acabamento, bem como o fornecimento de grande parte da marcenaria, instalações compreendendo, Instalações elétricas, instalações hidrosanitárias, ar-condicionado, telemática, Gases medicinais e luminotécnico. Hoje, o prédio do Hospital Brasília está composto por uma recepção central, e sala internação; 120 apartamentos, divididos em cinco unidades de internação, sendo quatro apartamentos considerados VIP´s, compostos de ante sala, banheiro para visitantes e outro para o paciente, copa, amplo apartamento com closet , acabamento de alto padrão e área média de 60 m² cada; além de três apartamentos para pacientes infectados. Health ARQ

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Investimento crescente

Expansão A UTI da instituição possui 49 leitos, divididos em três unidades; já o pronto-socorro está composto por recepção e sala de espera, 20 boxes de observação, 11 consultórios, posto de enfermagem, sala de emergência e procedimentos invasivos, triagem e toda estrutura operacional, além de estacionamento externo com 45 vagas. O Centro Cirúrgico por sua vez, conta com sete salas cirúrgicas, sendo duas delas concebidas para cirurgias de pacientes infectados e uma sala de “cirurgia inteligente”; além de sala de RPA, de pequenos procedimentos, e toda estrutura para o funcionamento do setor, como vestiários, estar médico, salas administrativas, arsenal, prescrição médica, assepsia, equipamentos, sala para recém nascidos, DML Expurgo, vestiários e copa.

Cada detalhe Centro de Diagnóstico por Imagem

Nesta área, ao longo do processo de ampliações e aprimoramentos, foram implantadas uma sala de ressonância magnética, outra de tomografia, sala de indução, três salas de RX, sendo um aparelho digital e um telecomandado, sala de mamografia e sala de densitometria. Também duas salas de ultrassonografia, sala de endoscopia, recepção com espera para 31 pessoas, e toda estrutura adjacente necessária para a operação do setor, como salas administrativas, sanitários, expurgo, DML, sala de laudos, sala de digitação, entre outras. “Estamos executando mais uma espaço para ressonância magnética, onde haverá substituição do tomógrafo e implantação futura de um novo tomógrafo. O projeto prevê também uma sala de cintilografia, de injetados, e a reformulação de toda área complementar, para adequação às novas condições”, adianta Muniz. 42

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CME - Central de Material e Esterilização

Equipado com duas autoclaves, uma termo-desinfectora e uma osmose, o espaço é dotado de central de material esterilizado, preparo, esterilização química, armazenagem e distribuição de material esterilizado, além de área suja, com recepção e lavagem de material sujo.

Farmácia

Este espaço possui, além da recepção, da sala de inflamáveis e estoque de suprimentos, uma sala de soro, análise de compras e distribuição, DML, área de medicamentos controlados (Psicos), barreiras, fracionamento, distribuição e estrutura adjacente necessária para a operação do setor.


Cozinha Industrial

Com adequação das áreas e implantação de uma câmara fria, área de açougue, nutrição e estoque, além de cocção, lavagem de panelas, DML, sala administrativa, substituição do sistema de exaustão e renovação de ar da área, está área ganhou novos ares após as obras.

Refeitório de funcionários do hospital

O espaço apresenta capacidade para 72 refeições simultâneas, e também o refeitório VIP do hospital, que pode oferecer 14 refeições simultâneas.

Lavanderia

Subdividida em área suja, limpa e de expedição, a lavanderia passou por adequação para a implantação dos novos equipamentos, como lavadoras de roupa, secadora, e maquinas para passar a roupa.

CTCV (Centro de Tratamento Cardio-Vascular) – Hemodinâmica Composto por sala de exame, com toda sua adequação para recebimento do equipamento de hemodinâmica da marca Philips, sala de RPA, consultórios, salas administrativas e operacionais, recepção. Incluindo nova estrutura para acesso e reforço estrutural para recebimento do equipamento. Além disso, toda a parte de instalações foi ampliada ou substituída, por exemploa subestação rebaixadora de energia elétrica, com carga ampliada para 2.000 KVA, 13.800/380/220v, a instalação eletromecânica de três Grupos Motor Geradores, sendo uma unidade de 247/275 KVA carenado e duas unidades de 405/450 KVA x 380V carenado. O atual sistema de ar condicionado está constituído de duas torres alpinas totalizando 200 TR, 2 chillers a AR de 60 TR cada totalizando 120 TR, 2 chillers a ar totalizando 42 TR para as ressonâncias (18TR + 24TR) Já o sistema de alimentação de água potável, totaliza 180 mil litros, e o sistema de alimentação de água quente, através de quatro queimadores de passagem de 200 mil Kcal/h e vazão de 8 l/min e três bombas para pressurização ligadas em série de 4 KW cada com dois reservatórios térmicos de 10.000l no total Por fim, a central de gases foi composta de tanque de oxigênio de 15 mil litros com redundância de 18 cilindros, Óxido nitroso com quatro cilindros de 5m³ cada, Dióxido de carbono: seis cilindros de 5m³, Nitrogênio com seis cilindros de 5 m³ cada e central de vácuo.

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Expansão planejada

Expansão

Planejamento em execução

Unimed Sorocaba realiza obras de ampliação

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Unimed Sorocaba vem trabalhando através de um planejamento estratégico de longo prazo, previsto para ser executado em quatro anos, visando cumprir a missão da empresa: oferecer as melhores soluções de saúde para seus ambientes, valorizar os colaboradores e respeitar as medidas sócio -ambientais. Instalado em um espaço de 67 mil m², o Hospital Unimed Sorocaba, está cercado por uma área verde que facilita a humanização, utilizando como uma das formas o contato com a natureza. “Até este momento, crescemos horizontalmente, agora começamos a verticalizar a edificação. Entretanto, ela mantém toda uma estrutura arquitetônica horizontal, que favorece desfrutar da natureza”, ressalta Paulo Ungaro, Vice-presidente da Unimed Sorocaba. 44

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Durante o processo de ampliação, as obras foram divididas por setores e executadas por duas empresas de engenharia. A Omar Maksoud Engenharia coordenou e executou a ampliação da Unimed Sorocaba das alas de pronto-socorro, salas de confortos médicos, laboratórios, centro de ortopedia, construção de uma UTI neonatal, sala de geração e transformação de energia, sala de sutura e ampliação da UTI adulta. Mais duas obras importantes foram acrescentadas ao escopo do contrato inicial, sendo elas, a ampliação do estacionamento e a construção do Centro de Atendimento e Diagnósticos no Shopping Plaza Itavuvu. Aqueles que compreendem a sala de geração e transformação de energia tiveram início em setembro de 2012 com término seis meses depois. Já nas demais uni-


dades, caracterizadas como serviços internos, as obras tiveram início em dezembro de 2012 e terminaram em novembro de 2013. “Porém, 60 dias antes do seu início, foi feito um cronograma de atividades detalhado, em conjunto com a engenharia hospitalar da Unimed, a fim de diminuir os riscos nas execuções das obras”, lembra Paulo Cesar Paris Bermejo, engenheiro da Omar Maksoud Engenharia. A Unidade da UTI neonatal foi construída na parte central do hospital, desde a fundação, montagem de uma estrutura metálica e fechamentos em alvenarias e placas de gessos, esquadrias metálicas e materiais de acabamentos, com vários tipos de instalações especiais (inclusive hospitalar), que interligavam as novas alas com as já existentes. Todo o processo foi realizado de maneira que não houvesse interrupções na antiga UTI neonatal, que nesse momento estava em pleno funcionamento, separada apenas por uma parede acústica. “Foi um desafio muito grande. Graças à dedicação de todos os envolvidos, tudo pode ser cumprido da melhor maneira e dentro das metas previstas”, comenta Bermejo. O gerente da engenharia da Omar Maksoud Engenharia revela que em função dos dados históricos obtidos com a equipe de facilites da Unimed, fazia-se a programação das atividades a serem realizadas no período, gerando um documento com descrição detalhada de todos os serviços a executar, previsão de prazo, responsáveis pelas ações e alocação de recursos necessários. Semanalmente, realizavam-se reuniões presenciais para atualizar e reprogramar as atividades caso houvesse desvios significativos. A tecnologia também esteve presente no processo operacional e gerencial. Ela foi incorporada na construção através de funcionários altamente treinados e qualificados para realização dos serviços. “Mantivemos uma equipe técnica integral Health ARQ

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Expansão planejada

Expansão indireta em todas as fases da obra, formada por engenheiros, técnicos de edificação, arquiteto, técnico de segurança, mestre de obras e topografia. Além disso, sempre que possível, aplicamos um recurso denominado como “Construção Seca”, muito difundida nos países Europeus e nos Estados Unidos da América, onde os produtos são feitos em fabrica e na obra realiza apenas a sua montagem. Esse sistema tem várias vantagens em relação ao convencional. Tais como: menor ruído, diminuição de sujeiras, diminuem os desperdícios, ganho de qualidade e menor prazo de execução”. Também foram utilizados equipamentos e ferramentas de última geração, como equipamento a laser e a perfuratriz de concreto, adotada para realização das demolições, o que possibilitou o processo com baixo índice de ruído. “Nossa política de trabalho adotada é que, acima de tudo, estaria a segurança e o conforto dos pacientes, nada poderia se sobrepor a isso. Partindo desse principio, executamos os nossos trabalhos com ponderações e ações preventivas, gerenciando os riscos com medidas de mitigação, por meio de conhecimento profundo das áreas afetadas, possibilitando a realização das tarefas de forma ordenada e sem interrupção”. Apesar de toda tecnologia e da equipe qualificada, como toda obra, essa também apresentou algumas dificuldades. Como as construções eram espalhadas internamente por todo o hospital e próximas às áreas em funcionamento, em termos logísticos, os acessos aos locais da obra eram bem complexos. “Adotar rigorosamente as normas de segurança do trabalho e prever acessos alternativos, através de instalações de plataformas aéreas, foram algumas estratégias que criamos para conseguir realizar os trabalhos”, revela. Apesar da obra não possuir certificação construções sustentáveis do LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), adotamos sempre que possível os seus conceitos, através da compra de materiais de menor im46

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pacto ambiental, utilização de equipamentos com baixo consumo de água e energia; produtos com baixo índice de VOC; madeiras de reflorestamentos (FSC). A obra atendeu rigorosamente a Resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), onde estabelece diretrizes para a gestão dos resíduos gerados pela construção civil, com o objetivo de disciplinar as ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais. Assim como a proteção de solos expostos, implantação, operação e manutenção da lava-bicas; manutenção da proteção da boca-de-lobo; kit mitigação disposto na frente de serviço; baias centrais de resíduos da obra; triagem dos resíduos produzidos em obra; procedimentos de logística reversa; mantendo boa a qualidade do ar interno; materiais de baixa emissão (VOC – Composto Orgânico Volátil); formação dos funcionários sobre as práticas ambientais e; comunicação visual da obra (sinalização, placas). O bom relacionamento entre todos os envolvidos foi a base do sucesso desta obra. Qualquer ação a ser adotada, seja de ordem estratégica ou operacional, era feita em conjunto entre a Omar Maksoud, a direção e a engenharia da Unimed Sorocaba, sempre mantendo como padrão de metodologia de trabalho, uma vistoria técnica nos locais e uma análise criteriosa dos projetos existentes, antes de iniciarem os serviços em campo, possibilitando com isso o sucesso do empreendimento em todas as suas etapas.


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Expansão planejada

Expansão

Cuidado especial em cada detalhe O Hospital Unimed Sorocaba manteve atenção não somente ao projeto da instituição como um todo, mas buscou especialistas para aplicar cuidadosamente as devidas características a cada espaço da instituição. Os projetos direcionados às recepções dos pacientes, tanto para coleta de exames, quanto para entrega dos resultados, por exemplo, possuem uma característica comum através da implementação de elementos que proporcionem sensação de bem-estar e aconchego através de cores mais quentes, quadros, iluminação e materiais de acabamento como madeira, evitando ambientes com características impessoais. Além das questões de humanização, merece destaque em todo o projeto, a reformulação do layout, que ampliou o número de atendimentos sem comprometer a funcionalidade e a nova linguagem de caráter mais pessoal e menos institucional. “A proposta dos novos layouts para as recepções em questão, levou em consideração a logística para se realizar as obras, de maneira a não interromper os atendimentos, minimizar os transtornos e agilizar a finalização”, comenta Zuremar Basso Maia, arquiteta da Zuremar Arquitetura. 48

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A proposta dos novos layouts para as recepções em questão, levou em consideração a logística para se realizar as obras, de maneira a não interromper os atendimentos, minimizar os transtornos e agilizar a finalização”. Zuremar Basso Maia, Arquiteta da Zuremar Arquitetura

Arquitetura das recepções foi integrada dentro do projeto através do átrio principal existente, que já aplica o conceito da humanização do espaço, integrando o exterior com o interior através de grandes panos de vidro, ambientes de convívio nas poltronas da espera, café, vegetação interna, elementos esses que foram balizadores para as novas recepções. “Para a iluminação, a proposta foi substituir as luminárias de lâmpadas fluorescentes por placas de LED na cor 3000K, nos pontos já existentes, de maneira a proporcionar melhor conforto visual e reduzir o consumo de energia”, revela Zuremar. Segundo a arquiteta, as cadeiras e poltronas foram escolhidas pensando no conforto e na facilidade de manutenção e outros elementos da decoração dão o suporte para proporcionar ambientes mais acolhedores.


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Investimento

Expans達o

Investimentos em infraestrutura

Hospital e Maternidade Metropolitano da Lapa inaugura Unidade CardioIntensiva e passa por reforma global 50

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Hospital e Maternidade Metropolitano da Lapa inaugurou, no início deste segundo semestre, uma Unidade CardioIntensiva (UCI) com 10 leitos individualizados, sendo um deles para pacientes que necessitam de isolamento, em uma área total de 230 m2. Com essa iniciativa, a instituição amplia em 5% sua capacidade de atendimento, totalizando 212 leitos. A UCI do Hospital Metropolitano atende pacientes de baixa, média e alta complexidade, que apresentarem complicações de doenças cardiovasculares. “Estamos preparados para tratar, além dos pacientes com problemas coronarianos, patologias como urgência e emergência hipertensiva (elevação abrupta da pressão arterial), infarto agudo do miocárdio, angina instável (um tipo de dor no peito causada pela redução do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco), insuficiência cardíaca congestiva (doença na qual o coração não consegue mais bombear sangue suficiente para o resto do corpo), valvulopatias cardíacas e problemas vasculares, com ainda mais segurança e agilidade, em uma área específica para essas situações”, destaca a Diretora da instituição, Maria Claudia Dalaneze Gomes. Os pacientes internados na Unidade Car-

dioIntensiva contam com suporte de equipe multidisciplinar, composta por médicos cardiologistas em regime de plantão 24 horas, além de fisioterapeutas, psicólogas, fonoaudiólogas e nutricionistas. Os profissionais seguirão um protocolo de “Dor Torácica”, implementado pelo Metropolitano durante a acreditação do hospital pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), cujo objetivo é atuar de maneira focada e ágil junto a pacientes com suspeita de insuficiência coronariana. “Temos uma equipe de cirurgiões cardíacos a postos, que são acionados sempre que há necessidade de realizar procedimentos de emergência e urgência, em que a rapidez é determinante para a contenção de complicações e sequelas para os pacientes”, explica a diretora. Mas não foi só na Unidade CardioIntensiva que o Hospital Metropolitano investiu recentemente. A instituição vem passando também por uma reforma global em vários de seus pisos. “Fomos contratados para reformar os pavimentos desde a sua raiz, ou seja, ‘remover’ o pavimento existente e todas as suas infraestruturas e executar um novo pavimento apto a funcionar”, conta Fernando Martins, Diretor da Teixeira Duarte Engenharia. Martins revela que, o primeiro passo deste Health ARQ

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Investimento

Expansão processo foi executar a demolição de todas as paredes, tetos, revestimentos de pisos e infraestruturas do pavimento em causa. “Para isto, participamos de reuniões prévias de coordenação com o hospital e com as equipes de manutenção, garantindo que os demais pavimentos não sejam afetados”, ressalta. Em seguida, iniciou-se a execução do pavimento propriamente dito, com a execução de contra piso, marcação e levantamento de paredes e execução de todas as infraestruturas necessárias. “Os trabalhos consistem em executar todos os revestimentos internos, desde forros (gesso) a pavimentos (vinílico e mosaicos) e paredes (formica e mosaicos), incluindo todas as esquadrias, louças e serralharias”. O processo que teve início em janeiro deste ano, deve terminar 2015 concluído. No decorrer das obras, foram utilizados caminhões de entulho, materiais diversos e caminhão caçamba. “Nos primeiro meses, chegaram a ser utilizados, em média, dez por semana, reduzindo, gradualmente, conforme os serviços era executados”, revela Martins. Por tratar-se de uma obra em instituição de saúde, uma das principais preocupações no decorrer do processo tem sido trabalhar sem afetar o funcionamento normal da instituição. “Uma das dificuldades encontradas nesta obra esteve no fluxo de materiais, especialmente pelo horário para recebimento, muita vezes noturno”, comenta o Diretor. 52

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Modernização

Expansão

Conceito de alto padrão Complexo hospitalar em MG está na vanguarda das estruturas modernas por adotar verticalização e flexibilidade na edificação

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m verdadeiro obstáculo para qualquer instituição de saúde é adotar um projeto de ampliação focado na tendência da verticalização e flexibilidade da estrutura. Essa proposta arquitetônica desafiadora é uma realidade nas recentes obras de expansão do Santa Genoveva Complexo Hospitalar, em Uberlândia (MG). Neste projeto a verticalização total das estruturas foi adotada por falta de espaço físico. Já a flexibilidade foi aplicada no plano de obras para permitir possíveis intervenções ao longo dos próximos anos. Diante destes desafios, o processo de reformulação deste 54

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complexo necessitou adequar diversos setores, criando estruturas que ainda não existiam e retirando outras que não eram necessárias dentro do ambiente hospitalar, como a lavanderia, serviços de manutenção e a administração. “Quem lida com hospitais, sabe bem do quanto é complicado reformar e adequar com a estrutura em funcionamento”, acrescenta o arquiteto e urbanista Clóvis Lima, contratado há mais de dez anos para criar o projeto de adequação da estrutura do Santa Genoveva.


Ao analisar as particularidades da obra, Clóvis comenta que esse moderno prédio possibilitará o intercambio do complexo com o mundo via web. “Esta edificação possui toda a estrutura que viabiliza a troca de informações, a melhoria no atendimento e a capacidade instalada de procedimentos de alta complexidade em convênio com grandes centros ao redor do mundo”, diz o arquiteto.

Composição O novo prédio é formado por uma torre de seis andares, que totaliza 3.300m². O primeiro pavimento térreo abriga uma Unidade Coronariana (UTI), com 11 leitos de internação, sendo um leito de pós-operatório para cirurgia cardíaca. Já o segundo pavimento é constituído por oito salas cirúrgicas, sendo duas delas especiais: uma Sala Inteligente (preparada para cirurgias de vídeo e robótica) e outra Sala Híbrida, com equipamento de hemodinâmica para cirurgias cardíacas e neurocirurgias de alto risco. As outras seis são para cirurgias gerais, além do apoio de nove leitos de pós-operatório. O terceiro pavimento e compostos por uma UTI Geral Adulto, que conta com dez leitos de internação e um leito de isolamento com toda infraestrutura de apoio. O quarto pavimento, que anteriormente seria ocupado pela administração, foi destinado ao tratamento oncológico, com dez poltronas de tratamento, sendo duas infantis, sete adultos e uma de emergência. Além de laboratório de fármacos, três consultórios para atendimento, áreas de apoio e área de acolhimento de pacientes. O quinto pavimento, que antes seria ocupado pela administração (deslocada para fora da estrutura hospitalar) será ocupado por treze leitos de Hospital Dia, sendo que três deles destinados a pediatria e os demais para uso geral. Áreas de apoio como posto de enfermagem e serviços e demais áreas necessárias, com instalação também de duas salas de apoio técnico – pesquisa clínica e sala de reuniões clínicas – discussão de casos. Já o sexto pavimento é estritamente técnico e abrigará a casa de máquinas de dois elevadores de maca (transporte vertical), central de refrigeração com todo estrutura de filtros das áreas criticas e elétrica com central de distribuição e gerador de energia. Além da estrutura de reserva de água para abastecimento do prédio. “A ideia e que todas as torres do hospital sejam independentes estruturalmente”, acrescenta Clóvis Lima. Health ARQ

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Modernização

Expansão

Tecnologia de ponta Atualmente, a demanda cirúrgica da instituição contabiliza em média 600 intervenções ao mês, números que devem aumentar em 30%, conforme a diretoria do Santa Genoveva. “Investimos cerca de R$ 17 milhões em uma estrutura totalmente moderna, que consolida o Complexo como referência tecnológica na região. Vamos ampliar em 20% a nossa capacidade de atendimento e em 30% a capacidade cirúrgica, bem como garantir tecnologicamente o aumento da segurança, qualidade cirúrgica e de internação”, esclarece o gestor Ricardo Sá. O Diretor Financeiro-administrativo do Hospital Santa Genoveva, Gilson Fayad, afirma que a instituição visa promover a melhoria da qualidade no atendimento, não apenas com instalações novas, mas acima de tudo com o uso de novas tecnologias. “Buscamos proporcionar ao Complexo Hospitalar um avanço rumo ao que acontece nos maiores centros médicos do país e do mundo”, destaca Fayad. A tecnologia aplicada na instituição é totalmente inovadora na região, tanto nas salas cirúrgicas, quanto nas UTI’s. “Temos a primeira UTI da região com o sistema de condicionamento de ar limpo e box individualizados por paciente. Todo ar que circula nas UTI’s será filtrado 100% e, constantemente, sem troca com o meio exterior. Isso significa que ocorrerá a filtragem de todo e qualquer tipo de bactéria que circule no ar. Com isso, os índices de infecção hospitalar nas UTI’s serão minimizados, o que 56

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garante a segurança dos pacientes internados evitando qualquer tipo de contaminação”, explica o administrador, Ricardo Sá. A tecnologia de Sala Híbrida adotada na instituição é comum nos hospitais dos EUA e na Europa e nasceu a partir da necessidade de tratar casos cada vez mais complexos e de forma menos invasiva. Em Minas Gerais, o Santa Genoveva Complexo Hospitalar se consolida como primeiro hospital do Estado a ter esta tecnologia instalada.

Quatro décadas investindo A cada dia a área da saúde está inovando e incorporando novos procedimentos e o Santa Genoveva Complexo Hospitalar acompanha esse desenvolvimento. Em outubro deste ano, o empreendimento comemorou 40 anos e anunciou ampliação com novos serviços e tecnologias para a população, com investimento de mais de R$ 1,5 milhão. “Estamos em fase final de estruturação e a nossa intenção é inaugurar até o fim do ano um setor de oncologia, com três novos consultórios, oito leitos para quimioterapia em adultos e dois leitos para crianças”, adianta Ricardo Sá. Para cirurgias de baixa complexidade, o hospital vai oferecer 13 novos leitos de Day Clinic Cirúrgico para atender pacientes que passam por pequenos procedimentos cirúrgicos e não necessitam de internação.


Com esta ampliação, o Santa Genoveva também pretende instalar um serviço de Transplante de Medula Óssea, que entrará em funcionamento até o final do ano. “É com imensa satisfação e orgulho que apresentamos mais este plano de expansão para o Hospital Santa Genoveva. Quando do término e conclusão dessa construção, ao final de 2016, a construção estará consolidando o Santa Genoveva como o maior, o mais completo hospital e de maior complexidade da macro região do Triangulo Mineiro”, diz Ricardo Sá. Segundo o arquiteto Clóvis Lima, os investimentos do Complexo Hospitalar não param. Já está sendo projetada outra “nova torre” com sete pavimentos e mais de 8 mil metros quadrados de área, com um investimento estimado em mais R$30 milhões, que contará com uma estrutura de apoio técnico, além de completa modernização da estrutura hoteleira e de serviços do hospital, criando mais de 70 novos leitos. “Sempre com o intuito de ser moderno e com vistas à alta complexidade, o grupo de Diretores tomou como bandeira a modernização de todos os serviços e os investimentos necessários para tal”, salienta o arquiteto.

“Sempre com o intuito de ser moderno e com vistas à alta complexidade, o grupo de diretores do hospital tomou como bandeira a modernização de todos os serviços e os investimentos necessários para a obra”. Clóvis Lima, Arquiteto e Urbanista

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Ampliação

Expansão

Crescimento planejado Com localização privilegiada, Hospital viValle cresce sem deixar de lado humanização e sustentabilidade

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ompetência, credibilidade, desenvolvimento, humanização, integridade e respeito, são valores que fazem do viValle, localizado em São José dos Campos (SP), um dos principais Hospitais do Vale do Paraíba. Em 2008, um minucioso projeto de expansão foi iniciado com o intuito de guiar a instituição em uma nova fase de crescimento. Um ano mais tarde, em 2009, o hospital ampliou em 30% o número de leitos de internação, além de uma nova área de conforto, nova recepção exclusiva para internação, novos vestiários para funcionários, bem como

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a ampliação das áreas administrativas e melhorias nas áreas de apoio de Pronto Atendimento e UTI. Em 2011, as obras continuaram com a reforma de 100m² e a ampliação de 40m² do Pronto atendimento, ampliando em 50% o número de leitos. Em dezembro deste ano, o Hospital viValle passou a fazer parte da Rede D’Or São Luiz, uma


das maiores redes de hospitais privados do Brasil, em um movimento de potencialização de investimentos para a excelência médica. “Fizemos a superestrutura em concreto armado, em quatro setores, tendo como principal logística uma grua e dois guinchos cremalheiras para abastecimentos dos materiais nestes quatro setores”, conta a sócia-diretora da Ironfer Construções. Segundo Solange, a principal dificuldades que encontramos durante o processo foi em relação ao canteiro de obras para estoque de materiais. “Ele ficava bem distante do local de execução, provocando assim muito custo em relação e transporte interno de materiais”, ressalta. Em 2012, novos frutos foram colhidos com a ampliação da UTI, construção do novo Centro Cardiovascular Avançado e a inauguração do novo auditório do IEP. Já em 2013, foi entregue uma nova estrutura de Pronto Atendimento e iniciada as obras do Plano de Expansão viValle. No primeiro semestre de 2014, o Hospital inaugurou mais 10 leitos de internação e uma nova sala cirúrgica. Atualmente, a instituição conta com 61 leitos, sendo 27 em apartamentos individuais, 18 apartamentos duplos e 16 em UTIs. O complexo do Centro Cirúrgico possui quatro salas de operação e cinco salas de Recuperação Pós Anestésica, realizando aproximadamente 620 cirurgias por mês, de pequeno, médio e grande porte. O pronto atendimento realiza mensalmente, em média, cinco mil e 800 atendimentos e dispõe de seis consultórios. O prédio atual foi inaugurado no ano 2000. Mas, desde então, já passou por diversas ampliações. Em 2011, passou por uma reforma na recepção e Pronto Atendimento, ampliando em 40% a área do Hos-

viValle Fachada Frontal

viValle Fachada Lateral

pital Dia. Em 2012, inaugurou o Centro Cardiovascular avançado (Hemodinâmica) e o novo auditório do Instituto de Ensino e Pesquisa viValle. No primeiro semestre de 2014 inaugurou 10 novos leitos e até a conclusão do projeto de expansão a capacidade do Hospital será triplicada, passando a oferecer um total de 150 leitos. O hospital está concluindo as obras do novo prédio, situado ao lado do prédio atual, e interligado por passarelas e áreas de circulação. “Essa empreitada inclui diferentes obras dentro da instituição, que acontecem em paralelo, e que são parte do projeto de expansão, como a nova área de refeição de colaboradores e médicos”, comenta Ana Carina Bacha, Gerente de Operações do Hospital ViValle. O novo refeitório está em fase de acabamento, o número de lugares disponíveis será aumentado em 60% em relação ao refeitório atual, e haverá monta carga interligando a cozinha e a copa de pacientes, facilitando o trabalho das copeiras e agilizando o atendimento. A lanchonete também será aumentada, passando a oferecer a visitantes o dobro do tamanho e uma cozinha exclusiva. Health ARQ

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Expansão

Ampliação

Detalhes do Projeto

A obra do novo prédio foi construída no terreno ao lado do prédio atual. Isolamos parcialmente o corredor social, que é o local onde será feita a interligação dos dois prédios. Nos momentos de intervenção, tudo é programado e o paciente é informado através de comunicados internos, entregues no momento da internação. “Nos quartos com vista para a obra, foi instalado isolamento acústico, para diminuir o ruído da obra”, salienta Ana Carina. O terreno do novo prédio era o estacionamento, por isso, o Hospital alugou um terreno somente para este fim a alguns metros do Hospital. Para garantir o conforto e praticidade para pacientes e visitantes, passou a oferecer o serviço gratuito de manobristas e complementou o serviço disponibilizando uma van, que faz o traslado entre recepção do Hospital e estacionamento diariamente, das 9h às 22h. Quando o paciente está debilitado, o carro é entregue na recepção principal. “Para a reforma da fachada, transferimos a entrada principal para um terreno lateral ao hospital e mudamos o nosso fluxo interno”, diz a Gerente de Operações. A sustentabilidade não foi esquecida em todo o processo e está presente através da utilização de energia solar. O novo prédio conta com sistema de aquecimento de água que utiliza energia solar, visando economia de energia elétrica, e diminuição do consumo de recursos naturais (água). Do reuso de água. Toda água proveniente da chuva é conduzida através das tubulações e enviada a um compartimento, onde é bombeada novamente para as caixas independentes para ser reaproveitada para serviços de manutenção e jardinagem, por exemplo. E também da coleta seletiva. Todo resíduo gerado pela obra, é separado em caçambas apropriadas e enviados para empresa que faz o correto beneficiamento desse material antes de ser destinado ao aterro sanitário do município. O objetivo é diminuir o volume de descarte ao máximo, reduzindo o impacto ao meio ambiente. Atualmente são beneficiadas cerca de 280 toneladas de entulhos por mês. “A sustentabilidade também se fez presente durante as obras através da utilização de reuso de águas, resíduos separados classificados e com descarte especifico, materiais com selo de sustentabilidade comprovadas, não há certificação LEED”, comenta Solange Coelho, da Ironfer Construções. 60

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O projeto, que está aumentando em três vezes a capacidade inicial do hospital, teve a preocupação em manter as características originais da instituição com enfoque em humanização. “Todo o terreno está cercado por verde, então nós criamos os quartos e UTI’s com janelas voltadas para essa área preservada, priorizando a vista. Para se ter uma ideia da natureza que circunda o hospital, precisamos colocar telas nas janelas para evitar a entrada de animais”, conta Cynthia Kalichsztein, Sócia-diretora da RAF Arquitetura, responsável pelo projeto. Além da preocupação com o paciente, a humanização do projeto também teve como foco a equipe médica, criando no último pavimento da ampliação, uma área de conforto médico com varanda e uma vista privilegiada. “A humanização está muito presente neste hospital. A própria iluminação contribui, pois buscamos levar o máximo de luz natural aos ambientes”, reforça Cynthia. Dentro desta proposta de preservar as características do prédio antigo, para a fachada principal foram determinados brises em curvas. “Criamos uma fachada única para o hospital, pois ela é a continuidade da linguagem que já existia na instituição”, diz Flávio Kelner, Sócio-diretor da RAF Arquitetura. O arquiteto ressalta que, com a expansão finalizada, quando se olhar para a fachada será praticamente imperceptível o que faz parte do antigo e do novo.


