SESC MOGI DAS CRUZES1
Projeto Grรกfico: Guto Bernardo cargocollective.com/gutobernardo
SESC Mogi das Cruzes
Universidade Braz Cubas Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – FAU UBC Trabalho Final de Graduação Letícia Helena de Oliveira Bernardo RGM 252.972 Orientadores: Prof. Celso Ledo Martins Prof.ª Fátima Aparecida Martins Prof. Ricardo Hatiw Lu Mogi das Cruzes | Maio de 2014
ร Rosรกria, Silmara, Cesar, Anna Beatriz e Guto.
Agradecimentos À minha família, pelo carinho, paciência e a fortaleza que representaram nesse processo e em toda a vida. Aos amigos, pela compreensão e palavras de estímulo. Em especial, à Carla Roberta e Guto Bernardo, pela dedicação e apoio incondicionais; Juliana Umino, por toda a amizade e companheirismo; Victor Gimenez, pela parceria em todos esses anos de faculdade e a Elvis Godoy, pelo amor, pelos sonhos e por todo o aprendizado juntos. À equipe da Formatto Arquitetura e Construção, pela oportunidade de experiências únicas. A todos os orientadores e professores que compartilharam seus conhecimentos nessa jornada, em especial à Fátima Martins, pela força, paciência e as palavras de encorajamento. Por fim, a todos os que de alguma forma participaram do desenvolvimento das pesquisas e projeto, destacando-se o Sr. Bertolino Mendes, que representando o Campestre Clube, tanto contribuiu para o reconhecimento da área de intervenção e a importância de sua recuperação.
Resumo
Abstract
Este Trabalho Final de Graduação apresenta estudos sobre lazer, a instituição SESC, o município de Mogi das Cruzes e a área de um antigo clube da cidade. Tais estudos permitiram a constatação da importância de se atender a um dos grandes anseios da população mogiana: um equipamento que promova o lazer em suas diversas formas. A análise dos dados obtidos direcionou o desenvolvimento de um projeto para uma unidade do SESC no bairro Parque Santana, reestabelecendo vitalidade a uma área em degradação.
This Final Graduation Project presents studies on leisure, the SESC institution, the city of Mogi das Cruzes and the area of a club in the city. These studies led to the realization of the importance to meet one of the greatest desires of Mogi population: a equipment that promotes leisure in its many forms. The data analysis directed the development of a project to a SESC unit in Parque Santana neighborhood, reestablishing vitality to an area in degradation.
53 01 Introdução 11 06 Projeto 6.1 Conceito e Partido Teórica 15 02 Fundamentação 2.1 Lazer e Recreação 6.2 Setorização 55
17
56 6.3 Fluxograma 57
2.2 Relações Homem x Espaço 18
03 SESC 19 de Caso 23 04 Estudos 4.1 Parque da Juventude
24
4.2 SESC Interlagos 25 4.3 SESC Pompeia 26 4.4 Concurso SESC Guarulhos 27
de Intervenção 29 05 Área 5.1 Mogi das Cruzes 31
5.2 Cultura, Esporte e Lazer no município 33 5.3 Legislação 38 5.4 O Bairro Parque Santana 40 5.5 A área 42 5.6 Infraestrutura e Entorno 46
5.7 Histórico do Local 51
6.4 Programa de Necessidades 58 6.5 Estudo de Impacto de Vizinhança 60 6.6 Processo Criativo 62 6.7 Diretrizes Urbanas 66 6.8 Estratégias de Projeto 67 6.9 Implantação 70 6.10 Edifício Sede 74 6.11 Setor Aquático 88 6.12 Vestiários 93
07 Considerações Finais 95 08 Referências 97
1
INTRODUÇÃO 11
RECREAÇÃO RECREARE RECRIAR RESSIGNIFICAR
Com a crescente preocupação com a melhoria da qualidade de vida urbana, o lazer tem se revelado uma importante ferramenta para tal fim. No entanto, a oferta de equipamentos de lazer nas cidades ainda é escassa. No município de Mogi das Cruzes, os principais locais com estas funções têm o acesso pouco facilitado, estão distantes da centralidade e as possibilidades são limitadas, deixando, principalmente, as atividades culturais em segundo plano. O projeto do SESC Mogi das Cruzes surge da necessidade de se recuperar a área de um antigo clube em degradação na cidade de Mogi das Cruzes. O estudo da área, com suas instalações atuais e do entorno com suas características, seus equipamentos e seus déficits, somado ao histórico da área, que por muitos anos atraiu grande
público por suas possibilidades de lazer, e aos apelos da sociedade mogiana por um equipamento de recreação mais completo, mais especificamente um SESC, foram os fatores que nortearam a definição da temática do projeto. Como um centro de lazer, se propõe oferecer aos usuários possibilidades de ocupações seja para seu descanso, seja para seu crescimento pessoal, ou ainda, para seu desenvolvimento social. Como uma das políticas do SESC está a integração social. Desta forma, busca-se um projeto com abertura à cidade, que convide a população a vivenciá-lo amplamente. Com arquitetura leve, mas que traz identidade ao local e a setorização dos espaços, objetiva-se a valorização dos espaços livres e suas sensações.
13
2
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 15
2.1 Lazer e Recreação Os termos Lazer e Recreação são palavras intimamente ligadas às funções de uma unidade do SESC e para que se compreenda a sua essência, é necessária a introdução a esses conceitos. O lazer, descrito por Dumazedier (1976 apud LIMA, 2007) como ocupações às quais o indivíduo se entrega voluntariamente para descanso, recreação, entretenimento ou autodesenvolvimento, demonstra ser a relação com o tempo livre em que o indivíduo se desprende de obrigações formais perante a sociedade, tais como o trabalho e a família, e se permite desfrutar de uma riqueza de possibilidades para seu desenvolvimento pessoal e consequente melhoria da qualidade de vida. Segundo Oleias,
“O lazer, em sua forma ideal, seria um instrumento de promoção social, servindo para: auxiliar no rompimento da
alienação do trabalho, apresentando-se politicamente como um mecanismo inovador aos trabalhadores na medida em que estabelece novas perspectivas de relacionamento social; promover a integração do ser humano livremente no seu contexto social, onde este meio serviria para o desenvolvimento de sua capacidade crítica, criativa e transformadora; e proporcionar condições de bem-estar físico e mental do ser humano. (OLEIAS, 2003)
”
A recreação é considerada por muitos estudiosos como uma das possibilidades do lazer, indo além da visão de que é apenas uma reprodução de jogos e brincadeiras de forma acrítica. Compreendida num sentido mais amplo, a recreação se revela como uma forma não apenas de recreio e divertimento, mas também de recriação, de dar vida nova. (MARCELLINO, 1987 apud SILVA ET AL, 2011). É o que destaca Silva et al. (2011), ao apresentar as origens etimológicas do termo como fundamento para a discussão de sua definição: “Recreatio (que representa recreio, divertimento), proveniente do latim, sendo derivada do vocábulo recreare, com o sentido de reproduzir, restabelecer, recuperar”. Desta forma, além do divertimento, se evidencia o objetivo de recuperação para o trabalho, o que relaciona a recreação ao lazer.
