Escola Viva - Ed. 38 (suplemento)

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SUPLEMENTO Director Dr. José Seno Luís Editor Dr. José Coutinho Ano de Fundação: 1995

CIÊNCIAS Coordenação: Dra. Paula Canha

COM A CHEGADA DO SOL, OS ALUNOS... Com a chegada do sol, as caras dos alunos abrem mais, o jardim da escola fica semeado de gente que joga, toca guitarra ou fica para ali na palheta… E começam-se a ver resultados do trabalho que investimos desde Setembro! Os projectos crescem e dão resultados fantásticos, mas não é isso que me entusiasma mais… Satisfação mesmo a sério é ver como os alunos já são capazes de fazer apresentações quase profissionais, escrever relatórios em linguagem clara e rigorosa, resolver conflitos no grupo, ultrapassar obstáculos com criatividade, tratar os dados experimentais com rigor… Acompanhar um grupo de alunos durante três anos e vê-los crescer em todas as dimensões, ultrapassa tudo aquilo que vemos escrito nos manuais de educação; não conheço nenhuma instituição bancária que ofereça uma taxa de rendimento tão boa como aquela que retiramos do investimento que fazemos na educação dos nossos alunos. Haverá melhor forma de lutar contra a crise do que preparar bem esta geração para fazer mais e melhor?! Por outro lado há sinais que me dão apreensão… Imaginem que um dia destes bato à porta de vossa casa. Entro e sento-me. Vocês oferecem-me uma limonada e uns biscoitos – a vossa mãe, simpática, traz um lanche apetitoso. Acabo de comer e atiro com o guar-

Emergência para todos

Este projecto tem como principal objectivo melhorar a resposta em situações de emergência na Escola, tendo como alvo principal alunos, professores e funcionários. O projecto está dividido em três acções: a realização de três formações de Suporte Básico de Vida para alunos, professores e funcionários; formar professores e funcionários na utilização correcta de extintores e, por fim, optimização e organização das malas de primeiros socorros da nossa escola. Nas formações de Suporte Básico de Vida, já realizadas, os formandos aprenderam quais os passos a seguir quando confrontados com uma situação de emergência (uma pessoa inconsciente no chão por exemplo). Es-

Ano XV

Número 38 Abril de 2010 Jornal Escolar Gratuito

tas formações têm decorrido com uma equipa de 3 formadores compostos pelo Enfermeiro Rui Vieira, pelo Tripulante de Ambulâncias de Emergência João Silvestre e pelo Bombeiro/Socorrista Miguel Monteiro. Na formação de extintores, os formandos (neste caso, apenas funcionários e professores) irão aprender a utilizar correctamente um extintor. Esta formação terá a colaboração do Comandante Nazário Viana dos Bombeiros Voluntários de Odemira, e irá realizar-se no 3º Período. Por fim, dada a falta de material de primeiros socorros na nossa escola, decidimos criar uma lista de material necessário para que a resposta a situações de A direcção da Escola já ga- rial necessário. emergência seja mais eficaz. rantiu a aquisição do mateRicardo e Miguel, 12º A

Rochas do Sudoeste, os mistérios escritos na pedra

danapo e com o copo para o chão. Tiro uma caneta da mochila e começo a fazer uns desenhos no tecido do vosso sofá. Peço para ir à casa-de-banho, semeio o papel higiénico pelo chão e escrevo uns poemas de trazer por casa no interior da porta… Não, provavelmente a essa hora já estaria no olho da rua, não é? Pelo menos era o que eu merecia. Isto parece uma série de coisas estúpidas, mas muitos de vocês estão a ter esta atitude na casa de outras pessoas. A Escola é a segunda casa de todos nós. Durante a semana passamos aqui mais tempo que na nossa própria casa. Não será uma falta de respeito por quem aqui vive (que somos todos nós…) atirar lixo para o chão ou dizer palavrões com o volume no máximo? De que serve ser um génio da economia se somos um troglodita que acaba de comer no bar e deixa tudo sujo? De que serve ser uma estrela da música se falamos como um selvagem? De que serve ter média para entrar em medicina se não conseguimos perceber uma coisa tão simples como esta: devemos deixar os espaços comuns tão limpos e arranjados como gostaríamos de os encontrar. O meu voto para este último período lectivo é este: aprendamos a respeitar tudo o que nos rodeia - a natureza, as outras pessoas, os espaços comuns, os materiais e equipamentos que são de todos. Só assim a nossa educação estará completa.

