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A rua Primeiro de Março pelas pinceladas de Dall’ara: a paisagem urbana do Rio de Janeiro sob o olhar de um

A rua Primeiro de Março pelas pinceladas de Dall’ara: a paisagem urbana do Rio de Janeiro sob o olhar de um estrangeiro

Joyce da Costa Peixoto, joycecosta.hca.ufrj@gmail.com www.lattes.cnpq.br/39556043814382651

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RESUMO O artigo dispõe, como objetos centrais, de três obras homônimas do pintor italiano Gustavo Dall’Ara, que imigrou para o Brasil no entresséculos XIX/XX. Denominadas “Rua 1º de Março” (1907 e 1915), as imagens pictóricas retratam uma das ruas do Centro do Rio de Janeiro e podem ser concebidas enquanto um conjunto. Durante a pesquisa, utilizou-se o método do historiador da arte Erwin Panofsky a fim de empreender a análise iconográfica das obras. No entanto, mediante a identificação de “camadas temporais” na plasticidade dos quadros, a pesquisa demandou o uso do “anacronismo das imagens”, um conceito operativo defendido por Didi-Huberman. Desse modo, o exame minucioso das pinturas apontou para o fato de que elas não são apenas documentais, como também portadoras de “licenças poéticas” relacionadas à memória e à imaginação do pintor. Foi possível confirmar, ainda, que os transeuntes e suas vestimentas constituem-se elementos da paisagem, o que possibilitou pensar esta última atrelada às condições políticas, econômicas e culturais, conforme defendido por Milton Santos. Ademais, a luz dourada que banha a terceira e última tela chamou atenção, pois remete ao sentimento nostálgico da terra natal de Dall’Ara, ao mesmo tempo em que transforma a paisagem carioca em um arquétipo europeu.

PALAVRAS-CHAVE Gustavo Dall’Ara; Entresséculos XIX/XX; Paisagem urbana; Paisagem carioca; Crítica de arte.

ABSTRACT El artículo presenta como objetos centrales tres obras homónimas

del pintor italiano Gustavo Dall’Ara, que inmigró a Brasil en los siglos XIX/XX. Llamadas “Rua 1º de Março” (1907 y 1915), las imágenes pictóricas retratan una de las calles del centro de Río de Janeiro y pueden concebirse como un conjunto. Durante la investigación se utilizó el método del historiador del arte Erwin Panofsky para realizar el análisis iconográfico de las obras. Sin embargo, a través de la identificación de “capas temporales” en la plasticidad de los encuadres, la investigación exigió el uso del “anacronismo de las imágenes”, concepto operativo defendido por Didi-Huberman. De esta forma, el examen detallado de las pinturas apuntó que no son sólo documentales, sino también portadoras de “licencias poéticas” relacionadas con la memoria y la imaginación del pintor. También fue posible constatar que los transeúntes y su vestimenta son elementos del paisaje, lo que permitió pensar este último vinculado a condiciones políticas, económicas y culturales, tal como lo defendía Milton Santos. Además, la luz dorada que baña el tercer y último lienzo llamó la atención, pues remite al sentimiento nostálgico de la patria de Dall’Ara, al mismo tiempo que transforma el paisaje carioca en un arquetipo europeo.

KEY WORDS Gustavo Dall’Ara; Entre siglos XIX/XX; Paisaje urbano; Paisaje de Río; Crítica de Arte.

Introdução

Gustavo Giovanni Dall’Ara (1865-1923), pintor de origem italiana que imigrou para o Brasil na virada do século XIX para o XX, representou as ruas centrais do Rio de Janeiro enfatizando o movimento cotidiano da paisagem urbana. Ao analisar três obras homônimas de sua autoria, o presente artigo investiga a inserção da paisagem e da indumentária, concebendo a segunda como elemento da primeira e traçando uma abordagem que vai de encontro à história social. Tendo frequentado por um ano a Academia de Belas Artes de Veneza (em 1882), Gustavo Dall’Ara aportou no Rio de Janeiro em 18 de março de 1890. Sua escolha pela imigração deveu-se a um convite para trabalhar como redator artístico do periódico “Vida Fluminense”, contudo, após participar de três números, seu nome já não mais consta na revista – o que pressupõe seu desligamento. Depois da demissão inesperada é bastante provável que Dall’Ara tenha provido o próprio sustento por meio da arte, o que se pode supor mediante a destacada produção de retratos. Entretanto, segundo Aline Viana Tomé 255

