AS ÚLTIMAS DO ANO 2017

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Editorial

Mais um ano que passa a correr. Mas este será também um ano inesquecível. Um ano de 2017 que pareceu conter vários anos dentro dele, foram tantos e tão diversos os nossos lançamentos, abordando temáticas relacionadas com os Açores, mas também com o mundo. Um destes livros chamase precisamente Os Açores no Mundo, de José Andrade, e que acaba por corporizar um pouco o espírito da Letras Lavadas: levar os Açores o mais longe possível. Seja através do chá, Chá dos Açores, com a coordenação de Virgílio Vieira, do nosso Cão de Fila, O Cão de Fila de São Miguel, de Tiago Vieira de Andrade, dos nossos Vulcões, O Impacto das Bombas, coordenado por Victor Hugo Forjaz, ou das nossas gentes, Vidas - Mulheres Açorianas, com coordenação de Ângela Furtado-Brum, ou Açorianos Ilustres, de Augusto Cymbron. Isto apenas para destacar alguns dos títulos lançados em 2017, pois ao todo lançamos mais de 40 livros, atingindo quase uma média de um livro por semana. O que será com toda a certeza um registo extraordinário para a nossa região. Mas a grandeza do ano de 2017 não se cinge apenas ao lançamento de livros. Este ano, mais do que em nenhum outro, investimos na criação de eventos que visam a promoção do livro e da cultura. O primeiro evento do ano, o Fórum do Livro - Vamos dar a palavra aos livros, colocou em conversa autores, editores e livreiros na Biblioteca Pública Arquivo Regional de Ponta Delgada e contou com uma enorme adesão de público, que presenciou ao vivo conferências, palestras e lançamentos de novos livros. Demos seguimento a esta iniciativa com a realização da Festa do Livro dos Açores, na zona das Portas do Mar, durante o verão. Mais uma vez, visamos a promoção do livro, da leitura e da cultura, com centenas de títulos regionais e nacionais a preços reduzidos e também através da realização de várias conferências, palestras, provas de degustação de produtos regionais e novos lançamentos que aconteceram um pouco por toda a cidade de Ponta Delgada.

O fim do verão foi ainda marcado por mais um evento exclusivo, único e diferenciado para a cidade de Ponta Delgada com a realização dos Livros no Jardim Antero de Quental. Para tal, foram criadas, de raiz, três estátuas de três autores muito célebres dos Açores, Natália Correia, Vitorino Nemésio e, claro, Antero de Quental. Criamos também o primeiro livro encadernado numa árvore. Melhor, os dois primeiros livros encadernados numa árvore, O Barco e o Sonho de Manuel Ferreira, e um livro com Sonetos de Antero de Quental. Foram também criados para o evento três livros tora, que simpaticamente convidaram turistas e locais para a leitura descomprometida de um livro. Atendendo à afluência de público e ao retorno mediático que tiveram estas três iniciativas, que para as quais contamos também com o apoio da Câmara Municipal de Ponta Delgada, pode-se considerar que estas iniciativas foram muito bem recebidas pelo público e turistas que visitaram a nossa região. Fechamos o ano com chave de ouro, realizando a partir de 23 de Novembro a Festa do Livro da Madalena, Pico, expandindo assim a promoção do livro e da cultura ao Grupo Central, num evento que ocorre em moldes muito semelhantes à Festa do Livro dos Açores, aproveitando a época natalícia para oferecer a possibilidade a todos os que residem no Pico, Faial e São Jorge adquirirem os melhores livros regionais e nacionais a preços reduzidos. Foi exatamente por olhar para o ano de 2017 da Letras Lavadas que dedicamos criar esta revista As últimas de 2017, em que falaremos com maior detalhe dos vários lançamentos e eventos que levámos a cabo durante todo o ano. Decidimos a isto juntar uma entrevista com um dos nossos autores mais celebrados e finalmente revelar também o nosso Top de livros mais vendidos durante o ano de 2017, um ano cheio de Letras Lavadas. Ernesto Resendes Grupo Nova Gráfica.


