Expediente: Pai Rubens Saraceni Pai Alan Levasseur
J o r n a l Quinzenal Jornal Nacional da Umbanda
São Paulo, 01 de Maio de 2012.
Edição: 35
Ano: 02
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JNU, INFORMAÇÃO, DOUTRINA, REDE SOCIAL E MUITO MAIS EM UM SÓ LUGARR.
Agora na pagina inicial do site do JNU, www.jornalnacionaldaumbada.com.br você tem acesso a todas as edições do JNU, ao Facebook, fazer comentarios diretamente pela sua conta, curtir e muito mais. AS 3 PENEIRAS A verdade deve estar contida dentro de cada um, devemos verificar se os fatos ocorridos ou a ocorrer são realmente verídicos. Buscar sempre a verdade para não incorrer em boatos, leviandade, maledicência ou imputação de fatos irreais. Com a verdade castraremos definitivamente do círculo de amizades, convivência e atendimentos a destruidora “fofoca”. pág. 21
Magia Divina dos Gênios
Os Orixás, cultuados em diversas religiões espalhadas pelo mundo são associados a campos vibratórios da natureza que são seus santuários naturais. pág. 11
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ENTENDENDO A UMBANDA Capítulo 07 – A justiça
Neste capítulo, vemos a sacerdotisa Sofia tirando dúvidas dos membros do seu terreiro sobre a justiça. pág. 23
JORNAL NACIONAL DA UMBANDA ED. 35
INDICE DE MATÉRIAS EDITORIAL SOS Médiun (Alan Levasseur) pág. 02 CADERNO DO LEITOR Mediunidade e as Emoções (Marco Boeing) pág. 04 Altar (Ogã Jonathan Barros D’Oxoss) pág. 05 Volta Caboclo (Dinalva Faria) pág. 05 Mistério das Mães Orixás (Magali de Doná) pág. 06 Deus segundo Baruch Spinoza (Miriam Soares) pág 06 Ciencia e as Tempestades Solares (Mary Nogueira) pág. 07 DOUTRINA Entendendo a Umbanda (João Galerani Jr.) pág. 10 Força da Curimba (Dinalva Faria) pág. 12 Os Orixás (Rubens Saraceni) pág. 13
A SEMENTE DA VERDADE Conto Folclórico Oriental O imperador precisava achar um sucessor. Sem filhos, nem parentes próximos, ele decidiu chamar todas as crianças do reino. pág. 05
Fundametos da Umbanda (Cicera C. Neves) pág. 16 PSICOGRAFIA Pintura Mediunica dos Pretos Velhos (Mãe Dorothea) pág. 17 PMãe Maria (Arnaldo Jabor) pág. 17 Liberdade no Horizonte (José Brito Irmão) pág. 18 As 3 peneiras (André Cozta) pág. 19 Canções de Liberdade (Mario Cavichiollo) pág. 21 Mensagem do Exu Mirim (Cicera C. Neves) pág. 21
MAGIA, OFERENDAS E TRABALHOS UMBANDISTAS O fruto da Vida (Dinalva Domingues de Faria) pág. 23 Casca de Coco (Dinalva Domingues de Faria) pág. 24
APOIO CULTURAL E EVENTOS Cursos de Magia e Sacerdocio e Outros. pág. 25 ÚLTIMA PÁGINA Desenvolvento Mediunico Umbandista (Néia Moura). pág. 28
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EDITORIAL
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SOS MÉDIUM Alan Levasseur
Tem um tempo que iniciei minha saga dentro da Umbanda. E hoje, vendo tudo o que passei e presenciei observo que a Umbanda também chora. Chora por ter tanto campo e mistério para ser revelado e usado em prol de tantas pessoas, mas encontra em seu caminho, muitos médiuns que “travam”, quando se deparam com o que não podem pegar ou ver. Com o que desconhecem. No inicio (pelo menos na grande maioria) é tudo igual, após tomarmos passes e ouvirmos do guia “você tem incorporação fio, tem que desenvolve...” nossa mente começa a planejar e a questionar: -“ será que eu incorporo?” O fato é que quando nos damos por nós, nos vemos vestindo o branco, e na corrente de desenvolvimento, ai vem a nova duvida, será que recebo guia ou egun? Logo após a primeira incorporação a questão ganha corpo, nome e endereço: “qual é o nome do meu guia, e qual a linha dele? Sua regência e sua história?” Mais uma vez, após um período dentro da corrente mediúnica, sabendo que incorpora, sabendo o nome do guia, e sua linha de sustentação vem a vez dos colares, enfeites, patuás e tantas outras coisas, o que antes cabiam no coração e na mente, agora tem saquinho, bolsa, gaveta e parte do armário. Não esta completo, porque ainda falta, cambonear, dar atendimento particular ou em um terreiro, ter a possibilidade de abrir um trabalho sobre sua responsabilidade e começar com “outros”, o que um dia começaram contigo. Surpreendente como a forma resumida e direta nos mostra um caminho, sem duvidas, medos, cismas, certezas e incertezas, parece até que tudo ocorreu em um período tão curto. A receita é sempre a mesma, já o método... Parece, mas a realidade dentro desta religião que vem ganhando cada vez mais adéptos, mais admiração e espaço em meio a população brasileira, esta na verdade em seu intimo com a voz ainda entalada na garganta, esta com o grito de liberdade sufocado por burocracia e tramites legais para sua oficialização e tombamento como patrimônio genuinamente brasileiro. Outra coisa que esta ocorrendo, e por este motivo o texto, é o “medo” e a “falta de confiança” que muitos médiuns estão passando no dia a dia. A dificuldade da incorporação existe em muitos médiuns, logicamente, cada um tem o seu motivo, uns é o extress, o serviço, a casa, o relacionamento, os inúmeros sofredores que ficam nos campos de cada ser, ataques provenientes do astral, bloqueios, e muitos outros. O fato que venho atentar é que a Umbanda tem dentro dela um enorme exercito de excelentes soldados prontos para agir, mas que muitas vezes se travam em meio a situações cada vez mais banais, mais simples de se resolver. Em uma grande empresa, a função do presidente é justamente a de dar rumo e solicitar resultados dentro do que é almejado, e por ele não poder tomar conta de todas as repartições, desde a compra de matéria prima até a finalização da montagem do produto para a posterior venda, ele delega cargos e poderes (entendamos como controle) a outras pessoas, pois desta forma, divide-se o peso e o fardo, e alcança-se o objetivo. Assim também é em um terreiro de Umbanda, o dirigente espiritual por mais aplicado e zeloso que seja acaba por coroar, nomear ou mesmo atribuir a algumas pessoas a função de “ajuda” nesta grande empresa que não pode parar. Desta forma o médium com certo preparo vai adquirindo experiência e acaba por descobrir lá na frente se ele tem como missão tocar um trabalho independente ou continuar trabalhando em auxilio onde esta. Desta maneira o terreiro passa a ter médiuns de vários níveis para auxiliar nas mais variadas funções, os coroados pessoas aptas e prontas para auxiliar no desenvolvimento dos que estão chegando, os não coroados, mas desenvolvidos, prontos para ajudarem a dar o primeiro passo a quem chegou, e claro, o iniciante pronto para receber ajuda dos filhos da casa. A linha de produção tem inicio na primeira volta que o médium dá, e dai para a direção de uma casa, Jornal Nacional da Umbanda
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o tempo não tem limite e nem prazo estabelecido. Somos filhos de uma religião de impacto, uma religião que chama a atenção pela maneira rápida e pratica que tem de trabalhar e ajudar a resolver as “pendengas” que chegam até ela. Esta religião de Umbanda a qual pertencemos trabalha na linha de frente da guerra, esta de peito aberto para receber a quem quer que seja e de onde quer que venha, mas para tanto ela exige 4 condições de seus seguidores: 1- Dedicação aos estudos de seus fundamentos, para que saiba o que esta fazendo. 2- Entrega incondicional da mente e do corpo ao guia espiritual que vem na incorporação, para que o trabalho seja conduzido pelo guia e somente monitorado pelo médium, para que não ocorra em momento algum a interferência por parte do médium podendo assim desta forma prejudicar o trabalho que esta sendo feito. 3- Aplicação e muita, mas muita vontade de aprender e ouvir, porque apesar de toda literatura que temos, grande parte do conhecimento ainda vem por meio da oratória, afinal de contas, é muito conhecimento para ser passado e transformado em papel em apenas 100 anos. 4- Por ultimo, acredito que seja o mais importante, é o respeito com o que se esta fazendo, querendo, desejando, lhe dando e acima de tudo, passando. Porque se você não souber respeitar aquele irmão que acaba de entrar na corrente e tem dificuldade de incorporar, logo não terá como ouvir um consulente e fazer um trabalho de qualidade. Por isso, se faz necessário em giras voltadas para o desenvolvimento mediúnico nos terreiros de Umbanda o uso destas 4 condições de forma pratica e repetitiva, porque ficar parado na frente de um médium com dificuldade rezando, orando e pedindo “caboclo encosta, incorpora, salve caboclo...” e com as mãos espalmadas para a testa do médium, quase que em 99% o resultado vai ser o mesmo: “nada de caboclo”. Tem que gingar, dançar, girar, soltar o corpo e deixar a mente livre para que seja possível a incorporação, e o médium que tiver incorporado apoiando e auxiliando a incorporação dos irmãos com dificuldade, tem que participar ativamente e não ficar a distancia em oração com a mão espalmada, isso não resulta em nada! Precisamos formar soldados fortes, convictos e confiantes. Precisamos fazer com que as giras de desenvolvimento não sejam uma academia de dança, giros e sapateados seguidos de pulinhos, mas que seja uma verdadeira academia formadora de soldados que estejam prontos e solícitos quando se fizer necessário, confiantes de seus atos e conscientes de suas limitações, porque somos médiuns e não milagreiros. Vestir o branco ao entrar na Umbanda, exige no mínimo estas 4 condições, porque são com elas que se cria uma base e adquiri conhecimento e experiência suficiente para seguir em frente com um trabalho bem feito. SOS médium é na verdade um pedido de socorro de médium para médium, que é o que acontece de fato em um terreiro, um médium recém chegado pede seu “help”, seu “SOS” a um outro médium, que por sua vez deve estar preparado para auxilia-lo, assim foi no começo, é hoje e será por todo o sempre! Então sabendo que um médium pede ajuda a outro médium fica fácil saber o que se fazer em uma gira de desenvolvimento não? Ou vai preferir ostentar “grau”, “posto”, fazer fumaça e bradar? Ao invés de fazer o que de fato devemos, que é auxiliar! Não existe melhor, nem pior, mas existe sim o DESPREPARADO, seja pelo medo, pela falta de confiança em sí e nos guias, não importa; Umbanda tem fundamento, só é preciso preparar. E-mail: alan@hakanaa.com
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CADERNO DO LEITOR
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MEDIUNIDADE E AS EMOÇÕES Por Marina B. Nagel
Tristeza, alegria, mágoa, raiva, sofrimento, nostalgia, gratidão, carência, irritação, ódio, paz, felicidade... nosso estado emocional varia muito. Às vezes, num único dia, enfrentamos várias mudanças de humor. E não precisa de um grande evento pra isso. Pode ser uma fechada no trânsito, um telefonema, um programa de TV, uma palavra mal ou bem dita por um colega, ou parente, e nossas emoções já ganharam um novo rumo. O equilíbrio emocional é uma das tarefas que mais requer nossa atenção e cuidado durante toda uma vida. E a nossa condição de saúde está diretamente ligada a esse equilíbrio. Mais de 70% das doenças têm fundo emocional. E não falo só de depressão, ansiedade, pânico; doenças crônicas como pressão alta, diabetes, colesterol e até câncer estão relacionadas ao que sentimos. No trabalho mediúnico, as emoções também são chave para uma boa incorporação, ou conexão com os guias e orixás. Um médium desequilibrado, ou que passou por um evento emocionalmente forte durante o dia, não é um bom cavalo. Um acesso de raiva, por exemplo, descarrega no corpo uma série de hormônios e toxinas nocivas; você fica tenso, agitado, nervoso, com os chakras desarmonizados. Mas se algumas situações podemos evitar, outras estão fora de nosso alcance, como problemas familiares, ou profissionais. A diferença está em como lidamos com esses problemas, o peso que damos a eles. Sempre podemos tentar relaxar, entregar pra nossos guias, confiar, resignar, ou mesmo serenar a mente e buscar uma solução racional. No ayurveda, a milenar medicina indiana, existem três estados de humor, três qualidades primordiais: tamas, rajas e sattva. O primeiro, tamas, é um estado de dormência, passividade, letargia, escuridão, inércia. Tamas gera desilusão, decadência, nos leva pra baixo. Pessoas que estão vibrando emocionalmente e mentalmente neste estado são muito orgulhosas, sentem muita raiva, orgulho, desejo, depressão, têm comportamento violento, pouca força de vontade, muito apego e mentem muito. Nestes casos, o consumo de carne, alimentos industrializados, açúcar, álcool e drogas é mais freqüente. Dorme-se muito e se tem muita preguiça. Falta amor. Em Rajas, o indivíduo é agitado, estressado, mas já vibra menos no orgulho, raiva e violência. É o estado de distração, turbulência, de movimento. Neste ponto, come-se menos carne e alimentos pesados, mas trabalha-se e vive-se com foco exclusivo nos objetivos pessoais. Perdoar ainda exige esforço. Alimentos estimulantes, como café, chocolate e álcool estimulam o estado de Rajas. O último, Sattva, é o estado de equilíbrio, no qual aparecem as qualidades de virtude, estabilidade, harmonia, que proporcionam o desenvolvimento da nossa espiritualidade. Em Sattva, a dieta alimentar é vegetariana, com o consumo de muitos alimentos vivos e saudáveis, sem álcool, drogas ou outros vícios. A pessoa raramente sente raiva, ou medo. O amor é universal, há contentamento e o perdão é fácil e natural. Boa concentração e memória, muita criatividade, meditação e estudos espirituais diários fazem parte da vida de quem vibra em Sattva. Ninguém consegue, numa vida normal, estar permanentemente em Sattva. Mas o objetivo é estar cada vez mais neste estado de harmonia e paz interior. A alimentação ajuda, mas é importante a prática de atividade física, yoga, meditação, orações e, principalmente, o auto conhecimento. Parar diariamente para analisar nossas atitudes, pensamentos e sentimentos; perceber no que podemos ser melhores, onde erramos, o que aprendemos. A própria prática mediúnica e o trabalho espiritual são muito importantes para chegarmos a esta condição. E se estamos equilibrados e nos conhecemos profundamente, cada vez mais fácil também se torna o trabalho no terreiro ou templo. Sabemos o que é nosso e o que não é. Não julgamos e não atrapalhamos nossos guias e mentores. Temos um corpo saudável e um campo energético puro. Estamos alcançando o nosso propósito maior de vida: evoluir.