17
2.2 Relações Homem x Espaço
18
A todo o momento, o ser humano se relaciona com o espaço que ocupa. Seja no trabalho, em casa, nos locais de estudo, em parques e praças, a apropriação é inevitável e uma relação quase recíproca se estabelece: o homem se molda ao espaço e este vai sendo transformado para atender às necessidades humanas. Desta forma, é importante que se estude a percepção ambiental para que sejam compreendidas as relações humanas com o ambiente. Segundo Fernandes et al. (2004), “Os projetistas não devem se preocupar só com a construção que se faz, mas com a composição em relação ao ambiente”. O autor Edward T. Hall, amparado por suas observações e experimentações, desenvolve um termo específico para o estudo das relações do homem com o espaço. “Proxemia (grifo nosso) foi o termo que criei para me referir às observações e teorias inter-relacionadas, relativas ao uso que o homem faz do espaço como elaboração especializada da cultura.” (HALL, 1977, p. 13). Assim como ele, outros autores desenvolvem o estudo do comportamento social e ambiental. Okamoto explica que “Esses pesquisadores estudaram as interações espaciais entre pessoas, suas proximidades e distâncias, suas posições, sua linguagem corporal, o comportamento na interpretação cultural dos espaços entre as pessoas, seus territórios e sua privacidade”. (OKAMOTO, 2002, p. 166). A partir do estudo da proxemia, Hall categoriza os mais variados espaços e os espaços abertos ao público
- tais como as unidades do SESC- são identificados como espaços de características semifixas, ou seja, locais em que a permanência é significativa, mas não é tão duradoura quanto em locais de trabalho e repouso, por exemplo. Além disso, os espaços de características semifixas são subcategorizados em Espaços Sociofugidios, que são aqueles onde a tendência é manter as pessoas afastadas, como salas de espera de rodoviárias e aeroportos, e Espaços Sociopelatados, onde as pessoas tendem a ficar mais próximas, como as mesas de calçada num café francês. Segundo Okamoto (2002, p. 167), “todo homem tem necessidade do espaço territorial, e a utilização desse espaço influencia seu relacionamento com os outros”. Para a concepção de um centro de lazer, é preciso observar que tanto os Espaços Sociofugidios quanto os Espaços Sociopelatados têm sua importância para o desenvolvimento do ser humano e, portanto, devem coexistir em seus programas. Da mesma forma, devem ser proporcionadas áreas diversas de forma tal que as distâncias empregadas pelos usuários possam ser as mais variadas possíveis. Ou seja, um SESC não se limita ao convívio social, ou a atividades individuais de contemplação e estudo; é preciso oferecer aos seus frequentadores a liberdade de escolha para que eles possam se desenvolver conforme suas necessidades.
3 SESC
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O SESC, Serviço Social do Comércio, foi criado em 1946 por iniciativa de uma união de empresários para melhorias na qualificação da mão de obra e nas condições de vida dos trabalhadores. Como entidade destinada ao bem-estar e assistência dos trabalhadores do comércio e serviços e seus familiares tinha atendimento primordial voltado à saúde, nutrição e lazer desse público. Ao longo de sua história, o SESC SP aprimorou a abordagem de sua tecnologia social, incorporando, além do atendimento assistencial nas décadas de 1940 e 1950, princípios de ação comunitária e programas sócioeducativos implementados durante o tempo de lazer. Desse modo, está em permanente atualização e, portanto, renova sua proposta educativa, sempre enfatizando os aspectos mais importantes para o bem-estar de seu público preferencial. Seguindo fundamentos mais apropriados ao desenvolvimento das potencialidades de crianças, de adultos e jovens e, à melhoria da qualidade de vida como um todo, os programas são concebidos de forma ética, com vistas ao exercício pleno e democrático da cidadania. Desse 20
modo, a entidade tem demonstrado a viabilidade social de estratégias que combinam cultura, educação social e assistência. Para levar a termo esse amplo ideário, o SESC São Paulo, cioso por desempenhar um papel relevante junto ao público contou permanentemente com a contribuição de profissionais, como foi o caso do sociólogo francês Joffre Dumazedier que nos anos 1970 e 1980 assessorou a entidade na implementação conceitual da ação e animação sociocultural e nas diretrizes educativas mais adequadas ao lazer do trabalhador, durante seu tempo livre. Nessa direção, o SESC SP tem somado, até a atualidade, outras contribuições de pesquisadores da área e de teóricos renomados como o são Edgar Morin e Domenico De Masi. Ao longo dos anos, o SESC inovou ao introduzir novos modelos de ação cultural e sublinhou, na década de 1980, a educação como pressuposto para a transformação social. A concretização desse propósito se deu por uma intensa atuação no campo da cultura e suas diferentes manifestações, destinadas a todos os públicos, em diversas faixas etárias e estratos sociais. Isso não significa
apenas oferecer uma grande diversidade de eventos, mas efetivamente contribuir para experiências mais duradouras e significativas. No Estado de São Paulo, o SESC conta com uma rede de 32 unidades, em sua maioria centros culturais e desportivos. Oferece, também, atividades de turismo social, programas de saúde e de educação ambiental, programas especiais para crianças e terceira idade, além dos pioneiros Mesa Brasil SESC São Paulo, de combate à fome e ao desperdício de alimentos, e Internet Livre, de inclusão SESC Pompeia - SP
SESC Itaquera - SP
SESC Interlagos - SP
digital. O SESC desenvolve, assim, uma ação de educação informal e permanente com intuito de valorizar as pessoas ao estimular a autonomia pessoal, a interação e o contato com expressões e modos diversos de pensar, agir e sentir. Fonte: SESC SP, 2014.
SESC Vila Mariana - SP
SESC Pinheiros - SP
SESC Belenzinho- SP
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4 ESTUDOS DE CASO
23
4.1 Parque da Juventude (São Paulo-SP) Com projeto do escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos e paisagismo de Rosa Grena Kliass, o Parque da Juventude foi implantado na área do antigo complexo penitenciário do Carandiru, na zona norte de São Paulo. Sua área é de 240.000m2 e seu programa abrange atividades esportivas, de recreação infantil, de contemplação e eventos culturais, distribuídas em três setores: Parque Esportivo, Parque Central e Parque Institucional.
FORÇAS
· Setorização que facilita o uso aos seus frequentadores. · Multiplicidade de usos. · Novas áreas verdes. · Preservação da memória do local. · Fácil acesso. 24
Fonte: SALAZAR, 2011.
FRAQUEZAS
· Dificuldade de mobiliário urbano para reposição. · Grandes distâncias entre os setores.
