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EDITORIAL
Tudo começa por nós
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ecnologia e inovação. Palavras motoras para a evolução de qualquer negócio na saúde. Mais do que isso, são oxigênios para que a instituição sobreviva diante da concorrência. Contudo, o vetor de toda essa lógica está nas pessoas. De nada adianta ter equipamentos de última geração se não há profissionais qualificados para operá-los. A inovação perde fôlego em uma instituição que não preze por segurança e sustentabilidade. Para tanto, mais uma vez, as pessoas são as peças-chaves para o sucesso, afinal elas que irão optar por abraçar ou não a filosofia da empresa. As pessoas fazem acontecer, na prática, o propósito da instituição. Neste caminho, transparência e ética determinam quais são os valores e a verdadeira missão da empresa. Diante disso, ouvimos os conselheiros da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) sobre a importância do código de conduta e da transparência no setor. Tais fatores foram muito pontuados no último Observatório Anahp, lançado durante a Feira Hospitalar 2014. Trouxemos novamente este tema a fim de ouvir a opinião de membros do conselho de administração da entidade. Neste papo de líderes, podemos ver como transparência, código de conduta e sustentabilidade do setor estão extremamente atrelados e, mais do que
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Edmilson Jr. Caparelli Publisher
isso, espelham o papel atuante da instituição. Ainda sobre uma gestão de excelência, a edição traz o começo da série “Especial OSS: o Brasil de ponta a ponta”. Neste espaço, vamos mostrar para o leitor cases de hospitais que são administrados por estas entidades e que deram certo por todo o País. O leitor poderá conhecer a gestão da Pró-Saúde, que tem sob sua responsabilidade mais de 2.650 leitos e cerca de 20 mil profissionais, sendo 3,5 mil médicos. Outro exemplo é o Hospital Regional Público do Marajó, localizado em Breves (PA), administrado pelo Instituto Nacional do Desenvolvimento Social e Humano. Nossa equipe acompanhou de perto o dia a dia do corpo administrativo da instituição e pode conferir como os gestores conseguem obter sucesso na gestão diante de tantas condições adversas. E falando em pessoas, Ricardo Bender vem explicando sobre a importância do sistema IT-Médico em uma instituição de saúde. O executivo comenta sobre a dificuldade de inovar no País e faz uma prévia análise dos produtos disponíveis no mercado brasileiro. Seguindo o nosso lema “hoje, melhor que ontem. E amanhã, melhor que hoje”, o Grupo Mídia dá o primeiro passo para reforçar, ainda mais, a sua atuação. Começaremos o segundo semestre de 2014 com uma sucursal na capital paulista e, com isso, estar mais próximo das pessoas de nosso setor.
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NESTA EDIÇÃO
julho - agosto Código de Cores A HealthCare Management organiza suas editorias pelo código de cores abaixo:
Líderes e Práticas Sustentabilidade Health IT Mercado Gente e Gestão Ideias e Tendências Estratégia
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Qualidades para todos Melhores práticas e padrões avançados de segurança do Hospital Moinhos de Vento
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Gestão de Saúde Populacional Quando o gasto com o bem-estar do colaborador passa a ser investimento
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Saúde digital Magdala Novaes fala sobre os desafios de fazer Telemedicina nas continentais terras brasileiras
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Dedicação à excelência Rede Sarah aposta no conjunto entre integração multidisciplinar, tecnologia e inovação
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Atenção primária Por que poucos profissionais se dedicam a este segmento?
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Conscientização A importância do engajamento de diretores para obter a sustentabilidade da instituição
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Especial Hospitais Centenários Gestores explicam como manter a constante atualização em instituições com mais de 100 anos de atuação no Brasil
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Enforcada pelo SUS Santa Casa de São Paulo enfrenta a grave crise ocasionada pelos males do subfinanciamento do Sistema Único de Saúde
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Sistema IT-Médico A agilidade necessária para minimizar custos e riscos de uma estrutura complexa e repleta de tecnologia como é o hospital
Ricardo Bender
Articulistas:
22 Helio Franco de Macedo Júnior | 38 Fernando Vogt | 42 Djalma Luiz Rodrigues
46 José Gomes Temporão | 84 Márcia Mariani | 98 Manuel Coelho | 104 Avi Zins
117 Franco Pallamolla | 126 Nubia Viana | 150 Carlos Goulart | 120 Evaristo Araújo
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Conduta empresarial em xeque Transparência na gestão, código de conduta e princípios éticos para uma sólida administração
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Conquista Mais uma vitória da Qualidade do Hospital São Camilo Pompeia
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Tecnologia alinhada ao negócio Case do Centro Médico de Campinas mostra como é possível obter alta performance seguindo o orçamento do hospital
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Cuidados Paliativos Economia para o hospital e qualidade de vida para o paciente
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Avanços para a gestão Agfa HealthCare apresenta nova solução para hospitais e centros de saúde
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Segurança ao paciente Tecnologia e conscientização no controle à contaminação hospitalar
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saúde
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pontuando a gestão
Paulo Magnus, Presidente da MV, fala sobre conquistas, inovações e, claro, tecnologia
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Um novo caminho A atuação multiprofissional e a excelência do Centro de Medicina Fetal do Hospital Samaritano de São Paulo
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Rastreabilidade de medicamentos Mais segurança e menos desperdício para o hospital
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Como está o mercado de homecare no Brasil? Principais empresários falam sobre perspectivas, tendências e clamam por uma melhor regulamentação do setor
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Especial OSS por todo o Brasil Uma alternativa para as instituições de saúde
Perfil
Muito além dos negócios com Pedro Antonio Palocci, DiretorPresidente do Grupo São Lucas
151 PONTO FINAL Novos horizontes Na contramão da economia brasileira, indústria do setor registra crescimento
DIAS VISÃO
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pós criar a diretoria de Novos Negócios e contratar o novo diretor nacional para a área de Vendas, agora a Pixeon visa reforçar o board de executivos com uma nova Diretora de Marketing. Quem assume a função é Fabiana Bernabe, ex-GE Healthcare e Telefônica. A executiva tem formação em Ciências da Computação e vasta experiência em marketing com foco no mercado de telecomunicações, software e tecnologia da informação. Seu principal desafio será definir a estratégia de posicionamento para os produtos e serviços desenvolvidos pela Pixeon. Fabiana dedicou os últimos 10 anos à gestão de negócios B2B nos mercados brasileiro e latino-americano. “A base tecnológica me ajudou a conhecer tecnicamente os produtos”, afirma. Para os próximos quatro anos, a empresa estima um crescimento de até 50% ao ano.
Fotos: Divulgação
Pixeon com nova diretora de Marketing
PIONEIRISMO
INC realiza novo procedimento em parceria com universidade americana
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Foto: Luiz Guilherme Fernandes
Instituto Nacional de Cardiologia (INC), no Rio de Janeiro, realizou um tratamento experimental para pacientes que tiveram infarto e sofrem com insuficiência cardíaca grave. O procedimento foi realizado em parceria com a Case Western Reserve University, dos Estados Unidos. A grande novidade é a colocação do implante parachute, que tem um formato de um paraquedas, no coração. O INC é o primeiro hospital público do Brasil a realizar esta técnica. “O Ministério da Saúde já está com o nosso protocolo solicitando a autorização. Porém, a ANVISA precisa aprovar primeiro o uso do parachute no País. A importação deste material será feita mediante aprovação destes órgãos públicos. Nossa expectativa é poder oferecer o procedimento a outras pessoas já no próximo ano”, explica Sérgio Leandro, do INC.
Ambulatório da Fiocruz recebe certificado de excelência internacional
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Ambulatório Souza Araújo, unidade assistencial do Laboratório de Hanseníase do Instituto Oswaldo Cruz (IPC/Fiocruz), recebeu o Certificado de Acreditação Internacional, concedido pela Joint Commission International (JCI). O ambulatório é o primeiro centro brasileiro especializado no atendimento a pacientes com hanseníase em conformidade com padrões de excelência internacionais. O caminho para a acreditação começou em 2008, a partir da aprovação do Ministério da Saúde, e contou com o apoio do Hospital Samaritano de São Paulo. De acordo com o Vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Valcler Rangel, o reconhecimento pode inspirar outras unidades. “A acreditação contribui para um processo contínuo de melhoria dos espaços da Fiocruz”, afirma.
Foto: Peter Ilicciev
QUALIDADE
Brasil ATUAÇÃO
A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) apresentou o “Livro Branco: Brasil Saúde 2015” aos principais candidatos à presidência: Dilma Rousseff, Aécio Neves, Eduardo Campos, além de outros políticos influentes e representantes do setor. O documento consiste em 12 propostas para a sustentabilidade do sistema de saúde brasileiro, contemplando desde as políticas púbicas, a regulação e financiamento geral, até a infraestrutura e o sistema de comunicação, passando pelos modelos – assistencial, remuneração, gestão e organizacional. “A saúde é o bem maior de todo indivíduo, o que eleva a sua prioridade nas agendas pública e privada. Este documento é a contribuição cidadã da entidade para a saúde do País”, ressalta Francisco Balestrin, Presidente do Conselho de Administração da Anahp.
MERCADO
Venda de genéricos crescem no primeiro semestre
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egundo levantamento realizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, a PróGenéricos, as vendas do segmento cresceram 11,5% em unidades nos seis primeiros meses 2014, em comparação ao mesmo período de 2013. De acordo com a pesquisa, foram comercializadas 416,1 mil unidades da categoria de medicamentos contra 373,1 no primeiro semestre do ano passado. Quanto à receita bruta, as vendas desses medicamentos somam R$ 7,5 bilhões, sendo que em 2013 esse montante foi de R$ 6,23 bilhões. As vendas do setor como um todo, incluindo todas as demais categorias de medicamentos somadas aos genéricos, apresentaram crescimento de 7,8%, ou seja, saíram de 1,381 bilhão entre janeiro e junho de 2013 e atingiram a marca de 1,489 bilhão de unidades no mesmo período deste ano.
GESTÃO
Philips com nova diretoria comercial para o Brasil
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Philips do Brasil anuncia a chegada de Patrícia Holland para a diretoria comercial de Saúde. Sua principal tarefa será manter o crescimento nos segmentos de diagnósticos por imagem, sistemas de monitoramento e saúde domiciliar. Antes de ingressar na companhia holandesa, Patrícia traz em sua trajetória profissional a atuação na Johnson & Johnson, nos últimos 16 anos, como Diretora de Unidade de Negócios de Cirurgia Plástica LatAm, e na Janssen Farmacêutica, como Diretora de Marketing Estratégico LatAm. Formada em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com MBA pela Fundação Instituto de Administração (FIA-USP), a diretora iniciou sua carreira em 1993, no Banco de Investimentos Itaú-BBA, ingressando mais tarde na empresa de bens de consumo Reckitt Benckiser.
Fotos: Divulgação
Anahp entrega propostas para lideranças e autoridades do País
DIAS NOVA DIREÇÃO
Fotos: Divulgação
GE Healthcare com novo CEO para América Latina Daurio Speranzini Jr. é o novo Presidente e CEO da GE Healthcare para a América Latina. O gestor substitui Joe Shrawder, atual Presidente e CEO da GE Healthcare Global Services. O executivo, que desde 2013 atuava como vice-presidente comercial da empresa para a América Latina, continuará o trabalho realizado por Joe para o crescimento da companhia na região. Durante sua trajetória na GE, desde 2011, Daurio consolidou um amplo planejamento comercial que abrange o desenvolvimento da política de mercado para a América Latina, definições sobre relacionamento com o cliente, soluções de financiamento e estratégias de preços. O executivo também liderou a consolidação de um foco regional em pesquisa e desenvolvimento, ao mesmo tempo em que foi responsável por uma parceria mais estreita e sólida com o Senai-SP.
INVESTIMENTO
Air Liquide Healthcare faz nova aquisição
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Air Liquide Healthcare adquiriu a SEPRODOM, uma empresachave em tratamento domiciliar e no monitoramento de pacientes com doenças crônicas no território europeu. Criado em 2003, a SEPRODOM possui aproximadamente 90 empregados, cuidando de 4.500 pacientes em domicílio nas cidades de Reunião, Maiote e Guadalupe, localizadas na França e no arquipélago Nova Caledônia. A Air Liquide manterá a continuidade da administração da empresa com Jean-Philippe Rouquié, apoiado pela expertise e comprometimento de suas equipes. Pascal Vinet, Vice-Presidente de Operações Globais do Healthcare e membro do Comitê Executivo do Grupo Air Liquide, afirmou que a aquisição completa os serviços oferecidos. “Com a integração desses times, nosso serviço de atendimento domiciliar na França será ainda mais reforçado.”
PESQUISA
Transplante de rim pode se tornar passado
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transplante de rim pode estar com os dias contados. Isso porque pesquisadores de Israel e dos Estados Unidos descobriram que o órgão é capaz de se regenerar dentro de um corpo vivo. O estudo, conduzido por pesquisadores do Sheba Medical Center e das universidades de Tel Aviv e de Stanford, identificou a sinalização celular responsável pela regeneração renal. A descoberta pode ser uma alternativa para os transplantes. Os cientistas já sabiam que as células do rim poderiam se reproduzir no laboratório, mas o processo biológico que ocorre no interior do corpo nunca tinha sido explorado. Então, realizou-se o procedimento usando ratos geneticamente projetado, o que permitiu aos pesquisadores acompanhar o crescimento de células dentro de um mamífero vivo. O estudo foi publicado no Cell Reports.
REGULAÇÃO
100 de 100 mil aplicativos de mHealth são regulados pelo FDA
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ma pesquisa realizada por advogados que atuam na regulamentação e fiscalização de indústrias de mHealth indicou que apenas 100 de 100 mil aplicativos são regulados pela FDA – Food and Drug Administration. Os pesquisadores, liderados por Nathan Cortez, da Universidade Southern Methodist (EUA), afirmaram ser necessários mais conhecimentos técnicos para a regulamentação destes tipos de produtos. Segundo o estudo, a indústria deste setor vem crescendo exponencialmente, destacando que a receita desses apps pode chegar a US$ 26 bilhões em 2017. Por isso a importância de uma regulamentação, destaca Cortez, pois muitos apps não cumprem o que prometem e outros chegam a cometer erros que podem prejudicar o paciente.
Atenção
Mercado de EDI pode chegar a US$ 1,7 bilhões em 2018
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expectativa do mercado de soluções de Electronic Data Interchange (EDI), que vêm fomentando a migração do papel para o eletrônico, é de US$ 1,68 bilhões em 2018. Os benefícios associados ao uso de EDI, como redução de custos de administração, diminuição de tempo para as transações e minimização de erros (ex. guias médicas), têm aumentado a aceitação destas tecnologias no mercado de saúde. Nos últimos anos, este setor tem indicado um constante avanço. Espera-se que haja um crescimento anual de 13,7% até 2018. Entre os principais players globais neste nicho destacam-se as americanas Emdeon Inc., Allscripts, Mckesson, Optum Health, dentre outras.
TECNOLOGIA
Hospital inglês adota InterSystems HealthShare®
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Leeds Teaching Hospitals NHS Trust, localizado na Inglaterra, adotou o InterSystems HealthShare® para dar suporte a serviços de saúde especializada. O HealthShare® é a plataforma de informática para o setor de saúde que permite interoperabilidade estratégica e analítica para ações entre redes de hospitais, comunidades, regiões ou nações. O hospital possui aproximadamente 2.500 leitos, contando com os leitos para cuidados intensivos e para tratamentos de emergência, com mais de 14 mil funcionários divididos entre seis unidades que tratam de mais de um milhão de pacientes por ano. “O Leeds Teachin Hospitals NHS Trust adotou uma abordagem estratégica de interoperabilidade que beneficiará tanto pacientes como médicos”, afirma Steve Garrington, Vice-presidente Internacional da InterSystems.
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Mundo
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Um plano para a conectividade “A possibilidade de a indústria nacional reduzir o déficit não é fácil. É preciso que haja uma intensa e persistente política de encomendas da área pública e fortes estímulos ao desenvolvimento tecnológico das indústrias, para que possam ter condições competitivas internacionais para exportar.” Assim afirma Roberto Nicolsky, Diretor Geral da Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec) e do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos e Produtos Farmacêuticos (IPD-Farma). Em seu artigo “Um plano para a conectividade”, Nicolsky salienta também que o País necessita de um forte estímulo, pois a competição externa é “dura e as empresas estrangeiras são muito mais robustas do que as nacionais, como se pode ver na Índia e China.” Confira o artigo na íntegra no Saúde Online.
Hospital São Francisco no Saúde Online O Superintendente do Hospital São Francisco, José Miranda da Cruz Neto, concedeu uma entrevista exclusiva para o portal Saúde Online em que fala sobre as inovações da gestão no setor. Segundo Neto, o maior desafio do hospital, que se localiza em Ribeirão Preto (SP), relaciona-se à Gestão de Pessoas. “Atrair e reter profissionais qualificados é uma grande tarefa. Para tanto, é necessário proporcionar oportunidades para que eles exerçam toda a sua competência e, consequentemente, conquistem os melhores resultados.” Neto também fala sobre a importância de ter um conselho de administração independente da gestão, conferindo maior autonomia e transparência ao negócio. Sobre inovação, o superintendente afirma que os hospitais se atrasaram em trazer eficientes modelos de gestão que já eram aplicados na indústria. Confira a entrevista completa no portal.
Nova edição da revista HealthARQ A 12ª edição da revista HealthARQ traz o case do Genoveva Complexo Hospitalar que passou por recentes obras de expansão. A ampliação conta com uma nova torre de cinco andares, além de adequações na edificação já existente. O investimento de R$ 12 milhões permitiu ao hospital a criação de uma sala híbrida. E tentando conciliar obras com o andamento do hospital, a publicação traz as obras do GRAACC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) que não interferiram nas atividades da instituição. Outro importante case trata a inauguração de uma nova unidade do Grupo Fleury, em São Paulo. A clínica é a segunda a incorporar o novo conceito da marca que se traduz na humanização dos espaços para os clientes, de forma acolhedora, moderna e “clean”.
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Palavra da editora
A Saúde em terras amazônicas Neste último mês, tive a oportunidade de conhecer o Hospital Regional Público do Marajó (HRPM), no Pará. De Ribeirão Preto (SP) até Breves foram 25 horas de viagem. Este era o começo de um grande aprendizado. Pude compreender de fato o continente Brasil que vivemos e como é possível vencer desafios independentemente de onde se esteja. Assim como afirmou Arthur Lobo, Coordenador do Grupo Técnico dos Hospitais Regionais do Pará, o hospital está sob a ditadura das águas. Para chegar até lá é preciso uma viagem de navio, que pode durar de 6 a 12 horas. Embarcamos de navio de Belém para Breves. O cansaço das longas esperas no aeroporto foi compensado pelas lindas paisagens durante a viagem. Ao chegar à cidade já é possível observar a dura realidade daquela comunidade. Problemas como falta de saneamento básico são os primeiros que despontam aos olhos. Pelas ruas é possível ver motos transportando três, quatro pessoas sem nenhum tipo de segurança. Contudo, toda essa falta de recursos não espelha a realidade dos corredores do hospital. Mesmo com tamanhos desafios, a começar pela própria geografia, o HRPM consegue manter seu estoque em dia, dando uma verdadeira lição de logística para muitos hospitais que estão em grandes polos do Brasil. Não é apenas em logística que o HRPM torna-se um exemplo para todo o País. Este hospital mostra como é possível, mesmo
Carla de Paula Pinto, Editora da Revista HealthCare Management
distante dos principais centros, manter uma gestão atualizada e moderna. E para ter toda essa qualidade nos procedimentos, a instituição inova e investe constantemente em Pessoas. Afinal, atrair e reter profissionais bem qualificados são questões primordiais para a excelência nos processos. Esse desafio também foi superado pela gestão e, hoje, o hospital é o local de trabalho de profissionais de todo o Brasil. Eles deixaram a sua terra natal para se dedicar à Saúde de Breves e muitos já até adotaram a cidade como um novo lar, mesmo estando a muitos quilômetros de distância de seus familiares. Mais do que acompanhar o dia a dia da gestão do hospital, o HRPM nos ensinou que a força motora de tudo está justamente nesta dedicação dos colaboradores. São eles que fazem os valores da instituição acontecerem na prática. São eles que mais nos inspiraram nesta viagem que já deixa saudades. Até, Breves!
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pontuando a gestão
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Nascido no Rio Grande do Sul, Paulo Magnus começou a trabalhar, já na adolescência, no setor de faturamento do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres. Esse foi o primeiro passo da história de um empreendedor que hoje comanda a MV, empresa com sólida presença no mercado brasileiro e que já desponta em âmbito internacional. E para falar mais sobre conquistas, tecnologia, inovação e liderança, Paulo Magnus, Presidente da MV, está no Saúde 10 desta edição. Segundo o gestor, o fim do papel será uma realidade absoluta nos próximos dez anos. Contudo, ressalta também que os grandes obstáculos para esse novo cenário são os entraves burocráticos criados por decreto do governo federal.
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A MV se destaca em soluções de tecnologia para a gestão hospitalar. Como o sr. analisa esta sólida presença no mercado brasileiro? É resultado de um enorme esforço com constante inovação e, principalmente, troca de experiências com o mercado. A liderança é, na verdade, dos clientes que nos escolheram como plataforma para potencializar seus negócios. Já são 27 anos dedicados aos clientes e este reconhecimento serve de combustível para continuar inovando e criando ferramentas capazes de mudar o cenário sempre. Nosso País é um mercado muito promissor que está amadurecendo lentamente e descobrindo os benefícios da tecnologia. Quando começamos, os hospitais não tinham um computador sequer, hoje não funcionam sem a presença deles.
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Quais são os grandes desafios para manter a liderança em um mercado competitivo? O grande desafio é a falta de padronização no mercado, onde cada um tem o seu jeito e entende que ele é o melhor e as ferramentas é que devem se adaptar a eles, quando, na verdade, o melhor é o somatório das melhores práticas. Nós estamos conseguindo, através das trocas de experiências entre os clientes, fomentar o uso das melhores práticas, gerando resultados incríveis para os clientes. Mas ainda há muito que avançar.
Quais são os elementos fundamentais que o produto deve oferecer para o cliente que vão além do custo e benefício? Primeiro é a estrutura de atendimento e serviços. A implantação de um sistema de gestão pressupõe um processo de melhoria contínua que precisa de assistência
permanente do fornecedor, o que aumenta sua fidelização. Segundo é a inovação. O lançamento de novas versões com melhorias funcionais e de novas gerações de soluções faz com que o cliente tenha um espaço para avançar e continue fiel ao seu parceiro. Em terceiro lugar, destaco o relacionamento estratégico, sobretudo no setor de saúde. Trata-se de um setor humanista em que o relacionamento estratégico permite a manutenção dos clientes por longos períodos de tempo.
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Quais são os principais desafios para desenvolver tecnologia de ponta no Brasil? Desenvolver tecnologia própria no Brasil é um grande desafio, pois implica em montar um modelo com robustez, capaz de gerar ferramentas de alcance mundial. Ainda temos muito que avançar em formação de mão de obra, tanto em qualidade, quanto em quantidade.
Quais são os elementos fundamentais para liderar uma grande equipe? Repartir conhecimento, fomentar a inovação, não se contentar em nenhum momento com as conquistas e estar o tempo todo em busca de desafios ainda maiores. Liderança é aumento de responsabilidade. Entender que os reflexos de suas ações influenciam o setor de maneira positiva ou negativa também é muito importante.
Quais são os principais desafios de trazer inovação ao mercado de saúde no País? O desafio não está em trazer, e sim construir a inovação. É ter as pessoas qualifica-
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das para nos ajudar a colocar de pé soluções capazes de, entre outros benefícios, aumentar a expectativa de vida das pessoas. Estamos trabalhando nisso e temos a certeza de que é possível.
várias análises comparativas da eficiência e das vantagens de nossas soluções em relação aos concorrentes internacionais. Yehuda Dror, presidente da DNV Healthcare, organização internacional que promove a acreditação de hospitais no mundo inteiro, chegou a comentar sobre a sua admiração pelo Sistema MV.
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Quais foram as grandes conquistas da MV neste ano? Nossas grandes conquistas em termos de clientes estão voltadas para o aumento de nossa expressão no mercado internacional. Conquistamos um grande cliente no Chile e outro na República Dominicana. Também estamos investindo, principalmente, na América do Sul, em países como México e Colômbia, e na África, onde estamos desde 2005. Para manter este crescimento sustentado e a satisfação dos nossos atuais clientes, possuímos uma carteira com centenas de projetos com entregas de curto, médio e longo prazo. De um modo geral, os novos produtos estão relacionados a serviços web, mobilidade, clinical tools e inteligência de negócios.
Em se tratando do mercado internacional, como o sr. avalia o desempenho da tecnologia brasileira e a concorrência destas com soluções estrangeiras? Entendo que o Brasil tem muito a exportar e ainda pouco incentivo por parte do Governo. Se conseguirmos frear a penetração de players internacionais em um País com dimensões continentais como o nosso, é porque temos tecnologias competitivas que têm sido muito bem aceitas lá fora. Temos
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Como o sr. avalia a importância da tecnologia no desempenho de qualidade em uma instituição de saúde? A tecnologia é o mais importante pilar de eficiência de uma empresa, independente do setor que ela está inserida. Na área da saúde, porém, ela acaba sendo ainda mais relevante, porque um erro pode custar vidas. Além disso, tem-se a necessidade de integração entre os vários atores que militam em um serviço de saúde e sem a tecnologia é impossível integrá-los.
