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EDITORIAL
Time de gala
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Homenagear os 100 profissionais mais influentes de um segmento específico, ainda mais em um país de dimensões continentais como o Brasil, é uma tarefa ambiciosa. Mas o tamanho do desafio não desencorajou o Grupo Mídia de colocar em prática a proposta de homenagear personalidades que fazem a diferença e marcam história em um dos setores mais importantes do país: a Saúde. Mesmo começando timidamente, nascia cinco anos atrás os 100 Mais Influentes da Saúde. Um evento que se consolidou rapidamente, conquistando posição de destaque na agenda anual do setor. Hoje, não por acaso, a premiação já é reconhecida como o Oscar da Saúde. Mas a premiação não se agiganta apenas em dimensões. Também cresce a responsabilidade do Grupo Mídia, que tem a honra de congregar, no mesmo palco, as maiores lideranças do setor. Homens e mulheres que são exemplos nas suas áreas de atuação. Demos a nossa chancela final na segunda quinzena de março. Mas, naquele momento, apenas os ganhadores estavam cientes do prêmio. Afinal, a lista oficial só seria divulgada para o mercado nesta edição da Healthcare Management. Ficamos surpresos e orgulhosos de uma de nossas influentes, a médica e cientista da Fiocruz Celina Turchi, que foi uma das “10 personalidades do Ano na área de Ciência”, segundo a revista britânica Nature, também despontar entre as “100 Pessoas Mais Influentes do Mundo de 2017”, segundo eleição da revista norte-americana Time, publicada no final de abril. O que mais nos honra ao realizar esta solenidade é a oportunidade de reconhecer e comunicar para a sociedade a trajetória de profissionais que não medem esforços para profissionalizar, modernizar e humanizar o setor de Saúde no Brasil. São pessoas influentes que, por meio de suas histórias de trabalho e de vida, têm muito a ensinar àqueles que almejam ser líderes e protagonizar um mundo melhor, independente da área em que atuem. Não é por acaso que, para a equipe do Grupo Mídia, os 100 Mais Influentes da Saúde é uma celebração de gala e um momento ímpar para se prestar tributo a um time formado pelos melhores profissionais do setor.
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Edmilson Jr. Caparelli CEO e Publisher
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NESTA EDIÇÃO
MARÇO | ABRIL 2017 Código de Cores A HealthCare Management organiza suas editorias pelo código de cores abaixo: Líderes e Práticas Sustentabilidade Health-IT Mercado Gente e Gestão Ideias e Tendências Estratégia Health Innovation
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A união faz a Ética Abimed e Instituto Ethos formam parceria em prol da promoção da integridade no setor. Mapeamento sobre o grau de maturidade em compliance das empresas brasileiras será o primeiro estudo realizado em conjunto entre as instituições
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Evolução no atendimento Menos espera, mais agilidade e melhor manutenção de leitos através da tecnologia
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RH na Saúde, uma gestão que pode salvar carreiras O diálogo e a transparência como ingredientes para melhores performances e engajamento da equipe
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Crescimento monitorado Através da aplicação de serviço de monitoramento na área de TI, Unimed Santos reduz em 85% o número de incidentes de operações
Errata: Na matéria sobre a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, publicada na 46ª edição da HCM, foi informado que a instituição faz 5 mil atendimentos por dia, sendo que o correto é 10 mil. Também na mesma edição, na matéria sobre o Hospital Adventista de Manaus, a instituição conquistou ONA Nível III em 2016, e não em 2011, como consta na reportagem.
Articulistas:
36 Carlos Goulart
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208 Evaristo Araujo
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Da origem ao destino O desafio de entregar o produto sem perder a qualidade
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Especial Acreditação Conheça as instituições que vêm investindo na qualidade e segurança do paciente
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Prêmio Inova Saúde Alliage e Braincare são os vencedores de 2017
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Parceria melhora jornada do paciente no Hospital Samaritano Desde setembro de 2016, clientes contam com um novo sistema de agendamento online e confirmação de presença que promete facilitar processos e melhorar a experiência do paciente
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Dados sincronizados Através de sistema em rede, Hospital São Francisco de Americana informatiza todas as demandas da unidade. Software controla todo o prontuário do paciente, fila de atendimento, triagem e todos os seus custos
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Na contramão da crise Rede de centros médicos registra crescimento de 350% no volume de atendimentos
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Qualidade premiada Indigo é reconhecida pela Gestão de Segurança do Trabalho e Excelência em Prestação de Serviços pelo Hospital Albert Einstein
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Desospitalização Uma saída para a humanização e a redução de custos
Edson Rogatti
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240 Márcia Mariani
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Qualidade atestada Empresa investe na busca por certificados para produtos de limpeza, desinfecção e esterilização na Saúde Saúde para todos Com investimento de aproximadamente 71 bilhões de euros por ano em Saúde, Holanda tem se destacado no cenário mundial, sendo apontada pelo terceiro ano consecutivo como o melhor sistema de saúde da Europa
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A tecnologia como aliada no controle de infecção Através de recursos de telemedicina, Hospital Tacchini insere projeto que visa reduzir em até 30% os custos com antimicrobianos e melhorias nos processos de controle de infecção hospitalar
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Especial Unimed 50 anos de história e assistência
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Operadoras de Saúde na Era Digital Softwares agilizam processos organizacionais para uma gestão mais estratégica. Sistema ERP Pirâmide consolida informações acessadas em tempo real e reduz custos através de moldes de qualidade
200
Homecare em foco Mesmo em tempos de crise, serviços de homecare apresentam crescimento contínuo no país
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Telerradiologia cardiovascular Como esta prática pode agregar valor e trazer diferencial ao serviço de diagnóstico por imagem
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Contratos éticos Empresa aposta na transparência para se destacar no mercado de higiene e limpeza na Saúde
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SAÚDE
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Entrevista com Mark Britnell, escritor do livro “In Search of the Perfect Health System”
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Dossiê Filantropia à luz da gestão
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Tecnologia e inteligência clínica Como o investimento em gestão de saúde populacional pode auxiliar no aumento da produtividade e redução de custos com saúde nas empresas
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Higienização hospitalar Controle e eficiência através do diagnóstico microbiológico da instituição
100 Empresários Ensino e Pesquisa Entidade Setoriais Filantropia Gente e Gestão Gestor na Saúde Indústria Infraestrutura Inovação Medicina Diagnóstica Negócios Personalidades Públicas Prestação de Serviço Projetos de Humanização Qualidade e Segurança Referência Saúde Suplementar Suprimentos e Logística Sustentabilidade Tecnologia
PERFIL
Entrevista com Giovanni Guido Cerri, VP do Instituto Coalizão
102 104 106 108 112 114 116 118 120 122 126 128 130 134 138 142 146 148 150 154
246 PONTO FINAL Estamos perdendo a guerra contra a balança
Baixe o aplicativo Zappar e confira mais vídeos no HCM TV (saiba mais na página 13)
Online Grupo Mídia recebe a visita de Hermes Pereira, da Mobiliare Marcenaria Hospitalar O empresário Hermes Lúcio Pereira, sócio-proprietário da Mobiliare Marcenaria Hospitalar, visitou a sede do Grupo Mídia, em Ribeirão Preto. Na ocasião, Pereira contou sobre a atuação da empresa e as novidades para 2017, como os caminhões SOS Marcenaria Hospitalar. “O objetivo é prestar pronto-atendimento aos clientes da empresa. O caminhão é equipado com máquina central de corte, gerador central e todos os materiais específicos que o hospital utiliza, obedecendo a identidade da instituição.” Confira a entrevista na íntegra no portal da HealthARQ.
Prêmio Líderes da Saúde Norte e Nordeste está com votações abertas A comunidade da saúde já pode participar da eleição para o prêmio Líderes da Saúde Norte e Nordeste, organizado pelo Grupo Mídia. A votação pode ser feita através do site. O prêmio, que está em sua segunda edição, reconhece as Personalidades da Saúde, os Cases de Sucesso, as Instituições de Saúde e as Marcas mais Lembradas que se destacaram nas regiões Norte e Nordeste do país. O evento acontece durante a Feira HospitalMed, em Recife, no dia 17 de agosto. A lista oficial dos ganhadores será divulgada na revista Healthcare Management. Acesse: eventos.grupomidia.com
Fórum Healthcare Business e prêmio Excelência da Saúde já estão com data marcada De 20 a 22 de outubro, o Grupo Mídia realizará no Sofitel Jequitimar, em Guarujá, a quarta edição do Fórum Healthcare Business e do prêmio Excelência da Saúde. “Navegando em águas turbulentas” é o tema que o fórum traz neste ano. O objetivo é discutir como podemos ancorar a Saúde em terra firme em meio a tempestade que estamos atravessando. A novidade neste ano é que, simultaneamente ao Fórum Healthcare Business, também estão programados os painéis especializados do Forúm HealthARQ e Fórum Health-IT, com especialistas que discutirão desafios e perspectivas para cada um desses nichos na Saúde. Além dos momentos de conhecimento e networking, no dia 21 de outubro será realizada a premiação do Excelência da Saúde. A festa é uma homenagem às instituições que mais se destacaram no setor em categorias que contemplam sustentabilidade, governança, tecnologia, entre outras. Mais informações pelo telefone (16) 3629-3010 ou pelo portal da HCM.
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Palavra da editora
100 MAIS E MUITO MAIS!
Carla de Paula Pinto, Editora da Revista Healthcare Management
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Uma proposta bastante desafiadora e ambiciosa. Este é o 100 Mais Influentes da Saúde que, neste ano, entra para a sua quinta edição. O time de profissionais que escolhemos representam muito bem a Saúde brasileira. São gestores, médicos, empresários, cada um conforme sua especialidade, que tanto fizeram pela Saúde mesmo diante de um cenário político-econômico complicado. A lista oficial foi finalizada pelo Conselho Editorial do Grupo Mídia na segunda quinzena de março. Com os eleitos em mãos, o próximo passo foi entrar em contato com assessorias e secretárias dos 100 Mais para anunciar a indicação. O retorno foi, mais uma vez, gratificante. Deixo aqui meu agrade-
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cimento a todos os eleitos, bem como para todas as equipes de comunicação que nos ajudaram em entrevistas, fotos e deram um espaço na disputada agenda dos executivos para a festa do Oscar da Saúde. Além da lista mais esperada do ano, esta edição da Healthcare Management também traz uma entrevista com Mark Britnell, autor do livro “In Search of the Perfect Health System” (Buscando o Sistema de Saúde Perfeito). O especialista, que também já foi um dos ex-diretores do sistema de saúde britânico (NHS), fala sobre os diferentes sistemas de saúde do mundo e o que podemos aprender com países como Cingapura, Israel, Índia, Japão, entre outros. O “Perfil” da vez é com Giovanni Guido Cerri, presidente do Conselho Diretor do Instituto de Radiologia do HCFMUSP e também VP do Instituto Coalizão Saúde. Neste bate-bapo, Cerri afirma a importância da colaboração entre o setor público e privado com transparência e fiscalização, como é possível reduzir a inflação médica através de uma boa gestão, e a responsabilidade do cidadão com sua saúde. No Dossiê Filantropia à luz da Gestão, levantamos discussões sobre projetos de lei direcionados para este setor na Saúde, como o PLS 744/2015, de autoria do senador José Serra, cujo objetivo é criar linhas de crédito especial com recursos da União, com condições diferenciadas às Santas Casas e instituições filantrópicas que atendem pelo SUS. Também neste dossiê questionamos propostas como o corte de isenções fiscais ao setor filantrópico que, mesmo já tendo sido excluídas da Reforma da Previdência, pode voltar a ser debatido.
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Qual é o melhor sistema de Saúde do mundo? “Cada país tem alguma lição para ensinar, e todo país tem algo para aprender”, Mark Britnell
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utor do livro “In Search of the Perfect Health System” (Buscando o Sistema de Saúde Perfeito), o inglês Mark Britnell, 51, possui um brilhante conhecimento acerca de diversos sistemas de saúde por todo mundo. Em sua obra, Britnell compartilha estudos de saúde de 30 países, como Japão, Cingapura, Israel, Estados Unidos, entre outros. Líder global da prática de healthcare da KPMG, Britnell já foi também um dos ex-diretores do sistema de saúde britânico (NHS). Em entrevista para a Healthcare Management, o especialista fala sobre o SUS e o Programa Saúde da Família, as peculiaridades de alguns países na Saúde, e também sobre modelos de financiamento que, segundo ele, no futuro, “a maior eficiência pode ser derivada de modelos mistos de pagamento para ajudar a incentivar a atingir metas de qualidade específicas.”
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Qual é a sua análise sobre o SUS? Quais são seus pontos fortes e fracos? É possível pontuar pontos positivos, porém, assim como em qualquer sistema universal de Saúde, este modelo precisa de uma transparente e forte economia para apoiar-se. Recentemente, ouvi o ministro da Saúde detalhando sobre alguns importantes avanços em eficiência e tecnologia para o SUS. Contudo, o congelamento do orçamento federal na Saúde coloca o setor público sob uma enorme pressão. Mas, acredito que mesmo com a crise, isso não deve enfraquecer o sistema, uma vez que este tem sido uma inspiração para vários países desde a sua introdução na Constituição de 1988. Percebo que um pobre sistema de saúde acarreta em mais custos para a economia do país. Comparando o sistema brasileiro internacionalmente, o Brasil gasta cerca de 10% de seu PIB na Saúde, mas sua performance,
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qualidade e expectativa de vida poderia ser muito melhor. Diferentemente dos Estados Unidos, que gastam 18% do PIB em um sistema limitado. É importante salientar que um bom sistema nacional de saúde acarreta em riquezas para o país. No trabalho que estamos realizando globalmente, estima-se que para cada US$ 1,00 gasto na Saúde, US$ 4,00 é gerado na economia por causa do alto valor de toda a cadeia de abastecimento da Saúde.
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Como você analisa a importância do investimento em medicina preventiva? Qual país pode ser um exemplo nesta prática? A qualidade e o impacto de alguns programas de saúde brasileiros são internacionalmente admirados. Entretanto, o Brasil pode aprender com muitos outros países, por exemplo, a atenção primária de Israel, que realiza parcerias entre operadoras e provedores para incentivar a vida saudável nas pessoas. Na perspectiva de promover Saúde, países como Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia são os grandes destaques, com um ótimo desempenho na abordagem dos fatores comportamentais de risco, como o tabagismo e a obesidade. Internacionalmente, prevenção gera eficiência na atenção à uma população que está se tornando cada vez mais idosa. Há um grande reconhecimento quanto ao valor de programas de prevenção para os idosos, como aumentar a atividade física e conhecimento sobre a Saúde. A melhor prevenção está em incentivar um envelhecimento ativo e saudável, com participação desses cidadãos na vida social, cultural e econômica da comunidade em que vivem.
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Você já destacou várias vezes a importância do Programa Saúde da Família do Brasil. Qual a sua visão sobre este programa? Eu pontuei o PSF em meu livro como um dos 11 melhores exemplos na Saúde. É uma chave importante para o sistema e seus esforços para alcançar as comunidades pobres e isoladas têm sido muito elogiados. Assim como muitos países, o Brasil não tem médicos e enfermeiros suficientes espalhados por todo o seu território, mas os serviços de atenção primária oferecidos pelo PSF buscam responder a essa deficiência. A atenção às famílias, bem como para toda a comunidade, acaba por promover a Saúde e por isso o PSF tem sido um modelo de inspiração em muitos países em desenvolvimento no mundo, especialmente na África e na Ásia.
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Em sua opinião, qual o melhor sistema de saúde do mundo? Por quê? Conforme escrevi em meu livro “In Search of the Perfect Health System”, não há um perfeito sistema de Saúde, mas cada país tem alguma lição para ensinar, e todo país tem algo para aprender. Baseado em minha experiência de trabalho em 69 países em mais de 250 ocasiões, coloquei em meu livro os pontos fortes e fracos de 30 países para que políticos, profissionais de saúde, pacientes e o público possam entender que cada país está enfrentando pressões com seus serviços de saúde, e o Brasil não é um caso isolado.
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Mesmo assim, é possível pontuar algumas peculiaridades? Apesar de afirmar que nenhum país possa receber o título de ter o melhor sistema do mundo, tracei 12 sistemas de alto desempenho que
todos os países poderiam aprender. São eles: - O sistema universal do Reino Unido – Este é o primeiro sistema universal de saúde, sendo um modelo em segurança, eficiência, custo e efetividade no cuidado centrado no paciente. - Cuidados primários em Israel – Sua atenção primária é considerada excelente, com rápido acesso. É frequente consultas on-line e todos os pacientes possuem o registro eletrônico. - Serviços comunitários no Brasil – O PSF já conseguiu obter a redução das taxas de mortalidade e de hospitalização por doenças crônicas. - Saúde mental e bem-estar na Austrália – Desde 1992, governos sucessivos da Austrália financiaram e apoiaram a Estratégia Nacional de Saúde Mental do país, que promove uma abordagem mais progressista em relação à hospitalização tradicional. O país oferece um grande acesso a serviços psicológicos e intervenções rápidas nas crises e surtos psiquiátricos. É um modelo de sucesso na transição do antigo modelo de manicômios para o cuidado do doente ainda dentro da comunidade. - Promoção da saúde nos países nórdicos – Setores público e privado adotam políticas de promoção à saúde, como o combate ao cigarro, consumo de álcool, obesidade e sedentarismo. - Empoderamento do paciente e da comunidade em partes da África – Países da África subsaariana têm treinado pacientes para serem parceiros e as comunidades para atuarem como provedoras de cuidado. - Pesquisa e Desenvolvimento nos EUA – Além de propor novos modelos de negócio e cuidados de saúde, os Estados Unidos se destacam com um forte investimento público e privado em pesquisa médica (ciência básica, diagnóstico e terapias). - Inovação, talento e velocidade na Índia – Destacam-se as rápidas respostas para problemas complexos. Exemplo disso é a assistência padronizada dos hospitais, o que acaba por otimizar o uso da mão de obra. A Índia também
fabrica dispositivos médicos quando os fornecedores não reduzem o preço. - Informação, comunicação e tecnologia em Cingapura – os registros de serviço de saúde são integrados eletronicamente, o que permite uma extensa análise clínica, financeira e operacional do sistema. Pacientes também podem acessar seus registros médicos. - Escolha da Saúde na França - A escolha do paciente é uma singularidade do sistema de saúde da França, onde os cidadãos são livres de consultar qualquer médico ou ir a qualquer hospital de sua escolha. Não são necessárias referências para especialistas. Os pacientes fazem pagamentos por seus serviços, e depois são reembolsados através de um cartão de crédito de registro médico. - Financiamento da saúde na Suíça - Os gastos com assistência médica representam 11,5% do PIB total do país, tornando-o o segundo sistema mais caro do mundo. O investimento da Suíça em seu cidadão e um bom ambiente para inovações permitem uma economia forte. O resultado são as pessoas mais felizes, saudáveis e mais educadas do planeta. - Cuidados com o envelhecimento no Japão– Em 2000, o Japão passou a exigir um seguro de cuidados de longo prazo para atender pessoas com 65 anos, que oferece cuidados domiciliares, academias, centros-dias e residenciais destinados a diferentes perfis.
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No Brasil, há muitos debates sobre o modelo de pagamento que, hoje, é na grande maioria pelo fee-for-service. Contudo, o setor tem discutido muito sobre o DRG. Qual a sua opinião sobre isso? O impulso para a reforma do modelo de pagamento muitas vezes decorre da necessidade de controlar os custos e, em um sistema
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que o orçamento federal de saúde está sendo congelado, isso pode acelerar esta mudança. Os modelos fee-for-service recompensam o volume em detrimento da qualidade e oferecem pouco incentivo para que os provedores invistam em inovação. No entanto, um sistema de pagamento baseado em DRG é administrativo e tecnicamente mais complexo de entregar e não pode por si só melhorar os custos e a qualidade do cuidado. Para um país de renda média que deseja aplicar o modelo de DRG, é importante considerar a implementação com cuidado, com sistemas-piloto e tetos de despesas e adaptação local apropriada de qualquer grupo importado baseado em DRG. Globalmente, o DRG se tornou o meio mais comum de reembolsar hospitais para cuidados hospitalares agudos, mas, no futuro, a maior eficiência pode ser derivada de modelos mistos de pagamento para ajudar a incentivar a atingir metas de qualidade específicas.
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Em algumas entrevistas, você destaca bastante o modelo de Cingapura. O que podemos aprender com este país? Globalmente, Cingapura possui um dos melhores sistemas de saúde universal, com alta expectativa de vida e baixa mortalidade infantil, apesar de gastar apenas 4.6% do seu PIB em Saúde. Isto é possível através de um equilíbrio entre o direito individual e a responsabilidade social, reforçado pela capacidade do governo de empreender um planejamento a longo prazo e de explorar a tecnologia, incluindo o desenvolvimento do programa nacional de registo eletrônico de saúde. Estas são áreas que muitos sistemas poderiam aprender, embora o país ainda tenha questões a serem resolvidas, incluindo a desigualdade na saúde e a necessidade de uma maior integração dos serviços hospitalares isolados. Mas é invejável a reputação do país para a inovação. 24
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Como é possível conciliar a alta tecnologia e qualidade com o baixo custo? Cada vez mais temos exemplos de tecnologia guiando a qualidade para o baixo custo. Recentemente, visitei Israel e lá eles estão fazendo o melhor uso da tecnologia, incluindo inteligência artificial, para prever quando os pacientes ficarão doentes. Além disso, o país está investindo em tecnologia que fornecerá registros médicos e consultas telefônicas mais rápidas, mais acessíveis e mais barato para os pacientes. A Clalit, principal organização sem fins lucrativos de manutenção da saúde em Israel, tem mais de 70% de seus 4,2 milhões de membros acessando seus registros de saúde eletrônicos on-line. O compartilhamento de dados de pacientes em tempo real inclui registros médicos em atenção primária e secundária, dados de serviços de saúde aliados, registros de doenças, dados de farmácia e medicação, resultados de diagnóstico e imagem e dados sociodemográficos. Esta integração profunda é uma ferramenta poderosa para melhorar a qualidade do cuidado e permite benchmarking em tempo real da qualidade do sistema de saúde, acesso, experiência do paciente e custos. A questão agora enfrentada pelos provedores de cuidados é menos sobre como a tecnologia e a qualidade da saúde podem funcionar em conjunto com baixo custo e mais sobre como aproveitar isso e implementar a mudança com êxito.
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Como você avalia a importância dos cuidados com o envelhecimento? Quase todos os países estão passando pelo o envelhecimento da população e poucos - como Japão, Holanda e Cingapura - estão começando a tomar as medidas necessárias. As estatísticas falam por si. Com o envelhecimento da população, o número de pessoas com demência pas-
sará de 44 milhões, hoje, para 135 milhões em 2050. Lidar com esta e outras necessidades será um desafio global significativo. Em meu livro, dividi algumas das melhores práticas que vi em termos de cuidados para esta população. Um deles são as comunidades como cuidadores e o Japão tem feito um trabalho muito bom com o seu Sistema Integrado de Cuidados Baseados na Comunidade. Eles prestam serviços como bem-estar, cuidados de saúde, cuidados de longa duração e medidas preventivas dentro das comunidades existentes.
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Como você analisa as parcerias público-privadas no desenvolvimento da Saúde? Os cuidados de saúde privados precisam de uma transição para uma relação mais co-
laborativa e transparente em benefício dos pacientes e de todo o sistema. Os setores público e privado da saúde no Brasil parecem estar indo em diferentes direções no presente e isso não é bom para o país, para a sua coesão social e eficiência. Em muitos países de renda média, temos exemplos bem-sucedidos de parcerias público-privadas. Isso envolve novas escolas médicas conjuntas, novos centros de cuidados, pacientes públicos a serem tratados em instalações privadas a preços nacionalmente ou regionalmente determinados e assim por diante. Eu discuto em meu livro como o mercado privado de saúde no Brasil é, atualmente, muito grande para ser visto simplesmente como um sistema paralelo e redefinir essa relação precisa ser a próxima etapa do desenvolvimento do sistema brasileiro. H
Laboratório São Marcos
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A união faz a Ética
Abimed e Instituto Ethos formam parceria em prol da promoção da integridade no setor. Mapeamento sobre o grau de maturidade em compliance das empresas brasileiras será o primeiro estudo realizado em conjunto entre as instituições 26
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Diante do atual cenário político-econômico em que o Brasil se encontra, é evidente a crescente demanda por discussões de temas que refletem sobre conceitos e condições de ética e compliance no setor. Programas que defendem a transparência nas atividades institucionais têm se mostrado cada vez mais eficientes para garantir, por exemplo, a competência técnica com boa gestão de custos. Claudia Scarpim, diretora de Relações Institucionais da Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia), ressalta o momento delicado que a saúde brasileira está passando, no qual a sustentabilidade do setor está sendo posta à prova. “Os recursos financeiros não são suficientes para cobrir os gastos com a saúde de uma população que vem envelhecendo e exigindo cada vez mais do sistema, que sofre, ainda, com problemas de gestão, mau uso de recursos e desvios – que acabam por atingir frontalmente os avanços tecnológicos necessários e importantes para a saúde do brasileiro.”
Mais especificamente no segmento das indústrias de Saúde, a Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia (Abimed) vem desempenhado, desde 1996, trabalhos importantes para a promoção de ambientes éticos de negócios, fomentando discussões sobre as melhores práticas para setor
Claudia Scarpim, diretora de Relações Institucionais da Abimed
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Health Innovation
Em busca de promover soluções para impasses como estes, a Abimed se associou, recentemente, ao Instituto Ethos. O principal objetivo dessa parceria foi permitir que as iniciativas do Ethos sejam disponibilizadas às empresas filiadas à Associação. Sobre a parceria, Felipe Kietzmann, presidente da Comissão de Ética da Abimed, ressalta que, dentre outras sinergias, essa ação visa “colocar a integridade da área da Saúde na pauta do Instituto Ethos, contribuindo para a sua agenda com governo e autoridades públicas”. Caio Magri, presidente do
Instituto Ethos, revela que, além do projeto de investimento conjunto para a melhoria da performance da integridade das empresas associadas à Abimed, o Instituto tem como objetivo levar para a Associação metodologias de indicadores e medidas concretas de materialidade para a gestão da sustentabilidade dos negócios, com questões ligadas ao meio ambiente, direitos humanos, integridade e ética. “Nós estamos nessa parceria disponíveis e dispostos a apoiar a Abimed em tudo aquilo que ela precisar para construir um ambiente sus-
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A PARCERIA ENTRE INSTITUTO ETHOS E ABIMED VISA, DENTRE OUTRAS SINERGIAS, COLOCAR A INTEGRIDADE NA ÁREA DA SAÚDE NA PAUTA DO INSTITUTO ETHOS, CONTRIBUINDO EM SUA AGENDA COM GOVERNO E AUTORIDADES PÚBLICAS.”
Felipe Kietzmann, presidente da Comissão de Ética da Abimed
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tentável na Saúde. Queremos montar um banco de boas práticas com as empresas que têm, de fato, conseguido estabelecer mudanças e transformações na sua direção da sustentabilidade”, diz Magri. Os Indicadores Ethos, por serem uma ferramenta para a verificação e contínuo aprimoramento dos padrões éticos, irão amadurecer ainda mais o sistema de Saúde. “Esta parceria deve possibilitar à Abimed conhecer essa experiência e fomentar que as empresas que compõem a indústria da alta tecnologia de produtos para saúde avaliem os seus programas de compliance, acompanhem a sua evolução e assegurem sua efetividade”, complementa Kietzmann.
Mapeamento do Setor Um dos projetos conjuntos entre as instituições será o mapeamento sobre o grau de maturidade em compliance das empresas associadas à Abimed, um projeto inspirado em experiências nacionais e internacionais. Segundo Claudia, a ideia é que a partir deste mapeamento as empresas possam definir suas ações de fomento a sistemas cada vez mais robustos e plenamente eficazes. “Este é um trabalho que já vem sendo conduzido pelo Comitê de Ética da instituição, tendo como base o seu Código de Conduta, revisado constantemente e que prevê que as empresas estejam aderentes a esses padrões comportamentais.” O presidente do Instituto Ethos explica que a pesquisa será elaborada através da participação de mais de 50 empresas avaliadas por meio de 14 indicadores que medem o grau de maturidade dos programas de integridade de uma empresa. Além de voluntário, o processo é uma aplicação de autodiagnóstico. As empresas interessadas receberão treinamentos de capacitação para aplicar e desenvolver o método. Segundo Magri, este estudo é dividido em quatro grandes etapas: capacitação, aplicação dos indicadores, análise individual de cada empresa e sistematização de todas as
Caio Magri, presidente do Instituto Ethos
instituições que participaram do projeto. Sobre a relevância deste mapeamento, Magri acredita que através dele será possível diagnosticar a atual situação para que depois sejam tomadas as mudanças necessárias para aprimorar o desenvolvimento das empresas associadas. A previsão é que o relatório deste projeto seja lançado ainda neste ano. De acordo com Kietzmann, se a iniciativa for bem-sucedida, a intenção é torná-la anual, per-
mitindo assim uma adesão maior pelo número possível de associadas e o acompanhamento da evolução dos seus respectivos Programas de Compliance. “Nós acreditamos que o levantamento será um grande contributo para o setor. A indústria internacional já vem se debruçando sobre o combate a todas as formas de corrupção há bastante tempo, ao passo que no Brasil não temos essa uniformidade”, conclui Claudia.
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Revolução Ética Para Claudia Scarpim, os sistemas de compliance da indústria brasileira estão maduros, reflexo da influência internacional de países que já desenvolveram legislações anticorrupção há algum tempo. “Nós temos visto as relações entre os players do setor evoluírem com o país. Estamos passando por uma verdadeira revolução ética. O mercado e a população vêm cobrando das empresas e instituições ações transparentes, e a experiência da indústria contribui para essa evolução que é benéfica para todos”. Na visão de Kietzmann, atualmente, muito se fala sobre a necessidade da criação de programas de compliance efetivos e não apenas simbólicos ou formais. O executivo acredita ainda que o primeiro passo para que um programa seja efetivo é conhecer os riscos de mercado em que cada instituição atua, para que as políticas, processos e controles internos sejam estruturados de modo a prevenir os principais riscos decorrentes de cada perfil de empresa. “A partir da implementação do programa de compliance, atividades de autoavaliação, monitoramento e auditoria são fundamentais para assegurar que o programa esteja sendo efetivo, ou seja, realmente prevenindo esses riscos”, reflete o diretor. Por outro lado, Magri pontua que “nós ainda estamos 30
“O mapeamento de riscos é uma condição de um bom sistema de integridade. É com base neste mapeamento que as ações de mitigação serão implantadas. É por isso que a Abimed incentiva que cada empresa desenvolva este exercício, avaliando suas atividades rotineiras e identificando situações de risco”, Claudia Scarpim
muito distantes de dizer que as indústrias, em sua maioria, estão desenvolvendo práticas de boa governança e um ambiente de integridade e transparência no Brasil”. Para ele, por mais que existam exemplos de boas práticas no setor no país, ainda estamos distantes de termos a maioria das empresas com essas práticas. “O nosso desafio para os próximos anos é ampliar e conseguir conquistar que a maioria das indústrias brasileiras sejam éticas, íntegras e que contribuam para uma sociedade sem corrupção”. H
Interferência cenário político-econômico “A sociedade, a política e a economia não suportam mais esse ambiente de corrupção na relação público-privada. Então, nesse cenário, as empresas precisam abrir os olhos, entender a mensagem e serem parceiras nesse processo de mudança na sociedade”, reflete o presidente do Instituto Ethos sobre a atual influência do cenário político-econômico na implantação de Programas de Compliance nas instituições. Sob o olhar do diretor Regional de Compliance e presidente da Comissão de Ética da Abimed, Felipe Kietzmann, os recentes escândalos de corrupção no Brasil, encorajou “o próprio fado da Lei Anticorrupção brasileira ter previsto a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, como atuante na eventual aplicação de sanções, criando um incentivo econômico para que as empresas invistam nesse tipo de programa”.
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Mercado
Logística de medicamentos automatizada Marcos Plana, da Swisslog, analisa soluções automatizadas para a gestão de medicamentos; para definir o modelo a ser utilizado, é preciso avaliar pontos como capacidade de investimentos, nível de gestão e controle da informação 32
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Nas instalações hospitalares, a automação logística é fundamental na busca por maior eficiência, produtividade e segurança. Essas soluções ajudam os hospitais, por exemplo, a melhorarem a eficiência na gestão dos medicamentos desde o seu recebimento até a administração beira leito, racionalizando não somente a produção e armazenagem, mas também alternativas de transporte interno, e estratégia de disponibilidade de estoques satélites, aperfeiçoando o fluxo de trabalho, racionalizando os custos e proporcionando uma melhor experiência ao paciente. Segundo Marcos Plana, sales business development da
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Swisslog, existem três modelos de soluções automatizadas para a gestão de medicamentos, sendo elas: design para dispensação centralizada, descentralizada e híbrida. No entanto, a escolha por um desses modelos é relativa. O profissional explica que, para sustentar qual o melhor sistema a ser aplicado, é necessário diagnosticar, profundamente, o funcionamento da instituição, incluindo os aspectos culturais. Plana ressalta que é preciso avaliar pontos como a capacidade de investimentos, o nível de gestão e o controle da informação. Nesse contexto, é importante também examinar o quan-
to a instituição está disposta a introduzir mudanças em seus processos, de maneira em que as decisões estratégicas sejam analisadas em toda a gestão do procedimento, desde o seu recebimento até a administração do paciente. Nunca é demais destacar que quanto maior for o nível da automação, menor será a intervenção humana nos processos logísticos e consequentemente estaremos melhorando a segurança dos pacientes. “Hoje em dia, em um ambiente hospitalar, não faltam motivações para provocar a necessidade de se redesenhar a logística hospitalar, pois independente do modelo adotado, todas as instituições precisam melhorar os seus resultados”, ressalta. Centralizado De acordo com Plana, sempre que um gestor optar pela dispensação no modelo centralizado, é possível identificar benefícios tangíveis e intangíveis, além de proporcionar menos estoques periféricos. Por outro lado, o processo centralizado exige um excelente dimensionamento das equipes de farmácia e de almoxarifado, além de precisar ser monitorado integralmente para não gerar processos com custos demasiadamente elevados ou ineficientes. “Se o processo for 100% centralizado, considerando também o atendimento das alas de risco, como pronto-
Interferência cenário político-econômico Benefícios do modelo de solução automatizada centralizada: * Em relação ao processo logístico – maior eficiência no processo: - menor gestão de estoques periféricos; - menos inventários a realizar; - maior assertividade no planejamento de compra; - maior controle sobre os prazos de validade; - distribuição racional e ordenada; - equipes de apoio menores. * Em relação à atenção ao paciente – aumento do controle e da segurança: - enfermagem dedicada ao atendimento do paciente; - menor possibilidade de erros de administração; - maior tempo para administrar os medicamentos nos horários prescritos. Em relação ao processo de gestão operacional – maior controle e menor custo: - menor custo global de investimentos; - maior controle sobre estoques e alocação de custos por paciente; - menor custo com internações ocasionadas por eventos adversos; - menor custo operacional (perdas/custos de estoques - menos pessoas).
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Mercado
-socorro, UTI e centros cirúrgico, obstétrico e de hemodinâmica, dimensionamentos inadequados de pessoal ou não utilização de automação, podem gerar problemas de desabastecimento ou erros de dispensação, o que passaria a comprometer muito a segurança dos pacientes. Normalmente, existe uma resistência das equipes de enfermagem em defender este modelo”, ressalta o sales business. Outro ponto crítico desse modelo, segundo Plana, é um possível aumento no índice de devoluções e retrabalhos gerados quando ocorrem trocas na prescrição ou quando o paciente é transferido para outras alas.