“Conseguimos criar uma nova identidade com a forma curva. Buscamos apresentar uma fachada imponente e única, abraçando o prédio existente”. A ampliação facilitou ainda o fluxo dentro da instituição através da implantação de dois corredores principais. “Outro ponto a ser ressaltado no que tange ao fluxo é em relação a entrada do hospital, que antes era única e agora foi dividida entre pronto atendimento e entrada para visitantes/outros, que está no prédio novo”, comenta a arquiteta.

viValle Fachada Noturna

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Nova estrutura

Expansão

Novo Hospital Unimed Campo Grande

Projeto concretizado Hospital Unimed Campo Grande começa a inaugurar suas obras de ampliação

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om objetivo de ampliar o número de leitos hospitalares e oferecer atendimento diferenciado, o Hospital Unimed Campo Grande investe R$ 100 milhões em obra de ampliação do empreendimento – que passará de 3.000 para 23.000m² de área construída. Distribuída em nove pavimentos, a nova estrutura contará com 180 leitos, 10 salas cirúrgicas modernamente equipadas, além de UTI adulto e infantil. “O Hospital Unimed Campo Grande atenderá as mais diversas especialidades médicas, com tecnologia de última geração. Vale o ressaltar aumento significativo do número de leitos de internação, situação de urgência em todo o Brasil”, destaca a presidente da Unimed Campo Grande, Sarita Garcia Rocha. Em junho de 2015, a diretoria da Unimed Campo Grande inaugu-

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rou a nova UTI do hospital (provisória). Esta é mais uma entrega de trabalho do projeto de ampliação do Hospital Unimed CG. O local conta com 300m², oito leitos (sendo dois de isolamento), novos equipamentos, uma sala de acolhimento a familiares e iluminação natural. Além disso, há também uma área de preparo de medicamentos e banheiro adaptado às necessidades especiais do setor.


“É uma enorme satisfação verificar que uma das fases começa a se concretizar. Isso demonstra o que será o novo Hospital Unimed Campo Grande no que se refere à tecnologia e avanço no atendimento à saúde”, afirma o Dr. João Bosco de Barros Wanderley, cooperado e um dos ex-presidentes da Cooperativa. Já o coordenador da UTI, Dr. Carlos Geraldo Sobral de Medeiros, diz que a melhora na qualidade do ambiente de trabalho é fundamental para o desenvolvimento da atividade de qualquer profissional: “Na área médica, isso gera enorme um efeito multiplicador da saúde do paciente, além dos benefícios para o próprio médico, que pode desempenhar seu papel de forma ainda mais eficaz”. O espaço foi inaugurado na presença da Comissão de Fiscalização de Obras do Hospital Unimed CG. Após o término da torre, a atual UTI mudará de local e o espaço inaugurado se tornará área de convivência. Para finalizar, o presidente da Comissão e também ex-presidente a Unimed CG - Dr. Heber Ferreira Santana, afirma que a obra progride rapidamente e que a inauguração da UTI é um marco.

Novo Hospital Unimed Campo Grande Health ARQ

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Nova estrutura

Expansão

Nova UTI

Obras e sustentabilidade As obras foram divididas em três fases, pois estão acontecendo com o hospital em funcionamento e o atendimento não foi interrompido durante todo o processo. O projeto prevê isolamento acústico e térmico através de barreiras físicas, reduzindo o consumo de energia elétrica. Por ser totalmente em estrutura metálica, a obra reduz a quantidade de água e resíduos no processo construtivo. As fundações também estão sendo executadas em etapas. Em todas elas estão sendo envolvidos o tipo de fundação Hélice Contínua Monitorada. “As estacas executadas foram nos diâmetros de 45cm, 50cm, 60cm, 70cm, 80cm, 90cm e 100cm, variando de 12m a 16m”, revela Carlos Eduardo Steffens, Engenheiro da Funsolos, responsável pelo processo. O processo de execução do estaqueamento não afetou o funcionamento do hospital uma vez que foi possível separar a obra do hospital. A primeira obra a ser executada foi a UTI provisória que foi construída ao lado do hos64

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pital existente. “A entrada do equipamento de Hélice Contínua se deu pelos fundos do hospital e também dos equipamentos auxiliares e materiais. Essa obra possibilitou a mudança de local da UTI antiga, demolição do prédio no local onde ela estava localizada e preparação do local para ser executado as fundações do prédio principal”, conta. Para garantir a segurança do prédio, além de todo o sistema, optou-se por executar três ensaios de prova de carga dinâmica e executar ensaio PIT (Pile Integrity Test) em 100% do estaqueamento. Assim que a UTI provisória foi finalizada e entrou em funcionamento a antiga foi desativada e começou-se a demolição. “Na etapa seguinte, executamos as estacas de contenção que circundam o prédio principal, o que possibilitou a escavação do terreno até o nível do subsolo. Executamos a fundação do prédio principal”, diz Carlos Eduardo Steffens, Engenheiro da Funsolos.


Novo Hospital Unimed CG A obra de ampliação iniciou em fevereiro de 2015. Distribuída em nove pavimentos, a nova estrutura aumentará 20 mil m², contará com até 180 leitos, diversas especialidades médicas e 100% de acessibilidade para portadores de deficiências físicas. A construção é em estrutura metálica, o que reduzirá a quantidade de água e resíduos. Um isolamento acústico e térmico através de barreiras físicas reduzirá o consumo de energia elétrica. Durante todas as fases da obra o funcionamento do hospital será mantido.

Nova UTI

“A entrada do equipamento de Hélice Contínua se deu pelos fundos do hospital e também dos equipamentos auxiliares e materiais. Essa obra possibilitou a mudança de local da UTI antiga, demolição do prédio no local onde ela estava localizada e preparação do local para ser executado as fundações do prédio principal” Carlos Eduardo Steffens, Engenheiro da Funsolos

Inauguração da UTI Health ARQ

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Lançamento

Organização eficiente

Informe Publicitário

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organização espacial dentro dos estabelecimentos de saúde está diretamente ligada com a escolha dos móveis que atenderão a cada setor. Pensando nas necessidades hospitalares, a Palmetal desenvolveu recentemente uma estante, a modelo PBL, com capacidade de carga alta, de 100Kg por prateleira, limpeza simples e boa ergonomia por não possuir colunas no piso, além de ser produzida em aço inox AISI 304, com dez anos de garantia e da regulagem de altura feita através do encaixe das prateleiras. “Não é necessário apertar nenhum parafuso, o que 66

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Nova estante da Palmetal garante melhor acomodação e praticidade libera a equipe de manutenção que muitas vezes é bastante requisitada em outras atividades”, ressalta Alexandre Nascimento, Diretor Comercial da Palmetal Metalúrgica. Fabricada em aço inox AISI 304 escovado, possui uma estrutura em perfil de chapa de 2mm. Prateleiras com laterais elevadas e furação oblonga, a Estante PBL tem grande destaque para suas bordas altas, o que funciona como uma espécie de “gaveta”, permitindo o armazenamento de produtos pequenos e/ou frágeis, sem risco de queda. Além disso, ela permite uma prática regulagem de altura, para melhor se ade-

quar às suas necessidades. Outro ponto importante é o fato desse móvel ser totalmente fixado na parede, sem as tradicionais quatro colunas em contato com o piso. Isso permite uma limpeza muito mais prática do ambiente e um aproveitamento maior do espaço. “É possível guardar muito mais material nesta estante do que em uma comum, pois, suas laterais fazem dela uma gaveta. Isso também é importante quando se armazena líquidos, que ficam mais suscetíveis a quedas. A segurança da PBL é bem maior nesse sentido”, garante Nascimento.

Projetada inicialmente para o CME (Centro de Material Estéril), DML (Deposito de Material de Limpeza) e farmácia, a estante PBL é um produto versátil que pode ser utilizada em praticamente todas as áreas do hospital.

Oportunidade

A Palmetal está à procura de hospitais privados para degustarem a nova estante, modelo PBL. As três primeiras unidades interessadas, receberão uma unidade para teste. Basta entrar em contato pelo e-mail: marketing@palmetal. com.br


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Sob proteção

Detalhe

Hospital Israelita Albert Einstein - Unidade Alphaville Portas de acesso a Sala de Raio X e sala de comando

Planejamento detalhado Unidades do Albert Einstein são readequadas prezando pela higienização diante de um rigoroso gerenciamento de obras

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ada vez mais a higienização vem ganhando destaque nos processos construtivos das instituições de saúde. Exemplos dessa primordial preocupação estão nas recentes adequações das unidades Morumbi, Jardins, Ibirapuera, Alphaville e Perdizes do Hospital Israelita Albert Einstein. Essas edificações contam com pisos especiais, paredes com tintas que permitem serem lavadas e cestos de descarte de lixos estrategicamente alocados nas salas.

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Durante a execução destes projetos foram desenvolvidos isolamentos e vedações especiais entre as áreas em obras e em funcionamento. Tais fatores foram fundamentais para não gerar contaminação no ambiente hospitalar. Nestas unidades, além dos cuida-


dos com a higiene, outro ponto que ganhou evidência foi a segurança. Todas as salas de exames foram concebidas seguindo padrões rigorosos de radioproteção. As salas de exames de forma geral contam com dimensões adequadas para circulação de cadeiras de rodas e principalmente macas. Os visores plumbiferos foram idealizados para que o operador tenha uma visão abrangente do paciente, independentemente onde este possa estar. Nos pisos não existe nada que possa ocasionar algum acidente por queda. Já os banheiros possuem pisos antiderrapantes, barras de proteção e um sistema de acionamento de emergência caso o paciente tenha algum mal súbito. Outro atributo inovador dessas unidades são os equipamentos móveis com figuras infantis que transportam as crianças ao mundo mais lúdico. Além disso, os prédios também contam com armários para armazenamento e organização de vestuários, materiais e acessórios. Quanto à iluminação, as salas de exames possuem luzes com indicativo de radiação. Em locais específicos e estratégicos estão afixados informativos a respeito dos cuidados inerentes a radiação ionizante. A iluminação utilizada no local é de alto rendimento (LED). As edificações contam com salas de mamografia que possuem monitores, luzes, painéis especiais e som ambiente. O hospital estuda-se futuramente personalizar mais salas de exames.

Confiabilidade no mercado

No mercado desde 1999, a Ararat Engenharia, com sede em São Paulo, atua na área de construção, reforma e ampliação de edificações para o setor privado e público. A empresa conta com dispões de uma equipe de engenheiros de alto nível técnico, dedicados e comprometidos com a qualidade, prazos e a otimização dos recursos. A Ararat é especializada na execução de ambientes de saúde como hospitais e clínicas. Sua eficiente atuação no setor da construção civil se tornou sinônimo de qualidade e confiabilidade, oferecendo a melhor combinação de custo benefício aliado à experiência e competência técnica de seus serviços.

Hospital Israelita Albert Einstein - Unidade Alphaville Sala com equipamento e canaletas finalizadas Health ARQ

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Detalhe

Sob proteção

Hospital Israelita Albert Einstein - Unidade Alphaville Sala de Raio X

Instalações de equipamentos • Unidade Ibirapuera Equipamento Raio X Ysio, digital primeiro raio x sem fio wi-D • Unidade Alphaville Equipamento Axiom Luminos Drf Moderno Aparelho Digital 2 em 1 para radiografia e fluoroscopia • Unidade Jardins Equipamento Raio X Ysio, digital primeiro raio x sem fio wi-D 70

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Missão A equipe de obras definiu com a direção do hospital como seria feita a entrada e saída de materiais, funcionários e terceiros bem como horários para realização dos atendimentos. Toda essa logística da reforma contribuiu para o alcance do cronograma de obras. Na avaliação de Kegham Dadian, Diretor da Ararat Engenharia, companhia responsável pela execução das obras, um dos grandes desafios foi reformar a instituição em pleno funcionamento sem interferir na rotina do local. “Para que estas edificações pudessem ser mantidas em funcionamento ao longo das obras foi necessário um planejamento detalhado e um cronograma dos serviços”, afirma Dadian. Ao longo deste processo foi feita a redução dos ruídos com a utilização de isolamento acústicos nas paredes e a compartimentação dos ambientes com construção das paredes até a laje. Ainda de acordo com o profissional de engenharia, todo o transporte do entulho dentro do hospital foi realizado por meio de carros cubas com tampa para evitar qualquer tipo de suspensão de poeira no local. “Todo o material foi separado durante a execução da obra. Depois desta etapa, o descarte é monitorado e controlado. Durante a coleta, somente empresas licenciadas, certificadas e com autorizações legais foram contratadas”, afirma.


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Detalhe

Garantia de qualidade Revestimento

Em constante expans達o, Hospital Santa Paula atenta aos detalhes da obra

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Hospital Santa Paula foi fundado em 1958 como ProntoSocorro Santa Paula, atendendo principalmente pacientes do Inamps até 1987. Hoje, a instituição tem uma área física de 15 mil m². Conta com 200 leitos, sendo cinco suítes, 91 apartamentos privativos, 52 leitos de enfermaria, 32 na Unidade de Terapia Intensiva, nove na Unidade Coronariana e nove na Unidade de Terapia Intensiva Neurológica. Além disso, a instituição também possui nove salas de cirurgia, 50 leitos de terapia intensiva. Seu complexo hospitalar, é considerado um centro de excelência na Zona Sul da cidade de São Paulo, chegando a atender cerca de 100.000 pacientes por ano em seu Pronto Atendimento e realizar cerca de 7500 cirurgias por ano. Sua gestão arrojada treina e emprega mais de 900 colaboradores diretos, 300 terceirizados, além de contar com um corpo clínico competente. Sempre investindo em crescimento, em 2002, iniciou a construção IOHSP – Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula. Em 2006, as obras foram na UCO – Unidade Coronariana, da UTI – A, da UTI - B e implantação da UTI – C, baseado nos conceitos modernos de humanização para o tratamento do paciente grave. No ano seguinte, o Hospital Santa Paula investiu R$ 2 milhões para a construção de uma nova ala de internação com um conceito estético baseado em hotéis boutique que une sofisticação à alta tecnologia em hotelaria. Em 2008, foi a vez da reforma da Ala C do Hospital, dando continuidade aos investimentos de 2007, introduzindo um novo conceito de hotelaria hospitalar, com apartamentos sofisticados e a utilização de um sistema de gerenciamento integrado com prontuário eletrônico. Mais tarde, em 2010, as enfermarias também passaram por reformas, simultaneamente a ampliação do Pronto Atendimento, ocupando uma área de 680 m². Dando continuidade ao seu crescimento, a instituição inaugurou em julho deste ano, o Instituto de Oncologia Santa Paula. Com investimento de R$ 26 milhões o novo prédio tem capacidade para realizar 800 atendimento aos mês e conta com equipamentos de alta tecnologia, como é o caso da Radioncologia instalada no subsolo do IOSP. Além disso, a instituição investiu também em capacitação profissional. “O IOSP foi desenvolvido especialmente para atendimento de pacientes oncológicos localizados na Zona Sul da Cidade de São Paulo, onde não existe ainda nenhum Centro de Oncologia completo como este. Ele é dedicado ao tratamento e combate ao câncer e não possui internação. Caso esta seja necessária, o paciente é direcionado para o Hospital Santa Paula”, explica George Schahin, Diretor Presidente do hospital. A tecnologia é outro ponto que ganhou destaque dentro do Instituto de Oncologia Santa Paula. “Atualmente, utilizamos o mesmo sistema de TI do Hospital Santa Paula. Ele atende a demanda de gestão eletrônica do Instituto, inclusive todo o administrativo, que apoia o IOSP.” Health ARQ

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Detalhe

Revestimento

“Estamos nesta parceria com o Santa Paula desde 2012, e trabalhamos com os espaços da UTI, UCO, Medicina Nuclear, Tomografia, Ressonância e Passarela. Utilizamos pisos em manta homogênea Medintone PUR e conseguimos fazer o rodapé boleado para evitar o acumulo de sujeiras. Além disso, esse revestimento é termosoldado, o que também facilita a limpeza”. Thiago Zatz, Diretor Comercial da Revitech Pisos

Cuidado com os detalhes Sempre atenta a cada particularidade da obra e do acabamento, a instituição optou por utilizar as mais modernas soluções de revestimentos em cada uma das novas áreas. “Estamos nesta parceria com o Santa Paula desde 2012, e trabalhamos com os espaços da UTI, UCO, Medicina Nuclear, Tomografia, Ressonância e Passarela. Utilizamos pisos em manta homogênea Medintone PUR e conseguimos fazer o rodapé boleado para evitar o acumulo de sujeiras. Além disso, esse revestimento é termosoldado, o que também facilita a limpeza”, conta Thiago Zatz, Diretor Comercial da Revitech Pisos. Zatz salienta que este piso tem propriedades bacteriostáticas e possui garantia de 10 anos, o que garante à instituição, se seguida as normas de manutenção recomendadas, estar isenta de obras de reparo neste período. “Além disso, o hospital pode usar um impermeabilizante para manter o piso brilhando e prolongar a durabilidade”, reforça. Outro ponto a ser destacado no revestimento escolhido é que além de serem produtos sustentáveis, usar pouca água na manutenção, permitiram que a criatividade do arquiteto fosse executada. 74

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Investimento

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Ambiente agradável Novo Centro de P&D da Siemens Brasil, no Rio de Janeiro, conta com moderno sistema de climatização

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oi construído sob a coordenação do engenheiro Rafael B. Fehr, na Ilha do Fundão, no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Siemens R&D Center RJ. Lá estão concentradas todas as atividades de pesquisa e desenvolvimento do grupo e serão alocados mais de 800 colaboradores. A estrutura é totalmente voltada para inovação, e abrigará, inicialmente, 800 profissionais dedicados ao desenvolvimento de soluções de alta tecnologia para o setor de Óleo e Gás. Neste contexto de alta tecnologia, o partido arquitetônico adotado foi de linhas retas e espaços cleans, onde a imponência do edifício se reflete na amplitude dos espaços, e na modernidade e tecnologia das fachadas. O projeto do espaço levou em conta a implantação do edifício e o melhor aproveitamento do lote respeitando os limites de recuos frontais, laterais e posteriores. O estudo inicial foi enviado para aprovação na Alemanha e, só após a plena aceitação da matriz, o processo foi consolidado. A Siemens possui o conceito utilizado na construção dos espaços da empresa, chamado de Siemens Office, que prevê diversas áreas de convívio para seus colaborados, com sala de criatividade, sala 3D, salas de reunião e videoconferência, áreas de coffee break e lounges para descompressão. Além disso, o projeto reúne diversas qualidades que podem ser consideradas como diferenciais, entre os destaques está a visão privilegiada para o mar, a linguagem contemporânea da arquitetura, com linhas retas e imponentes, e também a Certificação com o selo LEED GOLD, atestando que o prédio tem um caráter sustentável.

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Investimento

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Climatização Na central de ar condicionado, estão instaladas duas unidades resfriadoras de líquido (Chiller) de condensação de ar de alta eficiência, compressor do tipo parafuso, com sistema de bombeamento primário e bombeamento secundário. “O sistema de controle para estes equipamentos foi distribuído através de unidades CLP (Controle Lógico Programável) de fabricação Siemens (hardware industrial) de ação PID (proporcional-integral-derivativo), integrado através de IHM (Interface Homem/Máquina)”, explica o engenheiro David de Sousa Augusto, Gestor de Negócios da Constarco Engenharia. Foram instalados tam78

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“Soluções como esta, adequadas às necessidades dos clientes, e alinhadas ao que há de mais avançado em termos de tecnologia, são resultados do trabalho de uma equipe de mais de 850 profissionais e da experiência de 36 anos da Constarco Engenharia, reconhecida pela sua excelência nos setores de instalação e manutenção de sistemas de ar condicionado”. Paulo Cesar Santini, Diretor-comercial da Constarco Engenharia


bém, condicionadores de ar com sensores eletrônicos sensíveis, de precisão, com alto fator de calor sensível para condicionamento do ar, que funcionam ininterruptamente durante verão e inverno, com controle restrito de temperatura e umidade relativa. “Todos os equipamentos foram baseados nos mais modernos padrões de eficiência energética e sob os requisitos de certificação LEED, resultando na obtenção do selo LEED GOLD”, reforça Augusto. De acordo com Paulo Cesar Santini, Diretor-comercial da Constarco Engenharia, soluções como esta, adequadas às necessidades dos clientes, e alinhadas ao que há de mais avançado em termos de tecnologia. “São resultados do trabalho de uma equipe de mais de 850 profissionais e da experiência de 36 anos da Constarco.

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Detalhe

Investimento

Rede Sarah - Centro Brasília

Projeto Diferenciado Hospitais da Rede Sarah se destacam com a mesma identidade nas unidades espalhadas pelo Brasil

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m 1960, com o objetivo de dotar Brasília de um moderno centro de reabilitação, a Fundação das Pioneiras Sociais implanta, na nova capital, um centro de reabilitação, inaugurado, em 21 de abril de 1960, pelo Presidente Juscelino Kubitschek, tratava-se do Centro de Reabilitação SARAH Kubitschek. Oito anos mais tarde, Aloysio Campos da Paz Júnior é convidado para dirigir o Centro de Reabilitação SARAH Kubitschek e nele desenvolver as ideias que surgiram do seu treinamento em Oxford. Surge então o embrião do Conselho Comunitário, para dar apoio político ao futuro projeto. Em 1969, o Centro de Reabilitação, ampliado e adaptado, funcionando também como hospital cirúrgico com 66 leitos, atende não só a Brasília como às populações das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do País. Com isso, a instituição consegue que a Secretaria de Planejamento da Presidência da República e o Ministério da Saúde aprovem o projeto que prevê um futuro hospital. Mais tarde, em 1980, o SARAH torna-se realidade e é inaugurado pelo 80

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Presidente da República. Nos anos de 1993, a Rede SARAH expande as suas atividades, inaugurando uma unidade em São Luís, no Maranhão, para começar a atender a população no norte do Brasil. Porém esse era só o primeiro passo do crescimento. Nos anos seguintes, a Rede se espalhou por Salvador, Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro, Macapá e Belém. Em 2009, inaugura-se o Centro Internacional de Neurociências e Neurorreabilitação, no Rio de Janeiro, concretizando-se o ideal que começou com a implantação do Centro de Reabilitação Infantil, na Ilha da Pombeba.