AMEAÇAS OPORTUNIDADES
· Maior integração com o curso d’água.
· Peitoril da muralha em concreto, facilitando o esconderijo de usuários. · Presídios próximos.
4.2 SESC Interlagos (São Paulo-SP)
Fonte: SESC SP, 2013.
FORÇAS
· Amplitude dos espaços. · Integração com as áreas verdes.
FRAQUEZAS
· Sede social distante do acesso de pedestres.
Projeto de Botti Rubin Arquitetos, o complexo com características campestres, instalado em uma área de 500 mil m2, reúne natureza, lazer, atividades culturais e esportivas. O espaço tem uma reserva da Mata Atlântica, viveiro de plantas, parque aquático, conjunto esportivo com ginásio de esportes, quadras externas, pista de atletismo, trilhas para caminhada e amplos espaços para piqueniques, banhos de sol e descanso. Sua sede social abriga hall de exposições, teatro com 330 lugares, sala de leitura, internet livre, ludoteca - espaço destinado às apresentações dos espetáculos infantis lanchonete, restaurante e área de convivência. Para as crianças há playgrounds, casa da árvore, jacaré gigante, recanto das águas e a brinquedoteca.
OPORTUNIDADES
· Maior integração com entorno.
AMEAÇAS
· Descuidos com a manutenção.
25
4.3 SESC Pompeia (São Paulo-SP)
O projeto de Lina Bo Bardi para o centro de lazer no bairro da Pompeia proporciona a convivência entre as pessoas através de um programa abrangente e inclusivo. Com a revitalização de uma antiga fábrica de tambores e a criação de um bloco esportivo emblemático, os espaços são dedicados à prática livre de atividades que desenvolvem o ser humano.
FORÇAS
26
· Ressignificação dos espaços. · Liberdade de estruturas. · Integração com a cidade.
Acervo Pessoal.
FRAQUEZAS
· Acesso ao metrô pouco privilegiado.
OPORTUNIDADES
· Maior integração com as áreas verdes.
AMEAÇAS
· Enchentes.
4.4 Concurso SESC Guarulhos
Projeto de Dal Pian Arquitetos Associados, o vencedor do concurso para o SESC Guarulhos, hoje em fase de construção, apresenta soluções modernas e distribui o programa de forma fluida em torno de um eixo central, articulando os fluxos por meio de um sistema de rampas. Sua implantação cria uma boa relação com o meio externo. Fonte: Concursos de Projeto, 2009.
FORÇAS
· Fácil identificação dos espaços. · Conexão central pelo sistema de rampas.
OPORTUNIDADES
· Maior integração com as áreas verdes. 27
5 ÁREA DE INTERVENÇÃO
29
Brasil_S達o Paulo_Mogi das Cruzes_Parque Santana Fonte: Google Maps, 2013. Org. pela autora.
30
Cajamar Pirapora do Bom Jesus
Francisco Morato Franco da Rocha Caieiras
Guarulhos
Santana de Parnaíba
Vargem Grande Paulista
Cotia
Itapecerica da Serra
São Lourenço Embu-Guaçu da Serra
Arujá Guararema
Itaquaquecetuba
Barueri Osasco Jandira São Paulo Carapicuíba Itapevi Taboão da Serra Embu das Artes
5.1 Mogi das Cruzes
Santa Isabel
Mairiporã
São Caetano do Sul Diadema
Poá Ferraz de Vasconcelos Suzano
Mogi das Cruzes
Salesópolis Biritiba Mirim
Santo Mauá André
Ribeirão Pires Rio Grande da Serra
São Bernardo do Campo
Juquitiba Região Metropolitana de São Paulo Fonte: GUARULHOS, 2013. Org. pela autora.
Segundo a Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes – PMMC - (2013a), o município está situado a menos de 50 quilômetros da capital paulista, e possui localização privilegiada (Fig. 06) na Região Leste da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), com proximidade a importantes regiões econômicas como o ABC paulista, Vale do Paraíba e Baixada Santista, além de fácil acesso ao Aeroporto Internacional de Guarulhos e aos portos de Santos e São Sebastião. De acordo com a PMMC (2013a), Mogi das Cruzes representa o principal polo econômico e populacional
da região do Alto Tietê e, por ser servida por importantes rodovias como Ayrton Senna (SP-70), Presidente Dutra (BR-116) e Rio-Santos (SP-55), além da malha ferroviária de transporte de passageiros (Linha 11-CPTM) e cargas, se configura como um importante centro logístico para a região. Com território de 731 km2 divido administrativamente em oito distritos (Fig. 07), sendo 208 km2 de área urbana, a população mogiana, segundo o IBGE (2010), é de aproximadamente 387.779 habitantes, com 92,14% residentes em área urbana.
31
5.2 Cultura, Esporte e Lazer no município 10
7 13
12
9
1
14 2
5 3
2
4
1
6
8 11
Equipamentos de Cultura, Esporte e Lazer no Município Fonte: Google Maps, 2014. Org. pela autora.
Cultura
Parques Urbanos
Esportes
1 Casarão do Carmo
9 Parque Botyra Camorim Gatti
13 Ginásio Municipal de Esportes
2 Arquivo Histórico e Biblioteca Municipal
10 P arque Centenário
14 Estádio Municipal
3 Centro de Cidadania e Arte - Ciarte
11 Parque Leon Feffer
4 Museu Histórico “Profa. Guiomar Pinheiro Franco”
12 Ilha Marabá
1 Estação Estudantes
5 Centro de Cultura e Memória “Expedicionários Mogianos” 6 Theatro Vasques
2 Estação Mogi das Cruzes
7 Auditório do CEMFORPE 8 Galpão Arthur Netto
33
Cultura Mogi das Cruzes, por suas ligações com a vila de São Paulo já no segundo século da colonização do Brasil, “conta com uma tradição cultural das mais antigas e historicamente assentadas da região metropolitana”. (PMMC, 1999 apud SANTOS, 2007). De acordo com a PMMC (IBIDEM, 2007), “dadas suas características produtivas originais, a cultura mogiana conta com um forte componente rural, à qual se agregou desde muito cedo a componente religiosa”.A importância dessas manifestações, que perduram até os dias de hoje, se evidencia na preocupação do município em preservá-las:
“Mogi das Cruzes possui seis manifestações culturais que foram
selecionadas pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural, Artístico e Paisagístico de Mogi das Cruzes
(COMPHAP) e pelo Conselho Municipal de Cultura, em 2007, para que fossem registradas como Bens Culturais de Natureza Imaterial, a
” (JOAQUIM, 2013)
saber: Festa do Divino Espírito Santo, Festa de São Benedito, Entrada dos Palmitos, Afogado, Congada e Moçambique.
