Revista Feeling

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F ling R E V I S TA

O SOM QUE CONQUISTOU O BRASIL:

EDIÇÃO 00 - JULHO DE 2013 - R$ 12,90

www.feeling.com.br

Ivo Mozart

MICHEL TELÓ CONQUISTA PRÊMIO NO BILLBOARD MUSIC AWARDS

ENTREVISTA COM A BANDA GAÚCHA TÓPAZ

PROTESTOS

GANHAM DESTAQUE ENTRE OS MÚSICOS

MAIS:

A BANCA ROCK IN RIO 2013 CLAUS E VANESSA SOMOS TÃO JOVENS


05 PARCERIA RESULTA EM LINDOS MODELOS DE TÊNIS

| 05 SAIBA ONDE BAIXAR | MÚSICAS GRATUITAMENTE 06 MICHEL TELÓ CONQUISTA | PRÊMIO BILLBOARD 06 NOVO SERVIÇO DE | MÚSICA PELA INTERNET 07 FILME SOMOS | TÃO JOVENS 08 CONHEÇA O UKULELE E | SEUS PERCUSSORES 12 OS ARTISTAS CONFIRMADOS | DO ROCK IN RIO 2013 14 MÚSICOS COMENTAM OS | PROTESTOS NO BRASIL

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Anuncio

08 16 ENTREVISTA COM A BANDA TÓPAZ

| 18 ENTREVISTA COM | A BANCA A BANCA 20 ENTREVISTA COM | CLAUS E VANESSA 21 10 ITENS QUE NÃO PODEM | FALTAR PARA UM ROQUEIRO

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Farm e Converse: Parceria Resulta em Lindíssimos Modelos de Tênis A parceria resultou em modelos despojados e praianos

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F eling R E V I S TA

Tudo o que a música desperta

Feeling, que em inglês significa sentimento, procura descrever a sensação e a percepção afloradas ao tocar ou ouvir uma música sem preocupação com estilos, e sim apenas o fato de lhe trazer sentimentos e emoções individuais . A revista contempla diveros estilos contemporâneos como o rock, pop, reggae, hip-hop, rap, indie e R&B e traz entrevistas, notícias, informações, curiosidades e novidades sobre bandas, grupos e personalidades da música internacional, nacional e até mesmo regional, dando destaque aos artistas da nossa região. Atenciosamente, Revista Feeling.

DIRETOR GERAL Gustavo Marmitt DIRETOR DE REDAÇÃO Giancarlo Sohne Giacobbo DIRETOR DE ASSINATURAS Gustavo Marmitt EDITORES Giancarlo Sohne Giacobbo

PESQUISA Giancarlo Sohne e Gustavo Marmitt PUBLICIDADE Giancarlo Sohne Giacobbo

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FSC C0193350

O Bureau Veritas Certification, com base nos processos e procedimentos descritos no seu Relatório de Verificação, adotando um nível de confiança razoável, declara que o Relatório de Inventário de Emissões de gases d e efeito estufa, da Editora Tendência é preciso, confiável e livre de discripância material, erro de distorção e é uma representação equitativa dos GEE dados e informações sobre o período de refêmcia para o escopro definido: foi elaborado em conformidade com a NBR ISO 1234567-2007.

zague para estampar os tênis, além da banda inglesa Gorillaz, liderada por Damon Albarn, que lançou recentemente versões dos calçados, que foram sucesso de vendas na Inglaterra. As clássicas estamparias da finlandesa Marimekko também viraram tênis All Star e foram sucesso absoluto por toda a Europa, mas não foram vendidos aqui no Brasil.

Saiba onde baixar Músicas Gratuitamente

COLABORADORES Vera Lucia Dones

MARKETING Gustavo Marmit

A E d i t o r a T e n d ê n c i a c o n s c i e n t e d a s u a responsabilidade ambiental e social, utiliza papéis com certificado FSC (Forest Stewardship Council) para impressão desta revista. A certificação FSC garante que sua matéria prima florestal provenha de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado.

inspiração foi o México, com tênis de cores vivas e bordados florais que imediatamente remetem a uma estética da arte tradicional mexicana, inspirada pela icônica Frida Kahlo. São usados tons de vermelho, verde, laranja e amarelo em contraste com a lona dos tênis, disponível em preto, amarelo e azul bem vivos. Não é a primeira vez que a gigante americana investe em parcerias com marcas famosas para estampar os onipresentes calçados de lona. A label italiana Missoni já cedeu suas famosas estampas em zigue-

DIRETOR DE ARTE Gustavo Marmitt

Uma publicação da Editora Tendência Av. Mauá, 1234 - Novo Hamburgo - RS CEP 93310-140 Distribuido para todo Brasil Impressão Federal Bureau Fundada em 28 de junho de 2013 por Giancarlo Sohne e Gustavo Marmitt.

MISTO

Converse, marca americana clássica responsável por décadas de modelos básicos e inusitados do All Star, se juntou em mais uma parceria para criar modelos exclusivos, em edição especial. Dessa vez, a escolhida foi a marca carioca Farm, que se tornou conhecida em todo o Brasil por seus modelos despojados e praianos, bem com a cara da mulher carioca. A Farm apresenta suas coleções toda estação no Fashion Rioe já se tornou referência da moda do Rio de Janeiro no Brasil e no mundo. Para os novos modelos de tênis, cuja coleção recebeu o nome de Que beleza!, a

Confira os sites e blogs que disponibilizam o dowloand

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om a recente encurralada das autoridades, no Brasil e no Exterior, para banir o compartilhamento gratuito de música, ficou um pouco mais difícil fazer o download de músicas gratuitamente. Por aqui, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) cercou sites de c o mp ar t ilham en t o , blogs e até mesmo vídeos postados

no YouTube para receber os royalties pelo uso de obras que se encaixam na Lei dos Direitos Autorais. Nos Estados Unidos, os parlamentares se dividem em torno da proibição dos downloads ilegais de música, cercando esses jovens que passam para frente as músicas e prendendo alguns deles, como o caso do alemão Kim Dotcom, fundador do Megaupload. Mesmo assim, ainda é possível encontrar, sobretudo blogs e sites, que habilitam que você baixe sem problemas as suas músicas e vídeos favoritos. Essa ferramenta, que se tornou especialmente popular por relançar, de maneira informal, discos clássicos da música que haviam se perdido ou jovens talentos que procuravam um lugar ao sol, agora pode ser encontrada em grandes sites como o sueco Pirate Bay. Alguns blogs, criados por amantes da música que querem compartilhar discos raros ou de artistas de um circuito menos popular. Feeling | JULHO | 05