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ENTREVISTA

HÉLDER MEDEIROS Lançaste algum livro novo? Nem mais, e este foi definitivamente um dos pontos altos. Lancei este ano o meu terceiro romance policial, “A Balada do Ouro Nazi”. Foi um livro que venceu o Prémio Literário “Letras em Movimento 2016” e que, como resultado, foi publicado. Aliás, foi inclusive o primeiro livro a ser editado pela Letras Lavadas em 2017, o que foi uma honra acrescida.

Olá Hélder. Estive todo o ano de 2017 sem acesso à internet, telefone ou televisão, conta-me como correu o teu ano de 2017? Antes de mais, já que passaste o ano sem acesso ao que se passa no mundo, deixa-me apenas dizer-te que o Trump ainda é presidente... Pronto, agora que já te deprimi um pouco, deixame responder à tua questão. O meu ano de 2017 correu bem, confesso que não tenho razões de queixas. Não foi um ano memorável, mas também não foi um ano que me tenha corrido particularmente mal. Foi um ano tão comum que, se em 2036 alguém me perguntar como foi 2017, eu não vou saber responder. Não obstante, tive alguns pontos altos no meu ano que me deixaram bastante feliz.

Então o teu livro foi o primeiro livro lançado pela Letras Lavadas em 2017. Sentes que foste um pouco carne para canhão? Não, nada disso [risos]. Mas se foi o caso, transmite aí à Letras Lavadas que não me importo nada de ser carne para este tipo de canhão... Sempre que precisarem de carne para canhão e eu tiver um manuscrito para publicar, estou pronto para dar o peito às balas. Houve algum lançamento da Letras Lavadas que te tenha suscitado o interesse ou a atenção? Sim, o 4.º volume da coleção “borderCrossings: leituras transatlânticas, de Vamberto Freitas. Como sabes, o Vamberto Freitas é uma pessoa que muito admiro, foi meu professor na universidade e marcou imenso o meu percurso literário. Tanto que, dos 3 livros que já publiquei, ele fez a apresentação no lançamento de 2. Portanto, o seu mais recente trabalho é algo que já está na minha lista de próximas leituras.


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Leste algum livro Letras Lavadas durante 2017? Confesso que não, mas aqui entre nós que ninguém nos ouve, em 2017 não li nenhum livro... Sim, podem excomungar-me, sou um escritor que não lê livros... Mas não é isso, depois de lançar “A Balada do Ouro Nazi”, senti a necessidade de dar mais atenção a outras vertentes do meu trabalho mais público, como é o caso dos vídeos que faço para a Internet, e isso é algo que me ocupa bastante tempo. Ou seja, os serões dedicados à leitura são agora dedicados à edição de vídeos... Mas tenho de voltar a ler, é algo do qual sinto uma falta quase a nível físico. Gostas mais de escrever na máquina, no computador, ou nas toalhas de papel que colocam nos restaurantes? Já tentei nas toalhas de papel, mas a minha caligrafia é tão horrível, que depois não percebo o que eu próprio escrevi... Também já tentei na máquina e o facto de não haver um botão de “Desfazer” deixa-me doido. Pelo que opto sempre pelo computador, até porque tem Dicionário de Sinónimos embutido, o meu salvador nas horas de pouca inspiração. Existe algum autor açoriano que tenha marcado o teu crescimento, o teu pensamento ou a tua escrita? Estás a partir do princípio que eu cresci, que eu penso e que eu sei escrever, pelo que agradeço imenso a premissa da pergunta. Fora isso, confesso que a minha resposta seja desapontadamente clichê: Antero de Quental e Vitorino Nemésio.