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Galpão Arthur Netto
Somada às tradições locais, as manifestações ligadas à imigração japonesa se tornaram parte fundamental da cultura mogiana. Eventos como o Furusato Matsuri – festival agrícola – e o Akimatsuri (Festa de Outono), fazem parte do calendário oficial da cidade. Embora preserve manifestações tradicionais até hoje, a cultura do município, como de tantos outros, sofreu com a produção cultural genérica, que acaba confundindo a identidade local.
“A despeito dessa riqueza de origem, o ingresso pioneiro do Município no ciclo econômico dominado pela produção industrial ainda nas
décadas de 30 e 40, provocando acelerada urbanização, levou à perda de muitas das características originais do traçado urbanístico e
da arquitetura. A população, urbanizando-se, também, rapidamente,
abandonou muitas das tradições religiosos/rurais, ingressando
”
categoricamente no circuito da cultura de massa, originalmente através do cinema e rádio e, posteriormente, da televisão.
(PMMC, 1999 apud SANTOS, 2007)
Jabuticaqui
Canarinhos do Itapety
Comparativo – Fundações privadas e associações sem fins lucrativos (IBGE, 2010)
CULTURA E RECREAÇÃO Em contrapartida, conforme destaca a PMMC (IBIDEM, 2007), “emergiu, por outro lado, em Mogi das Cruzes, a partir da década de 60 e 70, com vigor, oferta cultural relevante, com a implantação das duas universidades privadas [...].” Paralelamente, surge o TEM – Teatro Experimental Mogiano. Atualmente, Mogi das Cruzes possui uma rica produção cultural, com atividades desenvolvidas pelas várias companhias de dança e teatro e escolas de música e arte. Além disso, seu calendário contempla diversos eventos e manifestações culturais. Dentre eles, está o Festival de Inverno e a Virada Cultural Paulista, com apresentações e oficinas que se distribuem por toda a cidade. No entanto, muitas das atividades culturais desenvolvidas no município acontecem em espaços improvisados. Faltam espaços abertos ao público destinados à cultura e os parques urbanos da cidade, como maiores equipamentos de lazer, por exemplo, não participam significativamente da programação por não disporem de infraestrutura adequada.
MOGI DAS CRUZES 387.779 Habitantes
FRANCA
336.734 Habitantes
JUNDIAÍ
393.920 Habitantes
58 72 89
Akimatsuri
Festa do Divino Espírito Santo
Entrada dos Palmitos 35
Esporte O esporte em Mogi das Cruzes exerce um papel importante como política pública de lazer e de desenvolvimento do cidadão. A Secretaria de Esporte e Lazer do município, com a missão de “levar a prática de esportes e lazer para todos os segmentos da população” (SECRETARIA DE ESPORTE E LAZER, 2013), promove programas de recreação em espaços públicos, além de incentivar o esporte amador. Dentre os projetos promovidos pelo poder público, estão as Escolinhas de Esportes nos Centros Esportivos; a parceria com projeto Escola Integral, que leva “aulas de iniciação esportiva e de lazer para os alunos, no período em que as crianças não estão em sala de aula” (IBIDEM, 2013); o Mogi Paraolímpico, que busca “incentivar a prática de esportes por pessoas com deficiência, melhorando a qualidade de vida dessas pessoas e promovendo a inclusão social” (IBIDEM, 2013); e o Viva Mais Esporte, que leva profissionais da área aos espaços públicos para
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desenvolver atividades esportivas com a população local, em todas as faixas etárias. O calendário esportivo da cidade traz os Jogos da Cidade, que no ano de 2013 se estendeu entre os meses de maio e dezembro e abrangeu diversas modalidades, com a participação de equipes formadas por moradores do município. Além disso, o município sediou naquele ano, os Jogos Abertos “Horácio Baby Barioni”, trazendo milhares de atletas profissionais do interior do Estado de São Paulo para as competições. Em relação à infraestrutura, Mogi das Cruzes conta com um ginásio e um estádio municipais com capacidade para aproximadamente cinco mil e dez mil pessoas, respectivamente; praças com equipamentos conhecidos como Academias da Terceira Idade; e dez Centros Esportivos localizados em diversas regiões da cidade. É importante destacar que o bairro Parque Santana e seu entorno, compreendido pelo Alto Ipiranga e o Centro, não possuem nenhum centro esportivo municipal.
Mogi Paraolímpico
Parque Botyra Camorim Gatti
Praça do Ginásio Municipal
Equipe Mogiana de Basquete 37
5.3 Legislação No que se refere à legislação e aos órgãos competentes, o desenvolvimento de equipamentos urbanos de lazer deve ser amparado pelo conhecimento dos seguintes itens: a) Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 - Art. 24, que demonstra a conquista dos cidadãos no que se refere ao lazer sobre a jornada de trabalho: “Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e férias periódicas remuneradas.” (ONU, 1948). b) Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 - Art. 6º, que trata o lazer como um dos direitos sociais do cidadão brasileiro: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (BRASIL, 1988).” E artigo 22, que define que “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
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preservá- lo para as presentes e futuras gerações.” (IBIDEM, 1988) c) Lei Federal n. 10.257, de 10 de junho de 2001, denominada Estatuto da Cidade, que estabelece diretrizes gerais da política urbana, demonstrando em vários dos seus artigos a preocupação ambiental e com o bem estar da população: e) Decreto N.º 12.342, de 27 de setembro de 1978, denominado Código Sanitário do Estado de São Paulo, que “dispõe sobre normas de promoção, preservação e recuperação da saúde no campo de competência da Secretaria de Estado da Saúde”. Nesta lei constam dimensões mínimas de compartimentos das edificações, parâmetros para vestiários, piscinas, entre outros. f) NBR 9050, que determina normas para “acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos”. (ABNT, 2004).
a) Plano Diretor O Capítulo V do Plano Diretor do Município de Mogi das Cruzes traz no Art. 33 as diretrizes da Política Municipal de Cultura. Dentre elas, estão previstas: “XIII - criação de pólos comunitários de cultura, [...] de produção e consumo de bens culturais, com a instalação de equipamentos culturais, tais como: teatro, biblioteca, cinema, museu, sala de exposições, centros de cultura popular, casa do artesão, entre outros; [...] XV - construção de um centro cultural que possibilite a formação e irradiação de conhecimento humano”. (PMMC, 2006). Já o Capítulo XII, que trata da Política Municipal de Esporte, Lazer e Recreação, traz no Art. 76, item V, como uma de suas diretrizes, “adequar os locais já existentes para a prática de esportes e atividades de lazer e recreação, visando ao atendimento pleno às crianças, adolescentes, portadores de necessidades especiais, idosos e gestantes”. (IBIDEM). Desta forma, verifica-se que propostas que visem à requalificação dos espaços existentes e a implantação de novos equipamentos para a área de estudo são compatíveis com a legislação municipal. ZR-3
{
Taxa de Ocupação (TO) = 55% Índice de Aproveitamento (IO) = 1,5 Índice de Elevação (IE) = 3 Recuo Frontal = 5m Recuo Lateral = 1,5m Taxa de Permeabilidade (TP) = 10%
5.3.1 Legislação Municipal b) Zoneamento A área de implantação do projeto, conforme a figura abaixo, está localizada entre duas zonas residenciais: ZR-3 e ZR-4.
