Revista Primer #1

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LUXO | ESTILO | ATUALIDADE | SAúde | tendências | Cultura | comportamento Revista dirigida aos profissionais da saúde

Edição 1 | Ano 1 | Nov/Dez 2012

2012:

O fim ou recomeço? 21 de dezembro vai responder à pergunta vital

espumantes Um convite à celebração

Primer Science Asma em pacientes pediÁtricos

PERFIL um olhar social





editorial

Primer. A única revista de luxo que alia informação científica, consumo, comportamento, cultura e sofisticação.

Como sabemos, os leitores da PRIMER têm na administração do tempo o seu maior desafio e é, por isso, que a nossa vocação é divulgar informação de qualidade. A cada edição propomos uma imersão no universo do luxo, da ciência e do comportamento. Aproveitando o balanço comum às celebrações de final de ano convidamos você à reflexão: a matéria de capa foca a necessidade da humanidade em prever o futuro e, ao mesmo tempo, celebrar as nossas conquistas diárias. No Perfil, o Dr. Marcelo Cunha nos fala sobre solidariedade, a importância da família e o papel dos médicos como formadores de opinião. O Primer Science apresenta um artigo sobre o tratamento da asma em pacientes pediátricos que tem, entre os seus autores, os especialistas Dra. Cristina Jacob e Dr. Antonio Carlos Pastorino. Complementando, selecionamos opções de lazer sofisticadas e artigos de luxo que instigam os nossos desejos.

Uma ótima leitura, saúde e sucesso em 2013!

Fabio Lifschitz

Publisher



COR: BLACK C0% M0% Y0% K100%

Publisher

COR: GOLD C0% M32% Y100% K30%

Fabio Lifschitz | fabio@revistaprimer.com.br

Diretor

COR: GOLD C0% M0% Y0% K25%

Edição 1 | Ano 1 | Nov/Dez 2012 www.revistaprimer.com.br

Acyr J. Teixeira

Administração e Finanças Arnaldo L. C. Mattos - Milson Rodrigues

REDAÇÃO Editora Chefe

COR: WHITE C0% M0% Y0% K0%

Adriana do Amaral | adriana@revistaprimer.com.br (Mtb. 16447)

Jornalismo Flávia Vieira | Marcelo Alcantra

Assistente de Redação Pedro Guimarães

Revisão Geral Antonio Palma

ARTE Criação Just bc

Designer Lecco Tamura

Assistente de Arte Renata Ishida

Diagramação e Arte Final Gustavo Santos

Fotografia Guilherme Leandro Silva | Rubens Gazeta | Cris Berger

CONTATO Atendimento ao leitor contato@revistaprimer.com.br

Imprensa press@revistaprimer.com.br âmbito | Tel.: +55 11 4108-7645 | Revista Primer Just bc | Tel.: +55 11 4304-0817 Endereço para correspondência: Av. Dr. Cardoso de Melo, 817, Vila Olímpia CEP 040548-003 | São Paulo/SP | Brasil

Periodicidade: bimestral Tiragem: 50.300 exemplares Impressão e Acabamento: Prol Editora Gráfica

A Revista Primer é uma publicação pertencente à Editora Esfera e Propaganda Ltda. A Revista Primer somente é distribuída somente por meio de assinaturas e mailing exclusivo direcionados aos profissionais da saúde em todo o território nacional, conforme aprovação e autorização outorgada nº 42.861, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A editora e seus anunciantes não se responsabilizam caso haja dispersão da revista após a sua entrega destinada ao profissionais da saúde. As informações da Revista Primer foram checadas cuidadosamente. No entanto, alguns detalhes são passíveis de alterações. A Revista Primer não se responsabiliza por eventuais mudanças de endereço, telefone e demais informações dos estabelecimentos e serviços citados nesta publicação. Recomendamos que informações adicionais sejam consultadas diretamente nos sites dos estabelecimentos ou com o concierge do hotel em que estiver hospedado. Reservados todos os direitos dessa obra. Publicado sob licença de Editora Esfera. Proibida toda e qualquer reprodução desta edição por qualquer meio ou forma, seja eletrônica, mecânica, fotocópia, gravação ou qualquer modo de reprodução, sem permissão expressa da Editora, por papel timbrado. Revista idealizada em 2010. Copyright © 2012 | Editora Esfera.


sumário Gourmet Espumantes um convite à celebração

PERFIL Um olhar social

ESPECIAL 21 de dezembro vai responder à pergunta vital

TURISMO Egito, mistério e civilização

Hospedagem Biltmore Hotel, Maksoud Plaza e spa levitate

cuide-se saúde e beleza

primer science ASMA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS

11 14 20 26 32 35 37


TIPOGRAFIA Nome: REVISTA Letra: R Fonte: Gilde Modificada (No Stroke) Letras: E-V-I-S-T-A Fonte: Times (No Stroke) Nome: PRIMER Fonte: Gilde Modifica (No Stroke)

COR: PRETO C0% M0% Y0% K100%

COR: OURO C2% M30% Y100% K25%

COR: PRATA C0% M0% Y0% K25%

COR: BRANCO C0% M0% Y0% K0%

52 54 56 58 60 64 66

JOIAS DETALHES QUE FAZEM A DIFERENÇA

Pulso Firme Relógios E CanEtAs indispensáveis

Colecionador Objeto de desejo

brinquedos de luxo Permitido para adultos

cultura e Entretenimento ler, ver, ouvir e se emocionar

ARTE futebol pela paz

ponto de vista o que é luxo?


S A B O R E S I N I G UA L Á V E I S

Não são apenas doces Uma Clássica e deliciosa tradição Para preservar todo o sabor as especialidades CRISTALLO, desde 1953, são preparadas diariamente de forma artesanal, com ingredientes selecionados e sem o uso de conservantes,

movi.com.br

tudo para satisfazer o seu paladar com um sabor sem igual.

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WWW.CRISTALLO.COM.BR

Imagens ilustrativas.

SÃO DOCES CRISTALLO


gourmet

ESPUMANTEs: um convite À celebraçÃO Foto: Cris Berger

Algumas marcas se tornam referência tal que se confundem com os produtos. Este é o caso do champanhe, ou champanha, um vinho espumante francês exclusivo da região de Champagne. No Brasil é sinônimo de espumante e o Estado do Rio Grande do Sul é conhecido Lucindo Copat – enólogo, diretor técnico Salton

pelas boas safras de uvas, espumantes e vinhos.

Para os leigos, é comum confundir champanhe, espumante, prosecco e frisante, mas o enólogo Lucindo Copat, que há 30 anos é responsável pela qualidade Salton, como diretor técnico, esclarece que todas essas bebidas são espumantes e que diferem, apenas, pela variedade da uva utilizada, a principal matéria-prima. Determinante, contudo, é a pressão. O champanhe tem a pressão mais elevada (menos ou mais gás), acima de 3,5 quilos e o espumante acima de quatro, geralmente em torno de 5,5. Os vinhos de mesa são considerados tranquilos (sem pressão) e é justamente a pressão que causa as bolhas do espumante e faz a rolha estourar, quando a garrafa é aberta.

a magia das bolhas Celebrados na ficção e na vida real, os espumantes, servidos em ocasiões especiais, de acordo com Lucindo, combinam com tudo e podem até mesmo ser saboreados com churrasco. Ele ressalta que podem ser servidos rotineiramente, como entrada. Durante as refeições é preferível beber das diferentes versões dos vinhos convencionais. “O espumante é festivo pelo ruído que remete à bombinha, pelas bolhas e pelo sabor. Devemos brindar a reunião das pessoas, dos amigos, da família. O ato de olharmos nos olhos do outro e dizer saúde é uma celebração.”

O criador dos vinhos Salton garante que a produção nacional , embora numericamente menor do que a mundial, em consequência do baixo consumo, é de altíssima qualidade. Ele explica que as leis brasileiras que regulam a fabricação são semelhantes às internacionais e o produto nacional vem ganhando o mercado internacional. “Temos de quebrar o paradigma de que o vinho estrangeiro é melhor do que o brasileiro”, atesta o especialista, que, ainda colegial, estudou na única escola técnica do segmento, em Bento Gonçalves e depois correu mundo, estudando na Argentina, Alemanha, França e como professor na Espanha. O brasileiro bebe, em média, apenas 110 ml per capita/ano, somando 198 milhões de garrafas de vinho e espumante. Comparativamente, o povo francês bebe três vezes mais, consumindo 600 milhões de garrafas. Primer 11


Quando os americanos entraram no mercado, há 30, 40 anos atrás, com a plantação das vinhas Da Califórnia, os benefícios antioxidantes da bebida, rica em flavonÓides e otocianos, foram comprovados cientificamente por meio de milhares de trabalhos científicos

OS BENEFÍCIOS DO VINHO PARA SAÚDE

O verdadeiro vinho não leva conservantes nem aromatizantes no processo de fabricação, apenas uvas e o aditivo I NS 220 Dióxido de enxofre, exigido por lei. Alguns deles levam açúcar, para amenizar o sabor (sem açúcar, Nature; abaixo de 15 gramas, Brut; entre 15 e 60 gramas, Meio Doce; e acima disso, Doce), mas o vinho de qualidade não tem água. “O vinho resulta da síntese da natureza, quando todos os componentes da fruta são aproveitados após a uva ser esmagada e fermentada”... ressalta Lucindo, confirmando a sabedoria popular que diz que

beber um cálice de vinho durante as refeições faz bem à saúde. “ Q u a n d o o s a m e r i ca n o s e n traram no mercado , há 3 0 , 4 0 anos atrás, com a plantação das vinhas da Califórnia, os benefícios antioxidantes da bebida, rica em f l a vo n ó i d e s e oto ci a n o s , f o ra m comprovados cientificamente por meio de milhares de trabalhos c i e nt í f i c o s ”. F i n a l iza l e m b ra n d o que o brasileiro bebe pouco vin h o p o r q u estõ es cu ltu ra is , mas que aprender a beber vinho com qualidade é apenas uma questão de experiência, já que o paladar se aprimora com o hábito.

Conselhos PRIMER ­­• A espumante ou vinho podem ser consumidos até o final, mesmo após abertos. Se sobrar, feche e guarde na geladeira. Ele apenas vai perder um pouco do aroma; • O vinho simples e mais acessível, a partir da variedade de uvas Izabel, é ideal para uso culinário, de pratos doces e salgados; • Vinho é uma bebida alcoólica exclusiva para adultos, mas para as crianças não sentirem vontade, o ideal é fazer a famosa sangria, com um pouquinho de vinho misturado com água e açúcar.

