Healthcare Management 33ª Edição

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EDITORIAL

Homenagem à Liderança

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ste ano foi o divisor de águas do Grupo Mídia. Em 2014, realizamos o “100 Mais Influentes da Saúde”, o “I Fórum Healthcare Business”, o “Excelência da Saúde” e agora o “Líderes da Saúde”. Não foi uma tarefa fácil, mas com muita dedicação e empenho conseguimos levar para aqueles que fazem acontecer a nossa homenagem e reconhecimento. Também acompanhamos dia a dia o crescimento de nossas publicações Healthcare Management e HealthARQ. Além disso, publicamos a Health-IT, que estreou com o pé direito durante o 1º HIMSS Latin America. Diante de tantas conquistas, a nossa última edição de 2014 não poderia encerrar de maneira mais brilhante como a que estamos oferecendo ao nosso leitor. Vamos mostrar quem são os “Líderes da Saúde” eleitos por um corpo de jurados formado pelo conselho editorial de nossas revistas e também por gestores de importantes instituições do país. Distribuídos em 23 categorias, os três eleitos em cada uma delas não são classificados, nem há ranking entre eles. Todos aqui são homenageados igualmente. Além de empresas, também trazemos categorias como Associações, Federações e Negócios, pois sabemos da importância e influência que esses líderes exercem na Saúde, proporcionando o espaço para o diálogo e aproximação com todos da comunidade.

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Edmilson Jr. Caparelli Publisher

E por falar em liderança, a matéria de capa traz uma instituição que é referência nacional e internacional e está prestes de completar 30 anos de muita dedicação para toda a sociedade: Biocor Instituto. Mario Vrandecic, Fundador e Diretor do Biocor, explica o aprimoramento da gestão organizacional, com foco em prevenção e minimização dos riscos de modo a agregar e entregar valor para o paciente. Além da estrutura moderna, da tecnologia de ponta, da gestão profissional e da equipe especializada, o Biocor se diferencia também pela sensibilidade no acolhimento e respeito aos pacientes, a começar pelo exemplo de seu fundador. Vrandecic fala sobre suas visitas diárias a todos os pacientes, inclusive nos finais de semana e feriados, e da importância desta aproximação no processo de recuperação. Por outro lado, este diálogo também é uma importante ferramenta para a gestão do hospital, por permitir ouvir diretamente as reclamações e sugestões dos pacientes. E é justamente essa aproximação e diálogo direto que queremos manter em 2015 com toda a comunidade da Saúde. Afinal, nossas conquistas e avanços merecem ser compartilhadas e devidamente reconhecidas. Aproveito para agradecer a todos que acreditaram no Grupo Mídia ao longo de 2014 e que estarão conosco em 2015 vivenciando novas conquistas.

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NESTA EDIÇÃO

novembro - dezembro Código de Cores A HealthCare Management organiza suas editorias pelo código de cores abaixo:

Líderes e Práticas Sustentabilidade Health IT Mercado Gente e Gestão Ideias e Tendências Estratégia

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100% SUS com Excelência Entenda como o Inca consegue vencer desafios de sua gestão, ser referência no mundo todo e oferecer um atendimento inteiramente gratuito

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O conforto do lar em um hospital Quando tecnologia e arquitetura trabalham juntas para o bem-estar do paciente

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Consequências da vida longa Quais são as estratégias para reduzir os impactos do envelhecimento no caixa da Previdência, nas contas da saúde e na gestão hospitalar

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O exemplo de atenção ao paciente O carinho que move desde a Tecnologia até o atendimento ao paciente no Biocor Instituto

52

Preservar a saúde Quando a cultura de cuidar da doença dá espaço para o conceito de salvar vidas

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Nada se perde, tudo se transforma Resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos do Hospital Albert Einstein somam mais de 9 toneladas somente neste ano. Modelo mostra eficiência e fluxos para o completo aproveitamento do material

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A estratégia que dá certo Mais de 60 Clínicas da Família administradas pelo IABAS levam promoção à Saúde em diversas comunidades no Rio de Janeiro

Articulistas:

22 Avi Zins

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94 Nubia Viana

28 David Oliveira

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| 42 | 136

Claudia Laselva

Evaristo Araújo

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54 Márcia Mariani

Carlos Goulart


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Coroando o presente e discutindo o futuro I Fórum Healthcare Business e “Excelência da Saúde” reúnem gestores para debater tendências e aplaudir cases de sucesso

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Regiões do Brasil Fazendo acontecer longe dos grandes centros do país

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Troca de experiências Instituto Weizmann firma parceria com a Fapesp para estreitar conhecimento sobre as bases da igualdade e do benefício mútuo

saúde

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Perfil

pontuando a gestão

Paulo Fraccaro, Superintendente da Abimo, fala sobre importantes ações da associação

O olhar de Rodolfo More, Presidente da ABEClin, sobre a Engenharia Clínica no país

Análises Clínicas Arquitetura Arquitetura de Interiores Associação Consultoria Diagnóstico por Imagem Distribuidores Engenharia Engenharia Clínica Ensino e Pesquisa Federação Homecare Indústria de Equipamentos Indústria Farmacêutica Indústria de Materiais Indústria Mobiliária Negócios Operadoras OSS Serviços Terceirizados Telecomunicação TI Hardware TI Software Homenagem Especial

143 PONTO FINAL Os próximos anos Promessas e novos desafios para Saúde no Brasil


DIAS PERDA

Adib Jatene, o engenheiro do coração

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o dia 14/11, o setor da Saúde perdeu uma de suas principais referências. Adib Jatene, médico e ex-ministro da Saúde, morreu, aos 85 anos, em decorrência de um infarto agudo do miocárdio. Jatene foi secretário estadual de Saúde (1979-1982), e ministro nos governos de Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso. Nesta última gestão, Jatene criou a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), convencendo deputados e senadores da importância do tributo para a Saúde. O médico era Diretor-geral do HCor e um dos pioneiros da cirurgia do coração no Brasil. Natural de Xapuri (AC), Jatene graduou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em 1953. Sua pós-graduação foi feita no Hospital das Clínicas, sob a orientação do professor Euclydes de Jesus Zerbini.

INOVAÇÃO

Johnson & Johnson inaugura centro de treinamento para médicos no Nordeste

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Fotos: Divulgação

campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, ganhou o Centro Satélite do Johnson & Johnson Medical Innovation Institute (JJMII), que funcionará em parceria com a UFPE e o Hospital das Clínicas. Com capacidade para treinar cerca de mil médicos e estudantes de medicina por ano, o Centro atenderá as regiões Norte e Nordeste oferecendo educação médica continuada apoiada em modernas tecnologias cirúrgicas. Todos os treinamentos são gratuitos. “Com isso, os profissionais de saúde estarão sempre atualizados com os mais modernos avanços técnicos por meio do aprimoramento de suas habilidades e compartilhamento de conhecimento”, explica o Diretor-médico do JJMII para a América Latina, Abner Lobão.

GESTÃO

Eudes de Freitas Aquino é eleito primeiro Vice-presidente da Cooperativa das Américas

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presidente da Unimed do Brasil, Eudes de Freitas Aquino, foi eleito primeiro vice-presidente da Cooperativa das Américas. O anúncio ocorreu durante a III Cúpula Cooperativa das Américas, em Cartagena. “Trabalhar visando o desenvolvimento do cooperativismo e a disseminação de nossas práticas em âmbitos diversos, tanto dialogando com nossos pares quanto criando pontes com aqueles que ainda não estão familiarizados com elas, é e sempre será uma missão valorosa”, afirmou. Eudes está em seu segundo mandato como presidente da Unimed do Brasil. No cooperativismo, é vice-presidente do International Health Cooperative Organization e membro do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP).


Brasil ESTRATÉGIA

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Agfa Healthcare acaba de contratar Fabio Mattoso para o cargo de Diretor de Vendas no Brasil. Ele estará à frente do setor nas áreas de Imaging e IITS e ficará responsável por definir novas estratégias para aumentar a participação da empresa no mercado. Com ampla experiência na América Latina, Fabio Mattoso vai contribuir de maneira decisiva para fortalecer a estrutura comercial da Agfa HealthCare no país, gerenciando a equipe de vendas direta e distribuidores. Além de ocupar diversas posições de liderança nas áreas comercial e de serviços em empresas de saúde, como GE e Philips Healthcare, o executivo possui grande conhecimento clínico e experiência em produtos de Healthcare IT e Diagnóstico por Imagem.

NOVA DIREÇÃO

Paulo Nigro é o novo Diretor-presidente da Aché Laboratórios

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presidência da Aché está, agora, sob o comando de Paulo Nigro. A sua chegada encerra um ciclo de quase dois anos em que a empresa teve sua gestão liderada por um Comitê. “É com muito entusiasmo que enfrento esse novo desafio na Aché, uma empresa inovadora, que vive um momento extremamente positivo. Contamos com uma equipe talentosa para consolidarmos nossa posição e crescermos ainda mais no promissor mercado farmacêutico”, afirma Nigro. O executivo traz em sua trajetória profissional atuações na Philips, Goodyear, AGA e Tetra Pak. Para Jonas Siaulys, Presidente do Conselho do Aché, Nigro possui “as competências e valores que julgamos importantes para conduzir a empresa rumo ao alcance e superação dos seus objetivos estratégicos”.

MUDANÇAS

Abbott com novo Gerente Geral para a Divisão de Diagnósticos

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novo Gerente-geral da Divisão de Diagnóstico da Abbott no Brasil é César Almeida Rodrigues. Graduado em Farmácia e em Bioquímica pela Universidade Federal de Minas Gerais, e com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, o executivo traz em sua trajetória profissional 24 anos de experiência em empresas da área de saúde. Depois de ter trabalhado na Abbott durante 15 anos, Rodrigues está de volta à companhia para assumir a Divisão de Diagnósticos e ampliar sua expansão no mercado. “Grande parte da minha experiência profissional foi adquirida na Abbott. É motivante estar de volta para liderar um negócio que possui em sua essência o cuidado com as pessoas e a inovação para melhorar a qualidade de vida e a saúde dos brasileiros.”

Fotos: Divulgação

Agfa HealthCare reforça equipe com nova contratação


DIAS Transparência

Emdeon compra Change Healthcare

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Inovação

Tecnologia contra o Ebola

Foto: Athalia Christie

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ngajada na luta contra o Ebola, a IBM desenvolveu um sistema colaborativo para que cidadãos compartilhem dados sobre a doença diretamente com o governo. A iniciativa contou com o apoio do governo de Serra Leoa e permite que cidadãos possam reportar, via SMS ou mensagem de voz, qualquer informação sobre o Ebola. Com os dados coletados diariamente será possível traçar um mapa da doença e, consequemente, estudar novas estratégias no combate à epidemia. A medida também teve o apoio da operadora africana Airtel, que disponibilizou um número gratuito para coletar as mensagens enviadas pela população. A IBM também está criando um conjunto de dados sobre a doença a fim de oferecer para governos, organizações e pesquisadores o acesso a diversas informações que possam elucidar sobre o tema.

Comunicação

Cresce número de pacientes que usam a Internet para procurar seus médicos

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ais pacientes estão utilizando sites especializados de busca para procurar um médico. A pesquisa, realizada pelo site Software Advice, indicou que de 4.620 pessoas, mais de 42% estão usando a Internet em 2014, contra 25% registrado no ano passado, para este fim. Os pacientes estão usando a Internet para procurar seus médicos, “o que comprova que esta comunicação não pode ser desprezada pela comunidade médica”, afirma o estudo realizado no Texas (EUA). Outro dado interessante indica que 44% dos pacientes com planos afirmaram que procurariam outro médico que não pertencesse a sua rede caso ele tivesse vários comentários online, o que além de mostrar o crescimento da pesquisa online, também evidencia a importância do feedback dos pacientes.

Fotos: Divulgação

Emdeon, empresa que oferece soluções tecnológicas de gestão de pagamentos, conectando provedores, farmácias e pacientes nos Estados Unidos, comprou a Change Healthcare, empresa de transparência em preços. Agora, a Emdeon poderá oferecer aos seus clientes ferramentas adicionais que integram custo e informações de qualidade dos consumidores. A compra da Change Healthcare foi de aproximadamente US$ 135 milhões em dinheiro mais um adicional de US$ 50 milhões sobre os ganhos do negócio adquirido até o final de 2017. “Vamos integrar a nossa conectividade com novas soluções de transparência e personalização, proporcionando mais valor nos serviços que nossos clientes oferecem para seus consumidores”, afirma Neil de Crescenzo, CEO da Emdeon.


Mundo Negócios

Feira MEDICA gera excelentes negócios para empresas brasileiras

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DEMOCRATIZAÇÃO

UCLA lança ferramenta para traçar perfil epidemiológico da região

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Centro de Políticas de Saúde da UCLA (Universidade da Califórnia - EUA) criou uma nova ferramenta online que vai oferecer estatísticas completas sobre a Saúde do Estado de Los Angeles. A solução AskCHIS NE permite personalizar as pesquisas, comparar áreas geográficas e mapear resultados do Estado. A ferramenta abrange vários dados, como seguros, doenças crônicas, hábitos de vida, qualidade de vida das crianças, acesso aos atendimentos de saúde, incluindo os tratamentos mentais. Os pesquisadores poderão rapidamente descobrir as características de um local específico e o que há sobre esses problemas na legislação de cada distrito. Assim, os hospitais poderão oferecer serviços específicos para cada região, traçando o perfil epidemiológico da área.

AMPLIAÇÃO

Biosafe expande negócios na China

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pós o registro completo de sua linha de produtos junto à FDA da China, o Biosafe Group está aumentando as atividades no país através de suas operações baseadas em Xangai, incluindo contratação de pessoal e consolidação das instalações. Com isso, a empresa terá maior apoio em seus novos investimentos dentro dos mercados de Banco de Sangue de Cordão Umbilical, Medicina Regenerativa e Bioprocessamento. Para Olivier Waridel, Executivo-Chefe do grupo, a expansão das operações reafirma o compromisso de cooperar com a comunidade de terapia celular da China. Com sede na Suíça, a empresa opera através de subsidiárias regionais (Genebra, Houston, Hong Kong, Xangai e São Paulo) e está presente em mais de 50 países.

Fotos: Divulgação

om mais de 4 mil expositores de todo o mundo, a Feira Medica, que aconteceu em Düsseldorf, na Alemanha, recebeu mais de 130 mil visitantes de 120 países, reafirmando-se como o maior evento do setor do mundo. O Brasil também esteve presente na feira com as 50 empresas expositoras participantes do Brazilian Health Devices, projeto executado pela Abimo em parceria com a Apex-Brasil. Quanto aos negócios firmados pelas empresas brasileiras, foram fechados 3 mil contratos com mais de 100 países, totalizando US$ 2.292 milhões em negócios. Para os próximos 12 meses, a expectativa de geração de negócios de nossas empresas é de aproximadamente US$ 16 milhões, estimativa um pouco acima se comparada ao ano passado, que foi de US$ 15 milhões.


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A excelência do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer O Saúde Online foi até a cidade do Rio de Janeiro visitar o Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, administrado pela OSS Pró-Saúde. Com pouco menos de um ano atendendo a população, a instituição já contabiliza mais de 1.000 procedimentos cirúrgicos. Em entrevista exclusiva, Ana Neves, Subsecretária de Unidades Próprias da Secretaria de Estado de Saúde-RJ; e José Donizetti, Diretor-executivo da unidade, explicam sobre a administração do Instituto, como é feita a gestão de pessoas e o que fazem para tornar este centro referência no país em tratamento neurocirúrgico de doenças do sistema nervoso central, como tumores, doenças vasculares e doença de Parkinson. Além disso, eles explicam sobre as metas estipuladas no contrato Estado-OSS e como alcançá-las. Confira o vídeo no portal Saúde Online.

Revista HealthARQ lança 13ª edição A última edição de 2014 da única revista especializada em arquitetura, construção e design hospitalar do Brasil, a HealthARQ, destaca o investimento que a Unimed-BH tem feito em saúde na capital mineira e sua região metropolitana. A matéria apresenta a proposta que rege os projetos de ampliação, retrofit e construção de novos prédios da instituição. A edição destaca também o projeto do novo bloco do Imperial Hospital de Caridade, localizado em Florianópolis (SC), o primeiro hospital do Estado de Santa Catarina e a 3° Santa Casa do Brasil.

FSFX e Usisaúde inauguram o Usifamília Foto: João Rabêlo

A Fundação São Francisco Xavier e a Usisaúde inauguraram um novo serviço de atendimento aos beneficiários do plano de saúde, o Usifamília. Com uma proposta diferenciada, baseada no modelo de Atenção Primária, o Usifamília atenderá 15 mil beneficiários e familiares. Instalado em uma unidade de atendimento exclusiva, o serviço compreende ao trabalho articulado de uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionista, farmacêutico e assistente social. Confira o lançamento da Usifamília no portal Saúde Online. Inauguração da Usifamília, em Ipatinga (MG)

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Palavra da editora

Carla de Paula Pinto, Editora da Revista HealthCare Management

A Liderança e suas responsabilidades

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ano se encerra com mais um grande desafio: pontuar quais são os “Líderes da Saúde”. A escolha desses importantes players foi feita por um corpo de jurados composto pelos conselhos editoriais das revistas Healthcare Management, HealthARQ e Health-IT, além do voto de gestores de importantes instituições de saúde de todo o Brasil. Juntos, elencamos aqueles que mais se destacaram nos últimos doze meses na comunidade da saúde, proporcionando inovação, tecnologia e qualidade para o segmento. Além do setor de indústrias, serviços e fornecedores, vamos também premiar Associações, Federações e empresas que fomentam o Negócio na Saúde. Entendemos que esses players também exercem importante papel para a evolução do setor e, por isso, merecem estar entre os “Líderes da Saúde”. Nossos escolhidos são apresentados em 23 categorias, com três ganhadores em cada uma, sendo todos igualmente homenageados, ou seja, não foi estabelecido

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um ranking entre eles. Encerramos o ano com esse rol de ganhadores que, durante os últimos doze meses, fomentaram a Saúde com soluções inovadoras, tanto para o paciente, como também para os gestores. Além daqueles que estreitaram o diálogo entre as diversas partes do setor e lutaram por melhorias. Já que a força motriz das próximas páginas é a Liderança, também vamos mostrar cases de sucesso em diversas frentes da gestão. Como é o caso do exemplo de governança corporativa do Biocor Instituto; da preocupação ambiental com o descarte correto de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) realizado pelo Hospital Albert Einstein e do modelo de gestão OSS na Clínica da Família Gardênia, no Rio de Janeiro. São com esses exemplos de liderança que encerramos o ano de 2014. E junto com tantas inovações, vem também a responsabilidade. Tanto daqueles que nos inspiram, como a nossa de entregar em suas mãos, leitor, o melhor da Saúde. Que venha 2015!

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“As empresas ainda carecem de maiores recursos e de definições por parte do governo para otimizar seus processos produtivos”

Paulo Fraccaro, Superintendente da Abimo

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Como esta edição da Healthcare Management traz as empresas “Líderes da Saúde”, trouxemos no espaço Saúde 10 a Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios) que vem atuando há sete anos pela isonomia tributária da indústria brasileira. Segundo Paulo Fraccaro, Superintendente da associação, a sanção da Lei 13043/2014, que prevê a isenção de PIS e COFINS, foi um dos grandes avanços conquistados em 2014 para o setor. Além da luta por uma isonomia tributária, Fraccaro também destaca importantes ações da Abimo que aconteceram neste ano, como a atuação das empresas associadas em projetos setoriais, a exemplo do Brazilian Health Devices. Contudo, Fraccaro ressalta a morosidade da Anvisa em conceder registros, ainda que a agência tenha mudado seus processos, e também o acesso às certificações internacionais.

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Como foi o ano de 2014 para a indústria brasileira do setor da saúde? Foi um ano de bastante trabalho e estamos encerrando com boas perspectivas A sanção da Lei 13043/2014 foi uma grande vitória do setor produtivo brasileiro. Agora, temos as mesmas vantagens tributárias que os produtos importados. Pelos dados levantados em 2013 e no primeiro semestre de 2014, o setor vem se saindo bem, apesar de algumas dificuldades competitivas, principalmente frente aos equipamentos importados. A indústria de transformação, que é o segmento econômico no qual estão inseridas as empresas associadas à Abimo, passou por maus momentos até 2011, quando entrou em um processo de recuperação que se estendeu até 2013. Em 2014, a indústria da transformação volta a passar por maus momentos, mas na contramão desse panorama, está o setor de equipamentos médicos e odontológicos. O bom desempenho dos números do setor esteve ancorado, desde o ano passado, no aumento da produtividade, elemento essencial para garantir a continuidade da expansão. Os grandes eventos que aconteceram neste ano, como a Copa do Mundo e as Eleições, influenciaram nos negócios do setor? Acreditamos que sim. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), entidades e empresas, juntos, aproveitaram comercialmente essa grande oportunidade por meio do Projeto Copa do Mundo, que trouxe 2.300 compradores, investidores e formadores de opinião estrangeiros ao Brasil para realizar agendas de negócios e acompanhar os jogos do Mundial, através de seus projetos setoriais, entre eles o Brazilian Health Devices.

mo neste projeto? As empresas associadas à Abimo e que fazem parte do projeto prepararam uma agenda especial para seus convidados, distribuidores, parceiros e prospects, vindos de países como Alemanha, Argélia, Bolívia, Chile, Espanha, Índia, México, Peru, Rússia e Turquia, para assistir aos jogos do Mundial e participar de reuniões de negócios e visitas técnicas. Vemos em projetos como este uma oportunidade de colocar a indústria em uma vitrine, auxiliando o projeto Brazilian Health Devices na construção da marca para o setor e a percepção dos atributos que queremos destacar na indústria brasileira. O projeto Copa do Mundo proporcionou através do futebol e do ambiente informal dos jogos que nossas empresas pudessem mostrar aos seus compradores que o brasileiro pode ser, ao mesmo tempo, alegre e simpático e cumprir com seus compromissos assumidos. Quais seriam os principais anseios da indústria nacional para o próximo governo? Após a sanção da Lei 13043/2014, que prevê a isenção de PIS e COFINS, a luta deve ser no âmbito do CONFAZ, a fim de garantir uniformidade de tratamento no território nacional quanto à legislação do ICMS.

Como foi a atuação das empresas da Abi-

Como é possível a indústria brasileira sobreviver e ser competitiva em meio a tantos tributos? A indústria brasileira já deu inúmeras provas de sua competência, pois diariamente convive com uma discrepância tributária extremamente desfavorável ao desencomendo local. O problema maior ocorre quando uma entidade pública ou filantrópica importa produtos com imunidade de impostos (IPI, PIS/COFINS e ICMS), ao passo que quando adquire esse mesmo produto nacional, paga todos esses impos-

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tos. É essa falta de isonomia tributária nas compras públicas e filantrópicas que afetam muito as vendas do setor, uma vez que representam 65% das compras totais. Dessa forma, a indústria vive dos 35% que são comercializados para as empresas privadas e também de suas exportações, já que a expansão comercial no exterior certamente traz resultados positivos e importantes para a empresa.

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E o que o governo tem feito para tentar amenizar esse problema? Recentemente, o governo iniciou um processo de correção desta distorção, pois o Congresso aprovou a isenção de PIS e COFINS para as vendas a entidades públicas e filantrópicas. É uma sinalização importe para o setor, mas não pode parar por aí, também precisamos corrigir a incidência do ICMS, imposto que mais impacta nos preços dos produtos. Além da carga tributária, qual outro fator pesa muito na competitividade entre empresas estrangeiras e brasileiras? A morosidade da Anvisa em conceder registros é, com certeza, um grande gargalo que afeta a competitividade das empresas, pois faz com que os lançamentos e inovações acabem demorando para chegar no mercado. Porém, temos que reconhecer que a agência vem buscando melhorar seus processos. O acesso a certificações internacionais também é um dos desafios de quem atua no setor de saúde. Mas, quando as empresas brasileiras ultrapassam essas barreiras, as oportunidades surgem em todos os continentes.