ZR-4
ZR-3
Zoneamento da área de estudo. Fonte: PMMC, 2011. Org. pela autora.
De acordo com a Lei nº 2.683/82 - Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (LOUOS), ambas as zonas permitem a implantação de um complexo social de lazer, identificados na lei sob o uso INS-2 (uso institucional). A tabela a seguir demonstra as restrições de ocupação de cada zona. Conforme consulta à PMMC, a ZR-3, com índices urbanísticos mais restritivos, deve ser adotada para o desenvolvimento de projeto na área. ZR-4
{
Taxa de Ocupação (TO) = 60% Índice de Aproveitamento (IO) = 2,5 Índice de Elevação (IE) = 4 Recuo Frontal = 5m Recuo Lateral = 1,5m Taxa de Permeabilidade (TP) = Ø
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5.4 O Bairro Parque Santana
Localizado no Distrito Sede do município de Mogi das Cruzes, o Parque Santana - está próximo ao Centro da cidade e mantém características predominantemente residenciais. O bairro é acessado por importantes vias, como a Rua Ipiranga, a Avenida Henrique Eroles e a Rua Doutor Deodato Wertheimer, sendo esta o início da Rodovia Mogi-Bertioga, o que faz com que a área tenha relevância não apenas a nível municipal, mas também, em caráter intermunicipal.
Acervo Pessoal
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Parque Santana_Área de Intervenção
Parque Santana
Área de Intervenção
Fonte: Google Maps, 2013. Org. pela autora.
41
5.5 A área Com acesso atual pela Rua Francisco Affonso de Melo, o local de implantação do projeto abrigou por muitos anos as instalações do Campestre Clube de Mogi das Cruzes. A área revela características de parques urbanos acolhedores, que se abrem para a cidade, ao mesmo tempo em que preservam uma relação mais íntima com o bairro em que se inserem. Seus grandes taludes, com desníveis médios de 5m, proporcionam nos platôs belas visuais (vide ilustração) para a área como um todo e para ângulos privilegiados da cidade. O terreno possui área de 86.615,38m2, distribuídos em níveis que variam das cotas 745,00 a 765,00.
Acervo Pessoal
42
1
2 3
5
1
3
6
4
2
Levantamento Fotográfico dos Acessos Fonte: Google Earth, 2013. Org. pela autora.
4 5
1 Rua Francisco Affonso de Melo 2 Piscinão do Parque Santana 3 Rua Prof. Benedito L. A. de Toledo 4 Rua Jardelina de Almeida Lopes 5 Rua Antônio de M. Mello 6 Rua Voluntário Benedito A. Dias
6 43
Equipamentos da Área Fonte: Google Earth, 2013. Org. pela autora.
1 2
A imagem a seguir demonstra os equipamentos que existem hoje no local. Até o seu fechamento pela Prefeitura de Mogi das Cruzes, em março de 2014, mantinham-se em funcionamento apenas o ginásio e o campo de futebol. Os demais equipamentos, excetuandose a portaria, se encontram em estado de abandono e sem condições de recuperação. O lago, onde por muito tempo foi possível a prática da pesca, hoje está tomado por entulhos.
44
4
3 5 6 8 11
9
10
13
7
12
1 Portaria
8 Vestiários
2 Ginásio
9 Academia
3 Quiosques
10 Apoio - Escolinha de Futebol
4 Parque Aquático
11 Salão de Jogos
5 Lago
12 Galpão
6 Quadra Poliesportiva
13 Campo
7 Campo de Futebol
2
1
3
4
1 Portaria 2 Ginรกsio 3 Quadra Poliesportiva 4 Quiosques 5 Campo de Futebol
Acervo Pessoal
7
6 Parque Aquรกtico
5
6
8
7 Lago 8 Vestiรกrios
45
5.6 Infraestrutura e Entorno
No mapa de cheios e vazios, é possível verificar a intensa ocupação no entorno da área de estudo.
46
Áreas Edificadas
Vazios
Cheios e Vazios Fonte: Google Earth, 2013. Org. pela autora.
Área de Estudo
Hierarquia Viária e Transportes
Hierarquia Viária e Transportes
A área de implantação possui acesso a importantes vias do município (conforme levantamento acima), como a Rua Ipiranga e a Rua Doutor Deodato Wertheimer, ambas com função de via arterial principal, sendo a última o início da rodovia que liga Mogi das Cruzes ao município de Bertioga; a Avenida Henrique Eroles, com papel de via arterial secundária; a Rua Jardelina de Almeida Lopes, uma importante via coletora do bairro; e a Avenida Pedro Machado, Fonte: PMMC, 2013. Org. pela autora.
importante para o bairro vizinho, o Mogilar. A localização em relação a tais vias expressa a posição privilegiada da área, não apenas no âmbito municipal, como também regional, permitindo o acesso de visitantes de toda a região do Alto Tietê, via Rua Ipiranga, bem como do litoral norte, via Mogi-Bertioga. 47
Gabarito
As construções no entorno da área são, em sua maioria, edificações térreas ou assobradadas. Destacam-se alguns prédios de gabaritos altos, principalmente na rua de acesso à área (Rua Francisco Affonso de Melo), onde existe uma quantidade significativa de edifícios residenciais que exercem grande influência sobre a região.
48
Gabarito Fonte: PMMC, 2013. Org. pela autora.
Uso do solo. Fonte: PMMC, 2013. Org. pela autora.
A ocupação nas proximidades da área de estudo tem como uso predominante o uso residencial (conforme o mapa acima). Contudo, verifica-se a presença de um comércio significativo junto às vias arteriais, além de alguns equipamentos institucionais, como escolas e igrejas. A presença de escolas próximas enfatiza o potencial da área para a implantação de um SESC, que dentre seus programas, possui o Programa Curumim, que desenvolve atividades
Uso do Solo e Principais Equipamentos
lúdico-pedagógicas com as crianças no contraturno escolar. É importante destacar a presença do Ribeirão Ipiranga (destacado no mapa como curso d’água), que apesar de não estar canalizado, tem pouca integração com o bairro. Suas margens não foram preservadas e hoje as construções se separam dele apenas por muros, muitas vezes, não respeitando recuo algum. 49
Equipamentos Urbanos
Equipamentos Urbanos Fonte: PMMC, 2013. Org. pela autora.