“A descentralização sempre se justifica como vantagem quando efetivamente melhora a atenção ao paciente que se encontra em tratamento intensivo, semi-intensivo em caso de riscos ou realizando exames e pequenas intervenções, em que a agilidade do atendimento passa a ser um diferencial que justifica a adoção deste processo”
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ESTAMOS NA ERA DIGITAL E NÃO PODEMOS MAIS PENSAR EM MELHORIA DE PROCESSOS LOGÍSTICOS SEM O USO ADEQUADO E CADA VEZ MAIOR DE TECNOLOGIAS”,
Marcos Plana
Descentralizado As vantagens do processo descentralizado, segundo Plana, são justificadas nas alas que apresentam maior risco aos pacientes, ou seja, as alas de pronto-socorro, UTI e centros cirúrgico, obstétrico e de hemodinâmica ou áreas onde os enfermos permanecem por algumas horas ou períodos inferiores a 24 horas, como ala central de diagnósticos ou Hospital Dia. O profissional explica que, nas áreas críticas, o dimensionamento das equipes de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem normalmente permite uma gestão de estoques e separação de itens mais assertiva, com uso racional e ordenado da dispensação – o que permite automaticamente um melhor controle dos estoques periféricos. “A descentralização sempre se justifica como vantagem
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quando efetivamente melhora a atenção ao paciente que se encontra em tratamento intensivo, semi-intensivo em caso de riscos ou realizando exames e pequenas intervenções, em que a agilidade do atendimento passa a ser um diferencial que justifica a adoção deste processo”, ressalta. No entanto, os processos 100% descentralizados resultam no aumento dos custos com recursos humanos, gerenciamento de mais áreas com estoques periféricos e maior custo global de investimentos, caso o hospital decida por autorizar os postos de enfermagem aumentando também o custo de estoque. “Em relação aos pacientes, podemos considerar como desvantagens a possível menor participação do farmacêutico no processo de validação das prescrições antes de sua administração e o tempo que a enfermagem dedica para atividades logísticas.” H
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ARTIGO
FIM DO PATROCÍNIO MÉDICO EM EVENTOS: AVANÇO ÉTICO NA RELAÇÃO ENTRE INDÚSTRIA E PROFISSIONAIS DE SAÚDE
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partir de 1º de janeiro de 2018, as empresas associadas da ABIMED -Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde - ficarão proibidas de patrocinar a participação de profissionais de saúde em eventos promovidos por terceiros. Dessa forma, elas não poderão custear passagens aéreas, inscrição, alimentação ou hospedagem desses profissionais em eventos como congressos e simpósios médicos. Essa iniciativa acompanha os principais avanços éticos em curso no mundo e está sendo implementada também por entidades internacionais do setor de produtos para saúde, como a MedTech Europe, da qual fazem parte a EUCOMED (Associação Europeia da Indústria de Tecnologia Médica) e a EDMA (Associação Europeia dos Fabricantes em Diagnósticos). A data de 1º de janeiro de 2018, também adotada pela EUCOMED, foi escolhida pela ABIMED com o propó-
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sito de dar tempo ao mercado para se ajustar à mudança de paradigma, para que indústria e representantes dos profissionais de saúde buscassem alternativas de capacitação, afastando o risco de se criar um vácuo de educação médica continuada no país. Diante desse cenário, já no final de 2014, a ABIMED anunciou a proibição vindoura a seus associados. O próprio Código de Conduta da Associação, revisto naquele ano, passou a incorporar a nova medida. Muitas companhias, inclusive, já abandonaram a prática do patrocínio. Para as empresas de tecnologia médica, a interação com profissionais de saúde é fundamental e parte do seu cotidiano. Além de participar dos processos de Pesquisa e Desenvolvimento de novos produtos, são eles que utilizam as novas tecnologias. De sua habilidade, destreza e conhecimento acerca dos equipamentos e dispositivos médicos depende o sucesso das intervenções realizadas nos pacientes.
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Carlos Goulart Presidente Executivo da ABIMED – Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde.
Por esta razão, é responsabilidade das empresas prover instrução adequada, treinamento e suporte técnico a esses profissionais como meio de assegurar para os pacientes a utilização segura e eficaz desses dispositivos. Para cumprir essa missão e diante da vigência das novas regras, a partir de 1º de janeiro de 2018 as empresas poderão, a seu critério, dar suporte a congressos científicos, mas o patrocínio poderá ser dirigido apenas às sociedades médicas que os organizam e não mais aos profissionais de saúde. O financiamento aos organizadores de eventos terá o propósito exclusivamente educacional e será estabelecido em contrato que dê total transparência às atividades desenvolvidas, à destinação dos recursos e valores envolvidos. Além disso, as empresas poderão continuar a promover suas próprias atividades de educação médica, como já ocorre hoje, por meio de parcerias com universidades, sociedades médicas, web conferência ou capacitação
na própria empresa. Essa interação também continuará sendo regida por contratos claros e transparentes. Medidas como o fim do patrocínio médico a eventos de terceiros refletem uma inequívoca e bem-vinda evolução no campo da Ética. Hoje, o mundo todo discute a importância de se dar maior transparência às relações entre os players da saúde e busca implementar medidas para prevenir e mitigar conflitos de interesse. O próprio Código de Conta da ABIMED, - que desde
2006 estabelece um conjunto de princípios para orientar a atuação e relacionamento de suas associadas, já passou por quatro revisões e se prepara para realizar mais uma - é um reflexo das transformações éticas que ocorreram na última década. Para a ABIMED é importante que práticas que deem transparência cada vez maior à cadeia de produtos para saúde se estendam a todo o mercado, para que possamos promover, de fato, uma mudança cultural na maneira de fazer negócios no país. H
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Informe Publicitário
Hospital Mãe de Deus inova e lidera mudanças na gestão hospitalar
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om planejamento estratégico e ações inovadoras, o Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre, tem se destacado no crescimento da aprovação dos seus serviços. Nos últimos anos, o grau de satisfação do paciente saltou de 74% para 91%. E o índice de rejeição baixou de 5% para 1%. Essa performance já reflete as ações e diretrizes propostas pelo superintendente do Hospital Mãe de Deus, Alceu Alves da Silva. Especialista em Administração Hospitalar e um dos 60 associados plenos (fellow) do Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde, Dr. Alceu instaurou um novo modelo de gestão hospitalar focado no empoderamento, que prioriza a participação dos funcionários, considerando suas aptidões e comprometimento, valoriza ainda mais o papel do médico como parceiro e, principalmente, dá voz aos pacientes. “Esse modelo também estimula a maior autonomia das pessoas para que possam fazer as coisas acontecerem com mais agilidade. A iniciativa de valorizar as ideias das pessoas eleva a sensação de pertencimento à Instituição”, diz. Entre as iniciativas da nova gestão com foco no empoderamento dos colaboradores, está o Programa Geração de Soluções. Trata-se do canal pelo qual os funcionários inscrevem soluções de melhorias que eles mesmos terão de implantar junto com a área e a sua liderança. Em 2016, o programa recebeu uma série de ideias de melhorias dos próprios funcionários. As iniciativas que já foram implantadas geraram uma renda de R$ 1,3 milhão/ano, considerando redução de custos e aumento de receitas. Por meio da metodologia Planetree, o conceito de empoderamento permeia o programa de humanização das relações implantado sob a gestão do Dr. Alceu e que cria um diferencial competitivo da forma como o hospital se relaciona com as pessoas, sejam elas clientes, familiares ou funcionários. No caso dos pacientes, entre outras ações, eles são convidados a manifestar as suas preferências e são incentivados a participar do planejamento do seu tratamento a partir, por exemplo, do estímulo ao acesso ao seu prontuário. Outra forma de participação ativa dos pacientes, familiares e comunidade do entorno do hospital foi a criação de Conselhos Consultivos, que oportunizam a coparticipação de decisões importantes e possibilitam sugerir melhorias em reuniões frequentes com a diretoria do Hospital. O superintendente executivo explica que o Planetree orienta as ações do dia a dia da instituição em busca de um ambiente ainda mais humano e comprometido com
a saúde dos pacientes. “O conceito é cuidar das pessoas em todos os níveis: físico, mental, emocional, social e espiritual, atendendo suas reais necessidades e que vão além da assistência. Planetree é uma metodologia que contraria a forma arbitrária com a qual as instituições hospitalares se relacionam com os seus pacientes, dando mais voz a eles”, resume Dr. Alceu, eleito um dos 100 mais Influentes da Saúde em 2016 e em 2017. Com suas iniciativas inovadoras, o novo modelo adota uma gestão hospitalar diferenciada sem descuidar da sustentabilidade. Isso é possível porque também tem um olhar para o futuro, antecipando-se às demandas de saúde da população. Um exemplo dessa postura é que entre os destaques está o lançamento do Hospital do Câncer Mãe de Deus. Com investimento de R$ 70 milhões, deverá ser concluído em 2018 e será um dos mais modernos centros da América Latina, desenvolvendo programas de prevenção, aconselhamento genético, diagnóstico, tratamento, e uma unidade de tratamento de leucemias e transplante de medula óssea. O Hospital também investiu no ano passado na aquisição do PET-CT denominado Discovery IQ. E, novamente, está na vanguarda, tornando-se o primeiro hospital da América Latina a dispor desse equipamento em sua configuração mais avançada.
Alceu Alves da Silva, superintendente do Hospital Mãe de Deus
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Health-IT
Evolução no atendimento
Menos espera, mais agilidade e melhor manutenção de leitos através da tecnologia
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Soluções tecnológicas que possibilitam uma maior humanização no atendimento, além de estreitar e otimizar a comunicação entre os colaboradores de diversas áreas do hospital. Estas são as propostas dos softwares que a beeIT oferece para o mercado de Saúde. Conforme explica Sandro Pinheiro, analista de sistemas e CEO da empresa, os softwares eliminam etapas desnecessárias nos processos de higienização do leito e no atendimento ao paciente. “Por um lado, essas tecnologias possibilitam o aumento da produtividade. De outro, diminuem o estresse dos pacientes, uma vez que elas passam a agilizar o serviço prestado.” As soluções atendem desde gestores, usuários médicos e enfermeiros, até colaboradores de áreas como limpeza de leitos e atendentes administrativos. O Leithos, por exemplo, é um software que automatiza o processo de higienização dos leitos hospitalares, reduzindo o tempo de ociosidade e aumentando a rotatividade do leito de internação. “Para leitos do SUS, é possível integrar com as centrais de regulação do município ou do Estado, eliminando o tempo de atualização manual entre os sistemas”, explica o executivo. Atualmente, o Leithos está implantado na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, que conta, hoje, com um complexo de sete unidades e mais de 1.200 leitos.
Já a ferramenta Salus permite a gestão das Unidades de Urgência/Emergência, possibilitando, além da humanização do atendimento, a automatização. Com isso, os pacientes mais graves podem ser identificados mais facilmente, reduzindo o tempo de espera pelo atendimento. “O protocolo de Classificação de Risco pode ser o próprio da unidade ou município. Neste caso, o Salus ajuda na evolução deste protocolo, indicando ajustes, visando o aprimoramento.” Hoje, o Salus está presente
no município de Timbó (SC), no Hospital OASE e está sendo implantado no hospital e nas UBS no município de Jaraguá, de Goiânia. “Ambos são sistemas especialistas, que agregam economia financeira, mas, principalmente, focados na humanização do atendimento. São soluções que podem ser integradas a qualquer sistema de gestão de hospitalar e, no caso do Leithos, integrado diretamente à Central de Regulação de Leitos dos municípios ou Estado”, explica Pinheiro. H
Sandro Pinheiro, CEO da beeIT
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Gente e Gestão
RH na Saúde, uma gestão que pode salvar carreiras 42
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O diálogo e a transparência como ingredientes para melhores performances e engajamento da equipe
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Quando o assunto é avaliação de performance e seus desdobramentos, como o encarreiramento, sucessão, aceleração do conhecimento etc, o setor da Saúde traz aspectos complexos que desafiam ainda mais o resultado esperado, pois além do cuidado com a vida humana, trata-se de organizações multidisciplinares, com alta complexidade de especialização, atualização, remuneração, além de jornadas e benefícios bem particulares. “Todo esse cenário deveria catapultar o mercado da Saúde para patamares bem estratégicos de gestão de pessoas, mas, ao contrário, vemos uma carência enorme de indicadores e processos de recursos humanos. Ao meu ver, o processo e a crença metodológica da avaliação de performance em Saúde ainda precisam ser acelerados”, afirma Agatha Machado Alves, executiva de Recursos Humanos e Consultora Especialista em Desenvolvimento e Engajamento. Cultivar ambientes éticos onde seja possível criar estruturas e processos de gestão capazes de identificar os erros, monitorá-los e minimizá-los é
um importante passo. “Este é o grande dilema na Saúde. Falamos em preservação da vida, de boa formação dos profissionais, mas nos esquecemos de trabalhar e investir em gestão de pessoas na prática, o que prejudica a estrutura de sustentação dessa prestação de serviço.” Neste contexto, o feedback é um processo impossível de ser dispensado. “Seres humanos se entendem conversando e a qualidade dessas conversas é que pontuará a necessidade de mais ou menos feedbacks ao longo de seu trabalho comum.” A grande reflexão que uma organização deve fazer é a respeito do seu próprio nível de maturidade cultural e qual sistemática de “conversas” é a mais adequada para a sua realidade, para daí criar ou rever o sistema de feedbacks. “Quanto mais maturidade, transparência e verdade uma organização tem, mais fácil será esse processo e mais fluído. Certamente, bons alinhamentos são essenciais para melhores performances. A qualidade das conversas entre todos os stakeholders de uma organização – líderes, liderados, pares,
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Gente e Gestão
fornecedores etc – refletirá o nível de alinhamento de entrega e performance de um negócio.” O diálogo organizacional refere-se também aos processos e práticas instalados que facilitarão ou dificultarão o trânsito de informações, e não apenas de diálogos espontâneos. “Se uma organização trabalha com transparência, abre dados, audita suas rotinas, cria indicadores de sustentabilidade, por exemplo, suas práticas refletirão esse “modo de ser” e, assim, determinará um certo funcionamento das pessoas que trabalham sob sua cultura. Dificilmente nesta cultura serão aceitos comportamentos antiéticos, pois seus hábitos provocarão mais transparência no funcionamento geral e isso é refletido nas atitudes.”
Além disso, utilizar tecnologia adequada para esses processos e, assim, conversar com essa nova geração de profissionais e indivíduos é um diferencial. Engajamento A Saúde geralmente é um setor cujo índice de engajamento dos profissionais com o trabalho é alto. Muitos relacionam este fato ao “altruísmo” com a manutenção da vida que naturalmente desperta nos profissionais o estado de compromisso. “Isso nos leva a deduzir, então, que a falta do engajamento está muito mais relacionada à organização para quem
Modernizar o Rh na Saúde Agatha afirma que a Saúde ainda tem que evoluir muito quando o assunto é gestão de pessoas. “Muitas organizações de Saúde sequer possuem sistemas adequados de avaliação instalados, onde o processo de encarreiramento e reconhecimento é duramente afetado.” Instalar processos mais modernos em Saúde, com foco no engajamento de todos, líderes e liderados, e que efetivamente estivessem atrelados a outras esferas de recursos humanos, como desenvolvimento do potencial, retenção e carreira é um passo importante. 44
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se presta o trabalho do que praticamente para a execução dele em si”, afirma Agatha. Diferente de outros setores, o desengajamento na Saúde pode estar muito mais associado a como a organização é, como ela está estruturada, como são executadas suas práticas e processos, sua justiça no dar e receber, entre outros fatores. O maior desafio para engajar pessoas em um ambiente de Saúde está diretamente relacionado à estrutura dos processos de recursos humanos e seu nível de maturidade e transparência. “Cuidar da cultura organizacional é, nesse caso, essencial.” H Agatha Machado Alves, executiva de Recursos Humanos e Consultora Especialista em Desenvolvimento e Engajamento
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Líderes e Práticas
Crescimento monitorado
Através da aplicação de serviço de monitoramento na área de TI, Unimed Santos reduz em 85% o número de incidentes de operações
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A Unimed Santos atende, aproximadamente, mais de 180 mil beneficiários – que vivem não apenas na cidade portuária, como também em São Vicente, Praia Grande, Cubatão, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Pedro de Toledo e Itariri. A central de O serviço saúde também presta serviços de monipara as pessoas de outras regitoramento ões do país, uma vez que ela faz parte do Sistema Nacional Uni- da Proative med de Intercâmbio. controla A cooperativa cresceu acelera- cerca de 400 damente em seus processos, amitens da Unipliando o seu número de médicos cooperados de forma rápida, che- med Santos, gando hoje a marca de cerca de totalizando a 1.500 filiados. Com isso, a deman- interligação da por um fluxo de informações de 14 sedes, adequado passou a ser intenso, com dispoalém de exigir forte coordenação nibilidade de de áreas que vão além do setor de 100% na atendimento aos pacientes. Os semodalitores de áreas externas, por exemdade plo, – que abrangem clínicas, hospitais e laboratórios – passaram a 24x7 demandar uma maior integração das informações. Para acompanhar o crescimento destas demandas operacionais, a Unimed Santos ampliou os seus recursos e infraestrutura em TI. O principal desafio da cooperativa foi implementar um serviço de monitoramento que acompanhasse o atendimento, 24x7, interligado de forma online.
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Benefícios de um serviço de monitoramento inteligente A partir de meados de 2013, a área de TI da Unimed Santos deu um passo importante para continuar com o seu processo de crescimento e expansão, fechando uma parceria estratégica com a Proative, empresa de tecnologia especializada em soluções inovadoras para gerenciamento de informações. A implementação da solução de monitoramento foi rápida. Após 40 dias de trabalho, a solução já estava funcionando, garantindo o monitoramento de informações sobre uma ampla capacidade de abrangência – infraestrutura, aplicações, processos de negócio e facilities –, inclusive, com toda a equipe treinada e com os painéis de controle (dashboards) também implantados de forma personalizada, tornando a gestão do monitoramento mais fácil e intuitiva e aproximando ainda mais o setor de TI às demais áreas da organização. Após o processo de implementação, os benefícios começaram a aparecer de forma automática. O serviço de mo-
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nitoramento trouxe ao setor de TI tranquilidade, agilidade, maior controle de gestão, e principalmente, satisfação dos clientes. Antes, o comunicado de falhas que era registrado pelo próprio cliente, passou a ser monitorado proativamente pelo serviço, reduzindo em 85% o número de incidentes das operações. Um futuro próximo O setor de TI da Unimed Santos já vem, há algum tempo, amadurecendo com os aspectos de governança corporativa, que auxiliam todos os departamentos da cooperativa num processo evolutivo, trazendo maior transparência aos processos e tornando a TI mais estratégica para a organização. Neste sentido, um dos próximos passos do serviço de monitoramento é evoluir para a camada de processos de negócios, garantindo, por exemplo, que pacientes crônicos, serviços de homecare, medicina preventiva e o prontuário eletrônico sejam também monitorados em tempo real para melhor atender o seu cliente final. H
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Estratégia
Da origem ao destino O desafio de entregar o produto sem perder a qualidade
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Procedimentos inadequados no transporte e logística de medicamentos e equipamentos hospitalares significam não apenas um aumento de custos, como também riscos para a saúde do paciente. Isso porque até chegar ao consumidor final, os produtos percorrem, na maioria das vezes, longos caminhos e ficam sujeitos a condições que, se não forem controladas, podem alterar suas propriedades e comprometer a qualidade. “Os produtos devem chegar ao consumidor final com as mesmas particularidades quando saem da indústria”, explica Thais Bandeira Cardoso, sócia administradora da, empresa especializada em logística multimodal. Tecnologia e ferramentas de gestão são importantes investimentos para a entrega de um serviço de qualidade. “É necessário mensurar e monitorar os resultados a fim de garantir excelência no transporte. Isso acaba agregando valor aos serviços.”
Atualmente, a Kodex atua para fornecedores de importantes instituições de Saúde, como o Hospital Sírio-Libanês e o Albert Einstein. Para este ano, Thais explica que a empresa visa crescimento através de algumas apostas. Entre elas está a participação de importantes feiras, como a Hospitalar, e também a ampliação de seu HUB, em Porto Alegre. “Estamos empenhados em conquistar certificados para armazenagem e correlatos. Além disso, apostamos também na ampliação de veículos certificados pela Anvisa para maior amplitude e oferta de distribuição dos medicamentos e correlatos”, explica.
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Profissionais engajados com o objetivo da empresa e que se dedicam com paixão ao que fazem
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Além da Saúde Recentemente, a Kodex recebeu o Certificado de Registro e Classificação (CRCC Petrobras), uma avaliação que qualifica previamente o fornecedor de serviço/produto para companhia estatal. A certificação ocorre pelo Portal Petrobras, ficando os certificados e as notas disponíveis para toda a companhia. “Nós, da Kodex, já possuímos a Declaração de Registro Simplificado (DRS), que é uma habilitação para fornecer serviços de logística intermodal até um limite de valor. Este ano conquistamos o CRCC, que nos habilita ao fornecimento de soluções mais completas, participações de licitações e futuros contratos.” H
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Líderes e Práticas | Especial Acreditação
Melhoria contínua Com selo ONA Nível II, Hospital Unimed Volta Redonda apresenta índice de satisfação de cliente com 99% em 2016. Unidade conquistou seu primeiro certificado após três anos de inauguração 54
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Passos largos e triunfais. É assim que se define a história do Hospital Unimed Volta Redonda que, em 2013, com apenas três anos de lançamento, alcançou a sua primeira certificação, o selo ONA Nível I. Vitório Moscon Puntel, vice-presidente da Unimed Volta Redonda e diretor de Recursos Próprios, conta que o processo de acreditação da unidade teve início em 2012. “Começamos o mapeamento dos processos, reestruturação da equipe, implantação do Manual de Segurança do Paciente, gerenciamento dos riscos, seguindo as diretrizes do manual de acreditação.” Dois anos após a primeira certificação, em 2015, a unidade alcançou o selo ONA Nível II, tornando-se Acreditado Pleno, passando a atender critérios de segurança e apresentando gestão integrada, com processos ocorrendo de maneira fluida e com plena comunicação entre as atividades. Para Puntel, a acreditação é consequência de um trabalho bem desenvolvido diariamente no hospital. “Buscamos com a acreditação ter processos fortalecidos e maduros, que visam a segurança do paciente. Receber a acreditação é consequência do trabalho desenvolvido no dia
a dia do Hospital. Além de ser um diferencial de mercado, a certificação traduz a segurança da unidade para o cuidado com o paciente”, ressalta o vice-presidente sobre a importância do processo. Além do selo de acreditação, o Hospital Unimed Volta Redonda conta também com o certificado Health Information and Management Systems Society (HIMSS) Nível 6, com ações focadas na melhoria da saúde através do uso de tecnologia da informação. Para atingir esse patamar, Puntel explica que foi necessário trabalhar a cultura da melhoria contínua e investir constantemente em tecnologia, envolvendo pessoas com formação e informações diversificadas. O vice-presidente comenta ainda que a implantação dessa filosofia modelou a utilização das ferramentas de gestão, passando a melhor definir os indicadores, metas e planos de ação do Hospital. “A principal dificuldade é trabalhar a cultura da melhoria contínua, envolvendo pessoas com formação e informações diversificadas. O grande desafio é transformar a cultura de um hospital visando à Acreditação, reforçando na assistência, o cliente como centro das atenções”, acrescenta.
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Líderes e Práticas | Especial Acreditação
Tecnologias O Hospital Unimed Volta Redonda investe continuamente em tecnologias, visando à segurança, qualidade e agilidade no atendimento ao paciente. Os investimentos auxiliam os processos dentro da unidade hospitalar e contribuíram para a acreditação. Para a diretora Leila Monteiro Auler a tecnologia é uma ferramenta que permite a melhor integração para o cuidado com o paciente. “É um valor agregado que contribui para a resolutividade na assistência, eficiência no atendimento e é nisso que acreditamos e estamos investindo”.
Efeitos Puntel explica que os processos de acreditação do Hospital Unimed Volta Redonda, além de terem sido baseados na percepção da melhoria contínua, foram também trabalhados através de um planejamento estratégico. O resultado está presente hoje na melhoria dos indicadores, no retorno financeiro, na redução do desperdício, no custo-efetividade das ações e também no “índice de satisfação dos clientes, que encerrou 2016 em 99%”, confirma o executivo. O vice-presidente ainda conta que o resultado operacional resultou na margem de 22%. “Estas questões são trabalhadas dentro da metodologia Lean e de acreditação.” H 56
É de suma importância o envolvimento dos colaboradores e cooperados para o processo de acreditação. Para que o Hospital Unimed Volta Redonda alcançasse o selo ONA Nível II, foi necessário que todos participassem de forma proativa, comprometida e alinhada aos propósitos da Cooperativa.
Vitório Moscon Puntel, VicePresidente da Unimed Volta Redonda e Diretor de Recursos Próprios; e Leila Monteiro Auler, diretora do Hospital Unimed Volta Redonda
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Hospital verde As preocupações com a qualidade dos serviços e com a segurança do paciente não são as únicas prioridades do Hospital Unimed Volta Redonda. A instituição possui plena consciência de responsabilidade com questões socioambientais, trabalhando em uma de suas vertentes a sustentabilidade. Outras práticas sustentáveis utilizadas pelo Hospital são: coleta seletiva de lixo; sistema de reaproveitamento da água da chuva; utilização de termômetros e esfignomanômetros digitais; prontuário eletrônico para a redução da utilização do papel; edificação preparada para apresentar baixo consumo de energia; tratamento de 100% do esgoto, entre outras.
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Investimento em uma assistência segura O investimento do Hospital São Rafael na manutenção de um time integrado e multidisciplinar para o atendimento e segurança do paciente 58
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Pioneirismo, inovação, segurança e qualidade da assistência. Esses sempre foram os pilares do Hospital São Rafael, na Bahia. Contudo, foi a partir de 2008 que a direção passou a implantar um modelo formal de Gestão pela Qualidade e Segurança do paciente. Com a meta estratégica traçada e definida, buscou-se um modelo de avaliação externa para validar os processos. O desenvolvimento desta nova cultura se deu de forma multidisciplinar, envolvendo todos os colaboradores através da formação de Times de Melhorias. “Sempre tivemos como premissa que os times fossem formados com representantes de diversas categorias profissionais, corpo clínico, enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição,
tecnologia da informação, qualidade, enfim, com representantes das áreas assistenciais e de apoio envolvidas e sempre sob a coordenação de um gestor técnico”, explica Jacqueline Canuto, gerente de Qualidade e Segurança do HSR. Além de conseguir melhorar seus indicadores de desempenho, o sistema de acreditação também contribuiu para a melhor profissionalização de seu corpo funcional. “Percebemos que os colaboradores foram
atraídos para atuar e permanecer em uma instituição que prima pela busca de uma assistência segura e de qualidade.” Outro ponto relevante, segundo a gerente, foi o desenvolvimento das lideranças para a utilização de ferramentas de gestão, possibilitando a tomada de decisões baseada em indicadores, priorizando as análises críticas e definição de ações de melhorias com foco no desfecho do resultado assistencial.
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Mudanças no dia a dia Os processos de certificação como a acreditação ONA Nível III, e a Distinção da Prevenção da TEV – Tromboembolismo Venoso - foram amparados por importantes estratégias agregadas à cultura e ao cotidiano da instituição e que se tornaram permanentes. Exemplo disso é a promoção de eventos mensais, denominados “Encontros da Qualidade”, envolvendo todas as lideranças e demais colaboradores. Nestes momentos são apresentados o acompanhamento do planejamento para a melhoria da gestão, diretrizes, boas práticas, novos protoco60
los, dentre outras iniciativas. Outra atividade introduzida foi a Mostra de Trabalhos da Segurança e Qualidade do HSR, evento de realização anual que tem permitido a socialização e troca de conhecimento entre os diversos setores do hospital e, consequentemente, contribuindo para a utilização e consolidação do método PDCA – método de soluções de problemas, através da exposição de trabalhos envolvendo todas as áreas da instituição. “Já realizamos três mostras com um total de aproximadamente 150 trabalhos apresentados, com foco na sustentabilidade da
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instituição e identificação de oportunidades de melhorias.” “Implantamos o gerenciamento dos protocolos, considerando o perfil epidemiológico, gravidade, custo e prevalência. Atualmente, estamos gerenciando os protocolos: SEPSE adulto e pediátrico, TRR – Time de Resposta Rápida, AVC, Dor torácica, TEV e as 6 Metas Internacionais de Segurança do Paciente. Houve também o desenvolvimento de campanhas para promover a sensibilização interna e sedimentar a cultura da gestão pela qualidade e segurança na instituição. Destaca-se, por
exemplo, a campanha institucional - SER HSR – Ser Humano, Ser Seguro e Ser Referência, que promoveu uma integração significativa no hospital, fortalecendo a visão sistêmica, a interação entre as áreas, compromisso com a instituição e com a segurança da assistência. “Essa mesma campanha se perpetua até hoje. Atualmente, está em sua terceira edição e é sempre ligada ao conceito de SER HSR e aos valores inerentes à nossa instituição”, afirma Jacqueline. O corpo clínico, enfermagem, farmácia, nutrição, laboratório e demais categorias profissionais atuam na elaboração dos protocolos, na construção das linhas de cuidado, na gestão das áreas e, principalmente, no apoio à implementação do sistema da acreditação, assim como o setor de Tecnologia da Informação e a estrutura do Business Inteligence - BI, que atuam no apoio da consolidação das informações, viabilização de indicadores e construção de painéis que favorecem o acompanhamento da gestão. Atualmente, o hospital está se preparando para a busca da certificação da Distinção em UTI e a Distinção no Tratamento do AVC. “Para nós, é imprescindível manter sempre um desafio institucional, pois é essencial ter o corpo funcional a todo tempo sendo desafiado e buscando novas conquistas”, ressalta a gerente de Qualidade.
Jacqueline Canuto, gerente de Qualidade e Segurança do HSR
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Time integrado Visando o desenvolvimento dos colaboradores, o HSR aposta em capacitação, inserção, desenvolvimento e retenção de talentos, fundamentais para o engajamento dos colaboradores. Além disso, os programas de cursos em EAD são um importante suporte para assegurar a disseminação do conhecimento em todos os níveis da organização. Todas as metas internacionais de segurança do paciente foram elaboradas em EAD e, atualmente, está em desenvolvimento o EAD dos principais protocolos institucionais. A meta, até o final do ano, é que todos os protocolos 62
Em 2016, o HSR foi certificado por Distinção na Prevenção da TEV, certificação essa concedida pelo IQG – Instituto Qualisa de Gestão, sendo o primeiro hospital do Norte e Nordeste a receber essa certificação.
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institucionais selecionados estejam em EAD e disseminados. Há também uma preocupação da Instituição em continuar incentivando o trabalho de forma integrada. “É fundamental envolver as lideranças e principalmente o corpo clínico na formulação das estratégias, no desenvolvimento dos planos de melhoria e no acompanhamento da execução, para que possamos ter líderes comprometidos e engajados com a metodologia, assim como toda a equipe multiprofissional. Com isso, estamos evoluindo na consolidação da estrutura de segurança da instituição.” H
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Desenvolvimento sob todas as perspectivas Mudanças implementadas no Hospital Santa Marta com a conquista da acreditação posicionaram a instituição de 8ª para 3ª no ranking regional de mercado em 2016
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O processo de acreditação no Hospital Santa Marta, em Brasília, iniciou em agosto de 2011, com a concepção do 1º Planejamento Estratégico da Instituição. Neste momento, além das estratégias, também foram definidas as políticas e diretrizes para viabilizar a conquista dos objetivos traçados no Mapa Estratégico. O Mapa foi definido dentro
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das premissas do Balanced Score Card sob a luz de quatro perspectivas: Pessoas que conquistam aprendizado e crescimento e desenvolvem os Processos Internos em níveis de excelência para os Clientes, o Mercado e a Sociedade, de modo a garantir resultados na Economia e Finanças da Empresa. “Em 2012, sob o contexto
de uma Gestão Estratégica, passamos para a etapa de definir os recursos necessários, viabilizando a estratégia de profissionalização da gestão. Concebemos o novo organograma que criou o Conselho de Sócios, a Superintendência e nos trouxe um time de executivos que vêm capitaneando o processo de mudança organizacional. Depois veio o 1º
orçamento institucional em que previmos a alocação de recursos por contas ou pacotes (receitas, despesas, investimento e resultados)”, explica Kátia Carvalho, diretora de Qualidade, Segurança do Paciente e Operações do HSM. Nesse contexto de estruturação da Qualidade, vários setores foram criados, como o Escritório de Gestão
(planejamento e informação, processos e documentação, auditorias da gestão) e a Gerência de Segurança do Paciente com o Núcleo de Controle Epidemiológico, que congrega todas as comissões assistenciais (CCIH, Análise de Prontuários e Revisão de Óbitos) e faz a gestão dos protocolos clínicos institucionais.
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Foi neste momento que também nasceu o Marketing com foco estratégico, destinado a reposicionar o Hospital no mercado. Esse trio de áreas foi a base de sustentação da transformação que se iniciaria a partir de então. A forte atuação da parceria RH e Marketing estabeleceram programas de endomarketing que têm produzido níveis de engajamento da equipe cada vez maior e também reconhecido nacionalmente e comprovados por resultados no clima organizacional, turnover e absenteísmo. “Em 2013, conquistamos direto a acreditação Plena (Nível II) e nos tornamos associados da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp)”, lembra Kátia. Em 2016, a instituição alcançou o Nível III da ONA, que se traduz por Excelência em Saúde. “Também passamos a fazer parte da 1ª lista da ANS de Hospitais de Excelência com direito ao fator qualidade e tornamos membro efetivo da Anahp.” Também no ano passado, o HSM inseriu na Diretoria de Qualidade e Segurança do Paciente as áreas de Compliance e de Experiência do Paciente. Assim saíram as diretrizes para a adoção da governança clínica e fomento do estudo e da disseminação de novas e revolucionárias práticas de gestão e saúde, como a medicina baseada em valor e o DRG 66
– grupo de diagnósticos relacionados. “Resolvemos disseminar e compartilhar nossas práticas, que nos trouxeram altos níveis de resolutividade na assistência, em Congressos Nacionais e Internacionais de Gestão, Qualidade e Segurança do Paciente. Foram 8 trabalhos selecionados, apresentados e publicados”, diz Kátia. No mesmo ano, o Hospital concebeu o Projeto HSM 2020, o novo Plano Estratégico elaborado com ampla e intensa participação da liderança. “Além disso, implantamos a humanização nas UTIs com acompanhantes 24h. Como resultado obtivemos a satisfação crescente e desfechos clínicos cada vez melhores, especialmente queda de infecções relacionadas à assistência.”
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Posicionamento no mercado A diretora de Qualidade do HSM afirma que as estratégias implementadas mudaram radicalmente o posicionamento da instituição no mercado. De 8ª posição no ranking regional para 3ª em 2016. “Dobramos o share, atraímos novos clientes, duplicamos o número de leitos e o volume cirúrgico. Em finanças, atingimos excelentes taxas de rentabilidade e quadruplicamos nosso faturamento. Alcançamos 96% de taxa de recomendação de clientes. É um belíssimo caso de sucesso. Nosso desenvolvimento se deu em todas as perspectivas.” A busca da eficiência operacional que traz o custo-eficácia vem sendo traKátia Carvalho, diretora de Qualidade, Segurança do Paciente e Operações do HSM
balhada no HSM com o auxílio de ferramentas como o kaizen, o Just-in-time e o lean six sigma. As relações custo x benefício são vistas em cada processo e novo contrato, sendo extremamente positivas. “O impacto no orçamento é facilmente perceptível pelos resultados (EBITDA, especialmente) e será melhorado a partir deste ano de 2017, pois a gestão orçamentária foi, na íntegra, aberta e compartilhada
com toda a liderança, em um grande exercício de transparência e confiabilidade”, explica a diretora. Katia destaca que entre os grandes desafios no processo de acreditação e também após a conquista do selo é a mudança de cultura. “Buscar fazer o certo, do jeito certo, da 1ª vez e sempre não é fácil. Planejar antes de fazer, reagir menos aos ‘incêndios’, ser mais proativo, pensar e garantir a segurança do paciente
pela adoção de um minucioso gerenciamento de todos os riscos hospitalares foi e ainda é o nosso maior desafio.” Para manter a nova cultura mesmo após o selo, o Hospital recorre a diversas ferramentas como as rondas diárias da segurança do paciente; o Programa de Educação Permanente ativo e eficaz; visitas do Programa de Auditorias Internas; reuniões mensais de Análise Crítica de Resultados; entre outras medidas. H
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Da liderança às equipes
No HSC Blumenau, acreditado pela ONA desde 2014, a cultura de Qualidade se converte em boas práticas no dia a dia de colaboradores e médicos 68
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Bem antes de receber sua primeira acreditação pela ONA, em 2014, o Hospital Santa Catarina de Blumenau vem trabalhando sua cultura de qualidade. Tudo começou em 2007, quando adotou as metas internacionais de segurança e qualidade. Foi nesse período que a instituição começou a experimentar uma gestão mais eficiente, com diversos protocolos de segurança sendo desenhados e incorporados de forma mais consistente. Consequentemente, o atendimento humanizado passou a fazer parte do dia a dia do hospital de forma mais intensa. Com novas práticas introduzidas na rotina, a gestão do HSC Blumenau começou a buscar acreditações e certificações que atestassem as boas práticas. “A primeira conquista foi a certificação da ISO 9001, em 2012, que serviu de base para a estruturação do Sistema de Gestão da Qualidade. Neste momento, se estabeleceu a estratégica da busca pela acreditação nacional”, explica Maciel Costa, diretor-superintendente do Hospital. Já em 2013, o HSC Blumenau conquistou a Acreditação Nível I da ONA. Avançou para a conquista do certificado de Acreditado Pleno (Nível II) em 2015, e alcançou o certificado de Acreditado com Excelência (Nível III) em janeiro de 2017. “Certamente, o selo é
uma consequência de todo um processo e torna-se importante para a instituição sob a ótica de imagem e de reconhecimento pelo mercado. No entanto, o mais relevante é a pratica diária deste modelo pelos nossos colaboradores e médicos”, comenta Genemir Raduenz, diretor de Operações.
Comprometimento A gestão de pessoas por intermédio de um RH estratégico exerce papel determinante. No HSC Blumenau, o envolvimento ocorreu antes do processo de acreditação em si e na elaboração do planejamento estratégico todos participaram de alguma forma. Na caminhada rumo à acreditação, os líderes montaram times de trabalho que envolveram grande parte dos colaboradores da instituição, o que foi muito importante na incorporação efetiva de novas práticas. Raduenz salienta que, para manter a qualidade da instituição, é imprescindível um treinamento contínuo, com mecanismos que envolvam lideranças e equipes. “A sensibilização do corpo clínico quanto à relevância de um processo de acreditação também é de suma importância. O envolvimento e a melhoria do relacionamento entre hospital e médicos exercem papel determinante.”
