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CARTA AO LEITOR
Reconhecimento e qualidade profissional
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hegamos a 15ª edição da revista HealthARQ. Esta publicação - que por sinal, é a única brasileira exclusivamente voltada para arquitetura, construção e design em saúde - apresenta os profissionais do setor que mais se destacaram no último ano e estão sendo homenageados pelo prêmio “100 Mais Influentes da Saúde”, da revista HealthCare Management (HCM), também publicada pelo Grupo Mídia. Projetos primorosos de humanização e sustentabilidade, excelente atuação em infraestrutura e engenharia, e serviços bem providos, conferiram a eles esta homenagem. Assim como os “100 Mais Influentes da Saúde” estão espalhados por todo o Brasil, cada vez mais, o investimento em infraestrutura predial no setor tem saído do famoso eixo Rio-São Paulo. Ponto para a população das demais localidades brasileiras que tem ganhado em conforto e qualidade. Um bom exemplo desta expansão está na região de Cacoal, em Rondônia, onde um moderno centro de diagnósticos por imagens foi desenvolvido a partir de um levantamento das necessidades locais em relação aos equipamentos de saúde. Outro Estado que também tem investido neste setor é o de Santa Catarina, por meio das Policlínicas Regionais, que trazem modernização gerencial nos serviços de saúde. A Policlínica Regional de Araranguá é a primeira delas, uma unidade ambulatorial de alta resolubilidade em diagnóstico e orientação terapêutica para diferentes especialidades médicas. Ao falar em crescimento, as Unimeds do Brasil não podem ficar de fora. A Unimed Governador Valadares (MG), por exemplo, está investindo em seu primeiro hospital próprio. A obra arrojada, que recebeu o investimento aproximado de R$ 100 milhões, resultará em um prédio que contará com oito andares em uma área total construída de 17.700 m². Enquanto que a Unimed Rio inaugurou, recentemente, a primeira unidade da rede assistencial própria construída pela operadora, o Pronto Atendimento Barra (PA Barra), no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ). A instituição investiu na qualidade de seu mobili-
ário, implantando na decoração do hospital uma linha de produtos especialmente desenvolvida para o local. Também na capital carioca, um case que merece destaque é o do Complexo B. Braun. Localizado em São Gonçalo, conta com espaços humanizados, sustentáveis e de alta tecnologia. Seu projeto venceu um concurso ligado à arquitetura em agosto de 2010. Sempre em voga, a sustentabilidade é assunto cada vez mais presente. Se somada à humanização, torna-se uma ferramenta imbatível. Para comprovar tal importância, trazemos uma reportagem que mostra como estes atributos podem caminhar juntos em prol do bem-estar do paciente e do meio ambiente. Com o foco em sustentabilidade, a Boehringer Ingelheim, também está nesta edição. A instituição investiu em um novo espaço com certificação LEED, que combina espaços verdes e flexíveis com inovação e mais integração para funcionários. Trabalhando também sobre esta premissa, está o Hospital Unimed Rio Verde, que ganhou a marca de primeiro hospital 100% LED do Brasil. A instituição goiana investiu na aquisição de lâmpadas em LED visando economia e preservação do meio-ambiente.
Que todos tenham uma excelente leitura!
Edmilson Jr. Caparelli Publisher
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CAPA
Amor e Vocação A vocação para a profissão é hereditária em algumas famílias. Seja pela convivência com o dia a dia dos pais, ou pela admiração àqueles que lhes deram a vida, filhos de renomados profissionais da arquitetura têm seguido os passos de seus genitores na caminhada profissional.
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HUMANIZAÇÃO O Valinhos Medical Center venceu um grande desafio em sua obra: prazo curto. O processo realizado em aproximadamente 60 dias transformou um galpão comercial em um espaço funcional para saúde. 8
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Sustentabilidade O Brasil chega ao terceiro lugar no ranking de projetos inscritos para conquistar a certificação LEED. Com a crescente, as edificações hospitalares ganharam atenção especial: LEED Healthcare.
NESTA EDIÇÃO N.15 I março | abril | maio | 2015
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Construção O número de acidentes de trabalho com mortes, no Brasil, na construção civil assusta. Porém, algumas medidas trazidas por uma boa gestão de obras podem evitar lesões aos profissionais e contratempos.
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humanização A nova unidade do Grupo COI, inaugurada, recentemente, em Niterói (RJ), aproveita sua posição geográfica e proporciona aos usuários uma vista da Cidade Maravilhosa e outros pontos naturais através de belas fotografias locais.
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expansão Hospital Villa-Lobos oferece um Centro Médico de alta complexidade.
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Arq Destaque Uma cidade voltada à saúde. Assim é o Americas Medical City, situado no Rio de Janeiro. Com mais de 70 mil m² de área construída, o complexo hospitalar conta como espaço de lazer para os médicos. Health ARQ
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boletim ARQ
Fotos: Divulgação
Inauguração Unimed Volta Redonda inaugura UTI Neonatal e Pediátrica Em abril, a Unimed Volta Redonda, no Estado do Rio de Janeiro, inaugurou sua Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica. Para a implantação da UTI foram investidos mais de R$ 2 milhões em estrutura, equipamentos e treinamento. O novo espaço possui dez leitos, com equipamentos de alta tecnologia, isolamento, sala de conversa, quartos de plantão para enfermeiros e médicos, sala de atividades, Sala de Coleta de Leite, entre outros ambientes. A unidade conta com uma equipe multiprofissional experiente e qualificada, composta por médicos, enfermeiros especialistas em Neonatologia, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogo, fonoaudiólogo, nutricionista e farmacêuticos. A nova ala possui ainda câmeras nos corredores e áreas internas e controle de acesso biométrico em sua entrada. Toda a unidade respeita as normas da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) formada por médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem.
Nova Instituição Hospital Moriah abre as portas em Moema (SP) No dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, São Paulo ganhou um moderno e compacto complexo hospitalar. Localizado no bairro Planalto Paulista, próximo de Moema e do aeroporto de Congonhas, o Hospital Moriah chegou para atender uma demanda dos moradores da região e pacientes que precisam realizar tratamentos e procedimentos cirúrgicos de alta complexidade. Os investimentos para a construção somam a ordem de R$ 105 milhões em infraestrutura e tecnologia. O parque tecnológico do hospital possui aparelhos de ponta nas cinco salas do centro cirúrgico, sendo uma delas uma sala híbrida, que permite ao médico optar por um procedimento convencional ou mesmo fazer um exame antes, durante e depois da intervenção.
Novidade Primeiro pronto atendimento oncológico no País é inaugurado em SP O Hospital Israelita Albert Einstein inaugurou, recentemente, o primeiro pronto atendimento oncológico do Brasil. O Serviço oferecerá atendimento especializado, por uma equipe de oncologistas clínicos, com protocolos internacionais, para uma atenção de emergência às complicações decorrentes da doença e do tratamento. Os pacientes também serão atendidos pela equipe multidisciplinar especializada em Oncologia. Inicialmente, o Pronto Atendimento deve atender 7200 pacientes/ano e vai funcionar dentro do Centro de Oncologia e Hematologia Familia Dayan-Daycoval. 10
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Espaço especial Hospital Pequeno Príncipe terá espaço para distrair as crianças No início de abril, o Hospital Pequeno Príncipe, em São Paulo, inaugurou uma nova área que irá distrair as crianças em tratamento na instituição. Instalada no quinto andar do hospital, a biblioteca oferece mil títulos infantojuvenis, mil obras para adultos, além de notebooks, tablets e outros recursos.
Laboratório Laboratório de Simulação é inaugurado em Ribeirão Preto Localizada no interior paulista, a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP inaugurou, no dia 10 de abril, o Laboratório de Simulação (LabSim). O LabSim está estruturado de forma flexível, assim pode ser adaptado para o treinamento de diversos cenários nos cursos da FMRP. A nova estrutura está localizada no Laboratório Multidisciplinar da FMRP e conta com dez salas, sendo duas de alta fidelidade. Está progressivamente congregando os simuladores já existentes na Faculdade, além de incorporar novos equipamentos. A nova estrutura irá otimizar o uso dos simuladores, zelando pela sua manutenção.
Prazo Anuidade do CAU deve ser paga até o fim de maio Vai até o dia 31 de maio o prazo para o pagamento da anuidade do CAU. Os profissionais que preferirem poderão parcelar o valor em duas vezes, porém deverão fazer o primeiro pagamento até o dia 30 de maio. Para gerar os boletos basta acessar o ambiente profissional do SICCAU. O valor da anuidade é de R$ 439,38 . Essa quantia é determinada pelo artigo 42 da Lei 12.378/2010 (que regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo do Brasil), sendo reajustado anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Profissionais que já completaram 40 anos de contribuição (considerando as anuidades pagas ao antigo conselho) estão isentos do pagamento de anuidade.
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Confira mais vídeos no Saúde Online TV http://goo.gl/j3zuWh
Sírio-Libanês inaugura novas torres O Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, inaugurou suas novas torres no dia 23 de abril. As edificações, que fazem parte do Plano de Expansão da instituição, duplicarão a capacidade de atendimento do hospital. O moderno complexo possui 85 mil m² e modernos sistemas de geração de energia elétrica para contingencias, de ar-condicionado, de tratamento de esgoto para o reaproveitamento de água e menor utilização de carga elétrica. O Saúde Online esteve presente na inauguração para saber de todas as novidades. Assista ao vídeo: Acesse o vídeo: http://goo.gl/Ut2sqZ
Revista Healthcare Management (HCM) apresenta os 100 Mais Influentes da Saúde A 35ª edição da Revista HealthCare Management (HCM), publicada pelo Grupo Mídia, traz o especial “100 Mais Influentes da Saúde”. São 20 categorias, com cinco nomes eleitos em cada uma delas. Desta vez, as categorias são mais abrangentes, colocando, lado a lado, CEO, CIO, CFO, entre outros importantes profissionais de instituições de saúde e empresas. O leitor confere também uma entrevista exclusiva com Marcio Serôa de Araujo Coriolano, Presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), e também reportagens sobre diversas questões da gestão, como a sustentabilidade, no Hospital Moinhos de Vento; a tecnológica gestão de saúde populacional feita no Hospital Alemão Oswaldo Cruz; e o processo de digitalização e integração de sistemas da Unimed Recife. A revista está disponível através do portal www.saudeonline.net
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Agfa Healthcare é destaque na Health-IT A 3ª edição da Revista Health-IT traz como matéria de capa a história da Agfa Healthcare, que tem como estratégia geral trazer para o Brasil todas as experiências desenvolvidas na Europa, no quesito de soluções para os processos assistenciais. A ideia, segundo José Laska, é focar cada vez mais em Soluções de Gestão Clínica e Hospitalar (CIS/HIS). Além disso, o leitor confere uma entrevista com Adriano Fonseca de Oliveira, da Rede D’OR São Luiz, que se empenhou para que a área de Tecnologia da Informação do grupo ficasse mais focada em uma base sólida e sustentável para suportar a demanda de negócio. A revista pode ser lida no portal www.saudeonline.net
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Argamassa revolucionária
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ormada por um composto particulado isento de amianto, a argamassa térmica Thermo-X foi desenvolvida como uma solução sustentável para isolamento térmico de edificações que recebem incidência solar direta ou em regiões com invernos rigoros. Devido sua função climatizadora, reduz o consumo de energia causado por equipamentos aquecedores ou ar-condicionado. O reboco térmico Thermo-X pode ser aplicado em paredes de alvenaria e drywall (gesso acartonado) e também em placas cimentícias. Possui inúmeras vantagens, entre elas destacam-se a fácil aplicação, que pode ser obtida através de mão de obra convencional (pedreiro); aceitação de acabamentos diversos sobre sua superfície (azulejo, tinta, fórmica, massa corrida, pastilhas cerâmicas, vidro, entre outros); alta resistência a temperaturas elevadas; baixa densidade, não comprometendo a estrutura das edificações e atenuação acústica.
Economia de água
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linhada com o atual cenário brasileiro, que exige o desenvolvimento de produtos que promovam baixo consumo hídrico e energético, a divisão de Termotecnologia da Bosch apresentou, recentemente, o AquaReturn, equipamento para instalações hidráulicas que possibilita a economia de até oito mil litros de água por pessoa ao ano com baixo consumo de energia. Esta economia leva em consideração uma ducha de 8l /min em uma residência com três pessoas, considerando três banhos ao dia. O equipamento, que já dispõe das conexões e adaptadores no kit de instalação, requer um ponto de alimentação elétrica monofásica de 220V, ou seja, pode ser ligado diretamente na tomada, demandando baixo consumo de energia.
Colagem rápida
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m super adesivo que cola qualquer material em dois segundos, sem ressecar e sem entupir a embalagem, é uma das novidades da Afix. O adesivo Afix true Bond oferece colagem extra forte em apenas dois segundos, em uma embalagem que permanece de pé após o uso (evita que o adesivo escorra pelo bico) e com sistema Smart Tube (elimina o entupimento). A versão Afix Super Safe cola rapidamente, é livre de odor, não esbranquiça e não agride os materiais. A versatilidade da linha se completa com o Afix Total Gel, um adesivo de altíssima adesão, ideal para médias e grandes superfícies de colagem. Por ser em gel, permite o reposicionamento das partes antes da adesão permanente com a vantagem de não escorrer, não esbranquiçar e não agredir as superfícies. 14
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Palavra da Editora
Uma prova de amor A mor que passa de pai para filho. É assim que enxergo a escolha profissional hereditária. Em nosso setor, não é difícil encontrar bons exemplos de arquitetos e engenheiros de sucesso que foram, estão sendo, ou serão sucedidos por seus herdeiros. Uns pela convivência com o dia a dia profissional, outros pela admiração aos pais. O fato é que todos buscam dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelos seus genitores. E é para valorizar esta escolha, esta continuidade de trajetória através de um mesmo sobrenome, que trazemos nesta edição a reportagem especial “Paixão hereditária”. Talvez no início da carreira de seus pais, este assunto não fosse tão relevante, porém, nos dias de hoje, a demanda de mercado grita cada vez mais pela sustentabilidade. Visando o crescimento da importância desta premissa, ouvimos representantes do GBC Brasil para falarem sobre o LEED e a inclusão do LEED Healthcare em suas certificações. Seguindo as premissas desta certificação, marcando o crescimento da instituição e consolidando sua excelência no mercado, o Hospital Sírio-Libanês inaugurou, neste primeiro semestre, suas novas torres, que além de duplicarem sua capacidade, marcam o projeto de expansão da instituição. Quem também não para de crescer é o Hospital Albert Einstein, que vem passando por constantes reformas e ampliações para garantir conforto e qualidade aos seus usuários. E tem tido como base as diretrizes de sustentabilidade, sendo uma das primeiras instituições brasileiras a adotarem a certificação LEED. Ainda na capital paulista, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz não fica atrás dos demais hospitais referência no que tange à vontade de crescer. Entre os maiores centros hospitalares da América Latina, a instituição buscou um projeto de expansão, que dará origem a uma nova torre, o Bloco E. O investimento de R$ 240 milhões, proporcionará ao complexo hospitalar, um aumento de
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31.734,24 m² de área construída, ampliando também áreas estratégicas, como Centro Cirúrgico e UTI. A 15ª edição da HealthARQ também traz uma novidade: a editoria Perfil, que chega para apresentar a trajetória de sucesso de arquitetos que conseguiram consolidar-se no segmento da saúde. Quem inaugura a seção é o paraense José Freire, que começa sua história com a arquitetura através de uma aptidão: a facilidade em desenhar a mão livre. Sempre antenada aos acontecimentos do setor, a revista traz ainda alguns dos principais eventos do segmento, como o Fórum de Palestras, que reuniu conceituados profissionais de arquitetura no interior de São Paulo para debater a sustentabilidade; a Feicon Batimat, que apresentou, neste primeiro semestre as tendências e novidades para construção em 2015; e ainda o Congresso Europeu de engenharia Hospitalar, que acontecerá no gelado País europeu, a Finlândia, em Junho, simultaneamente ao Congresso da Associação Hospitalar de Engenharia da Finlândia e a reunião do Conselho da IFHE. E é assim, que damos boas-vindas a mais um inverno. Boa leitura.
Patricia Bonelli, Editora da Revista HealthARQ
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Artigo
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Fábio Bitencourt Arquiteto D Sc e Professor
A contribuição da arquitetura para a segurança do Paciente e o controle de infecções em ambientes de saúde
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arquitetura cabem mais responsabilidades que os resultados dos atributos vitruvianos expressos pela solidez, utilidade e beleza (firmitas, venustas et firmitas em latim). O arquiteto romano Marco Vitrúvio Polião que viveu no século I a.C. deixou a sua relevante contribuição através do livro “De Architetetura Libri Decem”, no qual apresenta premissas fundamentais à compreensão e ao desenvolvimento da função e da prática da arquitetura. O primeiro capítulo desse livro foi dedicado à importância das condições 18
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de saudabilidade proveniente do uso da água. Assim, como o filósofo médico Hipócrates (Ilha de Cós, 460-375 A.C.) em seu texto sobre Ar, Ares e Lugares, escrito no século III a.C., expressa a importância do conhecimento do ambiente para que o médico possa produzir ações de saúde eficientes. Parecem referências distantes, mas podem trazer elementos que nos aproximam de necessidades e práticas fundamentais ao melhor desempenho e eficiência do planejamento da arquitetura para estabelecimentos assistenciais de saúde. Mais ainda para
as edificações hospitalares contemporâneas onde as questões de segurança dos pacientes e o controle de infecções exigem práticas rigorosas, sempre em processo de construção. A Organização Mundial de Saúde apresenta importante preocupação com a transmissibilidade de infecções provenientes da “flora do ambiente de atenção à saúde (infecções ambientais exógenas endêmicas e epidêmicas)” em documentos diversos sobre o tema. Ao mesmo tempo, enfatiza que vários tipos de micro-organismos sobrevivem bem no ambiente do hospital: em
reservatórios de água, em regiões com alto nível de umidade e, às vezes, até em produtos estéreis e em desinfetantes. Condições e situações que devem também ser consideradas como componentes da segurança do paciente. E segurança é a dimensão da qualidade com o conceito mais abrangente. Segundo o Manual da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática (Anvisa, 2013), a “segurança é a dimensão mais crítica e decisiva para os pacientes”. Por outro lado e com
igual preocupação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) define as práticas de segurança do paciente como “processos ou estruturas que reduzem a probabilidade de eventos adversos resultantes da exposição ao sistema de cuidados de saúde através de uma variedade de doenças e procedimentos” (Guide for Developing National Patient Safety Policy and Strategic Plan, WHO, 2014). Este mesmo documento apresenta e reforça que “os governos são responsáveis perante os seus cidadãos pela qualidade e
a segurança dos cuidados de saúde”. Torna-se, portanto, relevante acrescentar que os locais gerados a partir do projeto, da construção e da manutenção dos seus ambientes e equipamentos têm igual responsabilidade sobre a qualidade dos serviços de saúde e sua segurança. Há evidências sobre a importância destes aspectos nos quais a infraestrutura, edificações e facilidades, também podem contribuir para a assistência à saúde e para qualidade da prevenção e controle de
infecções em serviços de saúde. Embora, devamos ter sempre em mente o alerta do arquiteto Flávio Bicalho de que ”edificação ou equipamento algum impede um indivíduo de adquirir infecções” (A arquitetura e a engenharia no controle de infecções, 2010), promover ambientes seguros também é um compromisso que cabe à arquitetura e à engenharia, na mesma intensidade que aos profissionais de saúde cabe o direito de ter estruturas que permitam condições práticas para a segurança do paciente.
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Artigo
ARQ Coluna
Marcio Nascimento de Oliveira Prof. Arq. Msc. Presidente da ABDEH
Utilização de evidências nas decisões dos projetos para a saúde
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m seu artigo “Um novo paradigma do design para a saúde no planejamento hospitalar”, publicado em 2006, o Presidente da organização International Academy for Design and Health, Alan Dilani, demonstra que os processos da saúde podem ser reforçados e promovidos por meio da implementação de um design salutogênico, ou seja, que incide sobre os fatores que mantêm o nosso bem-estar, e não aqueles que nos fazem mal. O objetivo de um projeto de apoio psicossocial, segundo Dilani, seria estimular a mente, a fim de proporcionar prazer, criatividade e satisfação. Para se criar ambientes físicos que exerçam o indi20
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víduo, seria crucial entender as necessidades fundamentais deste indivíduo. Da mesma forma, seria imprescindível que diferentes áreas profissionais interajam e se complementem. As diretrizes para a criação de um design coerente com o chamado “projeto salutogênico”, defendidas por Dilani e outros autores, destacam, principalmente, os seguintes fatores: Participação Social (provendo locais para encontros formais e informais); Controle pessoal (possibilitando a regulagem da iluminação artificial, luz natural, som, temperatura e privacidade); Restauração e Relaxamento (provendo ambientes tranquilos, iluminação
suave, acesso à natureza e vista para a natureza). Neste contexto, a saúde física poderia ser promovida por um design ergonômico. A saúde mental poderia ser promovida pelo controle pessoal e pela previsibilidade, bem como por elementos estéticos e simbólicos. Já a saúde social poderia ser promovida pelo acesso a uma rede de apoio social e pela participação no processo do design. No século XIX, a enfermeira Florence Nightingale desenvolveu sua teoria de cuidados com a saúde, na qual enfatizava que os elementos físicos são vitais para a saúde do indivíduo. Ruído, iluminação e luz natural foram, por exemplo,
considerados como fatores vitais para afetar o humor e a saúde do paciente. Na década de 1990, o conceito de Healing Environment (ambientes de cura) surgiu como uma tentativa de se projetar espaços hospitalares usando pesquisas advindas das neurociências, da biologia evolutiva e do design ambiental. Uma linha comum em todas as pesquisas desta época foi a redução dos níveis de estresse de pacientes e trabalhadores da saúde. Desde aqueles tempos, a instituição Center for Health Design – CHD dos EUA produz, patrocina e publica trabalhos que relacionam o design do ambiente físico hospitalar com
os resultados da saúde. Hoje, já existem centenas de estudos que podem ser utilizados para informar e influenciar as principais recomendações de projeto, formando a base do que se convencionou chamar de Evidence Based Design (Design Baseado em Evidências), que está longe de ser uma nova tendência, apesar de ter evoluido muito nos últimos 15 anos. A renomada designer norte-americana, Jain Malkin, eleita uma das dez profissionais mais influentes na área da saúde na Califórnia e defensora do Design
Basado em Evidências, diz que seria irresponsável, como designer de projetos da saúde, não fazer uso de todas as informações de maior qualidade disponíveis, para melhorar a segurança dos pacientes e dos trabalhadores, e para tornar os ambientes mais confortáveis e resolutivos. A maioria dos hospitais projetados nos últimos anos, nos Estados Unidos, adotou a estratégia de usar a pesquisa para basear as decisões sobre seus novos projetos. Hoje, é difícil que um hospital norte-americano não cobre de
sua equipe de arquitetura a utilização dos conceitos e práticas do projeto baseado em evidências. Esta situação, inevitavelmente, desperta questões acerca da discussão se a utilização do Design Baseado em Evidências sufocaria a criatividade e a inovação. Algo como: se esta solução já foi extensivamente testada e comprovada, então para que inovar? Pode-se argumentar que mesmo os maiores Chefs tiveram que passar por uma escola de Gastronomia, onde aprenderam os princípios básicos da cozinha que os
permitiu compreender a química dos alimentos, e utilizar estas informações como uma plataforma de lançamento para as suas próprias criações gastronômicas. O mesmo deveria ser feito, portanto, com relação às recomendações do Design Baseado em Evidências e os conceitos de Projeto Salutogênico. Ao se apropriar de soluções comprovadamente eficazes, os designers e arquitetos podem usufruir de maior segurança, sem que isto signifique abrir mão de sua criatividade e capacidade de inovação.
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O crescimento n達o para Hospital Alem達o Oswaldo Cruz investe constantemente na melhoria de sua estrutura f鱈sica 22
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ntre os maiores centros hospitalares da América Latina, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, possui áreas especiais e diferenciadas, por exemplo, a área de internação Premium, que conta com apartamentos de mais de 70m². Porém, a instituição vem buscando ampliar ainda mais sua qualidade, tanto no já respeitado corpo clínico, como em sua infraestrutura física. “Somos uma instituição comprometida com as necessidades de Saúde da população e atuamos pautados na melhoria contínua, garantindo o melhor desfecho a todos os pacientes”, salienta Paulo Vasconcellos Bastian, Superintendente Executivo do Hospital Oswaldo Cruz. Para isso, a instituição buscou um projeto de expansão, que dará origem, em princípio, a uma nova torre, o Bloco E. O investimento de R$ 240 milhões, proporcionará ao complexo hospitalar, um aumento de 31.734,24 m² de área construída, ampliando também áreas estratégicas, como Centro Cirúrgico e UTI. O Bloco E possui 25 pavimentos entre andares e subsolos. Sendo que 16 andares – destes, 11 são destinados às Unidades de Internação (o número total de leitos do hospital cresceu de 255 para 371 leitos). O prédio tem ainda um auditório com capacidade para 200 pessoas e cinco subsolos de garagem, acrescentando novas vagas ao complexo hospitalar. A edificação está sendo executada dentro da certificação LEED Gold, utilizando um modelo virtual de edifício padrão de referência, baseado na norma americana Ashare 90.1. A obra possui terreno sustentável, energia e atmosfera, uso racional de água, materiais de construção civil e qualidade do ambiente interno. O sistema predial implementado teve os seguintes destaques: o de aquecimento de água 100% através de painéis solares, estação de tratamento de água de chuvas para reuso, central de ar condicionado com chillers de alto rendimento, sistema de automação predial para ar condicionado e utilidades, e lâmpadas de alto rendimento, inclusive LED. “Todos os resíduos da obra foram transportados e descartados em locais devidamente legalizados para este fim. As empresas contratadas só eram devidamente remuneradas após a devolução de documentos que comprovassem o descarte validado anteriormente”, reforça o Superintendente. Health ARQ
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Investimento
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Reforço na qualidade
Além do novo bloco, a instituição está investindo também em reformas e ampliação de áreas já existentes, buscando oferecer sempre o melhor ambiente aos pacientes. Com este intuito, o Bloco B passou por recentes reformas. A obra foi dividida em duas fases: fase construtiva, que envolve toda a parte de civil, como demolição, execução de novas paredes, forro, infraestrutura e demais etapas de construções; e fase de acabamentos, que envolve revestimentos de parede, pintura, carpete, mobiliário, conectorização e testes. “Como estamos falando de um hospital, tudo foi pensado em torno de não demostrar aos pacientes que havia uma obra sendo executada no edifício. O processo ocorreu durante o dia, em alguns momentos, os serviços que demandavam um longo período de ruído, eram feitos em horários estratégicos”, lembra Luiz Altmann Fazio, Diretor da Klar Construtora. Para facilitar o trabalho, o hospital disponibilizou um dos elevadores de carga para que fossem feitas as subidas e descidas de material. “A tecnologia também foi nossa aliada para facilitar os processo. Desde o projeto até as automações, controle de acesso, além de uma sala desenvolvida para reuniões de grande porte contendo uma tecnologia diferenciada para a execução de vídeo conferência. Além de interligações da mesa de reunião com a tela de projeção, tudo comandado por um display touchscreen que foi instalado em uma das posições da mesa de reunião”. Segundo Fazio, o principal desafio foi entregar a obra dentro do pra24
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zo estipulado pelo hospital, além do fino acabamento que a obra exigiu por ser um dos andares da presidência do HAOC. Porém, nem as dificuldades fizeram com que as medidas de sustentabilidade fossem deixadas de lado. “Em todas as nossas obras trabalhamos com ações de sustentabilidade, como economia de água e energia. Além disso, trabalhamos com um eficiente plano de gerenciamento de resíduos, além da utilização de extratores de poeira, desenvolvido pela Klar Construtora”. Merece destaque neste quesito o plano de gerenciamento de resíduos, de modo que todo o descarte de materiais foi feito em horários estratégicos, e descartado em caçamba locada em vaga específica para este fim. “Todo esse processo é desenvolvido por uma empresa especializada neste tipo de atividade”, finaliza o Diretor da Klar Construtora.