Paula Canha

O nosso projecto denomina-se “Rochas do Sudoeste – os mistérios escritos na pedra” e tem dois objectivos principais: Elaborar um guia sobre a história geológica do litoral alentejano; Investigar a génese das esferas de arenito que ocorrem na falésia entre a Zambujeira-do-Mar e o Carvalhal.

Para elaborarmos o guia, estamos primeiro a tentar compreender a história geológica da nossa região, através da leitura de informação bibliográfica recolhida acerca do tema, para além das nossas próprias observações. De seguida traduzimos essa informação para uma linguagem acessível ao público em geral.

A génese das esferas de arenito é o facto mais intrigante do nosso trabalho. Até ao momento ninguém soube explicar como é que se formam e nós esperamos descobrir. Também gostaríamos de transformar aquele local num geomonumento. Mesmo que não consigamos descobrir a verdadeira causa, sempre podemos colocar al-

gumas hipóteses plausíveis e incentivar outros alunos a seguir o nosso projecto de Geologia.

Inês Marques, Kristoffer Høg, 12ºA


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ESCOLA VIVA ABRIL 2010

[ESCOLA SECUNDÁRIA DR. MANUEL CANDEIAS GONÇALVES]

Aves do Sudoeste Português O nosso trabalho tem como objectivo contribuir para o estudo de dois temas que consideramos da maior relevância no que diz respeito à monitorização das aves com vista à sua conservação. Na primeira parte, pretende-se contribuir para a caracterização das espécies de aves passeriformes que utilizam a região sudoeste nas suas migrações outonais, através da anilhagem. Nesta actividade as aves são capturadas por métodos inofensivos. A cada ave é atribuída uma anilha com um número que passa a funcionar como o bilhete de identidade da ave. Posteriores recapturas permitirão seguir a ave ao longo da sua vida e recolher informações muito úteis. Os dados recolhidos das aves capturadas, como a idade, hora do dia e habitat serão tratados em SPSS, um programa estatístico. Na segunda parte do nosso trabalho, pretende-se testar a eficácia das metodologias de estudo de aves, nomeadamente transectos lineares e pontos de escuta/ observação, recomendadas pelo ICNB, para efeitos de monitorização e aplicadas pelas empresas de consultoria ambiental. O que pretendemos fazer é avaliar o contributo do método de anilhagem de aves como

metodologia complementar a esses métodos. Estes dados serão tratados no programa DISTANCE, entre outros métodos matemáticos e no final será feita a análise crítica dos métodos utilizados e seu modo de aplicação. O grupo de trabalho é constituído por: Cláudia Viana, Fábio Viegas e Vanessa Reis do 12º ano, mas participam também em algumas sessões a Débora Nascimen-

Anfíbios e Répteis, completar o Atlas para a região de Odemira Em 2008 foi publicado pelo Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) um Atlas que apresenta a distribuição dos anfíbios e répteis da fauna portuguesa. No Atlas, a cada espécie corresponde uma página com informação que inclui os locais onde essa espécie ocorre (representados por quadrículas de 10x10km que dividem o país de Norte a Sul). O nosso projecto consiste em completar o Atlas para a região de Odemira, uma vez que, em saídas de campo anteriormente realizadas com o Clube Bigeo, já nos tínhamos cruzado com muitas espécies que não se encontram registadas no Atlas para a nossa região. Assim, contribuímos para um melhor conhecimento dos locais onde ocorrem as espécies de anfíbios e répteis da re-

