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EDITORIAL
Edmilson Jr. Caparelli Publisher
Grandes inspirações
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xcelência na gestão, qualidade nos processos internos, sustentabilidade e corpo clínico multiprofissional. Estas são algumas vertentes que norteiam uma instituição que prima pelo sucesso de sua missão: atender bem aos clientes. Em se tratando do setor da saúde, esses pilares ganham uma complexidade ainda maior. Afinal, estamos falando de empresas que têm sob sua tutela a vida, que trabalham 24 horas por dia, durante todo o ano. E para obter esta excelência, muitas vezes, é necessário uma mudança de cultura, pesados investimentos, procedimentos rigorosos e, principalmente, a colaboração e integração de uma equipe com seus altos dirigentes. Uma tarefa nada fácil, mas que muitos hospitais de todo o Brasil mostram que é possível colocá-la em prática, vencendo os mais diversos desafios. Para homenagear essas instituições, o leitor poderá conferir nas próximas páginas o “Excelência da Saúde”, instituições eleitas pelo Conselho Editorial da revista
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Healthcare Management. São hospitais que inspiram inovação para todos nós do setor. Eles mostram como é imprescindível a sustentabilidade nos mais diversos pilares da gestão; e como o tratamento diferenciado com o paciente traz, além da qualidade no tratamento, eficácia ao negócio. Essa segunda edição do projeto “Excelência da Saúde” nos exigiu muita pesquisa e dedicação de todo o Grupo Mídia. O resultado pode ser visto nos cases que expomos para cada instituição. E esses cases são exemplos do que está dando certo na Saúde do Brasil e podem ser uma fonte de inspiração para a sua gestão. Contudo, em muitos desses casos você poderá já conhecer quais são as soluções e os procedimentos, porém nosso objetivo aqui é, além de inspirar, abrir espaço para debates e trocas de ideias. Afinal, é notável a importância de um diálogo em uma gestão de excelência. E é isso que desejamos, ouvir nossos grandes gestores para inspirar a Saúde do Brasil.
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NESTA EDIÇÃO
setembro - outubro Código de Cores A HealthCare Management organiza suas editorias pelo código de cores abaixo:
Líderes e Práticas Sustentabilidade Tecnologia Mercado Gente e Gestão Ideias e Tendências Estratégia
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Gestão das informações A importância das análises clínicas e gerenciais na incorporação de novos conceitos dentro da instituição
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Desafios e Contribuições Diretoria de Projetos garante o bom planejamento de obras em instituições médicas
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Nos passos da evolução Agilidade e flexibilidade organizacional intensificam a qualidade dos serviços do setor de medicina nuclear
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Desafios da saúde Acompanhe na íntegra o que os CIOs Marco Cardoso e Paulo Gusmão pensam sobre a TI em saúde frente à área de tecnologia da informação de outros segmentos
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Novas lideranças Intersystems traz novo nome em sua liderança
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Diretamente de Israel Instituto Weizmann de Ciências e sua contribuição para a evolução da saúde mundial
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Solução sob medida Produto desenvolvido exclusivamente para primar pela segurança de cada instituição de saúde traz inovação ao mercado
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Parcerias Agfa HealthCare e FIDI firmam contrato para implementação do GRIP
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Tecnologia em pauta São Paulo sedia a primeira edição do HIMSS Latin America
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Limpeza com segurança Como a atuação de profissionais qualificados e campanhas de conscientização de colaboradores contribuem para uma perfeita gestão da limpeza
Quando chega a hora de mudar Sustentabilidade é a nova aposta da Unimed de São José do Rio Preto. Conceito traz mudanças na cultura organizacional da instituição e inovação aos seus beneficiários
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Ar comprimido A relação custo e benefício de um produto essencial para a segurança do paciente
ENIFarMed Política, regulamentação e incentivo à pesquisa em xeque
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Diferencial no mercado Inovação no tratamento de feridas traz maior economicidade para clínicas e hospitais
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Articulistas:
20 Avi Zins | 28 Francisco Balestrin | 54 Márcia Mariani | 176 Fernando Vogt
188 Nubia Viana | 202 Franco Pallamolla | 206 Evaristo Araújo | 226 Carlos Goulart
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OSS por todo o Brasil Instituições no Rio de Janeiro sob o comando das OSS
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Melhorias da Qualidade CBA oferece novo produto para hospitais e ambulatórios atenderem a RDC 36
Graziela Morais, e Fátima Aparecida Noronha Bozelli
186 192
196 200 208
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Novos olhares Crise na saúde pública requer mais investimento do governo e novas práticas de gestão Assessoria jurídica Uma valiosa ferramenta para que grandes hospitais sejam administrados sob projeções de riscos e impactos judiciais Atenção aos detalhes Hotelaria como uma valiosa estratégia para a gestão Gastronomia de ponta Como garantir um cardápio saudável para os pacientes e colaboradores da instituição? Segurança para o paciente Excelência da gestão com o apoio de profissionais capacitados e parceiros que prezam pela inovação Feira HospitalMinas Evento atrai cerca de oito mil pessoas e movimenta R$ 50 milhões
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pontuando a gestão
André Longo, Diretorpresidente da ANS, fala sobre os avanços no setor, tendências e riscos para o mercado
204
Perfil
Presidente-executivo das empresas JP e Olidef fala sobre mercado e o desafio da Saúde no Brasil
73 78 84 98 104 114 120 128 136 142 150 156 162 168
Pontuando a Excelência Arquitetura e Infraestrutura Atendimento ao Paciente Biossegurança Comunicação e Marketing Enfermagem Ensino e Pesquisa Gestão Corporativa Gestão de Pessoas Gestão de Qualidade Hotelaria Recursos e Suprimentos Sustentabilidade Tecnologia
231 PONTO FINAL Receita em alta Planos de saúde registram crescimento no País
DIAS DESTAQUE
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Hospital Pilar, localizado em Curitiba (PR), passou a ser membro da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). A instituição é referência em atendimento cardiológico e neurológico, oferece mais de 30 especialidades médicas no corpo clínico e possui certificação ONA nos níveis I e II. O hospital conta com 107 leitos e possui um moderno centro cirúrgico para procedimentos de baixa, média e alta complexidades, além de UTI geral e humanizada, centro médico, hospital dia e atendimento 24 horas para emergências com unidades especializadas em dor torácica e AVC. “A qualificação e o modelo de gestão do Hospital Pilar são compatíveis com as exigências de hospitais referenciados nacionalmente”, explica Luis Rodrigo Milano, Diretor -executivo da instituição.
Foto: Lyrian Oliveira
Hospital Pilar é novo membro da Anahp
AGILIDADE
ANVISA faz parcerias para reduzir prazo de registro de produtos médicos
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m acordo de auditoria única para atestar o sistema de qualidade das fábricas de produtos para a saúde firmado entre ANVISA e agências reguladoras do Estados Unidos, Canadá e Austrália é a aposta para reduzir os prazos de registro de produtos médicos. Segundo Diretor-presidente da Agência, Dirceu Barbano, o acordo vai possibilitar que o sistema de qualidade de um fabricante de dispositivos médicos seja submetido a uma auditoria única, efetuada por organismos credenciados, que satisfaça os requisitos das autoridades regulatórias dos países envolvidos. Durante encontro promovido pela ABIMED, Barbano disse que a medida denominada “Programa de Auditoria Única em Dispositivos Médicos” começou a ser testada em janeiro deste ano por meio de um projeto-piloto que está em curso.
VERBA
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s hospitais universitários receberam R$ 150,4 milhões do Ministério da Saúde para reforçar seus orçamentos. Com isso, serão beneficiadas 39 instituições de 29 cidades. Esta é a quarta vez que essas instituições recebem ajuda financeira durante 2014. Até dezembro, o repasse totalizará R$ 463,7 milhões. Os recursos contemplam as ações que integram o Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários (REHUF), desenvolvido e financiado em parceria com o Ministério da Educação. Os valores são definidos com as instituições e levam em conta indicadores e metas de desempenho de cada local. Com esta ajuda, os hospitais universitários podem adquirir aparelhos para exames de imagem, realizar pequenas reformas, comprar materiais de limpeza, entre outros.
Foto: Divulgação
Governo libera R$ 150,4 milhões para hospitais universitários
Brasil MERCADO
Através da Mapfre Serviços Financeiros, a companhia espanhola lançará em 2015 um produto específico para o segmento corporativo. A operação já está sendo testada na Grande São Paulo e já em março de 2015 será ampliada para toda região Sudeste. A expectativa é estender os serviços para todo o País em 2016. A Mapfre Saúde já atua na grande maioria dos países em que a marca está presente e, há anos, a empresa vinha analisando a estratégia de entrar no Brasil. Conforme o Diretor-geral de Previdência e Saúde da Mapfre Serviços Financeiros, Eduardo Soares de Freitas, o objetivo é fechar em torno de 40 mil vidas até o final de 2015. “Vamos oferecer todos os tipos de planos que existe no mercado. Desde os mais sofisticados hospitais aos mais populares e, principalmente, os regionais”, ressalta.
Fotos: Divulgação
Mapfre investe no segmento de Saúde
perda
Arquitetura da Saúde perde grande nome
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m setembro, a arquitetura da saúde perdeu um de seus grandes nomes: Domingos Fiorentini. Aos 69 anos, o arquiteto faleceu em decorrência de uma embolia pulmonar. Fiorentini deixou quatro filhos e sete netos. À frente de importantes projetos do setor da saúde como das Unimeds Blumenau e Sorocaba, Hospital Infantil Sabará, Hospital Israelita Albert Einstein, Centro Cirúrgico e conforto do Hospital Sírio-Libanês e Hospital Regional de Divinópolis, entre outros, o arquiteto tornou-se referência em arquitetura da saúde. Fiorentini também atuou como docente na Faculdade de Administração Hospitalar do IPH de 1975 a 2007; Diretor Geral da Faculdade de Administração Hospitalar do IPH de 1985 a 2007; e participou de mais de 500 projetos de estabelecimentos assistenciais de saúde, dentre eles laboratórios, clínicas e hospitais.
GEstão
SalomãoZoppi Diagnósticos contrata novo presidente
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rede paulista de laboratórios de medicina diagnóstica, SalomãoZoppi, traz novo nome para o comando: Mário Sérgio Pereira. O executivo está há três anos e meio na empresa e antes ocupava o cargo de Diretor-comercial da rede. Em sua trajetória profissional, Pereira também coleciona passagens pelas empresas Aché e Hermes Pardini. Os fundadores Paulo Zoppi e Luis Salomão irão para o conselho e Pereira assumirá a vice-presidência. As próximas estratégias é investir R$ 60 milhões até 2015 e chegar até lá com 10 unidades e um faturamento de R$ 270 milhões. Apenas no primeiro semestre deste ano, o SalomãoZoppi registrou R$ 92 milhões de receita bruta, o que representa uma alta de 15,5% em relação ao mesmo período de 2013.
DIAS Gestão
Fotos: Divulgação
Medtronic investe no mercado de Wearables
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Medtronic anunciou investimentos no mercado sensores wearble. O pontapé inicial é o Seeq MCT System, um adesivo com sensor cardíaco que pode ser usado durante 30 dias para o monitoramento cardíaco contínuo. O produto é fruto de uma solução da Corventis, empresa adquirida pela Medtronic. A ferramenta grava e armazena todo o histórico de batimentos cardíacos e transmite tais dados via Bluetooth e conexão de celular para o Medtronic Monitoring Center. Os pacientes são monitorados 24 horas por dia, durante todos os dias, por técnicos da Medtronic que enviam relatórios diretamente para os médicos. Segundo a empresa, o sistema é indicado para pacientes que tenham batimento cardíaco irregular, como desmaios, tonturas, vertigens, palpitações ou falta de ar.
Aquisição
BD compra a CareFusion por U$ 12 bilhões
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BD, empresa de tecnologia em saúde, anuncia a compra da CareFusion por U$ 12,2 bilhões. De acordo com a compradora, o negócio deve render à companhia um portfólio com o espectro completo de produtos para gestão de medicamentos, começando com a preparação na farmácia e se estendendo até o hospital e o monitoramento do paciente. Os produtos da CareFusion incluem pumps de infusão, conectores IV, instrumentos de preparação cirúrgica e ferramentas para melhoria de qualidade. Em 2012, o grupo adquirido pela BD comprou a brasileira Intermédica e, de acordo com a CareFusion, a aquisição faz parte de uma estratégia de alocação de recursos em mercados com rápido crescimento. O fechamento do acordo bilionário deve ser fechado no primeiro semestre de 2015.
Inovação
Serviço de saúde móvel da Apple terá aplicativos da Cerner e Athenahealth
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Cerner Corp e a Athenahealth Inc, dois provedores americanos de registos eletrônicos de saúde, estão trabalhando com a Apple para desenvolver aplicações que melhor aproveitem o HealthKit, serviço de saúde móvel da Apple. O objetivo é ajudar os médicos a monitorar de casa pacientes com condições crônicas e identificar riscos para a saúde. O HealthKit reúne dados de diversas aplicações e dispositivos, incluindo medidores de pressão arterial, acelerômetros e sistemas de medição de glicose. Nos Estados Unidos, os hospitais estão lançando pilotos com o uso do HealthKit para melhorar o cuidado preventivo, além de comprovar a potencial redução de custos. Ambos os provedores desenvolveram aplicativos voltados para os pacientes. As versões compatíveis com o HealthKit estarão disponíveis na App Store.
Estudos
FDA testa corrente magnética para acabar com o vício do tabaco
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ma máquina que pulsa regiões profundas do cérebro com corrente magnética pode ajudar fumantes a deixar o hábito. O estudo realizado por especialistas israelenses mostra que 44% de um grupo de fumantes, que não tinha conseguido parar de usar o cigarro por meio de outros métodos, foram finalmente capazes de parar com o vício após algumas semanas de tratamento. Um terço dos fumantes que foram tratados ainda não tinha desistido do tabaco seis meses depois. Pode não soar como uma alta taxa de sucesso, mas os índices de falha de outros métodos antitabagismo podem chegar a cerca de 90%. Com base nos resultados do estudo, publicado na revista Biological Psychiatry, o departamento Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, está agora testando a máquina para aprovação.
Investimento
Cleveland Clinic inaugura centro para Medicina Funcional
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Cleveland Clinic inaugurou o seu Centro de Medicina Funcional. Baseada em bem-estar, prevenção de doenças, cuidado centrado no paciente e cuidados personalizados de saúde, a clínica conta com o trabalho conjunto entre os seus especialistas para estudar o impacto da medicina funcional em certas doenças crônicas, começando com quatro ensaios clínicos no tratamento de asma, doença inflamatória intestinal, diabetes tipo 2 e enxaquecas. Segundo a Cleveland Clinic, mais de 75% do custo total de cuidados de saúde nos EUA podem ser atribuídos às condições crônicas - um a cada dois adultos americanos vivem com pelo menos uma doença crônica. Na Medicina Funcional, prestadores de cuidados de saúde trabalham com pacientes para enfrentar as causas profundas da doença para uma melhor prevenção e tratamento.
Negócios
UnitedHealth adquire a MedSynergies
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UnitedHealth Group confirmou que irá comprar a MedSynergies, uma empresa de capital fechado que trabalha com grupos de médicos filiados com sistemas hospitalares, um movimento para aprofundar o papel da empresa na tendência crescente para os prestadores de cuidados integrados de saúde. Optum, braço de serviços de saúde da UnitedHealth, não revelou os termos do acordo, que deverá ser concluído ainda neste ano. MedSynergies, com sede em Irving, Texas, se concentra em ajudar a gerir práticas médicas, incluindo funções financeiras, tais como faturamento, reembolso e coleções. A Optum, por sua vez, já faz um extenso negócio com sistemas hospitalares, mas muito do seu foco tem sido cuidados intensivos no hospital, e não em consultórios médicos.
Fotos: Divulgação
Mundo
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Setor farmacêutico se reúne no 8º ENIFarMed O 8º Encontro Nacional de Inovação em Fármacos e Medicamentos (ENIFarMed), que aconteceu em São Paulo, reuniu toda a cadeia produtiva farmacêutica para debater temas políticos, estruturais e regulatórios que têm impacto direto no investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) de fármacos e medicamentos. Os debates contaram com a presença de pesquisadores e representantes da indústria, governo e academia que participaram de um diálogo aberto sobre os avanços e gargalos que ainda precisam ser superados para ampliar a inovação no setor. Entre os nomes presentes estavam Carlos Gadelha, do Ministério da Saúde; e Pedro Palmeira, do BNDES. Confira os vídeos exclusivos no portal Saúde Online.
Congresso debate tendências da arquitetura hospitalar O VI Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, realizado pela ABDEH (Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar), com o tema “Excelência em Ambientes de Saúde: experiências e evidências”, contou a presença de renomados palestrantes internacionais, como o arquiteto argentino Mário Corea e o sueco Göran Lindahl. “O congresso trouxe os nomes mais expressivos na Saúde hoje. Acredito que a vinda desses renomes consolida o sucesso do Congresso da ABDEH”, comentou Emerson Silva, Presidente do VI CBDEH. Além disso, uma assembleia extraordinária durante o congresso nomeou o novo Presidente da Associação, o arquiteto Márcio Oliveira, e definiu o nome que o sucederá: Emerson Silva. Confira a cobertura completa do evento no portal Saúde Online.
Lançamento da revista Health-IT Durante a 1ª edição do HIMSS Latin America, que aconteceu em São Paulo, foi lançada a primeira edição Health-IT, nova publicação do Grupo Mídia. A matéria de capa traz Jeremy Bonfini, Vice-presidente da HIMMS, e Andre Luiz de Almeida, da ABCIS. Os executivos contam sobre a primeira edição do evento no Brasil. A revista traz ainda a questão da mobilidade e os benefícios que tais tecnologias móveis proporcionam para médicos e como estes recursos vêm promovendo um tratamento mais ágil. Porém, a conectividade precisa ser minuciosamente planejada e instalada face às centenas de cabos organizados que podem influenciar na segurança de um paciente. Essa é a visão do CIO Klaiton Simão, do Hospital São Camilo, que participou ao lado da Maria Luiza Malvezzi, do HCPA, da matéria de mobilidade.
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Palavra da editora
Carla de Paula Pinto, Editora da Revista HealthCare Management
Excelência na prática
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lém de admiração, os modelos de excelência na gestão é algo que pode nos ensinar muito. E quando o assunto se refere ao setor da saúde, bem sabemos que para se chegar a tal patamar é necessário muito esforço e dedicação, não apenas da alta gerência, mas também de todos os colaboradores que ali trabalham. Diante de tamanha importância que a gestão de qualidade exerce em nosso setor, nós, do Grupo Mídia, trazemos nas próximas páginas uma homenagem às instituições eleitas “Excelência da Saúde”. Este trabalho é resultado de pesquisa e cases de sucesso analisados pelo nosso Conselho Editorial. Depois de muito estudo, elegemos aqui as principais instituições de saúde do Brasil. O objetivo é prestar a devida homenagem a essas instituições que levam saúde de qualidade para a população e que também nos inspiram a vencer desafios para cumprir tal missão. Esses hospitais nos ensinam a como vencer
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dificuldades, a prezar pela sustentabilidade do setor, a importância do investimento e valorização de toda a equipe. Além desses exemplos de inspiração para todo o setor, o leitor também poderá conferir nas próximas páginas artigos de importantes nomes, como Carlos Goulart, da ABIMED, e Franco Pallamolla, da ABIMO. Também trazemos a cobertura completa de importantes eventos que aconteceram nesses últimos meses, como a Feira Hospital Minas, ENIFarMed e HIMSS. E a novidade desta edição fica por conta dos conteúdos exclusivos que trazemos para o leitor de nossas publicações Health IT, lançada durante o primeiro HIMSS Latin America, e HealthARQ, únicas publicações sobre tecnologia da saúde e arquitetura da saúde no País, respectivamente. São como esses grandes exemplos de “Excelência da Saúde” que buscamos a inovação em cada conteúdo que esta edição traz, incitando o debate e a construção do conhecimento para a Saúde do Brasil.
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Há quase 10 milhões de pessoas no País com planos individuais, com registro de aumento do número de beneficiários tanto nos planos de assistência médica (4,6% em 2013), quanto nos planos exclusivamente odontológicos (8,6% em 2013). Dados da ANS (Agência Nacional de Saúde) indicam que o número de planos individuais registrou um crescimento de 9,7% nos últimos cinco anos. E a Agência tem contribuído com isso, consolidando-se, cada vez mais, como o órgão mais procurado para o esclarecimento de dúvidas e registro de reclamações sobre os planos. André Longo, Diretor-presidente da ANS, fala ao Saúde 10 sobre os avanços no setor, tendências e riscos para o mercado, além de sustentabilidade e tecnologia.
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Quais foram os últimos grandes desafios frente à ANS? Em 2014, assumimos um desafio ao ampliar as notificações de intermediação preliminar para as reclamações não assistenciais do cidadão, por exemplo, por quebra unilateral de contrato ou reajuste irregular de mensalidades. Avançamos também em projetos importantes, como a implementação do novo Rol de Eventos e Procedimentos em Saúde. Estamos ainda investindo na qualificação dos prestadores de serviços de saúde e na divulgação dos atributos que diferenciam um hospital, uma clínica ou um profissional de outros, oferecendo maior gama de informações ao consumidor.
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Atualmente, muitas operadoras de saúde estão abandonando o atendimento à pessoa física. Como a ANS analisa esta tendência? A ANS monitora este tema por meio de estudos e análises de cenário, mas é importante destacar que há quase 10 milhões de pessoas no Brasil com planos individuais. Dados da ANS indicam que o número de planos individuais registrou um crescimento de 9,7% nos últimos cinco anos, percentual acima do aumento da população brasileira no mesmo período, que foi de 6%, segundo o IBGE.
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dado também medidas para coibir o chamado “dumping” (venda abaixo do custo do serviço no mercado), por meio do monitoramento do risco assistencial de cada operadora.
Qual o papel da tecnologia dentro deste contexto? Cuidados em saúde estão calcados em informação em saúde. É essencial a existência de um cartão do usuário, com registro eletrônico e o trânsito dessas informações para as operadoras. Não se consegue refletir sobre o futuro da saúde suplementar sem prever que essa tecnologia esteja incorporada. Atuamos para que as informações da saúde suplementar estejam ao alcance do consumidor e das operadoras de planos de saúde de forma mais ágil. Para isso, estamos trabalhando no novo sistema de Troca de Informações da Saúde Suplementar, o TISS, pelo qual teremos, por exemplo, a percepção mais atualizada da rede de prestadores de serviços de fato utilizada pelas operadoras.
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Como deve ser o modelo de operadoras no futuro? A gestão de riscos precisa evoluir, com maior atenção à qualidade e fidedignidade da informação assistencial, contábil e econômico-financeira, pois só dessa forma as decisões de gestão poderão ser melhor avaliadas. Além disso, em muitas localidades, há um pouco cuidado com a correta precificação dos planos, com um foco de curto prazo e voltado somente para o resultado das vendas. A Agência tem estu-
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Como é possível alcançar a Sustentabilidade neste setor? Um mercado sustentável deve se programar para manter a proporção de despesas assistenciais sob controle a curto e longo prazo, gerenciando da melhor forma possível suas fontes de receita e seus custos. A atuação da Agência se dá tanto na indução às melhores práticas como nos programas de qualificação do setor e de incentivos à promoção de saúde e prevenção de doenças, como na fiscalização, com o monitoramento das reclamações de consumidores contra planos de saúde e a suspensão de comercialização de planos com pior desempenho, entre outras ações.
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Como a ANS vem atuando para melhorar e equilibrar os interesses entre operadoras e prestadores? A Agência publicou uma série de normativas estabelecendo requisitos para a celebração de contratos entre as operadoras e os profissionais e estabelecimentos como hospitais, clínicas e laboratórios que atuam no setor suplementar. Além disso, realizamos a primeira audiência pública e uma consulta pública para reunir sugestões para a elaboração de um normativo sobre a adoção de boas práticas entre as operadoras e os prestadores de serviços. Em abril, foi instituído o Comitê de Incentivo às Boas Práticas, que visa mudanças nas relações entre esses entes. No momento, técnicos da ANS trabalham na proposta de regulamentação da Lei nº 13.003/2014, sancionada em 24/6/2014, que altera a Lei nº 9.656/1998 em relação à contratualização de serviços. Até dezembro, a ANS regulará temas como a exigência de comunicação da substituição de profissionais de saúde, laboratórios e clínicas e a definição de percentual de reajuste de honorários nos casos em que operadoras e prestadores não chegarem a um consenso.
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Como o sr. analisa a concorrência no setor? Em um País de dimensões continentais e tão diversificado existem situações de concorrência muito diferentes nas suas diversas praças, até mesmo por produto. É importante informar que a ANS não é um órgão do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC). A Agência auxilia o SBDC fornecendo pareceres para que eles façam a análise necessária.
Como estão os avanços quanto à Governança Regulatória que também consta na agenda da ANS? Monitoramos por meio de uma coordenação interna todos os esforços para organizar consultas públicas de forma sistemática e construir a análise de impactos regulatórios prévios a cada norma elaborada ou problemas enfrentados. Neste momento, a ANS está sensibilizando todos os funcionários para melhorar a governança relacionada às boas práticas regulatórias.
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O que a ANS fez para obter a Integração da Saúde Suplementar ao SUS, conforme consta na Agenda da ANS para 2013 e 2014? De janeiro a abril de 2014, a ANS arrecadou R$ 91,15 milhões no ressarcimento ao SUS, valor quatro vezes maior em relação ao mesmo período de 2013. Esse montante também equivale à metade do que foi ressarcido ao longo de todo o ano de 2013, R$ 183,24 milhões. Além disso, houve a priorização da inscrição das operadoras inadimplentes em dívida ativa e a determinação para que as operadoras incluíssem em seus balanços a
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dívida com o ressarcimento, com garantias e provisões para as dívidas atuais e futuras.
E como está o canal de comunicação entre os clientes? Com a ampliação da capacidade de recepção de ligações no Disque ANS (em março de 2013), que já chega a 2 milhões por ano, a ANS vem se projetando como o principal canal de recebimento de demandas de beneficiários de planos. Em 2013, a Agência recebeu 102.232 reclamações de beneficiários do País. Cobertura assistencial foi o tema mais frequente de reclamações, com um total de 74.061. H
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Artigo | Avi
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Apertem os cintos A informação do paciente sumiu!
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arantir o acesso à informação de forma segura e contínua, onde quer que estejamos e quando necessário. Esta é a visão da IHE (Integrating the Healthcare Enterprise), iniciativa de profissionais da área de saúde para garantir uma comunicação integrada, segura, contínua, com integridade entre aplicações e sistemas de saúde. Dentro deste contexto, a coordenação de especificações padrões, como o HL7 e o Dicom para atender às necessidades clínicas e dos pacientes é o foco da associação. A interoperabilidade é uma das principais questões que se coloca intrinsecamente quando se trata da informação em saúde. Em vários países do mundo, há um só prontuário único e onde quer que um paciente específico vá, seus médicos terão acesso à informação necessária para um tratamento mais eficiente, seguro e qualitativo. Porém, quando falamos disso, surgem questões que levam a sistemas inconsistentes e não integrados dentro de um hospital, dentro da operadora de saúde que trata o indivíduo, na medicina diagnóstica que faz seus exames, e, mais ainda, na necessária troca de informações sobre os pacientes entre estas instituições da cadeia de valor de saúde. Há ainda outro contexto que são os chamados “momentos de transição”, em que a informação não chega a um estágio seguinte de atendimento como deveria e seria requerida. São momentos como: • Transição de equipe de enfermagem e médica no atendimento ambulatorial, hospitalar e UTIs; • Transição na “alta” entre a UTI e Semi-UTI, ou entre eles e um leito normal; • Atendimento pós-alta hospitalar; • Indicação de um médico a outro por necessi-
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Avi Zins Head of Healthcare Segment da Neoris do Brasil, colunista da revista HealthCare Management.
dade de especialidade no tratamento; • Recepção de exames de análises e imagens; • Segunda opinião médica. É, portanto, fundamental que as informações que circulam nestes momentos cruciais estejam de posse das equipes que passam a ser usuárias da informação e, para tanto, o acesso a esta informação deve seguir alguns princípios: • Foco em melhoria da qualidade do atendimento ao paciente; • Redução dos custos de saúde (Processos e dificuldades de acesso à informação); • Melhora da eficiência no tratamento especializado; • Rapidez diagnóstica e terapêutica; • Coordenação de atividades entre médicos centrada no paciente; • Troca de informações entre operadoras e hospitais, entre os hospitais, no atendimento domiciliar ou individual; • Melhoria na informação de saúde pública e melhor coordenação de controle de endemias; • Mais eficiência no custeio das atividades e consequente reembolso. Conclama-se, portanto, que cada vez mais os gestores na saúde se conscientizem destas necessidades e criem junto com suas equipes de TI e com seus fornecedores-chave um caminho de padronização e garantia de interoperabilidade. Somente através de um trabalho direcionado para este fim e com o foco na integração de seus sistemas e informações que as nossas instituições de saúde, sejam elas privadas ou públicas, poderão colher os melhores resultados para os seus negócios, além de garantir, cada vez mais, uma maior produtividade de suas equipes médicas e assistenciais e, na ponta mais importante de todas, um atendimento seguro, contínuo, íntegro, rápido, eficiente e qualitativo ao paciente. H
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Gestão das informações A importância das análises clínicas e gerenciais na incorporação de novos conceitos dentro da instituição
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Para ampliar o market share de uma organização é imprescindível uma perfeita gestão de informações e o ajuste de novos procedimentos diante das inovações do mercado. Encontrar ferramentas de consultoria e assessoria que respondam a tais necessidades passam a ser estratégias fundamentais para o Negócio.
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Neste contexto, a assessoria e consultoria na gestão da informação em saúde com a aplicação de ferramentas e princípios da epidemiologia
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para o processo de tomada de decisão tornam-se importantes diferenciais. Diante disso, a ST Consulte Saúde, que atua no mercado
desde 1998, oferece para o mercado de saúde produtos específicos para a melhoria dos registros clínicos, codificação de diagnósticos e procedimentos, padronização dos dados e informação estratégicas, além de um sistema web para acompanhamento de resultados clínicos, operacionais, gestão de pessoas e econômico-financeiros. “O principal diferencial é a customização dos produtos, que são sempre adequados à realidade e necessidade dos clientes. Com experiência comprovada e produtos testados, aumentamos a eficiência dos processos, ampliamos a capacidade de gestão estratégica nas organizações e contribuímos para aumento da efetividade, qualidade e uso apropriado dos recursos”, explica Denise Schout, Sócia e Diretora da ST Consulte Saúde. E para colocar em prática todo este trabalho, Denise salienta a importância de estar atento às necessidades e peculiaridades da cultura organizacional de cada hospital. Esse cuidado é chave para o sucesso dos trabalhos realizados com os diversos clientes que a ST Consulte atende, como o Hospital São Camilo, Beneficência Portuguesa, Hospital Santa Rosa de Cuiabá, Casa de Saúde São José, entre outros. “Entre 2008 a 2013 prestamos serviços para o Hospital Sírio-Libanês e tivemos a oportunidade de participar de importantes projetos, como a implantação do Registro Hospitalar de Câncer e a Avaliação do Desempenho Médico.” Atualmente, como também ocorreu com o Hospital Israelita Albert Einstein e no Nove de Julho, o hospital conta com equipe própria para a qual foi transferida a tecnologia e que realiza o trabalho. As próximas estratégias, segundo Denise, são o desenvolvimento de novos produtos voltados para os desafios de incorporação de novas tecnologias em gestão e a ampliação dos estudos de custo efetividade. “Também vamos nos dedicar a oferecer suporte aos hospitais e operadoras no aprimoramento dos registros clínicos com codificação e capacitação de equipes para implantação de novos modelos de remuneração, tanto no setor público quanto privado.” HEALTHCARE Management 32
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Líderes e Práticas
Perfil to, de operadora de plano de saúde, entre outros. Este é o primeiro passo para se obter um sistema de informação clínico completo e assim geram-se relatórios visando a melhoria dos procedimentos, como a correção de erros de
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cadastro e entrada de dados dos registros clínicos. “Os processos de acreditação e certificação são elementos facilitadores. Nós contribuímos para o monitoramento mais preciso e com validação dos dados e indicadores”, ressalta. H
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Segundo Denise, o trabalho é realizado em conjunto com os diretores técnicos dos hospitais e com gerentes. Os profissionais participam da implantação e monitoramento dos resultados após a implantação dos protocolos. Elabora-se, também, o relatório de morbidade da demanda hospitalar em que são coletados o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes. Este estudo permite um melhor entendimento quanto aos padrões oferecidos segundo complexidade, tipo de procedimen-
Com experiência comprovada e produtos testados, aumentamos a eficiência dos processos, ampliamos a capacidade de gestão estratégica nas organizações e contribuímos para aumento da efetividade, qualidade e uso apropriado dos recursos.
Denise Schout, Sócia e Diretora da ST Consulte Saúde
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Tecnologia
Parcerias
Agfa HealthCare e FIDI firmam contrato para implementação do GRIP alocada na Bélgica, durante 24h, sete dias por semana. As checagens acontecem a cada 10 minutos e quaisquer anormalidades são resolvidas remotamente. Em casos mais complexos, uma equipe de especialistas é acionada e ações de identificação de causas e aplicação de soluções proativas são aplicadas em pouco tempo, tornando o ambiente do cliente cada vez mais disponível. Segundo Armin Spirgatis, Superintendente de Tecnologia da Informação da FIDI, a parceria traz vários benefícios, como a
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A Agfa HealthCare e a Fundação IDI – Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem firmaram nova parceria para a implementação do GRIP, serviço de monitoramento remoto de sistemas. A solução já está concluída e em funcionamento. “O avanço junto ao FIDI, com o início do serviço GRIP, vem consolidar a parceria já existente e coloca a Agfa HealthCare em uma posição cada vez mais estratégica neste contexto, estando cada vez mais inserida e diretamente responsável pela disponibilização de um serviço de saúde de qualidade e sem interrupções”, ressalta Rodrigo Chibly, Regional IT Service Manager – Latam da Agfa HealthCare. O GRIP é um novo conceito que envolve hardware, software, serviços e inteligência para monitorar todas as funcionalidades e componentes dos sistemas instalados no ambiente de saúde, adiantando-se a possíveis falhas e irregularidades nos processos, prevenindo perdas financeiras, de produção e atrasos nos diagnósticos. O monitoramento é realizado em tempo integral por uma equipe de especialistas que fica
redução downtime e melhoria na informação sobre problemas para o usuário final, além do aumento do número de atendimentos. Isso porque trata-se de uma solução de monitoração ativa, proporcionando ações preventivas. “Isso por si só traz uma segurança operacional maior, onde o ambiente todo disponível com boa performance garante a perfeita execução do fluxo de trabalho atingindo os resultados planejados nos tempos esperados”, afirma Chibly. H
A inclusão do serviço GRIP nos posiciona estrategicamente junto aos clientes, saindo de uma posição de fornecedor para realmente uma posição de parceiro.