(2019, p. 2) foi com a representação da paisagem urbana que o artista se tornou conhecido entre os homens de seu tempo. Ronaldo Simões (1986, p. 16) aponta que a imigração de Dall’Ara se insere em um período no qual “a República engatinhava”. Era um momento de transição do Brasil imperial para o republicano, que traria mudanças em várias dimensões da vida social. A cidade do Rio de Janeiro constituía-se a capital mais desenvolvida do país, servindo de exemplo para as demais, entretanto, de acordo com Milagre Júnior e Fernandes (2013, p. 25), o crescimento desordenado gerava certos problemas. Ademais, os historiadores destacam nessa passagem de século, a gradual abolição da escravidão que gerou o aumento da mão de obra livre e de pessoas ociosas, a imigração e o êxodo rural. Tomé (2019, p. 5) acrescenta o aumento dos aluguéis e a consolidação das favelas, resultante de um processo de modernização denominado “Belle Époque carioca”2 . Além disso, as grandes modificações espaciais no Rio de Janeiro no início do século XX, dirigidas pelo prefeito Pereira Passos promoveu o envolvimento do carioca com questões de moda e elegância (FEIJÃO, 2012, p. 7), relacionadas a mudanças em curso no panorama macro, como a Revolução Industrial, o trem a vapor e, mais tarde, os automóveis, tornando a vida urbana cada vez mais veloz – aspecto que não pouparia o traçado urbano, a cultura das aparências e as artes. Nesta conjuntura efervescente que Gustavo Dall’Ara, faria emergir de suas telas o vaivém do Rio de Janeiro, chegando a ser apelidado de “o pintor da cidade” por Nogueira da Silva (apud SIMÕES, 1986, p. 126).

“Rua 1º de Março”: entre o ideal e o real, a fabulação

A análise iconográfica que se segue será realizada a partir do método do historiador Erwin Panofsky, para o qual se faz necessário isolar as estruturas profundas das obras de arte ao estabelecer a oposição entre

2 Momento marcado por intensas transformações urbanas pautadas no discurso higienista e nos projetos de Haussmann, realizadas em Paris durante o Segundo Império de Napoleão III. Seguindo a perspectiva historiográfica de Jeffrey D. Needell, considerar-se-á o marco inicial da Belle Époque carioca o ano de 1898, com a ascensão de Campos Sales ao poder. Cf. NEEDELL, Jeffrey D. Belle Époque tropical: sociedade e cultura no Rio de Janeiro na virada do século. Trad.: Celso Nogueira. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. 256

iconologia e iconografia. Enquanto esta última coleta as principais evidências e as classifica (datação, origem e autenticidade), a primeira implica um método descritivo ou estatístico, consistindo na identificação de motivos, na análise das imagens, alegorias e histórias. Isso significa dizer que o objeto da iconologia consiste na interpretação dos valores “simbólicos” de uma obra. Neste estudo, correspondem aos objetos centrais três obras homônimas: “Rua 1º de Março” – duas delas de 1907 e outra de 1915. Os óleos sobre tela podem ser concebidos como um conjunto na medida em que retratam o mesmo local. Contudo, somente há a possibilidade de concebê-las desse modo ao acessar-se as fotografias das respectivas obras, pois, as pinturas de fato encontram-se em diferentes locais do Rio de Janeiro: a primeira tela de 1907 faz parte do acervo do Museu Nacional de Belas Artes (RJ), a segunda, está na coleção da família Ribeiro Loures (RJ), enquanto o quadro de 1915 encontra-se na coleção Maria do Rosário Moreira de Souza (RJ). Na Rua Primeiro de Março, que Gustavo Dall’Ara converte em imagem pictórica dentro de um recorte arbitrário, observa-se à esquerda, primeiramente, a Igreja de Santa Cruz dos Militares. Mais ao fundo, nota-se (nas duas primeiras pinturas) uma torre referente à Igreja de São José. Ademais, atrás da torre, encontra-se o Morro do Castelo e, nele, o Colégio dos Jesuítas – cujo desmonte deu-se nos anos 1920 (PAIXÃO, 2008, p. 13). Na terceira pintura, perde-se estes de vista devido à imponência da Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo, enquadrada à direita da tela por meio do novo ângulo adotado pelo pintor. Outro elemento que está presente e se altera nas pinturas é o meio de transporte: na primeira, uma carroça ocupa quase o centro da tela, transportando dois homens que comandam a tração animal – um deles encontra-se acenando com o braço esquerdo – enquanto outra carroça os segue, levando duas senhoras vestidas de preto. Na segunda, nota-se à esquerda da tela um bonde impulsionado pela tração do burro de carga, seguido por uma carroça. E, na terceira pintura, observa-se ao centro um automóvel, deixando atrás de si o bonde já movido à eletricidade. Essa sequência, que proporciona a sensação do tempo decorrido, vem acompanhada dos transeuntes, das árvores que crescem, da luz do sol e do céu distintos, demonstrando diferentes horas do dia e clima. Tudo isso forma um conjunto aparentemente simples, mas capaz de transportar o espectador para tempos nostálgicos que foram sublimados em prol da modernidade – simbolizada pelo automóvel e pela luz mediterrânea no último quadro. Também neste, com 257

Figura 1

“Rua 1º de Março” (1907), Gustavo Dall’Ara. Coleção Museu Nacional de Belas Artes, RJ.