Tens alguma sugestão que gostasses de deixar a nível de edição de livros? Por exemplo, A Biografia do Maurício dos Cachorros? Acho que faz sempre falta um “Guia Prático para ser uma Vaca Feliz”... Nomeia e descreve brevemente um amigo que acreditas que devia falar menos do Benfica e ler mais livros, se existir, claro? Como disse anteriormente, considerando que este ano ainda não li nenhum livro, basta que todos os meus amigos que falam do Benfica tenham lido apenas um livro para terem lido um livro a mais do que eu. Portanto, quem tem telhados de vidro... Ficarias muito triste se encontrasses um livro teu à venda na Feira do Livro a 2,5 euros? E se fosse na Festa do Livro dos Açores? Nada triste. O importante para mim, como é óbvio, é ser lido. Se isso implicar que vendam os livros a 2,5 , pois que seja. Se bem que preferia ser escritor e ser rico também, mas considerando que tal cenário não parece se avizinhar, já fico feliz se lerem os meus livros. E finalmente, se te convidássemos a participar no próximo Fórum do Livro, que trarias vestido? De novo, estás a assumir que eu ia aparecer vestido. Gosto da esperança que depositas em mim nas tuas questões. Mas pronto, assumindo que aparecia vestido, ia sempre depender do público que ia lá estar para me ver. Mas uma certeza eu tenho, o que quer que seja que eu levasse vestido, aposto que ia arrependerme de não ter comprado um número acima...


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FÓRUM DO LIVRO DOS AÇORES A Publiçor – sob chancela Letras Lavadas – organizou o Fórum do Livro, de 21 a 23 de abril de 2017,em Ponta Delgada, em co-produção com a Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada e em parceria com a Câmara Municipal de Ponta Delgada e a RTP / Antena 1 Açores. Uma iniciativa pioneira em São Miguel com vista à promoção da cultura e da literatura açorianas, valorizar os autores e fomentar a leitura. A intenção deste grande Fórum do Livro foi, segundo Ernesto Resendes, sócio-gerente da Publiçor/ Letras Lavadas, divulgar os autores e os livros açorianos, que, na opinião de José Bolieiro, presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, são uma referência nacional e internacional da literatura em língua portuguesa. Neste fórum foi inaugurada uma mostra bibliográfica, exposição didática de produção editorial e exposição artística de livros especiais impressos pela Nova Gráfica, foi lançado o Livro dos Livros, que assinala a primeira década da editora açoriana Publiçor com a sua chancela Letras Lavadas e o 35.º aniversário da Nova Gráfica, uma das maiores empresas da indústria gráfica dos Açores e uma


4 das cem maiores do país, que pretende valorizar os livros produzidos nos Açores e, por conseguinte, os autores açorianos; e ainda várias palestras, como a de «Publicação de Livros Infantis e Juvenis nos Açores», «Edição e Comercialização de Livros nos Açores», «Crítica de Livros nos Açores», «Publicação de Livros de Fotografia e Pintura nos Açores», «Publicação de Livros de Romance e Poesia nos Açores», «Publicação de Livros de História e Ciência nos Açores», e ainda a apresentação da nova revista literária Grotta. A iniciativa foi um sucesso, tanto que recebeu um Voto de Congratulação do grupo de Deputados do Partido Socialista de Ponta Delgada.


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FESTA DO LIVRO DOS AÇORES

A Festa do Livro dos Açores decorreu de 14 a 23 de julho de 2017, na Varanda de Pôncio Pilatos, nas Portas do Mar, em Ponta Delgada, constando, essencialmente, de uma mostra regional de livros de temas e/ou autores açorianos editados por diferentes entidades e instituições de caráter público e privado e, complementarmente, de momentos culturais de natureza diversa, como lançamentos, palestras, sessões de autógrafos, declamações de poesia, degustação de produtos açorianos e música ao vivo.