O futuro paperless está perto? Nos próximos dez anos o fim do papel será uma realidade absoluta. Assim como nos bancos, as unidades de saúde funcionarão de forma totalmente automatizada, aumentando a segurança dos tratamentos e a eficiência das instituições. O paperless já chegou e se não fossem os entraves burocráticos criados por decreto do governo federal teríamos mais velocidade. Em 2010, implantamos em Pernambuco a primeira unidade de saúde sem papel do Brasil, a UPA Imbiribeira, mostrando que isto é possível em qualquer unidade de saúde. H
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Líderes e Práticas
Qualidade para todos Melhores práticas e padrões avançados de segurança do Hospital Moinhos de Vento
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Garantir práticas seguras e de qualidade por toda a equipe médico-assistencial, tudo isso baseado em evidências científicas, é um dos grandes desafios para manter excelência nos procedimentos hospitalares. A partir de protocolos e rotinas assistenciais, conforme os padrões estabelecidos pela Joint Com-
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mission International (JCI), o Hospital Moinhos de Vento vem conseguindo obter ótimos resultados no cuidado prestado. Para tanto, a Ges-
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tão de Qualidade do hospital conta com o auxílio de diversas ferramentas. O prontuário eletrônico, por exemplo, permite uma série de interfa-
ces entre a equipe multidisciplinar. Conforme explica Vânia Rohsig, Superintendente Assistencial do hospital, a farmácia clínica acompanha virtualmente todos os pacientes e faz o monitoramento de alergias, interações medicamentosas, entre outros procedimentos, sendo um apoio à equipe quanto ao cuidado seguro ao paciente. Além disso, dispensários eletrônicos nas unidades de cuidado, que controlam o medicamento e a dose prescrita, permitindo a dispensação exclusiva do que consta em prescrição, reduzem a possibilidade de erros à beira do leito. “Também estamos implementando nas unidades assistenciais a checagem eletrônica à beira do leito, em que, a partir da leitura da pulseira do paciente, o sistema lê a
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prescrição dos medicamentos e faz a dupla checagem com o item prescrito, garantindo a eficiência na administração dos medicamentos.” A parceria assinada com a Johns Hopkins Medicine International, dos Estados Unidos, também visa fomentar os procedimentos de Qualidade. “Estamos em desenvolvimento de projetos na área da Certificação da En-
fermagem e várias áreas da Medicina, destacando o Grand Round que ocorre mensalmente em conjunto com instituição americana.” Os padrões incluem melhorias em processos para garantia da segurança do paciente no que se refere às metas internacionais de segurança e a qualificação da equipe médico-assistencial, colocando o paciente no centro do cuidado.
Foto: Cristiano Sant’Anna/indicefoto.com
A satisfação do paciente com o serviço prestado, a diminuição do tempo de permanência, a resolubilidade do tratamento e a fidelização do cliente são os grandes ganhos com uma gestão que busca a excelência no cuidado médico-assistencial.
Vânia Rohsig, Superintendente Assistencial do Hospital Moinhos de Vento
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Líderes e Práticas
Gestão de Qualidade A partir do Planejamento Estratégico da instituição, cada unidade de serviço passa a construir seu mapa de contribuição. Com isso, os principais processos das áreas são mapeados e os indicadores, tanto de processo, como de desfecho, são monitorados. “Para este monitoramento contamos com um sistema de apoio à gestão que notifica o gestor automaticamente sobre as análises críticas que devam ser feitas, e estas, por sua vez, são encaminhadas aos interessados no processo”, explica a superintendente. Se por um lado a Qualidade busca a garantia do cumprimento das melhores práticas e padrões avançados de segurança, por outro lado a Gestão de Riscos mapeia todos processos críticos e o grau de impacto, garantindo a implementação de medidas que mitiguem estes eventos. “Os riscos do hospital são mapeados com uso de ferramentas como FMEA – Failure Mode Analysis, inter-relação com o SESMT – Serviço de Medicina do Trabalho, setor jurídico e com os demais gestores das áreas.”
Outras ações são fomentadas pela instituição a fim de intensificar a Qualidade nos processos. Exemplo disso é o programa “Ideias geram Inovação”, estimulando a equipe a buscar soluções criativas para alcançar a missão e a visão da instituição, que se constitui em “cuidar de vidas”. O corpo clínico, por sua vez, contribui com a “Plataforma de Ideias”, com foco em melhorias médicas. Para tanto, outras medidas são feitas para conscientizar os colaboradores. Assim, são realizadas reuniões
de acompanhamento do desdobramento do Painel Estratégico com as áreas para avaliar os resultados médicos-assistenciais e as propostas de melhorias de processo. “Para o alcance da visão, contamos com um programa de desenvolvimento dos líderes da organização e da avaliação por competências de todo corpo funcional. Contamos também com o Grupo Assistir, que foca seu trabalho na disseminação e execução dos valores da instituição”, explica Vânia. H
Acordo assinado entre Johns Hopkins Medicine International e o Hospital Moinhos de Vento 20
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Artigo | Helio
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Saúde Pública: além do exercício profissional, paixão, responsabilidade, ética e comprometimento
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conceito de saúde vem sofrendo, felizmente, as adequações que o tempo exige. A Saúde Pública no Brasil, a partir do advento do Sistema Único de Saúde, entrou no conceito popular como o “tudo para todos”. Pura tradução de Saúde como direito de todos e dever do Estado. A dimensão do que possa traduzir o “tudo para todos” está diretamente relacionada à forma de viver de cada cidadão, a organização de diversos grupos sociais, e a forma de produção dos bens e serviços que a sociedade necessita. Sendo a saúde consequência dos diversos fatores relacionados à forma de viver dessa sociedade, ter saúde está condicionado a esses fatores. Então podemos falar dos hábitos individuais de alimentação, higiene, atividade sexual, laboral, lazer, religiosidade, afetividade, conectividade, etc. E dos movimentos coletivos como mobilidade urbana e rural, da cultura de paz e não violência, dos meios de produção no campo e na cidade, os movimentos de posse da terra e dos bens móveis e imóveis, entre tantos outros objetivos de vida que movem o ser humano. Se a dinâmica do modo de viver é ampla, em escala crescente de complexidade, o universo da saúde precisa ser capaz de alcançar essa abrangência. Nesse contexto, fazer saúde vai além do exercício profissional. Os profissionais de saúde têm sua formação voltada para estas múltiplas faces. Cada vez mais, novas profissões vêm se caracterizando como da área da saúde, ou aquelas que participam das atividades peculiares da área da
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Helio Franco de Macedo Júnior Secretário de Estado de Saúde Pública do Pará.
saúde, justamente por essa dinâmica que o setor apresenta. Fazer saúde requer paixão, responsabilidade, ética, como em todas as profissões. O diferencial é que nos tornamos idealistas de uma grande causa: a vida. É preciso sentir-se responsável pela vida do outro, o que não se aprende em nenhum livro. Quando começamos a trabalhar na área da saúde, mesmo sem formação específica, somos tomados por esse sentimento, e aí não somos mais advogados falando sobre direito do cidadão, mas do cidadão que está precisando daquele direito que lhe é vital. Percebemos engenheiros preocupados com projetos que precisam se transformar em unidades assistenciais; economistas que compreendem a necessidade e insistem no estabelecimento de prioridades e otimização dos parcos recursos para as atividades finalísticas; profissionais de saúde que adentram as comunidades para ofertar a atenção básica, seja para as populações urbanas ou rurais, terrestres ou ribeirinhas, concentrada ou isolada neste vasto território, como do Estado do Pará; profissionais que povoam dias e noites as unidades hospitalares e que estão em atividades de educação permanente, educação popular e mobilização social. Apesar de as condições de trabalho não serem boas, o que mais importa é o trabalho em si, que não pode ser adiado ou negado. Nossa maior satisfação é dar o melhor de nós para aqueles que não nos conhecem, pelo comprometimento que nos move, pela satisfação em viver a saúde pública. H
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Gente e Gestão
Gestão de Saúde Populacional Quando o gasto com o bem-estar do colaborador passa a ser investimento
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A preocupação constante das empresas quanto ao aumento dos custos com assistência à saúde, além da necessidade de buscar a sustentabilidade financeira do setor fez com que, em setembro de 2012, fosse lançada para a sociedade a Aliança para a Saúde Populacional (ASAP). A iniciativa foi encabeçada por um grupo de grandes empregadores que desejavam disseminar conhecimentos, compartilhar práticas e engajar empresas, prestadores de serviços e operadoras de planos de saúde em prol da Gestão de Saúde Populacional – GSP. Tal conceito traz valor a qualidade de vida da população, ou seja, ganha-se nos serviços da saúde e bem-estar do cidadão, e não mais nas enfermidades. “Há uma necessidade de padronizar as iniciativas nessa área, definindo metodologias, métricas e indicadores para mensuração dos resultados alcançados, tanto em relação ao aumento de produtividade e impacto econômico-financeiro nos custos das empresas, como quanto à satisfação dos trabalhadores com as medidas adotadas”, afirma Marília Ehl Barbosa, Superintendente Executiva da ASAP. Diante deste cenário, a ASAP visa incentivar o envolvimento e a responsabilidade pessoal de todos os públicos participantes, en-
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corajando a melhoria no cuidado com a saúde e o compartilhamento de informações. “É papel da Aliança estimular as iniciativas que são projetadas para ajudar os indivíduos saudáveis a permanecerem saudáveis e os portadores de doenças crônicas a participarem de programas que contribuam para um acompanhamento eficiente e suas condições, promovendo o seu constante bem-estar.” Com essa filosofia, a empresa terá diversos benefícios em seu negócio, como a diminuição da taxa de turnover e absenteísmo, além de ter uma maior motivação e produtividade de seus
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colaboradores, aprimorando, consequentemente, os resultados das empresas. Outros fatores como a complexidade do cenário da Saúde Suplementar no Brasil, as mudanças demográficas e epidemiológicas, além do envelhecimento populacional também desafiam as empresas, exigindo o comprometimento tanto das organizações empresariais, como das pessoas. “Por isso estamos promovendo atividades de estímulo à Gestão de Saúde nas corporações privadas, através da divulgação e elaboração de conteúdo técnico para o desenvolvimento de ações de GSP.”
na negociação de parcerias com associações de recursos humanos no Brasil, e, principalmente, uma parceria com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), para referenciar os estudos e projetos da Aliança. Outros materiais como o caderno 3, cujo tema central será Wellness, também está sendo desenvolvido.
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Para tanto, a Aliança realiza diversos congressos e fóruns internacionais, além de pesquisas para avaliar o grau de maturidade do mercado brasileiro em GSP. Também foi feito um acordo com a Population Heatlh Alliance (PHA), reconhecida internacionalmente por sua atuação na cadeia de valor de GSP, tornando possível a transferência de conhecimento para as empresas associadas no Brasil. Além disso, foi lançado dois cadernos baseados no Outcomes Guidelines Report, da Population Health Alliance: “Mais Saúde – Panorama da Saúde Populacional” e “Referências em Gestão de Saúde Populacional – Gestão de Doenças Crônicas”. Atualmente, a ASAP vem se dedicando
É fundamental a união de esforços para impulsionar os princípios da assistência à saúde e buscar o êxito da transformação do sistema. Mas, principalmente, estimular as empresas e governos a contribuírem de maneira mais positiva para a saúde dos seus trabalhadores.
Marília Ehl Barbosa, Superintendente Executiva da ASAP
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Gente e Gestão
União Segundo Marília, o principal desafio ainda é investir de maneira mais eficiente e em iniciativas que tragam impactos favoráveis para as empresas, principalmente no que diz respeito aos gastos com assistência à saúde, segunda maior despesa das empresas. “Fazer com que as organizações atuem fortemente na prevenção de riscos de doenças e na mudança de comportamento dos seus colaboradores também é uma grande tarefa.” Para isso, Marília afirma que um avanço só será possível com a reunião de todos os atores da cadeia de valor do setor, e também com as organizações que precisam ter os seus trabalhadores saudáveis e produzindo a sua plena capacidade mental e física. “Apesar da consciência da importância de se fazer Gestão de Saúde por parte de empresas, ainda estamos muito distante do ideal. Segundo pesquisa desenvolvida pela ASAP, com gestores de Recursos Humanos de instituições brasileiras e de empresas que atuam no Brasil, o grau de maturidade do setor corporativo brasileiro em relação à gestão da saúde dos seus funcionários ainda é baixo.” O estudo obteve respostas de 97 empresas, sendo 73% brasileiras, 51% de pequeno porte, 35% de médio porte e 14% de grande porte. Os entrevistados demonstraram que, em geral, é dada grande importância à gestão dos gastos com a doença. “A percepção sobre a importância de se fazer Gestão de Saúde Populacional também é grande, mas a prática nas empresas ainda está muito distante da necessidade levantada.” H
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Atualmente, a ASAP representa 36 empresas associadas que buscam discutir e aprimorar a Gestão de Saúde das Populações, com foco no envelhecimento ativo e na sustentabilidade econômica do setor de saúde suplementar.
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Foto: Ricardo Fernandesa
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Health- IT
SaĂşde
digital
Magdala Novaes fala sobre os desafios de fazer Telemedicina nas continentais terras brasileiras 28
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ecentemente, a HealthXL, incubadora de start ups de TI em Saúde formada pela IBM, Novartis, Cleveland Clinic, Sillicon Valley Bank, Reckitt Benckiser e Glaxo, elegeu a pesquisadora Magdala de Araújo Novaes, Coordenadora do Núcleo de Telessaúde da Universidade Federal do Pernambuco, como a pessoa mais influente em saúde digital da América Latina. Este é o reconhecimento diante dos inúmeros trabalhos que a pesquisadora vem se dedicando a fim de desenvolver e aprimorar a Telemedicina no Brasil. Entre eles está o “Telessaúde Mental”, realizado em parceria com o Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento (INPD), coordenado pelo Instituto de Psiquiatria da USP. O projeto tem como objetivo prover tecnologia que viabilize o uso de equipamentos móveis para facilitar a identificação precoce de distúrbios mentais, ampliando o acesso de profissionais e pacientes a recursos em dispositivos móveis que venham a minimizar os riscos de agravamento das doenças. Segundo Magdala, os benefícios deste estudo trouxeram uma contribuição social tanto na área da saúde mental como na tecnológica. “Isso possibilitou um maior contato dos profissionais com a tecnologia de informação aplicada à saúde, realizando a educação continuada destes. Para a população será possível o rastreamento precoce de transtornos mentais, aumentando as possibilidades de um bom prognóstico do transtorno.” Outro projeto dedica-se a ações de Telessaúde na prevenção da obesi-
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dade e suas comorbidade. Este foi um projeto de extensão desenvolvido durante seis meses em 2013 através da Tele-educação da RedeNutes. “O objetivo era instruir os profissionais dos municípios de Pernambuco na prevenção, diagnóstico e triagem para tratamento, se clínico ou cirúrgico, da obesidade.” Para tanto, foram realizados seminários ministrados por especialistas do Grupo de Pesquisa em Obesidade do HC/UFPE. “Os profissionais que participaram foram capacitados nas diversas esferas que envolvem a obesi-
dade, possibilitando a maior efetividade de atividades na comunidade.” Diante do reconhecimento de ser a pessoa mais influente em saúde digital da América Latina, Magdala afirma que o prêmio destaca a importância do Estado e da uni-
versidade na promoção e desenvolvimento da saúde digital. “Isso reafirma a nossa missão de disseminar o conhecimento para sociedade e nos motiva, ainda mais, a buscar soluções inovadoras e realistas para o fortalecimento do nosso SUS.”
saúde digital e alta rotatividade destes colaboradores nas unidades.” A formação do profissional também é outro desafio para a Telemedicina, até mesmo por envolver diversas áreas do conhecimento. “Precisamos ter profissionais que pesquisem, desenvolvam e operacionalizem soluções, bem como aqueles que utilizem estas soluções em suas práticas clínicas. Por ser uma área
relativamente jovem em termos de mercado, ainda necessita de um maior investimento em capacitação, tanto para sua utilização, como para sua implementação.” A pesquisadora pontua ainda que, para a evolução do mercado brasileiro de Telessaúde, é preciso a oferta de uma estrada digital de qualidade e de baixo custo; de dispositivos digitais de monitorização, pois a maioria destes ainda é tecno-
Desafios Investimento em conectividade. Este é o primeiro passo para que a Telessaúde passe a ser realidade no sistema de saúde brasileiro, tanto em serviços públicos como nos setores privados. “A internet é a grande estrada digital que possibilita as práticas da Telessaúde. Para ter acesso a serviços de Telemedicina, como o telediagnóstico de exames de imagens, é preciso uma conexão de qualidade. No entanto, o acesso à internet ainda é precário na maior parte das unidades de saúde do País”, ressalta Magdala. A pesquisadora também afirma que há certa resistência por parte dos médicos, principalmente no setor público, além de lacunas na legislação. “Também há no setor público dificuldades na execução de recursos, pouca disponibilidade de profissionais especializados em
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logia importada e cara; do desenvolvimento de soluções de software multiplataforma e seguras; legitimação dos processos de trabalho por Telessaúde; formação e capacitação de recursos humanos especializados; e mais investimento em pesquisa e nos incentivos para o empreendedorismo. “Outro aspecto não menos importante é uma maior compreensão pelos gestores sobre o potencial da Telemedicina, principalmente como meio para oferta de serviços em escala, e poder chegar onde não há serviços especializados tradicionais de saúde, bem como pela possibilidade que ela oferece de melhor qualificar a assistência ao paciente.”
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Não é possível prover Telemedicina sem acesso de qualidade à internet, que ainda é bastante precário em todo o país, mesmo nos grandes centros.
Magdala de Araújo Novaes, Coordenadora do Núcleo de Telessaúde da Universidade Federal do Pernambuco
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Health- IT
Médico e Paciente
Os núcleos criados em hospitais universitários por meio de programas como o Telessaúde Brasil Redes do Ministério da Saúde e a Rede Universitária de Telemedicina – RUTE vêm realizando diversas pesquisas. As iniciativas recebem apoio do Ministério da Saúde e de agências como a FINEP. “Muitas pesquisas ainda sofrem com fragilidades na infraestrutura técnica e de recursos humanos. Outro entrave é o fato da área de tecnologias da informação em saúde ou saúde digital não constar como área de P&D junto ao CNPq, por exemplo. Isso dificulta a visibilidade dos estudos e também a análise de projetos por especialistas da área.” Magdala ressalta também o fato de não haver uma política nacional para formação de recursos humanos em saúde digital e sua fixação nos centros de ensino e pesquisa. “Há uma carência de professores e pesquisadores em informática em saúde, vetores para inserção da saúde digital nos cursos junto com os centros de pesquisa nas empresas. Ações como estas poderiam alavancar as pesquisas e colocar o Brasil no cenário mundial de produção científica na área.”
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Apesar de algumas pessoas enxergarem a Telemedicina como um serviço substitutivo ao atendimento médico presencial, Magdala acredita que este segmento se complementa à rede de saúde como uma nova forma para se ter acesso a conteúdos e profissionais de saúde. “Claro que alguns ainda olham com desconfiança para serviços em que não há a presença física do médico ou para dispositivos que transmitem dados que serão analisados em outro local, mas muitas vezes estes são os únicos recursos disponíveis. Da mesma forma que hoje exames de base tecnológica, como a ressonância magnética, têm um alto grau de confiabilidade. Gradativamente, a Telemedicina passará a ser comum na relação médico-paciente.” H
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Pesquisas
A internet e suas diferentes possibilidades de colaboração e acesso a conteúdos está disponível para todos. Isto é provocador e motiva o profissional médico em sua constante atualização profissional, e a sempre buscar a melhor evidência científica.
Magdala de Araújo Novaes, Coordenadora do Núcleo de Telessaúde da Universidade Federal do Pernambuco
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Líderes e Práticas
Dedicação à
excelência
Rede Sarah aposta no conjunto entre integração multidisciplinar, tecnologia e inovação 34
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Rede Sarah - Belém
Fomentada exclusivamente com recursos da União, a Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação atende cerca de 1,5 milhão de pacientes por ano sendo exemplo de excelência em todo o País. Para tanto, são definidas metas e parâmetros qualitativos e quantitativos de atendimento avaliados pelo Tribunal de Contas da União. “O maior desafio é inovar em gestão e ciência para oferecer serviços públicos de qualidade para todos os níveis da população, e também garantir a regularidade e a continuidade dos repasses dos recursos públicos”, explica Lúcia Willadino Braga, Presidente da Rede. Ainda assim, a instituição tem fomentado a pesquisa do País com diversos estudos relacionados às áreas como neurociência, reabilitação, laboratório de movimento, genética, neurocirurgia, ortopedia, entre outras. “Também recebemos alunos de doutorado da Europa para se atualizar. Recentemente, assinamos acordo de formação de estudantes de pós-graduação da Universidade de Haia, na Holanda”, ressalta. Também estão sendo realizados estudos do cérebro com ressonância magnética funcional, pesquisa sobre movimento, no laboratório informatizado de movimento, e neurocirurgia com neuronavegador. “Criamos metodologias de neurorreabilitação que comprovamos com estudos baseados em evidências e hoje são usadas em outras instituições brasileiras e até mesmo no exterior.” Há também a criação de tecnologias de reabilitação, como meios alternativos de comunicação para pessoas que não conseguem se expressar pela linguagem verbal, entre outras linhas de utilização e geração de tecnologia. Contudo, Lúcia afirma que a tecnologia é tão importante quanto os colaboradores que operam tais soluções. “Mais importante que a tecnologia são as pessoas que com ela trabalham,
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Líderes e Práticas
Rede Sarah - São Luís
Rede Sarah - Belo Horizonte
ou seja, mão de obra capacitada.” E pensando justamente no corpo clínico, a Rede Sarah também se destaca na Gestão de Pessoas. “Estamos inovando quanto à integração multidisciplinar, estimulando a troca de conhecimentos entre as diferentes áreas. Para tratar um ser humano, não é possível focar em um aspecto e esquecer-se do todo, por isto as áreas de conhecimento tem que elaborar em conjunto o diagnóstico, prognóstico e tratamento, contextualizar e humanizar o atendimento”, ressalta Lúcia. Ainda sobre a Gestão de Pessoas, Lúcia considera este elemento fundamental, pois acaba por interferir na organização do trabalho, obtendo mais eficácia e eficiência. “Buscamos promover no cotidiano de cada profissional uma real troca interprofissional a fim de melhorar os resultados obtidos e a qualidade do tratamento de cada pessoa que cuidamos.”
Tecnologia e comunicação Rede Sarah - Centro Brasília
Rede Sarah - Fortaleza
A comunicação acaba por desempenhar um importante papel na gestão e interação dos colaboradores. “Trabalhamos com o conceito de interconsulta, no qual um médico pediatra pode acionar durante sua consulta ortopedistas, radiologistas, fisioterapeutas, psicólogos, enfim, toda a equipe. Desenvolvemos também um prontuário informatizado, no qual se pode ver, em qualquer das 10 unidades da Rede Sarah, todos os exames, evoluções e
procedimentos realizados ou programados, o que também agiliza a troca de informações.” A Rede também investiu na informatização do sistema de controle de atividades de enfermarias e de ocupação hospitalar com supervisão on line da comissão de infecção em tempo real. O sistema de interação medicamentosa também passou por mudanças. “Agora, a equipe médica passa a ter informação sobre a possibilidade ou não de interação entre os medicamentos no momento em que tenta prescrever algo no prontuário eletrônico.” Sobre os avanços da atenção à reabilitação, Lúcia afirma que este setor cresceu exponencialmente no Brasil nas últimas décadas. “No Brasil, apesar de todas as barreiras ainda existentes, a cada dia mais percebe-se a importância da acessibilidade para o deficiente. Ainda é necessário investir muito em termos de projetos e políticas públicas, mas estamos caminhando.” H
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A Rede Sarah de hospitais de Reabilitação é composta por 10 hospitais, localizados em oito capitais: Brasília, Salvador, Belo Horizonte, Fortaleza, São Luís, Rio de Janeiro, Belém e Macapá. Em 2013, foram atendidos 1.593.385 pacientes, realizando 19.164.345 procedimentos. Também no ano passado, a rede otimizou e modernizou toda a estrutura de gestão com significativa redução de custos e aumento de produtividade, da resolutividade e da qualidade do atendimento.
No Brasil, apesar de todas as barreiras ainda existentes, a cada dia mais percebe-se a importância da acessibilidade para o deficiente. Ainda é necessário investir muito em termos de projetos e políticas públicas, mas estamos caminhando.
Lúcia Willadino Braga, Presidente e Diretora Executiva da Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação
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Artigo | Fernando
Vogt
Fernando Vogt
Como a TI pode ajudar na prevenção de doenças crônicas
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m dos maiores desafios da saúde brasileira e mundial é, sem dúvida, a prevenção de doenças crônicas. No Brasil, estima-se que mais de 70% das causas de mortes e 60% de todo o ônus do Governo decorrem dessas doenças. Para o ano 2020, a previsão é de que diabetes, hipertensão, etc, sejam responsáveis por 80% da carga de doença nos países em desenvolvimento. No Brasil, atualmente a prioridade são os equipamentos médicos, porém já começamos a perceber uma pequena mudança. Algumas instituições de saúde já começaram a investir em sistemas de TI que podem ser usados para promover uma gestão da saúde contribuindo para um monitoramento e controle de doenças crônicas, atuando de maneira fundamental na prevenção desses casos, proporcionando um maior controle da evolução da doença e uma qualidade de vida melhor ao paciente. Hoje, os recursos trazidos pela TI podem viabilizar o conceito chamado Saúde Conectada, que consiste na possibilidade de compartilhar informações clínicas dos pacientes, formando um grande repositório de dados que permite traçar um panorama do perfil da saúde de uma comunidade, possibilitando uma melhor gestão da 38
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Diretor de Vendas para área da saúde da InterSystems
saúde do paciente. Com a Saúde Conectada, equipes médicas podem acessar de forma fácil informações clínicas dos pacientes, consultando, por exemplo, detalhes sobre seu histórico de saúde que podem apontar uma tendência a desenvolver doenças crônicas. Com esses dados em mãos pode-se ter um controle maior e mais preciso do cenário da saúde de um bairro, cidade, estado ou país, sendo possível também acompanhar a evolução do quadro clínico dos pacientes, o que faz com que ações possam ser criadas com mais rapidez, precisão e embasamento. Mas tudo isso exige tecnologias inovadoras e capazes de coletar, integrar e interoperar dados clínicos, possibilitando análises de informações em tempo real; identificar pacientes que precisam de mais acompanhamento; definir as métricas para analisar os dados de saúde da população, as tendências e os custos; calcular, relatar e melhorar o desempenho das principais medidas preventivas. O mercado brasileiro já dispõe dessas tecnologias. O que precisamos agora é a conscientização para seus benefícios e o investimento em novos projetos que realmente transformem o modo com que a prevenção de doenças crônicas é feita. H
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Ideias e Tendências
Atenção primária Por que poucos profissionais se dedicam a este segmento?