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Edificações integradas Hospital Villa-Lobos é referência no Brasil não só pelo seu elevado padrão técnico e qualidade, como também devido a sua construção interligada com outro centro médico, o Hospital CEMA 26
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omeado em homenagem a um dos ícones da música brasileira, o Hospital Villa-Lobos foi projetado com o intuito de oferecer aos pacientes uma estrutura moderna e completa. O centro médico atende, em média, 600 pacientes por dia no ProntoSocorro e realiza 1.000 cirurgias de alta complexidade por mês. Em uma área construída de 16 mil m², na Rua Lituânia, no bairro da Mooca, em São Paulo (SP), o hospital conta com 200 leitos, distribuídos em dez andares, sendo quatro para internação, um andar com 14 salas cirúrgicas, UTI com 20 leitos, semi-intensiva com 15 leitos e Centro de Diagnóstico com laboratórios de análises clínicas. Além de contar com um amplo Pronto-socorro Atendimento. O prédio conta ainda com um moderno heliponto com capacidade para receber helicópteros de porte compatível aos serviços médicos que o hospital oferece. Visando o atendimento humanizado, tanto para pacientes quanto para os médicos, o Hospital Villa-Lobos conta com uma hotelaria diferenciada, alta tecnologia e atendimento exclusivo. Para os médicos, o Villa-Lobos tem um espaço de convivência aconchegante, com sistema wireless, microcomputadores, TV de plasma, lanchonete e instalações modernas e dotadas de todo o conforto. O objetivo deste espaço é permitir ao médico repousar e recarregar suas energias para o melhor atendimento aos clientes. “Ofereceremos aos pacientes e médicos equipamentos de alta tecnologia, complexidade e desempenho, além de atendimento humanizado e de qualidade”, garante o Diretor-clínico do hospital, Paulo Roberto Cretella. Para que todos estes atributos estruturais pudessem se tornar realidade, durante todo o seu período de construção, o Villa Lobos contou com um Coordenador de Projetos em tempo integral para que qualquer interferência fosse prontamente sanada. O engenheiro Adhemar Holler Neto, Diretor-técnico da Incorbase afirma que a instituição foi construída ao lado de um hospital já existente, o Hospital CEMA. Por isso, um grande desafio encontrado pela equipe de engenharia foi no processo de interligação dos dois locais. “Tivemos que administrar as interferências, fazer delicados e complexos ajustes para a interligação e conexão de sistemas, tais como entrada de energia elétrica, bateria de grupos geradores, central de gases, entre outros. Tudo executado com metodologia Health ARQ
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técnica e extrema precaução para não interromper ou mesmo prejudicar o funcionamento do hospital existente”, relembra Holler Neto.
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Presença na obra
A participação da Incorbase nas obras do Villa-Lobos iniciou-se ao término dos serviços de fundações profundas e contenções que já se encontravam executadas quando ocorreu sua contratação. Holler Neto conta que a empresa foi responsável por toda a parte de Engenharia Civil, bem como o gerenciamento e acompanhamento técnico dos serviços de instalações hidráulicas, elétricas, ar-condicionado e seus subsistemas. “Também oferecemos ao hospital todo o Apoio Civil e infraestrutura aos serviços de proteção e blindagem radiológica, equipamentos das salas de cirurgia, correio pneumático, sistemas de lógica, imagem, som, circuito fechado de TV, marcenaria e outros necessários ao perfeito e completo funcionamento da instituição”, afirmou o engenheiro.
Climatização da instituição
Para implantar o sistema de climatização do Villa-Lobos a equipe de engenharia enfrentou certas dificuldades em alguns locais, a exemplo dos corredores. “Neste projeto em específico, a localização dos Chillers na cobertura da edificação também mostrou-se como um desafio maior na logística de instalação, uma vez que foi necessário o içamento do equipamento”, detalha Holler Neto. Quanto às práticas sustentáveis da obra, todas as normas, critérios e exigências dos órgãos reguladores foram rigorosamente aplicados e obedecidos. “A nossa equipe teve um cuidado estendido e ampliado por estar ao lado de um hospital já em funcionamento”, acrescenta. Em relação às instalações elétricas foram executados todos os sistemas elétricos, desde a nova entrada de energia e grupos geradores. “Para garantir a segurança dos pacientes, utilizamos o no-break para manutenção dos equipamentos de suporte à vida até o acionamento dos grupos geradores e o sistema DSI para proteção das salas cirúrgicas”. 28
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Higiene, segurança e qualidade Calhas de piso em inox proporcionam vantagens à edificação de saúde
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s instituições de saúde, de modo geral, requerem atenção especial aos processos de limpeza do ambiente. Fato esse que gera uma quantidade considerável de efluentes a cada vez que o local é higienizado. Em vista disso, frequentemente, o tradicional ralo instalado no chão das edificações torna-se inadequado, devido a sua baixa vazão. Uma boa alternativa para solucionar este problema está em instalar calhas lineares de boa vazão no solo ou no piso. “Isso permite isolar um ambiente do outro, por exemplo, impedindo que a água proveniente da chuva deixe o estacionamento e invada a recepção do hospital”, explica Alexandre Nascimento, Diretor-comercial da Palmetal Metalúrgica. Mas na hora de escolher a calha, é preciso estar atento a um detalhe: o material com o qual ela é produzido, pois muitos produtos disponíveis no mercado são feitos de ferro fundido ou de aço galvanizado, que deterioram-se rapidamente e impedem qualquer tentativa de realizar uma perfeita assepsia. “PrincipalmenHealth ARQ
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Calha de piso
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te na área de estacionamento, com a passagem dos carros, as grelhas dessas calhas levantam e, muitas vezes, danificam os carros e, em casos mais graves, podem gerar ocorrências com pacientes ou acompanhantes”, reforça Nascimento. Para solucionar esse desafio de maneira eficaz e eficiente, a Palmetal desenvolveu sua linha de calhas em aço inox, que é focada no universo hospitalar. “As Calhas Palmetal foram desenvolvidas para serem extremamente fáceis de limpar e suportar por pelo menos dez anos, que é o prazo de garantia, de tráfego pesado”. O produto é indicado para áreas externas e internas da instituição. No interior da edificação, proporciona facilidade na limpeza. Para áreas cirúrgicas ou de necessidade de higienização intensa, por exemplo, foi desenvolvido o modelo LIS, que impede a exposição da sujidade, e permite que a limpeza seja feita de modo simples, uma vez que não possui furação aparente. “Já para as áreas externas, que possuem um fluxo de água maior, temos os modelos RED e OBL, com uma grande área de escoamento”, afirma o Diretor-comercial da Palmetal. A empresa possui esses produtos de forma padronizada em diferentes tamanhos. As calhas estão disponíveis em duas larguras: 130mm e 200mm. E os comprimentos variam de 500mm até 4000mm. Além disso, a Palmetal disponibiliza para os arquitetos os arquivos em 3DS, LXO, SAT para serem inseridos no Revit ou em outro programa 3D da preferência do profissional. “Há mais ou menos um ano, oferecemos isto aos profissionais. Somos a única empresa de móveis em inox para hospitais no Brasil que disponibiliza essa facilidade”, afirma Nascimento. Isso porque o 3D torna o projeto mais rápido e eficiente. “Por exemplo, as questões de compatibilidade entre um andar e outro, que é um erro extremamente comum nos projetos 2D, são eliminados. Para contar com essa facilidade, é indispensável que o escritório esteja associado a bons parceiros que disponibilizem seus produtos em 3D”, finaliza. 32
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Calha CT13 Grelha Cano
Calha OBL
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Decoração
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Beleza e humanização do espaço Unimed Rio investe em nova unidade e estética do ambiente 34
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Unimed Rio inaugurou, recentemente, a primeira unidade da rede assistencial própria construída pela operadora, o Pronto Atendimento Barra (PA Barra), no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ). O local oferece uma moderna estrutura para atendimentos de urgências e emergências nas especialidades de clínica médica, pediatria e ortopedia, além de poder realizar exames de apoio diagnóstico, laboratoriais, raio-X, ultrassom, tomografia computadorizada, entre outras opções. A unidade também atende a clientes particulares. A unidade tem 1,8 mil m² de área e estacionamento para 70 carros. Sua estrutura está preparada para manter os pacientes em observação clínica de 12 horas e, quando necessário, encaminhá-los a um hospital da rede credenciada. Há serviço de resgate 24h no local para que estas demandas sejam atendidas agilmente. A equipe da Unimed é formada por mais de 200 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos e assistentes, criteriosamente selecionados para poder oferecer ao cliente Unimed Rio uma medicina humana e eficiente. A unidade da Unimed Rio investiu também na qualidade de seu mobiliário, implantando na decoração do hospital uma linha de produtos especialmente desenvolvida para e instituição pela TETO Mobília Contemporânea. Foram criados sofás-cama, poltronas reclináveis, mesas de centro e mesas laterais com revisteiros, para receber os jornais e revistas diários. “Também criamos poltronas-cama para a UTI. Como são compactas, otimizam espaço no ambiente e permitem que mais leitos sejam instalados, em benefício dos pacientes”, conta Sérgio Fix, Diretor da TETO. Health ARQ
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Decoração
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Além de humanizar os ambientes, a mobília segue uma mesma linha, unificando e criando identidade para a marca da instituição. “Nosso intuito é que os pacientes sintam-se confortáveis e em um local asséptico, bonito e seguro. Cada cliente apresenta seu projeto arquitetônico para que a Teto crie móveis que se adaptem ao que é apresentado”. Segundo Fix, a partir do projeto foram criados móveis elegantes sem deixar de seguir o design que caracteriza o mobiliário da Unimed. “A palheta de cor mostra bem isso, já que os móveis seguem cores mais sóbrias, tanto nas áreas acessíveis a todos como recepção, sala de espera e área do café, quanto nos quartos. Essas cores ajudam a tranquilizar os pacientes e seus acompanhantes”, diz o Diretor. Com foco na limpeza da instituição, os produtos foram desenvolvidos pensando na fácil assepsia. Por isso todos os estofados são revestido com couro ecológico, que permite uma limpeza com materiais que estragariam outros tipos de tecido. “Para as peças em madeira, foram usados materiais pouco porosos, para acumular o mínimo de sujeira”, diz Fix. Além disso, a segurança dos pacientes também foi preocupação constante no desenvolvimento dos móveis. Um bom exemplo é a poltrona reclinável usada nesse projeto. “A maioria 36
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das poltronas concorrentes as da teto tombam se um paciente com mais de 80 quilos senta na ponta. Isso não acontece com as nossas. A Teto dispõe de um sistema em 3D, que permite que os projetos sejam feitos, inicialmente, pelo computador, isso garante maior segurança e liberdade na hora de criar o mobiliário. Neste caso, cada área do hospital foi analisada e os móveis foram criados pensando não somente na estética do local, como também em suas necessidades, locomoção dos pacientes e funcionários e funcionalidade”, ressalta o Diretor.
“Cada área do hospital foi analisada e os móveis foram criados pensando não somente na estética do local, como também em suas necessidades, locomoção dos pacientes e funcionários e funcionalidade”. Sérgio Fix, Diretor da TETO
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Ar-condicionado
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Projeto complementar Climatização do ambiente precisa ser bem planejada para garantir conforto e qualidade aos pacientes, assim como segurança de trabalho para os funcionários que lidam com o cuidar e o curar 38
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Sustentabilidade
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climatização é um dos pontos mais importantes para o conforto do paciente dentro de uma instituição de saúde, além de garantir a qualidade do ar, sua renovação e assepsia. Porém para que o sistema de ar condicionado seja instalado e funcione corretamente, é essencial que o projeto de arquitetura contemple espaço no forro para dutos, equipamentos leves, espaço no piso ou pisos técnicos, onde o pé-direito é reduzido, e podem ser alocados os condicionadores de ar maiores, caixas de filtros e ventiladores. “Este suporte é fundamental, pois quando trata-se de um ambiente destinado à saúde, além das normas técnicas convencionais, precisamos respeitar também às legislações e recomendações da Anvisa (RDC 50), assim como, lembrar das recomendações da ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers), e das normas brasileiras em geral, particularmente a NBR 7.256, sobre o tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde (no momento em fase de revisão)”, ressalta Duilio Terzi, Diretor da Fundamente-Ar Engenharia. Entre os cuidados que devem ser observados ao desenvolver o projeto de climatização de um ambiente de saúde estão o tipo de filtragem e o número de trocas do ar. Além da pressão do ar-condicionado, positiva ou negativa, em função do local e as características próprias das bandejas dos equipamentos. É interessante lembrar que as características de temperatura e humidade devem atender de maneira diferenciada no mínimo a três situações em uma área hospitalar: UTI’s, Neonatais (com foco no paciente) e Centro cirúrgicos (com foco na equipe médica)”, o que não exclui outras áreas, especialmente as área de geração de imagens, cada vez mais presentes nos hospitais, explica Terzi. O Diretor da Fundamente-Ar Engenharia ressalta ainda que tão importante quanto o desenvolvimento de um bom projeto que atenda a todas as condições e normas, é a instalação do sistema de ar condicionado, observando o estipulado no projeto, assim como na manutenção da instalação, que por ser de alta complexidade, necessita que a qualidade de projeto, instalação e manutenção tenham o mesmo padrão.
Dentro dos sistemas de ar condicionado implantados pela Fundament-Ar estão implantadas as orientações da ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers). São elas: - Redução da carga térmica do Edifício - para tal é de fundamental importância, que quando possível, a edificação tenha isolamento térmico nas paredes, adequado sistema de proteção a insolação, pelo uso de Brise soleir. - Redução do consumo de energia elétrica, pela seleção adequada de equipamentos de ar-condicionado, que tenham ótima eficiência. - Redução do consumo de energia elétrica, através de um projeto de ar condicionado, que em parceria com o arquiteto, possibilite a eficaz manutenção dos equipamentos, através de acesso aos mesmos. - Redução do consumo de água, pelo uso de equipamentos para o ar-condicionado com condensadores resfriados a ar. - Redução do consumo de energia elétrica, pelo uso, quando possível, de recuperadores de calor sensível. Este item merece especial atenção, pois existe, sem dúvida, o perigo de contaminação cruzada do volume de ar de renovação, que entra no sistema. - A ASHRAE faz recomendações também do uso de VAV (Volume de Ar Variável), sistema que, apesar de eficiente, é extremamente perigoso, devido ao desequilíbrio de pressões que ele propicia, o que pode levar a contaminação cruzada. - A ASHRAE, também devido a sua gênese, faz foco no sistema de calefação, particularmente no uso de caldeiras eficientes e recuperadores de calor, item este que não faz parte de nossa cultura técnica usual, adotada na maioria dos hospitais brasileiros. Em que pese a necessidade de calefação, sempre que possível, em áreas particularmente sensíveis, como a dos Neo Natais, e outras semelhantes, que lidem com pessoas com deficiência de circulação periférica, tais como os idosos.
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Climatização
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Novo prédio do HCor tem projeto de climatização sustentável Edifício Dr. Adib Jatene investe em conforto e segurança
Foto: Roberto Loffel
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Hospital do Coração, HCor, em São Paulo, levou quatro anos para construir o Edifício Dr. Adib Jatene. Além do térreo, são 14 andares, mais cinco subsolos e dois pavimentos para os auditórios. Com uma infraestrutura sofisticada, o novo prédio possui diversos aparelhos de última geração, como o Gamma Knife, utilizado para radiocirurgias em tratamentos oncológicos e que trabalha associado a um tomógrafo. Uma das etapas mais importantes para a construção da edificação foi o projeto de climatização realizado pela Arcogen Energy. A empresa desenvolveu uma proposta que pudesse atender às exigências de cada especialidade. O centro cirúrgico, por exemplo, possui duas salas híbridas, uma para cirurgias cardiovasculares e outra para neurocirurgias. Dadas as particularidades, a empresa seguiu rigorosos procedimentos para que um ambiente não interferisse no outro. “Os processos de climatização são extremamente complexos. A demanda exigiu equipamentos de muita precisão e um controle e automação bastante rígidos. Esse foi o principal desafio: atender a todos os requisitos do Health ARQ
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Climatização
HCor”, explica Edson Marques de Freitas, Sócio-diretor financeiro da Arcogen Energy. Segundo o executivo, a “maior preocupação foi evitar a contaminação cruzada e, nesse caso, o sistema de ar condicionado exerce um papel fundamental. Por isso, é necessário ter um cuidado especial desde o seu projeto à execução, um complexo trabalho de engenharia”, complementa, destacando a importância de criar projetos sustentáveis.
Moderno sistema de climatização
Para garantir o bem-estar e a segurança dos pacientes, acompanhantes e corpo clínico, cada detalhe durante a obra foi importante para a execução do projeto de climatização. Dessa forma, trabalhou-se para garantir, não somente a temperatura e umidade do ar, mas também a limpeza e qualidade dentro das instalações. “O HCor utiliza uma tecnologia muito avançada na área da medicina, e esta tecnologia requer ambientes com temperatura, umidade, controle de qualidade do ar e classificação de limpeza no ambiente hospitalar. Por isso, o projeto de climatização da instituição foi bastante complexo, implantando equipamentos modernos e precisos”, comenta Antônio Domingos Uehara, Sócio-diretor de Engenharia da Arcogen. Uehara explica que o sistema de ar condicionado está dividido em duas vertentes: o sistema de conforto atende toda a área de hotelaria do hospital - e o sistema voltado às áreas críticas - UTI, Centro Cirúrgico, Isolamento e Diagnóstico por imagem.
Construção moderna e sustentável.
Toda a estrutura do prédio foi pensada de modo que atendesse às necessidades dos pacientes. Para interligar o novo prédio ao edifício antigo do HCor, foram construídas duas passarelas: uma para o transporte de pacientes e outra para livre circulação. Esta última dá acesso ao auditório, à lanchonete e à ala social do hospital. Foram desenvolvidos, também, um pavimento focado no tratamento oncológico e seis andares de internação com 38 apartamentos, sendo dez deles “VIP’s”, com antessala e decoração diferenciada. O novo edifício cumpriu com todas as exigências da Certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), e tanto o projeto como a obra foram concebidos nessa visão. É um prédio totalmente voltado para a sustentabilidade em seus sistemas. 42
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Foto: Roberto Loffel
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Perfil
Experiência
Maternidade da Zona Norte 2 - Amapá
Profissional de Sucesso
Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência - PA
Arquiteto José Freire conta sua trajetória na carreira e como surgiu o interesse pelo setor da Saúde
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facilidade em desenhar à mão livre e o bom desempenho nas disciplinas de geometria descritiva e desenho técnico levaram José Freire da Silva Ferreira, hoje, Sócio-diretor da DPJ Arquitetura e Engenharia, a escolher a arquitetura como profissão durante a preparação para o vestibular na Universidade Federal do Pará em 1965. A graduação concluiu-se em dezembro de 1970, porém o arquiteto não parou de buscar conhecimento. Em 1971 concluiu a pós-graduação em Planejamento Urbano na Universidade Nacional de Brasília- UNB e seguiu os estudos em Planejamento Regional no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do Pará-UFPA, concluídos em 1973. O interesse pela Arquitetura Hospitalar ocorreu em 1989, quando na qualidade de Prefeito do Campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), Freire contratou o arquiteto João Carlos Bross para elaborar o projeto do Hospital Universitário da UFPA. Neste processo, teve a oportunidade de conhecer o engenheiro Salim Lamha da MHA, responsável pelos projetos complementares do referido hospital. “A con-
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vivência com estes dois técnicos, particularmente com o arquiteto João Carlos Bross despertou o interesse pelo Projeto Hospitalar, não somente pela complexidade do tema, mas principalmente pela forma e responsabilidade com que ele era encarado por ambos”, conta Freire. Assim, na primeira experiência profissional nesta área, em 1991, o arquiteto e sua equipe puderam contar com a colaboração decisiva do arquiteto Bross, na elaboração do primeiro Plano Diretor do compléxo Hospitalar da Santa Casa de Misericórdia do Pará, na gestão do
Hospital Regional do Baixo Amazonas - Santarém - PA
Hospital de Urgência e Emergência 2 - Amapá
Prof. Dr. Clodoaldo Bekman da UFPA. “Nesta época, a minha experiência profissional era na elaboração de Planos Diretores Urbanos e de Campi Universitários. Face a esta, pude perceber que os processos de planejamento para o Espaço Urbano, para o Espaço Acadêmico das Universidades e para o Complexo Hospitalar, eram semelhantes na metodologia, todas partindo de um diagnóstico, seguido da análise dos dados coletados, das propostas de alternativas, até a decisão pela melhor alternativa e posterior elaboração do Plano, da aprovação deste (na Câmara Municipal, no Conselho Universitário ou na Direção da Instituição Hospitalar) quando se transforma em uma lei, em uma Resolução ou em uma Norma, passando a ser implementado, avaliado e posteriormente revisado e atualizado. Ou seja, um novo plano”, comenta. Este processo dinâmico do planejamento, tendo como base um raciocínio dedutivo, levou-o a valorizar, hoje, a elaboração do Plano Diretor Hospitalar como a primeira etapa do processo de planejamento físico do hospital. Tanto para hospitais novos como para os existentes, a visão do todo, do conjunto, deve ser privilegiada antes da resolução projetual das partes.
De acordo com o arquiteto, o Plano Diretor Hospitalar é a definição dos cenários presente e futuro da instituição, considerando as perspectivas do desenvolvimento e da ampliação do seu potencial, da demanda dos serviços e das áreas clínicas. “O hospital deve ser uma obra aberta, para poder incorporar os vertiginosos progressos da medicina, assim, nas decisões tomadas hoje devem ser consideradas situações futuras, visando a longa vida do prédio”. O Plano Diretor Hospitalar, com seus cenários físicos e de planejamento de curto, médio e longo prazo é um instrumento importanHealth ARQ
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Experiência
Perfil te para a administração do Estabelecimento Assistencial de Saúde. Por meio dele, pode-se prever a necessidade dos recursos (materiais, humanos e financeiros) necessários para o desenvolvimento da instituição. “Provavelmente, o início de minha experiência na elaboração de um Plano Diretor Hospitalar deve ter me induzido para esta área de especialização tão complexa, apresentando a cada dia novas abordagens, novas tecnologias e novas soluções. No âmbito da Arquitetura Hospitalar, o desafio é acompanhar o desenvolvimento tecnológico na área da saúde que a cada dia induz novos conhecimentos a serem adquiridos e/ou atualizados”, acredita. Hoje, com a crise da saúde no Brasil, o projetista hospitalar passa a ter uma imensa responsabilidade, não apenas em solucionar as questões tecnológicas complexas de um hospital, mas também em apresentar soluções mais adequadas e econômicas face a pouca disponibilidade dos recursos disponíveis nos orçamentos públicos para este fim. “Particularmente, nas regiões menos desenvolvidas do País, como a Amazônia, o maior investimento na área de saúde é oriundo do poder público o que justifica, nesta região, a preocupação dos projetistas não apenas com o valor das obras, mas também com a qualidade dos projetos destas, de forma a evitar perdas futuras em reformas ou intervenções decorrentes de erros de planejamento e de projeto. O hospital é uma construção complexa e muito cara, assim seu projeto deve ser feito por equipes capacitadas e conhecedoras do tema, sem espaço para curiosos e amadores”, reforça. A experiência de José Freire no planejamento e nos projetos dos Hospitais Regionais do Pará incorporou esta preocupação, pois o desafio era projetar e construir, ao mesmo tempo, em um curto intervalo de quatro anos, cinco hospitais novos, sendo um de grande porte, três de médio porte e um de pequeno porte, além de reformar e ampliar para este fim dois hospitais existentes, um de grande porte e outro de médio porte. Assim foram projetados os Hospitais Regionais do Baixo Amazonas em Santarém, da Transamazônica em Altamira, do Araguaia no Sul do Pará, em Redenção, da Ilha do Marajó, em Breves e o de Tailândia. Foram também reformulados e ampliados os Hospitais Regionais de Marabá e de Tucuruí. Este último remanescente da vila feita pela Eletronorte para dar apoio à construção da Hidrelétrica de Tucuruí. Estes hospitais foram construídos nas principais regiões do Estado buscando descentralizar os serviços de saúde, reduzir os custos com tratamentos fora do domicílio, diminuir o déficit de leitos e serviços de saúde no Interior do Estado e, principalmente, atender a demanda crescente por atendimento de alta e média complexidade fora da capital, Belém. 46
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Hospital Regional Público do Araguaia - Redenção - PA
Hospital Municipal de Parauapebas - Pará
Hospital Maternidade da Fundação Santa Casa de Misericórdia - PA
Outra experiência importante foram os projetos dos Hospitais Regionais do Amapá, em Santana, Oiapoque e Serra do Navio, além dos principais hospitais do Estado em Macapá, como o Hospital de Especialidades Dr. Alberto Lima, o Hospital da Criança e do Adolescente, o Hospital Metropolitano de Macapá e o Complexo Hospitalar da Zona Norte, com uma Maternidade e um Hospital de Emergência. “Em todos estes projetos procurou-se sempre adequar as soluções técnicas de alta complexidade dos hospitais a realidade econômica dos orçamentos públicos, buscando-se soluções modularizadas, a padronização de acabamentos e instalações, a adequação dos materiais ao rigor do meio ambiente representado pela elevada temperatura, altas taxas de umidade, insolação, alto índice pluviométrico alem das dificuldades de acessibilidade e transporte dos materiais para os canteiros das obras. Ao lado destas dificuldades ambientais, buscavam-se soluções sustentáveis no uso de energia solar e do aproveitamento da água da chuva, da ventilação natural e da alta luminosidade”, lembra o arquiteto. Outras experiências também foram importantes nas soluções projetuais de hospitais especializados, como o de Urgência e Emergência da Área Metropolitana de Belém, (o maior desta especialidade na Região), os Materno Infantis de Santarém, de Altamira e da Santa Casa de Misericórdia do Pará e um pré-moldado de rápida execução e montagem na Vila Residencial de apoio a construção da hidrelétrica de Belo Monte. “Com nossa experiência profissional, desde 1971, em mais de dois milhões e meio de metros quadrados projetados, setecentos mil dos
quais em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, a grande maioria para o setor público, constatamos o extremo déficit de hospitais de qualidade para atendimento público na Região Amazônica, ocorrendo na maioria das vezes que, após a inauguração, eles são ocupados quase que totalmente demonstrando que a demanda real é sempre maior que o dimensionamento para os espaços e serviços disponibilizados à população”. Deste fato, decorre hoje a ampliação de muitos destes hospitais, como os Regionais do Pará em Santarém, Altamira, Marabá, Tucuruí e Redenção, além dos de Especialidades Dr. Alberto Lima e de Santana no Amapá e o Metropolitano de Urgência e Emergência em Belém. “Com relação aos profissionais que admiramos na Arquitetura Hospitalar Brasileira, citamos os arquitetos João Carlos Bross, Jarbas Karman, Luiz Carlos
Arquitetos José Freire, Paulo Lima e Jorge Derenji Health ARQ
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Perfil
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Toledo, João Filgueiras Lima (Lelé) e Irineu Breitman”. Freire conta que admira também, pela produção literária e acadêmica, os arquitetos e professores Fábio Bitencourt, Antônio Pedro Alves de Carvalho e Mário Ferrer, além do médico Paulo Lindolfo Lamb. “Quanto a notória experiência no estudo e definição de normas referentes ao projeto dos espaços hospitalares, destacamos o arquiteto Flávio Bicalho e a arquiteta Regina Barcelos, os quais na ANVISA foram fundamentais na elaboração, análise e implantação da RDC-50-ANVISA. Na Engenharia Hospitalar destacamos pela experiência e profissionalismo os engenheiros Salim Lamha e Eduardo de Brito Neves”, salienta. Por fim, quanto a parceria na DPJ, que segue desde 1974, Freire destaca seus sócios, os arquitetos Paulo Cunha Lima e Jorge Derenji, com os quais desenvolveu, nos últimos quarenta anos, mais de dois milhões e meio de metros quadrados de projetos de várias naturezas, atuando sempre em sintonia e confiança mútua. “Hoje, na empresa, contamos também com a importante colaboração dos arquitetos(as) Bianca de Oliveira, Carolina Dias Cunha Lima, Rachel Sfair Ferreira Benzecry, Graciely Ferreira, Mariana Souza, Imara de Oliveira, Juliana Fortes e Allan Mota, além dos engenheiros Augusto Paulo Guerra, André do Nascimento, Adelina Costa Fazio, Humberto Beltrão Martins, Ana Laura Montenegro, Gandhy Yeddo Junior, Franco Sério, Carlos Leão, Francisco Ribeiro, Paulo Sales, Antonio Silva e Flávio Almeida”, finaliza.