Todos os municípios de São Miguel promoveram uma sessão cultural com apresentação de livros de autores conterrâneos e / ou sobre o seu concelho e degustações gastronómicas. Foram lançados os livros Açorianos Ilustres, de Augusto Cymbron, Santa Maria – Momentos na Ilha dos Fósseis, da autoria de José L. Diniz e, ainda, a nova edição do livro O Barco e o Sonho – Conto Açoriano / The Boat and the Dream – An Azorean Short Story, de Manuel Ferreira, agora bilingue e em formato de bolso.


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FESTA DO LIVRO DOS AÇORES


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Livros no

Jardim Antero de Quental Foi inaugurado, a 18 de setembro de 2017, o projeto Livros no Jardim Antero de Quental. A iniciativa da Câmara Municipal de Ponta Delgada em parceria com a Nova Gráfica pretendeu incentivar a leitura e a cultura em espaços verdes. O local escolhido foi o Jardim de Antero de Quental que, não só tem o nome de um dos maiores poetas, escritores, ensaístas e filósofos açorianos de sempre, como fica próximo à Biblioteca Pública De Ponta Delgada. O evento contou com três livros tora, que simpaticamente convidaram turistas e locais para a

leitura descomprometida de um livro; livros suspensos nas árvores, O Barco e o Sonho, de Manuel Ferreira, e um livro com Sonetos do Antero de Quental, traduzidos em seis línguas diferentes; livros nos bancos do jardim e três estatuárias de três dos maiores escritores e poetas dos Açores - Antero de Quental, Vitorino Nemésio e Natália Correia - além da oferta de 250 exemplares do livro Sem Fim à Vista, de Raquel Ochoa e de um recital de dois poemas de Antero de Quental.


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LIVROS NO JARDIM ANTERO DE QUENTAL


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Festa do Livro da Madalena A Publiçor e a Nova Gráfica, após o êxito da Festa do Livro dos Açores em Ponta Delgada, decidem alargar este evento à ilha do Pico expandindo assim a promoção do livro e da cultura ao Grupo Central. A Festa do Livro da Madalena foi inaugurada no dia 23 de novembro às 12:00 h e ficará patente até 17 de dezembro, aberta das 12:00 às 20:00 h nos dias

úteis, e das 15:00 às 20:00 h aos fins-de-semana. A festa, que decorre nas instalações da Nova Gráfica, na Madalena, mais concretamente na Rua Secretário Teles Bettencourt, 4-A 1.º Piso, conta com livros de diversas temáticas a preços especiais, lançamento de livros, sessões de autógrafos e palestras.


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Livros editados em 2017

Álbum Micaelense Memórias e Factos Livro do historiador José de Almeida Mello, com colaborações de Eduardo Ferraz da Rosa e de Machado Pires, entre outros. Conta com mais de 300 imagens que retratam as vivências na ilha de São Miguel entre 1870-1974.

Açores a Preto e Branco Livro de Sérgio Ávila (fotografia) e Victor Rui Dores (texto), Açores a Preto e Branco tem capa dura e mostra todas as ilhas dos Açores e alguns ilhéus (a foto da capa foi tirada nos Ilhéus das Formigas), ao longo de 384 páginas. O texto (bilingue) que serve de introdução a cada ilha tem por autor Victor Rui Dores, que descreve, com um estilo muito próprio, as paisagens que servem de mote ao dia-a-dia do povo açoriano nas várias ilhas.

Tavares Carreiro Uma Família Micaelense Livro da autoria de António Ornelas Mendes acerca da família do jornalista, escritor e autonomista José Bruno Tavares Carreiro.

Sonhos da Alma João Loução Livro com organização de Urbano Bettencourt, que nos apresenta alguns poemas de Francisco Luiz de Mello, sobre pseudónimo de João de Loução.

Rodrigues, Moniz Falcão, Cordeiro Neves e outras famílias da Maia, da Relva, de Ponta Delgada e desta aos sertões de Pernambuco e à «Terra da América». Livro de António Ornelas Mendes.