gião de Odemira. Por um lado estamos a valorizar o património natural da nossa região; por outro lado o conhecimento da distribuição das espécies é essencial para a sua conservação efectiva. Os tutores do nosso projecto são três especialistas que participaram na elaboração do Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal – Marta Maymone, Neftalí Sillero, Raquel Ribeiro . Francisco Silva, 12º A

to, o João Pacheco, o Alexandre Carmo e o Francisco Silva. Os nossos tutores são a Eng. Cláudia Matos e a aluna Ana Pacheco. Temos ainda o apoio da empresa de consultadoria ambiental Ecosativa, da Dra. Lúcia Canha, do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e da Câmara Municipal de Odemira Cláudia, Fábio, Vanessa, 12º A

“ Farejando…” tratase de um projecto de cariz voluntário. Tem como principal objectivo a promoção da adopção dos cães existentes no canil Municipal de Odemira. Para tal, criámos um site que contém todas as informações necessárias acerca dos cães lá existentes, como proceder para a adopção e dados referentes às raças e aos cuidados a ter com os animais. Este projecto tem a parceria da Câmara Municipal de Odemira e o apoio do responsável pelo Canil Municipal, Dr. Manuel Sofio. Para a construção do site contámos com a formação dada pelo Eduardo Gonçalves, da Escola Profissional de Odemira.

Para que isto se concretize contamos consigo, há um Amigo à sua espera! Divulgue este projecto! Visite-nos em www.fa-

rejando.comlu.com e dê a sua opinião para farejando.por.odemira@ gmail.com

Levar Plantago almogravensis de novo à Costa Alentejana

O nosso grupo é composto pela Ana Rosa, pelo João Pacheco, pela Marije Hoogendoorn e pela Rita Rodrigues, todos alunos do 12ºA. Estamos a desenvolver um projecto intitulado “Levar Plantago almogravensis de novo à Costa Alentejana”. Este é uma continuação do trabalho realizado o ano lectivo anterior por outro grupo de alunos do clube BiGeo. Temos como objectivos realizar a propagação in vitro de P. almogravensis e reintroduzir exemplares micropropagados no habitat natural, fundando novas colónias desta espécie e aumentando assim a sua distribuição geográfica. A importância deste trabalho deve-se ao facto desta planta estar em vias de extinção e existir apenas uma pequena colónia junto a Vila Nova de Milfontes: esta é a única zona, no mundo inteiro, onde se pode encontrar essa planta. Anteriormente já tinham sido pesquisadas quais as melhores concentrações de reguladores de crescimento para a germinação e multi-

plicação, as únicas etapas totalmente superadas até ao ponto em que pegámos no trabalho. No decorrer do primeiro período deparamo-nos com alguns problemas, nomeadamente um aparecimento sistemático de contaminações. Como tal foi necessário um maior cuidado nas condições de assépsia (ausência de microrganismos no ambiente e instrumentos de trabalho) e muitas horas de trabalho laboratorial. O método do enraizamento foi optimizado, após várias tentativas que envolveram diferentes meios e recipientes de cultura. Para a aclimatização foi construída uma estufa, que posteriormente se verificou não ser o melhor método. Experimentámos então aclimatizar as plantas em gobelés de 2 litros, o que parece estar a resultar bem. Temos neste momento uma planta a crescer bem em terra em ambiente semi-controlado! A metodologia geral foi estabelecida com o apoio da equipa da Professora Anabe-

la Romano, da Universidade do Algarve, nomeadamente com a Dr. Sandra Gonçalves, que acompanham o nosso projecto há mais de dois anos. Os nossos tutores são a Dra. Sandra Gonçalves, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve e a Professora Ana Lúcia Sintra, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e o Dr. Manuel João Pinto, biólogo e investigador do Jardim botânico de Lisboa, vai ajudar-nos no processo de adaptação das

plantas ao meio exterior. Este projecto tem o apoio da CMO e a coordenação geral do PNSACV. Um especial agradecimento às nossas colaboradoras Anouk Hoogendoorn do 11ºB e Sara Santos 11ºA, pois sem a sua preciosa ajuda, tudo se tornaria mais difícil. Ana Rosa, João Pacheco, Marije Hoogendoorn, Rita Rodrigues, 12º A