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O vinho resulta da síntese da natureza, quando todos os componentes da fruta são aproveitados após a uva ser esmagada e fermentada


Vinícula Salton

Vinícola Salton: Ajudando a escrever a história do vinho Nacional Empresa familiar, 100% nacional e com 110 anos, a Vinícola Salton responde por 40% da produção brasileira, entre espumantes e vinhos. Liderando o mercado exportador, a empresa vem provando que a bebida nacional tem qualidade internacional pelos prêmios que se acumulam. A Salton também promove a inclusão social e econômica, através da agricultura familiar. Toda a uva utilizada é cultivada em terras gaúchas por 600 famílias.

um passeio muito saboroso Cerca de cem mil visitantes por ano participam dos programas de visitação, coordenados por enólogos e profissionais de turismo

Se passear pelas terras gaúchas já é uma experiência singular, pelo seu traçado que inclui serras, praias, campos e um povo agregador, que mantém as tradições de seus antepassados colonizadores ao mesmo tempo em que fomenta a vanguarda cultural, e visitar Bento Gonçalves sem conhecer a Vinícola Salton seria desperdiçar uma chance singular. Além de sentir o aroma peculiar, o visitante terá a experiência ímpar de acompanhar o processo produtivo, incluindo recebimento, elaboração, engarrafamento e amadurecimento dos produtos. Nas paredes, pinturas de artistas da região retratam os momentos históricos do mundo do vinho, no Brasil.

Cerca de cem mil visitantes por ano participam de programas de visitação, coordenados por enólogos e profissionais de turismo. Passeio que não poderia deixar de incluir a degustação, é claro.

Visitação A cada meia hora, de 2ª a 6ª feira, das 8h30min às 16h30min. Dispensa agendamento prévio, o que é exclusivo para almoços e cursos. Serviço Rua Mário Salton, 300 – Distrito de Tuiuty Bento Gonçalves/RS. Tel.: 54 2105-1000 www.salton.com.br

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médico nem “Osempre cura, mas sempre conforta ” (frase do pai, Dr. Rubem Cunha)

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PERFIL Dr. Rubem Cunha

UM OLHAR Social Foto: Rubens Gazeta | Texto: Adriana do Amaral

Filho, pai e avô de médicos, o Dr. Rubem Cunha direcionou a sua vida na promoção da boa visão, mas talvez o seu legado mais importante tenha sido o seu olhar cidadão. Para ele, o bem do outro era o seu bem, o que motivou o primogênito Marcelo e sua nora Rosana a criarem a fundação que leva o seu nome. Ao mesmo tempo uma homenagem e um compromisso que deve ser mantido pelas futuras gerações, como as filhas do casal, a residente Laura e a estudante de medicina Ana Luiza. Para a Primer, dispor do próprio tempo para fazer o bem, principalmente doando a expertise da sua atividade-fim é um exemplo para todos os profissionais.

Quando entramos na “Clínica Oftalmológica Dr. Moacir Cunha” percebemos um misto de modernidade e tradição, onde uma história de 62 anos (desde a sua fundação) se renova há três gerações, sem perder a marca original. É durante a conversa com o oftalmologista Marcelo Cunha, entretanto, que sentimos que ele parece ter nascido para ser médico. Fazendo da prática médica um sacerdócio, onde a atenção e o cuidado extrapolam para a inserção social, o Dr. Marcelo criou a “Fundação Oftalmológica Dr. Rubem Cunha”, no mesmo ano da morte do pai, em 1993, ao lado da esposa, a oftalmopediatra Dra. Rosana Cunha. A estrutura da clínica, além do consultório montado dentro da APAE, em São Paulo, se abre para aqueles que têm problemas visuais e não podem custear os tratamentos.

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A essência do médico é a doação “O médico nem sempre cura , mas sempre conforta”. A frase do pai, Rubem tornou-se um mantra para o Dr. Marcelo, que desde adolescente esteve ligado às causas sociais e, adulto, transformou num agente agregador, somando esforços para a promoção da saúde oftalmológica da população. Mesmo após realizar 30

cirurgias num único dia, ele ainda tem energia para ligar para pacientes e pensar e refletir sobre os casos clínicos. Citando um provérbio hindu, ele avisa que piedade não é chorar junto de quem sofre e sim usar as próprias forças para tirar o outro da situação ruim. “O meu grande prazer é ajudar as pessoas, mas a doação tem de ser proativa”.

A Fundação é a nossa maneira de devolver para São Paulo um pouco do que a cidade nos deu em todas essas décadas, trabalhando na nossa área

Generoso, ele ressalta que a maioria dos médicos é solidária no exercício da profissão, apesar de alertar que muitos se esqueceram de que têm uma posição na sociedade que vai muito mais do que a aparência, mas exige postura e tem de estar alicerçada na credibilidade. “São muitas as variáveis entre um procedimento dar certo ou errado, mas o grande fracasso da profissão é a perda da confiança. Temos de estar ao lado do Primer 16

doente, acompanhando-o na cura ou não”. O profissional com perfil humanista, explica, não tem de fazer esforços, pois bastam poucos minutos de conversa, um olhar ou aperto de mão para conquistar o outro. “Quando eu me formei e fui trabalhar com a minha família eu ficava encantado com a capacidade afetiva com que meu pai, avô e tio tratavam os pacientes. Para eles, o dinheiro não era o fim, mas a terapêutica”.


FUndação Oftalmológica Dr. RubeM Cunha: inserção a partir da boa visão O que diferencia a FUNOF é que é a única instituição que cuida de pacientes que enxergam, apesar de apresentarem patologias que comprometem a visão. E o foco principal são as crianças e idosos, justamente as faixas etárias onde é possível reverter as doenças oculares e promover a qualidade visual. Tudo começou quando o casal foi convidado

para cuidar de crianças com Síndrome de Down atendidas pela APAE de São Paulo. “Quando perguntei quantas seriam , fui informado que eram 300”, conta o Dr. Marcelo, bem-humorado. Como a Dra. Rosana Cunha é especialista no atendimento infantil e de pacientes especiais, os dois arregaçaram as mangas e puseram as próprias mãos na massa.

Dra. Rosana Cunha, especialista no atendimento infantil e de pacientes especiais

Viabilizando e Contabilizando a Boa Visão: No decorrer de 2011 a Fundof somou:

50

Profissionais envolvidos diretamente (médicos, ortoptistas e equipe de apoio);

2.934

Atendimentos;

273

Encaminhamentos nas instituições;

461

Consultas;

345

Exames realizados na Clínica Moacir Cunha;

73

Cirurgias realizadas.

Doações, parcerias, voluntariado e demais informações pelo site: www.fundof.org.br

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Se alguém é vitorioso é porque outros acreditam nele. A minha família está posicionada e consolidada por quatro gerações de oftalmologistas

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Em 2011, a Fundação realizou 3.760 consultas e 73 cirurgias, beneficiando pacientes oriundos de 27 instituições de amparo. Os projetos “Novo Olhar” (assistência para as crianças especiais), “Boa Visão Boa Educação” (preventivo para pré-escolares) e “Catarata” (atendimento aos idosos) recebem pacientes encaminhados e a população que busca ajuda espontaneamente, através do site. Com assistência médica prestada pelos profissionais da “Clínica de Olhos Dr. Moacir Cunha”, parte dos recursos é subsidiada através de doações de empresas e sociedade civil. Os médicos também promovem eventos sociais, esportivos e sociais beneficentes, como o jantar realizado em 20 de setembro, que viabilizará a realização de 100 cirurgias de catarata. “Se alguém é vitorioso é porque outros acreditam nele. A minha família está posicionada e consolidada por quatro gerações de oftalmologistas. A Fundação é a nossa maneira de devolver para São Paulo um pouco do que a cidade nos deu em todas essas décadas, trabalhando na nossa área”.

Diagnosticar é fundamental

O problema de saúde tem de ser identificado par a ser revertido ou não se agr avar, comprometendo a acuidade principalmente se há histórico familiar;

Adolescência Em todos os casos de dificuldade no aprendizado, para descartar problemas de visão; Adulta A partir dos 40 anos investigar a possibilidade de presbiopia (vista cansada) e controle da pressão ocular, que pode provocar o glaucoma; Terceira idade Após os 60 anos é necessário controlar as degenerações da retina (mácula) e o aparecimento de catarata.

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especial

21 de dezembro de 2012 vai responder à pergunta vital:

o mundo está ou não prestes a acabar?

O que a ciência não explica, o esoterismo, as religiões, as crendices e as bizarrices alardeiam. Há previsões para todos os gostos e desgostos. E explicações e/ou desmentidos para todas elas. Do aquecimento global, que derreteria as geleiras ao efeito estufa, que superaqueceria a Terra; o Dia do Juízo Final, quando Deus separaria o “joio do trigo” à invasão alienígena, que causaria a extinção da vida terrestre.

Se no final de 2011 cientistas e esotéricos questionavam ou debatiam a veracidade das previsões catastróficas que anunciavam o fim do mundo no ano seguinte, parece que a “normalidade” no decorrer de 2012 aquietou as expectativas e a humanidade preferiu pagar para ver se o mundo vai acabar ou não. Apesar de algumas comunidades estarem se preparando para a data, a maioria de nós não construiu abrigos atômicos, naves e arcas especiais ou providenciou estoques de água e comida...

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Não podemos negar que muitas tragédias estão acontecendo no planeta Terra, mas é muito fácil afirmar quem são os VERDADEIROS vilões:

nós mesmos Calendário Maia

O mundo se transforma o tempo todo

A ideia principal dessa história de fim do mundo originou-se de interpretações do calendário Maia, que divide a existência terrestre em ciclos (ou eras). Em 21 de dezembro de 2012 acontece justamente o final de quinto ciclo. A análise dessa data é controversa. Os otimistas acreditam ser apenas o final de um ciclo e recomeço de outro, enquanto os pessimistas que determinaria a destruição causada pelo alinhamento astronômico, quando o sol do solstício se alinharia com o centro da nossa galáxia. A descoberta de outro calendário Maia por pesquisadores norte-americanos, no dia 10 de maio de 2012, trouxe novos questionamentos aos debates. Nesse novo calendário consta um número maior de ciclos, 17 “baktun” ao invés dos 13 “baktun” originais. O arqueólogo-chefe da expedição e escavação no sítio Xultún, na Guatemala, William Saturno (Universidade de Boston) garantiu, após a descoberta, que o mundo não vai acabar em 2012. Melhor ainda: nem nos próximos sete mil anos.

As previsões catastróficas, contudo, vão muito além das tentativas de entender o legado deixado pelo povo maia. Em 2008, por exemplo, os círculos nas plantações (Crop Circle) também teriam indicado que o fim estaria próximo, no ano de 2012; assim como a passagem de um planeta desconhecido ou mesmo a entrada de um asteroide na rota de colisão com a Terra. Quem não se lembra das previsões do “Bug do Milênio”, que alarmou o mundo ao precisar que na virada do século XXI os computadores não reconheceriam a mudança dos dígitos e sucumbiriam, gerando o caos tecnológico? Na ocasião, muitos especialistas em informática comemoraram o ano novo nos escritórios, de plantão. Os aficionados pelas previsões de Nostradamus, religiosos tibetanos, índios americanos, sábios hindus e até mesmo religiosos de diferentes crenças sugerem que um grande evento estaria por acontecer no decorrer de 2012. Cada um com sua crença e teses.

