VIII edição do Prêmio Denilto Gomes de Dança A Cooperativa Paulista de Trabalho dos Profissionais de Dança criou o Prêmio Denilto Gomes em 2013 com o firme propósito de difundir e reconhecer o trabalho do artista paulista e brasileiro que faz da sua arte um instrumento de produção constante de pensamento crítico, reflexão e humanidade, além de preservar o enorme arcabouço histórico da Dança no país. Decidimos escolher pelo nome de Denilto como alcunha desse prêmio por ele ser considerado um dos maiores criadores/intérpretes da Dança contemporânea brasileira. Falecido em 1994, Gomes faz parte de uma falange de artistas inquietos, inovadores e transgressores, que escreveram uma importante história na Dança. Infelizmente, no Brasil, quando os artistas morrem, desaparecem rapidamente da memória das pessoas da própria classe. Para nós da CPD, essa premiação anual tem um contexto cultural, político e classista. Desde a sua fundação, esta organização tem se colocado na linha de frente na luta por políticas públicas de Estado para as Artes no Brasil e, tem se posicionado em defesa dos movimentos sociais que lutam pelo direito à terra, à moradia, à diversidade sexual, de gênero e de raça. No âmbito político, tem sido uma importante articuladora para a criação de Leis estruturantes que beneficiem toda a classe trabalhadora da Dança brasileira. Portanto, a decisão de criar esse prêmio foi mais uma atitude política e, para também suprir uma lacuna existente na Dança em SP, pois, até então não havia uma premiação única para a Dança paulista, uma expressão criativa de extrema potência que sempre jorrou por todos os cantos da pauliceia. Era essencial dar foco às produções artísticas gestadas em Dança na cidade e no estado, além de conceder a devida evidência ao artista criador. A arte também se perpetua com o reconhecimento. Hoje, esta ação se tornou uma realidade, já se vão oito anos, próximo de completar uma década. Que seja perene. A Dança merece, nós merecemos, as Artes Cênicas agradecem. Estamos todos escrevendo mais um capítulo da história simbólica e cultural deste país.
Friedrich Nietzsche
CPD (Conselho Administrativo) Presidente: Sandro Borelli Vice-Presidente: Cláudia Palma Secretária Financeira: Michele Carolina Secretário Administrativo: Ricardo Neves Relações Institucionais: Cléia Plácido
PERSONALIDADE DA DANÇA IRACITY CARDOSO A paulistana Iracity Cardoso concentra em seu percurso capítulos que traduzem uma trajetória exitosa da Dança no país. Compromissada com as diversas mudanças dos caminhos desta expressão no Brasil e no mundo, Iracity tem na cidade e no Estado de São Paulo lugar de desempenho marcante, empreendendo nos palcos e fora deles ações que promovem difusão da dança em todas as camadas sociais, com destaque para seu movimento em prol do desenvolvimento profissional da arte de dançar. Sua exigência aliada à capacidade de gestão a colocaram à frente de grandes companhias de dança no Brasil e na Europa e com seu olhar crítico contribui com a realização de diversos eventos de transição para jovens bailarinos. A Cooperativa Paulista da Dança através do Prêmio Denilto Gomes homenageia como Personalidade da Dança esta importante artista.
Foto – Sylvia Masini
COMISSÃO DE SELEÇÃO
Raymundo Costa Bailarino, Coreógrafo e Professor de Dança. Integrante do Balé da Cidade de São Paulo desde 1980. Dançou no Ballet Schindowski, em Gelsenkirchen, na Alemanha de 1983 a 1987. Coreografou para diversas companhias em São Paulo, pelo Brasil e em Nova Iorque, onde dançou e estudou pedagogia e técnicas de dança contemporânea. Coreografou para as óperas “Andréa Chenier”, “La Gioconda”, “La Fille Du Regiment”, “Don Giovanni” e ministrou aulas de consciência corporal para os Corpos Artísticos do Theatro Municipal de São Paulo. Prêmio APCA de melhor bailarino em 1995. Fundador e Vice-Presidente, da Cooperativa Paulista de Dança de 2005 a 2009. Diretor artístico da Cia.danç@ cena. Trabalhou como Assistente de Direção do Balé da Cidade de São Paulo de 2013 a 2016, Coordenador de Acervo de 2017 a 2020 e atualmente como Coordenador Artístico.
Rui Moreira Artista da Dança desde 1981, brasileiro, original de São Paulo, morou em Belo Horizonte – Minas Gerais, Lyon – França e desde 2016 reside em Porto Alegre – Rio Grande do Sul. Investigador de linguagens expressivas, tem como principal atenção o diálogo envolvendo corpos, culturas e memórias como dispositivo para as suas pesquisas em criação. Atua como bailarino, intérprete criativo e criador, coreógrafo gestor de projetos e curador.
Valéria Cano Bravi Mestra em Artes Cênicas - ECA/USP. Bacharel em Ciências Sociais com pós-graduação em Antropologia pela FFCH/USP. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia da Cultura Brasileira, Antropologia Cultural, e Historia do Corpo. Foi coordenadora do Curso de Dança da Universidade Anhembi Morumbi desde 2009 e docente do curso desde sua criação em 1999. Participou da Cia. Oito Nova Dança dirigida por Lu Favoreto como assistente de direção, na orientação dramatúrgica e na redação de projetos no período de 2000 a 2009. Desde de 1996 pesquisa questões da dramaturgia na dança atuando na redação de projetos de pesquisa e criação cênica. Orienta pesquisa dramatúrgica do movimento dançado e a reflexão sobre a dinâmica estética-cultural contemporânea.
PRÊMIO DENILTO GOMES DE DANÇA 2020 Relação de Premiados PERSONALIDADE DA DANÇA
GRUPO REVELAÇÃO
Iracity Cardoso
Grupo Votú – Somos?
AÇÃO POLÍTICA
INTÉRPRETE
S.O.S Dança São Paulo Movimento A Dança se Move
Marcos Abranches por “Canto dos Malditos” e “O Idiota”
ATIVISMO
PLATAFORMA DE MÚLTIPLAS AÇÕES COLABORATIVAS
Movimento Nós Artivistas
Portal MUD
ATUAÇÃO CONTINUADA NO INTERIOR
PROJETO EM DANÇA
Faces Ocultas Cia de Dança - Salto/SP
Transversalidades Poéticas
CRIAÇÃO E INTERATIVIDADE ONLINE
ROTEIRO E DIREÇÃO
“À La Carte” – Cia Fragmento de Dança
Ricardo Gali e Fábio Furtado por “O homem sem um nome”
DANÇA INCLUSIVA
WEBSÉRIE
“Olhares dos Sapatos” – Cia Dança sem Fronteiras
“Traduções Simultâneas” Pé no Mundo Cia de Dança “Casa Mundo” – Cia Lagartixa na Janela
DIFUSÃO DE DANÇA WEB SITE) ConecteDance
DOCUMENTÁRIO “Filhes” – Coletivo Calcâneos “(An)Danças – Cultura Periférica” – Coletivo Olhares de Guiné