50
5.7 Histórico do Local
Fundado em 1974, “por iniciativa do ex-deputado Maurício Najar, logo após a desativação da Companhia Siderúrgica de Mogi das Cruzes (Cosim), para dar lazer a seus antigos funcionários e aos trabalhadores metalúrgicos de Mogi” (VALENTE, 2012), o antigo Clube Siderúrgico exerceu papel importante para o lazer de muitos cidadãos da cidade de Mogi das Cruzes, chegando a três mil sócios à época. Por volta de 1985, segundo o atual presidente Mendes (2013), o clube passou a ter o nome Campestre Clube e ampliou a possibilidade de associação, permitindo não só funcionários do setor metalúrgico, mas qualquer cidadão em condições de se associar. Isso fez com que o clube chegasse a ter aproximadamente cinco mil sócios, durante uma fase de aproximadamente doze anos. Mendes (IBIDEM, 2013) diz que na década de 1990, o clube teve carnavais que se destacaram na cidade.
No ano de 2003, após a desapropriação de uma parcela da área do clube, foi inaugurado pela Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes o Piscinão de Mogi das Cruzes, um reservatório com “capacidade para armazenar 90 mil metros cúbicos de água, o equivalente a 90 milhões de litros. O piscinão retém a água da chuva, amenizando os riscos de alagamentos.” (G1, 2013). De acordo com Mendes (2013), a implantação do reservatório se fez onde antes havia um campo oficial de futebol e um campo society.
“(...) a construção do Piscinão contribuiu para o declínio do Clube. Muitos sócios deixaram de frequentá-lo. A prefeitura nos disse que faria uma quadra poliesportiva na área quando não estivesse
inundada; realmente fez, mas ela é inútil. Na primeira semana, o
local ficou aberto para a população; depois, nunca mais foi reaberto.
”(IBIDEM,2013)
Mesmo porque, depois de uma enchente, teria que se esterilizar a área, o que não é feito.
51
Devido a más administrações, o Clube contraiu muitas dívidas com o poder público, culminando com a apropriação da área pela Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes, em março de 2014. Segundo Valente (2012), a PMMC aguardava “somente os desdobramentos judiciais de uma ação de execução fiscal [...] para dar o xeque-mate e incorporar o amplo espaço localizado no Parque Santana ao patrimônio municipal”. Afirma ainda que
“o
próximo passo, após a Prefeitura tomar posse, será a
transformação da área no Parque da Cidade, um local dotado de quadras, campos de futebol, muitas árvores e atrativos, que ficará
” (IBIDEM, 2012)
permanentemente à disposição da comunidade daquela região e de outros pontos da cidade.
52
Questionada a respeito do desenvolvimento de projetos para a área, a Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes afirma ainda não ter nada formalizado, visto que era necessária a finalização dos processos de incorporação ao patrimônio da cidade. Com relação à estrutura existente, Mendes (2013) diz que hoje a maioria das edificações está desativada, inclusive a piscina, e que apenas o ginásio continua ativo. Dentre os espaços abertos, apenas o campo de futebol continua em funcionamento. A área de lazer infantil e os quiosques encontram-se sem condições mínimas de uso. Havia, inclusive, um pequeno lago para pesca que hoje se camufla em meio à vegetação que cresce abandonada.
6 PROJETO
53
6.1 Conceito e Partido
O desenvolvimento do complexo de lazer busca promover o desenvolvimento físico e intelectual do indivíduo, aliado a possibilidades de descanso e integração social. Além disso, é explorada, também, a relação do indivíduo com a natureza, através da preservação das áreas verdes existentes e da recuperação do lago.
O projeto parte de um novo acesso à área, pela Rua Jardelina de Almeida Lopes, de forma a criar um acesso mais amplo aos pedestres e a revelar as visuais da paisagem que se têm através de um nível privilegiado. Dentre as estruturas existentes, preservou-se o ginásio, a fim de guardar parte da memória do local.
LAZER DESENVOLVIMENTO (FÍSICO + INTELECTUAL) DESCANSO INTEGRAÇÃO SOCIAL 55
6.2 Setorização
56
6.3 Fluxograma Café com Cultura Área Infantil
Teatro Pavimento Superior
Tecnologia e internet
Atendimento e Loja SESC
Oficinas culturais
Salas Flexíveis Convivência Edifício Sede Lago / Contemplação SESC Mogi
Pavimento Térreo
Práticas Esportivas ao ar livre
Sanitários
Praça Interna/ Circulação Vertical
Odontologia
Núcleo Gerencial
Exposições Recepção
Biblioteca
Apoio Operacional
Teatro (Camarins)
Vestiários Sanitários
Atividades Aquáticas Estacionamento
Ginásio Aquático
Primeiros socorros
Solarium / Piscinas Externas
Exame médico Aquecimento físico Piscina semiolímpica Piscina infantil Tanques para banho
Depósito
Pavimento Inferior
Convivência
Comedoria Quadras esportivas Salas para atividades físicas Ginástica Multifuncional Ambulatório
Vestiários
Com a definição dos ambientes que compõem o conjunto e a identificação das conexões entre eles, a distribuição do programa se torna mais dinâmica.
57
6.4 Programa de Necessidades Ambientes Edifício Sede Térreo Serviços odontológicos Salas multifuncionais Convivência Atendimento e Loja Sesc Praça interna Teatro Circulação vertical Sanitários Exposições Circulações e vivência
Total:
329,69 317,91 310,00 275,31 173,3 803,25 67,34 50,80 160,49 228,02 2716,11
Quadras Depósito para materiais esportivos Comedoria Vestiários Praça interna Convivência Circulação vertical Ambulatório Salas para atividades físicas Ginástica multifuncional Circulações e vivência Total:
1741,74 48,26 793,8 202,49 180,34 421,59 67,34 48,75 369,65 281,96 415,42 4571,34
Inferior
58
Área (m2)
Ambientes Superior Teatro (Foyer e Apoio) Circulação vertical Área infantil Sanitários Praça interna Café com cultura Oficinas culturais Biblioteca Tecnologia e internet Núcleo gerencial Apoio operacional Circulações e vivência
Total: Área 4571,34 (m2)
Total:
369,38 67,34 144,6 50,80 116,7 262,50 424,96 428,73 349,75 401,74 239,56 1025,87 3881,93
Ginásio Aquático Térreo Atendimento Vestiários Primeiros socorros Avaliação médica Depósito Área de aquecimento / alongamento Piscina semiolímpica Piscina infantil Tanques - banho individual Total:
325,23 103,31 25,05 15,44 15,40 151,29 312,50 16,50 8,00 1163,21
Vestiários Externos Total:
95,90
Área Construída Total 12428,49
FRANCA
333.734 Habitantes
média de 2.500 atendimentos diários
GUARULHOS 1.222.979 Habitantes
média de 2.500 atendimentos diários
MOGI DAS CRUZES 387.779 Habitantes
média adotada de 2.500 atendimentos diários
Com base em programas de solicitações recentes do SESC em concursos de projetos para novas unidades no Estado de São Paulo, estabeleceu-se um comparativo entre Mogi das Cruzes e os municípios e suas respectivas
populações. Com a identificação dos programas dos SESCs Franca e Guarulhos como referência, buscou-se aproximá-los das necessidades de Mogi das Cruzes e das características do terreno e seu entorno.