Santa Maria Momentos na ilha dos Fósseis Livro fotográfico de José L. Diniz que nos mostra os fósseis e as suas jazidas na ilha de Santa Maria (Açores), entre outras paisagens e realidades marienses.


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À Descoberta das Figuras Mistério Emanuel Santos, et. al. - Este guia de atividades pretende despertar nas crianças do 1.º ciclo do ensino básico o gosto pela Matemática, num claro incentivo ao desenvolvimento do cálculo mental. Através da descoberta de figuras mistério, oferece-se um conjunto de tarefas com uma forte componente lúdica. Paralelamente, os desafios apresentados constituem uma excelente oportunidade para se explorar um leque diversificado de estratégias de cálculo, estimulando um conhecimento profundo do valor posicional dos algarismos no âmbito do sistema de numeração decimal. Os 30 desafios deste guia podem ser explorados em contexto de sala de aula ou em ambientes educativos mais informais, com pais, avós ou encarregados de educação.

Uma perspectiva açoriana da política externa dos Estados Unidos da América e o Atlântico Norte de Luís Andrade. Análise da política externa dos EUA e o Atlântico Norte ao longo do século XX e início do século XXI sob a perspetiva açoriana. Aborda, inevitavelmente, a relação entre Portugal e os EUA no que diz respeito ao Acordo de Cooperação e Defesa entre os dois estados.

O Impacto das Bombas Livro com coordenação de Victor Hugo Forjaz, conta com mapas, fotografias e poemas.

Açorianos Ilustres Livro de Augusto Cymbron em que se incluem as mais notáveis figuras dos Açores nas mais variadas áreas, desde o desporto à política, passando pela pintura, escultura, história, filosofia, literatura, música, medicina, empreendedorismo., etc.

Madrugada Madrugada, além de sugerir, de forma clara, a íntima relação entre esse título e os vários textos serve-se dele como ideia dominante num conjunto de narrativas breves onde dominam a memória, o tempo, a luz e as sombras de que são feitos a vida e os sonhos, a madrugada e o claro dia. Livro de Susana Almeida Rodrigues.


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Vidas – Mulheres Açorianas Antologia biográfica de dezoito maravilhosas mulheres açorianas ou que viveram nos Açores Alice Atayde, Amélia Enes, Ana Braga, Ângela Alonso, Cecília do Amaral, Cecília dos Santos, Djuta Ben-David, Silvina ‘Iracema’ de Sousa, Leonor Frazão, Margarida Garcez, Maria do Rosário Nascimento, Maria Teodora Borba, Mère Paul du Christ, Natália Almeida, Natália Correia, Olga Lopes, Regina Tristão da Cunha e Rosa Fontes são as homenageadas. Reconhecidas seja pela sua paixão pelo ensino e educação, pela cultura e artes, seja pela sua força, coragem e amabilidade na sua luta pelas dificuldades da vida, estas mulheres, umas (re)conhecidas pela sociedade açoriana, outras anónimas, mulheres comuns do quotidiano, mas amadas e respeitadas na localidade onde viveram, todas elas, à sua maneira, contribuíram para o bem-comum e fizeram do seu mundo um lugar melhor.

borderCrossings Leituras transatlânticas 4 Livro de Vamberto Freitas. Este livro contém ensaios e críticas literárias, referentes à literatura portuguesa, principalmente a açoriana, à literatura brasileira e à literatura norte-americana, essencialmente da diáspora.

30 Crónicas de Emanuel Jorge Botelho. Coleção com os dois volumes de “30 Crónicas” de Emanuel Jorge Botelho, escritas no Semanário Terra Nostra, entre fevereiro de 2006 e setembro de 2011. Uma reedição Letras Lavadas em parceria com a editora Artes & Letras. Conta com um poema inédito, ilustrações de Urbano.