O poder do Sol e da Guerra Os “vilões” preferidos são o Sol e a Guerra Atômica, que realmente seriam capazes de extinguir a vida na Terra. Ou, pelo menos, modificaria o planeta radicalmente. A pergunta continua: quem será o algoz da humanidade e quando iremos sucumbir? Uma coisa é certa. Se o mundo não está acabando, o planeta Terra está passando por mudanças importantes. Espécies estão se extinguindo, a tecnologia mudando as rotinas da humanidade, as catástrofes naturais ou provocadas pelo homem interferindo na natureza. Por outro lado, a raça humana está vivendo mais e o conhecimento científico parece não ter limites.

Os verdadeiros vilões Não podemos negar que muitas tragédias estão acontecendo no planeta Terra, mas é muito fácil afirmar quem são os vilões: nós mesmos. Os tsunames, as guerras, as diferenças sociais, a pobreza, a violência, a falta de saneamento, promoção da saúde, justiça social matam milhões de pessoas. Para cada uma delas, vítimas do descaso ou acaso, o fim do mundo já aconteceu. Vivemos, hoje, ao mesmo tempo protegidos entre muros e conectados com todo o mundo. Temos medo do estranho que passa ao lado, mas nos abrimos aos amigos virtuais. Relacionamo-nos pessoalmente cada vez menos, enquanto multiplicamos relações à distância. Felizmente, a cada ano que se inicia podemos aprender com o que se findou e mudar o rumo da história. Apenas a raça humana tem a capacidade de tornar o nosso mundo melhor. Dure ele o quanto durar.

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Teorias e mais teorias. A cada descoberta, uma nova pergunta: A ciência busca no passado o conhecimento que gerará perguntas no presente e respostas no futuro. A seguir, teorias científicas selecionadas pela Revista Primer para assustar, divertir ou instigar novos debates:

Teoria do Big Bang O universo teria sido criado há aproximadamente 13,7 bilhões de anos, mas esse número não é absoluto e a margem de erro é de 20 0 milhões de anos. Segundo a Teoria, anunciada em 1948 pelo cientista russo George Gamow e o padre Belga Georges Lemaitre, o universo teria se originado a partir de uma grande explosão cósmica, o Big Bang. Essa grande libertação de energia teria criado o espaço-tempo.

Teoria do Caos Previsões são possíveis, impossível é acertá–las. Pois a Teoria do Caos afirma algo mais ou menos assim, ao tentar explicar que os fenômenos que acreditamos serem aleatórios são previsíveis ou que algo insignificante pode ocasionar fenômenos imprevisíveis.

Teoria do Mundo Pequeno Os defensores da Teoria do Mundo Pequeno acreditam que basta manter uma rede de contato formada por seis pessoas para que a gente conheça o mundo todo. Ou alguém que conheça alguém, que conheça alguém... Dentre as aplicações práticas da teoria, acredita-se que ela seria útil na área da Saúde ao viabilizar a identificação, num universo limitado de pessoas conectadas, de potenciais disseminadores de doenças, evitando-se assim o surgimento de pandemia.

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ENTREVISTA Para a Psicoterapeuta Nelma Rosa Bittencourt é preciso celebrar tanto o ano que passou quanto o que recomeça. Aprender com a dor e transformá-la em amor. Sobretudo, estar sempre preparado para o renascimento.

Psicoterapeuta Nelma Rosa Bittencourt

P: Como devemos nos preparar para o ano novo, para trazer a energia boa para as nossas vidas?

Primer: O que significa para a sociedade ocidental o ano novo, celebrado a partir do calendário solar?

N: Amparados pelas vivências antigas nos prepararmos para o novo.

Nelma: O ano novo representa comemoração, compartilhamento e renascimento. Uma nova vida.

P: E quanto às expectativas negativas para o final de 2012?

P: Ao mesmo tempo estamos nos despedindo... N: Também devemos celebrar o ano que acaba, pois nele realizamos projetos e passamos por vivências, dolorosas ou não, que nos trazem experiências, conhecimento e discernimento.

N: Eu acredito que 2012 está registrado no calendário maia como o final de um ciclo. Se olharmos em nossa volta, as mudanças estão acontecendo em todo o planeta, naturais ou comportamentais. É um período de adaptação e o homem tem a habilidade de se adaptar.

P: Temos a tendência de contabilizar mais as

P: Por que valorizamos tanto o negativo?

perdas do que ganhos, por quê?

N: O feio é sempre melhor que o belo e somos mais ouvidos quando relatamos algo ruim do que bom. Aprendemos assim. O homem também tem uma tendência a temer e pensa que tem medo de olhar para o escuro, quando na verdade teme a luz.

N: Valorizar a dor é inerente ao ser humano. Mas a função desse sentimento é nos transportar para a outra fase, que é o amor. Se vivenciarmos e aproveitarmos o aprendizado que vem com a dor, viveremos a expansão e a alegria.

P: Não devemos temer o desconhecido? P: A maioria das religiões celebra Natal e o mundo o réveillon, somando o religioso e o profano. Explique.

N: Não, pois representa uma oportunidade. Temos de estar abertos ao renascimento.

N: O Natal representa a espiritualidade do homem, mesmo que seja em crenças ou dogmas diferentes, trazendo uma energia contagiante. Os arquétipos como a árvore de Natal, o Papai Noel, a ceia, os sons da festa e os presentes representam fartura, comunhão, independentemente dos valores.

P: Especialmente para os profissionais de saúde que durante as festas vão conviver com a dor física do outro, qual o seu conselho?

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N: Que procurem passar o máximo de fé e esperança para os que sofrem e estão sob os cuidados deles, numa troca positiva.


Adeus ano velho, feliz ano novo, que tudo se realize no ano que vai nascer... A virada do ano suscita emoções díspares em cada indivíduo. Enquanto muitos buscam respostas nas religiões, outros sucumbem aos prazeres das comemorações, alguns cultivam a solidão ou a saudade. A Primer acredita que findo um ciclo vem a oportunidade do recomeço e, independentemente das crenças individuais, o momento é de renovar as esperanças e multiplicar as possibilidades. Atr aindo prosperidade no ano novo A sabedoria popular cultiva hábitos que se não são comprovados pela ciência nos instigam a acreditar. Por isso, selecionamos dicas para começar 2013 com o “pé direito”:

Tão logo o relógio anunciar a chegada do ano novo Comer doze uvas ou romãs, separar as sementes e mantê-las guardadas na carteira durante o ano novo; opção: uma folha de louro. Comer lentilhas e carne bovina, suína ou peixe, mas evitar aves, que ciscam ou andam para trás. Pular sete ondas. Evitar manter os bolsos vazios (dinheiro). O primeiro beijo do ano novo deve ser dado em alguém do sexo oposto.

A energia das cores O branco é a cor tradicional, preferida na maioria das festas e usada tanto nas celebrações formais como nas praias. Para quem usa branco o dia todo, como muitos profissionais da saúde, o ano novo pode ser uma oportunidade para investir numa peça clássica ou um acessório de qualidade. Quem quiser ousar, ou mesmo atrair energias específicas no ano novo, há opções coloridas com significados muito especiais. Veja a relação: branco: pureza, bondade e luz. Na noiva, simboliza a pureza; Amarelo: energia e dinheiro. Estimula realizações; vermelho: energia. Estimula os sentidos; Azul: profundidade. Calma e repouso; rosa: romance. Induz aos sonhos; Verde: equilíbrio. Remete à harmonia; preto: sobriedade, silêncio, elegância. No luto, remete ao respeito; cinza: neutralidade e incerteza; laranja: estimulante e alegria; roxo ou lilás: poder, espiritualidade e ciência; marrom: segurança. Uma cor controversa, muitos evitam, outros adoram...

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TURISMO

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egito MISTÉRIO E CIVILIZAÇÃO

Localizado entre a Ásia e a África, o Egito tem mais de quatro mil anos de história e civilização. Dominado sucessivamente pelos gregos, romanos, persas, árabes e turcos, o povo egípcio ganhou, a um preço muito alto, uma indiscutível universalidade. O que foi reforçado pela invasão de Napoleão no fim do século 18 e a inglesa em 1882. O turista que visita o país pela primeira vez se surpreenderá ao verificar que apesar da língua oficial ser o árabe e de o país estar no Oriente Médio, ele é cosmopolita e todos falam um pouco o inglês. Além disso, o Egito é muito mais do que as pirâmides, sendo impossível deixar de visitar as ruínas romanas em Alexandria e o Mar Mediterrâneo. Além das margens do Rio Nilo está a única região fértil do país. Fora disso, há apenas o deserto. O Nilo, com seus 1.500 quilômetros em território egípcio, fornece água, luz e energia elétrica ao país, que até 1835, quando começaram a ser construídas as grandes represas, dependia exclusivamente de suas águas. É um rio ideal, ainda, para um cruzeiro romântico.

A ópera sob a sombra das pirâmides é outra atração especial. Ela passou a ser tradicional no país quando Giuseppe Verdi compôs Aída para a inauguração do Canal de Suez, em 1869. Além disso, o Egito também é “dono” de um caminho artificial (concluído em 1869) que liga os mares Vermelho e Mediterrâneo. É surpreendente a gentileza e hospitalidade do povo egípcio. Embora com dificuldades econômicas, a maioria deles (90% islamitas e 10% católicos) se mostra simpática. Na hora das compras, há sempre uma maneira da baixar os preços até mesmo pela metade. A dica, então, quando o passeio for ao incrível Kahn El Kalili, o maior mercado do Cairo, a capital, é pechinchar. Como todas as grandes cidades cosmopolitas do mundo, o Cairo tem hoteis luxuosos, discotecas, uma boa vida noturna, cinemas, teatros, ópera e restaurantes internacionais. Entretanto, não deixe de provar os pratos típicos da terra. A Molokhia, uma sopa verde de vegetais, que pode ou não ser acompanhada de pedaços de frango ou coelho, é servida sobre arroz ou pedaços de pão. Primer 27


Museu de Egiptologia, Cairo

Outras influências levaram à mesa daquele país como o tarrine, o homus, outra sopa especial feita de favas com tomate, cebola e especiarias, pratos temperados com alho e chili, saladas e ovos. Serve-se ainda um quibebe à moda local e uma kafta de carne de boi. Bananas, tâmaras, pêssegos, melões, uvas, nozes e pistaches, além de queijos regionalíssimos complementam a mesa. As sobremesas têm o mel como base e o malabia, um pudim de arroz delicioso. O chá de menta ou limão é oferecido ao lado do café, uma tradição do Egito. Para os jovens, o destino sugerido é o Mar Vermelho. Lá, pode-se praticar mergulho e aproveitar a praia no clima quente do país, sem abrir mão de uma efervescente vida noturna.