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Altar
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Por Alexandre Cumino
Mais importante que ensinar a fazer um altar é explicarmos o fundamento que possui o altar e como ele funciona. Materialmente, quando olhamos um altar, vemos uma única “mesa” reta, ou em degraus, com vários elementos como velas acesas, pedras, ervas. Estátuas, ferramentas de trabalhos ritualísticos, religiosos e magísticos. O objetivo de se ter um altar em casa, ou num templo religioso, é que ele se torna um ponto de força poderoso para o local, funcionando como um portal, irradiador de energias positivas e facilitando o contato com esferas espirituais e dimensões paralelas a nossa, o que já é um fundamento. Um dos elementos mais usados e primordiais a um altar é a vela. Podemos dizer até que as velas dão vida ao altar, assim como o Criador nos deu uma centelha divina que carregamos em nosso ser imortal. A vela tem o objetivo de captar as irradiações positivas que chegam de forma vertical (do Alto) e as coloca em horizontal, assim nos deixando de frente com o Criador e as divindades que nos assistem. As Velas colocadas (firmadas) com amor e fé estabelecem um elo de ligação maior e abrem o acesso à dimensão divina habitada por deidades, assim como a vela ao “anjo da guarda” fortalece a influência benéfica que o mesmo exerce sobre nós. As estátuas ajudam a elevar as vibrações mentais, pois ao olhar para elas começamos a nos lembrar da doutrina salutar e os ensinamentos associados, aumentando a conexão da pessoa com tudo o que a estátua representa, principalmente às qualidades divinas do Criador. As pedras são condensadoras de energia e possuem vibração única, podendo trazer a força da natureza e dos sítios aos quais foram retiradas para dento do ambiente e têm ligação com encantados da natureza que trabalham para a harmonização das vibrações do planeta. Diferentes pedras trazem energias diversas, por isso devemos estudá-las para conhecê-las. A água é o principio da vida e da geração e o melhor veículo para o trato interno de nosso corpo. Podemos pedir às divindades que nos assistem para fluidificarem a água durante um ritual feito com fé e amor, onde ela passa a absorver essências etéricas que muito nos ajudarão em todos os sentidos. A toalha serve para manter a pureza onde tudo se encontra. No geral, se utilizam toalhas brancas, por ser esta cor irradiadora de todas as outras. Se vamos direcionar todo um trabalho para uma divindade específica, podemos adotar a cor para a to-
alha do altar também. As flores e as ervas trazem as essências balsâmicas e curadoras, que agem tornando o ambiente muito mais “leve” e benéfico e fazem a ligação com o “espírito coletivo” ao qual fazem parte. Se bem tratadas, aumentam nosso benefício em sua convivência. Os utensílios religiosos e magísticos, como colares de contas, espadas, cálices, podem ser consagrados e ter no altar um local seguro para sua purificação, a partir de onde recebem uma força e sentido único. Para concluir, podemos dizer que encontramos na natureza os mais potentes altares, que são os pontos de força da natureza, altares naturais, consagrados às energias e forças do Criador que se encontram ali em maior quantidade, revelando a presença das divindades afins. São eles: o mar – um altar à vida e à geração; os rios e cachoeiras – altar ao amor, renovação e prosperidades; montanhas e pedreiras – altar à justiça de Deus; os lagos – altar à tranquilidades e paciência da Mãe anciã; as matas – altar à cura, busca ao conhecimento; e todos, inclusive os campos abertos, são altares à fé.
VOLTA CABOCLO! Volta, Caboclo! Vem das tuas verdes matas para o recesso da minha mediunidade saudosa dos teus benditos fluídos! Vem incensar minh’alma com o aroma da tua presença querida, fazendo ecoar em meus ouvidos atentos, o “quiô” da tua vibração! Vem trazer-me o calor das tuas palavras fluentes, traduzidas na sonoridade das folhas das palmeiras quando se espanam no ar… Quero, contigo, apanhar as folhas da Jurema para adornar todo o meu Juremá… Cruzar meu caminho com galhos de arruda e enfeitar minha gira com ramos de guiné… Vem… Traz o teu arco forte e a tua flecha certeira… Vamos, numa só vibração, penetrar no seio da mata virgem, procurar o inimigo que lá se esconde e desarmá-lo, à pujança do teu braço forte! Volta, Caboclo! Coloca em minha fronte o teu belo cocar… e entrosa em mim, tua essência pura de aromáticos jardins, contida em tão pequeno frasco! Como podes usar-me, tu, enviado bendito das falanges superiores, para cumprimento da tua missão? A que sacrifícios se submete a tua aura, pois, sendo tão grande, consegue incorporar-se num tão diminuto ser!… Mesmo sabendo-me o mais insignificante dos teus médiuns, rogo-te, com ânsias desesperadas na voz e uma saudade torturante em meu coJornal Nacional da Umbanda ● página 05
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ração: “Volta ao teu reino de luz onde impera a verdadeira caridade! Volta ao teu pegi de amor onde te aguardam, ansiosos, os teus filhos de fé e o teu modesto aparelho receptor… As ondas vibráteis da minha mediunidade querem voltar a funcionar ao toque das tuas abençoadas mãos… Teu regresso será uma festa emocional onde as lágrimas mal contidas se confundirão com o sorriso de algumas criaturas que não sabem chorar… Teu ponto riscado iluminado está… teu ponto cantado, entoado num só diapasão de voz, te abrirá ao nosso meio, para aconchego dos que reconhecem em ti, um trabalhador no campo sublime da caridade!… Teu assobio atrairá a atenção daqueles que ainda te creem em missão no Alto e de pronto, estarás entre nós, numa vibração harmoniosa que a todos envolverá. Volta, Caboclo! Sem ti sou qual ave sem ninho… Pássaro sem asa… Árvore sem ramagens… Volta, Caboclo… Minha cabana te espera… A copa dos arvoredos se cobre de flores ao ciclo mágico da primavera… O perfume dos jasmins perpassa pelo ar e o caminho do teu regresso está se aromatizando de incenso, mirra e de benjoim… Curumins alegres – os teus curumins – vestidos de branco, irão espalhando, pela orla do vale, pétalas cheirosas à tua passagem… Nos cuités, haverá a água de coco fresquinha, o aluá e o néctar precioso que as abelhas produzem… Vem… Tudo se prepara para tua chegada… Os tambores saudarão a tua vinda junto com os aplausos daqueles que respeitam e reconhecem o valor da tua gira! Volta, Caboclo! Minhas mãos te buscam na sinceridade DESTA súplica onde se patenteia o meu amor por ti e a gratidão ao Médium Supremo por me ter apontado para ser teu pequenino médium! Volta, Caboclo… Volta… Autor Desconhecido – Publicado por: Atila Nunes em Antologia de Umbanda
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MISTÉRIO DAS MÃES ORIXÁS A Umbanda defende o estudo e a definição das funções das mães orixás como polarizadoras femininas e as atribuições de cada força predominante em cada etapa evolutiva da geração do novo ser. As forças energéticas centralizadoras dos mistérios em cada uma das etapas desse processo são as trabalhadoras e guerreiras mães orixás. Dizer que o Mistério das mães orixás se restringe e se atribui exclusivamente às forças geradoras, congregadoras e acolhedoras de pontos de força isolados de determinados orixás seria simplificar o que é tão complexo aos olhos humanos. Divinizar o seu estudo é buscar a inspiração dos trabalhadores das forças cósmicas regentes dos Tronos divinos da Criação. A própria Umbanda que tenta codificar os elos entre os pontos de força, se perde nesse emaranhado complexo de vias interligadoras das correntes energéticas. O Mistério das congregações na qual está atribuído o mistério que reune, liga, congrega as forças do amor entre os seres, entre as energias que magnetizam o cumprimento das leis divinas, entre elas, a da evolução dos seres, do processo de transição entre os planetas, entre o processo divino do livre-arbítrio, na qual um ser humano crê que pode barganhar, adiar ou simplesmente interferir no complexo sistema de encarne de um novo ser. Muito se engana que sua vontade humana e seu livre-arbítrio podem desviar um magnetismo que está arraigado em seu perispírito esperando a boa vontade da mãe acolhedora do novo ser. A não aceitação de uma incumbência divina, o adiamento ocasiona desvios energéticos consideráveis na escala evolutiva dos seres envolvidos. Adiar o encarne de um ser novo afasta de sua convivência e aprendizado, entes familiares e afins que também estão apenas em trânsito por essa Terra. Afastar o tempo de encarne segundo conveniência e melhores condições é deturpar algo que muitos trabalhadores do bem conspiram a favor do ser magneJornal Nacional da Umbanda
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tizado o melhor momento da encarnação do ser em evolução. Muito nos entristece o descaso dos seres viventes que foram gerados com a finalidade de viver bem, serem prósperos, felizes, ignorar os sinais favoráveis a sua evolução e a evolução do novo ser magnetizado no perispírito feminino. Esse elo entre a mãe acolhedora e o ser novo consome, altera, modifica o pensamento de preservação e saúde da mãe, seus sentimentos negativos que ferem não apenas a si mesma, mas o ser acoplado em sua camada etérea. Atua em suas escolhas que busca situações amenas para a preservação da vida, recolhe-se em um lar mais tranquilo para receber o ente encarnante, afeta as relações familiares em busca de apoio nesse momento divino do acolhimento do ser que nascerá e abrirá espaço no ambiente familiar. Um complexo e atuante favorecimento ao nascimento do ser novo que já existe em sua aura que magnetiza uma energia sutil perceptível pelos sensitivos. E, ainda a mãe encarnada é intuída constantemente a abrir os caminhos favoráveis a assumir a função divina de preservar uma nova vida terrena. Portanto, os elos ou correntes eletromagnéticas que se formam, desenvolvem, alteram as forças atrativas no sentido de preservar a vida se dinamizam, se agitam, cortam energias contrárias e negativas. A todo instante os elos entre as forças e seus orixás regentes se congregam, se protegem na direção da vida do novo ser. Os trabalhadores do bem recebem a missão divina de orientar e instruir os entes envolvidos na responsabilidade consciente da nova mãe desse novo ser. Na verdade, milhares de entes espirituais se envolvem em torno da aura da mãe e do ente encarnante em situação de propiciar o êxito da missão assumida. Assistir os desvios ignorantes dessa mãe em adiar a conclusão desse complexo processo divino de cumprir sua tarefa assumida perante a hierarquia espiritual é atrasar a evolução dos inúmeros seres espirituais e entes envolvidos. Buscar dentro de si em suas orações o entendimento desse processo espiritual, ser abençoada pelas irradiações positivas desse momento especial traz para a consciência mental o equilíbrio energético, o favorecimento das condições de preservar a nova vida. O entendimento e a aceitação consciente da condição de criatura amada e querida do Criador que tudo pode e tudo provê e rege as leis universais e cósmicas alivia a ignorância desses assuntos que são tratados como algo manipulável pela vontade humana. A toda a humanidade desta Terra que se multiplicou em obediência a lei da reprodução da espécie e as mães acolhedoras que aceitaram acolher os novos seres e a todos os envolvidos que preservam, desenvolvem, orientam a vida humana no caminho da luz derramem-se todas as bênçãos e irradiações positivadoras do Universo. Salve Deus! Salve a Umbanda Sagrada! Escrito por: Susana Vilarinho E-mail: adv_vilarinho@hotmail.com