A balada do Ouro Nazi Thriller Policial, de Hélder Medeiros, que coloca uma série de eventos extraordinários a acontecer na ilha de São Miguel. Uma sequência de homicídios, perpetrados por um sádico assassino, o “Carniceiro do Bosque das Crianças”; um grupo de engenhosos assaltantes procurados pelas autoridades europeias, conhecido como “Os Fantasmas de Paris”; a transferência de uma fortuna em ouro para os EUA, cujo ponto de passagem será o porto de Ponta Delgada; e a seita da Ordem do Arcanjo. Será que estes eventos isolados têm alguma ligação entre si? E se sim, qual é o sentido deles?


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O Cão de Fila de São Miguel - Património dos Açores Livro de Tiago Vieira Andrade sobre o Cão de Fila de São Miguel, reconhecido como raça em 2008. Com o objetivo de dar um conhecimento mais amplo sobre a raça, nasce esta obra, onde se abordam as origens e prováveis ascendentes, as suas funções no passado e no presente, a relação com o povo e a realidade atual da raça. É também um dos objetivos, criarem-se conexões entre a história, a cultura, o património e a natureza. Todas estas interações com suporte na legislação existente, permitem reforçar a tese de que a raça pode e deverá ser classificada como Património Cultural Imaterial dos Açores.

Chá dos Açores Coordenação de Virgílio Vieira. Este livro pretende assinalar não só os 10 anos de Confraria do Chá do Porto Formoso mas também salvaguardar a memória coletiva de uma cultura que chegou a ter 39 fábricas em São Miguel e uma na Horta, e divulgar o chá dos Açores nas suas mais variadas vertentes. Por isso o livro está dividido em 23 capítulos onde são abordadas as questões relacionadas com a vertente económica, cultural, social e mesmo gastronómica do chá dos Açores, por 23 personalidades convidadas.

Hagan, o doente da bola Memórias desportivas de António Raposo. Conhecido por Hagan desde a infância, por ser fã do jogador e treinador Jimmy Hagan, Raposo foi jogador e treinador da equipa de veteranos do Nordeste por 20 anos. Estas memórias constituem um exímio relato minucioso das suas paixões: o futebol e a medicina, em que narra as suas aventuras pela vida fora e em que tudo começa e termina no desporto.

O Livro dos Livros Livro com coordenação de José Andrade que assinala os 35 anos da Nova Gráfica e os 10 anos da Publiçor sob chancela Letras Lavadas, dando a conhecer a sua história e a sua obra.

Fragmentos da tua Luz de Orquídea Abreu. Primeiro livro de poesia da autora. Os poemas, segundo o crítico literário Domingos Lobo, são de resistência às coisas terrenas, nossas, tocáveis e quotidianas.


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Haja Saúde: Contributos para uma infância saudável de Suzana Nunes Caldeira, Célia Barreto Carvalho, Adolfo Fialho, Maria Freitas, Hélder Fernandes, Maria José Correia, Marina Sousa, Sandra Amaral e Sara Medeiros Soares e ilustrações de Carla Medeiros e de Cândida Botelho. É um livro de atividades psicopedagógicas no âmbito da Educação para a Saúde destinado a pais, educadores e professores que lidam com crianças entre os 6 e os 9 anos de idade, em diferentes contextos educacionais. É ainda um livro muito pensado para simplificar a prática docente dos professores do 1.º ciclo do Ensino Básico na área da Educação para a Cidadania, nomeadamente na abordagem à dimensão da Educação para a Saúde e aos temas Alimentação, Substâncias Psicoativas e Sexualidade e Afetos.

N9ve organização de José Andrade, é uma coletânea de nove poemas de nove poetas das nove ilhas, Daniel Gonçalves, Emanuel Jorge Botelho, Álamo Oliveira, Victor Rui Dores, Norberto Ávila, Urbano Bettencourt, Ângela Almeida, Gabriela Silva e Palmira Jorge.

Um Punhado de Areia nas Mãos Primeiro livro da professora Maria João Ruivo, é uma coletânea de pensamentos, reflexões, vivências, memórias e sentimentos da autora.