A música que virou filme

Michel Teló conquista prêmio no Billboard Music Awards Michel Teló venceu na categoria Top Canção Latina

Filme inspirado na clássica música de Renato Russo

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único representante brasileiro no Billboard Music Awards, Michel Teló não fez feio e conquistou o prêmio de Top Canção Latina com a música “Ai Se Eu Te Pego”, na noite do último domingo, dia 19, em Las Vegas. O cantor sertanejo concorreu com as canções “Bailando por el Mundo”, de Juan Megan com Pitbull & El Cata; “Dutty Love”, de Dom Omar com Natty Natasha; “Hasta Que Salga El

Sol”, de Dom Omar; e “Algo Me Guesta De Ti”, de Wisin & Yandel com Chris Brown & T-Pain. Teló já tinha sido destaque do Prêmio Billboard de Música Latina em abril deste ano. Na ocasião ele conquistou dois prêmios também com “Ai Se Eu Te Pego”, eleita a melhor música do ano e melhor música pop. A grande vencedora do Billboard Music Awards 2013 foi Taylor Swift, com oito prêmios.

Michel Teló em gravação do seu DVD

Google adianta-se à Apple e lanca servico de música pela internet Gigante norte-americano junta-se a um mercado disputado

O novo sistema do Google foi apresentado em conferência

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presentado ontem numa conferência em São Francisco, nos Estados Unidos, o Google Play Music All Access - disponível inicialmente em território americano - permite, à semelhança

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dos serviços concorrentes, o streaming de milhões de canções em vários dispositivos, incluindo laptops, tablets e smartphones. Depois de um período de teste de 30 dias (que pode ser iniciado a partir do momento

em que se subscreve o serviço), há uma assinatura cifrada em 9,99 dólares. Recordese que o Spotify, introduzido em Portugal este ano, dispõe de uma versão grátis suportada por publicidade, além de duas modalidades pagas. Com este novo serviço, anunciado em sua conferência anual de desenvolvedores em San Francisco, o Google adotou um modelo de streaming antes da rival Apple, que foi uma das pioneiras nos serviços de vendas de músicas como o iTunes. O serviço “All Access” do Google permite que usuários personalizem as seleções de músicas entre 22 gêneros, de jazz a indie ou que ouçam uma transmissão parecida com rádio, mas que pode ser modificada. A entrada do Google no segmento amplia a competição em um momento no qual grandes gigantes de tecnologia lutam por uma posição no nascente mercado de streaming de música baseado em assinatura de serviços.

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cinema brasileiro descobriu um filão de sucesso, as cinebiografias. Grandes nomes da música e da história nacional já tiveram suas vidas contadas nas telonas nos últimos anos, como Zezé di Camargo e Luciano, Cazuza, Garrincha, Zuzu Angel e Luiz Gonzaga. A sede dos brasileiros por conhecer melhor os maiores ícones da sua cultura mostrou que essa modalidade é garantia de sucesso. Mas será mesmo? O próximo ídolo brazuca a despontar nas salas escuras do país é, talvez, a figura mais perigosa de se tentar retratar. Estamos falando de Renato Russo. Em “Somos Tão Jovens” só o nome do filme já usou de uma criatividade magnífica. Pode parecer uma escolha óbvia, mas não é bem assim, há muito por trás das famosas linhas. Além de ser um dos refrões mais fortes e autoexplicativos da banda brasileiras de maior popularidade de todos os tempos, a passagem “somos tão jovens”, que faz parte da canção “Tempo Perdido”, dita os sentimentos de toda uma geração, que era “tão jovem” e tinha todo o tempo do mundo, mas já não tinha mais o tempo que passou. O filme não contará apenas como Renato Manfredini Júnior se tornou o ídolo Renato Russo. A produção também se preocupa em destacar a “Legião Urbana”, passando pelo “Aborto Elétrico”, mostrando os conflitos e ideias de todos os membros da banda e a importância de Renato para a consolidação

do estilo musical que, até hoje, vende discos e faz as pessoas pararem para pensar e analisar as letras. O filme tem a direção, roteiro e produção de Antônio Carlos da Fontoura. “Somos Tão Jovens” ainda não tem uma data oficial de estreia, apesar de o site oficial mostrar um pôster com o dia 03 de maio em destaque. A trama deve se passar entre 1976 e 1982, anos em que nasceram as bandas “Aborto Elétrico” e ”Legião Urbana”. Como a produção envolve o início dos grupos de rock de Brasília a participação de outros grandes nomes, como Dinho Ouro Preto e Herbert Vianna não vão faltar. Ambos já têm até os atores que irão representá-

los escolhidos. Falando nisso, quem ficou com a imensa responsabilidade de reviver Renato Russo foi Thiago Mendonça, que já havia trabalhado em outra cinebiografia de sucesso, ele interpretou o cantor sertanejo Luciano em “Dois Filhos de Francisco”.

Mais Renato Russo no cinema As duas canções que contam as sagas musicais mais famosas do Brasil pertencem à “Legião Urbana” e ambas merecem virar filmes. Uma delas é “Eduardo e Mônica”, uma história de amor diferente, que parece estar muito longe de uma adaptação. A outra é a odisseia de João de Santo Cristo em “Faroeste Caboclo”.