Identidade característica

Rede Sarah - Salvador

Todas as unidades da Rede SARAH caracterizam-se por uma cuidadosa integração de sua concepção arquitetônica aos princípios de organização do trabalho e aos diferentes programas de reabilitação, definidos conforme os indicadores epidemiológicos da região em que cada unidade está inserida. Essa integração resulta, por exemplo, nos amplos espaços dos hospitais da Rede SARAH, com seus solários e jardins, na humanização do ambiente hospitalar e nas enfermarias coletivas, com o sistema de assistência progressiva e o melhor aproveitamento dos recursos disponíveis. As unidades estão interligadas por tecnologias de comunicação à distância. Os prontuários eletrônicos registram o cotidiano de cada pessoa em tratamento. Diagnósticos de patologias, casos e imagens radiográficas e fotográficas, bem como exames, podem ser discutidos conjuntamente, em tempo real, por meio de videoconferência, pelas equipes das diversas unidades, multiplicando seu potencial de conhecimento. Também é possível acessar os prontuários de qualquer unidade, permitindo interconsultas e compartilhamento de informações. Além disso, o modelo de arquitetura em todas as unidades foi criado pela genialidade do arquiteto João Filgueiras Lima, mais conhecido por Lelé, falecido em 2014. Seus hospitais têm características próprias que, além de atenderem os requisitos das instalações hospitalares, objetiva através da arquitetura, reduzir a necessidade do condicionamento de ar através da utilização de processos naturais de ventilação e resfria-

mento adiabático. “Lelé sempre objetivou minimizar as áreas com condicionamento de ar, privilegiando a ventilação natural e proteção de invólucro da edificação. E dentro deste modelo, em 1992, nos chamou para elaboração do projeto de condicionamento de ar da prefeitura de Salvador, prédio localizado no Centro Histórico da cidade. Desde então a Engenharia de Sistemas Térmicos S/S foi a parceira de Lelé em todos os seus projetos, sendo os da Rede Sarah os maiores desafios e um permanente aprendizado”, comenta George Raulino, Sócio-proprietário e fundador da Estermic. O projeto da unidade do Rio de Janeiro foi o último projeto de Lelé, e pode-se imaginá-lo como uma edificação construída sob a copa de uma árvore, havendo uma cobertura cinco metros acima dos ambientes, que projeta sombra e permite que o vento Health ARQ

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Investimento

Detalhe

Rede Sarah - Belém

Especificidades passe entre a cobertura e o teto do prédio. Nesta unidade, sob todo o pavimento térreo há o pavimento técnico onde o ar é captado nas fachadas de ventos predominantes através de ventiladores. Se as condições de ar externo forem propícias, este ar é inserido nos ambientes através de totens com registros motorizados. “O ar é, então, exaurido de forma natural através de aberturas motorizadas no teto dos ambientes. Quando as condições climáticas são desfavoráveis, os registros de admissão e descarte de ar são fechados e o sistema de condicionamento do ar passa a atender aos ambientes”, explica Raulino. Já as salas de cirurgias são atendidas por condicionadores individuais que cumprem todos os requisitos exigidos pelas normas e regulamentos brasileiros e da ASHRAE. As casas de máquinas, que abrigam os condicionadores de cada sala de cirurgia, estão localizadas no pavimento técnico abaixo da sala atendida, minimizando a extensão dos dutos de insuflamento, de retorno e de extração, facilitando operações de descontaminação dos dutos. “As salas têm o recurso de alterar a pressão interna de positiva para negativa com o acionamento de ventilador e registro de ar. Todas as salas têm difusores laminares e retorno junto ao piso”, conta. 82

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Em todas as unidades da rede o projeto de arquitetura privilegia o processo natural de climatização, restringindo a utilização do condicionamento de ar às áreas que requerem controle das condições do ambiente. Os sistemas de ar condicionado são do tipo expansão indireta com resfriamento central de água são utilizados em todas as unidades. “Nas unidades de Brasília e Belo Horizonte são utilizadas unidades resfriadoras com condensação a ar e nas demais resfriadoras com condensação a água”, especifica. Segundo Raulino, o conhecimento do arquiteto Lelé e atenção prestada por ele aos projetos complementares proporcionaram a plena interação entre arquitetura, estrutura e instalações, havendo total harmonia, que se demonstra durante as construções pela inexistência de questões maiores. “Apesar das soluções arquitetônicas adotadas na Rede Sarah privilegiarem a utilização de climatização natural, os espaços técnicos reservados aos sistemas de condicionamento de ar sempre foram muito generosos”. O fundador da Estermic reforça que nos hospitais da Rede Sarah, as salas de primeiro estágio, como são denominadas as UTI’s, são atendidas por sistemas de condicionamento de ar. Estes ambientes geminados com jardins, varandas, solários, onde o paciente volta a ter contato com o exterior. Há evidências que esta rotina proporciona mais rápida recuperação aos pacientes.


Climatização sustentável Muito antes do conceito de sustentabilidade ter o alcance atual as unidades da Rede Sarah já o tinham em seus projetos. As unidades do Nordeste têm galerias sob os hospitais e nas extremidades há a entrada dos ventos constantes desta região e dutos verticais levam o ar aos ambientes que não requerem ar-condicionado. A cobertura das unidades é feita de modo a otimizar a iluminação natural e a proteção contra a incidência direta de radiação solar existe nas fachadas e nos sheds da cobertura. “Todos estes são conceitos ainda raros de se observar em edifícios no Brasil, mas que vêm trazendo benefícios à qualidade ambiental dos Hospitais e redução no consumo de energia”.

Rede Sarah - São Luís

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Detalhe

Transparência segura

Opção certa Escolha do vidro correto contribui para o combate a contaminação hospitalar

U

m material moderno e ao mesmo tempo clássico. Assim se define, com poucos detalhes, o vidro. Utilizar o vidro na composição das edificações hospitalares tem sido algo bastante visível nos últimos anos. O uso deste material na envoltória dos novos prédios é uma tendência atual. Este cristal tem agregado muita tecnologia às fachadas, com muito desempenho quanto ao controle de energia, além de muita transparência de designs. Devido a sua baixa porosidade, todos os vidros, de uma maneira geral, são recomendados para o ambiente hospitalar. A facilidade para limpeza que o material possui contribui para que não haja acúmulo de detritos, contribuindo para o controle da contaminação hospitalar. “O vidro antibactéria, além dessas características, possui a propriedade de eliminar as bactérias que possam se acumular sobre ele sendo indicados para aplicação em locais que requeiram luminosidade, transparência e visibilidade como salas de espera, hall de elevador e circulação”, ressalta Katia Sugimura Simoes, Consultora externa AGC para o vidro antibacteria. Kátia salienta ainda que o vidro antibactéria pode ser utilizado como 84

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espelho ou como revestimento de paredes, quando pitado, assim como nas janelas e portas dos quartos e divisórias internas. A propriedade antibactéria é aplicada ao vidro através de um processo patenteado pela AGC de difusão de íons de prata e outros metais. “Esta camada elimina 99,9% das bactérias na superfície do vidro em 24 horas e evita a proliferação de fungos”, garante a consultora. A camada de íons de prata garante não só a ação antibactéria no vidro, mas também a maior durabilidade ao produto, uma vez que é incorporada ao material. “Esta durabilidade é de tempo indeterminado, só a garantia da AGC para a eficácia do produto dura por 10 anos”, afirma.


Sustentabilidade Além do modelo bactericida, o mercado dispõe de diversos modelos de vidro e sistemas de envidraçamento que, quando especificados e instalados corretamente, oferecem conforto térmico e acústico, com ganhos significativos na economia de energia elétrica (ar condicionado e iluminação natural) . Os vidros de controle solar Stopsol, Sunergy são produtos da AGC muito utilizados no mundo todo por sua alta eficiência energética e estética de acordo com as tendências na arquitetura. “A nossa empresa desenvolveu também um vidro refletivo exclusivamente para o mercado brasileiro: Stopray Lamismart 24®, composto por versatilidade, fácil processamento, e ainda oferece maior transmissão de luminosidade e menor fator solar que seus concorrentes diretos.”

Os vidros de controle solar, por contribuírem na redução de energia elétrica para uso de ar condicionado e iluminação artificial, recebem pontuação para obras que buscam a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Outra medida de sustentabilidade adotada pela empresa não está diretamente ligada a edificação, mas sim ao processo de fabricação dos produtos. Quando há quebra ou refugos do material, todos os vidros são 100% reciclados.

“O vidro antibactéria, além dessas características, possui a propriedade de eliminar as bactérias que possam se acumular sobre ele, sendo indicados para aplicação em locais que requeiram luminosidade, transparência e visibilidade como salas de espera, hall de elevador e circulação” Katia Sugimura Simoes, Consultora externa AGC para o vidro antibacteria

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Investimento

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Hospital próprio Unimed Governador Valadares investe em edificação com base em estrutura metálica

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om investimento de R$ 100 milhões, o Hospital Unimed chega a cidade de Governador Valadares (MG) para somar à Saúde do município. A instituição possui uma área total construída de 17.700m², com oito andares, além de um heliponto. A unidade está voltada para atendimentos de média e alta complexidade, com capacidade de 168 leitos, disponíveis para internação clínica, cirurgia geral, intensiva adulta e pediátrica, maternidade e internação de recém- nascidos sadios e UTI. Toda a superestrutura do hospital foi construída em estrutura metálica, que, segundo o presidente da Unimed, Manoel Arcísio Araújo declarou à imprensa, mostrou ser o modelo construtivo mais adequado para a obra, além de ser mais rápido, possibilitando que em pouco

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tempo todos os pavimentos estejam praticamente erguidos. O Presidente ressaltou ainda que a construção do hospital é a realização de um sonho. “Será um hospital moderno, entre os mais avançados do Leste de Minas, com 168 leitos, e contemplará vários serviços de alta complexidade. Acredito que Valadares vai avançar muito com esse empreendimento, que é fruto de anos de planejamento”.


Base da obra Entre o início do desenvolvimento dos projetos até as primeiras etapas de montagem, decorreram aproximadamente três meses. “A montagem da estrutura da torre, bem como todo o pavimento térreo, foram executados com grua e auxílio de muncks na parte inferior”, detalha Diego Minozzo, Engenheiro de Obras da Medabil Sistemas Construtivos. Segundo Minozzo, no projeto da Unimed Governador Valadares (UGV) houve um cuidado criterioso no desenvolvimento dos projetos da estrutura, visto a responsabilidade estrutural de um projeto como este. “Toda a estrutura da obra foi projetada em softwares de cálculos tridimensionais, simulando as condições de carregamento, vento e utilização em todas as situações mais extremas”. No desenvolvimento do projeto também foi privilegiado o uso de sistema de lajes com forma de aço e armadura incorporada (steel deck), que eliminaram completamente o uso de escoramentos em obra e possibilitaram grande velocidade de execução da concretagem das lajes. “No pico da obra tivemos a concretagem de cerca de um pavimento por semana, o qual já estaria liberado para as demais atividades (alvenarias, vedações, revestimentos e instalações) em cerca de dez dias”, comenta.

“Toda a estrutura da bra foi projetada em softwares de cálculo tridimensionais, simulando as condições de carregamento, vento e utilização em todas as situações mais extremas”. Diego Minozzo, Engenheiro de Obras da Medabil Sistemas Construtivos

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Investimento

Detalhe

Expertise

Logística

O Engenheiro Minozzo explica que a montagem de estruturas em prédios de múltiplos pavimentos obedece uma sequencia construtiva de montagem: pilares, vigas, steel decks e escadas. “Entretanto, na UGV havia uma situação particular: a obra possuía uma grande área de pavimento térreo toda estruturada que não dependia da montagem da torre principal. Desta forma, foi possível a execução da obra com duas frentes de montagem simultâneas, uma subindo a torre principal andar por andar e a outra efetuando a montagem do térreo e periferias”, lembra. Em obras deste tipo, em que o prazo é fundamental, sempre há um desafio muito grande no planejamento logístico da montagem da estrutura e na UGV não foi diferente. “Tivemos fornecimentos a partir de três unidades da Medabil, os quais teriam de ser sincronizados perfeitamente sob pena de paralisação da montagem”. Da mesma forma, todas as peças e componentes da estrutura foram projetados e dimensionados pela empresa para atender a legislação nos requisitos de transporte rodoviário convencional, bem como na capacidade de içamento dos equipamentos alocados no canteiro e disponíveis na região. “Em um terceiro ponto, a adoção de um pátio de estocagem próximo a obra possibilitou a realização de um buffer de peças, possibilitando à montagem trabalhar ininterruptamente independente de qualquer variabilidade no fornecimento ou no transporte”, ressalta Minozzo.

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Atuando com soluções em Estrutura Metálicas, a Medabil iniciou suas atividades no ano de 1967 e, desde então, vem se consolidando como uma das principais empresas no mercado construtivo metálico, tornando-se referência de qualidade dentro e fora do Brasil. A empresa, através da industrialização da execução de suas obras e do controle de material, cronograma e serviços, atende a esta expectativa e garante a conclusão de obras de hospitais, laboratórios, centros de tratamentos especializados entre outros. A Medabil, promove um serviço que atende aos planos dos investidores e dentro do que for compromissado, estendendo a parceria para futuros empreendimentos do mesmo grupo ou rede sempre que novos projetos aparecem. Focada na concepção de projetos, fabricação e montagem de estruturas metálicas mundialmente, hoje a empresa é composta por cinco unidades de negócio, atuando em obras industriais, comerciais, varejo, logística, infraestrutura, edifícios de múltiplos pavimentos e serviços técnicos.


Particularidades As edificações com estrutura metálica têm um cuidado muito grande no seu uso em relação à proteção contra incêndios. Além de todos os Projetos de Proteção Contra Incêndio (PPCI), de aplicação obrigatória e já corriqueira no Brasil, as obras em estrutura metálica também são verificadas em relação ao Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF). “Este tempo é determinado estipulando-se quantos minutos serão necessários para a evacuação completa dos usuários do prédio com segurança”, explica Ronaldo Martineli da Medabil. A partir da determinação do tempo necessário, realiza-se uma série de cálculos e simulações da estrutura através de modelagem computacional e numérica, nos quais todos os elementos são levados ao limite da sua resistência perante uma condição de incêndio. De posse dessas informações é realizado o projeto de proteção passiva ou ativa das estruturas, garantindo-se assim a segurança em caso de incêndios. “Para citar como exemplo, na obra da Unimed GV foi adotado TRRF de 120 minutos e com isso optou-se pela execução apenas de proteção passiva com argamassa projetada na estrutura”. Os componentes estruturais adotados nas obras da Medabil, sejam perfis laminados, soldados ou mesmo as ligações aparafusadas ou soldadas, seguem as mesmas diretrizes de projeto e controle de qualidade adotadas em países da Europa e EUA. “Desde a concepção do projeto, até a entrega das estruturas na obra, todo o processo é planejado para atender os requisitos do cliente, sejam prazos curtos, sejam requisitos de uso, através da compatibilização e aprovação de projetos da estrutura com as demais disciplinas envolvidas mantendo plenamente a funcionalidade dos ambientes”.

Ficha Técnica Nome da obra: Unimed Governador Valadares Área total construída: 23.274m² Numero de pavimentos: 12 pavimentos (incluindo andares técnicos) e Heliponto Número de escadas: 2 escadas enclausuradas para emergência Numero de elevadores: 4 elevadores Numero de peças estruturais: 3100 (aproximadamente) Ligações: aparafusadas Tipo de proteção anti-incêndio: proteção passiva com argamassa projetada

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Antigo e novo

CAPA

Marcas do passado 90

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Retrofit ajuda a manter viva a história de diferentes épocas e culturas

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difícios históricos representam a memória do passado não somente em sua expressão física, mas principalmente na forma como eles retratam a vida de seu tempo. Neste sentido, eles incorporam a cultura de suas épocas. Baseado nesta premissa, a UNESCO introduziu no mercado o conceito de “Sustentabilidade Cultural”, que visa transferir à futura geração a memória da cultura do passado, agregando valor aos edifícios históricos e integrando novas funções que valorizem sua riqueza histórica. A sustentabilidade cultural (a quarta dimensão do desenvolvimento sustentável) significa preservar e melhorar o acesso à arquitetura que agrega a identidade local e regional, contribuindo de forma econômica, social, educacional e ambiental através da sua conservação. “Restaurar ou reformar hospitais antigos, significa que o design do hospital, deve incluir a interpretação de identidades históricas através da conservação de valor ambiental e patrimonial dos edifícios, a maximização dos benefícios sociais e comunitários e a exploração de suas qualidades únicas”, ressalta Romano Del Nord, Diretor da Faculade de Arquitetura de Firenze, na Itália, que prossegue dizendo: “por esta mesma razão, esses prédios precisam ser regenerados com abordagem diferente, uma vez que podem ser até milenares, a fim de aumentar o ‘valor cultural’ da arquitetura hospitalar”, acredita Del Nord. Os hospitais centenários, na sua maioria, são tombados pelo Patrimônio Histórico, sendo um desafio maior inserir nessas edificações as necessidades das instituições de saúde atuais. Isso porque, normalmente, a estrutura física é pouco flexível, devido as características da construção e, muitas vezes, o arquiteto encontra varias fases de construções, de diferentes épocas, com materiais e técnicas bem distintas. Os princípios que inspiram o conceito de cultura como um recurso renovável dizem que deve-se preservar todos os edifícios que contribuem para a tradição e vida cultural de uma comunidade. “Isso também significa que é preciso preservar toda a riqueza e complexidade da arquitetura moderna, trazendo a atenção para a importância de avaliar o stock existente”, diz a arquiteta Inara Rodrigues.

Centro Oncológico Villa Ragionieri - Firenze, Itália Século XIV

Centro Oncológico Villa Ragionieri - Firenze, Itália

Centro Oncológico Villa Ragionieri - Firenze, Itália Health ARQ

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Antigo e novo

CAPA Inara atenta também para os principais pontos que garantem a sustentabilidade cultural. “Ao se trabalhar com estas instituições, devemos estudar caso a caso, respeitando a história e o que realmente é conveniente inserir nestes espaços, analisando que atividades são possíveis”, salienta a arquiteta, que possui em seu currículo o retrofit do Hospital de Caridade, localizado em Florianópolis (SC). Segundo Inara, ter a visão completa do conjunto arquitetônico é fundamental para se manter a harmonia da edificação. “As novas intervenções devem ter personalidade sem ofuscar a história e criar ruídos no conjunto. Conseguir este equilíbrio é o desafio da arquitetura”, reforça. O arquiteto argentino Luciano Monza, Ex -presidente da AADAIH (Comisión Directiva de la Asociación Argentina de Arquitectura e Ingeniería Hospitalaria) salienta que o modo mais usual para conservar as características de uma edificação centenária é manter a fachada do edificio, os jardins e apenas alguns espaços internos, pois, geralmente, a maioria das áreas internas necessita de mudanças para atender a demanda e as necessidades da medicina atual. Quando o retrofit se da em apenas uma das áreas da instituição, para que o prédio não perca suas características, é preciso respeitar alguns elementos arquitetônicos sugnificativos da obra original e propor uma nova arquitetura através destes conceitos. A arquiteta argentina membro da AADAIH, Laura Tonelli, salienta que após definido o que será retrofitado é preciso desenvolver um planejamento das diferentes fases do proceso e das adaptações. “Neste estudo, levamos em conta o que é patrimônio tangível de material (aspectos físicos e construtivos) e intangíveis (tudo relacionado a memória coletiva, sua imagem e identidade cívica)”. O retrofit ou processo de modernização de 92

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áreas hospitalares, envolve o uso de várias técnicas para melhorar, renovar o espaço e obter retornos adequados. Ele pode ser limitado a espacial, funcional, a criação de setores para otimizar instalações como sanitárias, gases medicinais, equipamentos de aquecimento central, de refrigeração e ar condicionado, instalações elétricas, elevadores mecânicos e especiais, etc. “Vale ressaltar que revitalizar e atualizar o prédio do hospital e sua infraestrutura física aumentam a vida útil do imóvel”, destaca Laura. Durante a criação deste formato de projeto, um dos cuidados primordiais está em tornar a instituição um único prédio integrado no que diz respeito às características arquitetônicas. “É preciso dar continuidade ao existente estabelecendo uma relação estreita entre as necessidades médicas, o contexto local e as propostas de design”, diz a arquiteta da Argentina. O retrofit de um hospital centenário exige investimentos maiores que o valor comum. “Isso porque, normalmente, os prédios antigos possuem uma contrução e organização espacial mais rígidas em relação as edificações modernas, o que limita a instituição a responder as necesidades de saúde atuais”, reforça Monza.

Centro Oncológico Villa Ragionieri - Firenze, Itália Século XIV

Centro Oncológico Villa Ragionieri - Firenze, Itália

“Vale ressaltar que revitalizar e atualizar o prédio do hospital e sua infraestrutura física aumentam a vida útil do imóvel”, Laura Tonelli, arquiteta membro da AADAIH

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CAPA

Estrutura

Antigo e novo

A estrutura da edificação também precisa ser levada em consideração quando projeta-se o retrofit do local, pois, em alguns casos, é necessária a análise de um profissional de engenharia para garantir a segurança do prédio. “Geralmente, precisa-se de reforços estruturais no prédio antigo para apoiar a construção nova. E este é um dos fatores que oneram a obra de retrofit”, explica o arquiteto argentino Luciano Monza.

Imperial Hospital de Caridade

Imperial Hospital de Caridade - Década de 30

Imperial Hospital de Caridade - Década de 20 94

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Muito além dos cem anos Presentes em alguns pontos da Europa, os hospitais medievais, na maioria dos casos, possuem em sua forma e arquitetura a essência das performances de humanização. E essas instituições, que muitas vezes continuam em funcionamento, precisam passar por adaptações e reparos. “Para nós, arquitetos, engenheiros e pesquisadores, um caso desses requer um planejamento estratégico, que surge quando temos que decidir como avaliar a “resiliência” da zona histórica de saúde em relação aos usos futuros e princípios da coesão econômica, social e de sustentabilidade ambiental”, diz Romano Del Nord, Diretor da Faculade de Arquitetura de Firenze, na Itália. Mais e mais frequentemente, na Itália, em particular, hospitais situados nos centros históricos são percebidos como não adequados para fornecer os serviços que as pessoas esperam hoje. O problema de ‘se’ e ‘como’ fazer para atualizar a edificação é muitas vezes dirigido através de um estudo de viabilidade que avalia se é mais adequado criar um novo hospital fora do centro da cidade ou para ampliar, adaptar e reutilizar o existente com a permanência no contexto urbano. “Metodologias de avaliação avançadas e procedimentos de análise de valor são usados para comparar vantagens e desvantagens das duas alternativas. Não há dúvida de que a decisão de permanência no contexto urbano pode trazer muitos benefícios comunitários”.


Imperial Hospital de Caridade - Dias atuais

CASES Imperial Hospital de Caridade (Santa Catarina – Brasil) No caso do Imperial Hospital de Caridade - IHC, uma instituição de 225 anos, na qual existem algumas dificuldades de alteração da estrutura atual e limitações em função do tombamento, a diretoria do local optou por criar um novo bloco, anexo à estrutura existente. Neste novo bloco, foram colocadas as unidades mais críticas, que necessitam de estruturas e instalações mais modernas e complexas, como UTI, CC e CME, e ainda uma área para, futuramente, levar também o Centro de Diagnóstico por Imagem. “Somente com o novo bloco, foi possível atender as novas normas e necessidades das novas instalações, sendo um Centro Intensivo de Alta Complexidade moderno e resolutivo”, explica a arquiteta Inara Rodrigues. As atividades administrativas, internações, e áreas de apoio logístico ficaram no bloco mais antigo do hospital, pois possuem maior facilidade

de adaptação e menos necessidade de instalações especiais. “Somente analisando a estrutura como um todo e conhecendo as características estruturais de cada área especificamente, é possível planejar e projetar adequadamente, sem ferir a história que estas edificações possuem e contam”, reforça a arquiteta de Santa Catarina.

Centro Hemato Oncológico do Hospital de Pediatria Dr. Juan P. Garrahan (Argentina) Nascido como hospital de referência em alta complexidade, a instituição localizada na Argentina possui um prédio de nove hectares e uma área construída de 103 mil m². A edificação com tipologia de projeto sistêmico tem uma grade modular estrutural e dimensional com base no local e flexibilidade. A instituição passou por uma obra de ampliação em 2012, que tinha como premissa básica respeitar o tipo de desenvolvimento do hospital e manter o piso térreo para atendimento ambulatorial e hospitalar. Além disso, o projeto de retrofit considerou também o conceito de modulação estrutural, mas com uma dimensão diferente do projeto original. Para dar continuidade as características visuais do hospital houve uma integração através das cores.

Hospital de Pediatria Dr. Juan P. Garrahan Health ARQ

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CAPA

Antigo e novo

Isola Tiberina (Roma – Itália) O complexo monumental de Isola Tiberina, em Roma, foi construído pelos romanos em 293 aC como um templo para Aesculapious e foi usado como um hospital pela primeira vez em 1584. A instituição passou por várias reformas que tornaram possível manter o seu uso hospitalar. O complexo hospitalar é, agora, não apenas uma unidade de saúde trabalhando, mas um marco urbano. Soluções tecnológicas avançadas têm sido adotadas para mostrar a memória do passado para os usuários do hospital. “O valor histórico original dá a este hospital um sentido de identidade para as pessoas que trabalham lá. Além disso, ele mostra como a renovação pode aumentar a memória do passado e integrá-lo plenamente em uma instituição moderna, sem perder a coerência”, destaca o arquiteto italiano Romano Del Nord. Nesta edificação foram implantados pisos de vidro, que permitem enxergar o hospital original.

Isola Tiberina 96

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Hospital Santa Maria Nuova

Santa Maria Nuova Hospital (Florença – Itália) Esta instituição remete ao século XIII e é registrada como o hospital mais antigo de Florença. Recentemente renovado, oferece uma elevada qualidade de atendimento para todos os residentes no centro histórico. As características desta intervenção são multifacetadas e incluem questões como: o papel da assistência prestada em um contexto urbano ao longo dos séculos por um hospital cercado pelos mais importantes monumentos históricos da cidade de Florença; o caráter científico de uma investigação técnica na base do Estudo de Viabilidade; a restauração das obras de arte como parte da restauração do hospital; a ênfase dada à interdependência do desenvolvimento artístico, reutilização hospitalar e reabilitação social do contexto urbano; a singularidade do “novo uso” como hospital museu integrado com as unidades de saúde; “A regeneração deste edifício histórico tem sido levada a sério sem comprometer ao funcionamento do hospital e conforto ambiental dos pacientes”, conta Romano Del Nord. O projeto restaura o principal eixo transversal e o layout do pátio da instituição. O retrofit foi desenvolvido em etapas, mantendo os serviços hospitalares em funcionamento. “Os trabalhos de restauração foram iniciados no ano de 2000 com escavações arqueológicas que revelaram vestígios históricos do assentamento romano”, revela o arquiteto. Nesta restauração foram utilizadas as técnicas mais avançadas no setor, devido ao alto valor das pinturas e das fachadas. Um hospital museu difuso foi criado para a exibição de obras, que foram doadas através dos séculos, dentro do hospital. “Enquanto o patrimônio histórico foi cuidadosamente restaurado, novas inserções modernas foram projetadas com alto padrão de qualidade”.


Hospital Santa Maria della Scala

Santa Maria della Scala (Siena – Itália) Santa Maria della Scala foi construído em frente ao Duomo e é, provavelmente, o hospital mais antigo da Europa que começou a operar na Idade Média até o século XX, quando finalmente se transformou em um museu. “Pesquisa, gravação e armazenamento de provas do passado têm sido a parte mais importante do projeto”, destaca. No início deste novo século, o antigo hospital tornou-se um museu que mostra as diferentes fases do seu desenvolvimento

através dos anos. A riqueza da memória histórica integrada no património torna-se visível e acessível a todos os cidadãos e visitantes. O retrofit desta instituição é um bom exemplo de uma reutilização adaptativa de um quarteirão inteiro que tem evoluído ao longo dos séculos como “uma cidade dentro da cidade”. A singularidade de Santa Maria della Scala encontra-se em uma série de elementos peculiares, tais como: a ideia de um novo espaço funcional com o qual pode-se melhorar e transmitir a memória do passado para as gerações futuras. “A riqueza da memória histórica integrada com o patrimônio ainda é visível”, comenta Romano Del Nord, Diretor da Faculade de Arquitetura de Firenze, na Itália.

“Restaurar ou reformar hospitais antigos, significa que o design do hospital deve incluir a interpretação de identidades históricas através da conservação de valor ambiental e patrimonial dos edifícios, a maximização dos benefícios sociais e comunitários e a exploração de suas qualidades únicas”. Romano Del Nord, Diretor da Faculade de Arquitetura de Firenze, na Itália Health ARQ

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CAPA

Antigo e novo

Centro de Câncer Florence

O projeto complexo do Centro de Câncer Florence (CFO) envolveu a criação de um novo pavilhão e a restauração de uma antiga casa de campo. “A combinação difícil entre o antigo e o novo foi, contudo, essencial para reforçar a identidade da arquitetura para a cura do câncer, que está exigindo ambientes com uma intensidade tecnológica diferente, onde é possível realizar uma ampla gama de atividades que variam de prevenção, diagnóstico, cura e follow-up”, explica Romano Del Nord. O complexo histórico do século XVII apresenta um pátio que pertencia a antiga vila, conhecida como Villa Ragionieri. Apesar do avançado estado de degradação, o projeto tem sido capaz de combinar a restauração filológica com a requalificação dos espaços internos com o objetivo de facilitar a comunicação entre os pesquisadores e médicos. “A antiga vila foi, portanto, transformada em uma praça científica, que inclui o centro de pesquisa, biblioteca, as salas de conferências, um ambulatório, uma unidade de câncer de hospital-dia, bem como o departamento executivo e escritórios administrativos. O novo Centro de Câncer também está composto pela construção de uma plataforma tecnológica em que o impacto volumétrico não é percebido graças à forma da paisagem verde”.

O novo pavilhão possui três andares e o bunker no subsolo para os aceleradores lineares e os laboratórios de anatomia patológica, bem como a investigação translacional. O piso térreo é dedicado às salas de operação ao lado da unidade de radiologia, a unidade de medicina nuclear e sala de recuperação. “A posição central do bloco operacional facilita a integração multidisciplinar dos setores cirúrgicos, farmacológicos, bem como radioterapia entre as operações em que o futuro dos cuidados de câncer”, finaliza o arquiteto.