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Gestão dos ciclos de melhoria Segundo Maciel, quando o HSC Blumenau iniciou o processo de acreditação, a maior preocupação era a excelência operacional (Eficiência). Num segundo momento, a energia foi direcionada para a perspectiva do cliente (Eficácia). “Nesse terceiro momento, pós-conquista ONA Nível III, nossas estratégias estão voltadas para a inovação por intermédio dos ciclos de melhoria (Efetividade), que se consolidam mais a longo prazo. Para isso, a utilização de uma efetiva metodologia de gestão de projetos e dos consequentes ciclos de melhoria se tornam determinantes.”
Investir em Qualidade vale a pena Maciel afirma que os programas de acreditação no HSC Blumenau sempre foram encarados como grandes oportunidades para se diferenciar por meio da prestação de um serviço com mais qualidade e segurança, e de colocar a instituição em um novo posicionamento mercadológico. “Nunca vimos como uma forma de aumento dos custos. A partir dessa premissa, o crescimento da receita e dos resultados passa a ser uma consequência.” Sob essa perspectiva, o Hospital registrou um cresci70
“É preciso ter claro que a conquista do selo não é o fim do processo, e sim o início de um novo ciclo e de uma responsabilidade ainda maior.” Maciel Costa, do HSC Blumenau
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mento da receita e dos resultados a partir de 2014, muito superiores aos conquistados pelo hospital anteriormente. O crescimento possibilitou investimentos na expansão da oferta de leitos e novas unidades de negócios, colocando a instituição em um ciclo virtuoso. “Só em 2016 foram mais de R$ 14 milhões de investimentos. Certamente, os programas da Qualidade se consolidam como um dos principais motores desse processo. Investir em qualidade vale sim muito a pena.” H
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Qualidade contínua
Com a gestão organizacional centrada na sustentabilidade do negócio e na administração de riscos, Unimed Sorocaba tem o primeiro hospital do Brasil certificado pela NBR ISO 14001, na versão 2015
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O Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS), pertencente à Unimed Sorocaba, foi a primeira instituição brasileira da área da saúde a conquistar o certificado ISO 14001 em sua nova versão, de 2015. A confirmação de que a entidade se enquadrava nos requisitos se deu após auditoria realizada pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini, da Poli/USP. Basicamente, a norma reconhece organizações que conseguem equilibrar seu crescimento econômico com as necessidades sociais e, principalmente, com políticas ambientais consistentes e efetivas. Segundo informações levantadas pelo Inmetro no começo deste ano, havia 1.559 empresas certificadas na ISO 14001:2004 e apenas 14 na versão 2015 – porém, nenhuma delas era da área hospitalar. De acordo com o presidente da Unimed Sorocaba, José Francisco Moron Morad, a importância deste selo para a instituição está na implantação de melhorias e inovações dos seus processos. “A certificação representa o reconhecimento externo de que buscamos pela excelência dos nossos serviços, sem perdermos o foco na sustentabilidade ambiental.” 72
O HMS já era certificado pela ISO 14001 desde 2014, na versão 2004. Contudo, adotou novas políticas e procedimentos – sobretudo a partir do início de 2016 – para conquistar a versão 2015. Nesse sentido, a Unimed Sorocaba colocou em prática projetos para reduzir (ou, em muitos casos, abolir totalmente) o consumo de papel em seus processos assistenciais e administrativos; substituir todas as lâmpadas fluorescentes por modelos LED e migrar para o mercado livre de energia, entre outras ações. As principais mudanças na ISO 14001:2015 em relação à sua versão anterior foram a abordagem integrada para a gestão organizacional, centrada na sustentabilidade do negócio e na administração de riscos; a garantia de proteção ambiental
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Além da certificação NBR ISO 14001:2015, a Unimed Sorocaba possui outros selos importantes, como o da ONA Nível III, do Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC) e o da ISO 9001:2015 para a sua Operadora e Farmácia Comercial. Já pelo Sistema Unimed, a cooperativa é detentora do Selo de Governança e Sustentabilidade Ouro e do Selo de Sustentabilidade Ouro de Hospitais.
e o foco no alinhamento estratégico da organização. Inicialmente, em termos de custo para atingir esse objetivo, a Unimed Sorocaba contratou consultorias e investiu nas readequações internas. Hoje, porém, as despesas se referem apenas aos valores da auditoria externa e manutenções do sistema.
Desafios Segundo o presidente da Unimed Sorocaba, os dois desafios fundamentais para cumprir os requisitos da ISO 14001:2015 foram alinhar o envolvimento das partes interessadas e as gestões setoriais sob uma perspectiva mais ampla e integrada (voltadas às questões ambientais) e implantar uma sistemática de análise do ciclo de vida – ou seja, até que ponto um produto pode ser reutilizado. “Investimos na divulgação interna para noticiar aos cooperados e colaboradores, pragmática e claramente, quais mudanças seriam adotadas e seus motivos. Isso foi determinante para conquistarmos a certificação”, diz Moron. H
Colaboradores Atualmente, a Unimed Sorocaba conta com o trabalho de 1.075 médicos cooperados e 1.975 colaboradores. O presidente da instituição conta que, durante a busca pela conquista da ISO 14001:2015, todos os profissionais da unidade foram totalmente en-
volvidos no processo. Para que cada membro conhecesse as novas políticas e os impactos ambientais relativos às atividades exercidas, foram realizados treinamentos contínuos e eventos voltados à questão ambiental, incluindo conceitos e requisitos da norma. José Francisco Moron Morad, Diretor Presidente Unimed Sorocaba
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Força-tarefa S.O.S Renal conquista selo ONA Nível II através do investimento na capacitação de seus colaboradores 74
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Entre as principais exigências da Organização Nacional de Acreditação (ONA) estão o reconhecimento da cultura institucional e a capacidade de implantação de melhorias, que demandam segurança para os processos e qualidade nos materiais, equipamentos e procedimentos de registros. Preocupada em garantir a qualidade na assistência ao
paciente em terapia renal, a S.O.S Renal implantou um modelo de gestão voltado para a segurança dos pacientes e colaboradores. “Como consequência dos resultados obtidos por essa transformação, fomos certificados no Nível II pela ONA, através do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), em novembro de 2013”, conta Letícia Barros Kosminsky,
médica nefrologista e diretora administrativa da empresa. O principal desafio para a conquista deste selo foi, segundo Letícia, envolver toda a organização em um mesmo propósito, “formando um verdadeiro time com o principal objetivo de mudança da cultura, mantendo a chama por novos desafios sempre acesa”. Para tanto, foram desenvol-
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vidas iniciativas para a formação de uma equipe de liderança, responsável pela condução das principais atividades de desdobramento – desde ações originadas no planejamento estratégico até a implantação das rotinas básicas. “Esse grupo elaborou um mapeamento de processos, apresentando os principais indicadores, gerenciadores de riscos existentes, proporcionando a tomada de decisões mais assertivas”. Letícia conta que através da capacitação dos colaboradores foi possível pontuar os reais indicadores que norteiam a organização. “Entendemos que o processo de acreditação foi crucial para nos mostrar a direção a ser seguida e os desafios a serem superados”. Através da utilização de ferramentas que analisaram, cuidadosamente, o processo de assistência, a diretora explica que foi possível aperfeiçoar os pontos vulneráveis da instituição e potencializar os pontos fortes já existentes. “Desenvolvemos planos de ação para melhoria dos resultados dando ênfase aos fatores econômico-financeiros. Mesmo com a conquista do selo, a diretora administrativa acredita que a busca pela qualidade é contínua, uma vez que o mercado atual se posiciona, progressivamente, de forma exigente. Para superar os desafios do setor, a unidade investe diariamente na capacitação de todos os seus colaboradores, “pois eles são fundamentais para a promoção de mudanças dentro da organização”. 76
Letícia Barros, diretora da S.O.S Renal
Estrutura Fundada em 1996, a Renal Services, ou S.O.S. Renal como é mais conhecida, iniciou suas atividades levando atendimento nefrológico especializado e terapia dialítica aos pacientes na região metropolitana de Recife. Atualmente, a unidade fornece atendimento nas diversas áreas da nefrologia, contando com uma equipe multidisciplinar aliada a uma estrutura sólida. Ainda, a instituição conta com equipamentos de alta tecnologia e infraestrutura moderna,
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realizando suas atividades em unidades fixas e móveis conforme as necessidades de cada paciente.
Unidade Móvel O serviço dispõe de uma estrutura capaz de atender cerca de 100 pacientes e realizar mais de 50 procedimentos dialíticos por dia. A equipe médica desta unidade é composta por uma média de 5 plantonistas, 2 enfermeiras, 28 técnicos de enfermagem, 8 motoristas, além do pessoal técnico e administrativo. H
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Laboratórios acreditados 78
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Apenas 2% do total de laboratórios no país possuem selo de acreditação
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Assim como acontece com os hospitais, o processo de acreditação de laboratórios clínicos é voluntário. Os requisitos são baseados em normas específicas de qualidade, que contemplam atividades como o atendimento à legislação vigente, cuidado ao paciente, realização de exames, calibração de aparelhos e capacitação da equipe. Para gerenciar e supervisionar o procedimento de acreditação, a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) criou, em 1998, o Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC), que realiza auditorias e determina se as unidades atendem aos requisitos predeterminados para exercer as tarefas a que se propõe. Segundo Guilherme Ferreira de Oliveira, membro da Comissão de Acreditação de Laboratórios Clínicos (CALC) da SBPC/ML, o PACL utiliza critérios técnicos atualizados a cada três anos e relacionados a todas as fases dos processos laboratoriais. Tais critérios são harmonizados internacionalmente de modo a contemplar a melhoria contínua, os avanços científicos e tecnológicos. “Um laboratório clínico acreditado deve ter seus processos controlados, sendo sua competência técnica avaliada por meio de programas de proficiência e auditorias periódicas. As auditorias são realizadas por profissionais capacitados, ligados a entidade independente e visam assegurar a produção de resultados de exames confiáveis, que possam servir de base para decisões médicas”, explica o profissional sobre os processos de auditorias. Recentemente, o PALC passou por uma revisão. Os novos requisitos conferem à Norma do Programa um adequado alinhamento às boas práticas internacionais em medicina laboratorial, incluindo diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS), Norma ISO 15189, um padrão internacional específico para laboratórios clínicos, e Norma ISQua, importante certificadora de programas na área da saúde. Para Oliveira, a progressiva evolução da Norma PACL concretiza o compromisso do Programa com os laboratórios acreditados, provocando o aprimoramento continuado do sistema de gestão das organizações, visando maior competitividade e sustentabilidade de mercado. HEALTHCARE Management | edição 47 | healthcaremanagement.com.br
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Brasil Atualmente, o Brasil detém 148 laboratórios acreditados, entre públicos e privados, responsáveis pela realização de cerca de 40% de todos os exames realizados no país. No entanto, de acordo com Oliveira, estima-se que esse total de laboratórios que participam do PALC totalizam menos de 2% do total das unidades brasileiras. “Os melhores e maiores laboratórios dos país participam do programa porque a garantia da qualidade dos exames realizados é o alicerce da nossa atividade. Eles têm interesse que a sua competência seja verificada
por meio de processos de inspeção e comparação com padrões apropriados. Além disso, seu bom desempenho e postura podem ser divulgados publicamente como uma forma de evidenciar suas boas práticas”, opina. A acreditação de laboratórios clínicos não é obrigatória no Brasil. Para Oliveira, ainda existe certo desconhecimento da classe médica brasileira sobre a importância da acreditação de laboratórios clínicos e sua repercussão na prática médica. “Estudos reportam que aproximadamente 70% das decisões médicas dependem de algum
Guilherme Ferreira de Oliveira, membro da Comissão de Acreditação de Laboratórios Clínicos da SBPC/ML
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tipo de exame de laboratório. Portanto, decisões sobre diagnóstico, prognóstico e tratamento baseiam-se, frequentemente, em resultados e interpretação de exames laboratoriais e danos significativos podem ser causados por resultados equivocados.” No entanto, Oliveira diz que o número de laboratórios acreditados no país tende a crescer progressivamente. “Se observarmos o histórico de países que foram pioneiros na criação de programas de acreditação de laboratórios clínicos, perceberemos que houve um momento inicial de crescimento lento quando não havia obrigatoriedade legal, nem vantagens econômicas para os laboratórios acreditados. Na Europa, a partir do momento que tais vantagens passaram a prevalecer, o número de laboratórios acreditados cresceu progressivamente até se tornar a regra para permanecer legalmente ativo. Entendemos que este processo está se repetindo no Brasil”. Nos últimos anos, para incentivar a participação dos laboratórios brasileiros em programas de acreditação, a Agência Nacional de Saúde (ANS) publicou regulamentações que valorizam a qualificação da rede de laboratórios credenciada pelas operadoras de planos de saúde. H
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Sólidos processos O aprimoramento dos fluxos e gestão no Laboratório Emílio Ribas após conquista do selo de acreditação 82
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Tomada a decisão de aperfeiçoar os padrões internos de qualidade, a diretoria médica do Laboratório Emílio Ribas, em Fortaleza, iniciou o processo de ajustamento aos padrões nacionais e internacionais de Qualidade. Para tanto, os investimentos se concentraram em capacitação de colaboradores e na formação de auditores internos.
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“No primeiro momento, contratamos uma consultoria que, juntamente com nossos funcionários, auxiliaram na padronização dos processos e fluxos, bem como na elaboração da documentação do Sistema de Gestão da Qualidade”, explica Germana Paixão, coordenadora de Qualidade do Laboratório Emílio Ribas. Após a fase preparatória, foi
solicitado junto aos órgãos as auditorias de acreditação. “Desde então nossa gestão vem sendo alimentada e melhorada. Passamos por auditorias internas e externas periódicas de manutenção e renovação de certificação/acreditação.” O sucesso de cada auditoria muito se deve à alta performance do laboratório. E para isso, a peça-chave está na educação continuada dos colaboradores que, segundo a gestão da Qualidade do Laboratório, tem importante relevância. “O principal desafio, já superado, foi o engajamento de todos os funcionários no sentido de internalizar os padrões de qualidade em todas as atividades diárias e fazer da Gestão de Qualidade uma atividade corriqueira e plenamente integrada no dia a dia do Laboratório. E investir no conhecimento deste corpo de funcionários é imprescindível para obtermos bons resultados.” Os colaboradores participam ativamente de todos os processos que constituem o Sistema de Gestão da Qualidade do Laboratório. Por exemplo, na elaboração, na atualização e no treinamento de toda a documentação relacionada aos procedimentos operacionais padrões (POPs). “Investimos em cursos externos de capacitação para que seja possível a incorporação e atualização de procedimentos. Temos uma equipe de 30 a 35 auditores internos que, anualmente, auditam todos os setores do Laboratório buscando identificar conformidades e oportunidades de melhorias. Também são realizadas reuniões setoriais para apresentar resultados de indicadores da Qualidade e estabelecer planos de ações.” A tecnologia também é um apoio para esta gestão de Qualidade através do investimento em equipamentos de última geração e, assim, disponibilizar diagnósticos com alto índice de segurança e eficácia. H O Laboratório Emílio Ribas possui certificação pela Norma ISO 9001, desde 2000, e pela Norma PALC/SBPC-ML (Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos /Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial) desde 2002. O Laboratório também participa de forma ininterrupta, desde 1991, do Programa de Proficiência em ensaios laboratoriais patrocinado pela SBPC-ML.
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Gestão laboratorial Simile Medicina Diagnóstica investe em programas de qualidade, incorporando eficácia e eficiência no dia a dia dos colaboradores 84
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A preparação para o selo PALC da Simile Medicina Diagnóstica começou com a criação de um setor exclusivo da Qualidade e a designação de um profissional dedicado exclusivamente para o planejamento e liderança do processo. Esta etapa incluiu a implantação de novos requisitos e adaptação daqueles já existentes no programa de qualidade anterior.
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Segundo Andréa Lara de Oliveira Lima, diretora da Qualidade do Laboratório, foi realizado um estudo minucioso de cada item do PALC, discutindo com a equipe sua aplicação e as especificidades relativas a cada setor. “Nesta etapa verificamos que alguns processos ainda não estavam implantados, outros não estavam devidamente documen-
tados ou necessitavam ser revisados para adequação à norma. Esta implantação durou 18 meses, culminado com a auditoria externa e a acreditação.” A incorporação na rotina dos colaboradores de novos processos, como o hábito de registrar os procedimentos estabelecidos pelo sistema de qualidade, foi um dos desafios. Algumas vezes, o registro era negligenciado, por isso a ne-
cessidade de uma constante monitorização ativa pelo gestor de Qualidade para manter a conformidade. “Também enfrentamos dificuldades em quebrar o paradigma de que uma não-conformidade seria uma advertência dirigida ao colaborador, podendo ser tomada como pessoal, gerando constrangimento ou atitudes reativas”, afirma Andréa. Além dos requerimentos, que
na maioria das vezes eram direcionados pela própria norma PALC, as discussões que foram necessárias para a criação e documentação dos processos foram produtivas para a criação de um novo ambiente de Qualidade. “Foram várias as ferramentas de sistema incorporadas na nossa rotina e que agora entendemos como fundamentais para a garantia da qualidade”, ressalta a diretora.
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Equipe engajada Mesmo diante das dificuldades da cultura da organização, a diretora salienta que houve um grande empenho da equipe em cumprir as tarefas de cada etapa proposta, desde o planejamento até a implantação. “Houve bastante integração entre a equipe, sendo avaliada como extremamente positiva na medida em que a troca de experiências entre os profissionais de diferentes setores contribuiu para a melhoria das relações intra e intersetoriais.” Além de manter-se alinhado às conformidades, Andréa ressalta que outro importante desafio foi manter a política de Qualidade perpassando todas as atividades realizadas dentro do Laboratório. “O impacto foi maior junto aos colaboradores, que entenderam e incorporaram os conceitos de eficácia e eficiência ao seu trabalho e à sua rotina, melhorando resultados nos indicadores, que já estavam implementados na empresa e agora fazem parte de um painel maior, junto a outros.” Apresentar resultados periodicamente a toda equipe é uma das atividades presente na rotina do laboratório. “Além de motivar, isso passa a ser um instrumento para indicar melhorias no Laboratório. Nas reuniões mensais, que são feitas com a participação de todos os colaboradores, é sempre ressaltada a importância do Sistema da Qualidade e da necessidade de um esforço contínuo para a sua manutenção.” 86
“O selo PALC representa a corroboração e reconhecimento de toda uma filosofia de trabalho do nosso laboratório, sempre visando a qualidade como um requisito primordial sem o qual não se pode obter bons resultados. Além disto, há um reconhecimento externo por parte dos clientes, principalmente de outros laboratórios e hospitais para os quais prestamos serviços.”
Andréa Lara de Oliveira Lima, da Simile Medicina Diagnóstica
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Programa de Qualidade A Simile Medicina Diagnóstica conquistou o selo PALC há 1 ano, contudo o Laboratório participa do programa de Qualidade da Associação Brasileira de Histocompatibilidade desde quando iniciou suas atividades, em 2011, época em que atuava apenas na área de transplantes. Sediada em Belo Horizonte, o Simile é especializado em exames de biologia molecular, sendo credenciado pelo Ministério da Saúde para a realização de exames de Imunogenética em transplantes de órgãos e tecidos. H
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Mais melhorias, menos custos Fortalecimento de boas práticas e organização na gestão são alguns dos resultados que a acreditação trouxe para o Laboratório São Marcos
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Acreditado pela PALC desde 2001, um dos grandes desafios do Laboratório São Marcos (MG) para manter indicadores de qualidade e segurança exigidos pela acreditação foi o de gerir cada um dos 17 itens da norma. “Para isso, foram introduzidos indicadores de performance, de qualidade e de custo. São peças importantes para valorizar todos os processos utilizados pelo laboratório, possibilitando a manutenção de boas práticas laboratoriais”, explica Mariana Cerqueira, diretora médica do LSM. É de fundamental importância o envolvimento da equipe, desde a alta direção até o nível operacional, conforme pontua Mariana. “Todos devem estar cientes dos pré-requisitos exigidos pela en-
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tidade acreditadora para que cada um cumpra o seu papel no seu nível de atuação. No LSM, todas as áreas são envolvidas nos processos de auditorias internas e, assim, os colaboradores são envolvidos no cumprimento das normas.” O LSM é auditado anualmente, garantindo a manutenção da certificação que é renovada a cada três anos. A última atualização foi realizada em 2016. Este direcionamento é importante para a melhoria contínua
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de todos os processos, desde os que tangem a área de atendimento ao cliente, realização das análises clínicas e serviços de back office, sendo este último, segundo a diretora, um dos principais desafios. “É necessário envolver as áreas de back office (que não estão no contexto da patologia clínica), gerando o entendimento de qualidade exigido pela SBPC.” A cada auditoria interna ou externa é necessário manter a qualidade dos serviços, porém
Mariana Cerqueira, diretora médica do LSM
Fotos: Samuel Gê
são identificados pontos de melhoria. A direção do LSM trata cada um desses pontos e padroniza novos processos, amadurecendo seus procedimentos. “A acreditação introduziu iniciativas como: organização, gestão de controle de documentos, gestão dos riscos e da segurança do paciente.” O LSM possui fluxo padronizado de auditorias internas a cada semestre realizadas por colaboradores com formação em auditor interno PALC. “Este fluxo de auditorias garante manutenção das mudanças, correções de processos e melhoria contínua”, ressalta Mariana. H
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Mercado
Prêmio Inova Saúde Alliage e Braincare são os vencedores de 2017 90
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Durante o VI Encontro de Associados da ABIMO e do SINAEMO, aconteceu a cerimônia de premiação da oitava edição do Inova Saúde, iniciativa que visa reconhecer e incentivar ações de inovação aplicadas a produtos e serviços que contribuem para elevar o patamar tecnológico em benefício da saúde humana. A Alliage, fabricante de dis-
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positivos odontológicos, e a Braincare, responsável pelo desenvolvimento de tecnologia médica, foram as premiadas. Cada uma recebeu um troféu em reconhecimento e um cheque no valor de R$ 50 mil. O presidente do SINAEMO, Ruy Baumer, abriu a cerimônia enaltecendo a evolução do prêmio, o qual impulsiona a indústria nacional independen-
Baixe o aplicativo Zappar e assista ao vídeo do Prêmio Inova Saúde (saiba mais na página 13)
temente do porte ou da área de atuação e favorece o país, que ganha em tecnologia. “O Inova Saúde está crescendo cada vez mais. Era uma intenção que atraía poucas empresas, já que as companhias do setor médico-hospitalar eram muito acanhadas, não participavam de grandes eventos e não inscreviam seus produtos inovadores”, destaca. Franco Pallamolla, presidente da ABIMO, enfatizou o engajamento da Associação para estimular a inovação entre as empresas do setor. “Em 2007, quando assumimos as entidades, tínhamos a missão de entender as necessidades do segmento, e ficou evidente que, entre tantas agendas, a inovação era fundamental”, pontua. Nessa edição, o prêmio da área odontológica recebeu o nome de “Prêmio Knud Sorensen”, como homenagem póstuma ao cirurgião-dentista e VP do setor odontológico da ABIMO. O produto vencedor apresentado pela Alliage foi o Intra Oral New IDA, sensor digital intraoral
que oferece soluções eficientes de imagens para diagnóstico mais nítido, preciso e avançado. Com a evolução do software 2.0, a inovação conecta o consultório ao futuro, otimizando os processos de captura de radiografias intraorais e gerenciando com total eficiência as imagens de seus pacientes. A Braincare venceu essa edição apresentando o sensor de monitoração de forma não invasiva. A solução possibilita o monitoramento de forma contínua e totalmente não invasiva da complacência cerebral por meio das variações na morfologia dos pulsos da pressão intracraniana e de sua tendência ao longo do tempo. H
vale internaçoes
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Health-IT
Parceria melhora jornada do paciente no Hospital Samaritano
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Desde setembro de 2016, clientes contam com um novo sistema de agendamento online e confirmação de presença que promete facilitar processos e melhorar a experiência do paciente
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Instituições de saúde em todo o mundo vêm buscando parcerias para desenvolver sistemas e aplicativos que auxiliem não apenas uma gestão mais eficiente, mas também que proporcionem maior conforto e praticidade para dois de seus principais clientes: médicos e pacientes. Buscando oferecer mais independência para seus pacientes, o Hospital Samaritano, de São Paulo, implementou, em setembro do ano passado, um novo sistema de agendamento online e um sistema de confirmação de presença automático. A ferramenta é integrada ao sistema de gestão do hospital (Tasy) e tem como objetivo oferecer mais agilidade ao processo de agendamento e confirmação de consultas e exames. De acordo com a gerente de atendimento do Hospital Samaritano, Silvia Voulléme, o agendamento é feito na hora, sem depender de e-mails ou de terceiros. “O sistema também permite a checagem online de informações, por exemplo, se o plano de saúde é aceito e qual é a sua cober-
tura dentro do hospital.” O projeto foi idealizado a partir da necessidade da Instituição em oferecer para seu paciente uma ferramenta adequada e moderna, multitarefa e que prioriza a praticidade. “A ideia surgiu durante uma campanha interna de endomarketing do hospital. Nela, os funcionários foram incentivados a criar projetos de inovação, em que foi apresentado um projeto de autoatendimento que focava na jornada do paciente, que contemplava desde o atendimento até o check-in na instituição”, acrescenta Silvia. Para o desenvolvimento e implementação, o Samaritano buscou a CM Tecnologia, empresa de tecnologia especializada na jornada do paciente e maior player de agendamento online integrado no país que, desde o início do projeto, trabalhou em conjunto com a TI do hospital. “Todo o processo de implementação foi um sucesso devido a total disponibilidade das equipes de atendimento e TI do hospital. Isso fez com
que a implantação fosse entregue dentro do prazo combinado”, completa o CEO da CM Tecnologia, Fernando Soares. O executivo da CM ressalta que o Hospital Samaritano é conhecido por criar soluções para melhorar a experiência do paciente e “encontrou o parceiro certo”. “A CM tem como missão gerar comodidade ao paciente e tranquilidade ao prestador.” Um desafio encontrado no projeto foi a integração da nova aplicação ao ERP utilizado pela entidade, o Tasy, da Phillips. “Não havíamos integrado com este sistema antes, e cada nova integração é um desafio. Nosso time de integração é muito capacitado e conseguimos construir esta conexão de sistemas de forma linear e sem maiores problemas. Um desafio superado com muita ajuda das equipes de atendimento e TI do Hospital Samaritano.” Ao todo, o projeto envolveu cerca de dez profissionais, entre as áreas de atendimento e TI do hospital e o time de desenvolvimento e atendimento da CM Tecnologia.
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Health-IT
Desempenho Mesmo com pouco tempo de uso, o novo sistema de agendamento online já pode ser considerado um sucesso por ambas organizações. Para a gerente de atendimento do Samaritano, em um ano, a previsão era de que o novo sistema fosse responsável por cerca de 20% dos agendamentos, mas essa meta foi superada em apenas três meses. “Atualmente, 9% dos exames e 23% das consultas são agendadas virtualmente. O sucesso foi tão grande que já estamos
Mercado trabalhando no próximo passo, que é criar um sistema de check-in automatizado, similar aos utilizados por companhias aéreas”, afirma Silvia. A nova ferramenta é mais um canal de relacionamento entre hospital e cliente, em que o paciente consegue realizar agendamentos, ver instruções de preparo, cancelar e remarcar procedimentos. Seu diferencial, além de uma interface amigável, é que todas as funcionalidades estão totalmente integradas ao ERP do hospital.
Fernando Soares, da CM Tecnologia 94
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Soares considera promissoras as iniciativas no mercado de saúde e acredita que ainda há muito o que evoluir na questão experiência do paciente. “O foco total da CM Tecnologia é melhorar esta experiência e tornar a jornada do paciente mais fluida e transparente. Queremos automatizar processos de atendimento que irão garantir a satisfação do paciente e gerar ganhos aos prestadores de serviços de saúde.” Em 2017, a CM Tecnologia lançará dois novos produtos destinados ao segmento de Saúde. O primeiro deles é o CMCheck-in, que promete melhorar a jornada do paciente adiantando seu atendimento na unidade, um processo bastante similar ao check-in de companhias aéreas. A segunda novidade é o CMValid, um sistema integrado de autorização automática junto aos planos de saúde. “Logo após o agendamento de um paciente, seja online ou via call center, nosso sistema irá enviar as informações necessárias para verificar a elegibilidade e autorização juntos às operadoras de saúde. Para o paciente, esse sistema gera transparência no processo, pois ele é informado caso seja negada sua elegibilidade, economizando tempo de ir até a instituição de saúde na data marcada. Para os prestadores é uma automatização de processos e rotinas, uma vez que a central de autorização acompanhará o sistema em real time, sem a necessidade de ligar, entrar no site, passar fax, para realizar a verificação juntos aos planos”, finaliza Soares. H
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Estratégia
Dados sincronizados Através de sistema em rede, Hospital São Francisco de Americana informatiza todas as demandas da unidade. Software controla todo o prontuário do paciente, fila de atendimento, triagem e todos os seus custos 96
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O Hospital São Francisco de Americana, fundado em 1942, é uma entidade filantrópica que tem como ideologia a busca constante pela modernização. Recentemente, com um investimento de 5,5 milhões de reais, a Instituição construiu uma nova Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto com 15 leitos de conceito contemporâneo e humanizado, revitalizou uma ala de aten-
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dimento particular e reformou o seu centro cirúrgico, adquirindo equipamentos de alta tecnologia. “O São Francisco é uma entidade que saiu do antigo para o moderno”, ressalta Douglas Apparecido Guzzo, presidente do Hospital São Francisco de Americana. O Hospital realiza, atualmente, cerca de 550 internações, 10 mil atendimentos em pronto atendimento, 450 cirurgias,
130 partos, 200 exames de medicina nuclear e 2,5 mil exames de diagnóstico por imagem por mês. A modernização da unidade não parou por aí. Guzzo acredita que só é possível administrar bem uma entidade “com informações confiáveis, sendo fundamental a segurança dos dados e o conhecimento de todos os custos, visando equilibrar as negociações com as operadoras para ganhar produtividade”. Visando aprimorar, assegurar e facilitar os seus processos internos, o São Francisco conseguiu com o SisHOSP soluções específicas de software, que resultaram, por exemplo, em cálculos de custos diferenciados para mensuração dos resultados e acesso a convênio via web service.
“As ações dos usuários podem ser consultadas numa trilha de auditoria, que permite total rastreabilidade de suas ações nos aplicativos. O acesso é cercado por uma série de recursos que garantem a segurança, como inativação do usuário após certo número de tentativas de acesso com senha incorreta ou mesmo após um tempo de inatividade”.
Em rede Em parceria com o SisHOSP (sistema certificado pela SBIS-CFM), a instituição implantou um software de gestão hospitalar para informatizar todas as demandas da unidade. De acordo com Paulo Cappeloza, diretor do SisHOSP, o sistema instalado, além de prático e intuitivo, poupa o retrabalho dos usuários, que realizam seus serviços de forma produtiva e com qualidade. “O software municia as tomadas de decisões com informações concisas e seguras, necessárias quando, por exemplo, precisa-se negociar com convênios ou mesmo montar preços para pacotes.” Com a implantação desse sistema, os prontos-socorros Adulto e Infantil passaram a apresentar um sistema que controla a fila de atendimento
e triagem. Cappeloza explica que quando o médico sinaliza no sistema a disponibilidade para um próximo atendimento, o nome do paciente é pronunciado na recepção do Hospital. Ainda, todas as anotações da consulta médica também são feitas no sistema, gerando maior segurança ao paciente e maior qualidade ao atendimento. Com o setor farmacêutico a realidade não foi diferente. “Quando a enfermagem vai à farmácia, a medicação já está separada. Todas checagens de exames e da enfermagem são feitas no SisHOSP, com todos setores integrados. O atendimento é acompanhado pelo sistema até a alta do paciente, assim todas informações necessárias são disponibilizadas
Douglas Apparecido Guzzo, presidente do Hospital São Francisco de Americana
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Estratégia
Ala 1 - Particular
para o gerenciamento desse serviço”, exemplifica. A conexão em rede ainda vai muito além. Todo prontuário do paciente está informatizado, desde as prescrições médicas, passando pela sistematização da assistência da enfermagem e atendendo toda equipe multi-disciplinar, e para agilizar o controle do estoque de medicamentos, os remédios são catalogados com código de barras e consistidos com as prescrições. Além disso, tem-se todo centro cirúrgico informatizado: o controle de estoques usando
kits, informações sobre cirurgias agendadas e de urgência e no resumo de cirurgia feito pelos médicos. O setor financeiro também se beneficiou da automatização completa dos processos de compras, da solicitação à autorização de fornecimento, do controle orçamentário e dos custos, que fornece o custo de cada atendimento, permitindo à administração analisar a lucratividade de convênios e procedimentos. Saiba mais: www.hsfamericana.com.br H
Lançamentos A SisHOSP vem investindo, neste ano, em dois Apps, para que a informação esteja sempre ao alcance de forma objetiva e rápida. 1) SisHOSP Gestor: um BSC (Balanced Scorecard) com os principais índices da instituição em: finanças, faturamento, custos, ocupação, espera de pronto socorro e produção – tudo numa tela com informações sempre atualizadas. 2) SisHOSP do Médico: nele o profissional consulta informações dos pacientes e sua agenda do ambulatório e centro cirúrgico.
Diálise
Centro Cirúrgico
UTI Neonatal
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Paulo Cappeloza, diretor do SisHOSP
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2017
As influências que movem a Saúde
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squeça indicadores, ranking, comparações ou qualquer outro tipo de ferramenta com o objetivo de justificar o porquê. Simplesmente porque estamos falando de algo imensurável: influência, importância e empenho dos eleitos 100 Mais Influentes da Saúde para fazer deste setor o melhor possível para todos os cidadãos. O desafio é grande, assim como a responsabilidade de escolher os homens e as mulheres que, verdadeiramente, representaram a Saúde no último ano. Não é uma tarefa fácil. Para este projeto ambicioso, que está em sua quinta edição, o conselho editorial da Healthcare Management ouviu a comunidade da Saúde, através de votos abertos pelo site; bem como o setor de pesquisa, que traçou os principais marcos do setor no último ano. Levantados os nomes, que ultrapassaram muito além dos 100, foram debatidos entre jornalistas, editores, publisher e diretores que compõem o Conselho Editorial do Grupo Mídia (GM) aqueles que seriam merecedores de estarem na lista de 2017. Meses de reuniões até chegar a um denominador comum para que, enfim, fossem votadas pelo Conselho Editorial do GM as pessoas que mais impactaram a Saúde. É uma mistura única e formidável de executivos, médicos, empreendedores, pesquisadores, gestores, entre outros profissionais do setor que tiveram um objetivo comum: melhorar a Saúde do país. Estes profissionais estão distribuídos em 20 categorias que espelham as mudanças e nuances do mercado. E, como dito anteriormente, sem nenhuma classificação de posição. As pessoas da lista de 2017, cada uma com sua expertise e trajetória, têm muitas lições para nos ensinar. A influência de todas elas, cada qual com sua particularidade, nos inspira e mostra que somos capazes de vencer muralhas.
Categoria
Empresários André Ali Mere
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residente-executivo do Grupo JP Farma e também presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soluções Parenterais (Abrasp), André Ali Mere também faz parte da diretoria da Abimo. Sob seu comando, a JP Farma e suas três divisões (Terapias de Infusão e Soluções Especiais; Tecnologia em Transfusão e Biotecnologia; Equipamentos Médicos Olidef) registraram crescimento em 2016, apesar de todas as dificuldades macroeconômicas e políticas que o país vem enfrentando. Conseguimos atingir nosso orçamento empresarial. Isto se deve ao empenho do nosso Grupo de Gestão e dos 400 colaboradores que temos.”
Franco Pallamolla
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residente da Lifemed e também da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo), Franco Pallamolla preza pela decisão colegiada e liberdade para a criatividade como pilares de sua gestão. “O crescimento da empresa se deve a estratégia criada pela nova diretoria. Um time de feras alcança seus objetivos de forma harmônica”, afirma. Sob seu comando, a Lifemed registrou, neste último ano, um crescimento de 30% em relação ao ano anterior. “Sempre investimos em P&D e muito desse sucesso se deve a isso.”
João Adibe
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história de João Adibe começou quando João Marques, seu pai, fundou seu próprio laboratório em 1977, conhecido como Honorterápica S/A. Aos 15 anos, Adibe foi convocado pelo pai para ajudar nos negócios, que estavam crescendo. Em 1993, a Honorterápica S/A comprou o Laboratório Cimed e seis anos depois formou-se a Cimed Indústria farmacêutica. Adibe assumiu a presidência em 2012 da empresa familiar, 100% nacional, que neste ano comemora quatro décadas. Se a perspectiva de crescimento do mercado farma é de 7,8%, o grupo pretende crescer 16% nos próximos cinco anos. O faturamento de 2016 foi de R$ 850 milhões, e a previsão do primeiro bilhão é para este ano.
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
Ruy Baumer
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EO da Baumer, Ruy Baumer também exerce outras importantes funções, como presidente do Sindicato da Indústria de Equipamento Odonto-Médico Hospitalar (Sinaemo) e diretor do ComSaúde e C-Bio – Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde e da Biotecnologia da Fiesp. Sob sua liderança, a Baumer registrou crescimento em um mercado que viveu uma grande queda. “Para 2017, trabalhamos com uma estabilidade no primeiro semestre, ainda sem melhorias da inadimplência e da falta de investimentos. E no segundo semestre, esperamos o início de uma lenta recuperação, e ainda alguma incerteza, dependendo das reformas pendentes.”