Rodrigo Chibly, Regional IT Service Manager – Latam da Agfa HealthCare
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Artigo | Francisco
Balestrin
Francisco Balestrin
Hospital é coisa séria
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m todo o mundo, os hospitais são instituições respeitadas e até reverenciadas pelo que representam para o bem mais precioso de uma pessoa, que é a saúde. Suas atribuições vão além da prestação de cuidados diferenciados, do ponto de vista da assistência médica curativa e de reabilitação, para serem reconhecidos pela inestimável colaboração na prevenção de doenças, no ensino e na investigação científica. Não são raros os países que se tornaram referências internacionais pelas suas especializações médicas, conhecimentos científicos e protocolos assistenciais, originados em suas instituições hospitalares. No Brasil não é diferente, embora, por aqui, os hospitais já tenham sido comparados a botecos – como ocorreu recentemente em uma reportagem publicada por uma revista de grande circulação nacional. Nada contra botecos. Mas a comparação é, no mínimo, jocosa, e de uma visão totalmente distorcida e até maledicente. Os hospitais privados brasileiros, a exemplo dos grandes centros internacionais, são instituições de altíssima complexidade, sob todos os aspectos que possam ser analisados – desde
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Presidente do Conselho de Administração da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados
a sua estrutura física e arquitetônica, como de gestão, capacitações, procedimentos, logística, comprometimento com a saúde, a qualidade no tratamento e o bem-estar de seus pacientes. A governança hospitalar supera a de qualquer outra atividade econômica, exigindo um esforço intelectual, financeiro e tecnológico acima do padrão, para gerir uma realidade que tende a ser cada vez mais complexa. No Brasil, este cenário ganhou novos contornos com o aumento da renda, que ampliou o acesso aos serviços de saúde, com os significativos ingressos de novos usuários das operadoras, e com o envelhecimento e a mudança do perfil epidemiológico da população. Esse desafio exige dos gestores investimento constante na ampliação das instalações, adaptação dos serviços, incluindo estrutura física e capacitação das equipes, bem como aquisição de novas tecnologias, com vistas a atender as demandas atuais e se preparar para as exigências futuras. Isso tudo sem abrir mão do cuidado e da qualidade da assistência, no momento em que, não raramente, pacientes e familiares estão bastante fragilizados. É fato que há muito para avançar. O se-
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tor encontra desafios cada vez maiores, enquanto avança no seu modelo de governança, cada vez mais estruturado no sentido de promover a melhoria contínua do nível de assistência e qualidade clínica do cuidado ao paciente, em um ambiente de boas práticas e de excelência. A governança clínica dentro dos hospitais tem caráter multifuncional e exige a participação de todo o corpo clínico e de suporte das instituições, dada sua altíssima complexidade. Afinal, envolve pilares tão variados quanto distintos, que vão desde a auditoria clínica participativa, a efetividade da intervenção clínica e a gestão de riscos de eventos adversos, até a educação e treinamento dos profissionais, desenvolvimento da pesquisa, transparência de todos os processos e relações interpessoais, e o
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uso de tecnologia da informação. O setor hospitalar também está empenhado na busca permanente pela melhoria da assistência em saúde como um todo, em atendimento a uma das maiores expectativas da população. Por isso, a partir de um trabalho executado por uma consultoria internacional, que compreendeu entrevistas com importantes personalidades brasileiras, estudo da nossa realidade e análises comparativas com os maiores centros mundiais, reunimos uma série de propostas em um documento inédito no Brasil. A finalidade é contribuir para o fortalecimento e a integração de toda a cadeia da saúde, mantendo os hospitais à frente do importante desafio que o País tem para expandir e melhorar a assistência oferecida à população nos próximos anos. H
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Mercado
Tecnologia em pauta São Paulo sedia a primeira edição do HIMSS Latin America
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O primeiro HIMSS Latin America Conference and Exhibition 2014, que aconteceu na cidade de São Paulo, trouxe importantes nomes do setor de tecnologia da saúde que levantaram diversos debates acerca do tema. Com um público seletivo e bastante representativo do setor TI Saúde, o evento contou com a presença de 900 participantes, sendo 521 congressistas e 26 palestrantes de di-
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versos países. Entre eles destaca-se Jack Cochran, Diretor-executivo da Kaiser Permanente, que em entrevista exclusiva para o Saúde Online louvou a iniciativa de ter o primeiro
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HIMSS na América Latina. “Os debates que aconteceram foram muito construtivos e isso faz com que haja uma maior aproximação em toda a cadeia. Ainda temos muito
são compartilhados entre os hospitais, por exemplo, a busca por aumentar o acesso da população à saúde de qualidade.” Sobre estes avanços, John Hoyt, Vice-presidente executivo da HIMSS Analytics EUA, fez uma apresentação com o tema “Um roteiro comprovado da
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adoção da TI para a saúde: o Modelo de adoção de registro médico eletrônico (Electronic Medical Record Adoption Model, EMRAM)”. Para ele, os maiores benefícios de instituições que estão nos estágios 6 e 7 relacionam-se à qualidade e diminuição dos erros médicos.
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que aprender e isso acontece mais rápido ao fazermos isso juntos.” Também esteve presente Jeremy Bonffini, Vice-presidente da HIMSS, que ressaltou a importância do mercado brasileiro. “No Brasil foram estudadas instituições que estabeleceram metas claras para melhorar a segurança, minimizando os erros e priorizando as implementações de TI. Nós avaliamos histórias de excelência de toda a América Latina antes de tomarmos a decisão de realizar o evento aqui. Por exemplo, outro país que se enquadra nesses quesitos é o Chile. Vejo algo em comum na região LATAM: muitos dos mesmos desafios
Nossos propósitos são a divulgação de modelos de melhoria para o setor.
André Almeida, Presidente da ABICS
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Mercado
Segundo André Almeida, atual Presidente da ABICS – Associação dos CIO Saúde, o evento concretiza os esforços da entidade de incentivar excelência em tecnologia no setor. “Nossos propósitos são a divulgação de modelos de melhoria, além de exibir grandes corporações do mundo e como elas funcionam verificando se esse modelo pode ser adaptado na América Latina.” Para o executivo, a conferência HIMSS LATAM é uma confluência de fatores que reunidos levam a discussões de alto nível em como é possível fazer uso da TIC no setor saúde, olhando para o objetivo final que é prestar uma assistência melhor e mais eficaz.
Durante o primeiro HIMSS Latin America, dois hospitais brasileiros foram homenageados por atingirem o Nível 6 conforme do EMR Adoption ModelSM (EMRAM). O Hospital Sírio-Libanês e o Hospital Unimed Recife III são os únicos do país a alcançar este estágio. Os hospitais neste
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Reconhecimento
Vejo algo em comum na região LATAM: muitos dos mesmos desafios são compartilhados entre os hospitais, por exemplo, a busca por aumentar o acesso da população à saúde de qualidade. Jeremy Bonffini, Vice-presidente da HIMSS
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nível demonstram ter uma vantagem significativa sobre os concorrentes em relação à segurança dos pacientes, apoio médico, recrutamento de profissionais e um marketing competitivo para o recrutamento de enfermeiros e consumidores. Tais instituições possuem ainda prontu-
lidade e eficiência dos nossos processos e, acima de tudo, o comprometimento dos nossos colaboradores e médicos cooperados,” disse Andreza Montezuma, Responsável de TI, Hospital Unimed Recife III. “Este reconhecimento nos trouxe muita alegria e a confirmação de que seguimos o caminho correto. E
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que continuaremos nossos esforços para alcançar o nível de máxima excelência na qualidade e segurança do cuidado ao paciente e assim atingirmos o estágio de Adoção Completa do Prontuário Eletrônico,” disse Margareth Ortiz de Camargo, Superintendente de Tecnologia da Informação, Hospital Sírio-Libanês.
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ários médicos quase completamente automatizados/digitais quando implementadas suas aplicações de TI para maioria das configurações dos cuidados hospitalares. A gestão dessas instituições também começa a criar alinhamentos estratégicos com suas equipes médicas para utilizar com eficácia a tecnologia de informação a fim de melhorar o ambiente de segurança do paciente. “O Nível 6 da HIMSS foi uma conquista gratificante e desafiadora pelo empenho de todo o quadro funcional do Hospital Unimed Recife III, vencendo com isto as barreiras culturais de nossa região. Estamos muito orgulhosos e contentes com esta premiação, pois atesta a qua-
Este reconhecimento nos trouxe muita alegria e a confirmação de que seguimos o caminho correto. Continuaremos nossos esforços para alcançar o nível de máxima excelência na qualidade e segurança do cuidado ao paciente e assim atingirmos o estágio de Adoção Completa do Prontuário Eletrônico.
Margareth Ortiz e Camargo, Superintendente de Tecnologia da Informação, Hospital Sírio-Libanês
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Mercado
Negócios presente no evento. Conforme ressaltou Claudio Licursi, D i r e t o r- exe c u t i vo, essa primeira edição demonstra o interesse que o Brasil está despertando no exterior. “Estamos investindo maciçamente no setor da saúde, trazendo ferramentas de apoio
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para o CIO com objetivo de que ele passe a enxergar a TI como Negócio estratégico. Para isso, estamos oferecendo um produto que proporciona um diagnóstico da infraestrutura voltado para o negócio, o que facilita a tomada de decisão do gestor.”
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Durante o evento, diversas empresas estiveram presentes trazendo para o público as últimas soluções para o mercado de Saúde. Para o CEO da Pixeon, Roberto Cruz, o evento foi uma grande oportunidade de mostrar as últimas inovações do setor. “O objetivo do HIMSS é trazer a certificação na qualidade da tecnologia e a Pixeon oferece sistema para que os hospitais conquistem esse reconhecimento. Além disso, temos toda a plataforma de clouding para distribuição e colaboração entre os médicos”, ressalta. A Sphere IT Solutions também esteve
Estamos investindo maciçamente no setor da saúde, trazendo ferramentas de apoio para o CIO com objetivo de que ele passe a enxergar a TI como Negócio estratégico. Para isso, estamos oferecendo um produto que proporciona um diagnóstico da infraestrutura voltado para o negócio, o que facilita a tomada de decisão do gestor.
Claudio Licursi, Diretor-executivo da Sphere IT Solutions
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Para Ricardo Coiro, Diretor Adjunto de Vendas da OKI, a vinda do HIMSS foi bastante positiva para o setor, pois trouxe grandes players e a presença de importantes CIOs. “Nosso objetivo aqui é demonstrar nossas soluções principalmente
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na área de impressões em diagnóstico de imagens. Atendemos diretamente nossos clientes em qualquer necessidade de impressão que o hospital venha ter. Agregamos a solução e a expertise do fabricante para estar junto com o cliente.”
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Segundo José Laska, CEO da Agfa Healthcare, a primeira edição do evento na América Latina abre uma perspectiva maior de profissionalismo do mercado. “Nós continuamos com um investimento em pesquisa e desenvolvimento muito forte. Cerca de 10% do que a Agfa mundial fatura é em pesquisa e desenvolvimento e no Brasil isso não é diferente. Estamos com as mesmas cifras, continuamos investindo em novos módulos e sistemas de gestão para chegar a ter um produto que una a gestão administrativa e a clínica.”
O objetivo do HIMSS é trazer a certificação na qualidade da tecnologia e a Pixeon oferece sistema para que os hospitais conquistem esse reconhecimento.
Roberto Cruz , CEO da Pixeon
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Mercado
IHE Brasil celo Rodrigues dos Santos, Presidente do IHE Brasil e Diretor de Integração de Dados & Soluções Analíticas da Philips Healthcare Transformation Services. “Ter um braço aqui no Brasil é muito importante porque essas iniciativas bus-
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cam harmonizar os padrões e isso é muito significativo para a troca de informações”, ressalta Sandy Vance, Diretora de Interoperabilidade da HIMSS internacional. Confira a cobertura completa do HIMSS Latin America no site Saúde Online. H
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Durante a primeira edição do HIMSS Latin America foi lançada a vertente brasileira do IHE – Integrating the Healthcare Enterprise, organização sem fins lucrativos que começou nos Estados Unidos em 1998 e hoje se espalha para todo o mundo. “A IHE trabalha entre o gap existente dos padrões de interoperabilidade com o efetivo uso do mesmos. Não é simples aplicar um padrão internacional para desenvolver a interoperabilidade, mas a ideia é criar guias de implementação baseados em casos reais”, afirma Mar-
A IHE trabalha entre o gap existente dos padrões de interoperabilidade com o efetivo uso do mesmos.
Marcelo Rodrigues dos Santos, Presidente do IHE Brasil
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Estratégia
Limpeza com segurança Como a atuação de profissionais qualificados e campanhas de conscientização de colaboradores contribuem para uma perfeita gestão da limpeza
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Efetividade no controle de infecção hospitalar e o bem-estar de todo o ambiente. Esses são alguns dos maiores objetivos de um serviço de limpeza hospitalar que preze pela excelência e qualidade. Mas, segundo Juan Diego Angélico, Assessor de Planejamento e Serviços da Orcali, há uma grande necessidade de capacitar profissionais para esta atividade, bem como mudar uma cultura ainda existente em algumas instituições. “Não podemos pensar que as sujeiras só existem se estiverem aparentes. Em nossa atividade não deve somente pa-
recer limpo, deve obrigatoriamente estar limpo.” Para tanto, Marcelo Ferreira Pereira, Consultor Corporativo da Orcali, salienta a participação, juntamente com os estabelecimentos de saúde, de campanhas de conscientização para o descarte correto de resíduos, acidentes com perfurocortantes e de procedimentos básicos na higienização. “São ações que resultam em um grande diferencial, como o simples ato de higienizar correta e frequentemente as mãos.” Quanto à dificuldade na obtenção de mão de obra qualificada, Pereira ressalta a necessidade de
proporcionar especializações para os colaboradores, com cursos específicos, treinamentos in loco, vistorias regulares e atualização constante. Com uma frequente qualificação, as atividades passam a ser executadas em cumprimento das normas regulamentadoras de Saúde e Segurança do Trabalho. Isso porque é preciso conhecer as peculiaridades de cada unidade de saúde e, assim, montar um programa específico que atenda as necessidades deste local. Este estudo deve relevar fatores externos como o tipo de piso, formato de construção e até mesmo as características dos pacientes e o clima do local. Esses elementos acabam por influenciar severamente na limpeza, direcionando para uma customização dos serviços, materiais e equipa-
mentos. “A atualização constante dos profissionais possibilita a melhoria do serviço oferecido, como a inclusão de novas tecnologias e de produtos cada vez mais elaborados como forma de otimizar os serviços, traduzindo-se em um ganho significativo de qualidade”, ressalta Pereira. Além de profissionais capacitados e materiais de qualidade, a participação
ativa dos clientes através da gestão e das Competências em Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) também é muito importante para a gestão da limpeza. “Contamos com a participação ativa de nosso cliente, revisando e corrigindo sempre em forma de parceria os procedimentos corretos para cada atividade”, afirma Angélico.
O Estado de Santa Catarina está abaixo da média nacional em densidade de incidência de infecção confirmada em laboratório. Em 2011 e 2012, na UTI adulto, o estado registrou as médias de 3.6/1000/CVC dia e 4.3/1000/ CVC dia, respectivamente, enquanto que a média brasileira, no mesmo período, registrou 6.2/1000/CVC dia e 5.7/1000/CVC dia.
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Estratégia
Limpeza e segurança Uma limpeza especializada permite que a sujeira, visível ou não, seja eliminada, reduzindo, portanto, a contaminação nas superfícies e a proliferação de micro-organismos nocivos à saúde. “Com a expertise adquirida na área de limpeza hospitalar podemos comprovar que é possível prestar um serviço mantendo os mais rigorosos padrões de higiene, diminuir a incidência de infecções hospitalares e, ainda assim, gerir uma equipe de sucesso com custos definidos dentro da realidade do mercado”, afirma Angélico. Com mais de 8.500 colaboradores, a Orcali terceiriza para seus clientes na área de saúde outras atividades como recepção, telefonia, digitação, serviços de office-boy, zeladoria, copa, cozinha, jardinagem, vigilância eletrô-
nica e humana. No escopo de suas atividades estão também o recrutamento e seleção de colaboradores, o treinamento de equipes e a consultoria de especialistas. São 14 hospitais da rede pública de Santa Catarina e mais dois hospitais geridos por Organizações Sociais, o Hospital do Cepon e o Hospital Florianópolis, que utilizam tais serviços. Quanto à segurança,
Pereira ressalta três pontos principais: pessoas, patrimônio e a percepção de segurança. “Em estabelecimentos de saúde trabalhamos com vários fatores de vulnerabilidade. Os equipamentos têm um alto custo, temos o patrimônio dos clientes, familiares e dos colaboradores e ainda toda a questão envolvendo manipulação ou desvio de medicamentos.” H
Juan Diego Angélico, Assessor de Planejamento e Serviços da Orcali, e Marcelo Ferreira Pereira, Consultor Corporativo da Orcali 40
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Mercado
Ar comprimido
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A relação custo e benefício de um produto essencial para a segurança do paciente
Oferecer produtos de qualidade está longe de ser o único caminho para que uma empresa se destaque no mercado. Em se tratando do segmento hospitalar, esse fator passa a ser não mais o diferencial, mas o primordial. A Qualidade abrange desde o material que é utilizado para a fabricação, até a assistência pós-venda que a empresa oferece. “Nenhum produto entra em nossa linha de comercialização sem antes conhecermos muito bem o fabricante, seus processos de produção e controle de qualidade. Além disso, só passamos a comercializá-lo após seis meses de testes e avaliações de performance”, salienta o engenheiro Gilson Macedo Santana, Diretor da Ar Brasil Compressores. Segundo Santana, a busca por novas tecnologias e inovações para os clientes é uma valiosa estratégia para o negócio. “O grande diferencial é proporcionar uma solução completa composta pelas divisões de venda, locação e manutenção do produto e de seus acessórios de acordo com as normas da Anvisa.”
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A divisão de locação também é outro diferencial salientado pelo gestor. “Com isso, o cliente passa a terceirizar o seu ar e toda a responsabilidade de fornecimento deste material fica sob responsabilidade da Ar Brasil. É um caminho do hospital focar mais em seu core business e, assim, atender com excelência o seu público.” Este serviço terceirizado está diretamente relacionado à segurança do paciente e, para tanto, faz-se necessário uma série de medidas que ga-
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rantam a qualidade. Dentre elas estão o atendimento técnico 24 horas, equipamentos de acordo com as normas da Anvisa, substituição imediata em caso de pane irreparável, além de manutenções preventivas. “Nossos profissionais realizam um acompanhamento periódico dos equipamentos locados ou que possuam contratos de manutenção a fim de verificar seu funcionamento, limpeza e prevenir possíveis problemas”, afirma Santana.
Custo x Benefício Ciente de que o preço é um fator decisivo para a aquisição de um produto ou serviço, Santana afirma, porém, que há outros valores que estão implícitos na formação do preço. “Algumas empresas não levam em conta o custo-benefício, o qual comprovará que, ao longo do tempo, o investimento será recuperado com os baixos custos de manutenção, economia de energia e performance.” Além de buscar equilíbrio desta balança, o engenheiro afirma que outra importante diretriz da gestão é investir, constantemente, em novas tecnologias no segmento de ar comprimido. Para tanto, o diretor explica que as principais referências da empresa são os produtos provenientes da Alemanha e Coreia do Sul. “A experiência conquistada no segmento
em seu principal negócio, que é cuidar da saúde, por isso o grande valor dos serviços de apoio. “A terceirização do ar comprimido oferece aos gestores hospitalares a garantia de que este serviço será realizado por profissionais habilitados e qualificados para tal função, garantindo tranquilidade e segurança para seus pacientes.” H
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hospitalar através da parceria com clientes como Hospital Sírio-Libanês (SP), Hospital Beneficência Portuguesa (SP), Hospital e Maternidade Cristo Rei (TO), entre outros, nos engaja, a cada dia, a buscarmos novas soluções para atender os elevados padrões de exigência deste mercado.” Por fim, Santana ressalta a importância de o hospital focar
Oferecer produtos de qualidade é uma obrigação de qualquer empresa, mas quando falamos de segmento hospitalar isso deve ser uma garantia.
Gilson Macedo Santana, Diretor da Ar Brasil Compressores
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Conteúdo Exclusivo HealthARQ www.healtharq.com.br
Desafios e Contribuições Diretoria de Projetos garante o bom planejamento de obras em instituições médicas
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Responsável por aliar as necessidades da empresa ao planejamento estratégico e buscar a padronização das construções para diminuir ao máximo as intercorrências durante a supervisão de obras, a Diretoria de Projetos é um setor de extrema importância na área da saúde. À frente do gerenciamento de 40 colaboradores diretos e 500 indiretos, entre arquitetos e engenheiros no Brasil e Portugal, Robson Szigethy, Diretor de Projetos da Amil, fala sobre as dificuldades, mas principalmente sobre suas contribuições de seu setor durante uma obra. De acordo com Szigethy, a expertise no segmento de projetos e construções em ambientes médico-hospitalares, além do conhecimento das rotinas dos clientes, possibilita a agilidade no desenvolvimento de projetos arquitetônicos. “O departamento sempre vai desenvolver as demandas de acordo com as características e utilização de equipes médicas do grupo. Buscamos sempre utilizar materiais de alto desempenho para padronizar as construções e não sofrermos contratempos que podem atrasar nosso itinerário”, diz.
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Szigethy ainda afirma que outras preocupações constantes são a produção de planos que tornem as unidades médicas flexíveis e com fácil expansibilidade, permitindo a incorporação de novas tecnologias de maneira sustentável. Para o diretor, também é necessário assegurar que as rotinas preventivas possam ser executadas facilmente. O profissional afirma que, para isso, o projeto deve oferecer acessibilidade. “Para que o processo seja possível, utilizamos patamares e paredes técnicas, shafts, lajes
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desobstruídas, forros removíveis, estruturas com modulações adequadas e ambientes técnicos de acordo com as normas vigentes e características dos equipamentos”, diz. Entre os maiores desafios do setor, Szigethy destaca a dificuldade em encontrar profissionais qualificados no mercado de construção civil. “Temos obras em diversas capitais do Brasil e temos dificuldades para encontrar pessoas capazes de executar serviços específicos dentro de instituições de saúde”, afirma. H
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EstratĂŠgia
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Nos passos da evolução Agilidade e flexibilidade organizacional intensificam a qualidade dos serviços do setor de medicina nuclear
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Nos últimos dez anos, a medicina nuclear cresceu de forma significativa, não somente nas capitais, mas também em algumas cidades do interior do País. O cenário nacional também tem ganhado anualmente diversos radiofármacos inovadores, desenvolvidos em laboratórios farmacêuticos de ponta no Brasil e no exterior. Essas novas substâncias têm sido úteis para diagnóstico de doenças de difícil avaliação, como tumores, doença de Parkinson ou focos infecciosos ocultos. Contudo, alguns especialistas consideram que a medicina nuclear brasileira ainda apresenta grande defasagem em relação aos países desenvolvidos, causada em parte pela insuficiência do fornecimento de insumos radioativos, como o Fluordeoxiglicose (FDG)-18F (insumo para o exame PET/CT), que é produzido em 10 fábricas no País. Segundo Nilton Hanaoka, Médico Nuclear da DIMEN Medicina Nuclear, os problemas enfrentados pelo setor já vêm sendo tratados junto ao governo brasileiro há muitos anos pelos representantes da especialidade. “Uma das dificuldades da nossa área é o elevado investimento necessário para a adequada implantação de centros de medicina nuclear e PET/CT. Outro fator é o congelamento das tabelas de remuneração dos procedimentos, que acumulam perdas progressivas e acabam inviabilizando a disseminação da especialidade no País”, comenta. Em relação às tecnologias necessárias para o campo da medicina nuclear, Hanaoka destaca que não existem técnicas que possam
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executar os procedimentos sem a ação do homem, mas sim a combinação desses dois. “A administração do recurso humano, desde a seleção ao aperfeiçoamento é importante ação a ser adotada.” Hanaoka afirma que nesta especialidade não basta ter disponível o profissional e a tecnologia de ponta. “Necessitamos do fornecimento de insumos, particularmente dos radiofármacos, para a execução dos exames de medicina nuclear”, acrescenta. Hanaoka, conta que na DIMEN a diretoria clínica realiza um acompanhamento do desenvolvimento desses produtos, seja por meio de intercâmbios ou contato com fornecedores. “Praticamente todos os procedimentos disponíveis no nosso meio podem ser executados pela ins-
tituição e estão acessíveis à comunidade, inclusive procedimentos externos, como a cirurgia radioguiada”, destaca.
Qualidade Ao falar da gestão de qualidade, Hanaoka revela que a principal atenção é o cliente, estabelecendo políticas e diretrizes para documentar, manter e melhorar o Sistema de Gestão da Qualidade. “Tais procedimentos foram implementados em 2003 sob os requisitos da Norma NBR ISO 9001:2008”, afirma. A diretoria da instituição informou à reportagem que todas essas normas visam assegurar que seus serviços junto aos clientes sejam coerentes com a missão, visão, valores e política, e que estejam de acordo com os requisitos legais das práticas da Medicina Nuclear.
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Estratégia
A empresa possui um Sistema de Gestão monitorado e medido pelo conceito de gerenciamento de processos. Os recursos necessários para o pleno funcionamento deste Sistema são revistos anualmente pelos Gerentes e Diretores, por meio de orçamentos previamente aprovados, de modo a assegurar a correta operação dos processos, do atendimento aos requisitos dos clientes e o atendimento dos objetivos da empresa. Hanaoka diz que os objetivos corporativos, incluindo aqueles necessários para atender os requisitos do produto, são acompanhados periodicamente por meio de indicadores de desempenho, de forma a demonstrar o alcance das metas estabelecidas e comprovar desenvolvimento e eficácia. “Contamos com um Grupo Diretivo da Qualidade, equipe multidisciplinar formada exclusivamente para esta área. Cada membro identifica, executa e controla os requisitos regulamentares e estatutários quanto ao forne-
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cimento do produto e realização de processos técnicos e administrativos”, reforça Hanaoka. Em cada uma das 11 unidades da DIMEN, Hanaoka comenta que são nomeados Representantes da Qualidade, garantindo, assim, uma interação e o adequado funcionamento das interfaces organizacionais. “Eles possuem também responsabilidades e liberdade organizacional para agir sistematicamente na manutenção do nível de satisfação do cliente
A imagem molecular é uma ferramenta poderosa e que está no auge da sua ‘adolescência científica’, pois ainda há um grande potencial para desenvolvimento.
Nilton Hanaoka, Médico Nuclear da DIMEN Medicina Nuclear 48
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e na prevenção e solução de problemas reais e potenciais.” Outro ponto que vale ser ressaltado é o sistema de medição de desempenho global implementado na empresa através dos processos que compõem o Sistema de Gestão. “É algo de fundamental importância para a orientação dos esforços de melhoria dos processos. Tal procedimento reflete nos resultados das inter-relações e das pessoas na organização”, avalia. H
Processos de segurança Com o objetivo de manter a qualidade e padronização dos processos, bem como a correta execução dos procedimentos, Hanaoka afirma a importância de estabelecer um sistema de gerenciamento. “Mantemos os documentos atualizados de forma ágil e eficiente, e, principalmente, de fácil acesso a todos os colaboradores.” São disponibilizados Protocolos de Medicina Nuclear, que trazem detalhadamente, por exemplo, informações sobre doses de fármacos a serem administradas aos pacientes, contagens, tempo e ângulos para aquisição de imagens, medicamentos a serem suspensos, entre outras coisas. Todos os registros, desde o atendimento na recepção ou clínico, passando pelas etapas de liberação, monitoração de processo, até a inspeção para liberação e entrega do laudo de exames, ficam dispostos em locais apropriados e acessíveis a consultas pelos envolvidos. Durante todo o processo de realização de exames ou estudos é realizada uma contínua monitoração da qualidade e confiabilidade analítica dos produtos através dos controles de qualidade. O processo de realização de exames de Medicina Nuclear é monitorado e inspecionado em estágios apropriados em cada setor, com o objetivo de verificar o atendimento a requisitos especificados para liberação dos resultados, utilizando-se de conceitos de repetição e reprodução de padrões e controles com resultados conhecidos.
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Desafios da saúde
Acompanhe na íntegra o que os CIOs Marco Cardoso e Paulo Gusmão pensam sobre a TI em saúde frente à área de tecnologia da informação de outros segmentos De um lado, médicos sem noção exata dos limites e recursos dos sistemas de TI; de outro, desenvolvedores com pouco ou nenhum conhecimento das necessidades práticas de um processo hospitalar. Afinal, o que difere um CIO de saúde de um CIO de outras áreas?
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“Antes de tudo precisamos esclarecer que quase a totalidade das estruturas de TI das empresas de qualquer setor deve estruturar-se para seguir um determinado modelo de gestão profissional com alto nível de maturidade, e esse deve conter entre seus principais assuntos o Planejamento Estratégico de TI, Gestão de Sistemas, Gestão de Demandas, Gestão de Processos, Gestão da Arquitetura de TI, Gestão de Fornecedores, Gestão de Pessoas, Gestão Financeira e a Gestão de Riscos e Segurança da Informação e, além disso, o CIO deve ter ampla visão sistêmica do negócio aonde esta inserido. Como todos os ramos de negócios, o setor de saúde possui particularidades a serem tratadas pelos CIOs e aqui nos ateremos as diferenças no setor Farmacêutico. Hoje é notória a grande demanda para o CIO para com os requisitos de compliance. Muitos ramos de negócios possuem várias regulamentações, principalmente as financeiras, tais como SOX e Basiléia. Mas no ramo da saúde também temos que atender as diretrizes da ANVISA e do FDA (Food and Drug Administration). No caso da indústria farmacêutica devemos atender entre outras a RDC 17, que dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Medica-
mento; CRF Parte 11, para garantir que as empresas de ciências da vida possam utilizar registros e assinaturas eletrônicas; e o Guia de Validação de Sistemas Computadorizados e Qualificação de Infraestrutura – que dispõe de regulamento que possa garantir a exatidão e a integridade dos registros de dados para o ciclo de vida do produto. Talvez o maior desafio na saúde seja quebrar o conservadorismo que o setor possui, aceitando que sistemas, processos e inovação advindos de outros mercados possam agregar valor aos negócios. Para isso, o CIO precisa participar de eventos para ouvir
as novidades e experiências, e entender como elas se encaixam nos negócios da empresa, seja para reduzir custos, organizar processos ou para alavancar receitas. Temos que nos manter próximos a todas as novas tecnologias disponíveis para verificar se elas podem e ou devem ser aplicadas aos negócios do setor, tais como Redes Sociais, Mapeamento de Comportamentos, Big Data, BYOD, Cloud Computing e etc. Outro desafio: devemos ser agentes de integração e facilitadores de comunicação entre todos os stakeholders - colaboradores, clientes, médicos, fornecedores.”
Marco Antonio Cardoso, CIO da Theraskin Farmacêutica HEALTHCARE Management 32
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Conteúdo Exclusivo Health-IT www.health-it.com.br
“Talvez a Saúde seja o último grande segmento corporativo a ser impactado pelo uso de tecnologia de informação. O momento que estamos vivendo, de consolidação de mercado e pressão por controle e redução de custos, faz com que o setor de TI entre no foco. Claro que equipamentos de saúde são utilizados há décadas, com avanços significativos em especial na área de exames por imagem. Porém, o uso de tecnologias de informação baseadas em software ainda é muito reduzido. E acredito ser justamente através do uso inteligente de softwares que a TI poderá impactar significativamente a área de saúde. Hospitais e clínicas devem investir em softwares customizados e em análise de dados para conseguir identificar desde melhores práticas assistenciais até como e onde reduzir custos e otimizar receitas. Mas a área de Saúde sofre com o baixo uso dessas ferramentas para as suas necessidades. A começar por sistemas de EMR (Electronic Medical Record).