Luciano Monza, ex-presidente da AADAIH (Comisión directiva de la Asociación Argentina de Arquitectura e Ingeniería Hospitalaria) 98

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Conforto

Humanização

Nova Espera do Centro Cirúrgico

Visão além da comodidade Refrofit da Eye Clinic garante mais conforto ao adotar um inovador conceito de ambientação

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mbora ainda esteja engatinhando em países como o Brasil, as técnicas intimistas para garantir maior conforto aos pacientes estão cada vez mais presentes nos projetos de arquitetura da

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saúde do País. Uma prova dessa adequação humanizada focada no usuário é o recente retrofit da Eye Clinic, localizada na Avenida República do Líbano, na capital paulista. Para cada ambiente desta edificação foi ela-

borado e desenvolvido uma especificação que atendesse aos critérios de operação e comodidade. Durante a escolha do mobiliário a instituição teve sempre como premissa prezar pela durabilidade e a ergonomia. O mobili-

ário adotado busca atender as necessidades dos pacientes com dificuldade de mobilidade. Dentro deste plano de reformulação também está o novo auditório para a unidade com capacidade de 40 lugares,


Estrutura para o paciente os novos consultórios com um conceito diferente de ambientação e uma área de exame única integrada à operação dos consultórios. Este projeto foi o caminho ideal para o centro clínico receber novos layouts em sua estrutura física. Toda a reformulação do prédio buscou atender às novas demandas de exames e as novas tecnologias na área de oftalmologia. Na avaliação da arquiteta Ana Paula Naffah Perez, Diretora da C+A Arquitetura, o retrofit mudou completamente a ambientação da unidade, criando novos modelos de recepção e de atendimento

A primeira instalação da Eye Clinic era uma casa bem localizada na capital paulista, porém, com dificuldades para reformas e adequações tecnológicas. Alguns anos depois, a diretoria da instituição resolveu investir na atual clínica, que abriga, hoje, o hospital especializado em que concentra os atendimentos. Atualmente, a Eye Clinic é um centro oftalmológico com reconhecimento internacional, especializado no diagnóstico e tratamento de todas as doenças oculares. Contando com localização de fácil acesso e grande comodidade aos pacientes, a instituição possui ampla estrutura, contando com 17 consultórios oftalmológicos completos, amplas e confortáveis salas de atendimento, auditório para 40 pessoas, lanchonete, três salas cirúrgicas completas, duas suítes para internações Day Hospital, biblioteca e um Centro Avançado de Excimer Laser para correção da miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia, distribuídos em dois prédios com total de 2000 m². “A nossa proposta é investir sempre no conforto dos nossos paciente buscando a inovação das instalação.” Health 101 ARQ


Conforto

Humanização

Pediatria

e áreas de estar com um novo padrão visual. “Todo o projeto teve como finalidade a mudança de conceito, tanto no tocante ao projeto de arquitetura, quanto no projeto de humanização”, afirma. Ana Paula explica que o projeto também contou com uma reavaliação do sistema de atendimento do usuário, que envolveu uma consultoria especifica para criar um novo processo de recepção e atendimento dos pacientes. “Entre os desafios que tivemos foi conduzir junto à construtora Cruz Lima, uma logística de obra que permitisse a implantação da obra sem que as atividades da clínica ficassem comprometidas”, acrescenta a arquiteta. Para o Fundador e Diretor da Eye Clinic, Walton Nosé, a modernização do centro clínico procurou sempre seguir as recentes leis e regras sanitárias. “É uma necessidade constante das instituições se adaptarem conforme as novas tecnologias e demandas, por isso, que aderimos a essa reforma na unidade”, afirma Nosé. 102

Health ARQ

Pediatria


Iluminação baseada na sustentabilidade Em termos de sustentabilidade, um dos itens mais trabalhados nesta obra foi a troca da iluminação existente por luminárias com menor grau de gasto energético, a exemplo das lâmpadas de LEED. Por tratar-se de uma clínica de olhos, alguns ambientes foram repaginados a fim de terem a iluminação adequada e até a possibilidade de terem o controle da luz através de dimers, para a realização dos exames. A reforma incluiu a troca de todos os forros dos ambientes, o que possibilitou a equipe de arquitetura trabalhar a iluminação do projeto como um todo, criando também neste caso, um novo padrão para a unidade. De acordo com Ana Paula, ao longo da elaboração do projeto foi feita uma especificação das luminárias baseadas em cálculos de lumens necessários para cada espaço e no efeito de valorização dos itens de ambientação que o projeto gostaria de destacar. “Para favorecer a economia de energia foram reavaliadas as instalações elétricas dos ambientes, em termos de demanda, e revista toda a especificação das luminárias no intuito de diminuir o consumo geral de energia na unidade”, complementa.

Novo Consultório

Health 103 ARQ


Cuidado oncológico

Humanização

Fachada do Hospital Alemão Oswaldo Cruz 104

Health ARQ


Atendimento Humanizado

Hospital Alemão Oswaldo Cruz amplia instalações especializadas

R

eferência em serviços de alta complexidade e localizado nas proximidades da Avenida Paulista há 17 anos, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz investe fortemente no desenvolvimento científico, por meio do ensino e da pesquisa, dispõe de instalações modernas e de um Corpo Clínico renomado, para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Comission International (JCI). Com 119 anos de história, a instituição possui hoje um complexo com mais de 96 mil m² de área construída e passou recentemente por mais uma expansão a fim de otimizar o atendimento e atingir a expectativa e excelência desejada, a construção de uma nova torre (Bloco E), seguindo a estratégia de crescimento sustentável do próprio hospital, foi concluída em dezembro de 2012. A ocupação do novo prédio foi realizada gradualmente durante todo o ano de 2013. “O projeto de expansão reflete o compromisso da instituição com a melhoria contínua, oferecendo aos pacientes atendimento de acordo com padrões internacionais de qualidade e segurança”, afirma o Superintendente Executivo do Hospital, Paulo Vasconcellos Bastian. O novo bloco dispõe de 25 pavimentos entre andares e subsolos. Dos 16 andares construídos,11 são destinados às Unidades de Internação, que aumentou no número geral de leitos em todo o hospital de 255 para 371, sendo 327 de internação, 44 leitos na Unidade de Terapia Intensiva, 22 salas cirúrgicas e Pronto Atendimento 24 horas.

Além do novo bloco, a instituição também tem investido em novas áreas dentro das edificações antigas, por exemplo o Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz foi inaugurado no dia 9 de novembro. Além de tecnologia de ponta, os 1.550 m² do local foram pensados de forma a valorizar o conforto e o bem-estar do paciente e de seu acompanhante. São 19 apartamentos de aplicação de quimioterapia, oito consultórios, sala da família e todo o fluxo de atendimento e preparo de medicamentos, para garantir um atendimento de excelência. “A área do Centro de Oncologia, encontra-se no bloco mais antigo do hospital, portanto nosso maior desafio, foi realizar toda a infraestrutura de instalações necessárias, com grandes limitações estruturais e de pé direito e ainda assim garantir espaços amplos e agradáveis. A otimização dos fluxos, também não foi fácil, tivemos que adaptar espaços existentes às novas necessidades, para torna-lo moderno e equipado” explica Teresa Gouveia, Diretora do escritório de arquitetura. De acordo com a arquiteta tudo foi pensado com foco no conforto e respeito aos pacientes e acompanhantes. “O centro carrega traços modernos que respondem às necessidades de um atendimento humanizado e também à excelência de uma instituição como é o Hospital Alemão Oswaldo Cruz”, reforça. Este trabalho durou cerca de um ano para se concretizar e durante todo este tempo Teresa salienta a importância de um diálogo próximo ao corpo de gestores e engenheiros. “Foi um trabalho desenvolvido a quatro mãos Health 105 ARQ


Cuidado oncológico

Humanização

Hospital Alemão Oswaldo Cruz - Bloco E e Bloco B

e esta proximidade com os diretores fez com que tudo se transformasse conforme as necessidades e anseios da instituição. Com isso, conseguimos abraçar todas as demandas exigidas.” Todo o projeto foi pensado levando em consideração a percepção dos pacientes e acompanhantes, desde o momento em que ele entra no centro oncológico, até sua volta para casa. O uso das transparências, cores e texturas amadeiradas, 106

Health ARQ

deixaram os ambientes amplos, seguros e acolhedores, com a intenção de aliviar o stress e proporcionar conforto durante as consultas e tratamentos. Áreas de conforto foram destinadas à família para tornar essa experiência menos traumática. “Trabalhamos muito a iluminação indireta através de sancas, tornando tudo mais acolhedor, mas garantimos iluminação suficiente para realização dos trabalhos das equipes de médicos e enfermei-

ros. O paciente escolhe quando diminuir ou aumentar a luz”, salienta a arquiteta. Entre os diferenciais do projeto destaca-se o uso de cores, justamente para fugir daqueles típicos ambientes de oncologia de um hospital. “Nossa maior tarefa foi levar acolhimento ao paciente e o uso de cores proporciona essa sensação.” Por estarmos dentro de um prédio de mais de cem anos, ficou inviável uma adaptação total no que

tange à sustentabilidade, porém o projeto procurou escolher materiais recicláveis, que não agridem nosso globo, e soluções que otimizam a economia de água e energia. “Estive presente no Centro de Oncologia, no dia inauguração e foi muito gratificante presenciar a reação de todos. É realmente muito bom saber que nosso trabalho pode influenciar de forma tão positiva a vida dessas pessoas durante momentos tão delicados”, finaliza.


Health 107 ARQ


Identidade visual

Humanização

COI Niterói 108

Health ARQ


Medicina especializada Grupo do Rio de Janeiro investe em novas unidades com traços fortes de humanização

I

nvestir em infraestrutura física, no ambiente harmônico e alinhado com os seus fundamentos são características sempre presentes na gestão do Grupo COI. O ambiente tem uma influência muito grande na materialização desses aspectos dentro da instituição. Os espaços felizes, claros, bem decorado e com paisagismo, ajudam a harmonizar um pouco mais o fluxo do paciente dentro de cada uma das unidades da clínica. “Existe uma preocupação em manter o padrão de qualidade do Grupo COI em todas as suas unidades. Ter uma identidade visual unificada é o primeiro passo para que os clientes percebam esse padrão. Na concepção do projeto, o foco sempre foi o cliente”, afirma Fernando Meton, Diretor-médico do Grupo COI. As unidades COI seguem alguns padrões visuais internos, uma vez que estas estão situadas em diversas regiões do Rio de Janeiro. Uma das marcas desta identidade é o padrão de cores que varia entre o vermelho, caqui, grená e tons de bege. Isso está aplicado aos revestimentos e ao mobiliário especificados, buscando remeter as pessoas às suas casas. “Para o tratamento de uma doença como o câncer, que torna o ambiente pesado, temos que oferecer uma estrutura humanizada, leve, com cores adequadas e bem decorada. O paisagismo na unidade de Botafogo remete à natureza, à saúde e ao bem-estar”, diz o Diretor-médico. A unidade COI Botafogo II, localizada no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, é um empreendimento composto por três subsolos, pavimento térreo, 2º e 3º pavimentos e pavimento técnico, destinado à instalação de dois aceleradores lineares para tratamento de radioterapia. Além disso, a edificação também conta com amplos salões para tratamento infusional e espaços destinados a consultórios para a oncologia clínica. “Foram instalados dois aceleradores lineares modelo Clinac IX Silhouete e Truebean STX, equipamentos de última geração de fabricação Varian Medical Systems. A VITPLAN interagiu, diretamente, com os técnicos

COI Niterói - Recepção

COI Niterói - Atendimento dos Consultórios

COI Niterói - Box de Quimioterapia com luz natual Health 109 ARQ


Identidade visual

Humanização norte americanos da Varian para garantir a execução técnica adequada, durante a fase de instalação destes equipamentos”, conta Mauricio Zaroni, Diretor da VITPLAN, responsável pelo gerenciamento das obras da COI Botafogo II e COI Niterói. Nas salas destinadas a Radioterapia, das Unidades COI Botafogo II e COI Niterói o ambiente foi projetado com riqueza de detalhes, contando inclusive com a representação de uma paisagem através de um backlight em um trecho do teto. “É muito importante entender que não apenas tratamos o câncer: nós cuidamos de pessoas. Um ambiente aconchegante e acolhedor nos ajuda a obter os melhores resultados”, reforça Meton. Já a edificação da COI Niterói, localizada no Município de Niterói (RJ), é composta por pavimento térreo, 2º, 3º e 4º andares, além de pavimento técnico, destinado à instalação de dois aceleradores lineares para tratamento de radioterapia, amplo salão para tratamento infusional e espaços destinados à consultórios para a oncologia clínica. “Nesta unidade foi instalado um acelerador linear modelo Trilogy Silhouete e até março de 2016 será instalado o segundo acelerador linear do mesmo modelo”, reforça Zaroni. Este projeto de Niterói lançou um grande desafio aos arquitetos: transformar um prédio comercial em um ambiente para a saúde. “Como o sistema estrutural original não nasceu para ser um Centro de Oncologia, precisamos desenvolver algumas alterações e adaptações para atender qualitativamente a implantação”, conta Flávio Kelner, Sócio-Diretor da RAF Arquitetura, responsável pelos projetos. A humanização foi uma das principais preocupações da instituição na hora de encomendar estes projetos, considerando também a qualidade do fluxo de pacientes dentro das clínicas. E a diretriz foi seguida pela equipe de arquitetos, que propôs bastante luz natural no projeto, acuidade visual, mobiliário colorido e espaços com tratamento acústico, que im110

Health ARQ

COI Niterói - Espera dos Consultórios

COI Niterói - Radioterapia

COI Niterói - Sala de Reunião


pede que reverbere o som das pessoas conversando. Na sala de radioterapia, por exemplo, o ambiente, da mesma forma que na COI Botafogo, foi projetado com riqueza de detalhes, contando inclusive com a representação de uma paisagem através de um backlight em um trecho do teto. Além disso, foram dispostas, nos demais ambientes da clínica fotos de Niterói, da praia e da vista do Rio de Janeiro, criando um “tema” para a decoração do local. Para facilitar a entrada de luz natural no prédio, a fachada da instituição foi trabalhada em vidro, e no desenvolvimento do layout priorizou-se os ambientes que requerem mais entrada de luz natural, como as áreas de espera, tratamento infusional e consultórios. As duas edificações escolhidas para abrigar as novas clínicas tinham suas concepções arquitetônicas originais baseadas em uso comercial, o que demandou adaptações ao novo modelo, já que as fundações e estruturas já se encontravam em andamento. “Iniciamos o gerenciamento dos projetos técnicos e das obras em uma fase em que as atividades já estavam em andamento, ou seja, não tivemos oportunidade de atuar desde o início das obras. Tal fato gerou a necessidade de absorvermos rapidamente os fatos ocorridos. Diante deste conhecimento e avaliação a Equipe da VITPLAN passou a gerenciar todos os procedimentos pertinentes aos projetos técnicos e as obras da COI Botafogo e COI Niterói”, comenta Zaroni. A VITPLAN atuou no gerenciamento dos projetos técnicos, que envolveu o acompanhamento do desenvolvimento dos projetos técnicos de engenharia. Também no gerenciamento de escopo, com a definição do trabalho necessário para concluir o projeto, seu monitoramento e controle; no gerenciamento de tempo, que envolveu a elaboração

COI MDX

COI MDX Health 111 ARQ


Identidade visual

Humanização do cronograma e o seu monitoramento e controle. Ainda no gerenciamento das aquisições, com as compras ou aquisições de produtos e contratações de serviços do projeto, seu monitoramento e controle; no gerenciamento dos custos, que envolveu a estimativa de custos, orçamento do projeto, seu monitoramento e controle. Assim como no gerenciamento técnico, com o acompanhamento da execução obras civis e de instalações; no gerenciamento da legalização das obras, que inclui a documentação de aprovação dos projetos de engenharia nos órgãos Federais, Estaduais e Municipais e a documentação para a obtenção do Habite-se. Por fim, a empresa atuou junto ao gerenciamento das instalações dos aceleradores lineares e dos tomógrafos e também no gerenciamento das atividades técnicas de construção dos Bunkers, que possibilitou a aprovação técnica na Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN. “A compatibilização dos projetos técnicos de engenharia foi realizada pelo escritório de arquitetura contratado diretamente pela COI. Nossa participação foi permanente, facilitando informações, já que cabia a nós o gerenciamento e coordenação durante o desenvolvimento destes projetos técnicos, a contratação de projetistas, a organização das reuniões técnicas, o monitoramento e controle do progresso dos trabalhos, e o controle dos contratos com os projetistas”, complementa Zaroni. A organização do canteiro de obras coube a Empresa de Construção, responsável pela execução das obras. “Paralelo a isso, promovemos o acompanhamento técnico das atividades através de nossa equipe especializada, que apontava as falhas de execução às diversas empresas envolvidas e as auxiliava na solução de problemas”, comenta o Diretor. 112

Health ARQ

História Em novembro de 1990, o Rio de Janeiro ganhava um novo grupo que iria investir em saúde e tratamento dos pacientes oncológicos: o Grupo COI. Ao longo de sua existência, a instituição tem acompanhado de perto a evolução da medicina, utilizando um novo conceito no tratamento oncológico, que une investimento em tecnologia e pesquisa, aperfeiçoamento técnico dos profissionais, e sensibilidade na forma de cuidar do paciente. Seguindo esses princípios, o Grupo COI possui uma moderna estrutura dentro de um avançado Centro Médico do Rio de Janeiro, o MDX Barra Medical Center. Neste ambiente confortável e seguro está instalado seu Centro de Tratamento Radioterápico, onde são praticadas técnicas como IGRT (Image Guided Radiotherapy) e IMRT (Intensity Modulated Radiotherapy). Além da unidade no MDX, o Grupo possui ainda unidades no edifício Torre do Rio Sul, Nova Iguaçu, Niterói e Botafogo.

COI MDX


Principais projetos técnicos de engenharia que compuseram as edificações das COIs Botafogo II e Niterói • Projeto de arquitetura • Projeto de infra e supraestrutura • Projeto de instalações elétricas - força e iluminação • Projeto de entrada de energia - subestação • Projeto de instalação do grupo gerador • Projeto de dados, voz, CFTV, controle de acesso, sonorização e vídeo • Projeto de luminotécnica • Projeto de ar condicionado e exaustão mecânica • Projeto do sistema de combate a incêndio • Projeto de detecção de fumaça • Projeto de impermeabilização • Projeto de gases medicinais • Projeto de topografia • Projeto de instalação dos aceleradores lineares • Projeto de instalação de tomógrafo • Projeto de paisagismo • Projeto de marcenaria e mobiliário

Health 113 ARQ


Identidade visual

Humanização

COI Botafogo

A história da edificação O local onde foi construída a unidade do Grupo COI, da Rua da Passagem, em Botafogo, no Rio de Janeiro, não era apenas um terreno pronto para receber uma edificação. O espaço havia sido incorporado pela Engeziler Construções e Empreendimentos, que enxergou uma oportunidade de negócio na área residencial. “Chegamos a aprovar o projeto e a iniciar as vendas das unidades”, conta Alberto Zilberman, Diretor-presidente da empresa. Em dado momento, tendo um encontro casual com um empresário de sucesso na área de imóveis corporativos na Zona Sul da cidade, os então proprietários do terreno foram convencidos deixar o projeto residencial de lado para implantar um projeto empresarial. “Partimos então para um projeto comercial de uso exclusivo na área médica, o que seria uma grande possibilidade para o futuro, o que viria a ser comprovado mais tarde”, diz Zilberman. A partir daí iniciaram-se as obras do edifício corporativo, que até então, não estava destino ao COI. “Quando já tínhamos 30% do estaqueamento cravado, fomos procurados por uma empresa indicada pela RAF Arquitetura, a autora de todo o projeto, solicitando que interrompêssemos as fundações imediatamente, porque eles gostariam de instalar uma clínica de oncologia, o que mudaria todo o conceito do projeto aprovado”, lembra o Diretor-presidente da Engeziler. Um ano mais tarde, foi aprovado o projeto definitivo e o que deveria ser originalmente um prédio de 12m de altura, com apenas um subsolo se transformou em um edifício com mais de 2 mil m² de área construída e três subsolos, a alguns metros da Praia de Botafogo. “Os maiores desafios neste processo foram, sem dúvida, as questões técnicas. Além do lençol freático praticamente ao rés do chão, rio não catalogado no logradouro público, prédio centenário aos fundos e prédios construídos de cada lado. O terreno, de 10m de largura, não permitia a entrada de máquinas pesadas para execução das fundações e contenções”, salienta. A solução adotada pela empresa para solucionar as dificuldades foram estacas raiz justapostas executadas com máquinas menores, além de diversas injeções de material expansivo para conter o fluxo de água durante a execução da estrutura. “Criamos ainda fundações 114

Health ARQ

provisórias suspensas e começamos a subir o prédio concomitante com as escavações confinadas, que prosseguiam com uma grande resistência do lençol freático devidamente controlado”, destaca Zilberman, que acredita que o grande diferencial desta obra foi ter construído um mini hospital com uma complexidade técnica sem igual. “Utilizamos toda a nossa expertise adquirida na construção do Hospital Pasteur e demais unidades médicas para a AMIL, como a de Campo Grande, Nova Iguaçu, o CID Leblon e mais recentemente o Hospitalis, no Jardim Botânico”. Foram construídos dois bunkers no 3º. subsolo com paredes e tetos que chegam a dois metros de espessura abrigando duas máquinas de radioterapia e as respectivas centrais de comando. Pavimentos de atendimento, recepções, consultórios, tomografia, etc. Além de pavimento técnico, geradores, chillers de ar condicionado nos terraços superiores, foram instalados e construídos pela Light uma câmara subterrânea de alta tensão com transformador de 1000 kva de capacidade com previsão de abrigar futuramente outro com mais 1000. “A demanda de energia é muito elevada com as máquinas medidas no pico. O prédio na parte externa pode parecer pequeno, mas por dentro parece uma pequena cidade”. Alberto Zilberman destaca que o projeto COI BOTAFOGO foi resultado de superação a cada dia e a medida que a obra evoluía aos desafios que se apresentavam foram encontradas as soluções técnicas e as dificuldades superadas. Ao final, o objetivo foi alcançado e o sucesso do empreendimento com a unidade em pleno funcionamento. “A Engeziler agradece o espaço oferecido nesta prestigiosa revista e olha para frente em direção aos próximos trabalhos na área da construção médica com a mesma determinação dos últimos 30 anos e parabeniza a COI pelo nobre trabalho de prover mais esperança às pessoas e salvar vidas através de uma medicina de ponta”, finaliza o Diretor-presidente.


Health 115 ARQ


Fotos: Cassia Batarra

Análises Clínicas

Humanização

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Health ARQ

Fachada do Laboratório Behring


Humanização em pauta

Projeto une arte, iluminação e integração interior e exterior

Health 117 ARQ


A

proximar o ambiente físico dos valores humanos, tendo o homem como foco do projeto, foi uma das primícias que norteou a elaboração do Projeto do Laboratório Behring. Situado em uma das principais avenidas da cidade de Ribeirão Preto, em um terreno de 829,34 m², de declividade acentuada, o complexo é composto por: subsolo com estacionamento e auditório, pavimento térreo com atendimento ao público e o pavimento superior onde encontram-se os laboratórios e a administração, totalizando 1.750m² de área construída. Esse projeto foi resultado de um trabalho de pesquisa realizado em centros de referências de São Paulo e Brasília, na busca de um modelo ideal de atendimento e processamento, de forma a contribuir com a qualidade e a confiabilidade que conduzem a proposta de trabalho do Laboratório Behring. Vale ressaltar que a participação do cliente no processo de elaboração do projeto fez toda a diferença. 118

Health ARQ

Fotos: Cassia Batarra

Análises Clínicas

Humanização

Recepção

Recepção e Espera Infantil


Fotos: Cassia Batarra

Espera e atendimento

Caf茅

Coleta Infantil

Laborat贸rio Health 119 ARQ


“Os espaços foram estudados nos mínimos detalhes com programa extenso e complexo, envolvendo novas tecnologias somadas as exigências normativas, um grande desafio para nós” dizem os arquitetos Joel Pereira e Alexandra Marinelli. O projeto preocupou-se com a utilização de materiais práticos, duráveis e adequados. Os estímulos visuais ficaram por conta do uso de cores, texturas e obras de arte que tornam os espaços mais convidativos. Com arquitetura contemporânea, a volumetria se define através de painéis perfurados coloridos que remetem a identidade visual do Laboratório, além de filtrar a luz natural, permitir a ventilação e a visualização das antigas Sibipirunas da avenida Nove de Julho . A partir da mesma metodologia e conceito, estamos finalizando o projeto da Unidade II do Laboratório Behring na região de Ribeirão Preto. “O resultado positivo de um projeto, é sem dúvida, a satisfação do cliente“ diz Joel Pereira. 120

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Fotos: Cassia Batarra

Análises Clínicas

Humanização

Circulação Coleta

Sala de prova de função endócrina

Sala de Coleta


Foto: Cassia Batarra

“Os espaços foram estudados nos mínimos detalhes com programa extenso e complexo, envolvendo novas tecnologias somadas as exigências normativas, um grande desafio para nós”. Joel Pereira e Alexandra Marinelli, Arquitetos

Equipe do escritório Joel Pereira Arte & Arquitetura

Confira o vídeo no Saúde Online TV

http://goo.gl/QvV8od Health 121 ARQ


Projeto de ponta

Humanização

Tecnologia aplicada

Novas ferramentas e humanização são destaques em projetos de edificações hospitalares

Unimed Nova Iguaçu - Nova Iguaçu - RJ 122

Health ARQ


A

Unimed é o maior sistema cooperativista de trabalho médico do mundo e também a maior rede de assistência médica do Brasil, presente em 84% do território nacional. O Sistema nasceu com a fundação da Unimed Santos (SP) pelo Dr. Edmundo Castilho, em 1967, e hoje é composto por 351 cooperativas médicas, que prestam assistência para mais de 20 milhões de clientes em todo País. Clientes da cooperativa contam com mais de 110 mil médicos ativos,113 hospitais próprios e 13 hospitais dia, além de pronto atendimento, laboratórios, ambulâncias e hospitais credenciados para garantir qualidade na assistência médica, hospitalar e de diagnóstico complementar oferecidos. Além de deter 30% do mercado nacional de planos de saúde, a Unimed possui lembrança cativa na mente dos brasileiros. De acordo com pesquisa nacional do Instituto Datafolha, a Unimed é pelo 22º ano consecutivo a marca Top of Mind quando o assunto é plano de saúde. Outro destaque é o prêmio plano de saúde em que os brasileiros mais confiam, recebido pela 13ª vez consecutiva, na pesquisa Marcas de Confiança. A cooperativa que não para de crescer tem investido constantemente em unidades próprias. Somente em 2015, várias obras de edificações da Unimed no Brasil foram iniciadas, finalizadas e tiveram seus projetos desenvolvidos. Entre elas Unimed Campo

Unimed Costa dos Sol - Macaé - Macaé - RJ

Unimed Campo Grande - Campo Grande - MS

Unimed Sudoeste de Minas - Passos - MG


Projeto de ponta

Humanização Grande, Unimed Costa do Sol, Unimed Juiz de Fora, Unimed Nova Iguaçu, Unimed Salto de Itu, Unimed Sorocaba, Unimed Sudoeste de Minas Unimed Campo Grande, Unimed Costa do Sol, Unimed Juiz de Fora, Unimed Nova Iguaçu, Unimed Salto de Itu, Unimed Sorocaba e Unimed Sudoeste de Minas “De uma maneira geral, os pontos de destaques dos projetos são as tecnologias aplicadas na metodologia construtiva, aliadas ao projeto arquitetônico modoluar expansível e os novos conceitos de humanização e funcionalidade”, conta Leandro Evangelista, arquiteto da Emed arquitetura. Além da tecnologia, a humanização e a sustentabilidade também fizeram parte dos projetos. A primeira, teve como principal ferramenta a iluminação natural em áreas críticas como as UTI’s, áreas de convivência com cafés e restaurantes, átrios nas áreas de internação proporcionando jardins internos totalmente iluminados naturalmente. “A iluminação natural está em todos os setores do hospital. O projeto arquitetônico é concebido com grandes vãos abertos para o exterior de forma permanente. Essa sensação (dia/ noite) ajuda demais no 124

Health ARQ

Unimed Juiz de Fora - Juiz de Fora - MG

Unimed Salto de Itu - Salto - SP

Unimed Sorocaba - Sorocaba - SP


aumento da qualidade do trabalho dos profissionais envolvidos, mas principalmente na evolução clínica dos pacientes”, salienta o arquiteto. Já a sustentabilidade, em função da metodologia aplicada às obras da Emed: a utilização de materiais industriais como a estrutura metálica pré fabricada e painéis unitizados nas fachadas que possibilitam a diminuição drástica dos resíduos sólidos na obra. “Além disso, todos os projetos contam com reaproveitamento de água, sistema de tratamento de esgoto, aquecimento através de energia solar”, diz Evangelista.