ESCOLA SECUNDÁRIA DR. MAMUEL CANDEIAS GONÇALVES

“Missão Freixial”

ESCOLA VIVA ABRIL 2010

Artigo Científico e Técnico

Progresso científico permite obtenção de células estaminais embrionárias sem recorrer a embriões Escola Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves Rita Isabel Nunes Rodrigues, ano lectivo 2008/2009 Resumo: Técnica de reversão da diferenciação de células surge como alternativa à clonagem. Palavras – chave: Clonagem – ética – células estaminais embrionárias – totipotentes – células diferenciadas – reversão

“Missão Freixial” é um projecto de cariz ambiental, que tem como finalidade promover a biodiversidade e valorizar os recursos naturais, em termos de turismo, da Herdade do Freixial, situada na localidade de Foros do Galeado, em Vila Nova de Milfontes. Como tal elaborar-se-á um Plano de Gestão Ambiental, onde constarão os objectivos que se pretendem cumprir para a gestão do sítio e as acções que poderão melhorar o estado de conservação dos habitats mais importantes. Construir-se-á também um roteiro da natureza, para dar a conhecer aos turistas as riquezas do local e assim promover o turismo fora da época balnear. Essa informação será publicada no site da Herdade e será relativa à fauna, flora e habitats presentes no Outono/Inverno e Primavera. Este projecto surgiu atendendo à proposta, por parte do proprietário da Herdade, de se realizar o levantamento das espécies e habitats, para posteriormente se elaborar um roteiro da natureza. Entretanto, face à existência de espécies e habitats raros, pensou-se que seria imprescindível preservá-los

e daí decidiu-se elaborar também um Plano de Gestão Ambiental. Para além de ser uma mais valia em termos de conservação da natureza, este projecto poderá ser muito útil, pois proporcionará conhecimentos e competências de extrema importância e utilidade para uma futura carreira profissional. O grupo responsável pelo projecto é formado pelas alunas Adriana Ramos, Andreia do Vale, Andreia

Santos, Joana Carolino e Liza Seehaus, do 12ºB, com orientação científica da Dra. Carla Pinto-Cruz, coordenação do P.N.S.A.C.V, apoio da C.M.O e Herdade do Freixial e ajuda de outros membros do Bigeo, destacando os alunos Daniel Silva, Lúcia Martins, Milene Ramires e Mónica Raposo, do 10ºC. Andreia do Vale, Andreia Santos, Joana, Liza, 12º B