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O número de estudantes de medicina que optam pela atenção primária vem decrescendo constantemente. Analisando este cenário nos Estados Unidos, Matthew Mintz, professor da George Washington University Medical Center, acredita que diversos fatores são responsáveis por esta tendência. A dívida dos estudantes é uma das causas. Segundo Mintz, esse montante pode chegar a US$ 200 mil em instituições privadas, como é o caso da própria universidade em que atua. Há também a discrepante renda entre profissionais de outras especialidades e aqueles da atenção primária. Contudo, o fator mais relevante para Mintz é a prática de muitos profissionais deste setor. “Acredito que esta razão exerce maior influência. Isso porque nosso sistema atual de saúde não reembolsa devidamente os atendimentos
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ambulatoriais. Os médicos acompanham muitos pacientes em um curto prazo de tempo. Geralmente, um médico tem 2500 pacientes, atendendo de 25 a 30 casos por dia, o que é totalmente inadequado.” Soma-se a este quadro o fato de que nos Estados Unidos não há um sistema universal de saúde. “Além disso, as empresas de seguro exigem muitos custos, o que faz da atenção primária ser
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menos atrativa ainda.” A redução da dívida pode ser uma alternativa para mudar este cenário, mas a principal solução seria mudar o sistema de reembolso. “Os serviços dos profissionais de atenção primária devem ser valorizados. Novas legislações americanas até estão propondo isso, contudo estas estão longe de ser implementadas.” Estudos realizados nos Estados Unidos
mostraram que os estudantes tiveram uma grande experiência ao atuar em diferentes setores da atenção primária. Contudo, isso acontece, na maioria dos casos, em grandes instituições. “O que podemos fazer é expor os alunos aos diferentes modelos de atenção primária, proporcionando a eles diferentes meios de trabalho.” A falta de profissionais na atenção primária acaba sendo um problema para a gestão do hospital, pois pacientes que não podem ser atendidos em clínicas serão transferidos para as alas de emergência. “Isso traz uma grande responsabilidade para a instituição ao prestar esses cuidados, uma vez que o hospital poderia obter custos mais rentáveis oferecidos por este profissional, que está escasso no mercado.” O professor acredita que, no futuro, médicos para a atenção primária deverão compreender que o financiamento da saúde e as políticas públicas impactam drasticamente o modo que eles cuidam dos pacientes. “Com o foco de melhorar a qualidade e a segurança e baixar os
custos, os futuros profissionais precisarão entender sobre cuidados individualizados e apostar na qualidade do atendimento.” Ainda sobre este relacionamento entre médico e paciente, Mintz acredita que está havendo uma mudança de comportamento e um dos fatores propulsores é a internet. “Se antes os médicos tinham acesso exclusivo às informações, agora os pacientes, às vezes, sabem mais do que os médicos. Atualmente, o maior valor não está no conhecimento dos pro-
fissionais, mas na habilidade de descobrir uma informação de qualidade e aplicá-la em seus pacientes.” O dinheiro também é outro elemento que vem influenciando no relacionamento médico x paciente. “Pacientes começarão a evitar uma consulta ou comprar determinados medicamentos porque eles estão cientes de que não poderão pagar por aquilo. Além disso, acredito que alguns aspectos envolvendo negócio na saúde acabaram por estremecer esta relação.” H
Matthew Mintz, professor da George Washington University Medical Center, dos Estados Unidos HEALTHCARE Management 31
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Artigo Djalma
Luiz Rodrigues
Djalma Luiz Rodrigues
Porque Telemedicina é a bola da vez
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ão é à toa que o conceito de Telemedicina esteja hoje tão em pauta. Diante de cenários complexos, marcados por orçamentos escassos, distâncias continentais, carência de profissionais, a comunidade da saúde enxerga uma luz para melhorar a oferta de serviços relacionados aos cuidados e à assistência aos pacientes. Se o advento da tecnologia da informação mudou tantos paradigmas em diferentes áreas de atuação, do campo do conhecimento ao dos negócios, por que não revolucionar também a saúde? Usando as tecnologias de informação e de comunicação para o intercâmbio de informações, os profissionais de saúde contam com uma arma poderosa para ofertar seus serviços, podendo melhorar as condições de pesquisa e produção nos laboratórios, reduzir risco de doenças e outros agravos, assim como ampliar a recuperação dos pacientes. Além dos benefícios mais óbvios, os recursos de telemedicina ajudam ainda na educação continuada de profissionais de saúde, bem como facilitam a própria gestão da saúde. Sempre visando o bem-estar e a saúde das pessoas e de suas comunidades. No âmbito dos equipamentos médicos, fabricantes de ponta em muitos países, inclusive aqui no Brasil onde algumas in-
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Diretor Executivo da Fanem
dústrias apostam sempre em inovação, já há um nítido engajamento aos conceitos de eHealth e Telemedicina. Muitos produtos estão surgindo com estas características, empregando tecnologia brasileira de qualidade e de primeiro mundo. Reforçando a oferta de equipamentos avançados, com recursos eletrônicos embarcados, a indústria nacional tem condições e vem equiparando-se a poucos players internacionais que já dispõem de soluções com este tipo de tecnologia. Venho participando ativamente deste momento da indústria que é, na verdade, a oportunidade de contribuir para uma nova era do atendimento em saúde. Em nossa empresa de equipamentos para neonatologia e laboratórios estamos trabalhando intensamente na integração das tecnologias de telemetria, monitoramento, transmissão e gerenciamento de informações. Nos equipamentos para laboratórios, por exemplo, estabelecemos controles em variáveis como temperatura e umidade para monitoramento remoto e registro de informações. A mesma tecnologia que envolve ainda acesso remoto, internet e armazenamento em nuvem, será em breve utilizada em outras linhas de nossos produtos, até que todos os equipamentos que fabricarmos sejam controlados e monitorados remotamente.
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Este tipo de recurso permite, inclusive, reduzir custos já que a manutenção pode vir a ser executada à distância, evitando o deslocamento de pessoas e ganhando tempo. Em um exemplo recente, no Hospital da Clinicas em Botucatu (SP), monitoramos seis equipamentos da cadeia de frio e um deles apresentou um desvio de segurança, automaticamente detectado pelo sistema. Com uma intervenção imediata da manutenção o caso foi rapidamente solucionado, evitando possíveis perdas de insumos primordiais para manter o serviço de saúde prestado à população. Este caso ilustra bem como as inovações devem sempre estar volta-
das para solução dos clientes, procurando a sua satisfação e fidelização através da telemedicina. Enfim, este é um momento em que o engajamento e o esforço de todos os participantes da cadeia da saúde podem ser decisivos para elevar a qualidade e democratizar o cuidado aos doentes e a cura de patologias em escala. Dos governos esperamos, principalmente, que ousem em suas políticas e, sobretudo, valorizem e favoreçam a inovação da indústria na hora de comprar equipamentos para os hospitais públicos. É a hora de decidir pela qualidade da saúde e não apenas pelo preço. H
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Sustentabilidade
Conscientização A importância do engajamento de diretores para obter a sustentabilidade da instituição
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Mais do que se preocupar apenas com os problemas ambientais, as atuais estratégias de grandes instituições visam todo o impacto do sistema de saúde no local em que atua. Essa visão global fez com que o Sistema de Saúde Mãe de Deus implantasse diversas estratégias para que tanto o ambiente, quanto a comunidade, sintam os benefícios da atuação da instituição. Algumas medidas como o convênio para a reciclagem de resíduos, a opção por radiologia digital para reduzir a geração de filmes radiológicos, a autoclavagem de resíduos infectantes e a troca do sistema de caldeira óleo por gás já foram implantados pela instituição. Para Dr. Sérgio Ruffini, Consultor de Qualidade e Acreditação do Sistema de Saúde Mãe de Deus, a grande dificuldade que emperra medidas sustentáveis deve-se à falta de esclarecimento por parte dos diretores. “Muitos gestores não priorizam a sustentabilidade por achar irrelevante ou por ‘não querer gastar dinheiro’”. Ou seja, tais medidas acabam encontrando dificuldades ou por total falta de competência para gerir este tipo de serviço, ou por questões financeiras”, afirma. Por isso a importância de capacitar os dirigentes, além de aumentar o rigor da fiscalização e, conforme afirma Ruffini, “não sermos tolerantes com estas situações de desobediência”. “Nós temos, no segmento da saúde, re-
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gras e normativas muito rígidas em relação à questão ambiental. A RDC 306, por exemplo, através do Programa de Gerenciamento em Resíduos de Serviços em Saúde (PGRSS), faz com que tenhamos muita segurança em relação ao processo de geração, segregação, tratamento e destino final correto dos resíduos hospitalares”, salienta o consultor. São várias medidas que impõe normas de sustentabilidade a uma instituição de saúde. E este elemento está intrínseco ao processo de acreditação de um hospital, englobando esferas ambientais, sociais e econômicas. Vale destacar medidas como o uso racional de recursos,
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o atendimento ao marco regulatório, a atuação conforme práticas definidas pelas estruturas governamentais e a competência/responsabilidade no gerenciamento dos recursos financeiros públicos que são determinantes para o sucesso do negócio. “Tudo isso acaba por refletir na responsabilidade social, no sentido de garantir a nossa responsabilidade perante os produtos e serviços que oferecemos para a sociedade. Com isso, o certificado de acreditação demonstra, através da avaliação externa dos nossos processos e dos resultados gerados, que efetivamente somos capazes de ofertar qualidade e segurança à população”, avalia.
Qualidade sustentável O Sistema Mãe de Deus, em parceria com o município de Canoas (RS), conseguiu, diante de rigorosas práticas, trazer o reconhecimento de qualidade para a UPA do bairro de Rio Branco. Com isso, a unidade, que conquistou o título máximo concedido pela Organização Nacional de Acreditação, o ONA Nível III, passa a ser a única do Sul do Brasil e terceira do País com essa certificação. Para o secretário da Saúde de Canoas, Marcelo Bósio, este reconhecimento reflete a qualidade de implantação dos serviços. “A conquista é fruto do trabalho entre Município e o Sistema de Saúde Mãe de Deus”, comenta Bósio. Conforme explica Ruffini, este caso é bem
visa apenas o aumento do número de atendimentos, mas sim a qualidade da assistência. “Conseguimos efetivar a nossa atuação junto ao sistema público de forma eficiente e eficaz, fortalecendo a missão da congregação, sustentando o atendimento ao requisito legal da filantropia, salientando o aspecto qualitativo e não apenas o quantitativo.” H
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singular. “Todas as práticas definidas pelo Sistema de Saúde Mãe de Deus foram integralmente implantadas, o que inclui ferramentas e práticas relacionadas a segurança, gestão de risco e gerenciamento da unidade. Em um período de tempo relativamente curto, o resultado foi obtido.” Ruffini salienta que todo o processo não
Foto: Carolina Englert
Ao mesmo tempo em que devemos capacitar os dirigentes, devemos aumentar o rigor da fiscalização e não sermos tolerantes com situações de desobediência.
Sérgio Ruffini, Consultor de Qualidade e Acreditação do Sistema de Saúde Mãe de Deus
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Artigo | José
Gomes Temporão
Saúde: Um processo em construção
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saúde em nosso País permanece como campo prioritário de análise e estimula acirradas polêmicas. Em sua dimensão humana básica e essencial, ocupa editoriais da grande imprensa, permeia discussões nas redes sociais e preocupa famílias e cidadãos. A questão da sustentabilidade dos sistemas de saúde e o debate em torno das políticas de saúde estão presentes em todos os países, contrapondo modelos baseados em sistemas universais àqueles fundamentados em segmentações e exclusões do ponto de vista da oferta e do acesso. Por detrás desse processo encontramos os complexos processos de transição que afetam os sistemas de saúde e impactam seus custos: as transições epidemiológica, demográfica, alimentar, tecnológica e cultural. Nos países em desenvolvimento o impacto dessas transformações revela específicidades que demandam distintas estratégias para o seu enfrentamento. O rápido envelhecimento da população com a redução da mortalidade geral e da taxa de fertilidade das mulheres se expressa no predomínio das doenças crônico-degenerativas como as principais causas de morte e de adoecer da população. A associação desse processo à intensiva urbanização e modernização da vida nas grandes cidades traz o sedentarismo progressivo com as novas formas de entretenimento (TV, jogos eletrônicos, internet) e as crianças, expulsas do espaço público pela violência, são as principais vítimas desse processo. Esse complexo processo está conectado às mudanças na organização dos sistemas de saúde e na capacidade de cada País de desenvolver e produzir as tecnologias adequadas ao
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José Gomes Temporão Ex-ministro da saúde
enfrentamento desse novo perfil de carga de doença. A estruturação de uma estratégia nacional voltada para o campo da pesquisa, do desenvolvimento tecnológico e da redução da dependência externa no campo do domínio das novas tecnologias médicas passa a ter um papel central dentro das políticas de saúde. Por fim, aspectos que compõe o campo cultural e das ideologias também impactam os modernos sistemas de saúde. Pacientes cada vez mais com acesso a informações variadas sobre saúde se transformam em consumidores vorazes de métodos, técnicas e produtos colocados no mercado. Não necessariamente para atender direitos ou necessidades, muitas vezes para atender desejos. Questões polêmicas como o processo de judicialização da saúde e da influência das estratégias mercadológicas das indústrias da saúde sobre os prescritores impactam práticas, custos e o desempenho dos sistemas de saúde em todo o mundo São muitos os desafios: a conquista da sustentabilidade econômico-financeira, a busca de mais eficiência e qualidade e a implantação de políticas intersetoriais e transversais que impactem os determinantes sociais da saúde. Temos um longo caminho a percorrer e precisamos compreender essa construção como um processo político que vai atravessar gerações. Um processo político-ideológico de construção de uma nova consciência em que possamos compreender, enquanto nação, o valor dos sistemas universais, como patrimônio do povo e política insubstituível de conquista de cidadania e de redução de desigualdades. H
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Uma história de todos Modelo de gestão participativa marca a longa trajetória da Santa Casa de Mogi Mirim
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Com um quadro de 610 funcionários, um corpo clínico de 140 médicos, sendo mais de 25 profissionais atendendo em especialidades, a Santa Casa de Mogi Mirim, em São Paulo, comemora 147 anos de sua fundação neste ano. Formada como instituição filantrópica, o hospital norteia a sua gestão apoiado em valores como respeito, comprometimento, qualidade e capacitação. Com serviços em especialidades como cardiologia, endocrinologia, gastroente-
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rologia, geriatria, ginecologia e obstetrícia, hematologia, entre outras, o hospital também oferece atendimentos em alta complexidade em UTI Neonatal, UTI Adulto, Nefrologia e Neurologia. Segundo o Prove-
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dor da instituição, Dilson W. Guarnieri, as contínuas necessidades financeiras e as limitações quando se trata de investimentos são alguns dos principais desafios da gestão. “Estamos sempre adaptando as neces-
sidades atuais de acordo com os nossos princípios administrativos”, diz. Neste ano, além de buscar o equilíbrio financeiro, Guarnieri destaca também os esforços para consolidar o modelo de gestão participativa, concluir as obras no Serviço de Nutrição e Dietética, além da ampliação da UTI Adulto, adequação do Parque Tecnológico das unidades de diagnóstico por imagem, UTI Adulto e Neonatal, além do centro cirúrgico. Para enfrentar as dificuldades, o hospital aposta no apoio da população como um importante meio de ajuda. “Além disso, a nossa preocupação com o desenvolvimento contínuo de nosso capital intelectual torna a Santa Casa uma referência em nosso Estado”, afirma. Ainda de acordo com provedor, outra fonte de força na busca pela estabilidade são as recordações de toda a história da entidade centenária. “Pensar em toda a história e relembrar todos aqueles que fizeram parte da instituição é o que nos motiva a perpetuar o nosso trabalho”, afirma.
Mensalmente, a instituição realiza 515 cirurgias por mês, distribuídas entre as especialidades de cirurgia geral, colonoscopia, endoscopia, ginecologia, neurologia, obstetrícia, oftalmologia, ortopedia, urologia, entre outras. Deste número, cerca de 55% das operações são feitas pelo SUS e 20% delas são eletivas. Com 8.407 m² de área construída, o hospital conta com setores de clínica médica e cirúrgica, maternidade, pediatria, UTI Neonatal, UTI Adulto e nefrologia. Em média, são realizadas cerca de 630 internações por mês. Entre as aquisições recentes estão o Laboratório de Análises Clínicas e o Centro de Diagnóstico por Imagem.
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Terceirizações Buscando oferecer excelência em todos os seus setores, o hospital conta com serviços de apoio na gestão, como a limpeza. Entre as contribuições deste tipo de contratação para a entidade, Guarnieri destaca a qualidade dos serviços prestados, além da disponibilidade das empresas em fornecer equipamentos próprios. Além da qualidade na limpeza, ele afirma que outros setores também são beneficiados pela terceirização. “Indicadores da nossa pesquisa de satisfação com nossos clientes mostra uma notória diferença da avaliação antes e depois da contratação do serviço”. H
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São 147 anos de muitas memórias, vencendo todos os tipos de dificuldades e desafios para oferecer um atendimento de qualidade. Contudo, ainda há muito trabalho para ser feito. Isso faz com que os nossos esforços sejam renovados a cada dia, na certeza de que cumprimos o nosso dever.
Dilson W. Guarnieri, Provedor da Santa Casa de Mogi Mirim
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Melhoria contínua Com 106 anos, Hospital Santa Cruz (RS) constrói sua história baseada na busca pelo melhor atendimento
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Credenciado como unidade de assistência em alta complexidade cardiovascular e certificado como Hospital de Ensino, o Hospital Santa Cruz (HSC) completou 106 anos em maio de 2014. Entre as preocupações da instituição gaúcha estão a busca permanente pela manutenção e melhoria da estrutura física, dos processos de trabalho e, principalmente, da qualificação de seus profissionais. Atendendo pacientes do município de Santa Cruz do Sul e de toda a região do Vale do Rio Pardo, o hospital tem como principal meta a prestação de serviços de assistência à saúde da comunidade nos níveis integral, preventivo e curativo. Para isso, são desenvolvidas atividades socioassistenciais de proteção social básica e colaboração na elaboração de programas de saúde e educação sanitária. Segundo o Diretor Geral do hospital, Vilmar Thomé, a entidade filantrópica tem como principal missão proporcionar o atendimento humanizado e de excelência. “Para isso, buscamos promover a qualidade de vida e a geração do conhecimento técnico-científico”, afirma.
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Investimento em qualidade
Apoio
Ainda de acordo com Thomé, os desafios na manutenção de uma instituição sem fins lucrativos são muitos. Mesmo assim, o hospital sempre busca investir na qualidade de seus equipamentos cirúrgicos, visando seu constante aprimoramento. “Preocupamos em estar sempre atualizados no desenvolvimento tecnológico, com o intuito de proporcionar, cada vez mais, segurança aos nossos pacientes”, diz. A instituição também investe constantemente no aprimoramento das pessoas, funcionários, corpo clínico e comunidade acadêmica. Além disso, o HSC também busca a melhoria de seus processos de trabalho, além da contínua consolidação como hospital de ensino. Ainda neste plano estão incluídos avanços na estrutura física, sustentabilidade financeira, marketing e relações institucionais.
Com 234 leitos e referência nos setores de partos de alto risco, traumatologia, ortopedia e cardiologia, Thomé afirma que as terceirizações são essenciais para o bom funcionamento de toda esta estrutura. “Para isso temos o entendimento da necessidade da terceirização de alta qualidade e resolutividade, pois não podemos pensar em hospital sem estes serviços”, afirma. De acordo com o diretor, os serviços seguem normas institucionais previstas em contrato e passam por vistorias rotineiras. “Isso faz com que os prestadores não percam a qualidade e busquem constantemente a modernização e adequação de acordo com a legislação vigente”, diz. H
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A necessidade da construção de um hospital para atender as exigências da população de Santa Cruz do Sul (RS) durante o processo de colonização alemã motivou o Padre Francisco Suzen a iniciar uma campanha para arrecadação de donativos, material e mão de obra voluntária. Após a ação, o projeto para a obra de construção do hospital foi iniciado, porém problemas financeiros interromperam o processo que só foi retomado após a chegada das irmãs franciscanas. Em 1893, iniciam-se os debates com a comunidade e as irmãs decidem doar um terreno de sua propriedade, desde que os profissionais da saúde ficassem responsáveis pela manutenção da instituição. Ainda no acordo, a sociedade civil teria o objetivo de cuidar da edificação do estabelecimento.
A construção de fato começa em 1905 e, em meio a diversas dificuldades, é concluída apenas em novembro de 1907. Os atendimentos são iniciados em 22 de maio de 1908, com o alemão Heinz Von Ortenberg como médico chefe da casa de saúde. Responsável pelo hospital em Santa Cruz, mas alternando os atendimentos com a participação em duas guerras mundiais, Ortenberg trouxe o caráter humanista ao hospital. Na ocasião, toda a população mais humilde era atendida por ele e sua equipe. Entre as décadas de 70 e 90, a instituição amplia sua estrutura e inaugura novos serviços. Em 2003, a nova fase do hospital tem início após a instituição ser comprada pela Associação Pró-Ensino. A operação dá continuidade ao atendimento das demandas da comunidade do Vale do Rio Pardo na área da saúde.
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A história
Buscamos promover a qualidade de vida e a geração do conhecimento técnico-científico.
Vilmar Thomé, Diretor Geral do Hospital Santa Cruz
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Planejar para Melhorar Destaque na região norte de Minas Gerais, hospital aposta em gestão humanizada para a manutenção da qualidade
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Planejamento, gestão humanizada e constantes melhorias na estrutura física são alguns dos fatores que garantem o sucesso da Santa Casa de Montes Claros. Fundada em 1817 como maternidade, o hospital, localizado no norte de Minas Gerais, completou 142 anos superando inúmeros desafios por meio do empenho de seus colaboradores. Atualmente, a entidade realiza mais de 100 mil procedimentos mensais e conta com reconhecimentos importantes, como as acreditações. De acordo com o Superintendente da insti-
tuição, Maurício Sérgio Sousa e Silva, a modernização tecnológica, aperfeiçoamento em assistência humana e profissionalização garantiram o reconhecimento como uma das principais instituições do País. “O hospital nunca mediu esforços para buscar recursos
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e investimentos na ampliação das estruturas física e humana através de aquisição de equipamentos modernos e capacitação tecnológica dos seus profissionais”, diz. Na vanguarda dos cenários estadual e nacional em gestão hospitalar, a Santa Casa
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investe em constantes avanços nos processos gerenciais e integração entre os diversos setores da instituição. De acordo com o superintendente, a grandeza da instituição exige cada vez mais processos de gestão profissional empreendedora, potencializando a capacidade e respondendo às necessidades dos pacientes. Um dos exemplos citados por Silva é o atual projeto de construção do Hospital Regional Montes Claros (Hospital do Trauma). “A estrutura será inovadora, dotada de recursos de automação e processos otimizados em áreas como sustentabilidade e logística”, afirma. Silva aposta que o desenvolvimento da nova unidade, especializada em urgência e emergência, será um marco do desenvolvimento da instituição. “A população contará com uma estrutura capaz de atuar em vários níveis de complexidade, ampliando e fortalecendo ainda mais o atendimento realizado”, diz. Outro investimento que está no foco da administração é na área de recursos humanos, visando oferecer melhorias nas condições de trabalho na instituição. Entre as ações previstas estão progressos na capacitação profissional, investindo em ensino e pesquisa, realização de eventos científicos e de programas de residência médica. O trabalho tem o objetivo de valorizar e estimular o desenvolvimento técnico-científico dos funcionários do hospital. “A humanização do atendimento à saúde e o incentivo à educação e pesquisa são os lemas que norteiam as atividades desenvolvidas, repletas de realizações e conquistas”, afirma. Atualmente, o número de colaboradores da instituição é de 1.800, sendo mais de 400 médicos que compõem o corpo clínico, além dos demais, que se dedicam ao assistencial e administrativo da instituição. “Temos 339 leitos, sendo 80% destes destinados ao atendimento pelo SUS contemplando uma população regional de mais de 2 milhões de habitantes”, salienta.