Os sistemas atualmente em uso são extremamente genéricos, não levando em consideração necessidades específicas de práticas assistenciais tão distintas e tão complexas. Por exemplo, um prontuário eletrônico de um ortopedista deve ser diferente de um prontuário eletrônico de um oncologista. Essa necessidade básica demanda interfaces diferentes para diferentes tipos de usuários. Sem interfaces diferentes os dados armazenados tendem a ser in-
Paulo Buarque de Gusmão, CIO do Centro de Combate ao Câncer
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completos ou a ser armazenados como texto puro, o que dificulta tremendamente a análise das bases de dados. Como em qualquer indústria, para a área de TI conseguir criar soluções inteligentes deve existir uma parceria muito forte entre analistas, desenvolvedores e profissionais assistenciais. Nos raros casos em que já ocorre esta integração, as soluções criadas sempre são bem recebidas e bem sucedidas em seus objetivos.” H
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Artigo Márcia
Mariani Márcia Mariani
Reflexões socioambientais
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e pararmos para refletir em termos históricos, podemos concluir que em pouco tempo, digamos 120 anos, ou seja, apenas quatro gerações, a civilização já passou por transformações homéricas. Em uma lúdica e paradoxal comparação, parece que estamos muito próximos em alguns momentos de fatos explorados no famoso desenho dos Jetsons (de Hannah-Barbera) que a tantos encantou com suas maravilhas sociais e tecnológicas. A família Jetsons vivia em um mundo quase perfeito, sem resíduos, sem pobreza, acho que podemos dizer até sem impactos sociais e ambientais. Com certeza, o desejo de todos nós. Porém, paradoxalmente em outros momentos estamos, sim, vivendo muito próximos de outro maravilhoso trabalho da dupla Hannah-Barbera, chamado “Os Flinstones”. Na história, a sociedade dependia totalmente de recursos orgânicos, sem o apoio da tecnologia mostrada no desenho do futuro. Em ambos os seriados vemos retratadas cenas de âmbito cultural, social e, implicitamente, também ambiental . No cenário real a sociedade se organizou de forma a privilegiar primeiramente os argumentos econômico-financeiros e, posteriormente, vieram a ser inseridos, agregados e muito valorizados os argumentos sociais . Passamos ao entendimento de que a evolução social depende de todos os atores envolvidos e não somente do setor público. As empresas passaram a contribuir com o desenvolvimento social, por volta dos anos 90, quando se iniciou o movimento da conscientização ambiental e, a partir deste fato, aconteceu a fusão dos dois conceitos, formando um novo, mais amplo e sistêmico denominado socioambiental. O conceito de responsabilidade socioambiental é mais pertinente aos cenários atuais. Porque cla-
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Gerente ambiental e de projetos do INDSH (Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano) e Membro do Projeto Nossa Terra (projetonossaterra.com.br)
rifica a premissa de que as pessoas formam as sociedades, com suas diversas formas de expressão inevitavelmente dentro do meio ambiente. Muitas organizações desde então têm contribuído com projetos maravilhosos, visando expandir o desenvolvimento das vertentes sociais e ambientais de forma concomitante. Pelo motivo da proximidade com o trabalho, gostaria de referenciar positivamente um recente projeto do INDSH - Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano, denominado MUSA – Museu da Saúde, com o objetivo de ser uma instituição em sintonia com as necessidades do mundo contemporâneo, considerando o passado e, claro, o futuro. Pretendemos servir a sociedade mediante instrumentos culturais diversos que promovam a consciência da saúde de forma integral considerando o aspecto social e o ambiental. Umas das vertentes do MUSA é oferecer instrumentos para a reflexão de que a saúde está intimamente relacionada com o meio ambiente. Afinal, como ter saúde sem estar em um ecossistema saudável? A primeira ação foi a elaboração de literatura altamente especializada sobre a história da saúde no Brasil, intitulado “A Saúde no Brasil – Do descobrimento aos dias atuais”, da autora Sônia Maria de Freitas. Nesta obra temos a oportunidade de apreciar e aprender com fatos ocorridos em nosso passado histórico e obter conhecimento sobre as tendências futurísticas que, por vezes, já fazem parte da realidade atual. Para melhor construir nosso caminhar, devemos respeitar e aprender olhando para traz, e planejar olhando para a frente . Precisamos de muitos projetos que, como o MUSA, se inspiram no passado para criar o futuro. Também não podemos nos esquecer que o dia de amanhã sempre começa em algumas horas. H
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Gente e Gestão
Novas lideranças Intersystems traz novo nome em sua liderança tratos, consolidando sua atuação não só no mercado de saúde, como também em setores como telecomunicações, varejo e finanças.” Também faz parte dos desafios do novo Country Manager ampliar a presença na iniciativa privada. As redes de hospitais próprios
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de seguradoras serão o principal alvo da companhia. “Temos registrado uma grande demanda das organizações privadas, principalmente no que se refere à gestão de pacientes crônicos, como diabéticos e hipertensos, que são os que geram custos mais altos”. H
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Em setembro, a Intersystems anunciou uma série de mudanças nas estratégias da empresa. Entre elas está o nome de Ricardo Fernandes como novo Country Manager Brasil. Segundo o executivo, a estratégia é continuar disseminando os benefícios do conceito Saúde Conectada, fortalecendo ainda mais a atuação na área de saúde com grandes projetos nas áreas pública e privada. Para Fernandes, a mudança representa um reforço para uma atuação mais focada em setores estratégicos e, assim, ampliar os negócios. “Minha expectativa é contribuir para que a empresa feche grandes con-
Minha expectativa é contribuir para que a empresa feche grandes contratos, consolidando sua atuação não só no mercado de saúde, como também em setores como telecomunicações, varejo e finanças.
Ricardo Fernandes, Country Manager Brasil da Intersystems
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Ideias e TendĂŞncias
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Diretamente de Israel Instituto Weizmann de Ciências e sua contribuição para a evolução da saúde mundial
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Muitas das pesquisas produzidas pelo mundo no campo científico na área da saúde têm seus primeiros passos no Instituto Weizmann de Ciências, localizado em Rehovot, Israel. A entidade é considerada um dos principais institutos multidisciplinares do mundo, contando com mais de 2.500 cientistas, técnicos de laboratórios e HEALTHCARE Management 32
estudantes. Há mais de 60 anos reunindo esforços que incluem a busca por novas formas de combater doenças e proteger o meio ambiente, o instituto, que é guia-
do exclusivamente pela curiosidade, realiza pesquisa pura nas áreas de Física, Química, Biologia, Bioquímica, Matemática e Ciências da Computação.
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Ideias e Tendências
Seus modernos laboratórios abrigam profissionais altamente qualificados, que vêm fazendo grandes contribuições para a humanidade no campo das investigações científicas e no tratamento de doenças como o câncer e a esclerose múltipla, entre outras. Além de ser um centro de pesquisa, o instituto também oferece ensino superior, porém, em contraste com outras universidades israelenses, não proporciona cursos de bacharelado, apenas cursos de mestrado e doutoramento na área das ciências naturais. Fundado em 1934 por Chaim Weizmann com o nome de Instituto de Pesquisa Daniel Sieff, foi expandido e formalmente renomeado como o Instituto Weizmann da Ciência em 2 de novem-
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bro de 1949. Com a posterior expansão e a acreditação como estabelecimento de ensino superior. Hoje ele pode ser mais bem descrito como uma universidade de pesquisa. De acordo com Daniel Zajfman, Presidente do Weizmann Institute, as áreas que vêm se destacando atualmente no instituto são as que combinam abor-
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dagens e técnicas de campos variados. Por exemplo, na área de sistemas de biologia se utilizam os conhecimentos e métodos de disciplinas como física e matemática para que se tenha um espectro mais amplo e interdisciplinar. No futuro prospecta uma ponte entre os mundos da eletrônica e da biologia humana, por exemplo.
Pesquisa na saúde Pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciência, em conjunto com cientistas de outras universidades, desenvolveram uma proteína capaz de combater o vírus da gripe. Em laboratório, foram modificados genes dos agentes infecciosos, tornando-os capazes de combater vírus como o H1N1 (gripe suína) e H5N1 (gripe aviária). Os autores sequenciaram o DNA de diferentes tipos do vírus da gripe e separaram gene por gene. Com o auxílio de um computador, cruzaram os dados dessas proteínas para desativarem aquelas que correspondem às funções HEALTHCARE Management 32
principais do vírus. Eles também identificaram quais genes poderiam ser reprogramados para atacar o próprio vírus da gripe no organismo de uma pessoa, tornando-o inofensivo. O estudo demonstra uma nova abordagem para a construção de proteínas
terapêuticas. Espera-se que essas proteínas estimulem o desenvolvimento de novos medicamentos, e que esse trabalho colabore para novos tratamentos destinados a todos os tipos do vírus da gripe e também a outras doenças, como a varíola. H
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Mercado
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Solução sob medida Produto desenvolvido exclusivamente para primar pela segurança de cada instituição de saúde traz inovação ao mercado
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Por lidar com vidas, o setor da Saúde é altamente exigente e vem, cada vez mais, demandando soluções de maior qualidade do mercado de segurança. As instituições hospitalares já compreendem que precisam de produtos específicos para dar conta de suas demandas altamente complexas. Visando atender a esta necessidade, já existem diversas modalidades de segurança hospitalar que buscam integrar elementos humanizadores e de segurança do paciente em seus serviços, mas não há solução que realmente elabore todo o desenho da operação a partir das demandas hospitalares. Com o objetivo de preencher as lacunas deixadas pelos sistemas já disponíveis, a Alerta Serviços de Segurança acaba de lançar no mercado o Alerta Care, uma linha especializada e dedicada ao mercado de Saúde. “Temos pessoal alocado em parceiros dentro de ambientes hospitalares, como no Beneficência Portuguesa, Carlos Chagas, Santa Marcelina, Sírio-Libanês, Cruz Azul, Hospital Nardini, Santa Casa de Andradina, Casa de Saúde Campinas e Sociedade Beneficente Campinas”, conta Carlos Eduardo Campanhã, Diretor-executivo da Alerta Serviços de Segurança. O produto conta com um conceito chamado de Gestão Integrada de Segurança Hospitalar, no qual a ideia é montar sob uma metodologia única as principais preocupações do setor de saúde, com um sistema que possa unificar e simplificar a complexidade envolvida com a HEALTHCARE Management 32
gestão de segurança de um hospital. “Esse produto é o resultado de meses de planejamento e pesquisa das principais demandas do setor de saúde. Temos muito orgulho em apresentar esta solução especializada e sem equivalente no mercado”, diz Marco Aurélio Soares do Amaral Santos, Ge“Um bom plano de segurança para uma instituição de saúde deve sempre abordar estes elementos-chave: gestão de riscos, controle epidemiológico, e bem-estar do paciente”, Marco Aurélio Soares do Amaral Santos, Gerente de Operações da Alerta Serviços de Segurança
rente de Operações da empresa. De acordo com Santos, para traçar o plano de segurança em um hospital, o primeiro passo é elaborar uma matriz de riscos e vulnerabilidades, seguidos de um plano de gestão de perdas e gestão de riscos. A partir daí, é desenvolvido um projeto de dimensionamento das necessidades de segurança, tanto eletrônica quanto orgânica, adequando respostas para o perfil e objetivos da instituição. “Isso dará origem a fluxogramas específicos de cada área do parceiro, criando procedimentos específicos, por exemplo, para o pronto-socorro, maternidade ou hotelaria hospitalar”, explica. O método de Gestão Integrada de Se-
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Mercado
gurança Hospitalar oferece o grande diferencial de integrar estes conceitos da segurança patrimonial, riscos e vulnerabilidades, gestão de perdas e riscos, com a política específica dos Núcleos de Segurança do Paciente de cada instituição de saúde. Os procedimentos de controles de acesso, rondas e apoio serão sempre direcionados para a política de segurança do paciente, oferecendo uma plataforma que garanta a gestão de riscos para a instituição e ao mesmo tempo a conquista dos objetivos estratégicos de bem-estar e saúde do paciente. “Um bom plano de segurança para uma instituição de saúde deve sempre abordar estes elementos-chave: gestão de riscos, controle epidemiológico e bem-estar do paciente. É necessário, portanto, um serviço altamente profissionalizado, especializado e humanizado, que possa dar plenamente conta destes fatores”, alerta o Gerente de Operações.
Integração na cadeia produtiva Para o sucesso deste processo de integração da segurança patrimonial na cadeia produtiva hospitalar, a parceria entre as instituições de saúde e estes serviços garante a tranquilidade do centro de saúde, dos pacientes e dos colaboradores. Quando há profissionais cuidando exclusivamente da segurança todos ficam mais tranquilos, o que
Carlos Eduardo Campanhã, Diretor-executivo da Alerta Serviços de Segurança e Marco Aurélio Soares do Amaral Santos, Gerente de Operações 64
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permite à gestão da instituição se concentrar no core business. “Em um ambiente de saúde cada vez mais exigente, um parceiro de segurança realmente especializado é um diferencial indispensável para as instituições garantirem seu foco e alcançarem altos padrões de excelência no atendimento ao paciente”, diz Campanhã.
Equipe da Alerta Serviços de Segurança
Desafios Mas colocar este novo sistema em prática tem gerado alguns desafios para os profissionais nele envolvidos. Carlos Eduardo Campanhã acredita que uma das principais tarefas é superar a barreira psicológica que, hoje, existe entre a segurança patrimonial e a segurança do paciente. “Temos plena confiança que é possível transformar a segurança patrimonial em um serviço plenamente dedicado também à segurança do paciente, oferecendo não apenas tranquilidade e mitigação de riscos, mas que também intensifique a política de segurança do paciente de cada instituição”. O diretor revela que o objetivo atual da empresa é disponibilizar o serviço para todo o Estado de São Paulo. “Atualmente, já trabaHEALTHCARE Management 32
lhamos em todo o Estado, mas acreditamos que o Alerta Care exigirá estrutura própria, para garantir o altíssimo padrão de excelência que trabalhamos. Por isso estamos investindo em parcerias e montando novas estruturas no interior, na capital e no litoral, para trazer a solução do Alerta Care a todas as áreas do Estado”, conta. H setembro | outubro 2014 healthcaremanagement.com.br
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Sustentabilidade
Quando chega a hora de mudar Sustentabilidade é a nova aposta da Unimed de São José do Rio Preto. Conceito traz mudanças na cultura organizacional da instituição e inovação aos seus beneficiários
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Não é de hoje que a sustentabilidade permeia as principais diretrizes nos Negócios da Saúde. Os pilares do papel econômico, social e ambiental formam uma importante tríade que é, atualmente, a missão e o grande desafio de uma administração eficiente. E por que não utilizar as ferramentas do Marketing para obter esta visão macropolítica, econômica e social? Foi exatamente isso que aconteceu com a Unimed de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. O primeiro pontapé foi dado em outubro de 2013, quando a Unimed lançou o projeto “Virada Sustentável”. Era o começo de uma nova cultura a ser implantada. “O mundo está em constante evolução e acompanhá-la era uma preocupação latente em nossa gestão. Por isso que a visão estratégica da Unimed se preocupou em investir ainda mais neste fator. Temos um papel a ser exercido perante a sociedade e isso está sendo levado a sério e com verdade”, explica a eco-
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nomista Graziela Morais, Gerente de Marketing e Comercial da Unimed de São José do Rio Preto. Para tanto, realizou-se um completo estudo sobre a marca Unimed para, assim, repaginá-la ao novo conceito. A missão era usar a força do tradicionalismo e a confiança da marca aliado à inovação, ao incentivo de hábitos saudáveis e, acima de tudo, inspirar saúde e cuidado de seu cliente. E o investimento nesta área tem sido
um grande acerto para a instituição. Prova disso são as diversas ações realizadas que, além de contribuir com a saúde do planeta, também aproximou ainda mais os clientes. “A forma de gerir o negócio também se alterou. Hoje, todas as ações que possam trazer algum dano ao meio ambiente são estudadas para que seja aprovada com a segurança de não irmos contra o que estamos pregando”, afirma Graziela.
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Sustentabilidade
Desde então, a Unimed acresceu em budget um valor considerável para atender o projeto “Virada Sustentável” e suas ações. “Estamos em planejamento para 2015 e a intenção, até o momento, é que 10% do budget de marketing sejam direcionados para as ações sustentáveis.” Para Fátima Aparecida Noronha Bozelli, Diretora de Marketing, Vendas e Farmácia, o reposicionamento da marca posiciona a Unimed frente ao novo conceito mundial, que além da sustentabilidade, também preza pelo conforto e bem-estar do beneficiário. “Esse compromisso que estamos assumindo é com a nossa sociedade, garantindo a qualidade dos serviços.” Buscando este diferencial, a Unimed tem apostado em uma forma inovadora de atender o seu público. Uma nova unidade de atendimento em um grande shopping da cidade é a prova desse projeto. A loja-con68
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ceito, como assim é denominada, oferece para os beneficiários um ambiente confortável, com espaço para crianças, tablets para os clientes, entre outras comodidades. O objetivo é poder oferecer um atendimento em horário diferenciado para o público. “Estamos diante de um mercado competitivo que nos exige inovar a cada dia. A loja-conceito foi uma alternativa para ser o diferencial diante de nos-
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sos concorrentes. Nossa ideia era otimizar o tempo do beneficiário e para isso investimos nessa unidade. Sabemos que com a correria do cotidiano, muitos deles não têm tempo para resolver algumas questões. Neste local podemos recebê-lo em horários diferenciados em um ambiente confortável”, salienta Fátima. Segundo Roberto Bruno, Gerente de Recursos Próprios, a nova unidade bem como os investimentos realizados pela Unimed em nome da nova marca comprovam o crescimento da empresa. “Crescemos porque nossa qualidade aumentou, porque investimos nas pessoas e por também ampliarmos nossos espaços com qualidade e instalações modernas. Estamos diante de um cliente crítico e consciente, que exige ações que vão além de um bom atendimento.” Além do investimento na loja-conceito, a Unimed também está ampliando o Pronto HEALTHCARE Management 32
Atendimento Infantil que, segundo Luiz Homsi, Diretor-administrativo da Unimed de São José do Rio Preto, é uma necessidade para atender a crescente demanda. “A expansão da unidade deve-se ao aumento de nosso público, porém essa ampliação está sendo feita com os pés na sustentabilidade, visando o bem-estar do paciente em um ambiente confortável.”
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Sustentabilidade
A forma de gerir o negócio também se alterou. Hoje, todas as ações que possam trazer algum dano ao meio ambiente são estudadas para que seja aprovada com a segurança de não irmos contra o que estamos pregando. Graziela Morais, Gerente de Marketing e Comercial da Unimed de São José do Rio Preto
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O marketing e a Gestão de Pessoas Definido os novos rumos sustentáveis da empresa, a Unimed passou a investir na Gestão de Pessoas para que a nova missão fosse compreendida e, mais do que isso, defendida por seus colaboradores. Para tanto, Fátima destaca a importante atuação que o endomarketing realizou na instituição. “Antes de conseguir conquistar clientes é preciso que o nosso colaborador acredite no que está oferecendo. Para isso, desenvolvemos ações internas para a capacitação deste profissional que passou a conhecer, ainda mais, a nova marca e, com isso, os novos desafios.” Fátima também salienta a importância da motivação da equipe. “Nossos colaboradores são as primeiras pessoas que precisam comprar esse nosso novo conceito. Só assim eles poderão trazer mais clientes e fidelizá-los. Afinal, com colaboradores instruídos nós conseguimos justificar nossa qualidade diante do mercado competitivo.” Além de cursos para os colaboradores, ações de conscientização ambiental foram implantadas dentro da empresa, como o uso de canecas fixas e individuais ao invés de copos descartáveis. “Além disso, retiramos todas as latas de lixo de nossas mesas, fixando pontos de lixos seletivo estratégicos. Isso cola-
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bora para a coleta seletiva dos resíduos que produzimos. São medidas que incentiva uma mudança de hábito que, muitas vezes, reflete nas atitudes além do horário de trabalho”, salienta Graziela. Além disso, o Marketing em conjunto com a Gestão de Pessoas também realiza palestras e ações especiais internas, como o Dia da Árvore. “Nesta data, ao chegar a sua estação de trabalho, o colaborador terá uma vaso de acrílico com uma planta e um card sobre a importância das árvores para a saúde do planeta. Em todas as ações tentamos elencar com o novo posicionamento da marca, que é o incentivo a hábitos saudáveis”, ressalta Graziela.
Antes de conseguir conquistar clientes é preciso que o nosso colaborador acredite no que está oferecendo. Para isso, desenvolvemos ações internas para a capacitação deste profissional que passou a conhecer, ainda mais, a nova marca e os novos desafios. Fátima Aparecida Noronha Bozelli, Diretora de Marketing, Vendas e Farmácia
Reconhecimento A sustentabilidade na Unimed de São José do Rio Preto já rendeu importantes reconhecimentos nacionais. O Selo Ouro, em sustentabilidade pela Unimed do Brasil, e o reconhecimento pela imprensa como uma das empresas de destaque em trabalhar questões ambientais. “Ambas as conquistas nos encheu de orgulho, principalmente pelo apoio que tivemos de nossos colaboradores, pois toda a mudança só poderia acontecer com o engajamento deles. Isso nos fortaleceu ainda mais para seguir em frente”, diz Graziela. H HEALTHCARE Management 32
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excelência da saúde
Pontuando a excelência Conheça quais são as instituições que mais se destacaram nos últimos doze meses
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novação e qualidade podem ser consideradas elementos fundamentais para que a sua instituição desponte na corrida da competitividade tão forte no mercado da Saúde. Contudo, não se trata de um jogo de soma zero, em que apenas um ganha. Ser exemplo para os demais significa fomentar o diálogo, cuja troca de experiência traz inúmeros benefícios tanto para o Negócio, como para os pacientes. E para buscar a qualidade nos procedimentos, a sustentabilidade plena, e o bom atendimento ao paciente, as acreditações oferecem ferramentas estratégicas para que tudo na gestão esteja alinhado à excelência nos procedimentos. Além da importância de modernizar a gestão do hospital, vale ressaltar que estamos diante de um cliente ativo, exigente quanto ao atendimento que irá receber. Nesse sentido, a acreditação consegue despertar a confiança dos usuários, uma vez que este selo garante que aquele hospital traz procedimentos que primam pela segurança e qualidade. Com a acreditação é possível trazer para o hospital bons resultados dos serviços prestados, através de programas de qualidade, novos métodos de gerenciamento, e modernos procedimentos que visam agilidade e proporcionam rapidez para a tomada de decisão. Diante da importância que a Qualidade e, consequentemente, as acreditações ganham no mercado, a revista Healthcare Management vem homenagear aquelas instituições que voluntariamente adotaram tais padrões para oferecer o melhor da Saúde no Brasil. As instituições “Excelência da Saúde” foram eleitas pelo Conselho Editorial do Grupo
Mídia baseado nas acreditações, cases, pesquisas, entre outros quesitos. O primeiro recorte feito baseou-se em considerar para este estudo apenas os hospitais que possuem acreditação. E para definir a pontuação para cada acreditação, o Conselho Editorial optou por dar pontos a tais selos. Sendo assim, a acreditação ONA Nível I com 1 ponto, Nível II com 2 pontos, Nível III com 3 pontos. Já as Accreditation Canada e a Joint Commission International (JCI) pontuaram 4 pontos por seguirem padrões internacionais. Além disso, o case enviado pelas instituições foram ferramentas em caso de empate, e não como elemento decisório. Neste case, os hospitais foram interrogados sobre a inovação implantada na
instituição, quais os benefícios que isso trouxe para a gestão, como se deu a execução deste projeto e a integração desta solução nos mais diversos departamentos. O questionário foi respondido pelas próprias instituições, não utilizando nenhum serviço de consultoria externa. Quanto à pesquisa realizada, priorizou-se materiais publicados nos últimos doze meses em que foram noticiadas ações estratégicas do hospital, como aquisições, implantações de modelos de gestão, ampliações da infraestrutura, ações de sustentabilidade e também aquelas que prezem pelo bem-estar do paciente. O objetivo do “Excelência da Saúde” é fomentar o debate e incentivar a reflexão diante dos di-
versos cases e propostas inovadoras dos hospitais eleitos. Contudo, a força motriz desta pesquisa é, principalmente, louvar a Qualidade do nosso setor e as instituições que se destacam neste quesito. Feita a análise de todo o setor, o conselho editorial elencou 39 hospitais em 13 categorias que são imprescindíveis para a gestão de uma instituição de saúde. O objetivo é trazer mais dinamismo e também louvar a particularidade que cada hospital se destacou durante o último ano. Obviamente, para ser Excelência da Saúde
a instituição eleita se destaca em todas as suas áreas, desde o atendimento ao paciente, até a segurança e a comunicação que a mesma estabelece com o seu público. Contudo, a opção de colocar hospitais em determinadas categorias tem o obje-
tivo de pontuar tais importantes ações, trazendo diversos cases de gestão para o leitor. Vale ressaltar que os hospitais eleitos estão em apenas 1 categoria. Por isso, trazemos aqui 39 cases de diferentes hospitais.
Cronograma
Hospitais premiados 2 1 1 1 3 5 5 21
excelĂŞncia da saĂşde
Hospitais premiados 1 1 1 2 4 30
Perfil 1
6
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Metodologia Homenagem ao Meio Ambiente Um dos elementos fundamentais e até mesmo preconizado pelos manuais de acreditação é o respeito ao Meio Ambiente. Não é possível o hospital cumpri sua missão por completo se não estiver apoiado neste elemento e suas demais vertentes. E por essa importância que a preservação ambiental já conquistou que o “Excelência da Saúde” traz uma homenagem especial ao Instituto de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH). A organização social sem fins lucrativos mostra como é possível gerir uma unidade hospitalar conciliando bons resultados com a preservação do Meio Ambiente em que atua. A importante atuação do INDSH já ganhou reconhecimento. O Instituto recebeu o Selo Ouro, emitido pelo Programa Brasileiro GHG Protocol da Fundação Getúlio Vargas, concedido a quem tem a iniciativa de divulgar, anualmente, inventários sobre emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE). No caso do INDSH, isso inclui a sede administrativa, em São Paulo, e quatro de suas unidades: Hospital Regional de Sorriso (MT), Hospital Regional Público de Marajó (PA), Hospital Geral de Tailândia (PA) e Maternidade Dr. Eugênio Gomes de Carvalho, em Pedro Leopoldo (MG). O programa é coordenado pela FGV, em parceria com o World Resources Institute (WRI), com apoio do Ministério do Meio Ambiente e dos Conselhos Empresarial Brasileiro e Mundial para o Desenvolvimento Sustentável. O Selo Ouro é obtido quando a organização divulga o relatório completo e este é auditado externamente.
1º Passo – Levantamento das instituições hospitalares acreditadas no País. 2º Passo – As acreditações foram pontuadas da seguinte forma: ONA Nível I com 1 ponto; ONA Nível II com 2 pontos; ONA Nível III com 3 pontos; Accreditation Canada e a Joint Commission International com 4 pontos; Case com 1 ponto. 3º Passo – Análise dos cases enviados pelos hospitais acreditados. 4º Passo – Análise de mercado sobre as principais estratégias feitas pela gestão das instituições durante os últimos doze meses. 5º Passo – A avaliação de mercado relevou as instituições que mais se destacaram em determinada categoria. Assim sendo, a instituição A, mesmo com um nível de acreditação maior que a instituição B, pode não estar eleita nesta categoria porque, de acordo com a pesquisa, a instituição B se destacou mais no quesito julgado. 6º Passo – Cada instituição só pode ser eleita em apenas 1 categoria. 7º Passo – A instituição eleita que, por qualquer motivo, não pode responder ao questionário feito pelo Conselho Editorial foi, automaticamente, substituída por outra instituição igualmente qualificada. 8º Passo – Foram eleitas 3 instituições por categoria, não havendo ranking entre as mesmas. 9º Passo – O case foi considerado um item facilitador na definição das categorias, no entanto, não foi determinante. 10º Passo – Diante disso, foram eleitas 39 instituições, em 13 categorias.
ARQUITETURA E INFRAESTRUTURA
Luís Araújo Ramos, Diretor-executivo da Fundação São Francisco Xavier, 78 Márcio HEALTHCARE Management 32 setembro | outubro 2014 healthcaremanagement.com.br entidade que administra o Hospital Márcio Cunha
HOSPITAL MÁRCIO CUNHA
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a Fundação São Francisco Xavier, entidade que administra o Hospital Márcio Cunha, atuar com uma visão voltada para a excelência é um valor intrínseco aos seus processos e serviços. Nos últimos anos, a entidade implantou novas ferramentas de gestão que deram continuidade à história de destaque da fundação, capazes de promover ampla capacitação das equipes e empreender investimentos para ampliação e modernização tecnológica das unidades do Márcio Cunha, Excelência da Saúde na categoria Arquitetura e Infraestrutura. Destaca-se o projeto de ampliação do Pronto-Socorro do hospital, idealizado com o objetivo de unir forma e funcionalidade, sem agredir o estilo do edifício existente. Com arquitetura contemporânea, valorizou vãos para entrada de luz e ventilação natural, integrando em seu interior o verde da área externa. Os acabamentos internos foram selecionados de forma a tornar os ambientes harmoniosos, dando leveza e ao mesmo tempo praticidade na manutenção, limpeza e durabilidade. O Diretor-executivo da entidade, Luís Márcio Araújo Ramos, destaca o engajamento da equipe como sendo o fator de maior sucesso. “Buscamos o desenvolvimento de uma assistência cada vez mais humanizada e, ao mesmo tempo, pautada pelos mais rigorosos padrões de segurança e qualidade em saúde.” O Hospital Márcio Cunha possui ONA Nível III.
Hospital Márcio Cunha aposta na capacidade das equipes para ampliação e modernização tecnológica das unidades.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
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Marco Aurélio Dainezi, Diretor do Hospital São Joaquim
SÃO JOAQUIM HOSPITAL E MATERNIDADE
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São Joaquim Hospital e Maternidade, localizado em Franca (SP), dedica-se em elaborar, a cada 4 anos, um plano diretor de toda a sua infraestrutura. Diante disso e da crescente demanda de atendimentos de pacientes da Unidade de Emergência foi priorizada a ampliação de consultórios, de números de leitos de observação, da área de recepção de pacientes, readequação do espaço de conforto médico e a instalação de laboratório de urgência. Aliada à estrutura física, também foi implantado a classificação de risco, descrição de fluxo de atendimento, descrição das atividades de cada área envolvida e a revisão do regimento interno. Para tanto, foram investidos cerca de R$ 578.500,00 em estrutura física e R$ 120.000,00 de mobiliário e equipamento de monitorização do paciente para sala de emergência. O resultado confere aos pacientes mais conforto, fluxo interno melhorado pela disposição das salas e a ampliação de 20 para 32 leitos, além de melhoria no parque tecnológico de suporte a vida. O hospital possui ONA Nível III.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
Todos os setores envolvidos conheceram o projeto físico antes de ser implementado para que posteriormente pudessem aliar a estrutura às atividades operacionais que seriam devidamente reescritas.
ARQUITETURA E INFRAESTRUTURA
Gonzalo Vecina Neto, Superintendente do Hospital Sírio-Libanês
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
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Hospital Sírio-Libanês tem se destacado na arquitetura da saúde por meio do seu plano de expansão. O projeto desta obra inclui três novas torres. Serão 85 mil m² dedicados totalmente ao atendimento ao paciente. O Superintendente da instituição, Gonzalo Vecina Neto, afirma que antes de colocar o projeto em prática, foi realizada uma análise de mercado e entrevistas com stakeholders. “O estudo concluiu que era o momento de expandir e que tínhamos que aumentar a oferta de tecnologia, leitos e serviços para os nossos clientes e profissionais.” Visando a sustentabilidade do projeto, toda a iluminação priorizou o uso de lâmpadas de Led. Além disso, o case traz um sistema de recuperação de água de chuva e sistema de dutos para auxiliar na coleta de resíduos sólidos. Entre substituição de tecnologia, preparação de projeto e implementação do novo prédio, foram investidos mais de R$ 1 bilhão. A ocupação dos novos leitos deve ser concluída em 2016. Segundo Janaina Prado, Arquiteta e Coordenadora de projetos de engenharia do hospital, o maior desafio de manter a excelência da arquitetura na instituição é sempre trazer para os projetos os valores da instituição e a incorporação tecnológica dos equipamentos médicos. O hospital tem o selo de acreditação da Joint Commission International (JCI).