Sidney Oliveira
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pesar dos últimos tempos, nunca deixei de acreditar em nosso país e na nossa capacidade de superação e trabalho. Nossa curva de crescimento continuou a crescer, não paramos, nem nos intimidamos com a crise política e econômica. E deu certo!” É com esse pensamento que Sidney Oliveira vem comandando a gigante Ultrafarma que, em 2016, lançou seu primeiro genérico de marca própria. Sobre 2017, Oliveira afirma que a expectativa de crescimento da empresa é de 20% e a aposta ainda está no atendimento humanizado e preços competitivos. “Trabalhamos continuamente para que nossos clientes tenham uma experiência de compra cada vez mais positiva.”
100 Mais Influentes da Saúde 2017
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Categoria
Ensino e Pesquisa Celina Turchi
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oordenadora do Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia (Merg), que fez o primeiro estudo casocontrole relacionando o vírus zika com essa doença, Celina Turchi foi eleita uma das dez personalidades de 2016 na ciência pela revista britânica Nature. Celina também está na lista dos 100 Mais Influentes de 2017 da revista Time. Seu grupo é formado por 30 pesquisadores de diferentes instituições de ensino, pesquisa e assistência à saúde e de diversas áreas do conhecimento. “Este prêmio aumenta a minha responsabilidade de mostrar que as oportunidades de se fazer ciência, no Brasil, existem, devem ser reconhecidas e encaradas com determinação.”
Foto: Amanajé Fotografia
Juan Carlos Gaona
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om ampla experiência no setor farmacêutico, desenvolvida ao longo dos últimos 20 anos por meio de diversos cargos gerenciais em nível local, regional e mundial, Juan Carlos Gaona iniciou sua trajetória profissional na Colômbia, na área de Marketing, e posteriormente foi transferido para o Brasil e para a França, interagindo com diferentes funções que incluíam equipes de Pesquisa & Desenvolvimento. No último ano, sob sua gestão, a Abbott inaugurou o primeiro Centro de Desenvolvimento Farmacêutico da companhia no Brasil.
Foto: Wilton Junior-Estadão
Ligia Bahia
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m 2016, Ligia Bahia, professora da Faculdade de Medicina e Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, envolveu-se na coordenação de uma pesquisa multicêntrica sobre o complexo econômico industrial da saúde. O estudo forneceu subsídios à compreensão sobre a dinâmica público-privada do setor da saúde no Brasil, bem como inspirou a organização de cursos, disciplinas e eventos em torno da temática sobre as projeções setoriais das articulações entre Estado e mercado. Ligia também vem contribuindo para a ampla divulgação das evidências científicas sobre o processo saúde-doença e efetividade das intervenções.
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
Foto: Osmar Bustos
Mário Scheffer
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esquisador do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP na área de Saúde Coletiva, Mário Scheffer levantou questões sobre os impactos do novo regime fiscal instituído no país. “Também estamos desenvolvendo um estudo para melhor compreender as relações ambíguas de agentes públicos e privados na saúde por meio de pesquisas sobre financiamento de campanhas eleitorais, acordos para viabilização de mercados setoriais da saúde, políticas de isenções fiscais e tributárias, além da livre circulação de capital estrangeiro”, explica.
Vilma Regina Martins
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uperintendente de Pesquisa do A.C.Camargo Cancer Center, Vilma Regina Martins lidera um grupo que vem desenvolvendo importantes projetos, como o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon). São ações que envolvem pesquisas de ponta na área de oncologia, além do treinamento e ensino de diferentes profissionais. Sua equipe também está envolvida em um grande projeto internacional que avaliará os fatores de risco para o desenvolvimento de 5 tipos de tumores em 5 continentes. “Estar entre os 100 Mais Influentes da Saúde é o reconhecimento do trabalho de profissionais de forma integrada e em sintonia para o benefício do paciente.”
100 Mais Influentes da Saúde 2017
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Categoria
Entidade Setoriais Breno de Figueiredo Monteiro
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residente da Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Fenaess), da Associação dos Hospitais do Pará e do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Pará, Breno de Figueiredo também faz parte do conselho consultivo da Anvisa. Entre suas ações, destaca-se a criação da Escola Nacional de Ensino em Serviços de Saúde (ENAESS), sendo oferecidos vários cursos de qualificação em parceria com os sindicatos filiados. “É uma responsabilidade e uma honra estar entre os 100 Mais. A premiação é um reconhecimento de todo o trabalho e os esforços realizados para a melhoria da gestão do setor.”
Carlos Alberto Pereira Goulart
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residente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed) desde fevereiro de 2010, Carlos Goulart também é membro do Conselho de Administração do Instituto Coalizão Saúde. No último ano, a entidade saltou de 183 empresas para as atuais 230 associadas. Sob sua gestão, a Abimed firmou acordo de cooperação técnica com a Anvisa, tornou-se membro do Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde, integrou-se ao Conselho de Administração do Instituto Coalizão Saúde e foi uma das fundadoras da Coalizão Interamericana de Ética no Setor de Tecnologia Médica.
Foto: Anahp
Francisco Balestrin
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residente do Conselho de Administração da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp), Francisco Balestrin também exerce a presidência do Conselho de Administração do Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde (CEBEXs) e é presidente designado da Federação Internacional dos Hospitais. Em 2016, a Anahp comemorou seus 15 anos e difundiu pelo setor a importância de debates sobre a Ética e a estrutura de compliance dentro das instituições. “Levamos nossa mensagem das mais diferentes formas, como, por exemplo, a criação do Comitê Estratégico de Compliance para os associados Anahp – trabalho que, obviamente, continua.”
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
Paulo Henrique Fraccaro
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stimular atividades inovadoras, levar empresas brasileiras a diversas missões internacionais, promover encontros entre indústria, academia e governo. Essas são algumas das importantes ações que Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da Abimo, vem trabalhando ao longo de sua história na entidade. Para 2017, Fraccaro pontua como prioridade a regulamentação da isonomia tributária, lei aprovada em dezembro de 2014 e que até hoje não foi regulamentada. Sobre estar entre os 100 Mais, Fracarro diz: “diariamente, tenho diversas responsabilidades dentro da Abimo. Mas essa é, literalmente, multiplicada por cem. Só tenho a agradecer.”
Victor Mezei
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residente do Conselho da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Victor Mezei também é membro do conselho do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) e presidente do Grupo Pfizer Brasil. “Fico muito feliz em receber esse reconhecimento, especialmente porque ele diz respeito não só ao meu trabalho, como presidente do Conselho da Interfarma, mas também ao trabalho de uma equipe competente e dedicada. E faço questão de destacar aqui o trabalho do Antônio Britto, que está há quase oito anos na presidência executiva da Interfarma.”
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Categoria
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100 Mais Influentes da SaĂşde 2017
Foto: Roque Mercês
Roberto Sá Menezes
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atural de Salvador-BA, Roberto Albuquerque Sá Menezes é o atual provedor e principal gestor da Santa Casa da Bahia, a segunda maior empregadora da cidade. Tem o desafio de gerir unidades importantes como o Hospital Santa Izabel, o Cemitério Campo Santo, o Cerimonial Rainha Leonor e o Museu da Misericórdia, além de administrar equipamentos públicos. É também um dos fundadores, membro do Conselho de Administração e presidente do Grupo de Apoio à Criança com Câncer da Bahia (GACC-BA). Fez de sua atuação voluntária um marco para a instituição, com valiosas conquistas. Entre elas, as acreditações plena e de excelência para o Hospital Santa Izabel, emitidas pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a Certificação por Distinção da Hemodinâmica. No último ano, a Instituição inaugurou novas instalações de importantes áreas do Hospital Santa Izabel (como ambulatórios, enfermarias e pediatria), visando o conforto e o acolhimento do paciente, aliados à tecnologia e melhoria da eficiência dos processos, que resultou na capacitação de mais de 200 colaboradores, mais rapidez no atendimento, maior satisfação do paciente e redução de custos. É responsável ainda pelo novo posicionamento de marca, com unificação e modernização da identidade visual da Santa Casa e de todas as unidades, além de ter investido na infraestrutura de Tecnologia da Informação. Também foi em seu mandato que a Instituição iniciou um importante convênio com a Fundação Dom Cabral, que oferece um programa de capacitação aos gestores, em busca da excelência operacional.
“O ÚLTIMO ANO FOI DESAFIADOR E NOS ENSINOU A REESTRUTURAR NOSSOS INVESTIMENTOS, REVISAR CUSTOS E OTIMIZAR PROCESSOS EM BUSCA DAS REDUÇÕES NECESSÁRIAS PARA A SUSTENTABILIDADE DO NEGÓCIO.” 100 Mais Influentes da Saúde 2017
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Categoria
Filantropia
Foto: Édi Pereira
Antonio Mendes Freitas
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uperintendente da Sociedade Beneficente São Camilo, Antonio Mendes Freitas alcançou inúmeras conquistas para a Instituição no último ano. Sob sua gestão, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo vem superando todas as adversidades, em especial a do cenário econômico. Em 2016, Freitas investiu em infraestrutura e na expansão de áreas e serviços aos pacientes das Unidades Pompeia, Santana e Ipiranga, como a inauguração do Centro de Referência em Tratamento de Feridas e o Ambulatório de Mastologia. “Entendo que receber este reconhecimento traz ainda mais responsabilidade em relação ao trabalho exercido na Instituição e aos projetos futuros.”
Edson Rogatti
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residente do Conselho de Administração da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Edson Rogatti também é diretorpresidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo – Fehosp. Vem realizando um intenso trabalho pela valorização da filantropia no país que, recentemente, resultou, depois de muito diálogo com os parlamentares, na liberação de R$ 513 milhões para filantrópicos e a ampliação do prazo de carência da linha de crédito Caixa Hospitais, de 84 para 120 meses. “Agradeço esta indicação que tem imensa importância para a Saúde e a todos que votaram em meu nome para estar entre os 100 Mais.”
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Henrique Prata
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residente da Fundação Pio XII, mantenedora do Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Prata é um nome sempre a ser lembrado quando o assunto é filantropia no país. Entre suas recentes conquistas foi replicar o projeto do HC de Barretos para Porto Velho (RO) com 100% das doações de empresas privadas. Com isso, toda a região Amazônica será atendida pelo novo centro. “Temos crescido muito nesses últimos anos e, pela dimensão da obra, acredito que este seja o reconhecimento de uma gestão séria e que pensa no próximo”, afirma Prata.
Wanessa Portugal
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iretora Jurídica e de Filantropia da Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, Wanessa Portugal conquistou importantes reconhecimentos no último ano devido aos resultados obtidos sob sua gestão. Entre os 10 hospitais públicos de excelência, dois são administrados pela Pró-Saúde: Hospital Regional Público da Transamazônica e o Hospital Regional do Baixo Amazonas, ambos no Pará. “É motivo de orgulho receber um prêmio tão importante e reconhecido na área da saúde. É também um grande estímulo para continuar me dedicando ao trabalho de cuidar de pessoas.”
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Categoria
Gente e Gestão Gideon Basílio
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leito entre as melhores empresas para se trabalhar na Amazônia pela Great Place To Work (GPTW), o Hospital Adventista de Manaus, sob a liderança de Gideon Basílio, passou por diversas transformações que destacaram o Hospital na região Norte do país. Sua gestão investiu na inauguração de 20 leitos no Centro de Terapia Intensiva (CTI) com estrutura moderna e recursos tecnológicos avançados. Além disso, a unidade foi acreditada Nível III pela Organização Nacional de Acreditação. “Estar entre os mais influentes da saúde de 2017 aumenta nossa responsabilidade de continuar investindo no desenvolvimento de equipes, tendo o paciente como centro das atenções.”
José Francisco Moron Morad
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nvestir no desenvolvimento de todos que atuam na Unimed Sorocaba. Este é um dos pilares da gestão de José Francisco Moron Morad, presidente da cooperativa. Destaca-se o modelo de gestão por competência a fim de alinhar e consolidar a equipe para um trabalho coletivo e eficaz. Morad também manteve a saúde financeira e econômica da cooperativa diante do adverso cenário nacional. “Nosso faturamento se elevou em mais do que o dobro da inflação. Em contrapartida, as despesas cresceram em proporção inferior.” Sobre a indicação ao 100 Mais, Morad diz: “devo redobrar a atenção em minhas ações e decisões. Elas reverberam diretamente na instituição que hoje presido e, consequentemente, na vida de milhares de pessoas.”
Luiz Paulo Tostes Coimbra
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residente da Unimed Volta Redonda, a gestão de Luiz Paulo Tostes Coimbra obteve, em 2016, o melhor resultado dos últimos cinco anos graças às boas práticas de governança implementadas ao longo do tempo. A cooperativa se destacou no ranking da Revista Exame do Guia Você S/A, revelando que 95,60% dos colaboradores da Unimed Volta Redonda afirmam sentir orgulho em trabalhar na cooperativa. “Ser reconhecido entre os 100 Mais é resultado do investimento em profissionalização das pessoas, na valorização do trabalho médico e na inovação dos processos. É nisso que acreditamos”, afirma.
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
Maria Lúcia Capelo Vides
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ob a liderança de Maria Lúcia Capelo Vides, superintendente do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, a Instituição conseguiu, pelo sexto ano consecutivo, estar no ranking das Melhores Empresas para Trabalhar do país, realizado pelo Great Place to Work (GPTW), em parceria com a Revista Época. “Mantivemos o planejamento estratégico e motivamos, ainda mais, nossa equipe a caminhar para o mesmo objetivo.” Outra importante conquista foi a remodelação do Centro Médico de Especialidades, que hoje realiza 26 mil atendimentos/mês. “Este prêmio não apenas me reconhece como profissional, mas também o Hospital e todo o trabalho sério desempenhado pela nossa equipe.”
Pedro Scarpi Melhorim
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gestão do presidente da Unimed Sul Capixaba, Pedro Scarpi Melhorim, conquistou o reconhecimento de estar entre as 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil pelo oitavo ano consecutivo, segundo a revista Você S/A. A operadora conquistou 82 pontos no Índice de Felicidade Total (IFT) – nota que classifica as empresas participantes, enquanto o Hospital Unimed Sul alcançou 80,3 pontos. Ambos foram classificados na categoria Cooperativa. “Obviamente, entendo que essa premiação se deve à Unimed Sul Capixaba e a todos os projetos executados. Jamais conseguiria isso sozinho. Isso se deve a um belo trabalho em equipe.”
100 Mais Influentes da Saúde 2017
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Categoria
Gestor na Saúde Denise Santos
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ob sua liderança, a Beneficência Portuguesa de São Paulo tem passado por um profundo processo de transformação nos últimos anos. Trabalho que tem surtido resultados. Em 2016, a Instituição foi reconhecida como hospital de excelência pelo Ministério da Saúde, passando a integrar o seleto grupo de instituições a deterem tal reconhecimento no país. O último ano também marcou o lançamento da nova marca da instituição (BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo). Além disso, a gestão profissional de Denise Santos adotada nos últimos anos reverteu a operação deficitária: prova disso é que 2016 terminou com Ebitda de R$ 68,7 milhões.
Fernando Andreatta Torelly
E
m 2016, Fernando Torelly aceitou o convite para assumir o cargo de diretor executivo do Hospital Sírio-Libanês. Sua chegada aconteceu para integrar uma equipe e um projeto de fortalecimento dos processos de governança, com foco na qualidade e segurança dos pacientes, eficiência operacional, entre outros fatores. Ampliaram-se as ações em parceria com o SUS, tanto no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS, quanto na integração da gestão dos hospitais públicos. “Acredito que esta premiação reforça a percepção do quanto somos capazes, em equipe, de superar obstáculos e de promover mudanças que garantam a sustentabilidade de nossas operações.”
Mohamed Parrini
“C
aminhamos para o futuro de forma consistente e disciplinada, sem sobressaltos durante momentos de crises ou euforias”, diz Mohamed Parrini, superintendente executivo do Hospital Moinhos de Vento. Economista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com extensão pela Harvard Business School, ele criou um ousado programa de expansão para a Instituição, que hoje supera R$ 400 milhões em investimentos. Exemplo desse processo de crescimento foi a inauguração, em 2016, do Centro de Oncologia Lydia Wong Ling. O espaço, que passou a ser um dos principais núcleos de referência na área, foi desenvolvido em conjunto com a Johns Hopkins Medicine International.
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
Foto: Beto Assem
Paulo Vasconcellos Bastian
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EO do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Paulo Vasconcellos Bastian ingressou na Instituição em 2006, como Superintendente Operacional. Uma de suas principais conquistas foi a modernização da gestão. “Conseguimos também revisitar a nossa missão, visão e valores da Instituição e também o planejamento estratégico para os próximos cinco anos que previu, entre outros fatores, nosso crescimento por meio da expansão e da capilarização”, explica. Outra vitória importante foi a contribuição para a saúde pública por meio do Instituto Social, que está gerenciando o Complexo Hospitalar dos Estivadores, em Santos (SP). “É muito gratificante estar entre este seleto grupo de lideranças premiadas e que tem estimulado o desenvolvimento de práticas inovadoras em suas instituições.”
Rodrigo Lopes
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s dificuldades da economia do país não impediram que os Hospitais Bandeirantes e Leforte registrassem um crescimento de 12%, em 2016, sob o comando de Rodrigo Lopes, CEO das duas instituições. O segredo do sucesso, para ele, tem sido o contínuo compromisso e investimento na promoção do cuidado com as pessoas. Biomédico graduado em Administração Hospitalar, Lopes comemora outra conquista do último ano: a implementação de ações de Saúde fora dos muros das instituições, como a Virada Sustentável e a participação como hospital oficial da 2ª edição do L’Étape Brasil by Le Tour de France, que é o maior evento ciclístico amador da América Latina.
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Indústria Armando Lopes
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iretor Geral da Siemens HealthineersTM no Brasil, no último ano, a gestão de Armando Lopes firmou um acordo de cooperação entre a companhia e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por meio do Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT), no Campos de São José dos Campos (SP). A empresa dará apoio para o desenvolvimento do projeto de pesquisa intitulado de “Uso de tecnologias para avaliações de técnica biomagnética: Tomógrafo Biomagnético”.
Guilherme Maradei
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residente da Merck no Brasil, Guilherme Maradei tem uma ampla experiência em liderança de times multifuncionais, de projetos e globais, desenvolvida ao longo de sua sólida carreira na indústria farmacêutica e na de consumo em saúde. Ocupou posições locais, regionais e globais de empresas como McKinsey, Pfizer e Valeant, na qual atuou como diretor geral. Depois de investir R$ 165 milhões na ampliação e modernização da fábrica de medicamentos de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, a multinacional, durante a sua gestão, anunciou investimentos de mais R$ 100 milhões até 2020 em um novo ciclo de expansão da unidade.
Márcio Coelho
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omeado para uma posição global da Johnson & Johnson Medical Devices nos Estados Unidos, neste ano, Márcio Coelho ocupou, no Brasil, a posição de VP da empresa. Traz uma carreira internacional de dez anos na Becton Dickinson, onde ocupou a posição de Global Market Leader para a divisão de injetáveis para diabetes da empresa, nos Estados Unidos. Entre suas conquistas está a criação do Zikalab, em parceria com o CONASEMS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) e o IPADS (Instituto de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvimento Social), capacitando 688 agentes públicos de saúde. “É uma honra receber esse prêmio. Influenciar é ser exemplo, servir de espelho para outros, e se queremos uma sociedade mais justa temos que começar dentro de casa.”
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Roberto Mendes
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ob a liderança de Roberto Mendes, a Thermo Fisher cresceu, apenas no setor da Saúde, 7% no Brasil. Também em sua gestão, a empresa lançou, no último ano, um painel para detecção dos vírus da dengue, chikungunya e zika em um único teste. Também em 2016, a empresa foi pioneira ao lançar o primeiro kit para detecção de tumores por meio de biópsia líquida, já em uso em grandes centros de diagnósticos no país. “Trabalhar com a Saúde é por si só uma grande responsabilidade. Por isso, estar entre os 100 Mais é a confirmação de que estamos no caminho correto, que é o de geração de valor com base em diferenciação por inovação.”
Rogério Ribeiro
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VP Sênior para os Mercados Emergentes/Australasia da GSK, Rogério Ribeiro, traz muitas conquistas no último ano. O negócio de Produtos Farmacêuticos e Vacinas no Brasil apresentou um forte desempenho em 2016, registrando o maior volume de vendas de produtos farmacêuticos e vacinas de qualquer empresa no país, com um aumento de 20% em relação ao ano anterior, nos mercados público e privado. Hoje, no Brasil, a GSK está entre as maiores farmacêuticas e é a empresa de mais rápido crescimento entre os 10 maiores do setor no país. “A lista do 100 Mais inclui várias pessoas que eu conheço e admiro e me sinto honrado por ser incluído entre eles.”
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Infraestrutura André Villac Abucham
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executivo desenvolveu sua carreira acumulando experiências nacionais e internacionais. Foi VP sênior e membro do Conselho de Diretores do Citigroup, em Nova York. Atualmente, Abucham é diretor superintendente da Engeform, onde está há doze anos. É responsável técnico por mais de 100 grandes projetos de engenharia realizados pela Engeform. No ano passado, a empresa conquistou o contrato da construção do Hospital da Unimed em Betim (MG) e entregou o Iamspe, o Instituto de Assistência Médica ao Servidor. “Nos últimos 10 anos, nós tivemos ao menos um contrato por ano na área da saúde, totalizando 550 mil metros quadrados e 3.400 leitos.”
João Fábio Bianchi Garcia Silva
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obtenção da certificação da ISO 55001 na área de manutenção, tornando a BP a primeira instituição da América Latina a ter essa certificação, foi uma das muitas vitórias de João Fábio Bianchi Garcia Silva, superintendente-executivo de Operações da BP: Beneficência Portuguesa de São Paulo. Sua gestão também intensificou a parceria com fornecedores, viabilizando projetos e estudos para melhorar a eficiência da área de Operações. “É um orgulho ser reconhecido como alguém influente no setor. Nunca tive isto como objetivo pessoal, mas sempre busquei enfrentar os desafios do setor atuando como protagonista. Este reconhecimento eu estendo à minha equipe.”
Paula Fiorentini
“A
principal vitória foi não se contaminar pela crise econômica que o país vive”. Esta é a avaliação de Paula Fiorentini, arquiteta da Fiorentini Arquitetura, sobre o último ano. Sob sua liderança, o escritório viabilizou diversos projetos na Saúde sempre com foco na qualidade assistencial e no custo operacional reduzido. Além disso, Paula conquistou importantes clientes no mercado privado e seu escritório ganhou concursos que estão sendo viabilizados em 2017. “Apesar de estar muito orgulhosa com a indicação, sei que o mais difícil é manter o sucesso e esse é o meu objetivo: manter a marca Fiorentini na área de projetos em Healthcare.”
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Pedro Tedesco Silber
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iretor presidente da Construtora Tedesco, Pedro Tedesco Silber e sua equipe foram agraciados, em 2016, com o prêmio HealthARQ na categoria Case de Sucesso – Ampliação, devido a atuação da construtora nas obras do Hospital Moinhos de Vento (RS). A empresa é responsável pela execução das obras civis, incluindo fundações, estrutura, acabamentos e instalações. “O ano de 2016, apesar da retração econômica do Brasil, foi um ano de estabilidade para a Tedesco. Iniciamos o desenvolvimento de alguns projetos em outros Estados, como Santa Catarina e Paraná nos quais estamos avaliando oportunidades.”
Robson Szigethy
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partir de uma nova reestruturação do Grupo Amil, a Diretoria de Projetos e Construções, sob a liderança de Robson Szigethy, passou a responder diretamente ao UnitedHealth Group Brasil. Uma de suas principais conquistas foi o aprimoramento na elaboração dos indicadores que nortearam os investimentos da empresa e o controle eficaz dos prazos das obras. “Com o nosso engajamento dentro de uma nova cultura, fortalecemos o foco na melhoria dos processos e controles internos, além do aperfeiçoamento no planejamento das demandas de expansão das unidades médico-hospitalares.”
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Inovação Eduardo Cipriani
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tecnologia cognitiva faz parte da nova Era da Saúde. Eduardo Cipriano, líder de Watson Health na IBM Brasil, acompanha de perto este desenvolvimento tecnológico. “Participo do projeto que colocou a tecnologia cognitiva, Watson, para auxiliar e acelerar a análise de mutações genéticas e a definição das melhores terapias, drogas ou pesquisas clínicas para pacientes em minutos.” Cipriano também participa de pesquisas de novos medicamentos utilizando a tecnologia cognitiva, contribuindo para o desenvolvimento de medicamentos em tempo recorde. “Receber este prêmio reflete as transformações da indústria da Saúde com demanda por soluções disruptivas e inovadoras.”
Hugo Borges
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solidez da Unimed Juiz de Fora é uma das principais conquistas, construída com muito esforço e dedicação, por Hugo Borges, presidente da Cooperativa. Com o perfil regionalizado, a operadora iniciou seu processo de expansão ao assumir a carteira de clientes e a área operacional da Unimed Santos Dumont, passando a atuar em 25 municípios. Borges também não mediu esforços para investimentos e, hoje, a Cooperativa encontra-se na etapa final das obras do Hospital Unimed, com inauguração prevista para janeiro de 2018. “Este prêmio, sem precedentes, valida minha história e me motiva a manter uma gestão focada na valorização do médico e na oferta de uma assistência à saúde acolhedora.”
Jorge Lopez
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novação está no DNA da 3M. Hoje, 70% dos 15 mil produtos da marca no país são fabricados no Brasil. A empresa investiu no país US$ 27 milhões em 2016, sendo que a maior aposta está em Saúde, segundo Jorge Lopez, CEO da 3M Brasil. O segmento responde por 15% da receita local da companhia, mas a meta é elevar esse índice para 20%. Ele destaca o programa educacional 3M Health Care Academy, que levou treinamento e informação para cerca de 37 mil profissionais, entre enfermeiros, dentistas, médicos e profissionais de laboratório, em 2016, pelo Brasil afora. “Para a 3M, a geração de conhecimento entre os profissionais da saúde faz parte das estratégias das divisões de negócios.”
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
José Claudio Cyrineu Terra
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Hospital Israelita Albert Einstein foi eleito uma das 100 empresas mais inovadoras do país, segundo ranking do Anuário Inovação Brasil 2016, do jornal Valor Econômico, ficando em primeiro lugar na categoria Serviços Gerais. Um dos responsáveis por esta conquista é José Claudio Cyrineu Terra, diretor de Inovação e Gestão do Conhecimento da Instituição. “O Einstein continua investindo fortemente no apoio ao Ecossistema de Inovação em Saúde no Brasil.” Terra destaca o avanço do Hospital em várias frentes, como na institucionalização de metodologias de desenvolvimento de produtos e tecnologias e o fortalecimento das parcerias com outras instituições.
Renato S. Rocha Filho
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esenvolver soluções que garantam segurança ao paciente e eficiência aos processos do hospital. Este é o foco que norteia a gestão de Renato Filho, diretor-executivo da Divisão Médica da Dräger Brasil. “Nossa pretensão é sermos vistos como consultores e parceiros que promovem soluções inovadoras para o plano estratégico do cliente.” Em 2016, a empresa investiu mais de 8% da receita global em P&D. “Minha responsabilidade é manter a Inovação, Tecnologia, Tradição e Qualidade garantindo o sucesso da Dräger no Brasil e promover cada vez mais melhorias no cuidado com os pacientes.”
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100 Mais Influentes da SaĂşde 2017
Medicina DiagnĂłstica
Roberto Cruz
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EO da Pixeon, Roberto Cruz teve como principal investimento, no último ano, a aquisição da Digitalmed, passando a ampliar a sua oferta de soluções baseadas na nuvem e no formato SaaS-Software-as-a-Service. Com essa negociação, Cruz conquistou para a Pixeon a maior base instalada de softwares em prestadores de Saúde na América Latina. Sua gestão reforçou os planos de expansão na Argentina, passando a ampliar em 55% o número de clientes no país. Em 2016, a Pixeon fechou o ano com 38% de aumento no faturamento, quando comparado a 2015. “Nossa estratégia de crescimento está baseada na atuação one stop shop software provider, oferecendo soluções completas que garantem mais eficiência aos processos das instituições de saúde”, ressalta Cruz. Para 2017, o CEO conta que as previsões são bastante otimistas. Apesar da adversidade dos cenários político e econômico do Brasil, Cruz espera que o ano termine com um faturamento anual 45% superior ao registrado no ano passado. “O mercado hospitalar será nosso direcionador, com projeções de crescimento de 81% nas vendas neste ano.” Sobre a sua gestão, Cruz ressalta que “liderar uma empresa como a Pixeon é algo que me faz acordar todos os dias com muita energia e satisfação. É com muito orgulho que lidero uma companhia que tem como missão transformar a saúde com tecnologia e inovação”.
“ESTE PRÊMIO COROA A EXECUÇÃO DO TRABALHO E AUMENTA MINHA RESPONSABILIDADE E COMPROMETIMENTO COM A CAUSA NESTA JORNADA DE TRANSFORMAÇÃO DA SAÚDE.”
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Medicina Diagnóstica
Carlos Marinelli
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ara o presidente do Grupo Fleury, Carlos Marinelli, o ano de 2016 foi marcado por projetos destinados a melhorar a experiência do cliente na utilização dos serviços. Este ano representou também um marco no ciclo de turnaround iniciado no final de 2013 e que resultou no crescimento e na evolução da rentabilidade das operações. Em 2017, sua gestão iniciou um novo ciclo de crescimento por meio da expansão de unidades de atendimento e parcerias com hospitais. “É uma satisfação figurar entre os mais influentes da Saúde. Este prêmio reconhece o trabalho de todos os nossos colaboradores e médicos, que têm oferecido admirável dedicação para servir nossos clientes.”
Daurio Speranzini Jr.
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m seu segundo ano como presidente da GE Healthcare na América Latina, Daurio Speranzini Jr. consolidou o novo modelo de negócios da empresa e realizou uma parceria com o Comitê Olímpico Internacional para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, que envolveu o fornecimento de um software de gestão para todo atendimento médico realizado durante os Jogos. “Estar entre os 100 Mais reforça o reconhecimento pelos níveis de excelência de nossos serviços, permitindo que o novo modelo de atuação da GE Healthcare seja um exemplo de como colaborar para a melhoria do sistema de Saúde do país”.
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
Fernando Terni
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residente da Alliar, Fernando Terni conseguiu inúmeras conquistas para a instituição no último ano. Sob sua gestão, a rede de laboratórios cresceu quase 40% e adquiriu duas empresas, além de ter investido em novas unidades e equipamentos. A companhia já abriu 32 unidades e para 2017 a meta é inaugurar duas novas, ainda no primeiro semestre, e outras três até o final do ano, anunciando novas aquisições. “É uma honra receber esta nomeação ao lado de grandes nomes do setor. A nossa responsabilidade é trabalhar para que serviços de qualidade estejam disponíveis a um número cada vez maior de brasileiros.”
Lídia Abdalla
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residente executiva do Laboratório Sabin, Lídia Abdalla fez de 2016 um ano de grandes mudanças para o setor. Recentemente, a sua equipe técnica foi reconhecida internacionalmente pelo desenvolvimento de um exame que detecta dengue, zika e chikungunya em uma mesma reação. No mesmo ano, sob sua gestão, o Sabin inaugurou uma nova sede em Brasília, em um prédio que reúne o que há de mais moderno em medicina diagnóstica, e expandiu a sua área de atuação para o Sul, alcançando agora as cinco regiões do país. “Estar entre os 100 Mais Influentes da Saúde pelo segundo ano consecutivo é uma honra”, afirma Lídia.
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Negócios Djalma Luiz Rodrigues
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ma das prioridades de Djalma Luiz Rodrigues, diretorpresidente da Fanem, é inovar. “Sempre corremos atrás deste objetivo.” Esta foi a tônica que guiou a gestão da empresa em 2016, sempre focada em dar continuidade aos projetos em curso e lançar novas linhas no portfólio. Uma das iniciativas arrojadas da companhia no último ano foi a instalação de uma fábrica no México, visando ampliar a internacionalização da empresa. A planta industrial recebeu um investimento de US$ 800 mil. Rodrigues – que completa 54 anos de atuação no ramo da Saúde - afirma ter esperanças de que o mercado brasileiro supere o momento conturbado e volte ao ritmo dos bons negócios.
Jorge Pinheiro
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s inaugurações do Sistema Hapvida Saúde, em 2016, foram muito expressivas durante a gestão de Jorge Pinheiro. “Inauguramos novos hospitais, como o Hospital Francisca de Sande, em Feira de Santana (BA); prontos-atendimentos, como Derby (PE) e Cidade Nova (AM); e novas clínicas em Fortaleza (CE) e Recife (PE); além de iniciarmos a construção de novos hospitais, como em Eugênia Pinheiro (CE) e a atuação em Odontologia no Sul do país”. Sua gestão também iniciou o projeto Hapvida + 1k, assessoria de corrida e caminhada gratuita, presente em cinco Estados. “Para o Hapvida, 2016 foi um ano de muitos investimentos e de grandes conquistas”, avalia Pinheiro.
Pedro Bueno
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nvestir na expansão. Essa é a tônica da gestão de Pedro Bueno, CEO da Dasa. “É a melhor forma de preparar a empresa para o futuro”, afirma. Exemplo disso foi a compra recente da rede de laboratórios SalomãoZoppi. Em 2016, a companhia começou a colher os frutos do processo de restruturação da gestão, iniciado em 2015. “Estamos investindo na expansão orgânica, infraestrutura, tecnologia e novos equipamentos, prova disso é que fomos a empresa de medicina diagnóstica que mais investiu nos últimos dois anos.” Segundo ele, também são prioridades da companhia a melhoria dos processos e o treinamento dos colaboradores.
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
Waleska Santos
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undadora e presidente da Hospitalar Feira + Fórum, o maior evento especializado em Saúde de todo o continente americano, Waleska Santos chega à 24ª edição do evento neste ano. A gaúcha de Pelotas criou este evento no Brasil que reúne anualmente, em São Paulo, mais de 1.200 marcas, de vários países, e recebe mais de 90 mil visitas profissionais de todo o Brasil e do exterior. No ano passado, Waleska firmou acordo de cooperação com a HIMSS – Healthcare Information and Management Systems Society. Com isso, será realizado neste ano o summit HIMSS@HOSPITALAR, que oferecerá conteúdo especializado em tecnologia avançada para o setor da saúde.
Wataru Ueda
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esafios existem para serem superados. Apesar da conjuntura do país, a Magnamed, sob o comando de Wataru Ueda, registrou crescimento de 84% no faturamento em 2016, alcançando R$ 34 milhões. “Os bons números foram conquistados com estratégias focadas, como ampliação da rede de representantes comerciais, que passaram a tratar diretamente com os clientes”, comemora Ueda, CEO da empresa. “Fazer parte do time dos 100 Mais Influentes da Saúde é a coroação do trabalho bem feito que os profissionais da Magnamed têm realizado neste setor.”
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Personalidades Públicas
Foto: Roberto Navarro
David Uip
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Foto: Marcelo Camargo Agência Brasil
om atuações como diretor executivo no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo; diretorpresidente da Fundação Zerbini e diretor do Hospital Emílio Ribas, Uip é o atual secretário estadual da Saúde de São Paulo. O infectologista é formado pela Faculdade de Medicina da Fundação Universitária do ABC, tem mestrado e doutorado em doenças infecciosas e parasitárias pela Faculdade de Medicina da USP. Mesmo com a crise, sua gestão entregou três Ambulatórios Médicos de Especialidades. “Exercer um cargo de gestão e trabalhar em prol da saúde pública do Estado é um dos maiores desafios da minha vida. Trabalho com honestidade, ética e amor pelo que faço.”
Darcísio Perondi
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elator do PL 1606/2011, que determina a implantação, num prazo máximo de três anos, de uma Política Nacional para Doenças Raras no âmbito do SUS, Darcísio Perondi, deputado federal (PMDB/RS), também foi relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) 241 que cria o teto de gastos públicos. “Como sou um deputado da área da saúde, preciso lutar para que a reforma da previdência seja aprovada e não falte recursos para o SUS nos próximos anos. Estou muito feliz com este reconhecimento e isso me compromete a continuar trabalhando e me empenhando nessa importante luta pelo setor de saúde e por um Brasil melhor.”
Jarbas Barbosa
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tual diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa iniciou sua trajetória no SUS, em 1982, como médico da Secretaria de Estado de Saúde de Pernambuco. Foi nomeado secretário municipal de Olinda (PE), em 1993, e, em 1995, galgou ao cargo de secretário estadual de Saúde de Pernambuco. Em 2016, sob sua liderança, a Anvisa registrou sete kits de diagnóstico in vitro para zika, dengue e chikungunya e publicou a nova RDC para pós-registro de medicamentos. “Orgulho-me em ter o trabalho reconhecido e ao lado de tantos profissionais talentosos na Saúde. Mas esse reconhecimento não seria possível sem o apoio de todo o corpo técnico da Anvisa.”
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Foto: Luiz Chaves
José Ivo Sartori
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egundo dados divulgados em 2016 pelo governo do RS, a Saúde do Estado registrou, em 2015, a menor taxa de mortalidade infantil da história: de 10,1 para cada mil nascimentos. O governo de José Ivo Sartori também conseguiu quitar dívidas com o setor hospitalar, qualificando o atendimento do SUS. A medida beneficiou cerca de 50 hospitais filantrópicos, públicos e Santas Casas. Sartori tem 40 anos de vida pública e considera que o atual momento é de “arrumar o que precisa para que a casa continue em ordem”. “Um reconhecimento como esse é fruto do nosso esforço para qualificar os serviços. O caminho é longo, há muito por fazer.”