Voando… A Unir o que o Mar Separa organização de Ermelindo Peixoto. Livro de homenagem concebida pela APPLA – Associação dos Pilotos de Linha Aérea ao conhecido piloto reformado da SATA, o Comandante Francisco Afonso, galardoado com o Prémio Carlos Bleck (edição de 2017) pela sua ação como piloto da FAP e de linha aérea nos Açores, em Timor e, ocasionalmente, na então Guiné Portuguesa, e como DOV, verificador e gestor na transportadora aérea açoriana. Conta com ilustrações de Ana Rita Afonso e poemas de Aníbal C. Pires.


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Correspondência de Paula de Sousa Lima e Leonardo. Encontro singular que acontece entre dois silêncios. Signifique ela troca de cartas ou reciprocidade emocional, sempre o seu sentido cresce nos intervalos da palavra. Esta correspondência não foge à regra, exceto enquanto expressão superlativa de enlace que cinge, pela escrita, duas sensibilidades literárias a braços com deuses e crepúsculos, heróis e feridas, liras e farrapos. As mãos que escreveram são diferente na idade e no estilo, mas não na vertigem com que nos mostram um outono entontecido pela dança das noites e das manhãs. E é em silêncio que também nós, leitores, participamos, sílaba a sílaba, no enlace desta correspondência poética.

Uma Voz Contra o Reich de Gabriela Funk. Este livro é um retrato intimista de duas pessoas – mãe e filho – que num espectro temporal que cobre a primeira metade do século XX, na Alemanha, seguem linhas de pensamento e de ação desencontradas, mas que, num momentochave das respetivas trajetórias de vida, se entrecruzam dramaticamente. Numa forma híbrida entre uma memória autobiográfica e uma novela em tom de diário, Uma Voz contra o Reich revela a coragem de uma mãe que salva o seu filho de uma morte iminente, lançando um grito inconformado e incómodo sobre a Guerra – uma realidade infelizmente tão conhecida do Homem…

Bibliografia Geral da Açorianidade volumes I e II de Chrys Chrystello. Lançada nos Colóquios da Lusofonia de 2017, na ilha de Santa Maria, esta Bibliografia contém 19500 verbetes, com tudo o que se conhece, escrito e publicado sobre os Açores, incluindo mapas coloridos, portulanos, cartas náuticas, atlas, gravuras. Uma obra indispensável em todos os laboratórios – académicos ou outros – da ciência linguística açórica-lusa.

Açores no Mundo Livro de José Andrade sobre as 15 Casas dos Açores existentes em Portugal, Brasil, Estados Unidos da América, Canadá, Uruguai e Bermudas. A obra encontra-se estruturada em três partes distintas, sobre a Emigração Açoriana, as Casas dos Açores e o Conselho Mundial das Casas dos Açores.


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PRÓXIMOS LANÇAMENTOS 2017

é necessário cortar 4 linhas deste texto

Under the Goshawk’s Wings A History of Aviation in the Azores Sob as asas do Açor Uma História da Aviação nos Açores de Guy Warner. O trabalho apresenta um brevíssimo esboço sobre o arquipélago seguindo-se logo um capítulo sobre os primórdios da aviação nos Açores.

Depois de evocar a presença da aviação naval americana na ilha de S. Miguel na fase derradeira da I Guerra Mundial, Guy Warner releva os acontecimentos mais marcantes da fase pioneira das travessias transatlânticas em que é sublinhado o protagonismo dos Açores, fechando o capítulo com referência ao período dos clippers da Pan American. Lançamento dia 28 de Novembro 2017.

A epopeia da Retórica e a voz do palco na obra de Antifonte de Atenas reflexões sobre sofística, epopeia, tragédia de Anna Silva. Tese de Doutoramento

de Anna Silva que reflete, de forma crítica, sobre os argumentos que unem a justiça secular às formas sagradas do direito nos discursos de Antifonte, os textos mais antigos de retórica judiciária que chegaram até nós aos dias de hoje.