Embora as mulheres que viajam sozinhas sofram pequenas restrições, como usar o primeiro vagão do metrô e /ou sentar-se ao lado de outras mulheres nos ônibus, devido às tradições islâmicas, no Egito elas podem ficar tão tranquilas quanto em qualquer outro país. Isso porque a criminalidade no Egito chega perto do zero e a violência é restrita aos feudos distantes. Por tudo isso, visitar o Egito é uma experiência interessante e agradável. Além das pirâmides de Karnac, do Vale dos Reis e do Templo de Ramsés III (Luxor), de Miquerinos e do Museu de Antiguidades do Egito e do Museu do Cairo, há inúmeras preciosidades para conhecer.

Mar Vermelho.

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Alexandria Fundada por Alexandre, o Grande, em 331 a.C., é a segunda maior cidade do Egito e um dos maiores portos do Mediterrâneo. Capital cultural do mundo antigo e do país, Alexandria tem um ‘clima’ europeu marcante nos restaurantes, cafés e lojas. Pompeia é uma cidade italiana que foi destruída no ano 79 d.C.

A história viva A partir do Cairo é possível conhecer o antigo Egito. Na Cidade dos Faraós, personagens reproduzem a rotina, os rituais, a música, a escrita em hieroglifos. Visitar a réplica da Tumba de Tutankamon, o Museu do Papiro e o Museu Islâmico são passeios indispensáveis e comprar interessantes peças de artesanato, papiros ou réplicas das joias dos faraós.

Esfinge de Gizé.

A grande pirâmide de Quéops Essa pirâmide foi construída por 10 0 mil escravos entre os anos de 2.589 até 2.566 a.C. Ou seja, durante 23 anos eles carregaram e encaixaram blocos de pedras umas nas outras, somando nada menos do que 2.300.000 unidades, pesando 2,5 toneladas cada, totalizando seis milhões de toneladas. A altura, de 140 metros, equivale a um prédio de 60 andares. Já na sala mortuária do imperador Quéops, o encaixe dos blocos é tão perfeito que é impossível passar, entre eles, uma folha de papel. Templo de Abu Simbel.

Pirâmides de Gizé.

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Vista da cidade de Cairo, capital do Egito.

Quéfren

A grande esfinge

Também chamada Segunda Pirâmide, está localizada ao lado da pirâmide de Quéops, de quem o imperador Quéfren era filho e sucessor. Embora menor do que a primeira (137 m de altura), em alguns ângulos parece maior, pois sua base é mais larga. O peso total das pedras foi calculado em 4.880.000 toneladas. Encontrada apenas em 1852 é a mais preservada de todas as pirâmides do Egito. Das 23 estátuas de Quéfren, a única que restou intacta está no Museu do Egito.

A primeira visão desta imensa criatura, com corpo de leão, asas de pássaro e cabeça humana é instigante. “Sentada” numa depressão ao sul da pirâmide de Quéfren, desafia o tempo e os estudiosos há cerca de 4.50 0 anos. Os antigos acreditavam que a esfinge, com sua face de 4 m de altura e corpo de 6 0 m de comprimento, tinha poderes especiais. A esfinge tem os seus mistérios e vê-la, em sua grandeza de pedra, é emocionante. Infor mações www.touregypt.net | Ministério de Turismo do Egito.

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hospedagem

Biltmore Hotel Festas cinco estrelas

Para quem prefere passar o Natal fora de casa, a Primer recomenda o hotel cinco estrelas Biltmore, em Miame. Os presentes podem ser comprados n as i n ú m eras o p çõ e s co m ercia is da cidade, que também tem praia, noite agitada e decoração de Natal caprichada. Cercado de paisagem tropical, localizado em Coral Gables e pertinho de tudo o que Miame tem de melhor, o Biltmore Hotel também é estratégico para os hóspedes que preferem a tranquilidade de um resort. São 240 0 m2 de conforto e lazer, com o requinte da hotelaria internacional. serviço 1200 Anastasia Avenue, Coral Gables, Miami, FL 33134 – Tel.: 1-800-727-1926 www.biltmorehotel.com Primer 32


Maksoud Plaza Tradição paulistana

Fotos: divulgação.

Quando chega o final do ano, época de consumo e festas, São Paulo transforma-se em luz e magia. A Primer recomenda uma visita, principalmente à Avenida Paulista, onde acontece o ápice da celebração. Bem próximo, o Hotel Maksoud Plaza, com o seu serviço cinco estrelas (classificação oficial do Ministério do Turismo, portaria Nº 100, de 16 de junho de 2011) é o cenário ideal para desfrutar de tudo o que a cidade dos negócios oferece. Seja a passeio, trabalho ou compras, poucos lugares do mundo refletem a hospitalidade brasileira, assinatura do fundador Henry Maksoud, que há 33 anos trouxe o padrão, a hotelaria e a arte internacional à nossa realidade. Mesmo quem preferir descansar, encontrará no próprio hotel todas as opções de lazer. serviço Alameda Campinas, 150 - São Paulo, SP Reservas: 0800 1344.11 – www.maksoud.com.br Primer 33


Spa Levitate

Promovendo a saúde e beleza

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CUIDE-SE

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Fotos: divulgação.

Beleza Masculina


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Science

ALLERGY UPDATE Dr. Antonio Carlos Pastorino

Dra. Cristina Miuki A. Jacob

FATORES ASSOCIADOS AO CONTROLE DA ASMA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS EM CENTRO DE REFERÊNCIA Vanessa Mika Kinchoku, Irai Santana Oliveira, Letícia Abe Watanabe, Ângela Bueno F. Fomin, Ana Paula B. M. Castro, Cristina Miuki A. Jacob, Antonio Carlos Pastorino Primer 37


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FATORES ASSOCIADOS AO CONTROLE DA ASMA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS EM CENTRO DE REFERÊNCIA FACTORS ASSOCIATED WITH ASTHMA CONTROL IN A PEDIATRIC REFERENCE CENTER Vanessa Mika Kinchoku1, Irai Santana Oliveira1, Letícia Abe Watanabe2, Ângela Bueno F. Fomin3, Ana Paula B. M. Castro3, Cristina Miuki A. Jacob4, Antonio Carlos Pastorino5

ABSTRACT

RESUMO

Objective

Objetivo

To describe the epidemiological and clinical data and factors associated with asthma control of asthmatic patients followed at a pediatric reference center. Methods: Cross-sectional study including asthmatic outpatients receiving prophylactic medications from the institution. For classification of asthma, steps of treatment and control evaluation, the IV Brazilian Guidelines for the Management of Asthma (2006) were adopted. The pres­e nce of other allergies, obesity, immunodeficiency, gastro­ esophageal reflux and allergic sensitization were evaluated and compared between patients with or without asthma

Results

300 patients with asthma (1.38M:1F) were included; median age=10.8 years; median age at onset of symptoms=1.0 year. Among parents and/ or siblings, 78% reported atopy. Personal history showed other allergic diseases in 292 patients (96% rhinitis, 27% atopic dermatitis, 18% allergic conjunctivitis, 6% food allergy). IgA deficiency was diagnosed in seven cases and IgG2 deficiency in four. Obesity was noted in 34/233 patients (15%) and overweight/obesity were associated with asthma poor control (p<0.023). Among 118 patients multisensitizated, the frequency of poor asthma control was greater (22 (19%) cases; p= 0.049, OR 1.9; 95%CI 1.03-3.50). Among the patients, 180 (60%) were treated ac­cording steps 3 and 4; 122 children (45%) were considered controlled and 112 (41%) were partially controlled.

Conclusions

Allergic rhinitis was the allergic disease more associated with asthma. The prevalence of IgA defi­ciency was 20 times higher than in the general population. Total or partial control of asthma symptoms was obtained in 85% of the cases. Overweight/ obesity and multisensitization were associated to poor asthma control. Key-words: asthma; adolescent; therapeutics; obesity.

Descrever os dados epidemiológicos, clínicos e os fatores associados ao controle da asma em pacientes asmáti­cos seguidos em um ambulatório pediátrico especializado.

Métodos

Estudo transversal de pacientes asmáticos ambulatoriais, para os quais eram fornecidas medicações profiláticas. A classificação da asma, as etapa de tratamento e a avaliação do controle seguiram a IV Diretrizes Brasilei­ras para o Manejo da Asma, de 2006. Os fatores avaliados foram: outras alergias, obesidade, imunodeficiências, refluxo gastresofágico e sensibilização alérgica, sendo comparados pacientes com asma controlada ou não com relação à etapa do tratamento, à obesidade e à sensibilização alérgica.

Resultados

Foram analisados 30 0 pacientes com asma (1,38M:1F), com mediana de idade de 10,8 anos, e de início dos sintomas de 1,0 ano. A atopia estava presente em 78% dos pais e/ou irmãos. Antecedentes pessoais de doenças alérgicas ocorreram em 292 pacientes (96% rinite, 27% dermatite atópica, 18% conjuntivite alérgica, 6% alergia alimentar). Foram diagnosticados sete casos de deficiência de IgA (DIgA) e quatro de IgG2; obesidade em 37/253 (15%), sendo que sobrepeso e obesidade estiveram associados à falta de controle (p=0,023). Em 118 pacientes com multissensi­bilização, predominaram casos não controlados (22 (19%) casos; p= 0,049; OR 1,9; IC95% 1,03-3,50). Entre os 180 casos (60%) em tratamento nas etapas 3 e 4, 122 (45%) es­tavam controlados e 112 (41%) parcialmente controlados. Conclusões: A rinite foi a alergia mais associada à asma e a prevalência de DIgA foi 20 vezes maior do que na po­pulação geral. O controle parcial ou total dos sintomas da asma foi obtido em 85% dos casos. Obesidade/sobrepeso e multissensibilização foram associadas à falta de controle da asma. Palavras-chave: asma; adolescente; terapêutica; obesi­dade.