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Equipamentos Cirúrgicos Com um total de 11 salas cirúrgicas gerais e quatro salas em seu bloco obstétrico, equipadas com um parque tecnológico de alta qualidade, o hospital investe constantemente na manutenção de seus equipamentos, todos de marcas e modelos de referência entre as instituições de saúde. De acordo com Silva, tanto os equipamentos de apoio, como os de monitorização, foram recentemente renovados, oferecendo mais segurança à equipe na realização dos procedimentos. “Desenvolvemos manutenções preventivas constantes por meio do setor de Engenharia Clínica para garantir o funcionamento pleno e contínuo”, diz. Entre os serviços prestados pela Comissão de Padronização de Materiais Hospitalares está a aplicação de demonstração mínima de 30 dias. Após essa rotina, um laudo de avaliação é emitido por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, além da área tecnológica. Semestralmente, a instituição pratica a avaliação de fornecedores. Assim, as equipes avaliam produtos e serviços, garantindo a qualidade do parque instalado não só para produtos cirúrgicos, como também para os demais produtos do hospital. H
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“Terceirizações colaboram para a produção” “A parceria com empresas terceirizadas é essencial para que o processo seja produtivo, obtendo uma oferta qualificada do serviço principal do hospital: soluções em saúde.” Assim afirma o superintendente sobre a importância das terceirizações. Silva ainda diz que todos os contratos são feitos seguindo a necessidade constatada no hospital. “O grande aumento na demanda nos fez contratar o serviço de lavanderia, o qual tem apresentado grandes vantagens em relação à redução de custos, qualidade e possibilidade de reorientação das ações por intermédio de uma empresa focada e pronta para o atendimento do hospital neste quesito”, afirma. Outra vantagem apontada pelo superintendente é a redução de demandas burocráticas, permitindo um maior foco no desenvolvimento geral da equipe destinada ao atendimento, ajudando nas melhorias contínuas da instituição. Mesmo apoiando o modelo, ele afirma que a prática é destinada apenas para o suporte, como lavanderia, segurança e controles de acesso, deixando uma importante margem de investimentos em serviços próprios, especialmente em Tecnologia da Informação. “Assim podemos oferecer aos nossos parceiros uma melhor manutenção em suas condições de trabalho, visando a qualidade do atendimento e segurança do paciente”, afirma.
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O hospital nunca mediu esforços para buscar recursos e investimentos na ampliação das estruturas física e humana através de aquisição de equipamentos modernos e capacitação tecnológica dos seus profissionais.
Maurício Sérgio Sousa e Silva, Superintendente da Santa Casa de Montes Claros
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Comprometimento 105 anos de assistência à saúde para a região de Blumenau, em Santa Catarina
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Foto: Godo Vídeo Produções
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O Hospital Santa Isabel, em Blumenau (SC), é outro exemplo de instituição que já atua há mais de um século no País. Há exatos 105 anos, sua história começa com a vinda das primeiras irmãs da Divina Providência ao Brasil, em 1895. Durante os primeiros anos, praticou-se a enfermagem ambulante em toda a região. E assim o hospital cresceu com o apoio do corpo clínico e colaboradores comprometidos com uma única missão: oferecer atendimento de qualidade aos pacientes. “Para nós que trabalhamos hoje nesta instituição é gratificante olhar para o passado, ver e sentir o quanto evoluímos. A história mostra o quanto o hospital fez e ainda faz por toda a comunidade de Blumenau, Santa Catarina e até mesmo ao Brasil, principalmente na área de transplantes hepáticos”, afirma a Irmã Analuzia Schmitz, Diretora Geral. Desde o começo, o hospital traz como filosofia uma gestão preocupada em proporcionar o melhor possível. Para tanto, os principais pilares são uma comunidade interessada e partícipe, administração voltada continuamente ao futuro e profissionais preocupados em apreender e oferecer o melhor. “Excluem-se preocupações com questões econômicas individualizadas e valorizam-se o conforto, o carinho e a tecnologia aos que buscam acolhimento”, salienta Walter Roque Teixeira, Diretor Clínico. A qualificação e comprometimento de colaboradores, corpo clínico e parceiros são peças fundamentais para a visão promissora da gestão.
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Atualmente, o hospital vem colhendo bons frutos devido à implantação de um ERP que abrange todas as áreas da instituição e que oferece informações gerenciais confiáveis para as tomadas de decisão em todos os níveis da gestão. “Vale destacar também a participação da comunidade através da AMABEL (Amigos do Santa Isabel) com o objetivo de angariar recursos para obras de reformas e ampliações. Este é um modelo de gestão para se destacar, pois trata-se de trazer a comunidade para dentro da gestão”, explica Juliano Petters, Diretor Administrativo. Para evitar desperdícios, o hospital con-
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O planejamento estratégico da instituição traça novas perspectivas para os próximos quatro anos. Todas as metas visam o reconhecimento do hospital por sua qualidade e resolutividade dos serviços prestados, alicerçado em sustentabilidade e comprometimento dos profissionais.
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ta com a Central de Materiais e Esterilização que avalia os produtos quanto à sua validade. Além disso, verifica-se, juntamente com o corpo clínico, o bom uso desses materiais para manutenção de sua qualidade e, consequentemente, o aumento da vida útil. “O reprocessamento também é feito e descartam-se aqueles que não podem ser reprocessados”, comenta Rodrigo Duarte Perez, Diretor-técnico. Como em outras áreas do mercado, no hospital não seria diferente a necessidade de buscar a terceirização de alguns serviços. “Desde que planejada,
com a segurança”, avalia Maria Luiza Sônego, Diretora de Hotelaria Hospitalar. Além do maior foco no core business, a diretora salienta que a falta de mão de obra especializada em algumas áreas obriga o hospital a optar pela terceirização e, assim, poder dar continuidade aos serviços. H
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bem monitorada e bem executada, a terceirização é ponto importante e em alguns momentos necessária dentro de uma instituição de saúde. Ter a certeza que o serviço será prestado com qualidade nos dá a tranquilidade de que vamos manter o nosso objetivo de atender o paciente
Vale destacar também a participação da comunidade através da AMABEL (Amigos do Santa Isabel) com o objetivo de angariar recursos para obras de reformas e ampliações. Este é um modelo de gestão para se destacar, pois trata-se de trazer a comunidade para dentro da gestão.
Juliano Petters, Diretor Administrativo do Hospital Santa Isabel
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Uma longa trajetória de sucesso Profissionalização da gestão coloca instituição de Maceió como referência para todo o País Fachada Histórica
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Com quase 163 anos de história, a Santa Casa de Maceió garantiu um salto de qualidade em sua gestão por meio de um apurado planejamento estratégico. Entre as importantes mudanças implantadas estão a adoção de uma administração moderna, descentralizando decisões, e a construção de metas a cada três anos e avaliações destas anualmente. De acordo com Humberto Gomes de Melo, Provedor da Santa Casa de Maceió, durante os últimos seis anos, a administração da instituição percebeu que poderia melhorar a qualidade da assistência prestada, iniciando, assim, a busca pela acreditação por meio da contratação da consultoria de uma empresa especializada. “Em dois anos conseguimos a acreditação plena da ONA e iniciamos o processo de acreditação internacional. Hoje temos também a acreditação de excelência”, diz. Melo ainda conta que o hospital possui atualmente cerca de 2.300 colaboradores e mais de 450 médicos que fazem parte da equipe como autônomos. Com a modernização da administração, a instituição consegue garantir que todos os processos sejam conduzidos com a máxima responsabilidade dos que estão à frente dos serviços.
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Na busca constante por aprimoramento, a Santa Casa também investe na modernização de seu parque tecnológico. Entre as aquisições recentes estão um microscópio cirúrgico, nove carros de anestesia, 29 monitores multiparamétricos, oito bisturis elétricos, um bisturi ultrassônico, dois arcos cirúrgicos, além da substituição das bombas de infusão por modelos de última geração, todos adquiridos nos últimos dois anos. “Isso é a prova de nossa alta qualidade em equipamentos de marcas confiáveis e completos em suas configurações. Esses investimentos garantem a confiabilidade e a funcionalidade que as equipes precisam para oferecer a máxima segurança aos
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Emergência
Hospital Nossa Senhora da Guia Unidade Materno-infantil SUS da Santa Casa de Maceió
Santa Casa de Maceió - Unidade Farol
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pacientes.” Entre as metas para 2014 estão a aquisição de um acelerador linear para o serviço de radioterapia, um equipamento de hemodinâmica, um microscópio cirúrgico para a neurologia, um SPECT-CT e um PET-CT para a medicina nuclear. Outro objetivo é a instalação de centrais de monitorização de sinais vitais nas UTI’s. No que diz respeito aos serviços terceirizados, Melo é incisivo ao dizer que existem dificuldades na adaptação inicial, mas acredita que o modelo contribui na manutenção financeira da instituição e na qualidade dos atendimentos prestados. “Eles possuem mais know-how em questões específicas e contribuem para que o hospital mantenha o foco em seu core business”, diz. H
É um orgulho para nós estarmos comemorando esses 163 anos com crescimentos e boas perspectivas. Somos a empresa, hoje, que talvez mais empregue no Estado de Alagoas. Nesses 11 anos que estamos à frente da provedoria da Santa Casa geramos mais de 100 novos empregos a cada ano, isso é motivo de muita satisfação.
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Humberto Gomes de Melo, Provedor da Santa Casa de Maceió
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Longevidade Dedicação de colaboradores e sociedade garante sucesso de hospital há 102 anos
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Acreditando que a filantropia é um dos fatores mantenedores da longevidade de uma instituição, a Santa Casa de Misericórdia São Vicente de Paulo (MG) comemora seus 102 anos em 2014. Outras importantes contribuições para que toda essa história fosse alcançada com sucesso estão a dedicação dos colaboradores, diretores e parceiros que por meio de suas ações colaboram com as boas práticas de gestão. Na busca constante pelo aperfeiçoamento e transformando a instituição em referência regional em diversos serviços na assistência à saúde, a gestão passou por modernizações nos últimos 10 anos. Até 2018, o objetivo da entidade é estar entre os cinco melhores hospitais da Região Oeste de Minas Gerais. De acordo com Anataniel Reis Oliveira, Diretor Administrativo da instituição, a mis-
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são organizacional do hospital é oferecer um atendimento com qualidade ética e humanizada. “Nossos valores são os atendimentos prestados sem distinção de qualquer natureza, com respeito ao próximo e buscando sempre cuidar das pessoas”, afirma. Em relação às metas para este ano, Oliveira destaca o início do funcionamento da UTI Neonatal, com 10 leitos, e a aquisição de um novo to-
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mógrafo. Outro objetivo é o término do projeto de reforma interna das instalações e a aprovação de novos projetos de ampliação de setores como lavanderia, serviço de nutrição e dietética, central de esterilização e centro de diagnóstico. Outra preocupação constante da instituição está no oferecimento de tecnologias adequadas, principalmente em seus centros cirúrgicos. De acordo com
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Anataniel Reis Oliveira, Diretor Administrativo da Santa Casa de Misericórdia São Vicente de Paulo
Dados Com corpo clínico especializado, serviços de CTI adulto, nefrologia, cirurgia, maternidade, pediatria, tomografia, ultrassom, endoscopia e raio x, entre outros, o hospital atende a toda a população de Campo Belo (MG) e região, contemplando uma população superior a 217 mil habitantes. De todos os atendimentos prestados, cerca de 70% acontecem pelo SUS. H
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Oliveira, os principais equipamentos do hospital foram adquiridos há pouco mais de três anos, porém, atualmente, estão em processo de troca os aparelhos de raio x e tomografia.
Nossos valores são os atendimentos prestados sem distinção de qualquer natureza, com respeito ao próximo, buscamos sempre cuidar das pessoas.
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Profissionaliza巽達o da gest達o Santa Casa em Minas Gerais na contram達o das dificuldades financeiras
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Referência regional em média e alta complexidade, a Santa Casa de Formiga (MG) chega aos seus 121 anos vencendo as adversidades que muitas instituições vêm vivenciando. O primeiro passo para este sucesso é incentivar uma visão integrada entre os colaboradores. “Criamos uma conscientização de que devemos valorizar o passado e aprender com ele, além de estar focados no futuro da instituição”, explica Fabrini Garcia Leão Vidal, Diretor Assistencial do hospital. O investimento em estrutura e equipamentos tem sido realizado com um somatório de esforços. Contudo, Vidal afirma que esses investimentos somente terão o resultado esperado “se atrelado a ele estivermos investindo nos colaboradores”. E este corpo clínico especializado passa a ser o principal pilar para a qualidade na prestação de serviços. Soma-se a esse fato um planejamento estratégico condizente com as necessidades da instituição. “Além disso, podemos destacar o espírito empreendedor da gestão atual. Cada vez mais, a Santa Casa de Formiga vem implantando um modelo de gestão participativa. Isso contribuiu para melhoria dos processos internos e assistenciais”, ressalta. A diretoria atual implantou um choque na gestão da instituição com a construção de um planejamento estratégico focado em resultados. Com isso, em dois anos foi possível inserir novos serviços como UTI adulto, UTI Neonatal, serviço de hemodinâmica, de medicina cardiovascular e centro de imagem com tomografia compu-
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miga vem investindo maciçamente no seu centro cirúrgico. Houve reforma e ampliação de todo o centro com a construção de quatro novas salas e colocação de sala híbrida de hemodinâmica”, ressalta Vidal. Também consta a aquisição de arco cirúrgico de alta resolução e de equipamentos para as novas salas cirúrgicas e materiais para as cirurgias de alta complexidade. H
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tadorizada de 128 canais e ressonância magnética, dentre outros serviços. Até 2017, a gestão tem como principal meta “ser um referencial de alta resolubilidade em saúde”. O planejamento estratégico prevê obter até lá 95% de satisfação do cliente e faturar, mensalmente, 90% de prontuários dentro da competência e sem glosas. Consta também o mapeamento de todos os processos integrados ainda para o final deste ano. “Apesar das dificuldades financeiras que as Santas Casas vêm vivenciando nos últimos anos, a Santa Casa de For-
Apesar das dificuldades financeiras que as Santas Casas vêm vivenciando nos últimos anos, a Santa Casa de Formiga vem investindo maciçamente no seu centro cirúrgico. Houve reforma e ampliação de todo o centro com a construção de quatro novas salas e colocação de sala híbrida de hemodinâmica.
Fabrini Garcia Leão Vidal, Diretor Assistencial da Santa Casa de Formiga
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Enforcada pelo SUS Santa Casa de São Paulo enfrenta a grave crise ocasionada pelos males do subfinanciamento do Sistema Único de Saúde
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A bela arquitetura da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo tenta esconder a realidade da saúde filantrópica no Brasil: a crise de abastecimento. Com cerca de 3 milhões de atendimentos realizados anualmente em todo o complexo Santa Casa – composto por 39 unidades, a instituição luta dia a dia para vencer os desafios do subfinanciamento do SUS. O sistema tributário injusto e complexo, que precisaria ser revisto, está colocando em risco a vida do primeiro hospital paulistano. As conclusões partem do Superintendente Antonio Carlos Forte, que há mais
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de 42 anos faz parte da Santa Casa, e que se assegura em dizer que o subfinaciamento compromete a gestão. “Se o problema fosse um mau gerenciamento já teríamos fechado as portas há muito tempo. Não existe nenhum hospital privado que faz o que fazemos, e com altíssima tecno-
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logia. Vamos muito além da assistência. Proporcionamos ensino e pesquisa e oferecemos estágio em todas as áreas, incluindo a administrativa”, enfatiza. É com essa segurança que Forte revela que a crise vem acontecendo internamente há um bom tempo. Com R$ 4 milhões
Gestão garantida Mesmo com tantas dívidas, o superintendente da instituição considera boas as gestões de compras e de abastecimento, e afirma saber em tempo real os gastos do hospital. Com tanto controle, Forte diz ter estoques hiper controlados para até 15 dias. “Eu estou seguro de que é o subfinanciamento que compromete a gestão. Por exemplo, todas as nossas unidades estão em processo de acreditação ONA, e eu poderia dar passos mais largos, mas o tal do subfinanciamento não permite. É aquela velha história: cada um sabe onde o seu calo aperta”, reforça. Com um acordo de gestão que precisa de equilíbrio entre as despesas e a receita, o executivo não esconde a sua insatisfação: “O
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por mês de déficit operacional, a Santa Casa precisou evitar a entrada de novos doentes no pronto socorro e fechou as portas por pouco mais de 24 horas em julho passado. Caso contrário, a instituição correria o risco de um desabastecimento. “Faz anos que existe essa defasagem do que ganhamos versus o que gastamos. E isso vem se agravando dia a dia. Agora, chegou num ponto considerado grave, em que foi preciso pedir ajuda”, explica. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo liberou recurso emergencial no valor de R$ 3 milhões, mas ainda assim a gestão da Santa Casa vai precisar ter gingado para não reviver a mesma história. “Houve um acordo com o Estado, mas o problema não foi solucionado. O déficit ainda está aqui.”
Temos vários terrenos para destinar à expansão do atendimento privado. Com isso, podemos deixar de atender 95% SUS e passar para 80%, mesmo com o sistema público pagando mal.
Antonio Carlos Forte, Superintendente da Santa Casa de São Paulo.
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contrato não é reajustado nunca, então as despesas aumentam e a receita não. Tinha que ter contratualmente um reajuste, já que o preço dos medicamentos aumenta; a Anvisa cada dia inventa uma moda nova; dentre outros fatores que fazem com que o sistema melhore e, ao mesmo tempo, encarece o tratamento. Isso tudo deveria estar alinhado com aumento da receita do hospital. Em dois anos teremos crise de novo, por que isso é constante na saúde.”
Briga de gigantes A divergência na contabilidade do Ministério da Saúde com a da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo fez com que o Ministério Público Federal abrisse inquérito para apurar a transferência de verba para a Santa Casa. O governo federal afirma que a pasta estadual deixou de repassar R$ 74 milhões de verbas federais para a instituição entre 2013 e 2014. A secretaria da Saúde nega a acusação e diz que todo o dinheiro vindo do ministério foi transferido para a entidade.
Mudança de cena Com atendimento 95% SUS, considerando os 2.200 leitos somados em todo o complexo, a Santa Casa tem como objetivo atual ampliar o atendimento privado com a expansão dos Hospitais Santa Isabel I e II, de forma a garantir que a saúde pública consiga ser subsidiada pela privada. A diminuição gradativa da sua dependência das verbas públicas e o aumento da sua capacidade de captar recursos na saúde suplementar pode ser uma solução. “Temos vários terrenos para destinar à expansão do atendimento privado. Com 76
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presta à população é uma jogada que deve ser considerada. “A discussão sobre modificações no modelo de financiamento da saúde pública nunca foi tão sem propósito, quando colocam as Santas Casas no contexto. O fato das filantrópicas atenderem na sua maioria pacientes da saúde pública está longe de significar que o modelo de remuneração delas deva ser o mesmo dos hospitais públicos. A única coisa que uma Santa Casa tem em comum com
o hospital público é o paciente que não tem recursos para pagar a conta”, enfatiza o consultor ao dizer que estas instituições têm grau de dependência de recursos públicos muito distintas, e que pensar que o que dá certo para um também vai resolver o problema do outro é um grande erro. As únicas certezas da Santa Casa de São Paulo é que as suas contas são abertas e que o subfinanciamento do SUS atrapalha o desempenho da gestão hospitalar. H
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isso, podemos deixar de atender 95% SUS e passar para 80%, mesmo com o sistema público pagando mal”, considera Forte. É exatamente essa chave que deve ser virada. Pelo menos sob o ponto de vista do ex-CIO do Hospital Sírio-libanês e atual CEO da Escepti Consultoria, Enio Salu. Para ele, é preciso quebrar o paradigma e criar uma estrutura comercial no hospital público. “O produto hospitalar necessita ser gerido comercialmente, como qualquer hospital privado, ou qualquer empresa de qualquer ramo de atividade, tanto do segmento público quanto do privado.” O fundamental agora é sedimentar o conceito de que deve haver uma estrutura exclusivamente preocupada com a relação do hospital com a fonte pagadora, inclusive na Santa Casa, segundo Salu. Uma estrutura que não interfira nos processos assistenciais, e se preocupe em obter o máximo de receita pela contrapartida do benefício que
O produto hospitalar necessita ser gerido comercialmente, como qualquer hospital privado, ou qualquer empresa de qualquer ramo de atividade, tanto do segmento público quanto do privado.
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Sistema IT-Médico A agilidade necessária para minimizar custos e riscos de uma estrutura complexa e repleta de tecnologia como é o hospital
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São inúmeras complexidades estruturais e tecnológicas que modelam um ambiente hospitalar. A sintonia entre esses elementos é o que confere segurança tanto predial, como para os profissionais e pacientes. Neste contexto insere-se o fornecimento de energia, um dos principais motores para que tudo funcione. E para ter o máximo de segurança e uma perfeita gestão da segurança elétrica são necessárias diversas tecnologias. Com isso, destaca-se o sistema IT-Médico. Esses sistemas evitam falhas como um choque elétrico ou o desligamento intempestivo dos circuitos que alimentam os equipamentos de monitoração e sustentação de vida. Tais erros podem colocar em risco a vida do paciente. A RDC nº 50 de 2002 impõe o uso desses sistemas em ambientes hospitalares classificados no grupo 2 (salas cirúrgicas, UTIs, salas de procedimentos invasivos como os intracardíacos, de emergência, de hematologia, entre outras). Segundo a norma, o local deve ser equipado
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com sistema IT-médico, com DSI (Dispositivo Supervisor de Isolamento), DST (Dispositivo Supervisor do Transformador Carga e Temperatura) e anunciador de alarme com sinalização sonoro (silenciável) e visual que informe à equipe médica sobre a alimentação dos equipamentos eletromédicos. Em caso de falha de isolamento elétrico, sobrecarga e sobre temperatura do transformador, tais eventos serão detectados, mantendo segura a vida do pa-
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ciente. Com o sistema IT-Médico nestes ambientes, o risco de acidentes elétricos ou paradas inesperadas de procedimentos torna-se nulo. O sistema supervisiona, permanentemente, circuitos e instalações vitais em locais como UTIs e salas cirúrgicas. Isto possibilita que diagnósticos precisos sejam imediatamente sinalizados, sempre que detectadas alterações nas condições de segurança elétrica que possam compro-
meter um procedimento, a saúde ou a vida de pacientes. A equipe médica, ao receber um diagnóstico sonoro e visual de falha de isolamento na instalação, elevação de temperatura ou sobrecarga no transformador exclusivo para alimentação dos eletromédicos, aciona a equipe responsável para identificação do equipamento que está originando o defeito. “Com isso temos a agilidade necessária para minimizar os custos e os riscos de uma estrutura cada vez mais completa e com muita tecnologia”, afirma Ricardo Bender, Diretor da RDI Bender. Seguindo rigorosamente as exigências de segurança, o Hospital Sírio-Libanês adotou o uso da aplicação do IT-Médico tendo como ponto estratégico a segurança elétrica, a preservação da vida humana (pacientes e colaboradores), a conservação dos equipamentos eletromédicos e a disponibilidade integral dos ambientes equipados com esta tecnologia.
“Importante observar as orientações normativas nacionais para os ambientes como salas cirúrgicas, UTIs, salas de procedimentos invasivos entre outras que devem ter esquema de aterramento IT. Cada conjunto de locais deve ser provido ao menos de um esquema IT-médico exclusivo, que seja capaz de poder monitorar o isolamento, a temperatura de transformador separador e a carga aplicada”, ressalta Humberto Rodrigues da Mata, Gerente de Manutenção
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e Operações Prediais do hospital. A mitigação da queima de equipamento eletromédicos de alto custo; maior segurança à vida através do monitoramento contínuo de baixo isolamento causador de microchoques e a eliminação de desligamento elétrico que podem desencadear a interrupção de funcionamento de equipamento de suporte à vida são alguns dos benefícios apontados por Rodrigues da Mata de um completo sistema IT-Médico.
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Mais segurança Com o sistema IT-Médico, as instalações elétricas do hospital estarão sempre sob supervisão de isolamento, o que proporciona para o hospital uma maior segurança e continuidade operacional dos serviços. Ademais, os equipamentos eletromédicos estarão protegidos quanto ao risco
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de queima por falha de isolamento, reduzindo, assim, os custos ao hospital por possíveis danos. “Através do sistema IT-Médico, um hospital de grande
O sistema IT-Médico não só evita risco de choques nos pacientes, como assegura uma perfeita utilização das tecnologias, evitando defeitos oriundos de correntes elétricas que, por ventura, possam inutilizar estes equipamentos.
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Ricardo Bender, Diretor da RDI Bender
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porte em Belo Horizonte detectou uma falha de isolamento do respirador que estava causando mau funcionamento do equipamento e afetava, consequen-
te, o paciente que estava utilizando o mesmo. O sistema IT-médico evitou uma injúria ao paciente”, relata Sérgio Castellari, Diretor de Engenharia da RDI Bender. Hoje, o hospital deve possuir um projeto elétrico em conformidade com as normas NBR 5410, NBR 13534 e normas IEC pertinentes aos produtos do sistema IT-Médico. No projeto são definidos os espaços físicos para a instalação do transformador de separação, instalado em pisos técnicos; locais de instalação dos quadros elétricos que alimentam as salas cirúrgicas, UTIs e RPAs; setores de instalação dos anunciadores de alarme e teste. “Estes espaços físicos devem ser bem definidos para não haver surpresas no momento da instalação dos sistemas IT-Médico”, explica Castellari.
“Cada conjunto de locais deve ser provido ao menos de um esquema ITMédico exclusivo, que seja capaz de poder monitorar o isolamento, a temperatura de transformador separador e a carga aplicada”, Humberto Rodrigues da Mata, Gerente de Manutenção e Operações Prediais do Hospital SírioLibanês.
Atualmente, na maioria dos projetos, tais preocupações quanto às questões físicas e estruturais já são vistas anteriormente. Contudo, em muitos casos de reforma, a implantação do sistema IT-Médico encontra empecilho. Como a instalação física do transformador de separação, pois, em muitos casos, não há um piso técnico. Assim, a solução é instalar o transformador no forro do centro cirúrgico e UTI. Ricardo Bender salienta que, em muitos casos, durante o andamento da obra, especificações são esquecidas e deixadas “de lado” para a diminuição de custos, o que pode gerar grandes prejuízos no futuro. “Por isso a importância do departamento de engenharia nos hospitais durante o acompanhamento de obra e do bom funcionamento dos equipamentos.”