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Ele está de volta

e veio pra ficar Depois de quase um século, instrumento Ukulelê volta a fazer sucesso e conquista grande público

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ocê já deve ter se perguntandoo que é esse tal de Ukulele? Este instrumento, também chamado simplesmente de uke, é um pequeno instrumento acústico de cordas. Geralmente são utilizadas 4 cordas de nylon, mas existem variações. Ele surgiu no século XIX no Havaí como uma interpretação local do cavaquinho e do rajão, instrumentos levados pelos imigrantes da Ilha da Madeira (Portugal). O seu sucesso no Havaí se deu

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principalmente ao fascínio surgido na família real havaiana neste pequeno instrumento, o que acabou por torná-lo muito popular em todas as classes. No início do século XX, o Ukulele já era considerado um instrumento símbolo do Havaí. Após a anexação do Havaí aos Estados Unidos em 1900, o Ukulele deixou de ser um instrumento puramente havaiano para se tornar um instrumento do mundo. De fato, nos anos 1920, o Ukulele era mais associado à bares e ao jazz do que ao Havaí.

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O mar e o verão combinam perfeitamente com o ritmo deste instrumento

Porém, com a quebra da bolsa de Nova Iorque em 1928, o interesse americano pelo Ukulele despencou, voltando a crescer somente durante a Segunda Guerra Mundial, quando soldados americanos voltavam para casa das Ilhas Havaianas trazendo consigo, como souvenir, aquele simpático instrumento. O boom da economia americana da década de 1950 trouxe a produção em massa de bens plásticos, e o Ukulele era o instrumento perfeito para ser vendido em massa. Percebendo a oportunidade, o fabricante de guitarras Maccaferri lançou no mercado uma série de Ukuleles feitos de plástico. E esse fato foi reforçado pelo uso de Ukuleles por grandes artistas de TV da época. Porém, durante as décadas de 60 e 70, o uso dos Ukes diminuiu muito devido ao surgimento do rock e da popularização da guitarra elétrica, culminando na década de 1990, quase que totalmente dominada por “bandas de guitarra”. Porém o Ukulele nunca deixou de ser amado por muitas pessoas ao redor do mundo, como por exemplo o Beatle George Harrisson, tampouco deixou de ser o instrumento símbolo do Havaí. Como uma reação aos 1990, a primeira década dos anos 2000 viu o crescimento de uma cena acústica alternativa, onde instrumentos mais ecléticos e diferentes foram utilizados, entre eles o Ukulele, que foi utilizado por artistas como Beirut, 10 | JULHO | Feeling

Eddie Vedder, e até pelas brasileiras Marisa Monte e Mallu Magalhães. Isso, somado à proliferação da internet e o aumento nas importações ao redor no mundo, o som do Ukulele chegou a lugares até antes desconhecidos, contagiando muitas pessoas a pegarem o seu instrumento e tocarem por puro prazer. E por quê? Por que tocar Ukulele é fácil, gostoso, divertido e apaixonante. Se você não quiser tocá-lo, pelo menos ouça-o. Apenas um acorde e nosso coração fica mais leve. Tipos de Ukuleles Existem diversos tipos de ukuleles. Eles podem ser classificados pelo seu tamanho, estilo, número de cordas, formatos, entre outros. Aqui, tentarei explicar as principais diferenças entre os diversos tipos. Tamanho do ukulele Existem ukuleles dos mais diversos tamanhos. A rigor, existe uma classificação de tamanhos entre eles. Do menor para o maior, os ukuleles podem ser do tipo sopr ano, concert, tenor ou barítono. A imagem abaixo ilustra melhor esta diferenciação: Pela figura, fica evidente que as principais diferenças são o comprimento do braço, afetando o número e tamanho de casas disponíveis, e o tamanho do tampo, afetando a capacidade de produzir um volume de som mais alto. O ukulele soprano é o menor de todos

e possui o tamanho original quando o instrumento surgiu no Hawaii. O concert surgiu na década de 1920, como um soprano melhorado, um pouco maior e com som mais forte. Depois, surgiu o tenor, tendo um maior volume e um som com graves mais intensos. Nos anos 1940 surgiu o barítono. A escolha do ukulele ideal é muito relativa e pessoal. Se desejas um instrumento mais portátil e prático, um soprano ou concert serão uma boa escolha. Em contrapartida, se deseja algo com som mais forte e graves mais pronunciados, um tenor ou um barítono são aconselhados. Existem limitações físicas também: pessoas com mãos grandes podem ter problemas em alguns acordes ao utilizar os ukuleles menores. Pessoalmente, para estudo e aprendizado, aconselho um concert ou um tenor, pois são grandes o suficiente para que se possa tocar mais livremente, e não tão grandes a ponto de descaracterizar o instrumento e se assemelhar à um violão (caso do barítono). Mas se a escolha é portabilidade e ter um instrumento para levar numa viagem, ou num passeio, o soprano é perfeito para isso. Onde Comprar um Ukulele? Como o Ukulele é um instrumento que ainda engatinha no Brasil, é um pouco complicado de encontrar opções de compra no mercado. Por exemplo, aqui em Porto Alegre não consigo encontrar sequer encordamento específico para Ukuleles nas

lojas tradicionais. Talvez nas grandes lojas de São Paulo e Rio de Janeiro se encontre alguma coisa, mas ainda assim a oferta deve ser baixa. Então, afinal, onde é que eu posso comprar um Ukulele? A resposta é fácil: no lugar que você compra tudo – a internet.Em uma rápida pesquisa no Google consegui encontrar alguns sites brasileiros vendendo Ukuleles. Atualmente, os modelos disponíveis são: Ukulele Tanglewood TU1, que chega a custar R$ 278,00, Ukulele Hamano Soprano H 100, por R$ 905,77 e o Ukulele Hamano Concert H 100 C, por R$ 927,51. Como podem ver, a diferença de preço é grande. Isto é causado devido à, principalmente, aspectos construtivos dos Ukes, como o tipo de madeira utilizado, a qualidade das peças metálicas, entre outras coisas. Mas as opções são muito limitadas. Outra opção de compra é utilizar o Mercado Livre. Lá são encontradas diversas opções de marcas e modelos de Ukuleles, com valores indo de R$ 180,00 até quase R$ 3.000,00. No final das contas, qual a melhor opção para comprar um Ukulele? Resumindo, a melhor dica que posso dar: se você quer gastar pouco e adquirir um Ukulele melhor, procure opções no Ebay, um site com as mesmas características que o Mercado Livre, porém internacional.