Qual é a sua análise quanto ao diálogo entre governo x indústria x academia para o desenvolvimento do setor? A parceria entre academia e indústria deve 20

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sim existir, ou, melhor dizendo, ambos os lados devem coexistir e trabalhar juntos para inovar. São vários os pontos a serem debatidos quando falamos a respeito de inovação e, para isso, é preciso abrir espaço para uma comunicação bastante ampla e eficiente com todos os envolvidos nestes processos. Ou seja, precisamos ouvir as universidades, os empresários, os profissionais da saúde, os prestadores de serviço e, principalmente, o governo. Mas ainda há dificuldade neste diálogo? Muitas vezes sim ou, ainda, uma dificuldade em saber o que os centros de pesquisa estão fazendo, o que está sendo desenvolvido pelas universidades, quais as necessidades e prioridades do sistema de saúde e, até mesmo, o que as empresas precisam para serem eficientes em inovação. E como podemos trazer mais inovação a nossa indústria? A inovação deve ser um meio de fomento à indústria e à economia como um todo. Países inovadores em diferentes segmentos se destacam na economia mundial e garantem melhor posição neste mercado. E é justamente por isso que a inovação deve ser tratada como uma prioridade no âmbito da política econômica pública. Para que universidades e empresas se entendam no que diz respeito à inovação, há a necessidade de uma atuação forte e decisiva do governo sobre aspectos que fortaleçam o desenvolvimento e ofereçam oportunidades a ambos os lados. Apesar de o governo e suas entidades trabalharem planos de incentivo, desoneração de impostos e menos entraves burocráticos, as empresas ainda carecem de maiores recursos e de definições por parte do próprio governo para otimizar seus processos produtivos. H

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Artigo | Avi

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Avi Zins

A saúde, as redes sociais e a inteligência

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aímos nas ruas hoje e vemos um monte de pessoas que andam pra lá e pra cá com seus celulares, na maioria das vezes usando suas redes sociais e teclando, teclando e teclando. Já não se pode mais viver sem ouvir um monte daqueles toques de novas mensagens que chegam todos os dias, em todos os celulares a nossa volta. Este novo meio de comunicação e de relacionamento entre as pessoas tem se transformado em um importante instrumento de troca de informações, melhoria de produtividade, empregabilidade, apoio a familiares e pacientes e até mesmo serviços (Ex. consultas) dentro da comunidade de saúde (pacientes, médicos, enfermeiros, engenheiros clínicos, administradores, etc.) Mais do que isso, como as redes já têm certa conotação de garantias de privacidade e segurança ao paciente, principalmente na percepção do usuário que ali coloca várias informações pessoais espontaneamente,

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Head of Healthcare Segment da Neoris do Brasil, colunista da revista HealthCare Management

parece ser este um excelente reduto para os trabalhos. Hoje, profissionais da área estão usando as redes sociais para trocar informações sobre seus casos, com outros médicos, outros enfermeiros, outros prestadores em nível mundial, formando equipes médicas de relacionamento para tratar de seus pacientes em todas as necessidades especializadas, obtendo a segunda opinião, localizando oportunidades de trabalho (31% dos profissionais em 2011 já usavam as redes sociais para isso), entre muitas outras atividades. Pacientes entram em redes sociais que tratam da especialidade de suas enfermidades, familiares obtêm apoio e informação pelas redes para suportar as necessidades de enfermidades específicas, consultas são marcadas e feitas, dentre outras inúmeras atividades. Enfim, há um mundo enorme de oportunidades através da coleta de informação que vai sendo gerado

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em grande intensidade nestas redes. Isso vale para Operadoras de Saúde, Hospitais, empresas de Medicina Diagnóstica, Secretarias de saúde, clínicas especializadas, órgãos reguladores, fornecedores deste mercado, entre tantos outros. O pulo do gato é poder puxar informações e contextualizá-las em KPIs, ou indicadores-chave que permitem às empresas obter uma visão analítica e clara de quais decisões tomar

em seus negócios e ajudar no seu crescimento, eficiência e modelos de operação. Sem dúvida, uma solução de BI (Business Intelligence) acoplada às várias redes sociais trarão inúmeras vantagens e benefícios, tanto na satisfação de seus clientes finais, quanto na melhoria da eficiência na gestão, nas escolhas de marketing e vendas, e, consequentemente, em seus resultados finais. H


Líderes e Práticas

Projeto de arquitetura do Inca

100% SUS com Excelência Entenda como o Inca consegue vencer os desafios de sua gestão, ser referência no mundo todo e oferecer um atendimento inteiramente gratuito

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Em 2014, cerca de 576 mil novos casos de câncer surgiram no Brasil e 60% das pessoas tiveram o diagnóstico realizado já em estado avançado. Os dados são do Inca - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, um dos principais polos de tratamento, prevenção e pesquisa sobre a doença no país, localizado no Rio de Janeiro.

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Referência nacional e internacional, o Instituto, através da coordenação de ações estratégicas, consegue implantar uma série de projetos, campanhas, es-

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tudos, pesquisas e experiências de gestão, com instituições governamentais e não governamentais, a fim de promover a cooperação em várias frentes e formar


redes de conhecimento técnico e científico. A coordenação ainda assume o papel de promover, desenvolver e executar, em âmbito nacional, ações de prevenção primária e vigilância epidemiológica, além de auxiliar no planejamento de saúde pública por meio de recomendações de medidas de prevenção e controle. Para manter este modelo de desenvolvimento e atuação, garantir atendimento e tratamento 100% SUS e promover a pesquisa e o ensino, o Inca tem R$ 310 milhões de orçamento total anual, sem considerar os gastos com pessoal, sendo R$ 290 milhões de custeio e R$ 20 milhões de investimento. “Considerando que o Instituto desenvolve ações assistenciais, de pesquisa e de ensino, além de coordenar ações estratégicas, podemos afirmar que esse recurso é limitado. Para otimizar a utilização orçamentária, há um processo interno democrático que garante a par-

ticipação da força de trabalho na indicação e aprovação das prioridades de cada área para investimento”, explica Luiz Antonio Santini, Diretor-geral do Inca. Desta forma, a gestão consegue valorizar as demandas dos trabalhadores, qualificar as aquisições e garantir transparência à execução orçamentária. É com este planejamento que o Inca consegue realizar, anualmente, cerca de 10 mil procedi-

mentos cirúrgicos, 70 mil atendimentos em radioterapia, 80 mil atendimentos em quimio e hormonioterapia e 270 mil consultas médicas. Tudo isso 100% SUS. Mesmo com todo o sucesso que esses números representam, a instituição passa por alguns problemas internos. O principal deles refere-se ao sério déficit de funcionários, que aumentou de 180 em 2011 para 333 em fevereiro de 2014, e

O pioneirismo do Inca em relação à cirurgia robótica no serviço público é um exemplo da busca contínua pela inovação e ações de excelência nas atividades que realizamos.

Luiz Antonio Santini, Diretor-geral do Inca

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Líderes e Práticas

deve chegar a 433 em março de 2015. Segundo Santini, a principal causa deste problema é a demora da administração pública em realizar concursos públicos para o preenchimento de vagas e reposição de servidores. “Não temos autonomia de gestão de pessoal. A solução é a mudança do modelo, de maneira que possamos gerir a nossa política de recursos humanos e organizar concursos públicos com agilidade”, sugere o diretor.

Conquistas

A consolidação do Inca no cenário nacional e internacional deve-se, principalmente, à incorporação de novas tecnologias na assistência, muitas dessas inéditas no serviço público. Como é o caso da hepatonavegação, que foi incorporada ao arsenal terapêutico do Instituto em março de 2014. “Essa técnica consiste em um equipamento que permite a reconstrução tridimensional do fígado a partir de exames de tomografia ou ressonância”, ressalta Santini. O Instituto também se destaca quanto às cirurgias robóticas, registrando 265 cirurgias desde que o sistema entrou em funcionamento, em março de 2012. Além disso, está sob a coordenação do Inca o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), um banco de dados que conta com mais de três milhões de pessoas cadastradas. Este é o terceiro maior contingente no mundo, atrás apenas dos registros de EUA e Alemanha. O REDOME registrou um aumento de 30 mil, em 2003, para 3,2 milhões de doadores, em 2013. Com este crescimento, as chances de encontrar um doador não aparentado no Brasil passaram de 15% para mais de 80%. A inovação e a excelência também estão no DNA do ensino e pesquisa realizados pelo Inca. A pós-graduação do Instituto teve o seu conceito elevado em dezembro de 2013 pela Capes, de 5 para 6, em uma escala que o máximo é 7. “Somos a única pós em Oncologia do Brasil a apresentar este grau de excelência. Isso significa equiparação aos programas dos melhores centros de pesquisa internacionais”, avalia Santini. H

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Por ano, o Inca realiza cerca de 10 mil procedimentos cirúrgicos, 70 mil atendimentos em radioterapia, 80 mil atendimentos em quimio e hormonioterapia e 270 mil consultas médicas.

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Artigo | David

Oliveira

Mais qualidade no atendimento à saúde

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ão há dúvidas de que qualquer gestor de TI teve que rever seu planejamento para 2015, principalmente pelo atual momento de incertezas nas organizações de saúde. Uma grande mudança no cenário atual é que o orçamento de TI passa por uma fusão, no qual os investimentos são compartilhados com diversos setores, já que agora a TI está no negócio. Este orçamento compartilhado é mais difícil de administrar, porém, chegamos a teorias já consagradas de gestão que pode descrever o momento em que vivemos em TI na saúde. Para quem conhece o tão consagrado Físico Matemático Eli Goldratt, deve ter lido um de seus livros de gestão chamado “Corrente Crítica”. Neste livro, fala-se exatamente sobre gerenciamento de incertezas e conflitos de recursos com “pulmões” menores. É comum nos depararmos com vários projetos nas entidades de saúde com recursos compartilhados, isso causa atrasos e muitas incertezas de um final feliz. O que o Goldratt compartilha são 3 regras para se adequar ao cenário de incertezas com muitos projetos em andamento ou a se iniciar. São elas: 1. Limitar quantidade de projetos em execução, mesmo que isto signifique manter alguns recursos ociosos. A concentração de recursos em menos projetos, em um mesmo período de tempo, não apenas permite que sejam executados mais rapidamente, como também revela a capacidade excedente para poder absorver mais projetos.

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David Oliveira Gerente corporativo de TI do SEPACO

2. Na execução, permitir que tarefas individuais se atrasem em relação ao planejamento. Desta forma, as pessoas não terão que esconder seguranças dentro de suas estimativas de duração e as tarefas serão executadas mais rapidamente porque o trabalho não terá que ser expandido apenas para preencher o tempo disponível (Lei de Parkinson). 3. Disponibilizar informação das prioridades das tarefas em todos os departamentos e níveis de gestão. Quando as pessoas conhecem o que fazer e quando fazer, e trabalham nas mesmas prioridades, os projetos são executados muito mais rapidamente. Neste sentido, a ordem máxima em 2015 é esperar, reorganizar os recursos (financeiros, pessoas, etc) e limitar os projetos para aquilo que realmente irá te trazer um retorno significativo. Restabelecido o “pulmão” às suas condições normais em 2015, é hora de ver as novas tecnologias para garantir, cada vez mais, a sustentabilidade do negócio. Em um mundo em que fazer mais com menos é um diferencial competitivo, aplique o que já funciona. Nem tudo está perdido. É um momento de olhar a inovação. Aproveite 2015 para buscar e fomentar a inovação dentro da empresa. Foram muitos projetos aplicados até o presente e, certamente, alguns desses projetos pode ser o ponto de partida para projetos inovadores. Compartilhe os resultados e metas, deixe a co-criação fazer parte do todo, nunca esquecendo que a cadeia funciona como uma corrente e que “a empresa é tão forte quanto seu elo mais fraco”. Goldratt. H

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Estratégia

Hospital Mãe de Deus

O conforto do lar Foto: Eduardo Seid

Quando tecnologia e arquitetura trabalham juntas para o bem-estar do paciente

O

O conceito do antigo hospital todo branco, frio e com cheiro de éter é completamente ultrapassado. A Saúde requer vida a esses ambientes, proporcionando o máximo de conforto e bem-estar aos pacientes. Investir na arquitetura, design, serviços de apoio diferenciados, entre outras alternativas criativas são alguns dos elementos para que a instituição conquiste seus pacientes e mantenha-se competitiva no mercado.

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Isso explica as inovações que muitos serviços de hotelaria hospitalar vêm oferecendo, com muitas oportunidades de diferenciação e segurança para os pacientes. Para Fernanda Eyng

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Antonello, Gerente de Hotelaria do Hospital Mãe de Deus, a organização desses serviços de apoio é de extrema importância. “Essas atividades devem estar alinhadas tanto com a estratégia da insti-


em um hospital tuição, como entre si. Com essa estrutura sob a orientação de uma mesma gestão, a fluidez das demandas é mais ágil e resolutiva.” Entre as novidades de hotelaria, Fernanda destaca a área de nutrição que passou por uma evolução significativa na proposta de distribuição das refeições. Antes, este serviço era feito com a utilização de carros abertos, que deixavam as refeições exHEALTHCARE Management 33

postas ao ambiente. Hoje, estão disponíveis no mercado vários modelos de carros térmicos que asseguram o acondicionamento dos alimentos e mantém a temperatura dos pratos em uma

zona segura e que o cliente aprecie. “É a tecnologia, aliada a propostas de gastronomia hospitalar, quebrando o paradigma de comida de hospital.” Outra tecnologia pontuada por Paulo

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Estratégia

Roberto Cretella, Diretor-clínico do Hospital Villa-Lobos, são os sistemas de ar condicionado, com equipamentos mais sofisticados e controles computadorizados que garantem conforto e segurança. O suporte da tecnologia no gerenciamento de leitos, através de tablets ou equipamentos mais modernos, também é uma importante ferramenta. “Com isso, o tempo de espera na internação, que sempre gera angústia aos pacientes, seja agilizado. Ou seja, todos os processos melhoram e resultam em um maior conforto para os pacientes e rapidez nos serviços de suporte”, ressalta Domenico R. Forte, Gerente de Apoio e Patrimônio do Grupo Inal. Na gestão de enxovais, as lavanderias terceirizadas, com investimentos significativos em máquinas e logística, e no rastreamento de enxoval, também contribuem para a agilidade nos procedimentos de hotelaria. “Neste caso, as peças são melhores lavadas, monitoradas, há o correto descanso das fibras, e todo o fluxo de atendimento aos leitos de internação se dá de forma correta”, explica Marconi Morais de Freitas, Gestor de Hotelaria do Hospital São Camilo - Unidade de Itu. Há também os equipamentos de lavagem de piso tripulados, produtos de limpeza sem enxágue, compactadores e trituradores de resíduos, mobiliários e materiais de fácil manutenção, controle de estoques e consumo de recursos, monitoramento CFTV, controle de acesso, entre outras opções. “Mas inovação não é somente investimento em tecnologias e produtos, mas também uma mudança de processo. Devemos estar atentos às oportunidades de melhorias nos diferentes serviços e inovar com ideias. Mas, para isto, são imprescindíveis a permeabilidade e flexibilidade na gestão”, ressalta Fernanda.


O conforto do ambiente A união entre a ambientação, arquitetura, mobiliários e equipamentos resulta no conforto e bem-estar do paciente e, consequentemente, traz positivos indicadores de processos e resultados. “A escolha de materiais adequados, mobiliários com ergonomia e certificados de segurança e produtos de manutenção com liberação para ambientes de saúde são alguns exemplos do quanto se pode contribuir para que haja a melhoria do ambiente, garantindo que a estadia do cliente seja a mais breve”, afirma Marconi Freitas. Há também a preocupação com a funcionalidade do ambiente, de modo que todo o público fixo e circulante possa usufruir de locais seguros, confortáveis e acolhedores,

Para que seja possível conciliar espaços funcionais e acolhedores é fundamental a compreensão do funcionamento da operação de cada serviço existente no hospital e saber o que o cliente necessita e espera do espaço que o hospital propõe.

Fernanda Eyng Antonello, Gerente de Hotelaria do Hospital Mãe de Deus

minimizando a sensação de estar em um hospital. Luiz Carlos Lazarini, Diretor-executivo do Grupo Inal, afirma que tudo depende de um bom planejamento e de um projeto amplamente discutido. “O espaço acolhedor é aquele que se aproxima de um ambiente de hotel, reunindo bom gosto, sofisticação, cores variadas e suaves.

Podemos ter um ambiente funcional, por exemplo, nos banheiros dos quartos de hospital que seguem um padrão da vigilância sanitária com equipamentos e instalações especiais a fim de evitar o risco de queda de pacientes. Mas isso não impede de incluir adornos, como espelhos e algumas cores para suavizar e manter a harmonia


Estratégia

tenham uma experiência agradável no hospital. Trabalhar com serviço de hotelaria é proporcionar boas experiências, através de recepções e esperas agradáveis, circulações bem sinalizadas, boa iluminação, conforto térmico, apartamentos acolhedores, entre outros detalhes”, salienta Fernanda Antonello. Mesmo com toda

tecnologia e inovação, Marconi Freitas alerta sobre a importância do investimento em capital humano. “A gestão de pessoas tem papel fundamental no sucesso das equipes, acarretando no reconhecimento público e, claro, em ótimos resultados quanto à assistência, ao setor financeiro e a outras ações estratégicas.” H

no ambiente.” Lazarini também ressalta que, antigamente, as UTIs eram colocadas em locais isolados e sem contato com o exterior. “Hoje, é fundamental que haja uma integração com o ambiente externo, com janelas e, em alguns casos, disponibilidade de TV. A noção de quando é noite ou dia, dada pelas janelas, está comprovada que abrevia a internação do paciente.” Isso mostra que, cada vez mais, os hospitais estão atualizando seus ambientes com requinte e aconchego, através de uma arquitetura inovadora, com propostas de ambientes acolhedores, cores quentes e mobiliário diferenciado. “Proporcionar conforto é fundamental para que o paciente e seus familiares

Há uma tendência na redução dos tempos cirúrgicos, com procedimentos menos invasivos e, consequentemente, com a diminuição da permanência dos pacientes nos hospitais. Isso deve trazer impacto na hotelaria, pois será possível projetar espaços menores para alguns andares e outras estruturas para receber pacientes com permanência mais longa. Luiz Carlos Lazarini, Diretor-executivo do Grupo Inal

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Gente e GestĂŁo

ConsequĂŞncias da vida longa 36

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Quais são as estratégias para reduzir os impactos do envelhecimento no caixa da Previdência, nas contas da saúde e na gestão hospitalar

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A longevidade já é uma realidade no Brasil de hoje e em grande parte do mundo. Os brasileiros passaram a ganhar cerca de três anos a cada dez graças à evolução das tecnologias médicas e ao maior acesso da população às informações sobre cuidados com a saúde. A longevidade, no entanto, não é a questão mais importante, mas sim a forma como a população deve enfrentar esta maior esperança de vida, que pode ser uma boa notícia para alguns e um desafio para outros. “Não basta viver mais, mas viver mais com qualidade de vida”, afirma Paulo Marcos Senra Souza, Presidente do Conselho de Administração da Aliança para a Saúde Populacional (ASAP), ao relatar que para impulsionar a longevidade é fundamental a mudança de hábitos, pois junto com a idade avançada vêm as doenças crônicas, que são fruto de escolhas mal feitas ao longo da vida e que vão, aos poucos, incapacitando os indivíduos. “Esses males, para se ter uma ideia, respondem por 70% dos gastos com saúde no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, motivados pelo estresse da vida moderna, pelo sedentarismo e por maus hábitos alimentares cultivados ao longo de anos.” A maioria dos estudos que tem sido feita e divulgada sobre os novos desafios que o aumento da longevidade pode representar para o ser humano está centrada em dois pontos: importantes cuidados que asseguHEALTHCARE Management 33

rem uma boa saúde física e a necessidade de garantir uma significativa reserva financeira, de forma que cada indivíduo possa assegurar que seja mantido o padrão de vida conquistado. Mas é preciso trabalhar a necessidade e importância de encontrar novos sentidos para uma existência mais longa, segundo palavras de Renato Bernhoeft, Fundador e Presidente do Conselho de Sócios da Hoft Consultoria que, assim como Senra, também acredita que a questão não é viver mais, mas sim viver com qualidade. “Este conjunto de desafios vai exigir que cada um se reinvente muito mais vezes ao longo da vida diante das questões para as quais não so-

mos preparados desde a infância, e muito menos na fase adulta ou da meia-idade. Os modelos que nos educavam, quase que exclusivamente para a busca de uma estabilidade no mundo profissional, bem como também nos demais papéis de caráter pessoal, têm se mostrado inadequados para estes novos paradoxos. E, em alguns casos, podem até se tornar empecilhos para eventuais mudanças, ou reformulação, dos projetos de vida”, declara Bernhoeft. Para o consultor, está claro que o retreinamento para uma aposentadoria produtiva permite tornar a longevidade um fator de enriquecimento não apenas para as pessoas, mas também para os países.

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Gente e Gestão

A longevidade e o sistema previdenciário O crescimento do número de contribuintes para a Previdência, demonstrado pelas conclusões da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), pode ter um efeito enganoso quando olhada na perspectiva de 20 ou 30 anos. Especialmente ao considerar o aumento da longevidade do brasileiro, que aponta para uma perspectiva de descasamento entre o tempo de contribuição e o tempo do benefício. Está claro que o projeto de descansar antes dos 60 anos se encontra cada vez mais distante do trabalhador. A expectativa de vida vem aumentando e o contingente que já cruzou a faixa dos 60 anos soma uma média de 12% da população. Serão 30% em 2050, segundo perspectiva de mercado. Mais gente vivendo por mais tempo significa maiores

despesas. A matemática da longevidade desafia o caixa da Previdência Social e da Saúde, dupla que deve sofrer os principais impactos da vida mais longa. De acordo com o Ministério da Previdência Social, o Brasil paga cerca de 30 milhões de benefícios (contando com a assistência social) e recebe em média 60 milhões de contribuições. Cada vez

É fundamental que se promova uma grande aliança em busca de soluções integradas, com uma visão ampla da saúde da população, incentivando o envolvimento e a responsabilidade pessoal de todos os públicos participantes.

Paulo Marcos Senra, Aliança para a Saúde Populacional (ASAP)

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mais o número de contribuições e de pagamentos de benefícios se aproximam. Para o economista e especialista em finanças públicas Raul Velloso três grandes grupos serão afetados pela longevidade nas contas públicas: a Previdência, a saúde e a assistência social. Segundo cálculos do especialista, os gastos com a


Previdência e o funcionalismo federal podem chegar a 28,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2040. “Isso se nada for feito para frear os gastos. Com as despesas nessa proporção, ficam restritos os recursos para investimentos. É preciso fazer a reforma ou cortar gastos.” Já o consultor Amir Khair pondera que a saúde do orçamento está ligada ao crescimento da economia. “As contas da Previdência só seriam explosivas no futuro se as despesas superassem a expansão do PIB.” Ele explica ainda que até 2021 o contingente crescerá na proporção de 4% ao ano para logo depois cair abruptamente para perto de 3% ao ano. Gradativamente, entre 2040 e 2050 atingirá o crescimento próximo a 1%. “O país tem potencial para crescer acima desse percentual”, diz. Medidas como a mudança das regras para concessão de pensões e a queda do fator previdenciário, redutor das aposentadorias, pela fórmula 85/95 que soma tempo de contribuição e idade para mulheres (85) e homens (95) estão entre as estratégias para reduzir os impactos do envelhecimento no caixa da Previdência, que também respingam nas contas da saúde e na gestão hospitalar.

Impactos no sistema saúde Graças ao avanço da medicina, as pessoas estão vivendo mais. O principal problema são as doenças crônicas não transmissíveis, que representam a maior causa de mortes entre pessoas idosas, tanto em países desenvolvidos, quanto em desenvolvimento, e são também responsáveis pela perda de capacidade funcional, maior dependência, maior demanda de cuidados, maior taxa de institucionalização e menor qualidade de vida. A faixa da população brasileira com 60 anos

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A faixa da população brasileira com 60 anos ou mais já atinge mais de 10%. Na cidade de São Paulo, surgem 150 novos centenários a cada ano. Em 2010, eles já somavam 24.236 pessoas, segundo dados divulgados durante a HOSPITALAR Feira+Fórum 2013 ou mais já atinge mais de 10%. Na cidade de São Paulo, surgem 150 novos centenários a cada ano. Em 2010, eles já somavam 24.236 pessoas, segundo dados divulgados durante a HOSPITALAR Feira+Fórum 2013. Para enfrentar esse processo é preciso repensar o modelo de atenção à pessoa idosa, incorporando novas estratégias e perspectivas de cuidados, propõe Paulo Senra, da ASAP. “O centro da atenção deve deixar de ser a doença e passar a contemplar o idoso, com envolvimento da família, do cuidador e da comunidade. O

atendimento e apoio devem incluir centros-dia e centros-noite, cuidadores profissionais, cuidadores comunitários e hospitais com leitos para pacientes crônicos temporários, entre outras medidas. É preciso também investir para prevenir os problemas que vão afetar as pessoas quando se tornarem idosas”, diz o executivo. Os impactos do envelhecimento, segundo a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, estão sendo sentidos especialmente pelos países em desenvolvimento, que ainda não contam com sistemas de saúde compatíveis com as necessidades de suas populações. Os países desenvolvidos já alcançaram patamares mais estáveis de envelhecimento populacional e dispõem de redes de cuidados consolidadas. O aumento das doenças crônicas é o que mais impacta os custos da saúde.

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Gente e Gestão

Sustentabilidade nos negócios a queda de produtividade relacionada ao absenteísmo e ao presenteísmo, segundo Senra. O desafio para um melhor resultado é criar uma estratégia e gestão da saúde das populações corporativas para aumentar as possibilidades de impedir que casos perfeitamente controláveis possam chegar à alta

complexidade. “Nem sempre os gestores de recursos humanos detêm os esclarecimentos e estratégias necessárias para que a gestão da saúde de seus funcionários não seja apenas uma questão financeira. Quando se age assim, o custo acaba ficando muito mais alto do que o necessário.”

Os fatores que levam as empresas a atingir a longevidade e sustentabilidade em seus negócios são os seres humanos, sempre. Essa é a conclusão de Senra, que afirma que no Brasil existem empregadores cujos funcionários têm milhões de reais na mão em projetos que dependem de sua produtividade. “Se ele está produzindo através da correção de sua doença a empresa vai ganhar em produtividade e metas. Eu diria que hoje só faz gestão de qualidade quem faz a promoção da saúde.” Os gastos com assistência à saúde correspondem ao segundo maior gasto das empresas. Isso inclui tanto os custos com planos privados de assistência à saúde, como

Os modelos que nos educavam, quase que exclusivamente para a busca de uma estabilidade no mundo profissional, bem como também nos demais papéis de caráter pessoal, têm se mostrado inadequados para estes novos paradoxos.

Renato Bernhoeft, Consultor

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Neste contexto, o desenvolvimento de ações de Gestão de Saúde Populacional (GSP) é uma ferramenta estratégica para viabilizar o envelhecimento ativo da população e a sustentabilidade econômica do setor de saúde. Trata-se de uma linha condutora que auxilia na análise do impacto das determinantes de saúde e no conhecimento do risco de uma população, com o objetivo de definir melhores práticas e medir resultados com base em indicadores. Estudos demonstram que os hábitos influenciam a saúde do indivíduo em 50%. Outros 20% são determinados pela genética, mais 20% pelo ambiente e 10% pelas condições de acesso à assistência à saúde.