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Mercado brasileiro Até esta inovação chegar ao Brasil foi necessário um árduo caminho. Isso porque a engenharia do hospital requisita a necessidade de inovação e o projetista efetua o pedido. “É um caminho inverso. O hospital traz a inovação ao projetista e esta é a grande diferença em comparação com países desenvolvidos, onde a inovação parte dos projetistas elétricos. Logicamente, em alguns casos no Brasil vemos os projetistas trazendo inovações, mas isto não é uma regra geral”, ressalta Bender. Mesmo com esta resistência, a maciça utilização do sistema IT-Médico despertou a necessidade de inovação reconhecida por todos: usuários, projetistas e fornecedores. Atualmente, o mercado de IT-Médico brasileiro está parcialmente difundido, uma vez que a sua importância, tanto para a segurança quanto para o atendimento das normas, está disseminada em hospitais e projetistas de grandes centros. As certificações hospitalares também são grandes propulsoras deste avanço, pois a segurança dos pacientes é um dos princi82
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pais pilares para a obtenção destes selos, o que acaba englobando a segurança elétrica. Mesmo com a importância deste nicho no País, Castellari acredita que o mercado está passando por um processo de amadurecimento. “Ainda existem fornecedores totalmente desconforme às normas internacionais e nacionais, aspectos básicos de atendimento as normas, o que pode causar enormes danos à segurança do paciente e a toda estrutura hospitalar.” Muito desses produtos acabam ganhando
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espaço por causa do baixo custo, e não pela alta qualidade e segurança que proporcionam. Neste cenário desponta-se a importância da consciência de mercado, uma vez que a balança custo x benefício não deve ser pesada apenas com um olhar momentâneo. “Qualidade, atendimento às normas, pós-venda e treinamento das equipes de manutenção e engenharia para a utilização dos sistemas são peças-chaves para a liderança no mercado”, ressalta Castellari. H
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Artigo Márcia
Mariani
Márcia Mariani
Política Nacional de Resíduos Sólidos
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m agosto de 2010, a legislação brasileira deu um grande passo para a evolução de nosso País com o lançamento da Política Nacional de Meio Ambiente, lei 12.305 que ficou por quase vinte anos em preparação. Ainda que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) esteja no patamar de “implantação”, precisando de regulamentações diversas, podemos considerar um grande passo porque a mesma anuncia um norte para o futuro. Sabemos que, em termos históricos, a construção evolutiva da história humana sempre acontece em passos lentos. Apesar da rapidez e da eficiência da propagação do conhecimento, o caminhar esbarra em diversos pontos como, por exemplo, a conscientização e a aceitação do novo fato, assim como a compreensão geral das consequências e da importância da nova regulação em questão. Sem contar que por vezes o proposto esbarra em forças negativas do capitalismo selvagem. O demérito aqui mencionado se direciona à prática de um capitalismo deturpado por interesses pessoais, o que geralmente provoca ações e atitudes fora do contexto ético. A Politica Nacional de Resíduos Sólidos traz conceitos inovadores, sistêmicos e muito pertinentes, além de relevantes para o desenvolvimento sustentável em sua verdadeira essência. O conceito de responsabilidade compartilhada é um dos pontos altos do brilhante texto. Faz todo sentido todos os envolvidos com o resíduo serem responsáveis por seu descarte ou disposição adequada. Afinal, o resíduo produzido pela civilização é um problema exclusivo dos seres humanos. A natureza possui um ciclo fechado, com regras muito adequadas para lidar com o problema. Dentro deste contexto, a lei traz o maravilho-
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Gerente ambiental e de projetos do INDSH (Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano) e Membro do Projeto Nossa Terra (projetonossaterra.com.br)
so conceito de logística reversa, que atribui ao fabricante a responsabilidade de receber seu produto de volta do consumidor e organizar a infraestrutura necessária para “desmanchar” o resíduo, reinserir novamente na cadeia produtiva o que for possível e realizar a disposição adequada do resíduo que não pode voltar à cadeia de produção. Outro avanço que a legislação propõe é a diferenciação entre destinação e disposição final de resíduos. A destinação assume que todos os resíduos que puderem ser reinseridos no sistema devem assim ser feitos. A disposição refere-se unicamente a resíduos que não podem ser reinseridos no sistema e, portanto, devem ser dispostos em aterros devidamente preparados para receber estes resíduos. Os aterros são um capítulo à parte em nossa sociedade. Desde os primórdios da civilização que a humanidade “livra-se” do que considera lixo, apenas com a finalidade de enviá-lo “para longe”, tirando os resíduos de sua presença, mesmo que isto signifique jogar no mar, nos rios ou em lixões, como infelizmente vemos em muitas ocasiões. Apesar de ser uma operação complexa em muitos casos, a implantação de um aterro dentro do rigor legal necessário esbarra em visões míopes no que se refere às consequências provocadas pelo “lixão” e, muitas vezes, em interesses políticos que servem a poucos e não ao bem-estar da população em geral. A PNRS vem reforçar a necessidade de internalizarmos rapidamente que o conceito de “lixo” não existe mais. Em seu lugar estão agora os resíduos que devem voltar à cadeia de produção, com a nobre missão de servir a humanidade indefinidamente. H
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Conduta empresarial em xeque Transparência na gestão, código de conduta e princípios éticos para uma sólida administração 86
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A transparência é um dos pilares fundamentais para a governança corporativa de qualquer empresa. No setor da saúde esta premissa não é diferente. Diante deste quadro, os princípios éticos ganharam escopo, reformulou-se a relação entre sócios e administradores e criou-se a figura do stakeholder. Agora, além de sócios, todos aqueles que são vistos com os investidores indiretos, como clientes, empregados, fornecedores, credores e até mesmo o governo acabam assumindo riscos diante de seu relacionamento com a empresa. No Observatório Anahp 2014 o tema código de conduta e princípios éticos ganharam destaque. A publicação levantou a questão do compliance, isto é, conjunto de disciplinas que visa “cumprir as normas, políticas e diretrizes estabelecidas para as atividades da empresa, incluindo os negócios, bem como evitar, detectar e tratar qualquer desvio de conduta ou ainda não conformidade”. O objetivo da entidade é propor um códi-
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go de conduta para os prestadores de serviços de saúde a fim de contribuir para a difusão da cultura de ética para o setor. Diante disso, a revista Healthcare Management ouviu membros do conselho de administração da Anahp a fim de levantar este debate e ouvir dos gestores a importância sobre a transparência na gestão. Segundo Francisco Balestrin, Presidente da Anahp e Diretor-médico Corporativo do Grupo VITA, a transparência é um dos princípios fundamentais para a governança de qualquer empresa. “A gestão da saúde evoluiu muito na última década e com as instituições hospitalares não foi diferente. Hoje, é possível observar vários hospitais com um modelo de gestão consolidado e com critérios de governança bem
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estabelecidos, mas sabemos que essa não é a realidade da maioria dos hospitais brasileiros.” Uma grande dificuldade apontada é a heterogeneidade do nível de gestão dos hospitais do Brasil. “Evoluir no nível do modelo de governança é o primeiro passo, pois assim é possível implementar e fiscalizar as medidas estratégicas adotadas”, salienta Paulo Chachap, Superintendente de Estratégia Corporativa do Hospital Sírio-Libanês. Além de um código de ética, o documento cita a importância de orientar e treinar continuamente os funcionários e diretores para combater práticas e atos não lícitos. Para Fernando Andratta Torelly, Superintendente Executivo do Hospital Moinhos de
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Vento (RS), é fundamental possuir métodos profissionais de gestão com transparência para as partes interessadas, como o corpo clinico, colaboradores, fornecedores e operadoras. “As regras de relacionamento devem ser claras e transparentes. Realizamos uma atividade em que os resultados da organização são
O código de conduta é um mecanismo fundamental para estabelecer o equilíbrio nas relações entre os agentes do setor. Um código de conduta bem estabelecido é um aliado importante para proteger a empresa, seus funcionários e dirigentes da prática de atos ilícitos.
Francisco Balestrin, Presidente da Anahp e Diretor Médico Corporativo do Grupo VITA
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apresentados de forma aberta a todas as lideranças da organização e estas possuem a responsabilidade de repassar a todos os colaboradores. Entendemos que a transparência gera maior confiança e engajamento de todos”, afirma. José Ricardo de Mello, Diretor-Presidente do Hospital Santa Rosa (MT), considera que todo
estabelecimento de saúde deve adotar políticas claras de administração a fim de planejar o funcionamento da instituição, seja ela pública ou privada. “Nessa rotina entram a contratação de funcionários, compra de materiais e equipamentos médico-hospitalares, a destinação de resíduos hospitalares, o controle financeiro, entre outras ações. Quanto mais transparência, mais as engrenagens da empresa hospitalar darão resultados.” A transparência na gestão hospitalar é de fundamental importância que, segundo Maria Norma Salvador Ligório, Vice-presidente Administrativa Financeira e Comercial do Hospital Mater Dei (MG), contribui para a perenidade do sistema brasileiro de saúde.
médico-hospitalar.” De acordo com José Roberto Guersola, Executivo do Hospital São Luiz Rede D’Or, a importância da transparência não restringe apenas à gestão hospitalar. “Todo o negócio deve priorizar métodos transparentes. Na saúde, a relação pagadores e clientes deve ter como princípio básico a transparência.”
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“Os setores públicos e privados se encontram com a finalidade de melhorar a entrega ao usuário. Com a acreditação hospitalar, e também das operadoras de serviços de saúde, fica claro os indicadores de desempenho assistenciais, oferecendo aos usuários serviços de qualidade e segurança, alinhados com a moderna prática
O código de ética deve ser bem claro na empresa. Contudo, ainda precisamos avançar nesse quesito.
Paulo Chachap, Superintendente de Estratégia Corporativa do Hospital Sírio-Libanês
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Conduta entre fontes pagadoras, fornecedores, e prestadores de serviço. “O código de ética dever ser bem claro na empresa. Contudo, ainda precisamos avançar nesse quesito.” O código surge como meio para reforçar o compromisso da instituição com atitudes consideradas corretas. “Com isso é possível nortear as atividades e
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o comportamento das pessoas que são membros de nosso estabelecimento de saúde. Os entraves estão na ausência de políticas e legislação”, salienta Ricardo de Mello. Segundo Guersola, a ética entre relações e negócios apoia-se no trabalho com o que é devido a cada um. “Prestadores devem qualidade aos pacientes, assim
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O código de conduta é um importante mecanismo para estabelecer o equilíbrio nas relações entre os agentes do setor (clientes, médicos, acionistas, funcionários, fornecedores, etc). Segundo Balestrin, um código bem estabelecido é um aliado importante para proteger a empresa, os funcionários e os dirigentes da prática de atos ilícitos. “Na saúde, o próprio modelo de remuneração do setor possui uma lógica que privilegia uma relação de custo-benefício perversa, o que acaba estimulando algumas práticas conflituosas entre os atores. Repensar o modelo de remuneração do setor é o nosso maior desafio”, afirma. Paulo Chapchap ressalta a importância de ter uma maior integração na cadeia da saúde
A profissionalização da gestão hospitalar obriga nossas instituições a adotar orientações quanto à conduta empresarial desejada. O relacionamento com as partes interessadas, como fornecedores e operadoras, devem ser regrados e formalizados, buscando assegurar um maior compromisso entre as partes e a definição clara da responsabilidade de cada um dos envolvidos.
Fernando Andratta Torelly, Superintendente Executivo do Hospital Moinhos de Vento
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como operadoras devem uma renumeração adequada. Cada um tem sua obrigação e o código de conduta reforça esses papéis.” A própria profissionalização da gestão hospitalar obriga as instituições a adotar orientações quanto à conduta empresarial desejada. “O relacionamento com as partes interessadas, como fornecedores e operadoras, devem ser regrados e formalizados, buscando assegurar um maior compromisso entre as partes e a definição clara da responsabilidade de cada um dos envolvidos”, salienta Torelly. O superintendente afirma ainda que é necessário evoluir para assegurar o fortalecimento de um segmento de mercado que, durante muitos anos, foi caracterizado pela
talar, sendo eles os médicos, pacientes, acompanhantes, alta direção e fornecedores diversos. Além disso, funcionamos como um hotel, uma lavanderia, um restaurante, uma central de esterilização, um grupo de médicos e gestores administrativos, tornando mais complexo o desenvolvimento de código de conduta e princípios éticos.”
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desconfiança e a falta de regras claras entre as partes. Maria Salvador salienta também que os códigos de condutas preservam o relacionamento entre usuários e a instituição, diminuindo os riscos (assistenciais/ financeiros). “A grande dificuldade está na variabilidade dos interlocutores envolvidos no dia a dia da instituição hospi-
A sustentabilidade do setor é possível a partir do momento em que prestadores e fontes pagadoras consigam reformular o atual modelo de remuneração, focando na qualidade entregue ao cuidado do paciente e no valor pago por este serviço.
Maria Norma Salvador Ligório, Vice-presidente Administrativa Financeira e Comercial do Hospital Mater Dei
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A saúde sustentável geral, até a infraestrutura e o sistema de comunicação, passando pelos modelos assistencial, remuneração, gestão e organizacional. “O que buscamos com essa iniciativa é a integração entre os setores público e privado, pois entendemos que o ponto de partida para a sustentabilidade do siste-
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“A sustentabilidade é possível. Aliás, não vejo o hospital sobreviver se não estiver norteado por tais medidas nos patamares ambientais, econômicos e sociais”, afirma Chapchap. E pensando em toda a sustentabilidade do sistema brasileiro de saúde, a Anahp elaborou o Livro Branco: Brasil Saúde 2015, com 12 macro propostas para a saúde que contemplam desde as políticas públicas, a regulação e financiamento
O Código de Conduta Ética é uma forma de reforçar o compromisso da instituição com atitudes que consideramos corretas para o norte de nossas atividades e, principalmente, do comportamento das pessoas que são membros de nosso estabelecimento de saúde. Os entraves estão na ausência de políticas e legislação.
José Ricardo de Mello, Diretor-Presidente do Hospital Santa Rosa
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ma de saúde no País é o fortalecimento do SUS. A coordenação planejada, baseada em uma rede integrada de cuidados contínuos, é fundamental para a prestação de serviços do setor”, ressalta Balestrin. Para Torelly, a sustentabilidade também é possível, apesar do momento crítico. Isso porque os hospitais estão tendo margens financeiras reduzidas, as operadoras estão atingindo níveis de sinistralidade elevados, as empresas que subsidiam os planos de saúde estão reclamando da elevação de seus custos e os pacientes queixam-se das emergências lotadas e da falta de leitos. “O modelo atual não satisfaz nenhum dos envolvidos. Apesar de estarmos passando por um momento de dificuldades, acredito que a situação atual nos obri-
“Prestadores devem qualidade aos pacientes, assim como operadoras devem uma renumeração adequada. Cada um tem sua obrigação e o código de conduta reforça esses papéis.” José Roberto Guersola, executivo do Hospital São Luiz Rede D’Or
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gará a buscar novos modelos de negócios e de relacionamentos entre as partes envolvidas. A evolução desta questão deverá assegurar, a médio e longo prazo, um novo modelo de sustentabilidade para o setor saúde positivo, que deverá ser pautado pela qualidade e excelência nos serviços prestados”. A sustentabilidade em todos os campos deve estar definida na política da organização, em seu planejamento estratégico e ter envolvimento direto da alta direção e dos colaboradores. “O conceito deve ser trabalhado em ações do dia a dia, e não ser somente uma questão de marketing ou modismo. A organização necessita definir claramente como é esta política e quais as diretrizes a serem seguidas”, comenta Ricardo de Mello. H
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Conquista Mais uma vitória da Qualidade do Hospital São Camilo Pompeia de da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Daniela Akemi, a principal mudança para conquistar o selo foi a estruturação do modelo de governança corporativa integrado à governança clínica. “Construiu-se um fluxo decisório para tratar questões entre ética clínica e corporativa”, explica. A constante revisão de políticas, diretrizes e o envolvimento dos profissionais nas discussões de grupos, cada
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O certificado Diamante da QMentum, metodologia internacional da Accreditation Canada, é a mais recente conquista da unidade Pompeia (SP) da Rede de Hospitais São Camilo. Com isso, a instituição passa a ser a primeira da América Latina e a nona do mundo a atingir esse nível de qualidade. Para obter a acreditação, a unidade passou por um processo de avaliação que envolveu auditorias e, principalmente, a participação de pacientes, familiares, funcionários, lideranças e alta administração. O hospital foi pontuado com 97% de atendimento aos padrões Diamante. De acordo com a Gerente de Qualida-
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Construiu-se um fluxo decisório para tratar questões entre ética clínica e corporativa.
Daniela Akemi, Gerente de Qualidade da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo
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vez mais interdisciplinar, foram os principais benefícios trazidos pela acreditação. “Todo o reconhecimento por um trabalho diferenciado, que promova a melhoria da qualidade e uma assistência mais segura, é sempre muito importante para os pacientes, profissionais e instituição. Enfim, para toda a sociedade.” A gerente destaca que o modelo participativo já é trabalhado há anos pela rede. Porém, atualmente, o maior desafio é a interação entre todas as partes interessadas, principalmente com as fontes pagadoras e os usuários. Os colaboradores também desempenharam um importante papel neste processo, atuando de forma interdisciplinar, nos diferentes níveis hierárquicos para a conquista da certificação. “Por termos um
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sistema de gestão de qualidade e segurança consolidado, os modos de trabalho fluem com mais facilidade, pois as pessoas estão acostumadas com as práticas de melhoria da qualidade no dia a dia.” Segundo Daniela, independente desse processo de acreditação, o hospital já vem realizando workshops de segurança do paciente para todos os profissionais, trabalhando a integração de áreas assistenciais e administrativas. “Esses exercícios fortaleceram a associação das dimensões da qualidade às atividades diárias.” H
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Informe Publicitário
Pixeon participa da 2a Feira HospitalMed e apresenta soluções hospitalares Entre os produtos expostos vai estar o PACS, software para gestão de imagens que aumenta a produtividade em hospitais Para apresentar suas soluções ao setor hospitalar, a Pixeon (http://pixeon.com.br/) empresa referência em tecnologia para medicina diagnóstica, participa da HospitalMed (http:// www.feirahospitalmed.com.br/), o maior encontro hospitalar das regiões Norte e Nordeste. Esta é a segunda edição do evento, que acontece entre os dias 25 e 28 de agosto no Centro de Convenções, em Recife (PE). A Pixeon vai apresentar produtos para a gestão de imagens, como o PACS, e softwares mais completos de gestão para centros de diagnóstico por imagem, como X Clinic Nexus (RIS). Para os hospitais, o uso do PACS é muito importante para a área de emergência, uma vez que o tempo de espera para a revelação do exame se torna praticamente zero, pois as imagens são disponibilizadas na tela do computador logo após o término do exame. Outra tecnologia que a Pixeon leva à HospitalMed nesse ano é o portal ClickVita, que facilita o fluxo de entregas de exames e distribuição de laudos e imagens em alta resolução. “A Pixeon participa pelo segundo ano consecutivo da HospitalMed se apresentando como referência no setor hospitalar para a região nordeste do País. A participação da feira está alinhada aos planos da companhia de abrir uma unidade em Recife, o que deve acontecer ainda nos próximos meses, reforçando nossa presença na região”, ressalta o CEO da Pixeon, Roberto Ribeiro da Cruz. Desde o início desse ano, a Pixeon investiu na equipe interna com a contratação de novos diretores para a área comercial em um qualificado board de executivos para dar suporte aos planos de expansão da empresa. Hoje, a companhia conta com os executivos José de Pinho, como diretor de novos negócios, e Robson Mi-
guel, como diretor nacional de vendas. Além disso, a Pixeon também está estruturando a área de marketing, com a chegada da diretora Fabiana Bernabe. Além disso, recentemente a Pixeon anunciou a compra da empresa catarinense LabLink (www.lablink.com.br), que atua há 12 anos no mercado de interfaceamento de equipamentos laboratoriais. Com abrangência nacional, a LabLink tem registrado um crescimento médio anual em torno de 15%, conta com uma base de mais de 200 clientes e tem parceria com os principais sistemas de gestão laboratorial utilizados no país. A HospitalMed é uma realização da Saúde Nordeste e organização da BTS. O objetivo é reunir em um só local, lançamentos e tendências para produtos e serviços do setor, além de oportunidades de negócios. A primeira edição da feira, realizada em 2013, reuniu cerca de 100 marcas expositoras e 11 mil visitantes qualificados com cobertura dos principais veículos de mídia regional e nacional. Sobre a Pixeon A empresa possui sedes em Florianópolis (SC) e São Bernardo do Campo (SP), com unidades de negócios distribuídas pelo País. No total, são mais de 1200 clientes nas soluções de digitalização, armazenamento e distribuição de imagens médicas e de informatização dos principais processos de operação de um centro de medicina diagnóstica. Os sistemas da Pixeon (PACS, RIS e LIS) estão presentes em hospitais, clínicas e centros de diagnóstico de todos os estados brasileiros e, de forma integrada, oferecem uma solução completa, nacional e adaptada à realidade de estabelecimentos de saúde de todos os portes.
Artigo Manuel
Coelho
Manuel Coelho Superintendente de Marketing da Beneficência Portuguesa
Como a Estratégia está presente no nosso dia a dia
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omo já disse o escritor Richard Bach: “Nada acontece por acaso. Não existe a sorte. Há um significado por detrás de cada pequeno ato. Talvez não possa ser visto com clareza imediatamente, mas sê-lo-á antes que se passe muito tempo”. Realmente, com o passar do tempo percebemos o quanto de verdade há nesse pensamento. Mesmo quando não planejamos algo, o que se sucede é consequência natural da falta de planejamento. Se você está treinando uma equipe esportiva, preparando um almoço entre amigos ou mesmo conduzindo um hospital, você sempre necessitará de um plano. Um plano bem estruturado considera todos os aspectos que giram em torno de seu objetivo, desde os internos - capacidade da equipe, tipo de ingredientes ou a capacidade do líder de conduzir os negócios- até os externos - equipe adversária, condições meteorológicas ou a influência de concorrentes. Além disso, a apropriada análise de todos esses aspectos, combinados ao objetivo almejado - vencer o campeonato, receber 50 pessoas
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ou assumir a liderança de mercado - são os fatores determinantes de se obter sucesso ou fracasso. Existem centenas de livros de negócios dedicados ao tema, porém, na maioria das vezes, os livros estão lá nas estantes, como troféus decorativos. Muito se fala sobre Planejamento Estratégico, porém o folclore que se criou ao redor da palavra ‘estratégia’ apenas contribuiu para afastar as pessoas do tema. Ao longo do tempo, estratégia passou a ser considerada como uma “verdade absoluta, vinda de cima”, que não considerava necessariamente a opinião de todas as partes envolvidas e, por isso, nem sempre assegurava o sucesso. Entretanto, existem algumas dicas que, se colocadas em prática poderão ajudar, e muito, a tornar seu plano algo tangível e bem sucedido. Primeiramente, é fundamental determinar o cenário que você está, mas isso é mais difícil do que parece. Algumas pessoas vêem a si mesmas como eles querem e não como eles realmente são. Para que você tenha um retrato fiel do seu negócio, é fundamental a
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busca de informações internas e externas relevantes. Após definir o cenário, identifique o que é importante para seu negócio. Concentre-se aonde você quer que sua organização esteja no futuro e considere o que é mais relevante. Às vezes, dispor de recursos no presente não significa que tais materiais continuarão sendo importantes no futuro. Considere, por exemplo, o detentor da melhor tecnologia de película de filme fotográfico há 20 anos e compare com a relevância que isso tem hoje. O plano estratégico deve se concentrar nesses achados. A partir das reflexões anteriores, você terá melhores condições para definir o objetivo que se pretende atingir. Além disso, é neces-
sário especificar o porquê, quem, quando, onde e como, pois as respostas estruturadas a tais perguntas aumentam muito as chances de se alcançar o almejado objetivo. Com essas informações, é possível priorizar as ações de curto prazo e estruturar as de médio e longo prazo. Por fim, revise, revise e depois, revise mais uma vez. Para assegurar que um plano funcione, imponha um processo formal incluindo, caso necessário, uma revisão na rota escolhida. Afinal, nada acontece por acaso. Seja qual for o motivo, para treinar uma equipe esportiva, preparar um almoço ou conduzir um negócio, sem uma estratégia não há como obter sucesso, muito menos pode-se culpar o acaso. H
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Tecnologia alinhada ao negócio Case do Centro Médico de Campinas mostra como é possível obter alta performance seguindo o orçamento do hospital
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Atuando no Centro Médico de Campinas há 14 anos, a Sphere IT Solutions vem assessorando a instituição através da implantação de melhorias e inovações tecnológicas baseando-se nas informações coletadas pelo D2BI, solução de monitoramento e gestão de TI que atrela indicadores de infraestrutura e negócio, buscando, automaticamente, informações do software de gestão hospitalar Tasy. Através dos indicadores gerados pelo D2BI, identificou-se a necessidade iminente de investimento em hardware para acomodar o crescimento esperado em função da entrada do prontuário eletrônico e de novos módulos do software de gestão. “Iniciamos um trabalho em conjunto com a equipe técnica do Centro Médico, realizando provas de conceito entre as soluções de hardware disponíveis no mercado. Conseguimos definir a solução que melhor se adequava às questões de custo/benefício, o que gerou uma economia de investimento de aproximadamente R$ 500 mil”, explica Claudio Licursi, Diretor da Sphere IT Solutions. De acordo com Marcelo Toppan, Coordenador de Tecnologia da Informação do Centro Médico de Campinas, o D2BI realizou uma análise precisa dos servidores existentes, cruzando todos os dados possíveis através de indicadores de negócio.
