Healthcare Management 29ª Edição

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EXPEDIENTE

PublishEr Edmilson Jr. Caparelli - ecaparelli@grupomidia.com DIRETORA ADMINISTRATIVA Lúcia Rodrigues - lucia@grupomidia.com Diretor executivo Marcelo Caparelli - marcelocaparelli@grupomidia.com Diretor de marketing Jailson Rainer - jailson@grupomidia.com DIRETORA DE EVENTOS Erica Almeida Alves - erica.alves@grupomidia.com diretora COMERCIAL Giovana Teixeira - giovana@grupomidia.com Gerente comerciaL Gislaine Almeida - gislaine@grupomidia.com CONSELHO EDITORIAL Edmilson Jr. Caparelli, Erica Alves, Jailson Rainer, Lúcia Rodrigues e Marcelo Caparelli

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EDITORIAL

A Influência da

Inovação

Caro leitor, “Cada piloto tem um limite. O meu é um pouco acima dos outros.” As palavras do nosso ídolo Ayrton Senna nos ensinam que aumentar nossos limites com persistência, trabalho e dedicação são fundamentais para a vitória, para a conquista e a admiração de todos. E este é o objetivo do nosso Especial “100 Mais Influentes da Saúde”: reconhecer a dedicação e o trabalho desempenhados pelos principais nomes de nossa comunidade da Saúde. Vamos, aqui, aplaudir e coroar as vitórias conquistadas por eles nesse último ano. Contudo, esta não foi uma tarefa fácil para a nossa equipe. Afinal, mesmo com todos os entraves do nosso setor, o Brasil vem abrindo espaço para a inovação e são muitos os nomes que colaboram para este avanço. Os homenageados foram eleitos pelo conselho editorial da revista que analisou fatores como visibilidade da pessoa no mercado, grandes ações realizadas durante a sua gestão, além de outras medidas estratégicas de destaque lideradas por essas grandes referências. Para tanto, o Especial está dividido em 25 categorias que visam abranger os principais segmentos da Saúde. Cada categoria traz quatro nomes que atuam naquele segmento específico. São gestores, CIOs, CEOs, dentre outros que tiveram uma importante atuação neste último ano. Buscamos contemplar toda a comunidade da Saúde, com categorias que vão desde a arquitetura, construção civil, tecnologia, negócios, operadoras, home care, indústria, personalidade pública, até nossos gestores hospitalares. Não espere encontrar números que justi8

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fiquem a nossa escolha. Não acreditamos que o poder de influenciar os novos rumos do setor, bem como trazer novos horizontes para a Saúde, possam ser resumidos em gráficos e tabelas. Nossa intenção, como dito anteriormente, é homenagear aqueles que tanto nos inspiram. Além dos “100 Mais Influentes da Saúde”, o leitor também poderá conferir o especial “Regiões do Brasil”. Desta vez, trazemos cases de sucesso dos Estados de Minas Gerais e São Paulo. Neste espaço, os gestores de diversas instituições contam como venceram desafios para garantir a sustentabilidade em todas as esferas: social, ambiental e econômica. Esta edição também traz uma nova proposta: Perfil. O objetivo é conhecer opiniões e valores que vão além da fronteira do Negócio de grandes personalidades da Saúde. Começamos pelo CEO do Grupo São Cristóvão, Valdir Pereira Ventura. Um homem que venceu os desafios de liderar uma grande instituição de saúde após 32 anos de trajetória no setor automobilístico. Esse e tantos outros exemplos resumem o nosso propósito: vencer nossos limites. Boa leitura! Edmilson Jr. Caparelli Publisher

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NESTA EDIÇÃO

Março - abril 18

saúde

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especial região sul

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pontuando a gestão Pesquisador Chao Lung Wen fala sobre Telemedicina e Telessaúde no Brasil

foco na gestão

20 O trade-off entre risco e retorno existente

nas políticas alternativas de financiamento de curto prazo no mercado de saúde Artigo de Paulo Cesar Zaparolli de Souza Lima

72 80

32 Revolução no ensino médico health-it

38 A contribuição do suporte técnico no sucesso dos projetos de TI

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40 Inovação Medicina de média e alta complexidade feita com excelência no Hospital Santa Rosa

A conquista de novas possibilidades de mercado e inovadoras metas de segurança do CPO

Artigo de Avi Zins

Prevenção de riscos

Grupos de Gestão em todo o Hospital do Câncer de Muriaé garantem a qualidade dos atendimentos

100 Atenções primordiais Sob novo modelo de governança corporativa, hospital renova todos os procedimentos de segurança Indicadores e gestão de riscos na prática diária em uma instituição hospitalar

sustentabilidade Artigo de Márcia Mariani

Phase in / Phase out – do analógico para o Digital

além dos negócios

166 Marco Regulatório e os desafios para o investimento

O DNA da inovação Professor da Universidade de Duke (EUA) fala sobre tecnologia na saúde e o futuro dos hospitais

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108 Por uma nova visão do mundo

Hospital as a service

Artigo de Nubia Viana

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Mapeamento estratégico

100 Metas executáveis

Artigo de Fernando Vogt

60

Assertividade do trabalho

94 Desdobramentos

Artigo de Arthur Chioro, Henrique Paim e Luís Inácio Adams

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Do reconhecimento ao colaborador à estratégia de Qualidade. Esses são alguns dos fatores de sucesso do Hospital viValle

Hospital Villa-Lobos e seu controle diário para garantir segurança a pacientes e funcionários

olhar na capacitação

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Excelência na missão

Paciente como centro da gestão. Assim é o Hospital Socor e sua busca por melhoria da qualidade e segurança da assistência

22 Os benefícios da prevenção A promoção da saúde realizada pelo Instituto de Medicina Preventiva do Hospital Mãe de Deus

Aperfeiçoamento profissional Hospital Municipal de Uberlândia aposta em estratégias de recursos humanos e obtém excelência em seu corpo clínico

Artigo de Evaristo Araujo

168 Conscientização dos processos

Assessoria jurídica e a sua importância na minimização de riscos de toda a instituição hospitalar

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170 Inspirar pessoas Do setor automobilístico para um dos principais grupos de Saúde do País

espaço médico

172 Vamos continuar falando de inovação Artigo de Franco Pallamolla

174 Parceria para inovar Banco de células-tronco de sangue de cordão investe em parcerias com centros de pesquisas, hospitais e maternidades

escolha certa

178 Fortalecimento à assistência OSS apoiam a recuperação de hospitais para levar mais qualidade ao atendimento

182 Cálculo exato Com apenas 200 m², o Grupo Infinita, em parceria com Hospital Daher, proporciona completo centro de imagem para pacientes

PONTO DE VISTA

190 As políticas industriais de Saúde no setor de produtos médicos

Artigo de Carlos Goulart

192 A Saúde do Brasil

Livro publicado pelo INDSH traz o mapeamento da história da Saúde brasileira

ALTA NOS NEGÓCIOS

200 A semana da saúde

As melhores soluções e as últimas tendências do setor reunidas em um só lugar

Modelo de atendimento

204 Sistema de Saúde não pode ser Único Artigo de Yussif Ali Mere Jr

208 PONTO FINAL Desafios

Ultrapassar barreiras para a inovação brasileira

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Categorias:

116 Análises Clínicas 118 Arquitetura 120 Assessoria e Consultoria 122 Associações e Federações 124 Atendimento SUS 126 Construção Civil 128 Diagnóstico por Imagem 130 Distribuição 132 Educação 134 Empresários 136 Engenharia Clínica 138 Gestão Filantrópica 140 Gestor Hospitalar - Especialidades 142 Gestor Hospitalar - Geral 144 Gestor Hospitalar - Referência 146 Gestor de Suprimentos e Logística 148 Gestor de Tecnologia 150 Home Care 152 Indústria 154 Materiais e Insumos 156 Negócios 158 Operadoras 160 Personalidade Pública 162 Qualidade e Segurança 164 Tecnologia da Informação março | abril 2014 healthcaremanagement.com.br

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DIAS Fotos: Divulgação

Destaque Brasileiro integra subcomitê de padrões da JCI Indicado pelo board da Joint Commission International (JCI), Heleno Costa Júnior, Coordenador de Educação do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), passa a integrar o Subcomitê de Padrões do Comitê de Acreditação da JCI. Formado por 16 membros, Heleno é o único brasileiro a fazer parte do subcomitê. Sua principal função é contribuir com as definições relativas a todos os manuais e respectivos padrões utilizados pela JCI no Programa de Acreditação Internacional. “Minha participação tem a ver com a oportunidade de manter os manuais e respectivos padrões atualizados e efetivos no sentido de garantir um melhor nível de excelência nos processos e atividades desenvolvidas nas instituições de saúde, por meio de um diferencial na prestação de cuidados com qualidade e segurança”, explica.

Tecnologia Hospital Moinhos de Vento oferece tecnologia para controle de dores crônicas Dores crônicas pós-traumáticas e pós-operatórias ou aquelas decorrentes de câncer podem ter indicação de seu controle através de técnicas e tecnologias inovadoras, com método menos invasivo. A novidade já existe no Hospital Moinhos de Vento e utiliza implantes de dispositivos como neuroestimuladores medulares e bombas de infusão de medicamentos, que podem ser regulados através da pele. O método também atua no controle de dores provenientes de doenças vasculares isquêmicas e crônicas pós-cirurgia na coluna. Segundo o especialista em tratamento de dor e cuidados paliativos, Marcos Sperb Bicca da Silveira, a tecnologia e expertise para a implantação destes dispositivos via percutânea é menos invasiva do que a tradicional.

Nova gestão Hospital São Lucas nomeia novo Diretor-geral O Hospital São Lucas, em Copacabana, empossou o novo Diretor-Geral, Lincoln Bittencourt. O médico atua há 13 anos na instituição e tem pela frente a missão de reposicionar o hospital como referência em atendimento de casos de alta complexidade; investir em tecnologia e inovação, focando nas áreas de cardiologia e oncologia; realizar expansões e fomentar o debate científico por meio da realização de cursos e sessões clínicas. O gestor tem 33 anos de experiência em terapia intensiva e em clínica privada. “Aceitei o desafio em função de conhecer bem o hospital e acreditar em nossos colaboradores. Poderei aplicar toda a experiência adquirida durante os últimos anos à frente da direção médica para elevar o São Lucas a um patamar ainda melhor em termos de qualidade e segurança assistencial.”

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Brasil encontro OMB debate gestão estratégica no setor Odontológico A 2ª Edição da OMB (Odonto Management Brazil) reuniu, em São Paulo, cirurgiões-dentistas e gestores de empreendimentos no setor com o objetivo de levantar estratégias para valorização do profissional da odontologia, como oportunidades de aumentar o ganho com as horas trabalhadas e com o trabalho de sua equipe. “Tentamos mostrar que a gestão é um trabalho contínuo, que precisa ser acompanhada de perto pelos gestores e proprietários dos empreendimentos, representando um fator decisivo entre o sucesso e o fracasso”, afirmou André Ramos, Diretor Executivo da Blue Ocean Business Events, realizadora do encontro. A valorização do cliente, os controles financeiros, a gestão de recursos humanos e a gestão jurídica também foram questões abordadas durante o encontro.

Foto: Blue Ocean Business Events, por Lilyana Israele

Conhecimento Cryopraxis obtém aprovação de patente de terapia celular nos EUA A Cryopraxis, empresa que atua na coleta e armazenamento de células-tronco de sangue de cordão umbilical no Brasil, e integrante do grupo Axis Biotec, obteve a aprovação de sua patente de terapia celular nos Estados Unidos. Oriunda de uma parceria com a Universidade do Sul da Flórida (USF) e a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), a patente aprovada consiste em um método de tratamento para angina refratária que utiliza uma inovadora formulação específica de células-tronco. Este produto, nomeado ReACT®, representa uma esperança para aqueles pacientes que sofrem de angina refratária e para os quais não há opção terapêutica. Além dos Estados Unidos, a patente desta tecnologia também foi depositada no Brasil e em outros sete países, cujas análises ainda não foram concluídas.

Posse Unimed-BH dá posse à nova Diretoria A nova Diretoria da Unimed-BH tomou posse durante a inauguração de duas unidades e pelo reconhecimento no Programa Nacional de Acreditação das Operadoras de Planos de Saúde, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A operadora mineira acaba de receber a acreditação no nível mais alto do programa, com a melhor avaliação do país. Os novos diretores executivos são (da esquerda para direita) José Augusto Ferreira, Diretor de Provimento de Saúde, Luiz Fernando Neves Ribeiro, Diretor-comercial, Samuel Flam, Diretor-Presidente, Múcio Pereira Diniz, Diretor-administrativo Financeiro, e Paulo Pimenta de Figueiredo Filho, Diretor de Serviços Próprios. Na última gestão, a Unimed-BH alcançou a marca de 5,5 mil médicos cooperados e 1,2 milhão de clientes.

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DIAS

Fotos: Divulgação

Aliança InterSystems ingressa na GA4GH A Intersystems ingressou recentemente na Global Alliance For Genomics and Health (GA4GH), associação sem fins lucrativos formada por 148 instituições globais de pesquisa biomédica, provedoras de serviços de saúde, empresas de tecnologia da informação e ciências biológicas, financiadores de pesquisas e entidades jurídicas ligadas a doenças e pacientes. A GA4GH tem como foco auxiliar na aceleração do potencial da medicina genômica com o objetivo de proporcionar avanços à saúde. “A enorme quantidade de conhecimento sobre o genoma humano, combinado com o surgimento dos prontuários eletrônicos estão criando um volume de informações sem precedentes. O desafio é encontrar uma maneira de capturar, compartilhar e agir sobre esses dados”, diz Paul Grabscheid, Vice-presidente de Estratégias da InterSystems.

Encontro LatAm Healthcare IT Summit 2014 A LatAm Healthcare IT Summit 2014 reuniu gestores da Tecnologia da Informação da América Latina com o objetivo de debater assuntos pertinentes à saúde. Durante o encontro, foram realizados vários fóruns que contaram com a participação do Presidente da Associação Colombiana de Informática em Saúde (ACIESA) e também Diretor-médico da Fundação Instituto de Cardiologia Cardioinfantil da Colômbia, Carlos Arteta Molina; e o Presidente da Associação de Informática Médica da Argentina, Alan David March. Entre os temas foi discutida a perspectiva ética na área de informática na Saúde. O evento também contou com a presença de Luiz Tizatto, Presidente da Continua Health Alliance Brazilian; Luis Kiatake, Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (Sbis); e Marivan Santiago Abrahão, da Health Level 7 (HL7) Brasil.

Alerta Resistência de bactérias a antibióticos é ameaça global Um novo relatório realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o uso inadequado de antibióticos é uma “ameaça global”. Assim, mortes por doenças já tratadas há décadas podem ser a nova causa de óbitos. A pesquisa foi feita em 114 países e indicou que essa resistência ocorre em “todas as regiões do mundo”. O relatório cita que a sociedade caminha rumo à “era pós-antibiótico” e que, com isso, haverá consequências “devastadoras”. Foram avaliadas sete doenças comuns, porém sérias, como a diarreia, infecções sanguíneas e pneumonia. Segundo o documento, dois antibióticos-chave já não funcionam em mais da metade dos pacientes. Para a OMS, novos antibióticos devem ser desenvolvidos, mas governos e indivíduos devem tomar medidas urgentes para retardar o processo de resistência das bactérias.

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Mundo Apps Tecnologia a favor da dieta Pesquisadores da Universidade de Missouri (EUA) descobriram que aplicativos de smartphones podem ajudar na dieta, integrando mudanças saudáveis no dia a dia. Segundo o estudo, as recomendações para perder peso são as mesmas de décadas atrás, contudo, a geração atual pode contar com a tecnologia, uma vez que esta fornece novas ferramentas, como banco de dados nutricionais. A tecnologia auxilia na aprendizagem de autocontrole, busca pela resolução dos problemas e mudança de comportamento. O estudo indicou que as pessoas exploram diversos meios para perder pesos, sendo os apps um deles, como aqueles que rastreiam comportamentos como ingestão calórica e exercícios. A pesquisa “Successful Weight Loss: How Information Technology Is Used to Lose” foi publicada no Journal of Telemedicine and e-Health.

Parceria Parceria desenvolve sistema de administração médica no México A everis e a Telmex, companhia mexicana de Telecomunicação, desenvolverão juntas o Sistema de Administração Médica e Informação Hospitalar (SAMIH) em 31 hospitais da rede do governo da Cidade do México. O SAMIH, suportado pela solução tecnológica ehCOS®, será implementado ao longo de dois anos e inclui 490.520 horas de formação presencial e em linha para médicos, enfermeiros e pessoal administrativo dos 31 hospitais. O objetivo é garantir a identificação única dos pacientes e a interoperabilidade do SAMIH com o restante das aplicações clínicas e administrativas, tanto da própria Secretaria de Saúde como de órgãos federais. Entre os benefícios do projeto estão a eficiência e redução de custos, diminuição do tempo de espera do beneficiário, simplicidade e agilidade no agendamento de pacientes.

Avanços Canadá investe em Telehomecare Um trabalho realizado entre o Telus Health e financiado pelo governo de Ontário, Canadá, e pela Rede de Telemedicina de Ontário (OTN) desenvolveu o serviço telehomecare que fornece monitoramento diário da saúde para pacientes com doença crônica pulmonar e insuficiência cardíaca. A medida oferece soluções de Telemedicina que permitem às organizações de saúde e aos profissionais prestarem cuidados virtuais. A telehomecare auxilia no aprendizado e gerenciamento dessas doenças a milhares de canadenses. Como resultado, os hospitais e centros de cuidados comunitários estão reduzindo significativamente os custos, os atendimentos de emergência e as internações hospitalares. O estudo “The future of health care delivery: Telehomecare” foi escrito por Michael Guerriere, consultor e CMO da Telus Health.

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Prêmio Inova Saúde 2014 Durante o III Encontro Anual de Associados da ABIMO ocorreu a premiação da quinta edição do Prêmio Inova Saúde, promovido pela associação como incentivo à inovação. “O Inova Saúde tem como propósito compartilhar com todo o setor da saúde as conquistas e os progressos da nossa indústria. Além disso, pretendemos inspirar e incentivar todas as companhias a investirem em novas tecnologias, produtos e serviços”, disse Paulo Fraccaro, Presidente-executivo da ABIMO, durante o evento. O idealizador do prêmio, Luiz Calistro Balestrassi, anunciou os finalistas: o Vitreófago com Phaco, da Apramed; a Endoprótese Autoexpansível, da Braile; o Cardioversor composto por Desfibrilador Bifásico e Monitor Multiparamétrico, da Lifemed; o Stent Farmacológico, da Scitech; e a Incubadora de Cuidados Intensivos, da Fanem, que foi a grande vencedora. Confira a cobertura completa no portal Saúde Online.

Confira a última edição da HealthARQ no Saúde Online A 11ª edição da revista HealthARQ traz projetos e construções de sucesso no mercado de saúde. A matéria de capa apresenta detalhadamente o que foi implantado no novo investimento do Grupo de Medicina Diagnóstica Fleury em São Paulo: o Centro Cardiovascular e Neurológico. Além disso, os leitores poderão conhecer o projeto que norteia as futuras instalações do complexo integrado do novo INCA, no Rio de Janeiro, que contará com uma ponte suspensa para abrigar o centro de pesquisa da instituição. A edição apresenta ainda uma entrevista exclusiva com o arquiteto e paisagista Benedito Abbud, falando sobre sustentabilidade e paisagismo para o ambiente hospitalar.

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Agende-se! O Saúde Online traz a agenda completa dos principais eventos que acontecem no setor da saúde. São encontros direcionados para todas as especialidades do setor como TI, Sustentabilidade, Hotelaria, Arquitetura Hospitalar, dentre outros quesitos que permeiam pontos fundamentais da gestão hospitalar. Você também confere a cobertura completa dos principais debates que acontecem no segmento e entrevistas exclusivas com gestores, CIOs, especialistas, dentre outros profissionais.

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saúde

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pontuando a gestão

Telemedicina

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oordenador do Núcleo de Telemedicina e Telessaúde do HC-FMUSP e Presidente do Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde, Chao Lung Wen defende, em entrevista exclusiva à revista Healthcare Management, a parceria entre governo, universidades e empresas. Ele também aposta no crescimento de Telehomecare e pontua diversos fatores que merecem atenção na Telemedicina no País, como o investimento em infovias. Confira também como é o hospital do futuro para este grande pesquisador brasileiro.

Como o sr. analisa o potencial do mercado brasileiro para as empresas de tecnologia que desejam investir em Telemedicina? A questão principal não é tecnologia, mas sim gerar serviços que agreguem valores. Algumas empresas pensam em trazer apenas o equipamento para cuidar de queda de idosos, por exemplo. Isso é tecnologia, mas não é serviço. Todas as empresas que proporcionarem tecnologias adequadas e homologadas para as condições brasileiras e que se aliarem a serviços de profissionais de saúde darão certo. A melhor propaganda não é a redução de custo, e sim mais humanização.

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E como é o mercado profissional nesse nicho da Medicina? As áreas que vão crescer muito serão a área de homecare ou telehomecare para fazer o complemento da recuperação e atendimento domiciliar. As tecnologias que facilitam o pronto atendimento também despontarão no mercado. Aposto também no fortalecimento no telediagnóstico.

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Como o sr. avalia o incentivo do governo brasileiro à Telemedicina? Temos que pensar na consolidação dos serviços, ou seja, na organização dos aspectos ético-jurídicos em relação a serviços prestados, na normatização do que pode ser ofertado dentro do Estado e interestadual. Outro ponto carente é o investimento em cofres digitais para armazenamento seguro de dados. A ampliação da conectividade móvel também é urgente. As operadoras de telefonia e de comunicação deveriam fazer um plano estratégico com o governo para a distribuição das infovias. Por fim, deveria ser institucionalizada a obrigatoriedade de matérias de Telemedicina e Telessaúde.

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Como é a parceria entre governo, universidade, hospitais? O governo federal está tomando algumas iniciativas chamadas de detecção de tecnologias emergentes. Basicamente, são as tecnologias que, em cinco anos, serão amplamente utilizadas. Essa ação deveria ser

mais frequente, pois todas as tecnologias emergentes com validação universitária seriam, assim, adequadas. A parceria universidade, governo e empresa é uma fórmula muito boa. O governo tem a proposta de investir cerca de R$ 20 milhões na ampliação dos serviços de tele-emergência no Incor. Em que fase está o projeto? Está na fase de validação institucional. Foi montado um dispositivo eletrônico que está sendo colocado em alguns lugares ligados ao Pronto-socorro, 24 horas por dia. Trata-se do teste de validação de tele-emergência cardiológica. Toda vez que alguém tiver algum problema vai para o Pronto-socorro. Quando o profissional daquele local não dominar o assunto, ele ativa o apoio de um cardiologista que o ajuda a fazer um manejo clínico.

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Outro projeto é Telemedicina em apoio à atenção primária que a USP também atuou. Como anda esta proposta?

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Chao Lung Wen

A atenção primária é, primordialmente, garantir uma qualidade de saúde da sua comunidade. O que significa desenvolvimento de grandes ações de prevenção e conscientização sobre riscos. O projeto envolve uma grande intervenção em orientações, prevenções e mudança de atitude. O que ainda não tem sido visto como uma prioridade para a Telessaúde. Precisamos caminhar para outra fase que é levar mais qualidade para cada um dos pontos que tem Telessaúde. Como é a Telemedicina em países como Rússia, Índia, China que têm as mesmas extensões do Brasil? Esses países estão incrementando serviços especializados à distância. Na China, você pode ir às comunidades que não têm médico, mas há outros profissionais de saúde, pois há um trabalho cooperado. No Canadá, ou na Austrália, a saúde indígena conta com serviços especializados no ponto, oferecendo e realizando serviços de qualidade do local remoto, que tem um ambulatório digital interligado para fazer contato. Lá, você tem uma sala de consultório com videoconferência, macas, foco e ali já é um local de consultório e interação profissional. Em época de inverno, por exemplo, não

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é possível se deslocar, por isso a conectividade exerce um papel fundamental para tomar decisões.

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Como é o acesso a tecnologias e equipamentos para Telemedicina no Brasil? A primeira análise de equipamentos tem muito mais a ver com a conectividade e operadoras de telefonia, pois sem isso não há Telemedicina. Em segundo está a área computacional, seja microcomputador, ultrabook ou smartphone. Depois temos os equipamentos de fato. No Brasil, grandes empresas estão fornecendo equipamentos de ponta para fins diagnósticos, como ultrassom portátil, sistema radiológico de menor porte, oxímetro, monitores digitais de UTI. Acredito que os equipamentos de maior custo poderiam se tornar unidades móveis baseadas em containers, com uma unidade de transmissão e laudagem diagnóstica. Como o sr. analisa o futuro dos hospitais frente à Telemedicina? O hospital do futuro teria uma central de telehomecare onde os pacientes pós-alta imediata possuíssem um acompanhamento domiciliar constante. Também vejo um espaço de convivência em saúde que,

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enquanto os pacientes são internados, seus familiares teriam este local para entender com mais profundidade sobre como lidar com a situação em casa e como reduzir riscos. Os hospitais do futuro precisarão, também, ter uma área específica para capacitação profissional continuada em todos os níveis. E haveria alguma diferença entre os hospitais de pequeno e grande porte? Os hospitais grandes e de referência terão uma central de tele-laudagem e tele-diagnóstico, ofertando o serviço de qualidade para locais menos especializados. Afinal, à medida que os equipamentos se tornam digitais, as informações são trafegáveis no sistema de comunicação. Estas instituições também terão consultórios interativos. Teremos, então, unidades interativas diferentes de acordo com o porte. Os hospitais menores deverão, obrigatoriamente, ter uma central de um consultório interativo, porque é a porta para interação com os hospitais de referência, seja para discutir um caso clínico específico, ou para a HCM área de laudos.

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Participe! Escolha o próximo entrevistado do “Saúde 10”. É simples! Envie sua sugestão para o e-mail: redacao@grupomidia.com Sua indicação pode ser publicada na coluna!

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FOCO NA

G ESTÃO Artigo

O trade-off entre risco e retorno existente nas políticas alternativas de financiamento de curto prazo no mercado de saúde Por Paulo Cesar Zaparolli de Souza Lima

Para a elaboração do planejamento financeiro em uma organização pertencente ao mercado de saúde, esteja ela posicionada para oferta de serviços de saúde ou como compradora desses serviços, é necessário escolher, adequadamente, qual a política de financiamento do ativo circulante (leia-se financiamento de curto prazo/capital de giro) que iremos utilizar. É sabido que o mercado de saúde brasileiro atravessa um momento de consolidação e demanda crescente por serviços, mas ainda identificamos pequenas, médias e até grandes empresas com dificuldade de acesso ao crédito, principalmente, com preços e prazos adequados às suas necessidades de financiamento. Isso acontece, de fato, porque o mercado de crédito brasileiro ainda carece de crescimento e sofisticação dos seus canais de acesso, dificultando, em muito, a operacionalização de um bom plano de financiamento de curto prazo. Assim, o primeiro passo destas organizações poderia ser o esforço pela liquidez, visto que é este esforço que garante sua sobrevivência para planos de 20

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financiamentos mais longos. Um primeiro ponto a ser entendido é que estes planos devem estar integrados aos demais objetivos econômicofinanceiros destas organizações, principalmente no que se refere à busca de otimização da relação risco-retorno da companhia. A literatura trata o trade-off risco-retorno através de uma correlação positiva, o que, de fato, podemos observar em nossa pratica diária de administração dos ativos financeiros nas organizações de saúde. Então, o primeiro entendimento que deveríamos ter seria o momento que nossa organização atravessa e, conjuntamente, o que o mercado está ofertando, para que possamos definir o nível de risco que queremos/necessitamos tomar, atrelado ao retorno exigido para uma determinada organização de

saúde. É muito importante compreendermos e fecharmos um diagnóstico, o mais preciso possível, do momento que vive a organização, ou seja, estamos em fase de pleno crescimento? Estamos administrando uma dívida elevada para o fluxo de caixa produzido? Estamos em um momento estável e preliminar a um grande fluxo de investimentos em ativos? Estas características ajudarão a companhia a construir uma zona de atuação e, certamente, se aproximar do resultado esperado. Conceitualmente, podemos nos utilizar de três políticas clássicas de financiamento dos ativos circulantes: Conservadora, Moderada e Agressiva. Para qualquer uma das possibilidades citadas temos que assumir a premissa de que os ativos circulantes possuem, em seu núcleo, uma característica permanente, e sua periferia uma característica temporária, e ainda, a forma com que estes ativos de caráter permanente ou temporário são financiados é que define a política de financiamento de curto prazo da empresa. O modelo Conservador

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Medicina

Preventiva

apresenta o ativo circulante maior que o passivo circulante correspondente. Daí temos formada a situação em que os recursos de longo prazo estão aplicados nas contas de curto prazo do ativo, e mais a necessidade de financiamento do capital de giro tanto de sua parte permanente, como a maior parte das necessidades temporárias que estão sendo financiadas por fontes de longo prazo. Para complementar o financiamento das necessidades sazonais existentes nos momentos de picos de vendas ou situações de emergências, por exemplo, uma inadimplência inesperada, podemos utilizar valores mobiliários negociáveis. Neste modelo estaremos pagando mais juros, pelo fato que juros de longo prazo são mais caros (exceção para juros subsidiados) porque estão cercados de mais incer-

tezas paro o credor. Como consequência do pagamento de juros maiores teremos uma redução de lucros (tudo mais mantido constante), por outro lado, estaremos mais seguros frente a restrições de créditos e obrigações com fornecedores. O modelo agressivo tende justamente para o contrário, ou seja, os ativos circulantes são menores que passivos circulantes, indicando que temos ativos circulantes permanentes, sazonais e ativos fixos permanentes sendo financiados por passivos circulantes, neste caso, pagaremos menos juros, teremos lucro maior, mas estaremos fragilizados frente a situações de restrições de crédito (como ocorreu no Brasil em 2008), bem como possíveis dificuldades para liquidação de obrigações a serem pagas. Podemos acrescentar que o modelo moderado

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está entre estes dois contextos, ora mais próximo do conservador, ora mais próximo do agressivo. A maioria dos administradores financeiros reporta que seu tempo é, majoritariamente, consumido pela administração do capital de giro (leia-se ativos de curto prazo). Por isso é de fundamental importância o entendimento das possibilidades de financiamento para o curto prazo e sua relação com o risco e retorno esperado. Nosso mercado apresenta, via de regra, margens de lucro pequenas e rentabilidade que não são definitivamente das mais atraentes. Entretanto, é consenso que a atividade é meritória do ponto de vista socioeconômico o que nos obriga a garantir sua sustentabilidade da melhor HCM maneira possível. Paulo Cesar Zaparolli de Souza Lima, Gerente Financeiro do Hospital Sepaco.

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FOCO NA

GE STÃO Gestão

Os benefícios da

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prevenção

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Medicina

Preventiva

A promoção da saúde realizada pelo Instituto de Medicina Preventiva do Hospital Mãe de Deus

“A

medicina é uma profissão muito estranha, pois a atuação preventiva do médico contribui para reduzir o seu próprio mercado de trabalho”. O questionamento do professor Mário Rigatto, grande nome da comunidade médica brasileira, reflete o paradoxo entre medicina preventiva e sustentabilidade financeira da instituição. Ora, se há um intenso trabalho na prevenção de doenças, logo não haverá clientes para os médicos. Não é esse o ponto de vista de Newton Barros, Diretor-técnico do Instituto de Medicina Preventiva (IMP) do Hospital Mãe de Deus. “Não é o que acontece na prática porque as pessoas estão vivendo mais tempo e irão adoecer de algum motivo”, afirma. Para o Diretor, a população brasileira carece de informação com base científica, orientações preventivas e de promoção da saúde a fim de curar algumas doenças se descobertas na fase inicial, retardar o aparecimento de outras ou as complicações das doenças já existentes. Assim, uma das principais formas de prevenção e promoção da saúde é a educação. Para tanto o IMP disponibiliza palestras para grupos de colaboradores das empresas interessadas, abordando temas como alimentação saudável, como lidar com o stress, dependência química, prevenção das doenças cardiovasculares, câncer e muitos outros assuntos. Outro serviço que está sendo disponibilizado é o Health Coaching. Trata-se de uma

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FOCO NA

G ESTÃO Gestão abordagem visando auxiliar pessoas com dificuldade em seguir as orientações médicas de como emagrecer, parar de fumar, iniciar atividade física regular, etc. “Há pessoas que sabem o que é preciso fazer e a importância para a saúde, porém falta aquele ‘clic’ que desencadeia o processo, e isto pode ser atingido com a ajuda profissional em quatro sessões. Além disso, o IMP lançará uma coleção de livros sobre prevenção destinados às pessoas em geral utilizando linguagem acessível”, ressalta.

A atenção preventiva do hospital está dirigida às doenças de maior incidência e principais causadoras da morte dos indivíduos, que são cardiovasculares e o câncer. No primeiro caso, é realizado um trabalho em que se detectam os fatores de risco presentes (obesidade, sedentarismo, stress, tabagismo, colesterol elevado, pressão alta, diabetes e história na família) e, assim, orientar como modificá-los para evitar ou retardar a doença futura. Em relação ao câncer é

importante detectá-lo precocemente, pois aumentam as chances de cura, sendo os principais: pele, pulmão, mama, colo uterino, próstata e intestino grosso. As doenças emocionais, embora não sejam causa de morte, prejudicam a qualidade de vida de modo significativo e por isso também têm a atenção específica da medicina preventiva. “Todo o cliente do check-up passa por avaliação psicológica com especial cuidado para os níveis de stress, ansiedade e depressão”, explica Barros. HCM

O Instituto de Medicina Preventiva do Hospital Mãe de Deus (IMP) atua desde 1997 com a realização do Check-up Executivo que ainda é o principal produto até os dias de hoje, tendo atendido mais de cinco mil pessoas. Neste procedimento, o cliente tem uma avaliação completa do seu estado de saúde em seis horas, passando por consulta médica, nutricionista, psicólogo, educador físico. Também é feita uma série de exames adaptados à idade, de acordo com protocolos americanos e canadenses de prevenção. Na consulta de retorno, o relatório é entregue pelo médico, que mostra os resultados das avaliações e exames, orienta e esclarece as dúvidas. “Cerca de 70% dos clientes são executivos cujas empresas se preocupam com a sua qualidade de vida propiciando este cuidado e procuram no check-up uma completa avaliação da saúde, otimizando o tempo dessas pessoas muito ocupadas e importantes para a organização”, afirma Barros.

