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O um é um múltiplo: existências comunais como prática artística

Marcela de Macedo Cavallini, marcelademacedo@gmail.com www.lattes.cnpq.br/5686720304898088

RESUMO Ainda ligada a uma imagem de passado, o reconhecimento da comunidade aponta para uma espécie de nó da utopia: a esperança sobre a constituição de vínculos que resolvam os anseios mais profundos com o ambiente de pertença, ou seja, o espaço de fortalecimento de uma subjetividade coletiva por meio da reciprocidade afetiva, na qual interesses comuns são partilhados e vividos coletivamente. Incidindo práticas de solidariedade e sobrevivência, trocas simbólicas, ao passo que levanta a problemática, principalmente para as artes, do espaço de reinvenção, ruptura e transformação possíveis com novos processos de subjetivação imersos no capitalismo neoliberal. Desse modo, a ideia de comunidade chama pelas lutas coletivas, mas também processos menores que não cessam de acontecer. Assim, pode ser pensada, menos como um conceito desterritorializado ou um “um” indivisível do comum, como propõe Nancy (2020), e mais como processos de compartilhamento, resistência e proteção. Tais processos produzem movimentos e câmbios entre singularidades e pluralidades, como em comunidades artísticas contra-coloniais.

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PALAVRAS-CHAVE Arte; Comunidade; Menor; Movimento; Vínculo.

ABSTRACT Still linked to an image of the past, the recognition of the community points to a kind of knot utopia: the hope about the constitution of affective bonds that resolve the deepest anxieties with the environment of belonging, that is, the space for strengthening a collective subjectivity through affective reciprocity, in which common interests are shared and lived collectively. Involving practices of solidarity and survival, symbolic exchanges, while raising the problem, especially for the arts, of the space of reinvention, rupture and transformation possible with new processes of subjectivation immersed in neoliberal capitalism. In this way, the idea of community calls for collective struggles, but also for minor processes that keep on happening. Thus, it can be thought of less as a deterritorialized concept or an indivisible “one” of the common, as proposed by Nancy (2020), and more as processes of sharing, 328

KEYWORDS Affective Bond; Art; Community; Minor; Movement.

Para começar a tratar das existências comunais, lanço-me numa tentativa de autodecolonização proposta por Esbel (2020). Atravessar o que me constitui enquanto coletividade para encontrar o que há de singular na investigação em artes é uma busca que venho tratando como prática escavatória da “pesquisa performativa” (HASEMAN, 2015). Antes de falar dessa que é a metodologia adotada, proponho a mirada na territorialidade em que construo minha poética. Tal ação dará subsídio para afirmar, na prática, que a presente investigação é, fundamentalmente, parte de como me posiciono e me relaciono com o mundo, aproximando, portanto, arte e vida de maneira menos categórica ou estilística e mais próxima daquilo que se apresenta como uma necessidade transicional da própria pesquisa. Assim que pari, no ano de 2020, no auge da pandemia, me vi imersa na maior experiência de ruptura com um tipo de vínculo comunal, diferentemente do que essa imagem de “dar à luz” poderia sugerir. Não houve festa, nem rituais de passagem para mim e Tiê, sintoma de milhares de crianças e mães nascidas naqueles tempos. A imprensa hegemônica no Brasil veiculava de forma repetitiva e pouco crítica, as mortes por Covid-19, o desmatamento ambiental amplificado e a permanência do assassinato das pessoas pretas e indígenas. Ao mesmo tempo, eu precisava estar bem para dar continuidade àquela vida posta em meus braços, uma performance extremamente paradoxal perante àquilo que se anunciava. E, ainda assim, perceber-me enquanto pessoa privilegiada, pois tinha aonde morar, como comer e dar de alimento para minha filhe. Os vínculos afetivos tão necessários a esse momento quando a corpa-mãe está dilacerada, exausta, frágil, transformaram-se no toque invisível das amigues e famílias distantes fisicamente, somando-se àqueles que nunca mais eu sentiria o calor próximo, terreno. O mínimo que se poderia ter nesse momento de proteção, a casa, era ameaçada pelo retorno às tarefas produtivas, as quais equivocadamente chamam de trabalho. O projeto de isolamento social que, neste país, ganhava contornos da barbárie em curso – tendo em vista que algumas 329