Figura 2

“Rua 1º de Março” (1907), Gustavo Dall’Ara. Coleção Família Ribeiro Loures, RJ.

Figura 3

“Rua 1º de Março” (1915), Gustavo Dall’Ara. Coleção Maria do Rosário Moreira de Souza, RJ.

seu olhar cauteloso, Dall’Ara pintou o céu refletindo a sua luminosidade no chão para atribuir a ideia de água pluvial, que interage com o clima enevoado compondo a paisagem chuvosa e gélida, a qual parece indicar um ideal civilizatório naquele entresséculos: o europeu. Por outro lado, ao pensar as paisagens de Dall’Ara dentro de seu período histórico de produção, depara-se com imagens destoantes, principalmente, nos dois primeiros quadros. Com relação aos meios de transporte, o Rio de Janeiro foi a primeira cidade a introduzir o sistema de bondes por tração animal entre 1856 e 1859, sendo os anos 70 dos oitocentos, o auge desse sistema (PIRES, 2012, p. 4). Em vista disso, pode-se admitir que até 1856, as carroças constituíam o meio de transporte mais frequentemente utilizado na antiga capital. E, logo depois dos bondes por tração animal,

a introdução do sistema público de transporte, baseado em bondes elétricos, em 1892, transformou e modernizou a paisagem e as feições das cidades brasileiras. O sistema de bondes elétricos inicialmente foi implantado no Rio de Janeiro, nas zonas central e sul da cidade e, posteriormente, se expandiu para a zona norte e oeste. (PIRES, op.cit., p. 7)

Assim, reconhece-se que Dall’Ara almejou representar na primeira tela o tempo anterior a 1856; na segunda, entre 1856 e 1892 e, na terceira, quis retratar o próprio ano da pintura, 1915. Portanto, as três obras do artista são tão documentais quanto portadoras de “licenças poéticas”: documentais pelo retrato, em certa medida fidedigno, das arquiteturas na paisagem urbana; e portadoras de “licenças poéticas”, uma vez que contemplamos o seu potencial criativo. Dall’Ara deu vida a carroças e bondes de tempos anteriores ao seu próprio nascimento. Em seu imaginário, o pintor italiano delineia os impactos da revolução industrial que chegam ao Brasil trazendo os ventos das transformações decorrentes da modernidade, de um tempo mais veloz e de homens e mulheres de atitude blasé – nas palavras do sociólogo George Simmel (1998) –, evidente nos passantes ao percorrer-se o olhar pelos quadros. No primeiro, as pessoas caminham lado a lado, se falam, acenam e mantém relações comerciais. Entretanto, poucas pessoas ocupam a rua na segunda cena e apenas dois homens e duas mulheres são realmente reconhecíveis. Por sua vez, a terceira e última pintura apresenta os transeuntes ocupando quase que somente as calçadas; a maioria deles caminha sob os guarda-chuvas em direção 259

oposta ao automóvel, como se mirassem o passado representado nas duas telas anteriores: um tempo pretérito digno do sentimento nostálgico simbolizado pela luz dourada que banha toda a cena. Observa-se, de uma tela à outra, a mudança de uma paisagem da interação humana para aquela do olhar distanciado. Intrínseca à paisagem dallariana está a indumentária. Para Milton Santos (2014, p. 75), deve-se pensar a paisagem atrelada às condições políticas, econômicas e culturais, que nem sempre são visíveis no “cabedal histórico de técnicas” proporcionado pela paisagem em si. Assim, defende-se que estes dados são confirmados por meio dos trajes utilizados pelos agentes históricos integrantes das representações de Dall’Ara. Partindo da análise da terceira e última pintura, identificou-se pela indumentária dos passantes que eles são majoritariamente homens, uma vez que são representados vestindo ternos na cor preta ou cinza. Observa-se somente uma mulher em primeiro plano, ao lado esquerdo, e outra que se afasta em direção contrária ao automóvel, atrás de um poste de iluminação pública. Ao distanciarem-se do espectador, os atores cotidianos se misturam à paisagem urbana e à luz dourada por meio de suas escolhas vestimentares neutras. Quanto mais se distanciam, tornam-se borrões, fundindo-se ao clima enevoado sob a chuva que cai trepidante. O fato de que os homens são a maioria ao ocupar o espaço público está diretamente associado à modernidade, bem como ao advento da família burguesa, que separou as esferas do público e do privado pautando-se no gênero – a primeira, dos homens e a segunda, esfera doméstica, da mulher. Mulheres burguesas, entretanto, exibiam-se em público, passeavam e faziam compras. Mas, as da classe trabalhadora sofriam no que diz respeito à sua definição de mulher, pois comprometiam sua respeitabilidade identificada à feminilidade. Construído de tal modo, o espaço público colocava em risco sua virtude (POLLOCK, 1998, p. 230). Diferente da terceira pintura, na primeira há uma diversidade de pessoas: as mulheres burguesas portam trajes de cores variadas; homens burgueses trajam terno, gravata e billycock (chapéu-coco) ou boater (chapéu de palha de verão), modelos de chapéus onipresentes ao final dos oitocentos; o vendedor ambulante veste-se de modo mais informal ao dispensar a gravata; e homens do campo e outros tipos de trabalhadores aparecem com roupas mais coloridas, prescindindo do paletó. Apesar de Dall’Ara ter desejado representar o Rio antes de 1856 nesta tela, os chapéus masculinos e as silhuetas femininas representados remetem à década de 1890 – quando já não há 260