“De uma maneira geral, os pontos de destaques dos projetos são as tecnologias aplicadas na metodologia construtiva, aliadas ao projeto arquitetônico modoluar expansível e os novos conceitos de humanização e funcionalidade”. Leandro Evangelista, Arquiteto da Emed Arquitetura

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Ampliação e reforma

Humanização

Investimento constante 126

Health ARQ

Hospitais do Grupo Bandeirantes investem em retrofit e ampliação


Bandeirantes Ao longo de seus 70 anos de existência, o Hospital Bandeirantes, em São Paulo, é reconhecido por seus atendimentos em alta complexidade, com foco nas áreas de Cardiologia, Neurologia, Oncologia, Urgências, Trauma/ Ortopedia, Transplante de Rins, Pâncreas e Fígado. Com uma média de 14 mil internações/ano e 10 mil cirurgias/ ano, a instituição possui certificação em nível diamante concedida pela Canadense Qmentum Internacional. São mais de três mil médicos e dois mil colaboradores focados em um único objetivo: manter-se referência no segmento hospitalar, preservando a qualidade de seus tratamentos clínicos e cirúrgicos, aliado ao atendimento humanizado, ao amadurecimento da gestão sustentável na busca pelo crescimento. Crescimento esse que se reflete na infraestrutura física da instituição. Nos últimos anos, o Hospital Bandeirantes vem investindo em seus três Centros de Referência: Cardiologia, Oncologia e Diagnóstico; na ampliação de seu número de leitos entre UTI, Semi-Intensiva e Internação; em novas salas cirúrgicas – que inclui a aquisição de um microscópio de última geração – OPMI Pentero; em tecnologia da informação (TI) para integração de todos os seus sistemas; e na aplicação e disseminação da metodologia Lean Healthcare – técnica de gestão que tem como foco aumentar a produtividade por meio da revisão de processos internos, em prol da otimização de seus recursos e em processos operacionais. Sem parar de investir, a instituição passou recentemente pelo retrofit da fachada dos blocos B e C, que trarão a nova identidade dada aos edifícios mais antigos do complexo. “O retrofit buscou modernizar as fachadas com a composição de chapas de ACM (alumínio composto metalizado) branco e vidro laminado de tom azulado, de modo que estes tivessem a mesma linguagem arquitetônica do bloco A, que por sua vez é o edifício mais novo do complexo”, comenta Marcio Wellington, arquiteto da Vitah Arquitetura. As novas fachadas permitem que se tenha melhor con-

trole sobre a entrada da luz solar dentro dos quartos de internação através do uso de vidros que filtram a entrada do calor do sol nos ambientes, proporcionando mais conforto aos pacientes e colaboradores. “Também foi levado em consideração a anatomia da fachada atual das edificações para que a nova fachada pudesse ser projetada para obter os resultados desejados”, completa. O arquiteto, o principal desafio de unificar a linguagem arquitetônica dos blocos B e C que são mais antigos e possuem características diferentes no seu partido arquitetônico ao bloco A, qual se trata de um edifício mais moderno. “Dessa forma tivemos um ótimo resultado em valorizar a percepção de todos os edifícios do hospital Bandeirantes como um grande e único complexo hospitalar”. Por fim, a sustentabilidade não ficou fora do projeto, foi aplicada através da colocação de vidros especiais de alta performance na fachada, aumentamos a eficiência do uso do ar condicionado, o que resulta e menor consumo de energia. Health 127 ARQ


Humanização

Ampliação e reforma

Centro Administrativo

Hospital Bandeirantes - Administrativo

Hospital Bandeirantes - Administrativo 128

Health ARQ

Outro investimento recente em infraestrutura, feio pelo grupo, que merece destaque são as obras do Centro Administrativo da instituição. Neste caso, o ponto de destaque foi remover todas as áreas administrativas que estavam locadas em edifícios mais antigos espalhados pelas ruas da Liberdade para ocuparem três lajes interligadas entre si com 400m² cada (14º,15º e 16º andar) em um único edifício moderno e estrategicamente localizado próximo ao hospital. Todos os setores desfrutarão de ar-condicionado, copa para funcionários, iluminação natural e piso em carpete, o que garante melhor conforto acústico. O conceito utilizado foi organizar os setores em “open office”, na qual proporciona espaços mais abertos onde as pessoas possam interagir mais umas com as outras. Além disso, a paginação das luminárias foi cuidadosamente posicionada sobre os planos de trabalho e calculadas de forma a garantir a luminância adequada para que os colaboradores possam obter melhor desempenho durante o desenvolvimento de suas atividades. “O principal desafio deste projeto foi organizar os diversos setores em 1.200m² divididos em 03 lajes de forma a manter a sinergia entre as áreas que necessitam estar próximas para obterem o máximo de desempenho durante a jornada de trabalho”, conta Wellington.


Hospital Leforte - Pronto Atendimento

Hospital Leforte Também integrante do Grupo Bandeirantes, o Hospital Leforte, localizado no bairro do Morumbi, em São Paulo, foi inaugurado em 2009 e possui infraestrutura que segue tecnologias ecoeficientes que, aliadas ao conceito de hotelaria de alto padrão, aos protocolos assistenciais e à tecnologia de ponta, cumprem seu papel de oferecer excelência nos serviços de saúde e responsabilidade social. As especialidades atendidas e núcleos de referência da instituição são diversos, como Cardiologia, Oncologia, Neurologia, Traumatologia e Pediatria. Além disso, a instituição possui um espaço exclusivo para o atendimento ambulatorial pediátrico, com diversas subespecialidades, como Alergologia, Cardiologia, Cirurgia Geral, Dermatologia, Endocrinologia, Hematologia, Infectologia, Nefrologia, Neurologia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia e Pneumologia. O Hospital Leforte apresenta um novo conceito em seu Pronto-Atendimento, com foco na eficiência e agilidade. O objetivo é oferecer aos pacientes o melhor serviço, de forma rápida e efetiva, diminuindo ao máximo seu tempo de permanência na instituição.

Para isso, foram implementadas normas internacionais estruturadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Qmentum (Acreditação Canadense), além de protocolos internacionais de atendimento em caso de catástrofes, que avalia o atendimento priorizando pacientes de acordo com o grau de emergência. A estrutura do Pronto Atendimento também foi modificada e otimizada, com o intuito de melhorar o fluxo de pacientes. O Hospital investiu em tecnologia, adquirindo, por exemplo, um aparelho de tomografia computadorizada de última geração, e na equipe médica e assistencial. Health 129 ARQ


Ampliação e reforma

Humanização

Hospital Leforte - Pronto Atendimento

O ponto de destaque deste projeto foi criar uma nova recepção para o PA com um moderno e funcional balcão de atendimento feito sob medida em marcenaria de forma que pudesse impressionar os pacientes e visitantes ao adentrarem o hospital para serem atendidos. “A recepção foi tratada com a combinação de cores e revestimentos amadeirados, com cores sólidas de tons claros que proporcionam conforto ao ambiente. Painéis de TV em marcenaria também fazem a composição para um ambiente confortável e acolhedor, comenta Juliana Khouri, arquiteta da Vitah Arquitetura. Nos corredores do pronto atendimento foi aplicado revestimento vinílico até 1.20m de altura nas paredes para garantir melhor proteção contra choques e melhor assepsia durante a limpeza. Já no layout dos consultórios foi desenvolvido um móvel específico em marcenaria sob medida com o objetivo de otimizar o espaço do médico e deixá-lo mais próximo ao paciente deitado ou sentado na maca, durante a avaliação do mesmo na entrevista de anamnese. “Dessa forma temos maior rapidez e eficiência no atendimento e menor tempo de espera no PA”, reforça. 130

Health ARQ

Hospital Leforte - Internação


A internação também passou por ampliação. Foram implantados seis novos leitos em quartos individuais com banheiros privativos na unidade de internação pediátrica localizada no 3º andar. “Todos os quartos possuem iluminação natural, móveis em marcenaria sob medida, tv a cabo e banheiro com espaço adequado para o paciente”, conta Juliana. A arquiteta explica que a paginação das luminárias de led foi cuidadosamente posicionada sobre os leitos de forma a garantir a luminância adequada e confortável para pacientes e colaboradores durante algum procedimento no leito. “Além do cuidado com a iluminação, toda a marcenaria foi desenvolvida sob medida para garantir maior eficiência do layout. Utilizamos sofanetes da Teto que são compactos quando fechados e que se transformam em uma cama para os acompanhantes”, conta.

Hospital Leforte - Internação

Health 131 ARQ


Humanização

Identidade conjunta Readequações

Centros clínicos em SP são reformulados com humanização e padronização visual nos ambientes

C

Antes

om a preocupação de garantir conforto e acolhimento para seus 3,2 milhões de beneficiários, o Grupo NotreDame Intermédica realizou, recentemente, no Estado de São Paulo, obras em alguns centros clínicos e hospitais da instituição, como o Renascença e o Paulo Sacramento. Entre as obras de destaque estão as de Look and Feel, que consistem no retrofit das fachadas e lobbies das recepções, incluindo novos mobiliários. Estas reformulações foram aplicadas em 22 centros clínicos e oito hospitais O projeto do Look and Feel tem a finalidade de gerar uma identidade visual que caracteriza o nome, a ideia, o serviço e a personalidade da instituição, através de uma logomarca e um conjunto de cores. Desta forma, a edificação permite uma comunicação com o cliente, que reconhecerá a empresa quando se aproximar de uma das unidades NotreDame Intermédica. Na fachada foi aplicado o material ACM de cor bronze, que remete ao laranja (cor principal da empresa). Além disso, houve a criação de espaços com “pele de vidro”; paredes em pintura branca; logotipo com o nome de cada unidade.

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Health ARQ

Em cada recepção foi introduzido um painel de MDF para sobreposição do logotipo da instituição e também, de forma padronizada, estes espaços receberam bancadas de atendimento, forros, luminárias e mobiliário. “Sem dúvida que procuramos dar uma identidade visual que pudesse ser associada ao grupo em si. A utilização de vidro e utilização das cores champanhe e acabamento idêntico em todas as filiais são pontos de destaques quanto aos projetos arquitetônicos”, afirma o Presidente do Grupo NotreDame


Depois Intermédica, Irlau Machado Filho. Diante dessa proposta de garantir uma sintonia entre as unidades do grupo, a humanização esteve presente no plano de obras levando para os ambientes tons mais claros e alegres. “As pessoas têm que identificar nossos hospitais como se estivessem em suas próprias casas. Por isso, oferecemos espaços acolhedores.” Renner Perussi, Diretor da BR Construtora, empresa responsável pelas obras da Intermédica conta que a sustentabilidade esteve lado a lado do processo construtivo do empreendimento. “Tivemos como premissa utilizar métodos construtivos “a seco” evitando ao máximo o desperdício de materiais. Usamos equipamentos e materiais sustentáveis”, destaca. Perussi também afirma que as obras contaram com construção de paredes e forros no sistema de gesso estruturado Dry Wall, pisos vinilicos com colagem a base d´água, esquadrias industrializadas, pintura através de tintas a base de água, luminárias compostas por lâmpadas LED de baixo consumo energético,

bacias sanitárias com acionadores de descarga de baixo consumo. Em relação ao tratamento final dos entulhos, devido a modulação e estudos preliminares dos vãos, o projeto gerou uma quantidade mínima de dejetos. “Os mesmos foram tratados por categorias e separados em caçambas independentes para seu descarte”, acrescenta o diretor. No que tange às dificuldades da execução dos projetos, Perussi relembra que os prazos foram extremamente curtos, principalmente, para definir os layouts e os pontos de utilidades. Health 133 ARQ


Humanização

Readequações

Expandindo contra a crise Apesar do atual momento turbulento da economia, o Grupo NotreDame Intermédica tem conquistado bons resultados, um exemplo é o fato de conseguir expandir e reformular suas unidades nos últimos dois anos. O Presidente da instituição, Irlau Machado Filho, afirma que o grupo tem realizado um trabalho a partir da gestão de custos. “A partir dos nossos serviços eficientes conseguimos vários novos clientes. Temos uma rede própria de hospitais bastante robusta e essa rede nos auxilia a controlar os custos”, destaca. Filho diz que em uma metrópole como São Paulo, o grupo busca estar mais próximo possível dos seus usuários. “Por isso, que estamos com este programa de ampliação dos nossos centros clínicos”, salienta. A direção da Intermédica adiantou à HealthARQ que os investimentos no grupo vão continuar em 2016. A meta do grupo é ter 70 clínicas. “Dentro do nosso plano de expansão em infraestrutura investiremos em torno de R$ 140 milhões em nossas unidades”, diz Filho.

“Tivemos como premissa utilizar métodos construtivos “a seco” evitando ao máximo o desperdício de materiais. Usamos equipamentos e materiais sustentáveis” Renner Perussi, Diretor da BR Construtora

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Health ARQ

Reformulações • Novos Centros Clínicos: Neste ano, foram inaugurados dois centros clínicos: Guarulhos II (primeiro semestre) e Anália Franco (segundo semestre). • Unidades de Quimioterapia: Em agosto, foi inaugurada a nova unidade Exclusive de Quimioterapia, no Centro de Oncologia, situado na capital paulista, com modernas instalações e conforto, entre elas internet wireless, tv a cabo, salas privativas, totalizando 11 postos de atendimento. • Hospital Paulo Sacramento. Em setembro, esta instituição do grupo passou a ter uma nova ala de diagnósticos, composto por salas de tomografia, ressonância magnética e raio X. • Hospital e Maternidade Renascença: As áreas de Serviços de Nutrição e Dietética, vestiários e a copa destinadas a funcionários do Hospital e Maternidade Renascença (Osasco) foram reformas e contam com modernas instalações.


Health 135 ARQ


Evento

ARQ destaque

Representantes da Unimed S.J. do Rio Preto, do Hospital Moriah e do Hospital São Camilo

Excelência da Saúde

Premiação reúne as instituições vencedoras da edição de 2015

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o dia 23 de setembro, aconteceu no Espaço Apas em São Paulo, após o II Fórum Healthcare Business, a premiação Excelência da Saúde 2015. No total, foram 39 instituições premiadas em diversas categorias como Governança Corporativa, Empreendedorismo, Hotelaria hospitalar, Arquitetura e Engenharia, entre outras. Os eleitos foram escolhidos pelo Conselho Editorial da vertical de Saúde do Grupo Mídia, composta pelas revistas Healthcare Management, HealthARQ e Health-IT. O grande homenageado da noite foi Biocor Instituto. Mario Vrandecic, Fundador e Presidente da instituição, recebeu o troféu de Edmilson Jr. Caparelli, Presidente do Grupo Mídia. “Esta homenagem reflete toda a nossa missão, que é levar o melhor atendimento ao paciente. Com amor e dedicação é possível transformar a saúde brasileira e levar qualidade a todos aqueles que tanto precisam”, disse Vrandecic em seu discurso. Na categoria “Arquitetura e Engenharia”, foram premiados o Hospital São Camilo Pompeia, Hospital Moriá e Unimed São José do 136

Health ARQ

Rio Preto. O Hospital São Camilo Pompeia teve em seu mais recente projeto de expansão, a ampliação do pronto-socorro infantil, passando a atender cerca de 70 mil pessoas por ano, o que representa um crescimento de 20%. O Hospital Moriá, inaugurado em 2015, investiu mais de 105 milhões de reais em infraestrutura. Sua arquitetura traz soluções ecoeficientes e sustentáveis. E a Unimed São José do Rio Preto, dispensou um investimento de 44 milhões de reais, o Complexo de Saúde Unimed reúne serviços exclusivos para os clientes como uma Central de Quimioterapia e o Centro de Infusão.


Health 137 ARQ


Evento

ARQ destaque

Mesa Redonda - Capacitação no mercado competitivo da arquitetura

Fórum+Prêmio HealthARQ Evento marca setor de infraestrutura para saúde

O

dia 13 de agosto foi marcado pelo Primeiro Fórum+Prêmio da Revista HealthARQ. O evento, que aconteceu no Espaço Apas, na cidade de São Paulo, reuniu os mais importantes nomes ligados à arquitetura, engenharia e construção para a Saúde. A manhã começou com a apresentação de um Case de Sucesso, que mostrou o crescimento, as inovações e os investimentos em infraestrutura física que o Hospital São Cistóvão teve recentemente. Quem subiu ao palco para apresentar o case foram a responsável pelo planejamento estratégico da instituição, Edna Sumie Matsushita, a arquiteta Cibeli Bagnato Boihagian, e o engenheiro Ademir Melo Domingues. Na sequência, uma palestra chamou atenção para as novas, eficientes, e mais altas tecnologias do mercado de automação, que podem contribuir com a gestão e a edificação de saúde. O engenheiro Roberto Luigi Bettoni foi quem ministrou o tema “Os desafios da Infraestrutura na Informatização”. “Hospital hoje é sinônimo de tecnologia. Nós estamos falando de rede de alta velocidade, sistemas médicos, imagens e vídeos, que saem de uma sala de operações e chegam a um auditório que fazem com que o hospital tenha alta performance”, ressalta Roberto Luigi Bettoni. A primeira Mesa Redonda do Fórum HealthARQ discutiu a “Capacitação no mercado competitivo da arquitetura”. Mediada pela editora

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Health ARQ

da revista HealthARQ, Patricia Bonelli, a mesa foi composta por Bruno Roberto Padovano, professor da Unicamp; Alan Cury, Presidente do IAB de Campinas; Enio Moro, Coordenador Institucional do programa Ciências sem Fronteiras do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo; Márcio Oliveira, Presidente Nacional da ABDEH e Antonio Carlos Rodrigues, Diretor da ACR Arquitetura. “O Grupo Mídia tem sido parceiro da ABDEH nos últimos anos e vejo com muito bons olhos esse tipo de evento promovido pelo Grupo, pois nos permite além de encontrarmos colegas trocar conhecimentos com outros profissionais”, Márcio Oliveira, Presidente da ABDEH. Alan Cury, Presidente do IAB Campinas, também falou sobre a importância da troca de informações. “Esse evento é


muito importante, porque toca em um ponto da arquitetura ainda pouco tradado, a arquitetura hospitalar. Falar sobre qualificação no espaço, no atendimento é essencial para desenvolver os profissionais”. O segundo debate, colocou em xeque “Conflito de Gerações – Do nanquim ao Sistema BIM” e contou com a participação dos arquitetos Siegbert Zanettini, Paula Fiorentini, Teresa Gouveia, Astério Santos e Clóvis Lima. Quem mediou a discussão foi Márcio Oliveira. “O conflito existe para quem está mal informado. Na realidade, o que acontece é que as gerações anteriores, como a minha trabalharam no mesmo universo da arquitetura de hoje, porém com outras ferramentas, como o lápis o esquadro e a prancheta. O que aconteceu é que, hoje, as novas tecnologias te auxiliam como ferramenta, mas e não como criação”, acredita Siegbert Zanettini. Um bate-papo entre dois renomados profissionais do setor da saúde também enriqueceu o evento. Gleiner Ambrósio, Diretor de Engenharia Clínica e manutenção do HCor e o professor universitário Donizetti Louro, estiveram reunidos para trocar experiências no que diz respeito “A importância da Engenharia Clínica na Infraestrutura hospitalar”.

No período da tarde, sustentabilidade, paisagismo e combate às infecções hospitalares ganharam espaço. O Case de Sucesso apresentado pela consultora externa AGC vidros Kátia Sugimura apresentou o “Vidro antibactéria AGC: um grande aliado da arquitetura no combate às infecções hospitalares”. Logo em seguida, “A importância do paisagismo no processo de cura” ganhou espaço. Responsável pelo projeto que maximizou a ocupação do espaço exterior com áreas de relaxamento, convívio e contemplação como importantes “válvulas de escape” no Hospital Sírio-Libanês, a arquiteta Evani Kuperman Franco e o paisagista Mauricio Alito explanaram sobre o case e o assunto. “Fizemos na palestra um panorama da história do paisagismo como fonte terapêutica dentro do processo de cura e sua evolução. Assim como a atual busca de um maior envolvimento com o meio ambiente e as premissas de sustentabilidade”, conta Evani Franco, palestrante. Dando sequência aos debates no período da tarde, o mediador Salim Lamha Neto, engenheiro e Diretor da MHA Engenharia, recebeu os arquitetos Ana Paula Naffah Perez, Charles Varsseman e Cynthia Kalichsztein, o paisagista Ricardo Julião e a administradora hospitalar Márcia Cristina Mariani para discutir o assunto “Novas ferramentas para a sustentabilidade na arquitetura moderna”. Para fechar o Fórum, uma nova mesa redonda tratou sobre o “Gerenciamento de custos: um desafio a ser vencido”, tendo importantes figuras do setor como debatedores: Antonio Carlos Cascão, Diretor de Engenharia do Hospital Sírio-Libanês; o Engenheiro Mecânico e de Segurança do Trabalho Lúcio Flávio Magalhães Brito, André Fakiani, Diretor da Fakiani Construtora e Eduardo Luiz de Brito Neves Sócio-fundador da MHA Engenharia. O debate foi mediado pela editora da Revista HealthCare Management, Carla de Paula Pinto.

Health 139 ARQ


Evento

ARQ destaque

Edmilson Jr. Caparelli, Publisher do Grupo Mídia

Vencedores do Primeiro Prêmio HealthARQ

Prêmio

A noite, foi o momento de dedicar atenção especial aos ganhadores do Primeiro Prêmio HealthARQ. Os 36 premiados nas categorias: Profissional em Destaque (Arquitetura, Engenharia e Construção, Infraestrutura); Marcas Mais Lembradas (Acabamento, Interiores, Infraestrutura); Cases de Sucesso (Projeto, Engenharia e Construção, Ampliação); e Instituições do Ano (Hospital Sustentável, Hospital Conceito, Hospital Modelo), foram convidados a comparecer para receber um troféu de homenagem. Entre os cases premiados esteve o do Santa Genoveva Complexo Hospitalar. Situado em Uberlândia (MG) que realizou obras de expansão, recentemente, que englobaram a construção de uma torre de cinco andares com a reforma e adequação do atual prédio da administração, parte do centro cirúrgico e sala dos médicos. O projeto desenvolvido pela Arq+Saúde, empresa que presta serviços técnicos desde 2001 no ramo de projetos arquitetônicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, contou com o investimento de cerca de R$ 12 milhões, para o novo prédio de 3.300 m². “Receber este prêmio é muito gratificante, mas eu não poderia deixar de agradecer ao hospital por nos dar essa oportunidade de mostrar nosso trabalho”, comenta Clóvis Lima, Diretor da ARQ+Saúde. Além da premiação, o evento contou também com uma homenagem especial. O nome escolhido foi do arquiteto, consultor e professor João

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Health ARQ

Carlos Bross, por sua trajetória e contribuição para arquitetura da saúde. Os projetos executivos produzidos por Bross, ao longo de 45 anos, chegam a uma área somada de mais de um milhão de metros quadrados. Bross recebeu um troféu de homenagem das mãos das filhas Graziela e Monica Bross em um momento emocionante junto aos amigos Ana Paula Peres, Salim Lamha e Ana Carolina Campos. “Eu me sinto muito feliz com esta homenagem, porque, de alguma forma, ela representa que eu estou conseguindo alcançar meu objetivo: a cada momento da minha vida fazer o que de mais complexo se apresenta dentro do setor. Espero deixar aos jovens arquitetos o legado da responsabilidade que nós temos em fazer melhorias no sistema de saúde para todas as populações através da arquitetura”, diz João Carlos Boss.

Homenagem Especial a João Carlos Bross

Errata

Premiada na categoria Case de Sucesso – Ampliação, gostaríamos de retificar a imagem creditada ao projeto da Dávila Arquitetura para Unimed BH. A Dávila Arquitetura foi escolhida para realizar o projeto de modernização e conciliou funcionalidade, avanços técnicos e qualidade arquitetônica.


Ganhadores do Prêmio HealthARQ 2015

Categoria Marcas mais Lembradas - Acabamento

Categoria Cases de Sucesso Engenharia e Construção

Categoria Instituições do Ano Hospital Conceito

Categoria Profissional em Destaque - Arquitetura

Categoria Cases de Sucesso - Ampliação

Categoria Cases de Sucesso Projeto

Categoria Instituições do Ano Hospital Modelo

Categoria Profissional em Destaque Engenharia e Construção

Categoria Instituições do Ano Hospital Sustentável

Categoria Marcas mais Lembradas - Infraestrutura

Categoria Marcas mais Lembradas - Interiores

Categoria Profissional em Destaque Infraestrutura Health 141 ARQ


Evidência

ARQ destaque

Hospital Albert Einstein Clínica Dr Sidney Klajner

Reconhecimento pelo sucesso Escritório Betty Birger recebe o 1º Prêmio HealthARQ

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ntre os 36 premiados da primeira edição do Prêmio HealthARQ está o escritório Betty Birger Arquitetura & Design, que recebeu neste semestre, o reconhecimento do Grupo Mídia na categoria Marcas mais lembradas e subcategoria Interiores. Fundado no início dos anos 90, o escritório tem em seu portfólio mais de 600 projetos realizados em diversos Estados do País e também no exterior. Os projetos são desenvolvidos um a um, com a abordagem contemporânea e humanista. Na área da saúde, Betty e sua equipe já realizaram diversos projetos para clínicas de neurocirurgia, cirurgia plástica, dermatologia, ginecologia e acupuntura entre outros. E ainda para o Centro Oftalmológico Paulista, Clínica Zampar, Centro de Diagnósticos Schmillevitch, Somma Spa Urbano, Fisioshape e Centro Médico Messina, assim como para o Hospital Albert Einstein nas Unidades Morumbi, Jardins e Cidade Jardim. Ao avaliar este mais novo reconhecimento do escritório, a arquiteta Betty Birger se diz muito satisfeita de ver o trabalho de toda a sua equipe ser prestigiado através de uma premiação feita por um grupo editorial. “Ver o nosso esforço e competência ganhando evidência é algo tão gratificante. É mais um motivo que nos deixa felizes e empenhados para manter este alto padrão em nossos projetos arquitetônicos”, afirma. Diante deste importante prêmio para o escritório, a arquiteta conta atualmente com uma gama de projetos desenvolvidos por sua empresa. “Esta142

Health ARQ

mos desenvolvendo uma variedade interessante de obras. Um destes destaques é o Hospital Israelita Albert Einstein, em que estamos elaborando um novo caderno de especificações técnicas com todos os novos materiais de acabamento, mobiliário e materiais sustentáveis.” Ainda segundo Betty, seu escritório tem desenvolvido projetos inovadores para as chamadas mega clínicas. “Temos um direcionamento voltado para o segmento de saúde em torno de 75%”, avalia a arquiteta ao dizer que cada projeto feito por sua equipe é personalizado para aquele cliente, única e exclusivamente para ele, e atende todos os objetivos específicos da sua especialidade analisamos a finalidade muito de perto.” Nesse contexto de estar lado a lado das instituições ao desenvolver seus projetos, Betty afirma que o resultado final positivo de uma edificação da saúde


está na interação entre arquitetos, engenheiros, médicos e diretores da clínica/hospital. “Nos nossos projetos existe uma troca muito grande de experiências e ideias. A partir disso conseguimos chegar em um consenso que contribui para obras de altíssimo padrão”, destaca. E Betty continua: “nós procuramos criar um ambiente de resultado estético compatível com a imagem da clinica ou instituição, e de seus pacientes. A imagem que é projetada deve deixar clara a proposta de modernidade , eficiência , competência e especialidade do negócio”.