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Ou seja, cerca de 70% da gestão da saúde está nas mãos do próprio ser. “É fundamental, portanto, que se promova uma grande aliança em busca de soluções integradas, com uma visão ampla da saúde da população, gerando informação, conhecimento, resultado, evolução e incentivando o envolvimento e a respon-

sabilidade pessoal de todos os públicos participantes. Assim, será possível ajudar os indivíduos a permanecerem saudáveis e os portadores de doenças crônicas a participarem de programas que contribuam para uma gerência eficiente das suas condições, promovendo o seu constante bem-estar”, conclui. H

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Artigo Evaristo

Araújo

Evaristo Araújo

Perspectivas para 2015

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ano de 2014 fecha um ciclo de seis anos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Neste período, muitas alternâncias de entendimento, mudanças de regras e tentativas de ajustes foram vistos, mas a escalada de problemas, judicialização dos atos, filas e insegurança jurídica quanto aos Marcos Regulatórios foram uma constante. Os últimos dois anos, principalmente, refletiram quase a criação de uma nova Anvisa, a qual deveremos notar com maior clareza a partir de 2015. Será a primeira diretoria colegiada que não conta com profissional da saúde desde a instituição da agência em 1999. Dentro do modelo atual, tal fato não gera nenhuma preocupação significativa, pois o sistema de gestão proposto, mais racional para a coordenação e controle regulatório, não implica em necessidade de técnico em cargo de gestão, o que é salutar, na medida em que evita eventuais interferências nas rotinas processuais. A criação das supervisões deve auxiliar os diretores na interlocução com as áreas técnicas e, assim, limitar ações personalistas que travam o sistema e impedem o fluxo dos processos de maneira adequadas, o que gerou nos últimos anos a visão do mercado de que a Anvisa tem deficiências e atravanca o desenvolvimento de indústria mais forte, afastando investimentos. Na área de produtos para saúde, talvez uma das mais complexas para aplicação de políticas sanitárias, visto a variedade de materiais

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Diretor Administrativo da Abec Saúde (Associação Brasileira das Empresas Certificadas em Saúde) e sócio do escritório Araújo Advogados Associados.

e equipamentos, cumulado com as inovações que ano a ano se impõem, devemos ter melhores fluxos com a implementação do sistema de harmonização e as auditorias via organismos independentes, caso saiam do papel, porém, será necessária a revisão do modelo que exclui a certificação de boas práticas para as classes de risco I e II. Tal medida, aplicada pela incapacidade da Anvisa em inspecionar as empresas, gera um claro prejuízo à indústria nacional e implica em desestímulo para que empresas estrangeiras venham a se instalar no país, pois além de não haver a necessidade de investir na certificação, estão isentas das fiscalizações obrigatórias, sem falar que o próprio industrial brasileiro pode enxergar mais vantagem em se instalar fora do país, diminuindo seu custo de produção. Ou seja, trata-se de um retrocesso, imposto pelo caos regulatório determinado por medidas anteriores mal formuladas e que, com a reestruturação que vem passando a Agência, deverá ser revisto. Infelizmente, ainda há o viés da politização excessiva das Agências Reguladoras, e a Anvisa não é, de forma alguma, uma exceção. Por conta disso, os órgãos de controle e a sociedade civil como um todo deve fiscalizar as ações, propondo alternativas, discutindo medidas e normas de regulação como o fim único de fortalecer o sistema nacional de vigilância sanitária. H

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Estratégia

O exemplo de atenção ao paciente O carinho que move desde a Tecnologia até o atendimento ao paciente no Biocor Instituto

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A um passo de completar 30 anos de história, o Biocor Instituto começou sua trajetória com um grupo de médicos experientes e especializados liderado por Mario Vrandecic. Hoje, a instituição é referência nacional e internacional.

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Mario Vrandecic aplicou toda a sua experiência, adquirida no Brasil e nos Estados Unidos, como médico cirurgião, professor

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e pesquisador com mais de 16 patentes aprovadas pelo órgão norte-americano FDA – Food and Drug Administration.


De lá pra cá, a instituição cresceu estruturalmente, bem como seu corpo de colaboradores, mantendo, contudo, o carinho e a atenção especial com cada um dos pacientes. Mais do que conceitos e regras de um atendimento humanizado, o Biocor preza pelo estreitamento da relação com o paciente. O Diretor e Fundador do Instituto, Mario Vrandecic, é o primeiro a dar este exemplo para a sua equipe. “Todos os dias de cada paciente do Biocor começa com uma visita minha, pessoalmente, junto com representantes do Corpo Clínico e da Enfermagem. Essa ativi-

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dade me faz sentir fiel aos meus princípios e valores éticos e profissionais. O olhar de cada paciente, todos os dias, inclusive sábados, domingos e feriados, renova minhas energias e reafirma a relação de confiança médico-paciente”, diz. Facilitar a comunica-

ção passa a ser um meio para minimizar os riscos e zelar pelo bem-estar dos pacientes, estreitando os laços de confiança entre as partes envolvidas na assistência à saúde. Isso porque, durante as visitas diárias, são atualizadas as informações assistenciais

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Estratégia

À frente de seu tempo

Desde a criação do Biocor, o norte da gestão sempre se guiou pela constante atualização tanto do parque tecnológico, como também dos profissionais e investimentos continuados em pesquisa. “A ciência, o desenvolvimento tecnológico, aliados a um corpo clínico de notória experiência foram responsáveis pela boa aceitação da sociedade que sempre pedia mais e mais,

levando a Instituição a crescer e tornar-se um hospital geral de referência em alta complexidade”, salienta Vrandecic. A dedicação da gestão na melhoria assistencial, no aprimoramento e na atualização das tecnologias são alguns elementos de um planejamento prévio apoiado em uma política de sustentabi-

lidade, a fim de manter um crescimento positivo. Essa estratégia mostra que o Instituto vem traçando o caminho certo. Não por acaso, o Biocor traz uma série de importantes r e c onh e c im e n t o s, inclusive internacionais, além dos selos de qualidade, acreditações e inúmeros prêmios em saúde,

que os próprios pacientes informam à equipe. “Com isso temos não só a qualidade dos serviços e de toda equipe, mas também o completo acolhimento pessoal e humanizado.”

Com os meus mestres aprendi, entre outras coisas, a ouvir melhor o paciente, a interagir com ele no momento do exame, a ler melhor os exames. A confiança e a adesão do paciente ao tratamento são alguns dos diferenciais que levam aos bons resultados.

Mario Vrandecic, Fundador e Diretor do Biocor Instituto

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tornando-o referência no setor. Através de um constante investimento no aprimoramento da gestão organizacional, com foco em prevenção e minimização dos riscos, a instituição atua com base em processos (principais e de apoio) bem estruturados, integrados e previamente definidos. Atestando essa qualidade, o sistema de gestão do Biocor possui a certificação pela ISO 9002, desde 1997. A melhoria contínua dos procedimentos também já conquistou ONA Nível III de Excelência, integrou as certificações ISO 9001 e 14001, bem como o OHSAS 18001 para, em seguida, alcançar a certificação americana National Integrated Accredita-

tion for Healthcare Organizations – NIAHO. “Contudo, qualidade tem hora apenas para começar. A partir de 2010, anualmente, obtivemos a Certificação de Conformidade Legal, além da conquista da certificação da ISO 31000 (gestão de riscos) e conformidade a ISO 27001 (segurança da informação) e ISO 50001 (eficiência

energética), entre outras acreditações e prêmios nacionais e internacionais”, ressalta Vrandecic. E justamente por essa importante atuação na Saúde, a instituição vê crescer a demanda por seus serviços constantemente. De acordo com pesquisas internas que ouviram os usuários, 99,7% dos

O Biocor Instituto é referência nacional em especialidades de alta complexidade, como a cirurgia cardiopediátrica, destacando-se no atendimento de cardiopatias congênitas, além da cardiologia e cirurgia cardíaca de adultos.

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pacientes e familiares se disseram satisfeitos com o atendimento do Biocor. Outro índice mostra que o crescimento médio vem se mantendo em torno de 16% a.a. “Desde 2012, registramos um aumento de, aproximadamente, 11% da nossa força de trabalho, aliado a soluções na tecnologia e mecanização de processos.”

Excelência em Tecnologia

Heliponto do Biocor Instituto

O Biocor Instituto é um hospital geral distinguido pela sua visão estratégica e pelo seu modelo de gestão, aliado a um corpo clínico autônomo de notória experiência e capacidade profissional. A modernização da estrutura física, máquinas e equipamentos nas áreas assistenciais e de apoio é um importante pilar na gestão. Isso explica os contínuos investimentos no Data Center, por exemplo, que foi certificado com medidas de segurança da informação, e no Business Intelligence (BI). Outro destaque que rendeu à instituição o reconhecimento como “Excelência da Saúde”, pela revista Healthcare Management, na categoria Tecnologia, foi a solução de TI Biocor Balance. A ferramenta busca dados no software corporativo transformando-os em informações estratégicas sobre a saúde financeira da instituição, com agilidade e eficácia. Assim, todas as contas hospitalares são selecionadas conforme seu mês de competência pelo banco de dados central e disponibilizadas em um modelo de dados


multidimensional. Esta análise crítica foi montada possibilitando visualizar os dados em diversas “dimensões” (ou perspectivas) diferenciadas. O sistema provê aos gestores rapidez na disponibilização de informações de uma forma integrada, agilizando a tomada de decisões. Entre outras recentes atualizações do parque tecnológico do Instituto também estão a Tomografia Computadorizada Multislice de 64 canais, modelo Brilliance da Phillips/Essence já em operação; novos equipamentos de Hemodinâmica; moderno sistema para cirurgia robótica cardíaca e torácica; sistemas anestésicos digitais, modernos equipamentos de ecocardiografia, sistema de imagenologia digital; revascularização miocárdica com uso do Heart Laser CO2; rede sem fio; etc. Todo o maquinário na lavanderia também foi renovado, com novos e modernos equipamentos que estão alinhados a ISO 14.001 (meio ambiente) e 50.001 (eficiência energética). Uma nova ressonância magnética é aguardada para os próximos dias, entre outras inovações.

Agilidade com segurança

A moderna administração apoiada no avançado parque tecnológico do Biocor e na especialização do corpo clínico contribuem, além da qualidade no atendimento, para a rapidez dos procedimentos. O índice recorde do tempo porta-balão, de 56 minutos, coloca

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Biocor em dados O Biocor Instituto conta com 320 leitos, somando-se as 12 salas de cirurgia, CTI (adulto e infantil), PA, hemodinâmica, medicina nuclear, banco de sangue, laboratórios próprios, completo setor de imagenologia, heliponto, apenas para citar alguns itens da estrutura física. São mais de 32.000 m2 de área construída. Reúne cerca de 40 especialidades médicas. Anualmente, a instituição vem registrando uma média de 14 mil internações e 350 mil atendimentos externos. A taxa média de ocupação geral é de 80%. A média de permanência gira em torno de cinco dias. O corpo clínico autônomo possui cerca de 350 médicos cadastrados integrados com mais de 1.150 colaboradores, 70 operadoras de planos de assistência à saúde, seguradoras e empresas de autogestão.

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Estratégia

o Instituto em destaque junto aos melhores centros de referência dos Estados Unidos e da Europa. Para organismos de controle e performance internacionais, o tempo médio na literatura é de 90 minutos. Trata-se de um processo desafiador, por envolver vários setores, e determinante para as decisões que precisam ser tomadas, pois esse tempo irá interferir na evolução do paciente. Mais uma vez desponta-se, aqui, a gestão pautada no planejamento estratégico e seus sistemas integrados. São mais de 700 indicadores acompanhados de perto por toda

a equipe, ou seja, há um rápido compartilhamento de informações, fator imprescindível para a agilidade nos processos. Assim, o médico tem todos os dados na mão que permite analisar onde se pode ganhar tempo ou, ainda, qual estrutura do hospital será melhor utilizada. H

Mario Vrandecic e Erika Vrandecic 50

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Líderes e Práticas

Preservar a saúde Quando a cultura de cuidar da doença dá espaço para o conceito de salvar vidas

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A segurança como valor nas instituições hospitalares e no cuidado ao paciente. Essa é a questão central que permeia a criação da Fundação para Segurança do Paciente (FSP). O objetivo é fomentar, facilitar e discutir estratégias sobre a necessidade de indicadores relacionados a eventos adversos. “O primordial é fomentar uma cultura de compreensão dos mecanismos e proces-

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lógica deve ser compreendida dentro de um modelo estrutural nas instituições de saúde. Modelos de decisão multidisciplinar e multiprofissional, embasados em prática com evidência em saúde, podem minimizar os erros e investimentos errôneos na incorporação de novas tecnologias leves e pesadas.” A gestão de pessoas também é fator essencial dentro deste contexto. A defini-

ção de processos de trabalho e a criação de procedimentos operacionais padrão, além da motivação e esclarecimento da equipe quanto à importância de medidas simples trazem bons resultados para a gestão da instituição. “Cuidar com carinho e atenção, portanto, resgatar o humanismo. Essa visão holística do cuidado é fator primordial diante das ações de segurança.” H

sos envolvidos na cadeia de eventos adversos, e não medidas de punição do erro”, salienta Enis Donizetti Silva, Presidente da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP). Ainda de acordo com Donizetti Silva, a FSP está em fase de discussão pública de seu Estatuto. “A Fundação buscará a compreensão e a conferência dos vários atores envolvidos no cuidado ao paciente, dentro e fora do ambiente hospitalar. Será um fórum de cooperação das Políticas de Segurança e, principalmente, da busca de mecanismos globais que possam identificar estes adventos.” Além de debates e atualização dos profissionais, a cultura preventiva também se apoia nos equipamentos mais seguros, materiais com uma garantia maior e oriundos de boas práticas de fabricação. “A atualização tecno-

Foto: Divulgação SAESP

A Fundação para Segurança do Paciente traz a esperança de trabalharmos de maneira colaborativa, voltada para objetivos pragmáticos, embasada por informações reais do nosso país.

Enis Donizetti Silva, Presidente da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo

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Artigo Márcia

Mariani Márcia Mariani

Encontro silencioso, mas vital Neste final de 2014, especificamente na cidade de Lima, em Peru, foi o palco escolhido para tratar de temas imprescindíveis sobre a continuidade da civilização com o cenário a que estamos habituados. Esta importância se deve à realização do encontro internacional da COP-20 – Reunião Anual sobre Mudanças Climáticas. Teoricamente, esta reunião é o marco da corrida mundial para evitarmos a elevação média da temperatura do planeta em 2 graus Celsius, o que infelizmente os especialistas acreditam já ser uma tarefa muito difícil. Hoje, estamos atingindo a marca de 0,8 graus Celsius de aumento de temperatura média global. Podemos argumentar dizendo que 1, 2, 3 ou 4 graus, afinal não faz tanta diferença assim. Esta variação, pensamos, ocorre vários dias ao ano. Porém, a realidade é totalmente diferente e muito mais catastrófica do que podemos pensar. Primeiramente, precisamos pensar que estamos nos referindo a um valor médio, isto significa, em termos básicos, desequilíbrios extremos de calor ou de frio, de seca ou de chuva intensa. O comportamento da temperatura é um dos principais elementos dos fenômenos meteorológicos, como furacão, tornados, secas e enchentes. Para saber a importância deste assunto, basta pensarmos um pouco nas consequências catastróficas dos eventos citados. Precisamos de um amplo acordo global sobre o comprometimento a respeito das emissões de Gases de Efeito Estufa (IPCC Brasil) e a conscientização das responsabilidades de cada nação. 54

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Gerente ambiental e de projetos do INDSH (Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano) e Membro do Projeto Nossa Terra (projetonossaterra.com.br)

Na verdade, as expectativas internacionais estão voltadas para a convenção do clima de 2015 – COP 21, que será realizada na cidade de Paris. A COP de Paris terá a missão de revalidar o acordo iniciado em 1997 no Japão, o que chamamos de Protocolo de KYOTO, uma brilhante estratégia que contou com a ajuda do brasileiro Dr. Luiz Gylvan Meira Filho, uma verdadeira sumidade no assunto mudanças climáticas. As bases do que for acordado neste encontro entrarão em vigor a parir de 2020. Um dos pontos altos a serem discutidos será a responsabilidade de todos os países, tanto os desenvolvidos como os em desenvolvimento. É o princípio da responsabilidade comum, mas diferenciada, ampliada para todas as nações. O Brasil precisará lidar com a redução do desmatamento da Amazônia, que além das consequências climáticas, também tem influenciado no regime de chuvas na região Sudeste, provocando a imensa crise de falta de água. Esse fato deve servir de alerta para as consequências advindas da crise ambiental antrópica, ou seja, criada pelo próprio homem. Para o nosso setor, os hospitais precisam, urgentemente, conhecer suas emissões de Gases de Efeito Estufa. No Brasil, até o momento, poucas organizações hospitalares realizam seus inventários, contudo possuem um alto padrão de emissão de carbono em toda sua operação. Não podemos nos esquecer de que aquecimento global é um problema de todos e para todos. Em nossa área pergunto: Como promover Saúde sem promover um meio ambiente saudável? H

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Sustentabilidade

Nada se perde, tudo se transforma Resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos do Hospital Albert Einstein somam mais de 9 toneladas somente neste ano. Modelo mostra eficiência e fluxos para o completo aproveitamento do material.

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Junto com os avanços e da imensa diversidade tecnológica, deve estar, também, a preocupação com o descarte de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos, conhecidos como REEE. Estes materiais são considerados potencialmente perigosos porque possuem componentes tóxicos e metais pesados que, se entrarem em contato com os seres humanos sem as devidas precauções, podem ocasionar graves doenças. Isso sem contar os riscos ambientais de contaminação de solo e da atmosfera. No caso da Saúde, os hospitais têm contribuído de forma significativa para o problema do lixo eletrônico. Afinal, a medicina se torna, ano após ano, mais dependente de novas tecnologias, consumindo e descartando equipamentos, sobretudo na área de diagnósticos. E se por um lado uma instituição hospitalar tem como propósito levar saúde às pessoas, seria um contrassenso expor a saúde humana aos riscos devido a uma prática não responsável da gestão como o descarte impróprio de REEE. Pensando nisso, o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) iniciou suas primeiras ações para o correto e sustentável destino desses

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materiais. Em 2012, com o programa “Desapega”, foi possível identificar os equipamentos que não estavam sendo mais usados nos departamentos. Nesta ação, ao longo de uma semana, foram descartados papéis, móveis e equipamentos que não tinham mais serventia. Nos dois primeiros anos, 2012 e 2013, foram descartados cerca de 15 toneladas de equipamentos, uma média de sete toneladas por ano. Neste ano de 2014, apenas até o mês de outubro, já foram descartadas mais de nove toneladas. “Analisando criticamente este cenário, entendemos que era necessário estabelecer um processo sistemático para favorecer o reaproveitamento de nossos REEE ao máximo e, quando isso não fosse possível, providenciar o descarte ambientalmente mais adequado desses resíduos”, explica Vanessa Torres, Consultora de Sustentabilidade do hospital. Desta forma, criou-se o Comitê de Desativação de Equipamentos, formado por um grupo multidisciplinar composto por representantes dos departamentos Jurídico, Tecnologia da Informação, Engenharia Clínica, Manutenção, Sustentabilidade e Instituto de Responsabilidade Social.

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O comitê realiza a avaliação dos equipamentos a serem descartados para, assim, dar o destino que cause o menor impacto possível. A lógica destes procedimentos segue um fluxo, passando por reaproveitamento (venda ou doação) e, por fim, o encaminhamento para reciclagem. “A avaliação técnica é feita exclusivamente pela Engenharia Clínica ou pelo setor de TI. Sempre que o equipamento recebe a classificação ‘sucata’ verifica-se a possibilidade de remoção de peças para aplicação em outros equipamentos similares antes da destinação final”, salienta Vanessa. Quando não há nenhuma possibilidade de reaproveitamento, o equipamento segue para uma cooperativa que faz uma nova triagem, desmontando os componentes e enviando as partes e peças para a reciclagem de acordo com o tipo de material.

Parcerias para a sustentabilidade O descarte de REEE vem recebendo des-

taque nas discussões de políticas públicas, mobilizando bastante o setor. Exemplo disso são iniciativas como a publicação na norma ABNT NBR 16.156, que surgiram em decorrência desses debates. “Como grandes consumidores de equipamentos elétricos e eletrônicos, acreditamos que essas medidas sejam um grande avanço por possibilitar um ciclo produtivo sustentável, em que, desde a concepção desses produtos, seu destino final já seja pensado, tonando a cadeia de valor colaborativa e circular.” Despontam-se, então, as parcerias com fornecedores a fim de encontrar soluções conjuntas e eficazes para a destinação de resíduos. “Estas parcerias devem se tornar uma praxe no setor de eletroeletrônicos, a partir da regulamentação de acordos setoriais que estão sendo discutidos. Esperamos que com isso seja possível melhorar ainda mais a nossa prática de destinação dos resíduos tecnológicos.” H

Todo aproveitamento possível, seja de equipamentos completos ou de suas partes, é estudado pela equipe de Engenharia Clínica. O conhecimento técnico desta equipe fez toda a diferença. Isso possibilitou tornar o processo mais eficiente, sem gerar desperdícios e, consequentemente, minimizando as perdas financeiras.

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Foto: Patrícia Sobrinho

Vanessa Torres, Consultora de Sustentabilidade do HIAE

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Líderes da Saúde Pelo segundo ano consecutivo, projeto especial homenageia quem fez a diferença no setor

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revista Healthcare Management encerra o ano de 2014 trazendo para os leitores um especial inspirado na Liderança. Não se trata de um posto fácil. Ser líder requer habilidades de vencer as volatilidades diárias do mercado, saber que as incertezas e descontinuidades são a única constante em meio à competitividade. Ser líder é também ser exemplo inspirador, é criar um modelo que está dando certo e que tem o voto de confiança da grande maioria. E quando o assunto é ser líder na Saúde, quesitos como segurança e qualidade andam lado a lado, não como um diferencial, mas como regra. E para louvar aquelas empresas que são grandes exemplos, o leitor poderá conferir nas próximas páginas a segunda edição dos “Líderes da Saúde”. A primeira eleição foi realizada em 2013 e, após um ano, é possível perceber que o mercado mudou, que outras empresas ampliaram sua atuação, renovando o setor da Saúde.

Metodologia Participaram da eleição do “Líderes da Saúde” os conselhos das revistas Healthcare Management, HealthARQ, Health-IT, todas publicações do Grupo Mídia. Além disso, gestores de importantes instituições de saúde também deram seu voto, completando o júri oficial. Além de pontuar quais empresas os gestores consideram as líderes em determinadas categorias, eles também explicam quais são os fatores que pesam na escolha de uma empresa. 62

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No total, são 23 categorias que trazem três líderes em cada uma delas. Importante salientar que não foi estabelecido um ranking entre as empresas eleitas. Todos os líderes ocupam a mesma posição de destaque, não sendo colocados como primeiro, segundo ou terceiro lugar. Ainda de acordo com a metodologia estabelecida para o “Líderes da Saúde”, a empresa que não respondeu dentro do prazo estabelecido foi automaticamente substituída por outra, também eleita pelo júri. Além das 69 empresas eleitas “Líderes da Saúde”, o especial também traz um homenageado especial que o leitor poderá conferir a seguir.

Critérios para ser o líder Além de pontuar os líderes, os gestores também explicam quais são os principais critérios que determinam na escolha da empresa. Além disso, eles avaliam o mercado de fornecedores do país e os principais valores que o produto e serviço devem conter. Para Mario Vrandecic, Fundador e Diretor do Biocor Instituto, a qualidade, o preço e o prazo de entrega são os principais critérios na escolha de uma empresa. “Um bom fornecedor é aquele que está disposto a te ajudar a fazer seu negócio crescer. Temos uma política de reavaliação constante de nossos fornecedores para assegurar que estamos bem atendidos”, afirma. Além desses pontos, Sérgio Ruffini, Consultor de Qualidade e Acreditação do Sistema de Saúde Mãe de Deus, afirma que a tecnologia também tem grande peso na escolha das empresas. “Acredito que as em-

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presas fornecedoras estão em um bom patamar no Brasil, porém quesitos como suporte e tempo de atendimento ainda necessitam ser melhorados”, alerta. O Hospital Sírio-Libanês, que também participou do júri oficial, explica que elegeu empresas com fornecimento consagrado para a instituição. E essas parcerias mantêm-se por tanto tempo por causa da tecnologia robusta e promissora que tais empresas fornecem, além de boas práticas e certificações de processo, ambientais, saúde e segurança do trabalhador.

A Santa Casa de Maceió também participou do júri oficial do “Líderes da Saúde”. “Adotamos o critério que utilizamos para avaliar a performance de nossos fornecedores que envolve questões administrativas e técnicas. Com isso, percebemos uma melhoria bastante significativa na cadeia medicamentosa, uma vez que os fornecedores para se manterem na instituição devem apresentar um índice de conformidade superior a 95%”, explica Humberto Gomes de Melo, Provedor da instituição. Sobre o mercado de fornecedores, Melo

“A responsabilidade ética e os valores da empresa devem estar alinhados com a nossa política” Claudio Enrique Lubascher, Diretor-geral do Hospital Marcelino Champagnat

“As empresas fornecedoras estão em um bom patamar no Brasil, porém quesitos como suporte e tempo de atendimento ainda necessitam ser melhorados” Sérgio Ruffini, do Sistema de Saúde Mãe de Deus

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acredita que há uma necessidade de melhorias substanciais em questões como logística, prazo de entrega, atraso de fornecimento e rupturas de produção que implicam em oscilações de preços bastante substanciais. “Mas, o grande problema enfrentando pelos hospitais é a falta de concorrência que ocorre em alguns segmentos”, pontua. Além da eficiência dos serviços e quali-

dade, o Hospital Marcelino Champagnat também pondera as normas e diretrizes da empresa, bem como os termos de conduta que são exigidos pelos processos de acreditação. Para Claudio Enrique Lubascher, Diretor-geral do Hospital Marcelino Champagnat, a responsabilidade ética e os valores da empresa são importantes na escolha. O

“Temos uma política de reavaliação constante de nossos fornecedores para assegurar que estamos bem atendidos” Mario Vrandecic, Fundador do Biocor Instituto

“Para se manterem na instituição, os fornecedores devem apresentar um índice de conformidade superior a 95%” Humberto Gomes de Melo, Provedor da Santa Casa de Maceió

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executivo considera ainda que o mercado de fornecedores é carente no Brasil, e que também há uma concorrência desleal entre as empresas nacionais e estrangeiras. O Hospital viValle também está entre as instituições que fizeram parte do júri oficial do “Líderes da Saúde”. A gestão do hospital prima por realizar visitas técnicas às empresas para avaliar o serviço prestado e toda a infraestrutura. “Escolhemos a empresa que possui um setor de qualidade e já está preparada para as exigências da acreditação hospitalar. Se a empresa é idônea, possui expertise no negócio e já trabalha com programas de qualidade, dificilmente ela proporcionará um serviço ruim”, ressalta Ana Carina Bacha, Gerente de Operações do Hospital viValle.