Prêmio Excelência da Saúde 2014
“O estudo concluiu que era o momento de expandir e que tínhamos que aumentar a oferta de tecnologia, leitos e serviços para os nossos clientes e profissionais”. Gonzalo Vecina Neto, Superintendente da instituição
aTENDIMENTO AO PACIENTE
Irm達 Simone Santana, Diretora-geral do Hospital Madre Teresa
HOSpiTAL MADRE TERESA
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ocado em uma melhor qualidade nos acolhimentos aos seus clientes, o Hospital Madre Teresa implantou um sistema de senhas para o Atendimento 24h, ambulatórios e Centro de Diagnóstico por Imagem. Elaborado a partir de uma parceria entre o HMT e uma empresa especializada na criação de soluções em tecnologia para instituições de saúde, o procedimento conta com a supervisão e análise da equipe de tecnologia da informação do hospital. O projeto visa também mais agilidade e conforto para os pacientes. Excelência da Saúde na categoria Atendimento ao Paciente, a instituição aposta no projeto para oferecer qualidade e reduzir o tempo nas salas de espera. “Também podemos destacar a Governança Corporativa representada pelas Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, que prima pela vocação de cuidar da saúde integral dos doentes, de forma a promover a excelência e segurança na assistência oferecida”, comenta a Irmã Simone Santana, Diretora-geral do hospital. De acordo com Simone, o grande desafio da instituição é consolidar a cultura da excelência para as gerações futuras, definir ações contínuas para capacitar e mobilizar pessoas e garantir que os resultados sejam melhores a cada dia. O hospital possui a Acreditação Canadense.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
O Hospital Madre Teresa se sobressai pelo serviço prestado ao paciente, e um dos projetos de destaque visa oferecer qualidade e reduzir o tempo nas salas de espera.
aTENDIMENTO AO PACIENTE
Henrique Salvador, Presidente do Hospital Mater Dei
HOSPITAL MATER DEI
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á 34 anos, o Hospital Mater Dei busca atender as necessidades de seus clientes baseado nas tendências e na evolução da assistência médica e hospitalar. A instituição eleita Excelência da Saúde na categoria Atendimento ao Paciente adotou, no último ano, métodos inovadores de humanização, otimização e medicina personalizada. Destaca-se a criação de um espaço de reflexão e ação em encontros semanais da equipe de coordenadores multidisciplinar da unidade de terapia intensiva. O objetivo é discutir as demandas do setor voltadas para a excelência do atendimento nos âmbitos de mercado imagem, resultados assistenciais e financeiros. Outra ação é a inauguração do Mater Dei Contorno, idealizado para servir de forma completa às necessidades dos clientes, com destaque para o pronto socorro, que possui fluxos e área física diferentes para pacientes de baixo, médio e alto risco. Segundo Henrique Salvador, Presidente do hospital, um dos maiores desafios de manter a excelência na instituição é ter as pessoas alinhadas em torno de uma causa motivadora. “Queremos não apenas ter a melhor estrutura e tecnologia, mas também o melhor serviço, que se reflete no acolhimento humanizado, personalizado e diferenciado.” O hospital possui ONA Nível III, dentre outros selos.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
Investir na qualidade intrínseca da assistência e também na qualidade percebida pelos pacientes e acompanhantes são os principais focos do Hospital Mater Dei.
aTENDIMENTO AO PACIENTE
Irmã Marinete Tibério, Diretora-executiva do Hospital São Vicente de Paulo
Hospital São Vicente de Paulo
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Hospital São Vicente de Paulo conta com estrutura moderna, equipamentos de última geração e colaboradores treinados para prestar serviços de excelência em todas as especialidades médicas. Recentemente, a instituição inaugurou o Centro de Tratamento Intensivo, com o dobro da capacidade de atendimento. Com a ampliação, os novos leitos passaram a ser individuais, em espaços privativos, em lugar dos antigos boxes. A iniciativa permite o acolhimento dos pacientes de forma mais reservada, oferecendo privacidade e melhor controle de infecções, além de isolamento, quando necessário. Para garantir o bem-estar dos usuários, a instituição investe, constantemente, em adequações dos setores internos e externos, através do levantamento de necessidades e fluxos de trabalhos, atendendo também as legislações vigentes. “Manter esse padrão de excelência, garantindo ao nosso cliente um serviço de qualidade e excelência é validado pelo reconhecimento e pelas conquistas ao longo desses 20 anos de história desde a primeira ação para sistematizar o Sistema de Gestão da Qualidade na instituição até os dias atuais”, afirma a Irmã Marinete Tibério, Diretora-executiva da instituição. O Hospital São Vicente de Paulo é acreditado pela Joint Commission International.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
“Um grande desafio é adequar a capacidade instalada à demanda que vem crescendo a cada dia, ampliando serviços e criando centros de excelência em áreas- foco”. irmã Marinete Tibério, Diretora-executiva do hospital são vicente de paulo
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Crescimento que não para Centenário, Grupo São Cristovão Saúde investe em aprimoramento constante
O
São Cristóvão Saúde completa 103 anos de existência no dia 12 de dezembro de 2014, marcados por grandes feitos históricos, e que renderam à instituição excelência e credibilidade no atendimento aos moradores da Zona Leste paulista. A história do Grupo começa em 1911, como Sociedade Internacional Beneficente dos Chauffeurs do Estado de São Paulo. Na época, voltada para a proteção dos direitos dos motoristas. Com o passar dos anos, a entidade ampliou seu foco e passou a garantir serviços médicos a seus associados e, posteriormente, a toda comunidade. Na década de 50, a então Sociedade Beneficente dos Chauffeurs decidiu construir
um hospital e maternidade que, além de prestar os atendimentos médicos, também se tornaria sua sede. Em 1959, foi dado início à ação empreendedora, tendo o projeto concretizado em 12 de dezembro de 1965. Hoje, o Grupo é composto por sete Unidades: Hospital e Maternidade São Cristóvão, Plano de Saúde São Cristó-
vão/ Rede Credenciada, Centro Ambulatorial Américo Ventura (CAAV I), CAAV II, CAAV III (em breve), Projetos Filantrópicos e Hotel Recanto São Cristóvão, em Campos do Jordão. Em 2007, o atual CEO da instituição, Valdir Pereira Ventura, assume a administração do grupo e, através das novas diretrizes adminis-
trativas instauradas, foi possível realizar uma grande modernização na estrutura de atendimento, investindo em diversas áreas, equipamentos, certificações e em profissionais cada vez mais qualificados, contando com, aproximadamente, 1.400 colaboradores. “Nossa missão é oferecer assistência à saúde de forma humanizada, com profissionais qualificados, a custos acessíveis. Nossa excelência está em priorizar a qualidade dos serviços, ampliando a capacidade de atendimento e tornando-se referência no mercado”, garante Ventura.
Investimento
Entre os mais recentes investimentos do Grupo São Cristóvão está o Centro Ambulatorial Américo Ventura II (CAAV II), recentemente inaugurado. O CAAV II é uma unidade avançada, responsável pelos atendimentos das especialidades de Dermatologia, Cardiologia, Pediatria e Vacinação (adulto e infantil) e foi concebido e construído para proporcionar um atendimento diferenciado. Ele se destaca por sua estrutura física e tecnológica. Para assegurar conforto, rapidez e segurança no atendimento foram integrados ao sistema de gestão hospitalar MV2000 totens de senhários, catracas eletrônicas de controle de acesso e painéis de chamadas. O paciente tem acesso aos consultórios somente após registrar sua presença nos totens de senhários, ter seu nome anunciado nos painéis de chamada e o seu acesso liberado nas catracas eletrônicas. Todo este fluxo é controlado pelo MV2000. “Outro diferencial da unidade é a assinatura digital de médicos e outros profissionais assistenciais em prontuários e prescrições médicas. Isto ampliou a segurança
CEMOB- Recepção
CEMOB- Recepção e Biblioteca
CEMOB- Computadores
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da informação e reduziu significativamente o consumo de papel”, comenta o CEO da instituição. A unidade, que iniciou suas atividades em maio de 2013, possui o sistema de gestão hospitalar, os painéis, as catracas eletrônicas e os senhários operados de forma remota, no Datacenter da entidade. “Tivemos um investimento financeiro aplicado em torno de R$100 mil reais na área de TI. O controle integrado de processos proporcionou uma qualidade diferenciada no atendimento do paciente. Os investimentos feitos em tecnologia proporcionaram segurança, escalabilidade, sustentabilidade e redução de custos. Deste modo, as soluções aplicadas no projeto CAAV II foram consideradas satisfatórias e serão replicadas para novas unidades da entidade”, revela o gestor. Para colocar em prática esses métodos, diversos setores do hospital foram mobilizados. São eles: Tecnologia da Informação, Projetos e Obras, Engenharia Hospitalar, Enfermagem, Corpo Clínico, Administrativo, Controladoria Financeira, Segurança, Hotelaria, Diretoria de Planejamento e Qualidade/ Processos, entre outros. E foi aplicada a virtualização de aplicativo da Citrix, o que demandou o suporte intensivo de altos níveis técnicos dos parceiros Citrix e MV. “Acreditamos ter o pioneirismo na estratégia de mobilidade dos aplicativos MV com utilização dos produtos globais Citrix”. As catracas eletrônicas implantadas têm validação através de cartões de aproximação, Sistema de Gestão Hos-
Conheça a Estrutura Hospital e Maternidade São Cristóvão O Hospital e Maternidade possui 225 leitos, dois Centros Ambulatoriais localizados no bairro da Mooca, ambos com equipamentos modernos e de última geração. A terceira unidade ambulatorial está prevista para ser inaugurada ainda este ano. Além disso, a instituição conta também com equipe especializada com mais de mil médicos cadastrados e diversos parceiros terceirizados, Pronto-Socorro Adulto e Infantil, com tecnologia de ponta. Plano de Saúde São Cristóvão O Plano de Saúde São Cristóvão possui uma ampla rede credenciada com 474 pontos de atendimento, entre eles: hospitais, laboratórios, centros de diagnósticos, clínicas e consultórios. Atualmente, o plano proporciona qualidade assistencial para mais de 100 mil vidas. Hotel Recanto São Cristóvão Construído em uma área de mais de 11 alqueires, em Campos do Jordão, o Hotel Recanto São Cristóvão possui uma estrutura com 50 apartamentos, salas de estar e refeições, solário, piscinas, quadra de tênis, sala de jogos, além de diversas trilhas, lago e bosques. Uma completa infraestrutura de lazer para o uso dos beneficiários, médicos e público em geral.
pitalar MV 2000, totens de senhários integrados com sistema de gestão hospitalar e painéis de chamada integrados com sistema de gestão hospitalar. Foi aplicada, também, a virtualização de aplicativos com utilização de Citrix, modernos equipamentos clínicos de dermatologia e cardiologia, e eVal – solução certificado digital. Além do Certisign, Autoridade Certificadora, sensores de presença que controlam energia, climatização e acesso aos consultórios e tecnologia de comunicação empregadas no Frontend e Backend utiliza equipamentos de ponta – CISCO e Juniper. “A solução de comunicação possibilita operar com vários provedores de internet de forma redundante o que garante a disponibilidade dos recursos, e que possibilita o São Cristovão prover um conceito “carrier neutral” do Datacenter da Matriz para unidades remotas e demandas futuras”, explica o CEO do Hospital e Maternidade São Cristóvão. Segundo Ventura, a integração harmoniosa do sistema de gestão hospitalar MV2000 a equipamentos e softwares de mercado assegurou um processo de atendimento ambulatorial robusto, de alta qualidade. “A virtualização de aplicativo da Citrix demandou o suporte intensivo de altos níveis técnicos dos parceiros Citrix e MV. Acreditamos ter o pioneirismo na estratégia de mobilidade dos aplicativos MV com utilização dos produtos globais Citrix”. Ainda de acordo com o gestor, a adesão ao projeto por parte das equipes que dele participaram e o cronograma de implantação foi seguido sem alterações significativas. Os grandes desafios, na verdade, surgiram na utilização da assinatura digital em área de trabalho remoto, com o siste-
Valdir Ventura, CEO do Grupo São Cristóvão
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ma de ambiente de trabalho remoto (Citrix), com a integração do software de acesso da catraca eletrônica, com sistema MV 2000 e com a utilização da nova tecnologia do MV 2000 (PEP) para realização de atendimentos em área de trabalho remota. Mas os investimentos não pararam por aí. Pensando no bem-estar dos mais de 100 mil beneficiários, a instituição tem investido, também, na ampliação e aprimoramento de sua infraestrutura física. Como a compra de mais um imóvel para ampliar e modernizar suas instalações e estrutura hospitalar. O futuro empreendimento está localizado na Rua Fernando Falcão, no bairro da Mooca. Foi realizada a compra de todo o 15º andar desse prédio, realizada em março de 2013, para fins comerciais, na intenção de realocar uma parte do departamento Administrativo ou uma expansão da Unidade Ambulatorial. “Nosso objetivo é expandir as instalações institucionais, abrindo espaço para a criação e modernização de novos
Gestão de excelência Desde que ocupou a gestão administrativa do São Cristóvão Saúde, em 2007, o CEO Valdir Pereira Ventura concluiu muitos processos que resultaram em ações, como: recuperação financeira da instituição, mudança da Cultura Organizacional, criação dos setores de Planejamento Estratégico, Viabilidade Técnica/Econômica e Qualidade/Processos Institucional, criação de novos produtos no Plano de Saúde, ampliação dos pontos de atendimento na rede credenciada, melhora no nível de atendimento assistencial e hotelaria, expansão da área física e modernização de diversas áreas. A nova gestão também investiu na capacitação profissional, com curso de Enfermagem em parceria com a Fundação Albert Einstein e Pós-Graduação de Gestão em Saúde aos profissionais multidisciplinares, em conjunto com a Fundação Getulio Vargas e em novas parcerias no campo de Responsabilidade Social, através dos eventos: Passeio a Pé, Campanhas de Vacinação, Ação Saúde e Obras Sociais, que há 39 anos oferece toneladas de alimentos e produtos de higiene pessoal a 17 entidades assistidas pelo Grupo. “Com relação às parcerias na área Filantrópica, a instituição vem celebrando diversos convênios com o SUS por meio das secretarias de saúde dos municípios: São Paulo, Embu-Guaçu, São Caetano do Sul, Campos do Jordão, Araçariguama e Taboão da Serra, com exames de Raio-X, Pronto-Socorro, monitoramento de pacientes especiais, assistência diagnóstica e ambulatorial, além do Mãe Paulistana”, comenta Ventura.
setores. O local possui 400m² e o nosso próximo passo é estudar a melhor estratégia de utilização do imóvel, a fim de atender a demanda de clientes com mais conforto e qualidade”, afirma o CEO do São Cristóvão Saúde, Valdir Pereira Ventura. Além do novo empreendimento, a instituição investiu, nos últimos anos, na compra de outros imóveis, a fim de ampliar a estrutura física, bem como os serviços prestados. “Na Mooca adquirimos um prédio e as instalações de um antigo posto de gasolina, onde atualmente é o nosso Estacionamento. Outra conquista importante foi a compra de um terreno também na Zona Leste de São Paulo (na Avenida Sapopemba), aguardando os trâmites necessários para o início da construção”, conclui o gestor. Como forma de reconhecimento de toda a dedicação e investimentos feitos na instituição nos últimos anos, o Grupo São Cristóvão alcançou importantes certificações de qualidaIEP - Recepção
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IEP - Sala de Aula
de, devido a excelência do trabalho. Entre as diversas certificações conquistadas estão a ONA Nível III - Selo de Acreditado com Excelência; o SINASC – Selo Ouro, conferido pela Secretaria Municipal da Saúde aos hospitais que se empenham na qualidade da coleta, preenchimento e digitação das informações sobre nascidos vivos; o Selo Socioambiental Chico Mendes; o selo CQH de compromisso com a qualidade hospitalar e a ISO 9001:2008 (para o Plano de Saúde). A instituição possui também os prêmios: COREN- Gestão com Qualidade, Latin American Quality Awards 2011, Prêmio Governança Corporativa e o Prêmio “100 mais influentes na área da saúde”, pela Revista HealthCare Management deste ano, para o Hospital e Maternidade.
O que vem pela frente O Grupo São Cristovão Saúde não para e alguns projetos estão sendo trabalhados para o período 2014/2015. Entre eles está a inauguração do 5º andar do Hospital e Maternidade São Cristóvão. Destinado à ala Infantil, com novos apartamentos (sendo 3 Vips com área ampla e ar condicionamento) e enfermaria (totalizando 16 leitos), UTI Pediátrica (10 leitos), Posto de Enfermagem, ambiente temático e área de recreação. O andar contará com WiFi, TVs e iluminação de led, frigobar, cofre eletrônico e reuso da água da chuva para rede sanitária. As janelas serão modernas, com vidro termoacústico, seguindo o novo projeto da fachada do Hospital e Maternidade São Cristóvão. Será instalado, também, um novo sistema de chamada de Enfermagem, que
possibilitará todo o controle, via MV, dos atendimentos em geral. Já a Unidade III do Centro Ambulatorial Américo Ventura, estruturado dentro das dependências do Mooca Plaza Shopping, é voltada ao atendimento Pré-Natal, com três consultórios, sala para exames, design moderno, ambiente climatizado, além de integrar controle de acesso, economizador de energia, iluminação em led e tela com painéis de led informativo. Outros projetos incluem o Pronto atendimento Obstétrico, com a nova área e ampliação da recepção, observação e consultório, e o IEP (Instituto de Ensino e Pesquisa Maria Patrocinia Pereira Ventura - Dona Cica). Trata-se de um centro acadêmico que objetiva fomentar pesquisas na área da saúde e ensino para qualificação e aprimoramento profissional. O local possui estacionamento, auditório com 120 lugares, 4 salas de estudos (sendo 2 salas multifuncionais, podendo juntá-las com até 100 lugares), amplo saguão, pé direito duplo, paisagismo, área de coffee, biblioteca, sala de grupo, sala de reunião, simulação realística, além de integrar os setores “Centro de Estudo e Pesquisas” (CEMOB) e “Educação Continuada”. Outro diferencial do IEP é que toda sua parte tecnológica será via sistema de automação, interligado iluminação, vídeo, som e climatização, além de salas especiais para o grupo de prevenção, incluindo terapia ocupacional, terapia em grupo, condicionamento físico e dança sênior, e dois andares destinados ao setor administrativo. “O Grupo São Cristóvão Saúde busca, ano após ano, oferecer o que há de melhor aos seus atuais e futuros clientes, mantendo a qualidade e o atendimento humanizado que proporciona há mais de 100 anos”, finaliza o CEO, Valdir Ventura.
Sala de Consulta
Sala de Exames
Foto: Clóvis S. Prates
Biossegurança
Fachada do Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Hospital de Clínicas de Porto Alegre Os critérios de Qualidade e Segurança mantidos nas ações do Hospital de Clínicas de Porto Alegre coloca a instituição em destaque no Excelência da Saúde, na categoria Biossegurança. Procedimentos como identificação correta do paciente e melhorar a comunicação efetiva são alguns passos que contribuem efetivamente para essa segurança. Os medicamentos de alta vigilância também passam por uma rigorosa rastreabilidade. Desde a prescrição até o preparo e a administração, a gestão do hospital se preocupa em sinalizá-los corretamente. Para as cirurgias, as equipes reforçam a descrição de lateralidade, quando indicado. E para reduzir os riscos de infecções, o hospital realiza campanhas para pacientes e colaboradores reforçando hábitos simples, como lavar as mãos. O registro eletrônico também é outra ferramenta que a gestão vem investindo para intensificar a segurança do paciente, como também trazer mais agilidade aos procedimentos. Para tanto, os profissionais tem sido mobilizados e sensibilizados para registrar de forma correta, objetiva e clara o prontuário. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre possui a JCI.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
O Controle de Infecção Hospitalar (CIH) é um órgão executivo, encarregado da execução das ações programadas de prevenção e controle de infecções hospitalares.
Biossegurança
Augusto Neno, Diretor-médico da Casa de Saúde São José
CASA DE SAÚDE SÃO JOSÉ
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Casa de Saúde São José, preocupada em estabelecer uma cultura institucional de qualidade e segurança do seu paciente, trabalha com a gestão da Qualidade e participa do processo de acreditação desde 2004. Excelência da Saúde, na categoria Biossegurança, a instituição tem selo na categoria Ouro, emitido pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista; certificação de Acreditação Nacional com ONA Nível III; Acreditação Internacional pelo Conselho Canadense; e participa, no atual momento, como integrante do Qmentum. “A metodologia da acreditação se tornou uma importante ferramenta educativa e estratégica na nossa busca contínua pela qualidade e segurança do nosso paciente”, afirma Augusto Neno, Diretor-médico da Casa de Saúde São José. De acordo com o executivo, os desafios de implantação de uma cultura segura e qualitativa dentro da instituição são grandes e permanentes. “O comprometimento com a saúde e a qualidade no atendimento aos nossos pacientes nos exige um esforço em várias direções, desde a adequação de infraestrutura, sustentabilidade financeira, atualização tecnológica e capacitação intelectual, no sentido de que esta cultura deva estar inserida no dia a dia da instituição, em todas as suas rotinas praticadas e políticas estabelecidas”, revela.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
A metodologia da acreditação se tornou uma importante ferramenta educativa e estratégica para oferecer qualidade e segurança aos pacientes da Casa de Saúde São José.
Biosseguranรงa
Didier Roberto Torres Ribas, Superintendente do Hospital Geral de Itapecerica da Serra
HOSPITAL geral de ITAPECERICA DA SERRA
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Hospital Geral de Itapecerica da Serra tem estabelecido e consolidado ao longo dos anos uma cultura de segurança forte, com lideranças comprometidas, monitoramento de resultados, responsabilização, melhoria contínua, colaboração e integração. Excelência da Saúde na categoria Biossegurança, a instituição afirma ter uma equipe que acredita no que faz e busca sempre fazer o melhor. Em 2013, foram implantados o sistema eletrônico de notificação, categorização de eventos adversos e o módulo de gestão de planos de ação. Com isso, há uma sistematização do processo de gestão de riscos através de uma abordagem sistêmica e transversal, baseada na padronização e inter-relação entre os métodos. “Somos um hospital público estadual com 15 anos de história, e o engajamento da nossa equipe na produção de um cuidado digno, seguro e de qualidade é o principal fator de sucesso e um motivo de muito orgulho para todos nós”, afirma o Superintendente Didier Roberto Torres Ribas. Envolver as pessoas nas discussões, nos processos de melhorias e, claro, nos resultados é o primeiro passo. “Não adianta instituir processos bem desenhados se quem vai executar não acredita que aquilo funciona. É preciso romper a barreira da hierarquização, tão comum na área da saúde”, conclui. O hospital possui ONA Nível III e JCI.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
O engajamento da equipe na produção de um cuidado digno, seguro e de qualidade é o principal fator de sucesso da instituição.
COMUNICAÇÃO E MARKETING
José Hermilio Curado, Presidente do A.C.Camargo Cancer Center
A.C. CAMARGO CANCER CENTER
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Hospital A.C.Camargo Cancer Center foi destaque em Cannes com as campanhas Superformula Contra o Câncer e Tinta Contra o Câncer, ambas com o objetivo de dar mais leveza ao tratamento da doença infantil. Esses trabalhos transformaram o departamento de Oncologia Pediátrica na Sala da Justiça, em alusão ao grupo de super-heróis da Warner Bros. O setor foi totalmente redecorado. A sala de brinquedos, portas e corredores receberam adesivos e a fachada ganhou uma entrada exclusiva para os pequenos em tratamento. Outro destaque da campanha são os recipientes para medicamentos usados na quimioterapia, que foram remodelados com uma nova roupagem, envoltos por cápsulas baseadas nos uniformes desses personagens. “Além das ações de marketing somos reconhecidos por atender pacientes de diversas partes do País e exterior, totalizando em 2013 mais de três milhões de atendimentos. O corpo clínico concentra mais de 500 especialistas, a maior parte com mestrado e doutorado, sendo que a dedicação e interação destes profissionais em atividades interdisciplinares resultam em um tratamento personalizado com melhores índices de sucesso”, conclui o Presidente do A.C.Camargo Cancer Center, José Hermilio Curado.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
Campanhas do A.C.Camargo transformam o departamento de Oncologia Pediátrica na Sala da Justiça. Os recipientes para medicamentos também foram remodelados com uma nova roupagem, envoltos por cápsulas baseadas nos uniformes de personagens.
COMUNICAÇÃO E MARKETING
Adriana Daum Machado, Assessora de Qualidade do Hospital Meridional
Hospital Meridional
O
Hospital Meridional adota as boas práticas em todos os seus setores como prioridade. Desde 2006, a instituição participa de programas de comparação de Melhores Práticas Assistenciais com os hospitais da ANAHP, em 2008 iniciou a participação no Programa Brasileiro de Segurança do Paciente e, a partir de 2009, com a implementação das práticas de excelência do programa canadense de acreditação hospitalar, a qualidade se destacou ainda mais. Entre os trabalhos que merecem destaque na instituição está aquele desenvolvido pelo setor de comunicação e marketing devido ao bom planejamento sempre estruturado pela equipe. “Sempre tivemos um plano de marketing com pelo menos três grandes campanhas por ano. Plano que foi sendo substituído gradativamente por participação em eventos científicos”, revela a Assessora de Qualidade do Hospital Meridional, Adriana Daum Machado. O Meridional organizou dois grandes Congressos em 2011 e 2013 e já se organiza para o próximo em 2015. Após os congressos, a procura por visitas de benchmarking se tornaram constantes, por instituições de todo o Espírito Santo e inclusive de outros Estados de diversas regiões do País. O Hospital Meridional é acreditado pela ONA em Nível III e também pela Acreditação Canadense.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
O planejamento de marketing do Hospital Meridional conta com pelo menos três grandes campanhas por ano. Plano que foi sendo substituído gradativamente por participação em eventos científicos.
COMUNICAÇÃO E MARKETING
Ricardo Hutter, Superintendente-executivo do Hospital São José
HOSPITAL SÃO JOSÉ
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romover a saúde e o bem-estar para todos. É esta a missão do Hospital São José. Neste sentido, utilizar-se apropriadamente das diversas plataformas de comunicação tem se mostrado como uma das estratégias mais eficazes para reforçar a missão, visão e os valores institucionais do hospital junto a pacientes, corpo clínico, colaboradores, imprensa e a sociedade como um todo. Excelência da Saúde, na categoria Comunicação e Marketing, a instituição promoveu uma recém-campanha de sucesso contra o tabagismo. Por meio de um vídeo, o hospital destaca os benefícios que são reconquistados quando se para de fumar, deixando de lado a abordagem tradicional de lembrar o fumante das doenças causadas pelo cigarro. “Trabalhamos fortemente alinhados com o Planejamento Estratégico da Beneficência Portuguesa, com o desafio de promover o desenvolvimento sustentável e contínuo do Hospital São José, por meio do perfeito balanceamento entre a eficiência operacional e a excelência na prestação de serviços hospitalares”, afirma Ricardo Hutter, Superintendente-executivo da unidade. “Este é o reconhecimento de nossos esforços e a percepção positiva daquilo que todos os dias entregamos a aqueles que, de alguma maneira, estão ligados a nós”, afirma Manuel Coelho, Superintendente-executivo de Marketing. O Hospital São José possui a acreditação Joint Commission International (JCI) desde 2011.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
Hospital São José faz uso das diversas plataformas de comunicação como uma das estratégias mais eficazes para reforçar seus valores.
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Arquitetura com tecnologia Ampliação do Pronto-Socorro do Hospital Márcio Cunha traz salas com equipamentos de ponta para o melhor atendimento ao paciente
O projeto de ampliação do Pronto-Socorro do Hospital Márcio Cunha, mantido pela Fundação São Francisco Xavier (FSFX), está entre os cases de Arquitetura e Infraestrutura. O projeto foi idealizado de forma a unir forma e funcionalidade, sem agredir a identidade do edifício existente. Prezando por uma arquitetura contemporânea, o case valorizou a sustentabilidade e a humanização dos ambientes. Para tanto, criou-se vãos para entrada de luz e ventilação natural, integrando em seu interior o verde da área externa. Os acabamentos in-
ternos também receberam atenção, sendo selecionados de forma a tornar os ambientes harmoniosos, dando leveza e ao mesmo tempo praticidade na manutenção, limpeza e durabilidade. O uso de cores e conceitos de humanização nos ambientes, assim
como a disposição das áreas de atendimento para que o paciente sinta-se acolhido também foram estudados. Para esta ampliação foram investidos cerca de R$ 13 milhões em obras e R$ 1,40 milhões em equipamentos. O resultado é um lo-
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cal mais amplo e preparado para se tornar referência regional na prestação de serviços e parceiro do Estado para o fortalecimento da Rede de Urgência e Emergência de Minas Gerais. Com a proposta de oferecer um ambiente onde houvesse a conjunção de tecnologia e humanização, o novo pronto-socorro conta com 4 mil m2 de área construída, sendo três vezes maior que o anterior. O local possui oito novos consultórios; unidade de Observação Infantil e de Urgência Pediátrica; unidade de Observação de Adultos, com 17 leitos de atendimento; unidade de Observação com nove leitos de atendimento; unidade de Ortopedia, que conta com quatro leitos de observação e uma sala de raios-X exclusiva para atendimentos a pacientes do Pronto-Socorro. Além disso, o novo espaço também traz para o paciente uma sala de medicação convênio com nove pontos de atendimento; sala de medicação SUS com seis pontos; sala de emergência clínica estruturada para casos de alta complexidade; três salas para pequenos procedimentos; sala para Serviço Social e para o setor administrativo; e farmácia satélite. Na prática, os novos pontos de apoio resultam em vantagens como a agilidade, por permitir a realização de mais atendimentos simultâneos, e a separação dos pacientes por setores de acordo com a gravidade do caso, fazendo com que crianças no atendimento pediátrico clínico, por exemplo, não tenham contato com vítimas de traumas mais graves. As discussões e aprovações do projeto contaram com a participação tanto da alta administração, como gestores responsáveis
de todas as unidades que possuíam envolvimento com a ampliação e reforma do pronto-socorro. “A integração da equipe foi importante na definição dos espaços/ fluxos, de acordo com os processos de trabalho da instituição”, afirma o Diretor-executivo da FSFX, Luís Márcio Araújo Ramos.
Inovação A Fundação São Francisco Xavier investiu em estruturas arrojadas e ambientes que unissem tecnologia e humanização para o Hospital Márcio Cunha, projetados com referência nos melhores hospitais do país. “Mais que uma bela fachada, o novo pronto-socorro é uma edificação totalmente adequada e dentro dos padrões exigi-
dos pela Vigilância Sanitária, com o objetivo de elevar a qualidade e a segurança na assistência no atendimento aos casos de alta complexidade”, ressalta Araújo Ramos. Vale ressaltar também a preocupação com os materiais de acabamento, que seguiram as especificações técnicas necessárias para garantir o melhor desempenho, qualidade e custo. Além disso, ainda de acordo com o diretor, o maior desafio foi integrar a arquitetura existente com a nova de forma harmônica. “Também foi necessário elaborar as fases em que a obra seria executada, de forma eficaz, pois o pronto-socorro não poderia deixar de funcionar em nenhum momento.”
Enfermagem
Luiz Roberto Lopes, Diretor-superintendente do Hospital Estadual SumarĂŠ
Hospital Estadual Sumaré
O
Hospital Estadual Sumaré, unidade assistencial da Secretaria de Estado da Saúde e gerenciado pela Unicamp, tem, desde a sua implantação, a busca do investimento dos recursos públicos pautados na responsabilidade, idoneidade e qualidade na gestão. “Para tanto é necessário que todos os envolvidos na administração da unidade, os colaboradores de apoio e os operacionais que compõe todas as categorias do hospital, estejam partilhando do mesmo desejo”, afirma o Gastrocirurgião da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Luiz Roberto Lopes, Diretor-superintendente do Hospital Estadual Sumaré - HES Unicamp. A instituição busca profissionais que almejem crescer junto ao hospital no que tange à qualidade de atendimento ao usuário do serviço hospitalar público. Com 73% de funcionários do sexo feminino, sendo que nos cargos de chefia elas representam 61%, o Hospital Estadual de Sumaré possui 1.135 funcionários. Números esses que proporcionam uma boa relação funcionário/leito, que é de 4.2. A enfermagem ganha destaque representando a maior área funcional do hospital. São cerca de 500 profissionais atuando nesta frente e que têm implementado práticas de sistematização da assistência ao paciente através de cursos periódicos de educação continuada. O Hospital Estadual Sumaré possui ONA Nível III e a Acreditação Internacional Canadense.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
A enfermagem ganha destaque representando a maior área funcional do hospital. São cerca de 500 profissionais atuando nesta frente.
Enfermagem
Fachada do Hospital Infantil Sabarรก
HOSPITAL INFANTIL SABARÁ
O
profissional de enfermagem responsável pelo cuidado com a criança não atende apenas um paciente. Para fazer este trabalho com qualidade é necessário que o corpo clínico tenha mais flexibilidade a fim de garantir excelência na gestão. Assim, o Hospital Infantil Sabará propõe um projeto em que se desenvolva um sistema de percepção de olhar para o outro, considerando a avaliação da expressão não verbal, uma vez que a criança nem sempre sabe comunicar com exatidão o que está sentindo. Essa referência em atendimento pediátrico no Brasil faz com que o Hospital Infantil Sabará esteja no Excelência da Saúde, na categoria Enfermagem. Entre as ações que a gestão adotou estão o incentivo à profissionalização, buscando mudanças de atitudes através de treinamentos técnicos e comportamentais internos e externos; elaboração de trabalhos científicos e participações em grupos do hospital. Um dos pré-requisitos para integrar o quadro funcional é a experiência em pediatria e especialização em enfermagem pediátrica geral, neonatal ou em terapita intensiva pediátrica. Para tanto, segue-se um rigoroso critério para o processo de admissão. O hospital tem acreditação JCI.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
A instituição conta com um corpo clínico experiente e altamente qualificado em crianças, sendo o único hospital que conta com a retaguarda em todas as especialidades pediátricas, em um modelo multidisciplinar integrado e altamente resolutivo.
Enfermagem
Marcus Vinícius Martins, Diretor do Hospital Pró-Cardíaco
hospital pró-cardíaco
C
om atendimentos desde 1959, quando o cardiologista Dr. Onaldo Pereira criou um serviço para atendimentos domiciliares cardiológicos de urgência, no Rio de Janeiro, o Hospital Pró-Cardíaco destaca-se no setor de saúde nacional pela qualidade oferecida aos seus pacientes e colaboradores. Um de seus diferenciais é a gestão de pessoas praticada no hospital, inclusive no setor de enfermagem. Os enfermeiros são alvo de educação continuada promovida por grupos de discussões de trabalhos publicados e análise de práticas baseadas em evidências científicas. De acordo com o Diretor do hospital, Marcus Vinícius Martins, essa cultura de aprendizado é um dos três pilares que garantem a excelência na instituição. Ele também destaca a eficiência dos recursos humanos e dos cuidados que refletem diretamente no paciente. Ainda segundo Martins, a gestão busca vencer, diariamente, os desafios para manter a excelência do hospital. “A retenção dos talentos, o desenvolvimento de lideranças assistenciais e o direcionamento de toda a instituição atender crescentes expectativas das necessidades e das preferências dos pacientes e familiares também são pontos que recebem muita atenção no Pró-Cardíaco”, afirma. O hospital possui Acreditação Canadense desde 2012.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
“A cultura de aprendizado é um dos pilares que garantem a excelência na instituição”. Marcus Vinícius Martins, diretor do Hospital PróCardíaco
ensino e pesquisa
Bernardete Weber, Superintendente de Qualidade e Responsabilidade Social, e Otรกvio Berwanger, Diretor do IEP HCor
HCor – Hospital do Coração
O
Instituto de Ensino e Pesquisa do HCor, em São Paulo, vem se consolidando, cada vez mais, na Saúde do Brasil. Esse grande investimento em Ensino e Pesquisa é o que faz do hospital ser destaque no Excelência da Saúde. Segundo Bernardete Weber, Superintendente de Qualidade e Responsabilidade Social, consolidar o ensino e a pesquisa na instituição passa a ser uma ferramenta de motivação para os colaboradores, uma vez que a instituição possibilita meios para expandir o conhecimento e, assim, conferir o diferencial diante do mercado competitivo. Para o Diretor do IEP HCor, Otávio Berwanger, o ensino e pequisa é estratégico dentro das diretrizes institucionais. “Renomados centros de saúde são reconhecidos, principalmente, pela pesquisa que desenvolvem. E nós estamos ganhando destaque no setor devido a muitos estudos que estamos produzindo aqui e que estão sendo publicados em importantes revistas científicas.” Além disso, o hospital também possui grupos multidisciplinares de estudos em larga escala que contam com a uma rede de colaboração e pesquisa, incluindo outros hospitais. “Nossos estudos estão chegando além das fronteiras do Brasil. Hoje, contamos com projetos em hospitais na Polônia, Colômbia, Argentina, Espanha e Itália”, ressalta Berwanger. O HCor possui a acreditação JCI.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
O HCor coordena e oferece toda a orientação necessária para o desenvolvimento de projetos próprios de pesquisa, com ênfase na pesquisa clínica aplicada que permite avaliar a eficácia dos tratamentos e graus de precisão dos diagnósticos.