corpas tiveram acesso ao direito de cuidado de si, enquanto tantas ditas “outras” continuaram na árdua tarefa de perpetuação da máquina neocolonial, expondo-se ao risco da morte – dava a ver as marcas de um “corpo sóciopolítico”1 cada vez em maior desconexão, desertificação e confinamento diante da utopia de uma travessia coletiva. Veio desse real escancarado em tempos pandêmicos, as ranhuras do leitmotiv da presente pesquisa: como é possível criar vínculos a partir de nossas propostas artísticas? Interessava-me começar a investigar essa questão a partir da ideia de comunidade, construída por uma lógica ocidental moderna, visto ser ela a expressão máxima do que se compreende como vínculo. As raízes históricas do que constitui uma comunidade é anterior ao surgimento dos Estados e isso faz-me supor que a questão gregária e as coexistências individuais não estão necessariamente atreladas aos modos de vida que se legitimam pela lei e outras regras jurídicas de organização que vieram com a modernidade. Tampouco, trata-se de uma existência presa a um modo de ser do passado, visto termos grandes sociedades anti-estatais como são as nações indígenas de hoje, por exemplo, do Xingu. Me filiar, portanto, a outros modos comunitários significa, também, que não me encontro mais situada nesse ser brasileiro, visto ele ter se confirmado como um ser ficcional e comprometido com toda a necropolítica (MBEMBE, 2018) que está sendo praticada pelas forças policiais e governamentais desde a invenção deste país. Tendo ciência, nessa questão, que a terra que aqui se habita e forja-se comunidades é por direito terra indígena, ainda que não fosse, primordialmente, do projeto de vidas dos povos nativos tal demarcação. Se com o Iluminismo Europeu, a existência da comunidade, segundo Nisbet (1973), sofreu rechaço, reforçado pelas revoluções francesas e a industrial, não será pela nova classe burguesa que essa ganhará outros contornos. Mas será através dessa configuração social que veremos surgir práticas de individualidade coexistentes em coletivos. Avessa à ideia do tipo de humanidade desenvolvida na Idade Média, à medida que essa ainda estava vinculada aos modos de vida feudal e às práticas de dominação escravocratas, os contrários à comunidade

1 Corpo sóciopolítico baseia-se no conceito de biopolítica de Foucault (2008), à medida que os processos sociais manejam vidas baseadas no controle do poder sobre e através do corpo. Produz normalizações, como a naturalização de um isolamento que reifica a morte no contexto de pandemia. 330

(era quase uma ideia cafona na época, um retorno a um passado inválido) defendiam a ideia de um contrato de homens livres, o progresso e o desenvolvimento econômico como aparatos da racionalidade social. Além disso, a constituição do sujeito universal como entidade autônoma e que se autoconserva e se autoprotege em detrimento aos outros seres. As práticas comunais, portanto, frequentemente lideradas por mulheres e curandeiras, foram desvalorizadas porque também ameaçavam o poder da Igreja e a nova classe econômica nascente. Assim, a lida com a terra foi tida como atrasada, obra do demônio e perpetuadora de um poder descentralizado, horizontalizado e mais disperso, sendo difícil seu controle por parte do Estado. Milhares de mulheres, não somente europeias, diga-se de passagem, apesar da Europa ter sido considerada o epicentro da caça às bruxas, mas, curandeiras de África, no Brasil também, foram torturadas e mortas pela égide da perseguição às bruxas (FEDERICI, 2017). A comunidade se tornara um perigo à disseminação do capitalismo que tomava folego e que deveria ser propagado como uma espécie de religião econômica, surgida a partir do século XV. O processo de cercamento estava ligado à privatização das terras, além da demarcação de limites e fronteiras, associado à caça das mulheres, surgimento de novas leis e eliminação de crenças e práticas comuns na Europa. Mas foi o processo de desmembramento de comunidades inteiras através do Atlântico que constituiu o maior mercado sobre a égide do território colonial. Os povos da diáspora africana, escravizados pelo regime colonial ibérico, sofriam as investidas de captura, esvaziamento e objetificação pela violenta lógica organizacional mercantil, cultural, espiritual e social do ocidente branco europeu. Dessa forma, o que foi considerado “Moderno” marcou a violenta investida do colonialismo sobre as comunidades que eram designadas como Outras, e, portanto, deveriam ser rebatizadas e diluídas em sua pluridiversidade, assim:

“a modificação dos nomes de territórios e de grupos humanos para confortar uma visão de mundo que nega as especificidades locais: Abya Yala passou a ser América; incas, maias, astecas e guaranis passaram a ser índios; zulus, achantis e daomés passaram a ser negros” (DANTAS, 2020, p. 55).

A ideia de progresso e toda política voltada ao individualismo que ancora a Revolução Industrial Europeia, o desenvolvimento do capitalismo colonial até os dias atuais de forma bastante agressiva e rizomática, foi também uma reação às existências comunais. 331

Muito ainda ligada a uma imagem de passado, portanto, o reconhecimento da comunidade aponta para uma espécie de nó da utopia: a esperança sobre a constituição de vínculos que resolvam os anseios mais profundos com o ambiente de pertença, ou seja, o espaço de fortalecimento de uma subjetividade coletiva por meio da reciprocidade afetiva, na qual interesses comuns são partilhados e vividos coletivamente. Incidindo práticas de solidariedade e sobrevivência, trocas simbólicas, ao passo que levanta a problemática, principalmente para as artes, do espaço de reinvenção, ruptura e transformação possíveis com novos processos de subjetivação que emergem, por exemplo, das lutas identitárias. Imbuída de micropolíticas possíveis às artes, a ideia de comunidade chama por se considerar processos menores que não cessam de acontecer. Assim, pode ser pensada, menos como um conceito desterritorializado ou um “um” indivisível do comum, como propõe Nancy (2020), e mais como processos de movimentos, resistência e proteção, que articulam singularidades e coletividades em trânsito. Ou seja, quando uma comunidade se encerra nela mesma, ela fecha as possibilidades de contaminação entre seus membros, tendendo a sua própria mortificação e confinamento. Então, o que resta à artista quando, no contexto acima descrito, sente-se num não-lugar de pertencimento tanto do comum de uma maternidade dada, quanto do lugar de reconhecimento legitimado pelo meio artístico? Que não-lugar comunitário é possível ainda fazer transitar os afetos, produções e devires dessa artista? Dando continuidade a esse exercício de pensar com os movimentos e artistas contra-coloniais que, muitas vezes, constituíram comunidades para a sobrevivência das individualidades artísticas, trabalho na performance Corpo-fronteira. Se há uma maneira de resistência, essa se dá na experiência da re-existência no tempo, de modular uma experiência que se transforma e transforma o em si à medida que acontecendo no meio, ressoa o/com o mundo. A repetição das emoções desertificadoras agenciadas pela necropolítica, em especial nas corpas pretas e indígenas, em mulheres e corpas dissidentes deixa escapar as intensidades as quais essas mesmas corpas produzem respostas transformadoras para “dobrar a linha e constituir uma zona vivível onde seja possível alojar-se, enfrentar, apoiar-se mutuamente, respirar – em suma, pensar” (DELEUZE, 1992). E sentir calor que emana dos rios internos de nossa corpaalma, conviver e fazersentirpensar com arte. A performance Corpo-fronteira, resultado processual dessa pesquisa, nasce, portanto, de uma respiração difícil, árida 332