“Nossos projetos sempre são diferentes um do outro. Não existe fórmula pronta. Existe um resultado final que busca apresentar a marca institucional e corporativa daquele cliente.”

Olhar sustentável Betty acha que os arquitetos precisam ousar e entender profundamente o projeto a ser desenvolvido. “Hoje, em qualquer obra, seja na área hospitalar ou em outra área, nós temos que pensar obrigatoriamente no futuro do planeta e na autoeficiência da edificação. A inovação tecnológica e a sustentabilidade dos processos e dos materiais usados na obra são dois grandes pilares definidores dos projetos”.

Betty Birger recebendo o reconhecimento da Revista HealtHARQ Health 143 ARQ


ARQ destaque

Opinião

Especialização como diferencial Arquiteto fala sobre tendências e desafios do mercado

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om mais de 20 anos de atuação em Arquitetura para a Saúde, Antonio Carlos Rodrigues é uma das referências do setor atualmente. Desde 1998, o arquiteto comanda uma equipe multidisciplinar no seu escritório, a ACR Arquitetura e Planejamento, em São Paulo. Nesse bate-papo, Rodrigues fala sobre as tendências e desafios desse mercado em constante evolução. E faz questão de frisar: “a especialização faz toda a diferença para o sucesso de um projeto”.

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Health ARQ


HealthARQ: Em arquitetura para a saúde, quais as tendências que você tem observado e aplicado? Antonio Carlos Rodrigues: Nos últimos anos, o setor de saúde tem absorvido a alta tecnologia, disponível em diagnósticos e tratamentos. E, na vertente contrária ao emprego de tecnologia, corre-se o risco de deixar para um segundo plano e tornar frio e calculista o relacionamento profissional-paciente ou instituição-paciente. Nesse contexto, é preciso um ponto de equilíbrio e observamos um movimento a favor da hospitalidade e da humanização. Hoje, a hotelaria da saúde oferece aos clientes, pacientes e acompanhantes, serviços que agregam valor durante a internação, um momento gerador de tensão, estresse e até desconforto. HealthARQ: Como o projeto arquitetônico pode interferir para tornar o ambiente mais acolhedor? Antonio Carlos: É importante lembrar que no conceito de hospitalidade existem aspectos intangíveis ao atendimento do cliente, que ele não percebe, mas que criam uma maior sensação de bem-estar. Na prática, porém, a hotelaria se reflete em aspectos tangíveis: ambientes limpos, iluminados e seguros. Por isso, as instalações devem apresentar conforto, praticidade e qualidade. E a hospitalidade só será completa quando se unir estas duas percepções. O que é intangível, na prática se traduz na humanização do atendimento, onde cada colaborador presta o cuidado com ternura, carinho, respeito, dignidade e empatia ao cliente e o tangível, assegurar um serviço de qualidade, da recepção à alta do paciente. HealthARQ: Alinhar estes aspectos não gera um maior custo para o projeto? Antonio Carlos: O investimento em espaços humanizados e hospitalidade, além de uma tendência é um diferencial e pode representar a redução do desperdício, aumento da qualidade de serviços e consequente fidelização do cliente. Por isso, o projeto deve assegurar a funcionalidade, mas sem esquecer o bem-estar dos usuários. Um centro diagnóstico ou hospital tem que ser bom e parecer bom para passar a sensação de segurança. Deve-se aliar o conhe-

cimento e exigências sanitárias da arquitetura em saúde, com a valorização do design de interiores, do conforto visual e acústico, com a boa iluminação e o uso de alta tecnologia disponível na área. HealthARQ: Então a arquitetura é muito mais que uma edificação? Antonio Carlos: Sem dúvida. A arquitetura pode e deve contribuir significativamente para o bem-estar do paciente, através de projetos que ajudem o indivíduo a enfrentar as dificuldades da uma internação e da própria doença. Os projetos devem promover a segurança desse paciente, passando tranquilidade pois, nos edifícios de atenção à saúde são frequentes as ocorrências de situações críticas e estressantes, envolvendo relações interpessoais e algum grau de sofrimento físico e psicológico. E essa sensação de acolhimento se consegue através de detalhes simples, como o maior uso da iluminação natural em diferentes ambientes e cores, por exemplo. Ao projetarmos um consultório, uma clínica ou um hospital, procuramos dar ao local um aspecto vivo e, ao mesmo tempo, acolhedor. A arquitetura é determinante para a humanização hospitalar, melhorando as condições dos usuários e contribuindo com o próprio tratamento do paciente. HealthARQ: Quais são as peculiaridades nos projetos da ACR? Antonio Carlos: Nosso trabalho, para todos os projetos, se baseia nos conceitos da arquitetura contemporânea, humanizada, priorizando soluções inovadoras, práticas, eficientes e com custos que se adaptam ao perfil de cada cliente. Além disso, hoje é imperativo pensarmos na sustentabilidade. É uma contradição que, uma edificação que cuida de pessoas agrida o meio ambiente ou cause qualquer outro tipo de mal a saúde, mesmo que das gerações futuras. Um edifício de assistência à saúde é a 2ª maior atividade consumidora de energia, perdendo apenas para a produção de alimentos. Quando sustentável, pode-se reduzir o consumo de energia em até 30%, a emissão de carbono em até 35%, economizar água entre 30 a 50 % e reduzir a geração de entulho ou desperdício de 50 a 90%. Health 145 ARQ


Opinião

HealthARQ: E como equacionar a tecnologia, em constante evolução? Antonio Carlos: O aparato tecnológico se confronta com o desafio de orçamentos cada vez mais enxutos. Porém, é possível desenvolver projetos que aliem simplicidade, inteligência e baixa manutenção com custos baixos. Um bom exemplo é o projeto que desenvolvemos para a rede Dr. Consulta. Era necessário aproveitar ao máximo a área disponível, otimizar custos, ser funcional e respeitar a logística do atendimento, com ambientes compactos, porém práticos e acolhedores para o cliente e funcional para a equipe de trabalho, sem abrir mão da qualidade. O resultado foi altamente positivo e hoje já projetamos nove unidades. HealthARQ: Seguindo estes conceitos, quais as características de um projeto contemporâneo? Poderia detalhar algum da ACR? Antonio Carlos: Em primeiro lugar, é preciso investir em planejamento e projeto, acreditar na força transformadora da arquitetura e pensar em longo prazo. Um projeto contemporâneo deve instigar e inovar, acima de tudo. Deve ser atemporal, confortável e humano, mas, além disto, projetos na área da saúde precisam refletir valores do setor. Portanto ser e parecer seguros. Um bom exemplo foi o trabalho desenvolvido, em 2014, para o Grupo Fleury, nosso cliente há mais de 10 anos. Foi inaugurado um Centro Integrado Cardiológico e Neurovascular com os equipamentos mais modernos e sofisticados do mercado e com uma proposta em medicina diagnóstica completamente diferenciada e inovadora. Os exames são realizados em sequência, em um ambiente equipado com tecnologia avançada e amparados por médicos especializados em diagnósticos. HealthARQ: Foi um desafio para ACR? Antonio Carlos: Com certeza. Inserir uma nova unidade à rede poderia ser uma mera repetição de soluções e clichês. No entanto, fizemos deste projeto uma interessante e complexa revisão crítica, pesquisamos novos materiais, caminhos e inovamos. Aliamos a excelência técnica do Fleury a uma ambientação e atendimento humanizado, com espaços e experiências integradas e agradáveis, com recepções e hall que remetem a praças e salas de estar, com cafés aconchegantes e salas de es146

Health ARQ

Fotos: Nelson Kon

ARQ destaque


HealthARQ: Pode se dizer que a especialização na arquitetura para saúde é essencial? Antonio Carlos: Eu diria fundamental. O arquiteto, quando especializado, compreende melhor a demanda e debate o programa em paridade de conhecimento com seu cliente, ganhando tempo e somando experiências. O setor de saúde é complexo e altamente regulamentado, portanto o arquiteto deve conhecer e aplicar as diversas legislações pertinentes, que incluem as exigências da Vigilância Sanitária, Prefeitura Municipal, Bombeiros, certificações, assim como a própria operação do negócio medicina. Além disso, dependendo da complexidade e da expectativa do cliente será necessário ou não formar uma equipe de profissionais de múltiplas disciplinas que farão os projetos complementares. É função do arquiteto coordenar esta equipe, garantir a troca de informações necessárias e compatibilizar os projetos, sempre com foco no resultado final esperado, levando em conta fatores como tempo e investimento. A arquitetura é o ponto de partida e de chegada para todos os projetos.

Foto: Nelson Kon Foto: Nubia Abe

HealthARQ: Quais os erros mais comuns na arquitetura para a saúde? Antonio Carlos: É a falta de conhecimento do setor. É preciso entender muito bem a atividade e as normas que regulamentam o segmento, que são bastante complexas. Se considerarmos que edifícios de assistência à saúde são empreendimentos que exigem grandes investimentos na construção, na compra de equipamentos e, principalmente, na manutenção dos custos operacionais, esses valores crescem proporcionalmente às transformações construtivas executadas sem planejamento. Problemas iniciais de projeto, decorrentes de soluções arquitetônicas inadequadas são agravadas ainda mais com as ampliações em função do aumento da demanda e o acompanhamento de novas tecnologias e equipamentos.

Dr. Consulta - Unidade Diadema

Foto: Nubia Abe

pera localizadas estrategicamente em diferentes locais e escalas: algumas bem intimistas, outras mais amplas. Às complexidades do projeto somaram-se metas ambiciosas de certificação LEED que lançaram grandes desafios aos projetistas. A iluminação foi uma delas, com uma economia de quase 30%. Uma característica que percorre toda a unidade de atendimento é a integração do branding, arquitetura e iluminação.

Dr. Consulta - Unidade Diadema Health 147 ARQ


Perfil

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Trajet贸ria de sucesso

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Health ARQ

Salim Lamha conta sobre sua hist贸ria profissional e algumas curiosidades de sua vida pessoal


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ngenheiro industrial, modalidade mecânica, graduado pela Faculdade de Engenharia Industrial em 1976, Salim Lamha Neto é também graduado no Curso Intensivo de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (Escola de Administração de Empresas de São Paulo). Sócio-fundador da MHA Engenharia em 1975, ocupa o cargo de Diretor da empresa desde essa data. Sua atuação é estratégica, e se verifica tanto na área técnica da engenharia, como no setor comercial e de definição dos rumos, juntamente com Eduardo Luiz de Brito Neves, também sócio-fundador. Sua representatividade no diz respeito a infraestrutura dentro do setor da saúde fez com que ele fosse eleito por três anos consecutivos entre os “100 Mais Influentes da Saúde” da Revista Healthcare Management. Além disso, em 2015, Salim Lamha Neto também figurou entre os eleitos do 1º Prêmio da Revista HealthARQ na categoria Profissional em Destaque – Infraestrutura. Mas nosso “Perfil” desta edição tem também um lado que nem todos conhecem, como sua paixão pelo automobilismo, os títulos de Campeão brasileiro e sulamericano de rallye de velocidade, e a presença nas reuniões de um clube de charuto que preserva a prática da boa conversa e das viagens entre amigos. A HealthARQ realizou uma entrevista exclusiva com o empresário para falar sobre sua história, carreira e algumas curiosidades de sua vida pessoal. HealthARQ: Como começa seu interesse pelo Rallye? Salim: A história é longa, faz mais de 40 anos. Meu interesse, na verdade, começou pelo automobilismo. Eu sou carioca e vim para São Paulo porque queria fazer o curso de mecânica automobilística e, na época, só existia uma faculdade no Brasil, a FEI, que ficava aqui, na capital paulista. Durante a faculdade, eu trabalhei um pouco em um departamento de projetos de veículos, mas descobri que o meu negócio não era projetar carro, eu gostava do automobilismo de correr mesmo. Foi então, na década de 80, já formado e com a empresa fundada, que eu comecei a colocar a minha paixão por automobilismo e velocidade em prática de fato, comecei a me dedicar ao rallye. Corri até 2005 mais ou menos. HealthARQ: Como você fazia para conciliar os campeonatos de rallye com o trabalho? Salim: Na verdade tinha que conciliar com o trabalho

O empresário na prática do Rallye

e a família, porque no rallye de velocidade você tem a oportunidade de percorrer as estradas nas quais o campeonato vai acontecer antes da data. Em geral, são vicinais, que estão abertas, em seu tráfego normal, nós percorríamos com um carro comum também e dentro da velocidade permitida, por isso, leva-se mais tempo no processo. Eu viajava na segunda a noite, o máximo terça de manhã, e o rallye era sexta, sábado e domingo. O campeonato brasileiro tem sete ou oito provas no ano. Então, no mínimo eram entre 10 e 12 semanas no ano fora do trabalho. HealthARQ: Sua paixão pelo automobilismo o levou a cursar mecânica automobilística, quando a engenharia civil surge em sua vida? Salim: Na realidade, a engenharia civil aqui da empresa abrange todas as modalidades, desde a civil, elétrica e mecânica. Apesar de a minha formação ser em engenharia mecânica, desde a faculdade, a gente já percebia que o primeiro caminho era trabalhar com indústrias. Então abrimos a empresa com dois objetivos: um que era exatamente fazer o planejamento industrial e outro era atuar em engenharia e saneamentos. Começamos a MHA fazendo projetos de hidráulica e ar condicionado. Até porque a gente tinha formação em engenharia mecânica. E o ar condicionado era o domínio do engenheiro mecânico. HealthARQ: No primeiro momento da empresa, se pensava em trabalhar para saúde? Salim: No início, nosso foco era a indústria, mas a gente vinha apresentando uma série de especialidades que Health 149 ARQ


ARQ destaque

Perfil

HealthARQ: Você possui um sobrenome libanês, certo? Algo desta cultura faz parte da sua vida? Salim: Meus dois avôs homens, tanto por parte do meu pai, quanto o da minha mãe, eram libaneses, vieram para cá na época de 1910/1920 por conta das guerras. Existem sim algumas coisas desta cultura libanesa em minha vida. A comida é uma delas. Em casa sempre comemos muitos pratos libaneses, talvez não no dia a dia, mas sempre há alguma coisa.

Salim em um safari na África

o coordenador ou o arquiteto geralmente tinham que contratar separadamente, então, nosso trabalho facilitava a coordenação deles. E foi isso que nos levou para este mercado. Um dos primeiros trabalhos que fizemos para um hospital foi para o Zanettini. Logo depois conhecemos o Jarbas Carmo e assim seguimos no setor. Com certeza a área de saúde, nestes 40 anos de empresa, é a mais importante para nós. HealthARQ: A MHA nasceu de uma sociedade sua com o Eduardo Neves, seu colega de faculdade. Como surgiu essa amizade entre vocês? Salim: Nossa amizade começou na faculdade. E eu vim para São Paulo para fazer a faculdade em São Bernardo do Campo e o conheci em uma pensão, no inicio deste processo todo. Além de estudarmos juntos, morávamos no mesmo lugar. Tem uma passagem da nossa história que é muito interessante, quando eu chegava para me instalar, me perdi, não lembrava o nome da pensão que iria ficar. Encontrei um rapaz na rua, comentei a situação e descobri que ele morava lá, era o Eduardo.

HealthARQ: É verdade que você faz parte de um grupo de charuteiros? Salim: O charuto, às vezes, é mal visto pela sociedade, eu comecei a fumar próximo aos 40 anos. Tudo começou através de um grupo de amigos que eram jogadores de vôlei e alguns deles pertenciam ao clube de charuto, até que um dia resolvi conhecer e descobri que o charuto, na verdade, é um pretexto para reuniões de boas conversas e até viagens em grupo, talvez por isso tenha se tornado um hobby para mim.

HealthARQ: E a história da sua família, como começa? Salim: Eu Conheci a minha mulher no meu segundo ano de faculdade. Somos casados desde 1979. Tenho duas filhas, hoje sou avô de um casal de netos e tem um terceiro a caminho. Sou um avô babão e adoro fazer atividades esportivas com eles, como correr, andar de patinete ou de bicicleta.

HealthARQ: Qual foi a sua viagem inesquecível? Salim: Viagem é uma das coisas que eu mais valorizei ao longo da vida. Na época em que estava na faculdade, sai de carro do Rio de Janeiro e fui parar em Manaus, no meio da selva. Mais tarde, com minha família formada, na época em que minhas filhas tinha entre cinco e 15 anos, viajei bastante no mês de Julho para os parques americanos. Mas uma viagem inesquecível para mim foi para África, nos safaris, especialmente no Quênia.

HealthARQ: Então você é um vovô atleta? Salim: Já corri meia maratona, mas não posso dizer que não sou um atleta, porém consigo me movimentar bem. Temos, inclusive, uma equipe de corrida na MHA que tem aproximadamente 50 pessoas. Muitos que não corriam estão correndo. Contamos também com professores de ginástica laboral.

HealthARQ: Você tem algum livro de cabeceira? Salim: Tenho vários livros. Li vários livros do José Saramago, desde o “Viagem do Elefante” até o “Ensaio sobre a Cegueira”.

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HealthARQ: Você tem algum sonho? Salim: Tenho vários sonhos. Hoje, tenho um desejo que é acalmar um pouquinho mais o trabalho para aproveitar prazeres como o rallye e os netos. Mas também tenho um sonho profissional, que é a perenidade da empresa. Mas já tenho uma filha que cuida da gestão da empresa e o filho do Eduardo, que cuida da parte de planejamento e novas tecnologias. HealthARQ: Você tem algum medo? Salim: Tenho vários. No âmbito profissional, temo pelo rumo que a profissão possa tomar no futuro. Já entre meus medos pessoais estão as questões ligadas à segurança.

Os sócios Salim Lamha Neto e Eduardo Brito Neves

HealthARQ: Como você se define? Salim: Sou uma pessoa, de certa forma, aventureira. Como empresário você tem que ser um pouco aventureiro. Posso me definir também como, desde o primeiro momento, um apaixonado pelo trabalho, absolutamente focado. Apaixonado também pelos amigos, sejam os do meu grupo de rallye, ou os do grupo de charuto. E, claro, sempre ligado a minha família.

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Evento

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VII CBDEH é lançado em São Paulo Marcio Oliveira apresenta o VII CBDEH 152

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Evento reuniu diretoria e associados da ABDEH para apresentar as novidades e propostas para o congresso de 2016


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ntre os dias 28 e 30 de setembro de 2016, acontecerá o VII Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, o VII CBDEH. A cidade escolhida para sediar esta edição do evento que reúne os principais profissionais de arquitetura, engenharia e construção com atuação no setor da saúde foi Salvador. “Nossa cidade está sempre de braços abertos para receber as pessoas. Com certeza, quem for ao congresso vai poder aproveitar também momento de lazer”, diz Doris Vilas Boas, Presidente do VII CBDEH. O tema central escolhido para o congresso foi “Inovação e criatividade no setor da Saúde”. “O assunto foi escolhido exatamente por este momento que a gente vive no País, no qual nós estamos precisando usar nossa criatividade em todos os campos. Pois são nesses momentos que florescem os profissionais que desejam fazer uma boa prática”, comenta Marcio Oliveira, Presidente da ABDEH. Os assuntos a serem abordados em cada um dos módulos, assim como os nomes dos palestrantes foram discutidos pela comissão científica do congresso. “Somos em 14 membros especializados no setor. Baseamos nossas escolhas na proposta central do congresso: criatividade e inovação. Eles trarão para discussão a questão do planejamento em infraestrutura hospitalar”, diz Antonio Pedro Carvalho, Presidente da Comissão Científica do VII CBDEH.

Doris Vilas Boas fala sobre as particularidades do congresso de Salvador

Marcio Oliveira, Doris Vilas Boas, Salim Lamha e Antonio Pedro Carvalho Health 153 ARQ


Evento

ARQ destaque

O evento proporcionará também visitas técnicas a hospitais da cidade para os participantes. “Mas para esta edição, além das visitas, estamos com uma novidade: os pré-congressos com um aprofundamento maior sobre os temas, que serão realizados no hotel”, adianta Doris Vilas Boas, Presidente do VII CBDEH. A Vice-presidente executiva da ABDEH, Ana Paula Peres, adianta que na edição de 2016 do CBDEH, serão abordadas as novas normas do Ministério da Saúde. “Quem vai no nosso congresso busca a questão da inovação. Então falaremos sobre este assunto bastante importante para quem atua no mercado hospitalar”, conta. Segundo o arquiteto Siegbert Zanettini , este tipo de evento auxilia na formação e no aprimoramento de quem atua na área. “Ele congrega em um trabalho um pouco mais coletivo com esses profissionais, o que é muito bom para a saúde”, salienta. O arquiteto Antonio Carlos Rodrigues, membro da associação, também destaca a importância do evento. “O congresso nos permite a troca de experiências, que um ensine ao outro aquilo que já trabalhou e deu certo. É importante a gente divulgar o que faz”, diz.

O arquiteto Siegbert Zanettini se apresenta aos presentes

Associados e parceiros da ABDEH acompanham o lançamento do congresso

Confira o vídeo no Saúde Online TV http://goo.gl/IL9RAx 154

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Associados e parceiros da ABDEH acompanham o lançamento do congresso


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Novo Prédio

CONSTRUÇÃO

Projeto do novo prédio do Hospital Moinhos de Vento

Nova edificação Hospital Moinhos de Vento investe R$ 55 milhões em obras

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o segundo semestre de 2015, o Hospital Moinhos de Vento celebrou mais um marco na sua história anunciando a construção do novo prédio que ampliará a capacidade em 100 leitos de internação. “Atualmente temos 380 leitos e passaremos a 480 quando do final da obra. Estaremos atendendo melhor os pacientes que procuram o Hospital Moinhos de Vento. Devemos apoiar os projetos do Estado e do Município com a criação do Medical Valley, fortalecendo a saúde como uma marca de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul”, salientou o superintendente executivo da instituição, Fernando Andreatta Torelly. Os leitos do novo prédio que atenderá por convênios e particulares serão divididos em Unidades de Internação, Centro de Terapia Intensiva Adulta e Centro de Terapia Hematológica (especializado no tratamento de doenças oncohematológicas). A construção de oito andares e com área total construída de 9.300 m² deverá gerar 500 novos empregos e beneficiar três mil pacientes por ano. A previsão é de que a obra localizada na Rua Dr. Vale seja concluída em 18 meses. “Essa é mais uma conquista para a área da saúde da população de Porto Alegre. Esta obra demonstra o nosso compromisso em cuidar de vidas, reforçando o cuidado que temos ao disponibilizar recursos e opções de tratamento para a comunidade, proporcionando um atendimento de excelência”, diz Torelly. O ponto de destaque do projeto contempla o desafio de criar diferentes serviços alocados na mesma edificação. “Além disso, internamente, a incorporação e a estruturação de unidades com características especiais como a internação de terapia hematológica e, externamente, o tratamento das fachadas através da utilização do sistema de fachadas ventiladas, do desenvolvimento de projeto de isolamento acústico envolvendo as esquadrias externas e vedações e da composição plástica diferenciada (mosaico de vidros)”, ressalta Carlos Emílio Stigler Marczyk, Gerente de infraestrutura do Hospital Moinhos de Vento. A humanização foi trabalhada no projeto contemplando três premissas. A criação de ambientes que contribuam para promover o reestabelecimento dos pacientes através de elementos como cor, luz e materiais de acabamento; a estruturação física dos ambientes e incorporação de tecnologia, respeitando plenamente a privacidade, a autonomia e o esHealth 157 ARQ


Novo Prédio

CONSTRUÇÃO

Autoridades participaram de solenidade que marcou a assinatura do contrato para a construção do novo prédio

tado de saúde dos pacientes; e os ambientes concebidos para permitir adequado acolhimento aos usuários (pacientes, visitantes, acompanhantes e colaboradores), tendo como referência os conceitos de acessibilidade e a utilização de uma linguagem contemporânea (ex.: projetos corporativos e hoteleiros). O projeto de iluminação está baseado nos conceitos de contemporaneidade, assepsia e sustentabilidade. “Para o projeto luminotécnico do hospital, utilizamos na circulação luminárias contínuas para evitar manchas e áreas escuras. Nos quartos, trabalhamos levando em consideração o conforto visual do paciente, bem como a eficiência na iluminação de procedimentos. Luz indireta e de balizamento para que o paciente possa se orientar dentro do quarto sem que haja desconforto visual causado pela intensa luminosidade, e luminárias de procedimento instaladas de modo que não haja sombra sobre o paciente, auxiliando médicos e enfermeiros”, adianta Marczyk. A temperatura de cor foi outro item levado em consideração pela equipe. “Trabalhamos com luminárias de temperatura de cor de 4000K, pois essa cor por estar entre o branco frio e o morno auxilia na questão da assepsia, sem ser desconfortável para pacientes e visitantes”, diz o Gerente de infraestrutura do Hospital 158

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Moinhos de Vento. O Gerente de infraestrutura ressalta que todas as luminárias utilizadas são vedadas para evitar o acumulo de sujeira e possuem a tecnologia LED, que por sua longa vida útil evita manutenção e com isso, não haverá grandes interrupções nas atividades do prédio para a troca das peças. “Além disso, gera economia efetiva na conta de luz e ar condicionado, pela luz do LED não emitir calor”. Segundo Marczyk, nesta fase, o principal desafio foi harmonizar diferentes usos da edificação e compatibilizar níveis com as estruturas existentes. Sendo assim, a interação entre ambientes internos e externos do prédio de ampliação em questão é composta na base por pavimentos onde se localizam unidades de apoio logístico (almoxarifado, rouparia, etc.) e nos andares superiores por unidades de internação. “Desta forma, os principais desafios no desenvolvimento deste projeto foram, de um lado, integrá-lo adequadamente ao corpo do prédio existente do hospital, e de outro possibilitar que os fluxos de recebimento (carga/descarga) e distribuição das unidades de apoio logístico não produzissem qualquer tipo de interferência na dinâmica de funcionamento das unidades de internação”, reforça o Gerente.


Engenharia O projeto de engenharia levou em consideração o atendimento as normas técnicas, a segurança das instalações, o desempenho da edificação, a durabilidade e a manutenção. “Com orientações técnicas previamente acordadas entre os projetistas, elaboradas pelo grupo de técnicos do Hospital Moinhos de Vento, os projetos de engenharia e arquitetura foram afinados para esta obra”, conta Carlos Emílio Stigler Marczyk, Gerente de infraestrutura da instituição. As obras estão previstas para três etapas distintas, a preparação do terreno, com demolições e realocação de serviços impactados pela obra; execução das contenções e escavações; e a construção da estrutura e demais itens que compõem a obra. “O ponto crítico desta obra será a logística de acesso e operação do site, pois a construção vai ocupar praticamente toda área disponível, dificultando circulação e armazenamento de materiais. Além disso a rua de acesso tem uma rampa muito íngreme, o que impede a utilização da capacidade total de carga dos equipamentos de transporte, e em determinados horários o trânsito é muito intenso”, adianta Alex Lemes, Gerente de negócios da Construtora Tedesco, responsável pelo processo. Para que o hospital possa ser mantido em funcionamento, a empresa executora da obra fará o acesso ao canteiro de obras de maneira totalmente independente do hospital. “Quando da interligação do bloco 16 com o prédio existente, serão tomadas medidas de isolamento especificas para não interferir com as atividades do hospital”, garante.