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Ping Pong Nome: José Freire da Silva Ferreira Idade: 68 anos Pai: Lauro José Ferreira Mãe: Lucymar Freire da Silva Ferreira Filhas: Rachel Sfair da Costa Ferreira e Clarice Sfair da Costa Ferreira. Minha viagem inesquecível foi para... o Japão, em 1990, para conhecer, em Tóquio e Kioto, novas experiências em “Prédios Inteligentes”. O bem mais precioso de minha vida é... a minha família. Sabedoria é... pensar com otimismo mesmo nas adversidades. Um traço certo na vida depende de... nosso referencial de vida, constituído pelos erros e acertos ao longo desta.
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Humanização
Sob medida Projeto especial
Valinhos Medical Center tem projeto de arquitetura customizado
Fachada ganhou identidade com a instalação de brises ripados
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ersonalizar o projeto, escutar o cliente e planejar os prazos, equilibrando estética e praticidade. Foram estes os pontos de partida adotados pela ACR Arquitetura e Planejamento para transformar um galpão comercial de dois pavimentos e circulação vertical, em um espaço funcional para a Valinhos Medical Center, na cidade de Valinhos, interior de São
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Paulo. A obra foi realizada em aproximadamente 60 dias, incluindo aprovação de estudos, executivo, marcenaria e decoração. “Sempre buscamos ambientes confortáveis e humanizados, que ofereçam aos usuários, tanto médicos como pacientes, experiências diferenciadas nas rotinas de saúde. E foi nesta direção que conduzimos este projeto”, explica
o arquiteto Antonio Carlos Rodrigues, Sócio-diretor da ACR Arquitetura e Planejamento. A proposta era uma reforma, sem ampliação, com o objetivo de implantar serviços de diagnósticos médicos como endoscopia, colonoscopia, sala de exames multiuso para cardiologia, ultrassonografia e quatro consultórios gerais de atendimento clínico.
“Os fluxos de operação foram pensados para garantir agilidade nos atendimentos, que geram maior rentabilidade. E, como qualquer obra, os pequenos ajustes na execução são esperados, uma vez que é comum encontrarmos situações não previstas e não prospectadas em fase de projeto. Felizmente, tudo ocorreu sem grandes imprevistos”, completa.
Caminhos definidos
Conceito sustentável prioriza iluminação natural
Pisos e mobiliário pensados por sua funcionalidade e composição equilibrada do orçamento
Para o Medical Center existiam dois setores bastante claros: um de diagnósticos e outro clínico, que incluía os consultórios médicos. O desafio do projeto era contemplar as necessidades essenciais, com uma otimização de custo e um resultado estético que transmitisse aconchego e comodidade. A área de diagnósticos foi implantada no pavimento térreo, evitando assim a necessidade de transporte vertical de macas, em caso de intercorrência médica, além de oferecer maior segurança e conforto para o paciente. O pavimento superior foi ocupado com os consultórios, a sala de ultrassonografia e área de descanso dos funcionários. “O layout foi pensado para garantir a iluminação e ventilação naturais, nos ambientes de maior permanência, tornando os atendimentos mais agradáveis, seguindo-se uma regra básica da arquitetura: oferecer suporte para experiências não tangíveis, amenizando a fragilidade dos pacientes”, explica Rafael Tozo, Sócio-diretor da ACR. Na área diagnóstica, foram implantadas duas salas para os serviços de endoscopia e colonoscopia, otimizando os espaços de apoio, como repousos e esterilização. O objetivo era aliar o bem-estar dos pacientes e colaboradores, com rotinas eficientes que gerassem menores custos e maior rentabilidade. Como o serviço de endoscopia exige uma grande área de apoio, para higienização e esterilização dos equipamentos, além de espaços de repouso pós-exame, foi necessário adotar pontos de consumo de gases medicinais, com rede específica, além de troca de ar e exaustão adequadas. Já dentro do conceito de conforto, agilidade e “quebra” da frieza dos ambientes de saúde, foi criada uma sala de espera reservada, com vista para um jardim nos fundos do edifício, com vestiário e armários para os pacientes guardarem seus pertences. Health ARQ
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Humanização
Projeto especial
Reutilização inteligente
Iluminação e ventilação adequados para melhor atendimento
Nos consultórios, conforto de pacientes e colaboradores, com custo otimizado 52
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Uma das diretrizes da ACR é trabalhar com conceitos de sustentabilidade, independentemente de acreditações e certificações. Por isso, sempre que possível, há um reaproveitamento de materiais, reduzindo o impacto ambiental e de custos. Neste projeto, as luminárias foram reutilizadas. Os pisos também foram pensados por sua funcionalidade e composição equilibrada do orçamento. Os vinílicos foram escolhidos de acordo com a necessidade de cada ambiente. Nas áreas de circulação, espera e consultórios, optou-se por réguas amadeiradas, realçando o conceito de humanização e conforto, porém com material adequado para assepsia exigida em cada local. Para as áreas críticas, foram especificadas mantas vinílicas homogêneas, com rodapés boleados. Os móveis também deveriam ser harmonizados com as linhas principais do projeto e o mobiliário foi criado com exclusividade para as salas de espera e consultórios, cujos biombos comuns ganharam força e se transformaram em painéis, que ambientam e dão movimento ao espaço.
Na área externa, a fachada ganhou identidade com a instalação de brises ripados, sobressaindo-se do entorno. Segundo Antonio Carlos Rodrigues, esse foi o primeiro trabalho com a Valinhos Medical Center, que abriu as portas para outro projeto na cidade, também um Centro de Diagnóstico, em outra especialidade. “O interior paulista tem características muito interessantes. São cidades em franco desenvolvimento e população de alta renda. Por isso, o mercado de arquitetura tem grandes possibilidades de expansão, pois a valorização desse serviço é crescente e apostamos neste nicho para ampliar as fronteiras da ACR”, completa.
Rafael Tozo e Antonio Carlos Rodrigues, Sócios-diretores da ACR Arquitetura e Planejamento
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Qualidade de vida
Humanização
Diagnóstico certo Clínica de Medicina Diagnóstica é projetada no Norte do País para ser um centro de excelência de atendimento na região
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desejo de um grupo de médicos de ponta, da região de Cacoal - Rondônia, de criar um centro de diagnósticos por imagens de excelência para atendimento de toda a região abrangente, deu origem à clínica Anga. Para colocar em prática essa ideia, contrataram os profissionais do escritório C+A Arquitetura e Interiores. “Já havíamos trabalhado em um projeto similar de um dos sócios na capital de Rondônia, Porto Velho. Foi feito um levantamento das necessidades locais em relação aos equipamentos de saúde e feita uma avaliação em um raio de abrangência das cidades vizinhas. A partir do resultado deste estudo, elaboramos o programa físico de necessidades da unidade e iniciamos o processo de projeto propriamente dito”, conta a arquiteta Ana Paula Naffah Perez, Sócia-diretora da C+A Arquitetura. Desenvolveu-se então uma unidade de ponta que 54
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contempla toda a tecnologia para abrigar os equipamentos de imagens mais modernos do mercado. A infraestrutura de instalações foi toda concebida para isso, bem como o projeto de arquitetura. O quesito humanização também foi de extrema importância na elaboração do projeto. “Desenvolvemos um projeto de interiores buscando a diferenciação da unidade perante os concorrentes da região”, revela.
O projeto contempla a utilização de diversas cores, que compõem também toda a identidade visual e de marketing da unidade. “Todo o mobiliário foi especificado no intuito de estabelecermos um diferencial de conforto para os clientes”. Visando a sustentabilidade, a equipe contemplou a utilização de iluminação econômica e eficiente, como as lâmpadas T5 e LED, elevadores inteligentes que consomem menos energia, além do reuso de água em alguns sistemas da unidade. A arquiteta conta que o processo de projeto foi bastante tranquilo. “Sempre tivemos uma ótima interação com os sócios e isso facilitou muito todo o desenvolvimento do projeto. Acho que nem a distância foi um empecilho. A compatibilização do projeto de arquitetura com os projetos de instalações (feitos por empresas locais), foi talvez a fase mais complexa. Mas nada que tenha atrapalhado o decorrer do projeto”, diz. Ana Paula revela também que no projeto em si, talvez o maior desafio tenha sido colocar todo o programa de necessidades que a unidade precisava dentro da área possível para construção do
terreno. Outro desafio importante é que o Centro de Diagnóstico será contiguo à um edifício de Centro Médico, o Santa Clara. “Tivemos o desafio de criar uma unidade independente, mas que tivesse uma conexão física a fim de que os médicos que utilizarão o Santa Clara possam se deslocar com facilidade e utilizar os serviços do Centro de Diagnóstico, o Anga”. Rondônia é um estado que possui uma insolação Health ARQ
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Qualidade de vida
Humanização
altíssima. Desta forma, a equipe procurou trazer o máximo de luz natural para dentro do edifício, aproveitando esse potencial energético disponível. Para a iluminação noturna, foram utilizadas lâmpadas com baixo consumo de energia, como as lâmpadas T5 e LED. “Como este projeto tem um trabalho de interiores bem elaborado, procuramos um desenho de forro que contemplasse sancas iluminadas, o
que agregou muito em luminância e plástica ao projeto”, reforça. Pensando na humanização do ambiente, o projeto procurou especificar um mobiliário com design e estética agregado, além da durabilidade e da resistência que uma unidade com alto fluxo de pessoas requer. “Os tecidos que especificamos são resistentes e de fácil assepsia. Todo o mobiliário foi pensado em proporcionar ergonomia ao co-
Ana Carolina M. Tabach e Ana Paula Naffah Perez da C+A Arquitetura 56
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laborador também, além de conforto ao usuário”, diz a arquiteta. Os fluxos do projeto foram todos elaborados no intuito de criar um sentido de saída e entrada de pacientes, sem interrupção e sem que este fluxo atrapalhe os fluxos de colaboradores e materiais da unidade. “A localização que estabelecemos para a circulação vertical da unidade permitiu que isso ocorresse desta forma”, finaliza.
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Humanização
Espaço especial
Paisagismo, luz e fotografia
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Fotos: LMartins Fotografia
Grupo do Rio de Janeiro investe em novas unidades com traços fortes de humanização
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m novembro de 1990, o Rio de Janeiro ganhava um novo grupo que iria investir em saúde e tratamento dos pacientes oncológicos: o Grupo COI. Ao longo de sua existência, a instituição tem acompanhado de perto a evolução da medicina, utilizando um novo conceito no tratamento oncológico, que une investimento em tecnologia e pesquisa, aperfeiçoamento técnico dos profissionais, e sensibilidade na forma de cuidar do paciente. Seguindo esses princípios, o Grupo COI possui uma moderna estrutura dentro de um avançado Centro Médico do Rio de Janeiro, o MDX. Barra Medical Center. Neste ambiente confortável e seguro, está instalado seu Centro de Tratamento Radioterápico, onde são praticadas técnicas como IGRT (Image Guided Radiotherapy) e IMRT (Intensity Modulated Radiotherapy) pelo revolucionário equipamento Oncor Linear Accelerator, que otimiza a terapia oncológica com o máximo de eficácia. Além da unidade no MDX, o Grupo possui ainda unidades no Rio Sul, complexo Barra Shopping, Niterói e está preste a inaugurar a de Botafogo. “Nós estamos avaliando um crescimento ainda maior para rede”, conta Bruno Santos Haddad, Vice-presidente executivo do Grupo. Health ARQ
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Investir em infraestrutura física, no ambiente harmônico e alinhado com os fundamentos da instituição estão entre as prioridades do gestor. “O ambiente tem uma influência muito grande, tanto na percepção da qualidade do tratamento, quanto na condução. O espaço feliz, claro, bem decorado e com paisagismo, ajuda a harmonizar um pouco mais o fluxo do paciente dentro da clínica”, afirma. As unidades COI devem seguir alguns padrões visuais internos, uma vez que estas estão situadas em diversas regiões da cidade. Uma das marcas desta identidade é o padrão de cores que varia entre o vermelho, caqui, grená e tons de bege. “Isso está aplicado aos revestimentos e ao mobiliário especificados, buscando remeter as pessoas as suas casas e não a um estabelecimento de saúde”, conta Flávio Kelner, Sócio-diretor da RAF Arquitetura, responsável pelos projetos. O primeiro COI desenvolvido pela RAF foi o do Centro Médico do complexo Barra Shopping. “A história começa comigo e o Dr. Nelson indo para Tampa, na Flórida, visitar um centro de Oncologia, pois ele queria fazer algo parecido no Rio de Janeiro, porém, com internação. E esta experiência serviu para nós iniciarmos o processo com os ambientes ambulatoriais”. Kelner lembra que, na sequência, foram desenvolvidos o Centro Médico do Rio Sul, depois o do MDX, na Barra da Tijuca, em seguida, o projeto de Botafogo e agora o de Niterói. “Cada um tem seu diferencial. No Centro Médico MDX, por exemplo, a clínica conta com um terraço, no qual foi feito um trabalho diferenciado de paisagismo para que paciente e acompanhante possam interagir com a natureza, contribuindo para a humanização do local. “Além disso, nesta unidade, o COI está ligado a um centro médico, podendo usufruir deste espaço também”, afirma o arquiteto. 60
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Fotos: LMartins Fotografia
Espaço especial
Humanização
Fotos: Novo Ambiente
Unidade de Niterói
A Unidade de Niterói do Grupo COI começou a ser projetada em 2013, as obras aconteceram em 2014 e foram finalizadas no início deste ano. Segundo Kelner, este projeto trouxe um grande desafio aos arquitetos: transformar um prédio comercial em um ambiente para a saúde. “Como o sistema estrutural original não nasceu para ser um Centro de Oncologia, precisamos desenvolver algumas alterações e adaptações para atender qualitativamente a implantação do Centro”. A humanização foi uma das principais preocupações da instituição na hora de encomendar estes projetos, considerando também a qualidade do fluxo de pacientes dentro das clínicas. “O paciente não pode ter uma percepção de ambiente triste. O local para o tratamento de câncer já é mais pesado, então nós temos uma preocupação grande em mantê-lo de forma mais tranquila dentro da instituição”, diz Haddad. E a diretriz foi seguida pela equipe de arquitetos, que propôs bastante luz natural no projeto, acuidade visual, mobiliário colorido e espaços com tratamento acústico, que impede que reverbere o som das pessoas conversando. Existe uma percepção na qual humanizar é criar espaços confortáveis, porém, esta vai muito além disso. “O projeto pode ser muito simples e humanizado, desde que se tenha, na verdade, cuidados no planejamento dos espaços, se entenda as demandas técnicas, e as necessidades do usuário final”, diz Flávio Kelner. No setor de radioterapia, por exemplo, o ambiente foi desenhado de forma que quando o paciente está em tratamento, ele tenha uma paisagem para observar no teto, sentindo-se mais acolhido e bem cuidado. “Essa preocupação com a arquitetura e o visual são muito importantes para o dia a dia do paciente dentro do processo de tratamento”, comenda o Vice-presidente do Health ARQ
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Grupo. Além disso, foram dispostas fotos de Niterói, da praia, e da vista para o Rio de Janeiro, criando um “tema” para a decoração do local. Para facilitar a entrada de luz natural no prédio, a fachada da instituição foi trabalhada em vidro, e no desenvolvimento do layout priorizou-se os ambientes que requerem mais entrada de luz natural voltados para esta fachada, como as áreas de espera, tratamento de fisioterapia e consultórios. O projeto procurou atender ainda os critérios de sustentabilidade. Para isso foram utilizados materiais recicláveis, mobiliário com certificação verde, lâmpadas que não aqueçam tanto o ambiente, etc. O fato do Centro de Tratamento Ambulatorial ser voltado aos pacientes com câncer, orientou a equipe de arquitetura a atender alguns critérios técnicos específicos, como o caso da área de quimioterapia, que possui uma farmácia integrada, além de rígidas normas e legislações. “No caso da radioterapia, por exemplo, você precisa ter um bunker com quase um metro de espessura de paredes em concreto, o que demanda uma previsão de carga estrutural acima do convencional”, finaliza Kelner. 62
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Fotos: Novo Ambiente
Espaço especial
Humanização
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ARQ destaque
Projeto de destaque Complexo Industrial
Complexo B. Braun, no Rio de Janeiro, conta com espaรงos humanizados, sustentรกveis e de alta tecnologia
Perspectiva Medical 66
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ocalizado em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, o complexo B. Braun destaca-se entre as grandes construções realizadas para empresas que atuam no setor da saúde. Isso porque o projeto do complexo industrial apresenta características que unem cuidado e qualidade. Por exemplo o fato de todos os edifícios das áreas logística, medical e corporativa estarem em estrutura metálica, valorizando a montagem e rapidez de execução e atendendo a urgência de cada fase de obras. Outro fato que merece destaque neste processo é a total estanqueidade de pó e resíduos com controle de temperatura, em toda a área de produção classificada como área limpa, e o processo praticamente robotizado. Esses e outros fatores levaram o escritório que desenvolveu o projeto, a Zanettini Arquitetura a vencer um concurso ligado à arquitetura em agosto de 2010. No Brasil, o grupo B. Braun, que atua em mais de 50 países no mundo, conta com um portfólio extenso, atuando nas áreas de terapias de infusão, hidratação, reposição volêmica, anestesia, nutrição enteral e parenteral, e controle de infecção e incontinência, além de material cirúrgico e equipamentos de substituição renal e para home care. “A planta industrial no Ciesg representa um divisor de águas para o Grupo no Brasil. O novo parque permitirá a ampliação da nossa fabricação de equipos (conjunto de acessórios para terapias de infusão) e todas as instalações serão conduzidas conforme as premissas de construção sustentável do Green Building Council. Nosso objetivo é ter o primeiro parque industrial do mercado de saúde com certificação padrão ouro do LEED (Leadership in Energy and Environmental Design)”, garante Otto Philipp Braun, Diretor-presidente.
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Complexo Industrial
ARQ destaque O Complexo B. Braun é formado por diferentes edificações divididas em área industrial e área administrativa. A área industrial possui 124 mil m² e a administrativa 74 mil m². O local é um importante polo industrial no Brasil, compatível com a reconhecida excelência que a empresa possui em todo mundo em sua atuação na área médica–hospitalar. Para as atividades de logística, foi montado, em estrutura metálica, um projeto de 18.593m² em um bloco único, parte com área de estocagem, com 13.212m², e parte em duas faces em toda a sua extensão, com dois mezaninos de 2.690m² cada. Toda essa área é climatizada por se tratar de produtos farmacêuticos com pisos, painéis e forros compatíveis. Ambos os prédios atendem à política da empresa e seguem as recomendações para o zoneamento e fases de “Central Ware House” para a área de produção. Além da política “Clean-Desk” no planejamento e urbanização do espaço corporativo com o “Concept Office 2012”. “A ocupação de cada área sintetizou com clareza e harmonia o zoneamento de cada site e suas fases, desde a etapa inicial, até implantação total”, conta o arquiteto responsável pelo 68
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Vista Aérea do Complexo B. Braun
Vista do Edifício Administrativo
Vista do Edifício Medical
projeto, Siegbert Zanettini. Há ainda a área medical, com 28,291m², constituída por um bloco inicial de produção com previsão para expansão futura, ocupando a área frontal do terreno. Nesta área medical situam-se ainda laboratórios de controle de qualidade, engenharia industrial, refeitórios, vestiários, área de descanso, de visitantes e de serviço médico. O prédio possui uma parte frontal de circulação coberta envidraçada, que percorre todo o bloco de produção, com uma visão completa desta área. Para os espaços de produção (a área medical) foram adotados materiais totalmente estanques para a sala limpa: paredes e forros com painéis sanduíche metálicos com isolamento em policarbonato e piso de revestimento uretânico com alta resistência mecânica. O projeto foi iniciado pela Área Logística, entregue em dezembro de 2013. “Situamos o local com reserva de espaço no terreno para o crescimento lateral e expansão para um grande espaço posterior contíguo com a instalação de um alto armazém de estocagem automatizada nas 3ª e 4ª fases”, revela Zanettini. Segundo o arquiteto, esta 1ª Fase se completa com a edificação de bloco de inflamáveis externos, ao lado
Plata 1 Pavimento Medical
Implatação Geral - Térreo Medical Health ARQ
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ARQ destaque da central de utilidades, separados dos armazéns pelo grande pátio central de fluxo e estacionamento de carretas e caminhões para entrega de matéria prima, máquinas, componentes e embalagens, também utilizado para a expedição de produtos acabados. Localizado em área próxima, do outro lado da via do loteamento, foi implantado o edifício corporativo com áreas para estacionamento, portaria, cabines de medição e de resíduos a serem construídos futuramente. Esse edifício integra-se a uma paisagem envolvente na cota mais plana e destituída de vegetação
de porte, com o propósito de mantê-la praticamente intocável nas condições naturais de relevo e de cobertura vegetal, garantindo, assim, uma implantação ecologicamente correta com vista para o curso do rio Guaxindiba e a densa mata ciliar que o acompanha em ambas as margens. “Entre os aspectos a serem destacados nesta implantação, está o fato de ter mantido todo o terreno no seu relevo e as cotas de apoio das edificações, assim como toda a vegetação de porte, garantindo um entorno agradável e ambientalmente sustentável”, ressalta. Para Zanettini, esse zo-
neamento criou condições para a solução arquitetônica do edifício, que atende ao programa e as suas fases, além de proporcionar ambientes articulados dentro do conceito de “Concept Office 2010”. O projeto do complexo trabalhou também com critérios de humanização. Isso através de vários aspectos: setorização atendendo o layout de produção com fluxos sequenciais das várias tipologias de produtos com soluções inovadoras, tecnologia de ponta e preocupação sistêmica e integrada do trabalho multidisciplinar de toda a equipe de arquitetos, engenheiros, consultores, segurança no traba-
“A ocupação de cada área sintetizou com clareza e harmonia o zoneamento de cada site e suas fases, desde a etapa inicial, até implantação total” Siegbert Zanettini, arquiteto responsável pelo projeto 70
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lho e acessibilidade. “Essa humanização foi considerada também na especificação dos materiais, equipamentos e mobiliário com boa ergonomia, utilização de cores adequadas nos ambientes propiciando segurança, conforto e bem-estar aos usuários que trabalham e visitam o complexo”, lembra Zanettini. Além da humanização, a sustentabilidade também norteou o case, que adotou-a como filosofia na estruturação do projeto global, seguindo alguns conceitos. O primeiro deles foi criar uma obra de arquitetura contemporânea com estruturação projetual holística e sistêmica,
fornecendo total integração de soluções científicas inovadoras através da utilização de tecnologias limpas e redução de resíduos e desperdícios. Outro conceito foi o trabalho multidisciplinar e integrado entre todas as disciplinas envolvidas no projeto, com arquitetura articulando e compatibilizando com as demais disciplinas desde a fase inicial; e também a utilização de soluções construtivas industrializadas com componentes certificados e de excelência, evoluindo o conceito do canteiro de obras como local de montagem na lógica sequencial de cada sistema. Considerou-se também
o bom desempenho das edificações e instalações ao longo do tempo, garantindo durabilidade, facilidade de operação, manutenção e flexibilidade nas expansões ou mudanças de layout, visando a melhor relação custo-benefício. “Cuidamos ainda para que houvesse fluxos organizados dos sistemas através de pipe-racks, shafts verticais, pisos técnicos, pisos elevados e armários acessíveis para instalações”, salienta o arquiteto. Os espaços de produção (a área medical) foram desenvolvidos com soluções e materiais totalmente estanques: paredes e forros com painéis sanduíches metálicos, com isolamento em
policarbonato e pias de alta resistência mecânica. Tudo feito com a incorporação dos princípios de eco-eficiência e sustentabilidade no tocante à economia de energia, maximização de recursos naturais, entendimento sistêmico de todas as instalações, utilização de tecnologia construtiva limpa, e relação simbiótica com o entorno e com o meio ambiente natural e construído, utilização possível de produtos, equipamentos e materiais certificados visando a máxima pontuação no LEED. Para atender as exigências e a complexidade do processo de produção e armazenamento, foi necessário unir as expertises
da Zanettini Arquitetura na elaboração do projeto de arquitetura, compatibilizados com o Grupo Tessler no gerenciamento; com a empresa Excenge no desenvolvimento integrado dos sistemas de estrutura, instalações elétricas, hidráulicas e eletrônicas, ar condicionado e exaustão, vozes e imagens, etc. Além da Mingrone liminotécnica; QMD esquadrias, Pimenta Associados acessibilidade; Harmonia, acústica; Vidy laboratórios; Espaço Sustentável simulação energética; Proiso, impermeabilização; Arquitetura Nacional na cozinha; H2E comunicação visual; Dias Lagoa paisagismo e Sustentax em certificação.