CIENTISTA ALEMÃO DIETER BROERS AFIRMA QUE AS TEMPESTADES SOLARES PODEM SALVAR A HUMANIDADE Tradução: Caminho Alternativo Dieter Broers
Vejam esta novidade científica...tem a ver com o despertar de consciência... O cientista e biofísico alemão Dieter Broers possui mais de 30 anos investigando os efeitos dos campos eletromagnéticos nos seres humanos, e é um dos poucos que tocaram no tema de 2012 com uma visão realista, científica, e com uma boa dose de esperança. Broers descobriu que as perturbações significativas nos campos eletromagnéticos que rodeiam os seres humanos podem criar estados mentais similiares aos provocados pelas drogas alucinógenas ou experiências místicas. A alteração de nossos campos eletromagnéticos produzida pelas “explosões solares” ou “tempestades solares” previstas para 2012, afetaria nossa consciência e percepção da realidade. Poderíamos experimentar, em dias de alta atividade solar, alucinações e estados mentais extremamente desconcertantes ou prazerosos. Para Broers, o importante destes estados mentais, que poderiamos chamar alterados, é que nos permitiriam entender a crise global que vive o planeta como o sintoma de uma doença que pode ser curada. Jornal Nacional da Umbanda
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Imagine isto. Você vai á rua para buscar trabalho e para em frente a uma banca de jornal. Súbitamente, as fotos cobram vida e começam a falar com você. Primeiro você se assusta e pensa que está ficando louco, mas logo o aceita e estabelece um diálogo. A conversa te leva por caminhos desconhecidos e pontos de vista que nunca antes havia percebido. De pronto, você percebe que a humanidade está mal, que está doente, e entende por quê e como se pode solucionar. Graças às reflexões coletivas que teria a humanidade neste estado, produto da perturbação de nossos campos eletromagnéticos provocada pelas tempestades solares, chegariamos a encontrar a cura para a crise global que enfrenta nossa sociedade. Em seu livro “Revolução 2012” Dieter Broers nos alerta sobre as tempestades solares: “Os eventos que o Cosmos guarda para nós em 2012 poderiam comparar-se a receber um copo de suco onde alguem despejou um pouco de LSD ou ácido lisérgico sem o nosso conhecimento.” As tempestades solares de 2012 têm um lado positivo, e de alguna forma, de esperança. Broers sustenta que as alterações no campo magnético da Terra, provocadas pelas tempestades solares, alterarão nossa percepção do tempo e da realidade e, dependendo de nossa preparação, produzirão em nós experiências do tipo místico, mudanças de consciência, alucinações e talvez, poderes mentais. O súbito incremento da atividade solar nas últimas semanas, evoca uma análise mais detalhada dos trabalhos do cientista alemão. Em que se baseia Dieter Broers para suas teorias sobre as tempestades solares? Alguns experimentos realizados por Broers o levaram a descobrir que o estado de consciência de uma pessoa pode ser alterado expondo o cérebro a campos eletromagnéticos de certa intensidade. De acordo con suas investigações, um campo magnético normal nos permite manter um estado de consciência normal e uma percepção do tempo normal. Por outro lado, um campo magnético severamente anormal ou a ausência dele, provoca estados mentais alterados e uma distorsão em nossa percepção do tempo. Para Broers, quem têm trinta anos investigando este campo da ciência, o efeito das perturbações geomagnéticas criadas pelas tempestades solares é similar aos efeitos das drogas alucinógenas. Quando somos expostos a este tipo de campos magnéticos, nosso cérebro produz uma série de substâncias que são as que geram essas alucinações ou distorsões da realidade e do tempo. “Os estados mentais alterados são provocados pelos processos neuroquímicos e pela produção de substâncias psicoativas ou alucinógenas. Sob certas condições, o cérebro é capaz de produzir o que poderiamos chamar substâncias ilegais.“ As tempestades solares dos próximos anos poderiam fazer com que nossos cérebros gerem substâncias capazes de criar fortes alucinações. Estas alucinações serão totalmente reais para a pessoa que as experimente e afetarão nossos sentidos de diferentes formas: o tempo parecerá mover-se mais lentamente, veremos presenças estranhas, ouviremos vozes, perceberemos forças invisíveis e sentiremos uma poderosa união com o universo que nos rodeia. Ilustração da capa do livro e o documentário “Revolução 2012″ de Dieter Broers. Dieter Broers diz que as tempestades solares de 2012 e de 2013 provocarão não só estados alterados desconcertantes senão estados extremamente prazeirosos que alguns poderiam denominar de “iluminação”, como o que experimentaram Moisés, Joana D’Arc, e Pablo de Tarso. Nem todos sentiremos o mesmo, ou reagiremos da mesma forma. Algumas pessoas experimentarão paz e euforia enquanto que outros passarão por momentos de agressividade e depressão. O fator determinante para ter uma experiência negativa ou positiva será o medo. Enquanto que uma pessoa poderia escapar aterrorizada ante uma presença estranha, outra poderia entender que essa presença é parte de sua consciência, e outra poderia estabelecer um diálogo com a misteriosa presença sobre as orígens da vida. Por isto, Broers aconselha que preparemos nossas mentes meditando. “Inclusive se você têm dúvidas sobre que tipo de “iluminação” poderia experimentar, deveria, não obstante, começar a meditar o mais breve possível, para que possa experimentar estes estados alterados de consciência num estado receptivo” Se estamos predispostos não haverá medo, e se estivermos num estado receptivo poderemos aproveitar a experiência. Dependerá de nós que essas alucinações se convertam em momentos de “iluminação espiritual”. Para que servem todas estas alucinações? O que têm de positivo tudo isto? Segundo Broers, muitos pacientes foram tratados exitosamente usando os efeitos dos campos eletromagnéticos no cérebro. A terapia, também chamada “terapia de mega-ondas”, consiste em administrar campos eletromagnéticos, idênticos aos que encontramos na natureza, através de dispositivos colocados Jornal Nacional da Umbanda ● página 08
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na cabeça dos pacientes. Esta terapia teve uma altíssima porcentagem de cura exitosas graças ao fato de que pela primeira vez, os pacientes são capazes de entender a causa de seu problema. A mesma terapia aplicada a pacientes sãos ou sem problemas, fez com que experimentassem um estado de consciência alterado que lhes permitiu ver a realidade e as coisas deste mundo, num contexto muito maior. Segundo Broers, uma tempestade solar de elevada magnitude afetaria coletivamente nossos cérebros e poderia ajudar a que tomemos consciência do dano que estamos fazendo ao planeta, e que tomemos ações para reverter a situação. “Estas descobertas também podem aplicar-se à situação atual do mundo. Se vemos a crise global como o sintoma de uma doença e olhamos profundamente dentro de nós, seremos capazes de identificar a causa atual desta doença. Enquanto nossos esforços para nos salvar se centrem nos sintomas de nossa condição, não encontraremos uma cura verdadeira. Só poderemos salvar o planeta se reconhecermos, primeiro, a verdadeira causa da doença. Este tipo de reconhecimento pode ser obtido através da influência de campos eletromagnéticos. Se, por exemplo, cada ser humano na Terra fosse exposto a estes campos eletromagnéticos, uma consciência coletiva nasceria nos seres humanos.” Esta exposição coletiva da humanidade a campos eletromagnéticos da que fala Broeck, poderia ser provocada por uma forte tempestade solar nos próximos anos. O ciesntista alemão acredita que uma série de tempestades solares de alta magnitude não só provocará experiências místicas ou alucinações e mudanças de consciência sobre o dano ao planeta, senão que também poderia colocar em funcionamento partes do cérebro que nunca utilizamos. “Estou convencido que atualmente nos encontramos no meio de um processo que compreende a restruturação de nossas redes neuronais, e que o catalizador deste processo é a elevada atividade solargeomagnética cujas consequências são temidas por tanta gente. Porém, todos os fatos e descobertas, apontam à inegável conclusão de que a evolução nos permitirá, pela primeira vez na história humana, usar o enorme potencial de nossos cérebros.” Para Broers, os humanos usam uma ínfima parte do cérebro, ele sustenta que é como se usássemos a área de uma partícula de pó quando dispomos de uma mansão de quinhentos quartos. Umas quantas tempestades solares de elevada magnitude poderiam ser suficientes para alterar nossa realidade. As alucinações seriam o primeiro sinal de que estamos usando novas áreas de nosso cérebro. O que virá depois é terreno desconhecido. Poderes mentais? Telepatia? Propriedades quânticas? Realidades paralelas? Outras dimensões? Dieter Broers afirma que as alterações no campo magnético da Terra produzirão não só uma mudança de consciência senão que nos ajudará a utilizar o verdadeiro potencial do cérebro humano. “Em vista do fato que os campos eletromagnéticos podem ajudar a um paciente a identificar a causa de uma doença, é muito possível que as forças eletromagnéticas do cosmos possam fazer que a raça humana perceba a doença que ataca o nosso planeta. As condições para uma expansão de consciência estão dadas.” Tomara que não presisemos ser golpeados por uma tempestade solar gigantesca para começar a reverter a crise do planeta. Embora a esta altura, parece que só algo assim de radical nos fará mudar de rumo. O blog espera que as tempestades solares dos próximos meses e anos ampliem nossa consciência e, de uma vez por todas, nos remeta a um período de evolução num campo diferente ao tecnológico, o espiritual, e não me refiro a religião. Fontes: losdivulgadores (link1 e link2), Artigo original de Broer: “2012″ and Electromagnetic Effects on Consciousness Comentário do blog: Agora, os recentes artigos científicos sobre tempestades solares e partículas “alienígenas” vindas do cosmos e do Sol publicados neste blog começam a fazer mais sentido ainda para nós. Estamos prestes a fazer um “upgrade” de consciência e realidade física. Do jeito que foi “profetizado” por antigas civilizações. 2012 - Uma Mensagem de Esperança: http://youtu.be/gxLfcqtr3M8 Engº Agrº Paulo E. Mamede PARCERIA AMBIENTAL Francisco Gelli Filho Jornal Nacional da Umbanda
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A.U.E.E.S.P. Você pode se cadastrar na A.U.E.E.S.P., sendo pessoa física ou jurídica. Pode ser associado individual, núcleo (centro, associação), colaborador jurídico ou colaborador físico. Se você acredita que vale a pena lutar por nossa religião, venha juntar-se a nós, que nada mais queremos além de ver a Umbanda crescer e de valorizar nossas práticas religiosas e nosso sacerdócio.
