Hélder Rafael e Tatiane Guimarães
MAPA DOS
JORNAIS
Impressos no interior de Mato Grosso do Sul
localização perfil completo análise do setor Universidade Católica Dom Bosco - UCDB
MAPA DOS
JORNAIS
impressos no interior de Mato Grosso do Sul
Hélder Rafael e Tatiane Guimarães
MAPA DOS
JORNAIS
impressos no interior de Mato Grosso do Sul localização perfil completo análise do setor
Universidade Católica Dom Bosco - UCDB
UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO (UCDB) Reitor Pe. JOSÉ MARINONI Chanceler Pe. LAURO TAKAKI SHINOHARA Pró-Reitor Administratiivo Ir. RAFFAELE LOCHI Pró-Reitor Acadêmico Pe. Dr. GILDÁSIO MENDES Coordenação de Jornalismo JACIR ALFONSO ZANATTA
® 2008, Hélder Rafael e Tatiane Guimarães Revisão gramatical Prof. JOSUÉ ALVES CONCEIÇÃO Arte da capa e diagramação HÉLDER RAFAEL Orientação Profª. CRISTINA RAMOS RIBEIRO PRODUZIDO EM CAMPO GRANDE, PRIMAVERA DE 2008.
A
os meus pais, Maria Ercília e Josué, à minha futura esposa, Fernanda, e ao bebê que chegará em breve. -- Hélder Rafael
AGRADECIMENTOS À professora Beatriz Dornelles, cujo trabalho serviu de inspiração a esta pesquisa; A Álvaro e Sandra Pereira, proprietários do jornal Tribuna Popular, onde dei os primeiros passos na carreira de jornalista, em Jardim/MS; A todos os professores dos cursos de Jornalismo na PUCRS e UFRGS, faculdades em que estudei por quatro anos em Porto Alegre/RS; A todos os colegas de classe que me acolheram na UCDB, onde ingressei com o curso já em andamento, em 2007; Aos professores do curso de Jornalismo da UCDB: Cristina Ramos, Oswaldo Ribeiro, Inara Silva, Jacir Zanatta e Cláudia Zwarg, que me acompanharam até o fim dessa jornada acadêmica; Aos amigos David Reél, Fábio, Luiz, Thiago, Roberto, Ademilson, Leandro, Janaína e Rafael, pelos momentos de alegria e aprendizado; Aos primos Jonas e Marcelo, e aos tios João Cleófas e Marlene Lizete, pelo companheirismo e apoio em momentos de incerteza; E à amiga de todas as horas Tatiane Guimarães, sem a qual a existência deste livro não seria possível. -- Hélder Rafael
À
minha mãe Ivanir Mascarenhas Robaldo. -- Tatiane Guimarães
AGRADECIMENTOS A meu pai, Roldão Correia Guimarães que ao longo dos meus 27 anos de vida tem me dado bons exemplos de conduta e excelentes conselhos, os quais procuro seguir. Para se seguir um caminho correto na vida é necessário ter alguns orientadores, e eu agradeço a Daisaku Ikeda por ter trazido a filosofia do budismo de Nitiren Daishonin para o Brasil e ser meu estimado mestre. À minha prima Neiva Guedes, que considero como irmã, que acreditou em mim mesmo nos momentos em que eu mesma duvidei de minha capacidade, e acima de tudo por ser um exemplo de vida. Às minha tias, que me apoiaram de diversas formas, com conselhos, momentos de risadas, de conversar sério e até mesmo no fornecimento de alimentação. Reconheço o importante elo de amizade que algumas pessoas formaram comigo ao decorrer dos três anos e meio do curso de Jornalismo que fizemos juntos, são elas: Hélder Rafael, Fernanda Yafusso, Jairo Gonçalves, Talita Oliveira e João Carlos Costa Aos meus professores: Cláudia Zwarg, Cristina Ramos, Inara Silva, Oswaldo Ribeiro e Jacir Zanatta, pelos desafios que me proporcionaram e que me fizeram desenvolver-me como acadêmica e também como ser humano. Aos meus psiquiatras Florivaldo Leal Neto e Luis Carlos Valim, dedico minha sincera estima, por terem me diagnosticado e medicado corretamente. Sem o trabalho deles minha participação nessa obra teria sido impossível. Ao trabalho que Lílian Carla, minha psicóloga, vem realizando comigo, que está possibilitando minha auto-descoberta e o fortalecimento de minha personalidade. Aos meus irmãos, por serem companheiros nessa jornada chamada vida, a qual atravessamos cada um com seus objetivos, mas sempre buscando a verdadeira felicidade. À Patrícia dos Santos, por sua inestimável amizade, que espero que se estenda por toda a eternidade ou mais. Aos meus queridos companheiros de Brasil Soka Gakai Inernacional, os quais têm sido meus parceiros na busca do desenvolvimento pessoal e humano. -- Tatiane Guimarães
PREFÁCIO
O
nde trabalhar? As outras perguntas do lide da vida profissional já foram respondidas, mas o ONDE teima em cutucar muitos jornalistas, que observam o mercado de trabalho inchar cada vez mais de comunicadores egressos das Universidades. Na Capital de Mato Grosso do Sul, por exemplo, conforme pesquisa realizada por formandas de Jornalismo da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) em 2006, mais de 800 jornalistas foram graduados nas quatro Instituições de Ensino Superior que oferecem o Curso de Jornalismo na Capital, desde 1993, quando se formou a primeira turma da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). No estudo, foram entrevistados 106 jornalistas que atuam na cidade. Constatou-se que nos veículos de comunicação 64,8% dos entrevistados eram de diplomados nas universidades de Campo Grande. Somam-se a estes os jornalistas que não passaram por formação universitária e os que vieram de outros Estados para trabalhar aqui. A pesquisa mostrou que as redações da Capital são compostas, em sua maior parte, por jovens entre 20 e 25 anos, que ganham entre 3 a 6 salários mínimos, renda que obriga 25% dos profissionais a trabalhar em mais de um emprego, e 44,8% a extrapolar as cinco horas diárias de trabalho previstas por lei como carga horária em cada estabelecimento jornalístico. Se o “Plano A”, de trabalhar com jornalismo na Capital de MS está concorrido demais e cheio de números desanimadores, o “Plano B” de migrar para o interior do Estado passa pela cabeça dos jornalistas. Mas será que existe vida saudável para estes profissionais nos outros 77 municípios do estado? Este livro ajuda na opção pessoal dos jornalistas quanto em que local atuar no interior, e faz também alguns apontamentos das práticas profissionais nos veículos de comunicação impressos encontrados pelos pesquisadores no além-capital. O leitor vai descobrir que o mercado de trabalho jornalístico impresso nos municípios interioranos é uma realidade, por meio da catalogação dos veículos de comunicação impressos publicada nas próximas páginas. Mas a análise realizada pelos pesquisadores com base nos dados colhidos, entrevistas e artigos, mostra que os problemas enfrentados na Capital de Mato Grosso do Sul pelos jornalistas são mui-
to parecidos com os vivenciados pelos colegas do interior. Salário baixo, horas de trabalho excessivas, concorrência com mão-de-obra não especializada e a instabilidade das empresas de comunicação - que podem fechar a qualquer momento - são algumas dificuldades que têm conotação diferenciada no interior, e algumas vezes ampliada em relação a Campo Grande. Dentre as agruras mais assustadoras que acometem os jornalistas interioranos está a ligação perigosa e próxima com o poder daquelas localidades, principalmente o executivo dos municípios, principal fonte de renda dos veículos de comunicação impressos, também no interior de Mato Grosso do Sul. -- Profª. Cristina Ramos Ribeiro - Orientadora
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO Pesquisa ORIGENS DA IMPRENSA EM MATO GROSSO DO SUL
13 14 17
1838 a 1889
17
1889 a 1949
19
Atentados a jornais e crimes de imprensa
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Morte do prefeito Ary Coelho
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Jornais mais antigos em circulação
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PERFIL DA IMPRENSA INTERIORANA DE MATO GROSSO DO SUL
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POR QUE JORNAIS SÃO IMPRESSOS FORA DO ESTADO?
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POR QUE POUCOS PROFISSIONAIS ATUAM NA IMPRENSA INTERIORANA?
31
Vantagens no interior
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Exército de um homem só
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POR QUE JORNAIS SÃO DISTRIBUÍDOS DE GRAÇA?
37
Distribuição dirigida
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Apatia das empresas privadas
40
POR QUE DESAPARECEM OS JORNAIS? Terreno fértil para novos jornais
43 44
RELAÇÕES ENTRE IMPRENSA E PODER
47
Explicando a licitação
47
Interesses exclusivos ou escusos?
48
Quando a relação se torna corrompida
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Quando o bolo fica abatumado
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A socos e pontapés
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DONOS DE JORNAIS CRIAM SINDICATO
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Modernização dos jornais
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Composição da diretoria do sindijopre/ms
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IMPRENSA INTERIORANA DO RIO GRANDE DO SUL: UMA COMPARAÇÃO
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Boom de jornais
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Papel da faculdade
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Em busca de aperfeiçoamento
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Jornal interiorano: características
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Informações adicionais
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
71
GLOSSÁRIO
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ANEXO 1 - JORNAIS INTERIORANOS DE MATO GROSSO DO SUL
81
ANEXO 2 - COMO ABRIR UMA EMPRESA JORNALÍSTICA
115
ANEXO 3 - LISTA DE TABELAS
117
Introdução
E
ste livro é resultado do trabalho de conclusão do curso de Jornalismo, sobre o mapeamento dos jornais impressos no interior de Mato Grosso do Sul. A partir dos dados coletados nas redações, os pesquisadores fizeram análise crítica da situação da imprensa e formularam o perfil do setor, válido para o final da década de 2000. O levantamento detalhado de informações resultou em um anuário inédito nos meios acadêmico e profissional do Estado. O tema recebe pouca atenção nas salas de aula das faculdades de Jornalismo. As raras opiniões existentes sobre essa fatia de mercado sofrem distorção por preconceito – originado em grande parte no desconhecimento das especificidades do mercado de trabalho no interior. São poucos os estudos que retratam o setor, visto que as atenções de acadêmicos e pesquisadores em Jornalismo se voltam, em especial, para a compreensão da realidade mercadológica da capital, Campo Grande. Jornais semanários do Estado foram tema de monografia defendida em 2005 na Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp); outro trabalho de conclusão de curso ocupou-se do levantamento histórico da imprensa de Corumbá, em 2002, na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Embora haja número reduzido de pesquisas sobre o assunto, a imprensa interiorana constitui-se em amplo terreno para atuação dos novos jornalistas e, também, um ambiente favorável a empreendimentos. Para a própria sobrevivência do profissional em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, é necessário que o acadêmico seja capaz de perceber a existência de tais oportunidades o mais cedo possível. Não existe entidade regional que se dedique exclusivamente a catalogar jornais em Mato Grosso do Sul. Apesar de um sindicato estadual de jornais e periódicos ter sido fundado em 2007, o órgão abrange apenas uma parcela da imprensa interiorana. As secretarias de comunicação do Governo do Estado e da Assembléia Legislativa contam com informações incompletas dos jornais, e que demandaram atualização para serem usadas na pesquisa.
13
Em nível nacional, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) dispõe somente de estimativas sobre o setor. O mesmo ocorre na Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). A secretaria de comunicação da Presidência da República (Secom) dispõe de um banco de jornais, mas muitos periódicos que constavam da lista já tinham deixado de circular. Para agravar o quadro de dificuldades, três jornais fecharam suas portas durante a pesquisa: Aquidaban (Bonito); Bonito em Foco (Bonito); e O Alvorada (Nova Alvorada do Sul). O assunto será tratado com mais detalhes ao longo do trabalho.
PESQUISA Obteve-se levantamento estatístico e administrativo dos jornais em circulação no interior de Mato Grosso do Sul. Esse banco oferece informações detalhadas dos periódicos em 2008. Na primeira abordagem, foram encontrados 103 jornais no interior do Estado, com base em consultas à lista telefônica e a páginas na Internet de órgãos ligados à comunicação (ANJ, Fenaj, Secom, Assembléia Legislativa, Governo do Estado). Em seguida, os pesquisadores apuraram por telefone todos os dados coletados, e identificaram 86 impressos. A apuração se deu em redações, prefeituras, câmaras municipais, entidades de classe e imprensa local. A coleta de exemplares serviu de apoio nessa etapa. Dos 86 jornais, cinco foram desconsiderados do objeto de pesquisa, por não atenderem aos requisitos exigidos. Outros seis proprietários não colaboraram com os pesquisadores, ao deixar de repassar dados relevantes ao estudo. Por fim, três impressos fecharam durante a apuração. Como resultado, chegou-se ao universo de 72 jornais impressos no interior de Mato Grosso do Sul. Os pesquisadores aplicaram um questionário a todos os jornais encontrados, para obter as seguintes informações: endereço, telefone, e-mail, página na Internet, periodicidade, dias de circulação, formato, cores, número de páginas e cadernos, tiragem, parque gráfico, preço de capa, preço de assinatura, número de assinantes, valor do anúncio, área de circulação, diretor responsável, número de funcionários, jornalistas práticos e formados. Junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram obtidos dados básicos dos 77 municípios do interior do Estado. 14
A partir disto, foi possível classificar os jornais segundo suas principais características. Posteriormente, os pesquisadores analisaram a realidade do setor. Para tanto, fizeram entrevistas por telefone com proprietários e jornalistas que atuam na imprensa interiorana. A análise crítica contou com extensa revisão bibliográfica de especialistas no assunto, como José Marques de Melo, Beatriz Dornelles e Alberto Dines. A esses, somaram-se teses de especialização e monografias de pesquisadores regionais. Completam a relação: entrevistas presenciais e por telefone com pessoas ligadas à atividade jornalística regional; artigos científicos e jornalísticos; matérias jornalísticas veiculadas na imprensa escrita estadual; e outros textos disponíveis em páginas sobre jornalismo na Internet. Para compreender o grau de desenvolvimento da imprensa interiorana, partiu-se das definições formuladas pela professora Beatriz Dornelles. Em sua tese de doutorado, ela fez levantamento dos jornais existentes no interior do Rio Grande do Sul. O trabalho foi publicado em livro no ano de 2004. Dornelles formou amostra de 14 jornais, em 14 municípios, e que contempla diferentes critérios, como periodicidade, porte das cidades, tiragem, número de profissionais envolvidos, entre outros. Por meio de questionários, foi possível traçar um perfil estatístico do setor. A pesquisadora define jornal interiorano como: O produto impresso de uma empresa ou micro jornalística, constituída juridicamente na Junta Comercial do município, regida pelo ativo e pelo passivo, objetiva lucro através da comercialização publicitária, venda de assinaturas e avulsa. O jornal deve, obrigatoriamente, ser registrado no cartório de registro especial e manter uma estrutura administrativa mínima, que inclui um diretor, um contador, um responsável pela distribuição, um vendedor de anúncios e um jornalista. Periodicidade constante, desde que diária, trissemanária, bissemanária ou semanária. Filosofia editorial deve ser comunitária, ou seja, as matérias produzidas para jornal devem atender aos anseios e reivindicações da comunidade que, dentro do possível, determinará quais as notícias que devem ser divulgadas pelo jornal, desde que não atendam a nenhum interesse partidário. O diretor e/ou o jornalista devem, também, participar ativamente de todas as atividades promovidas pela comunidade, ajudando a buscar soluções. (p.153)
15
Origens da imprensa em Mato Grosso do Sul
A
fim de facilitar a compreensão histórica do desenvolvimento da imprensa em Mato Grosso do Sul, buscou-se resgatar os principais acontecimentos da época de seu surgimento, ainda no século XIX - quando o Estado era uno. O livro do historiador Rubens de Mendonça cumpre satisfatoriamente esse papel, ao explorar mais de 100 anos de casos e relatos da imprensa regional. Intitulada “História do jornalismo em Mato Grosso“, a obra data de 1951. Entretanto, a edição consultada é de 1963. 1838 A 1889 De acordo com Rubens de Mendonça, a primeira oficina tipográfica de Mato Grosso foi introduzida em 1838 pelo presidente da província, Dr. José Antônio Pimenta Bueno. Os equipamentos destinavam-se à publicação de um jornal, e os recursos foram arrecadados entre pessoas interessadas na aquisição. A província também aplicou recursos para a compra das máquinas, que passariam a pertencer à Assembléia Legislativa. Como o primeiro jornal de Mato Grosso teria caráter oficial, a Assembléia Legislativa autorizou o custeio público da tipografia, bem como o pagamento de seus empregados. Nessa primeira fase, a imprensa voltava-se exclusivamente aos interesses do poder público, mediante circulação de “todos os atos oficiais, que não exigem segredo dos Governos, da Assembléia Provincial, das Repartições Fiscais, das Câmaras Municipais, dos jurados - as participações das Autoridades Policiais, as decisões das Juntas de Paz, finalmente mesmo as leis e atos do Governo Central, que disseram respeito a esta Província”. (p. 7-8)
Em relatório enviado à Assembléia em 1º de março de 1837, o presidente da província justificava a necessidade de instalar uma tipografia em Mato Grosso: As instituições políticas, assim como as demais coisas, têm atributos e dependências que são essenciais à sua natureza. O sistema administra17
tivo que nos rege, exige a publicidade dos atos das autoridades, que também dela depende muitas vezes, para que bem possa corresponder a seus fins. Tal é uma das condições que as leis demandam, é justo, é mesmo indispensável fazê-las conhecidas, quanto possível, aliás, a pena imposta pela sua inobservância será repetidas vezes verdadeira tirania. (p. 5) Em 1839, chega à província o primeiro tipógrafo, e tem início a circulação do primeiro jornal, “Themis Mato-grossense”, em 14 de agosto daquele ano. Essa data é considerada o marco da imprensa mato-grossense. Segundo Rubens de Mendonça, o periódico circulava às quartas-feiras e destinava-se à publicação de atos oficiais. (p.8) No ano seguinte, o “Themis Mato-grossense” é fechado por causa das divergências políticas entre a Assembléia Legislativa e o presidente da província. Em 1840, o presidente Pimenta Bueno cortou do orçamento a verba destinada à manutenção da oficina tipográfica. Em 30 de julho de 1842, já sob a presidência do Cônego José da Silva Guimarães, a província voltou a contar com órgão oficial de imprensa: “O Cuiabano Official”, que posteriormente mudou o título para “O Cuiabano”. Circulou até julho de 1845. Com o fechamento de “O Cuiabano”, o poder da província desistiu de manter tipografias próprias, e passou a contratar oficinas particulares para fazer circular leis e atos oficiais. Nesses moldes, a parceria foi firmada com o “Eco Cuiabano”, e iniciouse em 12 de junho de 1847. A situação perdurou até 09 de dezembro de 1889, com “A Província de Mato Grosso”. A notícia da proclamação da República chegou a Cuiabá em 09 de dezembro de 1889, trazida pelo navio a vapor “Coxipó”. Governava a província o Coronel Ernesto Augusto da Cunha Matos. O quadro da imprensa cuiabana à época foi assim descrito por Rubens de Mendonça: Circulavam em Cuiabá, naquela época, apenas três jornais: “A Província de Mato Grosso”, órgão do partido liberal; “A Situação”, órgão do partido conservador; e “A Gazeta”, de propriedade e redação de Vital de Araújo, que fazia propaganda republicana. (p. 21)
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Na região que atualmente compreende o Estado de Mato Grosso do Sul, o primeiro jornal existente foi “O Indicador”, fundado em Corumbá. A edição inicial data de 18 de janeiro de 1877. (Ver tabela 1) 1889 A 1949 O primeiro jornal a surgir após a queda da monarquia foi o “15 de Novembro”, de Cuiabá, em 1890. Tinha como redator Antônio Augusto Rarimo de Carvalho. No mesmo ano, surge a “Gazeta Oficial”, criada pelo governador geral Antônio Maria Coelho. Durante décadas a imprensa mato-grossense desenvolveu-se na Capital e nas principais cidades, como Corumbá, Campo Grande, Três Lagoas, Ponta Porã, Cáceres e Poconé. Transcorreram-se a República Velha e a Era Vargas (1930-1937), até que Cuiabá viu surgir o primeiro jornal diário - embora no Sul de Mato Grosso já existissem diários em circulação desde as primeiras décadas do século XX. Em 27 de agosto de 1939, surge “O Estado de Mato Grosso”, sob direção do jornalista Arquimedes Lima, posteriormente dirigido pelo Dr. Alcy Pereira Lima. O governo de Getúlio Vargas criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (Dip), com repartições nos Estados. Em Mato Grosso, Arquimedes Lima foi nomeado chefe da repartição. Segundo Rubens de Mendonça, a imprensa mato-grossense experimentou relativa tranqüilidade para o exercício do jornalismo nessa época. O deip. em Mato Grosso, em virtude do espírito liberal do seu diretor, que é jornalista profissional, nunca exerceu a censura, e até auxiliava a imprensa local, dando-lhe a mais completa liberdade. Aliás, durante todo o tempo da Ditadura, pelo menos em Mato Grosso, nunca houve falta de garantia à imprensa. O próprio Interventor Julio Muller dava à imprensa todo apôio. Não sabemos de um só atentado contra a liberdade de imprensa, durante todo esse período que vai de 10 de novembro de 1937 a 29 de outubro de 1945, data da queda da Ditadura no Brasil. (p 63)
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ATENTADOS A JORNAIS E CRIMES DE IMPRENSA Rubens de Mendonça dedica um capítulo aos relatos de atentados cometidos contra a imprensa mato-grossense: “feita a história cronológica da imprensa em Mato Grosso, seria ela incompleta se faltasse esse Capítulo. A violência e a opressão foi sempre o característico dos maus Govêrnos”. (p. 104) Entre os casos documentados por Mendonça, estão empastelamentos (inutilizações de oficinas) e agressões a redatores, diretores ou colaboradores dos jornais. Em Cuiabá, o historiador afirma que o primeiro atentado contra a imprensa foi registrado em 03 de outubro de 1919. Foi empastelada a tipografia de “O Republicano”. Êste atentado, diz o historiador Estêvão de Mendonça, nas “Datas Matogrossenses”: foi o primeiro dessa natureza praticado em Cuiabá, onde a liberdade de imprensa tem atingido por vezes à licença. Do inquérito nada resultou para a descoberta do criminoso, ou criminosos, como aliás era geralmente previsto. (p 105) Já em 1ºde fevereiro de 1929, relata Rubens de Mendonça, o jornal oposicionista “A Reação” foi fechado por determinação do presidente do Estado, Dr. Mário Corrêa da Costa. Em 21 de abril de 1932, o jornal “O Momento” registrou em suas páginas o atentado à oficina. O autor relata casos de atentados em Corumbá, Campo Grande e Nioaque. Nesta cidade, no ano de 1896, foi empastelado “o jornal ‘A Voz do Sul’, e o material tipográfico todo atirado no rio Nioaque. O autor deste feito selvagem recebeu cognome de Onça Preta”. (p. 115) De acordo com Rubens de Mendonça, os primeiros registros conhecidos de injúrias veiculadas pela imprensa datam de 20 de março de 1874. António Joaquim Pires, sob pseudônimo “O morador do Limoeiro”, cometeu o crime de injúrias impressas contra o Fiscal da Câmara Municipal, publicada no periódico “O Liberal”, número 83, dessa data, um artigo sob a epígrafe “Para o Fiscal da Câmara ler”, no qual fazia-lhe imputações de defeitos, em razão do seu ofício. O ofendido logo apresentou no dia seguinte a sua petição de queixa, e seguindo o processo 20
seus termos, foi anulado pelo Juiz de Direito, em gráu de apelação, por irregularidade encontradas, salvo direito do autor para repetir a ação. (p. 108) Um inquérito contra o editor de “A Situação”, Estevão Pereira Leite, foi aberto em 09 de março de 1881. Firmino Rodrigues Ramos, Coletor da 1ª Recebedoria Provincial, exigia a comprovação da autoria de um artigo publicado naquele jornal, mas o editor negou-se a fazê-lo. Ainda naquele ano, em 15 de setembro, o Tenente-Coronel Antonio da Silveira e Souza também pediu às autoridades que o editor de “A Situação” comprovasse autoria de artigo que continha injúrias. Perante o juiz, Estevão Pereira Leite atribuiu o texto a Francisco Galdino Duarte. O historiador relata assim o desfecho dessa guerra de acusações: 1881, a 1º de dezembro, indo Estevão Pereira Leite banhar-se no rio Cuiabá - Porto da Conceição - foi vencido pela correnteza d’água e afogou-se. Depois do procedido ao respectivo exame, deu-se sepultura ao cadáver’. Ora, é por certo um caso para chamar a atenção. O homem a 15 de setembro era processado por haver caluniado o Coletor da 1a Recebedoria e logo no mesmo ano apareceu, no mesmo relatório, como morto por afogamento? É muita coincidência. (p. 111) MORTE DO PREFEITO ARY COELHO Um dos episódios mais trágicos já registrados na imprensa mato-grossense foi o assassinato do prefeito de Campo Grande, Dr. Ary Coelho de Oliveira, em 21 de novembro de 1952. O autor do atentado teria sido Alcy Pereira Lima, então diretor do jornal “O Combate”. De acordo com Rubens de Mendonça, o motivo que levou ao crime foi a troca de acusações entre o prefeito e Alcy Pereira Lima, por meio de artigos publicados na imprensa escrita. Ary Coelho era proprietário de “O Matogrossense”, e o jornal lançou série de textos criticando uma concessão de terras feita à Fundação Brasil Central - dirigida, à época, por Arquimedes Pereira Lima, irmão de Alcy. O jornal “O Combate” reagiu com a publicação, em 20 de novembro de 1952, de artigo intitulado “Carta Aberta ao Caluniador Ary Coelho”. 21
JORNAIS MAIS ANTIGOS EM CIRCULAÇÃO O periódico mais antigo em circulação no Estado é o Jornal do Povo (Três Lagoas), fundado em 1949 pelo senador Filinto Muller. A primeira edição circulou no dia 15 de junho daquele ano. Em 1962, o advogado Stênio Congro assumiu a direção do jornal, se responsabilizando também pela parte financeira da empresa. Em 1978, o advogado Rosário Congro Neto associou-se à empresa, que mudou sua razão social para Jornal do Povo S/C Ltda. Ainda sob direção de Stênio Congro, o periódico sofreu mudança em seu perfil: passou de político a empresarial, com linha editorial voltada a retratar os problemas locais. Em Dourados circula até hoje o segundo jornal mais antigo de Mato Grosso do Sul. O Progresso foi fundado em 21 de abril de 1951 pelo advogado Weimar Gonçalves Torres. Nos primeiros anos, o proprietário firmou parceria com uma gráfica da cidade. A empresa jornalística cresceu e conseguiu adquirir equipamentos próprios de impressão. Em 1969, com a morte do então deputado federal Weimar Torres, o projeto foi assumido pela viúva Adiles do Amaral Torres. A linha editorial de O Progresso procura identificar-se com as causas da região da Grande Dourados.