“O novo parque permitirá a ampliação da nossa fabricação de equipos (conjunto de acessórios para terapias de infusão) e todas as instalações serão conduzidas conforme as premissas de construção sustentável do Green Building Council” Otto Philipp Braun, Diretor-presidente da B. Braun Health ARQ
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Projetos complementares e gerenciamento Além do projeto principal que deu origem ao complexo B. Braun, os projetos complementares também foram de fundamental importância para o sucesso na construção das edificações. Porém, para o bom resultado a gestão da obra teve fundamental importância. “Entre os maiores desafios no processo de gerenciamento esteve o de desenvolver os projetos e planejar a obra de forma a conseguir a da Certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design - Liderança em Energia e Design Ambiental), categoria GOLD, além do atendimento à seguradora FM GLOBAL, que possui requisitos técnicos específicos para este tipo de obra”, conta Théo Silveira, engenheiro da Tessler Engenharia . A qualidade dos serviços executados foi verificada conforme o “Plano de Qualidade de Obra”, estabelecido para o empreendimento com o objetivo de monitorar a qualidade dos materiais recebidos na obra e também dos serviços executados. Foram elaboradas Fichas de Verificação de Serviços e de Materiais para inspeção e acompanhamento in loco da realização e utilização
“Entre os maiores desafios no processo de gerenciamento esteve o de desenvolver os projetos e planejar a obra de forma a conseguir a Certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design - Liderança em Energia e Design Ambiental), categoria GOLD, além do atendimento à seguradora FM GLOBAL, que possui requisitos técnicos específicos para este tipo de obra” Théo Silveira, engenheiro da Tessler Engenharia 72
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destes. “Todos os serviços foram acompanhados pela equipe de Engenharia de Obras e pela equipe de Gerenciamento, todos os serviços não conformes, foram registrados através de fichas de “Não Conformidades”, e acompanhados até a sua completa correção”, lembra Silveira. Em todo o processo, uma importante ferramenta foi a tecnologia, através do software de controle de custos e planejamento
que facilitaram o processo de medições e gestão de pagamentos, com emissão de relatórios de obras, suprimentos e acompanhamento de custo do processo.
Sustentabilidade
Como já mencionado, a sustentabilidade do empreendimento foi trabalhada seguindo os conceitos da Certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design - Liderança em Energia e Design Ambiental), categoria GOLD. “A avaliação da Certificação LEED é realizada por meio de pré-requisitos e créditos a serem atendidos nas categorias: sustentabilidade do espaço, racionalização do uso da água, eficiência energética, qualidade ambiental interna, materiais e recursos, inovação e processos de projeto e créditos regionais”, explica o engenheiro da Tessler Engenharia. Com foco na sustentabilidade, os resíduos foram removidos conforme orientações contidas no Plano de Gerenciamento de Resíduos elaborado especificamente para este empreendimento. O gerenciamento dos resíduos teve como objetivo encaminhar para a reciclagem 75% ou mais do “lixo” gerado durante a etapa de obras. Foram contratadas empresas devidamente licenciadas nos órgãos ambientais para realização do transporte e também para o recebimento dos resíduos. “Toda movimentação deste material foi realizado via Manifesto de Resíduos, em conformidade com a legislação estadual DZ-1310 R-7 – Sistema de Manifesto de Resíduos, aprovada pela Deliberação CECA nº 4497, de 03/09/04 e publicado no DORJ de 21/09/04. Além disso, foram beneficiados resíduos de madeira, plásticos, papéis/papelões, resíduos perigosos, resíduos metálicos, entulho e outros”, finaliza Silveira.
Logística da obra A Logística da obra baseou-se no PLAN DO CHECK ACT (PDCA): • Contratação de empresas especializadas para cada serviço: Construção Civil, Instalações Elétricas e Hidráulicas e Instalações de Ar Condicionado • Construção do Canteiro de Obras a fim de organização na entrada de saída de materiais e saída de entulhos • Acompanhamento dos serviços através de cronograma físico-financeiro, cronograma de suprimentos e plano de ataque • Procedimentos, treinamentos e controles de materiais e equipamentos • Organização de Layout, fluxo de pessoas e métodos executivos • Controles e indicadores de desempenho
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Qualidade a cada passo O desenvolvimento do projeto do Complexo B. Braun contou com a mais moderna tecnologia e com bases sólidas de engenharia nas soluções empregadas. Nas estruturas metálicas, por exemplo, foram utilizadas ferramentas de modelagem e simulação computacional de última geração, conferindo aos serviços um elevado grau de confiabilidade e precisão. “Contribuímos com a formulação e otimização dos conceitos estruturais empregados, com o desenvolvimento do projeto e na implementação de soluções industrializadas, promovendo, como consequência, redução nos custos e maior agilidade nos processos construtivos”, conta Luis Carlos Xavier, Diretor da Excenge - Excelência em Engenharia. Segundo Xavier, tudo foi feito de forma integrada para estimular e viabilizar a prática da colaboração nas etapas sequenciais de um projeto. “O projeto multidisciplinar integrado reduz os esforços de gestão das interfaces interdisciplinares entre empresas distintas, aumenta o nível de confiabilidade das informações, resultando em redução do tempo de elaboração da documentação, melhor controle de custos e gestão do orçamento”, explica. O Diretor acredita que concentrar projetos de diversas disciplinas 74
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sob a responsabilidade de uma única empresa, desde que devidamente qualificada para tal, aumenta a perspectiva de que as metas do projeto, incluindo cronograma, custos de ciclo de vida, qualidade e sustentabilidade, sejam alcançados. A avançada base tecnológica que suporta os processos de projeto é uma grande aliada. A empresa emprega em seus trabalhos a tecnologia BIM (Building Information Modeling) – projeto em 3D, com objetos e entidades gráficas associadas a bases de dados de especificações, características de performance, dados operacionais, entre outras. Esta tecnologia ajuda a empresa a exceder às exigências cada vez maiores dos clientes ao facilitar e integrar os esforços colaborativos de proprietários, arquitetos e engenheiros envolvidos nos projetos
Expertise
de qualquer empreendimento. O modelo BIM, desenvolvido na fase de projeto, pode ser entendido como “a construção virtual do empreendimento”, o que viabiliza a antecipação e eliminação de interferências e outros problemas que, no processo convencional de projeto, poderiam vir a ser identificados apenas durante as obras. O impacto financeiro do uso dessa tecnologia é bastante significativo, considerando a economia obtida pela eliminação de retrabalhos, adaptações de campo e eventuais paralisações de serviços. Como o modelo BIM não é apenas uma representação tridimensional do edifício, mas sim um repositório de informações de todo o empreendimento, o valor do BIM para os proprietários transcende a fase de projeto. Sua integração aos processos relacionados à gestão dos demais ciclos da vida (construção, ocupação, operação e manutenção) proporciona ganhos ainda mais expressivos, sendo possível, por exemplo, integrar a gestão das instalações (FM) às funcionalidades proporcionadas pelo modelo BIM, sejam estas provenientes do modelo geométrico ou da base de dados que contêm todas as características e dados da totalidade de seus elementos.
A Excenge - Excelência em Engenharia tem como vocação e expertise o desenvolvimento de projetos multidisciplinares de engenharia nos segmentos industrial, predial e de infraestrutura, com atuação em mercados com características tão distintas e desafiadoras como o Brasil, Angola e, mais recentemente, o Paraguai, onde realiza os primeiros negócios. A empresa desenvolve projetos integrados multidisciplinares nas seguintes especialidades: terraplenagem, drenagem e pavimentação, fundações e superestruturas metálicas e de concreto, instalações prediais e industriais eletromecânicas, de utilidades, de combate a incêndios, de automação e de HVAC. “Nossa estrutura leva em conta o emprego de recursos materiais e talentos humanos de elevado nível de qualificação, disponibilizando aos clientes o melhor dos esforços e experiências, no conteúdo e tempo em que se fizerem necessários, com o máximo de eficácia e flexibilidade”, afirma Luis Carlos Xavier, Diretor da empresa. Desenvolver parcerias, antecipar e suprir necessidades, preferencialmente superando expectativas dos clientes, são elementos indissociáveis da cultura empresarial da Excenge, como sustentáculos de uma estratégia de fidelização e de reconhecimento da marca no segmento da Engenharia Consultiva.
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“As ferramentas utilizadas em todas as disciplinas do projeto são as soluções BIM da Autodesk, contidas nas Suítes de Infraestrutura (Infrastructure Design Suite), Edificações (Building Design Suite) e Plantas Industriais (Plant Design Suite)”, revela. Os softwares Autodesk BIM promovem um método avançado de trabalho colaborativo, usando um modelo criado a partir de informações coordenadas e consistentes. O processo viabiliza a tomada de decisões nas etapas de desenvolvimento do projeto, a produção de documentação de melhor qualidade e a avaliação de alternativas para o projeto sustentável, a compatibilização interdisciplinar e a adoção de melhorias, permitindo análises e simulações altamente qualificadas, antes do início da construção. “O projeto desenvolvido para a B. Braun está colhendo os benefícios do uso dessas ferramentas integradas, que agregam grande valor e eficácia às atividades de projeto, modelagem e análise, potencializando o verdadeiro e insubstituível papel do homem, que é o processo criativo”, acredita Xavier. A primeira etapa do complexo, composta pelo Armazém de Lo76
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gística, Armazém de Inflamáveis, Central de Utilidades, Portaria e Sistema Viário do empreendimento encontra-se com a construção concluída e em fase de pré-operação. A próxima etapa de implantação, que contempla a Unidade Fabril, a ampliação do Armazém de Inflamáveis, da Portaria e da Central de Utilidades, está, atualmente, na fase de desenvolvimento do Projeto Executivo.
Cuidado ambiental
As principais expectativas da B. BRAUN, em razão da natureza e especificidades dos usos das edificações, estavam focadas na solidez da engenharia básica e na proposição de soluções inovadoras, que desafiassem os paradigmas para os sistemas e instalações previstos, privilegiando o desempenho energético e o
comprometimento com os requisitos de sustentabilidade inerentes à Certificação LEED pretendida, que é a categoria Ouro. Nesse contexto, destaca-se o sistema de HVAC, cuja concepção maximiza o potencial de racionalização do uso de energia, por meio de estratégias como o controle entálpico na utilização do ar de retorno e/ou do ar exterior no armazém, o aumento dos diferenciais de temperatura da água gelada, uso de chillers em série, a eliminação de resistências para reaquecimento de ar, o uso de roda entálpica no tratamento de ar exterior da área de produção, entre outras. “Foram também projetados sistemas de captação e reuso de águas pluviais das coberturas das edificações, medidas para racionalização do consumo de água potável, sistemas de aquecimento solar, onde aplicáveis, estando também previstas soluções para recuperação da energia consumida nos compressores de ar dos processos de produção”, revela o Diretor da Excenge.
“O projeto multidisciplinar integrado reduz os esforços de gestão das interfaces interdisciplinares entre empresas distintas, aumenta o nível de confiabilidade das informações, resultando em redução do tempo de elaboração da documentação, melhor controle de custos e gestão do orçamento” Luis Carlos Xavier, Diretor da Excenge - Excelência em Engenharia
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Investimento, capacidade, humanização e tecnologia Hospital Sírio-Libanês inaugura novas torres e marca o projeto de expansão da instituição
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o dia 23 de abril, o Hospital Sírio-Libanês inaugurou suas novas torres, localizadas no bairro da Bela Vista em São Paulo. Além de duplicar a capacidade da instituição, os novos prédios marcam o projeto de expansão da instituição. A construção das novas torres teve início em 2009, com investimento de, aproximadamente, 1,9 bilhão de reais, que também inclui a modernização e ampliação de estruturas já existentes, como o Ponto Atendimento, e o Centro de Diagnósticos. Além da abertura de unidades externas, duas delas em São Paulo: Itaim e Jardins e mais duas em Brasília, dedicadas à oncologia clínica e radioterapia. Segundo Gonzalo Vecina Neto, Superintendente do Hospital Sírio-Libanês, as reformas e ampliações estão transformando a instituição em um hospital contemporâneo. “Este complexo, com 85 mil m² e modernos sistemas de geração de energia elétrica para contingencias, de ar-condicionado, de tratamento de esgoto para o reaproveitamento de água e menor utilização de carga elétrica é um edifício ambientalmente correto, que atualizou o restante dos edifícios também”, afirma. Health ARQ
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Expansão
De acordo com o Superintendente, toda a parte de infraestrutura foi transferida também para os outros prédios do Sírio-Libanês. “Nós fizemos uma grande mudança no parque hospitalar do ponto de vista destes aportes logísticos que o hospital precisa para funcionar. Além disso, na nova torre, há uma atualização do espaço de conforto do paciente”. Com essa expansão, o hospital passará de 352 para 650 leitos, em uma área construída com aproximadamente 166 mil m². “Esta é uma edificação extremamente complexa sobre todos os aspectos. Com isso, a obra realizada tornou-se ímpar, tanto pelo seu tamanho, quanto por ter sido realizada com o hospital em funcionamento”, diz Antonio Carlos Cascão, Superintendente de Engenharia e Obras do Hospital Sírio-Libanês.
“Esta é uma edificação extremamente complexa sobre todos os aspectos. Com isso, a obra realizada tornou-se ímpar, tanto pelo seu tamanho, quanto por ter sido realizada com o hospital em funcionamento” Antonio Carlos Cascão, Superintendente de Engenharia e Obras do Hospital Sírio-Libanês
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“Este complexo, com 85 mil m² e modernos sistemas de geração de energia elétrica para contingências, de ar-condicionado, de tratamento de esgoto para o reaproveitamento de água e menor utilização de carga elétrica é um edifício ambientalmente correto, que atualizou o restante dos edifícios também” Gonzalo Vecina Neto, Superintendente do Hospital Sírio-Libanês
Segundo Cascão, outro ponto que denotou dificuldade ao processo foi a logística de implantação da obra, pois com as restrições que existem no município de São Paulo, em relação a circulação de veículos de grande porte, foi preciso trabalhar de modo planejado para abastecer a obra. “Conciliar isso com os interesses dos vizinhos, para causar o menor impacto possível na vizinhança, trazendo materiais e abastecendo durante a noite, sem dúvida necessitou de um bom gerenciamento”.
Novo acesso
Além das novas torres como um todo, o novo acesso ao hospital também merece destaque, pois criou a interligação do novo prédio (bloco G) com a edificação já existente. Para o sucesso da construção, o trabalho conjunto foi fundamental, a começar pela compatibilização dos projetos de engenharia e arquitetura. “Tudo precisava estar amarrado e Health ARQ
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Expansão
dentro da mesma logística, pois, como todos já sabem, executar uma obra com um hospital em funcionamento não é fácil, ainda mais naquela região e com as restrições que tínhamos. Precisamos adequar as tarefas e os horários, além de realizar isolamento e contar com as limpezas constantes”, comenta Celso Moura, Diretor da Certek Construtora, também responsável pela obra. Outra dificuldade que precisou ser vencida foi o transporte vertical dos materiais e pessoas. Para que a pavimentação não atrapalhasse o dia a dia da instituição, a empresa agendou junto ao hospital o melhor dia e horário para que a execução não gerasse transtornos à rotina. “Para garantir a segurança dos usuários, fizemos o isolamento com tapumes metálicos”, completa.
Atendimento à Dengue Com a epidemia de Dengue se alastrando em São Paulo, a sala de atendimento à Dengue do hospital também passou por obras. Foram reformados e adequados os dois ambientes existentes no local. O processo, dividido em duas etapas, precisou ser executado sem interferir nas atividades normais da instituição, para isso foi criado um isolamento no ambiente de obra. 82
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Tecnologia e Segurança
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O investimento do Hospital Sírio-Libanês em sua infraestrutura engloba também a tecnologia e a segurança dos pacientes. Para garantir esta segurança, a instituição investiu na mais moderna tecnologia em sistemas IT-médico com sistema de localização de falhas/defeitos de forma automática e interligada ao supervisório do hospital. “O trabalho integrou a interligação dos sistemas existentes anteriormente no hospital com os sistemas IT-médicos atuais das torres novas. Ou seja, todos os sistemas estão monitorados/visualizados no supervisório criado em linguagem ModBus/TCP. O desafio foi vencido com muito trabalho desde a análise prévia da venda até o pós-venda/comissionamento”, conta o engenheiro Sérgio Castellari, Diretor da RDI Bender . A tecnologia em IT-médico instalada nas novas torres possui localização de falhas fixa automática com novos componentes DSIGS427 e localizadores compactos LFFR51, o que gerou a redução de tamanho dos painéis elétricos e otimização de componentes. “Isso agrega maior confiabilidade e agilidade para a engenharia. Outro ponto foi a interligação de todos os dados e alarmes com o sistema supervisório do hospital em linguagem Modbus/TCP”, afirma o engenheiro. A ligação com a central de alarmes através de um sistema de dados gera mais segurança aos pacientes, pois a informação é transmitida de forma ágil e segura, reduzindo o tempo entre a transmissão de informação, localização e eliminação do defeito. “Este assunto é um ponto extremamente importante, pois a complexidade e tamanho do projeto geram automaticamente um volume de dados/alarmes muito grande, no qual fica muito complexo o trabalho de receber as informações e consequente procura de defeitos”. 84
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Espaço
Um projeto de instalações elétricas em estabelecimentos assistências de saúde deve ter o cuidado de prever espaços físicos em pisos técnicos para os transformadores de separação. Além disso, precisa prever espaços para os quadros elétricos e anunciadores de alarme. “O projeto elétrico deve prever os detalhes do sistema IT-médico em acordo com a NBR5410 e NBR13534, bem como um memorial detalhado dos componentes do sistema IT-médico com as devidas exigências normativas dos componentes”, explica Castellari. Após as primeiras instalações feitas, a equipe da RDI Bender começou a ministrar treinamentos para todos os turnos da manutenção da instituição. “Este treinamento é de suma importância, pois a manutenção deve saber interpretar os alarmes e efetuar os trabalhos conforme os mesmos. A agilidade em efetuar a localização do problema é importante a segurança do paciente”, conclui.
Equipamento Foram fornecidos 235 sistemas IT-médico que atendem 100% das normas nacionais e internacionais: • DSI- Dispositivo Supervisor de Isolamento em acordo com as normas NBR13534:2008 e IEC61557-8: 2007 + Anexo A, IEC61557-9: 2009. • Localizador de falhas fixo em acordo com as normas: NBR5410: 2005, IEC61557-9: 2009. • Anunciadores de alarme em acordo com as normas NBR13534: 2008. • Transformadores de separação em acordo com as normas NBR13534: 2008 e IEC61557-815: 2013. • Painéis elétricos em acordo com a NBR IEC61439. Estes painéis elétricos fornecidos apresentaram uma solução inovadora para atender os requisitos do projeto em acordo com a LEED.
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Evento
Retrofit Se engana quem pensa que o Hospital Sírio-Linabês investiu apenas na ampliação. Para manter todas as edificações do complexo e alas da instituição em um mesmo padrão de qualidade e estético, o hospital investiu também no retrofit de algumas alas, entre elas, o Centro Cirúrgico, contemplando os Vestiários, Patologia Clínica, Suprimentos, Indução Anestésica, Conforto Médico, Conforto de Enfermagem, Posto de Enfermagem, Câmara Escura, Sala de Equipamentos e Recepção UTI. “A primeira obra que executamos para Hospital Sírio-Libanês foi de retrofit do Centro Cirúrgico. Esta obra foi faseada em várias etapas. Para a execução do projeto, sugerimos reengenharia de execução para agilizar e minimizar os impactos e prazos, além da compatibilização dos projetos de arquitetura, com instalações que minimizassem os prazos”, lembra Kegham Dadian, Diretor da Ararat Engenharia, responsável pelo processo. Segundo Dadian, o processo apresentou algumas dificuldades, a maior delas, operar com o Centro Cirúrgico em funcionamento. “Não podíamos interferir na rotina do hospital. Foi uma obra complexa, porém com planejamento detalhado, a medida que os serviços evoluíam, íamos ganhando mais confiança da equipe dos gestores do Centro Cirúrgico”. Para não interferir na rotina do Centro Cirúrgico, a empresa de engenharia apostou no planejamento e fez uso também de algumas técnicas para diminuição dos ruídos, como isolamento e compartimentação das áreas, o que auxiliava também na preocupação com a contaminação das áreas hospitalares. “Fizemos tudo sem deixar a sustentabilidade de lado. Para isso, separamos todo o material da demolição por tipo, ferro, madeira, vidro e gesso, fazendo o descarte através de empresas devidamente certificadas para reciclagem. Alguns materiais, como as luminárias, eram entregues à manutenção do hospital, que as reutilizava nos reparos e concertos”. Outra preocupação durante este retrofit esteve ligada à segurança na transitação dos pacientes. Para garantí-la, além dos isolamentos dos setores estanques, foram sinalizados os fluxos de entrada e saída, além da comunicação constante mantida entre a equipe de obras e as áreas envolvidas no processo. “A parceria com os gestores foi extremamente importante para isso. Eles contribuíram com informações que fizeram com que interferíssemos o mínimo possível nas áreas adjacentes”, finaliza Dadian. 86
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“Fizemos tudo sem deixar a sustentabilidade de lado. Para isso, separamos todo o material da demolição por tipo, ferro, madeira, vidro e gesso; fazendo o descarte através de empresas devidamente certificadas para reciclagem. Alguns materiais, como as luminárias, eram entregues a manutenção do hospital, que as reutilizava nos reparos e concertos” - Kegham Dadian, Diretor da Ararat Engenharia
Informe Publicitário
Inovação em matéria-prima Don Artesano investe no desenvolvimento de peças em Corian
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oltada para o mercado de acabamentos, a Don Artesano trabalha com a manipulação de materiais sólidos. A história da empresa que, desde 2000, investe em Corian, hoje seu produto principal, começa no segmento de marcenaria, em uma empresa familiar com tradição de criar móveis exclusivos e feitos sob medida. “Foi assim que construímos nosso nome no mercado e nos preparamos para um dia poder explorar todo o potencial do Corian como produto de acabamento refinado”, diz Pedro Solares, Diretor da Don Artesano. Hoje, a empresa se destaca no mercado como pro-
cessador premium de Corian. “Este material, por ser constituído de acrílico e minerais naturais, apresenta a elegância da pedra e a versatilidade da madeira. E é nessa hora que conta a experiência de Don Artesano adquirida no período em que investia na criação de peças únicas”, salienta. O produto atende aos mais ousados projetos. Isso porque permite inovação em decoração e design, uma vez que pode ser submetido à termomoldagem, ganhando formas criativas ilimitadas. “Além disso, o material tem ganhado espaço também nas instituições de saúde, uma vez que facilita a limpeza, a desinfecção e descontaminação,
reduzindo os riscos de contaminação cruzada, que podem levar à disseminação de infecções hospitalares”. Trata-se de uma superfície sólida e não porosa, que não permite a proliferação de micróbios quando devidamente limpa. Suas emendas são imperceptíveis, possibilitando uma superfície contínua e homogênea. “A Don Artesano vem consolidando sua atuação como processador premium junto a clínicas médicas, hospitais, consultórios, maternidades e laboratórios. Nossa equipe bem treinada e motivada vence sempre novos desafios ao dar forma aos projetos mais arrojados e comple-
xos”, garante Solares. Entre as instituições de saúde para as quais a empresa já desenvolveu peças em Corian estão o Americas Medical City, o Hospital Samaritano, Hospital do Cérebro, Hospital Pró-Cardíaco, Hospital São Lucas, entre outros. “Em todos os trabalhos que se envolveu, a Don Artesano mostrou sua capacidade para executar projetos diferenciados, que exigiam precisão, habilidade e boa dose de ousadia. Hoje, somos referência em obras dos mais variados tamanhos, que precisam de um toque de arte e da garantia de perfeição em cada detalhe que envolve uma peça em Corian”, finaliza Solares.