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Entendendo a Umbanda Capítulo 11 – Outras religiões
Neste capítulo, Sofia responde várias dúvidas relacionadas às outras religiões que falam, de uma maneira ou outra, sobre a Umbanda. - Por favor, me ajude, Sofia! Tenho uma tia que gosto muito, mas há tempos atrás, ela “virou” evangélica e, desde então, tenta me converter, dizendo que faço parte de uma seita demoníaca. Qual a atitude que devo ter com essa tia? – perguntou uma mulher da assistência do terreiro. - Preciso antes, dizer que a Umbanda não é uma seita e sim religião – respondeu Sofia. A definição de seita, comumente adotada, é de um grupo ou facção, que diverge com os princípios adotados pela maioria que, por vezes, essa facção adota métodos sombrios em seus rituais e, provavelmente, vem daí a ideia, no inconsciente coletivo, de demoníaca da seita. De volta à sua pergunta, a Umbanda prega o respeito a todas as pessoas, religiões, opção sexual, condição social, etc. O respeito deve existir até mesmo dentro da própria Umbanda, onde o pensamento e opinião variam muito entre as várias vertentes umbandistas. Você deve respeitar e exigir o respeito, tanto de sua tia, quanto de outras pessoas sobre a sua opção religiosa. Qualquer manifestação contrária à sua escolha, se torna crime de intolerância religiosa. - Você acha, Sofia, que nós umbandistas, deveríamos também sair batendo na porta das casas das pessoas para convertê-las à nossa crença, assim como fazem outras religiões? – perguntou um rapaz. - Para esse tipo de ato damos o nome de proselitismo e a Umbanda não é proselitista. - Mas isso não impede que a religião cresça? - A intenção não é a de ter uma religião inchada, com um número incalculável de seguidores. Para que você entenda, quando tentamos convencer uma pessoa a vir para nossa religião, pode até acontecer de que ela venha, mas contra sua vontade. Qualquer motivo que ocorra com essa pessoa, será suficiente para afastá-la, tanto da religião, quanto de quem a converteu. A Umbanda não precisa de pessoas desinteressadas ou que permaneçam contrárias à sua vontade nos terreiros. Por ser uma religião ativa, onde todos podem e devem participar dos rituais, quanto maior o interesse dos frequentadores, melhor. Quem realmente busca o conhecimento espiritual, respeita o próximo, ama a natureza e os animais, quer participar ativamente de rituais e acredita num poder maior envolvendo Jornal Nacional da Umbanda ● página 10
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nosso planeta, cedo ou tarde, essa pessoa acaba encontrando a Umbanda. - Sofia, por mais incrível que pareça, eu conheço um sacerdote de Umbanda que, em seu bairro, não assume sua religião e diz ser católico, para, segundo ele, evitar a discriminação ou ser excluído do círculo de amizades. Ele está certo em sua atitude? – perguntou um senhor. - Infelizmente, existe uma pressão da sociedade contra algumas religiões incluindo a Umbanda. Muitas pessoas sentem-se ameaçadas, outras realmente sofrem discriminação, e dá para entender o medo de assumir sua verdadeira crença. Mas enquanto as pessoas se escondem atrás de outros credos como autoproteção, a impunidade e a falta de aplicação da justiça permanecem em nosso país, aumentando ainda mais a marginalização das religiões e enraizando mais o ódio e a intolerância nas casas daqueles que seguem as religiões mais difundidas e seguidas popularmente. Se, nós umbandistas, não lutarmos pelo nosso espaço, ele não será dado! Devemos assumir nossa crença e exigir o devido respeito, senão seremos apenas uma sombra na sociedade, se escondendo cada vez que vamos a um terreiro e nos calando covardemente no circulo de amizades. Com relação ao sacerdote - que é aquele que tem a função de ensinar e orientar os frequentadores de um terreiro - que utiliza a máscara da mentira, neste caso, é bom que os seguidores de seu terreiro abram bem os olhos para ver se não existem outras máscaras utilizadas por ele. - É verdade, Sofia, de que a Umbanda celebra muito mais os santos católicos do que os próprios católicos? – perguntou uma mulher. - Somente para recordar, antes de te responder, os escravos passaram a adorar as imagens católicas, que lhe eram impostas, como proteção à própria vida. Mas eles não adoravam a imagem de Jesus, mas sim de Oxalá, que para eles era o modo de manter a fé pela sua crença, enganando seus opressores. Para isso damos o nome de sincretismo. Como o tempo apagou as verdadeiras datas celebradas aos orixás, adotamos as datas sincretizadas dos santos católicos, e os terreiros sempre festejam, praticamente, todas as datas destes santos, principalmente São Sebastião, Nossa Senhora dos Navegantes, São Jorge, Nossa Senhora Aparecida e o nascimento de Jesus, sincretizados por alguns como, respectivamente, Oxóssi, Iemanjá, Ogum, Oxum e Oxalá. Muitos ainda comemoram o dia de Santo Antônio, São Gerônimo, São Lázaro, Santa Bárbara, Cosme e Damião, entre tantos outros. O interessante nisso é que, a comunidade católica que vive próxima a uma igreja, normalmente celebra apenas o santo principal desta igreja (por exemplo, Igreja de Nossa Senhora Aparecida que faz uma grande festa no dia da Santa), e o dia dos outros santos é sempre lembrado, porém não celebrado com festas. Por isso que dizem que a Umbanda celebra muito mais os santos católicos do que os próprios católicos. - Sofia, eu tenho um amigo kardecista. Certo dia esse amigo me disse que a Umbanda é considerada “baixo espiritismo”. Ele tem razão sobre isso? – perguntou um membro da corrente mediúnica. - Depende do que esse seu amigo entende por “baixo espiritismo”! Se ele considera apenas evoluído os espíritos que ditam mensagens sublimes orientando apenas os seguidores da doutrina de Alan Kardec, então ele está certo. A grande questão é: quem definiu o que é alto e baixo espiritismo? Para muitos kardecistas, o fato de um espírito utilizar erva, fumo, bebidas, banhos, defumações e riscar pontos, já denota o atraso de evolução dele. Tomam a forma como o fundo, ignorando o verdadeiro significado de cada elemento. Por vezes, desconhecem que um Exú, que usa tridente, bebe pinga, fuma cigarro e dá gargalhadas pode ser o mesmo espírito de um médico que está ditando mais um livro espírita. Muitos preto-velhos já disseram que este tipo de trabalho é tão possível que de fato ocorre! E, nós umbandistas, acreditamos e confiamos nas palavras desses preto-velhos! Por isso, para nós, a Umbanda Jornal Nacional da Umbanda ● página 11
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não é baixo espiritismo, nem alto, nem intermediário, é apenas a Umbanda, que recebe os espíritos muito evoluídos, e alguns nem tanto, com o mesmo amor e respeito, para ouvir suas palavras de orientação ou para que nós possamos os orientar. A opinião de outras religiões sobre a Umbanda serve apenas para nossa análise, para podermos ter certeza de que estamos no caminho correto, como mandam os guias espirituais. Críticas destrutivas afogadas na discriminação ou a intolerância religiosa pregada por alguns, merecem o encaminhamento às autoridades, para que a justiça seja feita. Por: Newton C. Marcellino Críticas e sugestões: newton.utf@gmail.com Blog: http://umbandatemfundamento.blogspot.com
FORÇA DE CURIMBA Por Alexandre Cumino
A Umbanda é uma religião profundamente mágica e totalmente ritualizada, na qual cada um dos elementos que compõe sua liturgia tem fundamentos próprios dentro de um contexto de manipulação de energias e criação de um ambiente favorável à presença de entidades e orixás. Neste universo é possível identificar algo essencial à prática da religião: a música, uma das mais fortes expressões mágicas de Umbanda. Desde o surgimento da religião, em 1908 com Zélio de Moraes, podemos observar a importância dos pontos cantados dentro do ritual. Com o tempo, surgiu a presença do atabaque como instrumento litúrgico de percussão, que hoje está presente na grande maioria dos terreiros de Umbanda. A mesma força que levanta pode também derrubar, logo um atabaque bem tocado pode ajudar, tanto quanto um toque errado pode derrubar um trabalho espiritual. Costumamos chamar o conjunto de canto e toque na Umbanda de Curimba, no qual aquele que toca é também identificado como ogâ. Existe em São Paulo uma tradição de ensino de curimba, que teve início na década de 50 e 60 com a escola Nilton Fernandes. Hoje temos no Pai Élcio de Oxalá um dos que participou da criação destas primeiras escolas. Entre algumas das escolas tradicionais podemos citar a Escola Umbanda e Ecologia do Pai Valdivino (in memoriam), em que se formou o Mestre Severino Sena (Tambor de Orixá), Pai Enguels (Aldeia de Caboclos) e Pai Walter (Ogâs de Cristo), entre outros excelentes mestres de curimba que vêm embalando e dando a levada para nossos trabalhos de Umbanda. No dia 25/03/2012, a Escola de Curimba Tambor de Orixá, sob o comando do Mestre Severino Sena, formou uma nova turma. Depois de aproximadamente um ano e meio de curso, 27 se formaram ogãs e o irmão Diogo Mignon se formou instrutor de curimba. A cerimônia foi realizada nas dependências do Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda, com a presença de Pai Rubens Saraceni, Sandra Santos (AUEESP), Alexandre Cumino (Colégio Pena Branca), Pai Aguirre (SOUESP), Pai Walter, Pai Enguels, Marques Rebelo (Revista Espírita de Umbanda), Dra. Miriam Soares (Colégio Tradição de Magia Divina) e Nelson, assessor do vereador Quito Formiga. Durante a cerimônia, os convidados se manifestaram e quase todos ressaltaram a importância das Escolas e dos Cursos de Umbanda, que têm elevado muito o nível da religião e são fundamentais para o futuro da Umbanda, desmistificando nossos fundamentos e colaborando para a multiplicação de adeptos conscientes e bem informados. O ponto alto da cerimônia e que muito emociona a todos é quando todos os dirigentes espirituais recebem seus mentores para abençoar e consagrar os ogãs que se formam. A presença de caboclos, pretos-velhos, baianos, boiadeiros e outros torna este momento marcante e único para todos presentes e mais ainda para aqueles que se formam. Pudemos ouvir ainda o canto e toque de irmãos que se dedicam à religião e que estudam para se aprimorar. Muitos podem tocar de ouvido, outros podem nascer com o dom da música, no entanto aprender uma tradição, trocar experiências e aprender técnicas de canto e toque fazem a diferença. Podemos dizer que, mesmo quem nunca tocou nada pode, com o tempo e por meio das aulas, aprender esta arte sagrada na Umbanda. Parabéns ao Mestre Severino e parabéns aos formandos. Mais ainda, parabéns aos dirigentes e sacerdotes que recomendam a seus médiuns aprender como cantar e tocar para nossos guias e orixás. São atitudes como esta que vêm mudando o rumo de nossa religião. Sonhamos com o dia em que a grande maioria dos dirigentes se sintam seguros, reconheçam a importância da cultura religiosa de Umbanda e possam contar com boas escolas de formação religiosa. Jornal Nacional da Umbanda
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OS ORIXÁS
Aula ministrada por Pai Rubens Saraceni aos alunos do curso de Doutrina, Teologia e Sacerdócio Umbandista. Os Orixás, cultuados em diversas religiões espalhadas pelo mundo são associados a campos vibratórios da natureza que são seus santuários naturais. Esta associação dos Orixás a determinados campos vibratórios da natureza tem suas razões porque são seus reinos naturais e é através dos elementos formadores desses reinos que devemos procurar compreender suas atuações em nossas vidas, exemplo: Todos nós sabemos que o reino de Iemanjá é o mar e seu santuário ou local de culto é na faixa de areia que faz divisa com ele. Se observarmos a importância do mar para o nosso planeta, chegaremos a muitas das funções divinas exercidas por Iemanjá. 1º O mar, através das algas cianofíceas (algas azuis) é quem gera o Oxigênio continuamente. 2º O mar é um viveiro que dá sustentação a todas as formas de vida marinha, assemelhando-se a um útero que gera vidas incessantemente. 3º O mar recebe todos os sedimentos trazidos até ele por incontáveis rios, que, ao lançá-los nos oceanos estão se descarregando. 4º O mar atua como equilibrador do movimento planetário, e os movimentos da imensa quantidade de água dos oceanos serve para dar estabilidade aos movimentos de rotação e translação, mas também as marés têm funções de inspiração e expiração planetárias, porque, quando a maré sobe, a aura planetária fica mais luminosa e iridescente e quando a maré abaixa a aura planetária reflui parcialmente num movimento semelhante ao nosso aparelho respiratório. Na maré alta há a irradiação de energias etéreas e na maré baixa há a absorção delas. 5º O mar tem dentro de si importantíssimas correntes marinhas quentes e frias, que, circulando por dentro dos oceanos o aquecem ou o refrigeram, amenizando a alta temperatura emitida pelo magma. Além de que, as correntes também servem para distribuir nutrientes de uma região para outras, alimentando toda a vida marinha. 6º O mar é um contínuo gerador de alimentos para os seres humanos, para as aves e varias outras espécies de vidas. Sintetizando, o mar equilibra os movimentos planetários, aquece ou refrigera o planeta, distribui os nutrientes, produz oxigênio (algas: texto anexado abaixo), recolhe todos os segmentos trazidos pelos rios, gera uma imensa quantidade de alimentos para o ser humano e outras espécies. Trazendo tudo isso para o campo de Iemanjá então podemos afirmar que ela é, genuinamente, a mãe da vida nesse nosso planeta, porque suas funções em nosso organismo são análogas às do mar regidas por ela, ou seja, ela dá sustentação à geração do ser ainda no útero materno, esta relacionada à respiração e a circulação em nosso organismo, funções estas que se assemelham as marés e as correntes marinhas. E, a nível espiritual a própria fluidez do nosso perispírito que é um corpo fluídico, se deve a Ela. Já a nível religioso, suas funções são múltiplas sendo que, desde a descarga de acúmulos energéticos negativos até a renovação de nossas esperanças e expectativas Ela realiza. Concluindo, a visão que devemos ter dos Orixás é esta: - Eles são em si mistérios Divinos que deram origem aos seus campos vibratórios na natureza, abriram dentro de seus campos muitas formas de vida, e por comparação Elemental atuam no nosso organismo ou corpo biológico, no nosso espírito e em nossa religiosidade, mantendo-nos em sintonia direta com a criação de Deus. A visão dos Umbandistas sobre os Orixás tem que ser expandida muito além do que já sabemos, porque até as funções de uma célula podem ser relacionadas a eles e podemos, inclusive, relacionar cada tipo de célula com algum deles, assim como podemos relacionar cada um deles com determinado órgão ou aparelho do nosso corpo. A mesma comparação pode se fazer entre um campo vibratório completo e com cada parte dele com os Orixás que nele atuam. Por exemplo, no mar temos: A temperatura dos Oceanos (Xangô e Egunitá), Jornal Nacional da Umbanda
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As correntes marítimas (Ogum e Iansã), Os sedimentos depositados no fundo dos Oceanos (Nanã e Obaluayê), Os movimentos de inspiração e expiração (Oxalá e Logunã), A gestação das espécies e a renovação contínua delas (Oxum e Oxumaré), A proliferação contínua das algas (Oxóssi e Obá), Os movimentos das aguas e a contenção dos Oceanos (Iemanjá e Omulú), A transformação contínua (Obaluayê), etc. A neutralização de sobrecargas (Oxalá), etc. Algumas funções dos Orixás no nosso corpo: Ovulação, Artérias – Oxum. Fertilização – Oxumaré. Vida – Iemanjá. Respiração – Oxalá. Jornal Nacional da Umbanda
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Tempo entre a inspiração e expiração – Logunã. Oxigênio – Ogum. Raciocínio – Oxóssi. Sais minerais (transmutação) – Obaluayê. Outras funções dos Orixás (Fatores e Funções) na tabela acima.