22
Jornais do Sul de Mato Grosso - 1877 a 1949 Corumbá
Ano
Campo Grande
Ano
O Indicador
1877
O Estado de Mato Grosso
1913
A Opinião
1880
Correio do Sul
1917
O Corumbaense
1880
Ruy Barbosa
1919
Gazeta Liberal
1884
Jornal do Comércio
1921
O Embrião
1891
O Diário do Sul
1926
Éco do Povo
1893
O Imparcial
1930
A Federação
1896
O Correio de Campo Grande
1931
O Sertanejo
1897
Diário Oficial
1932
A Pátria
1899
O Imparcial
1933
O Operário
1900
Estado
1934
O Vinte de Agosto
1901
O Campograndense
1935
O Brasil
1902
Autonomista
1904
Três Lagoas
Ano
O Correio do Estado
1909
Comércio
1910
O Argonauta
1910
A Tribuna
1912
Jornal de Corumbá
1913
Correio do Povo
1913
Ordem
1913
Diário de Corumbá
1914
A Cidade
1918
Corumbá-Jornal
1928
Diário Corumbaense
1932
Município
1934
O Bajulador
1935
O Nacionalista
1937
Flit
1933
Ponta Porã
Ano
O Clarim
1934
Ponta Porã
1914
A Evolução
1934
O Progresso
1921
O Picolé
1937
Folha do Povo
1933
O Democrata
1937
O Independente
1936
O 2 de Julho
1945
Aquidauana
Ano
Três Lagoas Jornal
1912
Gazeta de Três Lagoas
1915
Gazeta do Comércio
1919
A Notícia
1919
O Municipal
1919
A Epocha
1920
O Noroestino
1923
A Notícia
1924
A Tesoura
1925
O Raio-X
1925
Tribuna do Comércio
1929
O Liberal
1930
O Três Lagoas
1931
O Concórdia
1932
O Dois de Julho
1947 1949
A Razão
1917
Jornal do Povo*
Jornal do Povo
1935
Bela Vista
Ano
Nioaque
Ano
O Apa
1914
A Voz do Sul
1894
A Ordem
1930
Fonte: Rubens de Mendonça. História do Jornalismo de Mato Grosso.
Tabela 1
23
Perfil da imprensa interiorana de Mato Grosso do Sul
C
om base no levantamento dos jornais impressos (ver Anexo 1), chegou-se a um perfil da imprensa interiorana de Mato Grosso do Sul. As principais características dos periódicos são:
A maioria dos jornais é de periodicidade semanal (36,1%) ou quinzenal (33,3%). Os demais são diários (12,5%), mensal (8,3%), bissemanal (6,9%), trissemanário (1,4%) e dezenário (1,4%). (Ver tabela 6) O formato mais comum é o standard (73,6%), seguido do tablóide (13,9%). Outros formatos encontrados: germânico (4,2%), berliner (2,8%), tablete (2,8%), francês (1,4%) e 44 x 29 cm (1,4%). (Ver tabela 2) Praticamente todos os jornais são impressos em cores, à exceção do Diário da Manhã (Corumbá), que é composto em tipografia. Jornais com cores nas capas representam 79,2% das amostras. Outros 11,1% rodam com quatro páginas coloridas; e 8,3% contam com seis páginas coloridas. (Ver tabela 3)
Formato Formato
Jornais
Standard
53
Tablóide
10
44 x 29 cm
1
Berliner
2
Francês
1
Germânico
3
Tablete
2
Tabela 2
A tiragem média dos impressos está na faixa entre 1001 e 2000 exemplares (38%), seguido por: 2001 a 3000 (32,4%), 4001 a 5000 (18,3%), 3001 a 4000 (4,2%), 5001 a 6000 (4,2%), até 1000 (1,4%), e acima de 6000 (1,4%). Um periódico (Diário Corumbaense) não informou a tiragem. (Ver tabela 12) A maioria das empresas que editam jornais não possui meios próprios de impressão (75%). Destes, pelo menos 37% informaram que contratam serviço terceirizado de impressão fora de Mato Grosso do Sul. Entre as principais cidades, estão Fernandópolis, Jales, Presidente Prudente (SP) e Londrina (PR). (Ver tabelas 7 e 8) A distribuição gratuita de exemplares é verificada em 59,7% dos jornais pesquisados. Embora nenhum diário seja distribuído gratuitamente, isso ocorre em quase todos os quinzenários (91,7%). Entre os jornais vendidos, os preços de capa variam: R$ 1,00 (27,8%), R$ 1,50 (8,3%), R$ 0,70 (1,4%), R$ 1,25 (1,4%) e R$ 2,00 (1,4%). (Ver tabela 11) 25
A maioria dos jornais (37) não vende assinaturas, e 35 contam com esse serviço. Mas dez empresas não informaram o número de assinantes. Os demais são assim distribuídos: até 1000 (72%), 1001 a 2000 (16%), 4001 a 5000 (8%) e 5001 a 6000 (4%). (Ver tabela 13) Apenas 11,1% das empresas possuem mais de 10 funcionários. A maioria conta com dois a quatro profissionais (51,4%). Jornais com cinco a dez funcionários representam 23,6%. Empresas com um trabalhador somam 12,5%. Jornalistas formados estão presentes em 50 redações (69,4%). Entretanto, 29 jornais possuem apenas um profissional formado. Outras 22 redações (30,6%) não contam com nenhum jornalista com diploma. (Ver tabela 9) Jornalistas práticos atuam em 47 redações (65,3%). Os demais 34,7% não possuem esse tipo de profissional. A maioria dos periódicos (31) conta com um jornalista prático. Cores Cores
Jornais
Nas capas
57
4 páginas coloridas
8
6 páginas coloridas
6
Preto-e-branco
1
Do universo de 72 jornais pesquisados, 11 são editados por empresas não-jornalísticas. Atuam no ramo agências de publicidade, organizadores de feiras e eventos, gráficas, provedor de acesso à Internet e até leiloeiros. Como essa parcela de periódicos é significativa, optou-se por não excluí-la do objeto de pesquisa.
Tabela 3
A maioria dos jornais impressos (61) estende sua circulação a cidades vizinhas ou a regiões inteiras. Isso faz com que todos os 77 municípios do interior do Estado contem com ao menos um periódico. Mas a presença de empresas jornalísticas se verifica em apenas 39 municípios. A partir das informações obtidas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), constatou-se que 38 municípios não possuem esse tipo de empreendimento. (Ver tabela 4) Os pesquisadores compararam a presença de empresas jornalísticas nas cidades com seus respectivos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). A classificação foi criada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), para aferir o avanço de uma população não apenas em sua dimensão econômica, mas também em características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida. (Ver tabela 5) A equipe do PNUD utiliza vários indicadores sócio-econômicos para compor o Atlas Brasileiro de Desenvolvimento Humano. Esses critérios se referem a saúde, educação, renda, moradia e população das cidades pesquisadas. No caso do índice 26
voltado para os municípios brasileiros (IDH-M), este é obtido pela média de três subíndices - referentes à longevidade, educação e renda. O índice varia de zero (nehum desenvolvimento humano) até 1 (desenvolvimento humano pleno). As faixas de divisão do IDH são: 0 a 0,499 (baixo), 0,500 a 0,799 (médio), e 0,800 a 1 (alto). Com base no último relatório do IDH-M, publicado em 2000, constatou-se que municípios com os mais altos índices concentram a maioria dos jornais. Entre as 30 cidades do interior com maior IDH-M, 26 dispõem de empresas que editam jornais. Já no grupo das 30 cidades com menor IDH-M, a situação é exatamente oposta: apenas quatro possuem esse tipo de serviço. Densidade média de jornais por microrregião
Tabela 4
27
Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios (2000) Município
IDH-M
Jornal
IDH-M
Jornal
0,826
Sim
Selvíria
0,736
Sim
São Gabriel do Oeste
0,808
Sim
Jaraguari
0,734
Não
Costa Rica
0,798
Sim
Ribas do Rio Pardo
0,734
Sim
Dourados
0,788
Sim
Bandeirantes
0,733
Sim
Nova Andradina
0,786
Sim
Iguatemi
0,731
Não
Três Lagoas
0,784
Sim
Rochedo
0,731
Não
Maracaju
0,781
Sim
Terenos
0,731
Não
Coxim
0,780
Sim
Angélica
0,729
Não
Ponta Porã
0,780
Sim
Vicentina
0,727
Não
Cassilândia
0,775
Sim
Anastácio
0,725
Sim
Ladário
0,775
Sim
Caracol
0,725
Não
Jardim
0,773
Sim
Miranda
0,724
Sim
Inocência
0,772
Não
Aral Moreira
0,723
Não
Paranaíba
0,772
Sim
Corguinho
0,723
Não
Corumbá
0,771
Sim
Pedro Gomes
0,723
Não
Sonora
0,769
Sim
Rio Negro
0,723
Não
Bonito
0,767
Não
Santa Rita do Pardo
0,722
Não
Aparecida do Taboado
0,763
Sim
Anaurilândia
0,720
Sim
Camapuã
0,761
Sim
Sete Quedas
0,719
Não
Mundo Novo
0,761
Sim
Caarapó
0,715
Não
Amambai
0,759
Sim
Jateí
0,715
Não
Sidrolândia
0,759
Sim
Nioaque
0,715
Não
Água Clara
0,758
Sim
Coronel Sapucaí
0,713
Não
Aquidauana
0,757
Sim
Douradina
0,713
Não
Brasilândia
0,757
Sim
Itaporã
0,712
Não
Bela Vista
0,755
Sim
Itaquiraí
0,710
Não
Guia Lopes da Laguna
0,755
Sim
Juti
0,710
Não
Laguna Carapã
0,752
Não
Novo Horizonte do Sul
0,710
Não
Rio Verde
0,752
Não
Bodoquena
0,708
Sim
Fátima do Sul
0,751
Sim
Eldorado
0,708
Não
Naviraí
0,751
Sim
Taquarussu
0,705
Não
Rio Brilhante
0,747
Sim
Batayporã
0,704
Não
Alcinópolis
0,745
Sim
Antônio João
0,702
Não
Glória de Dourados
0,745
Sim
Porto Murtinho
0,698
Não
Nova Alvorada do Sul
0,745
Sim
Dois Irmãos do Buriti
0,686
Não
Deodápolis
0,739
Não
Paranhos
0,676
Não
Bataguassu
0,738
Sim
Tacuru
0,662
Não
Ivinhema
0,738
Não
Japorã
0,636
Não
Fonte: PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.
28
Município
Chapadão do Sul
Tabela 5
Por que jornais são impressos fora do Estado?
D
o universo de 72 jornais pesquisados, constata-se que a maioria é composta de semanários (26) e quinzenários (24). Juntos, representam 69,4% das amostras. A maior parte dessas empresas jornalísticas não conta com parque gráfico. Dos semanários, apenas 23,1% imprimem os periódicos em gráfica própria, e entre os quinzenários a proporção é ainda menor: 8,3%. (Ver tabela 7) Dentre todos os jornais interioranos, apenas 18 (25%) contam com estrutura própria para impressão. Os periódicos que não possuem parque gráfico acabam sendo rodados em outras localidades de Mato Grosso do Sul ou até em Estados vizinhos. No Estado, ao menos cinco empresas prestam serviço terceirizado de impressão, sendo quatro em Campo Grande (jornais Correio do Estado, O Estado, A Crítica e Folha do Povo), e uma em Dourados (jornal Diário MS). Periodicidade x Parque gráfico Periodicidade
Sim
Não
Bissemanal
3
2
Dezenário
-
1
Diário
7
2
Mensal
-
6
Quinzenal
2
22
Semanal
6
20
Trissemanário
-
1
Tabela 7
Periodicidade Periodicidade Jornais Bissemanal
5
Dezenário
1
Diário
9
Mensal
6
Quinzenal
24
Semanal
26
Trissemanário
1
Tabela 6
Durante a pesquisa, 20 proprietários informaram que imprimem periódicos em cidades como Fernandópolis, Jales, Presidente Prudente (SP) e Londrina (PR). O motivo é a economia: sai mais barato trabalhar com gráficas de outros Estados - e com preços competitivos - do que imprimir em Campo Grande ou Dourados, com custos mais altos.
Averaldo Fernandes, presidente do Sindicato dos Jornais Periódicos e Revistas do Estado de Mato Grosso do Sul (Sindijopre/MS), descreve a peculiaridade da imprensa interiorana:
29
Fomos cotar em todos os principais jornais. O Estado, Folha do Povo, A Crítica, Correio do Estado. Tentamos fazer um pacote de jornais para ver se diminuía o preço, mas ainda estava muito caro. Atualmente andamos gastando no interior de São Paulo ou do Paraná (1). Apesar da queixa dos donos de jornais, a diferença de preço entre gráficas de Mato Grosso do Sul e São Paulo é mínima - conforme orçamento obtido em empresas de Campo Grande, Dourados e Fernandópolis (SP), em 09 de setembro de 2008 (Ver tabela 8).
(1)
30
Orçamento de impressão Jornal formato standard, 8 páginas (2 coloridas e 6 P&B)
Empresa
1.000 un.
5.000 un.
R$ 800
R$ 2.100
A Crítica (Campo Grande)
R$ 1.000
R$ 1.800
O Estado (Campo Grande)
R$ 830
R$ 1.450
Ferjal (Fernandópolis/SP)
R$ 780
R$ 1.530
Diário MS (Dourados)
Orçamento obtido em 09 de setembro de 2008.
Entrevista concedida aos autores em 19 de março de 2008.
Tabela 8
Por que poucos profissionais atuam na imprensa interiorana?
U
m dos motivos que determina a periodicidade da maioria dos jornais interioranos é a baixa quantidade de profissionais que atuam nas redações. A pesquisa apurou que 163 jornalistas, entre formados em faculdade (86) e práticos (77), atuam nos 72 jornais interioranos. Este é um número pequeno, se comparado à realidade da imprensa de Campo Grande. Os três jornais diários (Correio do Estado, O Estado e Folha do Povo) somam 60 jornalistas - entre editores, repórteres e correspondentes no interior. Embora haja diferença mínima entre o número de práticos (1) e formados no interior, comprova-se que a maioria das redações ainda conta com jornalistas práticos. Ao todo, 47 impressos (65,3%) possuem esses profissionais em seus quadros. Ainda, 22 jornais (30,6%) não contam com qualquer jornalista formado. (Ver tabela 9) A falta de jornalistas formados na imprensa interiorana é acarretada por três fatores:
Redações x Jornalistas Redações com jornalistas formados Nenhum
22
3 jornalistas
5
1 jornalista
29
4 jornalista
2
2 jornalistas
13
5 ou mais
1
Redações com jornalistas práticos Nenhum
25
3 jornalistas
4
1 jornalista
31
4 jornalistas
2
2 jornalistas
9
5 ou mais
1 Tabela 9
a) muitas empresas jornalísticas não têm condições financeiras para contratar jornalistas formados; b) a facilidade de usar releases e matérias publicadas na Internet faz com que as empresas dispensem a contratação de repórteres; c) os salários menores - em comparação aos praticados na Capital - não atraem os profissionais para atuar no interior. a) Sem dinheiro para contratar - A ausência de profissionais formados nas redações do interior pode ser justificada pela dificuldade financeira das empresas. (1)
Ver Glossário 31
Etevaldo Vieira de Oliveira, proprietário do jornal Princesa do Vale, diz que faz as vezes de jornalista para cortar gastos: “100% das matérias do Princesa do Vale sou eu que faço, para reduzir custos” (2). Para o empresário, jornalista formado gera despesas que o jornal não consegue arcar. Compartilha da mesma opinião Márcio Romanini, diretor do Jornal Visão (Bataguassu). Embora o periódico seja assinado por uma jornalista responsável, ela não dá expediente na redação. “Não estou tendo grana para pagar o salário-base da categoria. Faço free-lance com outra jornalista da cidade, mas sei da necessidade de contar com um profissional aqui” (3), afirma Romanini. O diretor reconhece que a qualidade do jornal poderia ser melhor, se contasse com um jornalista em tempo integral. b) Uso indiscriminado do release Apesar de a dificuldade financeira de algumas empresas tornar inviável a contratação de profissionais, está mais fácil produzir jornal com matérias de fontes externas. Com a velocidade de transmissão da Internet, aliada a computadores modernos e programas eficientes, é possível fechar edições inteiras com textos e fotos enviadas por assessorias de imprensa, ou com material coletado em portais noticiosos. Surge então o pretexto ideal para dispensar a presença do jornalista na busca e apuração de fatos. O diretor do jornal Dia Dia (Três Lagoas), Daniel dos Santos, diz que muitas vezes a cópia de notícias da Internet substitui a apuração de matérias: “ultimamente tenho dado muito ‘Ctrl-C-Ctrl-V’. Mudo muita coisa no texto e coloco o nome da fonte” (4). No levantamento feito em quatro Jornais e releases jornais interioranos, buscou-se veri- Jornal Pág. Unid. Releases ficar a proporção de textos assina- Tribuna Popular 16 31 20 dos por assessorias, em relação a ou- Diário Notícias do Estado 12 35 24 tras unidades noticiosas. (Ver tabela O Estado do Pantanal 16 45 19 4 10 7 10). Foram selecionados: Tribuna Jornal da Cidade Tabela 10 Popular (Jardim), Jornal da Cidade (Brasilândia), O Estado do Pantanal (Guia Lopes da Laguna) e Diário Notícias do Estado (Aquidauana). A amostra foi ob(2) (3) (4)
32
Entrevista concedida aos autores em setembro de 2008.