Novidades Entre as reformulações que o “Líderes da Saúde” passou de sua primeira edição para esta, destacam-se a reformulação de categorias, bem como a inclusão de novos atores da cadeia da saúde. Isso porque, além de premiar as indústrias, empresas de serviços e fornecedores, neste ano também foram premiadas Associações, Federações e empresas que fomentam o diálogo e proporcionam encontros e debates para intensificar os Negócios do setor. O objetivo é premiar essas entidades que contribuíram para o setor, lutando por causas determinantes para o sucesso de seus representantes, levando as exigências e anseios de mudança para toda a sociedade.

“Escolhemos a empresa que possui um setor de qualidade e já está preparada para as exigências da acreditação hospitalar. Se a empresa é idônea, possui expertise no negócio e já trabalha com programas de qualidade, dificilmente ela proporcionará um serviço ruim” Ana Carina Bacha, Gerente de Operações do Hospital Vivalle

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Análises Clínicas

Grupo Fleury

Carlos Marinelli,

Presidente do Grupo Fleury

A maior conquista de 2014 pelo Grupo Fleury foi o fortalecimento quanto à excelência técnica, médica e em atendimento. Também trouxe inovação com a geração de novos serviços, como o Centro Integrado Cardiológico e Neurovascular. Nesse espaço, os exames são realizados em sequência, em um ambiente equipado, com modernas tecnologias e amparados por médicos especializados, em tempo integral, com o objetivo de apoiar o médico do cliente no diagnóstico mais rápido e preciso. “O cliente médico tem um serviço de excelência em apoio diagnóstico, com abordagem completa e integrada”, explica Carlos Marinelli, Presidente do Grupo. Os avanços foram obtidos de forma alinhada com o processo de rentabilização e fortalecimento dos processos de gestão.

Biofast A expansão dos serviços para a área privada, com a abertura de nove unidades de atendimento, nas cidades de São Paulo, Guarulhos e no ABC, foi um dos destaques da Biofast durante 2014. Além disso, a empresa fortaleceu sua governança corporativa através da reestruturação da direção e do organograma, além da instituição das áreas de suply chain, administração de contratos e controladoria. “Mudamos nosso sistema LIS, o que permitiu proporcionar aos clientes uma robusta ferramenta de gestão”, ressalta o Presidente do Grupo Biofast, Rogério Saladino. Para 2015, as expectativas são a expansão da marca, com a abertura de cinco unidades durante o ano, e investimentos na área de imagem para ampliar os serviços e atender à demanda de operadoras de saúde.

Laboratório Sabin

Janete Ribeiro Vaz e Sandra Soares Costa, Sócias-fundadoras do Laboratório Sabin

Rogério Saladino,

Presidente do Grupo Biofast

O Laboratório Sabin consolidou, neste ano, novas operações com a reestruturação dos Núcleos Técnicos Operacionais e com a padronização dos processos de automação, qualidade e inovação. Em 2014, foram abertas 30 novas unidades do Grupo. No total, são 138 sedes em quatro regiões do país. “Mesmo em processo de expansão, continuamos com o plano de crescimento orgânico nas regiões onde atuamos”, afirmam as sócias-fundadoras, Janete Ribeiro Vaz e Sandra Soares Costa. A expectativa do Grupo para o ano de 2015 é a conclusão da obra da nova sede nacional que vai sustentar o crescimento da empresa pelos próximos 20 anos. “A nova sede terá modernas plataformas de automação laboratorial da América Latina”, destacam.


Arquitetura

Fiorentini Arquitetura de Hospitais

Paula Fiorentini,

Diretora da Fiorentini Arquitetura de Hospitais

Com 40 anos de atuação, a Fiorentini Arquitetura de Hospitais traz em seu portfólio mais de 500 projetos realizados no Brasil, Chile, Paraguai, Portugal e Angola. Em 2014, destacam-se projetos de três hospitais realizados através de parceria público-privada, entre o governo do Estado de São Paulo e Construcap, que juntos somam mais de 105.000 m². Outro case é o hospital, também de parceria público-privada, entre o Governo do Estado do Ceará e Marquise, com área de 37.000 m². Vale ressaltar o retrofit do Hospital 9 de Julho, em São Paulo. Para 2015, a arquiteta Paula Fiorentini, Diretora do escritório, ressalta a concretização de importantes projetos. “As perspectivas são excelentes, principalmente devido ao investimento público na área da saúde.”

L+M Acompanhando a evolução de áreas como tecnologia, gestão e manutenção, a L+M se consolidou este ano como uma empresa que entrega os ambientes de saúde prontos para funcionar, devido as suas diversas frentes de trabalho. “Seja para expandir o número de leitos, abrir novas salas de cirurgia, inaugurar uma ala, aumentar a capacidade, construir um hospital ou um centro de pesquisa, cuidamos desses ambientes etapa por etapa, o que envolve consultoria, arquitetura e construção”, explica Lauro Miquelin, Diretor-geral da L+M. Em busca desta eficiência, a empresa cria espaços integrados, investindo em processos bem desenhados, em operação ágil e avanços tecnológicos. Também em 2014, a L+M inaugurou uma nova sede, em São Paulo, para receber mais de 100 colaboradores.

RAF Arquitetura

Flávio Kelner,

Presidente da RAF Arquitetura

Lauro Miquelin,

Diretor-geral da L+M

A RAF Arquitetura completou 25 anos de fundação neste ano, registrando em sua trajetória importantes cases na Saúde. Entre eles destacam-se o projeto no Instituto Nacional de Câncer - INCA e em unidades da Rede D’Or. O crescimento da RAF se deu em seus dois escritórios, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro. Para Flávio Kelner, Presidente da RAF Arquitetura, mesmo com o cenário econômico desfavorável de 2015, o escritório aposta no crescimento de suas atuações. “Pretendemos implementar um novo projeto de gestão da produção e qualidade para nos prepararmos para os próximos anos. A troca de experiências entre os dois escritórios será fundamental para o nosso posicionamento entre as principais empresas de arquitetura do mercado sul-americano.”


Arquitetura de Interiores

MW Arquitetura

Moema Wertheimer,

Diretora da MW Arquitetura

Há 20 anos atuando no mercado brasileiro, a MW Arquitetura traz em seu portfólio importantes projetos de arquitetura, design de interiores, reformas e consultoria em planejamento de espaços corporativo. Em 2014, de acordo com a Diretora do escritório, Moema Wertheimer, houve uma crescente procura por projetos relacionados ao setor da saúde. “Em 2015, vamos colher esses frutos. Será o ano dos resultados, da concretização de todo o trabalho feito ao longo de 2014. Trata-se de projetos desafiadores na área da saúde.” Entre os cases assinados pela MW Arquitetura estão atuações no Hospital Samaritano (SP), Hospital e Maternidade São Luiz e no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

ACR Arquitetura e Planejamento A ACR Arquitetura e Planejamento assinou importantes projetos em 2014, entre eles duas novas unidades do Grupo Fleury. Além disso, duas novas parcerias deram seus primeiros passos neste ano. Uma delas com a empresa DR Consulta Clínicas Médicas, projetando e construindo a imagem das unidades de consultórios médicos para classes C e D. Outra parceria foi firmada com o grupo Alliar Medicina Diagnóstica, posicionando a ACR como fornecedor exclusivo para projetos de arquitetura de suas unidades de atendimento em todo o país. “Realizamos uma ampla pesquisa de materiais e sistemas construtivos, custos, acabamentos e padrões para padronizar todos os centros diagnósticos”, explica Antonio Carlos Rodrigues, Sócio-fundador do escritório.

Antonio Carlos Rodrigues,

Sócio-fundador da ACR Arquitetura e Planejamento

Teresa Gouveia Arquitetura

Teresa Gouveia, Arquiteta

Em 2014, a Teresa Gouveia Arquitetura comemorou 10 anos de atuação no mercado e, durante este tempo, o escritório assinou importantes projetos na Saúde. Foram diversos cases para setores específicos, como hemodiálise, hemodinâmica, centro de diagnóstico por imagem, centros cirúrgicos, UTI, ortopedia, pronto atendimento, entre outras áreas de apoio e de laboratórios de análises patológicas e clínicas. Destaca-se também o Master Plan para um hospital localizado no Nordeste, com foco em hemodiálise. O crescimento foi de 18% em relação ao ano passado e, segundo a arquiteta Teresa Gouveia, a meta é expandir ainda mais a atuação. “Conquistamos novos clientes e trabalhamos cerca de 30 mil m² de projetos em 2014”, salienta.


Associação

Abimed

Fabrício Campolina, Presidente da Abimed

Entre as importantes ações da Abimed - Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para a Saúde – realizadas neste ano estão as discussões de novas regulamentações, como a redução do tempo de registro de produtos; divulgação das políticas industriais e seu importante papel como elo entre as empresas e os Ministérios. Também houve o fortalecimento das Setoriais da associação para discussões específicas de cada uma das áreas (Imagem, Cardiovascular, Audiologia, Ortopedia, Oftalmologia e Cirurgia Geral). “Nossa missão é contribuir para um maior entrosamento da cadeia do setor de Saúde, além de fomentar um ambiente transparente de competição e promoção da ética”, explica Fabrício Campolina, Presidente do Conselho de Administração da Abimed.

Anahp Neste ano, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) realizou dois seminários e um fórum internacional focados no tema Governança Clínica. Destaca-se também o ‘Livro Branco: Brasil Saúde 2015 - A Sustentabilidade do sistema de saúde brasileiro’, documento com propostas para a sustentabilidade do sistema brasileiro de saúde. “Também comemoramos a chegada de 13 novos hospitais membros de diversas regiões do Brasil, alcançando, assim, a marca de 68 hospitais”, salienta Francisco Balestrin, Presidente da Anahp. Vale ressaltar o Grupo de Estudos sobre Compliance. O resultado deste trabalho foi o Código de Conduta Empresarial - Compliance para os Hospitais Privados, que contempla as diretrizes gerais para conduta empresarial no setor hospitalar.

Francisco Balestrin, Presidente da Anahp

Abimo

Franco Pallamolla,

Presidente da Abimo

Este ano foi de bastante trabalho para a Abimo que encerra 2014 com a melhor das notícias: a conquista da isonomia tributária com os importados nas compras públicas. “Essa bandeira já era um antigo pleito. Foram meses e meses de reuniões, encontros, compromissos em agências governamentais, na Câmara e Senado, em busca de apoio de parlamentares”, lembra Franco Pallamolla, Presidente da Abimo. Outra importante conquista foi a permanência da desoneração da folha de pagamento e a margem de preferência do setor. “Agora, a nossa luta muda de rumo e deve ser no âmbito do CONFAZ, a fim de garantir uniformidade de tratamento no território nacional quanto à legislação do ICMS”, comenta Pallamolla sobre as perspectivas para 2015.


Consultoria

CBA

Maria Manuela Alves dos Santos, Superintendente do CBA

Em 2014, o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) obteve o grau de Acreditação, na categoria Organização, da International Society for Quality in Healthcare (ISQua). O atendimento aos padrões de acreditação da ISQua possibilitou ao CBA a completa revisão e atualização dos principais documentos orientadores de seu negócio e processos empresariais, incluindo o Planejamento Estratégico e o Mapa de Gestão de Riscos. Outro destaque é o aumento de 50% no número de avaliações de acreditação apenas em 2014, registrando o dobro de avaliações do que foi realizado em 2013, superando o número de 60 instituições acreditadas. Segundo Maria Manuela Alves dos Santos, Superintendente do CBA, as metas para 2015 é manter este ritmo de crescimento.

Planisa A Planisa alcançou o crescimento de 23% neste ano em relação a 2013. Grande parte dos investimentos foi direcionada para a atualização tecnológica de produtos para apuração e gestão de custos com o lançamento de uma solução de baixo custo e alta escalabilidade, a HECOS. Também houve a ampliação de sua atuação em OSS no Rio de Janeiro, Pernambuco e Pará. Vale destacar também a conquista de clientes como o Complexo Hospitalar do Hospital das Clínicas de São Paulo, Hospital São Paulo, Hospital Edmundo Vasconcelos e Rede de Hospitais Adventistas da América do Sul, com unidades na Argentina, Paraguai, Peru, Chile e Equador. Para 2015, João Luís Romitelli, Diretor de Relações Empresariais, afirmou que a Planisa está planejando um crescimento de 15%.

João Luis Romitelli,

Diretor de Relações Empresariais da Planisa

IQG

Rubens Covello,

CEO do IQG Group

A IQG conseguiu solidificar importantes parceiras nacionais e internacionais em 2014. Foram cinco hospitais internacionais acreditados pela nova metodologia internacional “QMentum” e outras duas instituições que também tiveram sua linha de cuidado do AVC acreditada pela empresa. No Brasil, foram certificadas com distinção as duas primeiras UTIs do Brasil, os três primeiros serviços de higiene hospitalar, além de vários serviços de hemodinâmica. “Firmamos como a maior instituição acreditadora da América Latina, com mais de 280 centros acreditados somando as metodologias ONA e Canadense. Nossa meta é continuar crescendo acima de dois dígitos e expandir nossas forças e conceitos para outros países.”, afirma Rubens Covello, CEO do IQG Group.


Diagnóstico por Imagem

Agfa Healthcare

José Laska,

CEO da Agfa Healthcare

Entre as principais conquistas da Agfa Healthcare, neste ano, foi o lançamento dos sistemas da Radiologia Direta (DR), com duas opções distintas: a Digitalização da Radiologia Analógica, existente em clínicas e hospitais, através das placas de digitalização e formação de imagens na estação de trabalho de Raios-X; e o Sistema de Radiologia Direta, como o DX-D 100, um equipamento de Raios-X Digital portátil. “Consolidamos nossa posição no mercado brasileiro no segmento de Sistema de Informação Radiológica (RIS) e Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens (PACS). Também obtivemos grandes conquistas em projetos de teleradiologia e no segmento de Sistema de Gestão Hospitalar”, explica José Laska, CEO da Agfa Healthcare.

GE Healthcare Em 2014, os negócios da GE Healthcare tiveram como foco, no Brasil, as áreas de diagnóstico por imagem, além do crescimento da área de equipamentos de suporte à vida. Destacam-se também a parceria com o Senai-SP para formação técnica e superior em manutenção e operação de equipamentos de radiologia, e a produção nacional, com a inclusão de novas linhas de ultrassom, ressonância magnética e de arco cirúrgico na unidade de Contagem (MG). “Com a produção nacional, hospitais e clínicas podem contar com a linha de financiamento Finame do BNDES, com taxas de juros de 4,5% e 6% ao ano, bastante atrativas em vista dos 16% a 23% de juros ao ano praticados pelos bancos comerciais”, explica Luiz Verzegnassi, Diretor-comercial Brasil da GE Healthcare.

Luiz Verzegnassi,

Diretor Comercial Brasil da GE Healthcare

Siemens

Armando Lopes,

Diretor Healthcare da Simens do Brasil

Em 2014, a Siemens passou a produzir equipamentos de ultrassom no Brasil, na fábrica Joinville (SC). A iniciativa faz parte de um pacote de R$ 50 milhões destinados para a área de Healthcare. Também se destaca a iniciativa firmada com Hospital Sírio-Libanês para a criação de um centro de excelência na área de imagem cardiovascular com compartilhamento de tecnologia e conhecimento de ponta, baseado na capacitação profissional, elaboração de novos protocolos de exames e diagnósticos e desenvolvimento de novas técnicas. “Em 2015, pretendemos expandir os negócios e ampliar estudos e soluções para o mercado nacional que tem grande representatividade no cenário global”, afirma o Diretor do Setor de Healthcare da Siemens no Brasil, Armando Lopes.


Distribuidores

Bace

Ronald Lorentziadis, CEO da Bace

Neste ano, a Bace passou a integrar o Grupo HARTMANN da Alemanha, empresa mundial do segmento médico-hospitalar. Isso trouxe novos desafios, reestruturação interna, mas também boas perspectivas de negócios. “A integração a um grupo que tem, entre seus valores, princípios como liderança e comprometimento, somente pode agregar e consolidar o trabalho que a Bace vem desenvolvendo desde a sua fundação, isto é, trazer soluções inovadoras para o mercado, atendendo às necessidades e exigências de cada cliente”, afirma Ronald Lorentziadis, CEO da Bace. Para 2015, além de consolidar o trabalho já desenvolvido no eixo São Paulo - Rio de Janeiro, especialmente na linha de tratamento de feridas, a empresa pretende expandir seus negócios em âmbito nacional.

Expressa Em 2014, a Expressa completou 30 anos de atuação, dando seus primeiros passos rumo a sua internacionalização, proporcionando serviços que englobam desde a operação logística, até o suporte para novos entrantes no mercado brasileiro de alta complexidade. “Este ano foi emblemático para nós. Investimos em nosso modelo de Governança Corporativa e reestruturamos a nossa empresa para nos adequarmos às referências internacionais, como a lei americana Sarbanes-Oxley e a F.C.P.A.”, ressalta Mariana Braga Aitken, Diretora e Sócia da Expressa. Ainda de acordo com a executiva, 2015 promete a concretização de grandes projetos, como a implementação de um novo ERP e a continuidade do avanço e consolidação das técnicas e modelos operacionais.

Mariana Braga Aitken,

Diretora e Sócia da Expressa

Mafra

Carlos Alberto Mafra Terra, Presidente da Mafra

Em 2014, a Mafra registrou um crescimento nas vendas de 25%. Assim, foi possível realizar diversos investimentos em sua infraestrutura, o que acarretou no aumento da capacidade de armazenagem com a ampliação total de 6.800 m². Nestes últimos doze meses, também foram realizados investimentos da frota própria da empresa, com extensão de entrega até o Rio Grande do Sul. “Acredito no potencial do setor hospitalar. Os cuidados com a saúde e o acesso a novas tecnologias têm aumentado cada vez mais o consumo de produtos para a saúde. Por meio de uma logística eficiente que prestamos, nossa empresa atende ao mais exigente cliente no mercado hospitalar”, salienta Carlos Alberto Mafra Terra, Presidente da empresa.


Engenharia

Afonso França

Estevam França e Cláudio Afonso, Sócios da Afonso França

Para se destacar em um mercado tão competitivo como é a Saúde, a Afonso França Engenharia investiu em contratações e tecnologias em 2014. Com isso, foi possível estar à frente de novas demandas e responder às rígidas exigências dos clientes com excelência. “É importante que o mercado olhe a construção civil de forma diferente. Não apenas como uma commodity de concreto e aço. Estamos em constante inovação, o que requer investimento em planejamento, pesquisa de novas tecnologias, produtos e métodos construtivos para garantir a entrega e o alcance dos objetivos do cliente”, ressaltam os sócios Cláudio Afonso e Estevam França. O objetivo para 2015 é continuar ampliando o portfólio da empresa, buscando novos segmentos e intensificar a atuação na Saúde.

Método Engenharia Executando obras de alta complexidade desde 1973, a Método Engenharia, presidida por Hugo Marques da Rosa, é reconhecida pela inovação e pelas tecnologias aplicadas nos sistemas construtivos. Em 2013, anunciou faturamento de R$ 1.506.827, representado um crescimento de 94% perante 2012. “Temos como missão fornecer soluções integradas de engenharia, construção e manutenção contribuindo com o sucesso de nossos clientes. A Método é uma empresa que atua de forma ética, sustentável e comprometida com o futuro do setor e do mundo”, afirma Hugo Marques da Rosa. Hugo Marques da Rosa,

Presidente da Método Engenharia

MHA Engenharia

Eduardo de Brito Neves, Sócio da MHA Engenharia

Em 2014, a MHA colheu bons resultados de investimentos realizados na gestão e em profissionais. A plataforma BIM, por exemplo, gerou um diferencial no mercado com a realização de diversos projetos de hospitais, indústrias, shoppings e laboratórios. Na Saúde, foram desenvolvidos projetos para o IAMSPE, Hospital Emílio Ribas e Hospital Regional de Jundiaí. Também foram concluídas importantes obras, como Hospital Sírio-Libanês e Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Em 2015, a MHA completará 40 anos de atuação já com o caminho da perenidade estabelecido. “Profissionais que fazem carreira conosco farão parte da gestão, mantendo a sinergia entre a experiência e as novas visões e processos”, afirma Eduardo de Brito Neves, Sócio da MHA Engenharia.


Engenharia Clínica

Equipacare

Guilherme Fernandes Xavier, Sócio-diretor da Equipacare

Neste ano, a Equipacare iniciou importantes trabalhos na região Sul do país. Também em 2014, a empresa firmou parcerias com escritórios de arquitetura e construção. Para Guilherme Fernandes Xavier, Sócio-diretor da empresa, esta estratégia foi essencial, uma vez que soma-se à “nossa atuação mais forte que é a gestão de projetos de equipagem de novos hospitais”. Outro destaque é a consolidação do laboratório de calibração, que alcançou uma notável participação para o resultado da empresa. Para 2015, está previsto a retomada de nove projetos de construção hospitalar, que já teve a participação da Equipacare na fase de planejamento-concepção e que agora atuará na etapa de implantação. “Também vamos publicar um guia para serviços de engenharia clínica em parceria com a ABEClin.”

Engebio A Engebio viu crescer sua atuação no país durante os últimos doze meses, ampliando seus serviços e atividades para além das fronteiras de São Paulo. A empresa participou de importantes projetos no Estado de Espírito Santo, e atuou, junto com a Construcap, em diversos projetos de parcerias público-privadas. Essa conquista refletiu em um crescimento de 20% no número de clientes atendidos pela empresa. Além disso, a Engebio conquistou o selo ISO 9001, o que demonstra, ainda mais, o alto nível de profissionalização de toda a equipe. “O maior valor que entregamos para os clientes são os nossos profissionais, pois só assim é possível oferecer serviços de qualidade para este exigente mercado”, ressalta Rodolfo More, Sócio da Engebio.

Rodolfo More,

Sócio da Engebio

Tecsaúde

Zeev Katz,

Diretor de Operações da Tecsaúde

A Tecsaúde conseguiu obter, em 2014, um crescimento de 30%, reforçando a atuação da empresa no mercado de Saúde. Neste ano, houve também uma intensa profissionalização da gestão através de ações como a implantação de gestão orçamentária e conselho consultivo para o apoio nas decisões estratégicas. Para 2015, as expectativas são manter o crescimento de 30% e iniciar o programa de ensino a distância para os colaboradores. “Também temos como meta fortalecer a relação com a Endeavor, organismo internacional para o desenvolvimento do empreendedorismo, realizando projetos para o desenvolvimento em diversas áreas da TecSaúde”, afirma Zeev Katz, Diretor de Operações da Tecsaúde.


foto: Sérgio Zacchi

Ensino e Pesquisa

Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein

Claudio Luiz Lottenberg, Presidente do Einstein

O Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEPAE) abrange programas de ensino formal - Ensino Técnico, Graduação, Pós-graduação, Residência Médica e, mais recentemente, Residência Multiprofissional, além de cursos de curta e média duração, programas in company e eventos científicos de caráter nacional e internacional. Houve uma evolução nesses campos devido à criação de novas propostas e formatos de cursos. A disponibilização de horários e de novas unidades duplicou o número de alunos matriculados nos cursos de pós-graduação. “O IIEPAE também possui centros dedicados à pesquisa experimental, clínica e pré-clínica, além do Centro de Educação em Saúde Abram Szajman”, salienta Claudio Luiz Lottenberg, Presidente do Einstein.

FGV Entre os destaques da atuação da FGV para o setor da Saúde está o Centro de Estudos em Planejamento e Gestão da Saúde da FGV-EAESP. O objetivo principal é aproximar da prestação de serviços, de maneira a colaborar com quem tem a missão de melhorar o acesso da população a serviços de qualidade, no Sistema Único de Saúde (tanto no subsistema público, quanto privado). “Nossa principal missão é aumentar a qualidade de ensino, transformando a capacidade de conhecimentos e pesquisa, atualmente disponível na FGV, em um conjunto cada vez mais acessível pela população em geral”, ressalta Carlos Ivan Simonsen Leal, Presidente da FGV. Carlos Ivan Simonsen Leal, Presidente da FGV

Senac

Sidney Cunha,

Diretor-geral do Senac

Em um cenário em que a educação profissional tem sido cada vez mais apontada como um dos motores para a transformação social e econômica do Brasil, o Senac vem protagonizando esse grande desafio. Especificamente para a área da Saúde, a instituição ofereceu, em 2014, programações variadas em diferentes níveis, com 23 cursos de Formação Inicial e Continuada, 20 cursos de Habilitação Técnica e 25 títulos de Especialização Técnica, além de seis cursos de Graduação e 26 de Pós-Graduação. “Em 2015, daremos continuidade aos grandes programas nacionais, como a Rede Nacional de Cursos a Distância, que apresenta um portfólio diverso, como o curso de Gestão de Organizações Hospitalares”, ressalta Sidney Cunha, Diretor-geral do Departamento Nacional do Senac.