ALGAS: Texto anexo para confirmar a importância dos Orixás para a Vida. Texto retirado do Google: Algas Marinhas Sobre Biologia por Algo Sobre conteudo@algosobre.com.br
O termo Alga engloba diversos grupos de vegetais fotossintetizantes, pertencentes a reinos distintos, mas tendo em comum o fato de serem desprovidos de raízes, caules, folhas, flores e frutos. São plantas avasculares, ou seja, não possuem mecanismos específicos de transporte e circulação de fluidos, água, sais minerais, e outros nutrientes, como ocorre com as plantas mais evoluídas. Não possuem seiva. São, portanto, organismos com estrutura e organização simples e primitiva. As algas podem ser divididas didaticamente em dois grandes grupos: microalgas e macroalgas. As microalgas são vegetais unicelulares, algumas delas com algumas características das bactérias, como é o caso das cianofíceas ou algas azuis, as quais têm núcleos celulares indiferenciados e sem membranas (carioteca). A maioria delas tem flagelos móveis, os quais favorecem o deslocamento. Existem vários grupos taxonômicos de microalgas marinhas, no entanto, as principais são as diatomaceas e os dinoflagelados. Estes são os principais componentes do fitoplâncton marinho, ou plâncton vegetal. Estas microalgas se desenvolvem na água do mar apenas na região onde há a penetração de luz (zona fótica), ou seja, basicamente até os 200 metros de profundidade. São responsáveis pela bioluminescência observada ao se caminhar na areia das praias durante a noite. As marés vermelhas, na verdade são explosões populacionais de certos tipos de algas (dinoflagelados), as quais mudam a coloração da água. Estas algas liberam toxinas perigosas inclusive para o ser humano. As algas marinhas são o verdadeiro pulmão do mundo, uma vez que produzem mais oxigênio pela fotossíntese do que precisam na respiração, e o excesso é liberado para o ambiente. A Amazônia libera muito menos oxigênio para a atmosfera em termos mundiais, pois a maior parte do gás produzido é consumido na própria floresta. As microalgas pertencentes ao fitoplâncton marinho são basicamente as algas azuis, algas verdes, euglenofíceas, pirrofíceas, crisofíceas, dinoflagelados e diatomaceas. A classificação destes grupos é bastante problemática devido ao fato de apresentarem características tanto de animais como de vegetais. As macroalgas marinhas são mais populares por serem maiores e visíveis a olho nu. As várias centenas de espécies existentes nos mares ocorrem principalmente fixas às rochas, podendo, no entanto crescer na areia, cascos de tartarugas, recifes de coral, raízes de mangue, cascos de barcos, pilares de portos, mas sempre em ambientes com a presença de luz e nutrientes. São muito abundantes na zona entre marés, onde formam densas faixas nos costões rochosos. Estas algas são representadas pelas algas verdes, pardas e vermelhas, podendo apresentar formas muito variadas (foliáceas, arborescentes, filamentosas, ramificadas, etc). As laminarias (Kelp beds) são algas verdes gigantes, que podem, chegar a várias dezenas de metros de comprimento. Todas estas macroalgas mantém uma fauna bastante diversificada, a qual vive protegida entre seus filamentos. Esta fauna habitante das algas é chamada de Fital. As algas marinhas têm uma função primordial no ciclo da vida do ambiente marinho. São chamados organismos produtores, pois produzem tecidos vivos a partir da fotossíntese. Fazem parte do primeiro nível da cadeia alimentar e por isso sustentam todos os animais herbívoros. Estes sustentam os carnívoros e assim por diante. Portanto, as características mais importantes das algas são: consomem gás carbônico para fazer fotossíntese, produzem oxigênio para a respiração de toda a fauna, são utilizadas como alimento pelos animais herbívoros (peixes, caranguejos, moluscos, etc), filtradores (ascídias, esponjas, moluscos, crustáceos), e animais do plâncton (zooplâncton). Formam um grupo muito diverso, contribuindo significativamente para elevar a biodiversidade marinha. --Observação de pai Rubens: Mesmo as algas são regidas por diferentes orixás!
Escrito por pai Rubens Saraceni. E-mail: contato@colegiodeumbanda.com.br
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FUNDAMENTOS DE UMBANDA Por Alexandre Cumino
Quais são afinal os fundamentos da Umbanda? O fundamento de uma religião é sua base, seu alicerce, a razão fundamental de sua doutrina e ritual. Na Umbanda ouvimos falar muito nesta palavra “fundamento”, em contextos como: “tal coisa tem ou não fundamento”, “isto é um fundamento da religião”. A palavra é usada e manipulada a revelia e, neste contexto, se perde o significado de fundamento e confunde-se o fundamento do todo (coletivo) com fundamentos das partes (individuais). Para definir quais são os fundamentos da religião de Umbanda é preciso antes definir o que é Umbanda e, neste ponto, já encontramos uma dificuldade enorme para a maioria das pessoas que creem na definição detalhada de doutrina e ritual. No entanto, devemos definir quais são as linhas mestras da Umbanda, o simples e básico, para depois, então, identificar seus FUNDAMENTOS BÁSICOS. Sabemos que a Umbanda possui unidade e diversidade. Na unidade está o básico que faz identificar, ou não, Umbanda; e na diversidade está a liberdade ritual e doutrinária de cada grupo, “umbandas”. Na unidade está o todo e na diversidade estão as partes. O todo é algo comum a todas as partes. Logo, fundamentos básicos são aqueles que estão presentes em todas as suas partes, no todo. Quando falamos de UMBANDA (singular e uma), estamos falando do todo; quando falamos em umbandas (múltipla e plural), estamos falando das partes. As partes também têm fundamentos. Em relação ao todo, estes fundamentos são parciais, fundamentos desta ou daquela parte, desta ou daquela umbanda. Aí surgem fundamentos da Umbanda Branca, Tradicional, Esotérica, Popular, Mista, Trançada, Africanista, Omolocô, Iniciática e etc. Fundamento da parte não é fundamento do todo, logo fundamento de Umbanda é algo que deve ou pode ser aplicado ao Todo, em todas as partes e liturgias da religião. Só não podemos falar em “Verdadeira Umbanda”, ou “Umbanda Pura”. Afirmar que algo seja “o verdadeiro” é uma forma de desclassificar o resto e rotular de falso. Também não podemos falar em pureza dentro de uma religião que nasce com sincretismos. Aliás, não existe pureza em nenhuma religião, todas nascem de cultos e ritos que lhes antecederam. O básico do básico na Umbanda é reconhecer que se trata de uma religião brasileira fundada no dia 15 de Novembro de 1908 por Zélio de Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Podemos identificar nas palavras do Caboclo das Sete Encruzilhadas os fundamentos mais básicos de Umbanda: “Umbanda é a manifestação do espírito para a pratica da caridade” “Aprender com quem sabe mais e ensinar a quem sabe menos, a ninguém virar as costas” Parece pouco, mas já é muito. Atendimento caritativo é a base doutrinária da religião, sem nenhuma forma de preconceito com relação às entidades que se manifestam. Quem lançou a pedra fundamental da religião foi um espírito que teve muitas encarnações e, entre elas, foi o Frei Gabriel de Malagrida, que fez a opção de se apresentar como “Caboclo”. Seguido a esta manifestação se apresentou o preto-velho Pai Antônio e ambos chamaram falanges de caboclos e pretos-velhos para trabalhar na Umbanda. Logo, “caboclo” e “preto-velho” são formas de se apresentar escolhidas pelos espíritos que militam na Umbanda. Mais um de seus fundamentos básicos: as entidades se organizam no astral em linhas e falanges identificadas pela forma de apresentação, a qual guarda relação com os Santos, Orixás e forças da natureza. Quanto ao ritual é bem simples e musicado, na maioria das vezes segue uma sequência que pode variar um pouco, mas que em geral fica nesta ordem: oração, saudação à esquerda, bater cabeça, abrir cortina (quando tiver), defumação, hino da umbanda, abrir a gira, saudação às sete linhas, saudação aos orixás e guias chefes da casa, chamada de orixás ou guias que darão sustentação ao trabalho e chamada da linha de entidades que dará atendimento (passe e consulta); ao final dos atendimentos a subida das entidades, podendo, ou não, ter descarrego dos médiuns com esta ou outra linha que venha para tal atividade. Na próxima edição vou comentar sobre a relação entre fundamentos de umbanda e questões polêmicas, como sacrifício animal, cobrança de atendimentos, procedimentos afros e outros. Umbanda não tem verdades inquestionáveis (dogmas) e nem assuntos proibidos ou interditados (tabus). No entanto para falar de fundamentos é essencial ter conhecimento de causa, conhecer profundamente o assunto e, no caso da Umbanda, conhecer sua história, doutrina, teologia, liturgia, ritualística... Caso contrário, como diria meu amigo, irmão e mestre, Rubens Saraceni: “tudo permanece no campo de uma ciência camada ‘achologia’, um campo de incertezas e divagações”. alexandrecumino@uol.com.br Jornal Nacional da Umbanda
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PSICOGRAFIAS MÃE MARIA Por: Vera Vargas
Tão doce, tão suave, uma grande Guerreira da Luz que traz sua proteção para todos os seus filhos, abraçando-os e abençoando-os, afastando qualquer energia nefasta definitivamente para todo o sempre. Com toda a sua força de guerreira que é, trazendo toda a sua Luz para o planeta Terra com todo o amor. Guerreira de Luz envolve a tudo e a todos, com todo o seu poderio de Rainha que é de todo esse Universo de DEUS e de seu filho JESUS, vem com toda a sua magnitude de assumir o seu posto, o seu cargo de comando, com sua doçura, mas também, com sua força de comando de Guerreira para tudo ser colocado no eixo definitivamente e a tudo ser envolvido definitivamente com vossa Luz Dourada de proteção máxima que nada, nada, poderá sequer ousar ultrapassar, pois é a Luz de nossa querida Rainha, Mãe Maria, Maria de Nazaré, a grande Guerreira de Universo, que nos protege e nos protegerá sempre, sempre, haja o que houver, Ela estará ao nosso lado em todos os lados, direito, esquerdo, acima e abaixo a nossa volta, norte, sul, leste, oeste, em tudo e em todos, sempre nos protegendo e abençoando sempre, sempre. Amém. Assim seja e assim será. Amém. Agradeço mais uma vez a todos do Jornal da Umbanda Sagrada e do Jornal Nacional da Umbanda por esta oportunidade, estou enviando outra mensagem de Proteção de Mãe Maria e um anexo de pintura Mediúnica de Mãe Maria, para iluminar ainda mais as nossas vidas e nossas caminhadas, muita luz a todos. Beijos e abraços!
Visitem: http://tudoesoterico.blogspot.com/ http://www.elo7.com.br/ateliecarinhadegato/
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LIBERDADE NO HORIZONTE.