Entrevista concedida aos autores em outubro de 2008.
tida aleatoriamente, e corresponde a um exemplar publicado entre 2007 e 2008. Constatou-se que, de todas as unidades noticiosas presentes nas edições, a porcentagem de releases variou entre 42,2% e 70%. As principais fontes emissoras são: prefeituras e câmaras municipais, Governo Estadual, Assembléia Legislativa, Câmara dos Deputados, Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) e Polícia Civil. O pesquisador José Marques de Melo avalia que o release desestimula e até suprime a reportagem nas redações: Antecipando-se à iniciativa dos repórteres e, sem dúvida, desestimulando-a, os assessores de imprensa oferecem o prato feito da notícia. Contando com informações detalhadas, que lhes são entregues a domicílio, as empresas jornalísticas podem até mesmo suprimir a reportagem. E não são raras as que sobrevivem e se alimentam exclusivamente dessa fonte. (apud Lima, 1985: p.14) Em artigo sobre a imprensa regional, o professor Pedro Celso Campos alerta para o comodismo dos empresários: Por isso, por comodidade e para reduzir custos, o jornal acaba dando vazão a todos os releases disponíveis no computador, em vez de pagar repórteres para irem atrás de fatos novos. Gerson Moreira Lima, que já em 1985 chamava a atenção para a febre dos releases que tomavam conta das redações, também reforça a afirmativa: (...) alguns empresários donos de jornal valem-se do press-release para encher páginas de jornal e assim economizar mão-de-obra. Para que contratar mais um repórter se há quem forneça notícia pronta? (p. 47) No livro “O papel do jornal”, Alberto Dines descreve as conseqüências ao jornalismo do uso indiscriminado do release: 33
O repórter e todo o processo jornalístico acomodaram-se e deixaram de investigar. O jornalismo brasileiro como alternativa passou a viver de eventos e levantamentos. A única abertura que nos permitimos foram as novas frentes de notícias, logo corrompidas pelo sistema de releases. (p. 91) c) Salários mais baixos que na Capital De acordo com o Sindicato dos Jornalistas da Grande Dourados (Sindjorgran), a classe precisa fechar acordos com as empresas jornalísticas para definir o piso salarial da categoria. Isso se deve ao fato de não existir um sindicato patronal. Em Dourados, os jornalistas firmaram acordos coletivos com duas emissoras de televisão e um jornal. O Diário MS paga piso salarial de R$ 880, sendo que editores recebem adicional que varia de 20 a 50%. O jornal O Progresso ainda não aderiu à negociação. Já em Campo Grande, a média salarial para jornalistas com jornada de cinco horas diárias é de R$ 1.200, sendo que a classe também precisa negociar com cada empresa jornalística. Não há sindicato patronal, assim como em Dourados. VANTAGENS NO INTERIOR Embora no interior sejam pagos salários menores se comparados aos da Capital, muitos jornalistas levam em conta o ritmo tranqüilo e o baixo custo de vida para atuar no mercado de trabalho nas pequenas cidades. Adejair Moraes, do Correio News (Chapadão do Sul), formou-se na Universidade Federal do Espírito Santo em 1979. Ele conta os motivos que fizeram-no escolher o interior: “são melhores condições de vida. Tinha muita concorrência, na época, nas capitais. Não existe desvantagem nenhuma” (5). Dalmo Cursio, de O Cassilândia Jornal, teve uma trajetória diferente. “Fundei o jornal em 1980, depois fiquei 14 anos em Campo Grande. Quando foi a 90 dias atrás [junho de 2008], a pessoa que estava administrando o jornal ia para Vitória (ES), e me procurou. Aí fizemos um entendimento e estou administrando o jornal” (6) . Para o jornalista, o principal problema enfrentado é a crise financeira, porque “pouca gente gosta de ler”. As vantagens, segundo Cursio, são a tranqüilidade e a independência para atuar. (5) (6)
34
Entrevistas concedidas aos autores em setembro de 2008.
A jornalista Laura Massunari, formada em 2006 pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Bauru, trabalha atualmente no Jornal Hoje (Três Lagoas). Ela diz que escolheu a cidade por razões pessoais: “meus pais moram no interior, e aqui o custo de vida é mais baixo” (7). Para Laura, a desvantagem é a pouca oferta de serviços, não apenas no mercado de trabalho para jornalistas, mas em opções de entretenimento e compras. “Há poucas fontes autorizadas a falar sobre determinado assunto”, completa a jornalista. EXÉRCITO DE UM HOMEM SÓ Chama a atenção o fato de que 14 jornais (19,4%) são produzidos por apenas um jornalista prático. Um deles é Denílson Medeiros Severino, que está à frente do jornal Gazeta do Norte (Camapuã). Fundado em 1996, o periódico compete com outros dois impressos na cidade: a Folha Regional (1980) e a Folha de Camapuã (1988). O tablóide mensal de 8 páginas circula gratuitamente em Camapuã, Figueirão e Bandeirantes, com 1.000 exemplares a cada tiragem. Sobre a atividade jornalística, o diretor conta que ele mesmo faz cobertura de eventos importantes na cidade. Quando não é possível cobrir o assunto, como em matérias de repercussão estadual, o jornalista afirma que faz pesquisa na Internet para publicar em seu jornal. A estrutura da Gazeta do Norte é modesta. Além do telefone fixo e do celular, a redação dispõe do mínimo para a sobrevivência do jornal: “o escritório eu montei em casa, e tenho computador, acesso à internet e máquina digital para trabalhar” (8), diz Severino. A impressão é terceirizada. O jornalista afirma que utiliza com freqüência material de assessorias de imprensa da câmara e da prefeitura: “eles já fazem e mandam a matéria para divulgar como eles querem”, afirma. A atividade gera lucros tão modestos como o próprio jornal. “Tem lucro, sim. Não é ‘nossa, como você ganha’, é até razoável”, explica Severino.
(7) (8)
Entrevista concedida aos autores em setembro de 2008. 35
Por que jornais são distribuídos de graça?
D
o universo pesquisado, 43 jornais (59,7%) distribuem exemplares gratuitamente. Entre semanários, a proporção é de 53,8%; para os quinzenários, 91,7%. Nenhum jornal diário oferece exemplares grátis (ver tabela 11). Afinal, por que a maioria dos proprietários oferece de graça um produto que gera altas despesas com pessoal, insumos e estrutura? É fato assumido por proprietários que grande parte dos jornais interioranos recebe verba pública como receita de publicidade. O empresário Ivaldo Pereira, que edita a Tribuna da Fronteira (Bela Vista), relata em seu livro como aconteciam as negociações de contratos com o poder público em meados dos anos de 1970. Todos os meses os proprietários de jornais do interior, alguns jornalistas, viajavam para a capital, Cuiabá, lá se encontravam com os companheiros de imprensa, deputados, prefeitos e negociavam contratos de publicidade. A maioria ia mesmo era para receber. Às vezes, com a promessa do dinheiro sair “amanhã”, ficavam três, quatro dias, até uma semana. (p. 4) Logo, as prefeituras, câmaras, governo estadual, deputados estaduais e federais ou senadores, utilizam os impressos como meio de propaganda, isto é, para divulgar imagens positivas de seu trabalho ou atuação. Essa divulgação se dá através de anúncios regulares, mas também em matérias redigidas pelas assessorias de imprensa dos interessados. Se os jornais fossem vendidos, uma parcela menor de leitores teria acesso a essa publicidade. Por isso, a venda de exemplares ou de assinaturas prejudica a divulgação eficiente da propaganda política. A análise é reforçada pelo pesquisador José Marques de Melo, no prefácio ao livro de Beatriz Dornelles: “(...) a imprensa do interior, em nosso país, distancia-se editorialmente das aspirações comunitária, funcionando organicamente como correia de transmissão dos projetos políticos ungidos pelos donos do poder local”. 37
Averaldo Fernandes, do Sindijopre-MS, confirma a situação de dependência econômica do poder público, e diz que isso gera imagem negativa para a imprensa interiorana: “Todo mundo montava jornal para receber do governo ou da Assembléia, se tornou uma coisa imoral. Camapuã, uma cidade de 16 mil habitantes, chegou a ter oito jornais, a maioria de ‘devezenquandários’(1)”.
Gratuidade x Periodicidade Periodicidade
Grátis
Vendido
Bissemanal
1
4
Dezenário
1
-
Diário
-
9
Mensal
6
-
Quinzenal
22
2
Semanal
14
12
Trissemanário
-
1
Tabela 11
A submissão dos jornais a forças políticas e econômicas chega a tal ponto que alguns nem se preocupam em circular nas cidades de origem. Apenas rodam o mínimo de exemplares para comprovação de notas fiscais, em contratos com o poder público. Eduardo Carvalho, em artigo no jornal Última Hora (Campo Grande), chama a atenção para o fato: Alguns desses veículos se tornam ‘devezenquanzendários’ [sic] e pouco ou nunca circulam até mesmo nos municípios de origem. Muitas das vezes ‘nem de vez em quando’. Muitos recebem a pecha de ‘órgão oficial’ fazendo as vezes de diário oficial. Esses veículos que sequer pagam impostos e tributos ‘brigam’ por fatias de mídia em órgãos públicos. O professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Éser Cáceres, que já foi empresário da comunicação em Campo Grande, relata uma peculiaridade sobre a tiragem de jornais semanários. Para ele, alguns veículos mascaram o número real de exemplares impressos, a fim de obter dinheiro público com maior facilidade. “A gente tem a ‘mentiragem’ (2) dos jornais. A maioria deles joga 5 mil, 10 mil, para justificar a nota fiscal que ele vai emitir para o governo. Dificilmente algum deles tira mais do que 3 mil.” (3)
(1) (2) (3)
38
Ver Glossário
Entrevista concedida aos autores em 19 de setembro de 2008
Tiragem Exemplares
Jornais
Até 1000
1
De 1001 a 2000
27
De 2001 a 3000
23
De 3001 a 4000
3
De 4001 a 5000
13
De 5001 a 6000
3
Acima de 6001
1
Não informou
1 Tabela 12
DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA Em relação à distribuição gratuita, muitos proprietários entregam exemplares apenas aos anunciantes. A isso chama-se “distribuição dirigida”. Ocorre uma mistura de conceitos entre “anunciante” e “assinante”, na medida em que os empresários contabilizam jornal dado de graça como jornal recebido por assinante. A pesquisa apurou que 35 jornais (48,6%) comercializam assinaturas.
Assinantes Assinantes
Jornais
Até 1000
18
De 1001 a 2000
4
De 2001 a 3000
-
De 3001 a 4000
-
De 4001 a 5000
2
De 5001 a 6000
1
Não informou
-
Costuma-se dividir a tiragem em parcelas para preTabela 13 feituras e câmaras das cidades onde o jornal circula, além do comércio local. Ainda, uma parte dos jornais é entregue nos gabinetes dos deputados estaduais em Campo Grande. Poucos exemplares são vendidos de forma direta, em bancas de revista ou pontos de distribuição. Ainda segundo Éser Cáceres, a distribuição gratuita é uma alternativa encontrada pelos empresários para despachar exemplares excedentes: “Já fiz essa experiência, imprimir 10 mil exemplares de um jornal. É simplesmente insano. Não tem aonde jogar tanto jornal. Aí surgem soluções esdrúxulas, ‘vou jogar de carro lá na Afonso Pena’”. De acordo com o diretor José Pedro Frazão(4), o jornal O Porta-Voz (Anastácio) distribui gratuitamente 2.000 jornais a cada 15 dias. Enquanto 1.000 exemplares circulam em Anastácio, outros 700 são enviados à vizinha Aquidauana e a Dois Irmãos do Buriti. Os 300 jornais restantes são entregues em Campo Grande - na Assembléia Legislativa e na Prefeitura Municipal. Em Anastácio, escolas, órgãos públicos e comércio local recebem exemplares do O Porta-Voz. A prática da distribuição dirigida não é exclusividade dos jornais gratuitos. Periódicos pagos também fazem questão de enviar exemplares a órgãos públicos nas cidades onde circulam e na Capital. O fato demonstra que, mesmo comercializados e com certa autonomia financeira, esses jornais dependem de uma boa relação com o poder público - seja esta econômica ou política. Este é o caso do jornal Maracaju Hoje, que distribui semanalmente 3.000 exemplares em cinco cidades. Destes, 2.000 são destinados a bancas de revista e órgãos públicos da cidade. O restante é dividido entre Dourados, Itaporã, Sidrolândia e (4)
Entrevista concedida aos autores em setembro de 2008 39
Campo Grande - sendo que na Capital, os jornais são entregues na Assembléia Legislativa e na Prefeitura Municipal.
Periodicidade x Assinatura Periodicidade
Sim
Não
Bissemanal
5
-
Dezenário
1
No caso do jornal A Gazeta (Amam9 bai), em torno de 90% da distribuição Diário Mensal 1 5 é feita entre assinantes residenciais e Quinzenal 5 19 anunciantes. A empresa faz venda direta Semanal 14 12 dos 10% restantes. A tiragem diária de Trissemanário 1 2.000 exemplares divide-se em: 900 para Tabela 14 Amambai e 1.100 para Ponta Porã, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Tacuru, Iguatemi, Eldorado, Caarapó e Campo Grande. Os principais destinos dos exemplares na Capital são: sede do governo, Assembléia Legislativa, agências de publicidade, Sebrae e Assomasul. Nas demais cidades, órgãos públicos e empresas parceiras recebem cortesia.
APATIA DAS EMPRESAS PRIVADAS Para alguns proprietários e jornalistas, a distribuição gratuita de jornais é ocasionada pelo desinteresse de comerciantes e empresas do setor privado em anunciar na mídia impressa. Vale notar que o poder público atua no mercado publicitário como anunciante e cliente dos jornais, simultaneamente. No livro lançado em 2003, sobre os 10 anos do Diário MS (Dourados), o jornalista Luís Carlos Luciano escreve a respeito da lamentação dos donos de jornais. O segmento empresarial local e regional oferece pouca publicidade. O Banco do Brasil e a Caixa, dois exemplos clássicos, têm mídia em rede nacional, assim como o Bradesco e a Seara Alimentos. O paradoxo bate às portas do Sebrae, criado para fortalecer e incentivar a micro e a pequena empresas. Suas peças também só são veiculadas, em sua maioria, em rede nacional. No interior, essas grandes empresas não investem quase nada em publicidade. Os comerciantes de porte médio, salvo exceções, seguem o mesmo caminho e, por exclusão, nem é preciso esperar alguma coisa dos pequenos. O Poder Público, por sua vez, é um forte parceiro comercial. (p. 25)
40
Um trabalho de conclusão do curso de jornalismo, produzido em 2002 sobre a história da imprensa de Corumbá, também registra essa reclamação: Por meio dos depoimentos de jornalistas e funcionários desses periódicos, observou-se que existe uma dificuldade em manter os jornais em circulação. Isso ocorre não só pela falta de apoio dos comerciantes, que não aceitam pagar o espaço para propaganda, como também pelo desinteresse dos leitores em pagar por esses exemplares e ainda preferem aos jornais da capital aos locais. O sucesso de qualquer produto é diretamente proporcional à sua qualidade, ou seja, o público só passa a consumir determinado jornal se este possuir valor agregado. Para o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Gerson Luiz Martins, uma empresa jornalística só consegue obter mais leitores se seu produto reunir credibilidade editorial e independência econômica: (...) como aumentar o número de leitores habituais com essa qualidade de jornalismo? É muito importante aumentar o número de leitores. Significa lucro quanto à confiança e credibilidade do produto. Somente com credibilidade há aumento do consumo e de leitores. É um círculo vicioso. O crescimento de leitores é inversamente proporcional à dependência de receita dos anunciantes e daqueles que influenciam politicamente as edições por meio de subsídios. Martins afirma ainda que o leitor reconhece claramente quando a empresa jornalística veicula informações tendenciosas, e isso gera descrédito para o jornal. “Quando há um exagero, uma opinião, ou como diriam os jovens, um ‘forçar a barra’, o leitor percebe e desacredita do ‘seu’ jornal. Passa a se desinteressar. Não compra todos os dias. O jornal perde. Perde receita.” Apesar do quadro de subordinação da imprensa interiorana em relação ao poder público, alguns proprietários buscam alternativas para viabilizar seus jornais. Averaldo Fernandes conta uma dessas experiências:
Preço de capa Valor
Jornais
R$ 0,70
1
R$ 1,00
20
R$ 1,25
1
R$ 1,50
6
R$ 2,00
1
Gratuito
43
Tabela 15
41
Uma vez fui a um congresso de jornais com a participação de um palestrante de Canela (RS). Ele falava pra gente que “jornal de graça não pode”. Deve ser vendido. Ele contou a experiência que implantou lá no Rio Grande do Sul, um sistema de assinar o jornal e debitar na conta telefônica. Eu tentei com a Sanesul [concessionária de serviços de água e esgoto em Mato Grosso do Sul]. Esse seria o passo para fazer o grande jornal. Sem depender do poder público. Mas não deu certo por causa da burocracia.
42
Por que desaparecem os jornais?
E
m várias cidades pesquisadas, constatou-se que certos jornais eram desconhecidos das assessorias de imprensa nas câmaras e prefeituras. Mesmo jornais concorrentes ou emissoras de rádio informavam que determinado periódico tinha circulação incerta, ou que havia desaparecido. Verdadeiros “fantasmões” (1). Dos 103 periódicos encontrados no primeiro levantamento, 17 (16,5%) não puderam ser localizados. Motivos: ou deixaram de existir há tempos, ou o cadastro das fontes estava desatualizado. Já durante a pesquisa, três jornais simplesmente desapareceram. Um desses, o Aquidaban, fechou as portas tempos depois da publicação de um editorial que atacava a prefeitura de Bonito. O texto intitulado “Escândalo da Imprensa: Você paga e a Prefeitura desperdiça”, critica a prefeitura por ter contratado a empresa MV Comunicações, com sede em Campo Grande, para “criar, publicar, divulgar, veicular e pesquisar matérias de interesse da Prefeitura nos órgãos da imprensa escrita, falada e televisionada”. O valor do contrato era de R$ 288 mil, com duração de oito meses, entre maio e dezembro de 2007. O extrato foi publicado na edição de 02 de maio de 2007 no jornal Diário MS (Dourados). A impressão que se tem é que em Bonito o que é público não tem dono, pode ser gasto de qualquer maneira. (...) Fazendo uma comparação; o repasse que a Prefeitura faz ao Hospital Darci João Bigaton (...) é de pouco mais de 30 mil reais. Numa outra comparação, esse mesmo valor pago em propaganda pela Prefeitura apenas esse ano, (...) seria suficiente para construir 24 casas como as que estão sendo financiadas através da Agência Estadual de Habitação, Agehab (...). A primeira abordagem dos pesquisadores ao jornal ocorreu em 22 de janeiro de 2008. Em Bonito, o Aquidaban mantinha edições impressa e online - sendo que nesta, era possível entrar em contato com a redação por e-mail. O telefone do res(1)
Ver Glossário 43
ponsável também ficava disponível na página do Aquidaban na Internet. O editorial que critica a prefeitura de Bonito foi encontrado no acervo da edição on-line. O segundo jornal, Bonito Em Foco, pertencia à MV Comunicações - empresa criticada pelo Aquidaban por ter recebido verba pública da prefeitura de Bonito para veiculação de material do interesse do executivo. Outro jornal que também desapareceu durante a pesquisa foi O Alvorada, de Nova Alvorada do Sul. Mas antes, o periódico se envolveu em um problema judicial. A Promotoria de Rio Brilhante instaurou inquérito civil para “apurar irregularidades ocorridas na contratação e distribuição do Jornal ‘O Alvorada’ pelo município de Nova Alvorada do Sul, com a utilização de veículos oficiais para transporte e distribuição das tiragens”. Até outubro de 2008, o inquérito civil nº 22/2006 tramitava no Fórum de Nova Alvorada do Sul. Em dezembro de 2007, o prefeito Arlei Silva Barbosa foi notificado a prestar esclarecimentos à Justiça, mas não compareceu. TERRENO FÉRTIL PARA NOVOS JORNAIS A pesquisa aponta que o período entre 2000 e 2008 foi o mais fecundo para a imprensa interiorana. Ao todo, 32 jornais surgiram nos últimos nove anos. A década anterior registrou a criação de 20 novos periódicos. Ressalva-se que foram contabilizados apenas os jornais ainda em circulação. Os que já encerraram as atividades não fizeram parte desta análise, em virtude da dificuldade em levantar informações.
Surgimento de jornais
O professor Éser Cáceres relaciona o período eleitoral e a alternâcia de grupos políticos no poder como fatores preponderantes ao surgimento de novos veículos impressos.
Levaram-se em conta somente jornais que ainda circulam. Tabela 16
Década
Jornais
1940 a 1949
1
1950 a 1959
1
1960 a 1969
2
1970 a 1979
4
1980 a 1989
12
1990 a 1999
20
2000 a 2008
32
Há um boom de novas empresas jornalísticas a cada eleição. Então os “devezenquandários” são jornais criados específicamente para receber a verba pública, após um candidato que foi apoiado pelo jornalista ou empresário ter sido eleito. Esse boom reflete só a troca do grupo no poder. 44
Como exemplo, Éser Cáceres cita o período de transição dos governos de Zeca do PT e André Puccinelli, em 2006: Você vinha numa constante, com um grupo no poder e acomodados já os mamadores (2). Então as tetas já estavam todas reservadas. Você troca as pessoas. Então você vê que há o surgimento de 30 jornais, mas muitos jornais deixam de ser feitos nesse mesmo período, porque o “meu parceiro” não está no poder, então você fecha o jornal. Destaca-se que muitos periódicos subsistem exclusivamente por meio de propagandas pagas pelo Governo Estadual, Assembléia Legislativa, prefeituras e câmaras municipais. Nestes casos, o poder público procura distribuir a verba publicitária com base em critérios técnicos, tais como periodicidade, tiragem e área de circulação dos jornais. Entretanto, o bom relacionamento dos órgãos de imprensa com os políticos no poder é fator condicionante para a divisão desses recursos. Isto significa dizer que jornais com postura crítica aos governos têm poucas chances de incrementar suas receitas com publicidade governamental. Logo, o compromisso social do Jornalismo dá lugar a acordos tácitos, assumidos em nome da sobrevivência das empresas e da predominância político-partidária dos agentes públicos em determinada localidade.
(2)
Ver Glossário 45
Relações entre imprensa e poder
P
ara entender a estreita relação entre donos de jornais e políticos, devemos resgatar sua fundamentação legal. Está no Artigo 15 da Constituição do Estado de Mato Grosso do Sul, parágrafos 3 e 4: O Município publicará, na imprensa local, da região ou da capital, as suas leis, balancetes mensais e ainda o balanço anual de suas contas e o orçamento municipal. Os Municípios poderão, direta ou indiretamente, instituir órgão oficial para a publicação dos atos administrativos e dos legislativos.