Federação

FBAH

Valdesir Galvan,

Presidente da FBAH

Em 2014, a Federação Brasileira de Administradores Hospitalares - FBAH contribuiu de maneira decisiva na melhoria da Gestão da Saúde no Brasil. Em cooperação com a HOSPITALAR Feira + Fórum, realizou o 37º Congresso Brasileiro de Administração Hospitalar e Gestão em Saúde com o Tema Central “Os desafios do Sistema de Saúde: Cenários e Oportunidades”. Para Valdesir Galvan, Presidente da FBAH, trata-se de um capítulo inédito na história dos mais de 40 anos da Federação. “Foram quatro dias de intensos debates, que reuniram mais de 1200 lideranças da saúde, consolidando a proposta da FBAH de disseminar e compartilhar as novas tecnologias e conhecimentos.” Também neste ano a FBAH filiou-se à Federação Internacional de Hospitais – IHF, na Suíça.

Fehosp A Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp) estreitou ainda mais seu relacionamento com as mais de 300 associadas, possibilitando sua atuação em prol das reivindicações do setor. Entre as conquistas estão a promoção de cursos, como o projeto Educasus, e a parceria com o governo do Estado para profissionalizar a captação de recursos das instituições. “O ‘Dia Nacional de Luto pela Crise das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos’ também foi um exemplo de nosso êxito. Tivemos mais de 60% de adesão nacional. Conseguimos sensibilizar a sociedade sobre os problemas enfrentados pelo setor e cobrar do governo um posicionamento quanto ao orçamento da Saúde”, afirma Edson Rogatti, Diretor-presidente da Fehosp.

Edson Rogatti,

Diretor-presidente da FEHOSP

FENAESS

Breno de Figueiredo Monteiro, Presidente da FENAESS

A Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (FENAESS) representa, atualmente, 21 sindicatos em diversas regiões do país. Sua forte atuação está, principalmente, em proporcionar eventos que visam discutir a evolução e melhoria do setor. “São encontros em que podemos tratar temas relevantes para os gestores da área de saúde e que foram realizados com muito sucesso. Temos mais de 30 anos de existência e, sem dúvidas, uma trajetória importante que contribuiu para estreitar o diálogo entre diversas partes”, salienta Breno de Figueiredo Monteiro, Presidente da FENAESS. Para o ano de 2015, a IV edição do Congresso Brasileiro FENAESS, a ser sediada em Brasília/DF, promete grandes discussões para a comunidade da saúde.


Homecare

Geriatrics

Gabriel Palne,

CEO do Grupo Geriatrics

Neste último ano, a Geriatrics aumentou seus serviços de Homecare e Office Care (gerenciamento de populações específicas), além do fortalecimento do Clinic Care como unidade de internação. “Todos esses setores apresentaram resultados impressionantes de efetividade, como as baixíssimas taxas de rehospitalização que aferimos no ano em Homecare, de 4,92%; Office Care, de 3,63%; e Clinic Care, com 3,91%”, explica Gabriel Palne, CEO do Grupo Geriatrics. Também houve a consolidação do Centro de Excelência em Atenção Domiciliar (CEAD) que contribuiu para a formação da equipe qualificada do grupo. Para 2015, o setor de Homecare deverá ser reformulado baseado em conceitos de autocuidado e em novas modalidades de atendimento.

Home Doctor A Home Doctor começou 2014 realizando parcerias com o grupo espanhol Vitalia. Com isso, foi possível trazer para o país uma nova opção de cuidado para a terceira idade: o Centro-Dia Vitalia Brasil, um espaço de convivência preparado especialmente para receber esse público. “Fechamos 2014 com o lançamento da GO Emergências Médicas, que tem a missão de ser referência em urgência e emergência móvel, oferecendo os serviços de APH (atendimento pré-hospitalar), remoções (transporte inter-hospitalar terrestre), orientação médica telefônica, área protegida e cobertura de eventos”, explica José Eduardo Ramão, Sócio da Home Doctor. Para 2015, a expectativa é ampliar a atuação com uma nova unidade na cidade de Volta Redonda (RJ).

José Eduardo Ramão, Sócio da Home Doctor

Unit Care

Luiz Tizatto,

CEO da Unit Care

No ano de 2014, a Unit Care consolidou-se no segmento AAA de alta complexidade, apresentando um crescimento de 213% em relação a 2013. Esses fatores firmam a empresa entre os principais nomes no atendimento domiciliar de pacientes de alta complexidade técnica e social. “Nosso crescimento em 2014 foi acima do esperado. As metas anuais foram alcançadas em junho, com base no trabalho em equipe e na excelência técnica-operacional. Também investimos maciçamente em pesquisa e desenvolvimento, buscando tecnologias que facilitem a operação e gestão”, salienta Luiz Tizatto, CEO da Unit Care. Também neste ano, a Unit Care ganhou o prêmio “Social System Innovation Award”, no The 18th ISfTeH International Conference, no Japão, pelo seu trabalho de monitoramento remoto de pacientes crônicos.


Indústria de Equipamentos

Fanem

Djalma Luiz Rodrigues,

Diretor-executivo da Fanem

Uma das importantes conquistas da Fanem foi o recebimento do Prêmio Inova Saúde 2014. O título oferecido pela Abimo foi conquistado pela criação da Unidade Híbrida Duetto® 2386. A Fanem também venceu uma licitação do Ministério da Saúde do Governo da Etiópia. Com isso, até o início de 2015 serão entregues 2.625 equipamentos neonatais para o governo etíope, entre incubadoras de cuidado intensivo, fototerapias para tratamento de icterícia neonatal e CPAP de bolhas para tratamento de patologias respiratórias. “Este negócio é consequência de um grande empenho da nossa parte para atender demandas de países com grandes necessidades no campo da saúde, como ocorre na África em geral”, ressalta Djalma Luiz Rodrigues, Diretor-executivo da Fanem.

Dräger O ano de 2014 excedeu as expectativas da Dräger. As vendas aumentaram significativamente e, até agora, todas as metas foram atingidas. Durante esses últimos doze meses, a empresa lançou o equipamento Evita V300, ventilador mecânico que trouxe inovação para o segmento e que já registrou um alto grau de aceitação no mercado. A Dräger prevê um mercado aquecido e tem perspectivas de expansão para 2015, porém de forma gradual. “Por conta da situação econômica do Brasil, temos de ter cuidado com as metas. Contudo, estamos extremamente otimistas com as nossas novas estratégias e ações de marketing para o próximo ano e, assim, repetir o sucesso de 2014”, salienta Holger Johannsen, Presidente da empresa.

Holger Johannsen,

Presidente da Dräger

Covidien

Ermano Moraes,

VP e Gerente-geral da Covidien Brasil

Em 2014, a Covidien adquiriu a WEM Equipamentos Eletrônicos, fabricante de geradores, produtos e acessórios para eletrocirurgia. A aquisição faz parte da expansão em mercados emergentes, atendendo melhor as necessidades específicas do segmento. Outra novidade foi o Sonicision®, primeiro dispositivo de dissecção ultrassônica sem fio. Destaca-se também a inauguração do Centro Covidien de Inovação (CCI Brasil), em São Paulo. O CCI tem capacidade de oferecer 120 cursos e treinar 2.000 profissionais por ano. “Médicos brasileiros e latino-americanos terão treinamentos gratuitos, com a última palavra em tecnologia, habilitando-os a realizar uma grande variedade de procedimentos clínicos”, ressalta Ermano Moraes, Vice-presidente e Gerente-geral da Covidien Brasil.


Indústria Farmacêutica

Pfizer

Victor Mezei,

Presidente da Pfizer Brasil

A Pfizer adotou, nestes últimos doze meses, uma nova estrutura comercial global com três unidades de negócio: GEP (Negócios Globais de Produtos Estabelecidos), GIP (Negócios Globais de Produtos de Inovação) e VOC (Vacinas, Oncologia e Consumo). O objetivo é atender às crescentes demandas e buscar novas formas de maximizar o portfólio. De acordo com Victor Mezei, Presidente da Pfizer Brasil, a empresa registrou um crescimento de 25,5% em valores, segundo o IMS, ao comparar dados de janeiro a setembro de 2014 com o mesmo período do ano passado. “Este também foi um ano de investimentos, visto que direcionamos mais de R$ 50 milhões para grandes iniciativas, entre elas a ampliação da produção da planta de Itapevi, em São Paulo.”

Roche A Roche Brasil se destaca no segmento de diagnóstico in vitro e na comercialização de medicamentos nas áreas de oncologia, virologia e sistema nervoso central. A empresa tem como pilar a busca permanente por conhecimento científico e uma visão de negócio de longo prazo, que pressupõe o crescimento sustentável das atividades e um olhar criterioso para as necessidades não atendidas dos pacientes. Atualmente, a Roche Brasil está investigando 69 drogas potenciais nas áreas de oncologia, imunologia, doenças infecciosas, neurociências e oftalmologia. “Queremos continuar crescendo de forma sustentável, com foco no paciente e resultados consistentes nas áreas financeira e socioambiental”, ressalta o Presidente da Roche Brasil, Rolf Hoenger.

Rolf Hoenger,

Presidente da Roche Brasil

Sanofi

Unidade industrial em Suzano

O Grupo Sanofi tem se destacado no mercado farmacêutico nos últimos doze meses pelo trabalho de suas empresas Sanofi Farma, Medley, Sanofi Pasteur, Genzyme e Merial. A filial brasileira do Sanofi Farma é uma das maiores operações do Grupo nos mercados emergentes, empregando 5.200 funcionários no país. Em agosto deste ano, o grupo reforçou o seu portfólio de medicamentos para diabetes e os monitores de glicemia. No primeiro trimestre, firmou parceria com a Nestlé para a linha Optifast, produtos para gerenciamento de peso e reeducação alimentar de pacientes com sobrepeso e diabetes associado. A Sanofi Pasteur também se destaca no mercado nacional de vacinas, principalmente contra a dengue.


Indústria de Materiais

B.Braun

Otto Philipp Braun,

Diretor-Presidente da B. Braun Brasil

A inovação foi o motor de crescimento e progresso em cada área da B. Braun em 2014. A empresa investiu em uma nova máquina automatizada para a sua produção chamada D.I.V.A. (Double IV-Sets Assembly machine), para atender a demanda. Também iniciou-se a construção da nova fábrica em Guaxindiba (RJ). Até 2018, serão construídos uma nova fábrica e um novo prédio administrativo. De acordo com Otto Philipp Braun, Diretor-presidente da B. Braun Brasil, este ano também foi concluído o planejamento estratégico para até 2020. “Constatamos que nos últimos seis anos investimos mais de 155 milhões de euros no Brasil. Decidimos continuar com esta forte atuação, contribuindo continuamente para a melhora da saúde em todo o país.”

BD Em 2014, a BD apresentou crescimento global de 4,9%, trazendo aos Brasil novos produtos, como a BD Nano Ultra-Fine PentaPoint, agulha de 4 mm que oferece mais conforto e menos dor ao diabético; o BD Max™, equipamento que detecta patógenos bacterianos, virais e parasitários capaz de liberar um diagnóstico em até 2,5 horas; entre outras inovações. A sede da empresa no Brasil, em São Paulo, recebeu a certificação LEED na categoria Silver concedido pelo Green Building Council a prédios sustentáveis. “Todas as nossas estratégias foram focadas no nosso propósito de ajudar as pessoas a viverem de forma saudável e proporcionar produtos de alta tecnologia e qualidade ao mercado de saúde”, afirma Diretor-geral no Brasil, Walter Baxter.

Walter Baxter,

Diretor-geral no Brasil da BD

Cremer

Leonardo Byrro, CEO da Cremer

A Cremer avançou bastante em 2014, atingindo cerca de 7% da receita líquida vinda de produtos lançados nos últimos 24 meses. Neste ano, também foi iniciado um novo modelo de relacionamento com hospitais privados, a fim de trazer soluções para gestão de materiais descartáveis, além do fornecimento de produtos que podem atender até 32% do que um hospital compra hoje. “Nossa proposta visa não só oferecer um amplo portfólio, mas também melhorar o nível de serviço, a redução de estoques e melhores prazos de pagamento para liberação de capital de giro. Já temos cerca de 10 parcerias assinadas”, afirma Leonardo Byrro, CEO da Cremer. Destaca-se também a inauguração do novo Centro de Distribuição em Pouso Alegre (MG), com 15 mil m².


Indústria Mobiliária

Hill-Rom

Bernardo Medrado,

Diretor Comercial da Hill-Rom no Brasil

Neste ano, a Hill-Rom investiu no aprimoramento dos serviços pós-venda, na assistência técnica e educação continuada dos colaboradores para obter excelência em suas operações. Destaca-se também a aquisição da Trumpf Medical feita pela empresa. “Conseguimos o reconhecimento do mercado e de nossos clientes quanto à relação custo x benefício, aliado ao trabalho que vem sendo feito ultimamente”, salienta Bernardo Medrado, Diretor-comercial da Hill-Rom no Brasil. Para 2015, a empresa trará diferentes sistemas de controle do fluxo hospitalar a fim de auxiliar os profissionais a tomar decisões com mais segurança. “Além disso, vamos ampliar as possibilidades de conectividade dos leitos com a rede hospitalar e novos produtos voltados ao segmento VIP.”

Metahospitalar Uma das principais conquistas da Metahospitalar este ano foi a nova unidade fabril, no Parque Industrial, com mais de 7.000 m² e 5.000 m² de área construída. Além disso, a empresa também recebeu com sucesso mais uma auditoria de Certificação de Equipamentos Eletromédicos conforme a Portaria nº 350 do INMETRO, confirmando o compromisso com a qualidade, segurança e eficácia de seus produtos. Para Kilder Vieira de Melo, Presidente da empresa, em 2015 haverá a continuidade nos investimentos em novas tecnologias e a ampliação da atuação. “Em 2015, a Metahospitalar irá expandir seus horizontes, iniciando seu Plano de Internacionalização com a participação na Feira FIME - International Medical Expo, em Miami (EUA).”

Kilder Vieira de Melo,

Presidente da Metahospitalar

Linet

Zbyněk Frolík,

Presidente da Linet

A Linet aumentou de forma significativa a sua presença no Brasil e em toda América Latina neste último ano. “Estamos cada vez mais próximos de nossos parceiros e clientes. Também conseguimos desenvolver novas parcerias muito interessantes, incluindo referências importantes de nossa região”, aponta Zbyněk Frolík, Presidente da Linet. Para o ano de 2015, o executivo espera uma maior intensificação de parcerias de longo prazo. “Queremos contribuir para a melhoria contínua da segurança do paciente, prevenção de risco de acidente, controle de risco de infeção, entre outros. Vamos também incentivar a pesquisa científica e estudos clínicos, trazendo exemplos e experiências do mundo inteiro para as instituições brasileiras.”


Negócios

Apex-Brasil

André Limp,

da Apex-Brasil

A atuação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com a Abimo, trouxe para a Saúde o Projeto Setorial Brazilian Health Devices. Atualmente, o projeto reúne 169 empresas do setor e tem como principais mercados-alvo Estados Unidos, Colômbia, Chile, México e Turquia. A presença em grandes eventos internacionais colocam as empresas brasileiras em destaque para todo o mundo. “Em 2014, aumentaram as oportunidades em alguns mercados do Oriente Médio, por meio de ações como a feira Arab Health; a expansão de ações de promoção para o segmento odontológico; e o aumento do número de empresas participantes”, explica André Limp, Gestor do Projeto Setorial Brazilian Health Devices na Apex-Brasil.

Sebrae O Sebrae vem investindo na segmentação do atendimento, através de pesquisas, produtos customizados e canal de interlocução com os empresários. Em 2012, existiam mais de 148 mil estabelecimentos de serviços na área de saúde, sendo 99% de pequenos negócios. Desde 2010, existem ações para fortalecer o setor e, desde então, mais de 31 mil empresas foram atendidas, participando de capacitações, consultorias, workshops e missões técnicas nacionais e internacionais. “Nosso objetivo é promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável desses empreendimentos de micro e pequeno porte”, afirma o Presidente do Sebrae, Luiz Barretto. Atualmente, o Sebrae possui 14 projetos de atendimento coletivo aos empreendimentos que prestam serviços em saúde.

Luiz Barretto,

Presidente do Sebrae

HOSPITALAR Feira+Fórum

Dra. Waleska Santos,

Fundadora e Presidente da HOSPITALAR

Há mais de 20 anos na agenda da Saúde, a HOSPITALAR Feira+Fórum sempre trouxe em cada edição uma inovação para o setor. Este ano, a grande novidade foi a ampliação do CISS – Congresso Internacional de Serviços de Saúde, evento que acontece durante a feira. Além disso, hospitais expositores também marcaram presença na HOSPITALAR, como HC, HCor, Einstein, Sírio-Libanês, Mãe de Deus e Texas Medical Center. “Também oferecemos um espaço exclusivo para o setor farmacêutico e uma nova área para fornecedores de componentes para a indústria de produtos e equipamentos médico-hospitalares, a CompoHealth. Ou seja, estamos agregando, cada vez mais, etapas da cadeia produtiva da saúde”, ressalta Dra. Waleska Santos, Fundadora e Presidente da HOSPITALAR.


Foto: Fernando Mendes

Operadoras

Amil

Norberto Birman,

Diretor-corporativo da Amil

Mais de dois mil novos pontos de atendimento foram abertos no último ano pela Amil, totalizando mais de 37.390 prestadores credenciados. Os números incluem novos hospitais, garantindo aos pacientes serviços médicos de qualidade. “Também investimos em novas ferramentas on-line e mobile, fornecendo aos consumidores o acesso a informações sobre o plano de saúde e a novas opções de autoatendimento”, explica o Diretor-corporativo, Norberto Birman. A Amil também lançou, em 2014, o Americas Medical City, complexo médico-hospitalar do Rio de Janeiro que reúne diversas especialidades. “Por fim, modernizamos os nossos hospitais e investimos em tecnologia de ponta para assegurar que os médicos possam oferecer o melhor atendimento aos seus pacientes.”

Grupo NotreDame Intermédica O Grupo NotreDame Intermédica (GNDI) atende uma população de mais de 3 milhões de associados. Integrado pelas empresas Intermédica Sistema de Saúde, especializada em planos de saúde corporativos, Interodonto Sistema de Saúde Odontologica, NotreDame Seguradora, especializada em Seguro Saúde, e pela RH Vida, divisão especializada em medicina ocupacional. O GNDI oferece uma estrutura completa de atendimento, composta por uma rede credenciada, com 10 hospitais próprios, incluindo oito maternidades e 11 prontos-socorros, além de centros clínicos próprios, com cerca de 60 unidades em funcionamento. Irlau Machado Filho, Presidente do GNDI

Central Unimed

Mohamad AKI,

Presidente da Central Unimed

A Central Unimed obteve um crescimento de 12% no número de vidas em carteira, totalizando mais de 1,6 milhão de clientes e um aumento de 33% na receita. Houve também um investimento de R$ 39 milhões, sendo R$ 16,2 milhões em TI; inauguração do Data Center da Unidade Pamplona; criação de nuvem digital entre os Data Center da Alameda Santos e da Unidade Pamplona; entre outras ações. “Nossa estimativa é um crescimento na casa dos dois dígitos, tanto na carteira de clientes quanto em faturamento. Plano de saúde é um dos principais objetos de desejo dos brasileiros, contudo três quartos da população ainda não têm este benefício. Por isso, este mercado incorporará grandes contingentes de consumidores”, afirma o Presidente da Central, Mohamad Akl.


OSS

Pró-Saúde

João Pimentel,

A excelência alcançada pela Pró-Saúde em 2014 refletiu diretamente na satisfação dos usuários assistidos pela entidade. Entre as conquistas estão a Acreditação ONA Nível I para o Hospital de Urgência da Região Sudoeste (GO); a renovação da ONA Nível II para o Hospital Regional da Transamazônica (PA) e Hospital Estadual do Baixo Amazonas (PA). No Rio de Janeiro, o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes e o Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer conquistaram o Prêmio Qualidade Rio de Janeiro, concedido pela Fundação Nacional da Qualidade. “Vamos investir, cada vez mais, na qualidade de nossos colaboradores, implantando processos que visam segurança e humanização do atendimento”, ressalta João Pimentel, CEO da Pró-Saúde.

CEO da Pró-Saúde

Iabas Em 2014, o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) alcançou a marca de mais de 1.500.000 pacientes assistidos em cerca de 80 centros de saúde sob sua gestão. Hoje, o Iabas está presente na cidade do Rio de Janeiro e de São Paulo, gerindo atenção primária, com 262 equipes de saúde da família, incluindo desde o acompanhamento domiciliar de pacientes idosos, até o atendimento de urgências em cinco Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) e a gestão de duas unidades hospitalares. “Para atingir essa marca contamos com um time de mais de 4000 profissionais competentes e comprometidos, empenhados na missão de realizar um trabalho de qualidade, totalmente voltado para as necessidades do cidadão”, ressalta Luciano Artioli, Vice-presidente do IABAS.

Luciano Artioli,

Vice-presidente do Iabas

INDSH

José Carlos Rizoli,

Presidente do INDSH

Três novas unidades passaram a fazer parte do portfólio de administração do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH): o Hospital Regional do Leste do Pará; Unidade de Pronto Atendimento Santa Paula (PR); e Hospital Municipal de Araucária (PR). Outro destaque é o lançamento do livro “A Saúde do Brasil – do Descobrimento aos dias atuais” pelo INDSH. A obra traz a completa trajetória do Brasil, desde o início das preocupações com a saúde até os dias atuais. “Acreditamos que a Saúde será preservada de eventuais cortes de investimento em 2015. Dessa forma, acreditamos em um crescimento de novas atividades em relação ao INDSH, com mais conquistas e expansão de parcerias”, comenta José Carlos Rizoli, Presidente do Instituto.


Serviços Terceirizados

Gocil

Washington Umberto Cinel, Presidente da Gocil

Durante os últimos anos, a Gocil vem registrando um crescimento e em 2014 essa tendência se solidificou ainda mais. Houve a expansão dos serviços em todo o país, com filiais em Brasília e em Pernambuco. O ano fecha para a Gocil com a aquisição de novas contas e participação em grandes eventos. “Acredito que 2015 será um ano turbulento para a economia brasileira. Contudo, contemplamos em nosso planejamento o crescimento real de 10% na receita através de novas contas, a permanência dos atuais contratos e a expansão dos mesmos. Também está previsto a abertura da filial de Santa Catarina”, pontua Washington Umberto Cinel, Presidente da Gocil. Além disso, está no planejamento o investimento em novas tecnologias para dar suporte e integrar as operações.

Sodexo Em 2014, a Sodexo se consolidou ainda mais no mercado com a entrega de ofertas integradas. Nos últimos dozes meses, manteve-se como referência na saúde em serviços de alimentação e limpeza técnica. Neste ano, conquistou novos clientes, entre os quais o Grupo Santa Lúcia (Hospitais Santa Helena, Maria Auxiliadora e Pronto Norte), em Brasília; o Hospital Leonardo da Vinci, no Ceará; e a Unimed Sul Capixaba, no Espírito Santo. Além disso, a empresa ampliou a presença nas instituições de saúde que já atendia, como no Hospital Sino Brasileiro, em São Paulo. “Este ano, foi importante para mostrarmos ao mercado o quanto a oferta integrada leva qualidade de vida às pessoas”, afirma Sandra Passos, Diretora do Segmento Saúde da Sodexo On-site.

Sandra Passos,

da Sodexo On-site

Tejofran

Antônio Dias Felipe,

Presidente da Tejofran

Em 2014, a Tejofran incluiu 45 grandes clientes na carteira de segmento de limpeza convencional, higiene hospitalar e vigilância. O Grupo também investiu em sua estrutura de RH, com ações focadas em programas de desenvolvimento de lideranças internas em contratos, de supervisores para o aprimoramento da gestão dos contratos, e o programa RH em loco, com o objetivo de levantar as necessidades internas, promovendo ações estratégicas. Para 2015, a empresa estipula um crescimento de 12% para a área da Saúde e a implantação de tecnologia que, em conjunto com dispositivos de RFID instalados estrategicamente em unidades hospitalares, permitem o rastreamento das atividades e das equipes de higiene em tempo real.


Telecomunicação

Algar Telecom

Divino Sebastião de Souza, Presidente da Algar Telecom

A Algar Telecom obteve conquistas importantes durante esses últimos doze meses. Com o seu projeto de expansão, a empresa passou a atender 192 municípios em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal, com foco na proximidade com os clientes e na qualidade de serviços de TIC. “Esperamos crescer e se firmar cada vez mais como uma marca de telecomunicações próxima dos clientes, com soluções e produtos de TIC de qualidade”, diz Divino Sebastião de Souza, Presidente da Algar Telecom. Há estudos em curso para novas ampliações da rede de ultra banda larga, com possibilidade de estender o produto a novas cidades. Outra perspectiva para o próximo ano é oferecer o serviço de 4G.

Embratel Entre os destaques da Embratel no setor da Saúde está a implantação de uma solução computacional na nuvem que traz como principal benefício a adoção de um sistema econômico/financeiro diferenciado, sendo mais flexível, justo e eficiente. “Assim, o cliente pode contratar o que realmente precisa, trocando investimento e custo fixo por despesa variável conforme necessidade. Outro fator importante é a terceirização da tecnologia, que permite mais espaço para assuntos relacionados à essência do negócio”, explica Raquel Possamai, Diretora de Vendas da Embratel. A empresa também anunciou novidades em seu portfólio de TI e Telecomunicações, ampliando sua oferta com novas soluções corporativas que incluem serviços de voz e dados móveis.

Raquel Possamai,

Diretora de Vendas da Embratel

Telefônica

Roberto Piazza,

Diretor de Negócios Digitais da Telefônica

O lançamento de produtos de e-Health para o setor da Saúde público e privado, como o Vivo Gestão de Imagens Médicas, Vivo Gestão de Demandas Multicanal (URA e web), Vivo Gestão de Saúde Populacional e Vivo Gestão de Atenção Primária são os grandes destaques da Telefônica durante o último ano. Houve também uma estruturação da equipe de e-Health. Para 2015, as metas são avançar com devices conectados, wearebles e monitores de saúde conectados. “A empresa ainda irá liderar a ‘Healthcare Cloud’ no Brasil, alavancando os ativos e produtos nas áreas de IT Cloud e Segurança da Informação. Está previsto também a criação de novos produtos e serviços, como Telemedicina e Hospital Digital”, afirma Roberto Piazza, Diretor de Negócios Digitais da Telefônica.