mais a anquinha, embora seja feito o uso de enchimento estratégico nas partes traseiras, espartilhos em “S” e boa demanda de chapelaria. Esta representação pode estar associada às memórias de quando o pintor aportou no Brasil, deixando escapar os indícios de uma época e dando lugar às suas recordações e imaginação, simultaneamente. Dessa forma, compreende-se as três obras do artista italiano a partir do anacronismo das imagens, conceito de Didi-Huberman (2015, p. 23):

Na dinâmica e na complexidade dessa montagem, noções históricas tão fundamentais quanto as de “estilo” ou de “época” revelam, de repente, uma perigosa plasticidade (perigosa somente para aquele que gostaria que tudo estivesse em seu lugar, de uma vez por todas, na mesma época: figura bastante comum daquele que eu chamarei de “historiador fóbico do tempo”). Propor a questão do anacronismo é, então, interrogar essa plasticidade fundamental e, com ela, a mistura, tão difícil de analisar, dos diferenciais de tempo operando em cada imagem.

Usufruindo do aporte conceitual, identificou-se nas obras dallarianas certas “camadas temporais”. Na “Rua 1º de Março” nº 1, por exemplo, pode-se inferir: os anos de 1850 no meio de transporte (a carroça), a década de 1890 na indumentária, e o ano de produção do artista (1907) em outros elementos, como a rua, o céu, a luz e a sombra, e o estado da arquitetura. Dessa forma, a paisagem urbana de Dall’Ara é resultante da manipulação de tempos que não necessariamente correspondem aos anos de sua existência. O artista convida o espectador a descortinar cada uma das camadas, quadro a quadro, até chegar àquele que seria o ápice da “civilização” nos trópicos. Por fim, ao contemplar-se as três telas, chegou-se à conclusão de que o pintor almejou criar uma espécie de linha temporal nutrida pelas ideias positivistas de “evolução” e “progresso”, que influenciaram fortemente o período da Primeira República brasileira, sobretudo no “campo das ideias”, como aponta Lilia M. Schwarcz (2015, p. 316). Desse modo, pode-se compreender a paisagem segundo a perspectiva de Michel Collot (apud BONA, 2017, p. 61): sempre pertencente a uma percepção subjetiva; não consistindo em um território real, senão aquele percebido do ponto de vista de um sujeito.

Neste estudo, foi possível traçar um paralelo entre a conjuntura vivida por Dall’Ara ao aportar no Brasil e as três obras homônimas de sua autoria, sobretudo no que diz respeito à modernidade. A análise iconográfica empreendida apontou para o fato de que suas telas não são apenas documentais, mas também portadoras de “licenças poéticas”. Além disso, enquanto artista do gênero masculino, por meio de suas pinceladas, ele captou as relações desiguais de gênero – conscientemente ou não –, latentes e indissociáveis da paisagem no entresséculos XIX/XX, criando em certa medida, um retrato de seu tempo. Por sua vez, ao pensar-se a indumentária como elemento da paisagem de Dall’Ara, confirmou-se as classes sociais que frequentavam a Rua Primeiro de Março na virada do século, ou que deveriam frequentar, segundo o “ideal civilizatório” atribuído ao último quadro. Evocando o vaivém cotidiano do centro urbano, as paisagens dallarianas são, evidentemente, subjetivas: as representações da paisagem carioca construíram-se a partir da visão de mundo do artista, gerada por suas próprias experiências e repertório adquirido durante a vida. Portanto, submetidas à análise, podem ser compreendidas como a elaboração dessas experiências, além de um ponto de interseção entre o estrangeiro e o brasileiro.

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