Cantor Ivo Mozart é um dos atuais percursores do Ukulele.


O Rock in Rio está de volta

Programação completa: 1º Dia SEXTA – 13/09/2013 Palco Mundo: Show Beyoncé, Ivete Sangalo, David Guetta, Homenagem Cazuza. Palco Sunset: Show Living Colour e Angélique Kidjo, Orelha Negra e Flávio Renegado, Vintage Trouble e Jesuton, Maria Rita e Selah Sue, Palco Eletrônica, Sweet Beats, Ask 2 Quit Live, Life is a Loop, Otto Knows. 2º Dia SÁBADO – 14/09/2013 Palco Mundo: Show Muse, Florence and The Machine, 30 Seconds To Mars, Capital Inicial. Palco Sunset: Show Offspring, BNegão e Autoramas, Marky Ramone e Michael Graves, “Viva Raul Seixas” com Detonautas Zeca Baleiro, Zélia Duncan, Palco Eletrônica, Show Vitalic, DJ Paula Chalup DJ Mau Mau, DJ Maurício Lopes, DJ Anderson Noise. 3º Dia DOMINGO – 15/09/2013

O maior evento de música está de volta e você não pode ficar fora desta, confira como o evento está ocorrendo este ano e quem já está confirmado

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Rock in Rio se consagrou como um dos maiores eventos de música do mundo. Isso porque depois de três edições de sucesso na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro, o festival ganhou o mundo e acabou tendo edições em outros países. No ano passado o Rock in Rio voltou a suas origens com um grande evento que parou a capital carioca por duas semanas. Milhares de pessoas fizeram uma verdadeira peregrinação até a cidade do Rock para acompanhar os shows; e quando acabou a organização deu a excelente notícia que no ano que vem terá tudo de novo.

Rock in Rio 2013 & Eike Batista O Rock in Rio 2013 vai voltar ao Rio de Janeiro, isso porque o evento terá uma edição este ano na cidade de Lisboa, em Portugal. Desta vez, Medina se juntará a Eike Batista para expandir ainda mais o festival. A equipe de Eike afirmou que a “sociedade nasceu da admiração mútua entre osempresários, que compartilham a paixão pelo Rio”. 12 | JULHO | Feeling

Palco Mundo: Shoaw Justin Timberlake, Jota Quest, Alicia Keys. Palco Sunset: Show Aurea e Black Mamba, Nando Reis e Samuel Rosa, Kimbra e Olodum, George Benson e Ivan Lins, Palco Eletrônica, Show Triple Crown, Renato Ratier, dOp, Wehbba, DJ Harvey.

Rock in Rio 2013 – Ingressos Os ingressos antecipados (o Rock In Rio Card) começaram a ser vendidos no dia 30 de outubro de 2012. O comprador poderá posteriormente escolher quais dias utilizará os ingressos; após a divulgação das atrações e programação. Cada comprador pode adquirir no máximo quatro cartões (e uma meia entrada). O valor do ingresso é R$260,00. Entre os dias 1º de fevereiro e 1º de abril de 2013 ocorreu a venda normal de ingressos já com as atrações estabelecidas. Quem não comprou rendeu-se ao mercado negro de ingressos que no mesmo dia do encerramento das vendas já vendia os tickets por preços exorbitantes (a prática é proibida e passível de punição se denunciada).

Rock in Rio 2013 – Palcos & Shows A organização do Rock in Rio já se antecipou para comunicar as datas do evento: dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro. O local será o mesmo do ano passado onde a cidade do Rock que foi erguida no estado carioca. Sepultura e Tambours du Bronx foram os primeiros confirmados no palco Mundo; na sequência vieram os nomes de Ivan Lins e George Benson no Palco Sunset, além de Bruce Springsteen, Metallica e Iron Maiden. Antes das confirmações finais de todos os dias do festival; foi confirmado oficialmente a apresentação do cantor e guitarrista John Mayer no dia 15 de setembro. Veja a programação completa:

4º Dia QUINTA – 19/09/2013 Palco Mundo: Show Metallica, Alice in Chains, Ghost B.C., Sepultura. Palco Sunset: Show Almah e Hibria, Sebastian Bach, Bullet For My Valentine e Rob Zombie, Palco Eletrônica, Show Gesaffelstein Brodinski, Gaslamp Killer, DJ Ride. 5º Dia SEXTA – 20/09/2013 Palco Mundo: Show Bon Jovi, Nickelback, Matchbox Twenty, Frejat. Palco Sunset: Show Ben Harper e Charlie Musselwhite The Gift e Afroreggae, Mallu Magalhães e Banda Ouro Negro, Grace Potter e Donavon Frankenreiter, Palco Eletrônica, Paul Oakenfold, Dexterz, Rodrigo Vieira, Ferris. 6º Dia SÁBADO – 21/09/2013 Palco Mundo: Show Bruce Springsteen, John Mayer, Philip Philips, Skank. Palco Sunset: Show Orquestra Imperial e Lorenzo, Jovanotti, Moraes Moreirax, Pepeu Gomes e Roberta Sá, Ivo Meirelles, Fernanda Abreu e Elba Ramalho, Lenine e Gogol Bordello, Palco Eletrônica, Show Loco Dice, DJ Vibe, Guti, Flow & Zeo. 7º Dia DOMINGO – 22/09/2013 Palco Mundo: Show Iron Maiden, Avenged Sevenfold, Slayer, Kiara Rocks Palco Sunset: Show Sepultura e Zé Ramalho, Helloween e Kai Hansen, Destruction e Krisiun, André Matos e Viper, Palco Eletrônica, Show Tiga Felguk, DJ Marky, Maximum Headrum, Boteco Electro.