TI Hardware

Kyocera

Tom Toyofuku,

Presidente da Kyocera

Entre as principais conquistas da Kyocera em 2014 destacam-se o crescimento da venda de multifuncionais A3 em cores devido à expansão da atuação neste segmento, lançamento de soluções inovadoras para o gerenciamento e otimização de funções para a produção e armazenamento de documentos. Essas estratégias vêm fortalecendo a atuação da empresa como provedora de soluções totais em documentos. Para o Presidente da Kyocera, Tom Toyofuku, apesar de a economia brasileira não ter apresentado um crescimento representativo, a empresa manteve bons resultados durante seu ano fiscal. “Estamos otimistas para o ano de 2015, por isso apostaremos na ampliação de nossa atuação no mercado através de ações direcionadas que já estamos desenvolvendo”, afirma.

HP O Brasil está entre os 15 países focos da HP, onde a corporação espera obter em torno de 70% de seus resultados. “Isso significa que estamos recebendo um apoio incondicional da corporação para fazer investimentos, renovar fábricas e produzir equipamentos em todas as frentes. Hoje já produzimos várias linhas de produtos aqui e a lista tende a crescer”, afirma Luciano Corsini, Presidente da HP no Brasil. Recentemente, foi lançado o Sprout, computador que cria uma categoria até então inexistente no mercado ao oferecer uma plataforma de computação imersiva que combina o mais avançado all-in-one desktop com uma interface natural, derrubando as barreiras entre os mundos digital e físico. Também foi feito o anúncio de uma nova tecnologia de impressão 3D.

Luciano Corsini,

Presidente da HP no Brasil

Samsung A Samsung atuou fortemente na área médica, em 2014, tendo como foco principal a ultrassonografia. Apenas neste ano foram lançados quatro equipamentos nessa linha, com destaque para os produtos em Ginecologia e Obstetrícia. Segundo Denilson Kuratomi, Diretor de Negócios da Área de Saúde da Samsung no Brasil, as expectativas para 2015 visam ampliar o portfólio de produtos para a área médica. “Temos como objetivo melhorar as experiências do paciente e o ambiente de trabalho dos profissionais da saúde por meio da aplicação de soluções móveis integradas, dispositivos analíticos especialistas e telas médicas.” Atualmente, a Samsung atende o segmento com diversas soluções, como monitores profissionais, ar condicionado, tablets, smartphones, entre outros.


TI Software

Benner

Severino Benner, CEO da Benner

Nos últimos doze meses, o Grupo Benner implantou o projeto de BPO (Business Process Outsourcing) na área de saúde. O contrato, firmado com a Postal Saúde-Caixa de Assistência e Saúde dos Empregados dos Correios, integrou toda a rede e unidades vinculadas e, ainda, convergiu a Central de Regulação para que tudo tivesse acesso on-line. Para Severino Benner, CEO do Grupo, o ano de 2015 será bastante difícil economicamente, porém o executivo aposta na inovação. “Durante os períodos de crises são geradas as melhores oportunidades, principalmente pelo desafio de redução de custos administrativos e da sinistralidade do segmento. Estamos fortemente empenhados em criar produtos que possibilitem às empresas enfrentarem essas questões críticas.”

Philips Em 2014, a combinação da tecnologia xMATRIX com equipamentos de imagem de ponta e os equipamentos Ingenia 1.5T e 3.0T renderam à Philips importantes premiações internacionais. “Com relação à nossa presença em hospitais, podemos afirmar que toda grande instituição possui algum tipo de solução da Philips. Somente com o Tasy, nosso software de gestão hospitalar, estamos presentes em 700 hospitais no Brasil, como no Hospital Samaritano São Paulo (SP) e o Hospital Santa Catarina Blumenau (SC)”, afirma Daniel Mazon, Vice-presidente sênior da Philips Healthcare para América Latina. Para 2015, a empresa dará um passo à frente com a consolidação de seu portfólio para cuidados com a saúde, desde a prevenção até o pós-tratamento.

Daniel Mazon, VP da Philips

Healthcare para América Latina

TOTVS

Marcelo Souccar, Head dos segmentos de Saúde, Serviços e Jurídico da TOTVS

Em 2014, a TOTVS realizou a primeira entrega de soluções desenhadas dentro da Aliança Estratégica em Saúde para o Hospital Restinga e Extremo-Sul, administrado pelo Hospital Moinhos de Vento (RS). Também lançou a nova versão web do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) que, segundo Marcelo Souccar, Head dos segmentos de Saúde, Serviços e Jurídico da TOTVS, “traz uma interface mais amigável e leve, tornando o sistema ainda mais aderente ao dia a dia de enfermeiros e médicos”. A TOTVS também manteve a forte parceria com as Unimeds, proporcionando soluções que trazem ganhos expressivos de performance às rotinas. “Para 2015, teremos o lançamento de uma solução de gestão hospitalar world class com múltiplos módulos e recursos”, afirma Souccar.


Homenagem Especial A Tecnologia como Negócio Tornar a Tecnologia estratégica para o Negócio, e não um setor de custos. Fortalecer o profissional de tecnologia, integrando-o com toda a cadeia da saúde. Unir CIOs e diminuir o gap existente no setor ao compararmos com outros segmentos, e até mesmo com outros países. Incentivar e promover espaços e encontros para o diálogo, proporcionando o compartilhamento de conhecimentos. Essas são algumas justificativas que levam a ABCIS – Associação dos CIO Saúde a ser a homenageada especial no “Líderes da Saúde”. Com pouco mais de dois anos de atuação, a entidade já conseguiu realizar grandes feitos para a comunidade da saúde, proporcionando um amplo campo de discussões para a evolução do setor. Idealizada por gestores de cinco hospitais da grande São Paulo, a ABCIS iniciou suas atividades em 2012 tendo como missão promover o intercâmbio de conhecimento e práticas em Tecnologia da Informação no segmento de Saúde, sendo um agente ativo de

transformação para a melhoria do setor. Prova disso está na parceria realizada com o HIMSS que trouxe, pela primeira vez, o HIMSS Latin America, evento realizado em São Paulo que contou com a presença de mais de 900 participantes, sendo 521 congressistas e 26 palestrantes de diversos países. “A ABCIS nos ofereceu uma oportunidade que não poderia recusar de forma alguma, que é a possibilidade de combinar os líderes de TI em Saúde do Brasil com a nossa melhor prática internacional. A HIMSS foi desenhada para servir os líderes que buscam trazer para dentro de suas respectivas instituições um verdadeiro ROI. E nada melhor do que poder combinar a convocação desses gestores por parte da ABICS com a nossa oferta de novas ferramentas de trabalho”, ressalta Jeremy Bonfini, VP da HIMSS. Por todos os esforços da ABCIS em reestruturar a tecnologia como um todo e desenvolver avanços de TI no hospital a entidade ganha esta homenagem especial pelo Grupo Mídia.

André Almeida, Presidente da ABCIS


Líderes e Práticas

A estratégia que dá certo Mais de 60 Clínicas da Família administradas pelo IABAS levam promoção à Saúde em diversas comunidades no Rio de Janeiro

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Prevenir a doença, promover a saúde e levar informação à população. Essa é a missão que o IABAS – Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde, instituição qualificada como Organização Social de Saúde (OSS), vem desempenhando, junto com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, com excelência através de unidades como a Clínica da Família Padre José de Azevedo Tiúba. A gestão tem como base a Estratégia da Saúde da Família (ESF), programa desenvolvido pela SMS, que tem como objetivo trabalhar a prevenção e a promoção da saúde do cidadão. Nesse sentido, as clínicas representam um marco na reformulação da atenção primária.

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No total, são 64 clínicas da família sob a administração do IABAS, espalhadas por toda a cidade do Rio de Janeiro, o que contribuiu para ampliação da ESF, cuja cobertura na cidade passou de 3,5% em janeiro de 2009 para 45% em dezembro de 2013. Trata-se de um modelo assistencial de atenção básica desen-

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volvido por equipes mul tipro f i s sionai s formadas por médicos, enfermeiros, dentistas, agentes comunitários, fisioterapeutas, professores de educação física, entre outros. “Oferecemos uma assistência às famílias de modo individualizado. Para tanto, a organização do trabalho das equipes


é centrada nas necessidades daquela região, cuja missão é levar saúde à população”, afirma Luciano Artioli, Vice-presidente do IABAS. E para saber quais são essas principais demandas da comunidade atendida, os profissionais realizam um levantamento completo da região. Com isso, é possível estabelecer vínculos entre a clínica e o usuário e, consequentemente, oferecer uma assistência mais completa e direcionada. “Vamos a campo para fazer o cadastro dos pacientes, identificar quais são as condições de moradia, como as crianças estão se alimentando, entre outros pontos. Tudo isso para termos um acompanhamento completo”, explica Cintia Regina, Agente Comunitária de Saúde da Clínica Padre José de Azevedo Tiúba, mais conhecida como Clínica da Gardênia. Para criar e manter essa aproximação com o usuário, Marcelo Andrade, Supervisor técnico de ESF do IABAS, explica que os agentes comunitários são da própria comunidade. “Isso permite a atuação direta de nossas estratégicas e também a implantação de diversos programas que visam a promoção da saúde.” Entre os programas desenvolvidos na Clínica da Gardênia estão grupos voltados para o adolescente, mulheres grávidas, idosos, antitabagismo, entre outros. Destaca-se também o Programa Academia Carioca, que tem como objetivo desenvolver práticas de atividades físicas e ações educativas. “A principal missão é incentivar a mudança de hábito e levar saúde para a população”, afirma Ágata Reis Pereira, Professora de Educação Física da clínica. HEALTHCARE Management 33

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Líderes e Práticas

Rejane Corrêa Lopes, Gerente-técnica da unidade, comemora o sucesso alcançado pelos programas. “São 897 pessoas participando apenas da Academia Carioca. Por meio deste projeto conseguimos levar mais qualidade de vida ao cidadão, que antes tomava muitos medicamentos e tinha uma vida sedentária, e, hoje, é uma pessoa ativa e saudável.”

Uma equipe diferenciada

Além de contar com médicos, enfermeiros e agentes comunitários, a equipe da Clínica da Gardênia traz um diferencial em seu corpo de colaboradores. Isso porque a qualidade e a segurança dos procedimentos se intensificam com o apoio de médicos residentes em Medicina da Família. “Grande parte de nossa equipe é composta por residentes de Medicina da Família. Aqui, podemos formá-los para a atenção primária com qualidade e resolubilidade”, ressalta Viviane Jacob, Médica Preceptora da clínica. Os residentes cumprem uma carga-horária

de 20 horas semanais e são acompanhados pelos preceptores. Todas as atividades inerentes ao trabalho médico na unidade são feitas por eles, como atendimento aos pacientes, visitas domiciliares e participação em grupos educativos. Pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Administração Pública e Apoio Universitário do Rio de Janeiro (IBAP-RJ) comprovam essa qualidade no atendimento. Mais de 96% da população aprovam os serviços pres-

ESF no IABAS Unidades administradas: 64 Total da população coberta pela ESF: 834.900 Equipes de Saúde da Família: 262 Equipes de Saúde bucal: 113 Total de Colaboradores: 4.484

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tados nas clínicas da família administradas pelo IABAS. O levantamento também aponta que 89,6% das pessoas afirmaram estar satisfeitas com o atendimento recebido e que 84,4% destacaram a facilidade em marcar visitas médicas. Para Cristina Boaretto, Superintendente Médica do IABAS, o modelo OSS é o grande responsável por levar essa qualidade e promoção da saúde com excelência para a população. “Através de programas de atenção bási-


ca em saúde somos capazes de resolver problemas menos complexos, mas que, se não tratados, podem causar grandes gastos aos cofres públicos. Além disso, proporcionamos prontamente tudo o que é necessário naquele exato momento, desde materiais até profissionais qualificados, sem ter que passar pelas burocracias de um serviço público.”

Comunicação direta com o colaborador

Manter a excelência na assistência, prevenção e promoção à saúde requer a dedicação e qualificação das equipes envolvidas. Neste contexto, a valorização de pessoas é um dos pilares principais na gestão adotada. Para tanto, o instituto possui um canal de comunicação direto com o colaborador, onde ele pode fazer suas exigências, tirar dúvidas

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e, assim, ter todas as ferramentas necessárias para que seu trabalho seja desempenhado da melhor forma possível. “Além desse diálogo, também investimos na capacitação e treinamento de nossa equipe. Só com profissionais motivados e engajados conseguimos levar qualidade de atendimento para a população”, ressalta Gabriela Costa, Diretora de Gestão de Pessoas. H

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Fatores de sucesso para a implementação de prontuários eletrônicos

O

s gestores da área de saúde têm vários questionamentos sobre qual é o melhor modo de administrar seu negócio. As dúvidas mais comuns tratam do porque alguns projetos não alcançam os objetivos planejados, do motivo pelo qual algumas implementações demoram mais que o inicialmente definido ou a razão de alguns orçamentos estourarem. Apesar de disporem de tantas metodologias e padrões de gerenciamento de projetos, sabemos que não existe uma fórmula para o sucesso, a chamada “receita de bolo”. Provavelmente, porque as respostas já conhecidas muitas vezes não são lidas, seguidas e aprendidas. Ou então por não ser fácil para as organizações assumirem erros cometidos e transformá-los em oportunidade para se atingir as metas estabelecidas. O segredo é entender, monitorar, controlar e rever os planejamentos aprovados e ainda entender onde houve falha, postura que implica em maturidade organizacional. É importante que o gestor compreenda que errar faz parte de qualquer processo decisório e que não existe resolução com 100% de acerto. Monitorar com firmeza os caminhos escolhidos, assumir que algumas diretrizes podem não ter sido as melhores e redesenhar novos modelos no intuito de atingir os resultados esperados são as partes mais difíceis. Para isso, é es-

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Nubia Viana Country Solution Manager para o segmento Enterprise IT da Agfa Heatlhcare

sencial ter como base alguns fundamentos sólidos. São eles: Escolha das pessoas certas É primordial que a escolha de toda a estrutura organizacional do projeto seja bastante criteriosa, reunindo os profissionais mais capacitados para a missão, nos diversos níveis hierárquicos. As equipes operacionais precisam estar vinculadas aos processos que serão impactados, sendo responsáveis pela elaboração de documentos mais específicos, como, por exemplo, scripts de testes, treinamento, homologação. Assim, ao formar comitês executivos, responderão por tomadas de decisão em situações críticas, que devem impactar nas dimensões de gestão de mudança, custo ou prazo do projeto. Identificar os principais patrocinadores ou mesmo os formadores de opinião e tê-los como aliados na iniciativa são elementos que também auxiliam no sucesso do projeto. Já no caso da mudança de tecnologia deve-se dar uma abordagem topdown, que consiste na formulação de uma visão geral do sistema, partindo de uma instância final para a inicial, como uma engenharia reversa, em que cada nível vai sendo detalhado, do mais alto ao mais baixo, de forma a se chegar às especificações dos níveis mais básicos do elemento abordado, vinculada ao planejamento es-

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tratégico da organização. Sem o envolvimento direto das diretorias, a mensagem de transformação pode não ficar clara em todos os níveis organizacionais. Processos bem modelados Transformar fraqueza em oportunidade deve ser um lema para as organizações de saúde. As instituições que atuam nesse setor são, por natureza, orgânicas e mudam conforme as necessidades do mercado, motivadas por diversas razões de caráter regulatório, aprimoramento, adoção de novas tecnologias, implantação de novos serviços, aspectos epidemiológicos e aporte de conhecimento. Deste modo, processos que hoje funcionam, podem não ter o êxito esperado se não forem devidamente ajustados pelas mudanças sofridas. Imaginar que os processos que dão certo sem a inserção de tecnologia da informação (TI) serão similares, no entanto, é um erro comum. A TI vem para provocar mudanças que passam por adequação. Ter um novo olhar sobre a instituição, a forma como ela trabalha, o que se almeja aperfeiçoar, onde se pretende reduzir desperdícios, o que se espera melhorar em produtividade, passa pela revisão dos métodos aplicados. Um exemplo comum desta prática é a informatização dos documentos em papel no meio eletrônico. Padronização do conteúdo clínico Uniformizar a forma como a instituição utiliza a nomenclatura da área de saúde e procurar adotar padrões existentes é um passo importante e precisa ser tratado como uma das metas da implementação do prontuário eletrônico.

A padronização do conteúdo clínico traz inúmeros benefícios, que facilitarão ou funcionarão como catalizadores para o mercado de saúde: a. Interoperabilidade Algumas definições1: “Intercâmbio coerente de informações e serviços entre sistemas. Deve possibilitar a substituição de qualquer componente ou produto usado nos pontos de interligação por outro de especificação similar, sem comprometimento das funcionalidades do sistema.” (governo do Reino Unido). “Habilidade de dois ou mais sistemas (computadores, meios de comunicação, redes, software e outros componentes de tecnologia da informação) de interagir e de intercambiar dados de acordo com um método definido, de forma a obter os resultados esperados.” (ISO). “Interoperabilidade define se dois componentes de um sistema, desenvolvidos com ferramentas diferentes, de fornecedores diferentes, podem ou não atuar em conjunto.” (Lichun Wang, Instituto Europeu de Informática – CORBA Workshops). As instituições de saúde passaram, ao longo dos últimos anos, a adotar diferentes sistemas, obviamente motivadas por necessidades distintas. A exigência, aliada ao avanço tecnológico, influencia essas organizações a tornar os sistemas integrados, permitindo um trabalho interoperável. É importante acrescentar que esse processo permite às instituições de saúde, não somente modificarem seus sistemas atuais, mas também reconsiderar os sistemas legados integrados entre si. O que deixa clara a necessidade de se definir

http://www.governoeletronico.gov.br/acoes-e-projetos/e-ping-padroes-de-interoperabilidade/o-que-e-interoperabilidade

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padrões, sendo condição sine qua non para tornar viável a interoperabilidade. b. Base de conhecimento A adoção de padronização do conteúdo clínico facilitará às instituições que iniciam seus processos de informatização, bem como aquelas que já aderiram ao TI como ferramenta integrante ao modelo de negócio, formando uma base de conhecimento mais sólida, estruturada, consolidada e comparável com as de outras instituições. Vale salientar que alguns padrões já são conhecidos de longa data no mercado mundial, mas sua prática vem sendo impulsionada principalmente pela aceleração no sistema de implantação dos prontuários eletrônicos como ferramenta que traz benefícios de fato quantitativos. Seguem alguns deles: 1. SNOMED CT (Systematized Nomenclature of Medicine -- Clinical Terms)2 2. LOINC (Logical Observation Identifiers Names and Codes)3 3. HL7 (Health Level 7)4 4. TISS5 Outro elemento importante nesta discussão

é a portaria do Ministério da Saúde, que define os catálogos de padrões de informação. Alinhamento das expectativas Alinhamento dos objetivos e dos resultados esperados, não somente do ponto de vista de planejamento estratégico, mas também sob a perspectiva do impacto operacional, permitem entender e visualizar o projeto em longo prazo. Esses elementos devem passar pelo entendimento correto de onde a “régua” da expectativa se encontra. Haverá necessidade de modificação de processo? Novas atribuições serão criadas? Quais e como os usuários serão afetados? Haverá algum impacto negativo? O plano de comunicação foi definido? Qual o público alvo envolvido pelo treinamento? Os conceitos incluídos no processo foram entendidos pela organização? O papel da gestão de mudanças é chave e o alinhamento das expectativas tem que passar pelo chamado “tripé da gestão de mudanças”. Vale ressaltar que tais elementos são co-

Comunicação

Treinamento

Impacto operacional

http://www.ihtsdo.org/snomed-ct/ http://loinc.org/ 4 http://www.hl7.org/ 5 http://www.ans.gov.br/espaco-dos-prestadores/tiss 2 3

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nhecidos, porém, por vezes, negligenciados, tanto quanto a sua importância em implantações de projetos, como fator de sucesso. Processo de escolha da solução Muitas vezes, há ainda outras considerações que geram muitas dúvidas, como, por exemplo: qual a melhor solução do mercado? Será este o questionamento correto? Ou ainda para qual é a melhor solução que deve atender minha instituição? Isso porque, quem conhece as necessida-

des deveria direcionar o método de escolha da solução para os seguintes itens: os processos que precisam de incremento, ter uma visão de longo prazo (associada ao planejamento estratégico) e adequada das dimensões e como estas impactam no processo de decisão. Tendências e “modismos” devem ser evitados. Não que eles não possam ser levados em consideração, mas devem ter o peso correto durante a definição. Algumas ferramentas precisam ser utilizadas para melhor auxiliar neste processo.

Figura 1 – Ranking de classificação baseado em dimensões com ponderadores, de acordo com a importância do ponto de vista de negócio, de cada dimensão versus valor das propostas. Comparação Valor Proposta x Resultado Geral 90 80

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10 Valor da proposta (R$)

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Figura 2 – Visão gráfica dos proponentes, considerando Ranking Geral (Eixo Y – dimensões técnica, funcional e requisitos do fornecedor) versus Valor da Proposta (Eixo X). HEALTHCARE Management 33

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Figura 3 – Análise das condições do fornecedor – “Saúde financeira” dos proponentes.

Considerações finais Outros elementos carecem ser somados aos anteriormente descritos, no entanto, quando se faz revisão literária, lições aprendidas e depoimentos das instituições, tais fundamentos sempre surgem como influenciadores diretos no sucesso ou insucesso do projeto. Vale a pena ponderar sobre as dimensões examinadas e encarar que planejar não é perder tempo. Ou seja, acelerar o processo

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decisório, sem ter claro se todas as perguntas formuladas foram respondidas com exatidão e compreender se o passo a ser dado não é maior do que o que a organização está preparada para dar, são fundamentais. Minimizar riscos é sempre uma boa prática. Para isso, é imprescindível conhecer o que se deseja planejar no processo de gestão na área de saúde. H

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Coroando o presente e discutindo o futuro I Fórum Healthcare Business e “Excelência da Saúde” reúnem gestores para debater tendências e aplaudir cases de sucesso

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Um encontro de CEOs, CIOs e outros gestores da saúde para debater novos rumos da Saúde no Brasil, bem como aplaudir as instituições eleitas “Excelência da Saúde” pela revista Healthcare Management. Assim foi o I Fórum Healthcare Business, evento realizado pelo Grupo Mídia, em São Paulo. Foram dois dias de debates com palestras sobre diversos temas pertinentes à comunidade da saúde. O debate sobre o impacto das TICs na gestão de excelência dos hospitais e clínicas contou com a participação de David de Oliveira, Gerente Corporativo de TI no Hospital Sepaco; André Almeida, Presidente ABCIS;

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Jacson Barros, CIO do Hospital das Clínicas de São Paulo; e Avi Zins, Colunista da revista HealthCare Management. O módulo teve como encerramento o “Papo de Líder” com Valdir Ventura, CEO do Grupo São Cristóvão; e Severino Benner, Presidente da Benner. Foi um

momento em que os executivos puderam dialogar sobre as tendências e evolução das tecnologias. Logo após foi realizado o painel sobre “Planejamento Estratégico como fonte de resultados”. Participaram do debate Gonzalo Vecina Neto, Superintendente Corporativo do

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Hospital Sírio-Libanês; Ko Chia Lin, Diretora do Hospital Sino Brasileiro; e Valdir Ventura, CEO do Grupo São Cristovão Saúde. E para encerrar o primeiro dia, o “Papo de Líder” foi com o coordenador de Acreditação do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), José de Lima Valverde Filho. No segundo dia, foram realizados os debates sobre Saúde Pública e Arquitetura e Engenharia da Saúde. O primeiro teve a participação de Mario Vrandecic, Fundador do Biocor Instituto; Jairo Martins, da Fundação Nacional de Qualidade; Luis Márcio de Araújo Ramos, Superintendente do Hospital Márcio Cunha. A deputada estadual de São Paulo, Sarah Munhoz, foi quem mediou o debate. Em seguida, o “Papo de Líder” foi com Rodolfo More, Presidente da ABClin, que falou sobre a importância da Engenharia Clínica na gestão hospitalar e as ações da associação de regulamentar a profissão. Já no debate sobre Arquitetura e Engenharia, participaram Giovanni Guastelli, Supervisor de Estrutura Hospitalar no Hospital Alemão Oswaldo Cruz; Antonio Carlos Cascão, Diretor de Obras do Hospital Sírio-

1- Módulo sobre o “Impacto das TICS na gestão de excelência dos hospitais e clínicas”. 2- Módulo sobre Saú-

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de Pública. 3- Módulo sobre “Arquitetura e Engenharia na Saúde”.

4 - Módulo sobre “Planejamento Estratégico como fonte de resultados”.

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5 - Papo de Líder com José de Lima Valverde Filho, do CBA.

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-Libanês; Adriana Leite Chaves Quintela, Superintendente de Gestão do Hospital Márcio Cunha; Cibeli Bargnato, Arquiteta do Hospital São Cristóvão; Ana Paula Peres, Vice-presidente Executiva da ABDEH; e Ko Chia Lin, Gestora do Hospital Sino Brasileiro. No final, o público conferiu um bate-papo entre Salim Lamha, Diretor da MHA Engenharia, e Jorge Alberto Lopes Fernandes, Diretor da Coordenadoria Geral de Administração do Estado de São Paulo.