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Instituição

Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), SP, Brasil. 1. Aluna de Medicina e bolsista do Programa de Iniciação Científica (PIC) da Faculdade de Medicina da USP, São Paulo, SP, Brasil. 2. Médica pela Faculdade de Medicina da USP; Colaboradora da Unidade de Alergia e Imunologia do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP, São Paulo, SP, Brasil. 3. Doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP; Assistente da Unidade de Alergia e Imunologia do Departamento de Pediatria da Facul­dade de Medicina da USP, São Paulo, SP, Brasil. 4. Livre-Docente pela Faculdade de Medicina da USP; Professor Associado e Chefe da Unidade de Alergia e Imunologia do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP, São Paulo, SP, Brasil. 5. Doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP; Assistente da Unidade de Alergia e Imunologia do Departamento de Pediatria da Facul­dade de Medicina da USP, São Paulo, SP, Brasil. Endereço par a correspondência: Antonio Carlos Pastorino Rua Doutor João Batista Soares de Faria, 113. apto. 141 • Santana CEP 02403-050 – São Paulo/SP. E-mail: acpastorino@uol.com.br Fonte financiador a: PIC da USP.

Introdução

A asma continua sendo um problema de saúde pública mundial e, segundo dados brasileiros, representa a terceira causa de hospitalizações, correspondendo a 1,8% do total de internações entre os anos de 2008 e 2010, sendo que 60% desse total (1,1%) correspondeu a menores de 19 anos(1). A asma é considerada um processo inflamatório sistêmico crônico com envolvimento das vias aéreas, que apresenta varia­ções clínicas na dependência da interação entre diferentes genes e o ambiente em que o indivíduo se insere(2). O reconhecimento de que existem vários fenótipos para a asma, com diferentes processos inflamatórios subjacentes, poderia direcionar

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um tratamento mais específico, mas a detecção do processo in­fl amatório envolvido não é praticada na maioria dos centros brasileiros. Dessa forma o tratamento da asma baseia-se, na maior par te das vezes , no seu controle clínico(2). A aplicação de consensos para a classificar o controle dos sintomas de asma propõe etapas de eficácia terapêutica cres­cente e a adequada monitorização do tratamento sequencial no sentido de assegurar benefícios clínicos e melhora da qualidade de vida(2,3). Em estudo realizado em 11 países da América Latina, no qual se entrevistaram 2.184 adultos e crianças com asma, somente 2,4% podiam ser considerados como tendo controle total de sua asma, sendo que apenas 6% dos pacientes utilizavam corticosteroides inalados. Os fatores apontados pelos autores para esse baixo percentual de con­trole incluíam os índices baixos de diagnóstico e tratamento adequado, a falta de monitoramento e o uso inadequado das medicações de controle da asma(4). A Unidade de Alergia e Imunologia do Instituto da Crian­ça do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) vem mantendo uma linha de pesquisa em doenças alérgicas na criança e adolescente e conta com um ambulatório especializado em asma e rinite, no qual os pacientes são revistos regularmente, de acordo com sua gravidade e controle da doença, além de receberem as medicações de controle e para crise de maneira continuada e gratuita. O objetivo do presente relato é descrever o perfil dos pacientes asmáticos seguidos nesse ambulatório pediátrico especializado em asma e rinite e os fatores associados à falta de controle de sua asma. Tal conhecimento poderá fornecer subsídios a novas pesquisas em centros brasileiros que buscam o tratamento direcionado ao controle da asma e à melhoria da qualidade de vida de seus pacientes.

Método

No início de 2008, foi elaborado um protocolo para que fosse possível um estudo transversal descritivo do perfil clínico-laboratorial dos pacientes acompanhados no am­bulatório especializado em asma da Unidade de Alergia e Imunologia do Instituto da Criança. Foram incluídos dados epidemiológicos, antecedentes pessoais e familiares, doen­ças associadas, ambiente físico e esquema vacinal. Foram incluídas também informações sobre o início dos sintomas de asma, características clínicas e terapêuticas utilizadas, além da análise da prova


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Primer 42


de função pulmonar, exames la­b oratoriais e de imagem. O preenchimento dos protocolos baseou-se na revisão de prontuários médicos contendo os dados referidos pelos pacientes e acompanhantes de todos os pacientes em seguimento com diagnóstico principal de asma. A pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética para Análise de Projetos de Pesquisa (CAPPesq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, fazendo parte do projeto iniciação científica (PIC) para alunos do curso de graduação de medicina da instituição. Foram avaliados 313 pacientes com diagnóstico principal de asma e/ou rinite, em seguimento no ambulatório, entre março a novembro de 2008. Destes, 13 pacientes foram excluídos por pos-

suírem somente diagnóstico de rinite, sendo a amostra final de conveniência constituída por 30 0 pacientes. Vanessa Mika Kinchoku et. al. Para diagnóstico e classificação da gravidade da asma, foi utilizado o Global Strategy for Asthma Management and Prevention, Global Initiative for Asthma (GINA-2006) com atualização de 2007 e IV Diretrizes Brasileiras para Manejo da Asma, sendo a asma classificada na admissão e no momento do preenchi­mento do protocolo como intermitente, persistente leve, moderada ou grave; nível de controle (paciente com controle total, parcial ou descontrole ) e etapas do tratamento(2,5). Os Quadros 1 e 2 resumem os níveis de controle da asma e as etapas de tratamento. Em relação às

Quadro 1 – Níveis de controle do paciente com asma (2,5).

Parâmetro

Controlado

Parcialmente controlado

(pelo menos 1 em qualquer semana)

Sintomas diurnos

Nenhum ou mínimo

2 ou mais/semana

Despertares noturnos

Nenhum

Pelo menos 1

Necessidade de medicamentos de resgate

Nenhuma

2 ou mais por semana

Limitação de atividades

Nenhuma

Presente em qualquer momento

PFE ou VEF1

Normal ou próximo do normal

<80% predito ou do melhor individual se conhecido

Exacerbação

Nenhuma

1 ou mais por ano

Não controlado

3 ou mais parâmetros presentes em qualquer semana

1 em qualquer semana

PFE: pico de fluxo expiratório; VEF: volume expiratório forçado no primeiro segundo.

Quadro 2 – Etapas de tratamento da asma para crianças maiores de 5 anos de acordo com a gravidade

(2,5)

.

Etapas de tratamento Etapa 1

Etapa 2

Etapa 3

Etapa 4

Etapa 5

Educação em asma Controle ambiental Beta 2 de curta duração S/N*

Beta 2 de curta duração S/N*

Beta 2 de curta duração S/N*

Beta 2 de curta duração S/N*

Beta 2 de curta duração S/N*

Opção

Selecione uma das opções abaixo

Selecione uma das opções abaixo

Adicionar 1 ou mais em relação à etapa 3

Adicionar 1 ou mais em relação à etapa 4

Opção preferencial

CI baixa dose

CI baixa dose + LABA Moderada ou alta dose de CI + LABA Crianças <6 anos dose moderada de CI

Outras opções

Inibidores de leucotrieno ou cromonas

CI dose moderada CI baixa dose + antileucotrieno CI dose baixa + teofilinas

Inibidores de leucotrienos

Corticoide oral dose baixa

Anti-IgE

Teofilinas

(*) máximo uso de 3 a 4 vezes ao dia, acima desse valor, procurar auxílio médico. CI: corticosteroide inalatório; LABA: broncodilatador de longa duração.

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etapas de tratamento, na primeira etapa o paciente somente recebe tratamento para as crises, sem necessidade de medicações de manutenção e, nas etapas 2, 3, 4 e 5 são acrescentados, progressivamente, medicamentos de manutenção, com preferência para os corticosteroides inalados em doses crescentes, associados ou não a broncodilatadores de longa duração, antileuco­trienos e outros, de maneira a se obter o controle total dos sintomas(2,5). Quadro 1 - Níveis de controle do paciente com asma(2,5). O peso e a altura dos pacientes foram obtidos durante as consultas e, a partir desses valores, calculou-se o índice de massa corporal (IMC), dividindo-se o peso sobre a altura ao quadrado. Classificou-se o IMC em percentis conforme a idade, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)(6). De acordo com o IMC, considerou-se os pacientes como desnutridos se abaixo de 5%; portadores de sobrepeso se acima de 85%, obesos acima de 95% e os demais foram considerados normais (IMC entre 5-85%). Para caracterizar a anemia, considerou-se a recomendação da OMS, que adota, para crianças entre cinco e 12 anos, hemoglobina <11,5g/ dL(7). Foi definida a presença de eosi­nofilia se a contagem absoluta de eosinófilos fosse maior que 500 células/μL e o aumento da imunoglobulina E (IgE) sérica, quando >200UI/mL. O diagnóstico de imunodeficiências, em especial da deficiência de IgA e de subclasses de IgG2, seguiu os critérios propostos pelo Grupo Panamericano de Imunodeficiências (PAGID) e Sociedade Europeia para Imunodeficências (ESID)(8,9). O teste cutâneo de hipersensibilidade imediata (prick test) foi realizado em 237 pacientes. Os extratos alergênicos, o controle positivo (histamina) e

140

126

Inicial

120

105

Atual

Nº de casos

100

86 72

80 60

Etapa de Tratamento

54

47 47

40 17

20

7 1

0 I

II

III

IV

v

Gráfico 1 – Classificação inicial e atual dos pacientes quanto à etapa de tratamento segundo IV Diretrizes Brasileiras para Manejo da Asma, 2006.

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negativo foram colocados sobre a face volar do antebraço. Com um puntor plástico des­cartável, efetuou-se pequena pressão superficial na pele e, após 20 minutos, foi realizada a leitura do resultado, medindo-se os diâmetros da pápula formada, sendo o teste positivo se a pápula era ≥3mm de diâmetro(10). Foi considerado multis­sensibilizado o paciente que apresentava positividade a pelo menos três alérgenos testados. Para a análise estatística, foram elaboradas tabelas de porcentagem, médias e medianas, com desvio padrão e intervalo de confiança de 95 (IC95%). O programa Instat 5.0 foi utilizado para obter a Odds Ratio (OR) entre IMC, valores de IgE, sensibilização alérgica e etapa de tratamento comparado com o controle da asma.

Resultados

Foram analisados 300 prontuários de pacientes com diagnóstico de asma (174 do sexo masculino; M:F=1,38). A média de idade no momento do preenchimento do protocolo foi de 11,0 anos (mediana: 10,8 anos, com variação de 2,1 a 20,2 anos). A idade de início dos sintomas da asma foi, em média, 1,7 anos (mediana=1,0 ano, com variação de 0,5 mês a 11,0 anos). O tempo médio de acompanhamento na unidade foi de 3,6 anos (mediana=2,7 anos, variação de 1 a 20 anos). Quanto aos antecedentes pessoais, 17,2% (39/226) receberam diagnóstico prévio de bronquiolite e 78,5% (205/261) referiram pelo menos um episódio de pneu­m onia anterior ao início de seu seguimento. Em relação às condições de nascimento e ao período neonatal, 8,8% (20/226) necessitaram de oxigenoterapia e 14% (32/230) foram prematuros. Antecedentes familiares de atopia (pais ou irmãos) foram referidos por 77,8% (20 0/257). A prevalência de pai e/ou mãe com asma foi de 35,4% (91/257) e, entre irmãos, houve 76 casos de asma (29,5%). Quanto às condições do ambiente físico domiciliar, foi referido tabagismo (passivo ou ativo) em 43,8% dos casos (99/226), presença de animais em casa em 49,4% (116/235), poeira em 60,7% (88/145) e umidade em 37,8% (68/180). Foi possível classificar a gravidade inicial da asma em 270 pacientes. Destes, 15,9% foram classificados como intermitentes, 23,3% como persistentes leve, 40,4% como persistentes moderados e 20,4% como persistentes grave. Os pacientes também foram classificados quanto à etapa de tratamento inicial e atual, e os resultados encontram-se representados no Gráfico 1.