dica: Não deixe de acompanhar a página do Rock in Rio para mais informações: www.rockinrio.com.br

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Caetano Veloso, Marisa Monte

e outros músicos comentam os protestos no Brasil Cidadãos brasileiros continuam a manifestar-se em várias cidades, veja os comentários de Gabriel, o Pensador e outros

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ários músicos brasileiros têm-se pronunciado sobre os protestos que têm marcado a atualidade noticiosa no Brasil. Dizendo estar do lado da “juventude brasileira”, Marisa Monte, que ainda este ano esteve em Portugal, colocou no seu Facebook a foto de um cartaz das manifestações com a seguinte descrição: “Não é Turquia, nem a Grécia. É o Brasil saindo da inércia” em protesto aos anos de acomodação dos brasileiros. Também Gabriel, o Pensador, cujo último 14 | JULHO | Feeling

concerto em Portugal aconteceu no Tivoli, em Lisboa, ironizou: “Meu Deus, não sabia que o Rio tinha tantos ‘vândalos’!”, referindose à quantidade de pessoas que têm aderido aos protestos. Numa mensagem mais extensa, publicada no seu blogue, Caetano Veloso diz sentir “identificação espontânea com os manifestantes. Que tenha sido em reação ao aumento da tarifa dos ônibus que esse crescimento se mostrou evidente, só confirma minha percepção de que se trata de algo genuíno, uma expressão de insatisfação da

transporte público . Nada diz que jovens que não pertencem às classes necessitadas não podem reclamar por elas. (...) Através desse sintoma que é o aumento do preço das passagens, os manifestantes estão dizendo que não engolem os modelos de negócios adotados para as obras relativas à Copa e à Olimpíada; que desconfiam dos planos de ampliação do metrô; que percebem que o povo brasileiro já sente os efeitos da inflação . São muitos níveis de insatisfação de que se esboça a expressão. Sou radicalmente contra vândalos que causam danos a prédios e monumentos. E sou radicalmente contra a atitude das autoridades que mandam a polícia descer o pau em qualquer manifestante. Como disse um jornal estrangeiro, o Brasil parece que esqueceu o que são manifestações públicas de protesto. Enfim, como na canção de Dylan, alguma coisa está acontecendo e você não sabe o que é, sabe Sr. Jones? Esperemos que seja algo que ajude o Brasil a se desamarrar”. Por seu turno, Cícero, cujo primeiro álbum, Canções de Apartamento , se tornou um fenómeno de culto, publicou uma mensagem pessoal, manifestando a sua visão enquanto carioca e natural de uma zona pouco favorecida da cidade. “Sou um carioca e tenho mãe, tenho irmã, tenho família. Todos pegam ônibus, assim como eu. Todos acham que o Rio de Janeiro está uma porcaria há muito tempo, assim como eu. Todos nos sentimos cada dia mais expulsos dessa cidade. Nos últimos meses tenho cada vez mais pensado em ir embora daqui. Pra outro lugar. E não só por causa dos ônibus”, escreve o autor de Tempo de Pipa. “Sou profundamente desrespeitado em tudo

O cartaz mostrado por Marisa Monte no seu Facebook, com a tag “não à violência” que diz respeito ao Estado aqui: Serviços públicos, saúde, transporte, educação. Entendo, apoio e me comovo muito com a vontade legítima das pessoas de mudar um país tão ruim com seu povo como o Brasil. Mas tomemos cuidado com a barbárie. Ela é uma sombra que nos segue em nossos motivos. Somos animais suscetíveis ao ódio . Desde sempre me senti ofendido com a copa do mundo, jogos olímpicos e todas essas coisas”. O escritor encerra as sua mensagem afirmando: “Eu quero uma cidade feita para os que moram e constroem ela. Não quero uma cidade para gringos e endinheirados

virem se divertir. Sou de Santa Cruz, um bairro esquecido da zona Oeste do Rio de Janeiro. Aqui tudo sempre foi horrível. Desde sempre. Conheço o mundo assim: O estado me odeia. Mas sempre acreditei que o afeto, o pensamento profundo e a música poderiam me ajudar a reinventar isso tudo. Já fui em manifestações nas ruas. (...) Acho que é um começo. Mas precisamos continuar. Fora das ruas também. Acostumar o Estado a ter medo da gente. Depois acostumar o Estado a pedir nossa aprovação. Depois acostumar o Estado a ser a gente. Pra gente criar o nosso lugar. Que não é essa cidade que estão nos oferecendo”.

Manifestante foram as ruas com cartezaes e bandeiras do Brasil

população com um quadro público que demonstra cansaço”, defende o veterano. É toda uma conjuntura que precisa ouvir dos cidadãos que não há mais aceitação passiva do que quer que seja. “Eles estão dando voz a sentimentos ainda inarticulados. Têm que nos fazer pensar. (...) Acho superficial dizer que esses movimentos são pura ilusão nostálgica de grupos de classe média, que sonham com as marchas de que ouviram falar. Os 20 centavos podem não doer no bolso da maioria dos manifestantes mas são essenciais para os pobres que precisam de Feeling | JULHO | 15


Banda Tópaz está em alta Conheça a banda que está fazendo o maior sucesso em todo o país e já conquistou milhares de fãs

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Rio Grande do Sul é um estado que pode ser considerado também um verdadeiro forno de artistas e bandas peculiares cujo talento ímpar transpõe os limites do sul do Brasil. A entrevista desta semana é com uma banda que vem se destacando no cenário gaúcho mas há algum tempo já tomou a estrada e conquistou fãs por todo o Brasil. Tópaz é composta por Fly no baixo e vocais, Cris na guitarra e vocais, Gigante na guitarra e Pedro na bateria; mas pode se dizer que além dos músicos a Tópaz também é composta por uma horda de fãs fiéis e organizados (a Terror Team) que não estão brincando quando o assunto é divulgar a banda, chegando a fazer, em 2008, uma manifestação em frente a uma rádio exigindo que a faixa “3 Meses” entrasse na programação. Entrou. É espantoso ver o quão longe já chegaram e o quão grande já se tornaram; considerando que estamos falando de uma banda totalmente independente. Mais espantoso perceber que Tópaz não está nem na metade do caminho. Devagarinho, com muito trabalho, dedicação além uma forma divertida de enxergar o caminho que traça 16| JULHO | Feeling

foram ganhando espaço e conquistando público, público este que os músicos tratam não como fãs, mas como amigos. Outro ponto que chama atenção na Tópaz, são seus videoclipes. São extremamente bem feitos, produzidos e executados, mas não é só isso. Há um cuidado para que toque quem está assistindo de alguma forma. Não dá para negar que depois de assistir o clipe