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Medicina

Preventiva

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FOCO NA

G ESTÃO Debates

Fomentando a

inovação

3º CIMES traz John Webster para o Brasil. Evento levanta questões sobre políticas públicas e desenvolvimento tecnológico do setor

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Inovações

O

3º Congresso de Inovação em Materiais e Equipamentos para Saúde (Cimes), evento promovido pela Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec) em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), levantou diversas questões, como o aprimoramento das políticas pública do setor e as medidas para fomentar a inovação. Franco Pallamolla, Presidente da Abimo, enfatizou a agenda positiva que o Governo vem adotando desde 2007 com a implementação de diversos programas e

mecanismos de fomento à inovação. Contudo, Pallamolla salientou que ainda há muito por fazer para reduzir a dependência tecnológica do setor médico-hospitalar, por isso a importância do congresso na ampliação de questões que envolvem a inovação. No painel “10 anos de Política de Inovação em Saúde”, o Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE/MS), Carlos Gadelha, ressaltou a necessidade de fusão da política social com a de desenvolvimento industrial a fim de alcançar um sistema de saúde satisfatório. “Não é possível tratar um proble-

ma sistêmico como é o de saúde sem mobilizar todo sistema produtivo. Essa perspectiva foi fundamental para trazer o conceito de uma política de Estado.” Apesar das crescentes oportunidades de mercado para a indústria da saúde, o déficit da área continua crescendo. Segundo Gadelha, somente no grupo de alta intensidade tecnológica a área da saúde representa cerca de 40% do saldo negativo de US$ 32 bilhões. “Ou mudamos isso ou o futuro do País estará comprometido e abriremos mão de uma sociedade do conhecimento para a da ignorância”, alertou Gadelha. Como proposta de rever-

“O trabalho que nós desenvolvemos agora é o de aprimorar o marco de regulação, tirar dele o que é supérfluo e fazer com que a instituição consiga focar naquilo que efetivamente interessa”, Dirceu Barbano, Diretor-presidente da Anvisa

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FOCO NA

G ESTÃO Debates são do déficit, o Secretário reforçou a continuidade e o aprimoramento de iniciativas que já vêm gerando bons resultados. No debate sobre “Apoio direto à inovação”, Pedro Palmeira, Chefe do Departamento de Indústria da Saúde do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ressaltou o posicionamento privilegiado da indústria da saúde como uma das poucas áreas que podem atingir simultaneamente dois objetivos de desenvolvimento: econômico e social. “Do ponto de vista da dimensão social, é inegável que o investimento bem calibrado na indústria de saúde contribui para

ampliar o acesso da população a bens e serviços de saúde, fomentando o desenvolvimento econômico e social do País.” De acordo com Palmeira, o crescimento quase exponencial no gasto com a saúde e as transformações no perfil epidemiológico da população criam novos desafios. Como consequência, o aumento da demanda por tecnologias voltadas para o diagnóstico e o tratamento de doenças crônicas reforçam a necessidade de investimento nos diversos segmentos. “A indústria brasileira de equipamentos e materiais é um setor não homogêneo e, por isso, é preciso tentar identificar cada área

para pensar em soluções.” Desburocratização regulatória O longo tempo de espera no processo de registro de novos produtos e a dinâmica de obtenção da Certificação de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) estão próximos de deixar de ser um problema para a inovação no setor de materiais e equipamentos para saúde. A reestruturação interna da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que está em andamento, promete desburocratizar a regulação sanitária brasileira, questão que impacta diretamente no retorno financeiro e distribuição de recursos para a Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)

“É inegável que o investimento bem calibrado na indústria de saúde contribui para ampliar o acesso da população a bens e serviços de saúde, fomentando o desenvolvimento econômico e social do País”, Pedro Palmeira, Chefe do Departamento de Indústria da Saúde do BNDES

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Inovações

nas empresas. Segundo o Diretor-presidente da agência, Dirceu Barbano, a reestruturação já permitiu avançar aspectos importantes, como a certificação. “O trabalho que nós desenvolvemos agora é o de aprimorar o marco de regulação, tirar dele o que é supérfluo e fazer com que a instituição consiga focar naquilo que efetivamente interessa, que é avaliar o risco, segurança e eficácia daquilo que ela vai ou não permitir que chegue ao mercado.” No período de 2009 a

2010, a Anvisa fazia uma média de 250 normas por ano, hoje esse número é de apenas 55, o que demonstra a preocupação da agência em desburocratizar o processo regulatório brasileiro. “Estamos muito preocupados em não sobrepor norma sobre norma e não fazer regulação daquilo que não precisa ser regulado. Isso significa dizer também que nós só fazemos normas para simplificar as que já existem.” Participação internacional Autoridade internacional no campo da engenharia

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biomédica, John Webster, Professor emérito de Engenharia Biomédica da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos (EUA), esteve no Brasil para participar do 3ºCimes. O professor falou sobre sua experiência no desenvolvimento de projetos inovadores e a necessidade de mais programas que estimulem a inovação. Para ilustrar os desafios do setor no Brasil, ele lembrou a visita às universidades e empresas brasileiras no ano passado e criticou a falta de aproximação entre a área

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FOCO NA

GESTÃO Debates de engenharia e médica. Para Webster, o primeiro passo para começar a desenvolver tecnologias é saber o que as pessoas precisam. Como exemplo, ele citou a prática adotada pelo Departamento de Engenharia Biomédica da universidade onde trabalha. “Todo semestre nós perguntamos para o pessoal da Escola de Medicina e Ciências Biológicas se eles têm um problema que possamos resolver”, contou. Segundo o professor, quando se fala em pesquisa e desenvolvimento de produtos para a saúde é preciso pensar na viabilidade

comercial e funcionalidade do dispositivo que precisa atender a requisitos como design e praticidade. Acerca da política de incentivo à ciência, tecnologia e inovação no Brasil, Webster questionou os poucos recursos destinados às pequenas empresas. Em oposição à prática, ele apresentou o modelo de apoio à inovação utilizado nos Estados Unidos. O professor explicou que o país possui um instituto que fornece fundos para promover a inovação na saúde. “Todos os anos o Congresso dos Estados Unidos libera recursos para o NIH (Natio-

nal Institutes of Health), que destina 3% do valor para a pesquisa em pequenas empresas”, destacou. Além dos problemas relacionados à distribuição de recursos financeiros para a inovação no Brasil, Webster enfatizou a necessidade de mudança na regulamentação do País. Ele criticou a demora nos processos regulatórios e a necessidade de autorização para que professores universitários do Estado compartilhem o conhecimento científico por meio de consultoria às empresas. Confira mais entrevistas no portal Saúde Online.

“O primeiro passo para começar a desenvolver tecnologias é saber o que as pessoas precisam”, John Webster, Professor emérito da Universidade de Wisconsin-Madison 30

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Inovações

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Olhar NA

CAPACITAÇÃO ARTIGO

Revolução no ensino médico Por Arthur Chioro, Henrique Paim e Luís Inácio Adams

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Brasil atingiu em abril a meta de 13 mil médicos a mais nas unidades básicas de saúde, consolidando um programa que provocou um vivo debate acerca do SUS (Sistema Único de Saúde). Com o Mais Médicos, o governo federal, em parceria com Estados e municípios, está construindo um modelo aprovado principalmente pelos usuários da rede pública. Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte, 84,3% da população é favorável à iniciativa. Levantamento do Ministério da Saúde aponta aumento de 27,3% do atendimento a pessoas com hipertensão e de 14,4% a pessoas com diabetes. São dados preliminares. O real impacto sobre a saúde e a qualidade de vida dos 45,6 milhões de brasileiros beneficiados será considerável em três anos. Nos últimos meses, foram feitos ajustes importantes para uma gestão mais eficiente, como a publicação de regras que tornam mais transparen-

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tes a responsabilidade dos municípios na oferta de moradia e alimentação aos médicos participantes. Outra ação foi o aumento do valor repassado no Brasil aos médicos cubanos. Eles passaram a receber o equivalente a R$ 3.000 por mês, valor equiparado à bolsa dos residentes de medicina brasileiros. Neste momento de reestruturação da atenção básica e do ensino médico no Brasil, está claro que precisamos do reforço de médicos. Os questionamentos sobre o programa deixaram este viés e migraram para motes legais, sendo o principal deles o formato da contratação dos médicos cooperados. Não há irregularidade sobre a cooperação entre o Brasil e a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). A lei que instituiu o programa autoriza o chamamento de médicos brasileiros e estrangeiros, bem como a celebração de acordos internacionais. As afirmações de que profissionais estariam submetidos a um modelo de

relação trabalhista não procedem. A legislação e a jurisprudência afastam essa relação de emprego nos casos em que é preponderante o elemento pedagógico baseado na integração entre ensino e serviço. Isso se aplica para estágio, residência médica e também para os médicos do programa federal. Esses profissionais estão inseridos em um contexto em que a finalidade é a promoção do aperfeiçoamento profissional na atenção básica de regiões prioritárias para o SUS. O foco do debate tem recaído sobre as ações de curto prazo, fazendo com que elementos estruturantes passem despercebidos. As críticas perdem de vista que o pilar do Mais Médicos reside na reestruturação da formação médica. Até 2018, serão 11.447 novas vagas de graduação em medicina e mais 12 mil vagas de residência médica. Essa expansão tem por base inovações para desconcentrar a formação médica.

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Ensino

Médico

Cerca de 30% das novas vagas de graduação serão ofertadas pela rede federal, especialmente pelos novos campi do interior do país. Para os cursos privados, somente serão autorizadas vagas em municípios previamente estudados pelo Ministério da Educação. Além disso, o Conselho Nacional de Educação aprovou novas diretrizes curriculares, priorizando o internato na atenção

básica e nos serviços de urgência e emergência do SUS, como forma de fortalecer a medicina geral de família e comunidade. O compromisso do governo federal é pautado pela garantia de um ensino voltado às necessidades sociais de saúde. Esse mesmo compromisso orienta a seleção de médicos brasileiros e estrangeiros para expansão imediata da assistência à população.

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Ao conjugar, por meio do Mais Médicos, atendimento da demanda por assistência básica em saúde e a reestruturação da formação de recursos humanos, estamos realizando uma grande revolução no ensino médico no HCM Brasil.

Arthur Chioro, Ministro de Estado da Saúde Henrique Paim, Ministro de Estado da Educação Luís Inácio Lucena Adams, Ministro da Advocacia-Geral da União.

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Olhar NA

CAPACITAÇÃO Aprimoramento

Fortalecendo a

equipe

Qual o poder da Gestão de Pessoas em uma instituição hospitalar?

D

iversas mudanças e transformações ocorreram nos últimos anos na área de Gestão de Pessoas. O intuito dessas alterações é a busca por soluções diversas para inúmeros desafios. Não tem como uma instituição se planejar ou construir seu caminho sem envolver a área que cuida das pessoas, propiciando apoio à gestão e primando pela excelência e retenção do capital intelectual. Ao destacar as instituições hospitalares, onde possui “gente cuidando de gente”, a tarefa fica

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mais complexa. O corpo clínico e assistencial de um hospital representa cerca de 60% do número de colaboradores. No contexto atual, a humanização do atendimento em saúde virou condição primária e a proposta da área de Gestão de Pessoas deverá oferecer espaços de trabalho e atendimento menos invasivos que valorizem o paciente, familiares e colaborador de forma global. A Gestão de Pessoas nas instituições hospitalares é de fundamental importância porque os colaborado-

res são o maior ativo de uma organização. Muitas vezes, gerir pessoas motiva oportunidades de crescimento para determinado grupo ou instituição. Um grande gargalo que precisa ser resolvido é ter pessoas adequadas para ocuparem cargos não só estratégicos, mas de nível tático e também operacional. A prestação de serviços hospitalares depende intrinsecamente de pessoas qualificadas e alinhadas com os objetivos da instituição. Se o hospital possui uma política voltada para identificar, atrair, de-

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Gestão de

Pessoas

senvolver e reter profissionais diferenciados, está contribuindo para entregar serviços melhores e com resultados superiores. Assim, a Gestão de Pessoas é fundamental na conquista desses objetivos. Para Henrique Salvador, Presidente do Hospital Mater Dei (MG), é importante saber gerenciar pessoas, fazer com que elas se comprometam e se envolvam com as diretrizes e objetivos institucionais. “É preciso motivar as pessoas para que elas possam doar o que elas têm de melhor”, completa. Entre os desafios de utilizar este formato de gestão, Salvador considera o alinhamento dos objetivos da instituição com a atuação das pessoas. “Tenho a convicção de que hoje, na atual prática hospitalar, é muito importante padronizar processos para melhorar o desempenho qualificado e, consequentemente, entregar serviços mais seguros.” No hospital, os profissionais lidam com pessoas em momentos muito críticos de suas vidas. Desta forma, é importante que os colaboradores saibam entregar o serviço

na ponta de uma maneira única, de forma humanizada e customizada. “É preciso oferecer um balanço entre atividades que são padronizadas, atividades repetitivas, mecanismos de segurança e, por outro lado, a capacidade e a sensibilidade que as pessoas precisam ter para saber quais são as necessidades daquele determinado paciente.” Uma das estratégias adotada pelo Mater Dei quanto à gestão de pessoas que atingiu significativos resultados foi a implantação do Centro de Formação Institucional. O local busca a formação dos técnicos desde a fase inicial até a sua formação e inserção no quadro de funcionários da instituição, buscando um aprimoramento técnico e ético. Após a instalação deste centro, registraram-se melhorias nos indicadores relacionados ao tempo de contratação, sendo de 17,5 dias em dezembro de 2012 para 2,6 dias em dezembro de 2013. Diminui-se o turnover de 2,40 em julho de 2013 para 1,40 em dezembro de 2013. Outra iniciativa que contribuiu para o exce-

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lente desempenho do Mater Dei foi o Programa de Desenvolvimento das Lideranças e Gestão de Pessoas. Esta ação durou quatro meses e foi voltada às lideranças assistenciais, focando na assistência de qualidade para os clientes/pacientes. O programa contou com efetiva participação da Diretoria do hospital, do Departamento de Recursos Humanos e do Departamento de Enfermagem no alinhamento, construção e acompanhamento dos resultados. Uma das premissas deste programa foi colocar em prática tudo que foi aprendido, com foco no desenvolvimento de habilidades comportamentais. Ao longo de um curso foi desenvolvido três módulos intitulados: ‘Eu e a instituição’, ‘Eu comigo’ e ‘Eu com os outros’. Enfermeiros e coordenadores de todas as áreas assistenciais (Internação Bloco I e Bloco II, UTIP, CTI, Endoscopia, Centro Cirúrgico, Pronto-socorro, CME, Oncologia e Radiologia), além da Gerência de Enfermagem e Gerência de Recursos Humanos também participaram.

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Olhar NA

CAPACITAÇÃO Aprimoramento Estratégias No Hospital Unimed Vitória, algumas das estratégias adotadas quanto à Gestão de Pessoas atingiram resultados significativos. Entre os fatores que contribuíram está o Laboratório de Educação Continuada, ferramenta adquirida para a capacitação da equipe de enfermagem que o consiste em uma sala de treinamento disponível para o desenvolvimento profissional dos colaboradores assistenciais; e o Projeto Gestão por Competências, implantado para assegurar o modelo de gestão de pessoas e qualidade dos processos. “O maior desafio é a captação e a retenção de pessoas dentro das instituições hospitalares que tem como finalidade prestar serviços de qualidade com uso de tecnologias ao mesmo tempo que convive com pressão de redução de custos”, destaca Marcus Vinicius Tanure, Diretor-administrativo Financeiro da Unimed Vitória. HCM

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O valor do investimento em treinamento de pessoal A principal base do crescimento de uma instituição hospitalar é seu capital humano. Os colaboradores precisam estar treinados, envolvidos e comprometidos. As pessoas precisam ser estimuladas continuamente a expandir seu conhecimento para obter os resultados para melhoria de sua atuação e carreira. As instituições que utilizam a Gestão de Pessoas a fim de reter excelentes profissionais geralmente contam com programas de reconhecimento. Não apenas o reconhecimento financeiro, mas tratando as pessoas que se destacam positivamente de forma especial. Essas pessoas são reconhecidas individualmente por meio de um elogio ou um destaque público para que elas se sintam valorizadas. “É importante uma política institucional de promoção das pessoas que se destacam com base na meritocracia, em que existe um pacote de benefícios para as pessoas diferenciadas”, enfatiza Salvador. Tanure considera que manter profissionais qualificados no quadro de funcionários vem sendo uma preocupação constante. Para o diretor administrativo, planejamentos mais eficientes, no estabelecimento de novas parcerias e nos investimentos em inovação auxiliam na retenção de talentos, despertando o interesse desses profissionais em integrarem processos inovadores. “Troca-se muito de emprego, porém as habilidades técnicas e comportamentais são cada vez mais difíceis de obter.” Ao se tratar de investimento em treinamento de pessoal é válido lembrar que a capacitação é uma fase essencial do aprendizado, porque as pessoas aprendem de várias maneiras: através do exemplo, do conhecimento tácito, da formação escolar. A capacitação técnica é importante, mas a comportamental é imprescindível para que se tenham cada vez mais pessoas adequadas. Esse trabalho só tem sentido se ele estiver alinhado à política institucional. “Cada instituição tem objetivos estratégicos diferentes. Muitas vezes a finalidade é semelhante, que é prestar serviços de saúde, mas cada um tem uma cultura, um jeito diferente de fazer. Todo esse treinamento tem que estar afinado para fazer com que as pessoas trabalhem de acordo com a cultura da empresa”, completa Salvador.

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Me

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HEALTH-IT

ARTIGO

A contribuição do suporte técnico no sucesso dos projetos de TI Por Fernando Vogt

Ao optar por iniciar um projeto de Tecnologia da Informação, as organizações de saúde devem avaliar muitos quesitos. Potencial, flexibilidade e funções do software, reputação da fornecedora do sistema, prazos, treinamentos dos usuários, enfim, uma série de detalhes. Uma questão que dificilmente é levada em consideração e que considero de extrema importância para o sucesso das implantações é o suporte técnico oferecido pela empresa de TI. 38

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O mercado evoluiu muito. A cada dia aparecem novas tecnologias focadas em melhorar os negócios trazendo recursos específicos para cada tipo de negócio, mas, infelizmente, são poucas as companhias de TI que têm o compromisso de garantir o desempenho das soluções que oferece, estabelecendo relacionamentos de confiança e de longo prazo com seus clientes. Muitas delas focam apenas na venda em si, esquecendo que o suporte técnico é essencial para o sucesso de um projeto. Hoje, o aumento da exigência em relação à qualidade de serviços despertou a consciência de que oferecer um suporte de qualidade aos clientes é extremamente estratégico para o negócio. Prova disso é que, segundo o Gartner, 50% da percepção do cliente sobre um serviço de TI é proveniente das interações com o primeiro nível de suporte. Por isso, é preciso estar comprometido em oferecer o melhor serviço de suporte possível disponibilizando 24 horas por dia, 7 dias da semana, profissionais com alto conhecimento técnico, qualificados para atender em diversas línguas. O suporte técnico não pode mais ser visto como um mal necessário, mas sim como parte da estratégia para o sucesso dos projetos de tecnologia, fazendo toda a diferença no negócio das organizações HCM de saúde. Fernando Vogt é Diretor de Vendas para a área de saúde da InterSystems.

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OPINIテグ

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HEALTH-IT

Alta tecnologia

Inovação

Medicina de média e alta complexidade feita com excelência no Hospital Santa Rosa

C

om a missão de ser referência no atendimento e tratamento, a gestão do Hospital Santa Rosa (MT) vem priorizando o investimento em uma medicina eficaz de média e alta complexidade. Essa política fez a instituição ganhar notabilidade por sua estrutura física, pela alta tecnologia e por um corpo clínico altamente especializado. Um dos braços deste avanço presente desde a fundação do hospital é o serviço realizado pelo IMEDI – Instituto Médico de Diagnósti-

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cos por Imagem. A parceria concretiza-se na prestação de serviços nos setores de diagnóstico por imagem, como ressonância magnética, tomografia computadorizada, PET-CT, medicina nuclear (Cintilografia), ultrassom, raios-X, mamografia e densitometria. O resultado é a realização de 6.200 exames por mês. Segundo Mário Ardenes Dias Ribeiro, Diretor-presidente do IMEDI, a equipe de médicos e colaboradores são constantemente treina-

dos. “Mantemos uma qualidade satisfatória nos serviços prestados, traduzindo em mais humanização no atendimento dos pacientes e com maior segurança em seus diagnósticos, satisfazendo-os em suas necessidades.” Para obter este resultado positivo, além de investir em colaboradores qualificados, há também a preocupação de trazer avançadas máquinas de alta capacidade e precisão diagnóstica. “Nosso parque tecnológico conta com um CT de 128 canais, de

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Medicina

Diagnóstica

avançada tecnologia de aquisição de imagens e uma RM 3 Teslas, a primeira máquina deste porte nas capitais dos Estados do Centro-Oeste. Isso coloca o nosso Estado em pé de igualdade com o que há de melhor no mundo”. Além disso, o IMEDI possui uma equipe de médicos radiologistas altamente qualificada, em constante atualização dentro e fora do país. “Temos um corpo clínico bem treinado e com qualificação continuada versados na qualidade do atendimento ao paciente”, ressalta Ribeiro. Os processos internos

também são implantados e revisados constantemente para assegurar a redução e o controle dos riscos que o paciente está submetido. Nesse sentido, um conjunto de ações é adotado para identificar precocemente a ocorrência de eventos adversos que podem afetar a segurança do paciente. A Gestão de Qualidade também é outro fator imprescindível na gestão de excelência do IMEDI. Para tanto, desenvolvem-se processos operacionais e indicadores de atividades, monitorando, desse modo, os processos

relacionados à melhoria contínua das práticas assistenciais e administrativa. Tais procedimentos referem-se às certificações de programas de Saúde, como selos de qualidade do Colégio Brasileiro de Radiologia e medidas de segurança do Paciente. “Todas essas medidas são o reflexo de nossa reciprocidade com o Hospital Santa Rosa, ao nosso atendimento e pacientes, promovendo maior segurança. E também aos médicos, proporcionando mais clareza em suas expectativas diagnósticas”, resHCM salta Ribeiro.

“Somos parceiro do Hospital Santa Rosa desde a sua fundação. Trata-se de uma relação de reciprocidade, em que de um lado está a pujante estrutura hospitalar, e, do outro, a eficiente prestação de serviços do Diagnóstico por Imagem”, Mário Ardenes Dias Ribeiro, diretor-Presidente do IMEDI

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HEALTH-IT

Equipamentos

IT

Médico

Como esta solução é fundamental para a manutenção preditiva e auxilia na prevenção de riscos a pacientes

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IT Médico é indicado para centros cirúrgicos, salas de internação semi-intensiva e UTIs, conforme indica a NBR 13534. O sistema impede desligamentos de equipamentos eletromédicos de monitoramento e sustentação de vida, além de evitar micro choques e queimaduras nos pacientes. Sua implementação auxilia engenheiros e técnicos de manutenção, uma vez que indica antecipadamente o surgimento de algum defeito elétrico sem causar danos aos equipamentos e ao paciente. Neste caso, são necessárias medidas imediatas para sanar o problema e, assim, não interromper os procedimentos médicos. De acordo com Ricardo Bender, Diretor da RDI Bender no Brasil, na rede privada já existe uma conscientização na adoção do sistema como ferramenta importante para a implantação de uma manuten-

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ção preditiva. No entanto, a adesão à norma ocorre em passos lentos na rede pública de alguns Estados, principalmente pela falta de verba disponível para a modernização destes estabelecimentos, que encontram dificuldades diárias na prestação de atendimento. Para sua implantação, a estrutura de um hospital deve estar adequada a algumas normas. Primeiramente, o projeto arquitetônico/elétrico deve contemplar a instalação e alocação dos sistemas IT Médico, de acordo com as normas técnicas. A estrutura física do hospital precisa dispor de espaços técnicos (piso técnico) para alocação dos transformadores de separação, nichos/espaços nas paredes dos locais de grupo 2 (centro cirúrgicos, UTI´s, RPA) instalação dos painéis elétricos e espaços para colocação dos anunciadores de alarme. Ainda de acordo com o Diretor, os produtos fabri-

cados na Alemanha passam constantemente por atualizações tecnológicas, bem como os produtos já fabricados no Brasil, a exemplo do transformador de separação, que possui o selo do Inmetro atendendo à norma IEC 61558-2-15. Presente em mais de 70 países, a RDI Bender vem implementando tecnologias avançadas, visando maior segurança elétrica aos pacientes. “No Brasil, os produtos são fornecidos desde 1995, adotados pelos principais hospitais por apresentarem tecnologias de ponta. Todos os produtos têm certificado de atendimento as mais rígidas normas internacionais. Participamos ativamente dos comitês de normas técnicas, em particular a NBR13534 (Instalações Elétricas em EAS) e a NBR5410”, destaca. Inovações Atualmente, a empresa produz na Alemanha os DSI,

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Segurança

localizadores de falha, anunciadores de alarme, e no Brasil, os transformadores de separação e os quadros/ painéis elétricos do sistema IT Médico. Há ainda os painéis certificados TTA/PTTA e sistemas de localização de falhas e supervisão de corrente de fuga em esquemas TN-S e TT. Desenvolvido em 2013, o multimedidor de energias para sistemas IT Médico proporciona a integração de todos os sistemas, centralizando as informações para manutenção/engenharia. Já o equipamento Tableau centraliza os controles e alarmes da sala cirúrgica

via painel touch-screen com todos os dados, controles e gerenciamento. E o sistema ATICS proporciona maior confiabilidade do suprimento de energia dos sistemas. Merece destaque o sistema de localização de falhas, automático e remoto, que oferece grande agilidade na solução de problemas pela equipe de manutenção, e é uma novidade que vem sendo instalada em vários hospitais, juntamente com a conexão do IT Médico ao gerenciamento predial automático dos hospitais mais modernos e bem equipados. O novo analisador de equipamentos eletromédicos

UNIMET 800 e o analisador de condições elétricas de camas UNIMET 400 também são produtos que atendem às necessidades das engenharias clínicas nos hospitais. O suporte de engenheiros e pessoal técnico treinado é fundamental para o funcionamento das várias tecnologias hoje utilizadas nos estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS). “As instituições estão cientes de que não investir no setor de engenharia e manutenção gera riscos ao capital investido em tecnologias muito avançadas, podendo provocar problemas em equipamentos e em pacientes”. HCM

“As instituições estão cientes de que não investir no setor de engenharia e manutenção gera riscos ao capital investido em tecnologias muito avançadas, podendo provocar problemas em equipamentos e em pacientes”, Ricardo Bender, diretor da RDI Bender

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HEALTH-IT

Equipamentos

Paradigma tecnológico

Informações clínicas disponíveis em um banco de dados seguro

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ma das principais funções de um prontuário eletrônico é proporcionar uma gestão mais eficiente dos recursos, principalmente financeiros. As ferramentas, em geral, permitem trabalhar com conceitos de protocolos, que possibilitam aos pro-

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fissionais a realização de atendimento padronizado à respectiva necessidade, de forma que os exames e medicamentos a serem solicitados sigam um padrão. Devidamente implantado pode, por exemplo, evitar a repetição indevida de exames, monitorar diag-

nósticos, gerenciar custos de tratamentos, etc. É possível também avaliar a eficácia de tratamentos, a eficiência de profissionais médicos, o tempo de atendimento, a qualidade dos diagnósticos e todos os parâmetros relacionados com o

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Segurança

resultado clínico. A ferramenta permite o monitoramento da interação medicamentosa e da droga-alergia, a prescrição de medicamentos relacionada com gênero, idade, etc. O mesmo pode-se dizer em relação ao diagnóstico. Entretanto, a adoção do sistema ainda é baixa nos hospitais brasileiros, mas existe uma crescente demanda de instituições que estão buscando soluções de prontuário eletrônico. A ferramenta bem utilizada proporciona inúmeros benefícios aos profissionais, instituições e pacientes. Outro ponto que deve ser levado em consideração é o avanço tecnológico e o interesse geral das pessoas e instituições em preservar informações em ambientes seguros. Sua utilização ainda é uma quebra de paradigma, uma vez que, para muitos profissionais é muito mais fácil utilizar a caneta e o papel. É certo que, muitos ainda não aderiram completamente ao prontuário eletrônico por terem dificuldades no contexto da informática e, principalmente, por não sentirem segurança quanto à guarda e disponibilidade das

informações. Em contrapartida, existe uma nova geração de profissionais que buscam incessantemente ferramentas para apoiar as decisões clínicas. É bem verdade que muitos gestores buscam obter o maior número de dados possíveis, a fim de transformá-los em informação. De acordo com Luiz Marcos Brescia, Diretor-executivo Alert & Benner, a dificuldade para implantação do prontuário eletrônico nas instituições passa pelo fornecimento de segurança aos profissionais que irão utilizar a ferramenta. “Quando falamos em segurança, podemos ter uma série de itens, entre eles: informação, manuseio da ferramenta, apoio clínico e disponibilidade da ferramenta e dados. Quando os profissionais sentem-se seguros é muito tranquilo o abandono da caneta”, destaca. Considerando-se os altos custos relacionados com a prática médica, além da carência de profissionais de saúde nos dias de hoje, é inevitável a adoção da ferramenta. A redução de custos, assim como a minimização de riscos tanto para o pa-

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ciente, como para o profissional de saúde, fazem com que as instituições tenham que evoluir para esta prática. Em relação ao mercado, Ernani Alamada, Diretor de Soluções de Saúde Pública da empresa, destaca alguns benefícios para as instituições que aderem à solução, dentre eles: interatividade, interoperabilidade e Business Intelligence – B.I. Adesão A procura e aceitabilidade à solução de gestão de saúde pública têm crescido, mas existe muito mercado com necessidade de adesão. É fato que o processo de saúde, hoje em dia, depende quase que totalmente do investimento, visando redução de indicadores e, consequentemente, reduzindo os custos envolvidos no processo. Sem esta visão, dificilmente a conta existente entre verbas disponíveis e o custo efetivo da saúde vai fechar, pois cada vez mais o custo dos tratamentos e a longevidade dos pacientes aumentam, e é necessário humanizar cada vez mais os atendimentos HCM e tratamentos.

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HEALTH-IT

artigo

Hospital as a service

E

m uma palestra recente feita no LATAM Healthcare IT Symposium tive a oportunidade de falar sobre o futuro dos hospitais e da Saúde em geral. Para não complicar ainda mais, vou focar no hospital. Poderia falar da Saúde como um todo e também do novo papel que as operadoras de Saúde terão de ter, mas acredito que isso seja fácil de avaliar pelos leitores ao final do texto. A visão começa com a mudança de paradigma de ter os pacientes buscando o hospital para seu tratamento para o hospital buscando atender seus pacientes em suas necessidades, ou seja, passamos de posição reativa para uma pró-ativa. Neste contexto, devemos considerar as análises que temos que ter em mãos para entender estas necessidades. O uso das tecnologias de manipulação de dados estruturados e não estruturados em altos volumes (Big Data) abre a possibilidade de fazê-lo. Duas análises são essenciais: 1. Geopatologia 2. Health GIS

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Por Avi Zins

A Geopatologia estuda as causas naturais e humanas que afetam o ambiente onde se vive, considerando as falhas geológicas, correntes de água, alagadiços, magnetismo, redes de energia e celular, contaminação da água e poluição, dentre outros. O Health GIS estuda, em uma determinada geografia (região onde o hospital se encontra), os efeitos específicos da região, como tempestades, inundações, calor, agentes de transmissão de doenças (Ex. Dengue), qualidade do ar, alimentação e nutrição (muitas vezes afetada pela condição social da região em estudo), condi-

ções sanitárias e higiene, dentre outros. Com estes dados nas mãos pode-se ter uma ideia mais clara de possíveis incidências de doenças e problemas de Saúde na região onde o hospital se encontra, dando a ele a condição de focar nas principais necessidades e otimizar o uso do mesmo para tal. Desta forma, as novas organizações de Saúde vão ter a possibilidade de se transformarem em grandes centros de informações (Health Information Centers). Usando a frase de Deborah di Sanzo (Fonte: US News – Health Hospitals 2013) - “Hospital of the Future Will Be a Health Delivery Network”, ou seja, os hospitais do futuro serão uma rede de serviços aos pacientes. Assim, além do hospital focar somente naquilo que deverá atender em sua região, ele também coordenará as ações de serviços aos pacientes daquele local, ou seja, trará consigo a responsabilidade de coordenar as unidades de atenção primária, os laboratórios de análises clínicas

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Sem

Erros

e imagens, o home care, o mHealth (Saúde Móvel) que permitirá trabalhar diretamente com diagnósticos, prevenção e, até mesmo, terapias. Tudo isso enquanto o indivíduo vive sua vida normal (o que gosto de chamar de Individual Care), em um cenário de segurança e privacidade, prontuário único e integridade das informações. A interoperabilidade entre estes vários sistemas de informação e o ambiente de contingência para ga-

rantir assistência contínua, sem interrupções, dentro de um conceito de Saúde sem erros (Errorless Healthcare – Fonte FHTI – Future Healthcare Technology Institute), é o grande desafio de TI: software sem erros. Vem aí um volume grande de mudanças dramáticas na personalização de medicamentos (afetando a indústria farmacêutica), no genoma humano e na possibilidade de se trabalhar com os dados genéticos dos indivíduos para trata-

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mentos personalizados. A Nanomedicina, que permitirá que agentes inseridos no corpo humano possam prevenir, tratar e se comunicar com o mundo externo, e muito mais, agregará mais necessidades de educação contínua, pesquisa cooperada e conhecimento sobre o indivíduo, que podem ser todas atividades coordenadas e servidas pelos hospitais como serviços. HCM Avi Zins, Sócio Diretor da CareI Strategic Consulting, colunista da revista HealthCare Management.

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Equipamentos

Plano Diretor de

tecnologia

Case realizado no Grupo Santa Helena agrega tecnologia ao Neg贸cio 48

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Segurança

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organização da infraestrutura de TI feita pela Sphere no Grupo Santa Helena buscou reestabelecer os níveis de serviço do setor, solucionando a instabilidade do ambiente. O problema afetava diretamente as áreas de negócios e, junto com a equipe interna do grupo, foi possível definir um Plano Diretor de Tecnologia que respondesse ao crescimento projetado pela empresa. O primeiro passo foi resolver os problemas relacionados à indisponibilidade do ambiente, entrave solucionado logo na primeira semana de trabalho. “Os indicadores de instabilidade

do ambiente Oracle caíram sensivelmente, o que trouxe a tranquilidade necessária para dar continuidade ao projeto de reestruturação da infraestrutura de TI”, explica Claudio Licursi, Diretor da Sphere IT Solutions. Assim, foi possível resolver problemas como o alto índice de downtime, que, anteriormente, chegava a afetar o ambiente de duas a três vezes por dia. “Hoje, podemos, seguramente, afirmar que o downtime ocasionado pela infraestrutura de TI atinge níveis muito próximos de zero, o que para nós é extremamente satisfatório. Contudo, não podemos deixar

de manter o ciclo de checagem e replanejamento para melhorarmos cada vez mais o ambiente”, afirma Licursi. Realizou-se, também, a higienização da base de dados, o que trouxe uma maior qualidade nas informações geradas pelos sistemas internos da empresa. Isso possibilitou a integração e o uso com outras ferramentas para a gestão do negócio. “Saímos de cerca de 1,5 bilhão de registros (dados duplicados, inconsistentes) para cerca de 800 milhões de registros na base”, salienta Adriano Carlos Gliorsi, Diretor de Tecnologia e Processos da Santa Helena As-

“Devemos formar analistas de negócios, sair da linguagem técnica e entender/ contribuir de forma mais efetiva na melhoria contínua”, Adriano Carlos Gliorsi, Diretor de Tecnologia e Processos da Santa Helena Assistência Médica

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Equipamentos sistência Médica. No caso da infraestrutura foi possível consolidar tudo em um único Data Center. Além da redução de custo, foi possível, assim, ter uma melhor administração deste ambiente. “O grande desafio foi diminuir imediatamente os incidentes relacionados ao banco de dados Oracle, sem a necessidade de investimentos”, salienta Licursi. O principal indicador de melhora é ter uma base com 225.000 beneficiários, cerca de 2.500 funcionários, com sistemas que atendam as necessidades

de negócio e com a performance satisfatória. “A Sphere IT foi um dos parceiros fundamentais para implantação do Plano Diretor de Tecnologia na operadora. Graças a esta parceria foi possível criarmos os alicerces necessários para sustentação do crescimento de 40% na base de beneficiários”, afirma Gliorsi. O trabalho realizado possibilitou a atuação de forma proativa, e não reativa. O monitoramento é online, 24 horas por dia, sete dias por semana de todo nosso

ambiente. Também é possível fazer projeções e se antecipar às demandas do negócio, ou seja, a tecnologia passa a agregar mais para o negócio. Para este ano, Gliorsi afirma que um dos principais desafios é a implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) com uso da certificação Digitação. “Acreditamos que o PEP será fundamental para aprimorarmos nossos indicadores de assistências e, consequentemente, poder prestar um serviço de saúde com maior qualidade.” HCM

“Buscamos exercer funções consultivas, mas para todo o trabalho que realizamos nos posicionamos como parte integrante das necessidades e dos objetivos de nossos clientes, absorvendo o DNA da empresa e nos unindo à equipe do projeto”, Claudio Licursi, Diretor da Sphere IT Solutions 50

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Seguranรงa

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Inovação

Paradigma

tecnológico

Tendências, novos comportamentos e tecnologia para tornar empresas ainda mais competitivas

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Novas

Estratégias

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Universo TOTVS reuniu cerca de três mil pessoas em São Paulo a fim de expor as últimas inovações que a empresa traz para mercado brasileiro. Laércio Cosentino, Presidente da TOTVS, falou sobre as principais características dos indivíduos no mercado de trabalho, como a necessidade de colaborar, influenciar, se expressar e ser único. Tais comportamentos estão conduzindo todo o portfólio da TOTVS juntamente com os conceitos de tecnologia fluída, ERP ágil e essencialidade. “Para nos tornarmos es-

senciais aos nossos clientes precisamos, prioritariamente, oferecer soluções e serviços baseados em conexão, mobilidade, liberdade de expressão, simplicidade e liberdade de escolha”, pontua Cosentino. Cada segmento atendido pela TOTVS compõe uma unidade de inteligência de negócios responsável pela elaboração da estratégia de atuação, relacionamento com o mercado e identificação de parcerias estratégicas. O objetivo é oferecer softwares personalizados para o mercado do cliente, respeitando as particu-

laridades e a legislação de cada setor. Em entrevista exclusiva para o Saúde Online, Nelson Pires, Diretor da TOTVS para o segmento da Saúde, disse que o encontro é uma grande oportunidade para compartilhar as inovações. “Este ano trazemos novos conceitos que estão guiando a TOTVS para o futuro. O primeiro é o que chamamos de tecnologia fluída, sendo esta solução a primeira que busca apreender esse novo jeito de tecnologia e trazer para os nossos softwares o novo jeito de funcionar.” Outra questão é o RP ágil,

“Este ano trazemos novos conceitos que estão guiando a TOTVS para o futuro. O primeiro é o que chamamos de tecnologia fluída, sendo esta solução a primeira que busca apreender esse novo jeito de tecnologia e trazer para os nossos softwares o novo jeito de funcionar.” Nelson Pires, Diretor da TOTVS

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Inovação pois, à medida que aumentamos o número de funcionalidades, os sistemas crescem, englobando, assim, um grande mercado. “Mas, de fato, o dia a dia do usuário é pragmático. Percebemos que os clientes acabam utilizando de 50% a 60% dos softwares. E mais do que isso, um profissional dentro de uma instituição de saúde talvez utilize cinco funcionalidades, dentro de um universo com mais de 1.500. Para isso, desenvolvemos uma linha para que aqueles softwares mais usados estejam destacados e presentes de modo prático na tela.”