Simão Jatene
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economista Simão Robison Oliveira Jatene, atual governador do Estado do Pará, é o primeiro governador do Pará eleito para três mandatos. A gestão do governo do Estado, sob sua orientação, tem como foco principal a redução da pobreza e da desigualdade. Entre os projetos, programas e ações em andamento executados pelo governo do Estado, destacam-se o Propaz, Pacto pela Educação, Municípios Verdes, entre outros. Também é um dos focos de sua gestão a implementação do monitoramento do Índice de Progresso Social no Estado, para garantir a melhoria dos indicadores sociais através da integração das diferentes políticas públicas.
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
Prestação de Serviço
Sandra Passos
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esmo em tempos difíceis, 2016 foi um ano de bom desempenho para a Sodexo. Em função das oportunidades de expansão de serviços, a empresa apresentou crescimento de 5,4% no período. Fatia considerável deste resultado está conectada com a atuação vigorosa da companhia no segmento de Saúde, que teve crescimento de 46% somente no ano passado. A maestrina da performance da empresa na área é Sandra Passos, CEO de Saúde e Educação da Sodexo On-site Brasil. “Estamos em evolução de nossas ofertas, implementando as tecnologias mais atuais do mercado.” Para ela, as maiores conquistas em 2016 foram: obter forte crescimento em facilities services, com destaque para higienização hospitalar e manutenção; atingir taxa de fidelização de 100% dos clientes; e intensificar o engajamento de colaboradores, que foi acima de 80% na última pesquisa interna. “Focamos na excelência do atendimento a pacientes, acompanhantes, médicos e colaboradores, com a expertise de uma célula técnica de referência no segmento.” Exemplo do know-how da Sodexo no segmento de Saúde é a Cozinha Inteligente, que aumenta a produtividade e a satisfação dos usuários com a padronização do produto e o aumento da saudabilidade dos alimentos. “Deixamos de ser conhecidos apenas como empresa de alimentação para sermos reconhecidos como prestador de serviços integrados, que entrega soluções competitivas, melhoria de performance de clientes e garantia de qualidade de vida aos consumidores”, diz Sandra. A Sodexo prevê crescimento de 7% em 2017 como um todo, e de 50% somente em Saúde, englobando as Soluções Integradas de Serviços. “Estamos confiantes. Isso nos impulsiona a crescer de forma sustentável neste segmento.”
“ESTAR ENTRE OS 100 MAIS AUMENTA A RESPONSABILIDADE E O DEVER DE OFERECER ATENDIMENTO COM ÉTICA, TRANSPARÊNCIA, RIGOR NOS PROCESSOS E DEDICAÇÃO.” 100 Mais Influentes da Saúde 2017
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Prestação de Serviço
Afonso José de Matos
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om o objetivo de reforçar a presença nos Estados do Norte e do Nordeste, a Planisa firmou, no ano passado, parceria com a AMA Evoluir, de Salvador (BA) – empresa do Grupo BENT. Um dos responsáveis pelos passos arrojados da empresa é seu diretor-presidente, Afonso José de Matos. Depois das turbulências em 2016, ele prevê uma acentuada recuperação para o desempenho da companhia. “Para isso, o foco é fortalecer a gestão e inovar em soluções aos clientes, visando superar os desafios que impactam na saúde financeira do setor”, diz Matos, que é doutor em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo.
Cesar Rodriguez Dominguez
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tempo de mudança para a AxisMed, que iniciou, em 2016, um processo de transformação. Para comandar esta nova fase, a companhia tem como CEO Cesar Rodriguez Dominguez, que assumiu o cargo quando o Grupo Telefónica adquiriu 100% do controle da empresa. Para ele, a inovação tecnológica na saúde e o business intelligence serão a grande tendência para o setor, mas sem substituir a inteligência clínica (médico, enfermeiro, especialistas e paciente). A companhia começou a digitalizar seu portfólio e reforçou o time comercial e de relacionamento. “Estamos investindo forte em marketing e revendo nossos processos de qualidade.”
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
Enrico De Vettori
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om mais de 23 anos de trajetória no segmento de Life Sciences & Health Care, Enrico De Vettori é sócio da Deloitte Brasil, além de membro do Global Advisory Group de Saúde. Com sua vasta experiência profissional, De Vettori obteve várias conquistas no último ano, mesmo em período de crise, como o lançamento da abordagem digital, que contempla ferramentas e aplicativos que aceleram a metodologia de diagnóstico de gestão. A depender da área de especialização, a Deloitte cresceu, em 2016, de 27% a 60%, “mas a meta é dobrar de tamanho nos próximos anos”, diz.
Fernando Stein
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ob sua liderança, a Indigo conquistou, no último ano, duas premiações recentes do Hospital Israelita Albert Einstein: Empresa Destaque e Revelação em Gestão de Segurança do Trabalho e Excelência em Prestação de Serviços. O diferencial, segundo o presidente, é a qualidade na prestação de serviço. “Em 2016, consolidamos nossa atuação em Saúde ao atingir 26 estacionamentos de hospitais pelo Brasil. E tivemos crescimento em todos os setores”, diz Stein responsável pelo desempenho da companhia, que realinhou sua marca no mundo, inclusive no Brasil, e está investindo para ser a empresa mais reconhecida no mercado brasileiro nesta área até 2019.
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Projetos de Humanização
Valdir Ventura
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EO do Grupo São Cristóvão, Valdir Ventura, mesmo em tempos de crise político-econômica, obteve grande destaque no setor. O último ano, marcado por um cenário de baixa de beneficiários nos planos de saúde, exigiu do administrador maestria para gerar boas oportunidades. Para não sentir esta perda, sua gestão elaborou importantes campanhas de prevenção visando promover maior qualidade de vida aos seus beneficiários e à comunidade em geral. Esta ação resultou no reconhecimento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que concebeu ao Hospital e Maternidade São Cristóvão certificação máxima de qualidade. “Este reconhecimento pode ser traduzido na escolha do São Cristóvão como uma das operadoras para participar do ‘Projeto Idoso Bem Cuidado’, somado às ações de melhoria de qualidade e atendimento aos pacientes”, comenta o CEO. Também neste último ano, Ventura foi responsável pela inauguração da IV Unidade do Centro Ambulatorial Américo Ventura, com foco na saúde da mulher. O espaço foi planejado seguindo conceitos de humanização. Com ambiente climatizado e temática voltada à mulher, a proposta do novo espaço, conforme explica o CEO, é sair “do espaço hospitalar com ‘ar’ de doença para um espaço lúdico”. Para 2017, Ventura ressalta que o foco principal é continuar com a promoção da melhoria e da qualidade do atendimento aos beneficiários do São Cristóvão Saúde e fortalecer a marca institucional.
“ESSE RECONHECIMENTO DEMONSTRA O QUANTO NOSSA INSTITUIÇÃO VEM CRESCENDO NO MERCADO HEALTH E, PRINCIPALMENTE, REFORÇA QUE O MODELO DE GOVERNANÇA ADOTADO TEM TORNADO O GRUPO UMA REFERÊNCIA.”
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Projetos de Humanização
Linamara Rizzo Batistella
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ecretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e presidente do Conselho Diretor do Instituto de Medicina Física e Reabilitação – IMREA – HCFMSUP, Linamara Rizzo Batistella recebeu, em 2016, o prêmio da United Nations Department for Economic and Social Affairs (UNDESA) e da Global Initiative for Inclusive ICTs (G3ict), que destacou sua liderança e dedicação pela promoção dos direitos das pessoas com deficiência no comando da Secretaria e do Centro de Tecnologia e Inclusão (CTI) do governo do Estado de São Paulo.
Márcia Salvador Géo
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oordenadora do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia e vice-presidente assistencial, operacional e diretora clínica da Rede Mater Dei de Saúde, Márcia Salvador Géo, no último ano, apresentou propostas de fortalecimento das ações de estímulo ao parto normal e humanizado da Rede. Márcia foi responsável pela expansão e estruturação dos prontos-socorros da companhia para melhor atender as gestantes, ampliando os leitos de terapia intensiva neonatal e pediátrica. “Esse reconhecimento é uma grande honra e nos energiza a continuarmos sempre trabalhando em prol de nossos pacientes, que são nossa razão maior.”
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
Martha Oliveira
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iretora de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Martha Oliveira foi responsável, em 2016, pelo aprofundamento das discussões sobre os novos modelos de atenção em saúde e formas diferenciadas de remuneração de prestadores, apresentando alternativas para reorganizar a prestação dos serviços centradas no usuário e na qualidade. Entre os seus principais projetos estão: Parto Adequado, Idoso Bem Cuidado (cuidado ao idoso), OncoRede (oncologia) e Sorrir (odontologia). “É uma alegria muito grande receber essa homenagem e ela me incentiva a continuar trabalhando para construir uma Saúde melhor para nosso país”.
Siegbert Zanettini
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rquiteto líder do escritório Zanettini Arquitetura e professor titular pela FAU-USP, Siegbert Zanettini foi responsável, em 2016, pelos projetos dos hospitais Mater Dei Betim-Contagem (MG), Hospital Brasil (SP) da Rede D’Or, Hospital Santa Júlia (MA), Hospital São Camilo Pompéia (SP), entre outros. Nacionalmente conhecido pela sua arquitetura humana e sustentável, Zanettini acredita que a humanização da arquitetura hospitalar tem importância considerável na recuperação dos pacientes, como também nas condições de trabalho e descanso das equipes responsáveis.
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
Qualidade e Segurança
Foto: Edy Fernandes
Mario Vrandecic
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undador e atual presidente do Biocor Instituto, Mario Vrandecic é referência quando o assunto é qualidade e segurança. Reconhecido pelo seu modelo competente de gestão e visão estratégica, Vrandecic é responsável pela política de atuação integrada e em equipe da Instituição, o que minimiza a probabilidade de riscos das operações. É através da respeitada governança do presidente que o Biocor Instituto, em mais de 30 anos de história, mantém níveis de 99,7% de aprovação dos pacientes e familiares. “O índice atesta a condição de referência no setor graças à infraestrutura moderna e tecnologia de ponta aliada ao modo muito particular de acolher e cuidar das pessoas em um momento tão especial, quando estão enfrentando problemas de saúde”, acrescenta. Foi superando os desafios que o Biocor Instituto despontou pioneiro na implantação da ISO 9002, certificado em 1997 em todos os setores, sendo a primeira instituição hospitalar da América Latina a realizar tal feito. Ao longo dos anos, a Instituição ganhou outras certificações, entre elas: ISO 9001; ISO 14001 (Meio Ambiente); OHSAS 18001 (Saúde e Segurança Ocupacional); a acreditação americana National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations (NIAHO SM ); bem como a Certificação QSP 31.000:2010, baseada na norma internacional ISO 31000:2009. Também estão entre os selos do Hospital a ISO 27001 (Segurança da Informação). Além disso, o Biocor mantém também mantém a acreditação plena com Excelência desde 2005 pela ONA e está em conformidade com os requisitos da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). Para 2017, o Plano Diretor do Biocor prevê a incorporação de uma área de 6 mil m² aproximadamente, a construção de mais 4 novas salas de cirurgia, além das obras de reforma e ampliação do pronto atendimento.
“A CONFIANÇA EM MIM DEPOSITADA ELEVA O MEU COMPROMISSO COM A NOSSA SOCIEDADE, TANTO PESSOAL QUANTO PROFISSIONAL.”
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Categoria
Qualidade e Segurança
Alberto Ferreira da Costa
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esde 1971, Alberto Ferreira da Costa é sócio do Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco, um dos maiores complexos hospitalares do Norte e Nordeste do Brasil. Em 2016, a Instituição conquistou a Acreditação Internacional pela Joint Commission International. Para este ano, o provedor diz que está prevista a inauguração de um prédio de nove andares que irá abrigar o Serviço de Nefrologia e concentrar os atendimentos SUS. “Quando fui convidado para ajudar no Real Hospital Português, vi o campo da minha realização. São mais de duas décadas que a Instituição tem em mim um trabalhador incessante no progresso e no auxílio ao Estado de Pernambuco.”
Arlindo de Almeida
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iretor-geral e presidente da Organização Nacional de Acreditação (ONA), Arlindo de Almeida teve como uma de suas principais conquistas à frente da Instituição, neste último ano, a obtenção do reconhecimento International Society of Quality in Healthcare (ISQua). Sob sua gestão, a ONA retomou, de forma consistente, a sua relação com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), tornando-se uma colaboradora do Programa de Qualificação de Prestadores de Serviços de Saúde (Qualiss). Na gestão de Almeida, registrou-se o crescimento de 20% do volume de certificação da Instituição em 2016. “É, sem dúvida, uma grande honra estar entre os 100 Mais Influentes da Saúde”, afirma.
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
Paulo Nigro
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frente do Aché Laboratórios desde 2014, Paulo Nigro se destacou por manter a empresa como o laboratório farmacêutico mais prescrito por médicos no Brasil pela décima vez consecutiva. Apesar da alta competitividade do setor e de um cenário de incertezas econômicas, sua gestão realizou investimentos em excelência operacional e em inovação. Em 2016, foram concluídas duas aquisições: a divisão químico-farmacêutica do laboratório Tiaraju (RS) e a Nortis Farmacêutica (PR). “Meu compromisso é buscar o crescimento por meio da inovação, da excelência operacional e do foco no cliente e na sustentabilidade.”
Rubens Covello
P
residente do IQG, Rubens Covello e sua equipe realizaram mais de 90 visitas por mês no ano passado por todo o Brasil com o objetivo de avaliar os serviços de saúde com foco na qualidade e na segurança do paciente. O Programa Brasileiro de Segurança do Paciente, desenvolvido por seu time, chegou a 160 instituições participantes e mais de 30 mil leitos monitorados. Já o programa de acreditação internacional encerrou com 90 instituições de saúde no QMentum International. Covello também foi convidado para participar do board do Conselho de Acreditação ISQuaInternational Society of Quality in Healthcare.
100 Mais Influentes da Saúde 2017
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Categoria
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
Referência
Alceu Alves da Silva
O
ano de 2016 foi particularmente especial para o superintendente executivo do Hospital Mãe de Deus, Alceu Alves da Silva, especialista em Administração Hospitalar e um dos 60 associados plenos (fellow) do Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde. “Foi um ano desafiador que, integrados com a Associação Educadora São Carlos (AESC), mantenedora do Hospital, consolidamos o novo modelo de gestão”, afirma. Para tanto, Alceu Alves e sua equipe revisaram o planejamento estratégico e reestabeleceram projetos. Processos e fluxos internos passaram por uma análise criteriosa visando atingir os melhores resultados assistenciais. “Nos aproximamos ainda mais do nosso corpo clínico, com o qual desejamos manter uma relação de maior proximidade e parceria; aprimoramos a nossa capacidade de entender o que realmente importa para os nossos pacientes e, com isso, implementamos melhorias que contribuíram para maior fidelização e satisfação.” Também no ano passado, a Instituição investiu na aquisição do PET-CT denominado Discovery IQ, tornando-se o primeiro hospital da América Latina a dispor desse equipamento em sua configuração mais avançada. Sobre estar na lista do 100 Mais Influentes da Saúde, Alceu considera “uma grande responsabilidade e, em especial, um grande reconhecimento ao Hospital Mãe de Deus, à sua diretoria, aos médicos que compõem o nosso corpo clínico e a cada um dos três mil funcionários que se doam diariamente para atender aos nossos pacientes com qualidade, segurança e afeto.”
“FAZER DO HOSPITAL MÃE DE DEUS UMA REFERÊNCIA NO MERCADO É A MISSÃO DE TODOS NÓS.”
100 Mais Influentes da Saúde 2017
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Categoria
Referência
Geninho Thomé
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incremento nas exportações em mais de 90% com vendas para mais de dez países e o sucesso da operação nos Estados Unidos, com a conquista da certificação FDA da unidade Americana, foram alguns dos destaques de Geninho Thomé, presidente da Neoortho, no último ano. O executivo venceu a forte retração do mercado, entregando 28% a mais de produtos. “Estou certo da importância do papel social do empresariado frente a seus colaboradores, permitindo-os sonhar com um futuro melhor com saúde familiar. Estar pelo segundo ano consecutivo entre os 100 Mais Influentes da Saúde reafirma o fortalecimento dos princípios do respeito à vida, valorizando o direito de todos a um futuro melhor.”
Luiz Aramicy Pinto
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m 2016, a Federação Brasileira de Hospitais (FBH), sob a liderança de Luiz Aramicy Pinto, teve um crescimento significativo através de novas políticas para que a entidade ocupasse seu lugar na representatividade do setor. A Federação buscou ações positivas dentro da ANS, acompanhando e divulgando em todo Brasil as resoluções aprovadas, principalmente no que diz respeito à qualificação e à qualidade do setor. “Para alcançar conquistas é preciso determinação nas batalhas”, diz o presidente. A questão da tributação da Saúde é uma das principais bandeiras de Aramicy. “Frente à FBH estamos permanentemente engajados e pleiteando, junto ao governo federal, a possibilidade de uma desoneração.”
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
Ogari de Castro Pacheco
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residente do Conselho Diretor do Laboratório Cristália e da ABIFINA (Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades), Ogari Pacheco já foi citado como o “Rei das Patentes” pela mídia nacional. São 91 patentes registradas até março de 2017. O investimento em inovação destaca o laboratório do mercado. No ano passado, por exemplo, Pacheco e sua equipe conquistaram o registro do primeiro Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) biotecnológico obtido a partir da biodiversidade brasileira após mais de uma década de investimentos em P&D. Trata-se do IFA Colagenase, que representa um marco para a ciência do país.
Paulo Chapchap
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m 2016, Paulo Chapchap, CEO do Hospital Sírio-Libanês, deu início a um ciclo de crescimento do HSL, com a adoção de um novo modelo de governança. “Foi um momento desafiador não só para mim, assumindo o cargo de CEO, como para toda a equipe.” Antes de assumir o cargo atual, Chapchap atuou como superintendente de Estratégia Corporativa do HSL por 10 anos. Além de suas atribuições administrativas atuais, é diretor do Programa de Transplante de Fígado do Hospital, acumulando a liderança de uma equipe pioneira na área no Brasil, com a maior experiência em transplantes pediátricos intervivos, registrando índices de sobrevida semelhantes ou superiores às principais instituições internacionais.
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Saúde Suplementar Claudio Lottenberg
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nunciado como novo presidente da UnitedHealth Group Brasil no fim de 2016, Lottenberg afirma que encontrou neste desafio a sua missão pessoal: contribuir para que o sistema de Saúde funcione melhor para todos. “Minhas conquistas pessoais passam por essa missão, assegurando serviços médicos de excelência, apoiando lideranças íntegras e fortalecendo o valor em Saúde. Foi um ano muito importante porque me desliguei da presidência do Albert Einstein, que tive a honra de liderar por 15 anos, e abracei uma grande organização de saúde, com 34 hospitais, mais de 6 milhões de beneficiários e milhares de médicos vinculados.”
Eudes de Freitas Aquino
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á oito anos, Eudes de Freitas Aquino assumiu a presidência da Unimed do Brasil com o compromisso de “profissionalizar a Confederação e fazer com que ela merecesse o título de guardiã institucional e manto protetor do Sistema Unimed”. Aquino destaca como marco de seu último ano de gestão a realização do Fórum Transformar para Avançar, ocasião que proporcionou uma maior sinergia entre o Sistema Unimed. “Orgulhou-me contar com cerca de 300 dirigentes para definir quais serão nossos próximos passos. Foi uma excelente maneira de iniciar o último ano desta gestão à frente da Unimed do Brasil.”
Fernando Parrillo
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ob o comando da Prevent Senior, que conta com mais de 330 mil usuários no Estado de São Paulo, a empresa faturou R$ 2 bilhões em 2016, um crescimento de 30% em relação ao ano anterior, e deve inaugurar três novos hospitais nos bairros de Higienópolis, Saúde e Morumbi até o fim do ano, segundo informações da revista Veja. Para a HCM, o CEO pontua uma de suas principais conquistas: “o foco que demos aos processos dentro da empresa, pois a partir daí entendemos que a medicina está em mudança, partindo de um processo contínuo e integrado ao qual conseguimos alinhar a Prevent Senior nesse ano que passou.”
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Gabriel Portella
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om uma experiência de mais de 40 anos no mercado de Seguros, Gabriel Portella coleciona em sua trajetória profissional vários cargos de liderança em empresas do setor e na própria SulAmérica, grupo com o qual mantém um histórico de 32 anos. Portella soube, mesmo diante do atual cenário adverso, manter um crescimento sustentável, com aumento das receitas operacionais no segmento de planos de saúde e odontológicos, por meio de uma gestão equilibrada e de investimentos de longo prazo. “Gostaria de dividir esse prêmio com os mais de 5 mil colaboradores da companhia”, afirma Portella sobre estar entre os 100 Mais.
Solange Beatriz Palheiro Mendes
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residente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Solange Beatriz Palheiro Mendes é reconhecida por sua atuação junto a entidades civis e órgãos públicos. Em seu primeiro ano frente à presidência, Solange contribuiu para o aprimoramento da regulação do setor e participou de debates sobre novos modelos de remuneração. Sob sua gestão, a Federação foi convidada pelo Ministério da Saúde para participar do chamado Plano de Saúde Acessível. “Este é um enorme reconhecimento quanto à realização do meu trabalho à frente da FenaSaúde, e aumenta ainda mais a minha responsabilidade como líder do setor”, declara Solange.
100 Mais Influentes da Saúde 2017
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Categoria
Suprimentos e Logística Domingos Fonseca
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enorme avanço da tecnologia como recurso e consolidador de processos logísticos, auxiliando o desenvolvimento da atividade e da empresa como um todo, foi, para Domingos Fonseca, presidente da UniHealth Logística Hospitalar, um dos grandes destaques do último ano. Sua gestão obteve um crescimento dentro do esperado mesmo em meio a um período com tantos acontecimentos que refletiram na economia do país. “Receber um prêmio como este é sempre uma honra e motivo de muito orgulho. Ser eleito é também uma grande responsabilidade, que eu espero estar à altura e ter a competência de continuar representando bem este setor.”
João Paulo Fonseca
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specialista na área da saúde & spear parts, João Paulo Fonseca, gerente de Logística da UPS Brasil, ingressou na empresa em 2011 e acumula experiência em desenvolver soluções de logística customizadas para os clientes do segmento. Sua gestão investiu em tecnologias para aprimorar o sistema de logística, como o Pharma Port 360, container desenvolvido com equipamento que mantém a temperatura em 5ºC, exigido pela indústria farmacêutica. “É uma honra estar entre os 100 Mais, especialmente em um setor tão importante para a UPS. Esse reconhecimento mostra a excelência que atingimos na operação, desenvolvendo soluções especializadas e certificadas por órgãos regulatórios.”
Luis Rodrigo Milano
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m 2016, o Hospital Pilar, sob a direção de Luis Rodrigo Milano, investiu na automação da farmácia da Instituição, implantando um sistema voltado à gestão automática de medicamentos em dose unitária que permite que o processo de dispensação de medicações seja mais rápido e seguro. Além disso, o Hospital Pilar passou a contar com novos profissionais médicos e técnicos na equipe, e teve a implementação de serviços de apoio diagnóstico e de terapia no último exercício. “Sou representante de um grupo de trabalho comprometido com o paciente, com os familiares e também com os outros membros da equipe.”
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
Maurício Barbosa
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anter a companhia no setor de Saúde crescendo a dois dígitos, enquanto o mercado mostrava sinais de estagnação, foi um dos destaques da liderança de Maurício Barbosa, CEO da Bionexo, neste último ano. A companhia cresceu 19% em 2016 e a expectativa é crescer 23% em 2017. “As perspectivas são muito positivas. De um lado, vejo um cenário macroeconômico menos defensivo e, por outro, a Bionexo tem uma nova plataforma no ar e com uma série de serviços derivados dessa nova tecnologia.” Sobre a indicação ao prêmio, Barbosa diz que o reconhecimento é um estímulo para “continuar transformando a Saúde”.
Roberto Vilela
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nvestir em infraestrutura na Saúde, oferecendo uma cadeia refrigerada e climatizad, foi um dos destaques de Roberto Vilela, presidente da RV Ímola. Durante os últimos anos, sua empresa tem focado em atividades da logística farmacêutica, principalmente em relação a operações de alta complexidade e hospitalares. Vilela preza pelo aprimoramento do processo de qualidade e excelência operacional, além de investir em treinamento e capacitação profissional de sua equipe. “Dois ensinamentos me fizeram chegar até aqui, o primeiro nos faz trabalhar pensando sempre na excelência, o segundo nos faz trabalhar com amor e otimismo! O prêmio recebido é a soma disso!”
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100 Mais Influentes da SaĂşde 2017
Sustentabilidade
Luís Márcio Araújo Ramos
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esde 2010, a Fundação São Francisco Xavier (FSFX) tem o programa corporativo “Otimizar para Sustentar”, identificando oportunidades de racionalização de recursos para minimizar custos de serviços e elevar a produtividade, de forma sustentável. Nesses últimos anos, sob a liderança de Luís Márcio Araújo Ramos, já foram geradas economias reais de aproximadamente R$ 20 milhões. O programa tem sido aperfeiçoado ao longo dos anos, com participação efetiva de aproximadamente 200 colaboradores. Sua gestão também colocou em prática ações empreendedoras, expressas sob a chancela da sustentabilidade, que fortaleceram a atuação, a melhoria de processos e de atendimentos em serviços de saúde com a máxima qualidade e segurança. A atuação para novos mercados também se consolidou com a mais recente unidade em Itabira, após a FSFX assumir a gestão do Hospital Municipal Carlos Chagas, no modelo de gestão celebrado com o município como Organização Social de Saúde (OSS). Já no Estado de São Paulo, Márcio Ramos consolidou o convênio com a Associação Policial de Assistência à Saúde (APAS), da Baixada Santista, permitindo que a Fundação e a Usisaúde ampliem os serviços médico-hospitalares no Hospital Santo Expedito, com a criação do novo Centro de Diagnósticos Usisaúde. “É preciso estarmos prontos para atender mais, melhor e com os custos adequados. Eis a dimensão ética da tarefa de administrar, incorporada em todas as etapas do atendimento.”
“RECEBER ESTE TÍTULO EM UM DOS MAIS IMPORTANTES EVENTOS SOBRE NEGÓCIOS EM SAÚDE É DESTACAR-SE ENTRE AS GRANDES INSTITUIÇÕES DO PAÍS, O QUE É MOTIVO DE ORGULHO PARA TODA A EQUIPE DA FSFX.” 100 Mais Influentes da Saúde 2017
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Sustentabilidade
Carlos Joussef
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ções como Educar Unimed (aulas de reforço para colaboradores – Ensino fundamental e médio); Valoriza Unimed (iniciativas de valorização dos recursos naturais – água, luz e papel) e Unimed Voluntária (atividades de sensibilização em entidades carentes da cidade, com engajamento de colaboradores e médicos cooperados) são alguns dos projetos de destaque desenvolvidos pela gestão de Carlos Joussef, presidente da Unimed Piracicaba. “Estar entre os 100 Mais Influentes na área da Saúde no Brasil é motivo de muito orgulho. O reconhecimento consagra os mais de 30 anos de trabalho sério e criterioso, além do compromisso com a vida de milhares de pacientes.”
Maurizio Billi
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ilho de imigrantes italianos, Maurizio Billi desenvolveu toda a sua carreira dentro do Grupo Eurofarma. Com 40 anos de experiência no ramo farmacêutico, iniciou suas atividades profissionais na área de operações e nas décadas de 80 e 90 passou por diferentes áreas da empresa. Principal acionista, Maurizio assumiu em 1998 a presidência do Grupo, que foi fundado em 1972 por Galliano Billi, seu pai. Entre suas conquistas está o crescimento acima do mercado, com destaque para as unidades de Prescrição Médica e Genéricos. Sua gestão também investiu fortemente em P&D (R$ 140 milhões) e iniciou a construção de um Centro de Inovação.
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
Neide Kawabata
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m 2016, o Laboratório B. Braun foi ganhador da 4ª edição do Prêmio FIRJAN de Ação Ambiental na categoria Gestão de Gases de Efeito Estufa e Eficiência Energética pela construção de um Armazém Logístico em Guaxindiba, São Gonçalo (RJ), considerado um dos maiores armazéns do país destinados a produtos farmacêuticos. Outra conquista da direção de Neide Kawabata foi o complexo ter sido reconhecido pela certificação internacional LEED, categoria Ouro. “Agir sustentavelmente significa promover boas práticas, assumindo genuinamente o compromisso com as pessoas, o meio ambiente e a cultura em cada região que operamos nossos negócios.”
Silvia Brandalise
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embro fundadora e presidente do Centro Infantil de Investigações Hematológicas Dr. Domingos A. Boldrini, hospital filantrópico e de ensino, conveniado à UNICAMP, Silvia Brandalise é um nome consagrado na Saúde brasileira. Prova disso são seus 121 prêmios e reconhecimentos no Brasil e no exterior. É descobridora da doença que leva seu nome: Síndrome Brandalise, homenagem prestada por Richard Pritchard (Londres). Sua gestão firmou uma parceria com a CPFL Paulista, que está investindo R$ 491 mil no hospital filantrópico em um projeto de geração elétrica solar fotovoltaica. A iniciativa proporcionará uma economia estimada de 10% na conta de luz.
100 Mais Influentes da Saúde 2017
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Categoria
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100 Mais Influentes da SaĂşde 2017
Tecnologia
Paulo Magnus
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om o apoio das soluções da MV, o Hospital Unimed Recife III tornou-se o primeiro hospital digital da América Latina. Esta é uma das grandes conquistas de Paulo Magnus, fundador e presidente da MV. “O Hospital comprovou à maior associação de informática em Saúde do mundo, a HIMSS, que adota intensa e amplamente ferramentas de TI que não só suportam o processo clínico-assistencial e garantem uma operação paperless com certificação digital, como ainda proporcionam ganhos aos pacientes”, pontua Magnus. Também no último ano, sua gestão conquistou, pela segunda vez consecutiva, o Prêmio KLAS Category Leader no segmento Global Acute Care EMR – Latin America. “Ter novamente o melhor prontuário eletrônico em uso nos países latino-americanos e a melhor solução em usabilidade do mundo é algo que nos enche de orgulho e encanta nossos clientes.” Além disso, foram formalizados 73 novos contratos em 2016, dentre os quais está com o Copa Star, hospital da Rede D’Or São Luiz. A Comunidade MV também aumentou em todo o mundo, chegando a dez o número de países estrangeiros onde a empresa atua. “Também obtivemos o nosso melhor posicionamento no Ranking das Multinacionais Brasileiras, feito pela Fundação Dom Cabral”, afirma. Para sustentar o bom desempenho da MV, a estratégia para 2017 é focar na constante evolução de roadmap de produtos para trazer mais melhorias para os clientes. A saúde pública também é outra área estratégica em que a gestão de Magnus está investindo.
“EXERÇO MINHA ATIVIDADE TENDO COMO NORTE A SUSTENTABILIDADE NÃO SÓ DA COMPANHIA QUE FUNDEI, MAS TAMBÉM DO SISTEMA DE SAÚDE. TENHO A CONVICÇÃO DE QUE ESTAMOS CONSTRUINDO UM LEGADO NA SAÚDE DO BRASIL POR MEIO DA TI.” 100 Mais Influentes da Saúde 2017
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Categoria
Tecnologia
Alfredo Martini
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ontinuar como um hospital de vanguarda, combinando boas práticas e tecnologia. Essa é a premissa da gestão de Alfredo Martini, no Hospital São Rafael. Ao longo de 2016, sua gestão trabalhou na consolidação da implantação do sistema integrado de gestão (ERP) na área de Recursos Humanos e em implementações específicas do ERP assistencial, através de painéis informacionais instalados nas áreas e de sistemas especialistas para protocolos de apoio à assistência ao paciente. Também investiu-se em equipamentos com tecnologia de ponta, como o Maldi Tof, capaz de identificar micro-organismos em até dois minutos após isolamento.
Israel Armstrong
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entrega do primeiro projeto Millennium no Brasil, consolidando o maior projeto de Tecnologia da Informação em Saúde da América Latina, foi, sem dúvida, um dos grandes feitos da Cerner no Brasil, dirigida por Israel Armstrong, que traz em sua trajetória profissional mais de 10 anos de atuação na empresa. O projeto teve por objetivo implantar as melhores práticas internacionais nos fluxos clínicos, elevando a eficiência, a produtividade e a melhoria da assistência ao paciente. “Estou muito honrado por receber este reconhecimento e por ter desenvolvido este trabalho no Brasil”, afirma.
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100 Mais Influentes da Saúde 2017
Maria de Lourdes Corrêa de Araújo
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m 2016, o Hospital da Unimed Recife III se tornou o primeiro Hospital Digital da América Latina. A obtenção desta acreditação é um dos principais marcos da gestão de Maria de Lourdes Araújo, presidente da cooperativa. Isso significa que tudo dentro da unidade é digitalizado e os dados de cada paciente são compartilhados com todos os setores. Além dos prontuários, o Hospital também precisou integrar os sistemas e os equipamentos ao relatório individual de cada paciente, além de adotar protocolos médicos específicos. “Tudo o que foi conquistado se deve a um bom planejamento estratégico, a um propósito bem definido e a uma visão de futuro clara.”
Solange Plebani
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omente com o software Tasy, a Philips está presente em mais de 800 hospitais no Brasil. E foi em 2016 que a empresa concluiu a primeira fase do projeto “user experience”, incluindo toda a parte clínica e outras funcionalidades administrativas ao software. Além disso, o setor, sob o comando da gerente geral de EMR da Philips, Solange Plebani, também iniciou operações no Oriente Médio, México e Alemanha. “Ser eleita como uma referência significa que as suas decisões impactam positivamente o setor. No meu caso isto está relacionado a direcionar como sistemas de EMR/HIS auxiliam a melhorar a gestão clínica e administrativa na Saúde.”
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Estratégia
Na contramão da crise Rede de centros médicos registra crescimento de 350% no volume de atendimentos
G
Grandes empresas não surgem apenas de grandes ideias, mas sim de pessoas que observam as carências de seu público e atuam com destreza na busca de transformações para o mercado. Foi o desejo de reinventar a Saúde que nasceu a Rede Dr. Consulta. A instituição pontuou as insuficiências do setor e buscou preencher tais lacunas. Atualmente, com 31 unidades espalhadas pela região metropolitana de São Paulo e cidades próximas, a empresa oferece atendimento em 45 especialidades, realizando cerca de 110 mil atendimentos por mês. Enquanto as operadoras sentem a saída de milhares de clientes, o atual cenário foi totalmente divergente para o Dr. Consulta. De acordo com Marcos Fumio, VP médico da Rede, a Rede apresentou crescimento de 350% em volume
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de atendimentos neste último ano. A Rede passou de oito centros médicos para 28. Para 2017, a expectativa é atingir a marca de 55 unidades de atendimento no país. Para alcançar esses resultados, que vão contra o panorama atual, a Rede investiu em serviços que não são apenas mais acessíveis financeiramente, como também reconhecidos pela qualidade no atendimento. “Enquanto houver pacientes insatisfeitos e em busca de alternativas, teremos mercado”. O executivo pontua que conciliar baixos custos de atendimento com profissionais altamente qualificados é uma tarefa árdua. Porém, Fumio acredita que existe uma solução facilitadora: intensa tecnologia aplicada. “Desenvolvemos ‘dentro de casa’ todos os nossos sistemas
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importantes, desde o prontuário eletrônico, agendamento on-line e plataformas de prescrição automatizada, usando massivamente dados para aumentar a eficiência da empresa, com ganhos para pacientes e médicos”, explica.
Equipe qualificada A gestão de pessoas utilizada pela governança da Rede atraiu importantes médicos de hospitais referências na América Latina, como Hospital Albert Einstein e Hospital Sírio-Libanês, para a sua equipe de colaboradores. “Até chegarmos aqui, desenvolvemos métodos próprios de seleção e algoritmos de buscas de talentos, que cada vez mais reforçam um ciclo virtuoso onde as pessoas boas atraem mais pessoas boas.”