Eu tenho os meus problemas e a certeza que você tem os seus. Quem sabe a gente aceita todos eles, juntos, só dessa vez? (Se For Pra Tudo Dar Errado – Tópaz) de alguma música da Tópaz você sai com um pouco mais de alegria no peito. E não é uma sensação aleatória; é exatamente isto que eles querem. No hiato de tempo entre as primeiras trocas de informações para fazer esta entrevista e até concluí-la houve o

lançamento do clipe “Se For Pra Tudo Dar Errado” que foi uma grata surpresa, principalmente ao ser assistido em primeira mão no Hospital do Câncer Infantil do Rio Grande do Sul. A letra da música poderia fazer supor que tratava-se de uma bela música de amor dessas que um ouvido menos atencioso pode julgar ser mais uma entre tantas que saem todos os dias em algum estúdio espalhado pelo Brasil – e talvez o fosse quando foi concebida – mas o conceito empregado no clipe transpôs o que pode ser chamado de comovente. “Se For Pra Tudo Dar Errado” é um apelo em alto e BOM som de que amor, alegria, amizade e fé; estão aí espalhados pela estrada. E a banda Tópaz se desdobra pra percorrer esta estrada. Confira a entrevista que Alexandre Nickel – 0 Fly – deu para a Feeling em meio a correria da divulgação do novo videoclipe da banda: Feeling: Já sei que Tópaz vem do encurtamento do nome original da Banda criada em 1998: TópazANAL. Como surgiu a ideia deste nome tão singular? Fly: Fizemos a banda há realmente muito

tempo e precisávamos de um nome urgente pra fazer nosso primeiro show. Alguém deu essa “brilhante” ideia e todo mundo achou engraçado na época. Uns dois shows depois já virou Tópaz novamente, mas a gente sempre acaba tendo que responder essa pergunta. (Risos) Feeling: No Brasil, do circuito independente, a Tópaz é com certeza uma das bandas que mais se utilizam da internet para difundir e divulgar o trabalho. E dizer que internet, HOJE, é o canal que mais ajuda uma banda a se propagar é chover no molhado; a web é de fundamental importância para divulgar o trabalho de um artista seja ele nacional ou internacional. Como ou quanto (se é que é possível mensurar) a internet ajudou na carreira a banda? Fly: Certamente foi muito importante. Já tocamos praticamente em metade dos estados do país e isso só aconteceu pq os fãs espalharam nossas músicas. Não temos nenhuma gravadora, não tocamos em grandes rádios com fora do Sul do país. O que acontece com a gente, definitivamente, não aconteceria sem essa plataforma. Feeling: Logo no primeiro CD, o “Outra Direção” lançado em 2007, a Tópaz contou com participações – em algumas faixas – de nomes como Lucas Siveira da Fresno, Thiago da Ramires e Malásia da Ultramen. A música Biografia chegou a permanecer na lista das cinco mais pedidas da Rádio Atlântida. Que outras parcerias estão em vista para os próximos trabalhos? E qual

cantor ou artista vocês gostariam de ter ao lado colaborando em uma faixa da Tópaz? Fly: Meu sonho é gravar uma música com a Fernanda Takai. Pato Fu é uma banda realmente mto legal que faz discos que equilibram muito o lance inventivo com a acessibilidade. Sou fã disso. E “sobre o tempo” foi a primeira música que me lembro escutar no rádio e pensar que “música é uma coisa legal”. Quem sabe um dia, né? Quem sabe ela não lê essa entrevista e se empolga com a ideia? Nunca se sabe! Feeling: É visível a relação estreita que os integrantes da banda procuram ter com seu público. Seja no twitter respondendo aos seguidores, no Facebook, nos shows…a Tópaz sempre está interagindo com os fãs. Isso é um fator de supra importância para fidelizar um público, é evidente; e exige um tempo para essa troca de informações e atenção. É uma prioridade para a banda – estar atentos, acessíveis e disponíveis para os fãs? Fly: Na verdade não é algo que a gente pare para pensar sobre. É natural. Seria muito babaca da nossa parte não tentar trocar uma ideia com todo mundo em shows que a gente ainda consegue fazer isso. Nem sempre conseguimos, mas acho que somos uma das bandas que mais tenta fazer isso. Tem cidades que pedem o nosso show a 6 anos ou mais e a gente vai lá tocar pela primeira vez. Nesses 6 anos, alguém espalhou o som por lá pros amigos, foi no show, gastou seu dinheiro pra comprar o ingresso e ficaria mto feliz por tirar uma foto e conversa um pouco com a

Banda se prepara para a gravação do novo clipe

gente. Se é possível fazer isso, pq a gente não faria? Feeling: Os vídeos da Tópaz costumam ser muito acessados; além de muito bem feitos. Quem cuida desta parte de videoclipes na Tópaz? A banda mesmo procura cuidar do processo que envolve as gravações ou já existe uma equipe que cuida disto? Fly: Eu sou formado em produção audiovisual e o Gigante também trabalhou um tempo com isso. Mas a verdade é que todos nós realmente gostamos disso. Passamos mais tempo falando sobre filmes do que sobre música. Também temos amigos super talentosos que trabalham com a gente. O Edson Gandolfi é um cara que estudava comigo na faculdade e dirigimos juntos todos os últimos clipes da banda. Hoje ele já é um dos principais nomes que trabalham com isso no Rio Grande do Sul. É legal demais ver gente que trabalha com a gente crescendo junto também. Feeling: Quais são as referências musicais da Tópaz? Quais bandas, músicos e cantores os inspiram? Fly: Cada um na banda escuta coisas muito diferentes. Temos pouquíssimos artistas que os 4 gostam. Até por isso, quase nunca tocamos covers. Dear Hunter e The National são as duas bandas que consigo me lembrar agora que poderiam entrar num lista de “A Tópaz INTEIRA gosta”. Feeling: É um caminho natural que uma banda que não esteja no sudeste – acabar por se mudar para São Paulo? Fly: Estamos indo aos poucos. É um planejamento a médio prazo e tem dado muito certo. Cada vez que vamos pra São Paulo, o show está mais lotado. Feeling | JULHO | 17