Ou seja, todo município deve tornar públicos seus atos administrativos. Mas caso a prefeitura ou a câmara não disponham de órgão oficial ou estrutura para tal, devese contratar o periódico da cidade ou microrregião onde estão inseridas. Por excelência, o jornal impresso é o veículo que reúne as principais características necessárias à publicação de matérias de interesse dos poderes executivo e legislativo. São algumas: periodicidade regular, grande tiragem, estrutura de distribuição, formato adequado e baixo custo de impressão. A publicação no diário oficial da cidade - seja ele próprio ou contratado - não é a única maneira de divulgar atos oficiais. Alguns precisam ser veiculados no Diário Oficial da União, no Diário Oficial do Estado ou mesmo em jornal diário de grande circulação no Estado. Outros ainda podem sair em diários oficiais eletrônicos, ou seja, apenas na Internet. EXPLICANDO A LICITAÇÃO O instrumento legal para a contratação de um jornal como órgão oficial do município é a licitação. Esta é regida por uma lei específica (8.666/93), que determina critérios para as empresas jornalísticas concorrerem em iguais condições. 47
Ao promover uma licitação, o administrador deve buscar a proposta que melhor atenda ao interesse público. Leva-se em consideração itens como menor preço, periodicidade, distribuição e tiragem de exemplares. Os recursos para pagamento dos jornais já são previstos no orçamento da prefeitura. Já as empresas devem estar em dia com as obrigações jurídicas e fiscais. Para participar da licitação modalidade “menor preço”, cada participante precisa encaminhar proposta de preços. Vence aquele que praticar o menor preço e atender melhor às exigências do contratante. Não há na legislação artigo que exija comprovação de tempo de atuação da empresa jornalística na cidade onde disputará licitação. O jornal escolhido como órgão oficial torna-se conhecido através do resultado de licitação. Um exemplo: no dia 25 de janeiro de 2008, a prefeitura de Iguatemi contratou três empresas jornalísticas para “publicação em imprensa escrita dos atos oficiais (...), informes publicitários (...) e publicação de matérias de interesse público”. As vencedoras da licitação foram Diário MS, de Dourados (R$ 29.700,00); O Liberal, de Mundo Novo (R$ 24.750,00); e A Gazeta, de Amambai (R$ 28.490,00). Período de vigência: 11 meses contados da assinatura do contrato. O pagamento deve ser feito em 11 parcelas iguais e mensais. Nota-se que, como Iguatemi não conta com nenhum jornal que atenda aos critérios exigidos pelo edital de licitação, apenas veículos de médio porte e situados em cidades próximas participaram do pregão. Em fevereiro de 2007, no município de Coxim, a Câmara contratou o jornal Correio do Pantanal para publicar, a cada 15 dias, “materiais de interesse exclusivo do Legislativo Municipal”. O valor do contrato é de R$ 16.500,00, e o pagamento devia ser feito em 11 parcelas mensais de R$ 1.500,00. A despesa já estava prevista no orçamento da Câmara. INTERESSES EXCLUSIVOS OU ESCUSOS? Mas afinal, o que são esses “materiais de interesse exclusivo” do poder público? Além de balancetes, leis e documentos oficiais, os jornais publicam textos das assessorias de imprensa das câmaras e prefeituras. São matérias geralmente escritas pelos assessores, e que promovem ou exaltam as benfeitorias e ações dos agentes públicos. Na comparação a seguir, a mesma matéria veiculada no portal da prefeitura de Iguatemi é encontrada no site do jornal O Liberal. Com o título “Iguatemi ganhará mais de trinta mil metros de asfalto”, o texto é assinado pela assessoria de imprensa na página da prefeitura, e foi publicado com fotografia em 18 de agosto de 2008. 48
No dia seguinte, o jornal O Liberal reproduziu a matéria na íntegra em sua edição virtual. A palavra trinta foi substituída pelo numeral no título. Fora isso, nenhuma palavra ou vírgula sofreu alteração, mas apenas a fonte foi omitida - tanto do redator como do fotógrafo. O município de Iguatemi terá, até o final do ano, mais 36.400 m2 de pavimentação asfáltica. O novo investimento faz parte do segundo pacote de obras lançado pelo prefeito Lídio Ledesma, anunciado semana passada na câmara municipal. A maior parte do investimento será com recursos da receita própria do município. Nesta nova etapa serão beneficiados com pavimentação os bairros Jardim Quedas d’Água, Vila Nova, Jardim Aeroporto, Vila Operária e Vila Esperança. O exemplo é apenas um entre centenas que ocorrem diariamente - tanto na imprensa interiorana como nos jornais de Campo Grande. O professor Pedro Celso Campos afirma que essa proximidade prejudica o bom exercício do jornalismo: Ficar preso à prefeitura é o pior mundo possível para um jornal que quer ter atuação comunitária, porque ao fazer acordo para publicação de atos oficiais e notícias prontas da prefeitura acaba vendendo a própria alma e perdendo a independência para tratar da vasta gama de assuntos que interessam à comunidade. Em artigo sobre o jornalismo como instrumento de resgate e construção da história regional, três pesquisadoras do interior paulista reforçam que essa prática só traz prejuízos à qualidade do produto final. O resultado imediato é a prática de um jornalismo oficialesco, preguiçoso, acostumado a ouvir o prefeito ou o secretário, mas que poucas vezes ouviu alguma reclamação de um popular. E que jamais se daria ao trabalho de fazer uma reportagem investigativa. Com o tempo, o repórter se embrutece intelectualmente, porque perde o entusiasmo pela profissão e porque, quase sempre, ganha muito mal.
49
Em artigo publicado no portal Observatório da Imprensa, o professor Éser Cáceres relata o uso indiscriminado de textos de assessoria nos semanários de Campo Grande: No conteúdo das publicações “gratuitas”, material publicitário e material jornalístico se misturam sem qualquer diferenciação, e acabam confundindo os leitores. (...) Os reflexos desse peculiar jeito que o mercado arrumou para financiamento de projetos editoriais numa região etimologicamente pobre, carente de recursos a serem aplicados no aprimoramento das relações midiáticas das maneiras tradicionais, são catastróficos para o exercício do jornalismo. Quem sai prejudicado é o leitor que, ao comprar ou receber um exemplar, consome informação sem conhecer as intimidades da relação entre jornais e poder público. QUANDO A RELAÇÃO SE TORNA CORROMPIDA A relação entre imprensa e poder público se corrompe quando o interesse político ou econômico das partes envolvidas prevalece sobre o interesse jornalístico, o que provoca interferência na linha editorial do veículo com prejuízo ao leitor. Alguns proprietários de jornais, mais interessados em lucrar do que fazer circular informação jornalística em suas comunidades, transformam edições inteiras em espaços publicitários à disposição de quem queira pagar por elas. O jornalismo, nesses casos, cede espaço a algo semelhante, mas totalmente distinto: a mera publicação de releases e informativos de parceiros comerciais. A variação entre os gêneros é muito sutil. Ambos tratam a informação de forma parecida, mas o que os difere é a finalidade: a notícia visa informar, e a publicidade, convencer. Sobre essa questão, o pesquisador Ciro Marcondes Filho afirma que imprensa e capitalismo são pares gêmeos. Dificilmente pode-se imaginar a atividade jornalística, nascida no núcleo e dentro da lógica do modo de produção capitalista, como algo muito distinto dele. Ela só existe - pelo menos nos termos que conhecemos hoje - transformando informações em mercadorias e colocandoas, transformadas, alteradas, às vezes mutiladas segundo as orientações 50
ideológico-políticas de seus artífices, à venda. (p. 22) O jornalista Paulo Rocaro, que atua na imprensa da região Sul do Estado, escreveu em 10 de julho de 2006 um artigo em que expõe as complicadas relações entre a mídia impressa e os políticos. Intitulado “Políticos, uma ameaça para a imprensa?”, o autor contextualiza a situação política daqueles tempos de pré-campanha eleitoral para governador, e relaciona três nomes como supostos “inimigos” da imprensa interiorana: o atual governador André Puccinelli, o deputado federal Waldemir Moka e o deputado estadual Reinaldo Azambuja. O jornalista defende a imprensa local e atribui ao deputado federal Waldemir Moka (PMDB) um ataque aos proprietários de jornais interioranos. Num comentário a um pequeno empresário da comunicação, ele teria confessado que quando era primeiro secretário da Assembléia Legislativa, todos os meses assinava cheques no valor total de aproximadamente R$ 300 mil, destinados aos órgãos de imprensa do Estado. “É um dinheiro jogado fora; poderia bem ser usado em benefício da população”, teria se posicionado Moka. Ainda de acordo com o jornalista: (...) o deputado Moka teria assegurado taxativamente que André Puccinelli, caso se eleja governador, vai “fechar todos esses jornalecos”. Em tom sarcástico, Moka teria afirmado ao dono do pequeno jornal que “a partir de 2007 vocês vão ter de arrumar outra atividade para sobreviver”. Nenhum “jornaleco” foi “fechado” pelo governador André Puccinelli. Mas, ao contrário, muitos continuam a se desenvolver e - naturalmente - a receber anúncios publicitários de órgãos públicos. A única condição que pode ser capaz de mover a ira de um governador é a falta de ética e profissionalismo de muitos empresários do ramo jornalístico - algo que Alberto Dines chama de “picaretagem” (1): “Jamais se deve misturar o jornalismo com o faturamento, o que resulta naquilo que, em gíria (1)
Ver Glossário 51
de jornal, convencionou-se chamar de ‘picaretagem’”. (p. 114) Além de desagradar a alguns políticos, a picaretagem cria um estigma entre as empresas jornalísticas que afugenta profissionais recém-formados. Relata o professor Pedro Celso Campos: (...) é preciso conhecer de perto esse mercado ainda dominado por muito aventureirismo empresarial, o que leva alguns meios acadêmicos a se distanciarem dele ao confundirem tal atividade com pura e simples “picaretagem”, isto é, um jornalismo voltado apenas para o faturamento, sem distinção entre notícia e matéria paga, resultando em baixa credibilidade diante do público, principalmente por causa das influências políticas, partidárias, econômicas, religiosas etc. O professor Éser Cáceres explica as principais diferenças entre um jornal considerado “picareta”, em relação a publicações de empresas jornalísticas tidas como “sérias”. O jornal é picareta do ponto de vista técnico. É produzido com uma estrutura muito aquém daquilo que a gente considera o mínimo. Ele é picareta no sentido comercial da palavra. Não tem um plano de negócios, não tem um projeto de divulgação publicitária. É um jornal que sobrevive na maior parte das vezes por permuta (...), troca de favores e manutenção da verba pública, a grande fonte pagadora disso. O jornalista Luís Carlos Luciano afirma que, em 2003, a maior fatia da receita do Diário MS (Dourados) provinha de contratos com o poder público e firmados nos vários municípios do Estado onde o jornal circula. 15% da receita são mantidos pela carteira de assinantes; 5% com a venda avulsa em bancas; 6% com serviços gráficos prestados a terceiros (...), mas a maior fatia, em torno de 40%, provém de serviços prestados a órgãos públicos, incluindo Governo do Estado, Assembléia Legislativa, Prefeituras e Câmaras. O Caderno de Classificados contribui com 1%. (p. 23) 52
QUANDO O BOLO FICA ABATUMADO Às vezes, a ligação entre políticos e donos de jornal pode configurar em infração eleitoral. Em 1º de setembro de 2008, o juiz eleitoral Gil Messias Fleming, da 48ª Zona de Chapadão do Sul, determinou a cassação do registro de candidatura de todos os nove vereadores da cidade, além do pagamento de multa de 30 mil UFIRs (cerca de R$ 31,8 mil). O Ministério Público Eleitoral havia denunciado que os parlamentares veicularam propaganda institucional fora do período permitido pela legislação eleitoral, isto é, nos três meses que antecedem as eleições. Diz o documento: Os representados, valendo-se de sua condição de vereadores, utilizaram dinheiro público retirado do repasse devido à Câmara Municipal de Chapadão do Sul, para efetuar o pagamento das referidas propagandas ilegais. Perante o Ministério Público, os proprietários de dois jornais de Chapadão do Sul (O Correio e Novo Tempo) confirmaram que “as matérias eram pagas com recursos advindos da Câmara Municipal, bem como o fato de que as fotos dos vereadores, desde o início do contrato, sempre foram divulgadas no jornal”. Na defesa apresentada ao juiz, seis dos nove vereadores sustentaram que a publicidade havia sido contratada sem autorização, em uma iniciativa dos próprios funcionários da câmara. Ainda, que a publicação não garantiria vantagem excessiva em relação aos demais candidatos a vereador naquela cidade. Outros três vereadores alegaram não ter contratado nenhum serviço junto aos órgãos de imprensa. Na decisão, Gil Messias Fleming indigna-se com os argumentos “simplórios e capciosos” dos vereadores: Ora, se já não bastasse a reprovabilidade do uso da máquina pública para promoção pessoal, se já não fosse suficiente a utilização de recursos obtidos do suado salário dos moradores da nossa cidade para desvirtuar, tumultuar e manchar com a jaça da desigualdade o processo eleitoral em Chapadão do Sul. Como se tudo isso não fosse suficiente, querem ainda os representados transferir a responsabilidade de seus atos para os funcionários da Câmara Municipal, meros cumpridores de 53
ordens dos vereadores. A covardia e vilania desse expediente chega a causar mal-estar, e traz a esse magistrado uma profunda tristeza. A SOCOS E PONTAPÉS A liberdade de imprensa é um tema que gera maior preocupação nos municípios do interior do Brasil, na opinião do presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo. Ele concedeu entrevista à Tribuna da Imprensa (RJ), em 11 de junho de 2007. Embora no eixo Rio-São Paulo-Brasília, os jornalistas vivam um “bom momento” de liberdade de imprensa, garantida por uma Constituição democrática, no interior respira-se “um clima de restrição, de ameaças, inclusive de violências”. Azêdo referia-se ao assassinato do jornalista Luís Carlos Barbon, no interior de São Paulo. Barbon denunciou esquema de aliciamento de menores em Porto Ferreira (SP). Para a polícia, esse teria sido o motivo do assassinato do jornalista, na noite do dia 5 de maio de 2007, em frente a um bar próximo à rodoviária da cidade. O presidente da ABI faz um alerta sobre a grave situação que vive a imprensa de Mato Grosso do Sul: Temos uma ação muito forte restritiva da liberdade de imprensa em alguns estados do País. Por exemplo, em Mato Grosso do Sul e no Acre há denúncias de que o poder político, os governos dos estados, não só orientam o que vai ser publicado e divulgado nos meios de comunicação, jornal, rádio e televisão, através da produção de pautas, como exercem um poder muito grande no sentido da vedação de determinados assuntos. Azêdo pede vigilância redobrada, principalmente em anos eleitorais: “essas ameaças se tornam mais freqüentes, à medida em que nos aproximamos de períodos eleitorais, em que os enfrentamentos políticos são mais ásperos”, diz o presidente. Não é preciso ir longe para constatar a veracidade da afirmação de Maurício Azêdo, sobre a realidade da imprensa interiorana de Mato Grosso do Sul. A disputa política entre grupos rivais em cidades do interior provoca conseqüências graves, chegando até a atos violentos. Um caso envolvendo o prefeito de Bandeirantes e o dono de um 54
jornal local foi parar nas páginas policiais. Em 30 de agosto de 2007, a página na Internet do jornal Última Hora (Campo Grande) noticiou a ameaça sofrida pelo jornalista Renato Rech, proprietário do Bandeirantes News. Ele teria registrado boletim de ocorrência no qual afirma que o prefeito Obadias de Lana “ameaçou lhe bater com um cinto por causa de publicações que questionam supostas irregularidades praticadas na atual administração”. A matéria informa que Obadias já tinha ameaçado agredir, também a cintadas, o presidente da Câmara de Vereadores, Paulinho Kowalski. Entre as supostas irregularidades da prefeitura e denunciadas pelo jornal, está o “uso de veículos públicos pelos seus secretários fora do horário do serviço”. De acordo com o Última Hora, o prefeito de Bandeirantes teria se defendido das acusações: “A lei eu não sei. Mas eu sou prefeito, eu autorizo e pronto. Os jornalistas e os vereadores têm que pôr na consciência que o Executivo tem os direitos dele”. Ainda de acordo com o Última Hora, o filho do prefeito de Bandeirantes, Jean Philippe de Lana, também estaria envolvido em casos de ameaça a jornalistas da cidade: “seu filho estende a violência paterna a uma colunista que trabalha no veículo do quase agredido a cintadas pelo prefeito bom de braço, mas péssimo em prestar serviços a população”. As ameaças e agressões verbais que o prefeito de Bandeirantes teria praticado contra Renato Rech motivaram nota de repúdio do Sindijopre/MS, publicada em vários jornais e páginas noticiosas da Internet em 17 de setembro daquele ano. O texto repudia a ação de Obadias de Lana e exige “dos organismos de Segurança Pública medidas que resguardem a integridade física do nosso Associado, haja vista que esta não é a primeira ação truculenta do prefeito de Bandeirantes”. Quase um ano depois do qüiproquó, as ameaças se cumpriram. Matéria do Correio do Estado de 22 de agosto de 2008, intitulada “Filho de prefeito dá surra em jornalista”, narra o episódio em que Renato Rech levou socos e pontapés de Jean Phillipe de Lana. O jornalista conta que estava sentado em frente de uma farmácia quando, por volta das 20h, Jean entrou no estabelecimento. “Quando ele saiu da farmácia, veio gritando: ‘você disse no Correio do Estado que eu te ameacei, então agora você vai colocar no seu jornal que eu te bati’. E me deu um soco no ombro, e me jogou contra a vitrine”, relatou acrescentando que estava de muletas - anteriormente - havia quebrado 55
um dedo e o pé está imobilizado. (...) Ainda segundo o jornalista, após ser jogado no chão, Jean o chutou várias vezes. O Correio do Estado ouviu a versão do prefeito Obadias de Lana: “ele agrediu meu filho com palavras e meu filho agrediu ele com murros, levantou ele pra cima e jogou ele no chão. E foi pouco.” Renato Rech disse ao jornal que continuou a sofrer ameaças no hospital. Ele teria recebido uma ligação do prefeito, na qual mandava ele retirar o boletim de ocorrência ou “amanheceria com a boca cheia de formigas”. Já Obadias conta que o telefonema foi dado para pedir desculpas ao jornalista: “eu nunca ameacei o Renato”. Até no consultório Rech teria sido perseguido pelo prefeito: “Sentou numa maca do meu lado e ficou me encarando”, disse o jornalista ao Correio do Estado. Obadias de Lana nega a intimidação. Ele assegurou que foi ao hospital para verificar a gravidade dos ferimentos. Agressões e ameaças à parte, o que realmente coloca jornalista e prefeito em pé de guerra é uma negociação financeira, envolvendo publicação de conteúdo no jornal Bandeirantes News. O prefeito de Bandeirantes acusa o jornalista de praticar extorsão. Informa a reportagem: “Rech estaria usando seu jornal e site para criticar o prefeito e sua administração em represália pelo fim de um ‘contrato de prestação de serviço’. ‘Ele prestava serviço para mim por R$ 600 por mês, quis subir o preço para R$ 1,5 mil e eu disse que não poderia pagar’, relatou”. O jornalista admite a relação comercial com o prefeito, mas alega que parou de prestar serviço quando Obadias decidiu interferir nas matérias. “Eu não faço jornal para ganhar dinheiro, faço por prazer”, garantiu Rech ao Correio do Estado. Se por um lado o jornal ganha para falar bem de uma administração pública, por outro, o leitor perde um jornalismo feito com isenção e imparcialidade. Assim, o periódico vende por “dois tostões” o senso crítico, e faz vistas grossas a irregularidades praticadas pelo poder público. O professor Éser Cáceres reconhece que o aliciamento do capital gera uma imprensa dócil e subserviente: “é lógico que perde a capacidade de indignação, de questionamento. Há uma escala de conveniência dos homens públicos em função do vínculo econômico que eles mantêm com os veículos”.
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Donos de jornais criam sindicato
A
té 2007, os jornais interioranos não eram organizados em associação ou entidade de representação. Mas em 07 de julho daquele ano, uma iniciativa de alguns proprietários resultou na criação do Sindijopre/MS (Sindicato dos Jornais Periódicos e Revistas de MS). O órgão tem por finalidade “representar e defender as pequenas empresas de comunicação que editam jornais periódicos, revistas e jornais on-line no Estado de Mato Grosso do Sul”. Na época da fundação, o sindicato contava com uma revista, oito sites e 39 jornais associados. Segundo o Sindijopre/MS, em 2007 os jornais filiados distribuíram 289 mil exemplares por mês no Estado. Alguns veículos são sediados em Campo Grande, fato que descaracteriza a função de sindicato voltado exclusivamente à imprensa interiorana.
Segundo o presidente Averaldo Fernandes, da Folha Regional (Camapuã), entre os próximos objetivos do sindicato está a aquisição de um parque gráfico. “Estamos pleiteando junto ao FCO [Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste] uma verba para a criação de um parque gráfico, para os jornais sindicalizados de Mato Grosso do Sul. A idéia é tirar o custo do sindicalizado”. Essa é a primeira tentativa de agregar as pequenas empresas do setor no Estado. Em 2007, cada associado pagava mensalidade de R$ 70 para usufruir do sindicato. Criou-se uma tabela de preços em centímetro por coluna (cm/col) para padronizar os valores de anúncio cobrados pelos jornais. O mandato do presidente e da diretoria é de dois anos. Averaldo Fernandes afirma que o sindicato foi criado a partir da necessidade de profissionalizar a imprensa: “o setor estava degringolado, chegava no gabinete do deputado e era tratado como picareta, mordedor”. Outro objetivo da entidade é fortalecer tecnológica e financeiramente as empresas, para buscar recursos publicitários de grandes anunciantes. “Aí podemos pleitear verba de anúncio federal, anúncios que só vêm para a grande imprensa”, conta o presidente. O Sindijopre/MS lançou um plano de modernização da imprensa periódica, para nortear as ações junto aos associados. Resume-se em três pontos básicos: 1) Profissionalização: “O mercado não tolera mais o amadorismo, por isso os 57
donos de jornais periódicos, revistas e sites noticiosos definiram como prioridade número um a Profissionalização. Nosso plano é realista, adequado à realidade de uma imprensa que esteve durante anos a fio baseada em meios e modos de fazer retrógrados”. 2) Democratização: “Essa democratização passa pela correção de distorções construídas historicamente, como nas relações entre mídia e poder público. (...) O Sindjopre-MS assume publicamente o compromisso de zelar pela moralização das relações entre veículos de comunicação e poder público. A relação econômica sadia, eticamente defensável, é positiva para todos”. 3) Valorização: “Com uma ação de marketing, o Sindjopre-MS vai difundir conceitos importantes para os leitores se tornarem cada vez mais independentes e críticos com relação às informações que lhes chegam”. Ainda, o cronograma de ações do Sindijopre/MS prevê a capacitação dos empresários em áreas como administração, relações de mídia, modernização visual, recursos tecnológicos, legislação de imprensa e ética empresarial. Embora as propostas tratem de temas como prática administrativa e atualização tecnológica, persiste na raiz da criação do sindicato a preocupação dos afiliados em conquistar maiores fatias de publicidade, junto a órgãos governamentais. Averaldo Fernandes rejeita a idéia: “O sindicato era visto como instrumento puro e simples de brigar por mídia. Não é esse o objetivo”. Em 2008, o Sindijopre/MS lançou uma página na Internet. Lá estão disponíveis as últimas notícias sobre os filiados, além do plano de modernização. Interessados podem entrar em contato com o órgão apenas por meio de formulário - não há telefone para contato ou sequer o nome dos responsáveis. MODERNIZAÇÃO DOS JORNAIS Para averiguar as condições de modernização do setor, os pesquisadores analisaram a presença dos jornais na Internet e a existência de canais de relacionamento com os leitores. Dos 72 jornais encontrados, 41 (56,9%) oferecem versão on-line ao leitor. Entre todos, apenas um não dispõe de endereço de e-mail para comunicação com o internauta. (Ver tabela 17) A pressão dos anunciantes levou os diretores de A Gazeta (Amambai) a lançar um portal na Internet. Segundo o jornalista André Forraloso, os clientes questio58
navam a empresa, e alegavam que o site Jornais e Internet daria velocidade à circulação de informa- Página E-mail ções. A versão on-line antecipa o noticiá- Sim 41 Sim 71 rio da edição impressa. “Como o jornal Não 31 Não 1 Tabela 17 é bissemanário, a notícia demora para sair. Então os leitores acompanham pela internet, depois tem a notícia completa no jornal”, afirma Forraloso (1). O jornalista diz que o número de acessos à versão on-line de A Gazeta ainda é pequeno, mas existem canais de comunicação entre a redação e seus leitores. Para algumas empresas jornalísticas, ainda prevalece a idéia de que a versão online representa apenas novos custos, sem reverter em benefício aos jornais - ou mesmo aos leitores. Roberto Brito, do Jornal do Povo (Três Lagoas), afirma que o site recebe, em média, 150 visitantes por dia. As edições impressa e on-line não são integradas, e o único canal de contato disponível aos internautas é o endereço de e-mail. “O projeto atual logo vai sair do ar, e entrará um novo” (2), diz Brito. As notícias publicadas na versão on-line são um resumo do que é veiculado no impresso diário. Roberto Brito explica: “Se tiver tudo no site, para que comprar impresso? Isso prejudica o jornal”.