Pires analisa o setor da Saúde com grande otimismo. “Sabemos que este segmento é promissor sobre todos os sentidos. Mesmo ainda tendo a característica de ser uma indústria baseada no papel, acreditamos que haverá grandes mudanças visto que as vantagens de utilizar as tecnologias de informação são muitas e, acima de tudo, necessárias.” O CIO do Hospital Albert Einstein, Ricardo Santoro, esteve presente no evento apresentando um desdobramento do prontuário eletrônico através do comando de voz, que vem sendo trabalhado dentro

da instituição. “Também estamos implantando uma solução de Telemedicina para prover auxílio a hospitais remotos e operações para empresas que estão em lugares distantes e que não podem contar com uma assistência de saúde”, salienta. Luiz Carlos Valente de Andrade, Diretor-técnico do HCor, também falou sobre a implantação do prontuário eletrônico na instituição. “Todos nós, incluindo médicos, equipes multidisciplinares e a equipe TOTVS, participamos da implantação do prontuário. É um caminho sem volta, porque investir

“Estamos implantando uma solução de Telemedicina para prover auxílio a hospitais remotos e operações para empresas que estão em lugares distantes e que não podem contar com uma assistência de saúde” Ricardo Santoro, CIO do Hospital Albert Einstein

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Novas

Estratégias

na tecnologia é fundamental para a sobrevivência de qualquer instituição.” Confira todas as entrevistas exclusivas realizadas durante o Universo TOTVS no portal Saúde Online. Fluig Entre as inovações da TOTVS está a plataforma Fluig, uma solução de produtividade com conceito colaborativo, que faz a gestão combinada de processos, documentos e identidades. Integrável a qualquer sof-

tware de gestão, ela funciona como um grande portal agregador dos sistemas de uma companhia, tornando o acesso seguro. O Fluig é uma camada agnóstica ao ERP que ajuda as empresas a extraírem valor de investimentos já feitos em Tecnologia da Informação. É composto por sete módulos: Identidade, Gestão de Processos, Gestão de Documentos, Indicadores, Negócios, Colaboração e Portais em uma única solução completa. Essas fun-

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cionalidades são integradas com conceitos de rede social, interface colaborativa e hospedagem na nuvem. A plataforma possui prazos curtos de implementação e permeia toda a gestão de uma empresa, provocando uma mudança rápida de patamar de gestão: os processos assumem a liderança da gestão corporativa. A padronização de procedimentos garante mais segurança e previsibilidade, pois reduz erros e aumenta HCM a produtividade.

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HEALTH-IT

artigo

Phase in / Phase out – do analógico para o Digital Por Nubia Viana

A

ntes de entendermos como sair do modelo analógico, baseado em papel, e iniciarmos a adoção de ferramentas que apoiam o modelo digital, ou melhor, quais alternativas e caminhos para implementação do registro eletrônico de saúde, precisamos entender os conceitos e definições do que vem a ser prontuário eletrônico e registro eletrônico de saúde. Segundo HealthIT.gov , o prontuário médico eletrônico é uma versão digital do prontuário em papel que traz toda a história médica do paciente em determinado tratamento. De acordo com o Institute of Medicine , o prontuário eletrônico do paciente é um registro eletrônico que reside em um sistema especificamente projetado para dar apoio aos usuários por meio da disponibilidade de dados completos e corretos. Assim como lembretes e alertas aos profissionais, sistemas de apoio à decisão, links para

bases de conhecimento médico e outros auxílios. A resolução do CFM no. 1638/2002 define “prontuário médico como documento único, constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada. Possui caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo”.

São indiscutíveis os argumentos para adoção do prontuário eletrônico: • Prontuário em papel só pode em estar em único lugar • Problemas com ilegibilidade • Perda de informação • Descontinuidade na história do paciente • Falta de padronização • Falta de controle no acesso a informação • Fragilidade do papel • Volume físico • Redundância de dados Então, como sair do modelo analógico para o digital? Parece simples, não? Entendemos o que é um prontuário eletrônico ou mesmo o registro eletrônico, seus requisitos e sua evolução. E por que a grande maioria das instituições ao longo dos anos ainda não atingiu o “estado da arte”? Ser um hospital digital? O sistema de saúde ao longo dos anos (em especial os hospitais) tornou-se mais complexo, impulsionado tanto pela tecnologia

http://www.healthit.gov/providers-professionals/electronic-medical-records-emr 1997 Institute of Medicine report: The Computer-Based Patient Record: An Essential Technology for Health Care

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1. Benner

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artigo médica, como a perspectiva de tratamentos cada vez mais especializados e eficazes. As ferramentas de qualidade também se aprimoraram. Seja por meio dos processos de acreditação e certificação ou por meio de boas práticas do mercado, como o lean six sigma. Os sistemas de informação acompanharam este processo procurando incorporar toda complexidade do ambiente de saúde nas ferramentas já existentes, ou desenvolvendo soluções específicas para atender necessidades mais complexas. Como mesclar as necessidades dos processos administrativos, bem mais maduros, normalmente mais estáveis ao longo dos anos, sem grandes mudanças aos processos assistenciais, orgânicos, dinâmicos, afetados no seu dia-a-dia pela complexidade e evolução da área médica? A pluralidade das soluções é um fato hoje em dia. Garantir que as mesmas sejam integradas e transparentes para os profissionais que as usam, passa a ser requisito básico. Então novamente o questionamento: Por que

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esta transição é tão complexa e poucos o atingiram ao longo das décadas? Talvez a resposta esteja nas mudanças que os principais players do mercado precisam fazer. O setor está se profissionalizando para se adequar as estas mudanças, entendendo que as decisões precisam estar embasadas em um planejamento estratégico de longo prazo. Entender que mesmo que não se adote tecnologias de ponta logo na fase inicial (como reconhecimento de voz, integração com monitores multiparamétricos, plataforma mobile, visão longitudinal do paciente – orientado a problemas, acesso a bases científicas), os seus parceiros de negócio estão alinhados com a visão de longo prazo das instituições e que este crescimento pode e deve ser contínuo. Entender que processos complexos trazem soluções complexas e que mudanças no relacionamento entre os profissionais com estas soluções precisam ser redefinidas – novos perfis, novas atribuições. Pensar “fora da caixa”. O mercado de saúde, ao longo dos próximos anos, continuará sendo afetado

pela organicidade que é característica deste setor. Os hospitais precisarão cada vez lançar mão da utilização de tecnologia da informação não somente para atender seus processos administrativos, muito mais estáveis e com processos regulatórios e legais com mudanças cada vez mais de menor impacto. Os mesmos também precisarão adotar tecnologia para os seus processos clínico-assistenciais. Por um lado, provedores que estejam alinhados com planejamento e visão de longo prazo, e por outro, as instituições de saúde também entendendo seu planejamento e visão de longo prazo, procurando unir-se a parceiros que possam contribuir para cumprimento desta visão estratégica. Trata-se de maturidade do setor como um todo. Somente desta forma, o segmento de saúde estará preparado para atingir o nível evolutivo final – registro eletrônico de saúde, saindo do analógico e atinHCM gindo o digital. Escrito por Nubia Viana, Country Solution Manager para o segmento Enterprise IT da Agfa HealthCare. Confira o white paper na íntegra no portal Saúde Online.

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Pioneirismo

O DNA da

inovação

Professor da Universidade de Duke (EUA) fala sobre tecnologia na saúde e o futuro dos hospitais

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Referência

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leito diversas vezes entre os melhores centros de saúde dos Estados Unidos, a Universidade de Duke também é pioneira em utilizar o uso de computadores na saúde. Um dos primeiros pesquisadores a mergulhar neste universo foi o professor William Edward Hammond, Diretor do Centro de Informática em Saúde e Instituto de Medicina Translacional da Duke. Confira abaixo a entrevista na íntegra para a Healthcare Management.

1-Qual é a principal diferença entre a Duke e os outros hospitais universitários? A Duke é um dos primeiros centros a investigar o uso de computadores na saúde. Nos anos 60, a Duke começou a participar de projetos de informática neste setor. Três grandes projetos se destacaram. O primeiro foi criar uma base de dados de pesquisa clínica para avaliar os resultados e a prática de medicina em doentes cardíacos, acompanhando os pacientes e inserindo os

resultados na base de dados, uma das pioneiras no mundo. O segundo projeto foi o desenvolvimento de um sistema de gestão clínica hospitalar junto com a IBM. Por fim, a criação dos primeiros registros eletrônicos de saúde que foi implantado em mais de 40 instituições nos Estados Unidos e Canadá. A Duke Medicine proporciona um ambiente propício para a inovação. Conhecemos o que cada professor faz e incentivamos o trabalho com outros grupos. Por exemplo,

“A Duke Medicine proporciona um ambiente propício para a inovação. Conhecemos o que cada professor faz e incentivamos o trabalho com outros grupos. Por exemplo, dois grandes esforços de financiamento por parte do Instituto Nacional da Saúde (INS) estão sendo liderados pela Duke em parceria com Harvard”, William Edward Hammond, Diretor do Centro de Tecnologia em Saúde da Duke HEALTHCARE Management 29

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Pioneirismo

dois grandes esforços de financiamento por parte do Instituto Nacional da Saúde (INS) estão sendo liderados pela Duke em parceria com Harvard. 2-Como é a atuação da Duke em outros países? Temos a instalação de uma escola médica em Cingapura e a construção em andamento da Universidade Kunsan, na China. Já temos vários projetos no Brasil em diferentes áreas, incluindo professores brasileiros. 3-A Duke tem foco em trazer descobertas para a prática da Medicina, também conhecida como medicina translacional. O que tem sido feito nessa área? Os projetos incluem atividades genômicas, pesquisa clínica, tratamento para o paciente, saúde pública e populacional, conexão da ciência social com a médica, geomedicina, tudo isso realizado através de várias parcerias, inclusive com institutos governamentais. 4-Quais tecnologias são utilizadas para os progra-

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mas desenvolvidos? Utilizamos Big Data, Geomedicina, data visualization, clinical data e outros que são usados em projetos de medicina personalizada, marcadores biogenéticos, imagens, etc. 5-Como o sr. analisa o futuro das instituições de saúde? Vejo transformar o hospital em um centro de cuidado de saúde. Hoje, os doentes são a fonte de renda dos hospitais. No futuro, serão as pessoas saudáveis e essa transformação é um grande desafio cultural. Isso porque a medicina preventiva ganhará grandes proporções. A tendência é termos uma maior conscientização do indivíduo em seu próprio tratamento e comportamento, tudo isso apoiado pela tecnologia. Acredito também que na próxima meia década, o papel do profissional vai mudar e, então, teremos uma interface humano-máquina mais intensa, além do crescimento das decisão terapêuticas feitas pelo computador. De qualquer maneira, o sistema de saú-

de tem que mudar. 6-Ainda neste contexto do futuro dos hospitais, cirurgias e procedimentos menos invasivos são foco de muitas pesquisas, por exemplo. Quais são as principais descobertas nesta área e como melhorar a qualidade e a segurança no atendimento ao paciente? Monitorar a saúde com sistemas de suporte à decisão clínica e medição de sinais podem melhorar a segurança do paciente. A maioria dos erros provêm de dados perdidos, erros de comunicação e, ocasionalmente, falta de conhecimento. Os computadores podem consertar tudo isso. A qualidade de vida se tornou uma das mais importantes lutas. Nós focamos na interoperabilidade das informações de saúde, pela qual podemos tomar, cada vez mais, decisões por conta de dados não gerados por nós. Para isso, precisamos estabelecer confiança e isso depende da qualidade. Nós temos problemas em definir qualidade e qual é o HCM padrão ideal.

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Seguranรงa

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Café com leite São Paulo e Minas Gerais mostram a gestão de suas instituições de saúde Dando continuidade ao especial “Regiões do Brasil”, o leitor poderá conferir, nas próximas páginas, exemplos de gestão que dão certo nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Nesta edição, conheça os desafios diários de estar à frente de instituições de saúde localizadas nos Estados mais ricos do Brasil e como vencê-los sem causar danos ao atendimento. No especial “Café com Leite”, gestores comentam também sobre as principais diretrizes adotadas no planejamento estratégico da administração, e quais são os pilares fundamentais para proporcionar segurança e qualidade em todos os procedimentos. Além disso, conheça como essas instituições investem na educação continuada de seus profissionais e o grande diferencial de ter uma equipe engajada com a missão do hospital.

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Especial

SP e MG Gestão da Saúde no Brasil

Aperfeiçoamento

profissional

Hospital Municipal de Uberlândia aposta em estratégias de recursos humanos e obtém excelência em seu corpo clínico 66

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Exemplos de

Qualidade

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gestão do Hospital e Maternidade Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro (HMMDOLC) é realizada através de uma parceria-contrato de gestão entre a Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia e Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). O sistema de governança corporativa e a alta competência de seus colaboradores são alguns dos pilares da administração.

“A política institucional é anualmente revista com o objetivo de estar sempre em harmonia com as necessidades da rede pública de saúde. Os pilares desse processo são a segurança e qualidade da assistência ao paciente em conjunto com a disponibilidade de recurso orçamentário para a gestão do hospital”, explica João Paulo Guerra Braga, Diretor-técnico do hospital. Para tanto, o HMMDOLC

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instituiu diversas rotinas operacionais de segurança (ROPs) e as mantém sob gerenciamento. São exemplos dessas rotinas a identificação de todos os pacientes, a notificação de riscos de queda, úlcera, flebite, interação medicamentosa, entre outros. Também se estabeleceram diversos protocolos clínicos com o objetivo de uniformizar as condutas e mensurar a efetividade dos tratamentos. “Implan-

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Especial

SP e MG Gestão da Saúde no Brasil tamos, no bloco cirúrgico, o protocolo de cirurgia segura com o objetivo de minimizar os riscos existentes na execução dos procedimentos”, salienta. Também há o Núcleo de Gestão de Risco (NGR) nomeado pela Diretoria e atuante em todos os setores do hospital. Assim, são realizadas reuniões mensais com a participação dos membros do núcleo e a equipe multiprofissional, composta de colaboradores assistenciais e administrativos. Contribui também para a qualidade e a minimização de riscos o constante

investimento em aperfeiçoamento profissional. O programa de Educação Multiprofissional Permanente proporciona encontros mensais para todos os colaboradores, independente da área de atuação. Os temas são amplos e são exploradas as responsabilidades de cada profissional envolvido nas diversas etapas da assistência e com apresentação de casos reais. Para o Diretor, um dos grandes desafios de sua gestão é oferecer assistência médica/hospitalar de qualidade e utilização de tecnologia de ponta

tanto para diagnóstico quanto para tratamento, com recursos orçamentários cada vez mais escassos e custos crescentes. “Trabalhamos continuamente para desenvolver tecnologia de gestão visando a diminuição dos custos operacionais sem prejudicar a quantidade nem a qualidade da assistência prestada.” Os recursos para investimentos estão previstos no contrato de gestão entre o Município de Uberlândia e a SPDM, e, quando disponibilizados, são aplicados integralmente na instituição, abrangen-

“Todo o resultado financeiro da lavanderia industrial é revertido em projetos sociais da instituição”, Antonio Naves de Oliveira, Presidente da ICASU 68

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Exemplos de

Qualidade

do necessidades definidas por critérios de prioridades. Braga também afirma que estabelecer estratégias de recursos humanos motivadoras e condições de trabalho que contribuam para uma maior permanência na instituição é outro desafio. “Reter os profissionais no setor público de saúde é uma grande missão para qualquer administrador, principalmente pela escassez financeira prevista na política pública brasileira associada à competitividade do mercado de trabalho.

Visamos proporcionar ao colaborador um ambiente de trabalho que o faça se sentir realizado e em contínuo desenvolvimento profissional.” Apoio à gestão Considerando toda a cadeia organizacional, os serviços terceirizados exercem uma importante contribuição nos processos do hospital. “O ganho institucional é presente principalmente na gestão de recursos humanos, otimizando processos técnico-operacionais e proporcionando ganhos

em relação a prazos, tempo de resolubilidade e análises diagnósticas”, explica Braga. A Icasu presta seus serviços ao hospital desde 2010, oferecendo locação de enxoval completo e serviços de lavanderia. Em média, são lavadas 2.500 kg por dia de roupas hospitalares. Para isso, a lavanderia conta com modernos equipamentos e seus colaboradores recebem constantes treinamentos para manter a qualidade dos serviços prestados. Segundo Antonio Naves

É de elevada estima essa parceria por se tratar de um hospital com excelente estrutura física, além do excelente serviço de saúde prestado a toda população de Uberlândia e região. Thays Molyane Rodrigues Freitas, Administradora da Telepacs

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Especial

SP e MG Gestão da Saúde no Brasil de Oliveira, Presidente da ICASU – Instituição Cristã de Assistência Social de Uberlândia, todo o resultado financeiro da lavanderia industrial é revertido em projetos sociais da instituição. “Para nós é uma honra estarmos em parceria com um modelo de hospital aqui em Uberlândia. Pois é uma instituição de referência quando se trata de Sistema de Saúde Pública em Minas Gerais, merecedor do título de acreditação concedido pela ONA”, afirma. Os serviços de ressonância magnética, angiorressonância, tomografia computadorizada e angiotomografia da instituição são realizados pela Telepacs. Em média, são feitos 500 exames por mês do HMMDOLC. “A Telepacs se juntou ao hospital, mais especificamente ao setor de radiologia, para que juntos possam prestar um serviço de laudos prezando sempre pela qualidade, segurança e agilidade, considerando tratar-se de um hospital de média 70

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Exemplos de

Qualidade

complexidade. Para nós é de elevada estima essa parceria por se tratar de um hospital com excelente estrutura física, além do excelente serviço de saúde prestado a toda população de Uberlândia e região”, explica Thays Molyane Rodrigues Freitas, Administradora da empresa. A Telepacs possui a certificação de gestão da qualidade ISO 9001:2008. Todo mês é realizada uma pesquisa eletrônica de satisfação do cliente em que cada usuário avalia o serviço, desde a confiabilidade dos laudos, agilidade na emissão dos laudos,

suporte e conexão com o sistema. Todos os laudos são emitidos com certificação digital e cada cliente possui seu usuário e senha para acessar os laudos emitidos. Também são realizados backups para armazenamento das imagens, conforme exigido pela legislação competente. Meio ambiente O HMMDOLC é membro participante dos Hospitais Saudáveis - Projeto de Agenda Global Hospitais Verdes e Saudáveis. A unidade conta com uma estrutura já planejada com soluções ecologicamente

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sustentáveis, como sistema de aquecimento solar para água de torneiras e chuveiros, sistema de reuso da água, porão técnico com colchões de ar que refrescam o ambiente e janelas e claraboias projetadas para a utilização mínima de iluminação artificial. “Mantemos o equilíbrio sustentável e ecológico da instituição, pois além de instalações sustentáveis, contamos com equipamentos com menor gasto de energia. A coleta seletiva de resíduo também contribuiu para recolhimento e destinação final dos resíduos tóxicos adequadamente”, salienta Braga. HCM

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Especial

SP e MG Gestão da Saúde no Brasil

Excelência na

missão

Do reconhecimento ao colaborador à estratégia de Qualidade. Esses são alguns dos fatores de sucesso do Hospital viValle

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Exemplos de

Qualidade

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equipe de Qualidade do Hospital viValle, um dos principais centros médicos do Vale do Paraíba (SP), em conjunto com a Diretoria, trabalham a fim de manter os altos padrões de excelência da instituição. Essa constante comunicação entre gestores e operação é um ponto fundamental para que haja o entrosamento e a disseminação da cultura da qualidade e da segurança. Todos os processos são mapeados e acompanhados através de indicadores e auditorias internas. Os gestores de áreas monitoram e analisam seus números mensalmente e os apresentam em uma reunião conduzida pela equipe da Qualidade, sempre com a presença da Diretoria. Em todos os procedimentos, a segurança do paciente é tratada como prioridade. Para tanto, indicadores assistenciais são integrados ao Planejamento Estratégico da instituição. “Trabalhamos com a implantação de Protocolos de Prevenção contra os principais eventos. Assim, as medidas de prevenção são auditadas periodicamente pela equipe da Qualidade e individualizadas conforme a evolução dos processos”, explica Claudia Mangini, Gerente de Qualidade do hospital. As notificações de risco são voluntárias e fortemente estimuladas, enfatizando-se, desse modo, uma conduta não

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Especial

SP e MG Gestão da Saúde no Brasil punitiva, sempre focada no processo. A aplicação da Pesquisa de Cultura de Segurança estimula tais relatórios e, consequentemente, acaba por gerar ações preventivas e proativas que são discutidas no Comitê de Segurança do Paciente, formado por uma equipe multidisciplinar. Os riscos são gerenciados pelas áreas operacionais com o apoio da equipe de Qualidade, o que garante integração entre as áreas. Ter um corpo clínico especializado também colabora para a Qualidade nos procedimentos. Para tanto,

o hospital investe na qualificação profissional nas várias esferas da instituição. O programa de capacitação de profissionais de enfermagem de nível médio, curso de integração de novos colaboradores, a atuação do IEP (Instituto de Ensino e Pesquisa) na atualização médica e o Programa de Capacitação para Lideranças são exemplos dessas iniciativas. “Além disso, implantamos o Programa de Qualidade de Vida, Treinamentos Comportamentais e Avaliação de Desempenho”, ressalta Claudia. Afora a estratégia de Quali-

dade, o hospital também trilha uma gestão que garanta sustentabilidade da instituição. Assegurar uma assistência custo-efetiva com uso racional de tecnologia, e aplicação de medicina baseada em evidência, além de manter um estudo constante do mercado, são algumas das medidas adotadas. O Comitê de Incorporação Tecnológica Multidisciplinar, por exemplo, avalia os benefícios assistenciais e a estratégia de sustentação da incorporação das novas tecnologias, o que garante investimentos corretos, sem excessos.

“Com os serviços terceirizados, conseguimos focar em nossa atividade-fim, além do fato do terceiro dominar o tipo de serviço que executa, estando sempre atualizado em relação à legislação, às mudanças do setor e às novidades”, Ana Carina Bacha, Gerente de Operações do hospital 74

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Exemplos de

Qualidade

Contribuir para a excelência Os serviços de apoio também são essenciais para manter a excelência da instituição. “Com isso conseguimos focar em nossa atividade-fim, além do fato do terceiro dominar o tipo de serviço que executa, estando sempre atualizado em relação à legislação, às mudanças do setor e às novidades, nos auxiliando a implantar melhorias constantes”, salienta Ana Carina Bacha,

Gerente de Operações do hospital. A terceirização permitiu ao hospital obter um tempo de resposta mais rápido na contração de mão de obra. “Às vezes temos ampliação de áreas ou alguma atividade específica, onde vamos precisar de colaboradores extras por um curto prazo de tempo, e alguns terceiros conseguem nos atender em menos de 24 horas. Se fosse

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necessário efetuar estas contratações sazonais, talvez não haveria tempo hábil para dispormos destes profissionais”, salienta Ana Carina. O LabviValle, por exemplo, tem parceria com o hospital desde 2003. Desde então, o laboratório presta serviços como Análises Clínicas de Urgência para os pacientes, exames de check-up para o Centro Médico viValle, além de

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Especial

SP e MG Gestão da Saúde no Brasil outros exames específicos de DNA para oncologia, e demais diagnósticos. Atualmente, o Labvivalle realiza cerca de 1.000 exames por dia, sendo 95 % destes entregues em até 1 hora após a chegada do material biológico. O selo ONA Nível II em Análises Clínicas comprova a Qualidade do Laboratório. “Atualmente, junto com o hospital, estamos implantando a metodologia Qmentun de qualidade, além de participarmos do Programa Brasileiro de Se-

gurança ao Paciente cujo objetivo é salvar 50.000 vidas e evitar 150.000 danos”, afirma Maiara Schulz, Diretora Sócio-Fundadora do LabviValle. “Nosso sucesso deve-se não somente pela parceria com o hospital, mas também à contínua educação e motivação da equipe. Um corpo clínico alinhado produz, naturalmente, resultados sempre melhores”, comenta a Diretora. Outro grande parceiro do hospital é a AMBICAMP®, que presta serviços de ge-

renciamento, coleta e destinação de resíduos químicos desde 2007 para a instituição. Para esta atividade, a empresa especializada é certificada nas normas ISO 9001 e ISO 14001, através de um sistema de gestão integrada. “O trabalho desenvolvido pela AMBICAMP® ao longo de 14 anos possibilita ao mercado atender as legislações ambientais e sanitárias de forma prática, otimizada a cada necessidade individual e específica, além de

“Parceria e profissionalismo são fundamentais para quaisquer empresas que desejam se destacar no mercado através do reconhecimento de seus clientes”, Maiara Schulz, Diretora Sócio-Fundadora do LabviValle 76

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Exemplos de

Qualidade

garantir toda a rastreabilidade necessária ao processo”, explica Maria Luisa de Souza, Diretora Técnica e Operacional da empresa. Para tanto, o corpo técnico é formado por profissionais de diversas áreas que atendem nas especialidades de biólogos, farmacêuticos bioquímicos, engenheiros, químicos e gestores ambientais. “Nossos colaboradores são treinados tecnicamente e preparados para atuarem no atendimento a necessidade técnica do

cliente. A equipe operacional (logística) também é preparada para fazer a coleta, o transporte e o armazenamento temporário do resíduo coletado.” Em seu próprio Centro de Triagem (CTA), os resíduos são armazenados, seguindo padrões de qualidade, segurança e meio ambiente. Lá permanecem armazenados temporariamente, conforme as legislações RDC 306/2004-ANVISA/MS e Resolução 358/2005 - CONAMA/MMA, separados

por estado físico e família química até o momento de serem encaminhados para a destinação final. A Massima Alimentação, através de sua controlada Gastronomia Hospitalar, está presente no Hospital viValle. A parceria já tem mais de cinco anos, totalizando mais de 2,2 milhões de serviços no período. Atualmente, a empresa é responsável por todo o serviço de alimentação na instituição, atendendo pacientes, acompanhantes, médicos, equipe assistencial, funcionários e

“Nossos colaboradores são treinados tecnicamente e preparados para atuarem no atendimento à necessidade técnica do cliente”, Maria Luisa de Souza, Diretora-Técnica e Operacional da AMBICAMP®

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SP e MG Gestão da Saúde no Brasil visitantes. “Para cada grupo de clientes temos soluções adequadas a fim de responder às suas expectativas. Além disso, operamos no ponto de venda de varejo com a marca Café da Praça”, explica Fernanda Sorelli, Diretora de Operações -Divisão Hospitalar da empresa. A prestação deste serviço encontra diversos desafios, uma vez que no mesmo local encontram-

-se diferentes públicos consumidores. Para tanto, preza-se pela individualidade no atendimento, na humanização e segurança alimentar, através da monitoração constante de processos produtivos e qualidade dos alimentos. Ainda quanto à segurança, Fernanda salienta os indicadores para a monitoração dos serviços prestados, como a satisfação de consumidores, do contratante, tempo de

entrega dos produtos, retorno dos programas de treinamento e índice de segurança alimentar. “Trabalhamos de forma transparente, pois acreditamos que as boas relações são construídas através da confiança entre as partes. Todos os nossos pratos são preparados seguindo os princípios da Gastronomia buscando a promoção do bem-estar e acompanhando as tenHCM dências.”

“A forte pressão do mercado e recursos humanos são os desafios de qualquer instituição”, Claudia Mangini, Gerente de Qualidade do hospital

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Exemplos de

Qualidade

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Especial

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Assertividade do

trabalho

Paciente como centro da gestão. Assim é o Hospital Socor e sua busca por melhoria da qualidade e segurança da assistência 80

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Qualidade

G

arantir a satisfação do cliente sendo ágil, resolutivo, de forma integrada, focado em Cardiologia. Essa é a missão do Hospital Socor (MG), certificado pela Organização Nacional de Acreditação Nível III. Dessa forma, as estratégias de gestão são formuladas para direcionar a organização e o seu desempenho, determinando, assim, sua posição competitiva. “As medidas são desdobradas em todos os níveis da organização, com planos de ação de curto e longo prazos. O planejamento está norteado pelas quatro perspectivas do Balanced Score Card: cliente, financeira e processos e pessoas”, explica Jacqueline

F. Portella, Superintendente Executiva do Hospital Socor. Junto com a missão de oferecer qualidade nos procedimentos, está também a segurança, estabelecida através de políticas e práticas padronizadas, garantindo a excelência nos processos. “Alinhado as diretrizes do Planejamento Estratégico, o Socor monitora todo e qualquer risco que o cliente/ paciente, colaborador e instituição possam estar expostos. O principal objetivo no gerenciamento de risco é monitorar a assertividade do trabalho utilizando como parâmetro a possibilidade ou ocorrência de tais situações adversas, buscando como resultado a melhoria

da qualidade e da segurança da assistência.” A gestão do hospital também estabelece diretrizes quanto à segurança da informação, definindo regras a fim de proteger, monitorar e administrar de forma adequada todos os dados criados, acessados e armazenados dentro do hospital. Entre os desafios de sua gestão, a Superintendente destaca a gestão de pessoas. “A maturidade de gestão do hospital Socor só foi possível porque as pessoas que aqui trabalham acreditaram no modelo. Sem elas nada disso seria possível.” Terceirização Os serviços de apoio tam-

“O sucesso de uma organização está diretamente relacionado à sua capacidade de atender às necessidades e expectativas de seus clientes”, Jacqueline F. Portella, Superintendente Executiva do Hospital Socor

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SP e MG Gestão da Saúde no Brasil bém exercem um papel fundamental para gestão da instituição. “Abrimos mão da execução de algumas atividades, mas ganhamos em produtividade e qualidade. Os nossos serviços terceirizados possuem uma base mais especializada de conhecimento, agregando maior valor ao resultado final”, ressalta Jacqueline. A marca Gastronomia Hospitalar é gerida pela Massima Alimentação que presta seus serviços para o Hospital Socor, sendo esta a primeira atuação da empresa na região de Minas Gerais. “Hoje somos responsáveis pelo atendimento de todo serviço de alimentação, incluindo o forneci-

mento de alimentação para pacientes, acompanhantes, equipe assistencial e visitantes. Vale ressaltar que temos ainda uma solução de venda a varejo, representada pelo nosso produto Café da Praça”, explica Fernanda Sorelli, Diretora de Operações da empresa. A prestação de serviços de alimentação deve atender aos diferentes públicos que frequentam o hospital. Para tanto, esta atividade deve ser muito bem planejada e seguir algumas premissas. Conforme explica Fernanda, preza-se pela individualidade no atendimento e pela segurança alimentar. “Realizamos a monitoração constante dos processos

produtivos e de qualidade dos alimentos. Nossos processos estão adaptados aos principais sistemas de qualidade em gestão hospitalar.” A Massima Alimentação também proporciona ao cliente indicadores seguros para que seja possível o monitoramento da prestação do serviço que está sendo realizado. São eles satisfação do consumidor, do contratante, o tempo de entrega dos produtos e o índice de segurança alimentar. “Trabalhamos de forma transparente, pois acreditamos que as boas relações são construídas através da confiança entre as partes.” A Medical Hosp também presta seus serviços para o

“Realizamos a monitoração constante dos processos produtivos e de qualidade dos alimentos. Nossos métodos estão adaptados aos principais sistemas de qualidade em gestão hospitalar”, Fernanda Sorelli Carneiro Tasca, Diretora de Operações - Divisão Hospitalar da Massima Alimentação

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Qualidade

Hospital Socor. A parceria já tem mais de 12 anos e, desde então, realiza-se a manutenção, locação e vendas de equipamentos. Atualmente, a empresa é responsável pela a Engenharia Clínica do hospital através de um programa de gerenciamento e supervisão de serviços de manutenção preventiva e corretiva. Para tanto, estabeleceram-se normas e padrões na instituição para preservar o uso seguro e eficiente do equipamento médico hospitalar e da infra-

estrutura, bem como de seus profissionais e usuários. A política de qualidade adotada pela Medical Hosp consiste em garantir a qualidade dos serviços, buscando a satisfação dos clientes e a melhoria contínua. Para tanto, adotamos como diretrizes um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de garantir a rastreabilidade, qualidade, eficácia, efetividade

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e segurança. “Acreditamos que Engenharia Clínica deve ser utilizada como ferramenta segura, eficaz e adequada aos procedimentos assistenciais que envolvem o paciente, através de uma abordagem sistemática, responsável por garantir que os equipamentos de melhor custo, efetividade, seguros e apropriados estejam disponíveis para atender com qualidade a demanda do cuidado à saúde”, ressalta José Hilton da Silva, Diretor da empresa. HCM

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Especial

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Tecnologia de

ponta

Hospital acompanha de perto todas as inovações para ser referência em Otorrinolaringologia

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combinação de equipamentos de ponta com ensino e pesquisa é um dos pilares da Qualidade do Hospital Paulista. Além de acompanhar as inovações, o planejamento estratégico da instituição também visa o crescimento e modernização da estrutura física, para que seja possível atender à crescente demanda. De acordo com Kleber

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Di Pardi, Administrador do Hospital Paulista, o investimento em tecnologia é vital. “Trata-se de uma questão de sobrevivência no mercado em que atuamos, e não um diferencial. Os investimentos são direcionados mediante deliberações do ‘board’ diretivo em conjunto com nossos gestores, considerando-se o custo-benefício e a aceitação dos convênios.”