“Negro Velho sentado no toco, pitava seu cachimbo. O menino no seu colo olhava para o céu. - Menino pode ver, agora que o sol caiu e as estrelas se levantaram, como, mesmo à noite, é belo o horizonte! - Estou vendo, Vovô! Mas, meu Vovô, por que as estrelas ficam soltas no céu e não caem? - Por que elas são livres, menino! - E tudo o que é livre não cai, meu Vovô? - Depende, menino! Na verdade, há coisas e pessoas que estão soltas por aí, andando sem direção. Outras, estão estagnadas, paradas mesmo, sabe, menino? E tanto aquelas que estão soltas e sem direção, quanto as que estão estagnadas, podem até parecerem livres, mas, em ambos os casos estão perdidas. - Então, o que eu tenho que fazer para ser livre de verdade, meu Vovô? - Primeiro, tem que conhecer bem a si próprio. Depois, conhecer o ‘mundo’ que o rodeia. Adquirindo mais conhecimento a cada dia, você será um homem livre de fato, menino! - Então, eu preciso estudar Vovô? - Estudar, se informar, buscar o conhecimento nas suas variadas formas, menino. - Mas, meu Vovô, o que as estrelas fazem lá no céu todas as noites? - Elas são os ‘Olhos de Deus’ na escuridão, menino. - Mas, os ‘Olhos de Deus’ não são livres, Vovô. - Por que você diz isso, menino? - Por que elas estão paradas lá no céu. E o senhor disse que tudo o que fica parado pode até parecer, mas não é livre. - Olhe bem para o céu, menino. Ele olhou. Negro Velho prosseguiu: - Está vendo os belos desenhos formados nos espaços entre as estrelas, menino? - Estou sim, Vovô. - Isto prova que elas não estão soltas ao relento ou então ‘presas’ no espaço, menino. Estes desenhos mostram que elas estão bem seguras, pois estão enfeitando os dedos dos Sagrados Orixás. O menino sorriu e entendeu, a partir daquela noite, que a liberdade é conquistada com amor, disciplina, fé e conhecimento. Olhe para o sol durante o dia, olhe para as estrelas durante à noite. Depois, olhe para o seu coração. “A sua carta de alforria está dentro dele.” Pai Thomé do Congo Anotada por André Cozta E-mail: andrecozta@gmail.com
PINTURA EM HOMENAGEM AOS PRETOS VEHOS Enviado por Barbara
Queridos irmãos de todos os terreiros, Estou com muita vontade de homenagear todos os Pretos Velhos, tão amigos, generosos e amorosos, que trabalham sem se cansar, com toda devoção e humildade, socorrendo, amparando, ensinando e amando aqueles que os procuram, com seus problemas do dia-a-dia, doenças, dúvidas em suas vidas e sempre recebem alento. Pai Antonio, mentor do nosso terreiro sempre diz: “Se aqui entrar chorando, sai sorrindo.” Presenteio a todos nossos queridos Pretos Velhos com esta pintura que os retrata trabalhando assistidos por Nanã Buruquê e Obaluaiê. Que Deus e os Orixás sempre amparem esta corrente generosa e amorosa. Veja Imagem do Quadro ao lado.
Um abraço fraterno a todos da mãe Dorothea E-mail: bboesel@ig.com.br Jornal Nacional da Umbanda
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AS TRÊS PENEIRAS: VERDADE, BONDADE E NECESSIDADE. Por Mauro Cavichiollo.
A verdade deve estar contida dentro de cada um, devemos verificar se os fatos ocorridos ou a ocorrer são realmente verídicos. Buscar sempre a verdade para não incorrer em boatos, leviandade, maledicência ou imputação de fatos irreais. Com a verdade castraremos definitivamente do círculo de amizades, convivência e atendimentos a destruidora “fofoca”. Não se pode permitir que a verdade vaze da peneira. A Bondade atributo essencial contida nos pilares de sustentação de nossa religião e serve para que fatos, assuntos, vivências, amizades e atendimentos diversos fiquem guardados com sabedoria e discernimento dentro do coração de cada um. Também não se pode permitir que a bondade vaze desta peneira. A Necessidade é fator inerente ao ser humano, todos têm sua própria necessidade básica ou não. Todavia devemos medir sempre seu grau e real valor para não incorrer em erros ou em atributos exagerados. O ser humano deve sempre se lembrar que a necessidade pode ocasionar sérios problemas e jamais se esquecer que a necessidade de um, termina ou é bloqueada no momento em que se inicia uma necessidade maior sua ou de outro. Devemos cuidar para que a necessidade não vaze da peneira. Tentando exemplificar: João (nome fictício), médium de corrente ao final dos trabalhos se dirige ao dirigente para narrar um fato que lhe contaram. Sem tomar as devidas precauções, João não se ateve em verificar se o fato que havia escutado era verdade e tratou de narrar o que havia escutado. O dirigente lhe questionou sobre a veracidade narrada e João não sabia se era ou não real, ficando claro que havia vazado a primeira peneira. O dirigente prosseguiu e perguntou para João se gostaria que outros soubessem do fato, se não havia “ele”, esquecido de com bondade guardar o assunto em seu intimo e fazer os devidos levantamentos preliminares o que evidenciou vazamento na segunda peneira. Ao final da conversa, o dirigente questionou com João se era necessário passar o caso adiante com outros membros da casa e se o caso, desnecessário não poderia fazer com que ele fosse o mentor. Cuidemos das peneiras de nossas vidas e saibamos usar sabedoria e discernimento para não deixarmos vazar ignorância e dissabores futuros! O Espelho No livro dos médiuns, Capítulo XIX, aborda-se a questão de que o médium é o intérprete dos pensamentos do comunicante. Desta forma, a mensagem ou as mensagens transmitidas contém algo do próprio médium, igual a um espelho que reflete uma imagem em conformidade com suas próprias possibilidades. Em um espelho embaçado ou com defeito, a imagem estará distorcida, embora o objeto refletido se mantenha íntegro. Em função deste importantíssimo detalhe, devemos cobrar muito estudo e principalmente serenidade mental de cada integrante. Mensagens ou trabalhos devem ser refletidos com a máxima fidelidade possível e esta responsabilidade é do médium operador. Aproveitando o fator reflexivo do espelho, devemos também nos ater no que somos e o que representamos neste universo umbandista e religioso. Alguns médiuns se esquecem do fator reflexivo e acabam sucumbindo na sua jornada evolutiva ou desvirtuam o real sentido e necessidade que imperam em nossa amada Umbanda. Muitos participam ativamente de uma corrente, são prestativos nos dias de sessão, mostram-se prestimosos e aguerridos, todavia, ao findar dos trabalhos de cada sessão acabam se esquecendo ou permitindo que sua imagem, que deveria ser modelo para outros, se ofusque ou fique distorcida. Um trabalho de elevação, auxílio e amor se inicia no antes, durante e após cada sessão. Todos os Umbandistas têm a obrigação de zelar pela imagem e espelho da vida. Paz e amor a todos!
E-mail: mcavichiollo@globo.com -Curitiba/Pr.–Associação São Francisco de Assis
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CANÇÕES DE LIBERDADE. Anotada por André Cozta
Quando eu andava por aquela propriedade, nos dias mais calmos, podia sentir o ar quente daquele lugar. Eu era escravo em uma fazenda no interior de Alagoas. Meu senhor era um homem de poucos amigos e talhado na crueldade, porém, eu, até então, tinha a sorte de contar com a simpatia dele. Após um tempo, descobri que ele me preservava, por que gostava dos meus assobios. Meu nome era João. Nasci em uma fazenda vizinha, filho de uma angolana e um negro baiano. Vivia, apesar das agruras da vida de um negro àquela época, emanando felicidade. E, por isso, tinha a simpatia de todos os meus irmãos de cor, mas também dos senhores brancos, que me pediam, muitas vezes, para assobiar para eles. Eu tinha um assobio para cada situação. Uma senhora negra curandeira, que vivia entre nós, sempre me pedia, quando tratava dos negros que sobreviviam aos maus tratos, que acompanhasse o seu trabalho assobiando. Ela dizia que meus assobios eram curativos para as feridas de nossos irmãos. Eu não sabia como, à época, mas, sempre tinha um assobio diferente para cada situação. E, nas ocasiões de tratamentos de saúde ou de feridas dos meus irmãos negros, sentia que a canção fluía do fundo da minha alma. Aquele senhor faleceu. Sua família pediu que eu assobiasse antes do seu corpo ser colocado de volta à terra. E, como um negro obediente, lá estava eu, João Sabiá (assim eu havia sido “rebatizado” pelos meus irmãos de senzala), assobiando na despedida daquele homem cruel, responsável pelo fim da vida de tantos irmãos meus. Os anos se passaram, continuei trabalhando no arado, preparando a terra para o plantio e assobiando. Negro naquela época não tinha idade. Via o tempo passar pelas mãos enrugadas, pelo corpo e pelos cabelos embranquecidos. Porém, quando eu achava ter mais ou menos uns 60 anos, se deu o episódio final daquela etapa da minha jornada. Há algum tempo eu havia parado de assobiar, pois, me encontrava triste com tantas mortes seguidas de tantos irmãos negros. E, quando fui chamado pelo senhor (filho do antigo senhor), não respondi ao seu questionamento, sobre o porquê de eu ter parado de assobiar. Ele insistiu. Apenas abaixei a cabeça e chorei. Ele voltou a perguntar. Então, com lágrimas nos olhos, olhei para ele e falei: - Por que o meu coração se calou diante da sua crueldade de homem branco. Eu posso ter a pele preta, mas sou homem e tenho honra, e juro ao senhor aqui na sua frente, que nunca mais assobiarei. Ele mandou que seus jagunços me tirassem dali. Naquele mesmo dia, encontrava-me no pau de sebo, sendo chibateado pelo meu senhor. Ele gritava para eu assobiar, mas, negro só fazia chorar e gemer. Senti, aos poucos, meu espírito desvencilhando-se suavemente daquele, que foi meu último corpo carnal. Ainda pude ver aquele homem infeliz chibateando meu corpo e gritando, pensando que ainda me encontrava vivo. Eu, um negro já velho, naquele momento pude sentir, pela primeira vez, o doce sabor da liberdade. E ali, olhando aquela cena triste, assobiei o canto da alforria. Tive muitas andanças pelo astral. Fui preparado e hoje sou um trabalhador da Umbanda: o Preto Jornal Nacional da Umbanda
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Velho João Sabiá. Poucos me conhecem. Mas, estou em quase todos os terreiros, animando os corações de médiuns e assistentes com minhas canções assobiadas. Quando você médium, trabalhar na cura ou na mironga, assobiando, ou você, adepto desta linda religião, ver um médium trabalhar assobiando, saiba, de algum modo, João Sabiá está ali. Trago este relato para me apresentar e para mostrar que há um mistério por trás das canções assobiadas, que são terapêuticas, que curam e que renovam sua alma. Conquistei minha liberdade assobiando. E aconselho que você, filho de fé, faça o mesmo. Que a paz de Deus esteja em seu coração! (Preto Velho João Sabiá) E-mail: andrecozta@gmail.com
NÃO VALORIZEM O MAL! Mensagem do Senhor Ogum Matinata. Centro Espiritualista Sete Lanças, de Curutiba.