(1) (2)
Entrevistas concedidas aos autores em setembro de 2008. 59
COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA DO SINDIJOPRE/MS Presidente: Averaldo Oliveira Fernandes (Folha de Camapuã); Vice-presidente: Mirian Sirlei da Veiga (Jornal Maracaju Hoje); 1º vice-presidente: Vagner Trindade de Castro (Folha de São Gabriel); Secretário-geral: Valdovir José Menon (Jornal Primeira Opção, de Campo Grande); 1º secretário: Auci Corrêa Fernandes (Jornal Folha de Selvíria); 2º secretário: Alexandre Pereira de Moura (Jornal O Momento, de Campo Grande); Tesoureira-geral: Luci Cordeiro de Macedo (Jornal O Comércio, de Campo Grande); 1º tesoureiro: Duprê Garcia Coelho Júnior (Jornal Folha de Mato Grosso do Sul, de Campo Grande); 2ª tesoureira: Maria Goreth de Souza (Jornal Correio MS, de Bataguassu); Membros do Conselho Fiscal: titulares - Patrícia Cezar dos Santos (Jornal Cidade Jovem, de Nova Alvorada do Sul), Renato Rech (Jornal Bandeirantes News, de Bandeirantes); e Francisco Wilson Gonçalves (Jornal Daqui, de Fátima do Sul). Suplentes: Maria Bernardete Carvalho (Jornal Voz da Região, de Campo Grande), José Edson Narcizo Gonçalves (Jornal A Gazeta, de Costa Rica) e Aruaque Fressato Barbosa (Revista Livre, de Campo Grande). Membros do Conselho de Ética: titulares - Carmelisa Oshiro de Oliveira (Revista Livre, de Campo Grande), Éser de Farias Cáceres (Jornal Popular, de Campo Grande) e Sônia Maria Gonçalez (Jornal O Comércio, de Campo Grande); suplentes - Luiz Carlos Franco Vieira (Jornal Folha do Estado, de Campo Grande), José Renato Toneli Pereira (Jornal 1ª Opção, de Campo Grande) e Maria Lúcia Morais Menezes Fernandes (Jornal Folha Integração, de Aparecida do Taboado). Diretor Jurídico: Etevaldo Vieira de Oliveira (Jornal Princesa do Vale, de Camapuã); Diretor Social: José Pedro Frazão (Jornal O Porta Voz, de Anastácio); Diretor de Meio Ambiente: Eliezer David de Medeiros (Jornal Informando News, de Três Lagoas); Diretor de Patrimônio: Francisco José Procópio (Jornal Plantão MS, de Sidrolândia); Diretora de Cultura: Kelly Ventorim (Jornal Folha da Serra, de Maracaju); Diretor de Esportes: Ocídio Nunes da Silva (Jornal Correio de Ribas); Diretora de Comunicação Social: Marta Freire Audi (Jornal Gazeta do Pantanal, de Miranda). Delegacia Regional Metropolitana: Anderson João Pissin (Jornal O Guaicurus, de Campo Grande); Delegacia Regional do Norte: Denílson Medeiros Severino (Gazeta do Norte, de Camapuã); Delegacia Regional do Bolsão: Eliezer David Medeiros (Jornal Informando News, de Três Lagoas); Delegacia Regional de Dourados: Flaviano Januário da Silva (Jornal O Cativante, de Rio Brilhante); Delegacia Regional do Pantanal: Áureo Ali Almeida Adi (Jornal Gazeta do Pantanal, de Miranda); Delegacia Regional do Sudoeste: Ivaldo Pereira (Tribuna da Fronteira, de Bela Vista); Delegacia Regional do Vale do Ivinhema: Idemar Francisco da Silva (Jornal Fala MS, de Ivinhema); Delegacia Regional da Fronteira: Cirilo Gomes de Lima (Jornal O Laçador, de Campo Grande).
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Imprensa interiorana do Rio Grande do Sul: uma comparação
A
maioria das empresas que editam jornais não investe em qualificação das redações. Pessoas sem formação em Jornalismo atuam no ramo, o que faz a qualidade dos impressos decair. Verifica-se ainda a falta de profissionalismo nas práticas administrativas das empresas - tanto é que muitos empresários são considerados “picaretas”, e jornais abrem ou fecham conforme mudam os governos. A “picaretagem” reflete na instabilidade financeira das empresas que, por sua vez, não conseguem pagar jornalistas formados. Esses fatores condicionam fortemente o produto jornal a não possuir qualidade suficiente para atrair anunciantes privados, além dos próprios leitores - daí o motivo para que os exemplares sejam distribuídos de graça. Resta ao poder público o papel de agente financiador dos empresários. Estes, por sua vez, se obrigam a publicar somente o conteúdo de interesse das fontes pagadoras - prefeituras, câmaras, governos estaduais ou parlamentares. A distribuição gratuita de jornais, que em Mato Grosso do Sul é um dos sintomas do atraso da imprensa, ocorre de modo diferente no Rio Grande do Sul. Conforme Beatriz Dornelles, os leitores do interior costumam apresentar o jornal como prova para o prefeito de que alguma coisa está errada. Dirigem-se à prefeitura com o periódico na mão, solicitando providências para aquilo que foi divulgado. A professora salienta que, em geral, os prefeitos tomam providências imediatas quando o jornal denuncia irregularidades. Para Beatriz Dornelles, o fato caracteriza o jornal interiorano gaúcho: é comum o dono do jornal distribuir gratuitamente alguns exemplares, especialmente quando é divulgada alguma matéria de interesse de determinado bairro ou localidade. Beatriz Dornelles afirma que a dependência econômica dos jornais gaúchos já foi superada pela maioria das empresas. A imprensa interiorana do Rio Grande do Sul estabeleceu-se em bases sólidas em fins do século passado e até a metade do século atual. É 61
uma das primeiras e mais representativas do país, colocando-se em igualdade com a imprensa do interior de São Paulo, Minas Gerais e do Rio de Janeiro. (p. 153) A autora afirma que, atualmente, os jornais do interior do Rio Grande do Sul garantem suas receitas sem depender dos governos federal, estadual e municipal. Juntos, não representam mais do que 10% da receita anual dos jornais. (...) as prefeituras, que costumavam patrocinar os veículos menores, prática que se estendeu até os anos 80, entraram em uma fase de empobrecimento generalizado, retirando as verbas destinadas aos jornais de menor porte econômico. Os partidos políticos, que também financiavam esse segmento, condicionavam o apoio financeiro à dependência editorial dos jornais, o que foi rechaçado pelo público, quando este teve opção de escolher seu veículo. Assim, para continuar existindo, os jornais tiveram que buscar uma alternativa de sobrevivência. (p. 154) A condição de dependência econômica dos jornais interioranos de Mato Grosso do Sul pode ser verificada pelo uso indiscriminado de releases nos periódicos, pela ausência de profissionais formados nas redações, e até mesmo pelos conflitos entre empresários e governantes. No Rio Grande do Sul, também há poucos jornalistas formados atuando na imprensa interiorana. Mas Beatriz Dornelles aponta outro motivo: Quando respondem por que não contratam mais jornalistas profissionais em suas redações, é unânime a argumentação dos proprietários de jornais interioranos: “os jornalistas não querem trabalhar no interior e, quando querem, não estão aptos”. Tal afirmação costuma ser contestada pelos membros do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, que alegam falta de interesse dos proprietários de jornais em contratar jornalistas profissionais. (p. 147) Como exemplo, a autora relata a iniciativa promovida pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI), entre 1995 e 1996. O órgão encaminhava jornalistas de62
sempregados para o interior. “Mais de 300 se inscreveram no programa. Apenas três aceitaram ir para o interior e, destes, dois retornaram para Porto Alegre dois meses depois da contratação. Motivo: ‘não se adaptaram ao modo de vida do interior’”. Beatriz Dornelles chama atenção para os salários que, à época, eram mais altos do que os pagos em Porto Alegre. Segundo a professora, as vagas oferecidas propunham salário de entre R$ 800,00 a R$ 1.000,00, mais casa, alimentação e transporte. À época, o piso pago a jornalistas em Porto Alegre, e praticado pelo Correio do Povo e Jornal do Comércio, era de R$ 500,00. O jornal Zero Hora pagava ao repórter inicial R$ 800,00. Em ambos os Estados prevalece o jornal semanário como padrão na maioria das cidades. A diferença está no formato - em Mato Grosso do Sul utiliza-se o standard: “Os jornais do interior do Rio Grande do Sul são, em maioria, semanários que circulam, em média, com 20 páginas. Todos têm formato tablóide, variando, um pouco a centimetragem”. A média de tiragem dos periódicos gaúchos (2.608) é inferior à sul-mato-grossense (3.052). No caso dos diários, a situação se inverte: em Mato Grosso do Sul, a média é de 3.412 exemplares; no Rio Grande do Sul, a tiragem supera a casa dos 15.000 exemplares.
BOOM DE JORNAIS Embora no Rio Grande do Sul o ano de fundação dos jornais não seja fator relevante, em Mato Grosso do Sul o surgimento de jornais indica a alternância de partidos no poder. Para Beatriz Dornelles, a qualificação da imprensa interiorana gaúcha está vinculada a fatores sócio-econômicos das cidades onde se inserem. A pesquisadora apurou que o ano de fundação dos jornais não representa nenhum indicativo para apontar quaisquer características dos jornais comunitários. Entretanto, o fortalecimento econômico dos municípios gaúchos determinou o progresso, a profissionalização e a qualificação dos jornais. Segundo Dornelles, o inverso é diretamente proporcional à qualidade dos jornais. Isto é, regiões que empobreceram também verificaram queda na qualidade dos jornais. A pesquisadora aponta o exemplo das cidades localizadas na região fronteira-oeste do Rio Grande do Sul, com economia baseada na agricultura e pecuária e que passam por sérias dificuldades. 63
PAPEL DA FACULDADE O presente trabalho defende que as faculdades de Jornalismo de Mato Grosso do Sul devem se atentar à realidade do mercado jornalístico interiorano. Por meio de discussões entre os acadêmicos, deve-se promover uma nova visão, que leve em conta as particularidades e limitações desse mercado. Assim, os novos profissionais poderão assumir o papel de agentes renovadores de uma imprensa ainda atrasada e subjugada por pressões econômicas e políticas. Clayton Sales (1), presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul, afirma que, atualmente, os acadêmicos saem das faculdades preparados para atuar apenas na imprensa das capitais e das grandes cidades. Para ele, o acadêmico faz o curso de Jornalismo pensando em atuar na Capital ou em uma cidade maior. A faculdade, segundo Sales, deve assumir o papel decisivo de apresentar aos acadêmicos a perspectiva de mercado no interior. As faculdades não deveriam se preocupar apenas em formar profissionais, mas também propor melhorias no mercado. Compartilha da mesma visão a professora Beatriz Dornelles. As faculdades da região metropolitana de Porto Alegre não formam profissionais capazes de atuar no interior. Entendemos que as Faculdades de Jornalismo da região metropolitana de Porto Alegre têm parte de responsabilidade por este quadro. Os professores têm preparado os jornalistas para serem empregados de grandes empresas jornalísticas e com uma função: repórter. Raros são os jornalistas que se formam capacitados para escrever, editar, diagramar, fotografar e administrar um jornal. Além disto, a quase totalidade dos estudantes raciocina em termos de trabalhar cinco horas diárias, conforme determina a legislação trabalhista, e não pensa na possibilidade de ser proprietário de um jornal. (p. 137) O professor Gerson Luiz Martins reconhece que a qualidade dos jornais interioranos está diretamente ligada à presença de jornalistas formados nas redações. Para ele, o mercado de trabalho no interior é terreno fértil para novas iniciativas empresariais, e estas só podem ser assumidas por jornalistas comprometidos com o desenvolvimento regional. (1)
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Entrevista concedida aos autores em outubro de 2008.
A demanda por jornalistas com formação superior está presente em todas as regiões. A necessidade de aprimoramento dos produtos jornalísticos regionais é fator preponderante no desenvolvimento desses veículos. As oportunidades para desenvolver os bons empreendimentos jornalísticos do interior do estado, estão continuamente presentes e terão respaldo do público, do leitor que se traduz por meio de assinaturas, de aquisição em banca, no aumento dos anúncios publicitários e de outras formas que constituem a receita dos empreendimentos. Clayton Sales defende que o jornalista pode encontrar condições melhores no interior, para colocar em prática novos projetos editoriais. O jornalista recém-formado poderia propor novos projetos em jornais de cidades menores, e com grandes chances de obter êxito. A facilidade não está tão presente na imprensa das grandes cidades, de acordo com Sales. Para ele, essa é a vantagem que a faculdade deve mostrar aos alunos.
EM BUSCA DE APERFEIÇOAMENTO Para que a imprensa interiorana de Mato Grosso do Sul possa se desenvolver, algumas condições devem ser alcançadas - tanto na linha editorial dos jornais como nas práticas administrativas das empresas que editam periódicos. De acordo com a professora Beatriz Dornelles, nas grandes cidades os interesses são múltiplos, diversos e inúmeros. Já nas pequenas, há maior homogeneidade. Assim, nas grandes cidades a divulgação de temas diversos e amplos é uma necessidade. Nas pequenas, os leitores querem saber o que está acontecendo em sua cidade, e, em segundo lugar, na região, havendo um interesse mínimo por questões de âmbito estadual, nacional e internacional. Segundo a autora, essas notícias são acompanhadas pelas televisões e rádios. Resta aos jornais do interior produzir conteúdo a partir do noticiário local e regional, abordando temas de diversas naturezas. Ainda de acordo com Beatriz Dornelles, deve haver contato direto entre jornalistas e leitores, afim de incluir a comunidade no processo comunicacional: 65
Todas as reclamações, sugestões, queixas e conselhos precisam ser humildemente aceitos pelos profissionais da imprensa interiorana, que devem, obrigatoriamente, sob pena de sofrerem retaliações, responder a todas elas com a busca de uma solução e jamais demonstrarem descaso diante do pedido do leitor. O jornalista precisa se engajar na luta de cada cidadão, desde que seja em defesa de quaisquer direitos individuais ou coletivos. Como resultado dessa evolução, a comunidade passaria a confiar na imprensa local, como já ocorre no Rio Grande do Sul. Segundo Dornelles, os proprietários de jornais do Interior são reconhecidos em qualquer local do município, e são chamados para participar de eventos na cidade. Isso denota a confiança que a comunidade deposita na figura do jornalista para escolher seus representantes. É o reconhecimento de que ele sempre lutará para resolver os problemas locais. Apesar do quadro de submissão da imprensa interiorana sul-mato-grossense, é inegável sua função de registro dos acontecimentos sociais das comunidades. Defendemos que o desenvolvimento dos jornais contribui para o registro fidedigno da história dessas localidades. De acordo com Beatriz Dornelles, os jornais do interior assumem a importante missão de registrar a história social, política e econômica das cidades e de seus líderes. É raro o espaço nos grandes jornais para a publicação dos acontecimentos sociais de cada município, bem como o crescimento e a evolução das cidades do interior e de suas culturas. JORNAL INTERIORANO: CARACTERÍSTICAS O presente trabalho resultou na definição de jornal impresso e interiorano de Mato Grosso do Sul. O conceito formulado por Beatriz Dornelles serviu de base à proposta. Sugere-se que o jornal interiorano deve atender aos seguintes requisitos: - o produto impresso de uma empresa com sede no município informado junto ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ); - visa lucro através da comercialização de espaço publicitário, venda avulsa de exemplares ou de assinaturas; 66
- deve manter estrutura mínima de redação com um responsável pela autoria das matérias (não se exige que este seja jornalista); - periodicidade constante, desde que seja diária, bissemanária, trissemanária, semanal, dezenária, quinzenal ou mensal; - manter um espaço de comunicação aberto com a comunidade (telefone, e-mail ou endereço para correspondência). O motivo da exigência do CNPJ dos jornais interioranos pode ser ilustrada pela opinião de Eduardo Carvalho, em artigo do Última Hora (Campo Grande): Jornal anda circulando por aí sem endereço comercial ou ainda não possuindo sequer contrato social. É um fantasmão! Seu quadro de sócios é inexistente, não possui talão de notas ou nada que os faça ser credenciado junto aos órgãos fiscalizadores em detrimento, a todos os outros que se esmeram em andar na linha e que por isso podem fazer valer seus direitos mais elementares.
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INFORMAÇÕES ADICIONAIS Jornais sem CNPJ: - Jornal da Comunidade (Aquidauana); - Jornal da Cidade (Aral Moreira). Jornais que fecharam durante a pesquisa: - Aquidaban (Bonito); - Bonito em Foco (Bonito); - O Alvorada (Nova Alvorada do Sul). Divergência entre cidade informada no CNPJ e no expediente do jornal: - Tribuna de Caracol (Caracol/Bela Vista); - O Terenense (Terenos/Campo Grande); - A Tribuna de Três Lagoas (Três Lagoas/Campo Grande). Não colaboraram com os pesquisadores: - Vanguarda (Bandeirantes); - Impacto Publicações (Cassilândia); - Tribuna do Povo (Mundo Novo); - Folha de Paranaíba (Paranaíba); - Jornal de Notícias (Ponta Porã); - Jornal Acontece (Três Lagoas).
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CONCLUSÃO
O
presente trabalho mapeou todos os jornais em circulação no ano de 2008, no interior de Mato Grosso do Sul. Por meio de informações exatas dos periódicos, foi possível analisar criticamente a realidade da imprensa interiorana, e abordar questões como as relações com o poder e a dependência econômica. Esses temas ainda não tinham sido tratados com profundidade por pesquisadores no Estado. Como objetivo fundamental, procurou-se retratar o mais fielmente possível a situação da imprensa regional. Para tanto, buscou-se ouvir depoimentos dos próprios agentes do processo: empresários do ramo e jornalistas. A base teórica, que sustenta os argumentos presentes no trabalho, conta com renomados pesquisadores brasileiros – e também com professores que conhecem de perto as condições dos periódicos. Informações agrupadas em uma única obra são a principal característica deste trabalho. Antes, encontravam-se desatualizadas ou dispersas em várias fontes. Apesar de uma pequena parcela de jornais não ter colaborado com o fornecimento de dados relevantes à pesquisa, obteve-se levantamento satisfatório e que cobriu todos os 77 municípios do interior de Mato Grosso do Sul. O resultado da pesquisa serve como ponto de partida para novas investigações acadêmicas, que vão ajudar a compreender com mais detalhes o funcionamento da mídia impressa no interior do Estado. Alguns tópicos são sugeridos: análise de conteúdo de jornais; relação entre periódicos e comunidades onde se inserem; e relação entre jornalistas e mercado de trabalho interiorano. Tão importantes quanto as perspectivas de pesquisa deixadas por este trabalho, são os questionamentos propostos à comunidade acadêmica. Afinal, como romper o ciclo vicioso de dependência econômica a que se submete a imprensa regional? De que forma os novos jornalistas podem contribuir para melhorar o processo comunicacional nas pequenas cidades do interior? Quais são os meios para se alcançar uma mídia sintonizada com as aspirações comunitárias?
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RUBBO, Daniella; LIMA, Maria Érica; VELOSO, Maria do Socorro. Jornalismo como instrumento de resgate e construção da história regional. Disponível em: http:// www.fnpj.org.br/antigo/grupos_trabalho/pesquisa_graduacao/Natal/socorro.htm. Acesso em 30/09/2008. SINDICATO DOS JORNAIS PERIÓDICOS E REVISTAS DE MATO GROSSO DO SUL. Plano de modernização da Imprensa Periódica em MS. Disponível em: http://www. sindicatodosjornais.com.br/plano-modernizacao-imprensa-em-ms.html. Acesso em 18/09/2008. ______. Nota de Repúdio ao Prefeito de Bandeirantes. Disponível em: http://www. bandeirantesnews.com/geral/geral1168.htm. Acesso em 04/04/2008.
MATÉRIAS EM JORNAIS, SITES E PERIÓDICOS AGORA MS. Jornais periódicos e revistas criam sindicato em MS. Publicado em: 08/08/2007. Disponível em: http://www.agorams.com.br/index. php?ver=ler&id=107935. Acesso em 11/09/2007. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA. Imprensa do interior sofre restrições. Entrevista com Maurício Azêdo. Publicado em: 25/06/2007. Disponível em: http:// www.abi.org.br/primeirapagina.asp?id=2055. Acesso em: 04/10/2007. CORREIO DO ESTADO. Filho de prefeito dá surra em jornalista. Publicado na edição n.º 17.078, página 3, em 22/08/2008. JORNAL O LIBERAL. Iguatemi terá mais de 30 mil m2 de asfalto. Publicado em: 19/08/2008. Disponível em: http://www.jornaloliberal.com.br/noticas. php?cod=13471. Acesso em: 15/09/2008. PREFEITURA MUNICIPAL DE IGUATEMI. Iguatemi terá mais de trinta mil m2 de asfalto. Publicado em: 18/08/2008. Disponível em: http://www.iguatemi.ms.gov.br/ view_noticias.htm?id=575. Acesso em: 15/09/2008.