Foto: Rafael Danielewicz
ensino e pesquisa
Luiz Fernando Kubrusly, Diretor-clĂnico dos Hospitais VITA Curitiba e VITA Batel
HOSPITAL VITA BATEL
O
Hospital VITA Batel, Excelência da Saúde na categoria Ensino e Pesquisa, apresenta o Instituto VITA de Ensino e Pesquisa (IVEP). O empreendimento do Grupo atua em quatro eixos: atração e retenção de talentos, busca do reconhecimento institucional, educação profissional e apoio à pesquisa. No primeiro eixo são oferecidos programas de especialização em residência médica e estágios profissionais, parcerias com cursos técnicos de enfermagem e programa de pós-graduação em Gestão Hospitalar, por meio de parceria com instituições reconhecidas no setor. O segundo eixo apoia os médicos e demais profissionais da área de saúde na participação em eventos, dando ênfase ao desenvolvimento de trabalhos para apresentação em jornadas, encontros e congressos nacionais e internacionais. Cria-se, então, uma agenda de eventos científicos, que serão realizados nos hospitais do Grupo VITA e em espaços externos. E, por fim, o quarto eixo traz o resultado do desenvolvimento dos demais eixos estruturais. “Prestar assistência médico-hospitalar a quem nos procura e promover ensino e pesquisa na área da saúde, utilizando-se de profissionais capacitados e das melhores práticas é nossa missão”, conclui Luiz Fernando Kubrusly, Diretor-clínico dos Hospitais VITA Curitiba e VITA Batel. O Hospital Vita Batel possui ONA Nível III e a Acreditação Canadense.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
Promover ensino e pesquisa na área da saúde, utilizandose de profissionais capacitados e das melhores práticas, é destaque do VITA Batel.
Foto: Vini Arruda
ensino e pesquisa
Jo達o Matheus Guimar達es, Diretor do INTO
INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA - INTO
O
completo programa de residência médica e o desenvolvimento de diversas pesquisas nas áreas de ciências médicas e biológicas fazem do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) Excelência da Saúde, na categoria Ensino e Pesquisa. A alta procura por profissionais de todo o País pelo programa de educação continuada faz com que o instituto seja alvo de visitação estrangeira. Isso comprova que o INTO é hoje o principal órgão público de saúde que atua na formação, capacitação e aperfeiçoamento de recursos humanos nas áreas de ortopedia e traumatologia. “Baseamo-nos sempre em envolver o corpo clínico em projetos de mestrado que irão beneficiar pacientes no futuro. É com essa experiência e dedicação dos profissionais que foi construída a história do instituto, que há mais de 40 anos promove a assistência aos pacientes usuários do Sistema Único de Saúde”, salienta João Matheus Guimarães, Diretor do INTO. Com tanto reconhecimento, o foco atual da instituição tem sido a gestão, revendo a cada dia os processos para aumentar o atendimento, que hoje é de cerca de 10 mil cirurgias e 208 mil consultas por ano. O INTO é acreditado pela JCI desde 2006.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
A alta procura por profissionais de todo o país pelo programa de educação continuada do INTO faz com que o instituto seja alvo de visitação internacional.
Informe Publicitário
Hospital Regional Unimed completa 15 anos de atividade
M
aior hospital do Sistema Unimed no Brasil, referência em procedimentos de alta complexidade no Nordeste, o HRU é o único hospital do Ceará com certificação internacional em proteção e segurança ao paciente e com nota máxima em Acreditação Hospitalar. Segurança e competência são critérios fundamentais considerados na hora de garantir o melhor atendimento. O Hospital Regional da Unimed (HRU) é o maior hospital privado do Ceará, foi inaugurado em 1998 e oferece aos
seus pacientes uma área de 27.304m², na qual disponibiliza um mundo de serviços e excelência que nem sempre estão ao alcance do conhecimento público. A Instituição é certificada com Excelência - Nível 03 (máximo) em Acreditação Hospita-
lar, título concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), além de ser um dos 28 hospitais do Brasil, e único do Ceará, certificado pela Acreditação Internacional Canadense. Tais certificações garantem, acima de
tudo, a adoção de práticas cada vez mais seguras de qualidade, além de assegurar a constante inovação dos serviços prestados ao cliente. Referência na realização de procedimentos de alta complexidade, o HRU é a maior instituição hospitalar do Sistema Unimed Brasil. Ao longo desses 15 anos foram muitos os títulos que garantiram aos pacientes do HRU o aprimoramento constante dos processos hospitalares, desde a entrada no atendimento ao momento de alta na Instituição. Um Hospital com tantos selos é sinônimo de investimento no paciente, além de cuidado e de respeito. “As certificações são um diferencial, significam que o Hospital não se preocupa apenas com hotelaria, mas, principalmente, em oferecer segurança e serviço de qualidade ao paciente. Como exemplo, dentro da Instituição tem um núcleo específico de segurança do paciente e o escritório de qualidade, ambos fazem parte das ações que trabalham continuamente a melhoria do atendimento”, reforça o Diretor-geral do Hospital Regional Unimed, Dr. Rogério Menezes.
Atendimento diferenciado Para além do cuidado físico, o Hospital conta com uma equipe pioneira em Serviço de Cuidados Paliativos, a qual é voltada para o atendimento não apenas do paciente, como também da família, prestando assistência aos que se encontram em situação delicada ao enfrentar doenças que coloquem a vida
em risco. Segundo a diretora de recursos próprios da Unimed Fortaleza, Dra Stella Furlani, o serviço não se aplica apenas a pacientes com câncer e portadores de AIDS, mas, também, aos que sofrem com doenças neurológicas (demências, acidentes vasculares cerebrais), pulmonares, renais, hepáticas e pacientes com idade avançada portadores de síndrome de fragilidade do idoso. “Ninguém quer ver a quem ama sofrendo. Paliativo vem da palavra Pallium, que do latim significa manto, aquilo que protege, alivia. O que nós queremos é aliviar a dor e o sofrimento. É um cuidado ativo e total. É cuidar na essência”.
Compromisso com a excelência “O HRU é um hospital referência para a Unimed Brasil, um multiplicador de competências, e suas creditações tanto nacionais quanto internacionais denotam o nosso compromisso com o que oferecemos ao nosso cliente. Ao mesmo tempo, nos mantemos em contínuo aprimoramento. Isso resulta em uma avaliação constante de como podemos melhorá-lo para oferecer mais comodidade e serviços que o deixarão ainda mais completo, sustentável e humanizado”, informa o Presidente da Unimed Fortaleza, Dr. João Borges.
gest達o corporativa
Paulo Vasconcellos Bastian, Superintendente-executivo do Hospital Alem達o Oswaldo Cruz
hospital alemão oswaldo cruz
O
Hospital Alemão Oswaldo Cruz, referência em serviços de alta complexidade, adota em sua gestão um modelo participativo. Com isso, todas as lideranças colocam seus projetos de investimentos durante o período de orçamento no sistema de GPI (Gestão de Projetos e Investimentos). A instituição também conta com um comitê gerencial coordenado pela área de controladoria e responsável pela análise econômica e técnica das solicitações. Além disso, vem implantando o sistema de Business Intelligence, com foco na performance de análises para a ampliação nos cruzamentos de dados. Outro importante investimento do hospital está na capacitação de seus profissionais, custeando até 80% seus cursos técnicos e em 60% os de formação de nível superior. Há também a Escola Técnica de Educação em Saúde (ETES), que oferece cursos de Técnico em Enfermagem e Técnico em Cuidados de Idosos. “Acreditamos que essa gama de fatores é o que traz o reconhecimento da excelência no atendimento tanto pelos médicos, como pelos pacientes e familiares. E esse é o principal valor do hospital”, afirma Paulo Vasconcellos Bastian, Superintendente Executivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. O Hospital Alemão Osvaldo Cruz possui certificação de qualidade da JCI.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
O Hospital vem implantando o sistema de Business Intelligence, com foco na performance de análises para a ampliação nos cruzamentos de dados.
Apoio à Excelência
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A tecnologia de ponta do Hospital Alemão Oswaldo Cruz A eficiente gestão do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), que o coloca como instituição de excelência do País, muito se apoia na tecnologia que a instituição adota. Neste quesito, o suporte ao banco de dados é fundamental para a segurança da informação, bem como a minimização e rapidez de diversos procedimentos. Para este trabalho, a TEIKO, que iniciou suas operações em 2004 e que possui atualmente mais de 140 clientes do segmento de Healthcare referenciando-a como especialista no segmento, presta seus serviços desde 2011 ao HAOC, realizando a gestão e operação do ambiente de banco de dados e aplicações bem como o serviço de NOC (Network Operations Center) que atua no monitoramento 24x7 da infraestrutura garantindo alta disponibilidade do ambiente. A TEIKO disponibiliza ao mercado modelos de contrato de suporte que são definidos conforme o tamanho do ambiente e expectativas de entrega de cada cliente. “Diante da complexidade e nível esperado de suporte estabelecido pelo HAOC, nosso contrato de suporte está classificado como Premium, o que entrega um alto nível de especialização técnica e de proatividade, com SLA’s adequados à criticidade do ambiente.” explica Paulo César Schorr, Diretor-comercial. Entre os indicadores que evidenciam a melhora dos serviços antes e depois da atuação da TEIKO no HAOC, encontram-se a redução dos incidentes pela proatividade dos profissionais que monitoram e atuam no ambiente, além da diminuição do tempo de SLA de atendimento, solução
proporcionada pela sinergia entre o monitoramento realizado pelo FAROL, o NOC e os profissionais dedicados ao ambiente. Em destaque está a entrega mensal e gestão de oportunidades de melhoria no ambiente e aplicação. Já nos projetos, os indicadores mostram uma maior segurança, disponibilidade e performance; redução de riscos e maximização dos investimentos na linha do tempo (ROI). “Por último, mas não menos importante, o nosso melhor indicador: a satisfação dos nossos clientes”, ressalta Schorr. Exemplo disso é o trabalho desenvolvido pela TEIKO na implementação e suporte ao Oracle Exadata Database Machine no Hospital. “A Teiko nos ajudou com todo seu conhecimento, na compreensão dos desafios que os ambientes de TI da área de saúde apresentam e a maneira como ela proveu sinergia com os parceiros Philips e Oracle, o que foi essencial. A solução possibilitou redução de 78% do tempo em processos da assistência, comercial, financeiro, recepção e recursos humanos. Registrou-se, também, maior velocidade do processo de informações no banco de dados, que aumentou 60%”, ressalta Denis da Costa Rodrigues, Gerente de TI do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. “O maior desafio é manter a disponibilidade, integridade e confidencialidade das informações em um ambiente de grande complexidade técnica e de constante mudanças. Por trás das máquinas, bancos de dados e sua infraestrutura, também estamos cuidando de vidas, o que aumenta significativamente a nossa responsabilidade”, avalia Schorr.
“O maior desafio é manter a disponibilidade, integridade e confidencialidade das informações em um ambiente de grande complexidade técnica e de constante mudanças. Por trás das máquinas, bancos de dados e sua infraestrutura, também estamos cuidando de vidas, o que aumenta significativamente a nossa responsabilidade”, Paulo César Schorr, Diretor-comercial da Teiko
HEALTHCARE Management 32
setembro | outubro 2014 healthcaremanagement.com.br
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Foto: Cristiano Sant’Anna/indicefoto.com
gestĂŁo corporativa
Fernando Andreatta Torelly, Superintendente-executivo do Hospital Moinhos de Vento
HOSPITAL MOINHOS DE VENTO
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importante acordo de afiliação firmado entre o Hospital Moinhos de Vento e a Johns Hopkins Medicine International, braço internacional da Johns Hopkins Medicine é o grande destaque que coloca a instituição como Excelência da Saúde, na categoria Gestão Corporativa. O acordo possibilita que as duas instituição possam trabalhar em conjunto para desenvolver especialidades e monitorar, ampliar e melhorar as práticas médicas implantadas no hospital brasileiro. Isso faz com que o Hospital Moinhos de Vento seja o primeiro no País a estabelecer uma colaboração com a instituição americana. A gestão do hospital também investiu na ampliação do atendimento aos usuários com a inauguração do Hospital Restinga e Extremo-Sul. Com capacidade de atender até 13 mil pacientes por mês, a previsão é de que a nova unidade chegue à capacidade total de 170 leitos. Além disso, a excelência no atendimento despertou os olhos de representantes do COL (Comitê Organizador Local) da FIFA World Cup Brasil 2014 para ser referência durante a Copa do Mundo 2014. Influenciaram na decisão as características da instituição, que estão dentro dos padrões exigidos pela FIFA, como o serviço de medicina do esporte. O hospital é acreditado pela JCI.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
“Buscamos dar atenção especial ao bem-estar e à satisfação de pacientes, familiares, corpo clínico e demais envolvidos com a área da saúde. Um olhar humano, enfim, para quem tem como missão cuidar de pessoas e valorizar a vida”. Fernando Andreatta Torelly, Superintendente-executivo do Hospital Moinhos de Vento
gestão corporativa
Paulo Azevedo Barreto, Superintendente do Hospital São Lucas de Aracajú
hospital são lucas de aracajú
F
undado em 1969, o Hospital São Lucas de Aracajú teve em 2013 o primeiro ano de seu planejamento estratégico com visão para 2020. A idealização prevê o crescimento no número de leitos, além da implantação da unidade pediátrica, reforma da unidade de urgência e a criação de zonas de atendimento por criticidade e refinamento de gestão assistencial, entre outros aprimoramentos. Segundo o Superintendente do hospital, Paulo Azevedo Barreto, a excelência é construída a partir do propósito constante de estar aberto para as possibilidades de evolução. “Desde a sua fundação, a instituição coloca o paciente no centro, sempre pensando no que pode ser feito para ajudá-lo a se recuperar”, afirma. São ações voltadas a essa preocupação, sempre acompanhadas por resultados mensais que garantiram a recente recertificação pela Organização Nacional de Acreditação (ONA III) e a preparação para a renovação canadense, por meio de treinamentos de líderes, workshops e couching. Para Barreto, os desafios são inúmeros, entre eles, o crédito difícil e incompatível, baixo investimento público e desarmonia com o segmento privado, além do baixo nível educacional das pessoas ativas, entre outros.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
“A excelência não é um ponto de chegada. Ela é construída a partir do propósito constante e inquebrável de fazer as coisas sempre com espírito aberto para as possibilidades de evolução”. Paulo Azevedo Barreto, Superintendente do Hospital São Lucas de Aracajú
gestĂŁo de pessoas
Maria JosĂŠ Pereira, Diretora Corporativa de RH do Hospital Bandeirantes
hospital bandeirantes
N
o último ano, o setor de Gestão de Pessoas passou por uma grande evolução no Hospital Bandeirantes, tornando-se uma área estratégica e não apenas um setor de apoio. Hoje, esta gestão faz parte do Negócio e essa valorização coloca a instituição como Excelência da Saúde na categoria Gestão de Pessoas. “Desde o momento do processo de recrutamento o RH já trabalha pensando nas competências organizacionais para selecionar a pessoa certa para determinada vaga. Não basta apenas atender as competências individuais que o cargo requer, precisa estar alinhado ao negócio e possuir as qualificações necessárias”, afirma Maria José, Diretora de RH do hospital. Esse pensamento e forma de atuação estendem para todos os subsistemas de RH, como a Educação Corporativa. Também não são mais elaborados o cumprimento de horas/homem, e sim com base na real necessidade. Além disso, o RH elabora anualmente o LNT (levantamento de necessidade de treinamento) de forma institucional e individual para assegurar que todos os GAPs apontados na avaliação de desempenho sejam supridos. “A Excelência não se garante apenas em tecnologia e processos, é necessário investir no Capital Humano. Para isso, reunimos um corpo clínico completo e especializado para o atendimento da alta complexidade”, salienta Rodrigo Lopes, Diretor-executivo do Hospital Bandeirantes. O Hospital Bandeirantes possui ONA Nível III.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
“Desde o momento do processo de recrutamento o RH já trabalha pensando nas competências organizacionais para selecionar a pessoa certa para determinada vaga”. Maria José Pereira, Diretora Corporativa de RH do hospital bandeirantes
gestão de pessoas
Alceu Alves da Silva, Superintendente-executivo do Sistema de Saúde Mãe de Deus
HOSPITAL MÃE DE DEUS
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este último ano, o Hospital Mãe de Deus implantou em sua gestão um modelo de consultoria interna de RH inovador, o que foi um passo importante na evolução da Gestão de Pessoas na instituição. A consultoria desempenha um papel estratégico dentro do hospital, com projetos e ações que ganharam reconhecimento nacional e internacional. Dentre os positivos resultados conquistados destacam-se os indicadores gerais de recursos humanos, turnover, absenteísmo e hora homem treinamento, bem como indicadores dos próprios programas de gestão de pessoas, gerenciados por um sistema de informações que permite ao consultor focar nas necessidades das áreas que atende. Os programas são baseados em conceitos, método, benchmarkings e grupos de troca regionais, nacionais e internacionais, em que lideranças da área e consultores participam. Todos os programas são implantados internamente pela própria equipe. “Os desafios para manter a excelência baseiam-se na busca incansável por soluções completas em saúde com foco em pacientes e familiares, com excelência médica, equipes comprometidas, em ambientes saudáveis, com sustentabilidade econômica e social”, ressalta Alceu Alves da Silva, Superintendente-executivo do Sistema de Saúde Mãe de Deus O hospital possui as acreditações ONA Nível III e JCI.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
As estratégias do hospital se apoiam em 7 eixos:1. instrumentos de gestão modernos; 2. qualidade e segurança assistencial; 3. Gestão de pessoas; 4. Inovação; 5. Relacionamento com médicos; 6. Humanização e espiritualidade, 7 sustentabilidade econômica e social.
Foto: Rafael Danielewicz
gestรฃo de pessoas
Neidamar Fugaรงa, Superintendente Operacional dos Hospitais VITA Batel e Curitiba
HOSPITAL VITA CURITIBA
E
m 2013, o Hospital VITA Curitiba trabalhou a fidelização de seu corpo clínico. A instituição aposta em uma grande mudança do enfoque em excelência: ter dois clientes. “Um deles é o médico, então tratamos este profissional como um cliente do hospital e, portanto, temos condições de exigir desse médico condições técnicas para ele suprir a outra ponta da nossa clientela, que é o paciente, gerando assim a segurança assistencial”, explica Luiz Fernando Kubrusly, Diretor-clínico dos Hospitais VITA Curitiba e VITA Batel. Excelência da Saúde, na categoria Gestão de Pessoas, o VITA Curitiba acredita que o maior anseio do doente é a segurança assistencial, risco zero no atendimento. E é nisso que o hospital tem trabalhado, aumentando a segurança assistencial com essas duas pontes: transformando o médico em um cliente, cobrando dele um protocolo assistencial. “O médico pode inserir ou mudar este documento antes do tratamento, ele pode mudar esse protocolo provando para o hospital que o protocolo atual está ‘defasado’ ou com algum erro. Eu acho que essa é a principal razão da excelência no processo de pessoas e de atendimento do VITA”, conclui. O Hospital VITA Curitiba possui ONA Nível III e a Acreditação Canadense.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
O hospital VITA Curitiba mudou seu enfoque e passou a trabalhar com dois clientes: o médico e o paciente.
gest達o de qualidade
Claudio Lottenberg, Presidente do Hospital Israelita Albert Eisntein
HOSPITAL ALBERT EINSTEIN
R
eferência em toda a América Latina, o Hospital Israelita Albert Einstein consolida-se como um sistema de saúde integrado, proporcionando serviços de qualidade nas frentes em que atua. Neste último ano, a gestão seguiu o norte da excelência, concretizando investimentos importantes em pesquisa, treinamento e tecnologia. Suas dezenas de acreditações e certificações justificam a instituição estar entre os eleitos a Excelência da Saúde, na categoria Gestão de Qualidade. Neste último ano, um dos destaques da gestão é a parceria firmada com o MD Anderson Cancer Center, um dos maiores centros de atendimento em câncer do mundo. O contrato culminou na inauguração do novo Centro de Oncologia e Hematologia Família Dayan-Daycoval do HIAE e com a aquisição de um hospital SUS para o exercício da oncologia. A Cultura de Segurança também foi muito disseminada neste último ano pela gestão, com um maior envolvimento do corpo clínico nas discussões sobre Segurança do Paciente e na identificação e notificação de eventos adversos relacionados à assistência. A instituição também contribuiu não só para o aprendizado de seus colaboradores, como também daqueles que atuam nas instituições públicas via PROADI-SUS, Anvisa e outras parcerias com instituições de ensino. O HIAE possui a acreditação JCI.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
“O Hospital Albert Einstein faz da qualidade a sua diferença. Ela é parte de nosso compromisso com cada ser humano que nos procura”. Claudio Lottenberg, Presidente do HIAE
gest達o de qualidade
Luiz Luca, Superintendente do Hospital Samaritano
HOSPITAL SAMARITANO
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este ano, o Hospital Samaritano de São Paulo conquistou sua terceira reacreditação pela Joint Commission International (JCI), comprovando a sua qualidade diante de rigorosos padrões internacionais. Por essa conquista, a instituição está entre os eleitos Excelência da Saúde, na categoria Qualidade. Além disso, o hospital também é reconhecido pelo Ministério da Saúde como um dos seis hospitais de Excelência do País, desde 2008. Além de adotar padrões de qualidade em toda a sua estrutura, neste ano a gestão também investiu na medicina especializada, passando a ser caracterizado como um hospital de especialidades e de procedimentos de alta complexidade. Para tanto, a instituição investiu e implantou núcleos com foco nas especialidades de maior competência: Ortopedia, Cardiologia, Neurologia, Gastroenterologia, Oncologia, Urologia e Ginecologia, Obstetrícia e Perinatologia. Estas unidades têm como objetivo prestar atendimento completo e integrado aos pacientes, com acompanhamento em todas as etapas do tratamento. Junto aos núcleos, foram criados Centros de Especialidades que complementam e integram ainda mais a medicina especialista, buscando um alto desempenho assistencial.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
nEste ano, o Hospital Samaritano de São Paulo foi reacreditado pela JCI.
gest達o de qualidade
Daniela Akemi, Gerente de Qualidade da Rede de Hospitais S達o Camilo de S達o Paulo
HOSPITAL SÃO CAMILO POMPEIA
O
Hospital São Camilo Pompeia conquistou o certificado Diamante da QMentum, metodologia internacional da Accreditation Canada. A instituição é a primeira da América Latina e a nona do mundo a atingir esse nível de qualidade. Para tanto, a unidade passou por um processo de avaliação realizado por uma equipe de profissionais com pacientes, familiares, funcionários, lideranças e alta administração. O hospital foi pontuado com 97% de atendimento aos padrões Diamante. A instituição, eleita na categoria Qualidade, acredita que o título se deve à vocação para a gestão da Sociedade Beneficente São Camilo, mantenedora da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, e por acreditar na Qualidade da Assistência como o maior propósito. “O hospital traduz essa política em suas estratégias e ações diárias e promove um ambiente favorável a mudanças, ao investimento constante em projetos de melhoria da qualidade de forma ampla, em equipes dedicadas ao planejamento, execução e suporte dessas iniciativas”, diz Daniela Akemi, Gerente de Qualidade da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. Destaca-se também o trabalho conjunto dos profissionais de Saúde, assistenciais e administrativos que exercitam rotineiramente o olhar multidisciplinar para as diferentes oportunidades de inovação. O Hospital São Camilo Pompeita possui JCI.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
Unidade Pompeia da rede Hospitais São Camilo traduz a política de qualidade em suas estratégias e ações diárias para um melhor nível assistencial.
Informe Publicitário
Biocor Balance
A tecnologia que trouxe maior precisão e agilidade na gestão financeira do Biocor Instituto
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isando o acolhimento ao paciente, com toda atenção necessária, o Biocor Instituto traz como pilar de sua gestão uma assistência de qualidade para seus pacientes. E justamente por essa busca contínua pela excelência que o Biocor vem realizando importantes investimentos em Tecnologia a fim de conferir mais agilidade nos processos, bem como diminuir os riscos. “Dedicamos investimentos para obter um melhor tratamento de dados com retorno de informações mais precisas e em menor tempo. Isso faz com que o feedback das ações gerenciais sejam mais efetivas. Assim, agregamos muitas novidades em ferramentas de BI para a gestão”, explica Mario Vrandecic, Diretor Presidente do Biocor Instituto. Houve também um grande investimento em estruturas físicas, em máquinas e equipamentos nas
áreas assistenciais e de apoio, além do Data Center e BI. Diante dessa preocupação de estar sempre acompanhando as inovações tecnológicas que o Biocor Instituto foi eleito como instituição “Excelência da Saúde” na categoria Tecnologia. O destaque vai para o Biocor Balance, ferramenta que busca dados no sistema corporativo transformando-os em informações estratégicas
sobre a saúde financeira da instituição, com agilidade e precisão. O projeto tem o objetivo de fornecer meios para o controle financeiro das contas hospitalares dos pacientes, desde sua admissão, faturamento até a quitação total destas contas, fornecendo rastreabilidade em todo o processo, de forma interativa, usando para isto o princípio das partidas dobradas (contabilidade), sustentado
pela ferramenta de business intelligence. Todas as contas hospitalares são selecionadas conforme seu mês de competência, e as informações são selecionadas do banco de dados central e disponibilizadas em um modelo de dados multidimensional. Esta análise crítica foi montada possibilitando visualizar os dados em diversas “dimensões” (ou perspectivas) diferenciadas. Assim, as informações podem ser vistas de forma sumarizadas ou mesmo de forma detalhada, conforme a necessidade de se aprofundar mais nos detalhes de cada caso. O sistema provê aos gestores rapidez na disponibilização de informações de uma forma integrada, agilizando a tomada de decisões. O Biocor Balance teve inicio em dezembro de 2013 e já apresenta resultados desde abril de 2014. Atualmente, o projeto vem sendo complementado a cada dia com novas métricas e dimensões, conforme vão sendo realizadas as reuniões estratégicas em que se identificam as oportunidades de melhorias da ferramenta de gestão. O projeto contou com o apoio técnico da empresa Aditi Gestão & TI e produto foi desenvolvido por QLIKTECH INC, empresa norte-americana. O Biocor Balance trouxe diversos benefícios para a gestão do Instituto, como o conhecimento e rastreabilidade dos componentes dos controles financeiros, levantamento e auditoria retrospectiva de contas para a recuperação de créditos, conferindo maior assertividade na gestão financeira. A plataforma também permitiu uma maior rapidez e precisão na tomada de decisão, proporcionando uma visão mais integrada do processo. O
projeto possibilitou ainda identificar possibilidades de análises em diversas perspectivas de forma dinâmica. O Biocor Balance envolve diversos departamentos do Instituto, uma vez que a informação é gradativamente validada por setores administrativos, assistenciais e financeiros. “Nosso maior desafio é prover no tempo apropriado informações completas e corretas, em um formato compreensível, para a eficaz tomada de decisões em todos os níveis: estratégico, tático e operacional. Temos um ERP muito completo e que nos atende muito bem em nossos processos coorporativos, porém nosso desafio é continuar transformando os dados em informações para que tenhamos agilidade, segurança e sustentabilidade”, ressalta Vrandecic.
Qualidade
O Biocor Instituto obteve a certificação de seu Sistema de Gestão pela ISO 9002, em 1997, mantendo seus esforços na melhoria contínua vindo a ser acreditado pela ONA Nível III de Excelência no ano de 2005, e depois, em 2008, integrou as certificações ISO 9001 e 14001, bem como OHSAS 18001 para, em seguida, alcançar a certificação americana National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations– NIAHO (auditoria hospitalar Americana desde 2009.) Destaca-se também a conquista da certificação da gestão de riscos (31000) e conformidade a ISO 27.001 (segurança da informação) e ISO 50001 (eficiência energética), entre outras acreditações e prêmios nacionais e internacionais.
hotelaria
Fernando Moises JosĂŠ Pedro, Diretor-tĂŠcnico do Hospital Alvorada
Hospital Alvorada
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roporcionando um novo conceito de excelência em seus serviços, o Hospital Alvorada vem investindo no conforto tanto do paciente, como de seu acompanhante. Para melhorar o conforto e bem-estar do usuário, o hospital implantou em seu andar dedicado ao paciente ortopédico um protocolo de atendimento específico para pessoas com mais de 65 anos com fratura no fêmur. O novo procedimento permite maior otimização dos procedimentos. Além disso, para este paciente o hospital disponibiliza um profissional multiprofissional responsável por gerenciar todas as ações necessárias. O hospital também já investiu maciçamente quanto ao atendimento de luxo, disponibilizando a “Ala Vip” com 1000 m² e oito suítes de 60 a 78 m². Os quartos são ambientes integrados, sem deixar de oferecer privacidade. No espaço para o paciente, há banheiro, quarto, televisor de LED e acesso à internet disponibilizado em um netbook presente em cada suíte. O Hospital Alvorada possui a acreditação JCI.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
O hospital oferece aos pacientes e aos seus familiares um atendimento uniforme, eficiente e que visa minimizar a ocorrência de falhas por meio de protocolos, políticas e procedimentos.
Foto: Fernando Mendes
hotelaria
Mรกrcio Arruda, Diretor do Hospital Paulistano
HOSPITAL PAULISTANO
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ualificado como Excelência da Saúde, na categoria Hotelaria, o Hospital Paulistano prova ser merecedor do título, já que possui instalações confortáveis e aconchegantes, além de serviços exclusivos e diferenciados como, por exemplo, a Ala VIP, o traslado executivo e a gastronomia. “Temos um olhar especial para a hotelaria e, claro, pela atuação de profissionais altamente qualificados e constantemente capacitados, pela adoção de cuidados humanizados, pela infraestrutura que oferece conforto e comodidade e pela tecnologia de ponta. E nossa gestão está alinhada às melhores práticas e protocolos internacionais, confirmados pela acreditação da Joint Commission International [JCI]”, afirma Márcio Arruda, Diretor do Hospital Paulistano. Hoje os principais desafios da instituição em manter a excelência estão diretamente relacionados aos diferenciais propostos aos seus clientes. Para isso, o hospital tem investido na capacitação profissional, no aperfeiçoamento de processos e protocolos e na gestão eficiente dos recursos, possibilitando a sustentabilidade da instituição.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
Instalações confortáveis e serviços diferenciados são características do Hospital Paulistano.
hotelaria
George Schahin, Presidente do Hospital Santa Paula
Hospital Santa Paula
O
Hospital Santa Paula faz jus ao título de Excelência da Saúde, na categoria Hotelaria, com investimentos em recursos tecnológicos e também em estrutura física do edifício hospitalar. O hospital tem apostado cada vez mais em espaços, sistemas e serviços que oferecem maior conforto e comodidade aos pacientes e acompanhantes. O destaque é o projeto de redução de odores de gordura do corredor de serviço de nutrição e, também, das proximidades dos abrigos de resíduos, já que pesquisas revelam que este fator influencia no decorrer do tratamento médico. Implantado em meados de 2013, o plano posto em prática contou com um equipamento capaz de atrair o mau cheiro por meio de mecanismos de neutralização. Com flexibilidade e tecnologia, o aparelho é automatizado para proporcionar eficiência e economia ao hospital. “Essa era uma das necessidades da instituição, dentre muitas outras que estão sendo trabalhadas. Mas o maior desafio é investir em treinamento e capacitação nos recursos humanos sem alterar o equilíbrio da relação custo/ beneficio dos serviços prestados”, afirma George Schahin, Presidente do Hospital Santa Paula. O Hospital Santa Paula possui ONA Nível III e JCI.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
O bem-estar dos pacientes é questão de ordem no Hospital Santa Paula, que aposta em uma hotelaria diferenciada para um melhor atendimento.
recursos e suprimentos
Elisangela Laurindo,Coordenadora da FarmĂĄcia; Maria Fernanda Lopes da Silva, Superintendente hospitalar; e Jucilene Mota, Gerente TĂŠcnica
HOSPITAL ESTADUAL VILA ALPINA
A
cultura do Hospital Vila Alpina (SP) é promover assistência segura, efetiva e humanizada. E são com essas premissas que a instituição conquistou a Excelência da Saúde, na categoria Recursos e Suprimentos. Para tanto, a instituição implantou um sistema informatizado como ferramenta de gestão de suprimento, com redução do estoque, através da eficiência na aplicação da curva ABC, aumento da segurança no processo de dispensação de medicamento integrado à prescrição eletrônica de medicamento e otimização de recursos humanos. Com isso foi possível obter uma sinalização atualizada e em percentual da variação de consumo de produto, ordenação informatizada e lógica da produção do fracionamento, ferramentas de alertas e separação do fluxo de medicamento de alto risco, entre outras vantagens. A busca constante pelo aprimoramento das melhores práticas é considerada fator primordial pela instituição. “Nossa visão está atrelada à cultura do hospital, que é manter a excelência”, afirma Maria Fernanda Lopes da Silva, Superintendente do hospital. O maior desafio em manter um alto nível no hospital é executar o plano orçamentário compatibilizando gastos e despesas com as metas contratuais, buscando a sustentabilidade sem comprometer a segurança e a qualidade da assistência. O Hospital Estadual Vila Alpina possui ONA Nível III e a Acreditação Canadense.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
“Executamos o plano orçamentário compatibilizando gastos e despesas com as metas contratuais. Buscamos a sustentabilidade para não comprometer a segurança e a qualidade da assistência”. Maria Fernanda Lopes da Silva, Superintendente do hospital
recursos e suprimentos
Euler de Paula Baumgratz, Diretor-superintendente do Hospital Vila da Serra
HOSPITAL VILA DA SERRA
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través de soluções inteligentes, a gestão de logística do Hospital Vila da Serra vem garantindo bons resultados para a saúde financeira da instituição, como também para a segurança do paciente. Um dos projetos de destaque engloba o processo de inspeção pelo qual o medicamento e material hospitalar passam, gerando um lote interno vinculado ao lote e validade do fabricante. Para os produtos que não apresentam Datamatrix, gera-se uma etiqueta com código de barras para identificação de todos os itens do estoque. Todas as operações de transferência, consumo e dispensação são realizados através da leitura de código de barras, permitindo, portanto, a garantia da rastreabilidade dos itens e evitando o desperdício de materiais. Ações como esta comprovam o título do Hospital Vila da Serra de Excelência da Saúde, na categoria Recursos e Suprimentos. “Ao longo dos 15 anos de funcionamento, buscamos manter e potencializar, cada vez mais, o nível de excelência do Vila da Serra, o que é refletido em nossas certificações ONA Nível III e a Certificação Internacional Canadense. O nosso lema é ‘Hoje, melhor que ontem. E amanhã, melhor que hoje’. Assim buscamos mais uma certificação: o Qmentum”, revela Euler de Paula Baumgratz, Diretor-superintendente do hospital.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
Soluções inovadoras de logística resultaram na redução do desperdício de medicamentos no Hospital vila da Serra.