_ Não valorizem o Mal, Valorizem o bem, _ Não valorizem o Mal, Não alimentem os seus demônios interiores, _ Não valorizem o Mal, Valorizem a bondade, a sua luz interior, _ Não valorizem o Mal, Nem sempre o que seus olhos lhes mostram são imagens reais, pois podem ser criação de sua mente ou imagens implantadas do que querem que vejam, _ Não valorizem o Mal, Valorizem a importância de Deus em suas vidas, _ Não valorizem o mal, Para não acabarem sendo escravos dele, _ Não valorizem o mal, Nem tudo é demanda ou ataque espiritual, _ Não valorizem o mal,
Olhem para dentro de si e vejam que lá esta a fonte da atuação negativa, _ Não valorizem o mal, Se houve a atuação, é porque houve afinidade vibratória e, por conseguinte algo a ser resolvido por vocês mesmos, _ Não valorizem o mal, Parem de procurar no externo ou em terceiros a causa dos seus problemas, _ Não valorizem o mal, O seu maior inimigo são vocês mesmos, é a auto sabotagem ao seu plano pessoal divino, _ Não valorizem o mal, Quando pararmos de procurar o mal aonde ele não existe, estaremos de frente com Deus. Enviado por Herlei Rodrigues. E-mail: herlei@magiacuritiba.net
MENSAGEM DE EXU MIRIM
Por Marcelo Cordeiro - E-mail:
msccordeiropires@hotmail.com
Segue abaixo uma mensagem do Exu Mirim. Ela pode ser utilizada como ponto cantado para esta linha de trabalho que tanto nos assiste e nos dá respostas para os problemas que nos parecem ser os mais complicados. Sou Mirim trabalho no fogo Pulo que pulo Viro e remecho Mando e Desmando Complico e Descomplico Não obedeço Quando desmancho Só eu que vejo Se queres respostas Com Preto é Vermelho É que trago a resposta Jornal Nacional da Umbanda
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MAGIA, OFERENDAS E TRABALHOS UMBANDISTAS O FRUTO DA VIDA Por Adriana Quadros
Na religião de Umbanda podemos contar com uma infinidade de elementos naturais para o desenvolvimento dos trabalhos como, por exemplo, o fruto coco. Este em sua qualidade única é usado para diversos eventos pertencentes ao ritual magístico desta religião, nos auxiliando espiritualmente ou fisicamente. Trataremos aqui, neste artigo, do significado, propriedades e história deste. Para entendermos o presente, temos que estudar o passado, ou seja, a história. Então, vamos lá: Os portugueses trouxeram os africanos escravizados, estes vinham de diversas etnias, e junto com eles chegou o coqueiro, que nos favorece com o fruto coco até os dias de hoje. Está árvore frutífera é de cultura tropical, difundida na Ásia, África, América Latina e região do Pacifico, mas não se sabe ao certo qual a sua origem verdadeiramente, alguns estudiosos dizem que ele pode ter chegado por dispersão natural, via flutuação na água, pois o fruto pode flutuar durante dias na água do mar, sem afundar e sem danificar o embrião. As correntes marítimas podem ter levado este fruto para várias praias distantes (suposição). Quando os portugueses aportaram no Brasil em 1500, aqui não existia o coqueiro (o Brasil foi colonizado a partir de 1530). E foi em 1553 que este foi introduzido no país pelos colonizadores. Souza (1587) diz que “As palmeiras que dão os cocos se dão bem na Bahia, melhor que na Índia”. Todo coqueiro que tem o fruto coco, é conhecido como palmeira, os coqueiros que não tem este fruto, não é chamado de palmeira, ou seja, é conhecido só como coqueiro. Encontramos está árvore disseminada nos países tropicais, ao longo da faixa costeira, entre os trópicos de câncer e capricórnio, a rota de navegantes foi o principal fator para a difusão do coqueiro. Os negros chegaram ao novo mundo com enorme bagagem cultural, tais como, arte, gastronomia, música, religião com seus usos e costumes sagrados. Através da história e da antropologia cultural podemos entender a cultura afro-brasileira, desde o Brasil colônia, e ter a oportunidade de aprender que estes desenvolveram importantes variedades gastronômicas em nosso país, e uma grande parcela da população brasileira desconhece essa grande herança. O ensino internalizado ninguém lhe tira ou rouba, e foi exatamente assim que o negro fez parte da colonização deste país, pois estes sabiam forja o ferro, plantar, o hábito de comer carne, principalmente, de boi, é de cultura africana (o primeiro boi que chegou no Brasil, veio de Cabo Verde), entre muitos outros. Estes não traziam bagagem, utensílios ou ingredientes, mas trazia sim, uma bagagem etno cultural. Muitas comidas foram desenvolvidas ou adaptadas pelas negras em meio à escravatura, podemos citar, por exemplo: angu, pirão, vatapá, caruru, acarajé, bobô, aluâ, aberém, quibebe, abará, acaçá, cocada, quindim, pamonha, paçoca, canjica (consumida na semana santa por influência africana, esta é de Oxalá), mingau, rapadura, garapa, melado, farofa, compotas, frutas secas, a mistura doce com salgado, comida consumida com fruta, a feijoada têm raízes européias, mas a laranja e a couve refogada é influência africana, como também a banana do cozido. Ralar o coco e mexer a comida com colher de pau são técnicas africanas. Os escravos tinham poucos recursos ou opções para seu sustento (eles criavam de acordo com que obtinham), e um desses alimentos eles souberam aproveitar ao máximo e com muita sabedoria, utilizou todos os recursos do coco. Nada foi para o lixo, a criatividade foi o estigma deste povo. Segundo o viajante Gabriel de Souza (1587) “com leite de coco, açúcar e farinha de milho, a que eles chamavam de fubá, iam nascendo novas receitas”. Posteriormente, usada na casa grande, o leite coco para regar peixes, mariscos, arroz de coco, cuscuz, mugunzá e outras iguarias. A Umbanda faz uso deste magnífico fruto em beneficio de todos, o coco está sempre presente, seja verde, seco, água, polpa, casca, inteiro ou ralado. As entidades fazem uso constantemente, por exemplo, caboclo (a), baiano (a), preto (a), beijadas, entre outros. Também pode ser encontrado em oferendas, banho, amaci, cozinha ritualística e outros. Em diversos Jornal Nacional da Umbanda
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rituais podemos encontrar o coco, segundo a mitologia africana Obatalá colocou aos pés de cada Orixá um coco partido, por isso, todos eles têm o direito ao coco. Ele também é um facilitador na atuação dos campos de força e a água e considerada sangue vegetal branco na religião. Para o religioso realizar algo, precisa de axé, que é obtido através da prática ritual que ritualiza a força do tempo essencial. Usamos o fruto coco no sagrado, mas também fazemos uso no profano, então vale lembrar que os integrantes das religiões da natureza tem obrigação de preservá-la, para cada 250ml de água de coco verde, 1k de lixo é gerado, com esse resíduo sólido valorizado podemos fazer diversos produtos, tais como, placas, vasos, vasos de parede, materiais de decoração, linha pet, coberturas (mulch), fixação de orquídeas e bromélias, é o único produto natural para jardins verticais. Com a total reciclagem do coco eliminamos o uso do xaxim que após anos de extrativismo vem desaparecendo de nossa mata atlântica, priorize as decorações da reciclagem do coco. Quando colocar oferendas em campo santo use somente o biodegradável. O nome cientifico do coqueiro é cocos nucífera, ela é uma planta perene. E está árvore é considerada uma das mais importantes economicamente no mundo, pois ela movimenta e gera um grande número de empregos e renda, em noventa países. A água do coco é quase idêntica ao plasma do sangue e é conhecida por ter sido usada como um líquido endovenoso de hidratação quando há uma falta de líquido próprio para transfusão de sangue. A água do coco tem teores elevados de potássio, cloreto e cálcio, e é indicada nas situações em que se pretende o aumento destes eletrólitos. O nome do coqueiro em Sânscrito é Kalpa vriksha “a árvore que fornece todas as necessidades da vida”. O tronco oco para dar forma a um cilindro, que pode servir como recipiente, instrumento de percussão, ou mesmo canoas pequenas. As folhas fornecem matérias para cestas e palha para o telhado.
A casca e a fibra do coco podem ser usadas para combustível e são uma fonte boa do carvão de lenha. Nos teatros, usavam-se metades de casca de coco que batidas, davam o som de cascos de cavalo. Outros nomes – coco, coco da Bahia, coqueiro da Bahia, coqueiro da praia, coco da índia. A água de Coco funciona como um excelente diurético. É só beber um copo por dia. Os resultados são surpreendentes: baixa a pressão arterial, elimina o inchaço dos pés e diminui o colesterol. Os principais sais minerais encontrados na água do coco são: sódio e o potássio, mas também é encontrado cálcio, magnésio, manganês, ferro, zinco e cobre. Tem poder antioxidante, protege o fígado e combate à desidratação. No Timor, a água de Coco é um líquido sagrado usado para abençoar os plantios de milho. O Coco solta mais fácil da casca se for aquecido no fogo, antes de ser quebrado. Se quiser ralar o Coco bem fininho, rale pela parte côncava (parte arredondada). Isto se chama “ralar de costas” Conta os historiadores que a dança do coco, surgiu através do negro escravo, para aliviar suas dores do trabalho de quebrar o côco com os pés, embalados pelo barulho que fazia, eles cantavam e dançavam. A árvore da vida na história do “JARDIM DO ÉDEN”, da Babilônia, era a palmeira. Como foi comentado acima a religião Umbanda faz uso deste fruto de diversas formas, usufruindo dos seus benefícios naturais. Os atributos deste são muito importantes para o trabalho do Orixá, guia e seguidores desta religião em nosso favor, cada um com sua peculiaridade e especificidade, nos auxiliando, abrindo nossa consciência e facilitando o desenvolvimento mediúnico, através deste maravilhoso fruto, chamado coco.
Casca de Coco Originais do samba
Vovó não quer casca de coco no terreiro, Vovó não quer casca de coco no terreiro, Pra não lembrar do tempo do cativeiro, Pra não lembrar do tempo do cativeiro. Vovó é filha de um Ventre Livre, Nasceu feliz, depois da abolição. Casca de coco lhe traz na lembrança, O amor escravo, de se Pai João. Vovó não quer casca de coco no terreiro, Vovó não quer casca de coco no terreiro, Pra não lembrar do tempo do cativeiro, Pra não lembrar do tempo do cativeiro. Jornal Nacional da Umbanda
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Vovó se lembra da velha senzala, Da Casa Grande e do terreirão, Da machadada que cortava o côco, Do Nêgo Velho do seu coração, Da Sinhazinha, moça muito bela, Da saia de renda e do Pai João, Broa de milho em panela de ferro, De café socado a base de pilão, Vovó não quer casca de coco no terreiro, Vovó não quer casca de coco no terreiro, Pra não lembrar do tempo do cativeiro, Pra não lembrar do tempo do cativeiro OBS: sempre ouvi este refrão como um ponto da Umbanda. Sempre o achei um pouco vago, agora descobri que na realidade ele é um samba, muito antigo, com toda a letra se entende o refrão.
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APOIO CULTURAL E EVENTOS Título:
A Magia do Dinheiro
Subtítulo: O Segredo da Prosperidade Título Original: Autor: Christopher Penczak Tradutor: Assunto/Gênero: Magia/ Esoterismo Páginas: 256 Formato: 16x23 cm Orelha: 7 cm Editora: Madras Editora Ltda. ISBN: 978-85-370-0742-6 Tipo de Capa: Laminado Brilhante Quarta capa: Além de feitiços para conseguir dinheiro rápido, este livro explora de forma conveniente a consciência da prosperidade e como transformar a pobreza em abundância por meio de magia, meditação, afirmações e do momento astrológico ideal. A Magia do Dinheiro oferece o elemento mágico das mais importantes correspondências em feitiçaria para a riqueza, incluindo deuses, pedras, metais, ervas e moedas. Ao contrário da maioria dos livros de magia para conseguir dinheiro, aqui Christopher Penczak constrói uma fundação com base em princípios financeiros do mundo real. Ele também discute a oferta de serviços de magia de forma profissional, incluindo como e quando cobrar por leituras e curas. Conheça essa magia poderosa para prosperidade e abundância, e saiba como viver em equilíbrio saudável com seus recursos financeiros. Orelhas: Christopher Penczak é um autor premiado, professor e profissional de cura. Ele iniciou sua jornada espiritual na tradição da bruxaria moderna e das religiões humanas e estudou Jornal Nacional da Umbanda
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de maneira extensiva com bruxas, místicos, xamãs e curandeiros de várias tradições em todo o mundo, com o intuito de sintetizar sua própria prática de magia e cura. Ele é ministro ordenado, herbolário, consultor em essências florais e mestre de Reiki com certificação (professor) nas tradições Shamballa e Usui Tibetano. Penczak é membro da Gifts of Grace Foundation e membro docente do North Eastern Institut of Whole Healthy, ambos sediados em New Hampshire. É autor de vários livros, entre eles Ascension Magick, A Magia do Reiki, Spirit Allies, The Mystic Foundation, Instant Magick e O Templo Interior da Bruxaria (publicado no Brasil pela Madras Editora). É também cofundador da organização religiosa e tradicional Temple of Witchcraft. Para mais informações sobre o autor e seu trabalho, visite o site <www. christopherpenczak.com>. Eis alguns depoimentos sobre esta obra: “O primeiro livro de dicas e conselhos financeiros que realmente gostei de ler. Recomendo altamente esta obra. ” (Judika Illes, autora de A Enciclopédia Elementar dos 5 mil Feitiços e Pura Magia) “Um inquérito revigorante sobre a relação entre dinheiro, magia e a atitude que as pessoas têm em relação a ambos.” (Taylor Ellwood, editora de Manifestando a Prosperidade: Uma Antologia da Magia da Prosperidade) Marcador: Além de feitiços para conseguir dinheiro rá¬pido, este livro explora de forma conveniente a consciência da prosperi¬dade e como transformar a pobreza em abundân-cia por meio de magia, meditação, afirmações e do momento astrológico ideal. A Magia do Dinheiro oferece o elemento mágico das mais importantes correspondências em feitiçaria para a riqueza, incluindo deuses, pedras, metais, ervas e moedas.