Atendimento em 55 minutos A Rede Dr. Consulta apresenta tempo médio de 55 minutos por atendimento, que contabiliza o tempo desde a entrada do paciente até a sua saída. Isso é possível através da gestão de processos otimizada em cada fase do atendimento, começando já no sistema de agendamento online não-presencial, por telefone ou presencial, antes mesmo do atendimento in loco do paciente no centro médico, passando pela recepção, da enfermagem e dos médicos. O VP ressalta que a tecnologia é utilizada em cada etapa do fluxo assistencial para medir e monitorar os diversos indicadores de acompanhamento, seja de desempenho ou de resultados. “A tecnologia nos auxilia a medir nossos processos, acompanhar metas, gerenciar protocolos de cuidado, atualizar dados clínicos em tempo real, além de melhorar todo nosso processo assistencial, permitindo uma gestão mais efetiva”. H
Marcos Fumio, vice-presidente médico do Dr. Consulta
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Foto: Jorge Hirata
Líderes e Práticas
Qualidade premiada
Indigo é reconhecida pela Gestão de Segurança do Trabalho e Excelência em Prestação de Serviços pelo Hospital Albert Einstein
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A Indigo, grupo francês que atua na operação e na administração de estacionamentos, com presença em 17 países, ganhou duas premiações promovidas pelo Hospital Israelita Albert Einstein: os prêmios de Empresa Destaque e Revelação em Gestão de Segurança do Trabalho e de Excelência em Prestação de Serviços. “As premiações representam o reconhecimento do cliente por um trabalho em equipe com disciplina e qualidade. Trabalhamos com muito sincronismo e dinamismo, e conseguimos fazer nossas entregas com excelência”, afirma Guilherme Andrade, gerente de Operações da Indigo no Einstein. Em média, 5,2 mil veículos são manobrados por dia apenas na unidade Morumbi, a maior operação de vallet da Indigo no mundo. Essa complexa operação levou a administração do hospital a procurar no mercado um parceiro para gerir seu estacionamento com a mesma qualidade de atendimento que presta em seus procedimentos médicos. Nessa operação, a Indigo analisou profundamente o fluxo de pedestres e veículos, com suas mudanças constantes, inerentes a um grande hospital. Por meio de soluções arquitetônicas e tecnológicas, como sistemas de gerenciamento de processos, reduziu-se o tempo de entrega dos veículos, além de propiciar atendimento de excelência, o qual demanda treinamento intenso de uma equipe de mais de 320 colaboradores. “O estacionamento do HIAE é um de nossos maiores desafios. É um dos mais complexos da América do Sul, por sua estrutura (diferentes recepções, áreas de entrega e necessidades distintas dos usuários), e pelo tipo de operação, assim como pelo nível de exigência do cliente, que busca invariavelmente o melhor atendimento”, diz o diretor comercial da Indigo, Roque Perachi. A Indigo atua no Brasil há mais de três anos. Em julho de 2013, o grupo francês, que tem como acionista a Infra Park, comprou 50% do capital da rede brasileira, que à época se chamava apenas Moving e tinha uma atuação regional, no Rio Grande do Sul. Em três anos, a empresa conquistou negócios em todo o país, passando a ter presença nacional. O número de estacionamentos administrados aumentou de 60 para 170, e o de vagas de 30 para 120 mil. “Até 2019, buscamos ser a empresa mais reconhecida do mercado brasileiro. Para atingir esse objetivo, estamos investindo R$ 450 milhões até 2019 no país. Desse total, foram aplicados R$ 50 milhões em 2015 e R$ 100 milhões em 2016, grande parte para construção de garagens e investimentos em empreendimentos do setor de shopping centers. Buscamos agora, ampliar nossos investimentos no setor hospitalar”, afirma Fernando Stein, presidente da Indigo. H HEALTHCARE Management | edição 47 | healthcaremanagement.com.br
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Estratégia
Desospitalização Uma saída para a humanização e a redução de custos 162
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A desospitalização de pacientes com internação prolongada, seja por impossibilidade de alta devido às condições clínicas ou por tratamento medicamentoso parenteral prolongado, é de suma importância na qualidade de vida e tempo de recuperação dos pacientes. Além de humanizar, este tipo
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de atendimento também impacta diretamente na redução dos custos para o sistema de saúde, uma vez que gera a redução no tempo de permanência dos pacientes no hospital, que apresenta custos elevados, como também no aumento de leitos oferecidos. “Este conceito não deve
ser analisado apenas com um nicho de mercado, mas também como um nicho de investimento, em que todos os lados têm benefícios: o paciente e seus familiares, a operadora de planos de saúde e a empresa prestadora de serviços de saúde domiciliar”, afirma Charles Michel Augusto Nascimento, sócio-proprietário da Vale Internações Domiciliares. Charles considera que as empresas de homecare precisam expandir seus negócios com foco nos pacientes com necessidades de tratamento parenteral e enteral de longo prazo, como, por exemplo, antibióticos venosos de longo prazo (osteomielites, discites, encefalites), quimioterapias e nutrição parenteral prolongada. “Desta forma, desmistificamos que o homecare é aplicado apenas a pacientes idosos com complicações clínicas, expandindo rol de atendimento do sistema de internação domiciliar.” A empresa vem apostando na aproximação da relação com gestores de planos e seguros de saúde a fim de desburocratizar a desospitalização. O objetivo é elucidar os bene-
fícios clínicos e econômicos desta forma de tratamento. Contudo, Charles diz que o desconhecimento por partes de pacientes, familiares e da própria equipe médica hospitalar ainda é um desafio a ser superado. “Esta é uma relação que precisa ser melhorada para que a equipe hospitalar tenha facilidade de identificar quais pacientes podem fazer seu tratamento em domicílio, e assim deem início ao processo de desospitalização até sua efetivação”. Outro desafio a ser superado está relacionado ao grande número de empresas e prestadores de serviços parciais (como de enfermagem, oxigênio, reabilitação) que vem surgindo e que se auto intitulam como “empresas de homecare”, prestando serviços incompletos e às vezes de má qualidade, sem gestão e controle de resultados, e assim comprometendo o conceito fundamental desta forma de tratamento. A Vale Internações Domiciliares atua na região do Vale do Paraíba desde de 2001, sendo pioneira deste segmento na região e, para 2017, a expectativa de crescimento está em torno de 6 a 8%. H
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O impacto da Engenharia Clínica em todo o hospital Marcello Dias Bonfim, gerente de Engenharia Clínica do Hospital Sírio-Libanês, conta os desafios e a importância deste ramo para o ambiente de Saúde
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A Engenharia Clínica é uma área de muita inf luência, tanto econômica quando qualitativa, em todos os outros setores do hospital, pois trabalha no apoio à tomada de decisões, buscando mostrar alternativas viáveis ao gestor. Com uma equipe de Engenharia Clínica distribuída em diferentes áreas da instituição, o Hospital Sírio-Libanês busca criar uma sinergia com a área assistencial, visando prover o atendimento de primeiro nível. Desta forma, muitos problemas podem ser rapidamente sanados. “Isso evita impactos na agenda assistencial. Inúmeras soluções providas pelo nosso time local nos propiciam evitar contratações desnecessárias, a um custo maior. A área também discute e participa da formatação e das negociações de contratos de manutenção, buscando minimizar o impacto dos custos com terceiros”, explica Marcello Dias Bonfim, gerente de Engenharia Clínica do HSL. Bonfim explica que o objetivo é apresentar outras perspectivas, além da clínica, como custos de manutenção, estrutura local do fornecedor, registro do produto e seus modelos de negócio. “São inúmeras variáveis que contribuem para a tomada de decisão, com melhor relação de custo e efetividade.” HEALTHCARE Management | edição 47 | healthcaremanagement.com.br
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Líderes e Práticas
Desafios
Marcello Dias Bonfim, gerente de Engenharia Clínica do Hospital Sírio-Libanês
Manutenções preventivas A prática de manutenções preventivas na área de Engenharia Clínica é uma ação de extrema importância, uma vez que reduz as perdas por parada de equipamento e, consequentemente, melhora a qualidade do serviço prestado. Bonfim conta que, anualmente, a área de Engenharia Clínica do HSL organiza a agenda de manutenções preventivas para todo o parque, que é divulgada aos gestores das áreas. Em conjunto, todos buscam o cumprimento desse cronograma, acordando datas e organizando as ações para minimizar o impacto nas áreas. “Em alguns casos, são feitas manutenções preventivas noturnas ou em finais de semana. Há também as chamadas rotas de inspeção, em que os técnicos visitam as áreas sob sua responsabilidade, com o intuito de verificar no local se há algo que necessite de intervenção prévia, antes que venha a apresentar falha. ” 166
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Um dos principais desafios, de acordo com Bonfim, é a criação de um formato digital de informação, em que o usuário navegue em um ambiente onde possa buscar e solicitar informações sobre equipamentos, conhecer a área de Engenharia Clínica, entre outras atribuições. Outro ponto ressaltado pelo gestor é a estruturação de um processo de registro de todo o trâmite de avaliação de tecnologias, integrando os participantes à análise, aquisição e compartilhando a tomada de decisão.
Capacitação A demanda por profissionais de Engenharia Clínica tem se mostrado potencialmente crescente, o que faz com que os empregadores busquem, no mercado de trabalho, pessoas com preparo adequado. Bonfim pontua a importância de instituições de saúde promover o desenvolvimento e parcerias com instituições de ensino, organizando cursos de capacitação e a aplicação de estágios e residências. “Afinal, residência não é só para médico! O objetivo é proporcionar a esses profissionais uma estrutura melhor ao iniciar suas atividades. Daí a importância de regularmos a profissão junto às entidades de classe e propor um modelo que inclua o engenheiro clínico no staff de todos os hospitais, sejam eles públicos ou privados.” H
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Mercado
Informe Publicitário
Qualidade atestada Empresa investe na busca por certificados para produtos de limpeza, desinfecção e esterilização na Saúde 168
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Quando o assunto é segurança hospitalar, os temas limpeza e esterilização estão sempre em pauta, uma vez que o setor de higiene de um hospital é diariamente exposto aos riscos biológicos. Em um ambiente em que o risco de contaminação é potencialmente maior, é fundamental seguir corretamente
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os protocolos de higiene e desinfecção. É com essa filosofia que a Cisa, fabricante e comerciante de equipamentos e produtos para limpeza, desinfecção e esterilização de artigos médico-hospitalares, atua há 17 anos no Brasil. A empresa possui diversos certificados, como ISO 9001:2008, Direti-
va Europeia PED e Boas Práticas de Fabricação. Para Gilson Jorge Teixeira Ramos, diretor superintendente da empresa, esses selos atestam a qualidade e o padrão dos produtos. “Eles contribuem para que os produtos tenham maior valor agregado e transmitem mais credibilidade aos clientes, visto que os mesmos estão adquirindo produtos com qualidade e tecnologia”, acrescenta. Ainda sobre as certificações, Ramos revela que, neste ano, a empresa está finalizando todos os processos e etapas referentes à ISO 14001, que irá certificar o Sistema de Gestão Ambiental da instituição.
Indo na contramão desse fato, o profissional comenta que os equipamentos oferecidos pela empresa contemplam, atualmente, conceitos sustentáveis que fazem parte de um programa interno denominado “Cisa ECO”. “Neste plano, relacionamos a eficiência energética – funções Stand By, EE-Eficiência energética, Start/Stop Automático de vapor – e a economia de água”.
Estrutura Zelar pela segurança dos pacientes e dos profissionais da área de saúde é o principal objetivo das empresas especializadas em limpeza hospitalar. É seguindo essa premissa que a Cisa desenvolve, fabrica e comercializa equipamentos e produtos para limpeza, desinfecção e esterilização de artigos médico-
Gilson Jorge Teixeira Ramos, diretor da CISA.
Barreiras no setor público O diretor superintendente acredita que a maior deficiência do segmento médico-hospitalar está no setor público, “o qual possui um sistema de compras baseado apenas no menor preço, sem levar em consideração características que são importantes, como tecnologia, qualidade de serviço e custo-benefício dos equipamentos e produtos”. Para Ramos, essa realidade faz com que a saúde pública esteja sempre comprando equipamentos e serviços ultrapassados, com enorme gasto de manutenção e energia. HEALTHCARE Management | edição 47 | healthcaremanagement.com.br
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Mercado
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Informe Publicitário
OS SELOS CONTRIBUEM PARA QUE OS PRODUTOS TENHAM MAIOR VALOR AGREGADO E TRANSMITEM MAIS CREDIBILIDADE AOS CLIENTES, VISTO QUE OS MESMOS ESTÃO ADQUIRINDO PRODUTOS COM QUALIDADE E TECNOLOGIA.”
-hospitalares, além de produtos para monitoramento de processos e sistemas para o tratamento de resíduos hospitalares. A empresa possui uma estrutura que abrange uma fábrica própria, localizada em Joinville (SC), inaugurada em 2002; uma filial em São Paulo, rede de vendas e assistências técnica em todos os Estados do Brasil e uma rede de distribuidores em todos os países da América Latina. Além de oferecer soluções para centrais de material e esterilização, como autoclaves, 170
Gilson Jorge Teixeira Ramos
termodesinfectoras, mobiliário e consumíveis para CME, a Cisa fabrica sistemas para tratamento de resíduos sólidos hospitalares e equipamentos para laboratórios, indústrias farmacêuticas e alimentícias. “A empresa conquistou clientes entre as grandes multinacionais alimentícias e os maiores hospitais-referência do país e da América Latina, assegurando 25% de market share no segmento de central de material e esterilização do Brasil”, ressalta Ramos sobre os grandes parceiros. H
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Diferencial Segundo Ramos, o grande diferencial da fabricante está na excelência da sua equipe, assim como na qualidade do seu ambiente de trabalho. A Cisa foi eleita, nos últimos dois anos, como uma das melhores empresas para se trabalhar, conforme a pesquisa realizada pelo Instituto Great Place to Work. “Isto garante que nossos produtos e serviços sejam produzidos e prestados com extrema dedicação e observância às normas, garantindo a excelência tanto na fabricação e comercialização, quanto nos serviços prestados por nossas equipes”.
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Saúde para todos 172
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Baixe o aplicativo Zappar e confira a entrevista completa com o cônsul holandês. (saiba mais na página 13)
Com investimento de aproximadamente 71 bilhões de euros por ano em Saúde, Holanda tem se destacado no cenário mundial, sendo apontada pelo terceiro ano consecutivo como o melhor sistema de Saúde da Europa
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O setor holandês de Life Science and Health (LSH) possui uma reputação mundial muito forte. Com investimentos de 71,3 bilhões de euros no ano de 2015 (11,8% do PIB), a Holanda foi apontada pelo terceiro ano consecutivo como o melhor sistema de Saúde da Europa. Segundo o EuroHealth Consumer Index (EHCI), desde 2013, o sistema de saúde da Holanda aparece como o melhor avaliado no ranking de 35 países europeus, tendo alcançado 916 pontos em um total de 1.000, em 48 áreas de interesse. Atualmente, cerca de 1,1 milhão de pessoas estão empregadas nos cuidados com a saúde dos holandeses. Os Países Baixos investem mais de 5 mil euros por adulto e 17,7 mil euros por família, o que possibilita aos 17 milhões de habitantes uma expectativa de vida acima de 80 anos. Com o lema “Saúde para todos”, o país tem trabalhado constantemente para melhorar ainda mais os cuidados de saúde através de inovação, com
soluções eficientes, acessíveis e de alta qualidade. O Brasil tem se destacado como um forte parceiro em pesquisas no setor. Estima-se que existam cerca de 1.500 estudantes brasileiros nos Países Baixos atualmente, desse total, 30% atuam em pesquisas na área da Saúde. Em entrevista exclusiva à HealthCare Management¸ Nico Schiettekatte, cônsul de Ciência, Tecnologia e Inovação da Holanda no Brasil, fala so-
bre o relacionamento entre as nações e sobre os planos para atuação por aqui. HealthCare Management: Qual o interesse da Holanda no Brasil, especificamente no que diz respeito ao sistema de saúde? Nico Schiettekatte: Para a Holanda, o Brasil é uma prioridade de parceria em Ciência, Tecnologia e Inovação. O nível de conhecimento do Brasil é muito alto. Entre 2010 e 2014, as publicações científicas entre os
Nico Schiettekatte, cônsul de Ciência, Tecnologia e Inovação da Holanda no Brasil, em entrevista para a HCM HEALTHCARE Management | edição 47 | healthcaremanagement.com.br
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países cresceu em 19%, o que é muito. É interessante também dizer que as publicações científicas entre o Brasil e a Holanda são citadas três vezes mais do que a média global. Estamos fazendo uma parceria ótima entre os países nas áreas de Ciência e Tecnologia. HCM: O envelhecimento da população é um desafio global. Como a Holanda está trabalhando para que este envelhecimento populacional seja ativo e saudável? De que forma as políticas holandesas podem ser aplicadas no Brasil? N.S.: Para nós, primeiramente, é muito importante investir na área preventiva. A prevenção é muito importante e precisa começar cedo, desde a infância, para que o processo de envelhecimento seja saudável e ativo. Isso significa trabalhar muito na área de alimentação saudável, por exemplo. Outra área relevante para a Holanda é o cuidado com os idosos e a inovação. O Brasil é um país bastante digitalizado. Nas inovações e soluções digitais, os brasileiros têm muito a oferecer para a gente e nós também temos várias soluções para compartilhar com o Brasil. HCM: Como a Holanda tem trabalhado a questão da obesidade? N.S.: A Holanda é um dos países onde a taxa de obesidade não tende a crescer nos pró174
ximos 15 anos. Vários estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) colocaram que, em 2030, teremos menos de 8% da população holandesa obesa. Isso é resultado de um trabalho muito forte em conscientização, focado também na alimentação. Também ressaltamos muito a importância de exercícios físicos.
saúde, é muito importante ter brasileiros estudando na Holanda, porque eles são os embaixadores para as parcerias entre os países. Além de fazerem uma conexão com os institutos, eles também fazem com as empresas e isso nos ajuda muito a desenvolver parcerias público-privadas entre as nações.
HCM: Atualmente, cerca de 1.500 estudantes brasileiros estão na Holanda. Desse total, mais de 30% possuem estudos direcionados para o setor da Saúde. Como avalia essa parceria? N.S.: O balanço é muito positivo. Todos os institutos de ensino holandeses que receberam estudantes brasileiros ficaram muito satisfeitos com o nível de conhecimento desses alunos. Eles querem aprender cada vez mais e são muito bem integrados no contexto holandês – o que nos chamou muito a atenção. Na área da
HCM: Em termos de Saúde, qual é a visão que os holandeses querem passar para nós brasileiros? N.S.: Para nós, tudo é saúde! Abordamos, cada vez mais, a participação de todos os cidadãos holandeses – de qualquer idade, contexto econômico e social. É importante a participação de todos na sociedade. Na Holanda, possuímos três assuntos principais em Saúde: colocar o indivíduo no núcleo da atenção, realizar uma abordagem integrada e executar uma abordagem regional. H
Gastos com cuidados de saúde na Holanda: • 5.075 euros por adulto por ano • 12.750 euros por família por ano • 71 bilhões de euros no total por ano
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A tecnologia como aliada no controle de infecção Através de recursos de telemedicina, Hospital Tacchini insere projeto que visa reduzir em até 30% custos com antimicrobianos e melhorias nos processos de controle de infecção hospitalar
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A segurança do paciente é um dos pilares fundamentais para uma gestão que tem como foco a qualidade no atendimento à saúde. Com mais de 30 especialidades, o Hospital Tacchini, localizado em Bento Gonçalves (RS), é certificado Pleno (Nível II) pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Buscando a melhoria na qualidade assistencial, o Hospital iniciou, neste ano, um projeto para a gestão do controle de infeções hospitalares. O planejamento tem como objetivo a redução da resistência bacteriana, melhoria nos processos assistenciais e redução de custos. Segundo Rodrigo Pires dos Santos, médico infectologista diretor da Qualis, empresa especializada em soluções de infectologia e responsável pelo projeto, com a aplicação da solução, os antimi-
crobianos prescritos no Hospital serão avaliados instantaneamente. Dessa forma, o médico prescritor irá receber via telemedicina – e-mail e SMS – respostas de análise em até cinco minutos. O médico diretor explica que, com a orientação de uso de antimicrobianos em tempo real, o método de avaliação irá melhorar a qualidade de assistência prestada ao paciente e reduzirá em até 30% os custos com o uso de antimicrobianos da instituição. Além do projeto para o controle de antibióticos, serão implantados no Hospital recursos como Consulta Rápida, Perfil de Sensibilidade de Microrganismos e Assessoria de Enfermagem ao Controle de Infecção. “Através da Consulta Rápida, todos os profissionais assistenciais do hospital poderão se conectar com a
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Ideias e Tendências
nossa equipe de infectologistas, durante todos os dias da semana, das 7h às 23h, para discutir casos e tirar dúvidas sobre doenças infecciosas”, explica Santos. Com o Perfil de Sensibilidade de Microrganismos, o Hospital terá acesso a um perfil microbiológico online e em tempo real com taxas de resistências bacteriana. O profissional comenta que esse recurso poderá ser avaliado com a utilização de diversos filtros, como unidade hospitalar, microrganismo, infecções comunitárias ou hospitalares e sítio de identificação. “Através deste serviço, os infectologistas da Qualis poderão avaliar todas as culturas positivas do paciente, retornando para o médico solicitante a avaliação daquele exame e qual a melhor alternativa de antibioticoterapia”. Já a Assessoria de Enfermagem ao Controle de Infecção permite à instituição conexão entre a equipe de enfermagem especializada da Qualis com a equipe de enfermagem executora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). O principal objetivo desse recurso é a prevenção da disseminação de doenças infectocontagiosas e de infecções relacionadas à assistência à saúde, como o controle de bactérias multirresistentes, infecções por procedimentos invasivos e controle de surtos. “Desta forma, auxiliamos 178
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O NOSSO TEMPO
DE AVALIAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS É DE
CINCO MINUTOS. DESSA FORMA, O MÉDICO ASSISTENTE RECEBE, ATRAVÉS DE SMS E E-MAIL, UMA RESPOSTA IMEDIATA SOBRE A ORIENTAÇÃO PARA O MELHOR TRATAMENTO AO PACIENTE.” Rodrigo Pires dos Santos
na identificação de melhorias possíveis e necessárias para o serviço do Hospital, tais como a implantação de rotinas e protocolos através de um plano de trabalho”.
Telemedicina Para Santos, o maior desafio desse projeto é a mudança do comportamento dos colaboradores do Hospital em relação a avaliação dos
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antibióticos em tempo real, ou seja, com utilização da telemedicina em ambiente hospitalar. “Apesar do termo telemedicina nos remeter a um distanciamento, na verdade estamos em contato diário com toda a equipe do hospital através do Portal Qualis, que está integrado via API com o ERP do hospital. Mesmo distante em quilômetros, estamos muito próximos do médico para discutir casos e orientar para o melhor tratamento”. H
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Líderes e Práticas | Especial Unimed
50 anos de história e assistência
Cinco décadas após sua fundação, Sistema Unimed se consolida como a maior cooperativa médica do mundo e uma das marcas de saúde mais famosas do Brasil 180
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A história da Unimed começa em 18 de dezembro de 1967, em Santos, litoral de São Paulo. Nesta época, Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAP), voltados a industriários (IAPI), empregados em transportes e cargas (IAPETEC), comerciários (IAPC) e bancários (IAPB), entre outros, se fundiram para formar o núcleo da Previdência Social. Também neste momento, em Santos (SP), havia um sindicato da categoria médica com perfil dinâmico e que começou a discutir alternativas de modelo para melhorar a condição de trabalho desses profissionais. Na busca de alternativas, um jovem advogado, estudioso do movimento cooperativista europeu, questionou-se por que não era possível formar uma cooperativa de médicos, em que os profissionais trabalhariam unidos. A ideia despertou o interesse dos médicos pela facilidade interna e pela força que teria no ponto de vista externo, como agente transformador. Foi quando Edmundo Castilho, médico ginecologista e obstetra, formado pela Universidade Federal de Curitiba, fundou a União dos Médicos, conhecida como Unimed, que cresceu e, atualmente, é considerada a maior cooperativa médica do mundo, com 114 mil profissionais cooperados. O empenho de Castilho em tornar o sistema de saúde mais igualitário, ético e digno para médicos e pacientes foi o que
impulsionou a criação das cooperativas que formam o Sistema Unimed, e que, neste ano, completa 50 anos, a partir da fundação da cooperativa de Santos. De lá para cá, a Unimed conquistou 38% do mercado de assistência médica no Brasil com cerca de 18 milhões de beneficiários, de acordo com dados divulgados pela ANS. “O cooperativismo é uma sociedade aberta, sem fins lucrativos e que busca fazer justiça social. Ele surge como um sonho da humanidade, como uma forma de humanização do capitalismo”, afirmou o fundador em nota publicada pela cooperativa.
Ele também ocupou o cargo de presidente da Unimed Brasil por 26 anos, entre 1975 e 2001, tendo morrido em junho de 2016. No final da década de 1960, o sistema de saúde enfrentava uma série de dificuldades, era precário devido às transformações estruturais enfrentadas pela Previdência Social na época, queda no padrão de atendimento, surgimento de seguradoras de saúde e a proletarização do profissional médico. Diante desse cenário, Castilho e um grupo de 22 colegas, filiados ao Sindicato dos Médicos de Santos, buscaram um modelo capaz de resgatar
Eudes de Freitas Aquino, presidente da Unimed do Brasil
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Líderes e Práticas | Especial Unimed
a ética e o papel social da medicina, e então foi fundada a Unimed que teve como seus primeiros diretores, José Luiz Camargo Barbosa, Mario Billerbeck, Gino Sarti, Edmond Atick e Helio Gomes. As primeiras cooperativas Unimed enfrentaram dificuldades para se estabelecer no mercado por conta da forte oposição sofrida por empresas de medicina de grupo, inexperiência em gestão operacional e com a falta de apoio governamental. Contudo, o rápido sucesso do modelo de cooperativa estimulou o surgimento de outras unidades e, em 1971, foram criadas mais de 30 unidades em diferentes Estados do país, sendo a primeira a Unimed Londrina, no Paraná. Essa expansão também forçou os primeiros diretores a organizarem visitas à cidades interessadas em ter suas próprias Unimeds. Ainda em 1971, foi fundada a primeira Federação da Unimed, no Estado de São Paulo, onde já atuavam outras 13 unidades da cooperativa. Em 1975, foi criada a Confederação Nacional das Cooperativas Médicas, a Unimed do Brasil, que passava a representar institucionalmente a marca Unimed diante do mercado brasileiro de saúde. Para Eudes de Freitas Aquino, presidente da Unimed do Brasil por dois mandatos, de 2009 até 2017, a presença da marca Unimed nas mais distantes regiões do país contri182
buiu para disseminar e prover acesso à medicina de qualidade e estruturar sistemas locais de saúde, por meio de operadoras de assistência médica que atuam sob o modelo cooperativista. “Como integrantes do setor de saúde, já passamos por tempos de bonança, até por termos ajudado a construí-los, e enfrentamos tempestades diversas. A primeira cooperativa nasceu há 50 anos, e as demais se espelharam na pioneira, a Unimed Santos. Cada uma delas foi criada a partir da realidade econômica, social e cultural de cada local, cada grupo de médicos e das necessidades daquela comunidade. Hoje, a Unimed reúne 348 cooperativas contribuindo de forma
“O cooperativismo é uma sociedade aberta, sem fins lucrativos e que busca fazer justiça social. Ele surge como um sonho da humanidade, como uma forma de humanização do capitalismo”, Edmundo Castilho
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extremamente relevante para o desenvolvimento das regiões onde estão estabelecidas”, acrescenta Aquino. Aquino reforça ainda que, de modo geral, a relação entre beneficiários e operadoras está cada vez mais baseada em uma forte cobrança relacionada à qualidade e abrangência do serviço prestado. O aumento da judicialização no segmento demonstra este cenário e, por esse motivo, a cooperativa vem atuando no esclarecimento aos seus clientes sobre os procedimentos contemplados no rol da ANS, e aqueles que para serem executados dependem de termos específicos dos contratos firmados entre os clientes e as operadoras de assistência médica. Fomentando a mudança A mudança periódica das diretorias executivas é uma das características democráticas do modelo cooperativista. Neste ano, por exemplo, ocorreu a troca no comando da Unimed do Brasil bem como em outras marcas nacionais do sistema. Quem assume o lugar de Aquino será Orestes Pullin, que tem como um dos muitos desafios inerentes ao cargo, a implementação de novas aplicações tecnológicas, consideradas estratégicas para o desenvolvimento da marca. “Na Unimed, há uma forte preocupação com um projeto denominado Registro Eletrônico de Saúde, que busca equalizar os softwares e tecno-
logias que usamos em cada cooperativa”, conta Aquino. A busca por uma guinada de modelo de atenção, aprimorando o atendimento aos clientes e garantindo a sustentabilidade econômico-financeira também é um modelo a ser seguido. Com essa política, possível mudanças estruturais poderão ocorrer na Unimed, que poderá contar com mais cooperativas realizando fusões e incorporações em regiões estratégicas. A crise O mercado de saúde suplementar testemunhou a evasão de mais de 1,2 milhão de beneficiários de suas carteiras decorrentes da crise política e econômica enfrentada pelo Brasil. Desde então, o desafio comum a todas as operadoras foi enfrentar a queda no número de beneficiários e, automaticamente, de receita. Como a maioria das empresas brasileiras, o Sistema Unimed também sofreu os impactos desse revés. Em 2015, a ANS obrigou a Unimed Paulistana a entregar sua carteira com 744 mil beneficiários para outra operadora e suspendeu a venda de seus planos, de acordo com a agência, a intervenção ocorreu por “anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves que colocam em risco a continuidade do atendimento à saúde”. Um ano mais tarde, o órgão regulador recomendou
que a Unimed-Rio também entregasse sua carteira, com 873 mil vidas. Em 2015, a cooperativa carioca já havia sofrido intervenção do órgão regulador com o envio de um profissional da agência para acompanhar de perto as operações da Unimed-Rio. Com receio de que os beneficiários acabassem no já precário sistema público de saúde carioca, a Câmara dos Deputados do Rio de Janeiro marcou uma audiência pública para discutir o futuro da cooperativa. No final de março de 2017, a Unimed-Rio revalidou seu termo de compromisso firmado com a ANS, Ministério Público e a Defensoria Pública para sua recuperação financeira. Esse acordo tem prazo indeterminado e ganhou novos critérios de avaliação e um prazo de 12 meses para o cumprimento do que foi proposto. A crise enfrentada pelas unidades em São Paulo e Rio não refletem a realidade do Sistema, que conta com 348 cooperativas médicas, prestando atendimento a 18 milhões de pessoas em todo país. “Estabelecida pela Lei das Cooperativas e exercida pelas operadoras da Unimed, a gestão autônoma de cada Unimed representa uma grande vantagem competitiva, já que é possível desenvolver iniciativas que levam em consideração a realidade econômica local e o perfil social dos clientes”, diz Aquino.
“Na Unimed, há uma forte preocupação com um projeto denominado Registro Eletrônico de Saúde, que busca equalizar os softwares e tecnologias que usamos em cada cooperativa”, Eudes de Freitas Aquino Futuro Em médio prazo, Aquino afirma que as cooperativas continuarão trabalhando na ampliação do modelo de saúde baseado em atenção primária no Sistema Unimed. “Este é um tema que irá continuar na pauta da nova gestão das diretorias nacionais. Com esta estratégia, iniciada em 2011, o Comitê de Atenção à Saúde (CAS) já identificou melhora no acompanhamento da rotina de saúde de mais de 150 mil pacientes participantes de programas de atenção primária, adotados em mais de 30 Unimeds nos últimos anos”, completa o executivo que esteve à frente da operadora por oito anos. H
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Líderes e Práticas | Especial Unimed
Unimed Juiz de Fora é referência em Minas Gerais Prestes a completar 45 anos, em 2018, cooperativa inaugura hospital próprio e potencializa saúde suplementar e desenvolvimento regional 184
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A Unimed Juiz de Fora se destaca entre as mais de 300 cooperativas do sistema Unimed no Brasil pelo seu desenvolvimento contínuo, crescimento financeiro recorde a cada ano e investimentos em recursos próprios. Com 50% do mercado local, a Unimed Juiz de Fora teve um crescimento de 12% e movimentou, sozinha no ano passado, um faturamento de cerca de meio bilhão de reais na saúde suplementar da Zona da Mata Mineira. Na contramão do setor, que perdeu 1,5 milhão de clientes no país, a cooperativa registrou alta de 3,3% no total de beneficiários, chegando a 118 mil vidas. Para Hugo Borges, presidente da cooperativa e eleito um dos 100 Mais Influentes da Saúde na categoria Inovação, “as expectativas continuam otimistas para os resultados em 2017”. Em comemoração aos 45 anos, em 2018, a Unimed Juiz de Fora vai inaugurar seu maior empreendimento próprio, o Hospital Unimed, que já figura como um dos investimentos em saúde mais importante do Estado. Borges afirma que o Hospital terá capacidade para realizar, aproximadamente, 14 mil internações por ano, e que será referência em alta complexidade para mais de 300 mil clientes Unimed da região. “Com um investimento de R$ 100 milhões, o Hospital irá garantir um impacto significativo nos resultados da operadora e a estimativa é de que a unida-
“Identificamos novas oportunidades de mercado e otimizamos serviços próprios para a conquistas de mais resultados e para proporcionar um cenário seguro para clientes e toda a cadeia produtiva da Unimed. A oferta de planos e soluções personalizadas combinada à gestão dos contratos corporativos garantiu a permanência e ainda o crescimento de 21,8% no número de empresas clientes.”
de gere um aumento natural de até 15% na venda de planos.” A estrutura do hospital tem projeto arrojado, edificado nos conceitos da eco-arquitetura, utilizando materiais que não agridem o meio ambiente. Com o lema “Todo verde, todo novo e todo seu”, o Hospital Unimed terá 190 leitos e, segundo Hugo Borges, “implantará na Zona da Mata um novo jeito de cuidar, baseado na percepção do paciente com a melhor medicina, assistência integral, satisfação dos profissionais e custos sustentáveis”. Após a inauguração, em janeiro de 2018, uma das expectativas da diretoria da Unimed Juiz de Fora é a criação de mais de 800 postos de emprego, em especial para profissionais da saúde.
Hugo Borges, presidente da Unimed Juiz de Fora
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Líderes e Práticas | Especial Unimed
Recursos Próprios Além dos investimentos na construção do Hospital, a Unimed Juiz de Fora aposta em recursos próprios para se manter líder de mercado, como o Espaço Viver Bem, focado na medicina preventiva e reabilitação multidisciplinar; o Núcleo de Atendimento Unimed (NAU), referência em atendimento médico especializado; e a recém inaugurada Unidade de Cuidados Contínuos (UCC), serviço qualificado para a internação de pacientes crônicos e medicina preventiva. Inédita no Sistema Unimed Brasil, a UCC atende clientes assistidos pelo Programa de Atenção Domiciliar e, para Borges, “é um serviço que traduz o jeito de cuidar da Unimed. O paciente levado à UCC recebe, em andar exclusivo da Unimed dentro de um Hospital credenciado, os cuidados e atenção dos mesmos profissionais – médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos – que o acompanham em casa”. Grupo de Estudos do Segmento da Saúde Outro investimento inovador da Unimed Juiz de Fora foi a criação do Grupo de Estudos do Segmento da Saúde (GESS), que promove discussão plural e em sinergia para desafios coletivos do setor. Formado por atores da cadeia de saúde da região – como hospitais, operadoras e clínicas de imagem – e agentes e interlocutores como o Pro186
con, Conselho Regional de Medicina e Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o grupo se reúne regularmente para compartilhar ideias a respeito do tema. “A ideia é transformar o GESS em referência em estudos do sistema de saúde público ou privado. A princípio, é uma proposta de confronto coletivo à crise e, consolidado, um pólo irradiador de conhecimento”, explica Borges.
Tecnologia A Unimed Juiz de Fora aposta em tecnologia de ponta e possui um Plano de Desenvolvimento de Tecnologia da Informação (PDTI), atualizado anualmente, que supri todas as necessidades das diversas áreas da cooperativa. Borges explica que o gerenciamento dos sistemas informatizados da instituição engloba projetos com o conceito IT Green – como a virtualização de servidores, agendamento online, atualização do sistema de gestão da operadora, atualização do Parque Tecnológico e a adoção de melhores práticas de gestão e TI. “Um conjunto de iniciativas que fazem da cooperativa um case de sucesso na utilização de tecnologia de grandes players de mercado como Microsoft e Arcserver”, acrescenta o presidente sobre o PDTI. H
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nimed Seguros
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Líderes e Práticas
Gestao eficaz e ^ transparencia ~
Ingredientes primordiais para a sustentabilidade na Saúde Suplementar
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Em 2017, o mercado de Saúde Suplementar deve ainda retrair-se um pouco no segmento de planos coletivos empresariais, contudo ainda há expectativa de leve crescimento no segmento de planos por adesão e estabilização nos planos contratados por pessoas físicas quanto ao número de beneficiários. 188
A previsão é de Raquel Marimon, diretora presidente da Strategy, consultoria atuarial e regulatória para a saúde suplementar. A executiva pondera ainda que a inflação médica tem pressionado muito o setor,
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motivando as organizações a buscarem alternativas de gestão para seus custos assistenciais, tais como implantação de autorização de internações por DRG - Diagnosis Related Groups. “Estamos auxiliando
diversos clientes neste sentido, inclusive firmamos uma parceria com o DRG – Brasil no sentido de auxiliar seus clientes na implantação bem-sucedida e monitoramento das despesas assistenciais.” Raquel considera que as operadoras de planos de Saúde não estão tendo iniciativas para este atual momento. “Não se experimenta, há mais de 15 anos, a redução de beneficiários e muitos dos executivos atuais não chegaram a vivenciar esta realidade. Eles não sabem como reagir. Na verdade, a redução do número de beneficiários é apenas uma faceta do problema”, afirma. Ainda que o setor tenha passado por diversas transformações (o prestador que passou a cobrar mais e com mais eficiência no processo; a classe médica que reivindicou uma remuneração mais justa e obteve sucesso; os serviços auxiliares de terapias, como fonoaudiologia, psicoterapia, dentre outros, que passaram a ser cobertos; a cada dois anos a lista de procedimentos cobertos, o rol, aumenta) muitas operadoras ainda não souberam se posicionar diante deste novo contexto. “Muitas levam oito meses para avaliar se devem reduzir a estrutura administrativa ou não, enquanto sua carteira de clientes reduziu de 5% a 8%. Volto a afirmar o que falei no 6º Seminário Unidas: falta gestão. Há falta de estrutura nos processos, de transparência com o comprador e com o prestador”, ressalta a diretora.