Encontro
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Fórum de Palestras Evento reúne profissionais renomados para discutir as novas ferramentas para a sustentabilidade
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o dia 19 de março, importantes nomes da arquitetura reuniram-se, em Ribeirão Preto, no 4º Fórum de Palestras, maior encontro de profissionais e estudantes de arquitetura e design da região. O tema que norteou as apresentações e discussões foi as novas ferramentas para a sustentabilidade em design, arquitetura e paisagismo. “O intuito é despertar a consciência sustentável nos profissionais e mostrar que é possível desenvolver boas práticas na hora de construir sem alto custo. Essa é a nova realidade de todo o mundo e precisamos utilizar essas ferramentas para garantir um futuro melhor a todos”, explica Elaine Criscuolo, Presidente do Clube Mais e uma das organizadoras do encontro. O evento, promovido pelo Clube Mais, grupo formado por empresas de Arquitetura, Engenharia e Design da cidade, contou com a presença de Hugo França, Ricardo Julião, Ricardo Cardim e Lair Reis. Julião, que atua também na área da saúde com projetos em grandes instituição de São Paulo, como os Hospitais Samaritano, Santa Helena, Sírio-Libanês, A.C. Camargo, entre outros, declarou em entrevista à HealthARQ que implantar medidas sustentáveis em uma obra acresce seu valor entre 5% e 15%, por isso ainda existe alguma dificuldade em con-
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vencer os clientes de que vale a pena investir em uma construção verde. No caso das instituições hospitalares, o arquiteto considera que, em muitos casos, a verba restrita para a construção pesa na escolha sustentável, mas que tem conseguido disseminar a sustentabilidade em seus projetos. “A reutilização de água, por exemplo, é sempre um bom argumento, pois além de preservar a água, haverá uma redução no consumo e, consequentemente, na conta”, reforça. Já Hugo França, conhecido por suas esculturas mobiliárias de natureza monumental, acredita que tudo pode ser pensado de uma maneira sustentável. “Nós precisamos pensar em causar menos impacto ao nosso
“Nós precisamos pensar em causar menos impacto ao nosso ecossistema. A partir do instante que você enxerga que as coisas podem estar mais em harmonia, você encontra a saída. A criatividade talvez seja a mais importante ferramenta neste processo”- Hugo França
ecossistema. A partir do instante que você enxerga que as coisas podem estar mais em harmonia, você encontra a saída. A criatividade talvez seja a mais importante ferramenta neste processo”. Para Julião, a sustentabilidade e a humanização são fundamentos que estão ligados na construção, por exemplo, em uma fachada exposta ao sol, na qual é possível implantar paisagismo, em que as árvores sombrearão a fachada e darão ainda sensação de bem-estar aos usuários. Para garantir a aplicação das medidas sustentáveis nas edificações,
“A reutilização de água, por exemplo, é sempre um bom argumento, pois além de preservar a água, haverá uma redução no consumo e, consequentemente, na conta” - Ricardo Julião
duas certificações têm ganhado espaço no Brasil, a LEED (americana) e a AQUA (francesa). “A LEED é a mais pragmática que existe, mas apesar de ser bastante exigente, é possível enquadrar-se, nem que seja no seu nível mais baixo, que ainda assim, será bastante honroso”, finaliza. Health ARQ
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Evento
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Turku, na Finlândia
Encontro de renomes Congresso na Europa reúne importantes nomes da arquitetura e engenharia mundial
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os dias 3 e 4 de junho, será realizado na Finlândia, o Congresso Europeu de Engenharia Hospitalar. Organizado a cada dois anos, o Congresso é realizado pela IFHE Europa, Federação Internacional de Engenharia Hospitalar, que compreende mais de trinta associações do setor de todos os continentes. “A IFHE Europa foi fundada em 2005, em Estrasburgo, e une as associações de doze países: Bélgica, Alemanha, Finlândia, França, Reino Unido, Países Baixos, Áustria, Noruega, Itália, Portugal, Suíça e Espanha”, conta Juha Rantasalo, Presidente da Associação de Engenharia Hospitalar da Finlândia (AFHE) e da Federação Internacional de Engenharia Hospitalar na 90
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Europa (IFHE-Europe), além de Diretor Técnico do Hospital Tu Verst. Essa será a primeira vez que o congresso ocorrerá na Finlândia, em Turku. “Nossa expectativa é receber o dobro de pessoas que participaram do último congresso, esperamos, entre ouvintes, expositores e palestrantes, cerca de 500 participantes”, diz Rantasalo. Na área voltada para exposição, have-
rá empresas de diferentes setores, como equipamentos médicos, ar-condicionado, desinfecção, telecomunicações, elevadores, sistemas de tubos, sistemas de segurança, sistemas de filtragem de ar, sistemas elétricos, entre outros. Estarão expostas entre 70 e 100 empresas nacionais e internacionais que prestam serviços para hospitais. De acordo com Rantasalo, o principal objetivo do evento é fornecer informações de inovações e experiências, incluindo todos os setores de engenharia hospitalar, segurança, meio-ambiente, arquitetura, engenharia médica e liderança de organizações técnicas. “Nosso tema este ano é: melhor produtividade na área da saúde com o auxílio da tecnologia”. Simultaneamente ao Congresso Europeu, estará ocorrendo também o Congresso da Associação Hos-
pitalar de Engenharia da Finlândia, que conta com cerca de 420 membros, e também as reuniões do Conselho da IFHE, que contarão com participações de representantes brasileiros, como os membros da ABDEH Márcio Oliveira e Fábio Bitencourt, que fará uma palestra durante o Congresso destacando o tema da segurança do paciente e o conforto ambiental em edifícios hospitalares (Human comfort and patient safety in healthcare: demands, perceptions and solutions), assunto que a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a IFHE têm apresentado e discutido como prioridade internacional. “O encontro das maiores autoridades mundiais nas questões de planejamento, projeto e pesquisa sobre ambientes de saúde acontece durante o Council Committée da Federação Internacional de Engenharia Hospita-
lar (IFHE), portanto, essa é uma oportunidade de organizar conceitos, reconhecer práticas e tendências sobre o futuro, ao mesmo tempo em que pode-se contribuir com a divulgação do cenário atual em nosso País”, reforça Fábio Bitencourt. Na reunião do conselho, que foi estabelecido em 1970, há dois representantes de cada uma das associações que integram o grupo, e tem objetivo administrativo, de como lidar com o orçamento, relatórios de cada associação e algumas tarefas especiais. “Atualmente, a América Latina está com seis países participantes (Argentina, Brasil, Costa Rica, Colômbia, Chile e Uruguai), além do México que está em processo de avaliação e acesso. Temos ainda a Presidente da Federação, a arquiteta argentina Liliana Font e eu, representando o Brasil, como membro do Comitê Executivo”,
conta Bitencourt. Márcio Oliveira, atual Presidente da ABDEH, representará a entidade na ocasião. “Participar deste encontro é bastante importante para a ABDEH, pois estamos ganhando poder de influência, portanto, marcar presença é fundamental. Aproveitaremos a ocasião para fazer um convite, que a próxima reunião do Conselho aconteça no Rio de Janeiro em 2017”, revela. Convidado para integrar um grupo acadêmico dentro da Federação, durante o período na Finlândia Oliveira participará também do primeiro encontro do grupo, que visa a cooperação entre as universidades de diferentes partes do mundo na difusão dos conhecimentos em arquitetura hospitalar. “Já estou em contato com alguns professores do Japão, da Suécia e da Itália, lá teremos a oportunidade de conversar pessoalmente”, finaliza.
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100 Mais Influentes da Saúde
Grupo Mídia homenageia os nomes de destaque no setor da saúde através da revista HealthCare Management (HCM)
Premiação
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elo terceiro ano consecutivo, o Grupo Mídia, através da revista HealthCare Management (HCM), elegeu as pessoas que mais se destacaram no setor da Saúde. Porém, sempre em busca de inovações, este ano o prêmio apresentou algumas novidades: desta vez, o público pode participar, votando nos principais nomes em cada categoria. Mas as mudanças não param por aí. Além da votação aberta, o prêmio ganhou novas categorias com o objetivo de abranger toda a comunidade de saúde, sendo hospitalar, empresas, indústrias, fornecedores, operadoras e outras vertentes. No total, são 20 categorias, com cinco nomes em cada uma delas. A disputa será mais acirrada neste ano. Isso porque, diferentemente das edições anteriores, agora serão colocados, lado a lado, gestores de hospitais, CEO, CIO, CFO de instituições de saúde e empresas. Renomados profissionais de arquitetura e engenharia foram eleitos em
quatro diferentes categorias, Infraestrutura de Engenharia: Salim Lamha Neto, Flávio Kelner, Robson Szigethy e Lauro Miquelin, Antonio Carlos Cascão; Projeto de Humanização: Moema Wertheimer, Sérgio Reis e Teresa Gouveia; Sustentabilidade: Siegbert Zanettini, Gizele Ivanoff e Arthur Brito, e Provedor de Serviços: Ricardo Bender. Conheça um pouco mais sobre o trabalho desenvolvido pelos eleitos no último ano:
Infraestrutura de Engenharia Salim Lamha Neto Ainda que em 2014 a queda da atividade econômica no Brasil já desse seus primeiros sinais, Salim Lamha Neto, Presidente da MHA Engenharia, conseguiu obter naquele ano mais de 70% do faturamento de clientes que já haviam trabalhado com a MHA. “São clientes que estão conosco há 20, 30 anos. Isso confirma a satisfação de nosso público.” Entre os projetos de destaque realizados no ano passado, estão a ampliação dos hospitais Sírio -Libanês, Alemão Oswaldo Cruz, e os novos como o Hospital das Américas, Hospital de Parelheiros e o Hospital de Brasilândia. Para 2015, Lamha afirma que haverá um investimento contínuo em treinamento da equipe, que hoje conta com mais de 300 profissionais.
Flávio Kelner A RAF Arquitetura completou 25 anos de atuação e, sob a liderança de Flávio Kelner, a empresa vem consolidando sua marca no cenário nacional. No último ano, sua gestão empenhou-se na implementação de um sistema de gestão em busca do aprimoramento na qualidade dos serviços em todo o processo do projeto arquitetônico, tanto na área técnica, como também no relacionamento com os clientes. Outro grande marco de Kelner foi expandir a empresa para todo o Brasil, tendo como pontapé inicial um novo escritório em São Paulo. Destaca-se também sua atuação em importantes projetos como no Instituto Nacional do Câncer (Inca), e em unidades da Rede D´Or. 92
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Robson Szigethy Diretor-executivo do Grupo Amil/United Health Group, Robson Szigethy possui 20 anos de experiência no segmento de engenharia e arquitetura da Saúde. No último ano, seu maior desafio foi a conclusão da construção do Americas Medical City, no Rio de Janeiro, um dos maiores e mais avançados complexos médico-hospitalares da América Latina. Também se destaca em sua gestão o início da utilização da ferramenta BIM e a evolução nos controles de gestão dos projetos e construções em andamento. Para 2015, Szigethy tem como grande desafio a finalização da construção do Hospital TotalCor, em São Paulo, que está em fase de certificação pelo Green Building Council.
Lauro Miquelin Com um olhar focado no paciente e outro na equipe multidisciplinar, a gestão de Lauro Miquelin, Fundador e Diretor da L+M, no último ano, criou bases sólidas em todo o Brasil e América Latina. “Sempre pensamos de forma macro, ou seja, em tudo o que é possível para oferecer um espaço acolhedor em ambientes de saúde. Ou seja, pensar nas diversas maneiras de aproximar as pessoas, imprimindo cada vez mais o trato humanizado, que é o DNA da promoção à saúde”, ressalta. Para seguir tal estratégia, sua gestão vem investindo, cada vez mais, em pessoas, formando uma equipe formada por médicos, técnicos, arquitetos, engenheiros, enfermeiros, administradores.
Antônio Carlos Cascão A conclusão das obras de expansão do Hospital Sírio-Libanês e a ocupação simultânea das novas instalações foram as grandes conquistas de Antônio Carlos Cascão, Superintendente de Engenharia e Obras da instituição. Vale destacar também a implantação de uma série de projetos que integram a gestão ambiental às atividades do hospital, como a conclusão da implantação das Estações de Tratamento de Esgoto e de Tratamento de Água. “Para 2015 e 2016, os maiores desafios serão garantir que a operação dos novos edifícios ocorra de forma integrada, e em conformidade com as especificações. Também vamos implantar novas tecnologias nas áreas existentes de forma a adequá-las ao estado da arte das novas torres.” Health ARQ
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Projetos de humanização
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Moema Wertheimer Em 2014, Moema Wertheimer, Diretora da MW Arquitetura, conseguiu abranger, significativamente, o trabalho do escritório em projetos na área da saúde. Entre os cases assinados por Moema estão projetos no Hospital Samaritano (SP), Hospital e Maternidade São Luiz e no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A perspectiva para 2015 é colocar em prática todo o trabalho de 2014, que foi o de buscar projetos desafiadores no segmento da saúde. “Este será o ano dos resultados, o ano da concretização de todo o trabalho feito ao longo de 2014.”
Sérgio Reis Arquiteto formado pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, Sérgio Reis traz em seu portfólio pessoal mais de 200 projetos específicos na saúde. São cases que envolvem desde a reestruturação de hospitais até a concepção de complexos hospitalares. Na direção da Emed Arquitetura Hospitalar, Reis ampliou a participação do escritório em novos projetos junto ao sistema Unimed, além de consolidar a atividade como gerenciadora de obras em empreendimentos de grande importância para o mercado da saúde no Brasil. “Manter nossa empresa alinhada aos interesses do mercado, encantar nossos clientes e aprimorar, sempre, os processos e parcerias estratégicas são meus grandes desafios”, ressalta.
Teresa Gouveia Em 2014, a arquiteta Teresa Gouveia conseguiu entregar 33 mil metros quadrados de projetos pontualmente, e registrar um crescimento de 18% em comparação com 2013. Também no ano passado, seu escritório comemorou 10 anos de atuação no mercado, assumindo importantes projetos na saúde. São cases para setores específicos, como hemodiálise, hemodinâmica, centro de diagnóstico por imagem, centros cirúrgicos, UTI, ortopedia, pronto atendimento, além de áreas de apoio e laboratórios. “Este ano, sem dúvida, o desafio será crescer. Apesar do cenário político atual, continuaremos firmes neste propósito e vamos nos empenhar para conquistar novos mercados”, ressalta. 94
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Sustentabilidade Siegbert Zanettini Esse foi mais um ano repleto de vitórias e conquistas para o arquiteto Siegbert Zanettini. Entre elas estão a inauguração o Hospital Moriah, retrofit de um antigo edifício que resultou em um design marcante; novas alas no Hospital Mater Dei; projeto com estrutura metálica, fachadas unitizadas, divisórias em drywall e lajes steel deck. Além disso, Zanettini se dedicou também no projeto do Complexo B.Braun; do Grupo Fleury; e do novo bloco do Hospital São Camilo Pompeia. Seus próximos desafios são o Plano Diretor e projeto do Hospital Santa Julia, em Manaus; o projeto para o Hospital Bandeirantes utilizando o conceito Fast Track; e o projeto de uma nova unidade do Hospital Mater Dei em Betim. Arthur Brito Em 2014, a gestão de Arthur Brito, Diretor-executivo da Kahn do Brasil, ampliou a capacidade de calcular o consumo de água e energia dos projetos hospitalares através do Performance-Based Design (projetos baseados em desempenho). Assim, os gestores passam a conhecer os efeitos das decisões de projeto no Custeio do Ciclo de Vida do Edifício, resultando em economias para os hospitais. Com um planejamento estratégico integrado, instrumentos de avaliação de cenários não lineares, como Design Thinking e Innovation Hub, sua gestão vem produzindo planos diretores e projetos preparados para os novos modelos de financiamento em saúde, as tecnologias disruptivas e os desafios regulamentares.
Provedor de Serviços
Gizele Ivanoff Em 2014, Gizele Ivanoff, Gerente de Engenharia do Hospital Samaritano (SP), conseguiu engajar toda a equipe e conscientizá-la quanto à importância da sustentabilidade e do consumo consciente dos recursos hídricos. “O estímulo do grupo na busca de resultados através de projetos simples, inovadores e de aplicação imediata nos motivaram na busca pela redução do consumo.” Gizele também participou de todas as fases do retrofit de 150 leitos do hospital - desde o início, na definição dos padrões, contratações de fornecedores, execução dentro dos custos e cronograma estabelecidos. Seu grande desafio para 2015 será a busca pela autossuficiência no abastecimento de água no hospital.
Ricardo Bender Ricardo Bender se destaca à frente da RDI Bender, empresa precursora no mercado da saúde em sistemas de IT-médico. O executivo consolidou a empresa no mercado hospitalar, e seu desafio é continuar nessa crescente. Destaca-se também em sua gestão o lançamento da nova tecnologia do sistema IT-médico com localização de falhas fixa automática com novos componentes DSIGS427 e localizadores compactos LFFR51, o que gera a redução de tamanho dos painéis elétricos e otimização de componentes, proporcionando maior confiabilidade e agilidade para a engenharia. Este sistema foi instalado nas novas torres do Hospital Sírio-Libanês. Health ARQ
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Tendências para o setor
Feira gera R$600 milhões para o setor construtivo Feicon Batimat reúne 118 mil visitantes qualificados em São Paulo
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ealizada entre 10 e 14 de maio, a 21ª edição da Feicon Batimat - Salão Internacional da Construção e maior vitrine do setor na América Latina, reuniu, aproximadamente, 118 mil visitantes, gerando negócios em torno de R$600 milhões, segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção (Anamaco), superando as expectativas. Estiveram presentes duas mil marcas nacionais e internacionais distribuídas em uma área de 85 mil m². Organizado pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, o evento apresentou, ao longo dos cinco dias, novidades e soluções para o setor construtivo. Participaram do Salão mais de 25 países. “Ficamos muito satisfeitos com a edição deste ano. Além de mostrar soluções práticas e baratas para a economia de água e energia, também foram lançadas novidades que farão a diferença para os profissionais do setor. O diferencial do Salão está em trazer para o Anhembi profissionais qualificados interessados em fechar negócios. “Tivemos cerca de 118 mil visitantes e podemos dizer que grande parte a fim de firmar parcerias e iniciar negócios”, avaliou Liliane Bortoluci, Diretora do evento. Estima-se que 57% dos visitantes do salão estão interessados em fechar negócios. O público é formado por 27% de sócios-proprietários, 19% de diretores e 11% por gerentes. Os outros 43% são técnicos, autônomos, assistentes, coordenadores, supervisores, entre outros. A maioria, 79% são da região Sudeste e 8,65% da Região Sul. “A participação no evento foi positi-
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va, com muita demanda do público por soluções de eficiência energética e de geração de economia de água. Tivemos grande procura em nosso estande, pois contamos com tecnologias e produtos para atender estas necessidades, que atualmente têm sido destaque e despertam o interesse dos visitantes da feira”, diz Rafael Campos, Vice -presidente de vendas da Bosch Termotecnologia. Representantes de 31 países compareceram ao Salão em busca de novidades e novos mercados. A maioria presente era da América do Sul, de países, como Paraguai, Uruguai, Bolívia e Argentina. Também vieram visitantes dos Estados Unidos, Itália, Venezuela, Portugal, Chile, Peru, China, entre outros. “Isso mostra que a Feicon Batimat desperta a atenção de outros países, graças ao grande volume de negócios que são fechados. Isso é uma grande conquista”, opinou Liliane.
Destaques
Pensando em apresentar grandes soluções aos visitantes, a 21ª edição da Feicon Batimat teve vários destaques, entre eles, a Ilha Sustentabilidade Água, a Casa Cerâmica, a TV SindusCon, o projeto Madeira Legal e várias empresas apresentando
inovações em sistemas construtivos.
Conhecimentos
Um dos diferenciais da Feicon está também na produção de conhecimento voltado para a formação e atualização profissional. Ao todo, foram mais de 400 profissionais presentes em seminários e cursos sobre o segmento de construção. “Nós não focamos somente no lançamento de produtos, mas também em difundir, debater e fazer refletir sobre temas importantes e atuais ligados à construção civil. Tivemos a Ilha do Conhecimento, um espaço inovador e exclusivo para que os expositores pudessem apresentar conteúdos técnicos e informações sobre seus produtos e serviços. Ele foi ainda um espaço para promover atualização profissional e conhecimento sobre produtos, equipamentos, tecnologias, tendências e melhores práticas de mercado”, explica Liliane Bortoluci. Entre os temas debatidos no espaço estiveram Smart Grid; Gestão de Resíduos em Obras; Água: Reuso e Economia; Tecnologia Aplicada a Projetos e Obras; e EPI e Segurança em Obras. A Eternit também promoveu o curso Mãos à Obra que ofereceu capacitação profissional com
a certificação de telhadistas, aplicador de placa cimentícia e carpinteiro metálico. Outra empresa que focou em conhecimentos foi a SIL, fabricante de fios e cabos elétricos de baixa tensão, que realizou o treinamento gratuito sobre Consultores Elétricos de Baixa Tensão, no qual foi discutido a importância da qualidade, conhecimento das normas e dos riscos de acidentes. “O objetivo do treinamento foi passar aos participantes informações técnicas relativas a instalações elétricas de baixa tensão que não são facilmente encontradas no dia a dia, e apresentá -las de forma clara para atender à expectativa do público, sejam profissionais do setor ou não”, explica Nelson Volyk, Gerente de Engenharia de Produto da empresa. “Com a capacitação, buscamos fornecer conhecimentos básicos sobre o setor de fios e cabos elétricos e, com isso, reduzir o risco de informar algo errado ao consumidor”, completou. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP) também foi bastante visitado graças às palestras gratuitas que realizou. Foram vários temas trabalhados, como Sistemas de Impermeabilização, Alvenaria Racionalizada, entre outros. Health ARQ
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Cidade MĂŠdica Complexo Hospitalar
Rio de Janeiro ganha moderno complexo integrado de saĂşde
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om mais de 70 mil m² de área construída e investimento superior a 250 milhões de dólares, o Américas Medical City, localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, reúne centro médico, dois hospitais e centro de treinamento em um só local. Além disso, conta com amplo estacionamento e facilidades que promovem acesso a um modelo diferenciado de solução total para a saúde, desde o diagnóstico até o tratamento. São 252 salas, de 33m² a 76m² que, contam com um sistema integrado que proporcionará a consulta ao prontuário do paciente e o acesso imediato a resultados de exames laboratoriais e de imagem realizados no complexo, promovendo integração das informações, eficiência e resolutividade. O Centro Médico oferece lojas de conveniência e um amplo espaço para o lazer e bem-estar dos médicos. A preocupação com o bem-estar dos profissionais levou a instituição a criar alguns espaços humanizados e outros exclusivos para eles. Os médicos que possuem consultório no Centro Médico contam com um andar exclusivo para o seu descanso e lazer. “O espaço, localizado no terraço, oferece duas quadras de tênis, uma academia de ginástica, uma confortável área de relaxamento e um restaurante exclusivo, para que os médicos não precisem se deslocar para outras unidades e possam cuidar da própria saúde”, conta Robson Szigethy, Diretor de Projetos da Amil. A arquitetura do Complexo
Hospitalar possui um conceito arrojado e com traços marcantes de modernidade nas fachadas, além de privilegiar o conforto, o bem-estar e a conveniência dos pacientes através da idealização de ambientes acolhedores e humanizados. “Isso proporciona condições de expansibilidade e funcionalidade ideais para o perfeito funcionamento das atividades da equipe médica, de acordo com as normas técnicas para estabelecimentos de saúde”, comenta Szigethy. Já os dois hospitais gerais, o Samaritano e o Vitória, que integram o Américas Medical City, somam 383 leitos e 16 salas cirúrgicas. Estas instituições possuem também estrutura completa de oncologia com radioterapia, radiocirurgia e quimioterapia, além de toda gama de exames de diagnóstico laboratoriais
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Complexo Hospitalar
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e de imagem, com equipamentos de última geração, que permitem maior precisão nos resultados. O Hospital Samaritano traz para dentro do complexo os mais de 60 anos dedicados ao exercício da medicina de excelência. A instituição do Rio de Janeiro é um dos mais respeitados centros de diagnóstico e tratamento do País. A unidade instalada dentro do Américas Medical City conta com um moderno Centro Cirúrgico com 16 salas de cirurgia, sendo uma sala robótica e uma sala híbrida que possui um equipamento de Angiografia e uma Ressonância Magnética para a realização de procedimentos combinados de alta complexidade. Todo o centro cirúrgico tem suas paredes revestidas de painéis Variop, o que permite a expansibilidade das instalações e sistemas de engenharia e a flexibilidade para o trabalho da equipe de manutenção. Cada sala possui uma imagem de uma paisagem diferente em 100
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suas paredes, o que proporciona um ambiente mais humanizado para os pacientes e para a equipe médica, além de possuir um sistema integrado de imagens para todas as salas inteligentes, no qual todas as cirurgias podem ser compartilhadas por médicos em qualquer parte do mundo, possibilitando um diagnóstico ainda mais preciso para qualquer especialidade. “O hospital oferece ainda um luxuoso restaurante para médicos e visitantes, além de um Centro de Apoio Familiar, prestando todo o acolhimento necessário às famílias de pacientes mais graves”, reforça o Diretor de Projetos. Já o Hospital Vitória, que também compõe o complexo, chega ao Rio de Janeiro com uma estrutura de saúde completa. O grupo possui uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas dedicados ao hospital.
A Unidade Pediátrica possui uma brinquedoteca, UTI pediátrica, Emergência 24 horas e leitos dedicados às crianças, tendo todos os ambientes humanizados com temas infantis. Já a emergência adulta possui uma equipe de atendimento altamente capacitada para atender os casos mais graves. A infraestrutura do hospital conta ainda com Unidades de Tratamento Intensivo e Unidades Intermediárias e 166 leitos com hotelaria de alto padrão. A instituição possui um moderno Centro de Exames Diagnósticos, com equipamentos de última geração, tais como Ressonância Magnética de três Teslas, Tomografia Computadorizada de 256 canais, Pet CT e Angiografia Biplano, entre outros. “O instituto de Oncologia possui parcerias com instituições americanas e equipamentos de Radioterapia. Além disso, a unidade conta ainda com radiocirurgia e um setor dedicado aos tratamentos de quimioterapia e iodoterapia”, afirma Szigethy. Além dos hospitais e do Centro Médico, o complexo possui também uma estrutura de treinamento única no Rio de Janeiro. O espaço contará ainda com um prédio totalmente dedicado à capacitação de médicos e profissionais de saúde ao uso de novas tecnologias de ponta, com foco nos procedimentos conhecidos como minimamente invasivos. A estrutura terá salas para aulas teóricas e salas de videoconferência, onde os profissionais podem trocar experiências com centros internacionais de Health 101 ARQ
Complexo Hospitalar
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excelência. Quatro grandes salas simulando um centro cirúrgico proporcionam o treinamento prático em cirurgia robótica, cirurgia laparoscópica, hemodinâmica e em robôs que simulam de forma precisa as reações do ser humano. Detalhes do Projeto O projeto arquitetônico foi desenvolvido pela Diretoria de Projetos da Amil e possui todas as diretrizes de um hospital “verde”, seguindo os padrões internacionais de sustentabilidade estabelecidos pelo Green Building Council, para a certificação LEED. “Adotamos os processos para a redução dos impactos ao meio ambiente e com um foco especifico na utilização racional de água e energia, evitando o desperdício e reduzindo o consumo. Além da utilização dos mais modernos e elevados padrões e sistemas construtivos”, conta Szigethy. Como diferencial na área de sustentabilidade, foi estabelecido como um dos fatores principais, a economia de energia elétrica, prevendo um sistema de refrigeração autorregulável. Nele, a temperatura se ajusta de acordo com o clima e a ocupação, e será controlado em conjunto com o sistema de iluminação LED, através de um moderno projeto de automação e controle. O complexo possui um sistema de coleta e armaze102
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namento da água da chuva. Através desta solução é possível aproveitar a água para irrigação, lavagem de piso e fachadas, além da utilização futura em bacias sanitárias. “Utilizamos fontes de energia renováveis como a implantação do sistema solar fotovitálico instalado com placas solares no topo dos edifícios”, conta o Diretor de Projetos da Amil. Na medida do possível, os materiais adquiridos foram extraídos e manufaturados regionalmente, diminuindo o custo e a emissões de gases com a utilização de transportes. Já os equipamentos especificados são de alta performance para que tenham uma maior vida útil e a possibilidade de redução na manutenção periódica. Na área de estacionamento foi utilizado pavimentação estrutural alveolar de PP/PEAD, preenchidos com granilha, contribuindo para redução do efeito de ilha de calor no local e redução do escoamento. A preferência pela aquisição de madeiras certificadas FSC contribui com as áreas de melhor manejo florestal e incentivando o uso de madeira certificada. Humanização A idealização do projeto previu a humanização dos espaços físicos com a interação através dos fatores naturais e tirando o maior proveito das suas caracterís-
ticas especiais. As edificações possuem fachadas com vidros especiais de alto desempenho acústico e térmico, que promovem alto nível de conforto e luminosidade para os pacientes, além de reduzir o consumo gerado a partir da utilização dos equipamentos de ar-condicionado. “Pesquisas realizadas em hospitais verdes apresentam uma redução em torno de 15% no tempo de permanência de pacientes com a diminuição da dor e da ansiedade, além de reduzir as faltas de trabalho das equipes médicas, tendo a humanização dos espaços e a interação com os fatores naturais como principais aliados”, conta Szigethy. Além disso, o complexo criou áreas de caminhadas e descanso. “Essa integração com a natureza promove efeitos no equilíbrio do ecossistema, na melhoria da qualidade do ar, no controle natural da temperatura ambiental e na diminuição do nível de estresse de todas as pessoas que utilizarem o hospital.” A decoração de interiores foi projetada pela arquiteta Solange Medina, e reflete a preocupação em oferecer um ambiente com instalações confortáveis e com visual agradável, através da utilização de diferentes elementos decorativos. “O conjunto de ideias e soluções proporciona uma sensação de acolhimento em momentos delicados para a vida dos pacientes”. Com todos estes diferenciais, o Hospital das Américas foi vencedor do Prêmio Master Imobiliário, na eleição Destaques da ADEMI, na categoria Sustentabilidade na Construção. E o Projeto Arquitetônico foi vencedor do IX Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa na categoria Saúde.