Primeira apresentação nacional da banda no palco do Altas Horas

Nova formação conta com uma mulher no baixo

Vida pós Charlie Brow Após a morte do vocalista, grupo tenta voltar ao mercado com outro nome

N

unca saberemos quando e em qual circunstância se dará, mas em certos momentos da vida a estrada bifurca.O quando foi há quase dois meses. O como, por meio de uma perda irreparável. Dois caminhos se apresentaram: rumo ao fundo do poço (tudo estaria terminado de vez) ou à luz. O quarteto optou por este, convidou uma mulher para também trilá-lho e criou a banda A Banca, que terá duas fundamentais missões: preservar o legado, a herança deixada por Chorão e a banda Charlie Brown Jr., e sedimentar sua própria identidade no cenário do rock nacional. Nesta entrevista, no belo entardecer 18 | JULHO | Feeling

de Santos (onde o quinteto nasceu), Champignon (vocal), Marcão (guitarra), Thiago (guitarra), Bruno (bateria) e Lena (baixo) falam sobre a estrada à frente. Em algum momento, horas depois da morte do Chorão, vocês pensaram em desistir? (Thiago) É um baque tão grande! É como perder o irmão. De repente o cara não está mais ali. Foi igual com todos. Não pensávamos direito em nada. A única decisão unânime foi a de que não existe Charlie Brown Jr. sem o Chorão. Somos músicos, é isso o que sabemos fazer. Além disso, há 25 famílias que dependem diretamente do que fazemos. Feeling: Por que o nome A Banca?

Bruno: É uma gíria que identifica a turma. Somos a galera do Chorão. A ideia foi do Champignon. E como homenagem ao nosso amigo vamos fazer, até o final do ano, a turnê Chorão Eterno. Começa em maio, vamos tocar em Lorena, Rio Claro e no programa Estação Globo. Há outros convites, mas vamos aos poucos. Feeling: Será repertório da Charlie Brown Jr. ou da A Banca? Bruno: Em breve sairá o disco La Família 013 (família todos sabem o que é e 13 é o prefixo de Santos), com faixas inéditas escritas pelo Chorão, que tem como música de trabalho Meu Novo Mundo, que vai virar videoclipe. O Xande (Alexandre Abrão),

filho dele, continua com a gente. Ele é o nosso fotógrafo, faz faculdade de cinema e é responsável pelo material audiovisual de divulgação da banda. Thiago: Vamos também mostrar algumas música da A Banca para que as pessoas conheçam esse novo trabalho, essa nova fase que se inicia. Feeling: Como é entrar para o Clube do Bolinha? Eles deixam você falar ou rola um “nada de sentar a janelinha”? Lena: Muito legal. Somos todos amigos. Eles escutam sim, dou minhas opiniões. E o mais legal é que muita gente daria tudo para estar ao lado deles por um minuto, até para uma simples foto, e eu fico com eles boa parte do tempo. Digo isso porque sempre fui fã dos caras. Feeling: Como é ter uma mulher na banda que só tinha homens? Marcão: Normal. Ela trouxe essa energia, essa leveza feminina, que é muito legal. Champignon: Eu conhecia a Lena da noite,

sempre gostei do trabalho dela, mas pensava: nunca vou poder ter essa baixista em minha banda. Desde o primeiro ensaio rolou a maior química entre todos. Cara, ela tem o dedo pesado. Feeling: Não deu uma pontada de ciúme? Ela agora é a baixista. Como é assumir o vocal? Champignon: Um enorme desafio. Mas não dava para fazer as duas coisas ao mesmo tempo, e como ela é uma excelente baixista, está em boas mãos. Marcão: Ele está sendo muito corajoso para largar a posição confortável de apenas tocar um instrumento para ser o cara da frente. Você não teme comparações com Chorão? Champignon: Ele criou uma linguagem, tinha seu estilo. Depois que eu saí da Charlie Brown Jr., na banda Revoluções eu cantava. Na volta, eu cantei solo em uma faixa de um dos nossos discos e cantei junto com o

Chorão em shows. Eu tinha 12 anos quando o conheci, aprendi e absorvi muita coisa, mas cada um é um. Claro, no início, vai ter isso (de comparação), mas não me preocupo. E nada que o tempo não vá ajeitar. Feeling: O Chorão fazia todas as letras. Quem assume? Bruno: O Champignon, o Thiago e a Lena escrevem letras e a banda já tem algumas composições. O Chorão deixou alguns textos, pedaços de letras, coisas escritas que o Xande tem nos mostrado. Os três poderão completar o que falta. É uma possibilidade. Muito se fala da personalidade do Chorão: briguento e amável… O que ele deixou a vocês além de letras? Thiago: Todos nós aprendemos muito com ele. Principalmente que se deve sempre acreditar. Que devemos fazer o nosso máximo. Quando o pai dele morreu, e foi o que mais o deixou abalado, duas semanas depoi s ele estava na estrada com a gente. Era um batalhador. Feeling | JULHO | 19


5) Camiseta de banda Em qualquer show de rock, não importa o estilo, lá estão elas, mostrando a preferência musical. A peça que ganhou status de rebelde ainda nos anos 1950, virou item do guardaroupa roqueiro com as estampas de símbolos e nomes de bandas. Hoje são usadas por modernos, sejam do mundo da música ou não. 6) Coturno ou bota A peça, tirada do uniforme militar, virou mais um item do look rebelde dos roqueiros. Até hoje faz parte do figurino de cantoras como a baiana Pitty, que usa o acessório até com microssaias. 7) Jaqueta de couro O modelo Perfecto, aquela que tem fechamento cruzado na frente com zíper, anda por aí desde a década de 1950. Não foram os roqueiros que a lançaram para a fama, mas sim o cinema, quando Marlon Brando, na pele de um motoqueiro, usava a peça com jeans e camiseta branca em O Selvagem (1954).