Título:
Sabedoria Oculta
Subtítulo: Sociedades Ocultistas e Conhecimentos Arcanos Através dos séculos Título Original: Autor: Ruth Clydesdale Tradutor: Assunto/Gênero: Ocultismo/História Páginas: 256 Formato: 16x23 cm Orelha: 7 cm Editora: Madras Editora Ltda. ISBN: 978-85-370-0691-7 Tipo de Capa: Laminado Brilhante Quarta capa: Através do curso da História, poucos buscaram adquirir um conhecimento profundo dos outros mundos e de diferentes dimensões. Sabedoria Oculta explora, de forma estimulante, as ideias dos iniciados nesse reino mágico de conhecimentos ocultos. Traça o desenvolvimento da tradição oci¬dental dos Mistérios no decorrer dos séculos até a nossa época, explicando a corrente secreta de conhecimento que deu forma à nossa civilização e continua a influenciar nossa cultura de diversos modos. Nessa jornada pelo mundo arcano, você irá se deparar com os seguintes temas: o propósito da humanidade como foi revelado pelos filósofos gregos; as sofisticadas técnicas persas de alquimia, astrologia e magia; o papel do místico-erudito Marsilio Ficino nos primórdios da Renascença; a forma como a “magia erudita” informou as percepções de cientistas fa¬mosos e inventores, incluindo Pitágoras, Paracelso, Galileu, Copérnico e Newton; a expressão dos Mistérios por meio da arte e da literatura, de Shakespeare a Dante, por meio de Milton e Lake até Yates e Kandinsky; a verdadeira inspiração de sociedades ocultas como a Maçonaria, a Rosa-Cruz e a Teosofia. Esta é uma leitura que lhe permitirá se tornar parte da corrente dourada formada por aqueles que penetraram os segredos da vida. Orelhas: Ruth Clydesdale é mestre em estudos de ciências astrológicas. Proferiu palestras e publicou artigos em periódicos, tanto no Reino Unido quanto nos Estados Unidos, sobre aspectos da arte, da religião e da filosofia. Além de dar aulas sobre suas especialidades, também já conduziu visitas guiadas Jornal Nacional da Umbanda ● página 26
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pela National Gallery, em Londres, ressaltando a simbologia cósmica da arte renascentista. Nesta obra, ela explica que o sentido da palavra “mistério” na atualidade é muito diverso daquele interpretado por nossos ancestrais. Hoje, mistério é considerado um quebra-cabeça a ser resolvido, algo que procuramos adivinhar até que consigamos “matar a charada”, enquanto, na Antiguidade, era algo com significado muito mais profundo, relacionado ao místico: era uma iniciação nos conhecimentos de outros mundos e de diferentes dimensões. E a pessoa mudava pelo resto de sua vida. “Essa antiga sabedoria revela a verdadeira natureza do que significa ser humano. É um conhecimento que não pode ser contado, apenas vivenciado. Aqueles que participaram dos Mistérios Gregos tinham de fazer um juramento de silêncio e, desde então, seu conhecimento ainda permanece oculto à humanidade. Mesmo assim, através das eras, um bom número de indivíduos recriou de várias formas a experiência do Mistério, de modo que hoje somos capazes de descrevê-lo”, conclui. Por meio desta leitura, você será levado a diferentes culturas dos últimos dois milênios e meio. A obra fornece diversos pontos de vista pelos quais é possível encarar os Mistérios e a Sabedoria Oculta da Antiguidade. Marcador: Através do curso da História, poucos buscaram adquirir um conhe¬cimento profundo dos outros mundos e de diferentes dimensões. Sabedoria Oculta explora, de forma estimulante, as ideias dos iniciados nesse reino mágico de conhecimentos ocultos. Traça o desenvolvimento da tradição ocidental dos Mistérios no decorrer dos séculos até a nossa época, explicando a corrente secreta de conhecimento que deu forma à nossa civilização e continua a influenciar nossa cultura de diversos modos.
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DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO UMBANDISTA. Rubens Saraceni
Existem varias formas de se desenvolver a mediunidade, ou seja: de coloca-la em ação! Uma delas é a desenvolvida pelo Espiritismo. Outra, mais antiga, é a desenvolvida pelo Candomblé aqui no Brasil, a mais de 200 anos e que veio da Mãe África. Uma terceira forma é a desenvolvida pela Umbanda, aqui no Brasil. Em alguns centros o desenvolvimento consiste em colocar quem é medium de incorporação dentro da corrente de trabalhos espirituais, aonde ele vai aprendendo lentamente sobre todo o ritual e de vez em quando o guia chefe “puxa o guia dele”. Em outros o desenvolvimento é feito em um dia à parte, só com a participação dos mediuns já desenvolvidos e os que estão se desenvolvendo, com os mais “velhos” auxiliando os mais “novos” a darem seus primeiros “passos”. Eu adoto a forma que aprendi e que consiste em reunir em dia especifico, e à parte do trabalho de atendimento ao público, as pessoas com mediunidade de incorporação. Abrimos os trabalhos com esta função: Desenvolver a mediunidade de incorporação nas pessoas que a possuem a faculdade de incorporar espiritos. Neste dia não se realiza atendimento a pessoas visitantes e desde o começo ao fim tudo que é feito tem o propósito de desenvolver a mediunidade. Se houver quem toque os atabaques e cante conduzindo as manifestações, ótimo! Se não houver, os mediuns mais velhos cantam e batem palmas para auxiliar na incorporação dos que vieram para se desenvolver. Por vários anos, logo depois que abri o meu próprio centro, em 1983, como não tínhamos uma Curimba, eu gravei em fitas K-7 pontos de Umbanda, em uma só com pontos de Ogum, em outra só com pontos de Oxum, etc. E, após a abertura da Gira, um auxiliar colocava uma delas e os Guias conduziam o trabalho auxiliando os novos mediuns a incorporarem os deles, sempre em acordo com os pontos do Orixá que estavam sendo tocados. Se eram pontos de Oxossi, os mediuns em desenvolvimento eram auxiliados a incorporarem seus caboclos de Oxossi, isto para os que tinham acabado de entrar na corrente mediúnica, porque os que já haviam sido auxiliados durante algumas giras já dispensavam o auxilio e incorporavam sozinhos, só observados pelos Guias responsáveis pelo desenvolvimento deles. Quando estavam incorporando bem os seus guias elas passavam a auxiliar nos trabalhos de atendimento público até seus guias pedirem para começar a atender consulentes porque seus mediuns estavam prontos, ou quando o guia chefe determinava que o medium, já preparado por ele começasse. E isto é assim até hoje em meu centro! Com o passar do tempo a corrente cresceu e muitos mediuns, alguns com ótimas vozes começaram a conduzir a parte musical do desenvolvimento, quando cantavam e batiam palmas criando toda uma vibração propiciadora da incorporação. Naquela época eu não usava os atabaques porque o centro era no meio de um bairro residencial e só vim a utiliza-los quando abri o colégio de Umbanda no bairro do Belém, em um local comercial. Há alguns anos atrás divulguei muito a idéia de os centros de Umbanda ter um dia só para o desenvolvimento e que chamassem todas as pessoas que vão ao trabalho espiritual e que ouvem os Guias lhes recomendarem que desenvolvam suas mediunidades de incorporação, porque é divido elas estarem em desequilíbrio que sofrem com o assédio de espiritos sem luz. Não que muitos centros já não fizessem isto, pois faziam e muito bem. O objetivo era estimular todos terem um dia voltado só para o desenvolvimento mediúnico, tal como é feito no Espiritismo. Muitos que não faziam separação de giras acharam ótima a sugestão e começaram a ter um dia dedicado só para os novos mediuns. Outros não gostaram da sugestão e começaram a espalhar que eu queria mudar a Umbanda.
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Dividido entre os elogios e as criticas, pois minha intenção era no sentido de ajudar a Umbanda crescer incorporando mais e mais pessoas com a mediunidade de incorporação, parei de falar em desenvolvimento mediúnico nos moldes de uma “escola”. Mas várias pessoas que criaram suas escolas de desenvolvimento mediúnico umbandista, uns com cursos só teóricos e outros com o desenvolvimento envolvendo tanto a teoria quanto a pratica da incorporação, mas com todos ajudando o crescimento da Umbanda, porque desmistificam o ato de incorporar espiritos, colocando para todos os que possuem esta faculdade mediúnica que é possível desenvolve-la sem traumas ou medos. Parei de estimular publicamente a criação de “Escolas de desenvolvimento mediúnico umbandista” em respeito aos que são contrários a elas. Mas, e isto é minha opinião, acredito que seja uma boa sugestão para que os centros de Umbanda possam acolher tantas pessoas com esta faculdade mediúnica, que, se não for bem cuidada, só as prejudicará. Ou não é isto que todos os nossos Guias Espirituais recomendam às pessoas possuidoras dela, ao lhe dizerem que só melhorarão se desenvolverem a mediunidade? Eu acredito que todos os centros deva ter um dia dedicado só para o desenvolvimento de mediuns. E não creio que esteja cometendo nenhuma afronta aos Orixás ou à Umbanda ao crer nisso e realizar o desenvolvimento nos moldes de uma escola. Se escrevo isto e torno pública através deste jornal a minha opinião, é porque li em outro jornal umbandista que quem estimula ou oferece desenvolvimento mediúnico umbandista, assim como divulga que a mediunidade de incorporação é a base humana da Umbanda serão punidos por nosso Pai Ogum, por que criam situações vergonhosas para a nossa religião. Estimular o desenvolvimento mediúnico umbandista e ensinar que a base humana da Umbanda é formada por mediuns de incorporação não é um ato vergonhoso para a Umbanda e, com toda certeza os Oguns dos que já tiveram a oportunidade de se desenvolverem concordam plenamente conosco, os que acreditamos que só desenvolvendo novos mediuns a umbanda crescerá cada vez mais. Ensinar que a base humana da Umbanda é formada por pessoas possuidoras da mediunidade de incorporação, que, incorporados pelos seus guias, cumprem com o que determinou o Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas, não só não esta errado, como é uma verdade que deve ser ensinada aos seguidores dela. Situação vergonhosa para a Umbanda é vermos alguém usar de um meio de divulgação para atacar o trabalho alheio de uma forma tão abjeta, porque sabe que fui eu quem sugeriu a criação de “Escolas de desenvolvimento umbandista”, que fui eu que escrevi e ensino que a base humana da religião de Umbanda é formada pelo seu “Corpo de Mediuns”, assim como ensino que o verdadeiro “Templo de Umbanda” é o medium umbandista bem desenvolvido, porque é através dele que a religião flui e se realiza na vida das pessoas atendidas pelos seus guias espirituais. O espaço físico de cada centro de Umbanda é o local de reunião dos mediuns, cada um deles o verdadeiro templo através do qual seus orixás e seus guias se manifestam e fazem a Umbanda se realizar como religião mediúnica. O que ensino, pratico e divulgo através dos meios ao meu alcance esta amparado pela força espiritual que me guia e me orienta não só não é vergonhoso para a Umbanda, como tem ajudado muitas pessoas possuidoras de mediunidade a se desenvolverem, procurando nos centros que conhecem a ajuda necessária para tanto. E, se fosse verdade o que escreveram no tal jornal de umbanda, Ogum já teria me punido, porque ensino isto desde muito antes de a pessoa que escreveu esse absurdo ter se formado comigo no tempo em que pertenceu à corrente mediúnica do meu centro, de onde saiu muito bem preparada mediunicamente para abrir o dela, que foi cruzado pelo senhor Ogum Beira Mar, que me ampara e me sustenta neste meu trabalho em prol do crescimento da Umbanda. Só não cito aqui o nome do tal jornal de umbanda ou da pessoa que escreveu esse absurdo, porque ela não citou o meu nome e nem o do Jornal Nacional de Umbanda, em cujas páginas sempre saem artigos, não só meus, estimulando o desenvolvimento mediúnico umbandista. Mas, como a pessoa, seguindo o nosso exemplo, também esta enviando seu jornal de umbanda pela internet aos seus leitores, e sem nos dar o credito por mais esta inovação dentro da Umbanda, recorro ao Jornal Nacional da Umbanda para responder-lhe. Lá, no outro lado, veremos quem irá responder aos pés de Oxossi, de Ogum e de Oxalá pelos seus atos e pelo que ensina... e pelo que escreve só para denegrir o trabalho alheio! Pai Rubens Saraceni. Jornal Nacional da Umbanda ● página 29