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“Analisando as informações, identificamos um cenário crítico e a necessidade de uma nova infraestrutura de hardware. O trabalho com a Sphere nos auxiliou na escolha de uma melhor solução. Projetamos, então, alguns cenários e realizamos as provas de conceito. Com isso conseguimos definir a melhor solução para o hospital”, ressalta. O maior problema que o Centro Médico enfrentava era a infraestrutura, uma vez que os indicadores mostravam que o hardware já estava trabalhando em sua capacidade máxima. “Com a análise dos indicadores da ferramenta D2BI adquirimos um hardware que garante uma ex-
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pansão futura”, explica o coordenador. Segundo Licursi, com a nova arquitetura, os processos em andamento serão implementados de forma que a infraestrutura consiga suportá-los plenamente. “Os problemas ocorreriam se estas ações não tivessem sido tomadas no momento oportuno.” Com as projeções realizadas nas provas de conceito, foi possível obter uma redução de até 40% nos tempos de processos que mais oneravam as áreas de negócio. “Além disso, considerando as projeções de crescimento esperadas, o hardware adquirido tem capacidade para suportar as operações do negócio, sem investi-
mentos adicionais, para os próximos cinco anos”, avalia Licursi. Ainda de acordo com o diretor, o maior desafio foi realizar validações mediante os diversos cenários de hardware possíveis existentes no mercado. “Procurando um caminho imparcial, posicionamos a solução com a melhor relação custo/benefício. Conseguimos observar a plena satisfação do cliente ao apresentarmos os relatórios comparativos de performance e custo de cada uma das soluções validadas. Estas evidências nortearam fortemente a segurança na tomada de decisão.” Equalizar a relação custo e benefício também foi um grande desafio considerado por Toppan. “Quando nos voltamos ao mercado para procurar soluções encontramos diversas opções, porém nosso objetivo era um hardware que se encaixasse em nosso orçamento e garantisse uma boa performance.”
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“Analisando as informações, identificamos um cenário crítico e a necessidade de uma nova infraestrutura de hardware.
Claudio Licursi, Diretor da Sphere IT Solutions
D2BI A ferramenta D2BI proporcionou uma melhor gestão do setor. “Conseguimos demonstrar através de gráficos a nossa necessidade e, com isso, enviar uma proposta para a diretoria com dados consistentes e não somente em suposições”, salienta Toppan. Através de gráficos e dashboards gerados pelo D2BI, foi possível demonstrar a situação atual dos indicadores de infraestrutura e os impactos decorrentes
da situação projetada, conforme o crescimento esperado pelas áreas de negócio com a implementação dos novos módulos do software de gestão hospitalar. Desta forma, a TI exerceu um papel estratégico na organização, evitando problemas futuros e sendo agente facilitador na aprovação dos investimentos necessários para a nova infraestrutura que, sobretudo, irá agilizar os trabalhos das áreas de negócio. H
Estratégia
Cuidados Paliativos
Economia para o hospital e qualidade de vida para o paciente
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De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cuidados paliativos, conceito atualizado em 2002, consistem na “assistência promovida por uma equipe multidisciplinar que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”. Mesmo com os avanços nesta área, ainda são muitas as dificuldades para o bom exercício dos cuidados paliativos e para o atendimento da alta demanda por pacientes de todas as idades. Esta é a visão de Maria Goretti Sales Ma-
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ciel, Presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP). Entre as razões para este cenário são apontados fatores que englobam desde a escassez de profissionais treinados, até mesmo a falta de compromisso dos gestores de saúde. “No Brasil, ainda não temos uma política de cuidados paliativos. Muitos médicos ainda acham
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que encaminhar seu paciente para essa abordagem significa desistir do tratamento e, muitas vezes, só o encaminha na fase final da vida”, ressalta. A dificuldade de acesso a alguns medicamentos também colabora para este cenário. “Muitos municípios no Brasil sequer tem um ponto de venda de morfina, medicamento básico para o controle da dor.”
Investimentos O cuidado paliativo, apesar de exigir excelência na formação de profissionais e adequação da assistência, é, também, uma prática que exige poucos recursos. Segundo Maria, os métodos são baseados em tecnologia básica da assistência, além de usar muitos medicamentos de baixo custo, sendo possível economizar valores na ordem de 40% das despesas com os doentes em fase avançada da doença se comparado ao modelo tradicional de abordagem destes doentes. “Isso sem citar o custo social e os indiretos que um doente gera em seu último ano de vida.” Além da racionalização de recursos, há também mais fluidez nos leitos destinados a intervenções. “O cuidado paliativo pode ser oferecido em toda a rede da atenção. O tratamento intensivo no final da vida, além de não agregar valor para o doente, só pode ser oferecido em unidades hospitalares de alta complexidade, como as UTIs.” Por fim, a gestora cita países como Canadá, onde todo hospital geral tem uma unidade de cuidado paliativo com leitos próprios. “Lá, todos têm o trabalho articulado com um excelente atendimento domiciliar ou unidade de cuidados de baixa complexidade e bem capacitada.” H
A deputada estadual de São Paulo, Sarah Munhoz, é autora do PL 599/2014, que propõe a criação no Estado da Rede de Cuidados Paliativos. Segundo o projeto, as unidades seriam implantadas, inicialmente, em cidades com mais de 100 mil habitantes. “Estamos sempre atentos a todas as oportunidades que surgem no País. Colaboramos no grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde neste ano, com a intenção de implementar uma política nacional de cuidados paliativos”, ressalta a presidente da ANCP.
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Projetos
No Brasil, ainda não temos uma política de cuidados paliativos. Muitos médicos ainda acham que encaminhar seu paciente para essa abordagem significa desistir do tratamento e, muitas vezes, só o encaminha na fase final da vida.
Maria Goretti Sales Maciel, Presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos HEALTHCARE Management 31
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Artigo | Avi
Zins
Avi Zins Head of Healthcare
A integração de sistemas em saúde
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uitos ambientes hospitalares no Brasil possuem um grande volume de diferentes sistemas e aplicativos para conseguirem realizar os trabalhos. A informática trouxe a automação para muitos destes processos e através de sistemas ora desenvolvidos dentro de casa, ora comprados dos vários fornecedores de soluções que pipocam no mercado, de uma forma ou outra conseguiram trazer mais eficiência ao trabalho. Porém isso trouxe outros problemas que foram acarretados pelo que vimos anteriormente. Muitas empresas passaram a ter vários sistemas diferentes que tinham que interagir entre si, entre a empresa e o mercado ou órgãos reguladores. Além disso, muitas das promessas de eficiência, melhorias de produtividade e retorno sobre o investimento não se confirmaram. Então, onde estaria o problema? São vários os obstáculos, incluindo a questão de mudança cultural, da forma de trabalho e até organizacional que os sistemas provocam, mas, com certeza, um dos mais sérios destes problemas é a dificuldade de poder integrar a informação com integridade, segurança e privacidade en-
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Segment da Neoris do Brasil, colunista da revista HealthCare Management.
tre os vários sistemas e também com o mundo externo à empresa. Outra questão é que os sistemas forçam um novo processo de negócios ou automatizam o processo simplesmente, sem ao menos checar a necessidade dele e a integração entre os processos de negócios. Para sanar esta questão há a necessidade de se fazer uma avaliação completa dos processos de negócio, desenhando-os, documentando-os, avaliando os riscos, a integração entre os processos, sub-processos, e informações, sem esquecer das regras de negócios do nosso ambiente, como os protocolos, a regulação, a acreditação hospitalar e até a Certificação de Automação de Processos (HIMSS/EMRAM) que começa a tomar forma também no Brasil. Sem esta visão clara da situação e, mais que isso, sem definir claramente o que se espera de uma organização hospitalar no futuro, os projetos de automação são fadados a apresentar problemas ou não cumprir as promessas feitas. Mais do que isso, podemos inclusive ter “lixo” (ou seja, processos desnecessários) que estaríamos automatizando “lixo”, isso com sistemas desenvolvidos em casa ou com
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sistemas adquiridos no mercado. Após ter esta visão, há a necessidade de se gerir a nova estrutura de processos e, a partir daí, criar uma estratégia de arquitetura para a integração dos sistemas. Dentro deste âmbito, há também uma necessidade de se avaliar qual a estratégia para a integração dos sistemas, desenhar a arquitetura, implementar e depois operá-la. E não se pode esquecer a segurança, já que os sistemas hospitalares são bastante complexos e a maneira que se pode torná-los mais ágeis e eficientes se dará somente através da redução da quantidade de informações e das decisões básicas que precisam ser tomadas dia a dia. Fazendo oposição a isso, temos a complexidade e a grande quantidade de sistemas que precisam de informações para que as decisões sejam tomadas. Com isso, alguns fatores muito relevantes para um hospital acabam se agravando como, por exemplo: duplicidade de informação, a validação de informações com até dois ou três níveis, a segurança de informações particulares e sigilosas, etc. E aí a integração de sistemas é fundamental. Com isso, as implementações de sistemas de gestão clínica-hospitalar e a inteligência das informações com as capacidades analíticas, que certamente sairão como resultado deste trabalho, serão mais eficientes e bem sucedidas. H
Perfil
Estratégias
Foto: Douglas Intrabartolo
Investimentos, ampliação da capacidade de atendimento e a valorização dos colaboradores do Grupo São Lucas
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“Saúde não é bom negócio em nenhum lugar do mundo, porém é um negócio quando na condição de atuação dentro da iniciativa privada.” Essas são as palavras de Pedro Antonio Palocci, Diretor-presidente do Grupo São Lucas, que está na seção Perfil desta edição. O gestor lembra também a importância de investir tanto em tecnologia e equipamentos, quanto em hotelaria e pessoas, ressaltando como a atualização no setor acontece rapidamente. O diretor destaca como um dos maiores desafios da gestão a criação de políticas “que sejam promotoras de desenvolvimento pessoal e profissional” dos colaboradores. Pedro Palocci também fala sobre os investimentos e as principais estratégias da instituição.
A minha história no Grupo São Lucas... Começa muito antes da minha opção por medicina, quando meu pai adquiriu algumas ações para construção do Hospital São Lucas (HSL). Este foi o primeiro hospital em que me cadastrei como médico e, desde então, concentrei a maior parte do meu trabalho como pediatra. Desde 1997, faço parte da diretoria da instituição. Com tudo isso, posso dizer que aqui está grande parte dos meus esforços para fazer com que a assistência à saúde em Ribeirão Preto e região tenha no HSL uma referência de qualidade.
Para que uma instituição de saúde se consolide é fundamental... Mecanismos e processos que garantem a segurança do paciente e uma rígida política de qualidade.
Como Negócio, a Saúde... Não é um bom negócio em nenhum lugar no mundo, porém é um negócio quando na condição de atuação dentro da iniciativa privada. Temos que ter muito claro que os investimentos em tecnologia, equipamentos, hotelaria, pessoal são extremamente caros e as necessidades de reno-
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vação e atualização acontecem em curto espaço de tempo. As margens são muito pequenas e insuficientes para esta demanda crescente de recursos. Aliado a isso, os fatores macroeconômicos interferem demais nas atividades de saúde em todos os níveis, sejam eles ligados a prevenção, manutenção, tratamento ou reabilitação. As intervenções diretas através de políticas públicas ou pela regulação excessiva tornam o ambiente muito imprevisível. Todas estas dificuldades somadas tornam a assistência à saúde um negócio difícil e pouco atrativo. Nossos investimentos estão concentrados em... Ampliar a capacidade de atendimento, além do incremento na evolução tecnológica na área de Imagem. Neste setor, iniciamos, já no final de 2013, a ampliação e modernização que deverá terminar no mês de outubro. A área física foi duplicada e todos os equipamentos foram substituídos por outros de última geração. O pronto atendimento, a partir de setembro, dobrará a capacidade de atendimento e nos próximos meses iniciaremos a ampliação da UTI de adultos com mais 10 leitos, além das unidades de internação, que serão ampliadas em duas fases com incremento de 30 leitos.
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Perfil
Mas também é imprescindível investir em pessoas porque... Os colaboradores são o maior patrimônio de nossa instituição e há sempre um desafio de desenvolver políticas que sejam promotoras de desenvolvimento pessoal e profissional destas pessoas. Elaboramos, nos últimos anos, uma grande política de gestão de pessoas com privilégio de toda a cadeia de desenvolvimento da qualidade assistencial. Estas políticas incluem desde o recrutamento de novos colaboradores, passando pelo aprimoramento e treinamentos contínuos, consolidando uma atitude de retenção de talentos. Os resultados começam a aparecer com a queda dos índices de absenteísmo, rotatividade e recrutamentos internos muito interessantes.
O principal pilar de nossa estratégia é... Valorizar mecanismos que desenvolvemos dentro do Planejamento Estratégico da instituição. O mais importante é no que se refere a medir resultados assistenciais com transparência e processos. Assim, desde 2001, o HSL integra o Programa de Acreditação Hospitalar no Brasil. Em 2001, fomos o sétimo hospital no Brasil a ser acreditado e o primeiro em todo o interior do País. O próximo passo é ter um certificado de acreditação internacional dentro de dois anos. Para isso, estamos nos preparando de forma muito criteriosa, pois a segurança ao paciente é o foco das atenções. Liderar e inspirar pessoas é... Criar sonhos, enxergar caminhos, fazer com que as pessoas acreditem neles e possibilitar formas que estes se materializem. Se isto for liderar e inspirar tudo faz sentido.
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Meus principais exemplos são... Muitas pessoas nas quais me inspirei. Elas, em alguns momentos, foram e são pais e parentes, e em outros foram mestres, amigos e empreendedores. Tento fazer com que a minha atividade seja um pequeno resumo de cada qualidade das pessoas que mais admirei e admiro.
Meu livro de cabeceira é... Atualmente, os livros que mais têm me ocupado são “Seis propostas para o próximo milênio”, de Italo Calvino, e “O valor do amanhã”, de Eduardo Giannetti da Fonseca.
Uma viagem inesquecível... O Leste europeu, como a República Tcheca, devido às marcantes diferenças culturais. Contudo, não menos impactante que uma grande viagem por todo Marrocos, de norte a sul. Em meus momentos de lazer... Viajar é sempre uma opção. Quando o tempo é pequeno troco a viagem de avião por uma de moto.
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Mercado
Avanços para a gestão Agfa HealthCare apresenta nova solução para hospitais e centros de saúde
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A Agfa HealthCare traz para o Brasil a nova solução RFID. Voltada a hospitais e centros de saúde de todos os portes, a tecnologia identifica e rastreia informações que geram diagnósticos e análises em tempo real. As informações coletadas são destinadas a uma base de dados que podem ser acessadas por meio de qualquer computador ou smartphone. Segundo Nubia Viana, Country Solution Manager para o segmento Enterprise IT da Agfa HealthCare, a solução traz maior impacto de qualidade, provendo ferramentas que aumentam o processo de segurança do paciente.
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“Esta solução também proporciona a otimização nos processos de trabalho, trazendo informação mais rápida nos processos de rastreabilidade”, afirma. Além do completo gerenciamento de ativos nos diversos pontos da cadeia de logística, a ferramenta possui um painel de controle, com informações analíticas, seja em tempo real ou histórico, dos processos monitorados, customizados de acordo com
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a realidade de cada instituição. “A solução de RFID trará ao mercado de saúde do Brasil complementaridade as demais soluções, tornando o seu portfólio de soluções mais abrangente e adequado as mais diversas necessidades deste nicho. Seja por meio de soluções de gerenciamento do paciente (rastreabilidade deste ou de eventos relacionados a este, como gerenciamento de documentos importantes, lavagem de mãos) ou de gerenciamento de ativos (cadeira de rodas, bombas de infusão, monitores de beira leito, equipamentos, leitos).” O RFID também traz como inovação um dashboard- plataforma de Business Intelligence com informações analíticas, auxiliando os gestores nas tomadas de decisão, embasando-os com informações em tempo real e identificando rapidamente os gargalos ou ineficiências nos processos. A plataforma é aderente a padrões de conectividade já estabelecidos para o mercado de saúde, dando flexibilidade e permitindo se adaptar a realidade de cada cliente.
Mudanças Diante do cenário atual, Nubia acredita que está havendo uma migração da gestão isolada de cada atendimento para uma visão longitudinal, gerenciando o paciente onde quer que ele esteja. “Isso acarreta em uma complexidade cada vez maior dos diversos prestadores de saúde, com maior volume de processos e atividades relacionadas.” H
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Segurança
ao paciente
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Tecnologia e conscientização no controle à contaminação hospitalar
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Apontadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como um “risco substancial à segurança do paciente”, as possíveis contaminações por bactérias têm exigido cuidados constantes com desinfecção de ambientes, uso correto de paramentação estéril e conscientização de profissionais em instituições de saúde do País. De acordo com o Diretor de Relações Públicas da Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação (SBCC), José Augusto Sodré Senatore, os cuidados para evitar a contaminação hospitalar ainda não são satisfatórios. Para o diretor, a falta de infraestrutura adequada e a conscientização dos profissionais e gestores sobre o problema são uma das causas para a falta de eficiência no combate ao problema. “Ainda existe a cultura de que basta o médico lavar as mãos de maneira adequada, porém existem diversos outros requisitos para que os pacientes estejam realmente protegidos”, afirma. Ainda segundo Senatore, o Brasil conta com importantes ferramentas e técnicas, mas falta investimento das instituições, exceto em alguns poucos e grandes hospitais. Segundo o médico do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Albert Einstein, Fernando Gatti de Menezes, a prevenção à contaminação hospitalar na instituição é feita por meio de um conjunto de ações, como a limpeza dos setores seguindo o padrão da Anvisa, uso de tecnologia e conscientização dos colaboradores. “O uso de materiais estéreis como avental, luvas, máscara e óculos, além dos campos colocados no paciente, são fundamentais para evitar a contaminação durante a realização de processos invasivos”, diz. HEALTHCARE Management 31
Conforme afirma Menezes, além da proteção aos pacientes, é necessário garantir a segurança também dos profissionais para evitar acidentes ocupacionais e disseminação de patógenos multirresistentes dentro do ambiente hospitalar. O médico afirma que para promover a conscientização de seus colaboradores para o problema, o hospital realiza estratégias como disponibilizar a informação sobre o tema, treinamentos frequentes, realização de campanhas institucionais, além de constantes avaliações da estrutura e processos das diversas áreas do hospital. “As avaliações nos permitem identificar os pontos de melhoria, por meio do feedback dos setores envolvidos”, disse. Outro auxílio citado por Menezes na prevenção da contami-
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intuito de lembrar aos colaboradores, pacientes e acompanhantes da importância de lavar as mãos. “Diversas peças gráficas foram fixadas próximas aos lavatórios das áreas de assistência, trazendo dicas sobre a maneira correta de higienizar as mãos, deixando-as limpas e livres de microrganismos transmissores de doenças. Uma intervenção artística também passou pelas unidades do hospital, distribuindo adesivos, panfletos explicativos e chamando a atenção do público. Além da realização de treinamentos para todos os profissionais focados na segurança
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nação hospitalar é o uso de tecnologia. No caso da instituição, esta ferramenta é utilizada por meio do laboratório de microbiologia, que possui equipamentos automatizados para o diagnóstico precoce de diversos agentes infecciosos e a possibilidade do uso de biologia molecular. “O laboratório de microbiologia é um grande parceiro no controle e prevenção da disseminação de patógenes multirresistentes, pois facilita a ação mais ágil do Serviço de Controle de Infecção”, disse. No Hospital Márcio Cunha (HMC), em Minas Gerais, são realizados encontros mensais sobre segurança assistencial a fim de reforçar os conceitos de comportamento seguro e atenção sobre os processos assistenciais na atividade diária. “São feitas visitas e reuniões para discussão dos casos de infecção hospitalar/segurança do paciente, orientações de boas práticas e aplicação de bundles nas áreas críticas”, explica Adir de Paula Lima, Oficial do Controle de Infecção Hospitalar. A campanha anual de conscientização para a higienização das mãos é outra ação da equipe do controle de infecção hospitalar, com o
O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Albert Einstein em parceria com o Serviço de Governança e Hospitalidade promove a melhoria contínua por meio da avaliação e implementação de novos produtos destinados à higiene ambiental disponíveis no mercado, especialmente materiais e equipamentos que otimizam e tornam mais eficientes as ações de limpeza e desinfecção de áreas e superfícies ambientais.
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Fernando Gatti de Menezes, Médico do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Albert Einstein
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das ações de prevenção de transmissão da infecção.” Com uma baixa taxa de infecção hospitalar geral, de 2,90% no ano de 2013 e 2,33% em 2014, o HMC segue as recomendações internacionais ao buscar mensurar indicadores de infecção focados nos pacientes de maior risco (como os internados nas UTIs). “A instituição apresenta dados comparáveis aos valores de referência da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo (SES/SP), que reúne dados de 350 hospitais com UTI Adulto e 138 hospitais com UTI Neonatal e Pediátrica.”
Pesquisas que atendem às boas práticas de produção neste tipo de ambiente. Nos últimos dois anos, o projeto contou com 13 parcerias, essas empresas produzem e comercializam diversos produtos para a aplicação em áreas limpas e controladas. “Pela primeira
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vez, a sala contou com um sistema complexo de ar condicionado, com unidade de tratamento de ar e sistema de controle e automação capazes de simular diversas situações de uso e operação do ambiente”, afirmou o representante da sociedade.
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Segundo o diretor da SBCC, a entidade mantém estudos nos mais diversos segmentos do controle de contaminação, inclusive no que diz respeito aos métodos aplicados na Europa e Estados Unidos. “Atualmente, buscamos parcerias sólidas com formadores de opinião no segmento e mantemos internamente um grupo de trabalho para a discussão de normas, recomendações normativas e boas práticas em ambientes hospitalares”, disse. Um dos projetos da SBCC, a Sala Limpa Itinerante, busca demonstrar o uso de produtos
Ainda existe a cultura de que basta o médico lavar as mãos de maneira adequada, porém existem diversos outros requisitos para que os pacientes estejam realmente protegidos.
José Augusto Sodré Senatore, Diretor de Relações Públicas da SBCC
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Inovação rúrgico, o sistema cria, automaticamente, um pedido de materiais por IH (identificação hospitalar para cada paciente). A CME gera os pedidos para atendimento, com dados do paciente, código e nome do procedimento, cirurgião responsável, sala de cirurgia, horário e materiais necessários para cirurgia. Os kits de materiais esterilizados solicitados pela sala de cirurgia são lacrados e identificados com
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código de barras, informando o código do material e o lote/validade da esterilização. Ao término da cirurgia, o carro de transporte de material estéril retorna ao arsenal da CME devidamente identificado. Caso algum material não seja utilizado no procedimento, é realizado o estorno do item ao estoque da CME. Já a devolução do material contaminado é realizada no expurgo da CME. H
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Em 2013, o HMC deu um importante salto para a segurança da assistência. A Central de Material e Esterilização (CME), responsável pela aquisição, preparo, esterilização e distribuição de artigos e materiais cirúrgicos utilizados em diversas áreas no hospital, consolidou o processo de rastreabilidade dos artigos esterilizados. A ampliação do sistema de monitoramento dos processos de esterilização, desenvolvido com a participação da equipe de Tecnologia da Informação, alcança, até mesmo, o cliente final: pacientes que utilizam os pacotes e kits de instrumentais. Com a implementação da rastreabilidade é possível identificar todos os instrumentais destinados a um paciente e checar registros de seu processamento na CME. Ao realizar a marcação de procedimentos no centro ci-
Realiza-se a notificação dos incidentes que ocorrem na instituição e a busca ativa das infecções hospitalares que são analisadas junto com as gerências das áreas de apoio e assistência do HMC.
Adir de Paula Lima, Oficial do Controle de Infecção Hospitalar
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Artigo Franco
Pallamolla
Franco Pallamolla Presidente da Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratório)
Descompasso
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ão há dúvidas de que a importância de um sistema regulatório está intrinsecamente ligada ao tamanho e à importância do setor que ele regula. A saúde representa, atualmente, 10% do PIB e, por isso, é inconcebível não considerar um sistema regulatório prático e eficiente, que não seja capaz de dar segurança para quem está trabalhando com os produtos, bem como para aqueles que farão uso dos mesmos. O Brasil tem avançado muito no sistema regulatório de diversos setores e alguns apresentam regulação alinhada aos mais altos níveis internacionais, como é o caso da saúde. No entanto, essa regulação de alto nível não significa um setor completamente nivelado, pois os fabricantes de equipamentos médicos, por exemplo, devem, a cada dia, melhorar seus processos, incorporar novas tecnologias e comprovar que o uso destas oferece benefícios aos usuários (profissionais da saúde e pacientes). No entanto, esse rigor com que são tratados, fabricantes, tecnologias, processos produtivos e produtos finais, não é equivalente quando se analisa a maneira com que o mesmo ente regulador trata os milhares de prestadores de serviço – por exemplo, os hospitais. Por diversas razões o organismo de regulação acabar por permitir uma importante, mas arriscada estratégia de flexibilização no rigor da regulação sobre os inúmeros prestadores
de serviço como, por exemplo: a) fabricantes de equipamentos eletromédicos devem desenvolver seus produtos de acordo com normais internacionais que regulam questões de segurança elétrica. Contraditoriamente, estes mesmos equipamentos são instalados em inúmeros prestadores de serviço cujas instalações elétricas são completamente desatualizadas, sem um bom aterramento, sem geradores de emergências, entre outros tantos problemas nessa área; b) produtos descartáveis são desenvolvidos pelos seus fabricantes para uso único. Por causa do custo de alguns desses produtos, por exemplo cateteres, é permitido o reuso dos mesmos. O prestador de serviço (hospital) fica responsável pelo reprocessamento destes insumos. Mas não há nenhum tipo de garantia de que aquela matéria-prima resiste a inúmeros ciclos de esterilização ou, pior, quais são as consequências às propriedades físico-químicas destes produtos. Há formas seguras de contornar o problema. Basta um constante e necessário aperfeiçoamento do sistema regulatório brasileiro, fazendo com que o mesmo tenha aderência em nossa realidade e em todos os níveis. Isto feito será completamente viável avançar em competitividade sem, no entanto, comprometer minimamente a qualidade final de nossos produtos. H
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Mercado
Um novo caminho
A atuação multiprofissional e a excelência do Centro de Medicina Fetal do Hospital Samaritano de São Paulo
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Expandindo caminhos para a medicina especializada, o Hospital Samaritano de São Paulo vem se destacando em cirurgias de alta complexidade com o seu Centro de Medicina Fetal, que integra o núcleo de ginecologia, obstetrícia e perinatologia. Um dos grandes diferenciais do centro é a atu-
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ação multiprofissional de especialistas em genética, neurocirurgia, cirurgia pediátrica, neonatologia, enfermagem, cardiologia, cirurgia cardíaca fetal,
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entre outras vertentes. O uso da fetoscopia também é outra inovação. A ferramenta possibilita um procedimento cirúrgico minimamente
invasivo, com visão direta do feto, sem a necessidade de se abrir a cavidade uterina. “Essa estratégia terapêutica é única na América Latina e vem permitindo realizar cirurgias neurológicas para tratar meningomielocele em fetos humanos de forma pioneira no mundo”, ressalta Renato Assad, Cirurgião Cardiovascular do hospital. A estrutura do centro conta com um atendimento ambulatorial para gestantes e recém-nascidos, equipada com aparelhos de ultrassom de última geração e laboratório de apoio para análise genética e patológica do material fetal. Há também um centro cirúrgico com salas amplas que permitem a utilização de recursos tecnológicos (ultrassom, videofetoscopia, monitorização da mãe e do feto) para uma abordagem cirúrgica de forma segura para ambos os pacientes. Além da estrutura, o hospital investiu também em materiais como laser e materiais cirúrgicos dedicados à cirurgia fetal, mais finos e especialmente desenhados para tais procedimento.