A dupla que conquistou o Brasil

8) Metais A jaqueta de couro e outros acessórios no material ganharam tachas de metais que ajudaram a reforçar o visual dos roqueiros. Até hoje, cintos com tachas figuram entre as coleções e são imediatamente associados ao gênero musical.

Carisma, simplicidade e jovialidade são os segredos da dupla

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epois de uma turnê por Portugal, a dupla Claus e Vanessa chegou ao Rio Grande do Sul, em fevereiro, lançando seu primeiro DVD ao vivo - e o terceiro CD - e agora vem a Novo Hamburgo para a inauguração da nova pista da Velfarre, no sábado. A agenda dos dois anda bem corrida. É show aqui, entrevista ali, mas, sem perder o pique, eles já estão com a cabeça no quarto disco. “2012 será um ano para colher os frutos do trabalho que a gente plantou. O DVD está sendo lançado agora, mas está mastigado para nós. Já temos repertório escolhido para o próximo”, comenta Vanessa. No ano passado, a dupla lotou a Save Club, em Portão, para a gravação de Claus e Vanessa - Ao Vivo, que contou com a participação da cantora portuguesa Ana Free e do grupo SevenLox. O álbum traz uma versão em inglês para o sucesso Medo de Amar, que ganhou o nome Summer Love e chegou a virar hit do verão europeu em 2011. Outros destaques são A Fonte Secou, composta por Serginho Moah (Papas da Língua), Amor se Você For Embora, Cai a Chuva e Teu Cheiro. Uma mistura de pop, reggae, rock e batidas eletrônicas que vemdando certo e ultrapassando fronteiras. A dupla Claus e Vanessa esteve na redação da Feeling para um bate-papo que 20 | JULHO | Feeling

rendeu a entrevista que você confere agora: Feeling: Como foi a turnê em Portugal? Vanessa: Foi uma semana de muito trabalho, divulgando o DVD ao vivo, lançado pela Vidisco. Claus: Também divulgamos nossa nova música de trabalho por lá, Amor se Você for Embora. Já tínhamos ido pra Portugal no meio do ano passado, para divulgar a música Summer Love, com a Ana Free, que é uma cantora bem conhecida no país. Feeling: O que a gravação do DVD ao vivo representa para a carreira da dupla? Vanessa: Foi a realização de um sonho, que marcou o final de um ciclo de 10 anos na nossa história, contando o que aconteceu e onde a gente já chegou com esse trabalho. Foi uma estrutura legal, desde o lugar que a gente escolheu até a preparação do Heron Domingues, que dirigiu o DVD do Rappa na Rocinha. Uma estrutura linda mesmo, desde a escolha do repertório até o público. Feeling: E como foi decidir esse repertório? Claus: Todas as músicas marcantes entraram. Mas ainda ficou alguma coisa de fora, até porque esse é o primeiro resumo de Claus e Vanessa. Também entrou duas inéditas: Summer Love (versão de Medo de Amar) e Vale a Pena. Feeling: No DVD vocês fazem parceria

com Ana Free e SevenLox. Com quem mais planejam cantar? Vanessa: Marisa Monte! Não dá pra sonhar pequeno, né? Eu canto por causa dela. Feeling: No começo da carreira, vocês tinham um som e até um visual mais praiano, agora as músicas têm uma batida mais eletrônica. O que influenciou essa mudança? Claus: É uma evolução natural.

10 itens que não podem faltar no guarda-roupa de um 1) Acessórios

3) Cabeleira

Roqueiro que é roqueiro preza o uso de acessórios. Não é preciso mais do que um bracelete de couro para indicar que o rock vive na alma de alguém. Muitas pulseiras, colares, brincos grandões. Mas nada delicado. Melhor os prateados e que lembram correntes. Cintos e óculos escuros completam o look.

Apesar de não estar mais em alta, a vasta cabeleira, principalmente para os homens, ajudou a consolidar o visual roqueiro. Os críticos mais radicais afirmam, inclusive, que muitos músicos fizeram fama às custas das suas madeixas. O vocalista da banda Skid Row, Sebastian Bach, era chamado de Barbie por alguns colegas, devido ao longo cabelo loiro, que mantém até hoje.

2) Bandana Outro item que ajuda a reconhecer os roqueiros. Axl Rose ajudou a popularizar a peça. Muitos dizem que ele usava na cabeça para esconder sua calvície. Nos anos 90, a bandana preta com estampa de caveiras foi muito popular.

4) Calça justa De couro ou outro material bem justo, como o jeans, ficaram populares nos anos 1990 com as bandas chamadas de poser, que adotavam visual bem chamativo, e conquistaram milhares de fãs.

9) Preto A cor associada ao luto foi imediatamente adotada pelos roqueiros para simbolizar sua ligação com o lado oculto, a morte e as criaturas fantásticas. Além disso, ajudou a reforçar a sensualidade que sempre esteve associada o gênero. «O negro e a escuridão parecem elementos necessários à fantasia de que o mal é sexy», escreveu John Harvey no livro Homens de Preto (2004). 10) Roupas rasgadas e desfiadas Herança dos punks, as roupas rasgadas vestiram músicos de todos os gêneros. As mulheres ajudaram a popularizar. Além do jeans e das camisetas puídas, as meias-calças ou peças transparentes também ganharam novo visual rasgadas.

não perca: Na próxima edição você vai conferir os 10 itens que não podem faltar no guarda-roupa de um funkeiro. Feeling | JULHO | 21




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