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CATÁLOGOS E LISTAS ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. Lista telefônica. Disponível em: http://alms2007.easyti.com.br/portals/0/cerimonial/lista_email.pdf. Acesso em: 12/08/2007. ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DE MATO GROSSO DO SUL. Dados sócioeconômicos dos municípios. Disponível em: http://www.assomasul.org.br/socio_ economico.php. Acesso em: 09/09/2008. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS JORNAIS. Títulos de jornais por região e estado. Disponível em: http://www.anj.org.br/a-industria-jornalistica/jornais-no-brasil/ titulos-de-jornais-por-regiao-e-estado/. Acesso em: 02/10/2008. ______. Lista de jornais da ANJ. Disponível em: http://www.anj.org.br/files/ Arquivos/ANJ_Jornal_n_titulos_2004.pdf. Acesso em: 03/02/2008. PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DSENVOLVIMENTO. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil - Ranking do Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios do Brasil. Disponível em: http://www.pnud.org.br/atlas/ tabelas/index.php. Acesso em: 20/09/2008. RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. Disponível em: http://www.receita.fazenda.gov.br. Acesso em: 11/08/2008. SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Levantamento Jornais 2008 - Mídia Brasil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/secom/midia/ Jornais_2008/MS.pdf. Acesso em: 24/07/2008. TIPÓGRAFOS.NET. Formatos. Disponível em: http://tipografos.net/glossario/ formatos.html. Acesso em: 16/08/2008. UNESCO INSTITUTE FOR STATISTICS. Daily and Non-Daily Newspapers (em inglês). Disponível em: http://www.uis.unesco.org/ev.php?ID=5059_201&ID2=DO_TOPIC. Acesso em: 14/09/2008. UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS. Centro de documentação regional. Disponível em: http://www.ufgd.edu.br/centrodoc/consultajornaiseboletins. pdf. Acesso em: 10/06/2008. 76
ENTREVISTAS As entrevistas foram realizadas entre março e setembro de 2008. Duas entrevistas foram feitas pessoalmente e as demais, por telefone. Todas foram anotadas e transcritas em seguida. BRITO, Roberto. Entrevista por telefone sobre os jornais e a presença na Internet. Concedida em setembro de 2008. CÁCERES, Éser de Faria. Entrevista pessoal sobre relações entre imprensa e poder. Concedida em 19/09/2008. CURSIO, Dalmo. Entrevista por telefone sobre as vantagens de se trabalhar na imprensa interiorana. Concedida em setembro de 2008. FERNANDES, Averaldo Oliveira. Entrevista pessoal sobre a criação do Sindicato dos Jornais Periódicos e Revistas de Mato Grosso do Sul. Concedida em 19/03/2008. FORRALOSO, André. Entrevista por telefone sobre os jornais e a presença na Internet. Concedida em setembro de 2008. FRAZÃO, José Pedro. Entrevista por telefone sobre distribuição dirigida de jornais. Concedida em setembro de 2008. MASSUNARI, Laura. Entrevista por telefone sobreas vantagens de se trabalhar na imprensa interiorana. Concedida em setembro de 2008. MORAES, Adejair. Entrevista por telefone sobre as vantagens de se trabalhar na imprensa interiorana. Concedida em setembro de 2008. OLIVEIRA, Etevaldo Vieira. Entrevista por telefone sobre atuação de jornalistas na imprensa interiorana. Concedida em setembro de 2008. ROMANINI, Márcio. Entrevista por telefone sobre atuação de jornalistas na imprensa interiorana. Concedida em setembro de 2008. SALES, Clayton. Entrevista por telefone sobre o mercado de trabalho no interior de Mato Grosso do Sul. Concedida em outubro de 2008. 77
SANTOS, Daniel dos. Entrevista por telefone sobre o uso de material de fontes externas em jornais impressos. Concedida em outubro de 2008. SEVERINO, Denilson Medeiros. Entrevista por telefone sobre os jornais com apenas um jornalista prรกtico. Concedida em setembro de 2008.
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GLOSSÁRIO Jornalista prático - profissional que não obteve formação superior em Jornalismo, nem possui registro no Ministério do Trabalho e Emprego. Jornalista provisionado - quem possuía registro profissional antes do decreto nº 83.284/79, que regulamentou a profissão de jornalista no Brasil. Por meio do decreto nº 91.902/85, ficou assegurado ao jornalista provisionado o direito de transformar seu registro para jornalista profissional. Para isto, ele precisaria comprovar o exercício de atividade jornalística nos dois anos imediatamente anteriores a 1979. Jornalista precário - registro profissional para quem não obteve diploma de curso superior em Jornalismo, concedido por meio de liminar na Justiça. Em 2001, o Sindicato das Empresas de Rádio e TV de São Paulo moveu processo na Justiça para abolir a exigência de diploma de curso superior em Jornalismo para o exercício da profissão. A ação foi acatada pela juíza de 1ª instância da Justiça Federal, Carla Rister, que concedeu liminar favorável ao sindicato. Já a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) considera o registro precário como “exercício ilegal da profissão”. Em 26 de outubro de 2005, a decisão foi revogada pela quarta turma do Tribunal Regional Federal - 3ª Região. Em 12 de janeiro de 2006, o Ministério do Trabalho e Emprego publicou portaria decretando a invalidade dos registros precários de jornalistas. O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão e o caso chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF). Deve sair, no segundo semestre de 2008, o julgamento do recurso que questiona a constitucionalidade do Decreto nº 972/69 - e que regulamenta a profissão de jornalista no Brasil. “Picareta”, “mordedor”, “mamador” - expressões pejorativas para designar a prática de atividades comerciais que afrontam a ética jornalística. Em geral a “picaretagem” é praticada por empresários do ramo, mas jornalistas também podem assumir essa conduta. Exemplos: publicar comunicados e releases como se fossem textos assinados da redação; veicular conteúdos publicitário e jornalístico sem fazer distinções entre um e outro; oferecer ou vender coberturas jornalísticas para a classe 79
política, fazendo prevalecer os interesses comerciais sobre o interesse público da notícia. Por derivação, o jornal administrado por empresários sem responsabilidade ética também recebe a alcunha de “picareta”. Mas o que marca a condição de “picareta” é sua forte dependência econômica em relação ao poder público. O que resulta, por sua vez, em jornalismo desqualificado ou mesmo ausência de atividade jornalística. “Devezenquandário”, “fantasmão” - termos jocosos que designam jornal impresso de periodicidade incerta. Podem surgir e desaparecer ao gosto das pressões políticas e econômicas - em especial na época das eleições e em trocas de governo. José Eduardo Gallindo Novo dá um exemplo do uso dessa expressão, ao tratar de alguns jornais semanários de Campo Grande: “são um peso extra nos orçamentos oficiais e fazem da nossa imprensa marrom uma das mais escuras do país. (...) Conhecidos como devezenquandários, e muitos são distribuídos de graça nas esquinas do centro da Capital”. PERIODICIDADE Diário - Em 1988, a Associação Mundial de Jornais (WAN) adotou definição de jornal diário com o objetivo de padronizar e facilitar comparações internacionais. De acordo com essa definição, jornais diários são aqueles publicados no mínimo quatro dias por semana. Jornais não-diários são aqueles publicados três dias ou menos. Dezenário - jornal impresso que circula a cada dez dias. Bissemanário - jornal impresso com circulação em dois dias da semana. Trissemanário - jornal impresso que circula três vezes na semana. FORMATO Standard - formato-padrão da imprensa. Dimensões: 54 x 29,7 cm. Berliner - meio-termo entre standard e tablóide. Dimensões: 47 x 31,5 cm. Germânico - pouco menor do que o berliner. Dimensões: 40 x 26,5 cm. Francês - semelhante ao formato A3. Dimensões: 42 x 29,7 cm. Tablóide - Dimensões: 42 x 27,5 cm Tablete - Metade de um standard. Dimensões: 29,7 x 26 cm.
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Anexo 1 - Jornais interioranos de Mato Grosso do Sul
Água Clara População: 13.181 habitantes Distância da Capital: 179 Km
IDH-M (2000): 0,758 (24º em MS) PIB per capita (2005): R$ 13.017 (23º em MS)
Correio Regional Onde
Rua Teodoro Vitório da Silva, 87 E-mail: angela.mjg@hotmail.com Telefone: (67) 9944-8150 Página: www.correioregionalnews.com.br
Dados comerciais
CNPJ 07.723.538/0001-73
Tiragem: 1000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Quarta-feira Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 6 Anúncio: R$ 6,50 cm/col (colorido) Cadernos: 1 Área de circulação: Água Clara, Três Lagoas, Campo Grande
Quem
Fundado em 2005
Diretor: Angela Maria de Jesus Gonzaga Funcionários: 1 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: nenhum
Alcinópolis População: 4.299 habitantes Distância da Capital: 372 Km
IDH-M (2000): 0,745 (34º em MS) PIB per capita (2005): R$ 25.547 (60º em MS)
Alcinópolis.com Onde
Av. Olegário Barbosa da Silveira, 940 E-mail: alcinopolis@alcinopolis.com Telefone: (67) 3260-1286 Página: www.alcinopolis.com
Dados comerciais
CNPJ 08.076.458/0001-36
Tiragem:1000 exemplares Periodicidade: Mensal Parque gráfico: Não Dias de circulação: 20 Preço de capa: R$ 1,50 Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: Não informou Cadernos: 1 Área de circulação: Alcinópolis e Novo Horizonte do Sul
Quem
Fundado em 2006
Diretor: Marcos Antônio dos Reis Funcionários: 1 Jornalistas formados: nenhum
Jornalistas práticos: 1 81
Amambai População: 33.396 habitantes Distância da Capital: 332 Km
IDH-M (2000): 0,759 (22º em MS) PIB per capita (2005): R$ 6.847 (20º em MS)
Correio da Fronteira Onde
Rua Álvaro Vital de Oliveira, 685 E-mail: Indisponível Telefone: (67) 3481-1497 Página: www.correiodafronteira.com.br
Dados comerciais
CNPJ 03.241.778/0001-80
Tiragem: 3000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Segunda-feira Preço de capa: Gratuito Formato: Tablóide Preço de assinatura: R$ 100 (anual) Cores: 4 páginas coloridas Número de assinantes: 300 Páginas: 10 Anúncio: Não informou Cadernos: 1 Área de circulação: Paranhos, Coronel Sapucaia, Iguatemi e Tacuru e Amambai
Quem
Fundado em 1989
Diretor: Jorge Pacheco Funcionários: 3 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: nenhum
A Gazeta Onde
Av. Dom Pedro II, 3371 Telefone: (67) 3481-2687
Dados comerciais
CNPJ 00.172.180/0001-99
Tiragem: 2000 exemplares Periodicidade: Bissemanal Parque gráfico: Sim Dias de circulação: Terça e sexta Preço de capa: R$ 1,50 Formato: Tablóide Preço de assinatura: R$ 100 (anual) Cores: Nas capas Número de assinantes: 1300 Páginas: 32 Anúncio: R$ 9 cm/col (colorido) Cadernos: 1 Área de circulação: Coronel Sapucaia, Sete Quedas, Iguatemi, Tacuru, Aral Moreira, Amambai
Quem
Fundado em 1994
Diretor: Clésio Ribeiro Funcionários: 13 Jornalistas formados: 2
E-mail: gazetacidade@gmail.com Página: www.agazetanews.com.br
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Jornalistas práticos: nenhum
Fim de Semana Onde
Rua Rui Barbosa, 1420 Telefone: (67) 3481-3202
Dados comerciais
CNPJ 06.995.248/0001-16
Periodicidade: Semanal Dias de circulação: Quinta-feira Formato: Tablóide Cores: Nas capas Páginas: 4 Cadernos: 1 Área de circulação: Amambai
Quem
Fundado em 2004
E-mail: fimdesemanavirtual@hotmail.com Página: www.fimdesemanavirtual.com
Diretor: Luiz Carlos Cavalheiro de Matos Funcionários: 4 Jornalistas formados: nenhum
Tiragem: 500 exemplares Parque gráfico: Não Preço de capa: Gratuito Preço de assinatura: Não possui Número de assinantes: Não possui Anúncio: Não informou
Jornalistas práticos: nenhum
Anastácio População: 22.382 habitantes Distância da Capital: 128 Km
IDH-M (2000): 0,724 (49º em MS) PIB per capita (2005): R$ 6.457 (26º em MS)
O Porta-Voz Onde
Rua Porto Geral, 211 Telefone: (67) 8403-7118
Dados comerciais
CNPJ 03.702.848/0001-50
Tiragem: 2000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: 15 e 30 Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: R$ 8 cm/col Cadernos: 1 Área de circulação: Anastácio, Aquidauana, Campo Grande, Dois Irmãos do Buriti
Quem
Fundado em 1982
E-mail: jpfrazao@terra.com.br Página: Não possui
Diretor: José Pedro Frazão Funcionários: 1 Jornalistas formados: nenhum
Jornalistas práticos: 1 83
Anaurilândia População: 8.380 habitantes Distância da Capital: 367 Km
IDH-M (2000): 0,720 (57º em MS) PIB per capita (2005): R$ 8.183 (52º em MS)
Folha do Povo Onde
Rua Floriano Peixoto, 1094 Telefone: (67) 9908-3873
Dados comerciais
CNPJ 08.727.353/0001-08
Tiragem:1500 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: 5 e 20 Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: Não informou Cadernos: 1 Área de circulação: Anaurilândia, Bataguassu e Nova Andradina
Quem
Fundado em 2006
E-mail: folhadopovo2007@yahoo.com.br Página: Não possui
Diretor: Sebastião Ademir Funcionários: 2 Jornalistas formados: nenhum
Jornalistas práticos: nenhum
Aparecida do Taboado População: 19.823 habitantes Distância da Capital: 448 Km
IDH-M (2000): 0,763 (19º em MS) PIB per capita (2005): R$ 8.986 (22º em MS)
Folha Integração Onde
Rua Mato Grosso do Sul, 4057 Telefone: (67) 3565-5383
Dados comerciais
CNPJ 01.993.359/0001-70
Tiragem: 2000 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Sexta-feira Preço de capa: R$ 1,50 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 60 (semestral) Cores: Nas capas Número de assinantes: 200 Páginas: 8 Anúncio: Não informou Cadernos: 1 Área de circulação: Aparecida do Taboado, Selvíria, Paranaíba, Cassilândia, Inocência
Quem
Fundado em 1993
Diretor: Maria Lúcia Morais Menezes Fernandes Funcionários: 2 Jornalistas formados: nenhum
84
E-mail: folhadeselviria@terra.com.br Página: Não possui
Jornalistas práticos: 2
Jornal do Bolsão Onde
Rua Laudelino de Belo, 1243 Telefone: (67) 3565-2130
Dados comerciais
CNPJ 37.191.202/0001-78
Tiragem:3000 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Sexta-feira Preço de capa: R$ 2,00 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 50 (semestral) Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 16 Anúncio: R$ 2,25 cm/col (colorido) Cadernos: 2 Área de circulação: Ap. do Taboado, Selvíria, Paranaíba, Inocência, Cassilândia, Chapadão do Sul
Quem
Fundado em 1992
E-mail: contato@jornaldobolsao.com.br Página: www.jornaldobolsao.com.br
Diretor: José Ivo Bernardes de Souza Funcionários: 5 Jornalistas formados: nenhum
Jornalistas práticos: 1
Aquidauana População: 44.904 habitantes Distância da Capital: 131 Km
IDH-M (2000): 0,757 (25º em MS) PIB per capita (2005): R$ 6.171 (15º em MS)
Diário Notícias do Estado CNPJ 06.321.280/0001-16
Onde Dados comerciais
E-mail: jnestado@terra.com.br Página: Não possui
Rua João Dias, 580 Telefone: (67) 3241-4448
Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: Diário Dias de circulação: Segunda a sexta Parque gráfico: Sim Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 180 (anual) Cores: Nas capas Número de assinantes: 350 Páginas: 8 Anúncio: Não informou Cadernos: 1 Área de circulação: Miranda, Bodoquena, Aquidauana, Dois Irmãos do Buriti, Corumbá, Ladário, Anastácio, Jardim, G.Lopes da Laguna, C.Grande, Terenos, B.Vista, Bonito, P.Murtinho, Ant.João
Quem
Fundado em 1997
Diretor: Daniele dos Santos Funcionários: 6 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: 1 85
Aqui TV Meio Ambiente Onde
Rua Pandiá Calógeras, 1539 Telefone: (67) 3241-5305
Dados comerciais
CNPJ 08.942.089/0001-17
Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Segunda-feira Preço de capa: Gratuito Formato: Tablóide Preço de assinatura: Não possui Cores: 6 páginas coloridas Número de assinantes: Não possui Páginas: 12 Anúncio: Não informou Cadernos: 1 Área de circulação: Aquidauana, Anastácio
Quem
Fundado em 2007
E-mail: aquiambiente@hotmail.com Página: www.aquitv.com.br
Diretor: Geyse Ortega Funcionários: 1 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: nenhum
Aquidauana News Onde
Rua Antônio Nogueira, 1527 Telefone: (67) 3241-6705
Dados comerciais
CNPJ 04.914.682/0001-07
Periodicidade: Quinzenal Dias de circulação: Sexta-feira Formato: Tablóide Cores: 4 páginas coloridas Páginas: 10 Cadernos: 1 Área de circulação: Aquidauana
Quem
Fundado em 2007
E-mail: ducarvalho@terra.com.br Página: www.aquidauananews.com
Diretor: Wilson de Carvalho Funcionários: 8 Jornalistas formados: nenhum
Tiragem: 3000 exemplares Parque gráfico: Não Preço de capa: Gratuito Preço de assinatura: Não possui Número de assinantes: Não possui Anúncio: Não informou
Jornalistas práticos: 3
O Pantaneiro Onde
Rua 15 de Agosto, 39 Telefone: (67) 3241-2046
Dados comerciais
CNPJ 03.645.975/0001-65
Tiragem: 3000 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Sim Dias de circulação: Sexta-feira Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 50 (anual) Cores: Nas capas Número de assinantes: 1105 Páginas: 20 Anúncio: Não informou Cadernos: 2 Área de circulação: Aquidauana, C.Grande, Bonito, Bodoquena, Dois Irmãos do Buriti, Anastácio
Quem
Fundado em 1965
Diretor: José Lima Neto Funcionários: 15 Jornalistas formados: 1
86
E-mail: opantaneiro@opantaneiro.com.br Página: www.opantaneiro.com.br
Jornalistas práticos: 1
Bandeirantes População: 5.843 habitantes Distância da Capital: 71 Km
IDH-M (2000): 0,733 (43º em MS) PIB per capita (2005): R$ 9.814 (53º em MS)
Bandeirantes News Onde
Rua Altivo José de Lara, 3145 Telefone: (67) 3361-1787
Dados comerciais
CNPJ 07.981.881/0001-18
Tiragem: 3000 exemplares Periodicidade: Mensal Parque gráfico: Não Dias de circulação: 20 a 25 Preço de capa: Gratuito Formato: Tablete Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 16 Anúncio: R$ 18 cm/col (capa) Cadernos: 1 Área de circulação: Campo Grande, Jaraguari, Rochedo, Terenos, Bandeirantes, Corumbá
Quem
Fundado em 2004
E-mail: bandeirantesnews@pop.com.br Página: www.bandeirantesnews.com
Diretor: Renato Rech Funcionários: 8 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: nenhum
Bataguassu População: 18.679 habitantes Distância da Capital: 330 Km
IDH-M (2000): 0,738 (38º em MS) PIB per capita (2005): R$ 14.035 (17º em MS)
Jornal Visão Onde
Av. São Francisco de Assis, 400 Telefone: (67) 3541-1822
Dados comerciais
CNPJ 04.159.148/0001-24
Tiragem: 3000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: 15 e 30 Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: Não informou Cadernos: 1 Área de circulação: Bataguassu, Santa Rita do Pardo, Anaurilândia, Campo Grande
Quem
Fundado em 2000
E-mail: marcioromanini@uol.com.br Página: www.visaomais.com.br
Diretor: Márcio Romanini Funcionários: 4 Jornalistas formados: nenhum
Jornalistas práticos: nenhum 87
Correio MS Onde
Rua Boaventura Ramiro dos Santos, 95 E-mail: correioms@terra.com.br Telefone: (67) 9983-8793 Página: Não possui
Dados comerciais
CNPJ 03.473.050/0001-84
Tiragem: 6000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: 15 e 30 Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: R$ 150 cm/col Cadernos: 1 Área de circulação: Bataguassu e Campo Grande
Quem
Fundado em 1999
Diretor: Maria Goreth de Souza Funcionários: 7 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: nenhum
Jornal Portal MS Onde
Rua Dourados, 250 Telefone: (67) 3541-2422
E-mail: jornalportalms@uol.com.br Página: www.listaportalms.com.br
Dados comerciais
CNPJ 08.939.773/0001-40
Periodicidade: Quinzenal Dias de circulação: 10 e 25 Formato: Standard Cores: Nas capas Páginas: 8 Cadernos: 1 Área de circulação: Bataguassu
Tiragem: 3000 exemplares Parque gráfico: Não Preço de capa: Gratuito Preço de assinatura: Não possui Número de assinantes: Não possui Anúncio: Não informou
Quem
Fundado em 2007
Diretor: Wellington Rodrigo Lima Funcionários: 3 Jornalistas formados: 1
88
Jornalistas práticos: 1
Bela Vista População: 22.912 habitantes Distância da Capital: 322 Km
IDH-M (2000): 0,755 (27º em MS) PIB per capita (2005): R$ 5.676 (34º em MS)
Tribuna da Fronteira CNPJ 70.356.264/0001-82
Onde Dados comerciais
E-mail: tribuna@douranet.com.br Página: Não possui
Av. Tribuna da Fronteira, 564 Telefone: (67) 3439-4918
Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Segunda-feira Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 60 (anual) Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 12 Anúncio: Não informou Cadernos: 2 Área de circulação: Bela Vista, Caarapó, Porto Murtinho, Caracol, Jardim, Guia Lopes da Laguna, Nioaque, Bonito, Antônio João, Ponta Porã, Campo Grande
Quem
Fundado em 1972
Diretor: Ivaldo Pereira Funcionários: 6 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: 2
Bodoquena População: 8.201 habitantes Distância da Capital: 253 Km
IDH-M (2000): 0,707 (68º em MS) PIB per capita (2005): R$ 9.109 (49º em MS)
Aqui é Destaque Onde
Rua Silvio de Castro Cunha, 255 E-mail: aquiedestaque@hotmail.com Telefone: (67) 3268-1814 Página: www.aquiedestaquenews.com.br
Dados comerciais
CNPJ 04.522.666/0001-60
Tiragem: 3000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: 8 e 23 Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: Não informou Cadernos: 1 Área de circulação: Bodoquena, Miranda, Bonito, Sidrolândia
Quem
Fundado em 2003
Diretor: Arsenio Martins dos Santos Neto Funcionários: 3 Jornalistas formados: nenhum
Jornalistas práticos: 1 89
Brasilândia População: 12.154 habitantes Distância da Capital: 374 Km
IDH-M (2000): 0,757 (26º em MS) PIB per capita (2005): R$ 10.732 (32º em MS)
Jornal da Cidade CNPJ 03.904.045/0001-89
Onde Dados comerciais
E-mail: jornaldacidade.bra@uol.com.br Página: www.cidademorenanoticias.com.br
Rua Duque de Caxias, 1780 Telefone: (67) 3546-2307
Tiragem: 1000 exemplares Periodicidade: Bissemanal Dias de circulação: Quarta e sáb. Parque gráfico: Sim Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 100 (semestral) Cores: Nas capas Número de assinantes: 20 Páginas: 8 Anúncio: R$ 15 cm/col (colorido) Cadernos: 1 Área de circulação: Três Lagoas, Bataguassu, Ribas do Rio Pardo, Brasilândia, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Água Clara, Selvíria, Aparecida do Taboado
Quem
Fundado em 2000
Diretor: Osmar da Silva Melo Funcionários: 7 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: 1
Camapuã População: 13.193 habitantes Distância da Capital: 145 Km
IDH-M (2000): 0,761 (20º em MS) PIB per capita (2005): R$ 11.084 (25º em MS)
Jornal Gazeta do Norte Onde
Av. Manoel A. Rodrigues, 354 E-mail: jornal_gazetadonorte@yahoo.com.br Telefone: (67) 3286-2741 Página: Não possui
Dados comerciais
CNPJ 01.155.286/0001-47
Tiragem: 1000 exemplares Periodicidade: Mensal Parque gráfico: Não Dias de circulação: entre 7 e 10 Preço de capa: Gratuito Formato: Tablóide Preço de assinatura: R$ 5 (mensal) Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: Não informou Cadernos: 1 Área de circulação: Camapuã, Figueirão, Bandeirantes
Quem
Fundado em 1996
Diretor: Denilson Medeiros Severino Funcionários: 1 Jornalistas formados: nenhum
90
Jornalistas práticos: 1
Folha Regional CNPJ 15.381.049/0001-09
Onde Dados comerciais
E-mail: lucicm@terra.com.br Página: Não possui
Rua Bonfim, 295 Telefone: (67) 9957-2875
Tiragem: 2000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: 5 e 20 Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: Não informou Cadernos: 1 Área de circulação: Camapuã, Costa Rica, Jaraguari, Bandeirantes, Alcinópolis, Sidrolândia, Ribas do Rio Pardo
Quem
Fundado em 1980
Diretor: Averaldo Oliveira Fernandes Funcionários: 2 Jornalistas formados: nenhum
Jornalistas práticos: 1
Folha de Camapuã Onde
Rua Pedro Celestino, 1576 Telefone: (67) 3042-5379
Dados comerciais
CNPJ 33.780.453/0001-37
Tiragem: 1500 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Sim Dias de circulação: 15 e 30 Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: R$ 50 (PB) Cadernos: 1 Área de circulação: Jaraguari, Figueirão, Bandierantes, Camapuã
Quem
Fundado em 1988
E-mail: artesgraficasjunior@hotmail.com Página: Não possui
Diretor: Duprê Garcia Coelho Funcionários: 3 Jornalistas formados: nenhum
Jornalistas práticos: 1
Princesa do Vale Onde
Rua Cândido Severino, 684 Telefone: (67) 3286-1730
Dados comerciais
CNPJ 03.977.265/0001-32
Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: 5 e 20 Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 12 Anúncio: R$ 30 (cartão de visita) Cadernos: 2 Área de circulação: Camapuã, Figueirão, Jaraguari, Bandeirantes, São Gabriel do Oeste
Quem
Fundado em 2000
E-mail: jornalprincesadovale@hotmail.com Página: Não possui
Diretor: Etevaldo Vieira de Oliveira Funcionários: 3 Jornalistas formados: nenhum
Jornalistas práticos: nenhum 91
Cassilândia População: 20.934 habitantes Distância da Capital: 437 Km
IDH-M (2000): 0,775 (11º em MS) PIB per capita (2005): R$ 8.642 (21º em MS)
O Cassilândia Jornal CNPJ 37.547.791/0001-84
Onde Dados comerciais
E-mail: cassilandiajornal@terra.com.br Página: www.cassilandiajornal.com.br
Rua Wladislau G. Gomes, 550 Telefone: (67) 3596-5180
Tiragem: 4500 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Sexta-feira Preço de capa: R$ 1,50 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 130 (anual) Cores: Nas capas Número de assinantes: 4500 Páginas: 12 Anúncio: R$ 80 (cartão de visita) Cadernos: 1 Área de circulação: Aparecida do Taboado, Paranaíba, Chapadão do Sul, Três Lagoas, Selvíria, Costa Rica, Alcinópolis, Figueirão, Camapuã, Bandeirantes, Jaraguari
Quem
Fundado em 1980
Diretor: Dalmo Salsedo Cursio Funcionários: 5 Jornalistas formados: 2
Jornalistas práticos: 2
Chapadão do Sul População: 16.194 habitantes Distância da Capital: 333 Km
IDH-M (2000): 0,826 (1º em MS) PIB per capita (2005): R$ 20.487 (13º em MS)
O Correio News Onde
Av. Oito, 1467 Telefone: (67) 3562-4409
Dados comerciais
CNPJ 04.287.303/0001-98
Tiragem: 3500 exemplares Periodicidade: Dezenário Parque gráfico: Não Dias de circulação: 10, 20 e 30 Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 200 (anual) Cores: 6 páginas coloridas Número de assinantes: 1000 Páginas: 12 Anúncio: R$ 12 cm/col (determinada) Cadernos: 1 Área de circulação: Chapadão do Sul, Costa Rica, Cassilândia, Camapuã
Quem
Fundado em 1990
Diretor: Adejair Moraes da Silva Funcionários: 6 Jornalistas formados: 2
92
E-mail: ocorreio@chapnet.com.br Página: www.ocorreionews.com.br
Jornalistas práticos: nenhum
Novo Tempo Onde
Rua Quinze, 537 Telefone: (67) 3562-3983
Dados comerciais
CNPJ 07.321.526/0001-12
Tiragem: 2000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: 1º e 15 Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 100 (anual) Cores: Nas capas Número de assinantes: 350 Páginas: 12 Anúncio: R$ 80 (cartão de visita) Cadernos: 1 Área de circulação: Chapadão do Sul, Costa Rica, Paranaíba
Quem
Fundado em 1997
E-mail: novotemponews@hotmail.com Página: www.jovemsulnews.com.br
Diretor: Norbertino Francisco Angeli Funcionários: 12 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: 1
Corumbá População: 96.343 habitantes Distância da Capital: 415 Km
IDH-M (2000): 0,771 (16º em MS) PIB per capita (2005): R$ 14.889 (3º em MS)
Diário Corumbaense Onde
Rua 15 de Novembro, 75 Telefone: (67) 3232-5127
Dados comerciais
CNPJ 08.794.416/0001-30
Periodicidade: Diário Dias de circulação: Segunda a sexta Formato: Berliner Cores: Nas capas Páginas: 12 Cadernos: 1 Área de circulação: Corumbá
Quem
Fundado em 2007
E-mail: diario_corumbaense@hotmail.com Página: Não possui
Diretor: Otávio Neto Funcionários: 13 Jornalistas formados: 4
Tiragem: Não informado Parque gráfico: Sim Preço de capa: R$ 1,00 Preço de assinatura: R$ 20 (mensal) Número de assinantes: 200 Anúncio: R$ 75 (edital)
Jornalistas práticos: 4 93
O Diário da Manhã Onde
Rua Cabral, 1121 Telefone: (67) 3231-3535
E-mail: damanha@ibest.com.br Página: Não possui
Dados comerciais
CNPJ 03.694.385/0001-22
Periodicidade: Diário Dias de circulação: Terça a sábado Formato: 44 x 29 Cores: Não Páginas: 6 Cadernos: 1 Área de circulação:
Tiragem: 1000 exemplares Parque gráfico: Sim (tipografia) Preço de capa: R$ 0,70 Preço de assinatura: R$ 250 (anual) Número de assinantes: 600 Anúncio: R$ 10 cm/col (capa)
Quem
Fundado em 1979
Diretor: Valdemar Baiaroski Jr. Funcionários: 4 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: 1
Folha de Corumbá Onde
Rua Cuiabá, 1200 Telefone: (67) 3231-1060 / 3231-1059
Dados comerciais
CNPJ 24.652.299/0001-27
Periodicidade: Semanal Dias de circulação: Sábado Formato: Standard Cores: Nas capas Páginas: 20 Cadernos: 1 Área de circulação: Corumbá, Ladário
Quem
Fundado em 1989
E-mail: folhacrb@terra.com.br Página: Não possui
Diretor: Uriel Rhageande Funcionários: 1 Jornalistas formados: 1
Tiragem: 2500 exemplares Parque gráfico: Sim Preço de capa: Gratuito Preço de assinatura: Não possui Número de assinantes: Não possui Anúncio: R$ 30 (cm/col)
Jornalistas práticos: nenhum
Correio de Corumbá Onde
Rua 7 de Setembro, 249 Telefone: (67) 3231-0357
Dados comerciais
CNPJ 50.724.863/0001-80
Periodicidade: Semanal Dias de circulação: Sábado Formato: Tablóide Cores: Nas capas Páginas: 16 Cadernos: 1 Área de circulação: Corumbá, Ladário
Quem
Fundado em 1960
Diretor: Farid Yunes Solominy Funcionários: 4 Jornalistas formados: 2
94
E-mail: correiodecorumba@yahoo.com.br Página: www.correiodecorumba.com.br Tiragem: 3000 exemplares Parque gráfico: Sim Preço de capa: Gratuito Preço de assinatura: Não possui Número de assinantes: Não possui Anúncio: R$ 100
Jornalistas práticos: 2
Costa Rica População: 18.273 habitantes Distância da Capital: 338 Km
IDH-M (2000): 0,798 (4º em MS) PIB per capita (2005): R$ 17.025 (16º em MS)
A Gazeta de Costa Rica Onde
Rua José Narciso Sobrinho, 219 E-mail: subal@costarica.ms.gov.br Telefone: (67) 9907-3912 / 3247-4523 Página: Não possui
Dados comerciais
CNPJ 04.325.408/0001-94
Tiragem: 1000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: 5 e 20 Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 100 (anual) Cores: Nas capas Número de assinantes: 20 Páginas: 8 Anúncio: R$ 1200 (1 página) Cadernos: 1 Área de circulação: Costa Rica, Figueirão, Alcinópolis, Chapadão do Sul
Quem
Fundado em 2001
Diretor: José Edson Narcizo Gonçalves Funcionários: 2 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: 1
Jornal Tendência Onde
Av. José Ferreira da Costa, 582 Telefone: (67) 3247-2112
Dados comerciais
CNPJ 00.686.986/0001-03
Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: 10 e 25 Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 5 (mensal) Cores: Nas capas Número de assinantes: 500 Páginas: 8 Anúncio: R$ 60 (cartão de visita) Cadernos: 1 Área de circulação: Alcinópolis, Figueirão, Costa Rica, Camapuã, Chapadão do Sul
Quem
Fundado em 1995
Diretor: João de Oliveira Soares Funcionários: 3 Jornalistas formados: 1
E-mail: tendenciacr@brturbo.com.br Página: www.tendencianoticias.com.br
Jornalistas práticos: 1
95
Jornal de Costa Rica Onde
Av. José Ferreira da Costa, 90 Telefone: (67) 3247-1936
Dados comerciais
CNPJ 00.983.478/0001-89
Tiragem: 4500 exemplares Periodicidade: Trissemanário Circulação: Domingo, terça e quinta Parque gráfico: Não Preço de capa: R$ 1,25 Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: R$ 8,72 cm/col (colorido) Cadernos: 1 Área de circulação: Costa Rica, Alcinópolis, Figueirão, Camapuã, Chapadão do Sul
Quem
Fundado em 1984
E-mail: costaricanews@terra.com.br Página: www.costarica.news.com.br
Diretor: Antonio Silvestre de Castro Funcionários: 3 Jornalistas formados: 2
Jornalistas práticos: 1
Coxim População: 31.797 habitantes Distância da Capital: 266 Km
IDH-M (2000): 0,780 (9º em MS) PIB per capita (2005): R$ 7.986 (18º em MS)
Correio do Pantanal CNPJ 15.919.970/0001-62
Onde Dados comerciais
E-mail: correiodopantanal@terra.com.br Página: Não possui
Rua Márcio Lima Nantes, 1020 Telefone: (67) 3291-2716
Tiragem: 3000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: 1º e 15 Preço de capa: Gratuito Formato: Tablóide Preço de assinatura: Não possui Cores: 4 páginas coloridas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: R$ 150 (cartão de visita) Cadernos: 1 Área de circulação: Coxim, Pedro Gomes, Sonora, Alcinópolis, Rio Verde de Mato Grosso, Camapuã, São Gabriel do Oeste
Quem
Fundado em 1987
Diretor: José Alves Branco Corrêa Funcionários: 4 Jornalistas formados: 1
96
Jornalistas práticos: 1
Gazeta Pantaneira Onde
Rua Floriano Peixoto, 359 Telefone: (67) 3291-1307
Dados comerciais
CNPJ 04.972.663/0001-29
Tiragem: 3000 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Domingo Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 16 Anúncio: R$ 900 (1/4 de página colorido) Cadernos: 1 Área de circulação: Coxim, Rio Verde de Mato Grosso, Alcinópolis, Sonora, São Gabriel do Oeste
Quem
Fundado em 2002
E-mail: gpantaneira@bol.com.br Página: Não possui
Diretor: Adão Ferreira Bispo Funcionários: 6 Jornalistas formados: 2
Jornalistas práticos: 2
Diário do Estado Onde
Rua Filinto Muller, 600 E-mail: jornaldoestado@terra.com.br Telefone: (67) 3291-6546 / 3291-3668 Página: Não possui
Dados comerciais
CNPJ 03.339.711/0002-64
Tiragem: 4800 exemplares Periodicidade: Diário Parque gráfico: Sim Dias de circulação: Terça a sexta Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Germânico Preço de assinatura: R$ 180 (anual) Cores: Nas capas Número de assinantes: 900 Páginas: 16 Anúncio: R$ 20 cm/col Cadernos: 2 Área de circulação: Rio Verde de Mato Grosso, Pedro Gomes, Sonora, Coxim, S.Gabriel do Oeste
Quem
Fundado em 1999
Diretor: Rubens Dantas Funcionários: 15 Jornalistas formados: 2
Jornalistas práticos: 2
Folha do Pantanal CNPJ 37.183.803/0001-39
Onde Dados comerciais
E-mail: folhapan@hotmail.com Página: Não possui
Rua F, 277 Telefone: (67) 3291-1157
Tiragem: 3000 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Domingo Preço de capa: Gratuito Formato: Germânico Preço de assinatura: Não possui Cores: 6 páginas coloridas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: R$ 15 cm/col (colorido) Cadernos: 1 Área de circulação: Coxim, Sonora, Costa Rica, Pedro Gomes, Rio Verde de Mato Grosso, Camapuã, Rio Negro, Rochedo, Três Lagoas, Aparecida do Taboado
Quem
Fundado em 1996
Diretor: Adelino Alexandre Lopes Funcionários: 4 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: 1 97
Dourados População: 182.747 habitantes Distância da Capital: 230 Km
IDH-M (2000): 0,788 (5º em MS) PIB per capita (2005): R$ 9.869 (2º em MS)
O Progresso Onde
Av. Presidente Vargas, 447 Telefone: (67) 3416-2600
Dados comerciais
CNPJ 03.356.425/0001-26
Tiragem: 5800 exemplares Periodicidade: Diário Dias de circulação: Segunda a sáb. Parque gráfico: Sim Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 65 (trimestral) Cores: Nas capas Número de assinantes: 5000 Páginas: 24 Anúncio: R$ 2 (linha - classificado) Cadernos: 4 Área de circulação: Dourados e outros 42 municípios do Estado
Quem
Fundado em 1951
E-mail: progresso@progresso.com.br Página: www.oprogresso.com.br
Diretor: Adiles do Amaral Torres Funcionários: 70 Jornalistas formados: 8
Jornalistas práticos: 8
Diário MS Onde
Rua Joaquim Teixeira Alves, 2446 Telefone: (67) 3416-6333
Dados comerciais
CNPJ 01.517.010/0001-61
Tiragem: 5200 exemplares Periodicidade: Diário Parque gráfico: Sim Dias de circulação: Seg. a sexta Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 60 (trimestral) Cores: Nas capas Número de assinantes: 5200 Páginas: 24 Anúncio: R$ 45 cm/col (colorido) Cadernos: 5 Área de circulação: Dourados e outros 60 municípios do Estado
Quem
Fundado em 1993
E-mail: online@diarioms.com.br Página: www.diarioms.com.br
Diretor: Alfredo Barbara Neto Funcionários: 150 Jornalistas formados: 4
98
Jornalistas práticos: 4
Folha de Dourados Onde
Rua João C. de Câmara, 1445 E-mail: comercial@folhadedourados.com.br Telefone: (67) 3421-4011 Página: www.folhadedourados.com.br
Dados comerciais
CNPJ 08.792.017/0001-30
Periodicidade: Semanal Dias de circulação: Segunda-feira Formato: Standard Cores: 6 páginas coloridas Páginas: 16 Cadernos: 1 Área de circulação: Dourados
Quem
Fundado em 2007
Diretor: José Henrique Marques Funcionários: 9 Jornalistas formados: 3
Tiragem: 2000 exemplares Parque gráfico: Não Preço de capa: Gratuito Preço de assinatura: R$ 180 (anual) Número de assinantes: 120 Anúncio: R$ 200 (cartão de visita)
Jornalistas práticos: 3
Fátima do Sul População: 18.873 habitantes Distância da Capital: 242 Km
IDH-M (2000): 0,751 (31º em MS) PIB per capita (2005): R$ 5.939 (40º em MS)
Hora Extra Onde
Av. 9 de Julho, 5332 Telefone: (67) 8409-9812
Dados comerciais
CNPJ 07.057.058/0001-10
Tiragem: 2000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Segunda-feira Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: R$ 250 Cadernos: 1 Área de circulação: Vicentina, Fátima do Sul, Jateí, Glória de Dourados, Deodápolis, Angélica
Quem
Fundado em 2007
E-mail: horaextra@fatimanews.com.br Página: www.fatima.news.com.br
Diretor: Rogério Sanches do Amaral Funcionários: 4 Jornalistas formados: nenhum
Jornalistas práticos: 1 99
Jornal Daqui Onde
Rua Carlos Chagas, 2009 Telefone: (67) 3467-1702 / 8111-3241
Dados comerciais
CNPJ 01.943.083/0001-15
Tiragem: 3000 exemplares Periodicidade: Mensal Dias de circulação: Entre dias 25 e 30 Parque gráfico: Não Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 10 Anúncio: R$ 150 (cartão de visita) Cadernos: 1 Área de circulação: Fátima do Sul, Vicentina, Deodápolis, Glória de Dourados, Jateí
Quem
Fundado em 2003
E-mail: j-daqui@hotmail.com Página: Não possui
Diretor: Francisco Wilson Gonçalves Funcionários: 4 Jornalistas formados: 2
Jornalistas práticos: 1
Glória de Dourados População: 9.646 habitantes Distância da Capital: 272 Km
IDH-M (2000): 0,745 (35º em MS) PIB per capita (2005): R$ 6.871 (57º em MS)
Folha da Região Onde
Av. Presidente Vargas, 1396-A Telefone: (67) 3466-1763
Dados comerciais
CNPJ 04.124.588/0001-46
Tiragem: 2500 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: 1º e 15 Preço de capa: Gratuito Formato: Tablóide Preço de assinatura: Não possui Cores: 6 páginas coloridas Número de assinantes: Não possui Páginas: 16 Anúncio: R$ 50 a 100 Cadernos: 1 Área de circulação: 15 municípios da região Sul do Estado
Quem
Fundado em 2000
Diretor: Humberto Nakamura Funcionários: 2 Jornalistas formados: 1
100
E-mail: folhadaregiaoms@brturbo.com.br Página: Não possui
Jornalistas práticos: nenhum
Guia Lopes da Laguna População: 10.182 habitantes Distância da Capital: 221 Km
IDH-M (2000): 0,755 (28º em MS) PIB per capita (2005): R$ 4.914 (58º em MS)
O Estado do Pantanal Onde
Av. Santa Terezinha, 1410 E-mail: mevf@terra.com.br Telefone: (67) 3269-1737 / 3269-1105 Página: Não possui
Dados comerciais
CNPJ 07.149.457/0001-01
Tiragem: 1300 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Sim Dias de circulação: Sexta-feira Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 20 Anúncio: R$ 80 (cartão de visita) Cadernos: 3 Área de circulação: Guia Lopes da Laguna, Jardim e região Sudoeste do Estado
Quem
Fundado em 2001
Diretor: Gael Fernandes Balta Funcionários: 3 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: 1
Jardim População: 23.295 habitantes Distância da Capital: 226 Km
IDH-M (2000): 0,773 (13º em MS) PIB per capita (2005): R$ 5.786 (30º em MS)
Tribuna Popular Onde
Av. Duque de Caxias, 1983-A E-mail: tribunapopular@econet.com.br Página: www.tribunapopularnews.com.br Telefone: (67) 3251-2000
Dados comerciais
CNPJ 09.313.720/0001-81
Tiragem: 3000 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Segunda-feira Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 60 (anual) Cores: Nas capas Número de assinantes: 250 Páginas: 16 Anúncio: R$ 50 (cartão de visita) Cadernos: 2 Área de circulação: Jardim, Guia Lopes da Laguna, Bonito, Porto Murtinho, Caracol, Nioaque, Bela Vista, Aquidauana e Anastácio
Quem
Fundado em 1982
Diretor: Álvaro Pereira Funcionários: 4 Jornalistas formados: nenhum
Jornalistas práticos: 1 101
Ladário População: 17.918 habitantes Distância da Capital: 420 Km
IDH-M (2000): 0,775 (12º em MS) PIB per capita (2005): R$ 3.700 (54º em MS)
Folha de Ladário Onde
Rua Projetada 10, 51 Telefone: (67) 3226-4344
E-mail: folhadeladario@hotmail.com Página: Não possui
Dados comerciais
CNPJ 08.601.597/0001-31
Periodicidade: Quinzenal Dias de circulação: Dias 15 e 30 Formato: Francês (42 x 29,7 cm) Cores: Nas capas Páginas: 8 Cadernos: 2 Área de circulação: Ladário, Corumbá
Tiragem: 3000 exemplares Parque gráfico: Não Preço de capa: Gratuito Preço de assinatura: Não possui Número de assinantes: Não possui Anúncio: R$ 100 (cartão de visita)
Quem
Fundado em 1999