Equipe multiprofissional Os profissionais se reúnem constantemente para discutir e compartilhar conhecimentos de diversas áreas da medicina fetal, com objetivo único de tratar o pequeno paciente ainda não nascido. “Assim, todos os riscos e benefícios do procedimento intrauterino são pesados na balança, para se atingir um consenso do melhor plano terapêutico para cada indivíduo”, explica Assad. Além dos médicos, há também um time de enfermagem especializada que acompanha a discussão de todos os casos da medicina fetal, tanto no ambulatório, quanto no centro cirúrgico e na UTI neonatal. “O paciente recém-nascido conta com apoio da fisioterapia especializada que proporciona um restabele-
cimento mais rápido da condição clínica de cada bebê.”
Inovação O hospital aposta também em uma técnica inédita de cirurgia minimamente invasiva com fetoscópio para o tratamento da meningomielocele. Assad explica que este procedimento é fruto de anos de estudo e, hoje, a técnica vem sendo aplicada aos fetos do Samaritano com resultado fascinante. “O centro de medicina fetal tem atraído não apenas pacientes de todo o território nacional, como também de “A abordagem pré-natal de determinadas malformações congênitas pode melhorar os resultados do tratamento cirúrgico pós-natal tradicional, diminuindo os custos das fontes pagadoras de saúde pública e privada com o tratamento de sequelas irreversíveis.” Renato Assad, Cirurgião Cardiovascular do Hospital Samaritano de São Paulo.
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outros países. Estudos cooperativos internacionais foram estabelecidos com professores de universidades americanas para a disseminação do nosso conhecimento.” Também estão sendo realizados estudos experimentais para o implante de marcapasso fetal. O objetivo é estabelecer uma proposta terapêutica segura para fetos humanos portadores de ritmo cardíaco muito lento, causador de insuficiência cardíaca ainda na vida intrauterina, com evolução catastrófica quando não tratada adequadamente. “O simples implante de marca-passo ainda na vida intrauterina pode reverter a insuficiência cardíaca fetal e permitir que o feto progrida na gestação, proporcionando o nascimento de um bebê maduro, com o restabelecimento das funções respiratória e cardiovascular estáveis, e maiores chances de sobrevida pós-natal.” H
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Artigo Evaristo
Araújo
Evaristo Araújo
Criatividade contra a antropofagia competitiva
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Governo Federal vem tentando, há algum tempo, priorizar investimentos em inovação com o objetivo de expandir a competitividade do complexo industrial do setor da saúde no Brasil. Mas, por inúmeras razões, podemos verificar que a base produtiva e tecnológica das fábricas aqui instaladas não conseguem sequer atender o crescimento da demanda interna – decorrente da maior inclusão social desde a instituição do Plano Real – e muito menos a demanda mundial. Os motivos são muitos e antigos: alta carga tributária, pesados encargos previdenciários trabalhistas, morosidade e inépcia da agência regulatória, dentre outros aspectos que constituem o “custo Brasil”. Como reflexo desta fragilidade competitiva, o déficit comercial do Complexo Industrial da Saúde cresce a cada ano e já está na casa dos bilhões de dólares. A inovação tecnológica é, sem dúvida, pilar importantíssimo para o fortalecimento do setor. Ocorre que, se for impulsionado de forma isolada, sem interação entre a base industrial e a prestação de serviços (hospitais, clínicas, centros de diagnóstico) no atendimento à saúde, tal esforço pode ser subaproveitado. O Brasil possui um sistema público e universal de atenção à saúde da população, o Sistema Único de Saúde (SUS), consagrado pela Constituição de 1988. O SUS representa uma parcela de aproximadamente 30% do mercado total de produtos de saúde, sendo 30% em produtos médico-hospitalares e 70% em medicamentos. Com esse expressivo poder de compra, que atinge aproximadamente 100 milhões de pessoas e responde por 10% do PIB nacional, o SUS pode ser um vetor fantástico para a inversão do déficit da balança comercial, replicando um formato de
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Diretor Administrativo da Abec Saúde (Associação Brasileira das Empresas Certificadas em Saúde) e sócio do escritório Araújo Advogados Associados.
compra mais criativo, o qual poderá ser exportado para outros países, principalmente por aqueles em desenvolvimento, aproveitando a já testada tecnologia da indústria brasileira. Atualmente, 100% das compras feitas pelo SUS ocorrem por meio de licitação via pregão, presencial ou eletrônico. Neste sistema, as empresas competem entre si, em forma de leilão, em que o menor preço individual ofertado é consagrado vencedor. Ou seja, o que conta é o preço. Quanto menor, melhor. Um formato de compra privilegiando a logística operacional e subdividido em linhas de cuidado por tratamento específico, oferecendo soluções e não acumulação de estoques, implicaria em celeridade, diminuição de perda, eficiência, economia de gastos e, principalmente, melhor acesso ao tratamento para a população. Hoje, sabe-se que morrem, no País, um milhão de pessoas por ano. Destas, 800 mil decorrentes de doenças crônicas, diagnosticadas ou em tratamento. Desenvolvendo um modelo de aquisição de produtos confeccionado em inteligência operacional logística, dividido pelas doenças de maior incidência, em que a compra estaria integrada ao medicamento e aos produtos e equipamentos necessários para sua aplicação e encaminhamento aos núcleos regionais dos pacientes cadastrados, o SUS economizaria em perdas de compras de medicamentos e produtos, e os pacientes teriam acesso aos meios ideais para seu tratamento. Replicando-se esse modelo de serviço operacional logístico, o governo brasileiro estaria apto a exportar a mesma solução, saindo da disputa produto a produto, com países onde o custo de produção é mais favorável que no Brasil, gerando tecnologia criativa para fortalecer os produtores nacionais condenados à atual competição inglória hoje imposta. H
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Líderes e Práticas
Rastreabilidade de medicamentos Mais segurança e menos desperdício para o hospital
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A rastreabilidade de medicamentos exerce um papel fundamental na organização de toda a cadeia de suprimentos de um hospital. Para tanto, a tecnologia e a preparação das equipes envolvidas são fundamentais para que os custos estejam alinhados com o que se planeja. Isto é, obter a redução do desperdício e, assim, não ter impacto financeiro decorrente da má utilização dos materiais. Através de soluções inteligentes, a gestão de logística do Hospital Vila da Serra (MG) vem garantindo bons resultados para a saúde financeira da instituição, como também para a segurança do paciente. Após o recebimento do medicamento e material hospitalar, o produto passa pelo processo de inspeção, gerando um lote interno vinculado ao lote e validade do fabricante. Assim, para aqueles produtos que não apresentam Datamatrix, gera-se uma etiqueta com código de barras para identificação de todos os itens do estoque (reetiquetação). Todas as operações de transferência, consumo e dispensação são realizadas através da leitura deste código, permitindo, portanto, a garantia da rastreabilidade dos itens. Atualmente, a prescrição médica no Hospital Vila da Serra é eletrônica e o sistema de distribuição é individualizado. Desse modo,
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o médico prescreve através do prontuário eletrônico do paciente e, após a liberação da prescrição, a mesma é impressa na Farmácia onde ocorre todo o processo de separação dos medicamentos e materiais hospitalares. Após a separação, os itens são registrados através de códigos de barras em conta e dispensados por horário através de “tiras” seladas identificadas com as informações completas do paciente. “Com isso reduzimos a perda de remédios por vencimento, aumentamos o controle de medicamentos psicotrópicos e conseguimos suspender os produtos interditados pela Anvisa”, explica Thaís Cristina Faria Moreira Gomes, Coordenadora de Farmácia do hospital. A rastreabilidade de medicamentos também permite um controle efetivo da movimentação de estoque e maior
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Líderes e Práticas
Foto: Ana Paula Vargas
O planejamento da demanda por meio do uso de ferramenta de ressuprimento eletrônico, com alinhamento das curvas ABC de custo, e XYZ de criticidade, é feita de modo a equilibrar o ciclo operacional, girando os estoques com maior rapidez até a garantia do abastecimento contínuo. Tudo isso para manter o equilíbrio do indicador de aquisição de urgência e contribuindo para o financeiro com a cobertura do ciclo de caixa, buscando no mercado fornecedores qualificados e comprometidos com a parceria.
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assertividade do item separado de acordo com o prescrito. A tecnologia desempenha um papel fundamental diante de todo esse processo. Segundo a coordenadora, o sistema de rastreabilidade D2, Datamatrix, possibilita uma maior segurança assistencial no processo de administração de medicamentos, pois em vez de reetiquetá-lo internamente, adota-se a etiqueta Datamatrix na inspeção do recebimento, eliminando a possível falha na etiquetação. “A ferramenta também garante a rastreabilidade desde o fabricante até a sua administração no paciente. Atualmente, o Hospital Vila da Serra já iniciou o processo de implantação Datamatrix, porém ainda há algumas dificuldades, pois nem todos os laboratórios adotaram a tecnologia, assim como muitos códigos são ilegíveis.”
Reduzimos a perda de remédios por vencimento, aumentamos o controle de medicamentos psicotrópicos e conseguimos suspender os produtos interditados pela Anvisa.
Thaís Cristina Faria Moreira Gomes, Coordenadora de Farmácia do Hospital Vila da Serra
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Rastreabilidade em toda a cadeia Além da rastreabilidade realizada dento do hospital, o outro lado da cadeia também vem trabalhando para oferecer mais segurança. O primeiro passo foi impulsionado com a publicação da RDC 54, pela Anvisa, em dezembro de 2013. O prazo limite é até 2016 para a serialização e rastreamento, o que vem provocando movimentação na cadeia farmacêutica. Espera-se um grande avanço com essas rastreabilidade, como o rápido recall de produtos, diminuição de falsificação de medicamentos e de roubos de cargas, enfim, uma significativa melhora em toda cadeia logística. Segundo Marcelo Liebhardt, Diretor de Assuntos Econômicos da Interfarma – Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, a rastreabilidade é um grande avanço, sendo já feita em
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países com Turquia, Argentina e em outros na Europa e América do Norte. “Há um movimento mundial para dar maior segurança a todos os elos da cadeia e é isso que buscamos fazer. A indústria farmacêutica sempre foi favorável a aprimorar estes mecanismos.” Ainda de acordo com Liebhardt, a RDC 54 ainda requer instruções normativas com maior detalhamento para, assim, complementá-las com características mais específicas. H
Há um movimento mundial para dar maior segurança a todos os elos da cadeia e é isso que buscamos fazer. A indústria farmacêutica sempre foi favorável a aprimorar estes mecanismos.
Marcelo Liebhardt, Diretor de Assuntos Econômicos da Interfarma
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Sistemas de Gestão para auxiliar no processo de acreditação
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Nubia Viana Country Solution Manager para o segmento Enterprise IT da Agfa Heatlhcare
O que se espera quando falamos em sistemas de saúde e seus agentes? Quais são os elementos que vem a nossa mente? Aquilo que o consumidor sempre espera do serviço que utiliza: qualidade. Os consumidores esperam receber a intervenção médica correta, no tempo adequado, alcançando os resultados esperados, além de satisfação na interação com aqueles com quem se relacionam. Somando-se a estes elementos, esperam ainda instalações físicas limpas e “amigáveis”, com a melhor tecnologia disponível. Nenhuma característica isoladamente é suficiente nem tampouco uma parcial dos mesmos. Para se atingir excelência no sistema de saúde é necessária a integralidade das características supracitadas. Outro elemento que influencia a preocupação crescente das instituições de saúde na busca da
excelência na prestação de serviços com qualidade e eficiência é o conhecimento cada vez mais daqueles que “consomem” os serviços de saúde – os pacientes, ou então os clientes. Não só do ponto de vista do interesse crescente se o serviço prestado é o mais adequado, mas também questionando cada vez mais os custos, seus direitos e atenção às mudanças constantes que o setor sofre. Para tal, cada vez mais eles buscam indicadores que permitam ao mesmo algum método de comparação entre os diversos provedores. Entendendo que o paciente cada vez mais assume papel crítico neste processo, tornando-se elemento central neste ambiente. As informações geradas a partir do prontuário do paciente influenciam os diversos setores do segmento (figura 1):
Dessa forma, como mensurar o desempenho dos serviços ofertados? O setor necessita cada vez mais de ferramentas que auxiliem a adequada gestão daquilo que foi previsto, dimen-
sionado para cobertura de determinada região (ou população) ou regulado, através de programas de qualidade, por indicadores que permitem mensurar o quanto determinado prestador
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de saúde está entregando os serviços conforme padrões de qualidade predefinidos. O Institute of Medicine (IOM), no ano de 20011, publicou um relatório que identifica seis objetivos na qualidade dos serviços de saúde: 1. Segurança 2. Efetividade 3. Foco no paciente 4. Pontualidade 5. Eficiência 6. Equidade Estas são premissas que, quando analisamos os diferentes programas de qualidade, estão contempladas. Mesmo que diversos prestadores de saúde recebam incentivos, no intuito de melhorar tanto a qualidade como a segurança dos serviços entregues por suas organizações, por um lado é crescente o processo de regulação, tornando alguns requerimentos obrigatórios, do ponto de vista legal. Por outro lado, algumas organizações ligadas ou não aos órgãos governamentais (isto dependerá de cada país), cada vez mais recomendadas por esta última esfera, lançam programas de acreditação que definem um conjunto de indicadores de qualidade na intenção de gerenciar o desempenho dos serviços ofertados. Os prestadores de saúde (em especial as instituições hospitalares) entendem que ferramentas de qualidade poderão não só torná-las mais competitivas, mas também como uma oportunidade de abertura de novos negócios no segmento. Os programas de acreditação auxiliam estes prestadores a estabelecer sistemas de qualidade baseados em parâmetros que suportarão não somente a melhoria de desempenho internamente, mas o reconhecimento externo desta excelência, elemento este cada vez mais percebido pelos clientes externos. Vale a pena relembrar o conceito de acreditação. Segundo o Australian Council on Healthcare Standards – ACHS2 , acreditação é o reconhecimento público por um organismo de acreditação de cuidados de saúde do cumprimento dos padrões de acreditação por uma or1 2 3
ganização de cuidados de saúde que demonstrou, através de uma avaliação por órgãos independentes e imparciais, o nível da organização de desempenho em relação aos padrões pré-definidos. Pelo estudo publicado pelo órgão de acreditação canadense3 , o processo de acreditação é definido como um método de avaliação reconhecido internacionalmente usado para avaliar e melhorar a qualidade, eficiência e eficácia das organizações de saúde. Simplificando, a acreditação é fundamentada na premissa de que a adesão a padrões baseados em evidências irá produzir serviços de saúde de maior qualidade em um ambiente cada vez mais seguro. É também uma forma de reconhecer publicamente que uma organização de cuidados de saúde tem cumprido as normas nacionais de qualidade. A implementação de soluções de tecnologia da informação auxilia e deve ser considerada como ferramenta importante no processo de excelência, bem como no desempenho dos sistemas de qualidade. Dentro deste contexto, a tecnologia da informação na Saúde consegue suportar requisitos fundamentais que facilitarão as organizações de saúde e os profissionais de saúde envolvidos durante o processo de certificação e/ou acreditação, tais como: 1) Acesso mais fácil e rápido às informações dos pacientes, cobrindo aspectos de caráter seja regulatório ou legal com relação a privacidade, segurança e guarda da informação; 2) Ferramentas para suporte a decisão, tais como alertas e notificações no intuito de prevenir erros, suportando a segurança do paciente; 3) Otimização do tempo de assistência ao paciente, evitando desperdícios ou retrabalho por parte das equipes envolvidas; 4) Formação de base de conhecimento, auxiliando no processo de educação continuada; Os sistemas de gestão clínica procuram, cada vez mais, focar na história clínica do paciente, desviando o processo atual baseado em eventos administrativos (tipo de atendimento), voltando-se para o prontuário com uma visão longitudinal do paciente dentro do sistema de saúde como figura central. Isso proporciona
Crossing the Quality Chasm: A new Health System for the 21st Century http://www.achs.org.au/about-us/what-we-do/what-is-accreditation/ The Value and Impact of Health Care Accreditation:A Literature Review
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aos hospitais a adoção de ferramentas que facilitam a implantação de processos diversos e boas práticas, preconizadas pelos órgãos acreditadores, como: 1) Protocolos clínicos que facilitam o processo de adoção e seguimento de práticas oriundas da Medicina Baseada em Evidências. Ao mesmo tempo, permitem a geração de indicadores de desempenho e qualidade que avaliarão as melhorias oriundas da adoção dos protocolos clínicos, bem como identificam possíveis obstáculos, corrigindo falhas com maior agilidade ou provendo adequações ao fluxo proposto. Indiretamente, traz maior eficiência operacional, balanceando custos e qualidade; 2) Alerta e notificações focando na prevenção de eventos adversos, como interações medicamentosas, alergias, notificação de casos
de risco (como úlcera por pressão e risco de queda), alerta de possíveis casos que necessitam de monitoramento por parte dos serviços de controle de infecção hospitalar (SCIH), maior rastreabilidade dos diversos eventos; 3) Acesso à informação de forma segura, gerenciando critérios de privacidade e confidencialidade do prontuário do paciente, adotando tecnologias que garantem aplicabilidades destes critérios, além do armazenamento digital dos diversos documentos que compõe o prontuário (seja qual for a mídia geradora da informação); 4) Redução no retrabalho e na coleta de dados comuns, bem como auditoria em tempo real da informação definida como mandatória ou obrigatória; 5) Melhor qualificação do dado coletado nas suas diversas esferas (figura 2):
Considerando os pontos acima, é de se esperar que a resposta não esteja centrada em um único produto, seja ele hardware ou software, mas sim em um conjunto deles, capazes de se integrar, trocar informações de forma padronizada, fornecendo as instituições hospitalares uma solução completa e integrada. Estas ações farão com que as instituições pertencentes ao sistema de saúde sejam cada vez mais “interoperáveis”, tornando as informações não pertencentes a elas, mas sim ao cidadão.
Assim, a adoção de boas práticas, recomendadas pelos órgãos acreditadores por partes das instituições de saúde, é válvula propulsora para aqueles que provem soluções de tecnologia. Estes buscarão excelência em seus produtos, procurando atender não somente aos requisitos estabelecidos por esses órgãos, como também somando as suas soluções aos padrões definidos, eficiência e elevando, conjuntamente, o patamar de excelência na qualidade dos produtos ofertados. H
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Como está o mercado de homecare no Brasil? Principais empresários falam sobre perspectivas, tendências e clamam por uma melhor regulamentação do setor
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Os serviços de homecare ganharam notabilidade há cerca de duas décadas no Brasil, porém foi nos últimos cinco anos que se iniciou um crescimento de dois dígitos ao ano. Desde então, o setor começou a se espalhar fora do eixo Rio de Janeiro/São Paulo. E justamente por se tratar de um setor relativamente recente, empresários afirmam
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que ainda há a necessidade de uma melhor regulamentação. Esta é a primeira grande reivindicação quando o assunto é homecare no Brasil. A queixa é unânime
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entre os principais nomes do mercado. São vários elementos que, segundo eles, devem ser alinhados, como a relação entre prestadores e operadoras,
as diretrizes para eleger os usuários para o sistema, a esfera judicial e a regulamentação trabalhista vigente que, atualmente, estão desalinhadas e geram grandes conflitos. Segundo Gabriel Palne, CEO da Geriatrics, o setor possui empresas com estruturas e padrões muito distintos, e a falta de uma regulamentação adequada permite uma variação grandiosa na qualidade assistencial ofertada aos pacientes. “Fatos como esses permitem uma entrega muito variável de valor. Quando menciono o valor é o fato de que os resultados clínicos de baixo padrão são efetivamente mais custosos e exemplificados com altas taxas de rehospitalização.” Ainda que a RDC 11 de 2006 traga alguns tópicos acerca dos serviços que prestam atenção domiciliar, José Eduardo Ramão, Sócio-proprietário da Home Doctor, salienta pontos que devem ser debatidos. “É evidente que precisamos de regras que deixem mais claro os papéis e responsabilidades de todos os envolvidos. É fundamental que existam regulamentos, porém estes devem ser criados de forma equilibrada para que não ‘engessem’ a prestação de serviços, dificultando sua evolução, adaptação e modernização.” A regulamentação e fiscalização também garantem a segurança do paciente, pois uma operação de internação domiciliar nada mais é que um hospital descentralizado, sendo necessário alguns setores hospitalares aliados a um imenso processo logístico. “As empresas têm que garantir uma infraestrutura de atendimento de urgência e emergência, rastreabilidade de medicamentos, prontuário e prescrição digital, o que muitas vezes não acontece. Algumas pequenas companhias iniciam os serviços sem estarem preparadas para uma operação tão complexa, prejudicando o paciente. As empresas que prestam serviços de homecare devem ser comparadas ao hospital e receber
regulamentação semelhante a esses”, afirma Luiz Tizatto, da Unit Care. Luiza Dal Ben, Presidente da Dal Ben, ressalta também que este setor está em amadurecimento, tanto na esfera pública, como na privada. “Temos que alinhar e integrar os setores e níveis de atenção primária, secundária e terciária.”
Crescimento Cada vez mais, o foco da rede hospitalar está sendo direcionado para o paciente cirúrgico e o crítico. Com isso, a função de reabilitação, complementação terapêutica e a de cuidados de
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“Temos que alinhar e integrar os setores e níveis de atenção primária, secundária e terciária.” Luiza Dal Ben, Presidente da Dal Ben
longa permanência tendem a ser realizadas em estruturas e sistemas extra-hospitalares. E assim a atenção domiciliar exerce um papel fundamental diante desses cuidados, permitindo a expansão significativa da malha assistencial do País. “Cada vez mais, o cuidado vai se mover das estruturas hospitalares de alta complexidade para aquelas de menor complexidade e domicílio, otimizando recursos e humanizando o cuidado. Esse movimento gera uma tendência de crescimento para o setor e oportunidades de novos processos, integrando hospitais e empresas de homecare”, afirma Palne. Há de se considerar também a crescente demanda de pacientes em condições crônicas e o envelhecimento da população. Diante disso, Luiza Dal Ben acredita que a assistência domiciliar tende a crescer no País. “Isso acaba por contribuir,
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mais de um milhão de pessoas recebem atenção domiciliar no Brasil. O mercado fatura, atualmente, R$ 3 bilhões ao ano e emprega cerca de 230 mil pessoas. Isso evidencia a plena expansão do segmento em todo o País.” Luiza Dal Ben ressalta ainda que a assistência domiciliar é uma excelente ferramenta de gestão que deve ser utilizada em toda cadeia de saú-
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de com o objetivo de integrar todas as instâncias. “No entanto, outras modalidades tenderão a crescer porque nesses modelos a relação da proporcionalidade entre o número de profissional da saúde para um paciente no hospital é muito menor, oposto ao domicílio, em que a relação são vários profissionais para um paciente, o que eleva muito os custos.”
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em muito, para a gestão de ocupação de leitos por pacientes que não necessitem de toda a estrutura hospitalar para o seu tratamento.” O crescimento também é visto como uma realidade para Luiz Tizatto. Todavia, o CEO reforça que é necessário, além da regulamentação, o amadurecimento das empresas e profissionais que atuam na área, como também a adoção de Tecnologia da Informação para reduzir custos e aumentar a capilaridade do atendimento. Ainda sobre tendências, José Eduardo Ramão ressalta a criação de órgãos representativos que visam contribuir não só com a regulamentação do setor, mas que também ajudam na sustentabilidade do setor. “Segundo o Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar (NEAD),
Existe a necessidade de divulgar o conceito da assistência domiciliar no Brasil entre os profissionais da saúde. Assim, eles poderão indicá-la em suas diferentes modalidades de atendimento, monitoramento e internação domiciliar. Com isso, pacientes e familiares se beneficiarão desse modelo de cuidado na medida certa.