A segurança também é ponto fundamental a ser estudado pela gestão. Tais métodos são compostos de guidelines, além da atuação de uma Comissão de Infecção Hospitalar (C.C.I.H.), incluindo também um programa de Educação Continuada bastante eficaz. A gestão de riscos também é uma das metas mais importantes e com-

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Exemplos de

Qualidade

plexas dentro do ambiente hospitalar. “Somos os responsáveis diretos pelos cuidados aos pacientes. Desta forma, temos ferramentas para a prevenção, identificação e classificação dos riscos.” A segurança e a tecnologia de ponta são amparadas por um corpo clínico especializado que está em constante aperfeiçoamento profissional incentivado pelo hospital. “Todos devem estar atentos às inovações tecnológicas e também às oportunidades de aplicar suas experiências. Aqui, nossos sistemas de informações de última geração são, praticamente, utilizados por todos os colaboradores. Para isso

exige-se um constante aprimoramento.” Manter os colaboradores estimulados é, segundo o Diretor, um dos grandes desafios de sua gestão. “Também é uma grande tarefa viabilizar o crescimento da participação no nosso segmento de mercado (otorrinolaringologia) e atender aos anseios dos acionistas, da Diretoria e dos clientes.” A Sustentabilidade também está entre as atenções da instituição. O Programa de Resíduos Sólidos adotado visa envolver todos os colaboradores e clientes quanto à importância do descarte correto. Além disso, a gestão prioriza fornecedores que tenham a preocupação

com o meio ambiente, com foco na sustentabilidade e que, preferencialmente, seja possível o reuso. “Temos que considerar que, atualmente, há uma quantidade muito elevada de materiais descartáveis para o ambiente hospitalar, produzindo volume de resíduos em alta escala”, salienta Pardi. O conjunto destas diretrizes visa preparar o Hospital Paulista para a obtenção de certificação de qualidade hospitalar. “Nossa estrutura está sendo preparada com relação aos processos assistenciais e administrativos. Mais que uma diferenciação, estas certificações são fundamentais na escolha das instituições de HCM saúde”, avalia.

Somos os responsáveis diretos pelos cuidados aos pacientes. Desta forma, temos ferramentas para a prevenção, identificação e classificação dos riscos. Kleber Di Pardi, Administrador do Hospital Paulista

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Mapeamento

estratégico

A conquista de novas possibilidades de mercado e inovadoras metas de segurança do CPO

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o Centro Paulista de Oncologia – CPO, em São Paulo, cada nível da instituição tem seu papel definido para a manutenção da segurança e da qualidade do cuidado ao paciente. Para tanto, a alta administração direciona toda a equipe, definindo metas de qualidade que devem ser seguidas. A média gerência é responsável pela execução e controle dos planos de

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ação. Os demais colaboradores, por sua vez, operacionalizam as ações e os protocolos estabelecidos, além de apoiar a média gerência na coleta de dados para os controles. O Planejamento Estratégico da instituição tem como alicerce a análise do ambiente interno e externo, bem como a priorização dos processos do centro. Segundo Ligia Fernandes

Porfírio, Coordenadora de Comunicação e Qualidade do CPO, as informações geradas através de indicadores, das ocorrências de maior gravidade e/ou maior frequência, as novas possibilidades de mercado, as metas de segurança do paciente, as necessidades e as expectativas de todos os clientes são fonte de informação para a composição de metas institucionais.

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Qualidade

“Os dados coletados são desdobrados nas dimensões de aprendizagem e processos internos, com objetivos estabelecidos para cada perspectiva que, em seguida, são estendidos para os setores e times de trabalho”, explica. Realiza-se, também, uma constante revisão dos processos e rotinas a fim de manter os métodos de cuidado atualizados. O objetivo é cumprir integralmente os procedimentos de segurança, como a identificação do paciente, registro e transferência de informação, reconciliação medicamentosa, padronização da assistência, higienização das mãos, prevenção de queda, envolvimento do paciente/acompanhante com o seu tratamento, além da política de segurança na administração de medicamentos de alto risco. “Estabelecemos fortemente a política de notificação de ocorrência que inclui ocorrências assistenciais, erros de processo e eventos sentinela. Através da política de notificação conseguimos avaliar a eficiência das barreiras de segurança e os pontos que ainda precisam de melhoria. Entende-

mos que há sempre o que melhorar, mas antes é necessário conhecer os nossos pontos fracos”, salienta a Coordenadora. Todos os processos têm seus riscos mapeados e priorizados através da ferramenta FMEA (Análise dos Modos e Efeitos das Falhas) adaptada para a realidade da instituição. Assim como todos os serviços que trabalham pela segurança, intensifica-se a prevenção com a definição de processos com barreiras de segurança em todos os pontos que apresentam risco com graves consequências ou com grande frequência. A atualização dos processos também se apoia no constante aperfeiçoamento da equipe de colaboradores. “Treinar os profissionais é uma tarefa contínua e difícil. Para este ano, temos uma agenda repleta de treinamentos internos e estamos sempre buscando novos formatos que envolvam todos.” O investimento tecnológico também é outra atenção da gestão. Recentemente, a instituição adquiriu uma máquina de ultrassom portátil da rede venosa. A ferramenta apoiará a equipe de enfermagem

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na administração de medicamentos de alto risco. “Sabemos que, no nosso setor, 80% do desempenho é humano, ou seja, as nossas pessoas são insubstituíveis, mas as ferramentas tecnológicas que puderem ajudar de fato os nossos colaboradores na segurança do paciente serão bem-vindas”, afirma. Mesmo com elevados padrões de qualidade e alta tecnologia, as metas não seriam alcançadas sem o envolvimento dos colaboradores e do corpo clínico. Para Lígia, este é um dos grandes desafios, assim como a comunicação, que “não só na área da saúde, mas em todas as instituições, tem sido o grande desafio do momento”. A Qualidade também vem do aprendizado com outras instituições. Nesse sentido, o CPO é parceiro dos hospitais Albert Einstein, Nove de Julho e HCor e faz parte de uma de holding nacional de clínicas de oncologia, o que permite uma troca de experiência e informação entre 27 unidades. “Nesse formato de rede, conseguimos ter um benchmarking entre as clínicas bastante

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SP e MG Gestão da Saúde no Brasil interessante. A holding nos permite parcerias com instituições internacionais importantes. Realizamos, por exemplo, um evento com médicos do Dana Faber e Harvard Cancer Center.” Serviços de apoio Para focar em seu core business, o CPO utiliza o serviço de empresas terceirizadas especializadas para realizar tarefas importantes, como a coleta e destinação de resíduos químicos gerados a partir das atividades da clínica. A empresa responsável por este serviço é a AMBICAMP®, que mantém

parceria com o CPO desde 2009, na unidade Jardim Europa, e desde 2011, na unidade de Tatuapé. O trabalho desenvolvido atende plenamente às legislações ambientais e sanitárias de forma prática, otimizada a cada necessidade específica, além de garantir toda a rastreabilidade necessária no processo. “Nossa equipe apresenta um alto padrão de qualidade técnica e é especializada no gerenciamento de resíduos, o que garante 100% de qualidade nas operações. Trata-se de um trabalho de suma importância, pois os resíduos gerados

seguem uma destinação adequada e legalmente correta”, afirma Maria Luisa de Souza, Diretora-técnica e Operacional da empresa. No próprio Centro de Triagem (CTA) da AMBICAMP®, os resíduos são armazenados, seguindo padrões de qualidade, segurança e meio ambiente. Lá permanecem armazenados temporariamente, conforme as legislações RDC 306/2004-ANVISA/MS e Resolução 358/2005 - CONAMA/MMA, separados por estado físico e família química até o momento de serem encaminhados para a destinação final. HCM

“A qualidade não é o meio e sim o fim. Não trabalhamos a qualidade e sim os processos. ela é a consequência e, o melhor, essa é uma tarefa que não pode parar nunca” Ligia Fernandes Porfírio, Coordenadora de Comunicação e Qualidade do CPO

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Qualidade

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Qualidade

Prevenção de

riscos

Hospital Villa-Lobos e seu controle diário para garantir segurança a pacientes e funcionários

O

Hospital Villa-Lobos (SP) traz um Programa Integrado de Qualidade (PIQ) que envolve toda a equipe de gestores e líderes. Há na instituição uma forte cultura voltada para a Qualidade que sustenta todas as ações, desde o treinamento dos funcionários, análise apurada de todos os processos de atendimento e suporte, até o momento da alta do paciente. O PIC conta com o Núcleo de Segurança do Paciente, cujo objetivo é analisar e gerenciar riscos. Todas as melhorias indicadas são tratadas no sistema de gestão (DocAction), garantindo a conclusão das ações nos prazos estabelecidos e fortalecendo o envolvimento das equipes. Os resultados dessas ações são avaliados através dos indicadores e auditorias internas e externas. Realiza-se, também, um controle diário das reclamações de pacientes, proporcionando um importante feedback para que os problemas sejam corrigidos. Os indicadores norteiam os processos, trazendo metas estabelecidas para cada

setor do hospital. Para garantir ainda mais a segurança dos pacientes e funcionários, foram mapeados os principais procedimentos. Assim, o Mapa de Risco contém a prevenção, detecção e ações para os eventos. Os protocolos elaborados fornecem diretrizes e instruções para realizar o atendimento de forma segura, tanto para os pacientes quanto para os colaboradores. Entre os protocolos estão aqueles relacionados à cirurgia segura; higienização das mãos; segurança de medicamentos; de hemocomponentes; de equipamentos e materiais, etc. Planejamento estratégico De outubro a dezembro, o Diretor-executivo do Grupo INAL (CEMA - Hospital Especializado, Instituto CEMA e Hospital Villa-Lobos), Luiz Carlos Lazarini, coordena o processo de planejamento com a equipe de diretores e gerentes do hospital. Com o envolvimento de todos é possível o alinhamento das atividades e, ao mesmo tempo, assegurar um alto nível de comprometimento com as metas esta-

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belecidas. O processo inclui avaliação do desempenho do ano anterior; análise do cenário macro econômico; análise do cenário setorial com base no modelo das cinco forças idealizado por Michael Porter; análise SWOT; discussão das estratégias competitivas e revisão do que for necessário; discussão das metas de cada setor para o exercício; elaboração do orçamento, do plano de marketing e do plano de ações para cada área da instituição. “Temos ainda o Balanced Scorecard, que usamos para o acompanhamento mensal das metas e dos planos de ações e o orçamento detalhado por setor, tanto na área Comercial como em todos os outros departamentos”, afirma Lazarini. Os serviços terceirizados são outro apoio para a gestão. Exemplo disso é o fornecimento das refeições congeladas no hospital, feito pela Supergelados Nora desde 2010. “Nosso trabalho começou com uma visita técnica feita por uma nutricionista que levantou a necessidade de

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espaço e consumo do hospital. Desde então, a instituição passou a contar com produtos e dietas desenvolvidos e supervisionados por profissionais especializados em Gastronomia Hospitalar”, explica Julio Lerario, Diretor da empresa. O cardápio é preestabelecido entre o departamento de Nutrição do hospital e a empresa que também realiza todo o treinamento e acompanhamento necessário para o correto descongelamento do produto e fornecimento aos pacientes. “A qualidade e segurança alimentar são pré-requisito em nosso dia a dia de produção. Além de seguirmos à risca todas as normas e orientações da Vigilância Sanitária, contamos com

uma estrutura própria muito bem dimensionada para cada etapa da produção.” Para tanto, utilizam-se equipamentos de ponta para proporcionar segurança na preparação das refeições. Desde a higienização da matéria-prima recebida, passando por fornos combinados que garantem a melhor qualidade na cocção dos alimentos, chegando à cadeia de frio formada pelo túnel de congelamento e câmara frigorífica. “Temos hoje capacidade de armazenar 300 toneladas de refeições a uma temperatura de 25 graus negativos”, salienta Lerario. O serviço fornece pratos mais sofisticados para os clientes e com variedade, tudo sendo reposto através

de um estoque regulador. Com isso evita-se o desperdício de produtos, pois há um controle exato de quantas refeições foram servidas, diminuindo-se perdas, sobras e lixo orgânico. A Sacia Hospitalar, que atua há quase 30 anos no mercado, também é parceria do Hospital Villa-Lobos e Cema há cerca de duas décadas. “Por o Hospital Villa-Lobos desenvolver um trabalho diferenciado, a Sacia teve que se adequar a essa demanda. Desenvolvemos inúmeros pratos exclusivos, garantindo uma variedade que beneficia o paciente com uma melhor adesão à dieta”, afirma Telma Granado e Sá, Nutricionista e Diretora da empresa. Para seguir as exigências

“O risco medido por ações na Justiça contra o hospital é ínfimo porque a acreditação nos permitiu evitar riscos no atendimento. Hoje temos 0,2% da receita como indicador de perdas por processos judiciais relativos a pacientes”, Luiz Carlos Lazarini, Diretor-Executivo do Hospital Villa-Lobos

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Exemplos de

Qualidade

do serviço de nutrição, foram elaborados vários pratos cujas preparações não são servidas em embalagens descartáveis, mas em pratos aquecidos em carros de indução de última geração e sem similar no Brasil. “Nosso principal objetivo é atender bem desde o paciente que consome dieta geral até o paciente que precisa de uma dieta modificada seja por inclusão ou exclusão de algum nutriente, seja pela mudança da consistência da dieta”, ressalta. Em datas especiais como Natal, Ano Novo e Páscoa são oferecidos pratos alusivos à data, para que o paciente continue participando dessas festas. “Não é fácil transformar um prato natalino tradicional em uma Dieta Pastosa, mas nos empenhamos para promover um

maior conforto ao paciente hospitalizado”, ressalta. Devido à demanda do mercado, a empresa criou, no último ano, uma divisão exclusiva para o atendimento hospitalar. Esse novo setor atende todos os tipos de dietas, além de conforto médico, lanchonetes e atua em grandes ou pequenas reformas de cozinhas. Em breve, novos produtos serão lançados, como a linha de lanches especiais, sobremesas e sobremesas diet. “Assim, buscamos acompanhar esse segmento que cresce a cada dia e fica cada vez mais exigente”, ressalta. Desafios A compatibilização dos interesses de clientes, fontes pagadoras (planos e seguros de saúde) e interesses

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dos pacientes é, para Lazarini, um dos grandes desafios de sua gestão. “Os convênios médicos querem aumentar a ingerência nos hospitais, nos protocolos, nos usos de materiais e medicamentos, o que gera muitos conflitos com as equipes médicas e com o interesse dos próprios pacientes, que são associados das operadoras”, afirma. Ainda de acordo com o Diretor, cada parte vê apenas seu custo e luta para reduzi-lo, sem avaliar o resultado final para o paciente e para todos os players do setor. “Muitas vezes, um paciente que está internado na UTI precisa de uma cirurgia complexa. Contudo, a operadora demora tanto para autorizá-la que a conta da UTI é mais alta que a do proHCM cedimento”.

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Desdobramentos Grupos de Gestão em todo o Hospital do Câncer de Muriaé garantem a qualidade dos atendimentos

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Hospital do Câncer de Muriaé (MG) da Fundação Cristiano Varella conta com rigorosas políticas para o controle de processos assistenciais, administrativos e de apoio. Tais procedimentos são gerenciados pela Gestão de Qualidade e Gerência de Riscos que possuem equipes próprias dedicadas ao acompanhamento e capacitação dos colaboradores e gestores.

O suporte a este trabalho é realizado por um software de gestão estratégico que oferece todas as ferramentas necessárias para o desenvolvimento das atividades cotidianas, ocorrências, auditorias, indicadores e controle de documentos. Para garantir a segurança dos funcionários, a instituição mantém uma equipe interna de segurança ocupacional que realiza inspe-

ções preventivas diárias a fim de avaliar a adesão às práticas de segurança individual e ao uso dos equipamentos de proteção. Além disso, a Gestão de Pessoas atua no desenvolvimento técnico e profissional dos colaboradores. Para tanto, a instituição mantém um programa de investimento anual em capacitações internas, por meio de consultores, e capacitações externas, por

“investimos cerca de R$ 260.000 entre contratação de consultores para aperfeiçoamentos internos e concessão de bolsas de pósgraduação e participação em eventos técnicos e congressos”, Sérgio Dias Henriques, Diretor Administrativo do hospital

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Exemplos de

Qualidade

meio da oferta de bolsas de estudos de pós-graduação e participação em congressos e/ou eventos técnicos. “Em 2013, foram investidos cerca de R$ 260.000 entre contratação de consultores para aperfeiçoamentos internos e concessão de bolsas de pós-graduação e participação em eventos técnicos e congressos”, afirma Sérgio Dias Henriques, Diretor Administrativo do hospital. O planejamento estratégico é gerenciado através da metodologia do BSC, com a participação do “Grupo Gestor Estratégico” que incluiu entre seus membros, além da direto-

ria administrativa, representantes do corpo clínico, da enfermagem, da gestão da qualidade, de pessoas, de TI, dos serviços de apoio e de atendimento. “Os pilares do mapa estratégico são o desdobramento da estratégia da instituição para todos os níveis organizacionais, o alinhamento aos princípios e valores institucionais e a descentralização dos níveis de autoridade e responsabilidade, envolvendo um número significativo de gestores e colaboradores no desenvolvimento das ações”, afirma Henriques. As diretrizes de sustenta-

bilidade ambiental, social e econômica também estão no planejamento estratégico da instituição. A “Gestão Ambiental” atua há quatro anos, desenvolvendo ações internas e externas focadas na redução na geração de resíduos, no tratamento adequado desses materiais, na reciclagem e reaproveitamento e no gerenciamento do PGRSS. Para desenvolver a sustentabilidade social, criou-se a “Gestão de Humanização”, que coordena o “Grupo de Trabalho Humanizado”, com foco na humanização da assistência. Nesse aspecto, a instituição se destaca por ser,

“Sempre que se encontra uma organização disposta a fazer acontecer, a parceria tende a se estabelecer de forma proveitosa para as partes. Ter um case em uma instituição de renome também é algo muito valorizado pelo mercado”, Bruno Bono, Diretor da Bono Consultoria

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Especial

SP e MG Gestão da Saúde no Brasil em essência, um grande projeto social, desenvolvido por seus mantenedores para atender ao SUS e, sobretudo, às pessoas carentes que não têm acesso ao tratamento oncológico de qualidade na região. “Desde o início de seu funcionamento, o hospital nunca dedicou menos do que 90% de seus atendimentos aos usuários do SUS, transformando-se, em menos de dez anos, em um dos maiores hospitais oncológicos dedicados ao SUS do país”, salienta Henriques. Quanto à sustentabilida-

de econômica, o hospital possui políticas de captação de recursos públicos e privados, através de auxílio de seus mantenedores, que complementam os recursos do SUS para manutenção das atividades assistenciais. “É esforço diário manter a sustentabilidade, já que a carência da população e da própria rede pública é crescente, exercendo pressão constante para maior oferta de serviços. É imprescindível a conscientização das autoridades e da sociedade de que é necessário ampliar os in-

vestimentos na saúde e a remuneração da tabela do SUS”, ressalta o Diretor. Terceirização Desde 2012, um dos serviços terceirizados pelo Hospital do Câncer de Muriaé foi a implementação da Gestão de Riscos através da ferramenta HFMEA – Healthcare Failure Mode and Effect Analysis, realizado pela Bono Consultoria. Posteriormente, os serviços contratados também foram responsáveis pelo aprimoramento do serviço de controle de infecção hospitalar, montagem de

“A auditoria aumenta a credibilidade das informações contábeis e financeiras perante terceiros que pretendem realizar transações com o hospital “, Carlos Alberto Chagas Franco, Sócio da Íntegra Auditoria e Consultoria

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Qualidade

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Especial

SP e MG Gestão da Saúde no Brasil avaliação de desempenho e de compartilhamento do conhecimento na Gestão de Pessoas, revisão geral do sistema de medição de desempenho de processos via indicadores, práticas de benchmarking, entre outros. Segundo Bruno Bono, Diretor da empresa, uma equipe de consultores com formação/experiência multidisciplinar na área de saúde é fundamental. “Apesar de a tecnologia e o conhecimento estarem disponíveis de forma muito acentuada, a capacidade da equipe em customizar é o segredo do sucesso. ‘Copiar e colar’ não ajudam em nada o cliente. Gerar ajuste no know how produz efeitos consolidadores da nova prática de gestão.” Ainda de acordo com Bono, o envolvimento dos

líderes e a potência da instituição foram imprescindíveis na implantação dos programas de qualidade. “Neste hospital, que atende 95% SUS, aprendi que é possível atender a população com dignidade e competência.” A Íntegra Auditoria e Consultoria também é parceira do Hospital do Câncer de Muriaé, realizando auditoria das demonstrações contábeis desde 2005 na instituição. “Como auditores independentes nossa responsabilidade é a de expressar opinião (parecer) sobre a fidedignidade das demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria”, afirma Carlos Alberto Chagas Franco, Sócio da empresa.

“A atividade de auditoria independente representa um valor agregado que excede o parecer de auditoria e o cumprimento apenas das exigências formais dos órgãos reguladores.” A auditoria auxilia na identificação e gerenciamento de riscos, no aprimoramento dos sistemas e controles internos, permite a detecção de fraudes e aprimora o desenvolvimento das pessoas. Ainda de acordo com Franco, a auditoria independente segue um rigoroso programa de qualidade instituído pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) que visa assegurar o cumprimento das normas de auditoria pelos auditores. Esse programa é periodicamente submetido à revisão externa, também conhecida como revisão por pares HCM (peer review).

Nos últimos dois anos, o hospital investiu cerca de R$ 12 milhões para a aquisição e modernização dos equipamentos hospitalares. Para 2014 e 2015, a estimativa é investir cerca de R$ 14 milhões para renovação tecnológica e incorporação de novos equipamentos.

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Qualidade

Atenções

primordiais

Sob novo modelo de governança corporativa, hospital renova todos os procedimentos de segurança

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ano de 2014 deu início a uma nova fase para o Hospital Vila da Serra (MG) com a implantação de um modelo de governança corporativa que objetiva garantir a sustentabilidade da instituição. Esta ação somada às conquistas de Qualidade do hospital, inclusive a Certificação Internacional Canadense, mantêm a excelência dos procedimentos. Para tanto, o planejamen-

to estratégico do hospital utiliza software de suporte com ações delegadas a todos os líderes. “Com a implantação do modelo de governança corporativa este instrumento passa a ser de fundamental importância, sendo as diretrizes e ações estratégicas emanadas do Conselho de Administração”, explica Euler de Paula Baumgratz, Superintendente da instituição.

Para 2014 e 2015 foram traçadas diversas diretrizes, como melhorar o quadro de pessoal; obter rentabilidade baseada na Gestão de Custos; fortalecer as gerências e formação de lideranças; intensificar a manutenção preventiva e corretiva; conquistar a sustentabilidade da instituição; e focar no cliente, preparando os colaboradores para o atendimento. A segurança também está

Hospital materno infantil, cirúrgico e de alta complexidade, o Vila da Serra tem, atualmente, 200 leitos. Este ano, a instituição investirá no Projeto Qmentum.

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Especial

SP e MG Gestão da Saúde no Brasil entre as atenções primordiais da gestão, definindo, assim, ações na prevenção dos eventos indesejáveis a fim de monitorar os processos organizacionais, melhorar as condições de trabalho, identificar condições latentes, conter falhas ativas e reforçar as defesas. Dessa forma, a equipe passou a trabalhar com o objetivo de evitar eventos assistenciais que poderiam causar danos aos pacientes, ou seja, a equipe planeja e gerencia a assistência com base no gerenciamento de riscos. Concomitantemente, foi preciso que a instituição facilitasse o processo de notificação dos eventos que, agora, passa a ser feitas por qualquer profissional. Assim, o hospital criou um ambiente propício para o registro voluntário de falhas, pois

a notificação é tratada em um contexto não punitivo. Outras estratégias também são utilizadas para estimular a notificação, como o envio de Carta Resposta aos notificantes dos eventos; a adoção do Protocolo de Londres - identificação de atos inseguros ou omissões cometidas pelos profissionais e oportunidades de melhoria que vão além do erro humano - para analisar a causa-raiz dos eventos notificados; e a adoção de Gatilhos de Notificação, método eficaz para medir as falhas relacionadas à assistência em saúde. “Sabemos que a cultura de segurança não acontece automaticamente, por isso foi necessário que mudanças de hábitos e rotinas acontecessem para que a assistência segura refor-

çasse o sistema de prevenção e interceptação dos eventos inevitáveis”, salienta Baumgratz. Desse modo, a gestão percebeu a importância da avaliação constante das atividades e criou o desafio de compreendê-las na sua totalidade para identificar as especialidades de cada elemento do processo e suas implicações práticas, percebendo, assim, o funcionamento dos métodos em uma perspectiva dinâmica e reiterativa. As melhorias conquistadas estão sustentadas na governança clínica, nas linhas estratégicas, na gestão do conhecimento, na política de segurança, nos protocolos gerenciados, na estruturação de trabalho em times e no desenvolvimento de lideranças. HCM

“No cenário atual, é fundamental uma administração hospitalar que se preze pela transparência, conformidade legal e por uma boa prestação de contas,” Euler de Paula Baumgratz, Superintendente da instituição

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Qualidade

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Especial

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Metas

executáveis

Indicadores e gestão de riscos na prática diária em uma instituição hospitalar

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eferência em Franca (SP), o São Joaquim Hospital e Maternidade mantém o alto padrão de qualidade através de constantes treinamentos de toda a equipe, desde o atendimento, até o administrativo. Além de contar com uma equipe multiprofissional, a excelência apoia-se também em processos monitorados e acompanhados mensalmente. O planejamento estratégico é realizado a cada gestão, sendo revisado

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anualmente e visando ações de curto, médio e longo prazo. Segundo Marco Aurélio Dainezi, Diretor do hospital, as diretrizes se baseiam no cliente; na instituição, que deve ser sustentável do ponto de visa econômico e social, e no médico. Envolve-se, então, todo o grupo de gestores e colaboradores no processo de elaboração e execução. Todo este trabalho preza por diversos pontos fundamentais à estrutura

hospitalar, como a segurança nos processos. São instituídos e monitorados vários protocolos, como o check-list no centro cirúrgico, a identificação da mãe e do bebê na maternidade e, nos setores de internação, a equipe de enfermagem é treinada para seguir rigorosos critérios de gestão de risco. “Nas unidades de internação praticamos o gerenciamento de riscos com identificação dos pacientes, além da práti-

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Exemplos de

Qualidade

ca diária de double check no momento das medicações, transfusão e coleta de material biológico”, ressalta Dainezi. Os representantes de todas as áreas assistenciais participam da Comissão de Gerenciamento de Risco, seguindo todos os passos da Rede Sentinela, do Programa Brasileiro de Segurança do Paciente, Bundles do IHI, dentre outros. Por isso a valorização do aperfeiçoamento profissional ser incentivada pela instituição. “Só podemos oferecer o melhor se tivermos informação e conhecimento. Neste sentido, incentivamos a participação de nosso corpo clínico em congressos, simpósios e eventos científicos, também dimensionamos parte do orçamento da empresa para cursos in company com colaboradores e áreas de atendimento, inclusive através de parceria com outras cooperativas do sistema.” Definir as responsabilidades, a normatização de procedimentos, os indicadores e as metas claras e executáveis, além de contribuir para a Qualidade, também exerce um papel fundamental na sustentabilidade da instituição. Pois, a análise crítica das não conformidades e do acompanhamento mensal dos resultados acarreta, diretamente, nos custos, HEALTHCARE Management 29

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Especial

SP e MG Gestão da Saúde no Brasil receitas e despesas. Com isso é possível obter uma balança favorável da saúde financeira do hospital. Para tanto, o planejamento orçamentário contempla todas as áreas, tanto na gestão de pessoas, como nos investimentos tecnológicos. “Os investimentos são realizados desde a parte estrutural, com melhorias constantes, até equipamentos e instrumentais

para centro cirúrgico, UTIs e implantação de novos serviços, como a Hemodinâmica e Ressonância Magnética”, afirma Dainezi. Acompanhar o avanço tecnológico, bem como manter o bom clima organizacional e oferecer atendimento de qualidade e excelência é, para o Diretor do hospital, os grandes desafios da gestão. O caminho traçado para a conquista da acredita-

ção colaborou para que a gestão conquistasse tais vitórias. “São 10 anos de trajetória no programa de acreditação. Quando olhamos para trás percebemos o quanto foi importante iniciarmos este caminho. Ao compararmos com outras instituições que não são acreditadas podemos notar a discrepância dos métodos. Nosso próximo passo é iniciar o processo de certificação internacional.”HCM

“Só podemos oferecer o melhor se tivermos informação e conhecimento”, Marco Aurélio Dainezi, Diretor do São Joaquim Hospital e Maternidade

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SUSTENTABILIDADE

Artigo

Por uma nova visão do mundo Por Márcia Mariani

Por mais difícil que seja aceitar, muitas das verdades que pautam nossa vida, e por consequência nossas decisões, não passam de mitos ou falsas verdades. Vejamos um período recente, mas crucial na história da humanidade: a revolução industrial, época na qual foi criado grande parte dos paradigmas que hoje regem nossas vidas. Naquele momento havia “um mundo inteiro por conquistar” e muito pouco conhecimento científico para elucidar sobre as consequências dos atos pessoais e profissionais. Pensou-se que tudo o que nos cercava era infinito. Como cita o teólogo e escritor Leonardo Boff em “A Opção Terra”, nosso modelo civilizatório está calcado em um consumo irresponsável e sem cuidado. O homo sapiens, espécie considerada inteligente e racional, introduziu, sem a menor consciência, práticas de depredação sistemática dos ecossistemas que formam o planeta. É preciso urgentemente quebrar a concepção de mundo de recursos infinitos e sobre o qual não se sabe nada sobre seu funcionamento. Segundo o físico Fritoj Capra, os conflitos ambientais derivam de uma crise de percepção. Há uma visão de mundo obsoleta, uma percepção muito inadequada para um planeta

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que está superpovoado e globalmente interligado por tecnologias que venceram a barreira do tempo, tornando quase tudo “on-line”. É fundamental ampliar a zona de conhecimento para as novas e, muitas vezes, assustadoras verdades que, claro, correm o risco de em um futuro breve também serem substituídas . Veja o exemplo a seguir e pense se há alguns anos você poderia imaginar isso ser possível: “As árvores se comunicam umas com as outras quando submetidas a ataques (seja de gnus vorazes ou de um invasão de lagartas), elas secretam etileno, que eleva sua produção de taninos e torna suas folhas incomestíveis. Carregadas pelo vento, essa substância gasosa atua como aviso às arvores vizinhas, gerando nelas a mes-

ma reação química, antes mesmo delas sofrerem o perigo diretamente”. (Árvores, de Pierre Lieutaghi). Já Sara Parkin, por sua vez, no livro “O Divergente Positivo”, citando o dramaturgo alemão Berthold Brecht, diz que “visões de mundo são hipóteses em desenvolvimento”. Sara afirma que primeiro precisamos entender nossa visão de mundo, para depois tentar entender o outro. Penso ser essa uma boa explicação para a resistência que a sociedade demonstra em relação aos temas ligados à crise ambiental, apesar de todos eles já estarem fundamentados pelo mundo científico. E qual a visão de mundo que você utiliza para fazer suas escolhas e tomar suas decisões? Para finalizar, traduzo a seguir a visão de mundo de Giulia Buzzi, uma garota de 10 anos, quando a perguntei que mensagem ela teria para os adultos em relação ao futuro. “As pessoas deveriam desocupar um pouco mais a cabeça e se preocupar com o nosso planeta que está sendo morto”. Essa geração certamente vai nos ensinar a salvar nossa civilização. HCM Márcia Cristina Mariani é formada em administração hospitalar pelo Centro Universitário São Camilo, mestre em Liderança pela Unisa, especialista em gestão ambiental e desenvolvimento sustentável pela FAAP, Gerente ambiental e de projetos do INDSHInstituto Nacional de Desenvolvimento Humano e Social e Membro do Projeto Nossa Terra (www.projetonossaterra.com.br).

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A influência que transforma a comunidade da saúde HEALTHCARE Management 29

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O espelho do sucesso Eles revolucionaram o setor e implantaram inovações na comunidade da saúde

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nfluência é a liderança que a pessoa exerce perante outros, direcionando, assim, os novos rumos de setores, mercados e pessoas. A influência é capaz de mudar ideias, conceitos, trazer novos horizontes para aquele olhar conformista que, muitas vezes, prevalece na maioria. Influenciar não é ditar, mas ter o dom de priorizar o diálogo e de saber ouvir. É abrir mão de interesses pessoais em prol do interesse coletivo visando uma conquista maior. A influência não tem fronteiras e por isso a inspiração por essas pessoas vai além daqueles que estão a sua volta. Esses exemplos despertam a criação e a inovação, palavras-chaves para o sucesso. Influenciar também é ter peso sobre as decisões e, consequentemente, a confiança e o apoio de todos sobre os novos rumos escolhidos. Afinal, a história dessas pessoas comprova que os acertos se sobressaíram, e os momentos de crise foram interpretados como uma oportunidade. Para homenagear estes nomes tão importantes do mercado da saúde no Brasil, a

Trata-se de uma homenagem à confiabilidade e ao desempenho desses grandes nomes no segmento da saúde. Carla de Paula Pinto, Editora da Revista HealthCare Management


HealthCare Management traz, pela segunda vez, os “100 Mais Influentes da Saúde”. Para tanto, nosso Conselho Editorial escolheu quatro nomes de influência em 25 categorias, considerando os seguintes pontos: - Visibilidade da pessoa no mercado nos últimos 12 meses; - Grandes ações realizadas durante a gestão do indicado; - Medidas de estratégia adotadas durante o período analisado; O propósito deste especial não é trazer dados matemáticos, ou ser uma pesquisa científica. Afinal, a influência vai muito além de gráficos. O objetivo é homenagear o respeito conquistado por estas pessoas devido ao trabalho realizado em prol da saúde no Brasil. Trata-se de uma homenagem à confiabilidade e ao desempenho desses grandes nomes no segmento da Saúde. Cada categoria traz quatro eleitos que atuam naquele segmento específico. São gestores, CIOs, CEOs, empresários, dentre outros que tiveram uma importante atuação neste último ano. Outro critério analisado para os “100 Mais Influentes da Saúde” foi a indicação da instituição e da empresa nos especiais “Excelência da Saúde” e “Líderes da Saúde”, realizados em 2013, também pela Healthcare Management. Contudo, essa indicação não foi fator decisivo para a escolha dos nomes, mas, sim, outro dado relevado por esta homenagem.

*Em caso de o eleito não responder às solicitações no prazo dado, este mesmo será substituído por outro com o mesmo grau de influência considerado pelo Conselho Editorial. Se não houver outro para substituí-lo, a categoria ficará, automaticamente, com menos homenageados.

Categorias: • Análises Clínicas • Arquitetura • Assessoria e Consultoria • Associações e Federações • Atendimento SUS • Construção Civil • Diagnóstico por Imagem • Distribuição • Educação • Empresários • Engenharia Clínica • Gestão Filantrópica • Gestor de Suprimentos e Logística • Gestor Hospitalar - Especialidades • Gestor Hospitalar - Geral • Gestor Hospitalar - Referência • Gestor de Tecnologia • Home Care • Indústria • Materiais e Insumos • Negócios • Operadoras • Personalidade Pública • Qualidade e Segurança • Tecnologia da Informação


A influência que construiu a nossa história

M

uito provavelmente, nossos atuais influentes da saúde também se espelham em outros exemplos para traçar o caminho de sucesso. Como todos nós temos ídolos, lembramos neste espaço algumas pessoas que nos deixaram, mas que até hoje estão presentes na comunidade da saúde. São grandes nomes que revolucionaram a indústria, a gestão e, até mesmo, a arquitetura da saúde. Ainda que influência acabe se tornando algo subjetivo, a grande maioria hão de concordar que, sem estes nomes, muitos avanços do nosso setor não seriam conquistados.