Raquel Marimon, diretora presidente da Strategy
Transparência para todos os lados Segundo a diretora presidente da Strategy, a transparência com o consumidor está sendo imposta pelo agente regulador e, desta forma, imposta a todos. São exigências como o PIN-SS, simulador de fator moderador; rede por plano disponível na internet; entre outras ferramentas. Quanto à relação com o prestador de atenção à saúde, Raquel considera a relação tensa e conflituosa. “Não há confiança entre as partes que tem regido o segmento. Participamos de negociações e orientamos nossos clientes a abrir o jogo, se não houver parceria, todo mundo morre junto. Temos que redefinir o
modelo de relacionamento, sem medo de ser transparente e pontuar os limites verdadeiros para uma negociação de sucesso.” O segmento de operadoras tem uma relação tão danosa com a rede de atendimento assistencial, conforme acredita Raquel, que elas têm optado por verticalizar “a qualquer custo”, só para se “livrar do prestador”. “Não há sustentabilidade nesta linha de raciocínio, pois o movimento inverso também é possível, de o prestador tornar-se uma operadora, considerando as baixas barreiras de entrada existentes no segmento, e tem sido adotado por alguns.”
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Líderes e Práticas
Participação ativa Presente em todos os eventos e debates promovidos pela ANS, a Strategy busca também participar ativamente na construção das normativas nas instâncias em que há consulta ou audiência pública. “Desenvolvemos estudos técnicos específicos sobre temas de interesse do segmento, como a adequação das operadoras quanto à Margem de Solvência, o impacto econômico do Ressarcimento ao SUS ou mesmo os efeitos da crise econômica, além da redução de beneficiários, sobre as operadoras de planos de saúde”, explica. “Ao invés de realizar todo o projeto e apresentar o resultado para a diretoria ou superintendência que nos contrata de forma totalmente desconectada da equipe operacional, realizamos uma série de levantamentos, consideramos motivos não econômicos na nossa análise a atribuímos pesos e medi190
das para cada aspecto avaliado do projeto. Assim, damos uma visão mais ampla do contexto, indo além dos motivadores econômicos e atribuindo uma matriz decisória em que cada aspecto tem seu devido valor.” Sobre os trabalhos já desenvolvidos, Raquel conta que em determinada ocasião uma operadora do interior de São Paulo desejava arrendar leitos hospitalares e na linha de tratamento igualitário pretendia fazê-lo com o mesmo perfil de remuneração e quantidade de leitos em dois hospitais da região. Após a análise estatística dos dados de atenção à saúde por perfil de atendimento em cada uma destas entidades foi possível recomendar a quantidade ideal de leitos para cada prestador, de forma que o volume total de leitos inicialmente imaginado pela operadora foi validado. “Construímos um cenário em que era mais viável
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o arrendamento majoritário em determinada entidade hospitalar que oferecia mais capacidade tecnológica de atendimentos de alta complexidade, bem como a quantidade de leitos em pediatria e leitos de terapia intensiva (CTI), algo que inicialmente não havia sido considerado pela operadora.” Trajetória Com clientes em 23 Estados, a Strategy vem crescendo no segmento de Cooperativas Médicas, como as Unimeds. Também estão no rol de seus clientes operadoras exclusivamente Odontológicas, medicina de grupo, autogestões e seguradoras de grande porte. A concentração de clientes está na região Sudeste do país e o atendimento parte sempre de uma de suas unidades em São Paulo, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte. H
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Health-IT
Operadoras de Saúde na Era Digital Softwares agilizam processos organizacionais para uma gestão mais estratégica. Sistema ERP Pirâmide consolida informações acessadas em tempo real e reduz custos através de moldes de qualidade 192
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O mercado de saúde tem se tornado cada vez mais competitivo, em especial para as operadoras de planos de saúde. Atualmente, a utilização da tecnologia de informação para o aperfeiçoamento da gestão vem se destacando como uma estratégia diferencial para o sucesso das instituições. O fato que torna a tecnologia indispensável para a sobrevivência das organizações é o crescente aumento das exigências da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que demandam, cotidianamente, agilidade nos processos organizacionais. Em busca de aprimorar os seus sistemas inter-
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nos com melhor usabilidade, a Unimed Ceará implantou softwares de gestão empresarial. Inácio Dutra de Melo Júnior, gerente de Tecnologia da Informação da Unimed Ceará, explica que os sistemas instalados foram o SABIUS e o ERP Pirâmide, sendo o último responsável pela integração da unidade e pela consolidação das informações acessadas em tempo real. Além de ter uniformizado os processos de negócios da operadora e reduzido o retrabalho dos funcionários, a integração das informações possibilitou uma base de dados única que aumenta a qualidade da infor-
mação, reduzindo custos, simplificando rotinas e aperfeiçoando os indicadores de gestão da cooperativa. Melo Júnior acentua ainda que essas tecnologias auxiliaram uma gestão mais estratégica, uma vez que os sistemas proporcionam aos superintendentes maior agilidade nos processos cotidianos através de moldes de qualidade eficaz.
Cavalcante, diretor de Operações da Procenge, explica que durante a etapa de planejamento aconteceu o levantamento do cenário da Unimed Ceará, criação do plano geral do projeto, assim como a criação do cronograma das atividades e das regras de comunicação. Logo, a etapa de execução ficou responsável pela instalação do sistema, configurações, treinamentos, cargas iniciais e entrada em funcionamento. Algumas mudanças foram necessárias para a implantação dessas tecnologias na instituição, inclusive para os módulos de contábil e financeiro, os mais utilizados pela unidade. “O gerente de projetos realizou, juntamente com os usuários-chave do setor, as configurações necessárias, tais como: definição de plano de contas, centro de custos, históricos padrões, itens de fluxo de
caixa, natureza das operações, configurações de contas bancárias, caixa, contas de adiantamentos, relatórios e consultas”, acrescenta. Treinamento A Procenge possui diversos especialistas no segmento de operadoras de saúde – inclusive em mais de 100 unidades espalhadas pelo país da cooperativa Unimed –, que atuam em áreas como suporte, comercial, desenvolvimento e treinamento, buscando que as entidades utilizem todo o potencial dos sistemas para uma melhor gestão. Esses profissionais buscam também “manter uma constante evolução da solução para que as instituições mantenham a excelência na sua gestão e atendam às exigências da ANS, passando a aumentar sua
Eduardo Cavalcante, diretor de Operações da Procenge
Implantação O projeto de instalação do software ERP Pirâmide foi elaborado em duas fases: planejamento e execução. Eduardo HEALTHCARE Management | edição 47 | healthcaremanagement.com.br
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Health-IT
Benefícios
Inácio Dutra de Melo Júnior, gerente de Tecnologia da Informação da Unimed Ceará
produtividade para crescer em um mercado tão competitivo”, comenta Cavalcante. Além da Unimed Ceará, Cavalcante comenta que a empresa de sistemas possui outras unidades usuárias do ERP Pirâmide, como Unimed do Brasil, Unimed Grande Florianópolis, Unidade Norte e Nordeste, além de instituições como Hospital do Coração de Alagoas e Hospital do Câncer de Pernambuco. “A Federação Ceará possui nove Unimeds filiadas que também utilizam a solução, sendo três operadoras de planos de saúde (Unimed Cariri, Unimed Sobral e Unimed Crateús) e seis prestadoras de serviço (Unimed Abolição, Unimed Aracati, Unimed Centro-Sul, Unimed Nordeste do Ceará, Unimed Sertão Central e Unimed Vale do Jaguaribe)”. 194
Para o gerente de Tecnologia da Informação da Unimed Ceará, os principais benefícios da utilização desses softwares estão na economia de tempo e custos, melhores estratégias e planos, decisões táticas, processos mais eficientes e visão em tempo real do desempenho corporativo geral e individual. Sobre o sistema SABIUS, Melo Júnior explica que o mesmo permitiu o controle de produção médica, clientes, administrativos, autorizações, cobranças, faturamento e promoção à saúde. “Já o sistema Pirâmide possui as facilidades de administrar eletronicamente a contabilidade, contas a pagar e receber, financeiro, almoxarifado, compras, patrimônio, custos e orçamento. Outras facilidades são o acesso a relatórios gerenciais, a integração dos processos da empresa, além das informações consolidadas e acessadas em tempo real”, acrescenta.
Segurança “A integração dos módulos garante a extração de informações totalmente seguras, dando uma visão completa da empresa e permitindo realizar análises tanto macros como detalhadas”, ressalta Cavalcante sobre o nível de segurança que o software ERP Pirâmide proporciona para a gestão. Já para o gerente de Tecnologia da Informação da Unimed Ceará, a utilização de controles de segurança para garantir o adequado acesso aos programas, arquivos de dados, aplicações e acesso à rede devem ser
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rigorosamente tratados pelos gestores de todas as áreas da organização e, principalmente, pela administração. “A importância da segurança da informação para a empresa reside no fato de que ela não garante apenas uma proteção contra invasores externos, mas também previne o comprometimento das informações de maneira interna. Com isso, a operadora de planos de saúde passa a ficar mais protegida e dispor de dados realmente relevantes para a alta gestão”, defende Melo Júnior. H
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Economia, controle e convergênciaVitallis aposta em solução de TI inovadora Projetada e executada pela Redes&Cia com a solução Laserway da Furukawa, Grupo Vitallis incorpora sistema totalmente óptico, reduzindo custos de implementação e manutenção da infraestrutura de TI 196
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A Organização Sanitas Internacional é um grupo empresarial especializado na área da saúde, composto por empresas de grande porte de prestação de serviços para o setor. No Brasil, sua presença se dá através da Vitallis Sanitas, operadora de plano de saúde presente no mercado desde 1996 e em 24 Estados do Brasil. Com o crescimento das demandas e o inevitável processo de expansão, a Vitallis viu-se na necessidade de investir também em sua rede, datacenter e infraestrutura de TI. A escolhida para atuar nesta expertise foi a Furukawa em conjunto com a Redes&Cia para fornecer uma solução de redes robusta, escalável e a prova de futuro. A solução adotada, denominada Laserway, tem características altamente relevantes para a indústria de saúde. Ela é baseada na tecnologia GPON (Gigabit Passive Optical Network) com arquitetura FTTD (Fiber To the Desk). Isto significa que, ao invés de usar o meio metálico através dos tradicionais cabos UTP para transferência de dados, são usados cabos de fibra óptica até o ponto final da rede (computadores, câmeras, telefone, entre outros). “A solução Laserway, baseada em fibras ópticas, possibilita taxas de transferência altíssimas em uma rede Local. Esta característica é extremamente relevante para
hospitais e clinicas quando pensamos, por exemplo, na necessidade de trafegar imagens de alta resolução geradas por exames de alta complexidade”, diz Fabrício Carvalho Silva, gerente de Projetos da Redes&Cia. Carvalho explica ainda que uma rede lenta pode reduzir a produtividade no ambiente de trabalho ou até mesmo impossibilitar que hospital ou clinica implante tecnologias de ponta, reduzindo a competitividade em um setor tão concorrido quanto à área de saúde. A solução Laserway é altamente flexível. “Uma única fibra possibilita o atendimento
de até 128 áreas de trabalho, permitindo o crescimento da rede conforme o desenvolvimento da instituição.” Para Carvalho, o maior desafio deste projeto foi o convencimento técnico de apresentar ao cliente uma nova tecnologia que mudaria uma cultura de cabeamento já estável. “A mudança de paradigma para uma tecnologia com padrões e conceitos totalmente novos foi uma importante tarefa. Além de convencer o cliente, tivemos que convencer os outros parceiros tecnológicos que entrariam com outras soluções de serviços, como serviço de voz, por exemplo.”
Fabrício Carvalho Silva, gerente de Projetos da Redes&Cia
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Health-IT
Já Magno Fugisava, gerente comercial da Furukawa, considera um dos desafios deste trabalho o prazo de entrega, que era extremamente agressivo. “Nossa solução de rede óptica passiva iria suportar toda a comunicação de dados advindos de diversos setores e aplicações como atendimento ao cliente, financeiro, administração, recursos humanos. Durante a implantação desta nova rede, várias outras atividades estavam correndo em paralelo como infraestrutura civil, energização do prédio, pintura. Não havia espaço para atrasos.” Fugisava explica ainda que se o cliente tivesse optado por uma solução tradicional, o tempo total de duração deste trabalho seria de mais de dois meses. Como a opção foi pelo Laserway, este tempo foi reduzido a metade. Com a solução, a expansão da rede se tornou muito mais simplificada e econômica, pois tornou-se independente do espaço em salas técnicas, distância máxima dos novos pontos de rede, entre outras questões. “A adição de um novo ponto de rede pode ser realizada apenas pela inserção de uma nova ONT (Optical Network Terminal) aproveitando a capacidade instalada da parte passiva, ou, na pior das hipóteses, pela adição de um novo canal óptico que ocuparia um espaço 75% menor do que uma rede tradicional”, explica Fugisava. H 198
Solução Laserway A solução Laserway traz importantes reduções em investimentos de CAPEX (Custo dos materiais) e OPEX (Custo de Operações). Em relação ao CAPEX, a solução Laserway permite uma redução considerável, pois é possível prever salas técnicas menores e sem infraestrutura exclusiva para sistemas de ar condicionado, energia estabilizada e periféricos. Em casos extremos, podem ser reduzidas a um armário óptico. Dado a alta capacidade de transmissão da fibra óptica é possível atender maior número de usuários em uma única fibra, dessa forma a topologia da rede fica otimizada e flexível reduzindo a infraestrutura seca necessária para a implantação do cabeamento óptico. Quanto ao OPEX, há uma redução muito grande no consumo de energia elétrica por volta de, no mínimo, 50% a 70%. A diminuição do tamanho das salas técnicas permite redirecionar o m² ocupado anteriormente por uma rede tradicional para as áreas de negócio.
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Estratégia
Homecare em foco Mesmo em tempos de crise, serviços de homecare apresentam crescimento contínuo no país 200
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Nos últimos anos, o setor de homecare tem vivido intenso crescimento, impulsionado pela presença de capital de fundos de investimentos, ambiente regulatório mais favorável aliado a falta de leitos hospitalares e ao alto custo dos pacientes de longa permanência em unidades de saúde. Estima-se que, em 2015, o setor tenha apresentado crescimento de 15%. Para se ter uma ideia, os pedidos de homecare aumentaram 400% nos últimos 10 anos apenas em Cuiabá (MT), segundo a Defensoria Pública. Mas essa realidade não é apenas brasileira, visto que o segmento tem se tornado uma tendência mundial. Nos Estados Unidos, por exemplo, espera-se que até 2020 esse tipo de serviço tenha alcançado a marca dos 1,3 milhões de usuários.
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“2017 se apresenta como um ano favorável ao homecare, principalmente para players que desenvolveram alta eficiência operacional e apostaram em uso de tecnologias que facilitam a gestão e melhoram a qualidade assistencial” Luiz Tizatto, CEO da Unitcare
Fato é que alguns negócios apresentam crescimento em tempo de crise. Para Luiz Tizatto, CEO da Unitcare Saúde, a expansão do mercado de homecare no Brasil está atrelado a dificuldade que a economia nacional vem passado, em que são necessárias soluções eficientes para o controle dos custos. Seguindo essa linha de raciocínio, Tizatto acredita que “dessa forma, 2017 se apresenta como um ano favorável ao homecare, principalmente para os players que desenvolveram alta eficiência operacional e apostaram em uso de tecnologias que facilitem a gestão e melhorem a qualidade assistencial”. O CEO afirma que a crise econômica não reduziu o f luxo de pacientes. Na Unitcare Saúde, por exemplo, o faturamento de 2016 foi 30% maior que o do ano anterior, segundo Tizatto. No entanto, o executivo afirma que, ao mesmo tempo em que a receita sobe, aumentam também os custos operacionais da empresa e a dificuldade de negócios de reajustes contratuais com as operadoras de saúde. Para contornar esse cenário, Tizatto revela que a empresa absorveu grande parte do aumento de custos sem
repassá-los às operadoras, através de programas que buscam aumentar a produtividade e, consequentemente, diminuir a despesa dos serviços prestados. “Resumindo, melhoramos a nossa performance para nos adequarmos à difícil situação de mercado, em que o aumento dos custos foi inferior aos reajustes concedidos pelas operadoras”.
Custos “Fala-se muito sobre os custos na Saúde, porém se faz muito pouco”, pontua Tizatto sobre os elevados valores do setor, que se tornam, muitas vezes, um grande desafio a ser superado pelas instituições. No segmento de homecare, o CEO explica que os custos dependem, basicamente, das operadoras de saúde. “Se a operadora vai mal, toda a cadeia abaixo dela vai mal. O que ocorre atualmente é uma transferência do problema. A operadora tenta repassar ao prestador, que tenta repassar ao fornecedor e assim consecutivamente”. No ponto de vista de Tizatto, essa é a forma mais fácil de gerir uma empresa, no entanto o modelo já se esgotou. “As empresas reclamam muito dos ‘parceiros’, mas pouco
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Estratégia
Investimentos
Luiz Tizatto, CEO da Unitcare
fazem para melhorar sua própria eficiência e dar uma resposta positiva ao tomador de serviços/fornecedor”. Ainda, o executivo destaca que o real ganho de uma empresa não está apenas na compra mais barata, mas sim em se “fazer mais com menos”. Para alcançar essa ideologia de gestão, Tizatto destaca que é necessário o uso intensivo de tecnologias, como softwares de gerenciamento de tráfego – que aumentam a 202
eficiência de entrega de materiais e medicações – e de análise de consumo em tempo real, notificando interações medicamentosas prejudiciais ao tratamento. “Na Unitcare, por exemplo, toda a prescrição feita pela equipe multidisciplinar passa por uma célula interna, que analisa a eficiência das mesmas e, se necessário, discute o caso a fim de encontrar uma solução com melhor custo/benefício”, explica o CEO. H
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Tizatto conta que, em 2017, a empresa intensificará seus investimentos na área de pediatria e na consolidação do setor de apoio jurídico as operadoras a fim de combater a judicialização na Saúde. Em 2018, a Unitcare lançará o primeiro hospital de transição infantil do Brasil. A unidade será uma instituição com conceito inovador, ficando entre o homecare e o hospital terciário. “Esse conceito é amplamente difundido no mercado norteamericano, mas no Brasil ainda não existem unidades de alto padrão voltadas ao segmento pediátrico. Adicionalmente, continuaremos buscando soluções junto às fontes pagadoras”, complementa.
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Ideias e Tendências
Telerradiologia cardiovascular
Como esta prática pode agregar valor e trazer diferencial ao serviço de diagnóstico por imagem
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Nos últimos 20 anos, houve um aumento do acesso do Brasil à melhor tecnologia mundial. A Saúde vive uma constante demanda por tecnologia na busca de melhorar resultados e criar uma melhor experiência para o usuário. A telerradiologia é um exemplo que contribui para essa qualidade da assistência médica. Ela supre a falta quantitativa e qualitativa de profissionais, agilizando a liberação dos laudos médicos, o que permite uma extensão de serviços de qualidade para áreas mais deficientes. A economia obtida pelas instituições que optam por laudos à distância é expressiva, pois manter uma equipe presencial de radiologistas, e raramente uma equipe de radiologistas com sub-especialidades, demanda um investimento que
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pode ser muito elevado de acordo com a demanda do serviço radiológico. Atualmente, muitas cidades já possuem equipamentos capazes de realizar Angiotomografia de Coronárias e Ressonância Cardíaca, mas o custo de manter um especialista local é alto se a demanda for pequena. Desse modo, ao deixar de oferecer esses exames, muitas clínicas perdem a oportunidade de se destacar na região. Um exemplo prático desse diferencial em exames cardiovasculares é a realização da angiotomografia de coronárias como parte do protocolo de dor torácica. Gabriela Liberato, cardiologista e sócia da CardioScan, enfatiza que “inserir a angiotomografia de coronárias no fluxograma de atendimento ao paciente com
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dor torácica no pronto socorro já se demonstrou custo-efetivo, além de reduzir o tempo de permanência no PS e minimizar a possibilidade de uma internação hospitalar ineficaz. Isso faz toda a diferença, pois agiliza o atendimento e o paciente tem a estratificação de risco de infarto com muito mais eficiência e segurança”. Apesar dos benefícios apontados, se a telerradiologia não for bem estruturada, o serviço de diagnóstico por imagem aumentará o volume de exames com fluxo e protocolos inadequados. Corre-se o risco de o laudo final ter informações pobres e ineficazes, com pouca contribuição no diagnóstico do paciente. Segundo Thaís Pinheiro Lima, cardiologista e sócia da CardioScan, o principal problema de alguns servi-
ços é que atualmente o fluxo é centrado apenas na imagem e não no paciente. A CardioScan surge com uma telerradiologia segmentada e especializada nos exames de Tomografia e Ressonância Cardiovascular. Investindo em profissionais e tecnologia, possui uma equipe disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana, capazes de acompanhar virtualmente em tempo real a realização do exame e liberar o laudo de urgência em até 2 horas. A filosofia da empresa é fazer uma telerradiologia sólida, centrada em treinamentos,
elaboração de protocolos, otimização de processos internos e gestão do fluxo do paciente desde a entrada no centro diagnóstico até a liberação do laudo. Além de acreditar que um serviço ajustado e estruturado beneficia a todos, Thaís explica que a Angiotomografia das Artérias Coronárias e a Ressonância de Coração são exames relativamente recentes na radiologia. “Dessa forma, biomédicos, tecnólogos, enfermeiros, recepcionistas e todos os envolvidos no centro de diagnóstico necessitam de treinamentos na abordagem do paciente que realizará es-
ses exames. É igualmente importante orientar os médicos quanto às indicações e contra-indicações dos mesmos e, para isso, ministramos aulas e workshops presenciais”. Mesmo com o avanço das tecnologias, poucas empresas qualificadas oferecem telerradiologia especializada em cardiologia, por isso a importância de uma consultoria especializada. “Com os exames e acompanhamento à distância em tempo real nos moldes da CardioScan, ganha o médico, o paciente e o serviço de diagnóstico, que passa a ser um diferencial para a região.” H
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Mercado
Contratos éticos
Empresa aposta na transparência para se destacar no mercado de higiene e limpeza na Saúde 206
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Terceirização do estoque de sacos descartáveis para coleta da instituição, desde os sacos para resíduo comum até os infectantes. Este é o serviço que a Amade presta para importantes instituições de saúde, como Beneficência Portuguesa de São Paulo, Hospital São Camilo, Hospital Edmundo Vasconcelos, Rede D´Or, Hospital Albert Einstein, entre outras. “São parcerias transparentes, prezando pela qualidade na prestação dos serviços e profissionalismo”, diz Andrea Vieira, gerente da Amade. No Albert Einstein, por exemplo, a empresa possui uma parceria de 11 anos. “Nosso primeiro contato foi na Feira Hospitalar de 2005, ano que nossa empresa estruturava-se no segmento hospitalar.”
O serviço é realizado da seguinte forma: resgata-se diariamente as solicitações de pedidos, através da plataforma online. Logo após são feitas as entregas em todas as unidades no sistema ponto a ponto, sendo na unidade setorizada denominada por entrega porta a porta. “Estar dentro dos padrões como distribuidor para o atendimento Hospitalar são fundamentais para destacar-se no mercado.” Atualmente, a Amade tem como parceiros fornecedores para desenvolver uma completa estrutura física. “Temos registros na Anvisa para saneantes, correlatos e cosméticos. Esses produtos são identificados com números de lote e códigos de barra, permitindo a rastreabilidade e controle dos mesmos”, explica Andrea. H
Andrea Vieira, gerente da Amade
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ARTIGO
Evaristo Araujo
Restituição da taxa da Anvisa
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seção judiciária do DF, em recente decisão proferida pelo juízo da 22ª Vara Federal, determinou que a Anvisa restitua a taxa - TFVS recolhida quando do protocolo do pedido de inspeção internacional para fins de certificação de boas práticas de fabricação. Com é cediço, a Anvisa entende que o mero recebimento do protocolo do pedido de inspeção já configura ato administrativo suficiente para alegar o exercício da sua função jurisdicional prevista pela lei nº 9.782/99 e que, por tal razão, não lhe seria exigível a restituição por conta de quaisquer motivos que decorram da não realização da inspeção, ou publicação da certificação pleiteada. Além disso, este precedente é importante, visto que a Anvisa, por meio de Nota Técnica, expedida no início de fevereiro de 2017, expressamente se posicionou contra a aplicação da Lei nº
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13.202/2015 que assegura a restituição dos valores pagos a maior indevidamente pelas empresas reguladas. Esta lei determina o limite de 50% do índice de inf lação acumulado no período, o que determinou a revisão dos aumentos de quase 300% aplicados pela indigitada Portaria nº 701/2015 e, conforme já informado, assegura o direito à restituição dos valores pagos a maior, quando da vigência da indigitada Portaria. Passados mais de um ano do aumento, em 30 de janeiro de 2017, o governo publicou a nova Portaria Interministerial nº 45, que regula a atualização monetária dos valores das taxas para preenchimento das GRUs, com base na lei, e estabeleceu o início da cobrança, com base nos novos valores, para 9 de fevereiro de 2017, respeitando o limite legal de 50% da inf lação acumulada. Por meio desta Nota Técnica de fevereiro, a agência es-
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Diretor-administrativo da Abec Saúde (Associação Brasileira das Empresas Certificadas em Saúde)
clareceu que somente serão restituídos os valores recolhidos a maior após o início da vigência da Lei nº13.202, ou seja, após 9 de dezembro de 2015, devendo-se aguardar a divulgação de procedimento específico para a restituição, e mais, ameaçando, de forma arbitrária e abusiva, que protocolos de requerimentos de restituição estarão sujeitos ao indeferimento sumário. Ora, há no próprio ordenamento da Agência regra específica para restituição de valores cobrados indevidamente, trata-se da RDC nº 222/2016, onde estão dispostos todos os procedimentos para a sua aplicação, não nenhuma necessidade de nova regulamentação. É evidente o intuito procrastinatório da nota técnica. A Anvisa, quando da publicação da Portaria Interministerial nº 701, em apenas uma semana aplicou em seu sistema eletrônico os extravagantes valores de
“atualização”, completamente diferente de seu procedimento posterior à Lei nº 13.202, que aguardou uma desnecessária Portaria, por mais de um ano, que apenas ratifica a norma e agora pede que se aguarde uma regulamentação específica para a restituição legal. Quem já pleiteou a restituição de valores indevidamente recolhidos pela agência sabe das dificuldades e as chicanas que são criadas para inviabilizar ou desestimular o pleito. Por essa ra-
zão a intervenção do Judiciário tem se mostrado como necessária e fundamental para a proteção direito daqueles que foram lesados. A recente decisão enfrenta um tema ainda mais importante que é a cobrança da taxa sem o devido exercício do Poder de Polícia, quando a Anvisa, deixa de forma deliberada de exercer por tempo considerável o ato de sua competência exclusiva, ou seja, empresas que aguardam por tempo indeterminado a realização, ou agendamento
de uma inspeção, podem pleitear a restituição dos valores pagos, corrigidos e atualizados, quando por questões gerenciais desistam, ou alterem sua estratégia de negócio, não tendo mais interesse na inspeção, ou na efetivação do ato pleiteado. Assim, considerando a morosidade e a falta de interesse da Anvisa, no que se refere à aplicação da restituição, as medidas judiciais mostram-se como única alternativa para o setor regulado para fins de reaver valores pagos indevidamente. H
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DOSSIÊ
Filantropia à luz da gestão Segundo os últimos dados divulgados pela Confederação Nacional de Saúde (CNS), existem no Brasil mais de 6.700 hospitais, sendo que destes cerca de 2.100 são Santas Casas e hospitais filantrópicos. O setor filantrópico da Saúde também responde por mais de 170.800 leitos, dos quais 126.883 são destinados ao SUS. Segundo a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), em 927 municípios do país, a única unidade hospitalar existente é uma Santa Casa ou hospital filantrópico. Este Dossiê traz justamente a importância da filantropia do Brasil e o desafio que esses gestores têm para proporcionar uma assistência de qualidade, ainda mais diante do atual contexto econômico e político.
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Gestão dos recursos
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Isenção à filantropia: mais bônus do que ônus
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Saúde, refém da política
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Créditos de esperança
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Criatividade e eficiência para vencer os desafios da filantropia
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GESTÃO DOS recursos Novas fórmulas para a sustentabilidade do setor filantrópico da Saúde diante da atual crise econômica
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Presidente do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), José Rizoli conhece bem o quanto os desafios da filantropia da Saúde se agravaram com a crise financeira. “Como não houve um aporte de novos recursos, as instituições financeiras se depararam com o aumento de assistência sem a correspondente contrapartida financeira. O que gera mais déficit em um círculo vicioso da crise.” A Saúde deve ser prioridade para o governo,
segundo Rizoli, e o primeiro passo é reunir os melhores especialistas do setor e aprimorar a gestão do modelo existente. “A questão financeira é importante, pois de nada vale se a administração dos recursos for feita de forma incorreta ou irresponsável. Países como Canadá, Inglaterra e Espanha inves-
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DOSSIÊ
tem cerca de 9% do PIB com a Saúde, enquanto o Brasil investe metade disso. Mas pouco adianta ter muitos recursos para investir e administrá-los mal.” Por isso, é importante investir em uma gestão financeira e administrativa profissionalizada nas unidades filantrópicas, seja em parcerias ou consultorias. “No INDSH, conseguimos economias significativas na compra de materiais e medicamentos para as unidades administradas que superam 15% ao mês. Não é milagre. É gestão, transparência e responsabilidade com os recursos disponíveis.” Rizoli ressalta que, apesar de muitas Santas Casas estarem em má situação financeira, outras, por sua vez, são exemplos de boa gestão, fruto do processo de profissionalização. “Essas instituições entenderam que a Saúde deve ser tratada dentro das regras da boa gestão, com serviços de qualidade focados no lucro final, que é salvar vidas.” O advogado Josenir Teixeira concorda com a visão de Rizoli sobre gestão eficiente. “A falta de gestão competente é tão cruel que, se houvesse aumento de 100% do valor atualmente pago pelo SUS, ainda assim o problema não seria resolvido. Empréstimos subsidiados para as entidades filantrópicas ajudam, mas não resolvem o problema, pois em 212
José Carlos Rizoli, Presidente do INDSH
algum momento elas terão que pagá-los e, novamente, cairão nas garras dos bancos, de onde dificilmente conseguirão sair vivas.” Para gerir com eficiência, Teixeira defende rediscutir o sistema atual, centralizar as atividades, gastar com inteligência, racionalizar custos, criar redes de assistência que se comuniquem, educar as pessoas e reduzir a judicialização da saúde. “Precisamos
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fechar hospitais com menos de 50 leitos porque eles são inviáveis financeiramente e iludem a população. Precisamos criar hospitais regionais com capacidade instalada suficiente para atender a população de forma adequada. Enfim, temos que mudar a mentalidade ultrapassada que insiste em não enxergar que as fórmulas adotadas nos últimos 30 anos não estão resolvendo o problema.” H
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Isenção à filantropia: mais bônus do que ônus Mesmo que excluído das propostas de Reforma da Previdência, corte de isenções fiscais ao setor filantrópico pode voltar ao debate. Segundo pesquisa, a cada R$ 1,00 obtido por isenções fiscais, R$ 5,92 retornam em benefício à sociedade
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Devido à dificuldade do governo em aumentar a arrecadação, chegou-se a cogitar a possibilidade de acabar com a isenção previdenciária para entidades filantrópicas. Mas foi grande a pressão contra esta medida. Tanto que o relator da reforma da Previdência na Câmara, o deputado federal Arthur Maia (PPS-BA), desistiu de incluir no seu parecer esta proposta. Mesmo assim, este assunto pode voltar a ser tratado no futuro em uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Segundo o deputado Arthur Maia, com as isenções, o governo federal deixou de arrecadar R$ 11 bilhões no ano passado. Quem é favorável ao corte ignora que, a cada R$ 1,00 em isenções fiscais, a instituição filantrópica retorna R$ 5,92 em benefícios para a sociedade nas
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áreas de Saúde, Educação e Assistência Social. Os dados fazem parte da pesquisa FONIF – “A contrapartida do setor filantrópico para o Brasil”, realizada pela DOM Strategy Partners. De acordo com o estudo, a cada R$ 100 isentos na Saúde, o setor filantrópico beneficia a população com mais R$ 635. Outro dado levantado mostra que 53% dos atendimentos SUS são realizados pelas Santas Casas e Hospitais Filantrópicos no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, em 927 Municípios brasileiros, a Santa Casa representa a única unidade hospitalar. Ainda de acordo com o governo, a média de atendimento ambulatorial e de internações pelo SUS representa 49,35% do total, sendo 59,35% de internações de alta complexidade. “A proposta parte de um pressuposto equivocado e pune quem sempre contribuiu com os governos no atendimento da população que necessita do SUS”, explica o advogado Josenir Teixeira. A taxação, nos moldes propostos, poderia inviabilizar a manutenção financeira da quase totalidade das instituições filantrópicas, o que, consequentemente, poderia acarretar no fechamento de unidades e na desassistência imediata da população. Teixeira afirma que tirar a isenção das filantrópicas é fruto de desconhecimento dos detalhes regulatórios do setor, além de desrespeito à Constituição Federal. “As entidades filantrópicas não são isentas de contribuição, elas são imunes. E isso faz enorme diferença, pois, enquanto a isenção pode ser revogada a qualquer momento pelos entes políticos, a imunidade não está ao alcance do governo de plantão, sendo assegurada pela Constituição de 1988.” H 216
Arthur Maia, deputado federal
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SAÚDE
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R$100 (isenção) R$635(contrapartida)
R$ 735
(benefício à população)
A cada R$ 100 isentos na área da saúde, o setor filantrópico beneficia a população com mais R$ 635 Além dos dados quantitativos já provarem a importância do setor filantrópico para a saúde no Brasil, os hospitais beneficentes se configuram como referências mundiais em áreas como oncologia, cardiologia e transplantes, entre outras. Fonte: FONIF
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Saúde, refém da política “A Saúde está afundada num círculo vicioso de décadas que precisa ser resolvido de forma diferente” Josenir Teixeira
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O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais Filantrópicos e Entidades Filantrópicas (CMB) firmaram convênio, no ano passado, por meio do qual se comprometem a conjugar esforços institucionais para ajudar a propiciar saúde à população e exigir o cumprimento da Constituição. Criou-se, então, a Comissão de Defesa das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos no âmbito da seção de São Paulo da Ordem dos Advogados
“O governo atual irá terminar em 2018 e, infelizmente, o sistema de Saúde terá sido mantido no banho-maria de sempre. A única diferença é que, até dezembro de 2018, milhares de cidadãos brasileiros terão morrido por falta de assistência médicohospitalar eficiente”, Josenir Teixeira
do Brasil, com o objetivo de defender o acesso à saúde. A Comissão nasceu em setembro de 2016 e, desde então, estão sendo adotadas ações em defesa do setor constituído pelas Santas Casas e Hospitais Filantrópicos. Josenir Teixeira já esteve em reuniões, em Brasília, para debater a questão. Segundo o advogado, em encontro com o deputado federal Arthur Maia, relator da PEC da Reforma da Previdência, foi questionado o fim da imunidade das contribuições previdenciárias
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às entidades filantrópicas. “Alertei-o, inclusive, sobre a recente decisão do STF. Ele me ouviu atentamente, mas confirmou que pretende sugerir o fim das isenções das parcelas da previdência das entidades filantrópicas daqui por diante. Caso isso aconteça, as entidades terão que se socorrer do Poder Judiciário para preservar seu direito à imunidade tributária constitucional.” O deputado federal Arthur Maia foi procurado pela redação da HCM, mas até o fechamento desta edição não respondeu aos questionamentos sobre isenção previdenciária para entidades filantrópicas. Teixeira é categórico ao avaliar a gestão do atual governo: “Ele está cuidando da Saúde tanto quanto cuidou o da Dilma, do Lula, do FHC, do Collor e todos os anteriores: de forma protocolar, chocha, apagando incêndios e deixando de criar políticas que se firmam no tempo e que não poderiam ser mudadas ao bel prazer do governante da vez”. O advogado acredita que são necessárias leis severas para impedir que o governante eleito descontinue programas dos governos anteriores, uma vez que o ideal é ter períodos de maturação, experimentação, correção de rumos durante a implantação e conscientização das pessoas. “A saúde está afundada num círculo vicioso de déca220
das que precisa ser resolvido de forma diferente. Não sairemos do lugar, não avançaremos, nem conseguiremos resultados diferentes se continuarmos a fazer as mesmas coisas que estão sendo feitas há décadas”, pontua. “Eu sempre me pergunto:
Josenir Teixeira, Advogado
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se fosse nomeado ministro da Saúde amanhã, será que conseguiria fazer ou mudar alguma coisa? Respondo que não. A não ser que o sistema burocrático estatal seja alterado e se façam coisas eficientes com os R$ 125 bilhões do orçamento da Saúde.” H
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Créditos de esperança PLS 744: Por que esta proposta pode ser tão importante para a Saúde?
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Aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 744/2015, de autoria do senador José Serra, visa criar linhas de crédito especial com recursos da União, com condições diferenciadas às Santas Casas e instituições filantrópicas que atendem pelo SUS. A proposta deve seguir para a Câmara e, se não houver recursos, para votação em Plenário. O programa, intitulado Pró-Santas Casas, estabelece o limite do crédito de até R$ 2 bilhões, ao ano, a cada instituição. Os recursos poderão ser empregados no próprio capital de giro e em investimentos que promovam a melhora da estrutura e o aumento da oferta de serviços aos usuários do SUS. “O projeto é primordial para equacionar o endividamento crescente das Santas Casas, as quais respondem por importante parcela dos atendimentos no âmbito do
sistema público de saúde”, destaca o senador José Serra. Em seu discurso, a relatora do projeto, a senadora Lúcia Vânia (PSB-GO), defendeu que “o projeto de criação do Pró-Santas Casas ataca o grave problema econômico-financeiro enfrentado por essas instituições”. O programa concede duas linhas de financiamento para as Santas Casas: reestruturação patrimonial e capital de giro. Para a primeira linha, a taxa de juros proposta é de 0,5% ao ano, com prazo de carência de dois anos e amortização de 15 anos. Para custeio, os juros seriam correspondentes à TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), com carência de seis meses e amortização de cinco anos. Quanto ao capital de giro, a taxa de juros das operações será correspondente à TJLP, com prazo mínimo de carência de seis meses e de amortização de cinco anos.