Diferenciais da Edificação - Projeto arquitetônico desenvolvido com linguagem contemporânea, fachada principal composta de perfis em alumínio e composição de vidros, com várias tonalidades de cor. - Fachadas ventiladas que melhoram a condição térmica da edificação e otimizam o sistema de climatização. - Esquadrias com isolamento acústico, dotada de acionamento motorizado para movimentação de persianas. -Sistema de climatização com filtragem especial, para atendimento da unidade de internação de oncohematológico. - Áreas de apoio exclusiva de atividade físicas para pacientes da unidade oncohematológico. -Áreas de convivência para familiares de pacientes da unidade oncohematológica. - Dispensação de medicamentos através de equipamento Pixys, automatizado. -Sistema integrado denominado checagem à beira do leito, para administração e controle de medicação. - Postos assistenciais individualizados para cada dois leitos, no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). - Sistema de controle de temperatura de medicamentos automatizado, controlado pela farmácia central. - Unidade de internação diferenciada com suítes e serviços de hotelaria exclusiva. - Pavimento técnico, localizado na cobertura da edificação com otimização da ocupação da edificação. - Sistema elétrico atendido por duas subestações, a fim de garantir fornecimento ininterrupto de energia. - Sistema redundante de geradores de energia, para atender operação de suporte a vida.. -Sistema redundante de equipamentos de nobreaks para operação de sistemas. Health 159 ARQ


CONSTRUÇÃO

Novo Prédio

Instalações Elétricas

O sistema elétrico do novo prédio foi projetado de forma totalmente independente das instalações existentes nos outros prédios do Hospital. Uma nova subestação atenderá todo o sistema de HVAC e as instalações elétricas do novo prédio. Para atendimento das cargas emergenciais, foi projetado também um novo grupo gerador de emergência que atende 100% das áreas operacionais do prédio. Também foram instalados dois sistemas de energia ininterrupta (Nobreaks), com operação redundante em paralelo ativo. Um destes sistemas atende todas as áreas de TI do novo prédio. O outro sistema atende unicamente as cargas de IT-Médico das áreas do Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Como segurança, o complexo já possui abastecimento de energia por duas subestações distintas, minimizando o impacto de interrupção de fornecimento. “Todas as instalações elétricas que tenham contato com pacientes e/ou acompanhantes possuem Proteção Diferencial Residual (IDR), seletiva por aposento. Nas áreas do Centro de Tratamento Intensivo (CTI), foi implementado um sistema de IT-Médico que atende todas as cargas elétricas que possam estar em contato com o paciente (invasivas ou não) atendendo plenamente e sobrepondo-se as indicações normativas”, afirma Lemes. 160

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Superintendente executivo Fernando Andreatta Torelly Solenidade novo prédio do Hospital Moinhos de Vento

Sustentabilidade e tecnologia Visando a preservação de recursos naturais e redução de consumo de energia algumas medidas serão adotadas nas obras, como a utilização de um sistema de aquecimento da água dos vestiários a gás, que permitirá redução significativa do consumo de energia elétrica, além de proporcionar mais conforto aos colaboradores com a qualidade na temperatura e vazão da água para banho. Além disso, serão usados escoramento e formas metálicas com partes em polipropileno injetado, materiais estes altamente recicláveis e reutilizáveis, o que leva a uma grande redução no consumo de madeira. O descarte de resíduos sólidos ocorrerá visando destinatários que fazem a reciclagem e, sempre que aplicável, serão contratados fornecedores que atendam a política de logística reversa, devolvendo ao fabricante os resíduos de seus produtos. “Serão adotadas ainda medidas de controle de emissão de poeira e ruídos”, salienta Lemes. Já a tecnologia, está fortemente aplicada às instalações elétricas, sistema de transporte de gases medicinais e climatização, que foram projetadas com sistemas de auto-


mação com alta tecnologia de desempenho e redundância de operação, evitando falhas no seu funcionamento. “O sistema de fachada será do tipo ventilada, proporcionando maior conforto térmico interno aos ambientes, o que reduz significativamente o consumo energético, além de ter uma manutenção diferenciada pelo seu baixo custo, durante a execução a geração de resíduos é mínima tornando uma alternativa de baixo impacto ambiental”, o conta Gerente de negócios da Construtora Tedesco.

Ficha Técnica Nome do empreendimento: Projeto Expansão HMV – Bloco 16 Endereço: Rua Ramiro Barcelos, 910 – Porto Alegre/RS Nº pavimentos: 08 Obra: 18 meses a partir de outubro de 2015 Área total construída: 9.305,75m² Construção: Construtora TEDESCO Projeto arquitetônico: Schertel e Cassiano Arquitetos Associados Arquitetura de interiores: Moema Wertheimer Projeto estrutural: Projetak Projeto de fundações e contenções: Milititsky Consultoria Geotécnica e Engenheiros Associados S/S Projeto elétrico: Ana Terra Engenharia LTDA. Projeto hidrossanitário, gases e PPCI: Optare Engenharia LTDA. Iluminação: Atelier de Iluminação Climatização: Projetum Engenharia LTDA Gerenciamento de Projetos e Obras: Equipe Interna Hospital Moinhos de Vento Gestor do Hospital: Superintendente Executivo Fernando Andreatta Torelly Gerente de Infraestrutura: Eng. Carlos Emílio Stigler Marczyk

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Saúde Pública

CONSTRUÇÃO

Atendimento à população Hospital está sendo construído na Zona Sul de São Paulo para beneficiar 200 mil pessoas 162

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om as construções iniciadas em 2015, o Hospital Municipal de Parelheiros localizado na Zona Sul da cidade de São Paulo, irá beneficiar mais de 200 mil pessoas com pronto-socorro, maternidade e centro de especialidades. Em um terreno de aproximadamente 110 mil metros quadrados, a edificação terá cerca de 34 mil metros de área construída, será um equipamento constituído por blocos, que se comunicam por amplas passarelas cobertas, que formarão os corredores de interligação entre os blocos. No total serão 6 blocos, além do estacionamento, portaria, paisagismo e utilidades. O edifício terá espaço para 255 novos leitos, dos quais 38 obstetrícias, 31 Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, infantil e adulto, 09 leitos para ginecologia, 11 salas cirúrgicas, além de leitos psiquiátricos com área de deambulação ao ar livre. Em uma mesma estrutura haverá um hospital dia, um hospital escola e um centro de apoio diagnóstico, que oferecerá exames como mamografia, endoscopia, raio-x tomografia, ultrassom e ressonância magnética.

Projeto Arquitetônico Considerado como o melhor projeto na categoria Saúde em 2015, o Hospital de Parelheiros, foi projetado pela equipe da Raf Arquitetura em conjunto com a Secretaria Municipal da Saúde e com a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB). Um dos grandes destaques deste projeto foi a forma de implantação do edifício. “O terreno tinha um desnível entre o ponto mais baixo e o mais alto de 25 metros e, de acordo com a legislação, só poderíamos ter um gabarito de altura de 9 metros, então, tivemos que fazer um partido arquitetônico pavilhonar que se adaptasse ao terreno” comenta Cynthia Kalichsztein, sócia diretora da RAF Arquitetura. Para atender esta premissa e facilitar no fluxo e na circulação dos pacientes, criamos uma rua interna na instituição, que corta o prédio ao meio. Esta rua separa os blocos de alta complexidade e emergência, dos blocos de internação e apoio. Estes blocos são interligados nos pavimentos superiores por passarelas. “No projeto pensei na separação dos fluxos destes blocos de formas distintas e específicas para cada um deles, criando assim a individualidade”, diz Flávio Kelner, sócio diretor da RAF Arquitetura. O terreno é beneficiado por uma vegetação nativa que ocupa 50% de sua área, portanto, houve a preocupação em conservar a área como também agregar a vegetação na concepção arquitetônica, através do uso de aberturas no edifício para este verde. Isto garantiu uma fachada com muita ventilação natural além de uma vista diferenciada para os usuários. “A implantação dos blocos foi pensada de forma a preservar a área verde existente. Os blocos estão escalonados, se adequando as cotas existentes do terreno. Esta implantação possibilitou a separação dos acessos em andares diferentes, organizando o fluxo e a distribuição”, revela Cynthia. Health 163 ARQ


CONSTRUÇÃO

Engenharia e Edificações

Saúde Pública

Responsável pela execução dos projetos básicos de estrutura, climatização hidrossanitária, sistemas elétricos e eletrônicos, como também a coordenação geral do projeto do hospital de Parelheiros, a MHA Engenharia cuidou da compatibilização multidisciplinar com um projeto desenvolvido em um prazo de seis meses. A gestora de projetos Maria Eloisa Neves da MHA compartilhou detalhes interessantes sobre o projeto básico da instituição e conta que “um dos grandes desafios foi executá-lo em um terreno rochoso e com flora atlântica, a qual deveria ser preservada, dificultando a implantação de edificações em toda área do terreno”, conta. “Não podíamos retirar a flora do local por lei e por princípios da própria MHA”. Outro desafio de Parelheiros foi a distribuição de todas as instalações em um hospital horizontal implantado sobre um terreno com grandes desníveis, com interligação de vários edifícios e grandes distâncias a serem vencidas. Umas das preocupações do projeto foi reduzir o impacto ambiental do hospital, então “foram previstos para o edifício, placas solares para aquecimento de água economizando energia elétrica e reservatórios para água de reuso da chuva, sendo estas utilizadas para irrigação das áreas externas e nas bacias sanitárias, além de diversos equipamentos de redução de consumo (válvulas, luminárias e etc.) e de grandes rendimentos (unidades resfriadoras – chillers - entre outros)”. A edificação contará também com um sistema de automação predial, que possibilitará a monitoração e o controle dos vários subsistemas, visando uso racional da energia, água e climatização. O prédio contará com acessibilidade universal e terá ainda estacionamento, bicicletário e brinquedoteca. “A grande expectativa com relação ao projeto foi atender às solicitações da saúde, inclusive com informações advindas de médicos especialistas, proporcionando ao município um atendimento à rede pública com um bom nível de funcionamento. Em complemento, o projeto também atendeu a todas as exigências e normas da ABNT, RDC-50, NR-10 entre outras, respeitando todas as solicitações de segurança para o pleno funcionamento do hospital, visando sempre áreas críticas em respeito ao atendimento da vida humana”, completa Eloisa. 164

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DETALHES DA OBRA Sistemas especiais e automação predial Na obra ainda em fase de construção, está sendo instalada toda a infraestrutura para receber os sistemas para a segurança do hospital. Está sendo projetada a instalação de circuito de CFTV. “O sistema tem por objetivo fornecer os recursos visuais para o controle e segurança de todo o hospital, onde está prevista instalação de câmeras de CFTV em locais estratégicos”, explica a engenheira Josy Nascimento Gerente Obra da Engemon. Já o sistema de automação e supervisão predial será aplicado para integrar as diversas facilidades projetadas no empreendimento, como: gerenciamento e monitoramento centralizado, softwares operacionais automação e controle das utilidades prediais e do sistema de ar condicionado.

“Para garantir a condução adequada desses medicamentos até o paciente, o primeiro passo é ter um bom projeto de gases medicinais para as redes de gases do hospital e contatar uma empresa atualizada e especializada no segmento que cumpram a norma da ABNT 12188:2012 e a RDC 50 da Anvisa, que regulamenta esses tipos de instalações” Josy Nascimento, Gerente Obra da Engemon

“O terreno tinha um desnível entre o ponto mais baixo e o mais alto de 25 m e, de acordo com a legislação, só poderíamos ter um gabarito de altura de 9 m. Este foi o grande desafio deste projeto e com isso, tivemos que fazer um partido arquitetônico pavilhonar que se adaptasse ao terreno” Cynthia Kalichsztein, Sócia-diretora da RAF Arquitetura

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Saúde Pública

CONSTRUÇÃO

“Um dos grandes desafios deste projeto, foi a distribuição de todas as instalações em um hospital horizontal implantado sobre um terreno com grandes desníveis, com interligação de vários edifícios e grandes distâncias a serem vencidas” Maria Eloisa Neves, Gerente de Projetos da MHA Engenharia

Gases Medicinais A RDC 60, de dezembro 2012, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estabelece que os gases medicinais estejam inclusos na classificação de medicamentos, por isso a Anvisa passou a fiscalizá-los como tal. “Para garantir a condução adequada desses medicamentos até o paciente, o primeiro passo é ter um bom projeto para as redes de gases do hospital e contatar uma empresa atualizada e especializada no segmento que cumpram a norma da ABNT 12188:2012 e a RDC 50 da Anvisa, que regulamenta esses tipos de instalações”, comenta Josy. Nesta edificação, durante a montagem, a verificação da classe de tubulação que está sendo usada, que, por norma deve ser classe A, e a qualidade da solda, que deve ser prata, pois outros tipos de soldas em contato com o oxigênio criam gases nocivos à saúde e devem ser observadas. “Neste tipo de instalação é feito teste de estanqueidade da rede, garantindo ao cliente que não haverá vazamentos. Além disso, submetemos as instalações ao processo final de homologação, com oximetro, garantindo que o ponto de consumo está sendo abastecido com o gás correto”, explica. 166

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Instalações hidráulicas O sistema hidráulico a ser aplicado nesta edificação consiste na capitação das coletas de água pluvial dos telhados para aproveitamento no uso em bacias sanitárias e no sistema de hidrantes, com sistema de tratamento através de filtro e desinfecção.

Instalações elétricas O sistema de distribuição elétrica foi concebido visando atender todo o hospital em quadro de energia emergencial, ou seja, toda carga crítica à vida humana está em segurança quanto à falta de rede por parte da concessionária sempre atendendo a RDC-50 e ABNT. Todos os equipamentos que serão utilizados terão capacidade qualificada e atenderão todas as normas. e aprovados pelas mesmas. Toda a tubulação e fiação estão dentro dos padrões de atendimento às normas de prevenção e combate a incêndio.


Espaço dedicado

Beneficência Portuguesa de São Paulo investe em projeto de Centro Avançado de Oncologia

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onsiderado o hospital Premium da Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos maiores complexos hospitalares privados da América Latina, o Hospital São José foi inaugurado em 2007 e projetado para ser referência em oncologia, cardiologia, ortopedia e neurologia. No ano de 2010, a instituição foi acreditada pela Joint Commission International (JCI), o que o colocou entre um seleto grupo de hospitais dispondo de serviços, atendimento e estrutura com padrões aprovados e reconhecidos mundialmente. Planejado para atender seus pacientes com os mais modernos conceitos de hotelaria hospitalar e gastronomia, além de rigoroso trabalho de prevenção de infecções e acidentes com a utilização de tecnologias de ponta, o Hospital São José tem orgulho de prestar atendimento referenciado pensando no bem-estar dos pacientes, médicos e colaboradores. O hospital possui mais de 23 mil m² distribuídos em 9 andares, sete salas cirúrgicas e 65 leitos em estrutura moderna e completa para atuar na prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação da saúde dos pacientes. As UTIs e semi-intensivas são privativas, com janela, banheiro, poltronas para acompanhantes, ar condicionado e TV. O Hospital conta, ainda, com um moderno Centro de Diagnóstico, onde os procedimentos cardíacos e neurológicos são realizados com equipamentos tridimensionais que garantem mais confiabilidade aos profissionais e pacientes. Para proporcionar mais comodidade e atendimento direcionado aos pacientes oncológicos a instituição decidiu investir em um segundo bloco, o Instituto de Oncologia. O Dr. Antônio Carlos Buzaid, renomado oncologista, foi contratado para estar à frente do Centro Avançado de Oncologia, que está prestes a ser inaugurado. O Centro Avançado de Oncologia do Hospital São José pretende oferecer atendimento Premium para pacientes particulares e planos de saúde A/B. A infraestrutura do espaço é completa, foram preparados dois andares de leitos para realização de quimioterapia, bem como locais específicos para sua aplicação, além de consultórios médicos para prestar assistência completa aos pacientes com câncer.

Como a edificação está localizada ao lado do hospital em funcionamento, o planejamento e a logística das obras foram algumas das dificuldades do processo. “Executamos a obra respeitando as normas e legislações, respeitando o meio ambiente, procurando causar o menor impacto a vizinhança e ao Hospital em funcionamento”, diz Luis Gonçalves, Diretor de obras da Construtora TODA do Brasil. Como os processos são executados por uma construtora certificada nas normas ISO 9001 e 14001, durante a gestão da obra estão sendo aplicados todos os procedimentos e requisitos ambientais. “Estamos trabalhando de forma a gerar o mínimo possível de resíduos e aqueles gerados são destinados a locais apropriados e certificados para descarte e ou reciclagem”, comenta. Segundo Gonçalves, algumas tecnologias estão sendo aplicadas na execução da obra, podendo-se destacar o sistema unitizado da fachada que consiste em um conjunto pré-montado composto de perfis de alumínio, vidros insulados e vedações, garantindo maior rapidez e segurança na execução e estanqueidade. “Para mensurar a qualidade durante os processos, na execução da obra a qualidade é atestada através da utilização de materiais certificados e procedimentos de execução conforme normas pertinentes a este padrão de obra”, finaliza Gonçalves. Health 167 ARQ


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Cuidado

Sustentabilidade

Edificação sustentável Unimed Erechim investe em novas áreas para melhor atender aos usuários

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momento é de inovação fundamentada na qualidade e garantida pela experiência em serviços de saúde. A Unimed Erechim, primeira cooperativa médica do estado, fundada em 1971, conta com 220 médicos, 174 colaboradores e 45.518 beneficiários. No final do semestre de 2014, a Unimed Erechim, no Rio Grande do Sul, inaugurou um novo espaço que passou a 170

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agregar diversos serviços aos seus associados, o Centro de Qualidade de Vida. “Certamente, os usuários dos nossos serviços e nossos cooperados terão à disposição um espaço único para promoção da saúde e da qualidade de vida”, declarou à imprensa o Presidente da Cooperativa, Alcides Mandelli Stumpf, pouco antes da inauguração. O prédio está adequado às regras de sustentabilidade ambiental, aproveitando os recursos naturais como


luz solar e água da chuva para utilização nas atividades diárias. Com área total de 7.133 m², no local, inicialmente, funcionarão os setores administrativos, Laboratório de Análises Clínicas, Saúde Ocupacional e Medicina Preventiva. Em um segundo momento, o espaço deverá abrigar, também, a Uniclínica e o Centro de Diagnóstico por Imagem. A construção do Centro de Qualidade de Vida Unimed foi executada pensando nas pessoas, vislumbrando uma obra de qualidade, sem deixar de lado os princípios básicos de uma construção sustentável, privilegiando as questões ambientais, gerando economia de custos; também, mostrando uma postura comprometida com o futuro e a qualidade de vida das pessoas. Empenhado na busca de um futuro promissor e comprometido com a comunidade, o empreendimento teve como proposta desde sua concepção, bem como durante sua implantação de ter um uso sustentável. “O projeto buscou fortalecer a imagem da Unimed, modernizando as instalações e preservando a sua história. Tendo como meta, valorizar o conceito de hospitalidade, no qual os ambientes foram transformados em espaços diferenciados na proposta

realizada, com um clima confortável e aconchegante, através do uso de materiais inovadores e de qualidade, buscando criar ambientes com composições agradáveis como resultado final, com o foco constante no ser humano”, explica Rosane Lemos de Pinho Zanardo, sócia-proprietária do Armazém de Design, especialista em arquitetura hospitalar. Com a superestrutura de concreto executada, o escritório foi convidado a assumir as definições para execução dos acabamentos, bem como das instalações especiais, um trabalho de acompanhamento e orientação até a finalização da obra. Após análise cuidadosa dos projetos existentes foi definido as principais posturas e soluções pertinentes a serem adotadas em relação aos projetos em andamento. “O sucesso de todo o processo, foi possível, devido a parceria criada entre a Equipe Técnica, a Gerência Executiva e a Diretoria da Unimed, fator muito importante, visto que resultou na união e integral colaboração na montagem da programação e cronogramas detalhados dos trabalhos específicos realizados pelo grupo, especificando materiais e acabamentos, redefinindo alguns layouts internos, cor de tinta, revestimentos de piso e paredes, etc.”

Pavimentação permeável O revestimento dos acessos foi executado em paver, pela preocupação de utilizar uma pavimentação externa permeável, que permitisse a absorção natural da água da chuva, reduzindo o risco de grandes volumes de água retornando para as vias públicas, bem como preservando o ciclo natural das águas e assim preservando o ciclo normal da natureza. Health 171 ARQ


Cuidado

Sustentabilidade

Sustentabilidade e Meio Ambiente Quanto à sustentabilidade e meio ambiente, houve uma preocupação de toda equipe técnica com a preservação ambiental e a sustentabilidade. Com ambientes bem planejados e instalações modernas, a consolidação do espaço aconteceu devido à preocupação em se ter uma tecnologia de ponta em todos os equipamentos. “Foram consideradas a durabilidade, economia e funcionalidade para se buscar atingir a sustentabilidade com um bom resultado final”, reforça Rosane. Também houve cuidado com o controle da geração, manuseio e descarte de resíduos, através do PGRE (Plano de Gerenciamento de Resíduos e Efluentes). Reduzindo, reciclando, reutilizando e direcionando corretamente os resíduos sólidos. Para economia de água, foram implantadas a captação e o aproveitamento das águas da chuva, para utilização nos jardins e calçadas. A preocupação em reduzir o consumo, procurando ter uma vazão mais eficiente, utilizando aeradores que melhor distribuem a água; torneiras com o sistema de temporização, para evitar desperdícios e bacias com descargas em duas faces para o descarte de resíduos. 172

Health ARQ

Quanto ao consumo energético, houve uma preocupação com a economia de energia em toda edificação. A energia solar foi utilizada para o aquecimento de água, por exemplo, e houve uma preocupação com o uso da iluminação natural, adotando luminárias e sancas com lâmpadas fluorescentes ou lâmpadas Led, que possuem baixo consumo de energia elétrica entre outras medidas de seleção de equipamentos com eficiência energética ajustada as necessidades do edifício. “Durante o acompanhamento dos projetos elétricos, foram colocadas tomadas estabilizadas, para atender computadores e equipamentos sensíveis as variações da rede externa”, conta a Engenheira Rosane. Para garantia da evacuação do prédio com segurança, foram instalados blocos autônomos junto aos circuitos de iluminação das circulações e escadas. Outros cuidados como as instalações de dispositivos de projeção, supressão de surto (proteção contra raios atmosféricos), curto circuito e proteção mecânica. “O prédio foi contemplado com uma fachada em pele de vidro e janelas nos demais ambientes, que permite o aproveitamento


da luz, nas áreas internas do prédio, trazendo a luz natural para dentro do ambiente”, explica. A humanização também esteve presente neste projeto através de algumas soluções para melhorar o dia a dia dos funcionários e trazer conforto aos usuários, como a ergonomia dos móveis e garantindo a acessibilidade às pessoas com necessidades especiais. O projeto seguiu as normas de acessibilidade (NBR 9050), considerando as medidas de ergonomia, níveis de ruído para conforto acústico, utilizando recursos de áudio, vídeo, com proposta de uso de muita luz natural, e com a iluminação planejada para criar uma atmosfera agradável e acolhedora. “Pensamos dentro do intuito de proporcionar, em um único local, quase que a totalidade dos serviços da Unimed, trazendo como benefícios ao cliente, otimizando seu tempo, coisa tão preciosa nos dias de hoje”, ressalta. Outro ponto bastante considerado neste projeto foi a qualidade, aplicada logo na fase de seleção dos fornecedores de materiais e serviços até a finalização das dúvidas executadas. “O processo de contratação é assegurado pela qualidade através do quadro de competências e avaliações periódicas das habilidades especificas das equipes de obra treinadas, mantendo o acompanhamento e verificação de atividades executadas, com a utilização de ferramentas especificas para a execução da obra”, conta Rosane. Durante a análise de materiais recebidos e utilizados, foram feitas ações corretivas para prevenir possíveis desconformidades de uso durante a obra, com uma fiscalização efetiva, para que não ocorresse o desperdício de materiais na construção, bem como, evitando-se um volume elevado de entulho.

Auditório De acordo com a profissional, houve uma preocupação em tornar este espaço agradável e funcional. Um ambiente para realizar reuniões com um ou mais grupos. Utilizado também para seminários, palestras, reuniões, workshop, jornadas científicas, além das assembléias e reuniões mensais de cooperados. Respeitando as exigências do projeto de PPCI, foi utilizado tecido apropriado nas cadeiras Cavaletti, sem a fixação das mesmas no piso, apenas entre elas, em função da utilização diversificada do espaço. “As cadeiras Cavaletti foram escolhidas pensando no conforto, ergonomia e em função do tempo de utilização do público usuário, que em alguns eventos precisam permanecer horas na mesma posição”, conta. Rosane ressalta que a principal foi a busca por um ambiente com uma acústica perfeita, utilizando todos os recursos tecnológicos para alcançar um espaço confortável e eficaz. “Buscou-se criar um espaço com entrada de luz natural, porém, quando necessário para projeções, com uma vedação adequada do som externo, deixando o ambiente perfeito à sua utilização”, relata. Health 173 ARQ


Cuidado

Sustentabilidade

Laboratório Neste caso, buscou-se criar um ambiente aconchegante e confortável na área de atendimento, para deixar os pacientes e usuários com a sensação de estar em um espaço que lembre sua casa, tirando um pouco a sensação de um ambiente hospitalar. O laboratório conta com uma área de recepção com várias salas de coletas. No espaço técnico de trabalho, realizado dentro de um conceito inovador, equipado com modernas tecnologias e amparado por profissionais competentes. “Tem-se um ambiente integrado com toda equipe técnica trabalhando em conjunto, onde as bioquímicas forneceram a nossa equipe técnica, todo suporte, informações e dados para realização dos projetos e redefinição de lay-out”, explica. 174

Health ARQ

Acessibilidade Os estudos e projetos respeitando todas as pessoas, principalmente as com necessidades especiais, proporcionou os necessários cuidados para acessar a edificação, bem como para o entorno do prédio. Foram obedecidas as regras de acessibilidade (NBR 9050), tanto na escolha dos materiais, quanto na execução dos processos, como também consideradas as medidas de ergonomia, iluminação e níveis de ruído para conforto acústico.Com a proposta de ambientes bem sinalizados e preparados para atender todas as questões de acessibilidade.