Toada do mar e da terra Volume I – 2003/ 2008 de Aníbal C. Pires. Uma seleção de seis crónicas e poemas que foram objeto de uma revisitação pelo autor. Neles, o autor reflete não só sobre as suas vivências

pessoais, mas também sobre os acontecimentos coletivos que fizeram história. O livro contém, ainda, oito ilustrações de Ana Rita Afonso e é prefaciado por Vamberto Freitas

Ponta Delgada: 1967 Memórias da Cidade, de Joaquim Machado. Este livro permite-nos viajar no tempo para o ano de 1967 e observar não só as mutações geográficas e territoriais desta cidade micaelense, mas também as grandes transformações na mentalidade, nos gostos, nas vivências sociais e culturais do

seu povo, nesta época em que começavam a chegar a Portugal os novos valores perpetrados pelos movimentos de contracultura, desenvolvidos principalmente nos EUA e nos países europeus democráticos. Este livro será apresentado no dia 9 de dezembro na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada.

Relato da minha viagem aos Açores (1812-1814) Relato inédito da viagem de Briant Barrett aos Açores, nos anos de 18121814. Além de relatar as vivências por que passou, Barrett não se coíbe de tecer opiniões e considerações sobre tudo aquilo que vê, desde as paisagens, ao quotidiano das gentes açorianas, ao clima. Um relato terno e interessante que nos permite viajar e traçar uma

imagem dos Açores do século XIX. Este livro resulta na tradução e revisão do manuscrito de Barrett, que se encontra na Biblioteca Pública de Ponta Delgada, trabalho feito por George Hayes, Hugo Moreira, Luís Manuel Cogumbreiro de Melo Garcia, Manuela Vaz de Medeiros, Paulo Manuel Anglin Álvares Cabral, Regina Amaral, Sara Rego Costa Anglin Álvares Cabral e de Susana Serpa Silva. Lançamento dia 14 de Dezembro, Biblioteca Pública Arquivo Regional de Ponta Delgada.


10 LIVROS TOP

1 Dicionário Sentimental da Ilha de S. Miguel”- 7ªEdição

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Guia de Viagens aos Açores/ Português

5 Santo Cristo Álbum Emo. e Roteiro de Razões

8 Domingos Rebêlo PinturA

4

Guia de Viagens aos Açores/ Inglês

6

Vidas Mulheres Açorianas

7

Perguntas & Respostas Sobre A HistÓRIA DOS Açores

São Miguel-A Ilha Verde 3ª Edição

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9 A Balada do Ouro Nazi

O Impacto das Bombas


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Nota de encerramento Não poderia encerrar As últimas de 2017, sem deixar uma nota de agradecimento. Em primeiro lugar a todos os colaboradores da Nova Gráfica, Publiçor e Letras Lavadas que ajudaram a moldar o ano de 2017 ao som e sabor dos livros, autores, editores e cultura. Gostaria de deixar também uma nota de especial agradecimento à Câmara Municipal de Ponta Delgada que apoiou, desde o momento inicial, os três grandes eventos que realizámos este ano, O Fórum do Livro, A Festa do Livro dos Açores e os Livros no Jardim de Antero de Quental, mostrando, como tal, um elevado desígnio e nível de compromisso em prol da cultura e do livro. Mas não vamos ficar por aqui. Já temos muitas surpresas preparadas para o ano de 2018 e que irão dar seguimento ao nosso projeto de divulgação do livro e da cultura. A primeira de todas será o anúncio de um novo conselho editorial Letras Lavadas, composto por alguns dos autores mais celebrados dos Açores. Mas isto será apenas o começo de um ano 2018 em que o livro voltará a estar em grande destaque. Um bom ano a todos. Ernesto Resendes Grupo Nova Gráfica

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