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Senador José Serra
“O projeto é primordial para equacionar o endividamento crescente das Santas Casas, as quais respondem Na ponta do lápis Segundo dados levantados pela senadora Lúcia Vânia (PSB /GO), no final de 2015 o estoque de dívida acumulado pelas Santas Casas atingiu R$ 21,5 bilhões. A escalada da evolução desse endividamento é preocupante: dez anos antes, em 2005, o endividamento registrado por esses hospitais era de R$ 1,8 bilhão. Em 2009, saltou para R$ 5,9 bilhões e, em 2011, atingiu a cifra de R$ 11,2 bilhões. A análise desse endividamento revela que R$ 12 bilhões, ou seja, quase 60% representam dívida com o sistema financeiro. “Em sua maioria, trata-se de dívida nova para a rolagem de dívida velha. Outros R$ 3,6 bilhões configuravam dívida com fornecedores, ao passo que R$ 2,6 bilhões, ou seja, 12% correspondiam a tributos e contribuições não recolhidos.” De acordo com a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades 224
por importante parcela dos atendimentos no âmbito do sistema público de saúde.” senador José Serra
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(PSDB/SP)
Filantrópicas (CMB), o reajuste realizado na tabela SUS, no período entre julho de 1994 e maio de 2015, foi de 93,66%, enquanto o Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), do IBGE, teve variação de 413% no período. Neste mesmo intervalo de tempo, a variação dos preços da energia elétrica ao consumidor foi de 962%, de água, 945%, de transporte urbano, 1.177%, e de gás de cozinha, 1.025%. Para ilustrar os impactos da defasagem da tabela do SUS para as finanças das Santas Casas, Lúcia cita que, em 2014, o custo dos serviços prestados no âmbito do sistema foi de R$ 24,7 bilhões. As receitas com os serviços, por sua vez, foram de R$ 14,9 bilhões. O déficit, portanto, foi de R$ 9,8 bilhões. “As consequências do desequilíbrio financeiro experimentado por essas instituições são muitas, tais como endividamento crescente, pressão sobre os orçamentos municipais, depreciação física e tecnológica, baixos salários e rotatividade, redução de leitos, fechamento de hospitais, incapacidade de respostas às necessidades da população, urgências e emergências superlotadas, imagem do segmento em risco constante, judicialização da saúde, entre outros.” Somente em 2015, ocorreram quase 40 mil demissões nos hospitais filantrópicos. Nos últimos cinco anos, 218 hospitais encerraram as suas atividades ou tiveram a gestão assumida por prefeituras
“O PLS 744 não pretende garantir uma solução definitiva aos problemas existentes na operação das Santas Casas de Misericórdia do Brasil. Visa somente garantir um alívio financeiro de curto prazo para essas instituições enquanto soluções definitivas são pensadas e discutidas pelo governo”
locais. Ainda nesse período, 11 mil leitos foram fechados e 8.300 foram desativados. “O PLS 744, de 2015, não pretende garantir uma solução definitiva aos problemas existentes na operação das Santas Casas de Misericórdia do Brasil. A proposta visa somente garantir um alívio financeiro de curto prazo para essas instituições enquanto soluções definitivas são pensadas e discutidas pelo governo.” A senadora ainda ressaltou, em seu pronunciamento, que apesar de existirem, atualmente, outros programas de financiamento aos hospitais operados pelas instituições financeiras federais, esses recursos “não têm conferido alívio ao endividamento crescente das Santas Casas”. H HEALTHCARE Management | edição 47 | healthcaremanagement.com.br
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ARTIGO
Edson Rogatti
UM NOVO FÔLEGO PARA O SETOR
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o dia 11 de abril, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou o Projeto de Lei 744/2015, que cria o PRÓ-SANTAS CASAS, um programa de auxílio financeiro que concede duas linhas de crédito para as entidades filantrópicas, uma de reestruturação patrimonial e outra de capital de giro. Esta primeira aprovação da PL reflete a força do nosso setor, que unido pode alcançar o reconhecimento merecido. Foram dias em contato com os senadores, buscando apoio para o projeto. Reuniões, telefonemas e muitos argumentos para mostrar ás autoridades a importância deste novo financiamento. As Federações de Santas Casas e Hospitais filantrópicos do país se uniram e mostraram que não há ganho sem esforço. Agora, o projeto segue para a Câmara dos Deputados e nossa luta será retomada, nossas discussões e contatos com os parlamentares serão feitos, tudo para conseguimos garantir um atendimento médico de qualidade para a população. Infelizmente, ainda não há
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valorização do setor, apesar de todo o trabalho que realizamos. Somos responsáveis por 56% de todo o atendimento SUS no país e ainda 63% das internações de alta complexidade, 59% dos transplantes e 69% das cirurgias oncológicas. Além disso, em muitos Estados brasileiros, somos a única opção de atendimento gratuito à população. Como falta o reconhecimento, temos que argumentar sempre com as autoridades. Em um Brasil ideal, as discussões não seriam necessárias se cada parlamentar pudesse perceber a dimensão do nosso trabalho e o quanto somos primordiais para o cumprimento da Constituição, que garante saúde pública gratuita a todos os brasileiros e estrangeiros naturalizados. Mas se é desta forma que precisamos agir para sanar o problema do subfinanciamento, é assim que vamos seguir. Não podemos esperar um reconhecimento. Todos já conhecem nossa realidade: nossos hospitais vivem o risco diário de parar suas atividades
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Presidente da Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo) e da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB)
por conta da enorme desvalorização da tabela SUS e das dívidas das entidades com os bancos privados, que já ultrapassam os R$ 22 bilhões. A aprovação deste projeto é muito importante para o setor filantrópico, que necessita urgentemente de um fôlego para sobreviver. Ainda mais diante do cenário atual em que muitas pessoas perderam seus empregos e, com isso, seus planos de saúde, fazendo com que o SUS inchasse ainda mais. Com a PL 744/2015, o governo vai disponibilizar até dois R$ 2 bilhões, durante cinco anos, e as entidades terão que apresentar um plano de reforma administrativa, a ser implementado em até dois anos, para receberem o benefício. Os R$ 2 bilhões investidos por ano durante o período da proposta, nas 2.100 entidades filantrópicas espalhadas pelo Brasil, não é a solução, mas já é um começo. Desta vitória, que pode parecer pequena para alguns, mas é enorme para o setor filantrópico, tiramos a lição de que sim, a união realmente faz a força. H
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Criatividade e eficiência para vencer os desafios da filantropia Uma das instituições mais tradicionais do País, a Santa Casa da Bahia adota conceito moderno de administração, que agrega valor ao sistema de Saúde e assegura atendimento de alto padrão aos pacientes
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Atualmente, um dos maiores desafios das instituições filantrópicas é manter a sustentabilidade sem perder a qualidade no atendimento e na prestação de serviços. Para ultrapassar essa barreira, é necessário que a gestão seja criativa e busque reduzir os custos hospitalares de forma inteligente, garantindo o padrão das atividades. A Santa Casa da Bahia é um exemplo de instituição que, para enfrentar os desafios atuais, tem focado, com rigor, no gerenciamento de custos. Roberto Sá Menezes, provedor da Santa Casa, explica que além da unidade buscar, constantemente, a melhoria de seus processos, negocia com fornecedores e prestadores de serviços, visando a redução de despesas. HEALTHCARE Management | edição 47 | healthcaremanagement.com.br
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“Mantemos a sustentabilidade financeira do nosso negócio para ajudar cada vez mais pessoas que precisam dos nossos serviços e estão desassistidas pelo Estado”, comenta o provedor sobre a instituição, que além de realizar atendimentos ao Sistema Único de Saúde (SUS), atende também pacientes particulares e do sistema de saúde suplementar. De acordo com José Ricardo Madureira, diretor-técnico assistencial do Hospital Santa Izabel – organização administrada pela Santa Casa da Bahia -, atualmente, a instituição trabalha com o conceito de produtividade, seguindo o eixo de sustentabilidade da Santa Casa. “É possível entregarmos os mesmos resultados ao paciente com o menor custo para o sistema de Saúde. No Santa Izabel, trabalhamos muito com cada gestor um conceito moderno de valor ao sistema de Saúde e aos pacientes.” Em contrapartida, Sá Menezes pontua que a desvantagem de se trabalhar com o modelo filantrópico no Brasil é o fato de a remuneração dos serviços prestados ser inferior aos custos, com obrigatoriedade de atender um percentual elevado de 60% de forma gratuita. “A insuficiência de recursos é uma realidade de todos, não é exclusividade para os filantrópicos. A aplicação de recursos pelo governo é insuficiente para atender todas as demandas da sociedade. Para resolver, é necessária uma decisão política, além da melhor seleção dos prestadores de serviço e de uma eficaz fiscalização da aplicação dos recursos”, ressalta Sá Menezes. O setor filantrópico apresenta, nos dias de hoje, mais de 50% dos atendimentos médicos realizados no País. “Sem essas instituições, não seria possível atender toda a população com custos menores do que os praticados pelo governo.” Diante dessa realidade, o provedor acredita que o modelo filantrópico no Brasil precisa ser repensado. “Primeiro, precisa-se discutir a obrigatoriedade de atender um percentual elevado de pacientes do SUS, número esta230
Entre as mais disputadas da Bahia Com tradição de excelência na formação de profissionais médicos, o Santa Izabel completou 34 anos de Residência Médica. O programa abrange, dentre outras especialidades, a anestesiologia, a neurologia, a ortopedia, a traumatologia, a clínica médica e a cardiologia. As vagas do Programa de Residência Médica disponibilizadas pelo Hospital Santa Izabel estão entre as mais disputadas da Bahia, com grande número de candidatos locais e de outros estados. “Muito nos orgulha o trabalho dedicado que vem sendo executado pelos médicos supervisores e preceptores, projetando o Santa Izabel como um dos mais importantes centros de formação de profissionais em diversas especialidades da medicina”, comenta Queiroz.
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Baixe o aplicativo Zappar e confira a visita que o GM fez à Santa Casa da Bahia (saiba mais na página 13)
belecido que não diferencia as instituições por sua qualificação, complexidade e investimentos”. Outro ponto que Sá Menezes destaca é a necessidade de alteração do Código Tributário Nacional, emitindo a remuneração dos executivos estatuários das filantrópicas dentro das regras do mercado. “Isto é antiquado e dificulta encontrar bons profissionais para gerir estas instituições e fazê-las crescer. Administrar instituições, principalmente de grande porte, exige tempo e profissionalismo dos gestores. Só abnegação não é suficiente para fazê-las sadias. A proibição existente não condiz com a complexidade da moderna administração. É uma das razões do fechamento de muitas filantrópicas, Santas Casas inclusive”, contesta. Conquistas Com média de 145 mil atendimentos e mais de 12 mil cirurgias por ano, o Hospital Santa Izabel é Acreditado com Excelência pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Segundo Sá Menezes, o projeto de acreditação no Hospital vem transformando a instituição, sobretudo no que diz respeito ao comportamento das pessoas. “Hoje, temos um time interdisciplinar interagindo de maneira sincronizada em prol da segurança do paciente e da qualidade da assistência”, comenta o provedor, que acredita que a tradição da Santa Casa
de valorizar sempre o colaborador é um diferencial para a longevidade da instituição. Para Sá Menezes, a última década foi marcada pela evolução tecnológica da Santa Casa, que investiu em novos equipamentos, mídias e ferramentas, tornando os processos menos burocráticos e aprimorando os serviços oferecidos à população. “Evoluímos também na forma de gerenciamento. A valorização e a contribuição para a formação do colaborador têm sido cada vez mais discutidas e ampliadas nas instituições.” Apesar do cenário econômico desfavorável, a Santa Casa vem alcançando grandes conquistas. O provedor conta que, entre 2016 e 2017, novas instalações de importantes áreas do Hospital Santa Izabel, como ambulatórios, enfermarias e pediatria, foram inauguradas. Visando o conforto e o acolhimento do pa-
ciente, essas novas áreas resultaram em capacitação de mais de 200 colaboradores. “Comemoramos também, no último ano, a Certificação por Distinção da Hemodinâmica. O Selo Diamante é considerado o nível máximo de qualidade, e apenas seis serviços conquistaram essa certificação em todo o Brasil”, ressalta. O crescimento contínuo da organização é resultado de muito planejamento e também de uma gestão capacitada. “O último ano foi desafiador e nos ensinou a reestruturar nossos investimentos, revisar custos e otimizar processos em busca das reduções necessárias para a sustentabilidade do negócio. Os repasses insuficientes e a diminuição da população atendida pelas operadoras de saúde nos desafiam a buscar ações de mercado e administrativas que busquem o equilíbrio da instituição”.
Roberto Sá Menezes, provedor da Santa Casa da Bahia
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Clássica, mas moderna Para Eduardo Queiroz, superintendente de Saúde da Santa Casa da Bahia, um dos maiores desafios da Instituição é a transformação da cultura dos seus colaboradores. “Por ser uma Instituição antiga, muitas Eduardo vezes os gestores e os liderados Queiroz, ainda têm um pé no passado, superintendente uma forma de querer fazer ainde Saúde da da pensando no passado. EnSanta Casa da tão, temos o desafio de ser uma Bahia instituição que precisa se transformar no tempo e também se adequar ao mundo moderno”. Reeducar a equipe é uma Ações Culturais e Sociais prioridade. Com este objetivo, Queiroz explica que a diretoria estatuária trabalha Fazer o bem é a essência de cada uma das ativicom uma forma de relaciodades desenvolvidas pela Santa Casa da Bahia. Entre namento estreito, instruindo elas, estão os projetos sociais que atendem comuniações, aperfeiçoando a gestão, dades de Salvador, atuando na educação, na formamelhorando os resultados e a ção profissional e no exercício da cidadania. “Durante transparência. “Hoje, nosso esses quase 468 anos de história, a Santa Casa já tratrabalho é de reeducação. Com balhou com crianças em internatos, idosos e hoje atua isso, já temos notado melhona área social com crianças, adolescentes e adultos rias com o tempo. Muitos lídeem um dos bairros mais vulneráveis da nossa cidade”, res já se posicionam de forma diferente, trazendo assuntos comenta Sá Menezes. mais voltados para o acompaOutra atuação de destaque da Santa Casa está no nhamento do desempenho.” aspecto cultural. A instituição fundou em sua sede Além disso, a modernização original, em 2006, o Museu da Misericórdia. Instalado é uma busca constante da Sanno antigo prédio da Santa Casa de Misericórdia, que ta Casa. Mesmo ainda sendo foi erguido no Século XVII e tombado pelo Instituto uma Instituição que preza pela do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), hierarquia dos sistemas, atua em 1938, o museu é um dos mais importantes espade uma maneira contemporânea ao adotar uma gestão hoços culturais da Bahia e possui em seu acervo obras rizontal. “Os nossos gestores de grande valor artístico e histórico.“Possuímos aqui se colocam ao lado da equipe, na nossa sede registros importantes da cidade e do não para ensiná-la, mas sim Brasil”, revela o provedor. Além do museu, a Sanpara executar em conjunto. ta Casa possui o Centro de Memória Jorge Calmon, Mas isso é fruto de um trabaum importante arquivo histórico que preserva todo o lho incansável de qualificação, acervo documental da instituição. educação, cobrança e cooperaH ção”, analisa. 232
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Ideias e Tendências
Tecnologia e inteligência clínica Como o investimento em gestão de saúde populacional pode auxiliar no aumento da produtividade e redução de custos com saúde nas empresas
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A turbulência enfrentada pelo mercado brasileiro nos últimos anos afetou diretamente o mercado de Saúde, que há pouco tempo era defendido por muitos especialistas como “um setor à prova de crise”, uma vez que, segundo a lógica desses mesmos profissionais, as pessoas ficam doentes ou procuram serviços médicos independentemente da situação econômica do país. Com a saída de aproximadamente 1,4 milhão de beneficiários da saúde suplementar, essa argumentação cai por terra e mostra para o segmento que ninguém está imune às intempéries do mercado. Empresas do setor foram forçadas a repensar seus modelos de negócio ou reajustar suas estratégias para manter os resultados positivos. Já os clientes do sistema sentiram na pele os custos dessa crise com reajustes por parte de operadoras e até impacto na produtividade devido ao aumento nos índices de presenteísmo e absenteísmo. A AxisMed, empresa que pertence ao Grupo Telefónica, vem trabalhando em dois eixos para apoiar a sustentabilidade financeira do setor no Brasil. O primeiro deles é desenvolver tecnologias que ofereçam soluções efetivas para trazer mais eficiência ao gerenciamento da Saúde no país. Já o segundo é focar na melhora da qualidade clínica das soluções oferecidas hoje pelo mercado, abrangendo mais coletivos de risco em seus programas. No primeiro eixo apresentado, a chave é a plataforma de Business Intelligence (BI) da AxisMed, que começou a ser comercializada em 2016. O uso do BI fornece aos gestores um escopo completo sobre os riscos de saúde de sua população e de todos os departamentos da empresa, possibilitando agilidade e rapidez no estabelecimento de ações e estratégicas em saúde que impactem positivamente no DRE das organizações. Para o CEO da AxisMed, Cesar Rodriguez, a inovação tecnológica na saúde e a utilização
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Ideias e Tendências
de BI serão a grande perspectiva para a Saúde em 2017. Porém, segundo ele, é válido destacar que essa tecnologia não irá substituir a inteligência clínica - médico, enfermeiro, especialistas em saúde - e, sobretudo, o paciente, que deve estar no centro do modelo. “O Brasil precisa colocar em pauta discussões que permitam ampliar o uso das soluções tecnológicas para otimizar os serviços de telemedicina e do compartilhamento de dados médicos. Para as empresas, os programas são definidos a quatro mãos com seus clientes, assegurado um ROI (Retorno sobre Investimento) baseado em cada business case, obtido por meio da estabilização da saúde e melhoria da qualidade de vida de seus colaboradores e dependentes.” Novo modelo de negócio Após ser adquirida totalmente pelo Grupo Telefónica, no início de 2016, a AxisMed transformou seu modelo de negócio. “A companhia evoluiu para uma proposta baseada na geração de retorno do investimento em programas de saúde suplementar junto às empresas de diferentes segmentos, operadoras de saúde. Hoje, a AxisMed tem a inteligência clínica e os algoritmos de BI prontos para trabalhar com modelos preditivos na evolução do custo 236
e no comportamento clínico da população com alta utilização de recursos de saúde.” Rodriguez defende que o atual contexto da saúde brasileira exige uma ampla e constante reformulação nas atribuições dos diferentes players envolvidos nesse mercado, porém o sistema ainda não está ciente de que essa mudança está em curso e que será inevitável. “Neste cenário, é importante que o mercado corporativo deva estar ciente do valor de seu novo papel como integrador de todas as ações que envolvem a gestão de saúde populacional”, expõe o CEO. Na outra ponta dessa cadeia, os planos de saúde precisam assumir novas atribuições para exercer a função de coordenadores de gestão de rede, com o propósito de gerenciar desempenho, acesso, regulação correta e do risco de saúde populacional de seus beneficiários. Dentro desse escopo, os profissionais médicos passam a interagir e monitorar as ações de outros profissionais de saúde, assumindo a missão de atuar como coordenadores de cuidados do paciente, cada vez mais crônicos e em meio a um ambiente de envelhecimento crescente da população - fatos que, por sua vez, já começam a ser notados como players que podem interferir na sinistralidade e na qualidade assistencial.
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Custos x Qualidade e Sustentabilidade Rodriguez afirma que, com a inf lação médica à beira dos 20%, é fundamental os gestores terem em mente que o sistema atual de saúde não deixa margem para melhorias. Os custos médicos estão insustentáveis pelo modelo de assistência brasileiro e isso impacta diretamente as empresas. Torna-se cada vez mais importante a visão estratégica do RH, com atuação em conjunto com empresas que possam ajudar na redução de custos diretos e aumentar a produtividade dos colaboradores. Para Rodriguez, a melhor decisão a ser adotada pelos gestores é realizar uma análise populacional e entender o que ocorre dentro do mundo corporativo, como a taxa de sinistralidade e a participação dessas despesas em relação à folha de pagamento. Para melhorar esses resultados não basta apenas optar por trocar o plano de saúde mais viável. A medicina preventiva tem como principal objetivo promover uma melhor qualidade de vida por meio da manutenção da saúde com ações que podem contribuir para a mudança de atitude, com adoção de hábitos saudáveis que estimulam tanto a prevenção quanto o controle de doenças crônicas. H
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ivante
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Mercado
Higienização hospitalar
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Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano, aproximadamente 14% dos pacientes internados no Brasil contraem algum tipo de infecção hospitalar. Já a Associação Nacional de Biossegurança (Anbio) confirma que cerca de 100 mil pessoas morrem em decorrência das infecções. Este cenário evidencia a responsabilidade das prestadoras de serviço na área de higienização hospitalar. Para ter maior controle e eficiência da limpeza, a Estar Higienização recorre a um sistema de avaliação e controle através do diagnóstico microbiológico. “Este modelo revela os pontos de contaminação em um mapeamento na planta baixa do hospital, o que possibilita focar os esforços nos locais contaminados des-
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Controle e eficiência através do diagnóstico microbiológico da instituição
percebidos e verificar os resultados com maior eficácia”, explica Leonardo Fontes Pereira, diretor executivo da empresa. O certificado ISO 9001 atesta a excelência da empresa em higienização hospitalar. “A certificação aumenta a capacidade de fornecermos serviços consistentes e de qualidade, uma vez que, através de processos de verificação, sempre buscamos melhorar os métodos de limpeza.” A conquista da certificação se deu após um procedimento minucioso de revisão e cria-
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ção de processos em diversas áreas da empresa. As etapas envolveram toda a equipe, desde a direção até os agentes de limpeza. Conforme explica Pereira, entre as iniciativas que a ISO introduziu destaca-se a padronização de uma metodologia de limpeza desenvolvida pela própria equipe da Estar visando a plena satisfação dos clientes. Sobre os benefícios de terceirizar os serviços, como o de limpeza, Pereira pontua a vantagem do contratante focar no
negócio principal da instituição. “Quando o serviço é terceirizado, os profissionais já têm o perfil necessário, assim como a orientação e o treinamento adequados, ou seja, com qualidade de serviços já no início das atividades. Há também a redução de custos, pois a empresa terceirizada pode evitar o desperdício de produtos, além do contratante não ter custos com investimentos em máquinas e equipamentos, rescisões, troca de funcionários, substituição nas férias, faltas etc.” Atualmente, a empresa atua na Unimed no interior de Goiás e com o Hospital da CASSEMS no Mato Grosso do Sul. “Estas unidades funcionaram para a Estar como um laboratório de estudo e implantação de novas técnicas e processos. Hoje, sentimos confiantes para expandir os resultados satisfatórios destas experiências para outros hospitais.” H
Leonardo Fontes Pereira, diretor executivo da Estar Higienização
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ARTIGO
Márcia Mariani
INIMAGINÁVEL
M
uitas vezes nos perguntamos ao longo de nossa vida profissional qual será o legado que vamos deixar para as futuras gerações. Temos dentro de nós o desejo de criar algo que seja perene, que leve um pouco de nós adiante no tempo. Este desejo talvez seja, no íntimo, uma estratégia humana para nossa própria perpetuação. Este aspecto fica em nosso subconsciente a maior parte do tempo e se manifesta, vez ou outra, em datas especiais, como o nascimento de um filho ou em datas aleatórias provocadas por algum fato ao acaso. Gostaria de convidar você, leitor, a refletir especificamente no legado do gestor da área de saúde. Na escolha de gerir uma instituição hospitalar, escolhemos uma organização por demais complexa, como afirmava Peter Drucker, um dos gurus da administração. O hospital é composto por diversas questões, porque não inúmeras outras organizações, desde as mais simples até as mais avançadas em tecnologia nuclear. Ainda falando em estrutura hospitalar, temos o serviço de higienização e limpeza, o serviço de nutrição e dietética, serviço de processamento da roupa, serviços de enfermagem, serviços médicos diversos, serviços de S.A.D.T.s – Serviços Auxiliares de Diagnósticos e Tratamento - como os serviços de imagem ultra tecnológicos, de medicina hiperbárica, que considero ser a medicina do futuro disponível hoje. Podemos ainda descrever serviços administrativos como contabilidade, gestão de pessoas, planejamento estratégico, marketing, entre
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outros. A lista de serviços que compõe a estrutura organizacional de um hospital ainda pode ir muito além dos exemplos aqui citados. Qual outra organização tem este nível de complexidade? Qual outra organização que, além deste nível de complexidade, interage diretamente com a vida humana, causando impactos positivos quando a saúde é restabelecida ou impactos extremamente negativos quando, infelizmente, ocorre danos ao paciente ou erro médico? A indústria automobilística, por mais complexa e tecnológica que seja, seu maior erro causa apenas danos materiais e financeiros. Concluímos, então, que o hospital ganha de longe em complexidade. Analisamos até o presente momento as estruturas organizacionais. Gostaria de inserir agora na ref lexão que os pacientes são objeto de ser do hospital. Veja, caro leitor, recebemos em nossas instituições todos os tipos de cidadãos. Pacientes de hospitais são membros de alguma família: mães, pais, filhos, irmãos,
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Administradora, pósgraduada em Meio Ambiente e Liderança. Diretora da SIAServiço de Inteligência Ambiental
tios, isto quer dizer que trabalhamos com a força motriz da sociedade: a Família. Muito nobre e muito poderoso. Você já havia pensado desta forma? Para chegarmos à conclusão do legado do gestor hospitalar, ainda precisamos inserir mais um elemento: a comunidade ao redor. Em muitas cidades pequenas, o hospital chega a ser o segundo maior empregador do local. O hospital extrapola sua estrutura organizacional, adquirindo a posição mais importante da cidade, ganhando a preferência dos políticos, das organizações não governamentais, do governo e da sociedade civil. Existe uma ferramenta que mostra claramente o alcance de um hospital, que é a listagem dos públicos de interesse ou stakeholders. Vamos nos aprofundar nesta listagem em públicos primários, secundários, terciários e assim por diante. Ao fazer o levantamento dos públicos de interesse dos hospitais, você irá se surpreender ao descobrir o longo poder de
público de interesse
público de interesse
hospital
público de interesse
público de interesse
alcance dessas instituições. Imagine jogarmos uma pedra em um lago. Este impacto primário imediatamente gera outros impactos secundários, terciários e assim por diante. É possível perceber o magnífico impacto que seus projetos e ações podem alcançar. Seu legado, gestor, certamente chegará a uma extensão inimaginável, portanto todo o esforço, dificuldade e sacrifício com certeza serão recompensados por fazerem a diferença para incontáveis pessoas no presente e no futuro. H
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PERFIL
“Temos que aumentar a colaboração na Saúde com transparência e fiscalização.” Para Guido Cerri, VP do Instituto Coalizão, setor produtivo da Saúde deve participar ativamente na construção de uma agenda do setor
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iovanni Guido Cerri é nascido na Itália, mas foi na capital paulista onde se formou em Medicina pela Universidade de São Paulo e doutorado em Radiologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Entre 2008 e 2010, dirigiu o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo “Octavio Frias de Oliveira”; e presidiu os conselhos diretores do Icesp e do Instituto de Radiologia (InRad/HCFMUSP). Neste período, Cerri conseguiu promover uma grande mudança no departamento de radiologia da faculdade, incentivando algumas visões modernas, como a questão do PACS. Também já ocupou importantes cargos públicos, como Secretário Estadual da Saúde de São Paulo, em 2011, durante o governo de Geraldo Alckmin. À Healthcare Management, Cerri fala sobre os desafios do setor público de saúde, a transformação de um sistema focado na entrega de valor, a importância da educação do paciente, e ainda afirma: “esta é a maior crise já vivida pelo setor público”. 242
O SUS não se sustenta sem a... Importante participação do setor privado. O sistema público e privado são complementares, isto já faz parte do SUS desde a sua origem. Mais da metade dos leitos do SUS são de hospitais privados. As Organizações Sociais foram um importante avanço na gestão da Saúde Pública. Devemos superar a questão ideológica e pensar no que for melhor para o atendimento do paciente. Temos que aumentar a colaboração entre o setor privado e público com transparência e fiscalização. A transformação da Saúde para um sistema de saúde focado na entrega de valor começa... Pelo movimento e união
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da sociedade numa visão comum de melhorias e objetivos a serem alcançados. A verdade é que existe uma insatisfação da sociedade como um todo pela situação não prioritária da Saúde no Brasil. É hora de mudar e o setor produtivo que emprega, atende e produz deve fazer sugestões e ajudar a construir uma agenda. A inflação médica pode ser reduzida através de... Uma boa gestão, do desenvolvimento de produtos e da inovação dentro do país, que pode ajudar a combatê-la. Temos que colocar a inovação como uma prioridade na agenda de desenvolvimento, aproveitando nossa capacida-
Quem é: Professor Titular de Radiologia da Faculdade de Medicina da USP e presidente do Conselho Diretor do Instituto de Radiologia do HC-FMUSP; membro do Conselho de Administração do Hospital Sírio-Libanês; diretor científico da Associação Médica Brasileira; e HEALTHCARE Management | edição 47 | healthcaremanagement.com.br 243 VP do Instituto Coalizão Saúde.
PERFIL
de criativa dentro das universidades e a parceria com o setor privado.
ca, os recursos que já eram insuficientes no SUS foram reduzidos ainda mais. A dificuldade foi agravada pelo fato de milhões de desempregados perderem o plano de saúde e procurarem o sistema público. Existe uma crise geral no atendimento, hospitais reduzindo leitos, falta de funcionários e de insumos essenciais.
O papel do paciente e sua educação para a sustentabilidade do sistema de saúde... Tem um impacto muito positivo nas contas públicas. Programas de prevenção de doenças e promoção de saúde realizados pelo setor público e privado teriam muito mais impacto do que tratar pessoas doentes. Programas educacionais visando principalmente os jovens, demonstrando os benefícios do exercício e da alimentação e os malefícios do álcool e drogas deveriam ser ampliados. O compromisso com a educação voltada à saúde é uma enorme contribuição ao desenvolvimento. Estamos vivendo a quarta revolução industrial, a revolução da comunicação, o mundo das mudanças em tempo real, e por isso... Temos que aproveitar as qualidades desta transformação para levar mais informações e de maneira mais rápida às pessoas. Informá-las e engajá-las na promoção e na prevenção da saúde. Envolver a sociedade através das mídias digitais nos programas de melhoria da saúde. Poder aproximar o médico e os profissionais de saúde dos pacientes sem a necessidade presencial. Este novo universo cria inúmeras possibilidades, muitas das quais ainda vamos identificar. As formas de remuneração tem que mudar para sistemas... Mais modernos e justos. No setor público, a remuneração para os hospitais não cobre o custo e no setor privado a sustentabilidade do financiamento está no mat/med. A questão é como mudar, a melhor forma é uma discussão entre as partes para se construir um sistema mais equilibrado até, eventualmente, com a participação dos pacientes. A atual crise no Brasil é... É a maior crise já vivida pelo setor público. Neste momento de grave crise econômi244
O atual governo tem... Se preocupado em reduzir gastos, retrato do momento atual. Pode-se melhorar a qualidade dos gastos, mas não se consegue reduzir o custo na Saúde. O que se observa é o aumento da judicialização, que acaba desorganizando ainda mais o sistema e aumentando as desigualdades. H
Bate-pronto com Guido Cerri Exemplo de liderança: Mahatma Gandhi, exemplo de uma vida dedicada a transformar a sociedade. Ele dizia: “devemos ser a mudança que queremos ver no mundo. Somos todos responsáveis pelo mundo de hoje e só conseguiremos transformá-lo se trabalharmos juntos com este objetivo.” Livro de cabeceira: A leitura que me impactou mais recentemente foi Sapiens, de Yuval Noah Harari, interessante e desafiadora visão do mundo. Filme favorito: Dr. Jivago, filme norte-americano de 1965, baseado no romance de Boris Pasternak, dirigido por David Lean. Maior conquista profissional: Ter sido diretor da Faculdade de Medicina da USP.
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PONTO
FINAL
Estamos perdendo a guerra contra a balança
A
A cada cinco brasileiros adultos, um está obeso. Segundo levantamento anual do Ministério da Saúde, houve um crescimento de 60% no número de obesos nos últimos dez anos e a metade da população do país está acima do peso. E os números são mais preocupantes entre as crianças, já que uma em cada três apresenta excesso de peso. Uma geração que não dispensa o controle remoto e passa horas jogando vídeo game, sempre acompanhada por um copo de refrigerante e um pacote de salgadinhos industrializados. A obesidade é fator de risco para uma série de doenças. O crescimento do número de pessoas acima do peso é fator que pode ter colaborado para o aumento do diabetes e da hipertensão, doenças crônicas não transmissíveis que pioram a condição de vida do brasileiro e que podem levar à morte. Até o câncer é mais prevalente em pessoas obesas. Mas a obesidade não é uma exclusividade brasileira, e sim uma crise mundial. O sobrepeso afeta mais de 2,1 bilhões de pessoas no mundo, sendo que quase 1 bilhão padece de obesidade. O impacto da obesidade na economia mundial equivale a
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2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) global, segundo a consultoria McKinsey. Problema cuja gravidade está à altura do tabagismo, da violência armada e do terrorismo. Tanto que, pela primeira vez na história da humanidade, há mais pessoas com excesso de peso do que desnutridas. No Brasil, calcula-se que o custo com a obesidade seja de aproximadamente 2,4% do PIB. Apenas um plano amplo pode vencer esta guerra. É preciso focar nas porções dos alimentos, no fast-food, no estímulo ao exercício físico e na educação alimentar, entre outras ações. Até a arquitetura pode contribuir sendo uma arma contra a obesidade: o próprio desenho das cidades, as políticas de mobilidade urbana e os projetos arquitetônicos podem ser aliados
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na guerra pela perda de peso. Uma proposta é ter cidades que estimulem o gasto energético, tornando as pessoas mais ativas. Na Turquia, por exemplo, há províncias que proibiram o uso do elevador. No Brasil, na maioria dos edifícios, os elevadores ocupam plano central e as escadas ficam escondidas, atrás de portas de aço, o que indiretamente desestimula o seu uso. Ou seja, a arquitetura convencional e a disposição dos espaços influi o hábito dos usuários. O desafio de repensar a arquitetura é apenas um exemplo de que a batalha contra a obesidade precisa do envolvimento de todas as áreas da sociedade, como governos, pais, professores, pesquisadores e, porque não, dos próprios gestores do setor. H
HCM Eventos 2017 JUNHO Evento: 26º Congresso Internacional de Enfermeiros Local: Barcelona - Espannha Data: 27/5 a 1/6 Informação: icnbarcelona2017.com
JULHO Evento: II Congresso Nacional de Saúde e Atenção Domiciliar Local: Arena Fonte Nova Data: 13 a 14 de julho Informação: consadsaude.com.br Evento: 3ª Mostra Paranaense de Projetos de Pesquisa para o SUS Local: Curitiba Data: 28 de julho Informação: congressosaudepublica.org.br
AGOSTO Evento: Líderes da Saúde Norte e Nordeste Local: HospitalMed - Recife Data: 17 de agosto Informação: eventos.grupomidia.com/regionais-mundiais/ lideres-norte-nordeste
EXPEDIENTE CEO E Publisher: Edmilson Jr. Caparelli Diretora-administrativa: Lúcia Rodrigues Diretora-financeira: Rafaela Mofato Diretora de Arte: Erica Almeida Alves Diretor de Marketing: Jailson Rainer Diretor Executivo: Marcelo Caparelli Diretora Comercial: Giovana Teixeira Diretor de Projetos Especiais e Customizados: Márcio Ribeiro Diretora de Eventos: Rafaela Rizzuto Gerente Comercial: Ricardo Ribas Gerente Comercial da Filial São Paulo: Anderson Cardoso Editora da Healthcare Management: Carla de Paula Pinto Redação: Clivonei Roberto e Guilherme Batimarchi Colaboração: Maísa Oliveira Relações Internacionais: Flavia Farha Estagiários: Juliana Ijanc’ e Kahel Ferreira Produtora de Arte: Valéria Vilas Bôas Assistente Administrativo: Thais Caparelli Assitente Comercial: Stefânia Mazoni Coordenação de Pesquisa: Janaína Novais Executivos de Contas: Anderson Siqueira, Maurício Fagundes e Rogério Almeida Assinaturas e Circulação: assinatura@grupomidia.com Atendimento ao Leitor: atendimento@grupomidia.com Projetos Editoriais: projetoseditoriais@grupomidia.com Contatos: Matriz: (16) 3629-3010 | Sucursal: (11) 3014-2499 contato@grupomidia.com | redacao@grupomidia.com | comercial@grupomidia.com Matriz: Rua Aureliano Garcia de Oliveira, 256 - Ribeirão Preto - SP Filial: Av. Paulista, 2.202 - 6º,10º e 16º andar - São Paulo - SP
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