Marlene Schmidt

Neta do Fundador da Fanem, Arthur Schmidt, Marlene conquistou seu espaço dentro da Fanem que, até então, só tinha sido dirigida por homens. A empresária comandou a companhia por mais de 30 anos e, durante esse período, a empresa passou por um processo de modernização e alcançou novos rumos, tornando-se referência na indústria mundial de equipamentos médicos, em especial de neonatologia. A Fanem começou a exportar incubadoras na década de 70, estando hoje presente em mais de 100 países de todos os continentes.

américo ventura Ex-presidente da diretoria da Associação de Beneficência e Filantropia São Cristóvão, Américo Ventura formou-se em Ciências Contábeis e Administração Hospitalar pelo Instituto de Desenvolvimento e Pesquisas Hospitalares do qual foi Vice-presidente até o seu falecimento. Responsável por construir e implantar diversas instalações no hospital como: Centro Ambulatorial, Odontologia, Tomografia, etc. Criou a Ação Social São Cristóvão, com o intuito de distribuir mantimentos e assistência às pessoas de baixa renda com o objetivo de oferecer aos carentes uma mesa de natal tradicional. Com champanhe e os principais gêneros de alimentos.


Zilda Arns Médica pediatra e sanitarista, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Escolheu a medicina como missão e enveredou pelos caminhos da saúde pública. Em 1980, foi convidada a coordenar a campanha de vacinação Sabin para combater a primeira epidemia de poliomielite, que começou em União da Vitória (PR), criando um método próprio, depois adotado pelo Ministério da Saúde.

Juljan Dieter Czapski Médico, especialista em saúde pública, criador dos planos de saúde no Brasil e consultor de governos, empresas e organizações na área de planejamento e estratégias de saúde. Dr. Juljan era um grande visionário e pensador da saúde, área na qual prestou grandes serviços por mais de 50 anos. Fundador e Diretor da Policlínica Central, dirigiu, também, o Hospital São Jorge, em São Paulo. Juljan foi o idealizador do primeiro Congresso Latino-Americano de Serviços de Saúde, evento da HOSPITALAR.

Dante Montagnana Presidente do Sindhosp por mais de 15 anos, Dante Montagnana também ocupava a presidência da Fehoesp desde a sua criação. Foi assim que o Estado de São Paulo passou a ter assento na Confederação Nacional de Saúde (CNS) e a participar das principais reuniões, comissões e audiências que impactam diretamente o segmento. Considerado como o grande responsável pela criação do sistema sindical patronal da saúde de São Paulo, Montagnana transformou o Sindhosp no maior sindicato da área de saúde na América Latina.


análises clínicas

Roberto Santoro Meirelles

Sandra Costa

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V

iretor-presidente do Grupo Hermes Pardini, Roberto Santoro e sua equipe lideraram o processo de expansão da empresa para outros Estados a partir de aquisições e associações de empresas que possuem expertise em segmentos específicos da medicina diagnóstica. Devido a esse investimento, o Grupo, atualmente, está presente nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. “Outras conquistas neste último ano foram a consolidação da expansão do Grupo para diversas praças sem perder a eficiência; as melhorias na governança corporativa; a ampliação da oferta de exames e capilaridade logística; além do desenvolvimento de novos clientes no Brasil e na América Latina”, ressalta. Roberto Santoro está no Hermes Pardini desde 2003 e antes de assumir a Presidência foi Diretor de Medicina Diagnóstica.

ice-presidente do Conselho de Administração do Laboratório Sabin, Sandra Soares Costa alcançou muitos avanços nas áreas de inovação, gestão de pessoas e de qualidade. Foram 260 projetos de pesquisa desenvolvidos em parceria com universidades e outras instituições de pesquisa, aprovados no Núcleo de Apoio à Pesquisa do Laboratório Sabin. Em 2013, também consolidou a marca, o modelo de gestão e a cultura organizacional da empresa nos mercados onde se iniciou a atuação em 2012, como em Manaus, Uberaba, Palmas, Belém e Salvador. Esse processo de consolidação exigiu muito investimento em tecnologia, treinamentos, infraestrutura, controle da qualidade, entre outros. Todas as mudanças foram necessárias para padronizar as novas unidades e garantir a mesma excelência no atendimento, qualidade laboratorial e inovação tecnológica.


Omar hauache

rOGÉRIO sALADINO

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tual Presidente do Conselho de Administração do Grupo Fleury, Omar Magid Hauache ingressou na empresa em 2000. “Dediquei minha gestão ao processo de crescimento orgânico e por aquisições, resultando em um aumento de 90% de Receita Bruta anualizada. Além disso, focamos na ampliação gradual e consistente de rentabilidade.” Sua gestão alcançou o maior valor histórico de EBITDA no segundo trimestre de 2013 da empresa. Para tanto, diversas decisões foram tomadas e ações colocadas em curso para levar a empresa a uma rentabilidade ainda maior, mas sempre preservando os diferenciais. Seu maior desafio também foi implementar o processo de retomada de rentabilidade para patamares superiores, após redução natural do nível de rentabilidade em função de fortes investimentos na marca a+ e na integração de Labs D´Or, adquirido em 2011.

residente do Grupo Biofast, Rogério Saladino investiu neste último ano na abertura de nove unidades de atendimento na área privada destinadas a operadoras e planos de saúde. Entre os maiores avanços conquistados por sua gestão neste período estão a expansão da prestação de serviços para a área privada; a conquista de novas fontes pagadoras, tais como operadoras de saúde e seguradoras; implementação de demonstrações contábeis e financeiras auditadas e com parecer favorável sobre as mesmas, avançando, assim, na governança corporativa. “Mudamos, também, o Sistema Laboratorial (LIS), que nos permite proporcionar uma robusta ferramenta de gestão aos nossos clientes e conseguimos pulverizar nossa receita”, afirma. Seu envolvimento com a companhia teve início em 2005, quando o empresário adquiriu algumas ações do laboratório.


Arquitetura

Flávio Kelner

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rquiteto e urbanista desde 1988, Flávio Kelner é também Sócio-fundador da RAF Arquitetura há 25 anos. Sua trajetória profissional conta com diversos projetos, entre eles as obras no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia - Into, no Instituto Nacional do Câncer - Inca e nos hospitais da Rede D’Or São Luiz no Rio de Janeiro e São Paulo. Kelner e sua equipe apostam em um crescimento nacional, visando abrir novos mercados no País. Um dos resultado deste investimento é a filial em São Paulo há quatro anos. “Promovemos o intercâmbio das equipes para torná-las cada vez mais uniformes, sem deixar de estar atento às culturas locais”, afirma Kelner. Entre os maiores avanços conquistados destaca-se a mudança da conduta administrativa da RAF Arquitetura, “que deixa de ter decisões centralizadas e prioriza rápidas respostas”.

Arthur Brito

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iretor-executivo e arquiteto da Kahn do Brasil, Arthur Brito conseguiu aplicar uma metodologia de aproximação de planejamento estratégico e plano diretor de ampliação de hospitais com características institucionais e perfil de público diferentes, como o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e o Hospital Israelita Albert Einstein. “Compreendemos as particularidades de cada desafio e acredito que tivemos muito sucesso em oferecer soluções apropriadas para cada caso, buscando a melhor relação entre recursos e resolutividade.” Construir equipes com competência em universos distintos também foi outra grande ação em sua gestão. “Projetamos hospitais para beneficiar pacientes e funcionários, e também para melhorar a vida de vizinhos e as condições de toda a cidade. Afinal, não podemos mais associar hospital a incomodidade.”


Lauro Miquelin

Siegbert Zanettini

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undador da L+M Gets, Lauro Miquelin reassumiu a Diretoria Geral da empresa no último ano, visando acelerar projetos que estavam em andamento, iniciar outros necessários à melhoria da Estrutura e Processos de Gestão, além de rever a governança da Sociedade. “Queremos crescer ainda mais, mas com organização, para que tudo seja realizado sobre bases sólidas.” Uma grande conquista de sua gestão foi o avanço de projetos empresariais, como a expansão das operações de obras e tecnologias da L+M, consolidação da área de Consultoria, implantação da nova estrutura de Diretorias, ampliação dos investimentos quanto à capacitação de Gerentes de Contrato e Coordenadores de Projetos, e tecnologias de apoio ao projeto, orçamento e construção. As receitas, resultados e EBITDA têm crescido a taxas médias de 17% nos últimos três anos.

trajetória profissional de Siegbert Zanettini conta com mais de 50 anos de atuação, sendo quatro décadas dedicadas à vida acadêmica. São mais de 1.200 projetos assinados por este grande nome da arquitetura nacional. Recentemente, Zanettini participou de importantes cases como o Hospital Moriah (SP), Laboratórios B.Braun (RJ) e Centro Médico (SP). Outro grande projeto é o trabalho desenvolvido no Hospital Mater Dei (MG) que, segundo Zanettini, trouxe o desafio de minimizar o impacto ambiental da construção, criando ambientes internos e externos a fim de garantir o conforto ambiental do usuário e a eficiência energética do edifício e seus sistemas. No último ano, Zanettini duplicou sua equipe de arquitetos e reorganizou a área de propostas, estudos e desenvolvimento de projetos devido à nova demanda estimada para este ano.


assessoria e Consultoria

Erico Carvalho

Sandra Franco

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iretor-geral de Business Process Outsourcing da AeC Consultoria, Erico Carvalho e sua equipe criaram, no último ano, um modelo de solução que permitiu expandir o acesso à saúde através do programa Mães de Minas. A iniciativa acompanha cerca de 140 mil gestantes e sete mil crianças em todo o Estado de Minas Gerais. O projeto estadual é realizado com a ajuda do Arcanjo, solução desenvolvida pela AeC. “Monitoramos todos os processos que envolvem os cuidados com a saúde. O produto, que recebeu investimentos de cerca de R$ 10 milhões, permite identificar as gestantes e acompanhar a gravidez desde o pré-natal, mapeando todas as etapas, promovendo um tratamento preventivo de doenças”, explica Carvalho. Antes de chegar à AeC, Carvalho traz em sua trajetória profissional importantes experiências em empresas como a Xerox, Symantec e Microsoft.

s especialidades de Sandra Franco em Direito Médico e Hospitalar começaram na Escola Paulista de Direito, mas sua paixão por este setor vem de antes. Tudo começou através da “responsabilidade civil de profissionais da saúde, graças a um grande amigo, Dr. Paulo Argarate”. Desde então, Sandra vem conquistando notoriedade no segmento, sendo hoje a Presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde. Segundo Sandra, o maior desafio frente à SFranco Consultoria é reunir profissionais com sólida formação. “A confiança que tenho nesta equipe me permite assumir outros desafios, como a presidência da Comissão de Direito da Saúde na OAB de São José dos Campos (SP).” Entre os grandes avanços no último ano está a conquista de novos clientes. “Realizar um gerenciamento de risco e atuar no contencioso tem sido nossa meta.”


Reynaldo Tilelli

Rubens Covello

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os últimos doze meses de sua gestão, Reynaldo Tilelli conseguiu ampliar a qualidade da assessoria jurídica da Tilelli e Tilelli advogados de forma muito expressiva. “Buscamos melhores soluções para as questões que nos foram confiadas e conseguimos aprimorar, ainda mais, o atendimento aos nossos clientes”, ressalta. Para tanto, neste ano, sua gestão acompanhou, mediante o aprimoramento dos sistemas de gerenciamento de processos e de gestão interna, as mudanças tecnológicas que vêm sendo implementadas no judiciário, especialmente nos processos eletrônicos. Atualmente, Tilelli e sua equipe prestam serviços contratuais de assessoria jurídica ao Hospital Santa Catarina e também a OSS’s - Organizações Sociais de Saúde – geridas pela Associação Congregação de Santa Catarina.

EO do IQG - Health Services Accreditation e Diretor Brasil da Accreditation Canada International, Rubens Covello direcionou sua gestão no último ano a fim de reforçar a credibilidade do instituto através de parcerias e novos projetos. Assim, tornou-se Chapter do IHI Open School (EUA) no Brasil e assinou parceria de conteúdo com o CPSI (agência reguladora de segurança do paciente do Canadá). Também foi lançada a nova metodologia de acreditação internacional canadense: QMentum International, que já tem 48 instituições integrantes e em preparação para a acreditação. Destacam-se também parcerias realizadas com a AMIB, para certificação de distinção de Unidades de Terapia Intensiva; SBHCI, para certificação de distinção de Serviços de Hemodinâmica e SBH, para a certificação de distinção de serviços de higiene hospitalar.


Associações e federações

Carlos Goulart

Francisco Balestrin

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residente-executivo da Abimed, Carlos Goulart muito colaborou para o importante papel que a associação desempenha atualmente. Entre os recentes avanços, destaca-se o fortalecimento da Abimed na função de representar a indústria de alta tecnologia, intermediando o relacionamento do Governo com as empresas para a introdução de inovações médicas no SUS e transferência de tecnologia para agregação de valor local à produção na área da Saúde. Garantir o acesso da população à inovação e tecnologias médicas e difundir no setor códigos e condutas que propiciem um ambiente de negócios ético foram os principais desafios frente à associação no último ano. “Do ponto de vista interno, a tarefa foi lançar as bases para a reestruturação da Abimed a fim de ampliar a atuação e aprofundar o relacionamento com diversas instituições.”

residente da Anahp e Vice-presidente Executivo e Diretor-médico Corporativo do Grupo VITA, Francisco Balestrin certamente é um importante nome da comunidade médica. Entre os destaques frente à Anahp no último ano está o “Livro Branco: Brasil Saúde 2015”. A partir de uma visão macropolítica, econômica e social, o livro busca a essência de um modelo de saúde que contribua para a sociedade brasileira, com foco no cidadão usuário do sistema de saúde. “Apresentamos doze propostas para o aprimoramento da atenção à saúde e da atuação integrada entre os setores público e privado, visando uma assistência com qualidade e eficiência.” Quanto ao maior avanço conquistado, Balestrin ressalta as mudanças da Diretoria Executiva da Entidade. “Enfrentamos com bastante êxito e conseguimos dar continuidade às iniciativas da associação.”


Franco Pallamolla

Valdesir Galvan

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m dos grandes desafios de Franco Pallamolla frente à Abimo é o intenso trabalho quanto à isonomia tributária. “Quando órgãos públicos, instituições filantrópicas e de ensino importam produtos, não há pagamento de impostos. Quando compram os produtos nacionais, há cobrança de tributos, o que compromete a competitividade da indústria nacional de equipamentos médicos. Nossa luta é pela condição de competir igualmente”, ressalta. Entre as conquistas realizadas no último ano está a margem de preferência, ferramenta de estímulo muito importante para a produção local; o Programa Inova Saúde e o aumento da tabela do SUS para a ortopedia. “Tais medidas são importantes para corrigir os desalinhamentos que existem na economia brasileira. Isso mostra que o governo está entendendo a importância do setor de equipamentos médicos”, avalia.

onsolidar o papel da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares – FBAH e desempenhar a missão de contribuir para a melhoria da gestão dos hospitais brasileiros foram os grandes desafios de Valdesir Galvan no último ano. Em 2014, em cooperação com a Feira Hospitalar, idealizou seis congressos como: Congresso de Gestão em Saúde; Congresso de Gestão Financeira e Custos; Congresso de Engenharia, Arquitetura e Logística; Congresso de Hotelaria Hospitalar; Congresso de Gestão de Pessoas Liderança e Congresso de Qualidade e Segurança. “Outra conquista foi a filiação da FBAH junto a Federação Internacional de Hospitais-IHF”, ressalta. Além de atuar na presidência da FBAH, Galvan também é o atual Superintendente Administrativo e Financeiro do GRAACC - Grupo de Apoio ao Adolescente e Criança com Câncer de São Paulo.


Atendimento SUS

José Sperb Sanseverino

Humberto Gomes de Melo

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profissionalização e modernização do sistema de gestão da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre é uma importante marca da longa gestão de José Sperb Sanseverino como Provedor da instituição. Seu mais recente desafio foram os pesados investimentos necessários à ampliação e modernização das estruturas físicas, incorporação de novos equipamentos e tecnologias médicas e de informação, totalizando R$ 43,4 milhões e, ao mesmo tempo, garantir a auto sustentabilidade de um complexo de hospitais que atende preponderantemente a pacientes do SUS. A implantação de um sistema integrando as informações de todos os processos assistenciais, administrativos e de apoio da Santa Casa também foi outro grande avanço. Em 2013, foram realizadas mais de 755.432 consultas, 47.682 internações, 60.876 procedimentos cirúrgicos e obstétricos.

rovedor da Santa Casa de Maceió, Humberto Gomes de Melo tem se destacado no setor da Saúde por profissionalizar a administração do maior hospital filantrópico de Alagoas e, sobretudo, por adotar modernas práticas de gestão voltadas para a excelência na assistência ao paciente. Seu maior desafio neste último ano foi conseguir a sustentabilidade financeira. “Para fazer face aos atendimentos de pacientes do SUS, a Santa Casa recebeu R$ 41,5 milhões, enquanto os custos corresponderam a R$ 76,2 milhões.” Mesmo com o prejuízo causado pelo SUS, registrou-se um superávit de R$ 17,2 milhões, que foram utilizados em mais investimentos na Santa Casa. Em 2013, a instituição foi reconhecida pelos ministérios da Saúde e da Educação como Hospital de Ensino, firmando, assim, parceria com o Cesmac (Centro de Ensino Superior de Maceió).


Luiz Antonio Santini

Marcos Fumio Koyama

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iretor-geral do Instituto Nacional de Câncer – INCA, Luiz Antonio Santini enfrentou, neste último ano, um grande déficit de funcionários devido à demora da administração pública em realizar concursos públicos para o preenchimento de vagas e reposição de servidores. Mesmo assim, Santini conseguiu a consolidação do instituto no cenário nacional e internacional e a incorporação de novas tecnologias na assistência, muitas inéditas no serviço público. Outro destaque é o novo campus do INCA, que será anexo à atual sede do Instituto na cidade do Rio de Janeiro. Em ensino, a Pós-Graduação do INCA teve o seu conceito elevado pela Capes, sendo a única pós em Oncologia do Brasil a apresentar grau de excelência, equiparando-se aos melhores centros de pesquisas internacionais. A instituição também se destaca em cirurgias robóticas.

uperintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Marcos Fumio Koyama conseguiu, no último ano, manter o atendimento de excelência e a humanização em uma instituição que recebe cerca de três milhões de pacientes por ano. “A satisfação e a confiança da população no Hospital das Clínicas mostra que estamos no caminho certo, unindo ensino, pesquisa e assistência em um mesmo centro de excelência, com atendimento gratuito e de qualidade para todos”, ressalta. No último ano, foram realizadas várias obras, como o novo bloco do Incor, a nova UTI no Instituto Central, além de uma ala para o atendimento de obesos e um setor para a realização de mamografias. Também já está em andamento a construção de um hospital em Suzano e de um instituto para o atendimento à dependência química.


Construção Civil

Robson Szigethy

Lauro Fiuza Neto

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om 20 anos de experiência na área de engenharia e arquitetura na saúde, Robson Szigethy é especialista em projetos e construções hospitalares, tendo conquistado diversos prêmios por trabalhos realizados em sua carreira, desde a reestruturação de unidades médicas até execução de complexos hospitalares. Desde 1996 no Grupo Amil, é, atualmente, Diretor de Projetos e Construções, com atuação em várias capitais do Brasil e Portugal. No último ano, o maior desafio de sua gestão foi a construção do Américas Medical City, um dos maiores complexos hospitalares do país com uma área total de 72 mil m². O local reúne centro médico, hospital de alta complexidade, Instituto de Oncologia e Centro de Treinamento. Entre as recentes conquistas destaca-se a evolução nos controles de gestão dos projetos e construções em andamento.

ngenheiro com mais de 40 anos de experiência no desenvolvimento de negócios, Lauro Fiuza Neto é Presidente da Divisão de Serviços do Grupo Servtec. Nos últimos doze meses, seu grande desafio foi manter o crescimento da empresa com rentabilidade, em meio a um “cenário de adversidade face à estagnação econômica do País no ano de 2013”. Entre as grandes medidas frente à Servtec foi a melhoria gradativa dos índices de produtividade das atividades, com intenso investimento no capital humano. “Treinamos consistentemente nossas lideranças, aplicando novas tecnologias em campo, ampliando o pacote de benefícios aos nossos colaboradores. Isso permitiu crescer o índice de retenção de contratos, significando, acima de tudo, que nossos clientes continuam cada vez mais satisfeitos com a qualidade do nosso trabalho”, ressalta.


Salim Lamha Neto

Cláudio de Souza Afonso

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ócio-fundador da MHA Engenharia, empresa criada em 1975, Salim Lamha Neto lidera uma equipe que já assinou mais de 450 projetos. Estar sempre em busca de novas tecnologias para entregar a melhor solução existente é a sua maior dedicação. No último ano, o grande destaque de sua gestão foi o aperfeiçoamento na modelagem de projetos em 3D (BIM). O sistema permite ao cliente melhor planejamento e, consequentemente, a diminuição importante de custos nas obras. Esta ferramenta é de extrema importância, principalmente para os complexos projetos da área da saúde. “Essa é uma revolução, não apenas um avanço ou uma evolução. E assim temos conquistado uma grande notoriedade no mercado de serviços de engenharia consultiva na área da saúde, pois estamos sempre à busca de novas tecnologias a fim de entregar o melhor resultado.”

ócio-fundador e Engenheiro Civil da Afonso França Engenharia, Cláudio Afonso e sua equipe implantaram, nos últimos doze meses, uma Gestão Estratégica que permitiu maior clareza nos objetivos a serem alcançados. Além disso, há um constante investimento no quadro especializado de profissionais, o que garante a atuação com excelência em vários segmentos, construindo hospitais, plantas industriais, edifícios corporativos, shopping centers, Data Centers, entre outros projetos. “Também avançamos na aplicação de metodologias de compartilhamento de experiências entre os gestores e capacitações voltadas para sistemas de gestão integrada, gerenciamento de projetos e desenvolvimento de lideranças. Os trabalhos de endomarketing voltados para o bem-estar do colaborador também trouxeram uma grande contribuição para esse processo.”


Diagnóstico por imagem

José Laska

Joe Shrawder

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om 26 anos dedicados ao setor de saúde, José Laska iniciou sua carreira na Agfa Healthcare em 2007, sendo responsável pela operação da empresa no Brasil. Desde então, grandes ações foram realizadas, como a aquisição de uma empresa no país no segmento de gestão hospitalar e clínica. Nos últimos cinco anos, a Agfa aumentou em sete vezes o número de empregados e triplicaram-se as vendas. Outro grande avanço conquistado refere-se à Gestão de Recursos Humanos. “Temos um ‘time’ único, que é o motor da superação de nossos obstáculos. Na verdade, é tudo sobre pessoas e sua capacidade de transformar as dificuldades em oportunidades.” Em 2013, a empresa continuou crescendo. “Trabalhamos na excelência operacional e na qualidade de nosso forecast. E também continuamos inovando e melhorando ainda mais o relacionamento com os clientes.”

tual Presidente e CEO da GE Healthcare na América Latina, Joe Shrawder iniciou sua carreira na empresa em 1986. Seu principal foco foi alcançar um crescimento sustentável para o negócio de saúde. “Para conseguir isso, tinha consciência de que seria necessário aprimorar a nossa forma de interagir com o mercado e encontrar a melhor maneira de atender às demandas de nossos clientes locais.” Com essa visão, algumas medidas estratégicas foram adotadas, como a reestruturação das equipes, buscando maior excelência comercial, operacional e de serviços, o que já resultou em bons negócios no Brasil. Em 2013, houve também um crescimento muito expressivo se comparado a 2012, além de ter alcançado um aumento de 3% de market share. Vale ressaltar a aquisição da Omnimed, fabricante de equipamentos para monitoração de sinais vitais.


Gerardo Schattenhofer

Mauro Gondo

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om mais de 30 anos no grupo da Toshiba Medical Systems na América Latina, Gerardo Schattenhofer deu início no último ano às operações no Brasil da planta fabril de Tomógrafos Computadorizados e equipamentos de Ultrassonografia. Tudo isso alinhado com as diretrizes da Política Nacional do Complexo Industrial da Saúde (Plano Brasil Maior). “Já em seu primeiro ano, as operações da fábrica foram um verdadeiro sucesso e alavancaram um crescimento acima de 30% no faturamento anual da companhia.” Outro grande destaque de sua gestão foi a conquista de resultados positivos por intermédio da cooperação tecnológica com renomadas instituições brasileiras das áreas médicas, de engenharia e de pesquisas para desenvolvimento de software de aplicações clínicas. Schattenhofer é Bacharel em Economia pela Universidade de Buenos Aires.

iretor da Divisão Médica da Fujifilm do Brasil, Mauro Gondo atua na área médica há 17 anos, sempre no mercado de diagnóstico por imagens. Foi um dos pioneiros na introdução da tecnologia de imagem digital de radiologia por CR, DR e PACS no Brasil. No último ano, seu grande desafio foi fazer com que a Fujifilm passasse pela transição do mercado de radiologia para tecnologia digital, permanecendo como um dos players mais relevantes do mercado de imagem diagnóstica. “Essa transição no Brasil tem se dado de maneira lenta, entretanto, nos últimos 36 meses, alguns fatores tem acelerado essa mudança. Apesar disso, estamos promovendo uma transição interna para a nova realidade de mercado que se aproxima, nos preparando para os próximos passos.” Antes da área médica, Gondon trabalhou em pesquisa e desenvolvimento por 10 anos.


Distribuição

Luiz Antônio Fernandes

Ronald Lorentziadis

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maior desafio de Luiz Antônio Fernandes na liderança da Cirúrgica Fernandes consistiu na aplicação de uma estratégia que viabilizasse a distribuidores e fornecedores um trabalho conjunto para proporcionar menor valor ao consumidor final. “Trata-se de uma grande mudança para obter uma melhoria contínua, que afeta toda a cadeia de produção e distribuição de produtos”, afirma Fernandes. Com isso é possível estabelecer um fluxo consistente de informações que possibilite a inclusão bidirecional dos produtos na cadeia logística, resultando na manutenção do abastecimento do ponto de venda a custos baixos e com volumes de estoques adequados. A qualidade dos processos aplicados atestam os avanços obtidos pela Cirúrgica Fernandes. “O retorno de opiniões dos clientes, sejam eles particulares ou governamentais é muito positivo”.

om sólida experiência na representação, importação e distribuição de produtos médico-hospitalares de renomadas marcas internacionais, além de sua atuação na diretoria da Bace Healthcare desde 2007, Ronald Lorentziadis é, atualmente, o CEO do Grupo Hartmann no Brasil. Seu maior desafio no último ano foi harmonizar o processo de negociação da Bace com o Grupo sem afetar a rotina, a equipe e o crescimento da companhia. “Passamos por um processo de aquisição por um grupo alemão extremamente tradicional e rigoroso, o que demandou tempo e dedicação.” Mesmo com todo o processo de negociação, a Bace atingiu as metas de 2013 com crescimento próximo de 25%. Além disso, houve um grande avanço na profissionalização da empresa, “tanto por parte dos familiares presentes no negócio, quanto por parte de nossa equipe de colaboradores”.


Carlos Mafra

Juan Goro Moriya

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residente do Grupo Mafra, Carlos Mafra conseguiu, no último ano, realizar a migração do software atual para um novo Sistema de Gestão Integrada ERP com muito sucesso. “Não houve um dia sequer sem faturamento, com isso nos tornamos mais ágeis e eficientes em nossa operação, aumentando ainda mais o nível de controle”, afirma. Outro grande avanço realizado durante a sua gestão foi a superação, em 2013, de 1 bilhão de reais em vendas na Distribuição de Medicamentos e Materiais Hospitalares, por meio da CM Hospitalar e BSB Hospitalar. Trata-se de uma marca histórica para a empresa. “No início da carreira, percebi a oportunidade de oferecer serviços diferenciados de atendimento e logística ao mercado hospitalar. Com esta visão e o apoio de fornecedores, parceiros e colaboradores, construímos então as empresas que compõem o Grupo.”

im do Paraguai com uma bolsa de estudos para estudar Engenharia Mecânica na Universidade Mackenzie, cheio de espírito para vencer na vida.” Assim começa a trajetória de Juan Goro Moriya, Fundador da J. G. Moriya. “O difícil começo é apenas uma lembrança. Com muita dedicação de todos os envolvidos nos processos de compra, venda, produção e administração a JG Moriya vem crescendo anualmente.” Para o gestor, manter a harmonia entre os colaboradores da empresa e conquistar, cada vez mais, o mercado brasileiro com produtos de qualidade foram seus grandes desafios nos últimos doze meses. A empresa vem se consolidando no mercado, atendendo diversos revendedores e o governo em processos licitatórios, investindo seus lucros na construção das fábricas, em tecnologia de produção e aperfeiçoamentos na sua linha de fabricação.


Educação

Ana Maria Malik

Christian de Paul de Barchifontaine

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outora em Medicina Preventiva pela Universidade de São Paulo, Ana Maria Malik é, atualmente, professora adjunta e pesquisadora da FGV-EAESP, Coordenadora do GVsaúde, e Diretora-adjunta do Programa de Estudos Avançados em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde. Na coordenação do Centro de Estudos em Planejamento e Gestão da Saúde da FGV, empenhou-se em colaborar junto com o profissional que tem a missão de melhorar o acesso à saúde. “Temos um relacionamento com nossos ex-alunos e rede de parceiros, desenvolvendo uma série de eventos que possam servir para discutir os temas da atualidade, para aumentar os contatos entre os profissionais e oferecer oportunidades de educação continuada.” Entre os maiores avanços conquistados no Centro de Estudos está a demanda crescente de eventos e a manutenção de toda a rede.

uperintendente da União Social Camiliana, Christian de Paul de Barchifontaine conseguiu, nos últimos doze meses de sua gestão, manter a sustentabilidade da instituição e, consequentemente, o equilíbrio financeiro. Também implantou neste período a central de serviços compartilhados. Além disso, sua gestão realizou um grande investimento na profissionalização dos gestores das unidades. Christian de Paul de Barchifontaine é Doutor em Educação da Enfermagem pela Universidade Católica Portuguesa (UCP), docente no Mestrado e Doutorado em Bioética do Centro Universitário São Camilo. Também é autor de várias obras na área de Bioética, Cidadania e Saúde. Atualmente, atua como Presidente da Sociedade de Bioética de São Paulo e Superintendente do Círculo Social São Camilo, também em São Paulo.


Olga Guilhermina Dias Farah

Sidney Cunha

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erente de Ensino do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein e Diretora da Faculdade de Enfermagem do hospital, Olga Guilhermina Dias Farah obteve uma evolução em todos os campos de atuação do ensino formal Einstein, resultado da criação de novas propostas de cursos. “Descobrir e incentivar o potencial de contribuição de cada colaborador e apresentar nossa meta de qualidade fez com que minha equipe atingisse altos índices de motivação e união. Focamos não somente no desempenho profissional, mas na busca por padrões cada vez mais exigentes.” Em 2013, sua gestão também privilegiou o profissional que não vive em São Paulo, realizando, pela primeira vez, cursos de pós-graduação fora do Estado. Entre outros avanços, inclui-se também o ensino a distância, cujos resultados ultrapassaram as expectativas.

iretor-geral do Departamento Nacional do Senac, Sidney Cunha seguiu os princípios sólidos da instituição, como a transparência, comprometimento, inovação em tecnologia educacional, excelência nos produtos e serviços e o reconhecimento das diferenças regionais. Vale destacar também o projeto de alinhamento pedagógico, que estabelece um padrão único para todos os cursos da instituição, inclusive da área de Saúde. A formação da Rede Nacional de Educação a Distância foi outra grande ação. Além disso, sua gestão ampliou a atuação a partir de um projeto audacioso e desafiador, que culminou com o lançamento do portal www.ead.senac.br. Um espaço de convergência que passou a centralizar todo o portfólio de cursos a distância da instituição. Uma destas programações ofertadas é a Gestão de Organizações Hospitalares.


Empresários

Djalma Luiz Rodrigues

Ricardo Bender

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paixonado pelos avanços tecnológicos, Djalma Luiz Rodrigues ingressou na Fanem aos 23 anos, quando ainda cursava Administração de empresas. Em parceria com Walter Schmidt, trouxe técnicas e metodologias inovadoras para a empresa. Atualmente, a marca está presente em mais de 100 países. Entre os maiores avanços conquistados no último ano, Djalma salienta a “reformulação dos processos produtivos que, somados às reformulações gerenciais implantadas, fazem a diferença que se gratifica através dos resultados obtidos”. Também se destaca, neste último ano, o sucesso da companhia na conquista de aprovações de registros dentro do sistema regulatório de eletromédicos. Djalma também participou da fundação da Abimo e exerceu a presidência por mais de uma década, tendo como ponto alto a retidão de conduta junto aos seus congêneres e Governo.

m 1982, junto com seu pai, Ego Theodoro Ricardo Bender, Ricardo fundou a empresa RDI Bender, com o objetivo de buscar nos países desenvolvidos tecnologias não existentes no Brasil. “São 32 anos de muito trabalho e desafios, uma vez que passamos por vários planos econômicos e sempre mantivemos o foco em nossa proposta inicial.” Entre os grandes destaques do último ano está a equalização do fornecimento de alta tecnologia a preços realmente competitivos. A estratégia adotada visava evitar perdas significativas nas vendas devido ao aumento de preços vigente na época. “Vencemos este desafio com o mercado respondendo satisfatoriamente, gerando um aumento real de 56% em vendas de produtos e serviços.” O maior avanço foi na área de quadros e painéis, com o mercado respondendo positivamente às soluções da empresa.


Severino Benner

Waleska Santos

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undador e CEO da Benner Sistemas, Severino Benner teve como grande desafio neste último ano a construção de uma completa solução de gestão hospitalar em parceria com Alert de Portugal. O produto inclui solução de gestão clínica e administrativa, além de indicadores de performance. Também inclui como destaque de sua gestão a montagem de uma operação para fazer todo o BPO dos correios envolvendo 410 mil vidas. “Foi necessário implantar toda plataforma tecnológica, integrar mais de 25 mil prestadores, autorizador on-line, portal de relacionamento com o prestador e beneficiários, tudo isto integrado com a central de regulação em tempo real”, explica. Frente à Benner Sistemas, Severino conquistou o reconhecimento e a consolidação da empresa, sendo, atualmente, um dos mais importantes players do mercado de saúde.

undadora e Presidente da Feira+Fórum HOSPITALAR, Dra. Waleska Santos transformou o evento em referência dentro e fora do País, sendo a maior feira setorial da América Latina. Entre seus maiores desafios no último ano está o CISS – Congresso Internacional de Serviços de Saúde, que traz uma proposta de conteúdo e debates, abrindo um amplo leque de desdobramentos e aplicações. “O objetivo é desenvolver o conceito de um evento de informação, realizado dentro da HOSPITALAR, que atendesse aos interesses de toda a cadeia da saúde, buscando modelos nacionais e internacionais de inovação no setor, com resultados práticos e ganhos de qualidade e eficiência para os pacientes.” Dra. Waleska Santos dirigiu todas as edições da feira, comandando pessoalmente o processo que fez o evento crescer e diversificar-se.


Engenharia clínica

Guilherme Xavier

Victor Mendes

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ócio-diretor da EquipaCare, Guilherme Xavier também é Diretor da Regional RJ/ES da ABEClin e Consultor de Engenharia Clínica do Sistema Unimed. Entre os grandes desafios do último ano destaca-se a atualização de todo o planejamento estratégico da empresa, que, de acordo com Xavier, foi possível definir melhor “quem queremos ser e o que queremos fazer”. “A transição de modelos trouxe diversos desafios, exigiu sacrifícios e investimentos, mas esta condição para a evolução”, salienta. Ainda em 2013, foi inaugurado o laboratório de calibração da EquipaCare. Além disso, a empresa passou a desenvolver e oferecer novos produtos e novas abordagens de oferta das antigas soluções, inclusive com a criação de canais de relacionamento via WEB, tanto pela presença nas redes sociais, quanto pela criação de um site em formato de portal.

iretor-técnico Comercial da Formedical Vendas e Assistência Técnica, Victor Mendes conquistou, neste último ano, a consolidação e a ampliação da Divisão de Imagem. Para tanto, sua gestão adotou medidas como o incentivo à qualificação de profissionais técnicos, o que possibilitou manter os mesmos padrões de qualidade já consolidados nos serviços de Engenharia Clínica e Calibração da empresa. “Buscamos pela melhoria contínua na prestação de nossos serviços, primando pela qualidade com análise de índices rígidos, considerando um cenário precário, em âmbito nacional, na área da saúde devido à falta de recursos”, ressalta. Victor Mendes também participou da criação de um dos primeiros departamentos de calibração de equipamentos médicos do Brasil e continua atuando na busca de soluções inteligentes na área.