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Cases de sucesso

Além dos debates e do “Papo de Líder”, o I Fórum Healthcare Business também deu espaço para apresentação de cases de sucesso durante os dois dias de evento. Sobre Tecnologia, a Agfa Healthcare apresentou o projeto de Teleradiologia e Informatização da Rede Hospitalar da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas – SUSAM. Já sobre gestão, o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), apresentou para

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o público a sua atuação em mais de 60 unidades de saúde no Estado do Rio de Janeiro. A Arquitetura e Engenharia ganharam dois cases de sucesso. RAF Arquitetura e Zanettini Arquitetura mostraram para o público seus principais projetos e a trajetória de sucesso dos escritórios.

6- Da esquerda para direita: Jairo Martins, da FNQ; Mario Vrandecic, do Biocor Instituto; a deputada estadual Sarah Munhoz; e Luis Ramos, do Hospital Márcio Cunha. 7- Edmilson Jr. Caparelli, Presidente do Grupo Mídia.

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9- Papo de Líder com Severino Benner, da Benner Solutions; e Valdir Ventura, CEO do Grupo São Cristóvão.

Excelência da Saúde

No último dia do I Fórum Healthcare Business foi realizada a cerimônia de premiação às instituições eleitas “Excelência da Saúde” pela revista Healthcare Management. São 39 hospitais elencados em 13 categorias, entre elas Tecnologia, Atendimento ao Paciente, Sustentabilidade, Recursos e Suprimentos, entre outros. “Nosso objetivo é unir, cada vez mais, a comunidade da saúde e poder proporcionar, além de um conteúdo inovador em todas as nossas publicações, alguns momentos como este, em que estamos reunindo gestores e grandes players do mercado para coroar a excelência dessas grandes instituições. Afinal, quem

8- Paulo Henrique Fraccaro, Superintendente da ABIMO.

10- Papo de Líder com Rodolfo More, Presidente da ABEClin. 15

11- Nubia Viana, da Agfa Healthcare. 12- Papo de Líder com Salim Lamha, da MHA Engenharia; e Jorge Fernandes, da Coordenadoria Geral do Estado de São Paulo. 13- José Carlos Rizoli, Presidente do INDSH. 14- Hospital Madre Teresa e Hospital Márcio Cunha.

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15- Mario Vrandecic do Biocor Instituto e Valdir Ventura do Grupo São Cristóvão. 16- José Laska, CEO da Agfa Healthcare, e Ko Chia Lin, Diretora do Hospital Sino-Brasileiro. 17- José Carlos Rizoli e Márcia Mariane do INDSH.

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18- Hospital Márcio Cunha, Sírio-Libanês e São Joaquim Maternidade e Hospital, vencedores na categoria Arquitetura. 19- Da esquerda para direita: José Maria Lasry, Gerente-geral da HOSPITALAR; Paulo Fraccaro, da ABIMO; Edmilson Jr. Caparelli, do Grupo Mídia; Valdir Ventura, do Grupo São Cirstóvão; Thomas Santos, da HOSPITALAR; e Paulo Ventura, do Grupo São Cristóvão. 20- Biocor Instituto, Grupo Santa Helena e São Cristóvão, vencedores na categoria Tecnologia.

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21- Hospital Alvorada e Hospital Paulistano, vencedores na categoria hotelaria.

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aposta na qualidade e inovação merece a nossa homenagem”, afirma Edmilson Jr. Caparelli, Presidente do Grupo Mídia. Além das instituições eleitas “Excelência da Saúde”, o grande homenageado da noite foi Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) pela gestão ambiental que realiza nas unidades que administra. A organização social sem fins lucrativos é um grande exemplo de como é possível gerir uma unidade hospitalar, conciliando bons resultados com a preservação do Meio Ambiente em que atua. Durante o evento, os gestores concederam entrevistas exclusivas ao Saúde Online em que falaram sobre a homenagem realizada e também as próximas estratégias da gestão para manter e aprimorar a qualidade nos procedimentos e no atendimento ao paciente. H

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Perfil

Engenharia Clínica Os desafios do setor e os esforços da ABECLin para regulamentação da profissão

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Presidente da Associação Brasileira de Engenharia Clínica (ABEClin) e Diretor da Engebio Engenharia, Rodolfo More conta no espaço Perfil desta edição seu olhar sobre a Engenharia Clínica no país e os desafios da regulamentação da profissão. Além disso, More fala sobre suas perspectivas como executivo do setor, além da importância da inovação para a sobrevivência no mercado de saúde brasileiro. O maior desafio da Engenharia Clínica no Brasil é... Vencer o desconhecimento que as pessoas têm sobre o que fazemos e como fazemos. Para muitos, a Engenharia Clínica ainda é sinônimo de manutenção de equipamentos. Ainda não há um pleno entendimento de todo o processo de gestão dos equipamentos de saúde e que a manutenção, em si, é apenas uma das etapas deste amplo processo. Para o processo de regulamentação da Engenharia Clínica... Já foram dados vários passos rumo a esta conquista pela ABEClin no último ano junto ao Confea - Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Acreditamos que no próximo ano poderemos comemorar esta regulamentação. Os maiores desafios da saúde no Brasil estão relacionados a... Pluralidade de culturas, hábitos e nuances típicas de um país com dimensões continentais como o nosso. Como empresário, as minhas perspectivas quanto ao crescimento de nosso país... É de que tenhamos um rápido retorno do ritmo de crescimento. Contudo, diante do cenário atual, se não forem feitas as tão sonhadas reformas administrativa e tributária não creio que seja possível crescer de forma sustentável a longo tempo. Para uma empresa sobreviver no competitivo mercado da saúde é preciso que... Se invista na inovação. Esta é a palavra-chave para o suHEALTHCARE Management 33

cesso. A empresa que queira sobreviver nesta área tem que estar focada e ter a flexibilidade para poder se adaptar a este mercado tão mutante. Portanto, manter-se atualizado é fundamental. O caminho que levará ao sucesso ou ao fracasso... Está intimamente ligado ao tratamento e ao investimento que ela faz em seus colaboradores. As empresas são o que os seus colaboradores representam, por isso a importância de uma eficiente gestão de pessoas. Uma viagem inesquecível aconteceu... No ano passado, quando fomos eu e a minha família para Orlando, visitar a Disney. Meu maior exemplo de vida é... A minha avó materna, vó Mila, que sozinha educou e criou três filhos, com garra e sem resignação, mesmo enfrentando as dificuldades de ser separada em meados dos anos 60. A importância da família em minha formação profissional foi... Fundamental, seja pelo exemplo de meus pais, irmãos e esposa. São pessoas que me inspiram garra, determinação, comprometimento e, principalmente, de honestidade e ética. Meus momentos de lazer... São dedicados ao meu filho Guilherme, de 10 meses. Sempre que possível também pratico mergulho autônomo, esporte este que me faz desligar do mundo e poder conhecer um pedaço maravilhoso deste mundo. H

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Artigo Claudia

Laselva

Claudia Laselva Gerente da Clínica Médica Cirúrgica do Hospital Albert Einstein

Cultura de Segurança: o momento de ampliar a visão

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s recentes publicações sobre enfermeiros contaminados com o vírus EBOLA e sobre a violência praticada contra enfermeiros por pacientes em hospitais norte-americanos nos remetem a pensar na responsabilidade dos gestores com a segurança dos profissionais de enfermagem que atuam nos hospitais. A Enfermagem é uma profissão que exige dos profissionais preparos físico e psicológico. Não se trata de uma das profissões mais perigosas, porém é fácil entender quanto o ambiente de trabalho e o próprio trabalho estão associados a ameaças à saúde e ao bem-estar dos profissionais. A lista de causas e possíveis danos é extensa; de acidentes com agulhas a pérfuro-cortantes; danos ao sistema músculo-esquelético; exposição sem proteção adequada a agentes químicos perigosos, drogas, radiação; transmissão de doenças infecciosas; agressões, assaltos e ainda danos psicológicos associados ao estresse, fadiga, bullying e ambientes de trabalho conturbados. 108

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Desde 1999, com a publicação do Livro “Errar é Humano”, pelo IOM (Institute of Medicine), muito tem sido feito pela Segurança do Paciente e, embora estejamos longe de atingir os patamares que almejamos em redução de riscos e de eventos com dano ao paciente é inegável a evolução nessa área, especialmente nas instituições que conseguiram criar uma Cultura de Segurança. A tendência óbvia de colocar toda ênfase da cultura de segurança em compreender e mitigar os riscos de eventos adversos na assistência aos pacientes, visto sua vulnerabilidade, durante todos esses anos nos fez dedicar pouca energia e foco com a segurança e a saúde dos profissionais de enfermagem. As consequências desse “apagão” são hoje percebidas e contribuem para níveis cada vez mais elevados de absenteísmo e presenteísmo. Em ambos os casos; seja pela ausência do profissional no trabalho, seja pela presença do profissional trabalhando com dor, ou outra condição que afete sua saúde ou bem-estar; as consequ-

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ências serão um cuidado de enfermagem pobre, de baixa qualidade; cursando com erros de medicação, quedas de pacientes nos hospitais, úlceras por pressão, enfim, comprometendo a qualidade dos principais indicadores sensíveis da atuação da equipe de enfermagem. Embora não haja publicações no Brasil, os custos decorrentes dos danos causados aos pacientes, do desperdício nos hospitais ocasionados por maior tempo médio de permanência em virtude desses eventos são consideráveis. Estimam-se nos Estados Unidos custos entre U$ 3 a 13 bilhões anuais, além dos custos previdenciários e de horas adicionais para cobertura de turnos. Mas não deve ser apenas a segurança do pacientes ou os custos associados que devem mover o gestor para a melhoria da segurança do profissional de

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enfermagem, mas sim a responsabilidade pela saúde física e mental dos colaboradores, pensando no profissional como pessoa, importante para si, para sua família e para sua comunidade. Esse profissional precisa ter saúde para viver sua vida, para continuar progredindo e, numa visão de futuro, continuar contribuindo para que a instituição seja cada vez mais produtiva e sustentável e para entregar mais qualidade e Valor aos pacientes e à sociedade como um todo. Esse breve texto vem corroborar com a ideia de que criar uma Cultura de Segurança deve considerar uma dimensão única e inseparável, em três vertentes complementares: Ambiente, Colaborador e Paciente. E se a grande parte dos danos que ocorre ao paciente na assistência pode ser prevenida, o mesmo vale para o profissional. H

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Regiões do Brasil Fazendo acontecer longe dos grandes centros do país Nesta edição da revista Healthcare Management, Norte e Nordeste são os próximos locais a serem explorados pelo especial Regiões do Brasil. Nas páginas seguintes, o leitor poderá conferir exemplos de hospitais que driblaram as dificuldades financeiras mesmo estando longe dos principais eixos econômicos do Brasil. Esses próximos cases também são grandes exemplos de como é possível levar atendimento de qualidade para a população através de uma gestão de pessoas que investe na educação continuada de todo seu corpo clínico. Os gestores também clamam por mudanças já notórias do setor. A defasagem da tabela SUS é muito questionada entre tais líderes. Ainda assim, eles inovam para trazer sustentabilidade financeira à gestão, através de estratégias de sobrevivência e consolidação de parcerias para a execução de alguns serviços. Além de buscar a saúde financeira das instituições, os gestores também correm atrás das tecnologias do setor, visando modernizar a gestão sempre que possível.

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Melhoria de processos Hospital da Paraíba busca acreditação investindo em aperfeiçoamento profissional e segurança

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tuando há 37 anos e especialista no tratamento de doenças cardiovasculares, neurológicas e ortopédicas, o Hospital Memorial São Francisco, localizado na capital paraibana, investe constantemente no treinamento dos seus colaboradores e tecnologia para oferecer completos serviços médicos e hospitalares. Atualmente, a instituição conta com 100 leitos, sendo 18 de UTI, 14 de enfermaria exclusivamente cirúrgicas e 68 apartamentos. De acordo com o Diretor-administrativo do hospital, Cleiton Moradillo, a alta qualidade depende diretamente da garantia de recursos necessários aos gestores e colaboradores para que a prestação de serviços esteja dentro do padrão exigido. “Certamente outras ações rotineiras são importantes como, por exemplo,

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visitas diárias em todos os setores pelo gestor, principalmente adentrando aos apartamentos para ter contato direto com os pacientes e suas reclamações, sugestões e elogios. Essa visita também é um meio para ter contato direto com os colaboradores e verificando onde e como podemos melhorar os processos operacionais”, afirma. Para o diretor, um dos maiores desafios

da administração são as pessoas, já que a área de saúde exige dos profissionais características como cordialidade, presteza, agilidade, conhecimento e serenidade. “Contudo, o profissional está em uma área altamente estressante, com pessoas exigindo tudo com brevidade e, principalmente, com a certeza de que não pode cometer erros no atendimento”, diz.

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Exemplos de

Qualidade Para Moradillo, também cabe a esse profissional disseminar as suas diretrizes por meio da comunicação gerada para todos os setores e colaboradores de forma clara, objetiva e evitando ruídos entre os processos e, principalmente, servindo como propagadores das informações. “A sustentabilidade da gestão tem como base a própria necessidade da expertise do gestor, aliada a uma visão sistêmica dos processos da instituição e suas interfaces de maneira detalhada e concreta, tornando-as, com o passar do tempo, em uma credibilidade gerencial”, afirma. A gestão participativa faz com que colaboradores sintam-se partes importantes das tomadas de decisões, diretrizes, processos e das metas gerenciais. “Consequentemente isso facilita para que as ações sejam analisadas, implantadas, acompanhadas de forma permanente e contínua, havendo verificação e controle da sustentabilidade da própria ges-

tão preconizada”, diz. Ainda visando o colaborador como uma peça fundamental para qualidade, ele afirma que o aperfeiçoamento profissional é fator indiscutível em todas as áreas, porém de maneira ainda mais necessária na área hospitalar, pois trabalha com a saúde das pessoas. “O nosso corpo clínico participa de reuniões periódicas para análise de case, treinamentos, aperfeiçoamento profissional e trocas de expertise

entre especialidades. Também são feitos treinamentos periódicos e contratação de consultorias”, afirma. Atualmente, a instituição formata um programa de capacitação e treinamento em parceria com o Instituto Felipe Kumamoto e conselhos como o COREN, buscando o aprimoramento dos profissionais, otimizando-os, principalmente em cursos mais direcionados às necessidades operacionais. H

A sustentabilidade da gestão tem como base a própria necessidade da expertise do gestor, aliada a uma visão sistêmica dos processos da instituição e suas interfaces de maneira detalhada e concreta, tornando-as, com o passar do tempo, em uma credibilidade gerencial.

Cleiton Moradillo, Diretor-administrativo do Hospital Memorial São Francisco

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Balança favorável Hospital cearense traça estratégias na gestão de custos sem deixar de investir na capacitação profissional

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Exemplos de

Qualidade

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rimando pela qualidade na assistência desde sua fundação, em 1991, o Hospital Otoclínica aposta no alinhamento de sua equipe com a gestão do negócio para assegurar a excelência e resolutividade dos atendimentos em saúde. A instituição traça este caminho para manter o alto padrão, além de adotar procedimentos que mantenham a gestão racional dos custos. De acordo com a administradora do hospital, Tânia Miranda, os objetivos da instituição são alcançados por meio do planejamento estratégico, essencial para o direcionamento e cumprimento das metas através da participação de todos os gestores do hospital. “Assim todos sabem qual é o rumo a ser seguido e qual o objetivo a ser atingido”, diz. Para Tânia, o maior desafio na gestão é possuir bons acordos com operadoras de saúde, principal fonte pagadora. Ela acredita que o ideal é buscar uma forma em que todos tenham ganhos resultantes por seus trabalhos, sem esquecer da qualidade da assistência ao paciente. “As operadoras estão se tornando muito grandes e devido às aquisições e fusões o poder de barganha do hospital diminui, gerando uma batalha constante”, afirma.

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Constantes melhorias Localizado na capital cearense, o hospital é parceiro de uma universidade para garantir a qualificação de seus profissionais na área da saúde, laboratórios e administrativos. O hospital planeja agora uma parceria com uma instituição internacional para o desenvolvimento de práticas de enfermagem. A preocupação com o aprimoramento também inclui a sustentabilidade ambiental, já que a instituição possui uma comissão pautada de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). O objetivo é implantar ações como a segregação de resíduos sólidos e treinamento de colaboradores para a questão ambiental. “Dentro desta segregação temos um plano de reversão de recicláveis que serão comercializados e revertidos para os colaboradores como forma de incentivo e conhecimento por serem parceiros do hospital e amigos do meio ambiente”, diz. A instituição também busca conhecer as melhores evidências científicas. Com isso e a partir do diagnóstico situacional é possível planejar a capacitação dos profissionais e inseri-los nos programas de educação permanente. “Isso é feito de acordo com o perfil epidemiológico dos pacientes internados no local”, afirma. 116

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Exemplos de

Qualidade Segurança e Gestão de Riscos

multidisciplinares, implementação de protocolos de segurança, mensuração de indicadores da qualidade e sinalização visual. Para planejar a gestão de riscos, Tânia afirma que é necessário entender a situação, identificar e analisar problemas e ameaças possíveis, além de definir como monitorar tais questões.

A administradora ainda acredita que o projeto de gestão sobre o tema proporciona a adoção de regras mais claras, diminuição de perdas financeiras e deficiências operacionais, revisão de processos, definição de papéis e responsabilidades, e preservação da imagem do hospital. H

Com altos investimentos em tecnologia, o hospital busca implantar ações e adquirir novos equipamentos de acordo com o planejamento estratégico e necessidade de cada especialidade para que os instrumentos sejam complementos importantes para o alto padrão e segurança na instituição. De acordo com a gestora, a segurança é o pilar do negócio e, por isso, deve estar intrínseco na gestão. Entre os projetos implantados na instituição estão o acompanhamento do médico do trabalho, vacinas, ergonomia e suporte psicológico. No que diz respeito ao paciente, são tomadas medidas como a aplicação de processos

As operadoras estão se tornando grandes e devido às aquisições e fusões o poder de barganha do hospital diminui, gerando uma batalha constante.

Tânia Miranda, Administradora do Hospital Otoclínicas

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A Missão de Cuidar Santa Casa de Fortaleza investe em profissionais para intensificar a segurança de pacientes

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tualização profissional, qualidade na infraestrutura, equipamentos de ponta e um relacionamento próximo com clientes são alguns dos fatores que fazem da Santa Casa de Fortaleza ser referência em atendimento de alto padrão. A gestão da instituição mantém sua qualidade procurando deixar seus colaboradores satisfeitos e, consequentemente, oferecer o que é esperado pelos clientes. No ponto de vista de investimentos, o hospi-

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Exemplos de

Qualidade

tal procura oferecer o que há de melhor em equipamentos para garantir a oferta de melhores serviços essenciais ao atendimento de excelência. Segundo o Provedor da instituição, Luiz Marques, o processo de reestruturação da Santa Casa incluiu três planejamentos estratégicos. O primeiro foi precedido de uma completa auditoria na instituição, contribuindo para o que o hospital é hoje. Os demais foram complementando o anterior, mantendo a preocupação de posicionar a instituição ao mercado. “Seguiu-se os modelos tradicionais de planejamento e as necessidades de mudanças foram divididas em cinco áreas de atuação: tecnologia e infraestrutura, organização e gestão, recursos humanos, equilíbrio financeiro e qualidade no atendimento”, afirma. Para Marques, as ferramentas de gestão utilizadas foram práticas, com facilidade de internalização pela instituição e que proporcionaram resultados consistentes e duradouros. Ele acredita que a partir do momento que esses padrões são compreendidos e assimilados por todos, o modelo se torna autossustentável. “Eficácia sem eficiência é sinônimo de vida curta para a instituição. Procurar prestar o melhor atendimento desHEALTHCARE Management 33

vinculado de uma extrema preocupação com processos racionais e enxuto não é salutar. As expectativas dos clientes, sejam internos ou externos, devem ser atendidas dentro de uma racionalidade. No mais, é manter uma cultura de disciplina nos custos, racionalidade no uso dos recursos, evitar os desperdícios e ter a consciência de que o nosso paciente é a razão de nossa existência”, diz. Com esse pensamento primando pela sustentabilidade é possível, cada vez mais, investir em tecnologia, forte aliada na gestão e no atendimento ao paciente. “É impossível fazer medicina ou gerir uma instituição de saúde sem realizar os investimentos necessários em tecnologia. Não temos uma política específica para definir o percentual de nosso faturamento para investimen-

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Também buscando o benefício aos pacientes, a instituição acredita que a qualificação da mão de obra é um processo contínuo. Para tanto, há financiamentos de cursos de graduação e pós-graduação para os gestores. Especificamente na área

de saúde, existe um programa interno de educação continuada para enfermeiros e técnicos de enfermagem. Para os colaboradores, parcerias com instituições de ensino que oferecem descontos em diversos cursos. Marques também

tos em tecnologia, porém, anualmente, de acordo com a demanda, investimos na modernização de nossos equipamentos de suporte à gestão e naqueles que proporcionam a melhor relação custo x benefício no atendimento”, afirma. Atualmente, o hospital está ampliando o número de equipamentos de cirurgias por vídeo, tendo em vista que eles reduzem os riscos durante e no pós-cirurgia, diminuindo a permanência dos pacientes no hospital, além de tornarem as experiências menos traumáticas.

Quando se vislumbra que estamos inseridos em um contexto de receitas limitadas, visto que o SUS ainda é nosso maior cliente, a curto prazo nosso desafio é a sobrevivência.

Luiz Marques, Provedor da Santa Casa de Fortaleza

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Qualidade cita o governo federal e estadual como importantes parceiros, assim como entidades locais, como a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e outras empresas que pontualmente colaboram em projetos específicos. “Aproveitando a vocação que o hospital tem para o ensino, temos também parcerias com faculdades da área de saúde que utilizam as estruturas do hospital para estágios, principalmente em enfermagem e medicina” diz.

Segurança e Gestão de Pessoas Atualmente, o hospital possui uma gerência de risco, órgão que ampliou o raio de ação na área de segurança. Sua missão é gerenciar de maneira proativa as variáveis condicionantes de riscos, mitigando as possibilidades de sua ocorrência. “Desde sua implantação, todos os insumos adquiridos pelo hospital submetem-se à homologação da gerência. Reformas na estrutura física e aquisição de equipamentos de uso hospitalar também contam com a sua participação. Tudo que possa expor colaboradores e pacientes a riscos são objetos de

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atenção”, diz. O provedor também afirma que a preocupação da instituição transcende o aspecto físico, por isso o investimento em medidas para aliviar o estresse dos profissionais. Entre elas estão um local para descanso dos colaborares após o almoço, realização de sessão de cinema, passeios em parques de diversões e festas em datas comemorativas. “Todas as ações têm como objetivo dar tranquilidade e segurança aos colaboradores para que isso se reflita no atendimento prestado.”

Desafios Para Marques, o maior desafio na administração do hospital é sobreviver tendo o Sistema Único de Saúde (SUS) como principal cliente. “Quando se vislumbra que estamos inseridos em um contexto de receitas limitadas, visto que o SUS ainda é nosso maior cliente, a curto prazo nosso desafio é a sobrevivência. Em médio prazo é reduzirmos essa dependência e a longo prazo invertermos essa lógica para que as receitas do SUS sejam apenas um complemento”, afirma. H

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Cultura da Qualidade Instituição de Pernambuco é pioneira na região Norte e Nordeste em buscar acreditação

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undado desde 1979 e em processo de acreditação desde 2008, o Hospital Santa Joana, localizado no Recife, foi a primeira instituição do Norte-Nordeste a buscar um serviço de assistência à saúde que segue rigorosos padrões internacionais de segurança e qualidade. Atualmente, a instituição é certificada pela Joint Commission Internacional (JCI). De acordo com o Diretor-administrativo do hospital, Marcelo Vieira, a essência de constantes investimentos em equipes, tecnologia, melhorias dos processos administrativos/ operacionais e de infraestruturas está enraizada desde a fundação. “O hospital foi o primeiro a ter UTI privada no Estado, assim como plantão 24 horas em todas as especia-

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lidades. Isso nos leva a investir incessantemente em melhorias que garantam a qualidade e segurança assistencial”, afirma. Para Vieira, o selo coroa a cultura do hospital em desenvolver a qualidade com monitoramento permanente dos processos e otimização dos recursos. Entre as ações também estão adequações e aplicações dos pa-

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drões internacionais à prestação de serviços e o desenvolvimento e retenção de talentos para a manutenção e melhoria contínua dos processos. “A acreditação representa um reconhecimento internacional dos nossos serviços prestados e do compromisso de todos do hospital, sejam pacientes ou familiares, colaborado-


Exemplos de

Qualidade

Estratégias Desde 2009, a instituição conta com o apoio de uma consultoria para a condução do processo de seu planejamento estratégico. Durante o período de reformulação, foram revisadas a visão, missão e valores, definindo as questões prioritárias a serem acompanhadas pela

alta gestão nos anos seguintes. “As medidas foram desdobradas até o nível operacional, por meio do Gerenciamento pelas Diretrizes e Gerenciamento da Rotina. O modelo adotado perpetua até os dias atuais, sendo revalidado anualmente”, diz. Na administração, Vieira afirma que a maior tarefa é aprimorar a excelência em qualidade e segurança de maneira equilibrada aos custos. Outros

desafios citados são a implantação de padrões internacionais de qualidade e segurança respeitando a legislação e cultura local, otimização e foco em resultados com capacitação constante e desenvolvimento funcional. Para o administrador, também é importante ter o total apoio da presidência e de diretores envolvidos para a evolução e execução de todos os processos.

res, e da sociedade de um modo geral”, diz. A parceria com outras instituições vai ainda mais longe, já que o hospital é cofundador da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). “Mais do que uma associação, a Anahp é um centro de excelência e de inteligência gerencial, em que o hospital compartilha informações interagindo com as principais referências de saúde do país”, afirma.

Os incidentes são classificados e os planos de ação são definidos junto ao gestor da área. A Segurança do paciente, em todas as áreas do hospital, é nosso foco e maior objetivo.