“A arquitetura do Complexo Hospitalar possui um conceito arrojado e com traços marcantes de modernidade nas fachadas, além de privilegiar o conforto, o bem-estar e a conveniência dos pacientes através da idealização de ambientes acolhedores e humanizados. Tudo proporcionando condições de expansibilidade e funcionalidade ideais para o perfeito funcionamento das atividades da equipe médica de acordo com as normas técnicas para estabelecimentos de saúde” Robson Szigethy, Diretor Nacional de Projetos da Amil
Construção Dada a complexidade da construção, todo o processo se deu com base nas diretrizes do gerenciamento da obra, que envolvia a Construtora, Instaladoras e outras empresas contratadas para a execução de pacotes de serviços específicos, que tinham como objetivo a aquisição e suprimento de acordo com as especificações de projeto, tanto nos seus aspectos técnicos normativos como de sustentabilidade. Para tanto, a direção da PLANSERVICE, responsável pela prestação de serviços de gerenciamento do empreendimento, designou um grupo profissionais altamente capacitados na gestão de atividades de projetos, suprimentos e obras. Health 103 ARQ
Complexo Hospitalar
ARQ destaque
“Este foi, sem dúvida, um projeto complexo, porém, a equipe conseguiu solucionar em tempo hábil os problemas de compatibilidade entre projetos, equipamentos e sistemas construídos, controlando os custos e mantendo o cliente informado e confortável para a tomada de decisões de uma obra deste porte”, comenta Paulo Ferreira, Gerente de Contrato da PLANSERVICE.
Tecnologia e conhecimento presentes
A tecnologia também se fez presente no processo de obras, através da criação de projetos que utilizaram softwares e ferramentas tecnológicas que auxiliam no desenvolvimento e na compatibilização e análise crítica dos projetos arquitetônicos. Nos aspectos de gestão a PLANSERVICE mobilizou uma equipe com a habilidade de utilizar as mais diversas ferramentas de apoio disponíveis, tais como o software de gerenciamento de projetos MS-PROJECT para a gestão de escopo e prazos, além de aplicativos para a montagem de WBS – Work Breakdown Structure – e compartilhamento de arquivos e documentos da construção, entre outros. Porém não bastaria a implantação de tecnologia para obter a 104
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qualidade e o resultado final. Para obter êxito neste quesito, a PLANSERVICE implantou a fiscalização técnica das obras e instalações visando sua conformidade com os projetos, memoriais, especificações e normas, tendo como apoio e ativando nos momentos necessários empresa especializada em Controle Tecnológico e Consultores. “Acompanhamos todas as atividades relativas ao desenvolvimento das etapas de obra e o comissionamento dos sistemas instalados. Fizemos também o recebimento técnico e o acompanhamento dos check-lists, até a solução dos problemas verificados nas inspeções prévias de entrega das obras”, finaliza Ferreira.
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Sucessão
CAPA
Paixão hereditária Renomados arquitetos da saúde transmitem legado aos filhos
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os 21 anos, ele começa um estágio como desenhista, apaixona-se pela arquitetura e começa a trabalhar na área hospitalar, nicho do escritório em que estagiava. Mais tarde, Domingos Fiorentini decide prestar vestibular para medicina. “Isso foi um choque para quem estava em volta, pois todos esperavam que ele fosse cursar arquitetura”, conta Paula Fiorentini, uma das filhas do arquiteto. Porém, sua escolha por medicina foi fundamentada, pois permitiu entender melhor o funcionamento e as necessidades de uma instituição de saúde. “Na época, as especializações na área só existiam fora do País, e só podiam ser cursadas por quem tinha boas condições financeiras, algo que ele não possuía na época”, ressalta Paula. Enquanto Fiorentini estudava medicina, ele continuou trabalhando no escritório de arquitetura e projetando hospitais. Ao concluir o curso, clinicou por um tempo, e decidiu então, cursar arquitetura para poder assinar seus projetos. Ao se formar, iniciou sua própria empresa, a Arquitetura Fiorentini. Seu nome começa a ganhar destaque como arquiteto da saúde a partir daí, participando de grandes projetos no Brasil e também no exterior, em Países como Portugal, Chile e Paraguai. “Ele era um profissional completo. Conseguia discorrer sobre as diversas disciplinas além de arquitetura hospitalar. A paixão do arquiteto pela profissão era tanta que contagiou uma de suas filhas. “Meu interesse pela arquitetura surgiu através da admiração que eu sempre tive pelo meu pai. Sempre olhei para ele e o achei o máximo. Por isso, meu interesse em seguir a profissão dele nasceu desde pequenininha”, conta. Paula começou a atuar no escritório do pai aos 14 anos, nas férias
escolares. “Tenho recordações muito boas, ele e a equipe pregavam várias peças em mim, como desenhar uma gilete na prancheta. Eu ia tentar pegar, mas na verdade era um desenho perfeito”, lembra. A arquiteta só começa a atuar sozinha quando Fiorentini fica doente, no início de 2014. “Meu pai entendia que ninguém construía uma pessoa de capacidade com muita “moleza”. Ele acreditava que se me forçasse a dar o máximo, eu sempre daria meu melhor”. Segundo Paula, Fiorentini modificava seus próprios projetos por várias vezes, era muito exigente, inclusive consigo mesmo. “A busca constante do melhor, sempre com muito conhecimento técnico, olhando todas as variáveis do projeto, como engenharia, arquitetura, gestão, manutenção, custos, RH, humanização, sustentabilidade, racionalização, é algo que eu aprendi com ele. Ele me ensinou ainda que só quem é muito técnico é forte. E hoje eu trago tudo isso em meus projetos, junto com inovação, prazos e humildade junto à equipe”. Health 107 ARQ
Sucessão
CAPA Paula acredita que a sucessão em uma empresa onde o principal serviço é intelectual, é rara, pouco vista, pois não há como herdar inteligência ou conhecimento. “Mas eu acredito que meu pai conseguiu passar para mim muita coisa no dia a dia. Ele me orientou a fazer todos os tipos de graduação e pós-graduação que me dessem um conhecimento sólido. Além disso, trabalhar com ele, me fez aprender muito. Meu pai me fez forte e me ensinou a valorizar o conhecimento”. Mas no setor da arquitetura hospitalar não é só a história de Domingos Fiorentini que está sendo sequenciada na família. Adriana Figueiras, filha de Lelé Figueiras, referência em arquitetura da saúde, também seguiu os passos do pai. Seu interesse pela profissão começou cedo, e por influência do trabalho realizado pelo pai. “Desde criança eu o via trabalhando com construções, o que se tornou minha paixão. Me lembro de, ainda pequena, ir com ele visitar as obras, principalmente aos finais de semana”, lembra. Assim como o pai, Adriana também atua no setor da saúde. “Me formei na Universidade de Brasília e, assim que saí da faculdade, fui trabalhar com ele. Mas não atuei só junto ao meu pai, trabalhei também em outros escritórios, especialmente no Rio de Janeiro, como no escritório de Luiz Carlos Toledo”. Ao lado de Lelé, trabalhou na Rede Sarah de Hospitais (projetada
pelo mesmo) de 1992 até 2010. A arquiteta trabalhava nas obras da Rede (das quais Lelé era coordenador e desenvolvia todos os projetos), mas atuava também em detalhamento de projetos, desenvolvimento e reformas de hospitais, como o Hospital Central de Brasília, etc. “Toda a equipe trabalhava diretamente com meu pai, éramos uma equipe grande, mas eu, por ser filha dele, era ainda mais cobrada que os demais no início. Meu pai era um grande coordenador, ele conseguia extrair de todos o seu melhor, além de manter a equipe unida”, conta Adriana. A arquiteta lembra que, durante toda sua trajetória, a maior dificuldade que encontrou foi em relação aos prazos, isso porque, muitas vezes, atuava em obras políticas. “A unidade da Rede Sarah aqui na Ilha Pombeba, no Rio de Janeiro, foi uma obra terrível, pois teve
“Meu interesse pela arquitetura surgiu através da admiração que eu sempre tive pelo meu pai. Sempre olhei para ele e o achei o máximo. Por isso, meu interesse em seguir a profissão dele nasceu desde pequenininha” Paula Fiorentini 108
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Paula e Domingos Fiorentini
que ser feita em 147 dias. Tínhamos um prazo curto porque a obra precisava ser inaugurada antes que o Secretário da Saúde da época deixasse o cargo”, revela. Com mais experiência, Adriana, que possui hoje 27 anos de profissão, passou a trabalhar no Instituto de Lelé e chegou a ser o braço direito do pai. “Aprendi muito bem com papai a planejar a obra. Eu consegui compreender com ele o que é importante, e como planejar em cima disto. Na primeira obra que eu fiz, ele me disse que era preciso entender o projeto e desenhá-lo inteiro. Faço isso até hoje, pois assim você enxerga os problemas construtivos”. A paixão de Paula e Adriana pela profissão de seus pais é evidente, e talvez a isso devase o sucesso das arquitetas. Porém, não são só as mulheres que são influenciadas pelos genitores. Prova disso é o jovem Gustavo Malatesta Reis, de 17 anos, filho do arquiteto Sérgio Reis. Em período pré-vestibular, o garoto já decidiu que irá dar continuidade à carreira de Sérgio cursando arquitetura. “A influência do meu pai é inevitável. Como ele trabalha muito, é ligado o tempo todo, além de muito companheiro, acabou me contagiando. Mas não foi só isso que contou, claro. Acho que levo jeito para a coisa”, diz animado. O adolescente, que pretende estagiar já no 1º ano de faculdade, conta que a arquitetura sempre esteve presente em sua vida. “Nos passeios, almoços em família, visitas a museus, e até nos livros, viagens e discussões de politica pública, meu pai tornava sua arte presente em minha vida”. O pai orgulhoso diz ser daqueles que pensa que o importante é ser feliz. Porém, confessa que ver o filho inclinado a seguir a sua carreira é bastante gratificante e o motiva a trabalhar ainda mais. “O Guto me acompanha desde muito pequeno. Além disso, ele sempre está comigo na Emed. Para incentivá -lo, hoje, permito que ajude na atualização e manutenção do site da empresa”.
Adriana e Lelé Figueiras
“Aprendi muito bem com papai a planejar a obra. Eu consegui compreender com ele o que é importante, e como planejar em cima disto. Na primeira obra que eu fiz, ele me disse que era preciso entender o projeto e desenhá-lo inteiro. Faço isso até hoje, pois assim você enxerga os problemas construtivos” Adriana Figueiras
Health 109 ARQ
Sucessão
CAPA Sérgio Reis não se espanta pelo interesse de seu filho pela arquitetura ter começado cedo, pois ele mesmo, aos 10 anos de idade, já opinava sobre reformas na casa de familiares e tinha como brinquedo predileto os blocos de montar. “Quando me formei em arquitetura já trabalhava na área, pois antes da faculdade já havia cursado o Colégio Técnico. Essa base facilitou as coisas, e a ascendência foi natural e, de certa forma, muito rápida. Mesmo antes de terminar o curso, eu já ocupava o cargo de Gerente de Projetos em uma empresa na área da saúde de grande expressão na época”, lembra.
Terceira geração
A trajetória da Fiorentini não deve parar em Paula. Seus filhos, Domenica, de 9 anos e Enrico, de 5 anos, pensam em seguir a profissão da mãe. “Eles têm muito orgulho do escritório, pois desde que eram bebês vinham para cá, viam o avô e a mãe trabalhando. Os dois dizem que querem começar a trabalhar aqui comigo aos 14 anos também. Eles ficam encantados com a profissão, com o escritório. E se isso acontecer, eu vou ficar muito feliz, pois um nome como meu pai fez, e eu estou dando sequência, não se dá facilmente”. Na família Figueiras a paixão pela arquitetura também não vai terminar na filha de Lelé. O caçula de Adriana, Gustavo, de 16 anos, já demonstra interesse pela arquitetura. “Ele está inclusive fazendo um curso para conhecer o trabalho do arquiteto, aprendendo a desenhar em escala. Ele fez tudo por iniciativa própria. Na verdade, ele sempre se interessou. Quando meu pai trazia os projetos novos para analisarmos juntos, ele vinha, olhava, ele conhece todos os projetos”, conta a mãe. 110
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“Nos passeios, almoços em família, visitas a museus, e até nos livros, viagens e discussões de política pública meu pai tornava sua arte presente em minha vida” Gustavo Malatesta Reis
Gabriel, Gustavo, Sérgio e Guilherme Reis
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Destaque
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Experiência, qualidade e inovação Affini Arquitetura ganha espaço no setor da Saúde e mostra todo seu potencial 112
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om 15 anos de experiência no mercado, empresas renomadas e de grande porte em seu portifólio, a Affini Arquitetura entrou no setor de saúde destacando-se com grandiosos projetos, que refletem a expertise da equipe e a mais alta tecnologia, que fazem com que o escritório se destaque no mercado.
Health 113 ARQ Fotos: JR Studio
Informe Publicitário HealthARQ: Como começa a história da Affini Arquitetura? Juliana Affini: A nossa história, na verdade, começa na UEL (Universidade Estadual de Londrina), no Paraná, onde eu e meu sócio nos conhecemos e estudamos. Trabalhamos em vários projetos desde 1994. Portanto, já são 20 anos de parceria, sempre estudando e nos especializando em áreas de Arquitetura, Urbanismo, Design de Interiores, Humanização de Espaços, Computação Gráfica, entre outros.
Destaque
HealthARQ: No setor da Saúde, a Affini Arquitetura desenvolveu um grande projeto para São José do Rio Preto, como foi este trabalho? Juliana Affini: São José do Rio Preto ganhou, em 2015, um Complexo de Saúde dos mais modernos e completos da cidade, que contou com a consultoria e gestão Einstein. Um dos objetivos era ajudar a amenizar o fluxo de pacientes nos serviços de emergência e urgência, contribuindo, assim, para uma melhoria do sistema de saúde do município, pois somente a “Unimed Rio Preto” possui mais de 200 mil clientes na cidade e região. O projeto de arquitetura e design de interiores desenvolvido pela Affini Arquitetura para a Unimed São José do Rio Preto contempla um Pronto
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Fotos: JR Studio
Atendimento Adulto 24h, Pronto Atendimento Infantil 24h, Unidade de Vacinação Adulto e Infantil, Central de Quimioterapia, também Adulto e Infantil, Unimed Lar – Home Care, Farmácia, Medicina Preventiva e o Programa Beabá Bebê. O Complexo possui mais de 9.000,00 m² tendo consultórios e recepções em todos os setores, diferenciadas pelo design de interiores. Também conta com um SADT (Serviço de Apoio à Diagnóstico e Terapia), leitos de observações de emergência até 12h, serviços complementares para diagnóstico, como tomografia TC, RX, ultrassom, eletrocardiograma, exames laboratoriais. Além da área de conforto médico e quatro dormitórios para plantonistas. Projetamos também uma grande área administrativa, refeitório e descanso para os funcionários; como também um estacionamento coberto que conta com quatro pavimentos. O projeto de arquitetura e humanização hospitalar superou as expectativas da Unimed Rio Preto. Temos hoje na cidade um prédio onde sua fachada e seus acabamentos na parte interna primam pela inovação, qualidade, conforto, beleza e elegância. Desde a escolha dos materiais, comunicação visual e conforto ergonômico, participamos de todos os processos construtivos e de acabamentos. HealthARQ: No que o setor da Saúde se difere dos demais em que a Affini Arquitetura atua há 15 anos? Juliana Affini: A Affini Arquitetura atua no mercado em várias áreas, desde residencial, comercial, corporativa, industrial e recentemente, está atuando na área de clínicas e hospitais. O setor da saúde se difere dos demais setores, mas o escritório trata todos eles com muita disciplina, compromisso e seriedade. Seguindo sempre as normas e legislações vigentes além das necessidades dos clientes e respeitando acima de tudo esse mesmo cliente quem nos contrata. Health 115 ARQ
Informe Publicitário
Destaque
HealthARQ: O escritório pretende ampliar sua atuação no setor da saúde? O que tem sido feito para isso? Juliana Affini: Sim, pretendemos. Percebemos que há uma necessidade cada vez maior no Brasil de profissionais qualificados e experientes para a área da Saúde. Além da falta de conhecimento do setor, há um déficit em atender a demanda de projetos hospitalares. Por isso, estamos investindo no setor. Uma das formas é o aprimoramento constante da nossa equipe, com as especializações nas áreas hospitalares, pois a amplitude de atendimento nas áreas de arquitetura, necessitam de especializações, aonde trabalhamos constantemente. HealthARQ: Além dos aprimoramentos, a tecnologia também contribui para seu trabalho? De que maneira? Juliana Affini: Contribui sim. O escritório, desde seu princípio, está utilizando a tecnologia em seu favor. No início, a implantação do sistema CAD foi novidade entre os profissionais e nosso escritório já tinha o conhecimento e capacidade para implantação desta tecnologia. Estivemos sempre atualizados com a evolução
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Fotos: JR Studio
dos programas e das possibilidades que a tecnologia nos traz. Como exemplo, a utilização de mobile para apresentação dos projetos e até mesmo de nosso portifólio. Após a implantação do sistema CAD estamos com a implantação do sistema BIM, tecnologia já utilizada de forma abrangente na Europa e Estados Unidos. O sistema BIM vem sendo implantado paulatinamente em nosso escritório desde 2012, pois é uma situação que demanda custo e principalmente necessidade de mão de obra especializada. Este sistema é um diferencial para desenvolvimento de projetos grandes e complexos, pois permite a visualização de interferências de projetos complementares à arquitetura, evitando a necessidade de correções durante a execução e, consequentemente, evitando custos desnecessários de material, mão de obra e tempo. O que hoje é uma tendência para melhorar o custo benefício e, consequentemente, uma economia de valores para as grandes obras. Além disto, é possível, dentro do sistema BIM, elaborar custos muito aproximados do real da obra e, diferentemente do que se pensa sobre o sistema, o mais importante dele é a perfeita simulação do protótipo da obra e não somente a representação tridimensional (3D). HealthARQ: No portifólio da empresa existem grandes clientes, como a TAM Cargo, Intelbrás e a Honda. Qual o diferencial do escritório que chamou a atenção desses clientes? Juliana Affini: O grande diferencial do escritório é o respeito em atender as necessidades dos clientes, sempre orientando-os e acompanhando as obras de perto, juntamente com as equipes multidisciplinares e seus departamentos de engenharia. Pois todos fazem parte desse contexto. Como exemplo, as engenharias civil, elétrica, hidráulica e estrutural. O escritório compatibiliza todos os projetos envolvidos para que tenhamos uma Health 117 ARQ
Informe Publicitário obra com mais rapidez e qualidade de execução. Isso ajuda, e muito, todo o processo de projetos, minimiza erros e, consequentemente, gastos desnecessários do cliente com a obra.
Destaque
HealthARQ: Estamos em um momento no qual a sustentabilidade está bastante em voga. De que maneira você tem implantado isso em seus projetos? Juliana Affini: Na verdade, a sustentabilidade não deveria estar em voga somente agora, pois estamos sofrendo as consequências de não nos preocuparmos com isso antes. Portanto, o assunto tornou-se emergencial. Acredito que a implantação destas medidas depende muito do cliente aceitar alguns investimentos nesta área, embora muitos já o estão fazendo. Infelizmente, no Brasil, ainda há um custo muito alto para um projeto 100% sustentável. Dentro de nossos projetos, nós sempre propomos aos clientes alternativas sustentáveis e dependerá dele aceitar ou não. Não impomos nada aos nossos clientes, orientamos sempre o que de melhor temos hoje no mercado e propomos, já na fase projetual, pois temos a experiência e estudos de casos que dão certo, o que trará um grande benefício muito em breve para os mesmos.
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Fotos: JR Studio
Loja Conceito da UNIMED Shopping Iguatemi São José do Rio Preto
Perfil A arquiteta Juliana Affini trabalha no mercado há 15 anos. Com projetos de arquitetura, interiores e decorações nas áreas residencial, comercial, corporativa, clínicas e hospitais. “Sempre me preocupo com as necessidades do cliente; levando em consideração o bem estar nos espaços projetados. Através da humanização considero muito importantes itens como a iluminação e ventilação naturais; materiais e mobiliários que propõem conforto, elegância e beleza, também fazem parte desses itens que compõem cada espaço em particular. Procuro atender e superar as expectativas dos clientes a cada novo projeto”.
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Investimento em Saúde Santa Catarina investe em policlínica para melhor atender à população
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s Policlínicas Regionais estão inseridas no contexto de modernização gerencial dos serviços de saúde do Governo do Estado de Santa Catarina, objetivando ampliar o acesso da população aos serviços ambulatoriais de média complexidade. A Policlínica regional de Araranguá será a primeira unidade a ser construída e será modelo para as demais unidades a serem implantadas no Estado. “Ela irá contribuir com o atendimento ambulatorial e de imaginologia da população local. As obras, que já foram iniciadas, devem ser entregues até o final deste ano”, diz Andrea de Aguiar Kasper, docente da Univale e Coordenadora da gerência e projetos da gerência de obras da instituição.
A Policlínica Regional de Araranguá é uma unidade ambulatorial de alta resolubilidade em diagnóstico e orientação terapêutica para diferentes especialidades médicas. O objetivo principal é apoiar as necessidades dos serviços de atenção básica de saúde, com oferta de consulta de especialidades médicas e serviços de diagnóstico. Health 123 ARQ
Investimento
CONSTRUÇÃO
Recepção
Consultório
A instituição trabalhará somente com pacientes do sistema SUS, referenciados a partir da rede básica de saúde, que irá providenciar o agendamento das consultas e exames especializados oferecidos pela Policlínica. Possuirá atendimento adulto e pediátrico. “Foi um grande desafio definir o programa de necessidades e o modelo de atendimento, já que foi pioneira, pois para as demais Policlínicas, deverá ser revisto o programa 124
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Infantil
de necessidades conforme a demanda local, assim cada região será melhor atendida”, diz a arquiteta Inara Rodrigues, Diretora da Salutare Arquitetura e responsável pelo projeto. A Policlínica está inserida no terreno do Hospital Regional de Araranguá. Apesar de estarem no mesmo terreno, a Policlínica será totalmente independente, tendo toda a infraestrutura necessária para o seu funcionamento. “Ela possui tipologia horizontal dividida em quatro blocos. A edificação principal possui três blocos separados por jardins e interligados por passarelas envidraçadas”, conta Inara. No Bloco Central, encontra-se o acesso principal, com uma grande recep-
ção, onde o paciente é orientado e encaminhado ao seu atendimento. Possui ainda as áreas de apoio administrativo e logístico, além de sala para palestras de promoção à saúde, cursos e atendimentos em grupos, ampliando o atendimento à população focando na prevenção, além da capacitação dos funcionários. O refeitório amplo, com vista para área ajardinada propiciará maior conforto ao funcionário. “O bloco da esquerda conta com 11 consultórios de diversas especialidades, sala de exames oftalmológicos, duas salas de curativos com área de prescrição, uma sala de inalação, e áreas de apoio”, explica.