Foto: Fernando Mendes
recursos e suprimentos
Valter Furlan, Diretor do TotalCor
TOTALCOR
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gestão eficiente de recursos e suprimentos empregados na operação do Hospital TotalCor é um importante componente por conceder à instituição o título de Excelência da Saúde, na categoria em questão. Especializado em atendimento a doenças do coração, o hospital é acreditado pela Joint Commission International (JCI) e possui parceria com importantes e renomados centros médicos, como a Cleveland Clinic, e instituições de ensino, como o American College of Cardiology. “Desde 2010, a adoção dos padrões da JCI trouxe inúmeros benefícios e avanços na realização de procedimentos de alta complexidade no hospital. Além disso, houve o cumprimento de um conjunto de práticas internacionais de qualidade no cuidado ao paciente, desde o momento da entrada no hospital até a sua saída”, revela Valter Furlan, Diretor do TotalCor. Além da modernização dos serviços oferecidos, para conquistar a acreditação JCI o hospital passou a adotar novas práticas, desenvolvendo procedimentos inovadores com a utilização de novos insumos hospitalares. O executivo também considera como grande desafio o aperfeiçoamento dos protocolos e o engajamento dos profissionais.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
“Nossos desafios estão vinculados ao aperfeiçoamento de nossos protocolos de atendimento, à capacitação e ao engajamento dos profissionais em prol da qualidade do cuidado assistencial”. Valter Furlan, Diretor do TotalCor
sustentabilidade
MĂĄrio Hideo Kono, Diretor-tĂŠcnico do Hospital Estadual de Diadema
Hospital Estadual de Diadema
O
Hospital Estadual de Diadema tem um planejamento estratégico bem definido sendo um dos pilares a gestão ambiental, trabalhando a gestão de resíduos e recursos não renováveis, atendendo a agenda global de hospitais verdes e saudáveis, fatores que têm creditado vários prêmios de hospital amigo do meio ambiente. Uma de suas grandes preocupações é a quantidade considerada elevada de resíduos infectantes gerada pela instituição que é tida como referência cirúrgica de alta complexidade e também referência em maternidade. Visando melhorar este aspecto, a alta administração e a direção de enfermagem do hospital vêm trabalhando, desde 2012, com a implantação do projeto chamado Redução de Resíduos Infectantes nas UTIs. O mesmo visa o descarte e a segregação correta dos resíduos, além do devido controle dos mesmos dentro do complexo hospitalar. “Com a implantação desse projeto, houve uma adequação dos fluxos de resíduos, obtendo uma melhoria da qualidade dos serviços. No aspecto ambiental, os resíduos passam a ser corretamente segregados. Já no financeiro, economiza-se no descarte dos infectantes. No âmbito social, o aprendizado e a mudança de atitude são os maiores retornos”, afirma Mário Hideo Kono, Diretor-técnico do hospital.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
O Hospital Estadual de Diadema possui certificação ONA Nível III e certificação internacional pela Accreditation Canada.
sustentabilidade
Alexandra Reis, Gerente de Hotelaria da Rede de Hospitais S達o Camilo de S達o Paulo
Hospital São Camilo Santana
O
trabalho desenvolvido pelo time interno de gestão ambiental do Hospital São Camilo Santana, durante o processo de certificação canadense (Accreditation Canada), foi fundamental para que a instituição conquistasse a Excelência da Saúde, na categoria Sustentabilidade. Mas o crédito também se deve a uma série de ações que vêm sendo trabalhadas e desenvolvidas nos últimos cinco anos. De acordo com Alexandra Reis, Gerente de Hotelaria da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, entre os destaques estão a redução dos resíduos infectantes de 80% para 50%, em dez anos; a implantação da “troca segura” do enxoval dos pacientes, que consiste em não substituir as roupas de cama dos clientes de curta permanência (inferior a 48hs) e que não apresentem nenhum tipo de sujidade ou risco; e a homologação de parceiros que também atendam os requisitos mínimos das normas ambientais. Há pouco mais de um ano, a Unidade Santana passou por uma revitalização que primou pela modernidade aliado à sustentabilidade. Além disso, o hospital também traz em sua bagagem medidas para conscientizar seus colaboradores quanto à importância da sustentabilidade, como postos de coleta de chapas de raio-x para reciclagem e campanhas sobre o descarte correto do óleo. O Hospital São Camilo Santana também possui ONA Nível III.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
Hospital São Camilo Santana traz em sua bagagem medidas para conscientizar seus colaboradores quanto à importância da sustentabilidade, entre outras ações de sucesso.
sustentabilidade
RogĂŠrio Rodrigues de Menezes, Diretor-geral do Hospital Regional Unimed
HOSPITAL REGIONAL UNIMED FORTALEZA
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Hospital Regional Unimed (HRU) de Fortaleza vem direcionando sua visão do negócio em Saúde com um olhar empreendedor, focando no futuro e, com isso, prezando pela sustentabilidade. Esta posição estratégica coloca a instituição como Excelência da Saúde, na categoria Sustentabilidade. Com essa posição é possível obter um ganho competitivo através do gerenciamento dos recursos a fim de otimizá-los. A gestão participativa e eficiente também avalia sempre a alocação dos custos e despesas operacionais, por meio de áreas de controladoria, orçamento, projetos de investimento, custos com foco na sustentabilidade e rentabilidade dos produtos e serviços hospitalares. O reconhecimento ao importante trabalho realizado pela prática da sustentabilidade em sua gestão rendeu ao Hospital Regional Unimed o Selo Unimed de Sustentabilidade para Hospitais 2014. A certificação é resultado de uma política que fortalece os princípios de cooperativismo e a construção de uma sociedade mais justa e sustentável. O hospital possui certificação pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) Nível III e também a certificação internacional canadense.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
“Quando falamos em sustentabilidade, nossa visão é macro, passa todas as regras básicas em ecoeficiência, de tratamento de resíduos e poluentes, e vai além, muito além”. Rogério Rodrigues de Menezes, Diretor-Geral do Hospital Regional Unimed
tecnologia
Mario Vrandecic, Fundador do Biocor Instituto, e Érika Vrandecic, responsåvel pela Qualidade
BIOCOR INSTITUTO
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assistência à saúde com qualidade é reconhecidamente uma exigência e um desafio diário no Biocor Instituto. Para tanto, a gestão investe todos os seus esforços na excelência de seus serviços prestados, visando sempre criar e fortalecer o vínculo de confiança e respeito com pacientes e familiares. Para amparar este cuidado especial com o paciente, o Biocor investe na tecnologia de seus sistemas e essa preocupação de estar sempre à frente das inovações que coloca o Instituto como Excelência da Saúde na categoria Tecnologia. O destaque é o Biocor Balance, ferramenta que busca dados no sistema corporativo transformando-os em informações estratégicas sobre a saúde financeira da instituição, com agilidade e precisão. “A velocidade da mudança de hábitos, conceitos, procedimentos, as novas tecnologias, as pressões por prazos e custos são desafios que as instituições em geral têm enfrentado. Acreditamos que o maior desafio é estimular a criatividade das pessoas na busca de soluções inteligentes e éticas que nos tragam diferenciais competitivos”, afirma Mario Vrandecic, Fundador do Biocor Instituto. Entre várias certificações que o Biocor Instituto possui, constam a acreditação ONA Nível III e a certificação americana National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations – NIAHO.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
“Somos um time bem integrado e atento ao melhor para o nosso paciente. O desafio é atingir a meta de alcançar e manter a Instituição como referência em todas as nossas especialidades”. Mario Vrandecic, fundador do Biocor Instituto
tecnologia
Ronaldo Kalaf, Vice-presidente da Santa Helena SaĂşde e Superintendente do Hospital Santa Helena
Hospital Santa Helena de Santo André
O
Hospital Santa Helena de Santo André disponibiliza atendimento 24 horas aos seus usuários com equipamentos de última geração. Em fase de finalização da ampliação, o hospital ganhará mais 6 mil m² de área construída, anexa ao prédio principal. Com isso terá instalações mais amplas, maior espaço de pronto-socorro, mais salas cirúrgicas e leitos de internação. Para não perder excelência tanto no bom atendimento, quanto no uso de alta tecnologia, a instituição tem focado em manter a identidade de seu serviço e a cultura institucional, além de formar e, principalmente, manter uma equipe de alta performance. “Investimos também em novas tecnologias, novas terapias, a desospitalização com segurança e qualidade assistencial, além do seguimento e a continuidade da assistência”, comenta Ronaldo Kalaf, Vice-presidente da Santa Helena Saúde e Superintendente do Hospital Santa Helena. Recentemente, o Grupo passou por uma organização da infraestrutura de TI, o que foi possível reestabelecer os níveis de serviço do setor, solucionando a instabilidade do ambiente. Realizou-se, também, a higienização da base de dados, o que trouxe uma maior qualidade nas informações geradas pelos sistemas internos da empresa. O Hospital Santa Helena de Santo André possui ONA Nível III e a Acreditação Canadense.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
“Investimos também em novas tecnologias, novas terapias, a desospitalização com segurança e qualidade assistencial, além do seguimento e a continuidade da assistência”. Ronaldo Kalaf, Vice-presidente da Santa Helena Saúde e Superintendente do Hospital Santa Helena
tecnologia
Valdir Ventura, CEO do Grupo S찾o Crist처v찾o
Hospital e Maternidade São Cristovão
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á aproximadamente um século atuando em prol da saúde, o Hospital e Maternidade São Cristovão vem se destacando ao longo dos anos pelo investimento em tecnologia. Entre os projetos implementados estão o upgrade do Data Center, a criação de um Site Backup, e os totens de autoatendimento. A Gestão de Leitos também foi beneficiada pela tecnologia e conta com painéis instalados em todos os Postos de Enfermagem que monitoram, em tempo real, o status de cada um dos pacientes internados. Já nas farmácias, para agilizar o atendimento, Palm Top são usados, garantindo também a segurança do paciente. O Portal Transparência, principal ferramenta de gestão da Alta Direção, também colabora com a excelência da instituição. O mais recente investimento do hospital no que tange à tecnologia está no Centro Ambulatorial Américo Ventura II (CAAV II), uma unidade avançada, responsável pelos atendimentos das especialidades de dermatologia, cardiologia e pediatria. Foram integrados ao sistema de gestão hospitalar MV2000 totens de senhários, catracas eletrônicas de controle de acesso e painéis de chamadas. Outro diferencial da unidade é a assinatura digital de médicos e outros profissionais assistenciais em prontuários e prescrições médicas. O Hospital e Maternidade São Cristovão está acreditado pela ONA com certificação em Nível III.
Prêmio Excelência da Saúde 2014
Entre os projetos implementados pelo hospital estão o upgrade do Data Center, a criação de um Site Backup, e os totens de autoatendimento.
Homenagem à sustentabilidade INDSH mostra como é possível realizar uma gestão ambiental nos hospitais sob sua gestão
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iante de tantos cases de excelência expostos nessas páginas, o Excelência da Saúde reserva seu fim para prestar homenagem a uma instituição que vem prezando pelo desenvolvimento sustentável onde quer que seja a sua atuação. Trata-se do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), organização social, sem fins lucrativos, que desde 2012 oficializou o setor Ambiental entre as diretrizes de sua gestão. Essa medida teve como principal objetivo prover os conhecimentos e ferramentas necessárias para a inserção da dimensão ambiental no processo decisório do INDSH. Com isso, foram criadas normas e novas ferramentas que permitiram a implantação de ações a fim de cumprir a legislação ambiental em todos os locais que o Instituto atua. Dessa forma foi possível obter um maior controle e coordenação de todas as atividades relacionadas aos impactos ambientais provocados pela atividade hospitalar. A supervisão das atividades corporativas baseia-se na Gestão Biocêntrica, cujo objetivo é praticar uma visão sistêmica ancorada pelas modernas tendências da ciência administrativa. Este novo setor passa, então, a oferecer os subsídios necessários para essa nova preocupação ambiental, primando sempre para o cumprimento da missão, visão e valores do INDSH.
Os princípios da Gestão Biocêntrica tão valorizada pelo Instituto visa a prática de uma abordagem sistêmica das atividades, promover o consumo racional dos recursos naturais renováveis e não renováveis, gerenciar todos os resíduos produzidos e os impactos das atividades realizadas no meio ambiente. A busca por novos conhecimentos também é um importante elemento dentro desta visão, assim como o incentivo à liderança inovadora e participativa, estimulando a reflexão e a construção do conhecimento. Essa gestão de meio ambiente apoia-se no crescimento econômico e equidade, preservação do meio ambiente para atender as necessidades atuais sem exaurir os recursos necessários para as gerações futuras, e desenvolvimento social, com respeito à diversidade cultural, reli-
giosa e racial. Diante disso, o Instituto passou a implantar ações para tornar a sustentabilidade como o principal foco de sua gestão. Para tanto, o setor ambiental busca incentivar ações que promovam a conscientização e a mudança de comportamento. Essa preocupação diante do meio em que atua vem resultando em diversos programas, como o Serviço de Inteligência Ambiental com o Programa de Gestão de Carbono. Diante das eminentes mudanças climáticas, a iniciativa visa estabelecer estratégias, planos e metas para a redução e gestão de emissões de gases de efeito estufa. Tudo isso através de um planejamento que vise a eficiência energética, econômica e operacional. Essa medida torna-se, portanto, uma importante ferramenta estratégi-
ca personalizada, uma vez que se torna um instrumento de motivação da equipe e uma fonte de comunicação com os stakeholders. Implantar o Programa de Gestão de Carbono é também reanalisar os mais diversos procedimentos internos do hospital que está sendo gerido pelo INDSH. Isso inclui desde informar corretamente todos os colaboradores e também a comunidade de como diminuir os impactos ambientais, até mesmo capacitar colaboradores sobre o PGRSS – Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde. Vale ressaltar também a readequação racional dos processos, focando a qualidade, segurança e custos.
José Carlos Rizoli, Presidente do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH)
A mudança começa dentro de casa Como implantar toda essa Gestão Biocêntrica sem antes conscientizar e levar bem-estar e qualidade de vida aos colaboradores internos? Pensando nisso, o INDSH lançou uma campanha para incentivar a mudança de hábitos de sua equipe, valorizando a saúde no cotidiano.
Para tanto, o projeto Vida Saudável levou conhecimento para os colaboradores através de medidas simples que incentivam uma alimentação saudável. Os reflexos do projetos podem ser sentidos para além Instituto, uma vez que os colaboradores passaram a adotar as novas práticas dentro de suas casas.
Artigo | Fernando
Vogt
Mais qualidade no atendimento à saúde
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ecentemente, li uma pesquisa realizada pelo Datafolha, encomendada pela Associação Paulista de Medicina e pelo Conselho Federal de Medicina, sobre um levantamento bastante interessante realizado no estado de São Paulo. O estudo mostra que 52% da população acreditam que a saúde é o tema mais importante entre as políticas públicas de responsabilidade do governo federal. O tema saúde, como de costume, foi o de maior destaque em relação à preocupação dos paulistanos, seguido por educação, com 19%. Dos pesquisados, 11% responderam que o combate à corrupção é o mais importante, 5% citaram segurança, 5% responderam moradia, 5% preocupam-se com o desemprego, 2% citaram o combate à inflação, 1% disse que meio ambiente é o tema mais importante e 0,3% afirmou ser o transporte. Entre os itens abordados pelo Datafolha está o atendimento em saúde em geral e no Sistema Único de Saúde, o SUS. A maioria, 63%, atribuiu notas entre 0 e 4 à saúde de modo geral, numa escala de 0 a 10. O equivalente a 29% dos entrevistados deu nota zero. Um percentual menor, 30%, atribuiu notas de 5 a 7. Apenas 7% deram notas de 8 a 10. Levando em conta somente o atendimento do SUS, 39% o avaliaram como insatisfatório (notas de 0 a 4). O mesmo percentual, 39%, atribuiu notas de 5 a 7. A parcela de entrevistados que deram notas de 8 a 10 foi 21%. Os serviços que mais obtiveram insatisfação foram consultas com médicos, atendimento de emergência e cirurgias. O levantamento apontou que a espera no SUS para
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Fernando Vogt Business Development Director da InterSystems
a marcação de consulta, exame, cirurgia ou procedimento é de até um mês em 21% dos casos, varia de um a seis meses em 50% dos casos, fica entre seis meses e um ano em 14% e supera um ano em 14% dos casos. Todos esses números só confirmam o caos que a saúde pública brasileira está vivendo. Essa situação não só causa um rombo nos cofres públicos como também coloca em risco a vida de milhões de cidadãos brasileiros, que em sua maioria dependem dos serviços do SUS para cuidar da sua saúde. Este cenário precisa mudar. Investimentos em tecnologias que permitam ao governo gerir melhor a prestação dos serviços de saúde são fundamentais para ajudar a mudar essa realidade. Sistemas de prontuário eletrônico que ajudam a informatizar o atendimento aos pacientes, registrando seu histórico clínico, incluindo exames, são o primeiro passo para uma mudança consistente. O segundo passo é promover um intercâmbio dessas informações entre a equipe médica de diferentes organizações de saúde, sejam elas hospitais, clínicas ou laboratórios, criando um grande repositório de dados dos pacientes – o que vai contribuir de forma decisiva para que o governo trabalhe a saúde de uma maneira preventiva e não tratando o paciente quando ele já está doente. Muitas iniciativas desse tipo já estão sendo colocadas em práticas no país e acredito que sirvam de exemplo para que, em um futuro próximo, a saúde brasileira passe por uma grande transformação, mudando o rumo de pesquisas como essa que acabei de retratar. H
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Ideias e Tendências
ENIFarMed Política, regulamentação e incentivo à pesquisa em xeque
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O 8º Encontro Nacional de Inovação em Fármacos e Medicamentos (ENIFarMed), evento realizado pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos e Produtos Farmacêuticos (IPD-Farma) em parceria com a Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec), reuniu toda a cadeia produtiva farmacêutica para debater temas políticos, estruturais e regulatórios que têm impacto direto no investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) de fármacos e medicamentos. Os debates contaram com a presença de profissionais de P&D, pesquisadores, e representantes da indústria, governo e academia para falar sobre os avanços e gargalos que ainda precisam ser superados para ampliar a
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inovação no setor. A produção de patentes pelas indústrias brasileiras foi um dos temas debatidos durante o encontro. Segundo o Presidente-executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Antonio Britto, vários gargalos emperram o desenvolvimento de patentes no Brasil na área de medicamentos, entre
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eles o chamado Custo Brasil. Para Britto, o elevado custo que incide sobre a produção de insumos é um dos motivos pelos quais as empresas locais importam cerca de 85% da produção de insumos para elaboração de medicamentos. “Um País que queira se tornar um player na produção de medicamentos vai ter
que resolver esse problema”, afirmou. Elencou-se também a carência de funcionários da Anvisa para analisar os protocolos de pesquisa clínica, o que representa um custo para o setor produtivo, já que a morosidade na avaliação dos protocolos reduz a competitividade do Brasil no mercado internacional. “Não é possível que se continue com uma informática do século passado e com um quadro de pessoal insuficiente. Além disso, a capacidade que a Agência tem para desenvolver normas não se repete na parte operacional. A cabeça da Anvisa é maior do que as pernas.” Norberto Rech, Assessor Especial da Presidência da Anvisa e Gerente-geral de Medicamentos, rebateu as críticas, afirmando
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que a Agência “é uma fortaleza para o País e para as empresas que podem, cada vez mais, ultrapassar as fronteiras pelo caminho das exportações.” Ainda de acordo com Rech, estão sendo incluídas questões de inovação nos novos marcos regulatórios. “Contudo, a decisão pelo investimento em inovação, seja
ela implementada ou não, se dá a partir da manutenção do portfólio das empresas que não são inovadoras.” Já para o especialista em regulação para o desenvolvimento de produtos farmacêuticos locais, Jurij Petrin, da Pharmaceutical Regulatory Services, o ambiente regulatório brasileiro desestimula a pro-
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Ideias e Tendências
dução local de produtos inovadores e faz com que, muitas vezes, as empresas realizem o desenvolvimento e aprovação dos medicamentos em outros países. “O ambiente regulatório que o Brasil tem hoje em dia não apoia muito o desenvolvimento de medicamentos. Nos Estados Unidos e Europa, quando se submete um produto se recebe uma agenda. E baseado nela você já sabe que naquele dia você irá receber uma reposta, positiva ou negativa”, afirma. Para Petrin, o Brasil precisa rever sua regulação sanitária de acordo com o International Conference on Harmonization (ICH), que estabelece regras internacionais para a produção farmacêutica. Para ele, este seria o único caminho para que o País “mude sua posição no ranking de desenvolvimento global de novos medicamentos”. “Se você deseja fazer parte do desenvolvimento global de medicamentos precisa ajustar as práticas e regulamentos ao que acontece no resto do mundo. Isso inclui uma harmonização das diretrizes locais com as diretrizes do ICH, porque o ICH não vai se ajustar a nós”, recomendou o especialista. 180
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Melhorias Apesar dos gargalos, o chefe do Departamento de Produtos Intermediários Químicos e Farmacêuticos do BNDES, Pedro Palmeira, divulgou um balanço positivo do setor nos últimos 10 anos. Segundo ele, a carteira de crédito do banco de fomento para o complexo de saúde atingiu R$ 4,8 bilhões de 2004 a 2014. Desse total, 14% foram destinados à inovação, 29% a projetos de biotecnologia, 26% à produção e 31% em operação de compra de laboratórios. Há dez anos, lembrou Palmeira, o ambiente
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de negócios da área de saúde era contaminado por incertezas jurídicas e por baixa capacitação local em pesquisa e desenvolvimento (P&D). “Já em 2014, os padrões regulatórios e a lei de patentes foram consolidados. Além disso, houve aumento da capacitação de P&D, dentre outros fatores positivos”. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, salientou que o número de patentes na área de saúde cresceu quase quatro vezes em seis anos. H
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o completar duas décadas de trabalho dedicadas ao Direito, o Escritório Valério Ribeiro Advocacia inova uma vez mais ao implantar em sua estrutura conceitos de gestão, excelência e empreendedorismo. “Pensamos que a advocacia, assim como todas as profissões, está passando por uma profunda releitura, sobretudo do modo operacional”, afirma seu Diretor, o advogado Valério Ribeiro. Não há como negar, por exemplo, que a transferência de informações via digital transformou a forma de trabalho do profissional do Direito. Além da questão digital, o Escritório também incorpora os conceitos de gestão e excelência da administração. “Fomos o primeiro escritório da Zona da Mata e um dos primeiros no Estado de Minas Gerais a obter a certificação ISO 9001:2008. Em 2008, iniciamos esse trabalho com a implantação do Programa 5S. Três anos após o início dos trabalhos, já em 2011, fomos auditados pela ABNT e creditados com o selo ISO 9001:2008”. Por outro lado, além do foco na transformação organizacional e na transferência de dados, o Escritório Valério Ribeiro Advocacia conta com profissionais destacados e professores universitários em suas áreas de atuação. “Em nossa estrutura podemos contar com pelo menos 10 profissionais com foco nas principais áreas. Ramos como o Direito Civil, aí estratificados o Direito do Consumidor, Direito Médico, Responsabilidade Civil e Direito Empresarial, bem como a área Trabalhista, são focos de atuação e estudo constante por parte de nossos associados, que buscam o conhecimento e o aperfeiçoamento profissional diário, visando um atendimento atualizado e dinâmico”. Ainda como diferencial, há cerca de 3 anos o Escritório Valério Ribeiro iniciou um trabalho que vem se destacando no cenário jurídico nacional. Trata-se de uma estratégia de defesa e proteção dos profissionais da área médica contra os desmandos praticados pelos planos de saúde, cooperativas de trabalho e demais entidades que integram o sistema de saúde suplementar. “Sabemos que os médicos vêm sofrendo uma profunda desvalorização de seus honorários ao longo dos últimos 40 anos”, afirma o Diretor Valério Ribeiro. Nesse sentido, o Escritório desenvolveu um mecanismo de defesa coletiva de classe que, além de proteger o médico contra atos atentatórios às suas prerrogativas profissionais, lhe dá suporte para negociações com o objetivo de recuperar as perdas de seus honorários. “Há um temor por parte dos profissionais da área médica em discutir honorários com a cooperativa”. Porém, uma vez organizado de forma associativa, é possível discutir as prerrogativas
profissionais sem se preocupar em ser descredenciado do plano ou da cooperativa para a qual presta serviço. Esse é o ponto crucial do nosso trabalho. Oferecer aos médicos assistência e segurança para discutir assuntos profissionais com os planos de saúde e cooperativas de trabalho médico. É que com a entrada em vigor da Lei 13.003/2014, prevista para o dia 23/12/2014, certamente que os planos de saúde e cooperativas de trabalho não terão mais como negar a aplicação dos reajustes dos honorários médicos. A questão já era objeto de debate por força da Resolução Normativa ANS nº 42, de 4 de julho de 2003 e da Resolução Normativa ANS nº 71, de 17 de março de 2004, que traziam os requisitos mínimos para a celebração de instrumentos jurídicos entre as operadores de planos de assistência à saúde e prestadores de serviços hospitalares. Também na mesma linha, a Instrução Normativa ANS nº 49, de 17 de maio de 2012, disciplinava as formas de reajuste dos contratos. Agora é lei. Não há mais qualquer justificativa ou motivo para a negativa de reajuste nos valores pagos aos prestadores por parte dos tomadores de serviços, sejam planos de saúde, cooperativas de trabalho etc. Nossa estrutura já defende pelo menos 5 associações de médicos a saber: AZMO – Associação Zona da Mata de Oftalmologia, RETCOOP – Cooperativa dos Médicos Retinólogos de Minas Gerais, AUBO – Associação Uberlandense de Oftalmologia, AMO – Associação Muriaé de Oftalmologia e ALO – Associação Laser de Oftalmologia. Porém, uma situação é importante de ser lembrada. Como ficam os reajustes de honorários que deixaram de ser repassados aos médicos ao longo dos últimos 40 anos? Em alguns procedimentos, considerando a atualização do ch (coeficiente de honorários) médico usado como indexador pela tabela CBHPM (classificação brasileira hierarquizada de procedimentos médicos), os valores chegam a 7% (sete por cento) do que de fato o profissional deveria perceber a titulo de honorários. Certamente que o trabalho de recuperação de perdas deverá ser organizado e coletivo, com uma assessoria jurídica especializada, visando a manutenção das conquistas, mas, sobretudo, a recuperação dos honorários médicos. “Esse é mais um trabalho diferenciado oferecido por nossa organização”, finaliza o Dr. Valério Ribeiro. Contatos: Telefax: (32)3213-4521 Cel.: (32)8405-0566 Rua Halfeld – nº 807 – 13º andar – Centro CEP 36010-003 – Juiz de Fora – MG vradvog@terra.com.br; contato@valerioribeiro.adv.br.
Mercado
Diferencial no mercado Inovação no tratamento de feridas traz maior economicidade para clínicas e hospitais
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No Brasil e no mundo, o grande número de pessoas com úlceras contribui para onerar os gastos com Saúde, além de interferir na qualidade de vida de quem as possui. Com o envelhecimento da população, o consequente aumento na prevalência de doenças crônicas, assim como na quantidade de pacientes com obesidade e diabetes, tende a aumentar, bem como seus impactos econômicos.
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Dentre os portadores de diabetes, por exemplo, estima-se que cerca de 15% desenvolvem a chamada úlcera do pé diabético. Destes, 6% a 20% serão hospitalizados e de 12 a 24% sofrerão am-
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putação. Além dos custos diretos relacionados aos procedimentos envolvidos no cuidado clínico e cirúrgico desta lesão e de suas consequências, existem também custos indiretos relacionados à pro-
dutividade deste paciente, que fica altamente comprometida para o resto de sua vida. Nos Estados Unidos, há uma média de 82 mil amputações/ano relacionadas ao pé diabético, com um custo estimado de 1,6 milhões de dólares/ano. O custo do cuidado com uma úlcera de pé diabético nos Estados Unidos varia de 4.595 até mais de 28.000 dólares por episódio de úlcera, sendo o custo total anual estimado em 5 bilhões de dólares. No Brasil, não existem dados disponíveis sobre estes valores, mas estima-se um gasto igualmente elevado. O Colzen, curativo biológico recentemente lançado pela empresa Silvestre Labs, uma indústria farmacêutica de base tecnológica 100% nacional que tem trazido diversos produtos inovadores ao mercado, é indicado para o tratamento de feridas complexas - como pé diabético, além de úlceras de pressão (escaras de decúbito), úlceras de estase (úlcera de perna) e queimaduras - e
já demonstra uma importante redução de custos. O produto apresenta um diferencial inovador: sua composição. É feito de Colágeno, Alginato e Nitrato de Cério, o que faz com que seja o único produto disponível no Mercado que pode ser utilizado em todas as etapas do tratamento das feridas de difícil resolução. Este diferencial inovador é tão relevante que o produto já teve patentes concedidas nos Estados Unidos,
Europa, Japão e China, locais onde a empresa pretende também comercializar o produto. No Brasil, a patente encontra-se sob análise, devendo sair a qualquer momento. “É o único curativo que proporciona 3 benefícios em um único produto, o que traz facilidade para o paciente, além de compensar financeiramente” explica Fabiana Serra, médica infectologista e gestora de Saúde. A atuação completa do curativo no
Colzen – produto para o tratamento de feridas complexas.
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tratamento das feridas se dá pela combinação exclusiva de seus componentes e é a principal responsável pela resposta positiva que vem sendo observada. O colágeno atua diretamente no processo de cicatrização, atraindo para o local da ferida as células que farão o processo de formação de um novo tecido; o alginato mantém o ambiente da ferida com a umidade perfeita e o Nitrato de Cério mata as bactérias, além de inativar proteinas que atrapalham no processo de cura da lesão. “Estamos tendo excelentes resultados com o curativo. Observamos um menor tempo até o começo da granulação, fase primordial para o início do processo de cicatrização. Com isso, observamos uma redução importante no tempo total de cicatrização da ferida. Diminuindo este tempo em 15 dias, em média, o Colzen traz enormes vantagens para o paciente e reduz os gastos diretos e indiretos, o que está em perfeita consonância com as políticas governamentais”, afirma Mara Blanck, especialista no tratamento de feridas e consultora do Ministério da Saúde. A redução do tempo de cicatrização está diretamente relacionada a uma diminuição do tempo de internação, assim como na frequência das reinternações. Considerando que o custo de um paciente em um dia de internação em um hospital público, por exemplo, varia de R$ 500,00 (em unidades de menor complexidade) a R$ 1.500,00 (em uma unidade de tratamento intensivo, por exemplo), a redução de 15 dias no tratamento pode representar de R$ 7.500,00 a R$ 22.500,00 de economia, por paciente. Pegando novamente o exemplo do pé diabético, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem no Brasil aproximadamente 12 mi-
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lhões de indivíduos com diabetes. Se 15% destes desenvolvem pé diabético, estamos falando de 1,8 milhões de pessoas. Se, em média, 13% destas pessoas forem internadas ao menos uma vez, uma redução de 15 dias representaria de 1,7 a 5,2 bilhões de reais. Isto só com pé diabético. Uma outra vantagem deste curativo é a forma de uso do mesmo. A reposição deve ser feita a cada três dias e, por ser totalmente absorvível, não há necessidade de removê-lo
“É o único curativo que proporciona 3 benefícios em um único produto, o que traz facilidade para o paciente, além de compensar financeiramente” Fabiana Serra, médica infectologista e gestora de Saúde.
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para a aplicação de um novo curativo. O curativo é completamente moldável e de fácil aplicação. Estas características trazem, além do conforto para o paciente, uma importante economicidade, uma vez que não dependem da realização de procedimentos diários, reduzindo o tempo e a carga de trabalho das equipes de enfermagem e, consequentemente, os custos envolvidos. Estes dados corroboram a necessidade de desenvolvimento e implementação de novas tecnologias, tanto na Saúde Pública, quanto na Privada, e demonstram claramente os grandes impactos socioeconômicos que podem ser obtidos quando produtos inovadores chegam ao mercado, principalmente, quando desenvolvidos por empresas genuinamente nacionais. H
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Ideias e Tendências
Novos olhares Crise na Saúde Pública requer mais investimento do governo e novas práticas de gestão
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A crise nas Santas Casas e demais hospitais filantrópicos gira hoje em torno de dois assuntos: o primeiro é o financiamento público do SUS e o segundo refere-se à gestão dos recursos recebidos. No caso da rede privada que atende ao SUS a crise se agrava ainda mais, pois o setor enfrenta também uma excessiva carga tributária. “Esta crise está acontecendo porque o valor repassado para realização dos procedimentos está muito aquém do que se gasta efetivamente para fazê-lo. Ou seja, o governo tem procurado repassar verbas acessórias às Santas Casas como um paliativo, o que, em curto prazo resolve o problema, mas em longo não”, comenta Luiz Aramicy Pinto, Presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH). A Santa Casa, por exemplo, tem um volume ambulatorial de emergência em torno de cinco a seis mil atendimentos ao dia e o repasse dos valores para estes procedimentos é o que vai manter estas emergências funcionando a contento. “Como o Governo não tem atualizado estes valores há anos, é necessário que as áreas administrativas se programem dentro de um orçamento para que possam mensurar sua capacidade de atendimento real e possam dar continuidade a um atendimento digno ao usuário do SUS”, acredita. Segundo Aramicy Pinto, para resolver não só o problema das Santas Casas, mas de toda a rede hospitalar que atende ao SUS, é necessário que seja feita uma nova divisão no que diz respeito ao pagamento pelos proce-
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“O governo tem se negado a fazer qualquer estudo de majoração da tabela do SUS. Havendo um estudo para melhoria e, principalmente, uma decisão política do Ministério da Saúde frente ao orçamento para priorizar o atendimento hospitalar dentro destes procedimentos mencionados, acredito que teremos benefícios também no setor privado que, no Brasil, em grande parte do interior, atendem em sua maioria pacientes do SUS”, firma. Mas os gestores hospitalares podem adotar práticas utiliza-
das por instituições privadas em busca de melhores resultados, como políticas de compra para ter ganho de escala, além do controle de gastos e gestão de desperdício. “Assim procedendo, temos como enfrentar essa crise da saúde que vem se repetindo a cada ano que se encerra. Temos o orçamento, que é o financiamento do qual falamos, temos o valor do procedimento e temos a gestão, o que significa o controle nas compras e dos desperdícios”, orienta o Presidente da FBH. H
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dimentos com preços justos. Principalmente aqueles que são mais corriqueiros, ou seja, as internações mais frequentes como obstetrícias, internações frequentes de clínica médica e as cirurgias de media complexidade. “É necessário que se faça uma planilha de custos destes procedimentos para que o governo tenha uma ideia de como proceder para uma atualização no valor”. Ainda de acordo com Aramicy Pinto, no período anterior ao ano de 2010 o Ministério da Saúde mantinha um Grupo de Trabalho para estudar e propor a atualização dos procedimentos da tabela. As entidades que integravam este grupo eram a Federação Brasileira de Hospitais-FBH, a Confederação Nacional de Saúde – CNS, a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas - CMB e dois membros do Ministério da Saúde. Após o ano de 2010 foram realizadas diversas tratativas junto ao Ministério da Saúde para reativar o Grupo de Trabalho, mas a resposta foi somente a promessa de que iriam publicar um novo grupo.