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Quanto ao controle dos sintomas em 271 pacientes avaliados no momento do preenchimento do protocolo, 45% apresentavam-se controlados, 41,3% parcialmente controlados e 13,7% descontrolados. A associação de asma com rinite alérgica foi observada em 95,6% dos 30 0 pacientes , dermatite atópica em 27% , conjuntivite alérgica em 18,3% e alergia alimentar em 6%. A coexistência de refluxo gastresofágico foi investigada apenas em 70 pacientes, sendo diagnosticada em 40 deles (57,1%). Houve 11 pacientes com imunodeficiência, sendo sete deles com deficiência de IgA e quatro de IgG2. A análise do IMC, realizada em 253 pacientes, mostrou que 166 (65,6%) encontravam-se dentro dos padrões de normalidade, 30 com sobrepeso (11,9%), 37 eram obesos (14,6%) e 20 foram considerados desnutridos (7,9%). Quando se analisou o controle de asma em relação ao IMC em 231 pacientes, encontravam-se descontrolados em re­lação aos sintomas da asma 11,1% (2/18) dos desnutridos, 21,4% (6/28) dos portadores de sobrepesos e 21,2% (7/33) dos obesos. Nos pacientes com IMC dentro dos padrões da normalidade, 9,2% (14/152) encontravam-se descontrolados (Tabela 1). A análise estatística que comparou pacientes com sobrepeso e obesos e os demais em relação ao controle dos sintomas da asma mostrou diferença significativa (p= 0,023), com um risco 2,6 vezes maior (IC95%=1,17-5,80) para o não controle em pacientes asmáticos com sobrepeso e/ou obesidade. Nos exames laboratoriais detectou-se anemia em apenas 6,5% dos casos (18/275). Houve um equilíbrio quanto ao número absoluto de eosinófilos, sendo que 52% dos 300 pacientes apresentavam valores normais e 48%, eosinofilia. Quanto à IgE sérica, analisada em 266 pacientes, 84,2% deles mostravam valores aumentados (>200UI/mL), sendo que o percentual de pacientes com IgE sérica >1.000UI/mLfoi de 45,1%. Não houve diferença quanto ao controle dos sintomas da asma em relação aos níveis séricos de IgE(Tabela 2). Quanto ao teste cutâneo de hipersensibilidade imediata (prick test), os alérgenos que apresentaram maior positi­vidade foram o Dermatophagoides pteronyssinus (Dpt) com 71,8% (161/224), Dermatophagoides farinae (Df) com 67,9% (150/221, Blomia tropicalis (Bt) com 64,9% (146/225). Houve menos de 20% de positividade aos demais alérgenos do ambiente domiciliar, incluindo baratas, epitélios de cão e gato, e fungos. Dentre os 118 pacientes que apresentaram multissensibilização (>3 prick test positivos), houve um número significantemente maior

Tabela 1 – Distribuição de 231 pacientes com asma em relação ao controle dos sintomas da asma e seu índice de massa corporal % IMC

Controlado ou parcialmente controlado n (%)

Não controlado

<5

16 (7,9)

2 (6,9)

5-85

138 (68,3)

14 (48,3)

85-95

22 (10,9)

6 (20,7)*

>95

26 (12,9)

7 (24,1)*

Total

202 (100,0)

29 (100,0)

p=0,023; OR=2,6; IC95%=17-5,80; IMC: índice de massa corporal

Tabela 2 – Distribuição dos pacientes segundo os níveis de IgE sérica e controle dos sintomas em 246 pacientes com asma Dosagem de IgE sérica UI/I

Total n

Controlado ou parcialmente controlado

Não controlado n (%)

<200

34

30 (14,1)

4 (12,1)

200-400

33

29 (13,6)

4 (12,1)

400-700

38

34 (16,0)

4 (12,1)

700-1.000

28

24 (11,7)

4 (12,1)

1.000-2.000

49

42 (19,7)

7 (21,2)

>2.000

64

54 (25,4)

10 (30,3)

Total

246

213 (100,0)

33 (100,0)

p=1; OR=1,2; IC95%=0,39-3,62

de casos não controlados de asma (22 casos, 18,6%, com p= 0,049, OR 1,9 e IC95% 1,03-3,50).

Discussão

A asma é uma doença de alta prevalência mundial e apresen­ta tendência de aumento nos países em desenvolvimento(2,3). Em um estudo multicêntrico com aplicação de questionários padronizados (International Study of Asthma and Allergies in Childhood – ISAAC), a prevalência dos sintomas de asma, rinite e eczema em crianças entre seis e sete anos e 13 e 14 anos de diversos países pôde ser avaliada e comparada(11,12). No Brasil, os índices são elevados, ao redor de 20% para as duas faixas etárias(13). Em crianças abaixo de cinco anos, o diagnóstico de asma é complexo, pois está baseado essencialmente nos aspectos clínicos e dados de história, uma vez que exames objetivos são difíceis de realizar nessa faixa etária(2,3). É preciso distinguir os fenótipos presentes, tais como a sibilância recorrente transitória e a persistente(14), mas, muitas vezes, somente a observação continuada dessas crianças poderá definir se os sibilos são transitórios e desaparecerão entre os três e seis anos idade. Primer 47


Alguns fatores de risco são considerados importantes para essa diferenciação, entre eles: antecedente familiar ou pessoal de atopia, eosinofilia e comprovação de sensibilidade a aeroalérgenos e/ou alimentos(15,16). Nos primeiros anos de vida, a sibilância está, na maioria das vezes, relacionada a infecções virais do trato respiratório. O vírus sincicial respiratório é o agente mais importante, chegando a afetar 70% das crianças no primeiro ano de vida(17). Alguns estudos demonstraram que hospitalizações por bronquiolite são um fator de risco independente para o desenvolvimento de asma(18,19), enquanto outros não apontam clara relação epidemiológica entre infecção viral e a origem da asma(20,21). No presente estudo, 17,2% dos pacientes re­feriram história de bronquiolite prévia, e a sintomatologia teve início, em média, aos 20 meses de idade, o que pode refletir imaturidade do sistema imunológico e também o maior contato com agentes virais. Entre os pacientes analisados no presente estudo, houve uma discreta prevalência do sexo masculino. Outros estudos também evidenciam maior prevalência de asma no sexo masculino, na faixa etária pediátrica(16,22,23). Estudo realizado por Postma, após revisar vários artigos, encontrou uma maior prevalência do sexo masculino até a puberdade, ocorrendo inversão dessa tendência na fase adulta e predomínio nos casos de asma grave no sexo feminino(22). Em 2003, Kurukulaaratchy et. al. apresentaram os re­s ultados do acompanhamento de 1.456 recém-nascidos acompanhados por dez anos. Dessa amostra, 40,3% (n=417) sibilaram alguma vez na vida. Dos pacientes que iniciaram os sintomas antes dos quatro anos, 63% foram considerados sibilantes transitórios e 37% sibilantes persistentes. Os fatores de risco associados à persistência da sibilância foram história familiar de asma, infecções pulmonares de repetição aos dois anos e teste de puntura positivo aos quatro anos(24). Esses dados reforçam a importância da presença de antece­ dente familiar positivo como parte do diagnóstico clínico de asma, o que ocorreu em 77,8% dos casos da casuística aqui avaliada. Diversos estudos demonstraram que história familiar de atopia é um fator de risco independente para o desenvolvimento de asma(15,16,23). Vários estudos indicam alta associação entre asma e tabagismo no ambiente familiar(15,16,23). Tanto o tabagismo materno durante a gestação, quanto o tabagismo passivo no ambiente domiciliar determinam grande risco para de­s envolvimento Primer 48

de asma(15,16,25). Essa condição de tabagismo passivo esteve presente em 43,8% dos casos aqui relatados e os familiares receberam orientação para reduzir a exposição ao fumo domiciliar. A asma é uma doença que pode estar relacionada a outras doenças atópicas; dentre elas, a mais frequentemente asso­ciada é a rinite alérgica. Alguns autores consideram as duas doenças como um processo inflamatório único das vias aéreas, compartilhando a mesma fisiopatologia, desencadeantes e fatores de risco ambientais(26,27). Nesse estudo, a rinite esteve associada em 95,6% dos pacientes. O controle dos sintomas da rinite em pacientes asmáticos é imprescindível, visto que tal associação pode levar a uma necessidade maior de medicamentos para o controle da asma, piorando a qualidade de vida dos pacientes e elevando os custos e a demanda dos serviços de saúde(27,28). A deficiência de IgA e de subclasses de IgG já foram relacionadas a doenças atópicas, dentre elas a asma(29,30). No presente estudo, foi realizada a avaliação imunológica apenas dos pacientes com asma grave ou que apresentavam infecções de repetição. Foram encontrados 11 pacientes com imuno­d eficiência humoral, sendo sete deles portadores de defici­ência de IgA, com prevalência de 2,3%, consideravelmente maior do que na população brasileira de doadores de sangue e gestantes saudáveis, que apresentam prevalência de 0,1% (1 em cada 965 doadores)(31). Esse dado é facilmente explicado pelo fato de que as imunodeficiências predispõem a doenças alérgicas, podendo ser, muitas vezes, a expressão clínica delas. Em 2000, a análise do perfil imunológico de 45 pacientes asmáticos com rinofaringite de repetição encontrou 12 (26%) pacientes com deficiência de IgA, sendo dois deles abaixo de 7mg/ dL e dez pacientes com deficiência parcial(32). Muitos estudos têm demonstrado que a obesidade está relacionada à maior gravidade dos sintomas da asma e nú­m ero de internações, especialmente em Unidades de Terapia Intensiva (UTI)(16,33). No presente estudo, foi verificada diferença significativa no controle dos sintomas da asma nos casos com obesidade/sobrepeso, embora não houvesse diferença na gravidade e no tratamento. Carrol (34), em 2007, ao realizarem um estudo retrospectivo comparando crianças asmáticas obesas a não obesas em uma unidade de emergência, constataram não haver diferença entre a gravi­dade dos sintomas ou a terapia recebida, porém, as crianças obesas tinham mais chance de