Marcelo Vieira, Administrador do Hospital Santa Joana

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Segurança Visando garantir a segurança de pacientes e colaboradores, a instituição implantou protocolos assistenciais gerenciados para assegurar um padrão elevado e uniformizado. “As medidas incluem a utilização de prontuário eletrônico e prescrição eletrônica, implantação da rastreabilidade de medicamentos desde a farmácia até a aplicação no leito com a utilização de palm tops”, afirma. Ainda de acordo com Vieira, na gestão de riscos o hospital possui três frentes de trabalho. Entre elas, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), Segurança Assistencial e Segurança Ambiental. As ações são preventivas e corretivas. No primeiro caso, o risco é identificado antes de incidentes por meio de visitas aos setores para que exista uma melhoria dos processos e dos ambientes. “Monitoramos protocolos de segurança do paciente como queda, flebite, úlcera por pressão e pacotes preventivos de infecção para dispositivos invasivos”, diz. No caso das ações corretivas, elas ocorrem por meio de notificações dos setores do hospital e pela busca ativa da própria equipe de risco nas unidades. “Os incidentes são classificados e os planos de ação são definidos junto ao gestor da área. A segurança do paciente, em todas as áreas do hospital, é nosso foco e maior objetivo”, afirma.

Investimento e Aperfeiçoamento Profissional Vieira acredita que a tecnologia é uma importante parceira na qualidade e segurança dos serviços prestados, pois a padronização e automatização dos processos minimizam as possíveis falhas humanas. “Entre as melhorias instaladas estão a prescrição

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eletrônica em substituição a prescrição manual, uso de prontuário eletrônico em substituição ao prontuário manual, divulgação de resultados de exames online, rastreabilidade de medicamentos, sistema de Gerenciamento de Indicadores, Tecnologia RFID para controle de materiais e para monitorização dos pacientes em atendimento na emergência, entre outros”, diz. Segundo o administrador, o aperfeiçoamento profissional também é foco de importantes investimentos da instituição. “A educação continuada é a fonte vital para evolução dos processos e promoção da segurança, eficiência e qualidade assistencial”, afirma. Entre tais ações, estão a estrutura de treinamento internos, externos e e-learning, além do Serviço de Educa-

ção Continuada, que promove o desenvolvimento e qualificação dos profissionais.

Mudanças Recentemente, toda a estrutura física de pessoas e processos do setor de Multiemergência passou por mudanças, inclusive com a implantação de um novo sistema. De acordo com Vieira, as inovações incluem a ampliação da recepção, estruturação da área de avaliação inicial, separação das áreas de atendimento e observação por nível de gravidade, aumento em torno de 50% no número de leitos disponíveis para observação, revisão da estrutura funcional, implantação do prontuário eletrônico e de novas ferramentas para o acompanhamento dos pacientes em atendimento. H

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Exemplos de

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Caminho de sucesso Procedimentos de Segurança, análise de ambientes interno e externo e o gerenciamento de risco bem definidos

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o lugar do já extinto Hospital do SESI, surge entre inúmeros desafios o Hospital Memorial Arthur Ramos, em Maceió. Na época, a instituição carecia urgentemente de investimentos, já que os recursos alavancados pela capitalização não eram suficientes para cobrir as despesas operacionais e de custeio. Quase duas décadas depois, o hospital apoia-se em princípios de qualificação no pessoal, resolutividade médica, investimento em tecnologia e na infraestrutura. É assim que o Arthur Ramos tem trabalhado para conquistar e manter o alto padrão de qualidade, sempre com apelo no aspecto de humanização e respeito ao paciente e aos parceiros. Para se destacar no mercado, a instituição tem como princípio um sólido planejamento estratégico. Em atual fase de reestruturação, essa ação do Arthur Ramos é baseada em pilares norteadores, como: análise dos ambientes interno e externo, pesquisa de opinião e de percepção da marca, definição de objetivos e metas, implementação da estratégia,

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monitoramento e controle. O planejamento realizado através de ações e com auxílio de instrumentos organizacionais não é o único destaque do hospital, que desenvolve métodos específicos para garantir a segurança a seus pacientes e funcionários. “Alguns dos métodos utilizados no quesito segurança são o gerenciamento de riscos no leito, uso de tecnologias de segurança, protocolos, planos de prevenção de acidentes e educação contínua”, destaca José Lídio Nunes Lira, Presidente da MEDCOOP/ Hospital Memorial Arthur Ramos. 128

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Atrelado à segurança está o gerenciamento de riscos em saúde, que é a aplicação sistêmica e contínua de políticas, procedimentos, condutas e recursos na avaliação de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o

meio ambiente e a imagem institucional, segundo visão do executivo. “A assistência à saúde sempre envolverá riscos, mas esses podem ser reduzidos quando os mesmos são analisados e combatidos, evitando que sejam possíveis causas de eventos

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Exemplos de

Qualidade parte financeira vale destacar que o hospital tem uma rubrica orçamentária que aponta quanto será investido em pessoas no exercício seguinte. E no quesito tecnologia, existe um comitê técnico médico por especialidade que define quais os equipamentos/aparelhos serão adquiridos com aval das direto-

rias. “As demais tecnologias a empresa busca o princípio da padronização.” Hoje, o mercado é o principal desafio do hospital, por ser privado e atender exclusivamente convênio e particular, a instabilidade do sistema e regulação passa a ser um dos seus maiores obstáculos. H

adversos. No nosso hospital participam do comitê de Segurança na assistência à saúde representantes dos diversos setores do hospital: assistenciais, técnicos e administrativos”, enfatiza Lira. Além de se preocupar com segurança e gerenciamento de riscos, a instituição também apoia sua gestão na sustentabilidade. Para isso, atrelar a eficiência financeira com inovações tecnológicas tem sido o caminho seguido pela direção do Arthur Ramos, que busca diferenciar o atendimento com hotelaria moderna e confortável, aliado à gestão de pessoas. De acordo com o executivo, por se falar em

O Hospital Memorial Arthur Ramos surge em meio a dificuldades e hoje assume o papel de uma das mais importantes instituições de Alagoas.

José Lídio Nunes Lira, Presidente da MEDCOOP/ Hospital Memorial Arthur Ramos

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Trabalho integrado Equilíbrio funcional das estruturas administrativas garante qualidade nos procedimentos da Santa Casa de Itabuna

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assistência médico-hospitalar prestada historicamente pela Santa Casa de Misericórdia de Itabuna é hoje uma referência. Para alcançar tamanha qualificação e reconhecimento, a estrutura administrativa funciona processando informações e garantindo equilíbrio funcional às rotinas institucionais. A equipe gerencial trabalha integrada e com a visão de busca constante da melhoria dos serviços, além de foco no modelo de Gestão de Qualidade. E, ainda, áreas estratégicas como corpo clínico, fornecedores, relacionamento com os clientes, recursos

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humanos e gestão trabalham de forma integrada, embasados nos valores institucionais e nas demandas da sociedade. Para que todas as ações e procedimentos de rotina estejam afinados com a política da instituição, foi formada uma Equipe de Gerenciamento Estratégico (EGE). “Tra-

ta-se de um fórum consultivo e deliberativo que reúne coordenadores e gestores de setores com o objetivo de discutir procedimentos e rotinas estratégicas visando o aprimoramento das mesmas através da formação de líderes”, explica André Fernando Wermann, Diretor-administrativo e

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Exemplos de

Qualidade

Financeiro da Santa Casa. Entre os assuntos tratados nas reuniões estão: orientações sobre o Papel do Líder na Pesquisa de Satisfação do Cliente, Formação de Analista de Treinamento, Avaliação de Desempenho e Coach para Performance. “Ações como esta reforçam a importância do trabalho integrado, e isto reflete diretamente na qualidade dos serviços ofertados pela instituição”, considera Wermann. O aperfeiçoamento profissional passa pelos investimentos realizados na organização e patrocínio de eventos técnicos e científicos, bem como no cofinanciamento do custeio de despesas para a participação de funcionários em eventos científicos em outras cidades e estados.

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Ainda nesta linha, a instituição cofinancia com 50% dos custos do curso de especialização em Gestão Hospitalar de funcionários da instituição, e, por fim, a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna é a principal mantenedora da Fundação Centro de Estudos Professor Edgard Santos (FUNCEPES), que atua diretamente na atualização profissional

do corpo clínico da instituição. “A Santa Casa de Itabuna mantém no setor de Recursos Humanos o registro das horas/homem de treinamento como um dos indicadores de gestão, destacando sempre a importância de manter elevada a qualidade e a resolutividade desses treinamentos”, diz Wermann.

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Questão de segurança A instituição mantém diversos protocolos clínicos e administrativos para a segurança do paciente e funcionários. Com o Mapa de Risco em fase de construção, o hospital promove constantes treinamentos e acompanhamentos relacionados aos Protocolos de Identificação do Paciente, de Prevenção de Quedas, de Prescrição, Uso e Administração de Medicações. Para garantir a segurança dos colaboradores, a Santa Casa conta com o Serviço Especializado de Engenharia e Medicina do Trabalho (SESMT), responsável por disseminar, monitorar e fiscalizar a aplicação de toda

ças ocupacionais, no auxílio para tratamento e reabilitação funcional de trabalhadores, sempre a partir do constante monitoramento e avaliação a partir de indicadores de gestão”, afirma Almir Alexandrino do Nascimento, Provedor da instituição.

normatização prevista para o trabalhador da área de saúde. “Trabalhamos também com a gestão de riscos. Com as diferentes normatizações designadas para cada setor. O trabalho é desenvolvido com foco na promoção da saúde, prevenção de doen-

Acreditamos que a constante busca por excelência só pode ser conquistada através da atração e retenção de talentos, com profissionais que constituem o alicerce para execução da missão de prover soluções cada vez mais completas de saúde.

Almir Alexandrino do Nascimento, Provedor da Santa Casa de Itabuna

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Exemplos de

Qualidade Sustentável e tecnológico Por se tratar de uma instituição filantrópica com unidades de atendimento mista, contextualizada no cenário histórico de alta defasagem da tabela SUS, a instituição traçou como estratégia de sobrevivência a consolidação de parcerias para a execução de alguns serviços assistenciais e da contratação de empresas para viabilizar a gestão terceirizada de algumas atividades de apoio, garantindo assim maior concentração de esforços de gestão e financeiros na sua atividade-fim. De acordo com Wermann, este cenário possibilitou o investimento em inovação e

“Assim, apesar da sustentabilidade econômico -f inanceira da instituição ainda estar classificada como meta a ser alcançada, sabemos estar muito mais próximos desta realidade. Soma-se a isso a implementação de uma política de gestão administrativa fundamen-

tecnologia para incremento da assistência de alta e média complexidade, áreas de especialidade da Santa Casa que tem possibilitado a busca pelo reequilíbrio financeiro, quando compensa o déficit deixado com o atendimento do percentual obrigatório ao público SUS.

A Santa Casa de Misericórdia de Itabuna criou uma Equipe de Gerenciamento Estratégico para que todas as ações e procedimentos de rotina estejam afinados.

André Fernando Wermann, Diretor-administrativo e Financeiro Santa Casa de Itabuna

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Líderes e Práticas | Especial Regiões do Brasil

tada no saneamento das contas e no planejamento das finanças”, conta o diretor administrativo e financeiro do hospital. Um aliado decisivo na gestão hospitalar da Santa Casa é a tecnologia, pois, na visão de Alexandrino, ela auxilia na garantia da implementação de estratégias de consolidação e expansão da assistência e dos serviços junto ao mercado competitivo. Para o provedor, a permanente inovação tecnológica direciona para a aquisição de novos equipamentos, implementação de procedi-

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mentos e rotinas que garantam maior eficiência e eficácia da ação. “Nos serviços de apoio à atividadefim e em todo trabalho administrativo, a tecnologia também é aliada estratégica, tendo em vista a necessidade de desburocratizar processos, agilizar

técnicas e elevar a confiabilidade dos dados. Neste caso, o serviço de Tecnologia de Informação vem se destacando como setor estratégico que garante o tráfego de dados e informações com alta resolutividade e segurança dos dados”, revela. H

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Exemplos de

Qualidade

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Artigo Carlos

Goulart

Hora da atuação política na saúde

U

ma recente pesquisa do DataFolha revela que, para 45% dos entrevistados, a Saúde é a prioridade número 1. Apesar desse indicador apontar forte e inequivocamente para os anseios da população, por ocasião dos debates eleitorais, tanto no âmbito federal quanto estadual, a discussão sobre a Saúde foi marginalizada. Nenhum dos candidatos apresentou propostas concretas para melhoria ou atendimento das demandas dos brasileiros nesta área e para reduzir a insatisfação popular com a saúde pública no país. O financiamento à saúde continua sendo um dos principais pontos a serem fortalecidos. O Brasil tem a característica marcante de depender tanto da iniciativa governamental quanto da iniciativa privada nos cuidados com a saúde e melhoria da qualidade de vida do cidadão. As despesas de saúde no Brasil movimentam mais de 9% do PIB, mas menos da metade vem do setor público - do total de recursos injetados na saúde, cerca de 55% são privados - cuja participação não vem crescendo na proporção necessária. Ao contrário, na esfera federal o percentual de gastos vem caindo sistematicamente. Existem ainda outros gargalos importantes não resolvidos, como o descompasso entre a aprovação e colocação de novas tecnologias no mercado e a geração destas inovações. Outra barreira é o crescimento da chamada judicialização do setor, quando os pacientes tentam obter por via judicial o que não conseguem no sistema de saúde. Além de onerar o orçamento já limitado do setor, esse recurso pode provocar desorganização no sistema como um todo.

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Carlos Goulart Presidente-executivo da ABIMED –Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde.

Vale sempre lembrar também a necessidade de reforma tributária, visando desonerar o setor produtivo de custos financeiros indevidos, como também dar maior liberdade ao setor privado para investir na ampliação e recuperação da infraestrutura no país. O segmento de Produtos para Saúde tem buscado ampliar sua participação nas políticas de estímulo à inovação, principalmente nas Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs), e dessa forma contribuir com o setor de Saúde. A inovação é o caminho para elevar o patamar tecnológico do Brasil, inserindo-o melhor na cadeia global de valor agregado. Esse ciclo contribui diretamente para o desenvolvimento socioeconômico do país, além de proporcionar à população acesso mais rápido às novas tecnologias médicas. Por todas essas razões, esta é a hora e a oportunidade para uma mobilização geral do setor, na qual os diversos elos da cadeia da saúde – hospitais e clínicas, indústria, sociedades médicas, academia e associações afins -, devem se unir para elaborar propostas e apontar soluções para o aprimoramento dos cuidados médicos no país. Estas propostas, quando consolidadas, devem ser levadas aos novos governantes, a começar pela Presidência da República, uma vez que a esfera federal é o maior financiador da área pública da Saúde. Se a sociedade exige respostas para afeiçoar a qualidade dos serviços de saúde é nosso papel contribuir para desatar os nós, que não são poucos e incluem, além do orçamento insuficiente, problemas de gestão, carência de recursos humanos e de infraestrutura, além de uma distribuição irregular pelo país. H

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Mercado

Troca de experiências Instituto Weizmann firma parceria com a Fapesp para estreitar conhecimento sobre as bases da igualdade e do benefício mútuo

U

Uma mesa com quatro gringos no hall de um hotel localizado na cobiçada Rua Oscar Freire, em São Paulo, transmitia simpatia e conhecimento. Não foi difícil perceber que eles eram os cientistas do Weizmann Institute of Scien-

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ce (WIS), que saudosamente receberam a revista Healthcare Management para um bate-papo.

Entre um café e outro, Rony Seger, professor titular do Departamento de Biologia do instituto,

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destacou a importância do intercâmbio entre pesquisadores brasileiros e israelenses como sendo fundamental para a troca de conhecimento na área. E é com esse foco que o WIS mantém um acordo com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para implementar uma cooperação científica e tecnológica entre pesquisadores de ambos os países, mediante o financiamento de projetos conjuntos de pesquisa. O acordo assinado em setembro último, com validade de cinco anos, prevê que para cada projeto que venha a ser aprovado o instituto assumirá o financiamento das equipes de Israel e a Fapesp das equipes de pesquisa paulista. O aporte de recursos será definido em cada chamada de propostas e será utilizado para financiar despesas de mobilidade. “Ações como essa são importantes para estreitar conhecimento sobre as bases da igualdade e do benefício mútuo. A necessidade de criar vínculos entre as comunidades cien-

tíficas de diferentes países e também de fomentar novas formas de colaboração entre seus centros de pesquisa é essencial para um melhor resultado no campo de trabalho”, considera Seger ao relatar que um modelo parecido também foi assinado entre seu país e a Venezuela. Além do intercâmbio com a Fapesp, o instituto aposta na participação em conferências internacionais para agregar conhecimento com a troca de experiên-

cias. Em sua primeira visita ao Brasil, anos atrás, Seger foi convidado a palestrar e, naquele momento, fez novos amigos ao redor do mundo que o fizeram enxergar as possibilidades de criar conexões com estudantes da área de ciências entre os países para um conhecimento múltiplo que pudesse ser compartilhado em diversas situações. “O Ministério da Educação nos convidou para estabelecer a possibilidade de intercâmbio de

A necessidade de criar vínculos entre as comunidades científicas de diferentes países é essencial para um melhor resultado no campo de trabalho.

Rony Seger, pesquisador do WIS

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já participou de encontros nacionais e internacionais em São Paulo e Rio de Janeiro, momentos que o proporcionaram novos contatos profissionais, um deles com a professora titular da USP Regina Markus, que atua na área de Cronofarmacologia. “Estamos trabalhando juntos em pesquisas sobre inflamações e câncer, por exemplo, e esperamos que a conti-

nuidade de colaborações como essa seja reforçada através do acordo firmado com a Fapesp”, conta. Entre outros nomes citados pelos pesquisadores israelenses como colaboradores do WIS estão Beatriz Castilho (Unifesp), Cláudia Emanuele Carvalho e Roger Chammas (FMUSP), que pertenceu à primeira turma de brasileiros que participaram do

programas e projetos nas áreas de estudos das ciências para a formação de professores do ensino médio. Isso aconteceu há cerca de cinco anos, então é possível notar as mais variadas formas de intercâmbio e conexões”, revela o professor. Para a professora Rivka Dikstein, do departamento de Química Biológica do WIS, o Brasil é um importante país da América do Sul e essa é uma oportunidade de crescimento que não poderia ser recusada. “É uma ótima ocasião para ambos os países. Estabelecer conexões de peso só tende a trazer bons resultados no nosso campo de atuação.” O chefe do Departamento de Imunologia do Instituto Weizmann de Ciências, Tsvee Lapidot, segue a mesma linha de pensamento. Visitante do Brasil há anos, Lapidot

Os tratamentos de cânceres são mais amplos, graças às pesquisas desenvolvidas ao redor do mundo.

Rivka Dikstein, Professora do Departamento de Química Biológica do WIS

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International Summer Science Institute, no Instituto Weizmann de Ciências, quando ainda era estudante. Lapidot destacou também as pesquisas conduzidas em Israel com células-tronco, que levaram, entre outras conquistas, à descoberta de mecanismos que permitem que essas células saiam da medula óssea para a corrente sanguínea. Os resultados podem aumentar as chances de sucesso em transplantes de células-tronco, que precisam ser estimuladas a migrar para o sangue. Para o chefe do Departamento de Imunologia, o mais interessante disso tudo é o fato de que não há fronteiras geográficas para a ciência. “Sentimos e somos parte de algo global, com contribuições que podem vir de qualquer parte do mundo.”

Durante a estadia no Brasil, os cientistas visitaram a Oncoclínicas, o laboratório da Unicamp-Campinas e o Hospital Israelita Albert Einstein, onde trocaram experiências sobre imunologia, câncer e genética. O instituto e o hospital mantêm um acordo há alguns anos principalmente nas áreas de células-tronco, Alzheimer e endometriose.

Mas dentre essas doenças, o câncer foi o assunto mais comentado pelo professor Seger: “Quando eu era ainda um estudante, a perspectiva era de que apenas 25% dos pacientes com essa enfermidade viveriam por no máximo mais cinco anos. Hoje a expectativa está próxima a 60%.” Dez anos atrás o câncer era tido como a doença número um

O futuro da saúde

Sentimos e somos parte de algo global, com contribuições que podem vir de qualquer parte do mundo.

Tsvee Lapidot, Chefe do Departamento de imunologia do WIS

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entre as de difícil cura, e nos dias atuais é motivo de esperança para quem o contraí. “Os pacientes estão vivendo mais. Os tratamentos são mais amplos, graças às pesquisas desenvolvidas ao redor do mundo”, considera Rivka. Weizmann em 2014 Este foi um ano de excelência para o instituto, segundo Daniel Schmit, Presidente do Weizmann Institute para a América Latina. Além da inauguração em Israel do Laboratório Nacional de Medicina Personalizada, também foi lançado pelo Instituto o Centro Integrado de Câncer. “São duas inaugurações de sucesso para o Weizmann. Outro destaque de 2014 é a nossa participação como membro do CERN, centro europeu de pesquisas voltado ao estudo de partículas. É um dos grandes centros mundiais nesse campo”, aponta Schmit.

Localizado em Rehovot, Israel, o Instituto Weizmann de Ciências é uma das mais respeitadas instituições de pesquisa multidisciplinar no mundo. Notável por sua ampla gama de exploração das ciências naturais e exatas, o instituto abriga cerca de três mil cientistas, estudantes, técnicos e equipe de apoio. São cerca de 2.500 estudantes e membros do staff e oferece graus de H Mestrado e Doutoramento em Matemática, Informática, Física, Química e Biologia, bem como diversos programas interdisciplinares.

O que é?

São duas inaugurações de sucesso para o Weizmann. Outro destaque de 2014 é a nossa participação como membro do CERN, centro europeu de pesquisas voltado ao estudo de partículas. É um dos grandes centros mundiais nesse campo.

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Daniel Schmit, Presidente do WIS para a América Latina

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PONTO

FINAL

Os próximos anos Promessas e novos desafios para Saúde no Brasil

E

Em 2014, testemunhamos uma das mais acirradas disputas eleitorais de nosso país. Com pouco mais de 51%, Dilma Rousseff (PT) foi reeleita pelo povo brasileiro a governar o país pelos próximos quatro anos. A vitória acirrada mostra o desafio da presidente em atender a outra parcela da sociedade, que não é pequena e que não aprova seu governo. A Saúde está entre essas reivindicações tanto da população, como também por parte da indústria do setor. Os desafios serão grandes para esses próximos quatro anos. Entre eles estão a estabilidade financeira do Sistema Único de Saúde (SUS). Também durante a sua campanha eleitoral, Dilma se comprometeu em mudar o patamar de qualidade e ampliar o atendimento dos serviços de saúde com a expansão do Programa Mais Médicos. Além disso, afirmou que irá aumentar a rede de unidades de pronto atendimento, estender as redes de atendimento especializado e também qualificar os serviços hospitalares. Dilma se comprometeu em levantar a discussão sobre os recursos federativos destinados à Saúde, com o objetivo de evitar superposição de investimentos e planejar de forma mais eficiente a distribuição dos serviços de saúde públicos. A indústria encerra o ano com uma grande vitória, a sanção da Lei 13043/2014 que prevê a isenção de PIS e COFINS para o setor de equipamentos para a

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saúde nas compras públicas, conferindo mais competitividade às empresas brasileiras. Mesmo assim, ainda temos que olhar sempre para as nossas indústrias, estimulando a inovação, tornando-as, cada vez mais, competitivas. Implantar um sistema público de saúde com eficiência e qualidade será outro grande desafio. Para tanto, além de medidas preventivas e melhorias no atendimento, também será de extrema importância qualificar os gestores a fim de modernizar a gestão e levar eficiência à Saúde. Afinal, de nada adianta vultosos investimentos sem uma gestão efetiva. H

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HCM Eventos 2015

Janeiro Evento: 33º CIOSP - Congresso Internacional De Odontologia De São Paulo

Evento: 2015 Arab Health

Data: 22 a 25 de janeiro de 2015

Data: 26 a 29 de janeiro de 2015

Local: Dubai International Convention & Exhibition Centre, Emirados Árabes

Local: Expo Center Norte / São Paulo

Fevereiro Evento: Seminário - Melhores Práticas em OPME para Reestruturação Ética do Setor

Evento: CDS 2015 - Chicago Dental Show - Feira Odontológica em Chicago, Estados Unidos

Local: Hotel Golden Tulip Belas Artes - São Paulo

Local: McCormick Place - West Building - USA

Data: 5 fevereiro 2015

Data: 19 a 21 de fevereiro de 2015

Evento: AEEDC - ARAB DENTAL EXhibition

Local: Dubai International Convention & Exhibition Centre, Emirados árabes

Data: 17 a 19 fevereiro de 2015

EXPEDIENTE Publisher: Edmilson Jr. Caparelli Diretor-executivo: Marcelo Caparelli Diretora-administrativa: Lúcia Rodrigues Diretor de Marketing: Jailson Rainer Diretora de Eventos: Erica Almeida Alves Editora da HealthCare: Carla de Paula Pinto Editora da HealthARQ: Patricia Bonelli Editor do Saúde Online: Thiago Cruz Editora Health-IT: Thaia Duó Produtora de Arte: Valéria Vilas Bôas Diagramação: Erica Alves Diretora-comercial: Giovana Teixeira Dep. Pesquisa: Janaiana Marques e Janaína Novais Executivos de Conta: Eliana Rodrigues, Joyce Anne Matta e Matheus Del Lama

Assinaturas e Circulação: assinatura@grupomidia.com Atendimento ao Leitor: atendimento@grupomidia.com Projetos Editoriais: projetoseditoriais@grupomidia.com Contatos: Matriz: (16) 3629-3010 | Sucursal: (11) 3014-2499 contato@grupomidia.com | redacao@grupomidia.com | comercial@grupomidia.com Matriz: Rua Antônio Manoel Moquenco Pardal, 1027 - Ribeirão Preto - SP Sucursal: Av. Paulista, 1471 - 11º Andar - São Paulo - SP

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