Luiza Dal Ben, Fundadora da Dal Ben Home Care
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Tendência Algumas experiências de outros países podem auxiliar o setor brasileiro a resolver alguns problemas. Nestes locais, a homecare já é um serviço maduro e reconhecido. Prova disso são as experiências de sucesso tanto em qualidade, quanto aos custos. Nos Estados Unidos e em alguns países da Europa foi possível, por exemplo, unir esforços das diferentes partes interessadas para uma solução conjunta, atendendo empresas de homecare, hospitais e fontes pagadoras. “Precisamos quebrar paradigmas. Em outros países, vejo famílias passeando com um familiar portador de patologias que os colocam exclusivamente aos cuidados da família. Evidentemente, esses foram treinados e têm acesso aos equipamentos necessários, sem depender exclusivamente dos cuidados de profissionais. Esse é um passo que deve ser planejado. Para isso, é necessário uma gran-
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de mudança cultural”, ressalta Gabriel Palne. Tizatto também lembra que nos Estados Unidos, por exemplo, a consulta remota ao médico é empregada em larga escala, diferentemente do que acontece no Brasil. “Agora, imaginem os benefícios para um paciente poder fazer a sua consulta de retorno através de teleconsulta, principalmente em grande capitais onde o trânsito é um grande fator limitan-
te. O aumento da produtividade, o conforto para o paciente e a redução de custos são argumentos irrefutáveis.” Outra solução nessas regiões é o monitoramento remoto de pacientes crônicos através de dispositivos como balanças ou aparelhos de pressão. Estes equipamentos enviam os dados a uma central, por internet, e se houver qualquer alteração, há a intervenção de forma precoce.
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A atenção domiciliar oferece benefícios a todos os integrantes da cadeia de saúde. Não se trata apenas de benefícios financeiros, embora a assistência domiciliar possa reduzir substancialmente os custos.
José Eduardo Ramão, Sócio-proprietário da Home Doctor
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Mercado
Judicialização número de equipes disponíveis para atender aos pacientes que realmente precisam e que acabam ficando nos hospitais. Tal fato gera impacto em outros usuários que precisam de cuidados hospitalares e não podem recebê-los por falta de leitos vagos. Em última instância, esse custo será arcado pela própria população, através dos aumentos autorizados pela ANS aos planos de saúde.” Luiza Dal Ben sa-
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lienta que para reduzir a judicialização é necessário diálogos esclarecedores, uma prática de escuta ativa por parte de todos os profissionais da saúde e da área jurídica envolvidos para atender as expectativas do paciente e seus familiares. Isso porque dentro do escopo da atenção domiciliar há diferentes tipos de assistência a depender do quadro clínico do paciente e das condições de seu domicílio.
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Um grande embate quanto à homecare relaciona-se à judicalização. Para Gabriel Palne, este é um efeito perverso no desenvolvimento do setor, uma vez que distancia a prestação de serviços de atenção domiciliar de sua real indicação técnica. “Os recursos, tanto financeiros quanto humanos, são escassos, e a utilização destes em quem, de fato, não precisa, causa um grande desequilíbrio. Não estou generalizando a questão, uma vez que percebemos casos com real indicação entre aqueles que ingressam na Justiça para receberem os cuidados em casa, mas esses são a minoria”, avalia Palne. Ainda para o CEO, é necessária a criação de câmaras técnicas que possam auxiliar os juízes em suas decisões. “Quanto maior o número de decisões judiciais para a liberação de recursos não necessários, menor o
Com a crescente demanda existirá uma seleção natural em que as empresas com qualidade duvidosa, administração precária e infraestrutura operacional e tecnológica defasada não irão sobreviver.
Luiz Tizatto, CEO do Grupo Unit Care
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José Eduardo Ramão considera que há certa confusão conceitual para os leigos, e até para profissionais da saúde que não atuam com a atenção domiciliar. “Essa falta de entendimento por parte da sociedade estimula pedidos equivocados que pretendem solucionar problemas sociais e até psicológicos que não podem ser suportados pelo sistema público, pelas operadoras de saúde ou mesmo repassados aos prestadores de serviço.” Ainda sobre a falta de esclarecimentos, Luiz Tizatto salienta que a operadora de saúde tem a obrigação de fornecer tratamento médico/ hospital ao paciente, e não cuidados gerais. “Essa linha muitas vezes, não é entendida pelas famílias que buscam a Justiça contra as operadoras e, muitas vezes ganham liminares de caráter temporário em que o ato de
homecare e também suas limitações. Estamos cuidando dos pacientes em seus domicílios e isso impõe limitações logísticas. Ao mesmo tempo, é necessário que as famílias entendam que cuidar de seus entes é parte de sua responsabilidade e não se pode transferir essa tarefa de forma integral às empresas de homecare ou às operadoras de plano de saúde”, afirma Palne.H
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cuidar é transferido à operadora de saúde. Isso gera uma indústria de liminares de pacientes sem indicações técnicas que usam recursos finitos das operadoras em casos que não existe necessidade.” Diante deste quadro, a compreensão é um passo importante para a evolução do setor. “Precisamos que os profissionais de saúde compreendam o potencial de atuação do
Uma regulamentação que nivele a qualidade por cima e oferte condições que equilibrem as relações de mercado e trabalho permitirá à população o acesso a melhores resultados em saúde.
Gabriel Palne, CEO da Geriatrics
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Qualidade na
teoria e na prática Soluções integradas e modernização da gestão que resultam na qualidade da assistência à saúde
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O Hospital Mãe de Deus conquistou o seu quarto prêmio Encontro Sul Americano de Recursos Humanos (ESARH), pelo programa Bem Estar Emocional, voltado para oferecer um espaço de escuta terapêutica e social aos seus funcionários. O ESARH contempla cases nacionais e internacion
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Destacando-se entre as entidades de gestão de serviços de saúde, a Pró-Saúde tem sob sua responsabilidade mais de 2.650 leitos e cerca de 20 mil profissionais, sendo 3,5 mil médicos. A atuação na administração hospitalar fez com que esta Organização Social de Saúde (OSS) fosse reconhecida em outros campos, como assessoria e consultoria, planejamento estratégico, capacitação profissional, diagnósticos hospitalares e de saúde pública e gestão de serviços de ensino. Entre as estratégias adotadas pela entidade está a atuação baseada em um processo sistemático para a tomada de decisão, visando garantir o sucesso da instituição e sua perpetuação. Também é feito um serviço analítico das áreas financeiras e contábeis. “Para prefeituras e governos estaduais, realizamos o diagnóstico situacional de saúde pública, além da formulação de programas e atendimento às exigências para repasse de recursos”, explica Paulo Câmara, Relações Externas da Pró-Saúde. Contudo, antes mesmo de administrar um hospital é feito um estudo de viabilidade em que se elabora uma completa e profunda análise econômico-financeira para a implantação de hospitais, UPAs, SAMU e outros projetos. “Realizamos uma avaliação de todos os aspectos envolvidos no investimento e otimização de recursos, faz-se uma completa análise macro e microeconômica para ofeHEALTHCARE Management 31
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Líderes e Práticas | OSS por todo o Brasil
recer maior segurança na tomada de decisão, reduzindo riscos e validando ações”, salienta. No total, a atuação da Pró-Saúde abrange 28 municípios, de 11 Estados, em todas as regiões do Brasil. São mais de 40 projetos, entre unidades de saúde e trabalhos sociais, atendendo desde crianças nos bairros periféricos de São Paulo, até populações indígenas em Rondônia, passando por centros de excelência no Rio de Janeiro, como o Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer. “Ao assumir hospitais na selva amazônica, nas chamadas comunidades fechadas, as equipes atendem a população e, ao mesmo tempo, cuidam da prevenção, seja em campanhas de vacinação, ou ações mais efetivas, como no controle da malária. Tais projetos já renderam diversos reconhecimen-
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tos, como para o Hospital de Porto Trombetas, no Pará, que recebeu o prêmio BHP Billiton em Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Comunidade”, ressalta. Também foi dado o título Hospital Amigo da Criança, pela UNICEF, para o Hospital e Maternidade São José do Ribamar (MA), Hospital Municipal Nossa Senhora da Luz dos Pinhais (PR), Hospital Dr. Luiz Camargo da Fonseca e Silva (SP) e Hospital Estadual Rocha Faria (RJ).
Temos como meta um crescimento de 20% em 2014. Paulo Câmara, Relações Externas da Pró-Saúde
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Qualidade Certificações como ONA também atestam a excelência da gestão praticada pela entidade. Tais exemplos são o Hospital Municipal de Araucária (PR), com ONA III (acreditação com excelência); Hospital Regional do Baixo Amazonas Dr. Waldemar Penna (PA) e Hospital Regional Público da Transamazônica (PA), ambos ONA II (acreditação plena). Além disso, o Sistema e Gestão da Qualidade da Central de Compras da Pró-Saúde já rendeu a certificação ISO 9001. A gestão também carrega o compromisso com a sustentabilidade ambiental. Tal reconhecimento comprova-se na conquista da ISO 14001 para o Sistema de Gestão Ambiental de suas sedes social e administrativa. Vale ressaltar que diversos hospitais administrados pela Pró-Saúde produzem relatórios de impacto ambiental no modelo do Global Reporting Iniciative (GRI) e são Mercury Free (livres de mercúrio). A Gestão de Pessoas também está entre os pilares da entidade. Através do Pró-Talentos, formam-se alunos de Administração/Gestão de Saúde dentro da própria entidade, com aulas teóricas e práticas, além de estágios na sede e nos hospitais. “Após a formação, esses alunos vão para os nossos hospitais atuarem em área diversas.” H HEALTHCARE Management 31
Em 2005, a experiência com OSS em São Paulo foi avaliada pelo Banco Mundial, em conjunto com a FIOCRUZ e a Universidade de São Paulo. O estudo comparou 12 hospitais gerenciados por tais entidades com 10 hospitais da administração direta, com o mesmo porte, complexidade e características. De acordo com a pesquisa, os índices de mortalidade dos hospitais sob gerenciamento de OSS caem até a metade dos apresentados pelos hospitais da administração direta, e o custo de procedimentos e internações é sensivelmente menor nos centros gerenciados. Para obter esta performance e administrar com excelência os hospitais brasileiros, Paulo Câmara afirma que vários desafios se despontam. Entre eles está o gerenciamento de recursos financeiros, a baixa profissionalização da gestão de saúde e a escassez de recursos humanos na saúde. Para driblar estes obstáculos, a entidade adota elementos que valorizam a transparência na gestão, através de Conselhos na Diretoria, auditoria externa, controle interno e compliance.
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Líderes e Práticas | OSS por todo o Brasil
Sob a ditadura das águas Hospital Regional Público do Marajó (PA) vence a geografia e mantém a excelência do atendimento ao paciente
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Breves é uma cidade com cerca de 100 mil habitantes que se localiza no sudoeste da Ilha do Marajó, no Pará. Para ir até lá, é necessário fazer uma viagem de navio que sai da capital Belém. Toda a trajetória pode durar de 6 a 12 horas. As difíceis condições geográficas já são, por si só, um grande desafio para a gestão do Hospital Regional Público do Marajó, instituição administrada pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH). Diante deste quadro, é necessário realizar uma perfeita logística para que não haja falta de medicamentos e outros materiais no hospital. O Diretor Executivo do hospital, Thiarle Dassi, lembra, por exemplo, da trabalhosa tarefa de trazer para o hospital um tomógrafo. “Para chegar aqui ou é de navio ou de avião, o que acaba encarecendo o produto. Por isso, sempre trabalhamos com um estoque de 45 dias para garantir o total abastecimento do hospital”, afirma. De acordo com Arthur Lobo, Coordenador do grupo técnico dos hospitais regionais do Pará, a instituição depende diretamente do transporte fluvial, o que dificulta ainda mais a logística do hospital. “O hospital está sob a ditadura das águas, pois você depende da maré para se chegar até lá. Isso requer uma grande adaptação e flexibilidade, o que não impediu o crescimento do hospital.” Somam-se a esta geografia as precárias condições de vida da população. Problemas sanitários, de educação e violência despontam como grandes males daquela comunidade. Conforme salienta Helio Franco de Macedo Júnior, Secretário de Estado de Saúde Pública do Pará, “não há mal maior que uma mãe analfabeta, afinal ali está o berço da educação”. “São problemas que acarretam diretamente na saúde e, consequentemente, nos custos. Como convencer um cidadão sem estudos, por exemplo, a comer pouco sal por causa da pressão alta, sendo que ele não está sentindo nenhum desconforto físico?”, salienta Gilberto Reis, Gestor de Qualidade e Enfermaria do hospital, sobre a importância da educação para a melhoria da Saúde no País. Mesmo diante de tantas adversidades, o hospital consegue atender todo o 8° Centro Regional de Saúde (8ºCRS), que inclui Breves, Anajás, Bagre, Curralinho, Gurupá, Melgaço e Portel. Isso corresponde a uma população estimada em 268 mil habitantes. E para atender da melhor forma todas essas pessoas, o hospital vem se adequando às normas de qualidade para con-
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quistar a acreditação ONA Nível I. “O Núcleo de Gestão da Qualidade é responsável por organizar e estruturar todos os procedimentos. A educação continuada desempenha um importante papel dentro deste contexto, pois através dela conseguimos reestruturar nossos serviços de forma mais qualificada. Para isso, trabalhamos visando, primordialmente, a segurança do paciente através de um registro seguro, da gestão de risco, entre outras estratégias.” Além de intensificar procedimentos de se-
gurança, a instituição também adota diversas medidas de sustentabilidade. Exemplo disso é o tratamento da água e dos resíduos descartados. Devido à falta de saneamento básico na região, o hospital instalou uma verdadeira central de tratamento
de água para poder atender todos os pacientes sem risco de contaminação. “Realizamos o tratamento de 100% de toda a água que consumimos com produtos específicos para reduzir as impurezas”, afirma Dassi. Entre outras medi-
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das sustentáveis estão o uso de energia solar para o aquecimento de água e o uso de raio x digital, evitando o uso de produtos químicos e de folhas. Há também o tratamento total dos resíduos descartados. “Temos uma estação de tratamento de resíduos que realiza toda a esterilização do material descartado”, explica Dassi.
Especialidades Ginecologia e obstetrícia (gravidez de alto risco), cirurgia geral, ortopedia, oftalmologia, cardiologia, clínica médica, exames laboratoriais. Centro cirúrgico e obstétrico com três salas cirúrgicas e uma de recuperação pré-anestésica. Centro oftalmológico (clínica e cirurgia). Laboratório de análises clínicas/Exames por imagem, métodos gráficos. Fisioterapia/Reabilitação. Unidade ambulatorial com cinco consultórios. Programa de Gestão da Qualidade. Programa de Humanização. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRSS).
Conseguimos avaliar o profissional e integrar suas habilidades de acordo com a missão e filosofia do hospital. Como estamos trabalhando para conquistar a acreditação, buscamos reter ao máximo os nossos colaboradores.
Thiarle Dassi, Diretor Executivo do hospital
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Gestão de pessoas Não é apenas na logística que a localização geográfica impõe desafios. Estar distante de grandes polos também é um fator que aumenta a dificuldade de obter e reter profissionais qualificados. Ainda assim, a instituição conta com um corpo clínico especializado. Muitos dos gestores são de outros Estados, mas que adotaram Breves como um novo lar. Exemplo disso é Lígia Martucci, Diretora-técnica do hospital, de São Paulo, capital. “Buscamos acolher da melhor forma possível os profissionais que chegam aqui. Realizamos reuniões semanais não apenas para discutir os problemas, mas também para nos aproximar uns dos outros e estreitar o relacionamento.” Sobre o desafio de manter profissionais em Breves, Lígia salienta a importância da gestão por competência. “Acreditamos que nossos
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colaboradores podem ser capacitados a cada dia e, por isso, incentivamos a educação continuada.” Para o Diretor Executivo Dassi, natural de Chapecó (SC), a gestão por competência é uma importante ferramenta para alcançar bons resultados. “Com isso conseguimos avaliar o profissional e integrar suas habilidades de acordo com a missão e filosofia do hospital. Como estamos trabalhando para conquistar a acreditação Nível I, buscamos reter ao máximo nossos os colaboradores.”
O hospital está sob a ditadura das águas, pois você depende da maré para chegar até lá. Isso requer uma grande adaptação e flexibilidade, o que não impediu o crescimento do hospital. Arthur Lobo, Coordenador do Grupo Técnico dos Hospitais Regionais do Pará
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Inovação colorido todo dia à tarde, quando as crianças do hospital saem para se divertir. Segundo Monize Oliveira Carleto, Fisioterapetua e Coordenadora da Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal do hospital, a atividade trouxe mais humanização no tratamento, proporcionando para o paciente uma diminuição da carga de stress e colaborando para a rápida recuperação.
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Em um ensolarado dia de domingo, enquanto os fisioterapeutas levavam as crianças internadas para andar um pouco no pátio do hospital, um profissional avistou uma pipa no chão. Resolveu, então, levá-la para as crianças brincarem. Esse era o primeiro passo para uma grande inovação. As crianças começaram a empinar pipa e esse lazer trouxe mais do que alegria para aqueles momentos difíceis. Trouxe também uma rápida melhora nos tratamentos daqueles pequenos pacientes. Desde então, o céu de Breves fica mais
Buscamos acolher da melhor forma possível os profissionais que chegam aqui. Realizamos reuniões semanais não apenas para discutir os problemas, mas também para nos aproximar uns dos outros e estreitar o relacionamento.
Lígia Martucci, Diretora-técnica do hospital
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Parcerias O Hospital Regional Público do Marajó é administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano. Contudo, não é só apenas na administração que a OSS colabora. Diante da preocupação com o social, o instituto promove constantes cursos de aperfeiçoamento profissional. “Oferecemos cursos de logística, meio ambiente e sustentabilidade, refinamento de gestão com indicadores da saúde para a mensuração e desempenho do hospital, entre outros”, explica José Cleber do Nascimento Costa, Diretor Geral do INDSH. Para Thiarle Dassi, a administração realizada pelo INDSH é fundamental para a excelência do hospital. “Tudo o que conseguimos se deve a esta parceria. Com isso, é possível ter uma gestão mais rápida e menos engessada, ou seja, temos uma produção maior, mais agilidade e segurança no tratamento.” Lígia Martucci ressalta ainda que o modelo de OSS é a sobrevivência do hospital. “É o INDSH que nos gerencia, nos qualifica e nos mantém aqui. Todo este incentivo e apoio reflete em toda a população que atendemos.” H
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Artigo Carlos
Goulart
Carlos Goulart
Em busca da desoneração tributária
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Brasil é um dos países com maior incidência de carga tributária sobre produtos e equipamentos para a saúde, a maioria na faixa de 30 a 40%. Hoje, cerca de 1/3 do valor pago pela população por qualquer produto ou serviço de saúde é composto por impostos, taxas e contribuições. Não é diferente com medicamentos: a média de impostos embutidos nos remédios para uso humano no Brasil gira em torno de 33%, enquanto que em países como Reino Unido, Canadá, Colômbia, Suécia, México, EUA e Venezuela a tributação é de 0%. Já se o medicamento for para uso animal, a alíquota no nosso País não ultrapassa 13%. Se o governo tem desonerado vários setores da economia, como a indústria automobilística e o de eletrodomésticos, por que não fazê-lo também na Saúde? Além de ampliar o acesso da população a um direito essencial – reconhecido inclusive na Constituição - as atividades em torno do segmento Saúde poderão se desenvolver mais consistentemente, com ganhos para o País. Elas são reconhecidamente um vetor de desenvolvimento socioeconômico e caminham para ser o segmento de maior peso no PIB de grandes países, assim como já são nos Estados Unidos. Naquele País, Saúde responde por 17,9% do PIB total. O poder público é responsável por cerca da metade das despesas de saúde no Brasil. Na condição de grande comprador de produtos para a saúde, o Governo também paga os altos impostos embutidos nos preços desses produtos. Dessa forma, esses recursos – que poderiam estar sendo utilizados para melho-
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Presidente Executivo da Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico -Hospitalares).
rar a saúde e qualidade de vida da população - saem da Saúde, que já conta com orçamento limitado, e migram para o Tesouro federal e estadual. Cria-se, assim, um círculo perverso, que não beneficia nenhuma das partes. O setor de medicamentos saiu na frente na defesa da desoneração de remédios de uso humano e já há dois Projetos de Emenda Constitucional, a PEC 301, da Câmara dos Deputados, e a PEC 115, do Senado. O segmento de Produtos para a Saúde começa a trilhar o mesmo caminho. Associações de classe têm mantido constante diálogo com vários deputados e senadores, incluindo uma audiência pública nas Comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, realizada em outubro de 2013. Nesta audiência foi apresentado o potencial do segmento, suas características e a sua importância para a geração de empregos e economia brasileira. A receptividade do Congresso tem sido auspiciosa: vários deputados possuem projetos de lei versando sobre isenção de diversos impostos e a iniciativa conta também com o apoio da Frente Parlamentar da Saúde. A própria Anvisa promoveu em 2012 o estudo “Tributos incidentes sobre o setor de Produtos para a Saúde” para avaliar a carga e o tipo de impostos que incidem sobre o setor. Desonerar é preciso. É o caminho para ampliar o acesso da população a produtos para Saúde com qualidade e em quantidade suficiente. A sociedade está fazendo sua parte e espera-se que o Congresso responda a esta demanda. H
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PONTO
FINAL
Novos horizontes Na contramão da economia brasileira, indústria do setor registra crescimento
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Recentes pesquisas realizadas pela Abimed e Abimo, entidades que representam indústrias no setor da Saúde, trouxeram números animadores para o segmento. Os estudos evidenciam um crescimento na produção nacional de equipamentos e produtos médico-hospitalares e odontológicos (EMHO), vencendo, assim, alguns entraves devido ao fraco desempenho da economia brasileira. De acordo com os recentes relatórios, o setor cresceu 4,1% no primeiro semestre do ano em comparação ao mesmo período de 2013. Além disso, registrou-se um aumento de 10% nas vendas (janeiro a maio) e de 3,7% no nível de emprego no semestre. O otimismo não para por ai. A previsão é de encerrar 2014 com um crescimento de 7% a 8%, acima da média nacional. A pesquisa confirmou ainda a tendência na queda das importações. Houve um recuo de 1,35% em relação ao primeiro semestre de 2013, mas a redução chegou a 12,7% no segmento de aparelhos de raio X e que utilizam radiação. Este setor, segundo a Abimed, é o mais impactado pelas políticas industriais de estímulo à produção local. O principal ator desta mudança são as parcerias das empresas privadas com o setor público para a fabricação local de produtos estratégicos para o SUS, como aparelhos de ultrassom, raio X, tomografia computadorizada e resso-
nância magnética. De acordo com a Abimo, os dados de produção física da indústria de transformação de 2013 apontaram um crescimento de 2,7% como forma de recuperação. Os setores da associação, na mesma base de comparação, alcançaram 5,2%, ou seja, quase o dobro. Em números, o faturamento dos segmentos representados pela entidade atingiu a marca de R$ 6,1 bilhões em 2013, apresentando crescimento nominal de 5,1% em relação a 2012. Mesmo com um bom desempenho e a redução da importação, a balança da indústria brasileira EMHO fechou o primeiro semestre com déficit de mais de US$ 2 bilhões. As importações alcançaram quase U$S
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2.4 bilhões, contra US$ 380 milhões em exportações. Os Estados Unidos ainda são os campeões em negócios com o Brasil, tanto em importação, como em exportação. Entre janeiro e junho de 2014, mais de 32% dos produtos importados pelo Brasil são de indústrias americanas. Em contrapartida, enviamos para o País mais de 24% de toda a nossa exportação. A Argentina é o segundo País que mais importa equipamentos do Brasil. As perspectivas deslumbram novos tempos, mas velhas ações ainda merecem atenção. Criar uma política que torne a indústria brasileira mais competitiva já é um bom começo. Para tanto, antigos obstáculos como carga tributária devem ser erradicados. H
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HCM Eventos 2014
Setembro Evento: 8º Encontro Nacional de Inovação em Fármacos e Medicamentos - Enifarmed Local: Centro de Convenções Rebouças - SP
Evento: Himss Latin America Local: WTC - SP
Data: 18 a 19 de Setembro
Data: 8 e 9 de Setembro Evento: Hospital Minas
Local: Expominas - Belo Horizonte
Data: 16 a 18 de Setembro
Outubro Evento: Futurecom
Evento: Fórum HealthCare Business
Local: Transamerica Expo - São Paulo
Local: Espaço Apas – São Paulo
Data: 13 a 16 de outubro
Data: 21 e 22 de outubro
Evento: Hospital Dynamics
Evento: Prêmio Excelência da Saúde
Local: Maksoud Plaza Hotel – São Paulo
Data: 14 de outubro
Local: Espaço Apas – São Paulo
Data: 22 de outubro
EXPEDIENTE Publisher: Edmilson Jr. Caparelli Diretor-executivo: Marcelo Caparelli Diretora-administrativa: Lúcia Rodrigues Diretor de Marketing: Jailson Rainer Diretora de Eventos: Erica Almeida Alves Editora da HealthCare: Carla de Paula Pinto Editora da HealthARQ: Patricia Bonelli Editor do Saúde Online: Thiago Cruz Redação: Carolina Visotcky Redação Sucursal São Paulo: Thaia Duó Produtora de Arte: Valéria Vilas Bôas Diagramação: Erica Alves Diretora-comercial: Giovana Teixeira Gerente Comercial: Gislaine Almeida Projetos Editoriais: Ana Carolina Cesca e Ana Lúcia Camilo Dep. Pesquisa: Janaiana Marques, Fernanda Thiezerini e Janaína Novais Executivos de Conta: Renata Oliveira e Eliana Rodrigues
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