A clonagem é sem dúvida alguma um dos assuntos mais debatidos dos últimos anos, quer pela comunidade científica, quer pelos próprios cidadãos, que, mesmo sem adquirirem algum tipo de conhecimento acerca do tema, manifestam uma opinião e formulam juízos de valor, muitas das vezes apenas baseados em dados jornalísticos pouco credíveis, o que acaba por demonstrar um grande conformismo e uma falta de interesse na discussão informada, com intuito de realizar as escolhas mais acertadas e promotoras do bem-estar na nossa sociedade. Talvez algum dia se venha a pôr termo a este debate público gerado pelo possível uso de embriões humanos na “clonagem terapêutica”. Quem sabe não estará para breve… As células estaminais embrionárias são abundantes nos organismos em formação, ou seja, durante a fase inicial do desenvolvimento do ser é possível encontrar, tanto nos humanos como nos ratos, células embrionárias totipotentes, a partir das quais se torna possível a formação de qualquer tipo de células de um organismo, o que segundo a opinião dos especialistas do mundo inteiro alberga grandes potencialidades terapêuticas, que consistem essencialmente na substituição de tecidos sãos por tecidos afectados com um dano patológico estrutural ou funcional. Uma das maiores vantagens da utilização desta técnica é o facto de se verificar uma garantia acrescida de compatibilidade dos tecidos gerados com os que se pretende tratar, diminuindo, assim, tanto o tempo de espera, que muitas vezes acaba por se revelar mortal, como a possibilidade de rejeição do órgão transplantado, por parte do organismo hospedeiro. A clonagem acontece por um método simples: o núcleo da célula que se pretende clonar é injectado num óvulo previamente desprovido do mesmo. Através de várias divisões celulares, a unidade fundamental de função e estrutura da vida forma um embrião precoce. Esta técnica, que permitiu a clonagem da ovelha Dolly, possibilita-nos, através da extracção das células estaminais do embrião, criar células beta do pâncreas para tratar a diabetes, neurónios motores para tratar a doença de Parkinson, células estaminais do sangue para tratar as leucemias, entre muitas outras aplicações, que visam o bem-estar e melhoria da qualidade de vida dos seres. Contudo, as implicações éticas desta técnica manifestam-se tanto ao nível religioso, como social e cultural, legitimando-se a existência de uma vida no embrião, que é debelado, para a utilização das suas células ao nível da cura de muitas patologias. Ainda que esta técnica não implique o clone de bebés, suscita debates intermináveis que podem vir a ser suspensos com a possibilidade da reprogramação de células adultas, para uso idêntico ao anteriormente referido. A equipa de Kathrin Plath, da Universidade da Califórnia, e colegas de Harvard publicaram que conseguiram reprogramar células da pele de ratinhos adultos, através de manipulações genéticas, obrigando-as a retroceder a sua diferenciação, fazendo com que estas se tornassem células totipotentes, semelhantes em todos os aspectos relevantes ás que se formam na fase embrionária. Sabendo que bastava proceder-se à activação de quatro genes nas células da pele de ratinhos adultos para ser possível a reversão do seu processo de diferenciação, a equipa de Plath contaminou as células do pequeno mamífero com um vírus que activou esses quatro genes (Oct4, Sox2, c-Myc e Klf4). O segundo obstáculo foi a selecção das células (1‰) em que a activação dos genes se tinha comprovado. Foi necessária a aplicação de uma bateria de testes para que se comprovasse, de forma credível, que as células que sofreram reversão da diferenciação conseguem dar origem a todas as células e tecidos do ratinho. Uma outra equipa, relatada na “Nature”, conseguiu fazer nascer ratinhos, a partir do DNA de células em que o processo de diferenciação havia sido invertido. Mais do que uma fonte apaziguadora do debate da clonagem humana, surgiu uma técnica, com uma importância extraordinária no tratamento de inúmeras patologias, concedendo assim uma nova esperança para aqueles em que o sentimento de incapacidade perante uma doença começava a ser familiar. Bibliografia: Sites: http://nebioq-up.blogspot.com/2007/06/cientistas-obtm-clulas-estaminais.html Livros: OLIVEIRA, Óscar; RIBEIRO, Elsa; SILVA, João Carlos; Desafios, Lisboa, Edições ASA, 2008

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ESCOLA VIVA ABRIL 2010

[ESCOLA SECUNDÁRIA DR. MANUEL CANDEIAS GONÇALVES]

Conservação de charcos temporários “Plano de Recuperação e Conservação de Charcos Temporários Mediterrânicos no Concelho de Odemira” é um projecto de carácter ambiental que vem na continuidade do projecto realizado no ano lectivo passado no âmbito do clube Bigeo. Os Charcos Temporários Mediterrânicos são um habitat prioritário da Rede Natura 2000, código 3170. Os charcos temporários mediterrânicos têm uma flora e fauna única e característica, sendo a presença de algumas destas espécies indicadoras deste habitat. Este projecto consiste na recuperação de um charco temporário destruído por máquinas de operação florestais e na conservação do complexo de charcos onde este se insere. Ao todo este projecto envolverá 5 charcos temporários mediterrâne-