precisarem de internação e necessitarem de terapia intensiva durante as exacerbações. Em relação à interferência no controle da asma pela presença de sobrepeso e obesidade, os resultados apresentados foram coincidentes com os da literatura que apontam a piora da função pulmonar e do controle dos sintomas em pacientes com valores elevados do IMC. As reações de hipersensibilidade tipo I estão envolvidas no processo de alergias respiratórias e o principal anticorpo envolvido é a IgE. Dessa maneira, o aumento da IgE total e específica se correlaciona com a presença de asma e ou­tras doenças atópicas(16,35,36). Em 2000, por meio da análise de 1.219 pacientes, Beeh et. al. mostraram que a presença de IgE sérica aumentada é um fator de risco para asma, independente da presença de atopia(36). Alguns autores acreditam que a IgE específica é um melhor marcador para atopia do que a IgE total(15,16). A sensibilização a alguns aeroalérgenos tem sido descrita como mais relacionada à atopia e doenças alérgicas, como a asma. Arshad et. al., em seu estudo prospectivo de quatro anos de seguimento de 981 recém-nascidos, mostraram que testes utilizando os quatro alérgenos mais comuns (Dermatophagoides pteronys­sinus, pólen, gato e A alternata) foram suficientes para detectar 94% das crianças atópicas. Observou-se que o risco de atopia crescia à medida que aumentava o número de prick test positivos. Nesse mesmo estudo, constatou-se que a sensibilização para Dermatophagoides pteronyssinus foi

um fator de risco para asma(37). Isso coincide com os dados aqui apresentados, que mostram 71,8% dos pacientes ana­lisados positivos para esse aeroalérgeno. Outros alérgenos associados à asma foram D. farinae, P. americana e Canis familiaris, de forma menos prevalente em nosso estudo. A múltipla sensibilização pode ser mais frequentemente associada asma e/ou rinite, como previamente descrita e confirmada no estudo de adolescentes em dois centros urbanos brasileiros(38). Vários fatores podem estar implicados no controle da asma, com destaque para a adesão ao tratamento, a identifi­cação e o tratamento de comorbidades e de desencadeantes, a disponibilidade das medicações e a educação dos pacientes e seus familiares(2,3). As avaliações frequentes, com chance de contínua discussão da doença, de suas comorbidades, a veri­ficação do controle ambiental e a possibilidade de receber as medicações após cada consulta podem ter sido responsáveis pela alta percentagem de pacientes controlados e/ou parcial­m ente controlados no presente estudo. A análise retrospectiva de prontuários de pacientes com asma seguidos em centro de referência

Primer 49


é um fator limitan­te para a generalização dos dados aqui apresentados, mas permitiu a visão dos fatores que interferiram positivamente no controle dos sintomas da asma e outros que deverão ser modificados para que se atinja esse controle, podendo ser úteis em outros serviços com características semelhantes. Novos estudos prospectivos com a análise sistemática de pacientes com asma devem fornecer dados mais concretos sobre a presença de fatores que, isolados ou em associação, contribuem para o controle da doença.

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Referências bibliográficas 1. Brasil - Ministério da Saúde. DATASUS [homepage on the Internet]. Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) 2008 [cited 2011 May 20]. Available from: http://www.datasus.gov.br/datasus. 2. Global Initiative for Asthma (GINA) [homepage on the Internet]. 2006 Revision: GINA Report, Global Strategy for Asthma Management and Prevention. Bethesda: NHLBI/WHO; 2006 [cited 2006 Sep 27]. Available from: http://www.ginasthma.org/guidelines-archived-2006-revision.html. 3. National Heart, Lung, and Blood Institute; National Asthma Education and Prevention Program [homepage on the Internet]. Expert panel report 3: guidelines for the diagnosis and management of asthma. Bethesda: NIH/NHLBI; 2007 [2011 Oct 7]. Available from: http:// www.nhlbi.nih.gov/guidelines/asthma/asthgdln.pdf 4. Neffen H, Fritscher C, Schacht FC, Levy G, Chiarella P, Soriano JB et al. Asthma control in Latin America: the asthma insights and reality in Latin America (AIRLA) survey. Rev Panam Salud Publica 2005;17:191-7. 5. Autoria não referida. IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma. J Bras Pneumol 2006;32 (Suppl 7):S447-74. 6. WHO Multicentre Growth Reference Study Group. WHO Child Growth Standards: length/height-for-age, weight-for-age, weight-for-length, weight-for-height and body mass index-for-age: Methods and development. Geneva: WHO; 2006. 7. World Health Organization. WHO Global Database on Anaemia. Geneva: WHO; 2008. 8. Conley ME, Notarangelo LD, Etzioni A. Diagnostic criteria for primary immunodeficiencies. Representing PAGID (Pan-American Group for Immunodeficiency) and ESID (European Society for Immunodeficiencies). Clin Immunol 1999;93:190-7. 9. European Society for Immunodeficiencies (ESID) [homepage on the Internet]. Diagnostic criteria for PID [cited 2011 May 20]. Available from: http://www.esid.org/ workingparty.php?party=3&sub=2&id=73#Q8. 10. Pepys J. Skin testing. Br J Hosp Med 1975;14:412. 11. Autoria não referida. Worldwide variations in the prevalence of asthma symptoms: the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC). Eur Respir J 1998;12:315-35. 12. Pearce N, Aït-Khaled N, Beasley R, Mallol J, Keil U, Mitchell E et al. Worldwide trends in the prevalence of asthma symptoms: phase III of the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC). Thorax 2007;62:758-66. 13. Solé D, Wandalsen GF, Camelo-Nunes IC, Naspitz CK; ISAAC - Brazilian Group. Prevalence of symptoms of asthma, rhinitis, and atopic eczema among Brazilian children and adolescents identified by the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) - Phase 3. J Pediatr (Rio J) 2006;82:341-6.


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joias

Joias são como pontos de luz, iluminam homens e mulheres. Indipensáveis na composição de um look Selecionamos modelos das marcas Piaget, Tani Jewls e Brumani. Opções para diferentes estilos, idades e bolsos

Joias que são um verdadeiro brinde! Tudo a ver com o final de ano: a beleza das peças, a magia das pedras. Sem falar no bom humor das referências... Um convite à celebração, que inclui até mesmo as mulheres que não bebem álcool!

a)

“Limelight Garden Party”, Piaget a) WHISKY ON THE ROCKS

Na base em ouro amarelo 18 quilates, citrino e quartzo se complementam como bebida e gelo. b) SEX ON THE BEACH

Em ouro branco 18 quilates com 194 brilhantes, turmalina rosa e perídoto, numa homenagem ao seriado de TV.

a

c) COSMOPOLITAN

321 brilhantes cravejados em ouro branco amarelo destacam a rubelita rosa e 71 esperssatites. d) MOJITO

Remetendo ao drink cubano, em ouro branco 18 quilates cravejado com brilhantes, turmalina, citrino, savorita.

b)

e) BLUEBERRY DAIQUIRI

A cor e a beleza do mirtilo neste anel em ouro branco com safiras rosa, ametista e 121 brilhantes .

e) d)

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c)


1 Modernidade, pulseira em ouro branco e negro 18K com diamantes.

Brumani

2 Românticas, estilo rococó em ouro branco e diamantes.

Tani Jewels

3 Para mulheres especialmente femininas, brincos em forma de gotas em ouro branco com diamantes.

Tani Jewels

Tani Jewels

Fotos: divulgação.

4 Contemporâneas, brincos em forma de franja em ouro branco e diamantes.

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No Brasil, graças ao horário de verão, temos o privilégio de comemorar o início de 2013 duas vezes: no horário oficial e no convencional. Mas onde quer que estejamos, dentre tantas possibilidades de fuso horário, a Primer recomenda pulso firme no olhar das badaladas.

Datejust, Rolex Com base em ouro rosa, este modelo da linha Datejust é para mulheres que sabem evidenciar a sua feminilidade contemporânea. Num trabalho de designer primoroso, a Rolex utilizou centenas de diamantes. Delicadeza com a precisão e robustez própria da marca.

Relógio Patrimony Contemporâneo, Vacheron Constantin Joia criada pela mais antiga relojoaria do mundo, o modelo clássico com Data Bi-Retrógrada apresenta dois contadores retrógrados, remetendo ao 250º aniversário da manufatura, em 2005. O acabamento é impecável e sofisticado, com caixa e fecho em ouro rosa 18 quilates, fundo de cristal safira (permite a visualização da decoração e acabamento do movimento) e couro de crocodilo na cor castanho, costurada à mão.

Carrera Monaco, TAG Heuer Parceira da mais glamourosa corrida de Fórmula 1, o Grand Prix de Mônaco, a TAG Heuer empresta a sua marca à paixão universal: os automóveis. A precisão dos relógios suíços nas pistas e pulsos de homens esportivos, que ousam usar as cores preta, prateado e vermelho e podem pagar por uma edição limitada. Primer 54

Fotos: divulgação.

pulso firme


Gc is a registered trademark of GUESS?, Inc. Art Dir. Paul Marciano

PULSO FIRME

98019GPGSBA4 Sport Class XXL Chronograph 316L stainless steel Sapphire crystal Swiss Made Gcwatches.com Primer 55


colecionador

Coleçþes limitadas marcam os 40 anos da marca

Porsche

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Para celebrar quatro décadas de sucesso, a Porsche (marca criada em 1972 por Ferdinand Alexander Porsche), selecionou clássicos de sucesso e montou caixas quer reúnem acessórios mais do que especiais, com itens exclusivos e limitados, destinados a poucos fãs e colecionadores. O investimento é alto, mas a Primer socializa o desejo e parabeniza o aniversariante!

Caix a 40 Y ícones

Fotos: divulgação.

Inclui os óculos de sol P’8478 (linha Y) e o primeiro relógio de pulso negro do mercado.

Caix a 40 Y

Contém quatro óculos de sol da inovadora linha Y, com os modelos: P’8480, P’8418 Y e P’8494 e o lendário P’8478, uma cor especialíssima.

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brinquedos de luxo

A energia renovável e sustentável chega aos automóveis Na véspera da celebração do Dia da Independência Nacional, a presidenta Dilma Rousseff anunciou a redução das tarifas de energia elétrica para 2013. Com vastos recursos hídricos, a energia renovável deve ser um dos principais bens brasileiros e o carro elétrico somará ao biodiesel reduzindo a emissão de gases tóxicos na atmosfera.

BMW i3 Concept

Brasil sustentável em 2013 Movido exclusivamente por energia elétrica, o BMW i3 Concept deve ser usado nas cidades, sem remorsos. A proposta sustentável, entretanto, não se limita à fonte energética, mas continua no designer interior: madeira de eucalipto (ref lorestamento europeu) e couro ecológico (curtido através de folhas de oliveira). Prometendo a mesma eficácia do carro movido ao motor de combustão interna, o potencial de aquecimento global é dois terços inferiores (em equivalente CO2). Graças à Tecnologia eDrive e seu motor elétrico 170 cv (125 kW).