Zeev Katz

Rodolfo more

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ócio e Diretor-técnico da Tecsaúde, Zeev Katz lidera serviços de consultoria, implantação e gerência na empresa. Implantou, neste último ano, o serviço de Engenharia Clínica do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo (IAMSPE). Para tanto, uma equipe de 18 profissionais cuida de todos os itens de equipamentos do hospital, seguindo as técnicas mais modernas disponíveis. Este case é um dos maiores da empresa entre os 60 projetos que está envolvida. “Estamos consolidando a nossa atuação em São Paulo através de treinamento e qualificação de nossas equipes locais, de desenvolvimento por nossos especialistas, aquisição de equipamentos de ponta e utilização de técnicas inovadoras de gestão e operação. A empresa já assumiu posição importante no mercado paulista e segue desenvolvendo esse desafio”, salienta Katz.

residente da ABEClin e Diretor da Engebio Engenharia, Rodolfo More ressalta como maior desafio nos últimos doze meses os esforços para fomentar a visibilidade da associação perante às demais entidades de engenharia e órgãos de classe. Vale ressaltar também o avanço de seus esforços quanto ao reconhecimento da profissão de Engenheiro Clínico. “Destacaria, entre muitos progressos, a conquista da implantação, junto ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), do Grupo de Trabalho criado especificamente para discutir sobre a regulamentação da profissão de Engenheiro Clínico. Além do ingresso da ABEClin como entidade membro da Federação Brasileira das Associações de Engenharia (FEBRAE).” More participou ativamente do dimensionamento e implantação de projetos de mais de 10 hospitais, inclusive um fora do País.


Gestão filantrópica

Eduardo Cruz

Silvia Regina Brandalise

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residente do Iabas, Eduardo Cruz foi nomeado, em 2013, membro da National Academy of Inventors nos Estados Unidos devido à concessão de uma patente: um novo medicamento para a cicatrização das lesões da pele. O maior desafio de sua gestão é desconstruir a ideia, tanto de profissionais quanto da população, de que a parceria do setor público com as Organizações Sociais é sinônimo de privatização. “Demonstramos na prática que a nossa gestão fortalece as diretrizes do SUS, garantindo e ampliando a qualidade dos serviços de saúde oferecidos diariamente à população.” Mesmo com muitos desafios, Cruz conseguiu obter excelentes resultados de sua atuação. Hoje, são mais de quatro mil colaboradores e 1,5 milhão de cariocas atendidos em 64 unidades de saúde e programas. A excelência dos serviços obteve 96% de aprovação dos usuários.

ma das fundadoras do Centro Infantil Dr. D.A. Boldrini (1978), onde atua até hoje, Silvia Brandalise teve como maior desafio nos últimos doze meses a implantação de Padronizações de Condutas em Oncologia e Hematologia Pediátrica. A medida implantou normas para a prescrição da quimioterapia segura e interação de drogas, que são os objetivos principais para a segurança do paciente. Também neste último ano realizou-se em sua gestão a impressão e oferta de vários materiais educativos para os pacientes e familiares. “Somente através da compreensão sobre a doença e seu tratamento que se minimizam os medos e intensifica-se a adesão ao tratamento”, afirma. Entre outros cargos, Brandalise também é Presidente Continental da Sociedade Internacional de Oncologia Pediátrica (SIOP) para o Continente da América Latina (2012-2016).


José Carlos Rizoli

Henrique Prata

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residente do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), José Carlos Rizoli conseguiu consolidar em sua gestão as ações sociais perante as comunidades existentes na região dos hospitais administrados pelo INDSH. “Procuramos melhorar as atividades de prevenção e orientação, visando oferecer uma saúde melhor e uma educação ambiental segura para essas pessoas, o que é a nossa missão.” Para tanto, sua gestão também proporcionou a todos os colaboradores, tanto da sede administrativa, em São Paulo, como dos hospitais administrados, um profissionalismo efetivamente de qualidade e humano. “Realizamos cursos, palestras e diversas participações em congressos e seminários, para que todos possam ter as competências necessárias à nossa atividade, consciência do papel como cuidador e recuperador da saúde humana.”

iretor do Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Prata traz como principal conquista do último ano o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica – Pronon. O objetivo é captar e canalizar recursos para a prevenção e o combate ao câncer. Assim, os doadores podem deduzir com relação ao Pronon até 1% do imposto de renda devido. Hoje, o hospital possui 260 médicos com dedicação exclusiva, três mil funcionários, quatro mil atendimentos diários, uma unidade de cuidados paliativos (Hospital São Judas Tadeu) e mais duas unidades em Jales (SP) e Porto Velho (RO). É pioneiro em um projeto de prevenção que conta com unidades fixas em Juazeiro (BA), Campo Grande (MS) e Fernandópolis (SP), além de possuir oito unidades móveis que realizam exames preventivos de câncer de mama, colo do útero, pele, próstata e boca.


Gestor Hospitalar - Especialidades

Henrique Salvador

Valter Furlan

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iretor-presidente do Hospital Mater Dei, Henrique Salvador conseguiu consolidar um modelo de governança baseado na excelência. “Quando iniciamos a operação do nosso Conselho de Administração, reestruturamos a direção do hospital, trouxemos novas pessoas e alinhamos aquelas que já estavam aqui a um propósito único”, afirma. Seu maior desafio no último ano foi criar condições para que o projeto Hospital Mater Dei Contorno comece a funcionar no dia 1º de junho. “É fundamental que operemos dentro do padrão de qualidade que imprimimos à Rede Mater Dei de Saúde ao longo desses 34 anos. Penso que o maior desafio é integrar as pessoas, os processos, a tecnologia necessária para migrar para um conceito de Rede, para que tenhamos duas unidades trabalhando sinergicamente e a favor de um atendimento qualificado e diferenciado.”

iretor-técnico do Hospital TotalCor (SP), Valter Furlan conseguiu conciliar segurança com medicina de alta qualidade, buscando processos de excelência, como a Joint Commission International (JCI). “Perseguimos essa acreditação, que aconteceu pela primeira vez em 2010, e a reacreditação em 2013. É um longo processo que nos ensinou muito.” O hospital também passou a integrar o banco de dados da Society of Thoracic Surgeons (STS), instituição que avalia o desempenho de mais de 1.000 instituições nos EUA e Canadá, conquistando a nota máxima em cirurgias de revascularização miocárdica. Além disso, a instituição participa do American College of Cardiology e foi convidada para integrar o American College of Cardiology International Center of Excellence Pilot Program, para estudar formas de certificar serviços de excelência.


Mario Vrandecic

Lúcia Willadino Braga

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recente desafio de Mario Vrandecic, Fundador do Biocor Instituto, foi a ampliação da nova estrutura do hospital. Foram mais de 120 novas suítes e a reforma de outros 100 quartos, totalizando 320 leitos, além de doze salas de cirurgia, medicina nuclear, banco de sangue, laboratórios próprios, completo setor de imagenologia e heliponto. A ampliação ocorreu em 18 meses, dentro do cronograma físico e financeiro estabelecidos no projeto de forma a atender à demanda reprimida, sem afetar a rotina de atendimento, a segurança e o bom acolhimento aos pacientes. O Diretor realiza visitas a cada paciente todos os dias do ano, como parte do programa “Busca Ativa”. Vrandecic considera como grande desafio o recrutamento de pessoas em quantidade, qualidade e em tempo hábil para suprir à demanda crescente.

residente e Diretora-executiva da Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, Lúcia Willadino Braga teve como grande desafio, neste último ano, a otimização e modernização de toda a estrutura de gestão da Rede com significativa redução de custos e aumento de produtividade, resolutividade e qualidade do atendimento. A atualização do prontuário eletrônico, compartilhado por todas as unidades, foi outro avanço conquistado em sua gestão. Investiu-se na informatização do sistema de controle de atividades de enfermarias e da ocupação hospitalar com supervisão on line da comissão de infecção em tempo real. “Ligado ao prontuário eletrônico, é possível detectar risco de infecções. Assim, reduzimos a taxa de infecção hospitalar para 0,29 ao ano na Rede.” Destaca-se, também, a informatização do sistema de interação medicamentosa.


Gestor Hospitalar - geral

Claudio Seferin

Luís Márcio Araújo Ramos

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m grande desafio de Claudio Seferin frente ao Hospital Mãe de Deus foi o início de um novo modelo de gestão baseado na participação de todos os colaboradores, tornando as estratégias da instituição para os próximos anos conhecidas e bem entendidas. “Superamos essa tarefa devido à enorme gratificação gerada pelas numerosas e qualificadas contribuições recebidas dos profissionais, fatores decisivos de sucesso do novo modelo de gestão.” Essas participações têm resultado em um significativo avanço nos índices médico-assistenciais, nas técnicas de atendimento e no desempenho econômico-financeiro, preparando, assim, o hospital para o crescimento e o desenvolvimento futuro. Outro grande destaque de sua gestão refere-se ao projeto de ampliação do “Novo Hospital Mãe de Deus”, que aumentará a capacidade de serviços em 40%.

m 2010, Luís Márcio Araújo Ramos assumiu a Diretoria-executiva da Fundação São Francisco Xavier, responsável pelo Hospital Márcio Cunha (MG) e pela operadora de planos de saúde - USISAÚDE. Durante a sua gestão, revitalizou e expandiu a estrutura das unidades I e II da instituição, criou um novo pronto-socorro e incorporou uma nova unidade para tratamentos em oncologia. Além disso, Ramos alcançou em 2013 uma carteira de 150 mil vidas na operadora de planos de saúde. “O maior desafio é ter colaboradores engajados, motivados e comprometidos com a estratégia, resultados e com as necessidades dos clientes. Esse é o principal diferencial e pilar para o sucesso da nossa empresa. Também conseguimos estreitar o relacionamento com o corpo clínico, com o objetivo de aproximá-los da gestão e do processo de tomada de decisões.”


Rodrigo Fernandes Teixeira Lopes

Valdir Pereira Ventura

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iretor Executivo da Sociedade Assistencial Hospital Bandeirantes, Rodrigo Fernandes Teixeira Lopes desenvolveu e implantou, no último ano, projetos de baixo custo que geraram grandes resultados. Exemplo disso é a metodologia Lean Healthcare, aplicada em 2013 e disseminada para os profissionais através do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) – Academia Lean HealthCare. “Valorizar cada oportunidade de crescimento e vibrar com o engajamento de todos os ‘times’ é sempre importante e enriquecedor. O desenvolvimento deste trabalho prova que nada tem sucesso se aplicado como ordem. Projetos e processos nos trouxeram grandes resultados e essa motivação contagiou a todos.” Lopes também traz em sua trajetória profissional importantes atuações no Hospital Albert Einstein, Hospital São Francisco, Rhesus Laboratórios e Grupo Montreal.

este último ano, o CEO do Grupo São Cristóvão Saúde, Valdir Pereira Ventura, inaugurou o Centro Ambulatorial Américo Ventura, atendendo às especialidades de Pediatria, Cardiologia, Dermatologia e Vacinação. Para este ano, está prevista a conclusão da reforma total do 5º andar do hospital, que contemplará a área de internação Pediátrica e UTI Pediátrica, Posto de Enfermagem Infantil, ambiente temático e sala Pedagógica. Sua gestão também vem se dedicando no investimento da formação acadêmica dos colaboradores. Um exemplo é o Instituto de Ensino e Pesquisa Maria Patrocínia Pereira Ventura – IEP Dona Cica – que abrigará o novo centro acadêmico, fomentando as pesquisas na área da saúde e o ensino. Destaca-se também a implantação e atualização de novos softwares na área de Tecnologia da Informação e aquisição de diversos equipamentos de ponta.


Gestor Hospitalar - referência

Luiz de Luca

Claudio lottenberg

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á 29 anos atuando em instituições de saúde do país, Luiz de Luca, Superintendente Corporativo do Hospital Samaritano São Paulo, guiou sua gestão para o reposicionamento empresarial da instituição, acompanhando as tendências e demandas do mercado. Assim, como em toda gestão estratégica, o maior desafio foi trabalhar com uma visão de resultados, em que as pessoas têm que sair do lugar comum e deixar de fazer o que estavam acostumadas para buscar o novo. “Implantar essa gestão é um desafio, porque trabalhar com o capital humano é sempre mais delicado do que simplesmente discutir processos, já que estamos falando de comportamento, o que nem sempre é previsível.” Hoje, a instituição investe em diversas especialidades e em procedimentos de alta complexidade, proporcionando um atendimento completo e integrado aos pacientes.

este último ano da gestão do Presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, Claudio Lottenberg, foram despendidos R$ 219,2 milhões em projetos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde e R$ 47,4 milhões em ações filantrópicas, com destaque para o Programa Integrado de Transplantes de Órgãos; para a nova Unidade Ipiranga, cujo foco é oferecer treinamento por meio de técnicas de simulação realística para profissionais que atuam no SUS; para o suporte à rede municipal de saúde de São Paulo por meio da realização de mais de 3 milhões de exames laboratoriais; no atendimento pediátrico e de atenção à saúde na Unidade Paraisópolis. Vale destacar o projeto de aplicação da Telemedicina no apoio diagnóstico e terapêutico de doentes graves em 14 instituições de saúde de todo o País.


Marcelo Lacerda

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ntegrante do Conselho Deliberativo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz desde 2011 e Presidente do Conselho da instituição desde 2013, Marcelo Lacerda direcionou sua gestão para um diálogo construtivo, possibilitando um maior estreitamento com todos os públicos, em especial com o corpo clínico. Destaca-se também, neste último ano, o Programa Saúde Sob Medida, uma consultoria completa de serviços especializados para promoção de saúde e qualidade de vida, em benefício de funcionários, executivos ou associados de empresas do mercado. Sua gestão também conquistou a ocupação da capacidade instalada, que cresceu com a abertura do novo Bloco E, além da manutenção e desenvolvimento da qualidade assistencial. Vale ressaltar o resultado financeiro positivo, o aumento na receita líquida, no EBITDA e no superávit operacional de 2013.

Gonzalo Vecina Neto

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uperintendente do Hospital Sírio-Libanês, Gonzalo Vecina Neto conseguiu, novamente, manter o sucesso desta respeitável instituição. Neste último ano, sua gestão duplicou o tamanho do hospital com uma nova instalação de 85 mil m² dedicados totalmente ao atendimento ao paciente. Até agora, entre substituição de tecnologia, preparação de projeto e implementação do novo prédio, foram investidos cerca de R$ 1 bilhão e 100 mil. A obra deverá terminar em outubro de 2014 e a ocupação dos novos leitos deve ser concluída em 2016. Para Vecina, o maior desafio da gestão é manter os colaboradores engajados em doar o melhor para o outro, desempenhando, da melhor forma possível, as tarefas. “Caminhar pelos constantes distúrbios econômicos que nosso País atravessa e manter a sustentabilidade da instituição é outra grande missão.”


Gestor de suprimentos e logística

Claudio Barban

Paulo César Gonçalves

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erente Corporativo de Compras da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Claudio Barban é responsável pelas três unidades na cidade de São Paulo: Pompeia, Santana e Ipiranga. Contribuiu com a elaboração e implantação de diversos projetos de Lean Six Sigma, melhorando expressivamente a performance dos processos da instituição. Seu maior desafio do último ano foi a absorção dos processos de compras e planejamento de estoques, de todas as espécies, incluindo desde materiais e medicamentos, passando pela contratação de obras e reformas, bem como de todos os serviços dos três hospitais, em consonância com o novo modelo de governança corporativa implantado na empresa. “Conseguimos obter o aumento da qualidade dos processos, maior sinergia, compartilhamento de estoques, aumento de giro e ganhos financeiros expressivos.”

erente de Suprimentos do A.C.Camargo Cancer Center, Paulo César Gonçalves é responsável pela gestão de toda a cadeia de suprimentos da instituição e assistência farmacêutica. Um de seus maiores desafios nos últimos doze meses foi a adequação da cadeia de suprimentos do hospital às novas necessidades demandadas pelo crescimento expressivo da instituição, tanto em questões operacionais ligadas a processos de aquisição, armazenagem e distribuição, como em questões assistenciais, referentes à assistência farmacêutica. “Nosso maior avanço ocorreu no sistema de distribuição de medicamentos para as unidades de internação, por intermédio da implementação de dispensários automatizados”, salienta Gonçalves. O gestor traz mais de 25 anos de experiência na área de suprimentos e, desde 1995, atua no A.C.Camargo Cancer Center.


Foto: Patrícia Sobrinho

Rodrigo de almeida Macedo

Carlos Kazume Oyama

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uperintendente de Suprimentos do Hospital Sírio-Libanês, Rodrigo de Almeida Macedo implantou o plano de aquisição de equipamentos médico-hospitalares para as novas torres da instituição, empreendendo em conjunto com as áreas técnicas-assistênciais a homologação de novas tecnologias. “A variação cambial ocorrida entre o planejamento orçamentário (2012) e a efetivação das negociações comerciais (2013) agravou ainda mais o desafio comercial. Contudo, equipamos as novas instalações com o estado da arte em tecnologias médico-hospitalares, superando a meta orçamentária.” Macedo também destaca o trabalho em equipe dos profissionais que “colocou o interesse do paciente em primeiro lugar, derrubando paradigmas e zonas de conforto, que resultaram em processos extremamente técnicos de avaliação de fornecedores e concorrência perfeita”.

iretor de Suprimentos e Logística do Hospital Israelita Albert Einstein, Carlos Kazume Oyama atua há mais de 15 anos no mercado da saúde. Sua gestão conseguiu, no último ano, aproximar os principais elos da cadeia produtiva da saúde. Isso significa fortalecer o relacionamento com o corpo clínico, buscar materiais com melhor custo-efetividade, estabelecer novos procedimentos, reduzir a base de fornecedores com o objetivo de elaborar o uso racional e obter melhores resultados para o paciente, entre outros fatores. “O mercado tem sido desafiado a encontrar mudanças disruptivas no modelo atual, discutindo transposição de margens, novos modelos de remuneração, gestão de fornecedores com foco em relacionamento ético e transparente com os fornecedores, além da busca incessante pela melhoria nos desempenhos assistenciais.”


gestor de tecnologia

Carlos Yamashita

Margareth Ortiz de Camargo

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erente de TI do Hospital 9 de julho, Carlos Yamashita definiu a estratégia de TI para os próximos anos, considerando as evoluções tecnológicas da área da Medicina e da própria Tecnologia da Informação. “Consolidamos uma arquitetura sistêmica e tecnológica, levando a um patamar de utilização intensiva da tecnologia integrada dentro do fluxo assistencial: sistemas, infraestrutura de rede/comunicação, equipamentos médicos e automação.” Houve também a implementação do conceito de gestão a vista com painéis nas unidades assistenciais, fornecendo o acompanhamento em tempo real do status dos principais protocolos assistenciais de cada paciente/leito. “Essa sistematização permite ao corpo assistencial informações e suporte para o tratamento do paciente com base nas melhores práticas preconizadas em protocolos internacionais.”

uperintendente de Tecnologia de Informação do Hospital Sírio-Libanês, Margareth Ortiz de Camargo implantou na instituição cabeamentos inteligentes, um novo Data Center e o Sistema de Informação Integrado que garante a segurança da informação do paciente desde a entrada, até a sua alta. Houve também a mudança da plataforma da instituição para a Web. “Nosso Sistema de Informação Hospitalar ainda é cliente servidor e, embora tenhamos prontuário eletrônico, usamos a funcionalidade de transcrição porque o sistema não é amigável aos médicos do corpo clínico aberto, que não conseguem operar o sistema porque vêm pouco à instituição.” Desse modo, a TI, em parceria com alguns destes médicos, desenvolveu um aplicativo de Prescrição e Evolução Eletrônico na plataforma Web que foi muito bem aceito por esses profissionais.


Ricardo Santoro

Fernando costa

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á três anos atuando como CIO do Hospital Albert Einstein, um dos grandes destaques da gestão de Ricardo Santoro no último ano foi garantir a estabilidade e disponibilidade das aplicações que suportam os processos operacionais, bem como conseguir aproximar a área de TI das áreas usuárias, reduzindo significativamente a mudança de escopo em projetos e melhorando a entrega de projetos na data acordada e com o orçamento estimado. Além disso, sua equipe também conseguiu nesses últimos doze meses definir o fornecedor da nova solução de gestão hospitalar que está sendo implementada na Sociedade e também aprovar o projeto junto às áreas usuárias e comitês internos. Em sua trajetória profissional, Ricardo Santoro também traz experiências de 15 anos no segmento de Telecomunicações em empresas como BCP, Telefônica e Claro.

erente de TI no Hospital São Rafael desde 1995, Fernando Costa conseguiu consolidar neste último ano as áreas de negócio da TI com foco em gestão, processo e sistemas. Também iniciou e concluiu importantes projetos na instituição, como a estabilização do PEP II que irá permitir um grande avanço na assistência ao usuário e a conclusão da integração dos monitores com o PEP II. “O próximo passo é integrar as bombas de infusão na mesma tecnologia, intensificar, ainda mais, a segurança do paciente e apoiar a assistência como um todo, focando no paciente”, afirma o gestor. Neste período, Costa também conseguiu consolidar sua equipe de desenvolvimento com várias frentes de trabalho para complementação das soluções e iniciou a implantação de uma nova solução de RH que irá abranger toda a organização, entre outros.


Home care

Gabriel Palne

Luiza Watanabe Dal Ben

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niciando sua carreira no Grupo Geriatrics em 1998, Gabriel Palne assumiu, em 2009, a posição de CEO do Grupo. Seu maior desafio no último ano foi manter a meta de contratação da equipe de técnicos de enfermagem. “Ultrapassamos os limites que se acreditava existir quanto à contratação da equipe, chegando a mais de 270 profissionais no staff ao longo do ano.” Acompanhando esse avanço, sua gestão também manteve o treinamento contínuo, fechando o ano com 100% da nova equipe treinada no Centro de Excelência em Atenção Domiciliar – CEAD. Outro grande destaque frente à Geriatrics é o crescimento de 33% em 2013, além de implantar estratégias para a expansão do grupo em âmbito nacional. Em 2014, Palne foi selecionado pela Univesidade de Harvard (EUA), para o curso de Leading High Performance Health Care Organizations em Paris.

pós sua atuação na área hospitalar em assistência a cuidados intensivos e educação, Luiza Watanabe Dal Ben fundou a Dal Ben Home Care, em 1992. Em 2013, seu maior desafio foi demonstrar às operadoras de planos de saúde que a “qualidade e segurança do paciente, familiares, profissionais, bem como da própria operadora, têm custos, sendo, portanto, imprescindível ter conhecimento para avaliar esses resultados”. A maestria de manter uma equipe comprometida com seus valores éticos e manter profissionais dedicados em prestar uma assistência segura ao paciente, proporcionando conforto e bem-estar, foram suas grandes conquistas durante este último ano. Hoje, a Dal Ben é reconhecida por sua qualidade e excelência, obtendo a Certificação pela JCI em 2012. Luiza também é Diretora do Sindhosp (desde 2007) e FehoespEHOESP (desde 2013).


José Eduardo Ramão

Luiz Tizatto

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este último ano, a gestão de José Eduardo Ramão frente à Home Doctor foi marcada por mudanças e novos projetos para acompanhar as transformações da sociedade brasileira. Assim, sua gestão optou por reformatar a estrutura operacional e investir em novas instalações. Em 2013, a estrutura da matriz (SP) foi dividida em Centro Operacional e Centro Diretivo, garantindo espaço e infraestrutura compatível com o planejamento de expansão. “O desafio foi crescer de forma sustentável, enfrentando paralelamente as dificuldades como a escassez de profissionais qualificados e falta de regulamentação.” Vale ressaltar a revalidação da acreditação em Nível III pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a inauguração do primeiro Centro-Dia Vitalia Brasil no bairro de Moema, parceria entre a Home Doctor e a empresa espanhola Vitalia.

principal objetivo da gestão do CEO do Grupo Unit Care, Luiz Tizatto, é promover serviços médicos de alta qualidade e complexidade com um corpo clínico especializado e tecnologia avançada. “Atuamos somente no segmento de internação domiciliar e nesses últimos 12 meses consolidamos a nossa posição no segmento, tendo como cliente as operadoras voltadas para o público AAA. Além disso, o setor de tecnologia e consultoria registrou um crescimento expressivo com excelentes perspectivas futuras.” Tizatto afirma que o maior desafio encontra-se em problemas crônicos, como a escassez de profissionais qualificados para assistência domiciliar de alta complexidade, falta de uma regulamentação clara e específica para o setor e um grande número de liminares (judicialização) que interferem no bom andamento da assistência domiciliar.


Indústria

Ermano Marchetti Moraes

Gilberto Nomelini

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ice-presidente e Gerente-geral da Covidien Brasil, Ermano Marchetti Moraes é responsável pela gestão estratégica da companhia no Brasil. Uma das grandes inovações de sua gestão foi a Unidade Móvel Educacional Covidien, chamado de Caminhão da Saúde. “É uma carreta totalmente equipada com simuladores cirúrgicos e aparelhos de alta tecnologia para oferecer treinamento in loco de técnicas de cirurgia minimamente invasiva.” Vale ressaltar a aquisição da WEM e Given Imaging, e a inauguração de centros de inovação em países como Coreia do Sul, Índia, Turquia e, em breve, no Brasil. “Com a aquisição da WEM, poderemos atender melhor às necessidades específicas do segmento de valor. Já com a Given Imaging, possuímos, agora, um amplo portfólio na área de visualização, monitoramento e detecção de anormalidades no sistema digestivo.”

residente da Gnatus Equipamentos Médico-Odontológicos, Gilberto Nomelini participou de todas as etapas de crescimento da empresa, que hoje está presente em mais de 142 países, com filiais na Bolívia, México, um Centro de Distribuição em Dubai e uma planta fabril na China. No último ano, sua gestão buscou novos mercados, trazendo importantes estratégias de crescimento. Além disso, destacam-se os investimentos em pesquisas e desenvolvimento, designando anualmente um total de 3,5% de seu faturamento bruto às pesquisas. O setor de inovação da empresa é composto por mais de 60 profissionais, o que representa 10% do quadro de funcionários. Também em sua gestão será lançada uma nova linha de equipamentos para a Podologia e de macas elétricas voltadas para as áreas de Fisioterapia, Estética e Clínicas Médicas de ordem geral.


Holger Johannsen

Vitor Rocha

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m 2001, Holger Johannsen iniciou sua carreira na Dräger da Alemanha como Gerente de Marketing da unidade de negócio de Anestesia. Hoje, como atual Diretor Nacional da Dräger, conquistou um grande avanço na divisão de segurança, obtendo, pela primeira vez, resultado positivo. “Além disso, mesmo com os negócios lentos nos primeiros cinco meses, conseguimos atingir a nossa meta em oito meses, de maio a dezembro.” Devido aos bons resultados que a Dräger vem obtendo na região Norte/Nordeste, a empresa inaugurou uma nova filial em Salvador/BA. “Mantendo o padrão Dräger, os clientes da região terão atendimento de excelência, com profissionais preparados e maior agilidade no retorno”, afirma. No Brasil, a empresa conta com pouco mais de 230 colaboradores nos segmentos de Mineração, Óleo & Gás, Indústria, Bombeiros e Hospitais.

onhecer profundamente as necessidades do cliente e oferecer a melhor solução foi um dos desafios de Vitor Rocha, Vice-presidente da Philips Healthcare para América Latina, no último ano. “Para isso aprimoramos a nossa capacidade de realizar investimentos precisos em inovação, oferecer novos modelos de negócio, ter pessoas qualificadas e processos cada vez mais robustos”, afirma. Além disso, 64% dos produtos vendidos no País foram produzidos localmente, o que representou um crescimento de 20% em relação a 2012. Também durante o último ano, a Philips foi a primeira empresa credenciada ao BNDES para realizar vendas de equipamentos por meio do FINAME, viabilizando o crédito com juros baixo. Em sua gestão, Rocha lidera cerca de 1.300 pessoas, apoiadas por duas fábricas e dois centros de desenvolvimento de software.


Materiais e insumos

Adib Jacob Neto

Otto Philipp Braun

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trajetória de Adib Jacob Neto no Grupo Novartis Brasil começou desde 1993, sendo hoje o Presidente do Grupo, posição que acumula juntamente com a Direção-geral da Divisão Farmacêutica. No último ano, seu maior desafio foi otimizar a performance das seis divisões da empresa nos dois principais segmentos onde atua, canal Varejo (privado) e Institucional (público), alavancando a performance dos produtos já comercializados, garantindo, ao mesmo tempo, a excelência no grande número de lançamentos. “Também continuamos o investimento de longo prazo no Brasil, como a plataforma de estudos clínicos, nova fábrica de Biotecnologia em Pernambuco e a Carta de Intenções com o Governo Brasileiro”. Tal documento contempla quatro Parcerias Público-Privada nas áreas de vacinação, oncologia e transplantes de órgãos, dentre outras ações.

iretor-presidente da B. Braun Brasil, Otto Philipp Braun conquistou a superação dos reflexos da situação econômica brasileira. “Nossa grande tarefa foi explicar este cenário para a nossa matriz, na Alemanha, e ao mesmo tempo gerenciar a expansão das fábricas, aumentando e otimizando a produção e as operações da B. Braun no Brasil.” Devido a este contexto, Braun aponta como maior vitória convencer o Conselho Administrativo do Grupo do potencial do mercado brasileiro. Segundo o Diretor, o Brasil passou da décima para a sexta posição no mercado farmacêutico mundial. “Também concluímos a otimização e expansão da planta Pharma, responsável pela produção de soluções parenterais de grande volume – SPGV.” O Diretor também é membro do Conselho de Administração da B. Braun, responsável pela Península Ibérica e América Latina.


Victor Mezei

Leonardo Almeida Byrro

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residente da Pfizer Brasil, Victor Mezei direcionou estratégias e esforços a fim de ampliar ainda mais o alcance dos medicamentos para a população. “Temos atuado muito fortemente nesse sentido, seja pelo foco em nosso portfólio, ou por meio do reposicionamento de estratégia e comercialização de produtos estabelecidos; através da parceria com o Teuto, que nos permite uma atuação em genéricos e genéricos de marca; e pelo lançamento de produtos inovadores.” Além disso, adotou-se uma nova estrutura comercial global para gerar mais foco em cada unidade de negócios, divididas em GEP (Negócios Globais de Produtos Estabelecidos), GIP (Negócios Globais de Produtos de Inovação) e VOC (Vacinas, Oncologia e Consumo). “Reforçamos nosso trabalho de conscientizar os colaboradores sobre a importância de suas contribuições”, afirma.

iretor-presidente da Cremer, Leonardo Almeida Byrro enfrentou um mercado retraído em 2013, principalmente nos hospitais públicos, que apresentaram uma demanda menor do que a esperada. Soma-se a este fator a forte pressão inflacionária nos insumos aliada ao impacto do câmbio desfavorável no ano. Ainda assim, a gestão de Byrro obteve bons resultados, consequência da disciplina adotada na execução da estratégia proposta. “Conseguimos uma boa rentabilidade aliada à gestão de custos e despesas. Além disso, registramos um crescimento de 7,7% em receita líquida e 40% em Ebitda. Aumentamos a receita líquida trazendo novidades para o mercado, avançamos na consolidação da nossa cadeia de valor visando um melhor nível de serviço, consolidamos fábricas e inauguramos um novo centro de distribuição para a Dental Cremer”, ressalta.


Negócios

Caetano Biagi

Carlos Eduardo Nogueira

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EO da Dabi Atlante, Caetano Biagi liderou importantes projetos de ganhos de qualidade e produtividade durante a sua gestão. Como head da área de P&D, esteve à frente das iniciativas em diagnóstico por imagem, apresentando ao mercado uma linha completa de produtos de alta tecnologia. “Neste último ano, a integração entre nossos profissionais e a maior fluidez da comunicação na companhia foram os maiores desafios para conseguirmos lançar o consultório odontológico mais completo e inovador do mercado, o New versa, e o primeiro tomógrafo odontológico produzido no hemisfério sul, o Eagle 3d.” Também destacam-se em sua gestão o trabalho desenvolvido em equipe e a integração dos times internos das filiais, o que trouxe muitos benefícios para a companhia e clientes, além de acarretar em um grande avanço para as operações.

projeto de informatização de toda a saúde pública do Chile, envolvendo o sistema de Prontuário Eletrônico, InterSystems TrakCare, foi o grande desafio do CEO da InterSystems para América Latina, Carlos Eduardo Nogueira. Hoje, com a implantação finalizada, o projeto, que engloba desde atenção primária até hospitais de alta complexidade, atende mais de cinco milhões de cidadãos, reduzindo custos para o governo e otimizando o trabalho dos profissionais. Outro grande avanço foi o crescimento de 34% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. “Nossa atuação focada na plataforma InterSystems HealthShare foi um dos grandes responsáveis por este resultado, juntamente com nosso alto investimento na qualificação dos profissionais e na melhoria contínua dos produtos que oferecemos ao mercado.”


Roberto Ribeiro da Cruz

Sandra Passos

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om a fusão da Pixeon e Medical Systems, Roberto Ribeiro da Cruz assumiu a presidência da empresa com o objetivo de manter o crescimento, aumentar o market share e acelerar o processo de consolidação de mercado em HCIT. No último ano, sua gestão traçou diretrizes para manter o crescimento comercial da empresa. “Tivemos um resultado bem expressivo e consistente aliado a um investimento muito grande em serviços para oferecer um atendimento com excelência.” Outra grande conquista de sua gestão foi o contrato com o Laboratório Hermes Pardini. “Trata-se de um projeto extremamente complexo e que nos posiciona definitivamente no mercado de TI para Laboratórios de Análises Clinicas.” Além desse contrato, também houve a ampliação dos serviços para instituições, como a Santa Casa de Porto Alegre e o Hospital de Câncer de Barretos.

om forte atuação nas áreas comercial e operacional dos segmentos Corporate, Saúde e Educação, Sandra Passos é responsável pelas operações Brasil da Sodexo para essas áreas. No último ano, sua gestão obteve um crescimento de 40% no segmento Saúde e 25% na Educação, com 98% de fidelização de clientes. Também foi registrada uma melhoria de 30% no índice de fidelização dos colaboradores. “Além disso, levamos ao mercado ofertas inovadoras e com adaptação a cada tipo de consumidor.” De acordo com Sandra, seu maior desafio é a formação, gestão e fidelização dos trabalhadores. “Disseminar a necessidade de valorização das equipes e proximidade junto aos colaboradores em todos os níveis é um desafio de todo gestor e, para isto, devemos atuar fortemente junto às nossas equipes diretas e a todas as áreas da empresa.”


Operadoras

Marcio Coriolano

Mohamad Akl

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maior desafio de Marcio Serôa de Araújo Coriolano, atual Presidente da Bradesco Saúde e da Mediservice, foi o de consolidar novos processos e rotinas de relacionamento com segurados e prestadores de serviços médicos que integram o programa de acreditação. “Obtivemos o certificado de acreditação nos padrões da ANS, com nota máxima, Nível I, comprovando a qualidade do atendimento prestado pela seguradora.” Registrou-se, também, um avanço nos planos e seguros coletivos, atendendo mais de 4,2 milhões de segurados, presentes em 5,5 mil municípios do País. Em 2013, as empresas apresentaram, em conjunto, faturamento de R$ 12,1 bilhões, crescimento de 29,9% em relação ao ano anterior. O destaque foi para o segmento de seguro-saúde SPG (Seguro para Pequenos Grupos), que cresceu 26,4% no ano em número de beneficiários.

o último ano, a gestão de Mohamad Akl frente à Central Nacional Unimed obteve um importante crescimento, registrando mais de 1,5 milhão de beneficiário. Vale destacar que o ano de 2013 fechou com R$ 2,4 bilhões de faturamento. “Esses números são importantes porque demonstram a confiança depositada pelas empresas e por suas equipes na qualidade do atendimento prestado pela operadora. É esse desempenho que nos dá condições de investir em infraestrutura tecnológica, treinamento, novas unidades e em ações socioambientais, como o patrocínio do paradesporto olímpico, desde 2003.” Entre os seus grandes desafios está o combate à alta sinistralidade, uma vez que a inflação da medicina é muito superior aos índices de custo de vida. Assim, iniciaram-se ações internas que culminaram na criação do Comitê Estratégico de Sinistralidade.