59
6.5 Estudo de Impacto de Vizinhança
1
2 4
5
1 Rua Ipiranga 2 Av. Henrique Eroles 3 R. Jardelina de A. Lopes 4 Rua Lara 5 R. Francisco A. de Melo 6 R. Prof. Benedito L. Arouche 7 Rua Dr. Deodato Wertheimer 8 Av. Pedro Machado
3
6 7
Curso d’água Ponto de ônibus existente Ponto de ônibus proposto
8
Impacto visual Impacto sonoro Estudo de Impacto de Vizinhança
60
Impacto no fluxo de veículos
Fonte: PMMC, 2013. Org. pela autora.
IMPACTO NO FLUXO DE VEÍCULOS
Como principais possibilidades de acesso, a rota formada por Rua Ipiranga - Avenida Henrique Eroles - Rua Jardelina de A. Lopes - Rua Prof. Benedito L. Arouche e a que se configura por Rua Ipiranga - Rua Lara / Rua Francisco A. de Melo - Rua Prof. Benedito L. Arouche, estão sujeitas a um aumento do fluxo de veículos, principalmente em dias de eventos culturais expressivos. Por esse motivo, a fim de que se evitem congestionamentos com a desaceleração para entrada e, principalmente, para que se privilegie o acesso por transporte público, a área de estacionamentos é implantada na Rua Prof. Benedito L. Arouche, que não limita as rotas de acesso a apenas uma.
IMPACTO VISUAL
A implantação de edificações de gabarito baixo gera um baixo impacto visual para o entorno. Além disso, a vegetação proposta preserva as características da área.
IMPACTO NO TRANSPORTE PÚBLICO
A via que dá acesso à entrada principal do complexo (Rua Jardelina de Almeida Lopes), recebe atualmente a linha 304 (Terminal Estudantes - Vila Rachel) de ônibus municipal. No entanto, o ponto de ônibus mais próximo favorece pouco a área. São propostos dois novos pontos mais próximos, um em cada sentido da via, servindo não apenas ao acesso à àrea, como também ao entorno residencial, hoje pouco favorecido pelo transporte público.
IMPACTO SONORO
Com a implantação do setor aquático, que possui área de lazer externa, e do setor de atividades físicas ao ar livre, com várias possibilidades de lazer coletivo, a produção sonora cresce, podendo afetar a vizinhança, que, em sua maioria, possui edificações residenciais. Para que se amenizem seus efeitos, propõe-se a preservação e/ou aumento da vegetação existente nas divisas do terreno, criando-se uma barreira vegetal. 61
6.6 Processo Criativo Implantação
Estudo 01 - Proposta com manutenção do ginásio com suas características atuais; setor esportivo com quadras, campo de futebol e parte das atividades aquáticas; ampliação da lâmina d’água existente; setor cultural com acesso pela entrada principal.
62
Estudo 02 - Proposta com setorização mais definida: setor aquático na cota mais alta do terreno; setor cultural junto ao acesso principal; redesenho do lago; e concentração das atividades esportivas externas.
A) Análise da topografia do terreno para a definição de platôs compatíveis com os acessos.
C) Maquete de estudo.
B) Setorização das atividades. 63
Estudo 03 - Proposta de intervenção mínima nos platôs existentes, com pequenas movimentações de terra. Diretrizes urbanas: conexão com leste da cidade através de praça pública e lagoa de retenção.
A) Movimentação de terra
64
B) Conexões e acessos
Edifício Sede
Estudo 01 - Estudos de volumetria para edifícios com gabarito entre 2 e 3 pavimentos.
Estudo 02 - Estudo de distribuição do programa.
Estudo 03 - Proposta de volumetria e adaptação aos desníveis do terreno.
A) Estudo de volumetria
Ginásio Aquático Estudo 01 - Estudos para a valorização da volumetria existente.
Estudo 02 - Estudos de distribuição do programa.
A) Estudo de volumetria
B) Modulação estrutural e distribuição do programa
65
6.7 Diretrizes Urbanas 3
1 - Revisão do Piscinão do Parque Santana (R. Francisco Affonso de Melo), o transformando em uma Lagoa de Retenção, com lâmina d’água permanente e criação de praça pública entre a Rua Antônio de M. Mello e a Rua Vereador Benedicto A. Dias, criando uma conexão com o leste do município.
1
2
2 - Novos pontos de ônibus. Rua Jardelina de A. Lopes
66
3 - Revisão passagem vertical. Rua Lara
6.8 EstratĂŠgias de Projeto A manter / A demolir
Manter
Demolir Equipamentos a manter e a demolir Fonte: Google Earth, 2014. Org. pela autora.
67
Topografia A fim de preservar ao máximo a topografia existente, são propostas pequenas movimentações de terra que favorecerão as circulações no terreno.
Maquete de estudo Topografia existente 68
Maquete eletrônica de estudo Topografia proposta
69
6.9 Implantação
Com entrada principal pela Rua Jardelina de Almeida Lopes, uma grande praça aberta ao público recepciona os usuários do SESC Mogi das Cruzes e dá acesso ao edifício sede. Localizada na cota 755,00, proporciona uma percepção geral do complexo, que apresenta outros três platôs, com cotas 745,00; 750,00 e 760,00. Os caminhos fluidos convidam o usuário a passear pelas curvas do terreno através de rampas leves, com 4% de inclinação, mas tendo a opção de utilizar as escadas metálicas distribuídas junto a elas. No caminho para o setor aquático, um bosque propicia a aproximação homemnatureza. Chegando à cota mais alta (760,00), o antigo ginásio recepciona e distribui as atividades aquáticas. No nível 750,00, espaços para atividades ao ar livre,
70
área infantil e quadras poliesportivas se integram ao nível mais baixo (745,00), onde o campo de futebol existente, canchas de areia, quadras de tênis e um conjunto de vestiários completam o programa esportivo. É neste nível em que a conexão com o leste da cidade é proposta, através da exploração da relação com o elemento água. A área do lago permite momentos de contemplação e descanso. Em seu contorno, a pista de saúde favorece momentos de desenvolvimento físico em contato com ar puro. A fim de privilegiar os pedestres na entrada principal, a entrada para estacionamento de veículos, que possui 253 vagas, foi direcionada para a Rua Prof. Benedito L. A. Toledo, com saída pela Rua Francisco Affonso de Melo, evitando a duplicação de fluxos.