“ Tecnologia eDrive, motor elétrico 170 cv”

BMW i3

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nissan leaf Primeiro carro 100% elétrico produzido em larga escola, ainda exclusivo para os mercados americanos, japonês e de alguns países europeus, o “Nissan Taxi” como é chamado, é testado em projeto piloto, na cidade de São Paulo. A novidade foi mostrada no Salão do Automóvel 2012 e promete autonomia de 160 km com uma carga elétrica. Resultado da parceria entre a Prefeitura, Aliança Renault-Nissan, AES Eletropaulo e Associação das Empresas de Táxi de São Paulo, o “Nissan Taxi” está sendo testado desde junho e estuda a viabilidade da utilização da tecnologia verde no transporte urbano de massa.

“ DETALHE IMPECáVEL do PAINEL INTERiOR”

Fotos: divulgação.

vamos de táxi?

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cultura E Entretenimento

Assuntos para debater em Alguns temas são polêmicos, mas acreditamos que a verdade deve ser contada, questionada e recontada. Cabe aos leitores manter a mente aberta e o senso crítico até descobrir a realidade, de fato!

Carcereiros No mês de outubro, quando estavam agendados os julgamentos dos policiais envolvidos na morte dos 111 detentos, conhecido como o Massacre do Carandiru (ocorrido no dia dois de julho de 1992, em São Paulo), o médico Drauzio Varella retoma o tema do presídio. Neste livro, com a leveza e fluidez peculiares do autor, ele alega que toda história tem dois lados. Leia também: Estação Carandiru

Não Há Dia Fácil Respectivamente um militar e um jornalista, Mark Owen (nome fictício) e Kevin Maurer, que participaram direta e indiretamente das ações estratégicas e cobertura que culminaram na captura e morte de Osama bin Laden, contam parte da história recente “não oficial“. O livro coloca o leitor no front de guerra e lança a dúvida: com quem estará a verdade?

Pra Começo de Conversa Mestre em Ciências da Religião, o autor e teólogo Ricardo Gondim, nos chama para aquele papo bom, onde há troca e crescimento. O tema é oportuno e sempre atual: a religião, a fé, os processos de mudança. Um convite à reflexão sobre os rumos do cristianismo focado na ética e no ser humano.

Lisboa - 1939-1945: Guerra nas sombras O livro de Neill Lochery mostra a participação dos nossos compatriotas lusitanos na Segunda Guerra Mundial. Mesmo indiretamente, Portugal teve uma participação importante ao receber exilados e fugitivos da guerra, entre eles o pintor Marc Chagall e o escritor Graham Greene. Ao revelar a história, o pesquisador mostra como a capital portuguesa sobreviveu e emergiu do horror.

Sabemos que não há fórmulas prontas, mas

Eu ouviria meus pais se pelo menos eles calassem a Boca - O que dizer e o que não dizer quando educamos adolescentes Primer 60

o psicólogo Antony E. Wolf acredita que o entendimento do comportamento dos jovens e a abordagem adequada de comunicação são fundamentais. Para facilitar o diálogo com o leitor - e deles com os seus filhos - ele usa de exemplos do cotidiano.


volta de uma boa mesa Imagens ilustrativas.

Depois dos livros, vieram os e-books, ou livros eletrônicos,quando o prazer do tato deu lugar ao poder da visão. Como os livros em papel, excelentes companheiros de viagem e aventuras.

Vinhos - A experiência do gosto Se o vinho é a bebida da celebração, atrás de cada brinde há uma história. Jorge Lucki, crítico de vinho, reuniu em sete temas informação, curiosidades e crônicas como se fora uva esmagada para tirar o sabor e a essência da fruta.

O SINAL O Santo Sudário e o segredo da Ressurreição O nascimento de Jesus há dois mil anos comove multidões, instiga pesquisadores e fomenta discussões com os céticos. Para o autor, Thomas de Wesselow, as respostas estão no Santo Sudário. Será que a humanidade está preparada para decifrar esse mistério?

GOSTO E PODER Vinho, cinema e a busca dos prazeres Filosófico, esta obra é uma imersão nos valores, tradições e uma crítica ao efêmero e artificial. O documentarista Jonathan Nossiter nos apresenta o resultado de uma aventura dos colegas cineastas Walter Salles e Karim Aïnouz, fermentada por cultura.

A REALIDADE OCULTA Universos paralelos e as leis profundas do cosmo

A Dança do Universo

Afinal, existe vida fora da

O físico pop brasileiro,

Terra? São inteligentes? Elas

Marcelo Gleiser, traduz

representam uma ameaça para

em linguagem palatável

a Humanidade? O renomado

alguns dos mistérios da

Brian Greene, especialista

ciência, como o Big Bang,

em cosmologia e física de

que teria originado o

partículas transita entre a

Universo. Para ele, ciência e

complexidade das teorias e do

religião podem ser ciências

pensamento humano.

complementares.

Primer 61


No cinema, o mundo (quase) acabou inúmeras vezes Da Arca de Noé às invasões alienígenas ou de pragas à hecatombe nuclear. O cinema é pródigo em retratar o final dos tempos ou o fim do mundo. E como a telona é pura diversão, a Primer selecionou alguns clássicos sobre a temática:

2012 – O Filme Fenômenos naturais, a partir da interpretação do calendário Maia que prevê ao final do mundo no dia 21 de 12 de 2012, ocasionam o final do mundo, como conhecemos. Não da humanidade, é claro, numa referência à Arca de Noé

2001 – Uma odisseia no Espaço Dentre os mais importantes filmes de ficção científica, o filme de Stanley Kubrick ainda instiga reflexões. Um monolito negro atravessa as eras emitindo sinais até que, no século 21, é investigado por astronautas. O filme aborda a temática da inteligência artificial que poderá sobrepor-se à humana. Será?

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O Dia Seguinte As mudanças climáticas, constante debate sobre a ação predatória do homem sobre a terra, são a causa do fim do mundo. O meteorologista Jack Haal (Dennis Quaid) prevê a chegada de uma nova Era do Gelo e torna-se o salvador da espécie humana. As imagens são impressionantes!

O Exterminador do Futuro Enquanto nos preparamos para o quinto filme da série, vale a pena rever a saga do personagem de Arnold Schwarzenegger tentando salvar o futuro: uma máquina que se rebelou contra as máquinas. Diversão garantida!

Imagens ilustrativas.

Veja mais: • Presságio • Impacto Profundo • Contatos Imediatos do Terceiro Grau • A Profecia Celestina • O Planeta dos Macacos • Resident Evil Primer 63


arte

Se o futebol é o mais famoso dos esportes, o Brasil entrou definitivamente em campo e é a bola da vez. O mundo aguarda ansioso o espetáculo e os brasileiros o retorno dos investimentos A Primer soma à torcida pelo bem dentro e fora de campo e pelo sucesso da seleção brasileira! Armas Atadas pregam a paz na Copa do Mundo de 2014 Lançado em 21 de agosto, em São Paulo, o “Projeto Futebol pela Paz” traz a exposição “Armas Atadas” para o universo esportivo. A ideia é aproveitar o foco no esporte para pregar a paz nos estádios e arrecadar fundos pelas causas sociais. O Circuito Brasil de Exposições Futebol pela Paz iniciou-se no saguão do edifício sede da Prefeitura de São Paulo e percorrerá as 12 cidades sede da Copa de 2014. O projeto é uma parceria entre a ONG suíça “Non-Violence Project Foundation”, a WWSA Brasil (Worldwilde Soccer Academy) e a Base Brasil, uma rede de escolas de futebol brasileiras.

The Knotted Gun

Promovendo a inclusão social a partir da paixão pelo futebol Fotos: divulgação.

Fundada em 1993, em Genebra, a “Non-Violence Project

Primer 64

Foundation”, promove a inclusão social mundial. No Brasil, ao lado da Base Brasil, a ideia é arrecadar donativos para promover programas educativos nas escolas públicas e da Rede Brasil e a capacitação de professores.


Em homenagem a John Lennon O primeiro “The Knotted Gun”, (um revólver com um nó no cano, inutilizando o seu uso), foi criado pelo artista plástico Carl F. Reuterswärd, em 1980, num protesto contra o assassinato do Beatle mais famoso. Depois de ser entregue à viúva Yoko Ono, a obra tornou-se um símbolo pela paz mundial e está exposta no edifício sede das Nações Unidas. Ironia pensar que o assassinato de um artista que pregou a paz e compôs a música que se tornou um hino, “Imagine”, tenha sido assassinado e justamente o revólver tornou-se um símbolo da não violência! Nas mãos de assassinos, uma arma e de artista, obras de arte!

Artistas Plásticos customizam os revólveres alados A exposição brasileira mostra armas atadas feitas pela artista Yoko Ono e músico Ringo Starr, além de artistas brasileiros. Entre eles as artistas plásticas Bia Black e Lilian Bomeny, o dançarino Ivald Granato, o performático José Roberto Aguilar, o arquiteto Sig Bergamim, o apresentador Cazé Peçanha, o maestro Ruriá Duprat e o ex-jogador de futebol Rodrigo Juliano Lopes de Almeida.

Primer 65


ponto de vista O QUE É LUXO PARA VOCÊ?

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Ra dré n A r.

Hoje em dia para mim luxo é tempo sobrando... rssss

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Especialista em Cirurgia Plástica, pertence à Sociedade Brasileira de Medicina Estética (SBME), Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia (SBLMC), International Society of Aesthetic Surgery (ISAPS), ao Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e Diretor da Clínica com o seu nome, no Rio de Janeiro.

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Luxo é tempo. Luxo é almoçar em casa, e levar e buscar minha filha na escola

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Doutor em Cardiologia pelo ICFUC e mestre em Cardiologia pelo Hospital das Clínicas de Porto Alegre, UFRGS, é Coordenador de Pesquisa do Serviço de Hemodinâmica do Instituto de Cardiologia e Professor do Curso de PósGraduação em Cardiologia do Instituto de Cardiologia, ambos de Porto Alegre.

Luxo é poder desfrutar de pequenos detalhes que, embora não sejam essenciais, fazem o coração bater mais forte e deixam a vida muito mais especial

i mit

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Médica Dermatologista formada pela Faculdade de Medicina da USP, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e médica colaboradora do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo.

Dr. Primer 66

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Luxo pra mim é ser simples, feliz, produtivo, saudável, participativo, pró-ativo, amigo e íntegro

Formado pela Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA), em 1978, e com Residência em Cardiologia pelo Instituto de Moléstias Cardiovasculares E. J. Zerbini é um dos idealizadores do conceito de Spa Médico no mundo. Atualmente exerce a diretoria clínica do Spa Sorocaba.


Primer 67


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