Edson Bueno

André do amaral Coutinho

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embro do Conselho de Administração da UnitedHealth Group, Edson de Godoy Bueno é um dos principais empresários do País. No último ano, sua gestão ampliou os canais de comunicação com os beneficiários. “Também investimos maciçamente em nossa rede própria, adquirindo e modernizando unidades hospitalares. Com destaque para o Rio de Janeiro, onde teremos o Américas Medical City, o maior complexo hospitalar do Brasil”, afirma. Sua maior conquista é ter alcançado a liderança do setor, com mais de 6,8 milhões de beneficiários e ser uma das maiores redes credenciadas do País, abrangendo mais de 2,1 mil hospitais, 27 mil consultórios e clínicas médicas e 7,8 mil laboratórios e centros de diagnóstico por imagem. “Isso é reflexo da qualidade dos serviços e do investimento constante em treinamento, inovação e tecnologia.”

iretor-geral da Omint Serviços de Saúde, André do Amaral Coutinho buscou, neste último ano, diferenciar a cartela de cliente da empresa, visando captar mais usuários no mundo corporativo. Para tanto, uma das estratégias adotadas objetivou ampliar parcerias com a alta administração de grandes companhias. Além disso, com o desafio de renovar constantemente e buscar a melhoraria da qualidade dos serviços prestados ao associado, a empresa vem investindo em seguro viagem. Com a criação da Premium Assistance, a operadora oferece assistência médica, agora, em viagens internacionais de seus clientes. Coutinho está há 11 anos na operadora e traz em sua trajetória profissional mais de 20 anos de experiência no setor de saúde. Sua gestão destaca-se por conquistar a estabilidade e a consolidação da marca em seu setor de atuação.


Personalidade Pública

David Uip

Dirceu Barbano

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Secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip, vem concentrando esforços em sua gestão para a ampliação do parque de radioterapia do SUS com novos serviços a serem implantados ainda este ano em Guarulhos, Osasco, Baixada Santista e Mogi das Cruzes. Também foi lançado o programa “Mulheres de Peito”, iniciativa inédita de rastreamento ativo do câncer de mama que permitirá às mulheres acima de 50 anos fazerem mamografia no mês do aniversário sem o pedido médico, agilizando, assim, o diagnóstico e o tratamento em caso de malignidade. Outra medida de destaque é o dobro do repasse do auxílio financeiro a Santas Casas e Hospitais Filantrópicos. David Uip obteve, ainda, a aprovação do governo do Estado para investir R$ 100 milhões no projeto da maior reforma e modernização do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

iretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano teve como maior desafio nesse último ano o envolvimento do conjunto de servidores e do corpo de gerentes com o processo de modernização dos marcos regulatórios e da estrutura organizacional da agência. “Outro destaque é quanto ao cumprimento do papel de coordenação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cujo posicionamento adequado da agência frente aos desafios enfrentados pelas estruturas estaduais e municipais de vigilância sanitária é fundamental.” Vale ressaltar também a contratação de 314 novos servidores, a finalização do processo de ajuste na estrutura organizacional e os resultados obtidos com o trabalho de simplificação dos marcos regulatórios e de procedimentos. “São medidas que impactarão de forma muito positiva na eficiência da agência em curto prazo.”


Paulo Gadelha

Alexandre Padilha

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urante este último ano, a gestão do Presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, destacou-se quanto à participação da instituição em programas prioritários do governo, como Farmácia Popular, Mais Médicos, Rede Cegonha, Brasil Carinhoso, Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, entre outros. A Fiocruz responde, hoje, por seis das 13 vacinas do Programa Nacional de Imunizações e, no programa brasileiro de Aids contribui com sete dos 20 tipos de medicamentos. Destaca-se também a vacina para esquistossomose desenvolvida pela Fiocruz que ganhou apoio da Organização Mundial da Saúde e financiamento da Bill and Melinda Gates Foundation. De 88 Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) formalizadas pelo governo, a instituição é responsável por 33. Essa atuação promove uma economia estimada de R$ 6,5 milhões para o Ministério da Saúde.

implantação do programa Mais Médicos foi um dos maiores desafios de Alexandre Padilha enquanto Ministro da Saúde. “Tivemos que enfrentar o corporativismo de algumas lideranças da categoria para levar médicos a quem mais precisa. Vencemos esse desafio e, em abril deste ano, atingimos a meta de levar, por meio do programa, mais de 13 mil médicos para a rede pública de saúde.” Outro avanço durante sua gestão foi a expansão da produção e distribuição gratuita de remédios por meio dos programas Farmácia Popular e Saúde Não tem Preço. Dados do final de 2013 do governo federal mostram que esta iniciativa já beneficiou 18 milhões de brasileiros. Além disso, ampliou-se a oferta de vacinas no SUS, como a vacina HPV que permitiu ao governo disponibilizar essa prevenção para mais de três milhões de meninas de dez a onze anos.


Qualidade e segurança

Sandra Cristine da Silva

Sandra francisca Pereira

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erente de Qualidade do Hospital Sírio-Libanês, Sandra Cristine da Silva preparou, neste último ano, a instituição e suas unidades externas para um alto desempenho no processo de recertificação da Joint Commission International (JCI). “Foi um desafio por conta do processo de expansão, de manter os padrões de qualidade dos sites e dos alinhamentos de todos os locais.” Atualmente, a instituição também está se preparando para outras duas conquistas: a norma ISO 14001 e a especificação OHSAS 18001, que acontecerão até o final de 2014. Ainda nesses últimos doze meses, a gestão de Sandra conseguiu consolidar ainda mais o processo de qualidade, por meio do monitoramento dos indicadores e comparação entre os sites. Destacam-se, também, os avanços em ferramentas de análises de processo, que focam na segurança do paciente.

á 18 anos atuando no Grupo Amil, sendo os últimos seis anos como Gerente de Qualidade, Sandra Francisca Pereira foi responsável pela implantação do setor da qualidade e pelo processo de acreditação hospitalar Joint Commission Internacional (JCI), ONA e Gestão Ambiental ISO 14001. “Nos últimos 12 meses, conquistamos o selo de Segurança e Qualidade Internacional JCI no Hospital Alvorada e reacreditamos dois selos da JCI, no Hospital Paulistano e Totalcor. Conseguimos também o selo nacional de Segurança e Qualidade da Organização Nacional de Acreditação (ONA) Nível III em três hospitais (ABC Cirúrgico, Metropolitano Lapa e Luz Vila Mariana), além de dois selos de doença específica no Paulistano (AVC e Cuidados Paliativos)”, ressalta. Para Sandra, toda essa conquista deve-se à equipe envolvida e motivada para os processos.


Foto: Ramede Felix

William Nascimento Viana

Claudia Garcia de Barros

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erente da Qualidade do Hospital Copa D´Or, William Nascimento Viana foi responsável por conduzir o processo de reacreditação do hospital em 2010-2011. No triênio seguinte (2011-2013), fez o planejamento diante de um novo manual, com padrões mais rígidos. “Foi um intenso trabalho em que conseguimos tornar robusto o nosso modelo de gestão integrada, com foco na qualidade, segurança, meio ambiente e saúde. Executamos o gerenciamento de risco institucional de forma abrangente, colaborativa e integrada. E, assim, envolver todos os níveis hierárquicos do hospital.” Destaca-se também a estratégia de convencimento de todo o staff de que tais conceitos fariam a diferença nos resultados e desfechos dos pacientes. “Não adiantava implantar belíssimos projetos se os profissionais não fossem seduzidos e acreditassem nestes conceitos.”

implantação do Magnet Recognition, programa desenvolvido pela American Nurses Credentialing Center destinado a reconhecer organizações de saúde que oferecem excelência na Enfermagem, foi uma das conquistas da Diretora-executiva de Práticas, Qualidade, Segurança e Meio Ambiente do Hospital Albert Einstein, Claudia Garcia de Barros. “Meu compromisso tem sido mobilizar a enfermagem e prepará-la para ser o agente principal no processo da saúde. É uma honra esta vitória, uma vez que tais padrões ainda não foram reconhecidos em hospitais da América Latina”, afirma. Em 2013, Claudia também exerceu uma importante contribuição no Comitê de Implantação do Programa Nacional de Segurança do Paciente, definindo estratégias de mobilização dos serviços de saúde para a implantação de diretrizes de segurança do paciente em todo o país.


Tecnologia da informação

Fernando Faria

Paulo Magnus

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iretor de soluções para o setor público, educação e saúde da Oracle para a América Latina, a gestão de Fernando Faria apoiou projetos de liderança na adoção de novas tecnologias no setor, como Datasus, Hospital Sírio-Libanês, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, dentre outros. “Com a adoção destas soluções, o setor de saúde no Brasil poderá oferecer melhor atendimento aos brasileiros, pois estará habilitado a analisar melhor o grande volume de dados gerados todos os dias, a partir dos mais diversos procedimentos médicos e pronto para planejar ações mais assertivas”, explica. Entre seus maiores desafios, Faria destaca os intensos diálogos acerca de temas como sigilo e privacidade. “Com as nossas novas tecnologias desenvolvidas tais questões têm sido atendidas em sua plenitude, tornando, assim, a missão dos gestores possível.”

undador e Presidente da MV, Paulo Magnus fortaleceu a governança corporativa, com especial atenção à aproximação com os clientes. Na saúde publica, sua equipe implantou um grande projeto de regulação no Paraná. “As 450 unidades de saúde passaram a enxergar on line a demanda e disponibilidade de serviços de saúde ofertados pelo Estado, impactando drasticamente na agilidade do atendimento”. Há também a importante atuação no Complexo Santa Casa de São Paulo, no Hospital das Clínicas de São Paulo e no Grupo Ímpar. Magnus expandiu a MV além das fronteiras brasileiras, e hoje a empresa atua no Chile, no México e agora na República Dominicana. Além disso, em 2013, a plataforma SOUL MV teve grande destaque no mercado. “Temos a obrigação de estar lançando as tendências para o mercado de gestão.”


Rodrigo Dienstmann

Solange Plebani

P

D

residente da Cisco no Brasil, Rodrigo Dienstmann é responsável por incentivar a inovação, a transformação e o desenvolvimento socioeconômico, expandindo a presença da empresa no País. Em 2013, a Cisco anunciou um pacote de investimentos da ordem de R$ 1 bilhão até 2016. O plano inclui a abertura do Centro de Inovação da companhia no Rio de Janeiro, ampliação da manufatura local e investimentos em fundos de venture capital. “O maior desafio foi justamente colocar este plano em execução junto com o time do Brasil.” Outro destaque é o “Programa Avançado de Colaboração e Educação em Saúde”, em parceira com a Universidade Federal de Sergipe, que oferece atendimento médico à distância para crianças através da Telemedicina. “Consolidamos nossa presença no Brasil e reforçamos o comprometimento de longo prazo com o País.”

iretora de Clinical Informatics da Philips Healthcare para América Latina, Solange Plebani e sua equipe encontraram um espaço de inovação bastante diferenciado ao identificar que os clientes podem se beneficiar de uma maior integração e conectividade entre os diversos equipamentos, dispositivos médicos e sistemas de gestão clínica e administrativa. “Criamos oportunidades para que nossos clientes aumentem a produtividade, segurança e qualidade do atendimento dos pacientes. É um orgulho fazer parte dessa história que está transformando a saúde na América Latina.” Em sua gestão também foi lançado o aplicativo Tasy para tablets com sistema operacional iOS. A solução permite aos profissionais o acesso às informações do paciente em qualquer lugar, com maior colaboração interdisciplinar e maior resposta aos eventos do paciente.


ALÉM DOS

NEGÓCIOS Artigo

Marco Regulatório e os desafios para o investimento Por Evaristo Araujo

T

emos visto um esforço enorme da Agência Nacional de Vigilância Sanitária em passar à população e ao mercado a imagem de que está desburocratizando seus mecanismos e processos internos. Desde a publicação do Decreto nº 8.077/13 que deu mais autonomia às ações da Agência, as resoluções, instruções normativas e notas técnicas têm sido expedidas quase que em escala industrial, revogando normas anteriores, alterando conceitos e especificando novos entendimentos sobre regras regulatórias. É fato que sem um marco regulatório definido, investidores, fabricantes e desenvolvedores de inovações no setor da saúde não possuem segurança para dedicar esforço, tempo e dinheiro ao lançamento de novos produtos. Por ser um órgão relativamente novo em comparação a outras agências de vigilância sanitária no mundo – este ano a Anvisa completa 15 anos de existência – a inexperiência da Agência tem causado alguns prejuízos. É natural que, com o passar dos anos, o órgão vá

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amadurecendo seus procedimentos. No momento, porém, a Agência vive uma crise de identidade, principalmente na área de produtos e equipamentos para a saúde. As constantes mudanças de regras geram insegurança e, pior, em muitos casos, incapacidade da própria agência em cumprir seus prazos, ocasionando uma corrida das empresas ao Poder Judiciário que encarece o custo do investimento e atrasa avanços na produção, emprego e inovação. Todos perdem. Já passou da hora de uma reforma interna e profunda na Agência, principalmente para mudar a mentalidade de alguns técnicos e ges-

tores que atuam como “xerifes”. Não estamos mais no velho oeste americano. Investidores e fabricantes não são bandidos procurados. Além das normas internas existem leis e, acima delas, uma Constituição Federal, conquistada com muita luta e sacrifício e que não deve ser subjugada por intervenções, critérios subjetivos e pouco transparentes de agentes em exercício de mandatos. O esforço da Diretoria Colegiada tem sido salutar e digno de elogios. A desburocratização é necessária e urgente. Porém, não podemos ficar só na superfície. É preciso cortar na carne, fazer alterações mais profundas. Sem isso os processos viciados continuarão a sabotar a execução do marco regulatório e os investimentos em produtos inovadores minguarão cada vez mais, sendo destinados a outros países com regras mais claras e objetivas e onde o gestor não atue como se tivesse uma estreHCM la no peito. Evaristo Araujo, Diretor-administrativo da Associação Brasileira das Empresas Certificadas em Saúde (Abec Saúde) e sócio do escritório Araujo Advogados Associados.

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Isonomia

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ALÉM DOS

NEGÓCIOS Assessoria jurídica

Conscientização dos processos Assessoria jurídica e a sua importância na minimização de riscos de toda a instituição hospitalar

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análise de situações que ocorrem no dia a dia em um hospital permite não só a tomada imediata de decisões, como também a identificação de atitudes que podem e devem ser mudadas em prol do paciente. Neste cenário, juntamente com a gestão da instituição, desponta a assessoria jurídica. “O advogado orienta os gestores com diversas ferramentas para que o paciente receba o melhor tratamento e a instituição um perfeito gerenciamento de risco jurídico”, explica Nirvana Maryan Queiroz da Fonseca, Assessora Jurídica do Hospital Santa Júlia (AM). Identificar os fatos que geraram uma demanda e instrumentalizá-los através de treinamento e conscientização previne que novos litígios sejam gerados. Diminui-se, assim, a ocorrên-

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cia de danos ao paciente e preserva-se a imagem institucional do hospital. “A assessoria jurídica deve analisar cada situação com olhos críticos a fim de identificar uma possibilidade de trabalho preventivo. Estamos acostumados ao advogado com perfil contencioso, mas, no direito hospitalar, os olhos deste profissional devem estar voltados não para a contenda, e sim por buscar a correção de situações que podem gerar um agravamento para o paciente”, ressalta. O Hospital Santa Júlia conta com uma assessoria interna e uma externa especializada em Direito Médico responsável por trabalho de mapeamento e análise de riscos, além de auxiliar o hospital nas demandas judiciais envolvendo o ato médico e os serviços hospitalares. O trabalho em conjun-

to das duas assessorias proporciona palestras e treinamentos focados em documentação clínica, responsabilidade civil, penal e disciplinar. O objetivo é conscientizar os profissionais da saúde sobre diversos pontos fundamentais, como as consequências que um prontuário do paciente não evoluído e sem anotações podem causar. A forma preventiva da assessoria jurídica auxilia na revisão dos protocolos hospitalares não apenas sob o prisma legal, como também buscando a conscientização dos processos de cuidados quanto ao seu correto cumprimento. “O número crescente de demandas judiciais revelam os mais diversos fatos geradores o que têm aumentado a necessidade de especialização do advogado que milita no direito hospitalar.” HCM

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Demandas

Judiciais

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ALÉM DOS

NEGÓCIOS Perfil

Inspirar

pessoas

Do setor automobilístico para um dos principais grupos de Saúde do País

C

onhecer opiniões e valores que vão além das fronteiras do Negócio. Essa é a proposta que a revista Healthcare Management traz, pela primeira vez, com o espaço Perfil. Aqui, vamos questionar CEO´s do segmento da Saúde sobre diversos assuntos, explorando o olhar de cada um sobre temas além da gestão. Começamos pelo CEO do Grupo São Cristóvão, Valdir Pereira Ventura. Um homem que venceu desafios de liderar uma grande instituição de saúde após 32 anos de trajetória no setor automobilístico. O grupo São Cristóvão é para mim... Mais do que uma sólida empresa, responsável por mais de 3.000 pessoas direta ou indiretamente, entre colaboradores e familiares, médicos e fornecedores. Garantimos e prestamos assistência à saúde à comunidade da região da Mooca, bairros adjacentes e outros municípios de São Paulo, sem contar a nossa missão filantrópica, responsável por nossa identidade. O Grupo São Cristóvão tem a vocação para o cuidado. Meu maior desafio profissional foi... Enquanto engenheiro de uma grande multinacional automobilística por 32 anos, assumir a presidência de uma instituição centenária pertencente ao complexo e multidimensional setor da saúde. Enfrentei descrédito e resistência de alguns pelo fato da minha for170

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Momentos

mação acadêmica não ser da área da saúde. Meu maior aprendizado como gestor do hospital é... Lidar com a multiplicidade de profissionais e com a complexidade de decisões que a saúde exige. A implantação da modernidade e das ferramentas de gestão, tais como a qualidade e os processos de trabalho, em uma empresa do setor saúde, provocou uma verdadeira e irreversível mudança na cultura organizacional. Aprendemos todos e a instituição ganhou muito com isso. Eu acredito no Brasil porque... Embora algumas ações e práticas voltadas à saúde tenham sido implantadas aqui tardiamente, se comparadas a outros países, hoje temos políticas públicas muito bem sedimentadas. As políticas para o idoso, as práticas sanitárias e o tratamento de doenças como a Aids içaram o Brasil a um patamar nunca antes

alcançado. Mas, a Saúde no Brasil deveria... Ter mais alcance. Ainda temos problema de acesso, especialmente na rede pública. Há uma grande parcela da população sem assistência nos serviços mais básicos e primários de saúde, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste do país. Nosso sistema de saúde é universal por princípio, mas é excludente na sua forma de prover. A pessoa que me espelho é... Meu pai, o administrador Américo Ventura, que foi o homem visionário e idealista que construiu e solidificou a instituição que hoje dirijo. Os valores deixados por seu legado norteiam a postura e a identidade da instituição. Minha família é... Fundamental e indispensável. Jamais teria chegado até aqui sem o apoio incondicional de minha esposa e

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filhas, e agora dos genros e dos netos. Uma viagem inesquecível foi... Em 2008, quando minha filha mais velha foi fazer um longo curso em Milão. O orgulho e saudade foram sentidos com a mesma intensidade e, no final de seu curso, eu e minha esposa fomos encontrá-la para uma viagem inesquecível por alguns países da Europa. Meus momentos de lazer... São dedicados à família. Viagens à praia ou ao campo e almoços com todos reunidos à mesa fazem meus momentos de lazer valer a pena. Meu livro de cabeceira é... Ave Luz, de João Nunes Maia. O livro nos deixa a sensação de que nos reunimos e conversamos com Jesus sobre os temas de nosso cotidiano. Todas as vezes que leio tenho um encontro diferente com Deus e com a minha espiHCM ritualidade.

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Espaço

MÉDICO Artigo

Vamos continuar falando de inovação Por Franco Pallamolla

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assistência à saúde no Brasil tem status de direito incondicional dos cidadãos, garantido pela Constituição Federal. Isto condiciona nossa reflexão sobre as políticas setoriais de assistência à saúde e, também, sobre sua sustentabilidade, pois seremos um dos três maiores mercados mundiais neste setor. Visto que em países como o nosso, cuja dependência do desenvolvimento tecnológico em praticamente todos os setores da economia é crescente, essa equação aponta para a insustentabilidade. A sustentabilidade do SUS depende, entre outros fatores, da capacidade de inovação tecnológica da indústria nacional de equipamentos médicos, odontológicos, hospitalares e laboratoriais e, também, da capacidade desta indústria competir com as grandes empresas estrangeiras do setor, pois aumentar a racionalidade dos investimentos para a saúde dos brasileiros não significa apenas economizar na importação de insumos tecnológicos, produzindo-os internamente, mas também aumentar nossa participação no mercado internacional. Precisamos diminuir o déficit tecnológico brasileiro que, em 2013, somente no nosso setor, aproximou-se de US$ 15 bilhões. Precisamos aumentar

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nossa capacidade de exportação de bens de alta e média-alta tecnologia. O potencial da indústria nacional da saúde, estrategicamente apoiada em seus esforços de inovação tecnológica, é decisivo para isto. A inovação configura-se para a nossa indústria como um instrumento peremptório na busca por melhores condições competitivas, através da redução de custos, criação de novos produtos, surgimento de um novo processo de produção ou outros fatores. No entanto, o investimento em inovação representa elevados riscos para as empresas, que, muitas vezes, não possuem condições de financiar esse processo de forma independente. Nesse ponto, o governo possui importante papel, ao disponibilizar linhas de fomento à atividade inovativa. No en-

tanto, existe uma necessidade de aumentar o montante de recursos aplicados na forma de subvenção econômica nos processos de desenvolvimento tecnológico, como importante mecanismo de compartilhamento e mitigação do risco tecnológico existente. O setor da saúde aparece como prioridade dentre aqueles que são objetos de atenção governamental. Isso evidencia a densidade e o protagonismo da atuação da ABIMO. Nestes 10 anos de política industrial, vários foram os avanços alcançados. Como exemplo cito as margens de preferência, o uso do poder de compra do Estado que se dá através das PDP’s (Parcerias Desenvolvimento Produtivo), as desonerações fiscais e, recentemente, a ação conjunta e inédita do Ministério da Saúde, do BNDES e da FINEP que lançaram o edital “Inova Saúde”, específico para o financiamento do setor de equipamentos médicos e tecnologias para saúde. O “Inova Saúde” recebeu propostas de cento e quarenta e cinco empresas e o montante de recursos solicitados alcançou mais de R$ 1 bilhão; o dobro do orçamento destinado ao programa. Entendo que a soma de esforços públicos e privados no fortalecimento do setor da saúde poderá reverter

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pressões desindustrializantes por qual passa o setor, a fim de compor um panorama de fortalecimento da indústria nacional e a consequente diminuição da dependência de produtos importados. Assim, contribuiremos para a sustentabilidade do sistema de saúde brasileiro, aqui considerado o público e o privado. Neste sentido, a ABIMO permanecerá intransigente na defesa da Política Industrial da Saúde, que vem sendo debatida e construída ao longo dos últimos 15 anos. Colocaremos a inovação e a demanda do mercado interno como pilares fundamentais da proposta de revisão da política industrial, que brevemente entregaremos ao governo, em missão a nós confiada. Inovar não é uma tarefa fácil, mas o CIMES - Congresso de Inovação em Materiais e Equipamentos para Saúde e o Prêmio ABIMO Inova Saúde - eventos promovidos pela ABIMO como meios de incentivo à criação de novas ideias para o setor - são provas materiais de que é possível. O objetivo maior do CIMES é promover uma ampla análise das questões que envolvem a inovação em nosso setor e ele ganha, a cada ano, mais importância e destaque no calendário da indústria de equipamentos médicos hospitalares. O ABIMO Inova Saúde estimula e reconhece indústrias nacionais determinadas a inovar no Brasil. Para dar continuidade aos incentivos já consolidados e estruturar novos, é preciso que os atores da cadeia produtiva façam um esforço adicional para transformar esses estímulos em uma política de Estado. O maior interesse deve ser o deste setor que quer desenvolver e, cada vez mais, criar elos consistentes e concretos entre a indústria, academia, prestadores de serviço e Governo. É assim que nós vamos conseguir superar, não a totalidade, mas ao menos parcialmente, o gargalo do déficit tecnológico que traduz como cifra a deHCM pendência tecnológica. Franco Pallamolla, Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratório (Abimo).


Espaço

MÉDICO Referência

Parceria para

inovar

Banco de células-tronco de sangue de cordão investe em parcerias com centros de pesquisas, hospitais e maternidades 174

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Terapia

Foto: Luiz Guilherme Fernandes / MCIdeias

celular

C

om a missão de transformar pesquisas em produtos inovadores, um grupo de pesquisadores, oriundos da Universidade Federal do Rio de Janeiro e um empreendedor do setor de saúde, decidiram em 2000 criar uma empresa que abrigasse conhecimentos científicos e tecnológicos para desenvolver terapias baseadas em células-tronco. Instalada no Polo de Biotecnologia do Rio de Janeiro, em 13 anos a Cryopraxis tornou-se o maior banco de células-tronco de sangue de cordão da América Latina e tem obtido avanços na área de terapia celular com resultados significativos, como no estudo clínico para o tratamento da angina refratária. A empresa foi fundada como uma spin-off da Silvestre Labs, companhia farmacêutica responsável pelo lançamento de medicamentos inovadores na área de Dermatologia. Hoje, a Cryopraxis tem cerca de 50% de participação no mercado brasileiro em sua área. É também uma das poucas empresas latino-americanas acreditadas pela Associação Americana de Bancos de Sangue (AABB), selo que assegura a qualidade necessária para que o material armazenado seja usado dentro e fora do Brasil, em terapias reconhecidas pela comunidade médica mundial e em pesquisa clínica. Para chegar até aqui, a Cryopraxis implementou um modelo de negócios baseado em parce-

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rias com centros de pesquisas, convênios com hospitais e maternidades e na contratação de profissionais qualificados – 80% da equipe de 100 profissionais têm pós-graduação. “Dentro da universidade, podemos manter contato com mestres e identificar talentos mais rapidamente. Inovação tem CEP, acontece em determinados locais, sob determinadas condições. Empresas formam clusters, pois dependem de um conjunto de fatores que facilitem e aumentem a eficiência dos projetos para a inovação”, afirma o Presidente da Cryopraxis, Eduardo Cruz. A aproximação com obstetras foi fundamental para disseminar o assunto célula-tronco entre a comunidade médica e levar às gestantes a importância do congelamento das células-tronco provenientes do sangue de cordão umbilical. Os convênios com hospitais e maternidades, entre elas a Casa de Saúde São José (RJ), Hospital Santo Amaro (Salvador), a Maternidade Sinhá Junqueira (Ribeirão Preto), Hospital Brasil (Santo André) e o São Luiz (São Paulo), tem propiciado a realização de reuniões, palestras e seminários onde as pesquisas e avanços das terapias celulares são o principal tema. No ano passado, um desses encontros reuniu, em São Paulo, no Hospital São Luiz, o Vice-reitor da Universidade do Sul da Flórida, Paul Sanberg, e o Dr. Evan Snyder, MD e Ph.D. em

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Espaço

MÉDICO Referência neurociência da Universidade da Pensilvânia. Para um grupo de 150 médicos, falaram sobre os progressos da terapia celular com a infusão das células de cordão umbilical do próprio recém-nascido para o tratamento da asfixia neonatal, uma das linhas de pesquisa da Cryopraxis no Brasil.

amiotrófica e a angina refratária. Todas estas pesquisas são realizadas em conjunto com hospitais e centros de pesquisas de universidades como a USP, Unifesp, USP-Ribeirão Preto e Hospital Federal de Bonsucesso. Além disso, temos ainda a colaboração de pesquisadores de institutos/universidades internacionais como Dr. Paul Sanberg da Universidade do Sul da Flórida.”

Foto: Luiz Guilherme Fernandes / MCIdeias

Inovação na prática A Gerente de Produção

da empresa e mestre em Ciências Morfológicas, Janaína Machado, explica que, além da anóxia perinatal, outras pesquisas estão em desenvolvimento. “Estamos trabalhando em pesquisas envolvendo células-tronco de diferentes fontes com a finalidade de desenvolvimento de novos tratamentos para doenças como a incontinência urinária, a lipoatrofia, a esclerose lateral

“Estamos trabalhando em pesquisas envolvendo células-tronco de diferentes fontes com a finalidade de desenvolvimento de novos tratamentos para doenças como a incontinência urinária, a lipoatrofia, a esclerose lateral amiotrófica e a angina refratária”, Janaína Machado, gerente de produção da Cryopraxis

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Terapia

celular

Desde 2005, a CellPraxis Bioengenharia – uma divisão da Cryopraxis – em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o Instituto do Coração (Incor) e a Universidade do Sul da Flórida, vem desenvolvendo um novo procedimento que visa o tratamento da angina refratária, dor crônica no peito que afeta 50 mil pessoas por ano no Brasil e sem opção terapêutica. Para esta pesquisa são coletadas células-tronco adultas da medula óssea do próprio paciente; é preparada uma formulação específica contendo essas células e, em seguida, injetada diretamente nas áreas afetadas do músculo cardíaco. O tratamento terapêutico com o ReACT, como o procedimento foi batizado, é realizado em um dia. O paciente em recuperação permanece quatro dias internado no hospital: um dia na UTI e os outros três, no quarto. O ReACT foi clinicamente testado com sucesso em 20 pacientes, monitorados nos últimos seis anos por pesquisadores liderados pelo cirurgião-cardíaco Nelson Hossne, da Unifesp. Com idades entre 53 e 79 anos, eles

sofriam de angina refratária e não tinham mais opções cirúrgicas nem respondiam ao tratamento clínico. A doença ocorre quando há obstrução das artérias coronárias e o músculo cardíaco deixa de receber a quantidade necessária de sangue. Nos casos mais graves, o paciente não consegue realizar atividades rotineiras sem dor intensa. “Quase 90% dos pacientes envolvidos nessa pesquisa ficaram livres da dor no peito ou apresentando dor apenas nos grandes esforços, voltando a suas atividades habituais quatro meses após o procedimento”, explica o cirurgião. “Seria muito difícil implementar esse projeto só em universidade, devido ao custo de estruturação de laboratórios. Vale lembrar que o processo não termina ao injetar a formulação no coração do paciente. É preciso acompanhar a evolução do tratamento no período de um ano. A empresa privada pode oferecer inovação tecnológica e uma cultura organizacional que complemente o trabalho da universidade” conclui o médico. Os resultados obtidos

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da pesquisa com o ReACT foram apresentados em simpósios internacionais realizados no Brasil e na Europa. Apesar de parcerias como essa acontecerem há muito tempo nos Estados Unidos, no Brasil essa cultura ainda é incipiente, mas as experiências apontam para um caminho promissor. Com o sucesso das pesquisas clínicas, a padronização e a aprovação pelos órgãos regulatórios, o ReACT pode estar disponível HCM em curto prazo.

Em abril deste ano, a Cryopraxis obteve nos Estados Unidos a aprovação da patente do ReACT®, uma esperança para aqueles pacientes que sofrem de angina refratária e para os quais não há hoje opção terapêutica. A patente desta tecnologia também foi depositada no Brasil e em outros sete países, cujas análises ainda não foram concluídas.