e densa, não de quem mora no front da violência do Estado, mas de quem habita uma paradoxal zona de contato, ainda que no cercamento biopolítico da propriedade privada. Experiencia, pois, o isolamento físico associada à corpa que vive a maternagem (situação comumente aceita como perpetuadora da vida) enquanto testemunha os dados de morte por coronavírus tangenciado pelo desmatamento ambiental, perpetuado pelo governo brasileiro. Uma experiência de desertificação com os vínculos vitais, muito imbricada aos nós históricos e coloniais de raça, classe, gênero. Tal protótipo de uma fabulação especulativa não se atenta ao agora como ponto de interesse, propõe uma mirada para o passado que ainda pulsa e perturba a memória de nossas corpas expropriadas da farsa chamada Brasil. Compreende que fabular é desejo de resistência, uma ação estética, afetiva e política que dá passagens aos movimentos menores (WHITEHEAD apud MANNING, 2019). Nesse sentido, alinha-se à metodologia deste projeto, de uma corpa fronteiriça em plena travessia entre cuidar, pesquisar e criar. Trata-se de performar as linhas de intensidades que nos leva possivelmente para fora dos mapas da representação. Linhas imaginárias em colaboração entre a performance e formações de mapas transitórios como parte do processo de pesquisa performativa em artes. Em alusão ao vírus, esse ser que existe entre o vivo e o não vivo, a fabulação especulativa ressurge através da imagem dos interstícios que encontramos nas fronteiras entre distintas realidades:

“O vírus é a fronteira. A diferença pode acontecer na passagem através da fronteira da repetição. Pelo furo que a agulha faz, pelo buraco que a linha entra, pelo caminho que a linha faz. Um vírus se repete e em cada corpo manifesta seu diferente, sua forma de ação. A linha é a dobra da ação, quando a linha passa e se desdobra, dobra-se com ela a performance” (fragmento transcrito do vídeo Corpo-fronteira, 2021).

Se o entre é o espaço do acontecimento de uma existência fronteiriça, proponho que ele seja pensado como uma zona de contágio, movimento, transmissão e circularidade através dos vínculos que criamos com o mundo. Pergunta-se, então, se, desse modo, é possível criar vínculos através das artes que não se configure nem em isolamento nem em confinamento, mas livre para compor com a vida, através de seus movimentos menores. Venho fazer essa incursão no não-lugar da comunidade como uma tentativa de prática artística que tenta um exercício 333

contra-colonial. Mas engana-se quem acha que essa escolha exclui a sensibilidade da experiência situada como propõe Augé (2012) diante dos espaços de passagem como aeroportos, rodoviárias, estradas. O não-lugar aqui é todo espaço de travessia que carregamos nossas memórias e existências, o não-lugar pode estar em todo lugar o qual nos sentimos intimamente vinculados na experiência do acontecimento artístico. Dando continuidade a esse exercício de pensar com os movimentos e artistas contra-coloniais que muitas vezes constituíram comunidades para aparição das individualidades artísticas, trabalho a performance Corpo-fronteira como processo da pesquisa performativa. Tal forma de abordagem metodológica emerge questões do território da pesquisa e se alia ao pensamento de que, ao se optar por uma não generalização de uma metodologia e, assim, situá-la, pretende-se valorizar saberes locais (humanos e não-humanos) e as múltiplas maneiras como eles podem emergir do território quando estamos de corpo e alma como artistas-pesquisadores. Haraway (2022) nos propõe que essas são propostas que respeitam as múltiplas visões, a complexidade dos corpos e a parcialidade das verdades como condições de se reavivar políticas a partir da escuta. Propostas que se criam, desde baixo, interações complexas, pois partem de diferentes corpos e seus posicionamentos diante das suas existências. Isso não significa que esses saberes estão presos em suas localidades, mas que podem contribuir, de uma maneira mais ampla, para se perceber qual performance emerge (e importa) à medida que eles mesmos se perspectivam.

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