Health 175 ARQ


Foto: Nilson Bastian

Viabilidade ambiental Sustentabilidade

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Conceito verde Hospital de olhos foi projetado atravĂŠs de estudo que prioriza a sustentabilidade e o meio ambiente

Health 177 ARQ


Foto: Nilson Bastian

Viabilidade ambiental

Sustentabilidade

I

naugurado em março de 2013, o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, localizado em Joinville (SC), realizou somente no primeiro semestre daquele ano uma média de 15.524 atendimentos/ mês. “Nosso diferencial é ter em nossa sede um Centro de Diagnóstico e um Centro Cirúrgico, fazendo com que todos os tratamentos e cirurgias que não necessitem de anestesia geral sejam realizadas no próprio hospital”, diz Mirian Pinheiro, Gerente Administrativa do Hospital. Seu projeto foi baseado em um estudo técnico que visava oferecer elementos para análise de viabilidade ambiental do empreendimento, tanto que 30% da área de construção foi preservada com mata nativa. Além disso, medidas de responsabilidade ambiental foram algumas das ações adotadas durante a construção da instituição. Na dimensão econômica, a escolha de materiais teve como base o menor impacto possível: as luminárias consomem menos energia, as louças sanitárias têm menor consumo de água por serem automatizadas e os vidros especiais diminuem a incidência dos raios solares na área interna, reduzindo a carga térmica e, portanto, há redução do consumo do sistema de ar condicionado. A utilização de vidros em toda fachada também contribuiu para a redução do consumo de energia elétrica em função da maior utilização da luz natural. Já na dimensão ambiental, a sustentabilidade esteve presente na obra com um programa de gerenciamento de resíduos sólidos provendo a correta 178

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separação e destinação para reciclagem de lixo. Foram instalados, no canteiro de obras, containers para classificação e destinação de resíduos. “Com relação ao social, foi implementado um plano para monitoramento e controle de ruídos e houve grande interação com a comunidade no entorno minimizando os possíveis impactos na qualidade de vida dos vizinhos decorrentes das atividades de obra”, conta a gerente. Apesar do hospital apresentar um projeto extremamente rigoroso em relação à funcionalidade, o layout contemplou a otimização e correta distribuição das atividades internas, assim como a beleza e o conforto não foram excluídos em detrimento da sofisticação. Os arquitetos consideraram como fatores fundamentais a beleza e a funcionalidade para humanizar os ambientes. Dentro deste contexto, foram criadas amplas recepções com a utilização da ventilação e iluminação naturais, o que evita os frequentes espaços confinados e proporcionam ambientes mais humanos e ergonômicos para pacientes e colaboradores, além de contribuir para a redução do consumo de energia elétrica. Na ambientação das recepções foram utilizados sofás, TVs, máquinas de café e água para atender aos pacientes e garantir tranquilidade durante as consultas, exames e cirurgias. As cores claras nas paredes foram escolhidas para proporcionar amplitude e tranquilidade aos pacientes e aos colaboradores. “Os arquitetos configuraram a recepção ao público através de uma extensa galeria no espaço térreo,


proporcionando uma sensação agradável de amplitude pelo pé-direito alto na recepção principal. A intenção foi trocar os espaços frios, impessoais e estressantes presentes nos hospitais tradicionais por um espaço mais humanizado e descontraído, alcançado por meio de uma efetiva comunicação visual com cores mais quentes, semelhante a de um hotel”, ressalta. Já o projeto luminotécnico foi desenvolvido para oferecer sensações de bem-estar e conforto aos pacientes e colaboradores utilizando ao máximo a luz natural que o prédio proporciona. Houve preocupação para que o fluxo luminoso interno não fosse projetado para fora das janelas e a iluminação externa fosse projetada para garantir segurança e conforto. Na área externa foram instalados temporizadores, que permitem a programação de horários para ligar e desligar as luzes, mantendo a partir das 23 horas somente luzes vigias. Na recepção principal, a iluminação ganhou ares mais sofisticados – marcada por belos lustres, sem prejudicar a luz funcional necessária para um ambiente de trabalho. O objetivo foi transformar a estada no hospital em algo parecido com o que se vê em recepções de hotel. Outro ponto levado em consideração na instituição foi a segurança. Para isso, foram instalados controles de acesso nos principais pontos onde há grande fluxo de passagem por funcionários, pacientes e visitantes (nas entradas do restaurante, auditório e portão de pedestres). Além dos locais de acessos restritos: centro cirúrgico, tesouraria e datacenter.

Base da construção Esta obra edificada foi executada com fundações tipo estaca hélice continua, blocos e vigas. A estrutura compreende pilares e lajes protendidas, sistema este adotado para maiores vão livres. “Além disso, todos os serviços e materiais foram acompanhados e inspecionados pela área de qualidade da construtora. Devido a grande quantidade de empresas fornecedoras e terceiras, houve um estudo de logística flexível para que tudo funcionasse sem entraves e sem comprometer o prazo final”, comenta Max Rodnei Magri, engenheiro da Construtora Hora Certa Segundo Magri, uma das grandes dificuldades da obra foi a compatibilização dos projetos, visto que, por se tratar de uma edificação da área de saúde, requer muito cuidado, pois existem vários projetos complementares, como gás, elétrica, sanitários e climatização voltadas diretamente para a área da saúde que requerem um estudo minucioso para as execuções. Apesar do cuidado minucioso exigido em cada detalhe, a sustentabilidade não foi deixada de lado em nenhum momento. “Os resíduos, sobras da obra, foram destinados corretamente conforme sua classificação, em locais onde recebemos os certificados de destinação”, finaliza o engenheiro da Construtora Hora Certa.

Health 179 ARQ


Tempos de crise

Sustentabilidade

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Desafio necessário Especialistas falam da proposta de criar um projeto sustentável em tempos de crise

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iante de um cenário turbulento na economia, mais do que nunca é necessário reduzir os gastos na construção e operação dos edifícios da saúde. Na maioria das vezes, ocorre um equívoco por parte das instituições contratantes por considerarem somente o preço do projeto e da obra. Dessa forma, as empresas se esquecem do custo global da edificação após 20 ou 30 anos de operação e uso. Ao mencionar a globalização neste contexto econômico das obras, é válido reforçar desde os investimentos iniciais no projeto e na obra até o processo de reciclagem. “Isso implica em uma concepção sábia” como diria o grande arquiteto suíço Le Corbusier. Health 181 ARQ


Sustentabilidade

Tempos de crise

Assim, diversos profissionais do setor da construção já levantam a bandeira verde por acreditar que é possível desenvolver um projeto em tempos de crise prezando pela sustentabilidade. Para isso, em primeiro lugar, a obra deve ser feita com materiais resistentes à intempérie e ao uso, além de ter uma estrutura que o torne apta a reciclagem. Adotar práticas sustentáveis não é a salvação para as empresas mediante a crise econômica que o mundo atravessa, mas, sem dúvida alguma, é o caminho que poderá salvar o planeta do colapso frente à escassez dos recursos naturais não renováveis. Na opinião do Coordenador de Projetos do Núcleo de Pesquisa em Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (NUTAU/USP), Geraldo Gomes Serra, responsável pela obra do Instituto de Psiaquiatria do HC, a sustentabilidade é a qualidade de um processo pelo qual ele pode ser mantido em operação indefinidamente. “Por tanto, no caso de um edifício qualquer, as práticas sustentáveis implicam na durabilidade e na reciclabilidade.” Durabilidade porque esta é uma condição fundamental da sustentabilidade, pois um edifício pouco durável não é sustentável e deverá ser substituído alguns anos depois da sua construção. Reciclabilidade porque, embora o edifício seja durável, os usos e costumes são variáveis, uma vez que são social e culturalmente definidos. De modo que do custo da obra, se referido ao desembolso imediato durante a construção, poderá ser um pou182

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co maior, mas se referido ao custo de construção, manutenção, operação e reciclagem do edifício, poderá ser muito menor. “A Sala São Paulo, por exemplo, só foi possível porque o grande arquiteto Cristiano Stockler das Neves o fez a Estação Júlio Prestes durável e reciclável”, ressalta Serra. O Coordenador Científico do NUTAU/ USP, Bruno Roberto Padovano, acredita que adotar medidas de sustentabilidade em uma instituição de saúde podem auxiliar a gestão a reduzir os gastos. “Os equipamentos utilizados hoje, tanto no diagnóstico, como nas cirurgias e tratamentos, passam por um contínuo processo de inovação tecnológica. Seria insustentável ter que reformar a edificação cada vez que um novo equipamento é introduzido”, acrescenta. Nessa linha de pensamento, Padovano diz que a nova tendência das instituições de saúde é adotar o “retrofit” no sentido mais sustentável. “Creio que todos nós estamos hoje substituindo lâmpadas incandescentes por leds, o que já é um importantíssimo retrofit em tempos de energia cada vez mais cara.” Desde a produção dos materiais de construção até o processo de reciclagem das edificações e mesmo das áreas urbanas, a sustentabilidade, no sentido preciso de durabilidade e reciclabilidade, deve estar presente. “Não sem razão, nos países desenvolvidos gasta-se mais tempo com o projeto do que com a obra, discrepando totalmente neste aspecto do que acontece nos países periféricos”, afirma.


• engeziler

Arquitetura da terra Técnica de construção milenar, a “taipa de pilão” garante uma edificação resistente e durável

É

reconhecido que o segmento da construção civil é um dos que causam maior impacto no meio ambiente. Além do uso de muitos recursos naturais, o setor é um grande gerador de entulho, classificado como resíduo sólido, tanto durante o processo de execução, como na demolição das obras. É papel de todos os envolvidos nesta área proporem novas ideias que conciliem o desenvolvimento das atividades da construção à preservação do meio ambiente. Nesse sentido de aplicar métodos sustentáveis nos projetos arquitetônicos está o investimento em técnicas

milenares como a taipa de pilão em partes da obra. As técnicas de construção com terra são utilizadas em todos os continentes e, nas últimas décadas, acompanhando a onda da sustentabilidade, vêm sendo desenvolvidas e usadas em larga escala em países como a Austrália e os Estados Unidos, com a taipa de pilão. As paredes de taipa são estruturais e costumam apresentar um acabamento adequado. Sem contar que possui menor custo quando comparadas com a soma dos valores de estrutura, alvenaria de vedação e acabamento de ambos os lados de paredes construídas com as Health 183 ARQ


Técnica milenar

Sustentabilidade técnicas convencionais. A taipa de pilão é um sistema construtivo utilizado para execução de paredes. Neste sistema, o solo é devidamente preparado e compactado. Muitas vezes, se acresce algum tipo de aglomerante durante a preparação do solo para melhorar ainda mais os parâmetros estruturais. Esse material pode responder positivamente aos desafios colocados no atual panorama, pois, quando bem empregada, apresenta baixo consumo de energia no processo de produção, pode não necessitar de transporte de matéria-prima e é totalmente reciclável, pois quando demolidas, as paredes voltam à condição original de solo. Além dessas características, a taipa possui excelente inércia térmica, e permite trocas de umidade com o meio, garantindo assim, menor ou nenhum consumo de energia na climatização do ambiente construído. O processo de produção da parede, resumidamente, consiste em destorroar o solo, secar, peneirar, adicionar aglomerante conforme a necessidade, acrescentar água até o ponto ótimo de umidade, colocar dentro de uma forma, também chamado molde ou taipal, e finalmen-

te compactar até atingir a densidade ideal, criando assim uma estrutura resistente e durável. No Brasil esta tecnologia, agora denominada simplesmente de taipa, é desenvolvida há mais de 10 anos. Algumas empresas utilizam o sistema, aplicando novos materiais e equipamentos e sempre buscando referências no exterior, alcançando assim altos níveis de qualidade e produtividade em suas obras. “A relação do homem com a terra sempre foi familiar e é necessário preservar essa tradição. Entretanto, é importante desenvolver e aprimorar técnicas de construção com terra de modo a equiparar sua eficiência aos sistemas construtivos hoje estabelecidos no mercado”, afirma o arquiteto Marcio Hoffmann, da Taipal Construções em Terra. Atualmente, os principais equipamentos para a execução da taipa são a forma, o compactador e o misturador. O misturador é usado para o preparo da terra com o aglomerante e a água. O misturador indicado é o planetário ou de pás rotativas. Diferentemente da betoneira, bastante comum nas obras, o misturador é adequado para misturar material seco. O uso desse equipamento reduz o tempo desta atividade e consequentemente o tempo de

TAIPA DE MÃO A taipa de mão ou pau a pique é um sistema para construção de paredes de vedação formada pela soma de uma trama vegetal (madeira, bambu, etc.) ou metálica com uma massa de terra. Essa técnica, além das mesmas características ambientais da taipa de pilão permite grande versatilidade de desenhos e utilização. Os sistemas construtivos em terra, quando bem empregados, possuem grande beleza, apresentam excelente desempenho e contribuem para a busca pela sustentabilidade na construção. Profissionais do setor participam de workshop sobre taipa de pilão em Ribeirão Preto (SP) 184

Health ARQ


produção da parede. Já as formas devem ser resistentes à força do impacto do compactador e à pressão exercida pela terra durante sua compactação. Entretanto, apesar de bem estruturadas, devem ser leves e fáceis de operar, pois as atividades de montagem e desmontagem das formas são determinantes para a produtividade. O compactador deve ser leve e de fácil utilização. A qualidade de uma construção depende do controle eficaz de cada atividade do processo de produção. Com a taipa não é diferente. Então, além dos operários serem treinados, devem ser colhidas amostras, feitas análises e preenchidas fichas de controle a cada repetição da atividade. “Hoje, trabalhamos com um sistema de formas metálicas auto nivelantes que permitem a execução de paredes retas, em “L” e em “T”, em qualquer comprimento especificado em projeto de até 2,8 m de altura com uma montagem ou o dobro com a sobre montagem da estrutura”, explica o arquiteto.

Detalhes do material Nos projetos de arquitetura, todo desenho proposto tem uma relação direta com o material e com o sistema construtivo adotado. Fica clara a importante relação entre o material da construção, o tipo dos elementos estruturais e o desenho do edifício. Então, ao projetar uma edificação cujo principal material é a terra e o sistema construtivo a taipa de pilão, necessariamente deve-se considerar suas especificações. A taipa caracteriza-se, principalmente, como elemento estrutural moldado in loco com elevada resistência à compressão e baixa resistência à tração. Então devem ser previstas as devidas soluções quando o caminho das forças configurarem momentos de torção, de flexão ou esforços de deformação na parede. “A resultante das forças nas paredes de taipa de pilão deve ser sempre perpendicular à superfície resistente. Deve-se evitar que as paredes de taipa de pilão recebam cargas horizontais”, orienta. Devem ser previstos elementos construtivos que protejam os topos das paredes como beirais ou pingadeiras, a impermeabilização das fundações ou as formas de evitar o contato direto da parede com o chão para proteger sua base, e ainda, a depender do índice pluviométrico da região, a aplicação de hidrofugante para proteger a superfície da parede.

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Continuidade

ARQ reforma

Investimento constante

Hospital Moriah segue com obras para aprimorar sua infraestrutura física

O

Hospital Moriah é um dos mais novos e modernos centros médico-cirúrgicos de alta complexidade do Brasil e surgiu com a proposta de inovar a atenção à saúde neste segmento. Para atingir esse objetivo, ele concentra em um só lugar todos os atributos necessários para desenvolver, na prática e de forma integrada, o conceito de medicina de ponta. Sua estrutura compacta permite que o acolhimento e o atendimento humanizado aconteçam de fato e criem uma nova relação entre pacientes, familiares, médicos, enfermeiros e profissionais da saúde, com os recursos tecnológicos de última geração. “É um empreen-

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dimento com padrão de excelência, que prima pela precisão de resultados e detecção precoce de problemas de saúde”, diz Leonardo Iquizli, médico radiologista responsável pelo Centro de Diagnósticos do Moriah. Merecem destaque no projeto o levantamento minucioso da parte do edifício existente visando a sua grande transformação funcional como hospital de ponta;


Foto: M. Scandaroli

a obra como proposta conceitual deveria atender atributos de um edifício contemporâneo, com alta tecnologia construtiva de equipamentos e funcionalidade, com soluções de ecoeficiência e sustentabilidade e atendimento médico de mais alto nível. Segundo o arquiteto responsável pelo projeto, Siegbert Zanettini, o desenvolvimento deste projeto foi um grande desafio pois a arquitetura do prédio existente, antiga Estação da TV Record em São Paulo, não apresentava condições espaciais, estruturais e principalmente dos sistemas de energia, água, gazes, etc, condizentes com as necessidades de um hospital. “Além disso, havia um acréscimo significativo de áreas especialmente mais complexas como centro cirúrgico e obstétrico, setor de imagens, UTI, pronto-socorro, áreas de serviços, farmácia, almoxarifado, central de utilidades estacionamentos coberto e descoberto, áreas permeável e paisagismo para atender as legislações da Anvisa, Prefeitura, Corpo de Bombeiros e companhia de energia

elétrica local”, lembra. Além das preocupações para atender as todas as regulamentações, o projeto desenvolvido por Zanettini para o Moriah considerou também as medidas de humanização dos espaços, iniciando-se com a preocupação da setorização de áreas e também dos fluxos entre as mesmas. “Tivemos ainda cuidados ligados à ambientação através de materiais de acabamento, cores, iluminação, na busca por espaços com qualidade, aconchegantes a pacientes, a quem trabalha e aos visitantes”, ressalta o arquiteto. Health 187 ARQ


Continuidade

ARQ reforma O conforto luminotécnico, climático e acústico foram outros fatores levados em consideração neste processo. Foi realizada uma pesquisa de condições climáticas da latitude de São Paulo, regime de ventos, condições de ruído, pela aproximação do aeroporto de Congonhas; dos materiais das faces do edifício, pela vegetação incluída na área externa e nos pátios internos, pela cobertura verde em toda a edificação e principalmente pela iluminação e ventilação natural em quase em todos os ambientes. “Trabalhamos de modo a atender também a economia de energia. Todos esses fatores deram a este hospital a sensação prazerosa e agradável já manifestada inúmeras vezes pelos usuários e visitantes.” Completa o projeto o estudo da arquitetura de interiores com os desenhos de balcões, guichês, mobiliário fixo como armários, estantes, mesas e bancadas de trabalho, solução de paisagismo e da comunicação visual interna e externa. “Todos os nossos projetos são completos e profundamente detalhados. Não há soluções ou adaptações posteriores na obra”, afirma Zanettini. Mesmo depois de entregar a versão mais moderna do hospital à população, as obras no Moriah não pararam. As adaptações e reformas executadas visam aumentar a disponibilidade e confiabilidade dos diversos sistemas, melhorar os 188

Health ARQ

fluxos internos dos diversos usuários, adequar os ambientes e instalações para novas técnicas e tecnologias nos procedimentos médicos ou ainda adequação às normas e regulamentações de agências reguladoras. “Tudo isso aumenta a segurança para os colaboradores da instituição, a qualidade para os pacientes e o retorno aos acionistas, contribuindo, portanto, fortemente com a sustentabilidade”, comenta Luciana França, Gerente de Engenharia da França Engenharia. Antes do início de qualquer atividade a equipe multidisciplinar da França Engenharia se reuni com a Engenharia do Hospital para realizar o planejamento detalhado das atividades. “Discute-se detalhes da obra, eventuais ajustes de projeto, logística, melhores acessos, transporte e remanejamento de mobiliário, construção de barreiras para controle de poeira e ruído, entre outros itens, que precisam estar resolvidos para executar as atividades dentro do prazo previsto com o mínimo impacto para as outras atividades do hospital”, revela. A logística dos trabalhos é definida pelo planejamento de cada atividade como foco em duas vertentes: garantir que todos os materiais, equipamentos, profissionais e informações estejam disponíveis no momento certo, na quantidade exata, para permitir o atendimento aos prazos

Experiência e Profissionalismo A França Engenharia conta com profissionais com vasta experiência tanto na área de instalações quanto na área de construção civil, no âmbito de novas implantações e manutenção, o que por um lado reduz a energia empregada pela engenharia de seus clientes no gerenciamento das diversas especialidades necessárias para realizar qualquer obra, e por outro lado agrega valor na análise crítica e proposta de soluções técnicas que visem atender às demandas com o melhor TCO (Total Cost of Ownership ou em português o Custo Total de Propriedade) otimizando o investimento, aumentando a disponibilidade e permitindo aumentar a vida útil de equipamentos e sistemas. “Nós e nossos colaboradores nos sentimos motivados diariamente pela construção e atualização de estabelecimentos que empregam tecnologia de ponta a serviço do aumento da qualidade de vida da nossa sociedade.”


Foto: M. Scandaroli

acordados, minimizando custos com estoques desnecessários e maximizando a produtividade; e estudar os impactos dos serviços desenvolvidos com cada fluxo/atividade do hospital, definindo alternativas para minimizar ou eliminar estas interferências. De acordo com Luciana, as maiores preocupações durante os processos são garantir a continuidade dos sistemas principais, controle de dispersão de poeira e a transmissão de ruídos. “Medidas de controle e planos de contingência são sempre bem planejados para minimizar os riscos e impactos. Não podemos falhar nas programações uma vez que não é admissível a descontinuidade operacional de nenhum sistema essencial, por isso tudo tem que dar certo”, garante. Para mensurar esta qualidade a empresa realiza o controle de materiais, equipamentos e ferramentas, controle da mão de obra empregada, organização e limpeza em geral, além de zelar pelo atendimento integral às normas técnicas ABNT e normas específicas de ambiente hospitalar. Neste case, a sustentabilidade também não ficou de lado. Diversos cuidados foram tomados desde o projeto. Na execução da obra foram adotados equipamentos com alta eficiência energética, a seleção de matéria primas sustentáveis e a otimização de recursos naturais. Além do controle na utilização e descarte de produtos químicos, redução na produção de rejeitos e descarte adequado dos mesmos utilizando uma empresa homologada para esta atividade. Outras medidas como desmontagem prevendo reaproveitamento de canteiro e materiais e limpeza final e recomposição da área de canteiros também foram tomadas.

“Medidas de controle e planos de contingência são sempre bem planejados para minimizar os riscos e impactos. Não podemos falhar nas programações uma vez que não é admissível a descontinuidade operacional de nenhum sistema essencial, por isso tudo tem que dar certo”. Luciana França, Diretora de Engenharia da França Engenharia Health 189 ARQ


Continuidade

Foto: M. Scandaroli

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Conheça os trabalhos desenvolvidos pela França Engenharia para o Hospital Moriah

Tecnologia A tecnologia é um item cada vez mais importante para agregar qualidade aos serviços prestados aos pacientes. A França Engenharia disponibiliza sua equipe de engenharia multidisciplinar para, em conjunto com a engenharia do hospital, implantar novas tecnologias que permitam aumento de disponibilidade/ confiabilidade aos diversos sistemas. Um exemplo recente foi o estudo e equilíbrio de cargas dos sistemas de energia ininterrupta e a inclusão de equipamentos do Centro Cirúrgico na rede de energia ininterrupta. 190

Health ARQ

- Adequação Recebimento SND – Subsolo - Adequação Vestiários – Subsolo - Adequação SND – Layout, cronograma e execução de obra - Exaustão e insuflamento da UTI - Retirada de telhado verde - Adequação Reciclagem - Relocação de coifa industrial - Execução de interligação dos barrilete - Adequação de layout da área da presidência - Adequação de layout da área administrativa - Adequação da sala de laudos - Infraestrutura elétrica para instalação de sistema de contingenciamento de energia - Instalação de quadros e cabos alimentadores áreas diversas - Impermeabilizações e recomposições no estacionamento - Manutenção em geral - Sala VIP - Sistema de energia assegurada para hemodinâmica - Ampliação da área administrativa


Projeto Estruturado A cidade de São Paulo ganhou, recentemente, um moderno e compacto complexo hospitalar na região de Moema, Zona Sul da capital paulista. Com investimento de R$ 105 milhões em infraestrutura e tecnologia, o Hospital Moriah contou com um projeto que garantiu à edificação condições para atender a demanda dos moradores da região e de pacientes que precisam realizar tratamentos e procedimentos cirúrgicos de alta complexidade. O parque tecnológico do Hospital Moriah possui 52 leitos no total, sendo 31 eletivos, 11 na UTI e 10 no Pronto Atendimento; cinco salas cirúrgicas, sendo uma sala híbrida para procedimentos hemodinâmicos; quatro consultórios para atendimento no Pronto Atendimento; e seis salas para consultas eletivas. A instituição conta com aparelhos de ponta nas cinco salas do centro cirúrgico, sendo uma delas sala híbrida, que permite ao médico optar por um procedimento convencional ou mesmo fazer um exame antes, durante e depois da intervenção.

Versatilidade e experiência A empresa Penha Vidros, está presente no mercado há mais de 60 anos e possui uma linha totalmente voltada para hospitais. Além do Hospital Moriah já atendeu o Sírio Libanês, Nove de Julho, Paulistano, Maternidade Santa Joana e Hospital das Clínicas. “Temos vidros polarizados, que permitem o controle de transparência e opacidade para ambientes de UTI, maternidades, portas e divisórias de centros cirúrgicos, e consultórios. Além da linha de vidros antibacterianos para divisórias e revestimento de paredes. Vidros insulados com persianas internas para quartos de pacientes”, garante Jorge Chakur Abduch, Diretor-comercial da empresa.

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ARQ reforma

Continuidade

O arco cirúrgico e o sistema de navegação ultramoderno proporcionam ao cirurgião realizar procedimentos de alta complexidade e com máxima precisão e segurança. Na área de medicina diagnóstica, o parque de imagem também foi equipado com aparelhos de última geração. Tomografia computadorizada, ressonância magnética 3T, mamógrafo digital como tomossíntese, ultrassons e raios x digitais, além de estrutura para atender as demandas por exames de análises laboratoriais. O serviço de endoscopia avançada é outro destaque, com equipamentos que permitem diagnóstico de alta qualidade e intervenção cirúrgica para a extração de tumores, procedimento ainda pouco disponível nos hospitais brasileiros. “Merecem destaque neste projeto o levantamento minucioso da parte do edifício existente, visando a sua grande transformação funcional como hospital de ponta. A obra como proposta conceitual deveria atender atributos de um edifício contemporâneo, com alta tecnologia construtiva de equipamentos e funcionalidade, com soluções de ecoeficiência e sustentabilidade, além do atendimento médico de mais alto nível”, reforça o arquiteto responsável pelo projeto, Siegbert Zanettini. Zanettini faz questão de salientar também que “havia um acréscimo significativo de áreas, especialmente as mais complexas, como centro cirúrgico e obstétrico, setor de imagens, UTI, pronto-socorro, áreas de serviços, farmácia, almoxarifado, central de utilidades, estacionamentos coberto e descoberto, áreas permeável e paisagismo, para atender as legislações da Anvisa, Prefeitura, Corpo de Bombeiros e companhia de energia elétrica local”. Também em suas particularidades, o projeto considerou critérios de humanização dos espaços, iniciando-se com a preocupação da setorização de áreas e também dos fluxos entre as mesmas. “Tivemos ainda cuidados ligados à ambientação através de materiais de acabamento, cores, iluminação, na busca por espaços com qualidade, que fosse aconchegantes para os pacientes, para quem trabalha e aos visitantes”, ressalta o arquiteto. 192

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Sustentabilidade O projeto eficiente desenvolvido no projeto do Hospital Moriah, contou ainda, com a preocupação em relação aos vidros instalados por todo complexo. Por isso, foram escolhidos materiais voltados para estabelecimentos de saúde, sendo fáceis de limpar, 100% recicláveis e proporcionando transparência. “A partir da execução do projeto executivo e cálculo estrutural, fornecemos os vidros e instalamos os materiais proporcionando controle e barreira da entrada de calor e som nos ambientes”, comenta Jorge Chakur Abduch, Diretor-comercial da Penha Vidros, quem instalou as cúpulas, fachadas, marquises e divisórias internas em vidro do complexo. “Utilizamos nas fachadas o sistema spider glass, com tratamento térmico e acústico, contemplando os conceitos de sustentabilidade. Nas divisórias, vidros serigrafados e laminados. Já nas marquises, vidros laminados”, conclui Abduch.

Versatilidade e experiência A empresa Penha Vidros, está presente no mercado há mais de 60 anos e possui uma linha totalmente voltada para hospitais. Além do Hospital Moriah já atendeu o Sírio Libanês, Nove de Julho, Paulistano, Maternidade Santa Joana e Hospital das Clínicas. “Temos vidros polarizados, que permitem o controle de transparência e opacidade para ambientes de UTI, maternidades, portas e divisórias de centros cirúrgicos, e consultórios. Além da linha de vidros antibacterianos para divisórias e revestimento de paredes. Vidros insulados com persianas internas para quartos de pacientes”, garante Jorge Chakur Abduch, Diretor-comercial da empresa.


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Eventos 2016 Janeiro

Evento: Programa Internacional de Qualidade e Excelência na Saúde

Local: AZUZA Pacific University

Data: 11 de janeiro 2016

Evento: 11º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde Local: SCTE-Instituto Universitário de Lisboa, Portugal

Data: 26 e 29 de janeiro Informações: http://11cnps.iscte-iul.pt/ Evento: Arab Health

Local: Dubai/Emirados Árabes Unidos

Data: 25 a 28 de janeiro Informações: http://www.arabhealthonline.com/home/

Fevereiro Evento: III Simpósio Internacional de Uro-Oncologia Local: Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo

Data: 19 e 20 de fevereiro Informações: http://www.einstein.br

Evento: 39º Simpósio Internacional Moacyr Álvaro- SIMASP Local: São Paulo/SP

Data: 25 a 27 de fevereiro Informações: http://simasp.com.br/2016/

EXPEDIENTE Publisher: Edmilson Jr. Caparelli Diretor-executivo: Marcelo Caparelli Diretora-administrativa: Lúcia Rodrigues Diretor de Marketing: Jailson Rainer Diretora de Eventos e Criação: Erica Almeida Alves Editora da HealthARQ: Patricia Bonelli Redação: Carla de Paula Pinto e Thiago Cruz Produtora de Arte: Valéria Vilas Bôas Diretora Comercial: Giovana Teixeira Analista de TI: Wagner Pereira

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