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Escolha

Certa Qualidade

Fortalecimento à

assistência

OSS apoiam a recuperação de hospitais para levar mais qualidade ao atendimento

A

rede hospitalar brasileira no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) atende, principalmente, aos segmentos populacionais de mais baixa renda. Mas, apesar desta característica, o SUS também dá assistência às parcelas mais favorecidas, sobretudo no que se refere aos procedimentos de alta complexidade e alto custo. Para ofertar todos os serviços necessários e atender com qualidade seus usuários, fortalecendo a rede hospitalar, o SUS tem contado com a expertise conquistada pe-

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las Organizações Sociais de Saúde (OSS) na gestão de unidades públicas. Em São Paulo, já existem vários hospitais geridos por OSS que se consolidaram na excelência do atendimento privado e público. Já no Estado do Rio, o setor é carente. No entanto, uma OSS vem se projetando como importante aliada para que projeto similar desponte também no Rio de Janeiro. Desde 2009, quando iniciou a gestão de unidades da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS),

o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (IABAS) tem atuado na atenção primária, com equipes distribuídas em 64 Unidades Básicas, e atendimento de urgência e emergência em cinco Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Em 2010, já consolidado como um importante apoio à rede pública hospitalar, o IABAS foi pioneiro na gestão do Programa de Atenção Domiciliar ao Idoso (PADI), que por meio da desospitalização e acompanhamento domiciliar multidisciplinar de

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Apoio

pacientes, vem proporcionando um atendimento de qualidade, além de ganhos importantes em gestão e otimização na utilização dos recursos financeiros. “O PADI oferece assistência contínua aos pacientes, principalmente idosos, que estavam hospitalizados, com isso contribui para acelerar a recuperação, reduzir o tempo médio de internação hospitalar e liberação dos leitos para outros pacientes”, explica a Diretora-médica do IABAS, Cristina Boaretto. Atualmente, o IABAS

vem dedicando esforços para ampliar sua atuação no âmbito hospitalar, por meio da recuperação e gestão de hospitais de importância histórica para o Rio de Janeiro, como o São Zacharias, localizado no bairro Botafogo. “Construir novos hospitais não é a única forma para fortalecer e ampliar a rede hospitalar pública. Existem unidades tradicionais, como o Hospital São Zacharias, que sempre foram de grande importância para a população, e que podem e devem ser fortalecidos”,

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afirma o Presidente do IABAS, Eduardo Cruz. A importância do aumento e fortalecimento da rede hospitalar pode ser confirmada através de uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Brasileiro de Administração Pública e Apoio Universitário do Rio de Janeiro (IBAP-RJ). O levantamento aponta que 89,2% dos usuários ficaram satisfeitos com o atendimento recebido nas UPAs gerenciadas pelo IABAS, situadas nas zonas Norte e Oeste do Rio, e 90% desejam que mais hospitais

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Escolha

Certa Qualidade sejam inaugurados. O mais relevante na pesquisa é que a população aprova o atendimento de urgência e emergência nas UPAs, contudo deseja mais hospitais, unidades de saúde com um leque maior de especialidades médicas. Segundo Eduardo Cruz, a carência de hospitais referenciados e de excelência afeta a população de todo o Estado do Rio de Janeiro, não apenas moradores das zonas Norte e Oeste da cidade. “São Paulo tem o Hospital do Coração, o Albert Einstein, o Sírio-Libanês, todos administrados por OSS, e consolidados como principais unidades de saúde do País. A população do Rio de Janeiro tem o Samaritano, que é de excelência também, mas fica evidente a carência de hospitais fluminenses. É necessário e urgente preencher essa lacuna para que moradores do Rio não tenham de se deslocar para outros estados em busca de assistência”, destaca Cruz. Outra vantagem que deve ser apontada com a gestão de hospitais por OSS que já conduzem outros programas na área da saúde é a integração dos diversos equipamentos de saúde, em seus dife180

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rentes níveis de complexidade, permitindo uma oferta plena do cuidado com o paciente. Universalidade e humanização As Organizações Sociais de Saúde que realizam atendimento hospitalar a pacientes do Sistema Único de Saúde cumprem as diretrizes do SUS de universalidade, integralidade e equidade. “Sabemos que apenas 25% dos brasileiros possuem atendimento privado, o que comprova a importância de hospitais na sociedade atual. Por isso a necessidade de resgatar a tradição e eficiência de unidades privadas que entendem a realidade da maior parte da população do País”, explica Cristina Boaretto. Segundo Cristina, seja qual for o perfil da unidade de saúde, a qualidade dos serviços prestados tem origem na valorização das equipes através de remuneração compatível com a função desempenhada, política de promoções e, principalmente, qualificação e capacitação periódica dos colaboradores. Em 2013 o IABAS promoveu treinamentos abrangendo todos os setores das unidades administradas na cidade do Rio de Janeiro,

além de apoiar e incentivar a formação médica, realizando também parcerias, dentre elas com a Sociedade Brasileira de Medicina de Família, para realização de residência médica. A eficiência na administração das unidades de saúde também decorre do uso de ferramentas modernas de gestão como o painel gerencial desenvolvido pelo Núcleo de Informação e Tecnologia em Saúde (NITES) do IABAS, que reúne em um ambiente adequado informações diversas relacionadas aos contratos geridos pela Organização Social, permitindo o controle de metas e indicadores, contribuindo para assegurar a manutenção do fluxo de informações, desenvolver ações voltadas para a melhoria da qualidade da informação em saúde e subsidiar a tomada de decisão dos gestores. Além disso, foi estruturado o sistema de painel de assiduidade, no qual os gestores de cada unidade podem controlar à distância, a ausência e a presença de funcionários de todos os projetos e unidades geridas pelo IABAS. Esse instrumento garante que a população tenha acesso ao médico e aos demais profissionais

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Apoio

de saúde, não havendo prejuízo ao atendimento. “São 4,5 mil profissionais focados no compromisso de realizar um trabalho de excelência, humanizado, totalmente voltado para as necessidades de quem procura assistência médica”, finaliza Diretora-médica, Cristina Boaretto. Sustentabilidade Somado ao reconhecimento e o treinamento das equipes, o IABAS valoriza a inovação como instrumento para redução de custos. Uma das iniciativas que têm obtido êxito nas unidades administradas pelo Instituto é o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde. “O resíduo de material de saúde é um dos mais perigosos, daí a importância de educar e capacitar as equipes para realizar a separação, o armazenamento e o descarte de forma adequada. É uma ação que diminui a geração de resíduos e os acidentes de trabalho no manejo do lixo hospitalar, podendo reduzir pela metade os gastos com coleta e destinação final do lixo”, explica a Superintendente do IABAS, Fabiana Serra. A aquisição de suprimentos através de fornecedores locais é outra estratégia para otimizar recursos. “Ter um cadastro de fornecedores que atuam próximos às unidades de saúde é uma medida simples que contribui para reduzir o gasto com transporte e combustível e, consequentemente, a emissão de gases poluentes na atmosfera, além de impulsionar a economia local”, destaca Fabiana. A economia financeira nos diversos setores da administração é revertida em investimentos na modernização dos equipamentos de saúde, sempre visando à satisfação dos usuários. “Administrar bem uma unidade de saúde é trabalhar, diuturnamente, para que todas as peças da engrenagem funcionem. Pessoas qualificadas e comprometidas, infraestrutura adequada, logística eficiente, tudo tem de estar em harmonia”, conclui a Superintendente. HCM


Escolha

Certa Otimização

Cálculo

exato

Com apenas 200 m², o Grupo Infinita, em parceria com Hospital Daher, proporciona completo centro de imagem para pacientes

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Centro de

Imagem

O

negócio de Diagnóstico por Imagem é conhecidamente um serviço que requer grande investimento financeiro, já que exige um maquinário de alto custo, expertise nos sites de máquinas e grandes áreas físicas. Com vistas a esta realidade e a necessidade de oferecer um serviço completo para instituições hospitalares e acessível para fontes pagadoras e usuário final, o Grupo Infinita busca, incessantemente, o melhor aproveitamento de seus recursos. Desta forma, o grupo busca oferecer projetos arquitetônicos ousados, práticos, econômicos em espaço, mas sem perder o cumprimento das exigências técnicas legais e o conforto e praticidade para os pacientes e profissionais de saúde. “Temos hoje a criação de plantas arquitetônicas que permitem maior fluidez do atendimento, otimização dos recursos humanos, aliada à tecnologia de Telerradiologia e otimização de área física”, explica Paulo Bonadio Filho, Presidente do Grupo Infinita. O projeto realizado no Hospital Daher utilizou 200 m², espaço que representa apenas 1/3 em comparação a outros locais em unidades hospitalares

para este fim. Ou seja, o principal desafio deste case foi estudar minuciosamente o local, e, assim, aproveitá-lo criativamente e racionalmente. “Desenvolvemos um trabalho em estruturas pequenas. Nunca foi feito isso, uma vez que geralmente esses espaços não são feitos com menos de 400 m². Com o estudo desenvolvido em conjunto com a Arquitetura foi possível montar uma estrutura enxuta, mas que respeitasse o que as empresas fornecedoras de equipamentos necessitam para a instalação de todo o parque tecnológico”, explica Paulo Bonadio Filho, Presidente do Grupo Infinita. Além de todo esse cálculo, o case também exigiu estudos para a agilidade no processo de atendimento aos pacientes. Uma vez que se trata de um local pequeno e com significativos número de atendimentos. São cerca de sete mil exames realizados todo o mês, entre radiografia, ressonância, tomografia , etc. Além do fluxo de trabalho, foram desenvolvidas ferramentas para o repasse de todas as informações do paciente, desde o seu primeiro contato com o agendamento de exames na Central de Mar-

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cação Infinita, bem como procedimento de autorização prévia. Deste modo, o atendimento que antes demoraria seis minutos para todas as providências de habilitação do paciente, passou a ser de três minutos, reduzindo o tempo pela metade, otimizando o fluxo de pessoas. “Desenvolvemos toda a tecnologia que vem desde o atendimento do Call Center até a entrega de laudo, com disponibilização via web”, explica Bonadio Filho. Todo este processo de atendimento conta com a distribuição de visualizadores de imagens/laudo por todas as áreas. Médicos da UTI, Centro Cirúrgico, Pronto Socorro e Postos de Internação têm acesso ao sistema do Infinita, o que agiliza o atendimento ao paciente e, ainda, reduz custos com impressões desnecessárias de resultados de exame. “Descentralizamos o serviço de Radiologia, ou seja, cada ponto do hospital já tem acesso direto a toda documentação do exame do paciente que foi gerada.” Quanto à segurança do armazenamento dos dados coletados, Bonadio explica que foram necessários cinco anos para desenvolver um sistema que, atualmente, conta com risco zero de

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Escolha

Certa Otimização falhas. “Desenvolvemos um Data Center próprio e atendemos todas as normativas e melhores práticas quanto aos requisitos de segurança de informação, garantindo ao paciente total tranquilidade. Grupo Infinita Atua em Diagnóstico por Imagem com unidades próprias e parcerias dentro

de hospitais e clínicas em todo país e cumpre, atualmente, um amplo planejamento de expansão. Três novas unidades estão previstas para este semestre: Ji- Paraná - RO, Ariquemes - RO e Macapá – AP. O Infinita também presta serviços de Telerradiologia com tecnologia de ponta e equipe médica de radiologistas especialistas.

A empresa mantém as ações pautadas na qualidade técnica da prática médica e qualidade de gestão em todo o ciclo do serviço. O reconhecimento do trabalho é demonstrado pela certificação ISO 9001, chancelada pela DNV, nas Unidades de SobradinhoDF, Porto Velho-RO e Central de Laudos-DF (primeira no Brasil). HCM

“Com o estudo desenvolvido em conjunto com a Arquitetura foi possível montar uma estrutura enxuta respeitando o que as empresas fornecedoras de equipamentos necessitam para a instalação de todo o parque tecnológico”, Paulo Bonadio Filho, Presidente do Grupo Infinita

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Escolha

Certa Minimizar riscos

Segurança de ponta a

ponta

A importância de prevenir riscos e de transformar complexos problemas em simples soluções

S

egurança é um fator que sempre está entre as principais atenções em uma instituição de saúde. Dentre as diversas vertentes que este assunto engloba está a higienização, que pode afetar diretamente nos resultados financeiros

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do hospital. Segundo Alex dos Santos Teixeira, Consultor Especialista de Limpeza Hospitalar e Saúde do Grupo Forte Paulista e Secretário de Saúde de Extrema (MG), um hospital que não investe em higienização hospita-

lar não tem bons resultados financeiros, uma vez que a incidência de infecção é maior e o tempo de permanência do paciente internado também. Isso porque com a taxa de ocupação elevada há pouca liberação de salas e leitos.

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Segurança

É imprescindível o investimento em equipamentos e produtos adequados para a higienização hospitalar. Além disso, a conscientização multidisciplinar, bem como a supervisão full time das equipes faz com que a instituição tenha bons resultados em sua segurança biológica. “Os grandes centros estão investindo na higienização hospitalar. Por outro lado, cidades e municípios menores estão muito aquém dos elevados padrões e os casos de infecções são alarmantes”, afirma Teixeira. Ainda de acordo com o Consultor, muitas unidades não estão adequadas no

que diz respeito à construção predial. “Grande parte desses centros não oferecem condições estruturais para a realização de um serviço de qualidade.” Outra questão pertinente à segurança é a vigilância patrimonial e o controle de acesso por meio de empresas terceirizadas, atividade esta que objetiva proporcionar um ambiente mais agradável e seguro para os clientes e funcionários. “O planejamento de segurança deve ter como alicerce uma forte política, amplamente divulgada no âmbito de seus funcionários, fornecedores e clientes, de tal forma que não

haja dúvidas quanto ao modo de pensar e agir da instituição, seja particular ou pública. Essa política norteará toda a atuação do departamento de segurança, cuja missão é cumpri-la e assegurar que seja cumprida por todos”, explica Valdecir Souza, Diretor do Grupo Forte Paulista. Para tanto, a capacitação constante dos membros do corpo de segurança e dos profissionais que atuam diretamente com o usuário reduz a taxa de ocorrências, uma vez que se trabalha na conscientização de todos a fim de proverem a sua própria segurança e dos bens da empresa. “Oferecemos

“Os grandes centros estão investindo na higienização hospitalar. Por outro lado, cidades e municípios menores estão muito aquém dos elevados padrões e os casos de infecções são alarmantes”, Alex dos Santos Teixeira, Secretário de Saúde de Extrema (MG)

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Escolha

Certa Minimizar riscos para o mercado pessoas e serviços qualificados para a excelência.” De acordo com Souza, o gestor de segurança patrimonial hospitalar deve participar sempre dos processos decisórios da organização, opinando tecnicamente sobre os impactos dos projetos internos sobre a segurança e o gerenciamento de riscos. “Essas recomendações certamente reduzirão as chances de insucesso desses projetos, evitando gastos e conflitos desnecessários, assim como o retrabalho e a perda de tempo de profissionais.” Este planejamento possibilitará ainda a redução de

gastos com contratos de seguro, reposição de bens não cobertos pelas apólices e despesas com reparos prediais ou de equipamentos danificados e também não segurados. “O simples fato de identificar e eliminar uma fonte de perdas já constitui uma significativa redução de custos no âmbito de qualquer empresa, não sendo diferente para uma organização hospitalar.” Para a capacitação do profissional, o Grupo Paulista realiza treinamentos constantes, seguindo condutas como o sigilo, padrões para o tratamento com o cliente, como deve ser a comunicação com os superiores, bem como saber lidar com as

reclamações. Tudo isso alinhado a normas que garantem a excelência da segurança patrimonial do local. “Investimos no potencial de cada um de nossos colaboradores e acreditamos na nossa capacidade de transformar problemas complexos em simples soluções, inovando cada vez mais, independentemente da área de atuação”, ressalta Souza. Para tanto, realiza-se um completo planejamento para as situações de rotina e como deve ser feita a atuação frente a emergências. Assim, é possível identificar as crises geradas por ocorrências de segurança e saber como conduzir as ações de prevenção e contenção. HCM

“É importante contratar empresas especializadas em segurança e vigilância patrimonial legalizadas. Para isso, elas devem ser autorizadas pela polícia federal para atuar no segmento. Com o Grupo Forte Paulista nosso cliente estará amparado por pessoas e serviços qualificados para a excelência”, Valdecir Souza, Diretor do Grupo

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PONTO

DE VISTA ARTIGO

As políticas industriais de Saúde no setor de produtos médicos Por Carlos Goulart

São nos momentos de maiores dúvidas sobre os rumos da economia, marcados por pessimismo e consequente diminuição dos investimentos, que devemos atuar de maneira proativa e com liderança para gerar um movimento contrário, que promova a retomada do aprimoramento socioeconômico. O Brasil é uma das maiores economias do mundo, tem enorme potencial de crescimento e vive um momento importante na área de produtos para a saúde, com taxas de crescimento expressivas e demanda ainda reprimida. É indispensável, portanto, que tenha maior inserção na cadeia global destes produtos e uma participação compatível com o nível de sua economia. Pelo lado do Governo, vemos esforços de desenvolvimento e fomento à agregação de valor local. São notórios os desdobramentos do Plano Brasil Maior nesta área e a atuação objetiva e eficiente do GECIS – Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde - na implementação das políticas industriais do Setor. A ABIMED, cujo foco de atuação é acelerar a inovação na saúde e fomentar o acesso da população a novas tecnologias, tem, por sua vez, trabalhado junto ao setor na divulgação e apoio às políticas do Ministério da Saúde. São 190

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inúmeros os casos de sucesso, como a publicação de seis PPBs (Processo Produtivo Básico) para fabricação local de Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada, Ultrassom, Raio-X, Arco Cirúrgico e PET/CT. Já há 15 PDPs (Parceria para o Desenvolvimento Produtivo) assinadas, envolvendo 19 produtos. E, na modalidade off-set, um contrato para aquisição de 80 aceleradores lineares (usados no tratamento do câncer) prevê como contrapartida a implantação de uma fábrica no Brasil. Paralelamente às políticas industriais, mecanismos atrativos de financiamento, com disponibilização de verbas pelo BNDES, FINEP e pelo próprio Ministério da Saúde, têm contribuído para impulsionar e viabilizar as iniciativas. Ao ampliar seu parque industrial na área de produtos para a saúde, o Brasil amplia, simultaneamente, seu potencial de exportação, tanto

em âmbito global quanto regional, levando-se em conta que os demais países da América Latina são grandes importadores de produtos para saúde. O efeito colateral positivo deste movimento é a redução do déficit da balança comercial. Os resultados destas políticas dependem, no entanto, da superação de algumas já conhecidas barreiras, que atingem não somente a área da Saúde, como a retomada da competitividade da indústria, melhoria da infraestrutura e logística, modernização de leis trabalhistas e redução da complexidade e tamanho da carga tributária. Adicionalmente, é importante agilizar a aprovação e colocação de novos produtos nos mercados. O entendimento correto deste universo, composto por uma gama de mais de 10 mil produtos para a saúde, somado à avaliação criteriosa do mercado, desde a demanda em cada um de seus vários segmentos, até o desenvolvimento de fornecedores locais e de uma economia de escala, são os fatores que contribuirão para o sucesso das políticas industriais e para uma inserção mais expressiva do Brasil no HCM mercado global. Carlos Goulart é Presidente-executivo da ABIMED – Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares.

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PONTO

DE VISTA História do Brasil

A Saúde no

Brasil

Livro publicado pelo INDSH traz o mapeamento da história da Saúde brasileira

“O

que lembro, tenho.” As palavras do escritor Guimarães Rosa são citadas por Gonzalo Vecina Neto, Superintendente do Hospital Sírio-Libanês, sobre a importância do livro “A Saúde no Brasil – do Descobrimento aos dias atuais”. A publicação, realizada pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), visa proporcionar para a comunidade da saúde um importante estudo sobre os conhecimentos e desafios científicos, bem como o desenvolvimento de novos e importantes materiais. “A base de nossos acertos e erros é o ensinamen-

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to para a construção de nosso futuro. Um olhar por nossa história é fundamental para compreender nosso passado sanitário e, com um olhar crítico, saber como trabalhar para as próximas gerações. O livro tem essa importância de resgatar o que foi feito e, assim, encontrarmos soluções para nossos problemas atuais”, afirma Vecina. A pesquisa traz um completo mapeamento da história do país, de políticas públicas para a área, da evolução de campanhas

públicas, da história da medicina e de iniciativas privadas que se tornaram eficientes formas de controle de doenças e contribuíram para formas de saneamento e higiene.

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Arquivo

Da SAÚDE Segundo Sônia Maria de Freitas, Doutora em História Social pela USP e autora do livro, as políticas públicas na área da saúde só passaram a existir no período republicano (a partir de 1889), quando se tornou, efetivamente, uma questão de Estado. “Foram, então, criados órgãos públicos, instituições educacionais e de pesquisa e também o aparato legal necessário para administração e controle da saúde pública, no esteio das teorias sanitaristas vigentes à época.” A pesquisadora ressal-

ta ainda o Sistema Único de Saúde (SUS), que ainda apresenta lacunas e arestas e, por isso, são “imprescindíveis as ações da iniciativa privada, tanto remuneradas (como convênios e hospitais particulares) como as voluntárias (providas por organismos religiosos ou científicos, sem fins lucrativos).” José Carlos Rizoli, Presidente do INDSH, reafirma também que a questão do SUS sofre de diversos problemas, com um atendimento cada vez mais precário, principalmente em função da falta de financiamento adequado. “Devemos conhecer o

passado para enxergamos o futuro. Com esta definição iniciamos o desenvolvimento deste livro, buscando, de forma inédita, trazer para todos da saúde conhecimentos, depoimentos, fotos e informações relativas à nossa história”, afirma Rizoli. O livro também traz a evolução da compreensão sobre o que é saúde na sociedade brasileira. “De forma geral, até o final do século XX, no Brasil o termo saúde era concebido como ausência de doença e, na prática, significava apenas remediar as consequências das enfermidades”, ressalta Sônia.

“De forma geral, até o final do século XX, no Brasil o termo saúde era concebido como ausência de doença e, na prática, significava apenas remediar as consequências das enfermidades”, Sônia MARIA DE FREITAS, DOUTORA EM HISTÓRIA SOCIAL PELA USP E AUTORA DO LIVRO

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PONTO

DE VISTA História do Brasil De acordo com a pesquisadora, aos poucos, esta noção cedeu lugar às prioridades de prevenção de doenças e de promoção da qualidade de vida, envolvendo questões mais amplas, como melhor alimentação, investimento em educação, regramento do trabalho, elevação do nível de renda e condições de moradia e lazer. “Isso tem se refletido nas políticas públicas e nas atitudes dos cidadãos, que buscam melhor qualidade de vida e, cada vez mais,

exigem serviços públicos de qualidade.” Entre algumas mudanças de comportamento, Vecina cita o exemplo do cigarro, que, até pouco tempo atrás, era considerado um ato até mesmo glamouroso. “As medidas de contenção quebraram este paradigma. Hoje, temos amplo acesso a informação sobre os males deste hábito. Vale ressaltar também que, hoje, muitas pessoas sabem o que é saudável, mas adotam um comportamento arriscado por

decisão própria.” Também para fomentar a educação do cidadão, Rizoli cita a importância da prevenção para o sucesso de qualquer sistema de saúde. “Infelizmente ainda não conseguimos atingir o cidadão plenamente nestes conceitos, quer pela favelização nas grandes cidades, quer pelo abandono da população rural, e assim grandes contingentes não são orientados em prevenções básicas mínimas, que poderiam evitar grandes males futuros.” HCM

“Devemos conhecer o passado para enxergarmos o futuro. Com esta definição iniciamos o desenvolvimento deste livro, buscando, de forma inédita, trazer para todos da saúde conhecimentos, depoimentos, fotos e informações relativas à nossa história”, José Carlos Rizoli, Presidente do INDSH


Arquivo

Da SAÚDE


ALTA NOS

NEGÓCIOS Novidades

Lançamentos JPR 2014 e as inovações do mercado de Diagnóstico por Imagem 196

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Inovações

M

ais de 100 expositores mostraram para a comunidade da saúde as últimas novidades tecnológicas durante a Jornada Paulista de Radiologia (JPR), evento organizado pela Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR). A Agfa HealthCare apresentou produtos para o segmento Imaging, entre eles o DX-D 100, sistema móvel de captura instantânea de imagem de alta qualidade que proporciona conforto, bem-estar e potencial redução de dose ao paciente. Destacam-se também o DX-D Retrofit, solução que transforma os equipamentos de raios-X analógicos em digitais, possibilitando a modernização das salas de radiologia; e o MUSICA³, software de processamento de imagem WorlClass que proporciona qualidade de imagem otimizada, contribuindo com diagnósticos precisos, como a distinção de detalhes do tecido ósseo, tecido mole e seus arredores. A Agfa HealthCare também levou soluções de TI para a JPR, como a HYDMedia, solução de Enterprise Content Management (ECM) voltada para o gerenciamento de conteúdo, atuando em diversas mídias (papéis, filmes, imagens radiográficas) e facilitando a migração e a convivência harmônica entre o ambiente analógico e digital. O público também conferiu o Impax Agility, que possui total portabilidade para o uso em dispositivos móveis, unificando os HEALTHCARE Management 29

ambientes RIS/PACS em uma mesma base de dados. Com isso, é possível obter uma simplificação expressiva nos processos de implementação, atualização, suporte e manutenção; além da integração em um mesmo sistema, imagens e fluxos de trabalho dos serviços de Radiologia e Cardiologia. Outro lançamento é o Portal ClickVita, da Pixeon. A solução facilita o fluxo de entregas de exames, proporciona agendamento pela internet e melhora comunicação entre médicos e pacientes. A ferramenta é uma forma mais fácil para o paciente, usuário do sistema de saúde, trocar informações de forma direta com o médico pela internet. Isso possibilita a criação de uma rede de relacionamento entre médicos, pacientes e clínica, no qual o exame pode ser compartilhado entre todos. Para essa funcionalidade, o portal torna possível que o paciente e o médico conversem entre si através de comentários, para tirar dúvidas, solicitar retorno ou até mesmo para o médico avisar ao paciente que não há necessidade de mais exames e de uma nova consulta. Outro benefício que o ClickVita vai proporcionar é o Agendamento Web. Essa funcionalidade permite que o paciente marque consultas e exames pelo próprio sistema, inclusive de forma intuitiva e interativa, o que torna o agendamento mais rápido e prático. “Com o ClickVita, além de atender ao nosso cliente, a Pixeon vai atender o cliente do cliente,

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ALTA NOS

NEGÓCIOS Novidades oferecendo benefícios e integrando toda a cadeia de saúde no Brasil”, explica o Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Pixeon, Fernando Peixoto. Entre os produtos que a Philips Healthcare apresentou está o Graph Mammo DR, mamógrafo digital desenvolvido pensando no conforto do paciente. Para isso, apresenta características únicas do gantry (coluna que sustenta as placas de captura de imagem), deslocamento motorizado vertical de 900 mm e inclinação frontal de +/-10º,

permitindo radiografias do paciente em pé, sentado, e com problemas na coluna. Sua estação de trabalho possui interface amigável totalmente em português, acompanha suporte para acomodação das diferentes placas de compressão de acrílico e outros acessórios dedicados ao diagnóstico médico. A Siemens trouxe para a JPR a plataforma syngo.via Frontier. Esta tecnologia facilita a condução de pesquisas individuais em imagens médicas e contribui para a discussão científica em

uma comunidade online internacional, que permite o compartilhamento de experiências entre pesquisadores de diversos países. Também esteve presente na JPR a Bayer HealthCare, que mostrou para o público o Vistron®, sistema automático de injeção de contraste para tomografia computadorizada; Stellant® D, sistema de injeção com seringa dupla, projetado para protocolos complexos de arteriografia e tomografia cardíaca computadorizada, entre HCM outros produtos. Confira a cobertura do evento no portal Saúde Online

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Inovações

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ALTA NOS

NEGÓCIOS Oportunidades

A semana da

saúde

As melhores soluções e as últimas tendências do setor reunidas em um só lugar.

A

Feira+Fórum HOSPITALAR 2014 reafirma-se em sua 21ª edição como ferramenta incentivadora para o networking e a troca de experiências, abrindo caminhos em um setor estratégico para a economia do País. Durante a semana da saúde, líderes e empresários poderão conferir as últimas novidades da indústria nacional e interna-

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cional, representada por 1.250 expositores de produtos e serviços de saúde. A mostra se consolida como vitrine para todo o mercado apresentar tecnologia e funcionalidade, com expectativa de atrair mais de 90 mil profissionais de 74 países. Como fórum de atualização profissional, a HOSPITALAR congrega um conjunto com mais de 60

congressos, seminários e encontros que se realizam simultaneamente à feira. Mais de 12 mil profissionais são esperados para estes eventos, onde serão discutidos novos projetos para o setor de saúde, mais eficiência na gestão pública e privada, além de formas de integração entre hospitais, planos de saúde, indústria fornecedora, governos, universi-

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Feira

hospitalar

dades e organismos nacionais e internacionais. “A HOSPITALAR se supera a cada edição e promete muitas novidades para este ano, reforçando seu caráter multisetorial como termômetro e espelho do mercado de saúde. Com o evento, criamos novas oportunidades de relacionamento e de negócios, ao mesmo tempo em que incentivamos o debate e a busca de soluções para as mais impor-

tantes demandas da área de saúde”, afirma Dra. Waleska Santos, Fundadora e Presidente da HOSPITALAR. Entre os 60 eventos que fazem parte da programação do Fórum HOSPITALAR estão o Congresso Internacional de Serviços de Saúde (CISS); SIEN – VII Simpósio Internacional de Enfermagem, realizado pelo Hospital Albert Einstein; Congresso Brasileiro de Administração Hospi-

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talar e Gestão; Congressos de Gestão em Saúde; 4ª Jornada de Medicina Esportiva; Congresso Design e Operação “Saúde e Mobilidade” e Seminário Digital Health. Coquetel de lançamento Semanas antes da Feira HOSPITALAR, parceiros e expositores se reuniram em São Paulo para o coquetel de lançamento do evento. “A Feira demonstra a

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ALTA NOS

NEGÓCIOS Oportunidades força de nossa indústria. Sua importância reflete o interesse que este evento desperta em diversos países do mundo. Trata-se de uma semana importantíssima para o nosso setor”, afirma George Schain, Presidende do Hospital Santa Paula. Para Yussif Ali Mere Jr., Presidente da Fehoesp e do Sindhosp, a importância da Feira é imensurável tamanho a notoriedade que tomou e o grande número de visitantes. “É uma grande oportunidade de conhecer as novas tecnologias e fazer negócios. Para nós é muito importante ser parceiro e participar deste sucesso. É de admirar o quão longe a Feira HOSPITALAR chegou e o quanto conquistou.” No evento, Dra. Waleska afirmou que as expectativas são boas para este ano. “Já temos um grande número de visitantes inscritos. Mas, além de buscar um público maior, o objetivo principal é trazer uma visitação mais qualificada.” Confira mais entrevistas realizadas durante o coquetel de lançamento da 21ª Feira HOSPITALAR no portal Saúde Online. HCM

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Feira

Hospitalar

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MODELO

DE ATENDIMENTO Inovação

Sistema de Saúde não pode ser Único Embora tenha sido batizado de Sistema Único de Saúde, o SUS, por suas falhas e desafios, nunca foi o único sistema de saúde a vigorar no Brasil. Desde a Constituição de 1988, quando o sistema suplementar foi admitido pelos nossos legisladores, ganhando legitimidade para atuar como um segmento da economia, temos assistido ao crescimento do setor privado, que atua desde os anos 50 no país. Não à toa. É fato que o SUS, mesmo que cerceado pela burocracia e ineficiência do Estado, alcançou avanços importantes para a população. O sistema mantém programas fundamentais para a manutenção de uma política competente de prevenção, como a vacinação por exemplo. Ao mesmo tempo, enfrenta desafios gigantescos para oferecer saúde básica e para implantar, definitivamente, o Programa de Saúde da Família. Em tratamento de AIDS e câncer, os ganhos também foram e são inegáveis, transformando o Brasil em um case de sucesso mundial. Em compensação, a população do Estado mais rico do país, por exemplo, ainda encontra sérias dificuldades para marcar consultas com especialistas. Quando consegue, enfrenta novo 204

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calvário para conseguir realizar exames diagnósticos de toda ordem. Essas lacunas, ao longo das décadas, foram sendo preenchidas pela saúde suplementar. Os planos e seguros de saúde contribuíram fortemente para isso, e hoje chegam ser responsáveis pelo atendimento de mais da metade de populações de grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro. No país todo, já somam 50 milhões de usuários. Para se ter uma ideia deste crescimento, estimativas da Confederação Nacional de Saúde (CNS) divulgadas no início deste ano mostraram que o capital privado foi responsável por 57% de todo o gasto realizado do setor de saúde em 2013, enquanto que o setor público participou com 43%. Somados, os investimentos de público e privado chegaram à

Por Yussif Ali Mere Jr.

marca recorde de 10,2% de participação da Saúde no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O cálculo leva em consideração toda a cadeia do segmento, incluindo a indústria médico-hospitalar e as operadoras de planos. Há que se considerar, também, que grande parte dos investimentos em saúde existentes atualmente se deve a parcerias público-privadas, nas quais o governo busca amparo técnico-científico e investimentos para se desenvolver e crescer. Nada mais natural. Assim deve caminhar um estado democrático, em que o empresariado, por meio de regras claras, ganha o direito de contribuir para o desenvolvimento do país, tendo como contrapartida o sucesso do seu negócio. Haja vista as parcerias já existentes relacionadas a medicamentos biotecnológicos – a nova fronteira para tratamento do câncer – em que o Ministério da Saúde entra com recursos e garantia de compra dos medicamentos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entra com financiamento e as empresas privadas com o estímulo para a produção. No Estado de São Paulo, inúmeras experiências semelhantes se perpetuam

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Novos

Conceitos por todas as áreas de atuação na saúde. O Instituto Butantan, por exemplo, já trabalha em associação com laboratórios multinacionais e nacionais para o desenvolvimento de medicamentos biológicos e vacinas. Na área de suprimentos e logística, está para ser implantada uma parceria público-privada cujo objetivo é a otimização de distribuição de medicamentos. E na área de assistência, as Organizações Sociais de Saúde, tão criticada pelos ideólogos que acreditam que o sistema deve ser único, dão conta de que o

acesso da população que precisa do SUS melhorou significativamente. Portanto, além de combater o subfinanciamento, a corrupção e a má gestão do sistema público, precisamos enfrentar um quarto problema: a inflexibilidade dos gestores em admitir que a máquina pública, atuando sozinha, é ineficiente. Dados recentes divulgados pelo Conselho Federal de Medicina nos ajudam a traçar este diagnóstico: do total de R$ 9,4 bilhões disponíveis para investimentos saúde em 2013, o governo desembolsou somente R$

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3,9 bilhões. Os valores foram bem inferiores aos investimentos dos Transportes (R$ 11 bilhões), Defesa (R$ 8,8 bilhões), Educação (R$ 7,6 bilhões) e Integração Nacional (R$ 4,4 bilhões). A análise superficial desses números causa perplexidade: um país com tamanhos gargalos na Saúde gasta mais em Defesa e Integração Nacional. Está na hora de lembrarmos aos governantes de que não há soberania que cure os males de uma população doente.HCM Yussif Ali Mere Jr. é Presidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP e SINDHOSP).

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MODELO

DE ATENDIMENTO Segurança biológica

Higienização

hospitalar Primeiro passo para a excelência

P

ara garantir a higienização, desinfecção e conservação de todo o ambiente hospitalar, é necessário que esta atividade seja realizada por profissionais altamente capacitados. “Todos os colaboradores devem estar conscientes da importância da utilização de técnicas e produtos corretos, a fim de atingir o objetivo esperado do cliente, proporcionando um ambiente limpo, seguro e agradável”, afirma Juliana Leite, Supervisora de Hotelaria da Supriclean. Cibele Gonçalez, Técnica Responsável e Enfermeira, considera o serviço de higiene hospitalar fundamental para pacientes e colaboradores, sendo uma das peças principais no processo de diminuição de infecção hospitalar, o que acaba

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por contribuir para a saúde e segurança do colaborador e dos usuários. Para chegar ao resultado de excelência, algumas diretrizes de qualidade são adotadas, como o aprimoramento do atendimento, foco no cliente, melhoria contínua da gestão e estímulo ao trabalho em equipe. A segurança biológica da instituição é feita baseada em diversos métodos, como a avaliação de indicadores de desempenho através da plataforma BSC/ TASY; inspeções técnicas; ações preventivas e corretivas, dentre outros. Ainda de acordo com Juliana, também é necessário a educação permanente dos colaboradores, o gerenciamento de documentos e de riscos e o acompanhamento da saúde ocupa-

cional dos trabalhadores. “Além disso, é imprescindível o atendimento total às resoluções estabelecidas pela lei, bem como a utilização de produtos aprovados pelo Ministério da Saúde e que sejam biodegradáveis.” Assim, a limpeza hospitalar se completa com o uso de equipamentos e produtos específicos para cada tipo de higiene e ambiente, acompanhamento das atividades com suporte técnico e equipamento de proteção individual disponível ao colaborador. “Atuamos em hospitais acreditados com selos de qualidade. Por isso, temos um amplo conhecimento e somos estruturados para o trabalho seguindo todos os processos de qualidade que são exigidos”, ressalta HCM Cibele.

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Diminuir

Riscos

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PONTO

FINAL

Inovação

Desafios Ultrapassar barreiras para a inovação brasileira

Q

uando pensamos no processo de inovação industrial no Brasil, percebemos o quanto o nosso País pode melhorar neste quesito. Não é de hoje, que a movimentação estrangeira se destaca em comparação com o pífio papel desempenhado pelas empresas brasileiras, no quesito inovar. Muito ainda é debatido entre os gestores das empresas produtoras de equipamentos hospitalares sobre o que realmente precisa ser feito para que tais empresas levantem a tão sonhada bandeira da inovação. Ao olhar de forma sutil para a alavanca da inovação, percebemos que este item diferenciador não se resume apenas em dinheiro, ideias e ousadia. Tal negócio vai muito além, pois, a competitividade do mercado e o nível do conhecimento tecnológico instalado em determinado produto pode ser o diferencial. Talvez, esses sejam de fato a grande engrenagem para o sucesso de milhares de empresas nacionais. No entanto, será que o Governo Federal tem mexido suas arestas o suficiente para estabelecer de

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fato tal desenvolvimento das indústrias locais? Eis um questionamento que merece ser colocado na balança e analisado de forma minuciosa. Por outro lado sabemos: existem sim recursos, e ousadia suficiente para inovar em nosso território. Contudo, é preciso fazer com que tais recursos efetivamente cheguem até o empresário que luta para alcançar o topo da inovação. Em primeiro lugar é preciso que esse empresário seja um empreendedor com mecanismos que possam atender não só uma demanda no Brasil, mas, de fato, em todo o planeta. Afinal, os processos de exportação só dependem do grau de interesse por determinado produto, que, na maioria das vezes, ganha destaque por conter itens que inovem o processo produtivo e oferece alto nível de qualidade que contribui em inúmeros tratamentos médicos. Aliás, para inovar não é preciso ir muito longe. Mesmo em passos curtos, o Brasil ainda conta com agências de fomento à inovação. Existem centros de apoio que repassam

recursos de financiamentos com limites de até R$ 80 milhões em condições bem atrativas. Os prazos de carência podem chegar a quatro anos e a amortização a até dez anos, dependendo da necessidade do projeto e das condições do programa. Isso é mais uma prova que é possível ultrapassarmos a barreira da inovação. Muitas empresas ainda desconhecem que existem linhas específicas para inovar, e que seus projetos, apesar de não terem natureza tecnológica, têm mérito inovador, seja no desenvolvimento de produtos, processos ou modelos de negócios e marketing. É um volume proporcionalmente alto, que acreditamos poder ser ampliado em função das condições dos programas, e conhecimento de crédito por parte de empresas que são micro, pequenas e médias empresas. Que os empresários brasileiros enxerguem esse cenário propício para o desenvolvimento internacional. Sim! É possível inovar, basta acreditar e ir em busca das ferramentas HCM condutoras.

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