71
14
15 16
1 Praça - Acesso pedestres e bicicletário 2 Edifício sede
3
3 Setor Aquático 4 Bosque 5 Atividades ao ar livre
4
6 Parque Infantil 7 Cancha de bocha e quadras poliesportivas
8
5
8 Lago
10
9
11
9 Pista de saúde 10 Quadras de tênis
6
11 Canchas de areia 12 Vestiários 13 Campo de futebol 14 Entrada de veículos 15 Saída de veículos 16 Estacionamento
72
1
2
12 6
7
13
73
6.10 EdifĂcio Sede
74
75
76
Em torno de uma praça interna, se desenvolve o programa do edifício sede do SESC que contempla atividades culturais e esportivas, serviços de saúde, alimentação, atendimento ao usuário e setores de administração e apoio da unidade. O edifício se molda ao terreno e a percepção geral criada pelo pé-direito triplo da praça localizada no piso inferior (cota 750,00), convida a uma vivência de todos os espaços. O acesso principal, pela cota 755,00, direciona o usuário à ampla área de convívio, abraçada pelas salas flexíveis, que se renovam com programações interativas, o espaço de exposições, atendimento e loja SESC e acesso aos camarins e à plateia inferior do teatro. Na área central, no vão em torno da praça, duas escadas de estrutura metálica leve conduzem o usuário aos pavimentos inferior e superior. Com acesso independente, o setor de odontologia promove serviços de prevenção e educação em saúde bucal. Acompanhando a descida do terreno, o pavimento inferior (cota 750,00) cria em torno de sua praça uma extensão das grandes áreas verdes e espaços de vivência esportiva externos. Aqui se distribuem as salas flexíveis para atividades físicas, espaço de ginástica multifuncional, duas quadras reversíveis, ambulatório e vestiários. Dando continuidade ao convívio do pavimento térreo, o espaço de convivência conduz à experiência do parque, que se revela pelo pano de vidro, e à comedoria localizada na área externa, atendendo os usuários vindos de todos os espaços do complexo.
No pavimento superior (nível 758,50), o café com cultura, com vistas agradáveis para o acesso principal do conjunto, é envolvido pelo foyer do teatro e pelo espaço dinâmico da biblioteca. A área infantil, cercada de cultura, estimula o interesse pelo conhecimento. Numa referência ao SESC Pompeia de Lina Bo Bardi, as oficinas culturais se dispõem livremente, independentes da estrutura, bem como a biblioteca e o espaço de internet. Com acesso mais reservado, as áreas administrativas e operacionais se dispõem também no piso superior. Os acessos verticais protegidos se localizam estrategicamente de forma a atender todos os setores adequadamente. Técnicas construtivas O edifício se configura a partir de estrutura de concreto armado e fechamentos em alvenaria e panos de vidro. Um brise de aço corten, com cortes feitos a laser, cria um interessante jogo de luz e sombras que protege a área de atendimento no térreo e o foyer do teatro, ao mesmo tempo em que traz vida a esses espaços. Um outro brise metálico com abertura controlável, filtra a luz que penetra pela biblioteca e as salas multifuncionais. Trazendo iluminação e ventilação central a todos os pavimentos e permitindo a preservação da vegetação da praça interna, uma cobertura metálica com aletas de aço corten que se abrem e fecham por controle remoto se estende transversalmente pelo edifício.
Inserção no terreno e cobertura
77
Modulação Estrutural
78
Corte Transversal
79
Pavimento Térreo (Nível 755,00)
11 12
1 Acessso / Conveniência 2 Acesso - Praça interna (Inferior)
3
10 7
e Pav. Superior 3 Exposições 4 Atendimento e Loja SESC 5 Salas flexíveis 6 Clínica Odontológica
8
9
2
7
7 Circulação Vertical 8 Teatro
1
9 Acesso - Plateia Inferior 10 Copa - Camarins 11 Camarins 12 Sanitários
80
4
5
6
Pavimento Inferior (Nível 750,00) 10
1 Praça Interna 2 Convivência
5
3
7
2
3 Ambulatório 4 Circulação Vertical
4
5 Salas atividades físicas 6 Ginástica Multifuncional
7
7 Vestiários 8 Quadras para esportes 9 Depósito material esportivo
8
6
1 9
10 Comedoria
81
Pavimento Superior (Nível 758,50)
10 1 Área Infantil 2 Circulação Vertical 3 Foyer - Auditório
2
4 Área técnica Auditório 5 Sanitários
5
1
7 Café com Cultura 9 Tecnologia e Internet
12 Apoio Operacional
82
10
2
8 Biblioteca
11 Núcleo Gerencial
10
10
6
6 Apoio - Auditório
10 Oficinas Culturais
12
4
5 3
5
11
8 7
9
Vista Frontal
83
Vista Lateral Esquerda
84
Vista dos Fundos
85
Detalhe Brise
86
Circulação - Pavimento Superior 87
6.11 Setor Aquรกtico
88
Localizado na cota mais alta do terreno (760,00), o setor aquático se desenvolve a partir do antigo ginásio, preservando sua estrutura. Sua implantação neste nível se justifica pelas visuais, que valorizam a vivência no solário, e pela preservação da privacidade dos usuários, que desta forma, ficam menos expostos. O ginásio compreende dois volumes de alturas diferentes. No volume mais baixo, a recepção direciona os usuários aos vestiários, salas de exame médico e primeiros socorros e ao volume que abriga as atividades aquáticas
monitoradas. O acesso para o solário e as piscinas externas se dá também por esse módulo. O volume maior, com cobertura metálica em arco, contempla a área de atividades aquáticas monitoradas, com espaço para aquecimento corporal, uma piscina semiolímpica, piscina infantil para que as crianças possam acompanhar seus pais quando estes estiverem em aula e tanques para banho. Para a inserção das piscinas e tanques, é proposta a elevação do piso, de forma a preservar a base existente, criando-se, também, um corredor técnico.
89
Inserção no terreno e cobertura
90
Planta e Corte
8 7
1 Recepção
6 Aquecimento Corporal
2 Primeiros socorros
7 Piscina Semiolímpica
3 Exame médico
8 Piscina Infantil
4 Depósito
9 Tanques para banho
5 Vestiários
9 6 5
5
1
2
3 4
91
Piscina SemiolĂmpica
92
6.12 Vestiários
Localizado no nível mais baixo do terreno (745,00), junto ao campo de futebol, o bloco de vestiários busca atender ao público dos espaços abertos, com instalações sanitárias e bebedouros. Sua estrutura é em alvenaria estrutural de concreto. Uma cobertura em aço corten e vidro cria um abrigo para os usuários.
Plantas e Corte
93
7
CONSIDERAÇÕES FINAIS
95
Concluo este trabalho com a percepção da importância de equipamentos de lazer para o desenvolvimento do ser humano e para a qualidade de vida da população de uma cidade. O papel exercido pela instituição do SESC fez crescer ainda mais um interesse já existente acerca de políticas sociais. Além disso, com as observações feitas sobre a área estudada, ficou clara a
96
necessidade de sua recuperação e geração de novos usos, atendendo a necessidades reais da região e do município de uma forma geral. Percebo, também, a complexidade de projetos dessa magnitude e a importância da interdisciplinaridade no desenvolvimento de propostas tão abrangentes.
8 REFERÊNCIAS
97
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