Já o bloco da direita conta com salas para diagnósticos por imagem e métodos gráficos. Entres os blocos existem áreas ajardinadas permitindo iluminação e ventilação natural em todos os ambientes. “A unidade possui ainda a Central de Utilidades em bloco separado, este é interligado ao Bloco Principal, através de uma cobertura e pátio de serviços”, salienta a arquiteta. A Salutare Arquitetura desenvolveu todos os projetos, incluindo ambientação e comunicação visual, o que possibilitou trabalhar os ambientes em toda a sua complexidade. A diferenciação dos ambientes se dará com cores e sinalização com pictogramas facilitam a orientação. Todas as áreas de esperas possuem comunicação direta com o exterior, este com áreas ajardinadas, possibilitando uma distração positiva. O mobiliário foi trabalhado para atender aos operadores e usuários, conforme necessidades ergonômicas e acessibilidade, estes contribuem na comunicação visual e conforto do usuário, trazendo acolhimento. A humanização deve ser sempre uma premissa em projetos, principalmente para ambientes de saúde. Algumas estratégias foram utilizadas a fim de minimizar o impacto de construção. Optou-se por estrutura pré-moldada, diminuindo o volume de entulho no canteiro de obra. O revestimento externo foi trabalhado com sistema de fachada ventilada com placa cerâmica, buscando melhor conforto térmico para o interior da edificação e menor custo de manutenção. A configuração em módulos possibilita iluminação natural direta em to-
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Health 125 ARQ
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Investimento
CONSTRUÇÃO
dos os ambientes, além de ventilação natural. Trabalhamos com lâmpadas de baixo consumo de energia. O sistema de ar condicionado possui controle individualizado por ambiente, possibilitando o uso somente nas áreas que estão em uso, foi utilizado o sistema VRF. O reaproveitamento de água de chuva atende toda a área externa, pátios e jardins, além da Central de Utilidades. O sistema em módulos possibilita a ampliação, pois podem expandir tanto para lateral com a implantação de outros módulos, como na continuidade do módulo, para frente ou fundos do terreno. Foi previsto também a possibilidade do crescimento vertical de mais um pavimento. As paredes internas são em gesso acartonado, possibilitando maior flexibilidade. Atender e compatibilizar as diversas especialidades, além de atender todas as necessidades de instalações e funcionamento dos estabelecimentos assistenciais de saúde é sempre um grande desafio que deve ser vencido com trabalho em equipe, projetistas, clientes, gestores e executores. 126
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Planta Geral
Ficha Técnica Projeto Arquitetônico, Projeto de Interiores, Projeto de Comunicação Visual: Arq. Inara Rodrigues Projeto Estrutural: Engº: Jean Pierre Bork Miers Projeto Elétrico e telecomunicações, Projeto SPDA: Eng. Roberto Krieger Projeto Hidrossanitario, PPCI, Projeto de Drenagem e Planilha Orçamentária: Eng. Jane Correa Darela Projeto de Climatização e Gases Medicinais: Eng. Artur Beck Neto Projeto de Blindagem: Físico Walmoli Gerber Júnior
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Conquista
CONSTRUÇÃO
Ponto para saúde mineira Unimed Governador Valadares (MG) investe na construção de hospital próprio
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cidade de Governador Valadares (MG) terá, em breve, uma instituição de saúde com tecnologia de ponta, humanizada e sustentável, o Hospital Unimed. Através de uma obra arrojada, que recebe o investimento de cerca de R$100 milhões, a edificação vem ganhando forma e apresentando os primeiros resultados do prédio que contará com oito andares em uma área total construída de 17.700m². O Hospital Unimed Governador Valadares ainda irá dispor de um heliponto, no teto do prédio, 168 leitos, disponíveis para internação clínica, cirurgia geral, intensiva adulta e pediátrica, maternidade e internação de recémnascidos sadios e UTI. De acordo com as declarações de Manoel Arcísio Araújo, Presidente da Unimed, feitas à imprensa durante visita à obra no início deste ano, a construção do hospital é a realização de um sonho. “Esta estará entre as mais avançadas instituições de saúde do Leste de Minas. Centralizaremos todas as unidades de atendimento da Unimed, como o Pronto Atendimento e Hospital Infantil. Elas serão centralizadas também no prédio do hospital”, afirmou. Todo o “esqueleto” do hospital foi construído em estrutura metálica, que, segundo Araújo, mostrou ser o modelo construtivo mais adequado para a obra, além de ser mais rápido, possibilitando que, em pouco tempo, todos os pavimentos estejam praticamente erguidos. Para que as fundações da obra ficasse prontas, foram necessários 180 dias. O processo foi executado com fundações rasas e execução de Incertes Metálicos e chum128
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badores para a estrutura metálica, com desvio máximo permitido de 4mm. A localização do terreno dificultou o trabalho, pois foi detectado um volume de rocha muito maior que o esperado. “A grande dificuldade foi na implantação dos incertes metálicos, foi devido ao altíssimo nível de precisão dos mesmos. Eles foram topograficamente locados e não poderiam ter qualquer desvio na execução da concretagem”, conta Dênis Rodrigo Silva, Diretor-comercial da Tecplan, responsável pelo processo. A empresa executou também o trabalho de concretagem das lages, caixas d’água, heliponto e fossos dos elevadores, trabalho que foi dividido em nove etapas de acordo com a montagem da estrutura metálica. “Já neste processo, a maior dificuldade apresentada foi a quantidade de concreto para
ser lançado em apenas um dia. Sem juntas de concretagem, chegamos a concretar 1.600 m² de laje em um dia”, lembra Silva. Além disso, a empresa também precisou transportar concreto a partir do sétimo pavimento. “Precisamos contar com o auxílio do controle tecnológico de concreto na central. Isso para que o fator água + cimento tivesse como ser projetado para não termos problemas na execução das lajes mantendo a especificação do projeto”. A tecnologia também se fez presente na escavação, com a utilização de
mini equipamentos, controle no planejamento e logística da obra, permitindo o monitoramento de perto com software de última geração que permitia relatórios diários. “Tudo isso facilitou a tomada de decisão, realinhando os nossos trabalhos quando necessário para que pudéssemos cumprir o nosso prazo e o custo pretendido pela Tecplan”, salienta o Diretor. Todo o processo foi realizado com cuidado para atender às medidas de sustentabilidade, como a escolha de madeiras certificadas e liberadas pelo IBAMA, triagem e sele-
ção dos resíduos produzidos, que foram coletados e enviados para o local especializado. Para garantir a qualidade da obra, a empresa utilizou o SGQ (Sistema de Gestão da Qualidade) da Tecplan, que atua de forma integrada com a equipe de obra, planejamento e custo, monitorando os índices e fornecendo os dados necessários aos gestores para que a tomada de decisão seja eficiente e eficaz na obra. O Hospital da Unimed segue o cronograma de construção e deverá estar concluído até dezembro de 2015.
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Gestão de obra
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Conhecimento e controle
Riscos do processo de obras podem ser reduzidos com boa gestão
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ada vez em maior número, os acidentes de trabalho com mortes na construção civil no Brasil lideram o ranking de acidentes de trabalho. Segundo o Anuário Estatístico do Ministério da Previdência Social, em 2010, foram 54.664 ocorrências, das quais 36.379 se enquadram como “acidentes típicos”, ou seja, quedas em altura e os acidentes em trabalhos de escavação e movimentação de cargas. Ainda de acordo com o Anuário, em todo o mundo, são os trabalhadores desta categoria que têm três vezes mais possibilidades de submeterse a acidentes fatais e duas vezes mais chances de sofrer lesões. Em 2001, ocorreram no País cerca de 340 mil acidentes de trabalho. Em 2007, o número subiu para 653 mil e, em 2009, chegou a 723 mil ocorrências, que levaram a 2.496 óbitos. As mortes e acidentes de trabalho na construção civil, custam a Previdência Social cerca de R$ 10,7 bilhões ao ano. Valor que representa 9% da folha salarial anual dos trabalhadores do setor formal do Brasil, e reúne os custos para as empresas (seguros e gastos decorrentes do próprio acidente) e para a sociedade (Previdência Social, Sistema Único de Saúde e custos judiciários). As obras de empreendimentos voltados à saúde, em suma, são similares a qualquer outra construção, portanto oferecem tantos riscos, quanto qualquer outro processo de obras. Por isso, a gestão de riscos dentro da construção torna-se importante para inibir possíveis problemas e dificuldades que possam surgir ao longo do processo. “O principal ponto de atenção é a instalação de equipamentos sofisticados e caros, que 130
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apesar de, em sua maioria, serem instalados pelos fornecedores dos mesmos, requerem cuidados redobrados no seu manuseio e nas atividades do entorno”, destaca o Vice-presidente da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração), Paulo Oscar Auler Neto. Paralelo a isso, os cronogramas enxutos requerem planejamentos mais precisos e uma gestão mais eficaz sobre os mesmos. Obra com cronograma apertado não é necessariamente mais arriscada, desde que tenha as atividades devidamente planejadas e acompanhadas. “Além disso, o controle de desperdícios, descartes adequados e redução de retrabalhos somente são obtidos com uma boa gestão. Um bom projeto, assim como o estudo minucioso dos acessos e da circulação de pessoas também podem ser diferenciais”, diz o Vice-presidente. Para evitar problemas, o conheci-
mento e a experiência adquiridos durante a carreira profissional também são peças fundamentais e conseguem contribuir para uma boa gestão, pois permitem uma melhor percepção, avaliação e ação sobre a realidade da obra. Auler Neto acredita que, todos os acidentes podem ser evitados, pois geralmente o acidente “avisa” quando vai ocorrer. “A presença dos gestores nas frentes de serviço, aplicação de boas práticas de engenharia, organização e limpeza, treinamento das equipes e um processo seletivo da mão de obra são os fatores que fazem diferença em uma obra e que determinarão a taxa de frequência e gravidade dos acidentes, levando ao ‘Acidente Zero’”, ressalta. Segundo o especialista, todo profissional que gere uma obra precisa ter completo domínio sobre ela e trabalhar sobre um planejamento. Quando são observados desvios, a elaboração de um replanejamento é fundamental, pois desta forma, o gestor saberá identificar e atuar sobre o caminho crítico do empreendimento. “Este é um processo dinâmico e que deve ser reavaliado semanalmente, porém que permite ao gestor se antecipar aos fatos e ter uma atuação eficaz onde faz diferença, seja na cadeia de suprimentos, projeto, questões legais, pessoas ou equipamentos”, completa.
“A presença dos gestores nas frentes de serviço, aplicação de boas práticas de engenharia, organização e limpeza, treinamento das equipes e um processo seletivo dos profissionais são os fatores que fazem diferença em uma obra e que determinarão a taxa de frequência e gravidade dos acidentes, levando ao ‘Acidente Zero’” Paulo Oscar Auler Neto, Vice-presidente da Sobratema
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Gestão de obra
CONSTRUÇÃO
Ampliando horizontes Unimed Costa do Sol investe em novo complexo hospitalar A Unimed está presente em 83% do território nacional e seus complexos hospitalares e centros médicos são reconhecidos por investir em tecnologia, humanização e infraestrutura. Na Unimed Costa do Sol, localizada em Macaé, no Estado do Rio de Janeiro, não é diferente. A instituição já possui um complexo que conta com hospital, laboratório, farmácia, serviço de remoção, saúde ocupacional e medicina preventiva. Com mais de 400 médicos cooperados e mais de 70 estabelecimentos credenciados, a cooperativa possui a maior rede assistencial da região. Visando manter esta excelência, a instituição deu um importante passo de sua caminhada para o crescimento em fevereiro deste ano: iniciou a construção do Complexo Hospitalar Unimed Costa do Sol, que contará com arquitetura moderna, humanizada e totalmente projetada para respeitar o meio ambiente. As obras serão divididas em duas etapas e a primeira fase contemplará a ocupação de 40% da área total do complexo de construção, com 16 mil m², quatro salas de cirurgia, dez leitos de UTI, 30 leitos de observação e mais 80 para internação. “A previsão desta etapa é de 30 meses de obras. Estamos investindo cerca de 45 milhões de reais em infraestrutura”, revela Dr. Tales Azevedo dos Santos, Presidente da Unimed Costa do Sol. “Apesar dos projetos de arquitetura já estarem completos, os de engenharia estão em andamento, o que permite à construtora, Fakiani Construtora participar também do processo, agregando sua experiência e conhecimento em obras hospitalares para sugerir o melhor partido 132
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nas soluções, que apresentem a melhor relação de custo, considerando o custo de manutenção futuro das soluções adotadas, assim como a flexibilidade para a implementação de novas tecnologias, uma vez que um Hospital está sempre em permanente atualização”, conta André Fakiani, Sócio da Fakiani Construtora. Por se tratar de uma construção nova, as obras foram divididas em duas etapas, com o cuidado de criar um canteiro que pudesse permanecer no mesmo local, na ocasião da execução da segunda fase. Considerando também a região em que a construção está situada, a obra foi concebida com peças pré-moldadas, e para não comprometer o fornecimento, que poderia impactar nos prazos, reduzindo prazo e custo “criamos dentro do canteiro uma área para produção de pré-moldados.
Desta forma, o canteiro ficou dividido entre escritório e almoxarifado, armações e estocagem de aço, produção de pré-moldados e estocagem de materiais básicos”. Fakiani revela que a principal dificuldade da obra está na execução das fundações superficiais devido ao nível do lençol freático do terreno, que está 1,70m abaixo da cota de piso da obra. “A maioria dos blocos da fundação foram projetados com 2,50m de altura, portanto, com a cota de fundo 0,80m abaixo do nível do lençol freático”, explica. Apesar da obra não contar com a certificação LEED, a construtora sempre conscientiza seus colaboradores a trabalharem em prol da sustentabilidade, isso através dos DDS realizados pelo técnico em segurança do trabalho, evitando desperdícios de materiais, energia e água. “Para reduzir o consumo de água foi executado um reservatório enterrado para o reaproveitamento, no qual a água armazenada é reaproveitada para umedecer peças recém concretadas em processo de cura e para molhar o piso do canteiro evitando a propagação de pó”, conta o Sócio da Fakiani. Além disso, todo o lixo produzido na obra foi separado e encaminhado através de caçambas para empresas de reciclagem como papel e aço. “O projeto de canteiro foi desenvolvido visando obter o máximo de claridade da luz solar reduzindo o consumo de energia. Os materiais são adquiridos de empresas idôneas com apresentação dos certificados de procedência.”
Papel Importante A Construtora Fakiani executa os processos de obra desde o planejamento, gerenciamento, acompanhamento até a retroalimentação do planejamento. “Primeiro verificamos que o orçamento disponibilizado era suficiente para conclusão do projeto através da elaboração do custo da obra”, diz André Fakiani. Com a conclusão desta fase da obra, a empresa executou o planejamento com a discrição detalhada de todas as etapas da obra e o cronograma físico/ financeiro. “O Planejamento de aquisição de materiais e serviços foi executado em parceria com o próprio cliente visando atender as necessidades de gestão pelo departamento de compras. Aliado a isso temos a engenharia da Unimed Costa do Sol permanentemente presente, tomando as decisões conjuntamente conosco, o que torna o trabalho bastante produtivo”, finaliza.
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Espaço Verde
Sustentabilidade
Foco no bem-estar Espaço com certificação LEED combina sustentabilidade, espaços verdes e flexíveis com inovação e mais integração para funcionários 136
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Boehringer Ingelheim possui 128 anos de atuação no mundo todo, com o trabalho constante de melhorar o acesso à saúde por meio de seus valores, entre eles, contribuir para o bem -estar da população e de seus funcionários. Partindo deste objetivo, a instituição inaugurou, recentemente, em São Paulo, um espaço amplo, confortável e que proporciona integração entre as áreas multifuncionais. As ações de melhoria, realizadas no escritório da empresa, são referência no uso de conceitos voltados à sustentabilidade e melhor aproveitamento dos recursos. O ambiente possui quatro novos espaços para reuniões. Foram incluídas ainda outras quatro estações para conference call, além de espaços multiuso, que podem ser adequados para reuniões maiores ou treinamentos. A nova área replica a fórmula inovadora de êxito que consiste em espaços verdes distribuídos pelo ambiente de trabalho, um escritório aberto, sem divisões de baias ou lugares marcados, menos paredes e flexibilidade, proporcionando assim maior integração entre os funcionários. A obra foi executada em tempo recorde – 35 dias – pelo Grupo Lock Engenharia. Com o surgimento de novas necessidades, a companhia entendeu que era o momento de reestruturar e ampliar o escritório, oferecendo espaços flexíveis para propiciar aos colaboradores a integração durante o trabalho. O ambiente influencia diretamente no conforto e na produtividade dos funcionários, que desde 2009 incluem em suas Health 137 ARQ
Espaço Verde
Sustentabilidade
rotinas o home office uma vez por semana, a mobilidade e as facilidades de um escritório open office. O projeto de ampliação do escritório verde possui dois diferenciais importantes para o bem-estar dos usuários do local e foi desenvolvido pela Moema Wertheimer Arquitetura. “A Boehringer é uma empresa que está sempre cuidando do bem estar dos seus funcionários, pensando nisso, o projeto foi desenvolvido de forma flexível e que 138
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estimule a performance e integração dos funcionários da empresa”, diz a arquiteta Moema Wertheimer, Diretora da Moema Wertheimer Arquitetura. De acordo com a arquiteta, o ponto de destaque deste projeto está no elemento de vegetação, o green wall, uma vez que a sustentabilidade foi bastante trabalhada. O uso destes elementos contribuem para qualidade do ar e para temperatura e umidade do ambiente. Na disposição de Layout, por exemplo, bar-
reiras físicas próximas às fachadas foram evitadas para não diminuir a entrada de iluminação natural no espaço. Além disso, foram definidas luminárias e execução da obra também foram adequadas nos parâmetros da sustentabilidade. “Parte da iluminação do projeto foi mantida do jeito que era existente, sofrendo alteração apenas nas salas fechadas”, revela Moema. O escritório possui certificação LEED, categoria ouro, desde seu primeiro
projeto, em 2009. Para a expansão da certificação no novo espaço, o projeto seguiu os mesmos parâmetros do projeto certificado. O projeto também apresentou desafios, entre eles a implantação e a flexibilidade e o multiuso do espaço podem dificultar um pouco na hora da definição de pontos como mobiliário por exemplo, o mobiliário não sendo bem especificado pode ser multiuso porem perder no quesito funcionalidade.
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Humanização e Sustentabilidade
Sustentabilidade
Lado a lado Humanização e sustentabilidade podem caminhar juntas em uma edificação, basta harmonia entre os projetos
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ada vez mais em voga na arquitetura e na construção de novas edificações, a sustentabilidade tem conquistado parceiros para sua implantação. A humanização, por exemplo, pode ser o seu par ideal, uma vez que técnicas como o paisagismo, possibilitam a utilização de ambas ao mesmo tempo. “Sustentabilidade e a humanização são fundamentos que estão ligados na construção, por exemplo, em uma fachada exposta ao sol, é possível implantar paisagismo, no qual as árvores sombrearão a fachada e darão ainda a sensação de bem-estar aos usuários”, salienta o arquiteto Ricardo Julião. Esse desdobramento da arquitetura, o paisagismo, proporciona beleza e bem-estar aos ambientes, além de colocar o ser humano em contato com a natureza de
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maneira harmônica. Entre seus mais usuais elementos estão arranjos de flores, quedas d’água, peixes ornamentais, pássaros e até jardins tropicais. “Nós precisamos pensar em causar menos impacto ao nosso ecossistema. A partir do instante que você enxerga que as coisas podem estar mais em harmonia, você encontra a saída. A criatividade talvez seja a mais importante ferramen-
ta neste processo”, diz o arquiteto Hugo França, conhecido por suas esculturas mobiliárias de natureza monumental. Na área da saúde, o paisagismo começou a ser desenvolvido de uma forma mais intensa, recentemente, mas muitas instituições estão buscando nele seu diferencial. “Fora do País, muitas instituições já adotaram a técnica como uma forma de melhorar o
bem-estar de seus pacientes. Há inclusive pesquisas no exterior que mostram a ligação entre o paisagismo e a melhora de pessoas que precisam ficar internadas”, diz o arquiteto e paisagista Benedito Abbud. Abbud acredita que esses projetos buscam trazer a espécie de oasis para dentro da instituição de saúde. “Muita gente acredita que Deus está presente na natureza, por isso, o espaço paisagístico é tão importante dentro de uma instituição de saúde. Hoje, fala-se muito em ‘Terapeutic Gardens’, que são lugares para a pessoa encontrar a natureza e se encontrar”, garante o arquiteto. Para ganhar mais espaço dentro das instituições, a criatividade tem sido forte aliada do paisagismo. Um exemplo está na implantação de jardins no terraço dos centros de saúde, uma vez que é cada vez mais comum o crescimento dos hospitais de maneira vertical. “Uma outra inovação são os jardins criados especialmente para crianças, nesses casos, o projeto trabalha com animais, como pássaros, peixes e cachorros”, diz o arquiteto.
Outras técnicas que selam este casamento entre humanização e sustentabilidade estão ligadas a materiais desenvolvidos especialmente para este fim, como o “Tech Garden”, através do qual a água da chuva cai e é reservada, criando um “jardim sobre lages”. O material feito de placas de plástico reciclado permeáveis, cria um lençol freático, gerando um vazio entre a lage e o jardim. Ficando retida neste jardim e o irrigado por capilaridade, diminuindo os gastos com bombas e
energia elétrica. A técnica possibilita inclusive a utilização de água de reuso. “A sustentabilidade será incorporada nos projetos arquitetônicos de maneira natural. Antigamente, os projetos buscavam alternativas de fora de sua região nos projetos paisagísticos, hoje não, aceitase a utilização de plantas nativas, por exemplo. As certificações também têm crescido de maneira visível, a americana LEED, do GBC, e a francesa ARQUA, que vem ganhando espaço no Brasil”, finaliza Abbud.
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Conteúdo Exclusivo Healthcare Management
Sustentabilidade
Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma
Hospital Moinhos de Vento traz soluções inteligentes para o meio ambiente e para o bolso
I
mpossível pensar em crescimento sem que tais estratégias trilhem pelo caminho da sustentabilidade. Aliás, é justamente essa trajetória o norte para a expansão da instituição. A boa gestão começa por ai: considerar a sustentabilidade como um papel fundamental às políticas da instituição. Acompanhar as atividades passíveis de impacto ambiental é o primeiro passo, seja na gestão de resíduos ou na escolha dos materiais utilizados. Assim acontece no Hospital Moinhos de Vento que, recentemente, investiu em diversas soluções inteligentes. Exemplo disso foi a substituição da caldeira responsável por aquecer a água dos quartos abastecida a óleo diesel por caldeira abastecida a gás natural. Houve também a troca de equipamento de raio-x do Serviço de Radiologia abastecido por revelador e fixador. 142
Health ARQ
“O avanço da tecnologia é imprescindível para o desenvolvimento sustentável, pois tais inovações agregam qualidade e agilidade na atividade humana, minimizando assim o impacto ambiental”, Rogério Almeida da Silva, Responsável pelo Projeto Estratégico de Gestão Ambiental. O HMV também vem investindo em importantes ações visando transformar resíduos em insumos. Ações como o Projeto Bumerangue já conseguiu transformar frascos de soro em sacos de lixo, o digital ao invés do papel. Aqueles materiais com alto poder de reciclagem ganham uma nova vida, retornando para o próprio hospital. “Muitos buscam atingir primeiro o pilar da sustentabilidade econômica com a venda de resíduos gerados dentro dos hospitais, comercializando esse material para gerar recursos e investir em outras necessidades. Já o
HMV firmou parcerias com empresas privadas e no primeiro mês reciclamos seis toneladas de papel que voltou a ser utilizado. Deixamos de comprar papel higiênico para algumas áreas administrativas, reduzindo assim o consumo de recursos naturais, reduzindo gastos com compra de insumos”. Mas, antes do descarte de papéis, foi preciso cuidar das informações sigilosas e para isso o HMV dedicou-se em um trabalho especial a fim de garantir a segurança das informações contidas nos documentos. Em um primeiro momento, foi preciso armazená-los com segurança e logo após destruí-los para garantir a seguridade do processo. Os números demonstram o sucesso do projeto. Mais de 3.800 quilos de papel e papelão em duas semanas foram reciclados, gerando 35 fardos de papel higiênico com oito rolos de 300 metros cada um. A sustentabilidade alcançou a esfera financeira da instituição. Cada fardo de papel higiênico comprado pela Instituição custa R$ 69,84. O retorno com os 35 fardos reciclados gerou uma economia de R$ 2.444,40 em apenas um mês. “Neste cenário, a tecnologia da informação tem papel fundamental para a redução de custo e compra de in-
sumos, com recursos cada vez mais confiáveis, como a guarda das informações de pacientes”, salienta Silva.
Competição sustentável
Desde 2014, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) disponibilizou aos associados do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP) os serviços do Laboratório de Competitividade Sustentável (LACOS) para consultorias integradas de gestão. O HMV integra o quadro das instituições mantenedoras do LACOS, atuando na definição das diretrizes, das linhas de pesquisas desenvolvidas e suas consequentes aplicações práticas. O objetivo é estimular a competição sustentável entre representantes da iniciativa privada, de órgãos públicos e do terceiro setor por meio da orientação acadêmica em temas como diagnóstico, pesquisa, metodologia, consultoria e inovação. “Nosso investimento no LACOS existe porque acreditamos que pelo aprofundamento do conhecimento desta disciplina, podemos ter a comunidade junto conosco”, ressalta Silva. A expectativa é aprofundar cada vez mais o conhecimento científico sobre os temas competitividade e sustentabilidade para aplicá-lo na gestão das organizações.
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Iluminação
Sustentabilidade
Iluminação sustentável Hospital Unimed Rio Verde destaca-se como primeira instituição 100% LED do Brasil
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cidade de Rio Verde (GO) ganhou uma nova instituição de saúde, o Hospital Unimed. A obra teve projeto planejado em três fases e poderá ter 96 leitos. Inicialmente, a instituição contará com Day-Hospital, Centro Cirúrgico e Internação. Desde o início do projeto (Plano Diretor), os vetores de crescimento e as etapas de implantação do empreendimento foram definidas, bem como as estimativas de investimentos em obras, incorporação de mobiliário e tecnologias para cada fase. Por se tratar de um edifício vinculado à saúde, a humanização foi trabalhada no detalhamento do edifício, tomando partido da mesma, a fim de criar espaços agradáveis. A iluminação contribuiu para isso, sendo pensada de forma a ter o melhor desempenho para cada ambiente a que se destina, seja técnico, assistencial ou de conforto. E é justamente neste quesito, iluminação, que a instituição se destaca. O Hospital Unimed Rio Verde é o primeiro do Brasil a ser projetado e adotar 100% de lâmpadas LED. “Esse trabalho é fruto de uma parceria que a Via Luz tem com a L+M com o intuito de desenvolver uma ação pró-ativa em sustentabilidade visando a diminuição do custo fixo operacional nas instituições de saúde”, diz Jack Burgess, da Via Luz. 144
Health ARQ
Segundo Burgess , a energia elétrica pesa no custo fixo dos hospitais e, incentivar seu uso consciente, instalar sensores de presença e aproveitar a luz natural, ajudam a reduzir as despesas, mas ainda é insuficiente. “Para uma economia maior, projetamos e estamos construindo o primeiro complexo hospitalar do Brasil a usar somente lâmpadas LED, o Hospital da Unimed Rio Verde (GO)”, afirma. Em média, uma lâmpada dessas tem vida útil de cinco anos – até dez vezes mais do que a comum, que gasta cerca de 90% da energia consumida para produzir calor. É por deixar o ambiente mais agradável que o uso do LED exige menos esforço do ar-condicionado, o que também contribui para reduzir
os gastos na conta de luz. “Estimamos uma economia anual de quase R$ 400 mil em Rio Verde, sem contar a redução proporcionada pelo ar-condicionado, capaz de dobrar esse valor economizado”, comenta Burgess. Se muitas instituições dão a desculpa de que a instalação de lâmpadas LED é mais cara, o novo hospital fechou uma equação em que o investimento no LED é recuperado em apenas um ano e meio. “Não basta falar de sustentabilidade. É preciso querer ser sustentável, o que envolve pensar, planejar, calcular e pôr as ideias em prática”, destaca Lauro Miquelin, Sócio-diretor da L+M, responsável pelo projeto da instituição.