É necessário que se faça uma planilha de custos dos procedimentos para que o governo tenha uma ideia de como proceder para uma atualização no valor.
Luiz Aramicy Pinto, Presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH)
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Artigo | Nubia
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Como escolher um sistema de gestão hospitalar
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atenção à saúde representa um quebra-cabeça para todos os países. Os hospitais são os componentes mais importantes e onerosos de qualquer sistema de saúde por reunir procedimentos de maior complexidade, bem como envolvimento da equipe multidisciplinar, processos com maior número de variáveis a serem tratadas, necessidade de interoperabilidade entre os diversos setores e/ou departamentos que os compõem. Nos países de baixa e média renda, os hospitais são o centro do sistema de saúde. Por vezes, elementos-chave na capacitação profissional e referência para todo o sistema desses países formam a base para um bom atendimento à saúde. No entanto, em muitos dos países em desenvolvimento os hospitais têm sido sistematicamente colocados em segundo plano. Nos países com IDH alto, os hospitais continuam sendo chave na cadeia do modelo de saúde com foco no atendimento terciário (e por vezes quaternário), o que traz elementos que países de média e baixa renda ainda estão distantes de alcançar, como tecnologia de ponta, boas práticas de governança corporativa, gerenciamento da qualidade (em muito impulsionados pelos programas de acreditação e certificação). A excelência na prestação de serviços sempre será foco em qualquer esfera da tomada de decisão por parte do gestor hospitalar, seja público ou privado, seja clínico ou administrativo-financeiro.
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Nubia Viana Country Solution Manager para o segmento Enterprise IT da Agfa Heatlhcare
A balança do custo e investimento necessário e a qualidade que se espera alcançar é uma equação ainda não resolvida no setor, que cresce cada vez mais no volume de informações geradas, oriunda da inserção de novas práticas, adoção de novas tecnologias, aspectos regulatórios, necessidade de facilitar o acesso à informação, entre outros elementos que tornam premente a necessidade de se profissionalizar o setor. Os sistemas de informação em saúde tornam-se peças centrais nesta cadeia por manter e armazenar dados que possam auxiliar os atores envolvidos neste processo – profissionais de saúde, gestores financeiros, administradores, nas suas esferas de competência, permitindo melhor avaliação dos serviços prestados versus custos envolvidos, melhoria da qualidade de atenção, aprimoramento, identificação de gargalos. Os benefícios são vários, permitindo mensuração de indicadores de gestão, a partir dos dados registrados nos mais diversos sistemas de informação e consolidados em bases de conhecimento. Estas são bases valiosas e ricas de informação, pela característica única de consolidar uma gama variável de dados, de fontes distintas: dados demográficos, epidemiológicos, clínicos e financeiros. Quando bem utilizada, estas bases se tornam elementos importantes nas mais diversas esferas de análise – pesquisa (vigilância epidemiológica, estudos clínicos), planejamento (avaliação da assistência
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prestada) e gestão (dimensionamento da rede, distribuição de recursos, desempenho do setor). Ações como o Meaningful Use, por parte do governo americano, ou Índice de Desempenho do SUS, através do monitoramento de 24 indicadores, ou mesmo ações como o material publicado pela Associação Nacional de Hospitais Privados, no Observatório ANAPH, vão ao encontro de se associar adoção de ferramentas de gestão no intuito de possibilitar a cobertura e respostas para domínios como: • Melhorar a qualidade, segurança, eficiência; • Envolver pacientes e Famílias; • Melhorar a coordenação dos cuidados; • Melhorar a saúde pública; • Garantir a privacidade e segurança de informação pessoal de Saúde. Mas como não errar na escolha da solução? Ou colocando de forma diferente, como escolher a melhor solução? Estes questionamentos estão diretamente atrelados a outra pergunta-chave que as próprias instituições precisam ter em mente antes de começar o processo de escolha de soluções complexas e de alto custo: onde elas querem chegar e como chegar! Isto se relaciona diretamente ao grau de maturidade nos seus modelos de governança corporativa, o planejamento estratégico que envolve decisões de longo prazo: como quero estar daqui a 5 anos? Irei me tornar um hospital focado em programas estratégicos? Irei me especializar em Oncologia, Ortopedia? Gostaria de manter serviços como maternidade e UTI neonatal? Irei comprar ou construir novas unidades? Terei serviço de medicina diagnóstica ou vou terceirizar? Terei lavanderia própria ou terceirizada? Estas perguntas podem parecer banais em um primeiro momento e não parecer
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que afetam o processo de escolha de soluções para área hospitalar, mas o fato é que afetam e muito, pois parte do retorno sobre o investimento (o famigerado ROI) deve levar em consideração todos esses aspectos. Eis alguns alertas e lembretes para levar em consideração no processo de escolha: 1) As instituições mais maduras já adotam ferramentas típicas e comuns ao mercado para definir o escopo funcional, técnico e jurídico do que eles irão buscar: Request for Proposal – RFP, Proof of Concept – POC, etc. A forma de mensurar e definir os ponderadores que serão qualificadores ou os requisitos que são desclassificatórios são inerentes de cada instituição. Porém tenha em mente, qual é o mínimo desejável e obrigatório que os fornecedores precisam atingir. Não se iluda: não existe solução 100% aderente aos seus processos. Mas qual é o conjunto de requisitos que não trarão impacto operacional ou que haverá necessidade de soluções de “work around” ou que não trará impactos gerenciáveis do ponto de vista da gestão de mudança? Será admitida alguma customização? Qual o peso para tal? 2) Quais são os indicadores que você deseja atingir com a implementação da solução? Qual o prazo para os mesmos serem atingidos? A instituição conhece “seus calcanhares de Aquiles”? Existe muito atraso no processo de administração? Existe desperdício no estoque por conta de medicamentos vencidos? Diminuir o número de eventos adversos graves preveníveis no processo de prescrição? Aumentar a rotatividade do leito, através do processo de alta mais eficiente? 3) Evitar modismos ou tendências ainda não consolidadas são armadilhas que podem trazer “dor de cabeça” desnecessária. Logicamente, é fundamental levar em
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consideração as tendências de mercado, pois as mesmas serão os direcionadores do que serão as aplicações no futuro, mas como todo futuro há sempre um grau de incerteza. Por isto, evite modismos e avalie as tendências. Existem casos de sucesso, mesmo que sejam foram do país? Consulte fontes literárias de confiança para avaliar o mercado. Qual a visão do fornecedor a respeito dessas tendências? Os mesmos têm conceito claro das tendências ou somente estão atendendo a “demanda” dos clientes? 4) O fornecedor tem experiência comprovada? A solução tem escalabilidade? A metodologia de implementação traz benefícios? Pontos críticos como treinamento, impacto operacional, em especial no corpo clínico, e comunicação no escopo de gestão de mudanças como serão tratados. Qual a experiência de outros projetos na adoção por parte dos usuários finais? É possível compartilhar estas experiências? 5) Qual a “saúde financeira” do futuro “parceiro”? Ele irá crescer junto com a instituição ou pode ser tornar um fardo futuramente? 6) Qual a visão futura com relação ao negócio? As análises para longo prazo de melhorias da solução acompanham o que o mercado vislumbra? 7) Quais serão os critérios para avaliação da solução? Serão permitidos requisitos atendidos via parceiro? Os pesos são diferentes para aqueles atendidos pela aplicação nativamente? Quem será o “primer” em uma eventual contratação com soluções de terceiros? Algum requisito será atendido em release futuro da solução? Algum requisito necessita ser desenvolvido para atendimento, no caso dos itens mandatórios? Tem clareza de um ranking 1 2 3
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de priorização? 8) Qual a modalidade de contratação? As cláusulas contratuais críticas como SLA, período de garantia, multas, penalidades, tempo de contratação, despesas extras (deslocamento, viagens, etc), impostos foram devidamente esclarecidos e acordadas ou são de ciência entre as partes previamente? Alguns exemplos de RFP ou formas de definir cenários para provas de conceito estão disponíveis hoje para consulta ou como guia para ajudar as instituições na formatação. Uma fonte muito interessante para tal existe no site do Healthcare Information and Management Systems Society - HIMSS1. Outro modelo foi citado pelo site da American Health Information Management Association - AHIMA2. Vale a pena também consultar a literatura internacional para o olhar futuro de algumas funcionalidades ou pontos importantes a serem considerados3. Não existe “receita de bolo” pronta. Os exemplos e modelos existentes servem como guia para ajudar a lembrar ou funcionar como checklist para pontos importantes. Parte do sucesso da implantação implica no processo de escolha adequado e moldado à necessidade de cada instituição. Não existe modelo universal de lista de requisitos. Algumas “dores de cabeça” podem ser evitadas se houver clareza do real escopo solicitado por um lado, e o quanto do mesm o será entregue, como, quando e o custo para tal. Estes elementos constituem a sustentação para um projeto com qualidade: escopo bem definido, com recursos adequados, em um prazo exequível e real e custos que consigam se adequar ao orçamento da empresa. H
http://www.himss.org/resourcelibrary/TopicList.aspx?MetaDataID=565 http://library.ahima.org/xpedio/groups/public/documents/ahima/bok1_047959.hcsp?dDocName=bok1_047959 http://www.healthcare-informatics.com/blogs/jprestigiacomo/top-10-things-put-your-ehr-rfp
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Estratégia
Assessoria jurídica Uma valiosa ferramenta para que grandes hospitais sejam administrados sob projeções de riscos e impactos judiciais 192
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A rápida tomada de decisões como exige a gestão hospitalar pode criar diversas situações que, se mal decididas, acarretam em prejuízos tanto para a instituição como para o paciente. Diante deste contexto, faz-se imprescindível a orientação e todo o trabalho realizado por uma assessoria jurídica. Segundo Valério Ribeiro, fundador do escritório Valério Ribeiro Advocacia, esta assessoria perpassa dois momentos distintos: o preventivo e o contencioso. “No aspecto preventivo, avaliamos e orientamos a instituição quanto aos riscos envolvendo a atividade hospitalar e seus desdobramentos. Isso abrange desde a análise de um contrato, até o gerenciamento de informações e medidas preventivas a serem tomadas pelo hospital. Toda a atenção volta-se, inicialmente, à minimização de riscos, evitando que qualquer procedimento ou não conformidade se transforme em fonte de contencioso judicial ou extrajudicial.” Já no aspecto patológico, uma vez ajuizada qualquer demanda contra o hospital, são elaboradas as defesas, contestações, recursos e embargos, visando sempre a exclusão ou redução de qualquer resultado negativo, conforme explica Valério Ribeiro. A orientação técnica que a assessoria jurídica proporciona sobre cada postura a ser adotada faz com que os ricos sejam reduzidos e ações
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contrárias aos interesses do hospital minimizadas. “A assessoria jurídica se faz relevante quando tem a capacidade de antever a situação litigiosa antes mesmo que ela ocorra, conduzindo a diretoria na tomada de decisões de forma a neutralizar ou impedir qualquer demanda contra o cliente.” Para Valério Ribeiro, a assessoria jurídica possui diversos setores críticos em sua linha de atuação no campo da saúde. “Questões trabalhistas, contratuais, responsabilidade civil por erro médico resultam em 90% da demanda que uma entidade hospitalar irá absorver de um escritório especiali-
zado. Se a assessoria se preocupa em otimizar os trabalhos e avaliar questões de risco, já irá reduzir sobremaneira o trabalho contencioso. Por isso, é extremamente relevante que a organização que assessora o hospital saiba avaliar e antever possíveis litígios, evitando qualquer tipo de demanda contrária aos interesses da entidade.” E para a excelência nesta atuação, Valério Ribeiro destaca a importância de um atendimento individualizado. “Nossa principal preocupação é prestar um serviço de qualidade que nos proporcione clientes satisfeitos.” O certificado ISO 9001-2008, conquista-
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Estratégia
Atuação Desde 1994, o escritório Valério Ribeiro Advocacia está presente nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, tendo como foco principal as áreas Empresarial, Trabalhista, Previdenciário e Cível, sendo que nessa última área atua principalmente nos campos do Direito Médico, Responsabilidade Civil, Relações de Consumo, Contratos, Locação,
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Incorporação, Imobiliário, Família e Sucessões. A busca contínua pela melhoria nos serviços também já rendeu importantes prêmios em reconhecimento à implantação do Programa 5S que visa, dentre outras questões, a melhoria constante da Política Organizacional da empresa e do ambiente de trabalho. H
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do pelo escritório em 2011, também confere o diferencial dos serviços prestados pelo escritório. “A certificação, além de proporcionar uma referência de qualidade, nos destaca no setor, visto que o selo é sinônimo de organização, qualidade e excelência dos processos.” Com isso, o Escritório Valério Ribeiro vem conquistando importantes clientes no setor da saúde, tais como Hospital ASCOMCER, AZMO – Associação Zona da Mata de Oftalmologia, RETCOOP – Cooperativa dos Médicos Retinólogos de Minas Gerais, AUBO – Associação Uberlandense de Oftalmologia, AMO – Associação Muriaé de Oftalmologia e ALO – Associação Laser de Oftalmologia. “Em cada uma dessas entidades exercitamos a preocupação com relação a excelência dos serviços por elas prestados e com a excelência com que nossa organização atua nesse contexto.”
A assessoria jurídica é fundamental na tomada de decisões, já que a orientação técnica sobre cada postura a ser adotada poderá evitar ou reduzir os riscos de uma possível ação contrária aos interesses do hospital.
Valério Ribeiro, Fundador do escritório Valério Ribeiro Advocacia
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Ideias e Tendências
Atenção aos detalhes Hotelaria como uma valiosa estratégia para a gestão
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“Humanizar é garantir à palavra a sua dignidade ética”, diz o manual desenvolvido pelo Ministério da Saúde para o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar. E as instituições de saúde têm investido cada vez mais neste quesito. Uma forte aliada neste processo é a hotelaria, que prima pelo bem-estar do paciente, oferecendo um ambiente aconchegante e o
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mais próximo possível do conforto do lar. O mercado da hotelaria hospitalar compreende, somente na área de serviços, empresas de terceirização em lavande-
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ria, higiene, alimentação, segurança patrimonial, manutenção predial, estacionamento, entre outras. Há também aquelas ligadas ao segmento através da venda de produ-
tos, como o setor químico, a higienização de roupas, detergentes e desinfetantes, a área têxtil, de softwares, de amenities e de uniformes profissionais. “Acredito que ainda tenha espaço para crescimento em grande parte do País neste setor. O conceito vem apoiando também em seu posicionamento mercadológico. Quase todos os hospitais com o modelo implantado possuem apartamentos com mobiliários confortáveis, ambiente climatizado, serviço de frigobar, controle de tem-
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po sobre os serviços prestados, gastronomia com cardápio de opção, serviço de camareiras, enxoval de qualidade adequada, assim como serviços de manicure, massagem, SPA e opções de entretenimento também para o acompanhan-
te”, afirma Marcelo Boeger, Presidente da Sociedade Latino Americana de Hotelaria Hospitalar. De forma indireta, o investimento dos hospitais em hotelaria impactam, inclusive, na forma como as operadoras remuneram as institui-
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Os hospitais que pertencem aos planos de saúde tendem a aprimorar sua hotelaria para que possam segmentar melhor quais clientes atenderão em suas unidades e na sua rede credenciada, controlando melhor seus custos operacionais.
Marcelo Boeger, Presidente da Sociedade Latino Americana de Hotelaria Hospitalar
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Ideias e Tendências
ções, pois os pacientes buscam conhecer junto com os valores a serem pagos, quais são os hospitais que terão direito ao contratar um plano de saúde. “Os hospitais que pertencem aos planos de saúde tendem a aprimorar sua hotelaria para que possam segmentar melhor quais clientes atenderão em suas unidades e na sua rede credenciada, controlando melhor seus custos operacionais”, diz Boeger. E para implantar a hotelaria no ambiente hospitalar, não é necessário que seja uma grande instituição, apenas que haja a consciência dos gestores das áreas de qualidade e de serviços. Portanto, segundo o especialista, é possível ter bons serviços de hotelaria em qualquer tipo de instituição de saúde, seja esta privada, pública, em hospitais ligados a cooperativas médicas assim como em clínicas e laboratórios. “Atualmente, são os próprios clientes que exigem qualidade nos serviços, e isso ocorre em todos os tipos de instituições. Em hospitais, eles desejam uma melhor relação de valor com seu plano de saúde, podendo optar por níveis de serviços, conforme já o faz quando em bancos, companhias aéreas ou hotéis”, afirma Boeger. Apesar das vantagens que o investimento em hotelaria traz, é preciso que ela seja bem gerenciada para não trazer grandes gastos à instituição. “Nos hospitais ainda sem a hotelaria, percebemos a área de enfermagem respondendo por inúmeras demanda não assistenciais gerados pelos clientes. Estimamos algo em torno de 30% do tempo da equipe da enfermagem atendendo serviços de hotelaria, tornando o modelo muito mais 198
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oneroso caso fosse desenvolvido um serviço com profissionais especialistas na área”, comenta. Além disso, uma hotelaria bem trabalhada pode contemplar benefícios para a área de gerenciamento de leitos. As áreas de higiene hospitalar, manutenção predial, internação e processamento de roupas participam diretamente da capacidade técnica de estabelecer tempos de intervalo de substituição de leitos menores e mais eficientes. “Entendo que seja uma área estratégica para formar a opinião do cliente sobre a qualidade do hospital, uma vez que o cliente é normalmente leigo e julga a hotelaria (sua infraestrutura e serviços) com enorme criticidade, pois não tem condições técnicas de julgar a assistência, o diagnóstico e a cirurgia”. H
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Gastronomia de ponta Como garantir um cardápio saudável para os pacientes e colaboradores da instituição Um braço importante para a hotelaria hospitalar é a gastronomia. Servir pratos saudáveis e diferenciais é a principal proposta para este serviço em uma instituição de saúde. O cardápio saudável contém, além do uso dos melhores ingredientes utilizados nas receitas, um bom cuidado em toda a sua constituição. “Há mais de dez anos, não utilizamos gordura trans e somos pioneiros na utilização de ingredientes orgânicos em nossas receitas, desde salada até o café. Se um cliente nosso desejar tomar um café orgânico, haverá um
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tipo de grão certificado que atenderá sua demanda”, explica Fernando Sosa Salvatico, Diretor Fundador da Café Caliente. A empresa, que presta seus serviços para várias instituições de saúde, como o Hospital Mãe de Deus, traz também o
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diferencial de produzir artesanalmente alguns produtos, o que garante ao cliente um alimento livre de aditivos químicos pesados, comum na elaboração industrial. Para oferecer toda essa qualidade, Salvatico explica que é feito um controle
mento para a qualidade dos serviços prestados. “Estamos implementando novos produtos em nosso cardápio para buscar, ainda mais, a leveza e pureza dos alimentos, acompanhando, deste modo, a tendência de vida saudável.” A empresa atende o Hospital Mãe de Deus desde 1996 com serviços durante as 24 horas do dia em diversos setores como a Medicina Nuclear, Banco de Sangue, Radiologia, dentre outros. “Sempre que
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encontramos algum empecilho encaminhamos diretamente para o corpo diretor do hospital e, conjuntamente, encontramos um denominador comum.” Salvatico afirma ainda que a empresa tem como pilar o investimento em seus colaboradores. “Nossos profissionais são treinados constantemente. Inauguramos no nosso centro de produção uma sala de aula equipada e climatizada para capacitar os funcionários.” H
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imediato, ou seja, logo após a elaboração do produto. “Nossa produção conta com acompanhamento nutricional permanente que sugere mudanças sempre que alguma imperfeição na sua área seja encontrada. Outro elemento da gestão da qualidade são as auditorias constantes que recebemos, tanto de órgãos públicos (vigilância sanitária) como dos próprios hospitais que atendemos.” O diretor salienta ainda as peculiaridades que a empresa deve ter para prestar uma gastronomia de qualidade para o setor hospitalar. “Atendemos médicos que, muitas vezes, estão com pressa, ou então pessoas que acabaram de sair de exames e parentes que acabaram de visitar algum paciente internado. Portanto, precisamos estar atentos a esses detalhes e oferecer um atendimento que não cause incômodo a ninguém. São situações em que as pessoas estão, geralmente, mais sensibilizadas”, explica. A inovação também é um importante ele-
Não utilizamos gordura trans e somos pioneiros na utilização de ingredientes orgânicos em nossas receitas, desde salada até o café.
Fernando Sosa Salvatico, Diretor Fundador da Café Caliente
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Artigo Franco
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Franco Pallamolla Presidente da Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratório)
INCOERÊNCIA
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e tantas incoerências existentes em relação ao nosso sistema regulatório, também posso destacar que, ao se trabalhar diretamente com ele, é possível encontrar pensamentos que muitas vezes podem colocá-lo em risco. O mais comum desses pensamentos é o de imaginar que não adianta ter um sistema regulatório eficiente, pois sempre poderá haver uma intervenção humana que pode provocar uma fragilidade ao produto fabricado. Dado o descabimento de tal raciocínio, a resposta é a constante busca das empresas em incrementar técnica e tecnologia em suas linhas de produção para garantir que o produto final tenha excelência de qualidade, segurança e eficácia, mantendo assim a eficiência do sistema regulatório. É perceptível no sistema regulatório um progresso cada vez mais constante, eficiente e cada vez mais veloz, para que se possa ter uma série de regras, determinações e testes que possam dar todo esse conforto necessário, não só ao usuário ou ao paciente.
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Essa complexidade de demandas faz com que, em um primeiro momento, as empresas passem por um período de adaptação e que, muitas vezes, acarretam em custos que deverão ser amortizados durante a vida útil do produto. No entanto, esses custos não podem ser uma barreira para que decisões tomadas diminuam a segurança do produto. Embora haja o esforço hercúleo das empresas de se adequarem com o máximo de celeridade que lhes é possível, por diversas vezes o governo, ao implantar uma nova legislação, uma nova regulamentação, esquece que não só a empresa precisa desse tempo. O órgão regulador frequentemente desconsidera que o próprio sistema regulatório, não só o federal, mas também o estadual e municipal, não tem esse preparo e essa quantidade de pessoas necessárias, bem como o conhecimento necessário para absorver a nova demanda e essa deficiência do sistema regulatório acaba prejudicando em especial as empresas. H
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Perfil
Jogo aberto Presidenteexecutivo das empresas JP e Olidef fala sobre mercado e o desafio da SaĂşde no Brasil
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“O gestor público de saúde deve estar atento às falsas soluções de tecnologia que, na verdade, são maneiras de restringir a competição”, diz André Ali Mere, Presidente-executivo das empresas JP Indústria Farmacêutica S/A e Olidef Indústria e Com. Ap. Hosp. Ltda. Em entrevista ao Perfil da 32ª edição da Healthcare Management, o gestor fala também sobre o desafio das empresas brasileiras que atuam no setor da saúde, o crescimento da Olidef e a valorização de pessoas na gestão. O maior desafio das empresas brasileiras é... Manter a competitividade em um mundo já globalizado, onde a interdependência entre os países e as cadeias produtivas são cada vez maiores. Nossa história de exportações... Começou na década de 80, mas se consolidou fortemente nos últimos 15 anos. No planejamento que elaboramos, o mercado externo foi tratado como estratégico. Em 2002, criamos um Consórcio de Exportação, do qual fui presidente, com 12 empresas, chamado BHP, que foi a ponta de lança do PSI (Programa Setorial Integrado) do Projeto Apex-Abimo. O maior desafio da Saúde no Brasil é... É ter um SUS eficiente e eficaz e isto depende de políticas públicas consistentes em recursos e gestão. Para tanto, o gestor público de saúde deve estar atento a vários elementos, como as falsas soluções de tecnologia, que na verdade são maneiras de restringir a competição. O grande problema que dificulta o crescimento de nosso país é que... O Brasil se acostumou com o eterno voo de galinha. Tem sido assim nas últimas décadas. Não temos reformas estruturais que criem um ambiente menos hostil para se investir. O empresário brasileiro honesto e trabalhador é muito mal tratado pelos órgãos de fiscalização e pela burocracia. Para a sobrevivência do Negócio é preciso que... A empresa esteja atenta às demandas, ouvindo seus clientes, e também às tendências tecnológicas e de HEALTHCARE Management 32
regulação. Por sinal, há grandes mudanças nas normas internacionais que se refere aos produtos eletromédicos e à Rede de Laboratórios no Brasil, que está deficitária, o que pode prejudicar sobremaneira as empresas exportadoras. A Inovação é um processo contínuo... Pois deve ser uma busca permanente a fim de tornar produtos e processos melhores e acessíveis aos usuários, por isso é importante estar sempre investindo neste quesito. A Gestão de Pessoas é importante porque... Por trás de uma pessoa jurídica há pessoas físicas e são elas que fazem a realização das empresas. Por isso a importância de confiar nas pessoas e nos profissionais que estão conosco. Temos como meta a cultura da Auto Disciplina. É difícil, mas não impossível. Meus maiores exemplos de vida são... Meu pai, um exemplo de dedicação e amor ao trabalho. Como médico foi incansável! E minha mãe, um exemplo de solidariedade e cristandade. Recebi muito amor e carinho por parte deles. Meu livro de cabeceira é... O “Palácio de Inverno” e, atualmente, estou lendo “Os Iranianos”, tenho muita curiosidade sobre aquele País persa. Uma viagem inesquecível... Fernando de Noronha, um verdadeiro santuário, onde pude mergulhar a 15 metros de profundidade e apreciar a linda vida marinha.
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Artigo Evaristo
Araújo
Evaristo Araújo
O princípio da eficiência administrativa e a ANVISA
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princípio da eficiência no poder público brasileiro foi efetivamente instituído em nossa legislação a partir da Emenda Constitucional nº 19/98. Este princípio surgiu da demanda institucional de se enfrentar os entraves burocráticos do poder público e alinhar os procedimentos e processos da Administração Pública aos mesmos moldes das entidades privadas. As várias agências reguladoras que foram criadas são consequência da desestatização ocorrida em grande escala nos últimos tempos. O Estado tirou de seu âmbito muitos serviços e atribuições que, embora não constituíssem sua função primordial, não deixaram de ser relevantes à população. Por tal importância, esses serviços demandavam um controle e uma fiscalização por parte daquele que não poderia deixá-los completamente nas mãos da iniciativa privada, face ao interesse público que representam até hoje. Dessa forma, o princípio da eficiência passou a ser integrante do grupo dos outros princípios que devem nortear as ações das agências reguladoras: legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. A Administração Pública - e neste caso incluímos a Anvisa como agência reguladora (ainda que não sendo administração direta, mas tendo a natureza de autarquia) - tem como meta atingir o fim público e este, para que seja alcançado tempestivamente, necessita ter meios de execução eficazes. A burocracia excessiva deve ser combatida. Processos céleres, simplificados e com auxílio da tecnologia disponível devem e precisam ser adotados para promover o cumprimento de prazos legais e os atendimentos dos cidadãos e empresas reguladas, zelando assim para o seu bom funcionamento, o que corresponde ao benefício do Estado como um todo. O contrato de gestão entre a Anvisa e o Governo Federal, representado pelo Ministério da Saúde, pre-
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Diretor Administrativo da Abec Saúde (Associação Brasileira das Empresas Certificadas em Saúde) e sócio do escritório Araújo Advogados Associados.
vê respeito e observância dos princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade e publicidade dos atos. Portanto, a Anvisa só pode atuar nos limites da legalidade, sempre dentro do previsto em lei, sendo vedada discricionariedade, ou interpretação extensiva de norma, pautando-se pela honestidade dos atos e combatendo corrupção. A agência reguladora não pode visar atingir pessoas determinadas, devendo exclusivamente beneficiar o interesse público e a isonomia, com total transparência dos atos e ciência dos trâmites a todos os interessados, para a sua devida fiscalização. A eficiência insere-se em todos os aspectos acima, e não há como justificar o cumprimento da legalidade, moralidade, impessoalidade e publicidade de maneira ineficiente. Não se observando o princípio da eficiência de imediato, já se demonstra a violação aos objetivos da Administração Pública. Um princípio não deve ser hierarquicamente superior ao outro e não pode justificar a sua não aplicação. Os argumentos da Anvisa de que preserva a isonomia ao adotar ordem cronológica nas análises de pedidos de registro e cadastro são falaciosos. Se a reguladora está descumprindo a lei ao não analisar dentro do prazo nonagesimal, em nada importa a alegação de submissão ao princípio da impessoalidade, pois que o ato em si já se encontra viciado e deve ser revisto. Somente quando vislumbrarmos eficiência em seus atos, a Anvisa estará prestando corretamente sua função e missão. Não há como zelar pela proteção ao risco da saúde quando os processos de controle e fiscalização são obsoletos, morosos e pouco transparentes, afrontando a legislação e, não se vendo no horizonte perspectiva de mudança, apenas o Poder Judiciário continue sendo a tábua de salvação da carta constitucional e de defesa dos direitos dos cidadãos e das empresas reguladas. H
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Líderes e Práticas
Segurança para o paciente Excelência da gestão com o apoio de profissionais capacitados e parceiros que prezam pela inovação
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Santa Casa de Maceió é um exemplo de instituição que foge às regras de muitos casos mergulhados em crises financeiras. Com 163 anos prestando atendimento à população alagoana, a instituição conta com mais de 2.300 colaboradores e 450 médicos. “Somos a empresa, hoje, que talvez mais empregue no estado de Alagoas. Nesses 11 anos que estamos à frente da provedoria da Santa Casa geramos mais de 100 novos empregos a cada ano, isso é motivo de muita satisfação em um estado pobre como Alagoas”, afirma Humberto Gomes de Melo, Provedor da Santa Casa. Para obter este sucesso, a instituição busca implantar uma administração moderna, descentralizando as decisões. Outro importante passo foi o processo de qualificação. “Em dois anos, alcançamos a acreditação plena e desde o ano passado, quando iniciamos o processo de acreditação internacional, temos a acreditação de excelência.” A cada três anos são traçadas metas para o planejamento estratégico. E para este ano, o principal objetivo do hospital é a investir na Engenharia, com a aquisição de um acelerador linear para a Radioterapia. Constam também investimentos para setores como Neurologia, Medicina Nuclear e instalação de centrais de monitorização de sinais vitais nas UTI´s. “Temos um parque tecnológico moderno, de alta qualidade, com equipamentos de marca confiável e completos em suas configurações”, ressalta Melo.
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Os serviços terceirizados também desempenham importante papel nesta gestão de qualidade. Conforme afirma o provedor, tais serviços de apoio conferem uma maior especialização do hospital. “Nosso parceiros possuem mais know-how em suas atividades e ainda contribuem para que o hospital se mantenha com o foco em seu core business”, avalia Melo. Entre esses parceiros da Santa Casa de Maceió está a Sapra Landauer, que presta uma completa assessoria em proteção radiológica. “Somos um laboratório certificado pelo Comitê de Avaliação de Serviços de Ensaios e Calibração (CASEC), da Comissão Nacional de Energia Nuclear. Nossa principal missão é oferecer um serviço
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de verificação da proteção radiológica realizada pelo cliente, e isso é feito por meio do serviço de dosimetria individual”, explica Yvone Maria Mascarenhas, Diretora da Sapra Landauer. A certificação possibilita aos usuários de monitores individuais externos a garantia de um serviço de alta qualidade, bem como o cumprimento de todas as exigências da CNEN/IRD/CASEC para o funcionamento do Serviço de Monitoração Individual Externa. Fundada em 1979, a empresa começou a trabalhar com dosimetria utilizando materiais termoluminescentes que, na década de 70, era a mais nova tecnologia. Em 2000, foi lançada no mundo uma nova tecnolo-
ciais o de não ser um ensaio destrutivo. “Com isso a informação sobre a dose do usuário permanece no material dosimétrico mesmo após sua leitura. Isso confere maior segurança e a possibilidade de uma reavaliação.”
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“A especialização e maior know-how dessas empresas ajudaram a melhorar os processos e a assistência como, por exemplo, o tempo de atendimento e a qualidade do produto final”, finaliza Melo. H
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gia para serviços de dosimetria chamada OSL-Optical Stimulated Dosimetry. Essa nova tecnologia já está em processo de certificação junto ao CASEC para poder ser oferecida pela Sapra. Segundo a empresa, o processo de certificação está em fase avançada e em breve a tecnologia OSL estará disponível no Brasil. Com esse processo a empresa está trazendo para o País um novo dosímetro que traz como um de seus principais diferen-
Somos um laboratório certificado pelo Comitê de Avaliação de Serviços de Ensaios e Calibração (CASEC), da Comissão Nacional de Energia Nuclear. Nossa principal missão é oferecer um serviço de verificação da proteção radiológica realizada pelo cliente, e isso é feito por meio do serviço de dosimetria individual.