Sistemas de Informação Geográficos No âmbito da disciplina de Área de Projecto estamos a desenvolver um projecto na área da informática que consiste em aprender a trabalhar com o programa ArcGis 9.3 da ESRi que pertence aos Sistemas de Informação Geográficos, ou seja, é um conjunto de programas informáticos para a manipulação, edição ou análise de dados geográficos (mapas) e revela-se bastante útil sempre que é necessário reunir diferentes tipos de informação no mesmo mapa de forma a facilitar a leitura do mesmo.

os localizados na zona de S. Miguel – Brejão. O grupo responsável pelo plano é formado pela Débora Nascimento e Sérgio Ribeiro, alunos do 12ºA, e tem a orientação científica da Dra. Carla

Pinto-Cruz (Universidade de Évora), do Dr. Luís Fonseca e da Dra. Margarida Machado (Universidade do Algarve), coordenação do P.N.S.A.C.V. e a colaboração da A.B.M. e da C.M.O. O grupo conta

Projecto de estufa eólica O grupo “Projecto Estufa Eólica” é constituído por David Soares, Pedro Loução, Roberto Bernardino, Walter Ter Horst e Eduardo Simões. Estamos a desenvolver um projecto que visa a produção de energia de uma maneira limpa, aproveitando a energia proveniente do Sol e as correntes de convecção. Construiremos um protótipo de forma que a eficiência das correntes geradas pelo aquecimento com a energia do sol seja máxima. O projecto é repartido em três fases: teorização e desenho do protótipo, construção e teste de funcionamento com tratamento de resultados como a temperatura, a velocidade do ar e o rendimento. O protótipo terá uma estrutura semelhante a uma estufa circular; à medida que o ar quente sobe, afunila, produzindo assim uma maior velocidade do ar na parte mais estreita. Este fluxo faz girar uma hélice e este movimento é transformado em energia eléctrica. Toda a estrutura será revestida de plástico próprio para reter calor de forma a gerar as correntes de convecção.

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Este projecto não seria possível sem a ajuda dos nossos três tutores: Jürgen kleinwächter (director da COMPLES, Mediterranean Solar Energy Society), Raul Lana Miguel (Universidade do Algarve) e João Gomes (Universidade de Lund, Suécia). Todos eles nos ajudaram: uns providenciaram alguns materiais e métodos de construção e outros alguma da teoria por trás do protótipo. David, Pedro, Roberto, Walter e Eduardo, 12º B

também com a ajuda dos outros membros do Bigeo (com relevo para a Ana Pacheco) e com a cooperação dos proprietários dos terrenos, Manuela Mapa elaborada para o grupo dos Charcos TempoCampos e António Camrários Mediterrânicos (Caracterização da Área Envolpos. Débora e Sérgio, 12º A vente) Com a realização deste projecto pretendemos elaborar um manual básico e de fácil acesso do programa ArcGis 9.3 para os alunos da escola que necessitem de utilizar o programa. Pretendemos dar formações a diferentes alunos que estejam interessados ou que necessitem para a elaboração dos projectos no âmbito de Área de Projecto ou do clube Bigeo. Consideramos que estas aprendizagens do programa ArcGis 9.3 podem auxiliar nos nossos futuros académicos e profissionais. Agradecemos aos nossos tutores, Fernando Almeida (ESMCGO) e Hugo Santos (CMO), à nossa professora Paula Canha, por todo o apoio prestado, e à ESRI – Portugal que nos facilitou o acesso ao programa.

Mapa elaborado para o grupos dos Charcos Temporários Mediterrânicos (localização do Complexo)


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