Conheça outras vantagens: 26 mil lâmpadas a menos No período de vida útil das lâmpadas LED, em média cinco anos, o centro hospitalar não precisará trocar 26 mil lâmpadas, que seriam substituídas caso fossem do tipo comum e economizará mão de obra de manutenção. Espaço livre no almoxarifado Com menos necessidade de trocar lâmpadas, não é preciso manter tantos itens no estoque, liberando espaço no almoxarifado. Descarte facilitado Lâmpadas fluorescentes devem ser descartadas em separado, devido à presença de elementos tóxicos. As de LED podem ser descartadas no lixo comum, nos cestos destinados a vidro ou metal. Sem IR e UV Luz com ausência de infravermelho e ultravioleta, sem produzir calor e/ ou deformação. Luz constante Não produz “flicker” comum em lâmpadas fluorescentes, com cor constante, mais conforto para a equipe clínica.
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Foto: Jomar Bragança
Certificação
sustentabilidade
Garantia Sustentável
Preocupação com a sustentabilidade cresce e certificação garante o uso de medidas econômicas e ecologicamente corretas
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e acordo com o dicionário Houaiss, sustentabilidade explicase por característica ou condição do que é sustentável. Porém, na prática, este elemento é bem mais abrangente. Ele garante aplicação de bom senso na utilização de um sistema para que este tenha permanência e não comprometa necessidades futuras. Além disso, o conceito aplica-se ainda à capacidade do ser humano interagir com o mundo, preservando o meio ambiente para não comprometer os recursos naturais das gerações futuras. Na construção civil, a sustentabilidade tem se mostrado cada vez mais presente através de projetos que evidenciam o reuso de água, materiais certificados e não contaminantes, além do aproveitamento 146
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da luz natural e utilização de lâmpadas econômicas. Com essa consciência sustentável despertando, a procura por certificações que atestam o nível de sustentabilidade da edificação aumenta. A mais difundida no Brasil e aplicada às edificações comerciais é a certificação LEED. Hoje, o Brasil é o terceiro colocado no ranking mundial de certificações com 966 projetos
“A certificação LEED é uma garantia de que a edificação cumpriu as práticas de construção sustentável dentro dos critérios relacionados à sustentabilidade no local da construção, verificando pontos como a eficiência energética, uso de energia renovável, uso eficiente da água e material de baixo impacto ambiental” Felipe Faria, Diretor-manager do GBC Brasil
registrados e 235 certificados, atrás apenas da China com 2.065 (registrados) e 612 (certificados) e dos Estados Unidos com 82.664 (registrados) e 39.216 (certificados). “A certificação LEED é uma garantia de que a edificação cumpriu as práticas de construção sustentável dentro dos critérios relacionados à sustentabilidade no local da construção, verificando pontos como a eficiência energética, uso de energia renovável, uso eficiente da água e material de baixo impacto ambiental”, ressalta Felipe Faria, Diretor- manager do GBC Brasil. Já existe um número relevante de hospitais certificados. As instituições têm discutido a construção sustentável no que tange às novas edificações e formas das já existentes. Instituições de renome como os paulistanos Hospital Sírio-Libanês, Hospital Alemão Oswaldo Cruz e HCor encontram-se em processo final de certificação. “Essas instituições têm procurado a certificação, pois possuem edifícios muito complexos e com grande consumo energético. Adotar as medidas de sustentabilidade é uma medida palpável. Além disso, com a criação do LEED Healthcare os benefícios para as instituições de saúde serão ainda maiores quando adotadas as medidas sugeridas”, Eleonora Zioni, Diretora-executiva da Asclépio Consultoria e professora de LEED Healthcare do GBC Brasil.
A grande importância deste movimento está relacionada ao estímulo e influência de transformação sobre a indústria da construção em direção à sustentabilidade. “A certificação LEED conseguiu acelerar a elevação do padrão técnico do mercado como um todo. O grande boom foi em 2007, quando passamos a trabalhar fortemente no mercado brasileiro”, salienta o Diretor-manager. Os projetos devem ser registrados ainda em fase de conceituação, porém, somente após a finalização da construção, quando se inicia a operação, é que são feitos os testes finais de comissionamento e simulação para verificar se o desempenho do prédio atende ao que foi projetado. “Isso explica o grande número de certificações que estão sendo entregues Health 147 ARQ
Certificação
sustentabilidade
agora, pois com os prazos de obra, muitos projetos registrados na época do boom foram entregues há pouco”. O surgimento desta consciência tem se mostrado bastante importante na construção civil, uma vez que este mercado gera grandes impactos ambientais e sociais. O segmento consome 21% da água potável e 50% de toda a eletricidade produzida no Brasil através das edificações públicas, comerciais e residenciais, segundo dados do último Balanço Energético Nacional da Eletrobrás. “Em contrapartida, quando o trabalho é executado de maneira consciente, na qual se prioriza o planejamento com práticas mais eficientes em relação aos impactos ambientais mitigados, é possível reduzir drasticamente esses números. A redução no consumo de água, por exemplo, pode chegar a até 40%. Já a redução de consumo de energia, gira em torno de 30% em relação às edificações convencionais. Isso transforma o edifício de principal vilão para principal solução em tempos de crises hídrica e energética”, afirma o Diretor-manager do GBC Brasil. Faria acredita que o GBC Brasil esteja conseguindo influenciar positivamente as principais barreiras que ainda existem no setor quando se fala no assunto. “Estamos vencendo a principal delas, a falta de informação sobre quais são as oportunidades e os principais fatores que identificam o custo da edificação, seguidas da visão imediatista do setor. A construção refere-se a 15% do valor, enquanto os outros 85% estão ligados à operação. Por isso, qualquer investimento nas fases de projeto e construção tem um feedback em curto e médio prazo”, garante. 148
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Avaliação
Para que uma edificação seja considerada sustentável pelo GBC, ela precisa enquadrar-se em alguns critérios exigidos pela certificadora. Estes são compostos por sete grupos: o site sustentável (no qual é preciso comprovar que houve preocupação de que não haverá sedimentação futura do terreno), a eficiência energética (no mínimo 10% mais eficiente que as edificações que já seguem normas de eficiência energética), água (20% mais eficiente que um prédio modelo), qualidade ambiental interna (preocupação em evitar poluição), materiais de baixo impacto, práticas relacionadas à inovação e créditos de prioridades regionais. “Dentro desses grupos existem ainda alguns pré-requisitos, condições obrigatórias que o empreendedor tem que cumprir se ele deseja conquistar a certificação”, explica. Além dos critérios, existem ainda as
práticas sugeridas, através das quais a edificação conquista pontos. São 69 práticas sugeridas que podem somar até 110 pontos. A classificação permite que, a partir dos 40 pontos, a edificação receba a certificação, aumentando essa pontuação, o nível do reconhecimento é elevado. Entre 50 e 59 pontos, esta será considerada LEED prata, de 60 a 79 está o nível Gold (ouro) e acima de 80 ponto o Platinum. “A certificação LEED é bastante baseada em metas de performance e desempenho, independente de qual tecnologia seja utilizada na obra. O foco está no estabelecimento de metas de desempenho, que pode acontecer de diversas formas”, diz Faria. Apesar de estar presente em 150 países e aplicar a mesma metodologia em todos, os padrões destinados aos pontos e as metas de performances variam em cada um deles, adaptando-se a parâmetros locais. “O trabalho de internacionalização do LEED é verificar e comparar as normas técnicas internacionais referendadas e fazer a comparação dessas com as normas locais. É a partir disso que chegamos às normas e padrões técnicos a serem utilizados no País”, explica. No Brasil, por exemplo, no que tange à energia renovável, por exemplo, ao invés de ser utilizado o Green Me, Health 149 ARQ
sustentabilidade
Certificação
Registro LEED por Tipologia
que é uma certificação Norte-americana para fontes de produção de energia renovável, foram considerados os selo da Abragel e da ABEEólica, associações deste setor.
Expectativa
A certificadora tem notado que, de alguns anos para cá, a diversidade na tipologia de projetos, que passa pelos industriais, centros de distribuição e logística, data centers, além de museus, escolas e hospitais aumentou. “Nossa grande aposta é poder entrar com mais força nas edificações existentes, fazendo as readequações térmica e hídrica para a certificação”, conta Felipe Faria. Outra novidade é o trabalho voltado para casas e prédios residenciais. “À medida que fomos ganhando mercado, surgiu a oportunidade de desenvolver critérios específicos para estes tipos de edificação. Estamos trabalhando há quatro anos do ponto de vista técnico, com cerca de 200 profissionais envolvidos, e hoje já temos 14 projetos inscritos, dois certificados e outros dez para entrarem”, revela. 150
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LEED Healthcare Tamanha é a complexidade de uma edificação hospitalar que a mesma precisou de uma certificação de sustentabilidade exclusiva. A saúde está bastante relacionada com a sustentabilidade, uma vez que ela não se restringe à economia de água e preservação do meio ambiente. Dentro de um hospital, o ambiente sustentável pode refletir no bem-estar, na saúde e na produtividade das pessoas dos colaboradores e usuários. Com isso, a partir de 2009, começou-se a aplicar a modalidade específica do LEED Healthcare. “A partir de então, as instituições de saúde começaram a registrar-se nesta modalidade. Apesar de já estar disponível desde a versão 2009, acredito que os primeiros registros desta certificação específica tenham começado a acontecer em 2012, devido aos prazos de obra”, conta Eleonora Zioni, professora de LEED Healthcare. Esta modalidade de certificação conta com créditos específicos, que estão de maneira equalizada para que os diferentes tipos de edificação possam ser comparadas. “Neste tipo de certificação, dois dos créditos estão ligados aos pré -requisitos. Como na categoria de matérias para construção, que exige que esses não façam uso de mercúrio. Destaco também a necessidade dos projetos integrados, que geram maior sinergia”. Entre os créditos, está um que avalia a utilização de luz natural, uma vez que está diretamente ligada à saúde, além de proporcionar relação com meio ambiente. “Há também créditos específicos como aqueles ligados à contaminação que pode vir a ocorrer em equipamentos médicos”, reforça.
“As instituições de saúde têm procurado a certificação, pois possuem edifícios muito complexos e com grande consumo energético. Adotar as medidas de sustentabilidade é uma medida palpável. Além disso, com a criação do LEED Healthcare os benefícios para as instituições de saúde serão ainda maiores quando adotadas as medidas sugeridas” Eleonora Zioni, Diretora-executiva da Asclépio Consultoria e professora de LEED Healthcare do GBC Brasil
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Ampliação
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Hospital Albert Einstein - Quarto 7A
Investimento em infraestrutura Hospital Albert Einstein passa por constantes reformas e ampliações para garantir conforto e qualidade aos seus usuários 154
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Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, possui uma área de 228.729,86 m², e mais de 10 diferentes edificações de saúde. Os prédios começaram a ser inaugurados em 1971 e a evolução não parou. Os projetos arquitetônicos dos novos edifícios, componentes do Plano Diretor de Ampliação do HIAE, assim como as reformas e ampliações foram pautados pela tradução da solidez e segurança da instituição, aliados à inovação técnica. “Neste contexto, fomos pioneiros no Brasil a trazer a certificação de sustentabilidade LEED para o setor hospitalar e da plataforma formal para a designação Planetree, um programa abrangente de humanização no atendimento para o qual a arquitetura das instalações tem importância fundamental”, revela Dr. Sidney Klajner, Vice-presidente da instituição. O hospital depende de um sistema de ligações entre setores extremamente complexo, por isto, o aproveitamento das estruturas existentes para abastecimento das novas áreas teve que ser planejado no Plano Diretor. Fisicamente, o nivelamento dos edifícios, o projeto de passarelas de ligação foram elementos chave para o sucesso do projeto. “A interligação das diferentes edificações do Complexo Albert Einstein permite a eficiência do fluxo interno, tanto de colaboradores, quanto de pacientes”, diz Klajner. Isso permite menor tempo de deslocamento, menor risco de acidentes e de exposição ao clima em dias de chuva ou calor excessivo. Fora isso, todos os processos operacionais (assistenciais ou não assistenciais) tornam-se mais fluídos e eficientes. Entre os mais recentes investimentos da instituição está a Clínica Médica-Cirúrgica 4°A e 4°D são as mais novas unidades de internação do Hospital Israelita Albert Einstein. Localizadas no 4° pavimento da instituição, totalizam 2.540 m² em 39 novas e modernas unidades de internação destinadas a pacientes que necessitem de curta permanência. “Os apartamentos foram cuidadosamente projetados pensando no conforto, segurança e acolhimento dos usuários. A preocupação com os fluxos e o cuidado em desenvolver áreas de apoio com materiais de acabamentos adequados para a segurança e facilidades da equipe técnica merece destaque”, diz arquiteta, Sócia-diretora da Vitah Arquitetura, Juliana Khouri. De acordo com Juliana, o ponto de partida para os projetos foi o Plano Diretor, que possibilitou implantar as unidades estrategicamente em posições que atendam às necessidades da Instituição: estar próximo aos Centro Cirúrgicos, Unidades de Terapia Intensiva e Centro de Diagnósticos, com o propósito de diminuir os deslocamentos das equipes técnicas e também dos pacientes e por fim, otimizar os processos. Health 155 ARQ
ARQ reforma esta finalidade. Com isso, é possível termos economia em insumos como água, energia elétrica e ar-condicionado”, garante Wellington.
Hemoterapia
Ampliação
Hospital Albert Einstein - Clínica Médico Cirúrgica
Hospital Albert Einstein - Sala Conforto Médico HD
Com um arrojado projeto arquitetônico, foi possível criar melhores condições físicas às unidades, contribuindo para a humanização. O projeto das unidades de internação foi concebido para agregar a estrutura física e tecnológica do local, o respeito à dignidade do paciente, familiar ou do profissional de saúde, garantindo a todos os usuários as condições necessárias para o atendimento de qualidade. “Durante o processo de criação, tivemos a preocupação de oferecer aos pacientes e colaboradores espaços confortáveis. Dentre os projetos, destacamos os de luminotécnica e de acústica, que por se tratar de unidades de internação, estão bastante relacionados à qualidade e usabilidade dos espaços”, afirma Marcio Wellington, Sócio-diretor da Vitah Arquitetura. Além disso, segundo Juliana, em projetos de estabelecimentos de saúde, é grande a preocupação em empregar materiais de acabamento como pisos, revestimentos de paredes, forros e mobiliários adequados que transmitam a sensação de bem-estar e, ao mesmo tempo, higiene e segurança. A Instituição possui uma grande preocupação com sustentabilidade e, por possuírem edifícios certificados, o emprego de materiais de acabamentos obedecem aos cadernos de padronização da instituição, onde grande parte dos materiais possuem certificação e contam pontos para o Green Building. “Privilegiamos a iluminação natural e a temperatura de conforto para o paciente, graças ao layout bem resolvido e ao emprego de materiais e soluções com 156
Health ARQ
O Projeto Arquitetônico para implantação da nova unidade de Hemoterapia do Hospital Albert Einstein visou organizar e modernizar espaços complexos do laboratório como sala de biologia molecular, sala de processamento, sorologia, aférese terapêutica, armazenamento e áreas administrativas e de apoio logístico em um total de 1.640 m², localizada no 3º andar do bloco “E” da instituição. O projeto conta também com ampla sala de coleta de sangue para pacientes e doadores, contendo 14 poltronas para doação e duas poltronas para sangria terapêutica, bem como ampla sala de aférese terapêutica com cinco leitos. “O grande desafio deste projeto foi entender a dinâmica de trabalho dos subsetores envolvidos na Unidade de Hemoterapia, desde a coleta do sangue durante a doação até o processamento, análise, armazenamento e transfusão do material coletado. Trata-se de ambientes que são altamente assépticos e estão precisamente bem posicionados de forma que a ocupação dos espaços permita que o fluxo da operação da unidade seja o mais funcional possível, aumentando a produção e garantindo a confiabilidade do material coletado”, ressalta a arquiteta Juliana.
“O cuidado com a higiene do local se dá desde a criteriosa escolha dos materiais e acabamentos, até a implantação do sistema de ar condicionado. As torneiras possuem fotocélulas que podem ser acionadas e fechadas sem que haja a necessidade de tocá-las. O revestimento em manta vinílica escolhido para o piso garante uma superfície lisa, e sem porosidade, o que evita acúmulo de sujeira e permite fácil limpeza”, salienta Wellington, Sócio-diretor da Vitah Arquitetura. Além disso, as paredes são revestidas com tinta acrílica hospitalar, pintura especial que permite ser lavada com facilidade sem perder as características originais e que não possui cheiro. As bancadas de trabalho são revestidas em aço inox, o garante a impermeabilidade, a durabilidade e facilita a assepsia das mesmas. “Toda a Unidade de Hemoterapia é climatizada com sistema dedicado, com destaque da climatização das salas limpas, onde o sistema de ar condicionado foi projetado para trabalhar com pressão positiva e negativa, assim como nas salas de biologia molecular, evitando a contaminação do ar nas áreas mais críticas”, dizem os arquitetos.
Retrofit
Entre as obras de melhorias do Hospital Albert Einstein está o retrofit da Unidade de Terapia Semi-Intensiva, que possibilita a adequação de todas áreas de apoio existentes, a implantação de dois novos leitos de UTI Semi-Intensiva e a modernização e padronização dos acabamentos de todo o setor. Ao todo, são 1.850 m² de projeto, distribuídos em 43 leitos de UTI (sendo 41 existentes + dois novos), que proporcionarão maior segurança, conforto e bem-estar aos pacientes. “O desafio deste projeto foi a otimização dos ambientes de apoio, para possibilitar a criação de dois novos leitos, tendo como premissa o atendimento integral às normas e ao programa de necessidades. Contudo, foi possível, e o resultado foi realmente surpreendente”, garante Juliana Khouri, Sócia-diretora da Vitah Arquitetura
“O grande desafio do projeto da Hemoterapia foi entender a dinâmica de trabalho dos subsetores envolvidos na Unidade. Trata-se de ambientes que precisam ser limpos e estar precisamente bem posicionados de forma que a ocupação dos espaços permita que o fluxo da operação da unidade seja o mais funcional possível, aumentando a produção e garantindo a confiabilidade do material coletado” Juliana Khouri e Marcio Wellington, arquitetos e Sócios-diretores da Vitah Arquitetura Health 157 ARQ
Ampliação
ARQ reforma
Hospital Albert Einstein - Sala Coleta de Sangue HD
Toda a identidade visual do andar foi readequada para seguir os padrões inerentes à instituição. No projeto, foi proposta a substituição de todos os pisos, tanto vinílico quanto o cerâmico das áreas de apoio, revestimentos de paredes (cerâmicos e vinilicos) e forros de gesso acartonado e modulares removíveis. Além de mobiliários e marcenarias, protetores de paredes (bate macas) e da iluminação, tornando a UTI Semi intensiva uma moderna e segura área de atenção ao paciente. “Por se tratar de uma área crítica, a escolha dos acabamentos é um grande ponto de atenção no projeto. A correta especificação dos acabamentos garante a facilidade da higienização 158
Health ARQ
de toda a unidade, além de contribuir para a diminuição dos riscos de infecção hospitalar”, diz Wellington. O piso especificado foi a manta vinílica com rodapé curvo em todas os apartamentos, circulações e áreas de apoio secas, por ser liso e ter a possibilidade de solda entre as peças. Nas áreas molhadas (apoios como DML, Sala de Utilidades, Resíduos e Banheiro dos Pacientes), a proposta foi de piso em porcelanato antiderrapante com rejunte epóxi. Já nas paredes de toda a unidade (exceto áreas de apoio molhadas que serão revestidas com cerâmica), o projeto propôs pintura acrílica hospitalar sem cheiro com aplicação de revestimento vinílico de parede
a meia altura no padrão da instituição e a instalação de modernos acessórios protetores de paredes como bate macas, corrimãos e cantoneiras de PVC. O forro predominante da unidade é de gesso acartonado liso com pintura. O forro dos banheiros, por serem áreas que demandam vapor dos banhos tiveram uma atenção especial com a especificação de um material resistente à umidade, forros Hidrófugos. “Em áreas onde há ruído excessivo de pessoas como circulações, postos de enfermagem, confortos e entrada dos apartamentos, empregamos no projeto o forro removível acústico em placas 0.625 x 0.625m, pois proporcionam além da melhoria do conforto acústi-
co, facilidade de acesso às instalações que estão sobre eles”, contam. Todos os mobiliários em marcenaria serão revestidos em laminado melamínico e os tampos das bancadas, tanto dos apartamentos quanto dos postos de enfermagem serão em Superfície Solida Mineral (SSM), que garante leveza e requinte ao local, além de serem fáceis de higienizar. “Outro ponto de destaque ficou com a criação de uma nova identidade para o painel de gases medicinais, contemplando todos os itens necessários para uma UTI Semi Intensiva, como por exemplo, pequenos equipamentos médicos e monitores embutidos”, finalizam os arquitetos.
Expertise
Unidade Alphaville O investimento na construção do prédio do Hospital Albert Einstein em Alphaville, em São Paulo, concluída em novembro de 2012, é uma mostra do crescimento do setor de Saúde no Brasil. “A própria economia, tem um impacto muito grande pelas questões da saúde. A empregabilidade neste setor chega a 30% no mundo. Por isso, eu entendo que a saúde não é um assunto restrito aqueles que trabalham na área. Ela é uma ferramenta importante no contexto global da sociedade maior”, comenta Claudio Lottenberg, Presidente do Hospital Israelita Albert Einstein. A edificação foi construída em 14 meses, em uma única etapa, que contou com a integração entre a construtora, hospital e projetistas. “Executamos a construção completa, por empreitada global e implantando tecnologia em todo o processo através de nosso conhecimento avançado das necessidades de infraestrutura hospitalar”, revela Oscar Favero, Diretor da Afonso França Engenharia.
Centro de Oncologia
A reforma do Centro de Oncologia do Hospital Albert Einstein apresentou um grande desafio à equipe que executou a obra: conciliar o processo ao hospital em funcionamento. “Havia muita interferência com as áreas ocupadas, principalmente nas instalações, pois parte delas eram comuns ao hospital em funcionamento. Além disso, o prazo foi arrojado e desafiante”, conta Antonio Carlos Marchini, Diretor da Afonso França Engenharia. Para que o funcionamento do hospital não fosse abalado durante as quatro etapas da obra foi desenvolvido um planejamento prévio e detalhado junto a engenharia e manutenção do hospital, tanto para os isolamentos corretos e seguros das áreas, quanto sobre toda a parte técnica, para não oferecer nenhum risco de paralisação das áreas em funcionamento. “Dado esse planejamento detalhado, a execução foi feita fielmente conforme planejado, obtendo pleno sucesso na execução da obra”, garante o Diretor. A tecnologia foi uma importante aliada na obra, oferecendo demolições silenciosas, equipamentos para transporte e içamento compactos. “A tecnologia também contribuiu com o planejamento para que as áreas fossem isoladas, afim de manter a obra totalmente sinalizada e segura para o paciente”, ressalta Marchini. Para garantir a qualidade do processo, foi aplicado
o Sistema de Gestão Integrada da construtora, que também visou a preservação do meio-ambiente, destinando todo o entulho da obra para bota-foras homologados e legalizados. “Nosso cuidado se estendeu também para a segurança dos usuários do prédio, uma vez que tivemos o cuidado para que toda a demanda hospitalar pudesse ser atendida com contingência”.
Unidade Ibirapuera
Esta unidade da instituição passou por reforma e ampliação do Pronto Atendimento. Dividido em duas etapas, o processo apresentou dificuldades semelhantes as da obra do Centro de Oncologia: executar as obras com o hospital em funcionamento. “Precisamos subdividir cada uma das etapas em várias fases, para possibilitar o funcionamento da unidade durante a execução das obras”, revela Oscar Favero, Diretor da Afonso França Engenharia. Para garantir que o atendimento não fosse interrompido, foram isoladas as áreas de pacientes. “Além disso, fizemos uso da tecnologia para nos auxiliar. Alguns equipamentos diferenciados nos permitem evitar transtornos aos pacientes, com baixo índice de barulho, poeira e aumento na produtividade, minimizando o tempo de áreas isoladas”, conta Favero.
A Afonso França, com mais de 20 anos no mercado de construção civil, conquistou respeitável experiência, através de sua forte atuação nos segmentos Hospitalar, Industrial, Comercial e Edifícios Corporativos. A área da saúde está em constante renovação, adequando-se às novas tecnologias, com equipamentos sofisticados, e, devido ao seu know-how em construção hospitalar e farmacêutica, a empresa estará sempre em busca das oportunidades de mercado nessa área. A Afonso França possui expertise em realizar obras em sites em funcionamento, sem comprometer o bom andamento das atividades do cliente o que demanda constante atualização técnica na busca de novos produtos, equipamentos e métodos construtivos diferenciados, bem como, investe na melhoria contínua da qualidade dos serviços prestados, parcerias com fornecedores, desenvolvimento das equipes e alinhamento na gestão.
* Na 13ª Edição da Revista HealthARQ publicamos uma matéria sobre a Clínica de Oncologia do Hospital Albert Einstein. Gostaríamos de informar que o projeto da fachada da instituição foi Health desenvol159 vido pela Kahn do ARQ Brasil.
Eventos 2015 MAIO
Evento: Congresso de Arquitetura e Engenharia da FBAH Será realizado simultaneamente a Feira + Fórum HOSPITALAR, organizado pela Federação Brasileira de Administradores Hospitalares - FBAH. Local: Expo Center Norte (Auditório) – São Paulo Data: 19 e 20 de maio
JUNHO
Evento: European Congress for Hospital Engineering Sexto Congresso Europeu de Engenharia Hospitalar. Em paralelo, será realizada a reunião do conselho mundial da IFHE, International Federation of Hospital Engineering. Local: Turku - Finlândia Data: 3 e 4 de Junho Mais informações: www.eche2015.fi Evento: European Healthcare Design 2015 Organizado pela “Architects for Health” e SALUS Global Knowledge Exchange, Congresso Europeu para o Design da Saúde 2015 Local: Royal College of Physicians - Londres Data: 22 a 23 de Junho Mais informações: www.europeanhealthcaredesign.eu
JULHO Evento: 11th Design & Health World Congress & Exhibition Congresso Mundial da Design and Health. Contará com a participação do Presidente da ABDEH, Prof. Marcio Oliveira, na Comissão Científica, o congresso terá a participação de diversos expoentes da arquitetura e engenharia hospitalar do continente Asiático. Local: Hong Kong – China Data: 15 a 19 de julho Mais informações: www.designandhealth.com EXPEDIENTE Publisher: Edmilson Jr. Caparelli Diretora-administrativa: Lúcia Rodrigues Diretor-executivo: Marcelo Caparelli Diretor de Marketing: Jailson Rainer Diretora de Eventos e criação: Erica Almeida Alves Diretor-comercial: Edmilson Ferrari Editora da Health-ARQ: Patricia Boneli Redação: Carla de Paula Pinto, Thaia Duó e Thiago Cruz Colaborador: Guilherme Batimarchi Produtora de Arte: Valéria Vilas Bôas Gerente de Clientes: Giovana Teixeira
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