Yvone Maria Mascarenhas, Diretora da Sapra Landauer
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Artigo | Roberto
Magalhães
O.o. + n.t. = e.o.o
(old organization + new technologie = expensive old organization)
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sta é uma frase muito verdadeira que Jack Cochran, Diretor-executivo da Kaiser Permanente, um dos maiores e mais modernos centros de prestação de cuidados integrados do mundo, proferiu ao comentar sobre os desafios enfrentados na adoção de tecnologias que melhoram os resultados dos hospitais e do atendimento personalizado para pacientes, na primeira edição do evento Himss Latin America. “Velhas organizações” não se trata de organizações antigas simplesmente. A questão é a grande falta de preparo que se encontra na maioria das instituições denotando imaturidade na gestão e na forma arcaica que os processos são conduzidos. Muitas vezes, iludidas ou querendo cortar caminhos, embarcam na aquisição de tecnologias que prometem avanços de forma genérica, mas esbarram em dificuldades profundas em sua adoção, acarretando justamente em uma organização que continuará realizando suas funções da forma precária que vinham realizando, mesmo com um ferramental mais moderno. É como motorizar um barco a vela, mas continuar somente a contar com o vento. Mais importante que a adoção da melhor tecnologia, a equalização com os pro-
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Roberto Magalhães Diretor da Convergence Consulting Group
cessos e, principalmente, a preparação das pessoas para a nova realidade, deve sobrepor os treinamentos convencionais que se aplicam nas implantações. Raramente vejo fornecedores se importarem com os aspectos culturais de seus clientes. O foco, normalmente, recai no cumprimento de prazos em que os fins justificam os meios. A melhor resposta para este desafio, como o próprio Cochran sinalizou, está no Change Management, confundido muitas vezes e erroneamente como um componente do Project Management. Gestão de Mudanças é algo muito mais abrangente, pois há a preocupação de se preocupar com vieses que ultrapassam as questões pertinentes a projetos. Há de se cuidar da inserção da nova tecnologia e como se dará a adaptação no cenário onde estará inserida. Não se trata apenas de utilizar uma metodologia que mostra o passo a passo do caminho a trilhar. É necessário habilidade para conduzir o processo e pensar no todo, sem perder de vista a cultura organizacional onde a nova tecnologia está sendo adotada. É sabido que todo e qualquer esforço de transformação organizacional sofre resistências de magnitude equivalente às
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mudanças que se deseja realizar. Em sua maioria, as pessoas não estão preparadas para acompanhar a velocidade com que as mudanças precisam ser implementadas. Sendo assim, a Gestão da Mudança é imprescindível para o sucesso almejado. Eu poderia dizer que uma boa Gestão de Projetos culminará no escopo implantado, no prazo acordado, com os recursos estimados. Já uma boa Gestão de Mudanças culminará na conquista do objetivo que se gostaria de alcançar quando se decidiu pela adoção daquela tecnologia. Infelizmente, programas de Gestão de Mudanças requerem um nível de maturidade da direção da organização e profis-
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sionais habilitados que dificilmente encontramos em nossas instituições de Saúde. Quase a totalidade das organizações no Brasil carece desse tipo de know how. Quando muito, gerentes de projeto mais informados dizem adotar tais práticas, porém, o foco sempre recai no projeto em si e não na instituição. Resultado disso: tecnologias sofisticadas e completas, disponibilizadas precariamente, culminando na subutilização e até mesmo no fracasso total da implementação, o que, aliás, em alguns casos, até acaba sendo melhor do que turbinar um barco que está preparado para, no máximo, velejar. H
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Mercado
Feira HospitalMinas Evento atrai cerca de oito mil pessoas e movimenta R$ 50 milhões
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A terceira edição da Feira HospitalMinas reuniu, em Belo Horizonte (MG), cerca de oito mil profissionais da área da saúde durante três dias. O evento movimento cerca de R$ 50 milhões em negócios. Neste ano, o evento conseguiu contemplar 26 setores de equipamentos e serviços e, pela primeira vez, foram realizados encontros científicos paralelos com atenção voltada para os mais diversos segmentos em saúde.
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“Foram nove eventos científicos sobre as novas diretrizes e normatizações no setor, gestão e otimização dos serviços de saúde, técnicas inovadoras de tratamento e diagnóstico, e hotelaria hospitalar”,
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explica João Alexandre Chaves, Diretor da Certa Eventos, organizadora da Feira. Durante a solenidade de abertura, que também marcou o início do 11º Encontro Federassantas, que reúne Provedo-
res, Diretores e Administradores de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais, estiveram presentes autoridades da área de saúde do Brasil e de Minas Gerais. O secretário de Estado da Saúde de Minas Gerais, José Geraldo de Oliveira Prado, saudou as instituições filantrópicas de saúde e comentou a questão do financiamento no setor. “Deixamos nosso compromisso no sentido de garantir que os recursos existam. Queremos conversar sempre para traçar o melhor caminho para a saúde”, afirmou. Cleuza Bernardo, representando a Secretaria Nacional de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, também ressaltou o papel das instituições filantrópicas que respondem por 82% dos atendimentos de alta complexidade no país. “Se não contássemos com essa rede filantrópica, não sei o que seria do SUS”, disse.
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Conhecimento para a saúde Entre os eventos realizados estão o 1º Workshop Saúde de Estratégias para a Sustentabilidade das Organizações de Saúde. Durante o encontro, Tânia Grillo, Diretora do IAG Saúde, destacou a importância de se pensar processos que garantam a segurança hospitalar dos pacientes. “Não há País que não enfrente o problema da segurança hospi-
talar, é uma questão séria de saúde pública”, afirmou. Segundo a especialista, o caminho para aumentar a segurança na assistência hospitalar é apostar na gestão de risco em todos os processos hospitalares com o envolvimento da alta gestão das instituições de saúde nessa gestão. “Se os trabalhadores da base não enxerga-
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Mercado
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Segundo o engenheiro eletrônico e de telecomunicações e membro da Amech, Gláucio de Oliveira Chaves, o primeiro simpósio foi resultado de um intenso trabalho. “Foi uma experiência muito rica e gratificante para a Amech. Nos reunimos ao longo de quatro meses na intenção de trazer
A feira deste ano está maior e mais diversificada, são 26 setores contemplados em equipamentos e serviços.
João Alexandre Chaves, Diretor da Certa Eventos
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palestras que atendessem a diferentes áreas e promover o conhecimento.” Ainda de acordo com Chaves, o sucesso da primeira edição é um estímulo para a realização de outras. “Esse primeiro simpósio foi muito bom e nos motiva a pensar em outros, sempre com o intuito de capacitar”, afirma. H
Foto: Ana Paula Gouveia
rem em sua diretoria a importância que se dá à segurança do paciente, o trabalho em função disso fica esvaziado”, avalia. Outro importante encontro científico foi o I Simpósio de Engenharia Clínica e Hospitalar de Minas Gerais. Promovido pela Associação Mineira de Engenharia Clínica e Hospitalar (Amech), diversos engenheiros clínicos e hospitalares, técnicos, tecnólogos e estudantes se reuniram para discutir temas ligados à estruturação e à qualidade de ambientes hospitalares. Os especialistas também abordaram assuntos como medicina nuclear, segurança elétrica, qualidade da água, gestão de equipamentos e outros.
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OSS por todo o Brasil Instituições no Rio de Janeiro sob o comando das OSS O Especial “OSS por todo o Brasil” desta edição traz dois cases de sucessos na cidade do Rio de Janeiro. Os casos evidenciam como este modelo de gestão vem contribuindo para a Qualidade no atendimento à população. O primeiro destes exemplos refere-se a administração realizada pelo Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (IABAS) na UPA Complexo do Alemão. Este caso evidência como é possível levar saúde de qualidade e atendimento humanizado em regiões de alto índice de violência. Além disso, o leitor poderá conferir os desafios da Gestão de Pessoas em atrair e reter bons profissionais para este local. Outro caso muito interessante é o que acontece no Instituto do Cérebro, também no Rio de Janeiro, que está sob a gestão da Pró-Saúde. Em pouco mais de um ano, a instituição se tornou referência nacional realizando mais de mil cirurgias durante esse período.
Líderes e Práticas | OSS por todo o Brasil
A Gestão em áreas de risco IABAS leva saúde de qualidade às regiões com alto índice de violência na cidade do Rio de Janeiro Colocar em prática gestão de excelência em saúde já é um grande desafio, e requer estratégias bem estruturadas para vencer os mais variados obstáculos. Quando se trata de gestão em locais com muitas adversidades, como o alto índice de violência e problemas sociais, este desafio se torna ainda maior. Mesmo assim, o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde - IABAS, instituição qualificada como Organização Social de Saúde (OSS), é um grande exemplo de como é possível levar assistência de qualidade para esses locais. Sua atuação em diversas comunidades da cidade do Rio de Janeiro comprova o sucesso de suas estratégias gerenciais, trazendo bons resultados para a gestão e, consequentemente, para a sociedade. Exemplo disso é a Unidade de Pronto Atendimento – UPA 24h Complexo do Alemão, unidade administrada pelo instituto. Em consonância 218
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com as estratégias da Secretaria Municipal de Saúde, há uma grande preocupação em manter um ambiente humanizado, que preze pelo bem-estar dos usuários. As paredes são decoradas com fotos de pessoas da própria comunidade, com o objetivo de aproximar ainda mais o paciente da unidade. As áreas dedicadas ao atendimento infantil também ganham decoração especial, com pinturas coloridas nas
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paredes. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Administração Pública e Apoio Universitário do Rio de Janeiro (IBAP-RJ) de 2.000 pessoas entrevistadas, cerca de 85,3% consideram a sala de espera confortável. Mas a humanização do serviço vai além do ambiente. Como pilar principal de sua gestão, o IABAS preza pela excelência no atendimento. Essa
preocupação com a assistência de qualidade pode ser comprovada na pesquisa feita pelo IBAP-RJ. Mais de 90% dos pacientes consideram os médicos da UPA Complexo do Alemão, educados e atenciosos e o resultado se repete em relação a equipe de enfermagem. O estudo demonstra ainda que 86,3% das pessoas recomendariam a UPA para alguém que necessitasse de atendimento, o que atesta ainda mais a satisfação do paciente diante da atenção que recebeu. Ainda de acordo com a pesquisa realizada, é possível conferir a agilidade dos atendimentos. Mais de 90% afirmaram que foi fácil ser atendido na UPA Complexo do Alemão e 86% das pessoas ouvidas garantiram que o problema foi resolvido no mesmo dia.
Segurança A unidade, que atende mais de 350 indivíduos por dia, passou a fazer parte da rotina da comunidade, que a abraçou por reconhecê-la como um importante benefício. Isto faz com que os profissionais se sintam acolhidos e seguros. A segurança da UPA também conta com o apoio da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), instalada no complexo. Segundo Edy Filho, Diretor-médico das UPAs administradas pelo IABAS, a unidade busca estar sempre conectada à comunidade e ao poder público para intensificar a segurança tanto da infraestrutura do local, como de seus pacientes e colaboradores. Quem compartilha desta mesma opinião é o pediatra Carlos Roberto da Silva. “Nunca tive problema em trabalhar na UPA do Alemão. Apesar de estar localizada em um local com histórico de violência, o IABAS sempre nos passou segurança. Além disso, conheço muitas pessoas da comunidade e isso acaba tornando o atendimento mais próximo do paciente.” Para Cristina Boaretto, Superintendente-médica do IABAS, o modelo de administração por
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OSS permite total eficiência na gestão, garantindo qualidade no atendimento ao usuário. “Com a parceria Secretaria de Saúde-OSS é possível ter mais agilidade na condução dos processos, seja na contratação de mão de obra ou no abastecimento de matéria-prima. Por estarmos em uma cidade com diversas complexidades, áreas de conflito social e grave desigualdade econômica, essa parceria permite levar à população mais carente um serviço de saúde de qualidade”, declara Cristina.
Gestão de Pessoas Os profissionais de saúde são o mais importante pilar da estrutura gerencial e os principais responsáveis pelo sucesso que vem sendo obtido. Para garantir a atração e fixação de profissionais e, consequentemente, o atendimento contínuo e de qualidade à população, o serviço de Gestão de Pessoas do IABAS conta com uma série de estra-
tégias e ferramentas que o auxiliam nesta tarefa. Uma valiosa ferramenta utilizada é a priorização das ações de Treinamento e Desenvolvimento em função dos objetivos estratégicos da organização, das necessidades individuais e da equipe. Com o Programa de Avaliação de Resultados é possível acompanhar o desempenho das equipes envolvidas, levantar dados necessários para a promoção horizontal dos colaboradores, identificar a necessidade de melhorias, estabelecer novas conquistas e metas com base nos objetivos institucionais e analisar a eficácia das ferramentas utilizadas. A comunicação entre os colaboradores e o IABAS também é um instrumento muito utilizado para cumprir a missão do Instituto, que é a excelência na assistência, prevenção e promoção à saúde, com equipes qualificadas
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e humanizadas, respeitando a ética e o compromisso social. “Contamos com um canal exclusivo de Gestão de Pessoas, para que o colaborador seja ouvido a qualquer momento, onde possa tirar suas dúvidas, fazer sugestões ou críticas. Fazemos visitas constantes às unidades com intuito de esclarecermos eventuais questionamentos. Achamos fundamental que o setor esteja próximo aos colaboradores que atuam nas unidades de saúde”, explica Gabriela Costa, Diretora de Gestão de Pessoas do IABAS. Em setembro de 2009, o IABAS contava com 135 colaboradores. Atualmente, o quadro funcional é composto por mais de 4000 profissionais. “Acreditamos que as pessoas constituem o nosso maior patrimônio, sendo elas o principal instrumento de realização da nossa missão e visão organizacional. Por isso, desde o início buscamos estabelecer políticas inovadoras a fim de promover cada vez mais a valorização e o reconhecimento de nossos profissionais”, conclui Gabriela.
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Desde
2009,
quando
iniciou a gestão de unidades da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o IABAS tem atuado na atenção primária, com equipes distribuídas em 64 Unidades Básicas, e atendimento de urgência e emergência em cinco Unidades de Pronto Atendimento – UPA 24h. Em 2010, já consolida-
Transparência
do como um importante
O IABAS tem na tecnologia o braço direito de tudo que é realizado em sua administração. É possível conferir indicadores pela internet, através de um tablet ou smarthphone a qualquer momento. Isso permite obter elementos que podem auxiliar na rápida tomada de decisão para que a qualidade seja mantida e melhorada. “Primamos por adotar os melhores mecanismos de controle e, assim, termos ciência de tudo que acontece nas unidades que assumimos a responsabilidade de gerir em parceria com o sistema público”, afirma Luciano Artioli, Vice-presidente. Segundo Marcelo Regly, Diretor-financeiro, o IABAS possui um sistema de prestação de contas desenvolvido pelo próprio instituto, o que garante a transparência dos serviços prestados. “Depois de passarmos as informações para a prefeitura, somos auditados. Um novo repasse só acontece se as metas contratuais forem atingidas e os dados financeiros forem aprovados. Até hoje, só tivemos bons resultados. Graças a essa boa prestação de contas e transparência que tanto prezamos, mantemos um excelente relacionamento com a Prefeitura”. H
apoio à rede pública de
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Saúde, o IABAS foi pioneiro na gestão do Programa de Atenção Domiciliar ao Idoso, PADI, que por meio da desospitalização e acompanhamento domiciliar multidisciplinar de pacientes, vem proporcionando um atendimento de qualidade, além de ganhos importantes em gestão e otimização na utilização dos recursos financeiros.
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Dr. Paulo Niemeyer Filho, Diretor-médico do Instituto Estadual do Cérebro
Referência nacional
Pró-Saúde administra Instituto Estadual do Cérebro, centro de excelência no Rio de Janeiro
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Primeiro centro do país voltado exclusivamente ao tratamento neurocirúrgico de doenças do sistema nervoso central como tumores, doenças vasculares e doença de Parkinson na rede pública no país, o Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, localizado no Rio de Janeiro, tornou-se referência em pouco mais de um ano de atuação. Administrado no modelo Organização Social de Saúde (OSS) pela Pró-Saúde, o instituto realizou em seus primeiros 365 dias de atuação, 1.000 procedimentos cirúrgicos. Segundo Ana Neves, Subsecretária de Uni-
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dades Próprias da Secretaria de Estado de Saúde RJ, o atendimento de qualidade é reflexo direto do planejamento prévio e das metas estipuladas no contrato estado-organização social. “São metas quantitativas e qualitativas. Por trás de cada aten-
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dimento prestado existe uma equipe de saúde que estuda a necessidade da região. Neste estudo são analisadas as demandas que chegavam aos hospitais e que não eram atendidas adequadamente a fim de suprir as necessidades”, afirma.
Ana ainda conta que todo repasse depende diretamente da conquista dos objetivos firmados em contrato e que, por isso, qualquer meta não alcançada precisa ser justificada de maneira sólida. “Todas as metas são baseadas em referências internacionais de qualidade, ou seja, o que nós temos aqui corresponde a parâmetros que são iguais aos colocados nos melhores hospitais do mundo referentes ao mesmo tipo de assistência neurocirúrgica prestada no instituto”, diz. Para José Donizetti, Diretor-executivo da unidade, mesmo se tratando de um hospital público sob gestão de uma organização sem fins lucrativos, é preciso ter o tripé de gestão sustentável como um norte na administração. “Apesar de não buscarmos lucros, queremos resultados, por isso a importância da res-
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Excelência A unidade não possui atendimentos emergenciais e todo o serviço é integralmente referenciado pela Central Estadual de Regulação. Após primeiro diagnóstico de necessidade de neurocirurgia, o paciente é encaminhado por meio da Central para realização de consulta para avaliação de exames e risco cirúrgico. Para o agendamento, cada município da área atendida, de acordo com a sua população, tem sua cota de consultas em um sistema online. Com uma equipe de 180 médicos, o Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer conta com quatro centros cirúrgicos - todos eles com capacidade de realizar cirurgias neuronavegacionais, operação menos invasiva feita por computador, e um centro equipado com ressonância magnética -, nove consultórios, 40 leitos de UTI adulto e quatro leitos de UTI pediátrica, além de dois leitos para pacientes com epilepsia. Logo no primeiro ano de funcionamento, já foram realizadas 1.000 cirurgias e 7.674 atendimentos ambulatoriais, além de 1.243 exames de ressonâncias magnéticas e 7.946 tomografias computadorizadas no IECPN.
As pessoas são o nosso principal capital. Por isso buscamos sempre reter os talentos, por meio de treinamentos para que os profissionais cresçam dentro da sua área técnica.
José Donizetti, Diretor-executivo do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
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ponsabilidade social, com o meio ambiente e equilíbrio financeiro são fundamentais para o sucesso de qualquer negócio”, diz. Considerado por Donizetti como um fator fundamental na manutenção da qualidade, o setor de recursos humanos na instituição é tratado como uma das prioridades da gestão. “O que nós fazemos é prestação de serviços e são as pessoas que fazem isso, elas são o nosso principal capital. Nossa preocupação é reter os talentos, por meio de treinamentos para que eles cresçam dentro da sua área técnica”, diz.
Tecnologia Sempre investindo em tecnologia como instrumento para o melhor atendimento ao público, o instituto ganhou, quatro meses após a sua inauguração, um moderno espaço com sala cirúrgica e aparelho de ressonância magnética. Toda a tecnologia presente na instituição
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permite a realização de exames de ressonância durante cirurgias, com o paciente ainda na mesa de operação. Apenas neste ambiente, o investimento foi de R$ 16,7 milhões. A sala é utilizada nos 60% de atendimento do instituto, que são as cirurgias de tumores cerebrais, além de procedimentos de epilepsia e na área neurocirúrgica. Um dos métodos adotados no local para garantir a utilização plena do aparelho é
Todas as metas são baseadas em referências internacionais de qualidade, ou seja, o que nós temos aqui corresponde a metas que são as mesmas colocadas nos melhores hospitais do mundo referentes ao mesmo tipo de assistência neurocirúrgica prestada no instituto.
Ana Lúcia Eiras das Neves, Subsecretária de Unidades Próprias da Secretaria de Estado de Saúde RJ 224
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o uso dele para outros pacientes da unidade, quando não existe a necessidade durante cirurgias. Outros três centros cirúrgicos estão disponíveis na instituição, todos com capacidade para a realização de cirurgias neuronavegacionais. A estrutura também conta com nove consultórios, 40 leitos de UTI adulto e quatro leitos de UTI pediátrica, além de dois leitos para pacientes com epilepsia. H
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Artigo Carlos
Goulart
Progressos no IMDRF: um fórum regulatório internacional
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m outubro 2011, com a presença da Organização Mundial da Saúde (OMS), seis grandes instituições reguladoras mundiais - o FDA dos Estados Unidos, a Anvisa do Brasil, o TGA da Austrália, o Health Canada, a Comissão de Saúde da Comunidade Europeia e o PMDA do Japão criaram o IMDRF- International Medical Devices Regulators Forum com o objetivo de promover ações de harmonização e convergência regulatória na área de Produtos para a Saúde. Em 2013 e 2014 foram formalizadas as entradas do FDA da China e do Ministério da Saúde da Rússia. Muitos dos méritos dos esforços de harmonização devem ser creditados ao Fórum GHTF – Global Harmonization Task Force que, nos últimos 20 anos, gerou as bases de regulação de produtos para a saúde que foram adotadas por grande parte dos países e hoje constituem um legado de suma importância e fonte de inspiração para o IMDRF. O GHTF era integrado por representantes de toda a cadeia da saúde, de fabricantes a agências reguladoras, academia e sociedades médicas. O Conselho Diretor do IMDRF se reúne duas vezes ao ano sendo sua presidência anual e rotativa entre os membros. A primeira presidência foi assumida pelo TGA
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Carlos Goulart Presidente Executivo da Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico -Hospitalares).
Austrália em 2012, seguida pela Comunidade Europeia em 2013 e FDA dos Estados Unidos em 2014. A seguir virão o PMDA do Japão em 2015 e a Anvisa em 2016. A última reunião ocorreu em setembro de 2014 em Washington e a próxima está prevista para março de 2015 em Tóquio. Por ocasião da reunião do Conselho, o IMDRF reserva um dia aberto à participação de todos os stakeholders, além de promover reuniões específicas quando solicitadas. Vários países e organizações como, por exemplo, a OMS e a PAHO são observadores das reuniões. Os temas de interesse são discutidos em grupos de trabalho. O IMDRF tem como princípio criar poucos grupos de trabalho simultâneos, permitindo desta forma focos claros e prazos curtos de conclusão e implementação de medidas. É permitido a qualquer stakeholder propor um grupo de trabalho, que é avaliado e aprovado pelo Conselho Diretor. Desde a criação do IMDRF, foram constituídos seis Grupos de Trabalho e os resultados já podem ser sentidos. O MDSAP – Medical Devices Single Audit Program, que prevê a terceirização das inspeções de boas práticas de fabricação, está em fase de projeto piloto e deverá ser implementado nos próximos dois anos. Essa
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iniciativa trará benefícios para todas as agências reguladoras e também para fabricantes, uma vez que o volume de inspeções será reduzido. No Brasil, a Anvisa já criou uma regulamentação legitimando a terceirização das inspeções de fábrica. Um segundo exemplo é o UDI – Unique Device Identification, - já concluído e agora em análise pelos países para implementação – criado para padronizar uma identificação única para os produtos, o que facilitará a rastreabilidade. Outros grupos de trabalho continuam ativos e próximos de conclusão. Cabe salientar a abertura que as agências reguladoras têm dado às indústrias,
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inclusive a Anvisa, que tem promovido grupos de trabalho conjuntos, com discussões de alto nível e resultados expressivos. É muito importante a inserção do Brasil neste Fórum, que poderá ajudar a promover o país e beneficiar a introdução de novas tecnologias. Ainda se discute no Fórum se a melhor expressão para definir seus objetivos é harmonização ou convergência regulatória. Seja qual for a escolha, está claro para todos que o fundamental é eliminar as redundâncias, possibilitar o intercâmbio de experiências e poder contribuir com outros países que não fazem parte do grupo. H
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Melhorias da Qualidade CBA oferece novo produto para hospitais e ambulatórios atenderem a RDC 36
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A partir de janeiro deste ano, todos os serviços de saúde em funcionamento no país deveriam atender a resolução 36 da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mais conheci-
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da como RDC 36. No entanto, muitas instituições brasileiras ainda têm dúvidas sobre como implan-
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tar seu Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e atender ao Programa Nacional de Segu-
rança do Paciente (PNSP). Percebendo essa demanda e o fato de que as instituições ainda necessitam de um grande suporte para estabelecer processos de gestão da qualidade e segurança, o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) está lançando um novo produto: o Fundamentals for Care. “A proposta é implantar um conjunto de requerimentos para que instituições hospitalares e ambulatoriais possam iniciar um processo de gestão da qualidade e segurança, mas sem a pré-exigência de alguma certificação”, diz o Coordenador de Educação e Assessor de Relações Institucionais do CBA, Heleno Costa Júnior. Segundo ele, as bases científicas e técnicas da aplicabilidade de padrões no ambiente do cuidado ao paciente são similares às adotadas pelo PNSP, as da Organização Mundial da Saúde (OMS) e até os da metodologia de acreditação da Joint Commission International (JCI). “No entanto, as semelhanças entre o novo produto e a acreditação internacional JCI param por aí”, garante. Diferentemente da acreditação JCI, em que a instituição segue um manual de padrões e é avaliada presencialmente pelo CBA visando o selo de acreditação – o que leva, em média, dois anos, devido ao nível de exigência –, no Fundamentals for Care, a instituição é quem recebe um instrumento com orientações para se autoavaliar. “Para viabilizar o contato entre as instituições de saúde e o CBA, criamos, em parceria com a Epimed, um ambiente online em que a instituição preenche sua análise com base em áreas-foco determinadas no instrumento e os técnicos do CBA, com sua expertise, validam (inicialmente à distância e posteriormente através de uma visita técnica) em que nível essa instituição se encontra em relação às exigências básicas de segurança
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e qualidade. O prazo para atestarmos se ela atende satisfatoriamente tais exigências pode variar de três a doze meses”, compara o Coordenador de Educação do CBA. Costa Júnior explica que o novo produto analisa 200 critérios de cinco áreas-foco: processo de liderança, força de trabalho competente, ambiente seguro para pacientes e profissionais, cuidado clínico e melhorias da qualidade e segurança. Ele diz ainda que cada uma dessas áreas tem 10 critérios e cada um deles é dividido em 4 níveis de esforços, que simbolizam o nível em que a instituição se encontra dentro daquele requerimento. “Dentro da área de Melhorias da Qualidade e Segurança tem os critérios de sistema de notificação de eventos adversos e de indicadores de desempenho, por exemplo. A instituição recebe uma pontuação que pode variar de 0 (se
não tem nenhuma ação para o critério) a 3 (quando tem ação definida, implantada, controlada e monitorada)”, descreve. É essa pontuação que irá classificar se a instituição apresenta nível Satisfatório (de 120 a 150 pontos), Parcialmente Satisfatório (de 75 a 119 pontos) e Não Satisfatório (abaixo de 75 pontos) para os fundamentos básicos da qualidade e segurança. “Se a instituição se enquadrada no nível Satisfatório, o CBA irá emitir uma declaração de que ela atende os padrões básicos de qualidade e segurança e poderá caminhar em direção a uma certificação de qualidade”, atesta Costa Júnior. No entanto, ele chama atenção: “Mesmo estando no nível Satisfatório, não quer dizer que a instituição não precisa fazer esforços para melhorias. Por isso, nossa declaração terá prazo de validade de até 18 meses”.
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Educação permanente Para as instituições classificadas como Parcialmente Satisfatória e Não Satisfatória, o CBA indicará um plano de ação de melhoria para elas. “Esse plano será construído pela instituição com orientação dos nossos técnicos. No caso da instituição ser enquadrada como Não Satisfatória, daremos um prazo de até 6 meses para ela promover ações e faremos uma nova visita de validação, buscando ver as ações de correções. Se foram feitas e alcançado a pontuação exigida, emitiremos a declaração.” Costa Júnior adianta que o CBA disponibilizará treinamentos e capacitações, presenciais e a distância, para as instituições
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que necessitem ou queiram melhorar seu nível de qualidade e segurança. Entre os treinamentos disponibilizados pelo CBA estão: implantação de processos para Gestão da Prevenção e Controle de Infecções, Gestão da Segurança do Ambiente e Instalações e para Gestão de Resíduos
A proposta é implantar um conjunto de requerimentos para que instituições hospitalares e ambulatoriais possam iniciar um processo de gestão da qualidade e segurança, mas sem a pré-exigência de alguma certificação.
Heleno Costa Júnior, Coordenador de Educação e Assessor de Relações Institucionais do CBA 230
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de Serviços de Saúde; utilização de ferramentas de Gestão da Qualidade; utilização de ferramentas de Gestão de Riscos; elaboração e utilização de Indicadores Clínicos de Desempenho; e elaboração e utilização de Indicadores Administrativos de Desempenho, entre outros. H
PONTO
FINAL
Receita em alta Planos de saúde registram crescimento no País
O
O primeiro semestre de 2014 foi fechado com uma cifra significativa no que tange à receita de planos de saúde: R$ 23,9 bilhões. Com um crescimento de 17,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, a alta das receitas se dá, principalmente, à evolução do número de beneficiários aos planos associados à Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), responsável pelo levantamento dos dados. Baseada em informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a pesquisa aponta ainda que no mesmo período as despesas assistenciais dos grupos cresceram em um ritmo de 20,5%. Além disso, as 26 operadoras de planos e seguros de saúde afiliadas à FenaSaúde constituíram R$ 12,3 bilhões em reservas técnicas até junho deste ano - equivalente a 48,7% do total de reservas de todo o setor. De acordo com a federação, estes recursos são constituídos ao longo dos anos e devem ser mantidos obrigatoriamente pelas operadoras para garantir a capacidade de pagamento de todos os compromissos assumidos com os beneficiários. O levantamento aponta, também, que não foram apenas as receitas e as despesas que cresceram em um ritmo acelerado, mas ainda a taxa de sinistralidade referente aos planos médicos das operadoras associadas, que saltou de 81% no primeiro semestre de 2013 para 83,2% de janeiro a junho deste ano – para a ANS o ideal é que a sinistralidade seja de no HEALTHCARE Management 32
máximo 75%. Em 2013, as operadoras gastaram R$ 91,6 bilhões com tratamentos de seus clientes – as chamadas despesas assistenciais –, e arrecadaram R$ 112,8 bilhões. Com isso, o índice de sinistralidade ficou em 1% abaixo dos 82,3% de 2012, quando o gasto foi de R$ 79,9 bilhões, e arrecadação de R$ 97 bilhões. Esse aumento da sinistralidade no ano passado foi usado como argumento para as operadoras defenderem os reajustes maiores nas mensalidades dos consumidores. Já os custos chegaram a R$ 19,8 bilhões nos seis primeiros meses de 2014, enquanto os mesmos eram de R$ 16,4 bilhões no mesmo perí-
odo do ano passado. O último reajuste anual da ANS nos planos de saúde médico-hospitalares individuais/familiares foi de 9,65%, dado no mês de julho de 2014, sendo que o aumento vale para contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98. Segundo dados da Agência, o último reajuste incidiu sobre 8,8 milhões de consumidores, o que representa 17,4% do total de 50,3 milhões de beneficiários de planos de assistência médica no Brasil. O cálculo considera a média ponderada dos percentuais de reajuste aplicados pelas operadoras aos planos coletivos com mais de 30 beneficiários. H
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HCM Eventos 2014
NOVEMBRO Evento: HMB 2014 – Health Management Brazil | Conferência de Gestão Estratégica para Empreendimentos de Saúde Data: 24 e 25 de Novembro de 2014 Local: Hotel Golden Tulip Paulista Plaza - São Paulo
Evento: 13º Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar Atenção Domiciliar: Tecendo Redes Data: 7, 8 e 9 de novembro de 2014
Local: Centro de Convenções Rebouças - São Paulo
Evento: HSM Expomanagement Data: 3, 4 e 5 de novembro Local: Transamérica Expo Center - São Paulo
DEZEMBRO Evento: CBIS 2014 - XIV Congresso Brasileiro de Informática em Saúde Data: 7 a 10 de dezembro Local: Santos – SP
Evento: Prêmio Líderes da Saúde Data: Dezembro Local: São Paulo
Evento: Fórum Internacional Horizontes Anahp Data: 3 e 4 de dezembro de 2014 Local: Tivoli Hotels & Resorts - São Paulo
EXPEDIENTE Publisher: Edmilson Jr. Caparelli Diretor-executivo: Marcelo Caparelli Diretora-administrativa: Lúcia Rodrigues Diretor de Marketing: Jailson Rainer Diretora de Eventos: Erica Almeida Alves Editora da HealthCare: Carla de Paula Pinto Editora da HealthARQ: Patricia Bonelli Editor do Saúde Online: Thiago Cruz Redação: Carolina Visotcky Redação Sucursal São Paulo: Thaia Duó Gerente Sucursal São Paulo: Leandro Premoli Assistente Comercial Sucursal: Juliana Novais Produtora de Arte: Valéria Vilas Bôas Diagramação: Erica Alves Diretora-comercial: Giovana Teixeira Gerente Comercial: Eliana Rodrigues Projetos Editoriais: Ana Carolina Cesca Dep. Pesquisa: Janaiana Marques, Fernanda Thiezerini e Janaína Novais Executivos de Conta: Renata Oliveira, Matheus Del Lama, Joyce Anne Matta e Marcos Alexandre de Almeida Assinaturas e Circulação: assinatura@grupomidia.com Atendimento ao Leitor: atendimento@grupomidia.com Projetos Editoriais: projetoseditoriais@grupomidia.com Contatos: Matriz: (16) 3629-3010 | Sucursal: (11) 3014-2499 contato@grupomidia.com | redacao@grupomidia.com | comercial@grupomidia.com Matriz: Rua Antônio Manoel Moquenco Pardal, 1027 - Ribeirão Preto - SP Sucursal: Av. Paulista, 1471 - 11º Andar - São Paulo - SP
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