Diretor: Valéria Baiaroski Funcionários: 2 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: 1
Maracaju População: 30.924 habitantes Distância da Capital: 164 Km
IDH-M (2000): 0,781 (8º em MS) PIB per capita (2005): R$ 17.164 (6º em MS)
Folha da Serra Onde
Rua Apa, 201 E-mail: venturini@top.com.br Telefone: (67) 8408-7330 / 3454-6414 Página: www.maracajunews.com.br
Dados comerciais
CNPJ 07.743.311/0001-90
Periodicidade: Quinzenal Dias de circulação: Dias 5 e 20 Formato: Berliner Cores: Nas capas Páginas: 16 Cadernos: 1 Área de circulação: Maracaju
Quem
Fundado em 2006
Diretor: Adersino Júnior Funcionários: 5 Jornalistas formados: nenhum
102
Tiragem: 3000 exemplares Parque gráfico: Não Preço de capa: Gratuito Preço de assinatura: Não possui Número de assinantes: Não possui Anúncio: R$ 150 (1/4 de página)
Jornalistas práticos: 1
Maracaju Hoje Onde
Rua Melanio Garcia Barbosa, 861 E-mail: maracajuhoje@terra.com.br Telefone: (67) 3454-2000 / 9961-7999 Página: Não possui
Dados comerciais
CNPJ 02.421.968/0001-17
Tiragem: 3000 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Quarta-feira Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 36 (semestral) Cores: 4 páginas coloridas Número de assinantes: Não possui Páginas: 12 Anúncio: R$ 18 cm/col (capa) Cadernos: 1 Área de circulação: Maracaju, Dourados, Itaporã e Sidrolândia
Quem
Fundado em 1998
Diretor: Mirian Sirlei da Veiga Funcionários: 3 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: nenhum
Miranda População: 23.026 habitantes Distância da Capital: 212 Km
IDH-M (2000): 0,724 (51º em MS) PIB per capita (2005): R$ 5.453 (33º em MS)
Jornal Guaicuru Onde
Rua dos Sabiás, 132 E-mail: jguaicuru@star5.com.br Telefone: (67) 3242-3361 / 9952-1411 Página: www.jornalguaicuru.com.br
Dados comerciais
CNPJ 05.334.236/0001-88
Tiragem: 2000 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Sim Dias de circulação: Terça-feira Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 10 (trimestral) Cores: Nas capas Número de assinantes: 880 Páginas: 12 Anúncio: R$ 250 (rodapé colorido) Cadernos: 1 Área de circulação: Miranda, Bodoquena, Bonito
Quem
Fundado em 2001
Diretor: Irineu Ferrari Funcionários: 3 Jornalistas formados: nenhum
Jornalistas práticos: 1 103
Gazeta do Pantanal Onde
Rua 29 de Abril, 540 Telefone: (67) 9215-7713
Dados comerciais
CNPJ 37.551.298/0001-38
Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Domingo Preço de capa: Gratuito Formato: Tablete Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 16 Anúncio: Não informou Cadernos: 1 Área de circulação: Miranda, Anastácio, Aquidauana, Bonito, Corguinho, Bodoquena
Quem
Fundado em 1993
E-mail: gazetadopantanal@uol.com.br Página: Não possui
Diretor: Áureo Audi Funcionários: 5 Jornalistas formados: 3
Jornalistas práticos: 3
Jornal da Cidade Onde
Rua Benjamin Constant, 520-A E-mail: jornaldacidade@star5.com.br Telefone: (67) 3242-1930 / 3242-2123 Página: Não possui
Dados comerciais
CNPJ 02.395.479/0001-38
Tiragem: 3500 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Sim Dias de circulação: Sábado Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 10 (trimestral) Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 12 Anúncio: R$ 40 (cartão de visita) Cadernos: 2 Área de circulação: Miranda, Bonito, Bodoquena
Quem
Fundado em 1977
Diretor: Gessy Bonetti Funcionários: 4 Jornalistas formados: 1
104
Jornalistas práticos: 1
Mundo Novo População: 15.968 habitantes Distância da Capital: 458 Km
IDH-M (2000): 0,761 (21º em MS) PIB per capita (2005): R$ 6.884 (42º em MS)
O Liberal CNPJ 05.583.660/0001-66
Onde Dados comerciais
E-mail: liberal@rgp.com.br Página: www.jornaloliberal.com.br
Av. Castelo Branco, 334 Telefone: (67) 3474-3023
Tiragem: 3000 exemplares Periodicidade: Bissemanal Dias de circulação: terça e sexta-feira Parque gráfico: Não Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 8 / mês Cores: Nas capas Número de assinantes: Não informou Páginas: 12 Anúncio: Não informou Cadernos: 2 Área de circulação: Mundo Novo, Japorã, Eldorado, Itaquiraí, Naviraí, Novo Horizonte do Sul, Iguatemi, Tacuru, Sete Quedas, Paranhos, Amambai
Quem
Fundado em 1993
Diretor: Celso Veiga Funcionários: 7 Jornalistas formados: 2
Jornalistas práticos: 2
Naviraí População: 43.404 habitantes Distância da Capital: 360 Km
IDH-M (2000): 0,751 (32º em MS) PIB per capita (2005): R$ 10.094 (8º em MS)
Correio do Sul Onde
Rua Weimar G. Torres, 211/6 Telefone: (67) 9974-9649
Dados comerciais
CNPJ 37.191.970/0001-21
Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Quarta-feira Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: R$ 200 (3 col x 10 cm / PB) Cadernos: 1 Área de circulação: Naviraí e outros 14 municípios do Estado - Vale do Ivinhema e Conesul
Quem
Fundado em 1992
E-mail: balta@jornalcorreiodosul.com.br Página: www.jornalcorreiodosul.com.br
Diretor: Odilo Balta Funcionários: 3 Jornalistas formados: nenhum
Jornalistas práticos: 1 105
Jornal Karandá Onde
Av. Amélia Fukuda, 75 - 3º andar E-mail: editor@karandafm.com.br Telefone: (67) 3461-1477 / 3461-2131 Página: www.karandafm.com.br
Dados comerciais
CNPJ 06.126.212/0001-04
Tiragem: 2000 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Quinta-feira Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 50 (anual) Cores: Nas capas Número de assinantes: 130 Páginas: 12 Anúncio: R$ 15 cm/col (colorido) Cadernos: 2 Área de circulação: Naviraí, Caarapó, Iguatemi e Mundo Novo
Quem
Fundado em 2004
Diretor: José Antônio de Jesus Funcionários: 2 Jornalistas formados: 2
Jornalistas práticos: nenhum
Nova Alvorada do Sul População: 12.121 habitantes Distância da Capital: 117 Km
IDH-M (2000): 0,745 (36º em MS) PIB per capita (2005): R$ 12.322 (29º em MS)
Cidade Jovem Onde
Rua Duair João de Barcelos, 451 E-mail: cidadejovem@brturbo.com.br Telefone: (67) 3456-1633 / 9982-9944 Página: Não possui
Dados comerciais
CNPJ 07.379.716/0001-90
Tiragem: 2000 exemplares Periodicidade: Mensal Dias de circulação: 1ª semana do mês Parque gráfico: Não Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: R$ 200 (colorido) Cadernos: 1 Área de circulação: Nova Alvorada do Sul e Rio Brilhante
Quem
Fundado em 2005
Diretor: Patrícia César dos Santos Funcionários: 3 Jornalistas formados: 1
106
Jornalistas práticos: nenhum
Nova Andradina População: 43.508 habitantes Distância da Capital: 298 Km
IDH-M (2000): 0,786 (6º em MS) PIB per capita (2005): R$ 11.616 (7º em MS)
MS Notícias Onde
Rua Milton Modesto, 1742 Telefone: (67) 8127-3855
Dados comerciais
CNPJ 08.086.109/0001-03
Tiragem: 10000 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Sexta-feira Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 50 (semestral) Cores: Nas capas Número de assinantes: Não informado Páginas: 8 Anúncio: R$ 100 cm/col Cadernos: 1 Área de circulação: Nova Andradina e região do Bolsão
Quem
Fundado em 2006
E-mail: jornalmsnoticias@hotmail.com Página: www.msnoticiasnews.com.br
Diretor: Valdizar Barbosa Funcionários: 6 Jornalistas formados: 2
Jornalistas práticos: nenhum
Paranaíba População: 38.692 habitantes Distância da Capital: 410 Km
IDH-M (2000): 0,772 (15º em MS) PIB per capita (2005): R$ 8.443 (10º em MS)
Tribuna Livre Onde
Rua Visconde de Taunay, 825 E-mail: contatos@jornaltribunalivre.com Telefone: (67) 3668-2080 Página: www.jornaltribunalivre.com
Dados comerciais
CNPJ 37.573.763/0001-31
Tiragem: 1000 exemplares Periodicidade: Diário Dias de circulação: Terça a sábado Parque gráfico: Não Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 150 (anual) Cores: Nas capas Número de assinantes: 450 Páginas: 8 Anúncio: R$ 200 (1/2 página) Cadernos: 1 Área de circulação: Paranaíba, Aparecida do Taboado e Cassilândia
Quem
Fundado em 1997
Diretor: Márcio Lúcio Seraguci Funcionários: 10 Jornalistas formados: 3
Jornalistas práticos: 2 107
Ponta Porã População: 72.206 habitantes Distância da Capital: 339 Km
IDH-M (2000): 0,780 (10º em MS) PIB per capita (2005): R$ 7.445 (5º em MS)
Jornal da Praça Onde
Rua Paraguai, 2534 Telefone: (67) 3431-6070
E-mail: jorpraca@top.com.br Página: www.jornaldapraca.com.br
Dados comerciais
CNPJ 05.463.235/0001-33
Periodicidade: Diário Dias de circulação: Terça a sábado Formato: Standard Cores: Nas capas Páginas: 16 Cadernos: 2 Área de circulação: Ponta Porã
Tiragem: 1500 exemplares Parque gráfico: Sim Preço de capa: R$ 1,50 Preço de assinatura: R$ 230 (anual) Número de assinantes: 1500 Anúncio: R$ 5,28 cm/col
Quem
Fundado em 1979
Diretor: Carlos Abdula Ahad Funcionários: 19 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: nenhum
Jornal Regional Onde
Rua Guia Lopes, 954 Telefone: (67) 3431-8088
Dados comerciais
CNPJ 10.329.303/0001-06
Tiragem: 2000 exemplares Periodicidade: Bissemanal Dias de circulação: Quarta e sábado Parque gráfico: Não Preço de capa: R$ 1,50 Formato: Tablóide Preço de assinatura: R$ 200 (anual) Cores: Nas capas Número de assinantes: 100 Páginas: 16 Anúncio: R$ 6,50 cm/col Cadernos: 1 Área de circulação: Ponta Porã, Antônio João, Aral Moreira, Laguna Carapã
Quem
Fundado em 2008
E-mail: jornal-regional@uol.com.br Página: Não possui
Diretor: Carlos Monfort Funcionários: 2 Jornalistas formados: 1
108
Jornalistas práticos: nenhum
Ribas do Rio Pardo População: 19.101 habitantes Distância da Capital: 94 Km
IDH-M (2000): 0,734 (42º em MS) PIB per capita (2005): R$ 16.743 (14º em MS)
Correio de Ribas Onde
Av. Aureliano Moura Brandão, 573 E-mail: correioderibas@yahoo.com.br Telefone: (67) 3397-6654 Página: Não possui
Dados comerciais
CNPJ 08.995.711/0001-55
Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: Mensal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Dia 20 Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: 4 páginas coloridas Número de assinantes: Não possui Páginas: 10 Anúncio: R$ 50 (cartão de visita) Cadernos: 1 Área de circulação: Ribas do Rio Pardo e Água Clara
Quem
Fundado em 2007
Diretor: Roseli dos Santos Funcionários: 1 Jornalistas formados: nenhum
Jornalistas práticos: 1
Rio Brilhante População: 26.560 habitantes Distância da Capital: 161 Km
IDH-M (2000): 0,747 (33º em MS) PIB per capita (2005): R$ 11.888 (12º em MS)
O Cativante Onde
Rua Doutor Julio Siqueira Maia, 1160 E-mail: cativante@douranet.com.br Telefone: (67) 9955-6256 Página: www.jornalcativante.com.br
Dados comerciais
CNPJ 15.417.959/0001-02
Tiragem: 2000 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Sexta-feira Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 60 (semestral) Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: R$ 55 / cartão de visita Cadernos: 1 Área de circulação: Rio Brilhante, Douradina e Nova Alvorada do Sul
Quem
Fundado em 1980
Diretor: Flaviano Januário da Silva Funcionários: 1 Jornalistas formados: nenhum
Jornalistas práticos: 1 109
Jornal Rio Brilhante Onde
Rua Julio Siqueira Maia, 1062 E-mail: jrb@jornalriobrilhante.com.br Telefone: (67) 3254-8209 Página: www.jornalriobrilhante.com.br
Dados comerciais
CNPJ 04.868.914/0001-20
Tiragem: 2000 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Quarta-feira Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: R$ 7 cm/col (contracapa) Cadernos: 1 Área de circulação: Rio Brilhante e Nova Alvorada do Sul
Quem
Fundado em 1981
Diretor: José Roberto Luqueti Funcionários: 4 Jornalistas formados: 2
Jornalistas práticos: nenhum
São Gabriel do Oeste População: 21.052 habitantes Distância da Capital: 149 Km
IDH-M (2000): 0,808 (3º em MS) PIB per capita (2005): R$ 17.057 (9º em MS)
O Gabrielense Onde
E-mail: victorcurrales@gmail.com Rua Pará, 1869 - Centro Telefone: (67) 3295-1052 / 9923-6684 Página: www.ogabrielense.com
Dados comerciais
CNPJ 09.372.618/0001-57
Tiragem: 4000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Dias 1º e 15 Preço de capa: Gratuito Formato: Germânico Preço de assinatura: Não possui Cores: 6 páginas coloridas Número de assinantes: Não possui Páginas: 16 Anúncio: R$ 30 cm/col (colorido) Cadernos: 1 Área de circulação: São Gabriel do Oeste, Rio Verde de Mato Grosso, Coxim, Sonora, Campo Grande, Rio Negro, Bandeirantes, Nova Alvorada do Sul
Quem
Fundado em 2005
Diretor: Victor Luiz Martins Currales Funcionários: 4 Jornalistas formados: nenhum
110
Jornalistas práticos: 1
Folha de São Gabriel Onde
Rua Rio de Janeiro, 1465 Telefone: (67) 3295-2861
Dados comerciais
CNPJ 08.221.619/0001-38
Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Sim Dias de circulação: Não informado Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: Nas capas Número de assinantes: Não possui Páginas: 12 Anúncio: R$ 40 (formato fixo) Cadernos: 2 Área de circulação: São Gabriel do Oeste
Quem
Fundado em 2000
E-mail: folhadesaogabriel@terra.com.br Página: Não possui
Diretor: Wagner Trindade de Castro Funcionários: 2 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: nenhum
Selvíria População: 6.343 habitantes Distância da Capital: 408 Km
IDH-M (2000): 0,736 (40º em MS) PIB per capita (2005): R$ 12.127 (50º em MS)
Folha de Selvíria Onde
Rua Mato Grosso do Sul, 4057 E-mail: folhadeselviria@terra.com.br Telefone: (67) 3565-5383 / 8154-8383 Página: www.folhasel.com.br
Dados comerciais
CNPJ 15.507.742/0001-85
Periodicidade: Semanal Dias de circulação: Sexta-feira Formato: Standard Cores: Nas capas Páginas: 12 Cadernos: 2 Área de circulação: Selvíria
Quem
Fundado em 1996
Diretor: Auci Correa Fernandes Funcionários: 2 Jornalistas formados: 2
Tiragem: 2000 exemplares Parque gráfico: Não Preço de capa: Gratuito Preço de assinatura: Não possui Número de assinantes: Não possui Anúncio: R$ 12 cm/col (colorido)
Jornalistas práticos: nenhum 111
Sidrolândia População: 38.139 habitantes Distância da Capital: 68 Km
IDH-M (2000): 0,759 (23º em MS) PIB per capita (2005): R$ 11.528 (11º em MS)
Plantão MS Onde
Rua São Paulo, 1231 Telefone: (67) 3272-4369
Dados comerciais
CNPJ 05.443.915/0001-95
Tiragem: 3000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Não informado Preço de capa: Gratuito Formato: Standard Preço de assinatura: Não possui Cores: 4 páginas coloridas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: R$ 14 cm/col (colorido) Cadernos: 1 Área de circulação: Sidrolândia e Ribas do Rio Pardo
Quem
Fundado em 2002
E-mail: plantaoms@gmail.com Página: www.jornalplantaoms.com.br
Diretor: Francisco Ortega Funcionários: 1 Jornalistas formados: 1
Jornalistas práticos: nenhum
Sonora População: 12.754 habitantes Distância da Capital: 386 Km
IDH-M (2000): 0,768 (17º em MS) PIB per capita (2005): R$ 13.735 (24º em MS)
Jornal de Sonora Onde
Rua das Peras, 18 Telefone: (67) 3254-2760
Dados comerciais
CNPJ 06.208.005/0001-90
Tiragem: 2000 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Não Dias de circulação: Sábado Preço de capa: Gratuito Formato: Tablóide Preço de assinatura: Não possui Cores: 4 páginas coloridas Número de assinantes: Não possui Páginas: 8 Anúncio: R$ 80 (1/8 de página) Cadernos: 2 Área de circulação: Sonora, Coxim, Pedro Gomes
Quem
Fundado em 2004
Diretor: Elaine Sampaio Funcionários: 2 Jornalistas formados: 1
112
E-mail: jornaldesonora@yahoo.com.br Página: Não possui
Jornalistas práticos: nenhum
Três Lagoas População: 85.376 habitantes Distância da Capital: 326 Km
IDH-M (2000): 0,784 (7º em MS) PIB per capita (2005): R$ 12.036 (4º em MS)
Jornal do Povo Onde
Rua Eurydice Chagas Cruz, 807 Telefone: (67) 3521-2875
Dados comerciais
CNPJ 03.825.361/0001-65
Tiragem: 3000 exemplares Periodicidade: Diário Parque gráfico: Não Dias de circulação: terça a sábado Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 130 (anual) Cores: Nas capas Número de assinantes: 1500 Páginas: 8 Anúncio: R$ 9 cm/col (capa) Cadernos: 1 Área de circulação: Três Lagoas, Inocência, Nova Andradina
Quem
Fundado em 1949
E-mail: comercial@jptl.com.br Página: www.jptl.com.br
Diretor: Rosário Congro Neto Funcionários: 10 Jornalistas formados: 3
Jornalistas práticos: 1
Hoje MS Onde
Av. Clodoaldo Garcia, 1075 Telefone: (67) 3524-5030
E-mail: dinhocosta@hojems.com.br Página: www.hojems.com.br
Dados comerciais
CNPJ 03.101.803/0001-20
Periodicidade: Bissemanal Dias de circulação: quarta e sábado Formato: Standard Cores: Nas capas Páginas: 18 Cadernos: 3 Área de circulação: Três Lagoas
Tiragem: 1800 exemplares Parque gráfico: Sim Preço de capa: R$ 1,00 Preço de assinatura: R$ 90 (anual) Número de assinantes: 600 Anúncio: R$ 50 cm/col
Quem
Fundado em 1998
Diretor: Wesley Mendonça Funcionários: 13 Jornalistas formados: 3
Jornalistas práticos: nenhum
113
Jornal Dia Dia Onde
Rua Dom Luiz IV, 657 Telefone: (67) 3524-8245
Dados comerciais
CNPJ 02.117.740/0001-38
Periodicidade: Semanal Dias de circulação: terça-feira Formato: Standard Cores: Nas capas Páginas: 8 Cadernos: 1 Área de circulação: Três Lagoas
Quem
Fundado em 1997
E-mail: jornaldiadia@jornaldiadia.com.br Página: www.jptl.com.br
Diretor: Daniel dos Santos Funcionários: 3 Jornalistas formados: nenhum
Tiragem: 3000 exemplares Parque gráfico: Não Preço de capa: Gratuito Preço de assinatura: Não possui Número de assinantes: Não possui Anúncio: R$ 7 cm/col (colorido)
Jornalistas práticos: 1
Correio de Três Lagoas Onde
Av. Antonio Trajano dos Santos, 3152 E-mail: correio3lagoas@terra.com.br Telefone: (67) 3521-0808 Página: Não possui
Dados comerciais
CNPJ 05.741.081/0001-02
Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: Semanal Parque gráfico: Não Dias de circulação: quinta-feira Preço de capa: R$ 1,00 Formato: Standard Preço de assinatura: R$ 160 (anual) Cores: Nas capas Número de assinantes: Não informado Páginas: 8 Anúncio: R$ 20 cm/col Cadernos: 1 Área de circulação: Todos os municípios do Estado
Quem
Fundado em 2003
Diretor: Luiz Correia da Silveira Filho Funcionários: 2 Jornalistas formados: 1
114
Jornalistas práticos: 1
Anexo 2 - Como abrir uma empresa jornalística Fonte: Associação Nacional de Jornais (ANJ) Confecção do Contrato Social; Reconhecimento de firmas no Contrato Social(se necessário); Visto de Advogado(se necessário); Registro na Junta Comercial ou Cartório de Registro Especial Inscrição Federal(CNPJ); Inscrição Estadual(ICMS); Inscrição Municipal(ISSQN); Alvará Municipal para funcionamento; Alvará da Secretaria da Saúde(se necessário); Confecção de carimbos; Autenticação de livros(ICMS e ISSQN). Xerox autenticada Carteira de Identidade do titular ou dos sócios; Xerox autenticada do CPF do titular ou dos sócios; Xerox do comprovante de residência do titular ou dos sócios(conta de luz); Comprovante de localização onde pretende instalar a empresa(contrato de locação ou IPTU); Ramo em que pretende trabalhar; Sugestão de 3(três) nomes “fantasia” para a empresa. Abertura e encerramento de firmas: Contrato Social; Alterações contratuais; Distratos; Legalização na Junta Comercial, Prefeitura, Secretaria da Saúde, Secretaria da Fazenda Estadual e Receita Federal. Escrituração Contábil(Livro Diário e Razão); Controle de Caixa e Bancos; Balanços e Balancetes; Certidões Negativas; Obrigações Fiscais: GIA mensal e anual, IRPJ, DCTF, DIRF, RAIS. Assistência Trabalhista a empresas; Justiça do Trabalho; Justiça Federal; Foro Cível; Juizado de Pequenas Causas; Encaminhamento de processos de aposentadoria e benefícios junto ao INSS. 115
Anexo 3 - Lista de tabelas Número Tabela
Página
01
Jornais do Sul de Mato Grosso - 1877 a 1949
23
02
Formato
25
03
Cores
26
04
Densidade média de jornais por microrregião
27
05
Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios (2000)
28
06
Periodicidade
29
07
Periodicidade x Parque gráfico
29
08
Orçamento de impressão
30
09
Redações x Jornalistas
31
10
Jornais e releases
32
11
Gratuidade x Periodicidade
38
12
Tiragem
38
13
Assinantes
39
14
Periodicidade x Assinaturas
40
15
Preço de capa
41
16
Surgimento dos jornais
44
17
Jornais e Internet
59
117
Quais são e onde estão os jornais impressos no interior de Mato Grosso do Sul? Esta pergunta aparentemente simples escondia vários obstáculos para que sua resposta fosse alcançada. E conforme a pesquisa avançava, novos porquês iam surgindo e exigindo explicações. Neste trabalho, o leitor encontrará informações sobre todos os jornais editados no Estado em 2008, bem como uma análise completa da situação de nossa imprensa regional. Os dados ajudam a compreender a realidade de um setor que ainda tem muito a se desenvolver.