Salomão Ginsburg, o hinógrafo - Rolando de Nassau

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Salomรฃo Ginsburg, o hinรณgrafo



Rollando de N Nassau

Salomão Ginssburg, o h hinógra afo

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Rolando de Nassau Salomão Ginsburg, o hinógrafo 1ª edição eletrônica – novembro/2016 Disponível em PDF

Ilustração da capa: Lucas Nasto Projeto gráfico e capa: Marcio Roberto Lisboa Coordenação: Robson José dos Santos Júnior


Conteúdo Introdução ................................................................................ 7 Antecedentes ............................................................................ 8 Os primeiros hinos ................................................................. 10 Hinografia .............................................................................. 13 As edições de 1896 e 1898 ................................................ 13 O hinógrafo andarilho ............................................................ 15 As edições de 1907 e 1911 ................................................... 16 O crescimento do “Cantor Cristão” ....................................... 17 A terceira fase (1912/1921) ................................................... 18 A quarta fase (1922/1927) ..................................................... 19 Influências e preferências ...................................................... 20 Ginsburg e a hinodia contemporânea..................................... 22 A edição de 1918 ................................................................... 29 Descobertas ............................................................................ 30 Contagem de hinos................................................................. 33 Opiniões ................................................................................. 35 Palavra Final .......................................................................... 40 Apêndices .............................................................................. 41 Catálogo dos hinos de Ginsburg .................................... 41 Primeira fase – 1890/1898 ................................................. 41 Segunda fase – 1899/1911 ................................................. 43 Terceira fase - 1912/1921 .................................................. 44 Quarta fase – 1921/1927 .................................................... 46 Notas Bibliográficas .............................................................. 48



Introdução

Em

1991,

em

dez

oportunidades,

fizemos

pesquisa

diretamente na coleção de “O Jornal Batista” (10 jan 1901 / 30 jun 1930), a fim de obter dados sobre a origem dos hinos; depois, em pesquisas pontuais, procuramos estabelecer informações sobre a forma e o conteúdo dos hinos de Ginsburg; feita uma nova lista e recontagem, acreditamos que esta é a mais próxima da realidade numérica.

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Antecedentes

Salomão Luiz Ginsburg (1867-1927) nasceu perto de Suwalki, na Polônia, próximo da atual fronteira com a Rússia, em 6 de agosto de 1867 (ver: Salomão L. Ginsburg. Um judeu errante no Brasil – Autobiografia, p.21, 2ª.ed.Rio de Janeiro: JUERP – CPB – 1970, p. 21). Seu pai era rabino judeu. Estudou, entre 1873 e 1881, em Koenisberg, na Alemanha, completando o curso de primeiro grau. Nessa época, costumava ler todos os livros que podia obter a respeito do Brasil. Fugiu da casa paterna e passou por algumas vilas e cidades, na Polônia, antes de chegar a Londres, em 1882. Na capital inglesa, converteu-se à fé cristã e trabalhou num abrigo batista para judeus convertidos; estudando a obra evangelizadora em países estrangeiros, recebeu uma proposta de Sarah Poulton Kalley (1825-1907), esposa de

Robert

Reid

Kalley

(1809-1888),

fundador

da

Missão

Congregacionalista, para vir ao Brasil como missionário. Antes, hospedou-se durante quase quatro meses na residência de José Luiz Fernandes Braga, na cidade do Pôrto, aprendendo a língua portuguesa. Viajou de navio para o Brasil, em companhia de Henry Maxwell Wright (1849-1931), evangelista e hinógrafo, com o propósito de trabalhar com a Igreja Evangélica Fluminense (Congregacionalista),

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então pastoreada por João Manoel Gonçalves dos Santos, tendo chegado ao Rio de Janeiro em 10 de junho de 1890. Durante os primeiros nove meses no Brasil, Ginsburg trabalhou com as congregações nas cidades de Niterói e do Rio de Janeiro, e na região fluminense. De março a outubro de 1891, Ginsburg, antes de tornar-se batista, foi substituto do Pr. James Fanstone (1851-1937) na Igreja Evangélica Pernambucana (de orientação congregacionalista), na cidade do Recife (ver: James Fanstone, Missionary Adventure in Brasil. Sussex, England: 1972; Ginsburg, op. cit., pp. 52 e 53). Ginsburg chegou à Bahia, pela primeira vez, em novembro de 1891, e foi batizado, ingressando numa igreja e no ministério batista (ver: Ginsburg, op. cit. pp. 65, 71 e 114).

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Os primeiros hinos

Na mesma data de sua chegada ao Rio de Janeiro, 10 de junho de 1890,Ginsburg traduziu o hino “Showers of Blessing”, de WhittleMcGranahan, o conhecidíssimo “Chuvas de Bênçãos” (CC-168); é o mais antigo hino batista brasileiro. Talvez em agosto de 1891, em Recife, PE, Ginsburg publicou esse hino na primeira edição do “Cantor Cristão”, que continha 16 hinos, dos quais 13 eram dele. Dos 16 hinos, um foi elaborado no Rio de Janeiro, dois em Alagoas e 13 em Pernambuco, sendo que um em junho de 1890, cinco em maio de 1891 e 10 em outros meses de 1891, provavelmente antes de julho deste anº. Encontramos letras de Ginsburg (três), Crosby (três), Whittle (duas), Bullinger, Norton, Rowley, Bonar, Ogden, Nettleton, Reed e Neumeister (uma de cada). As músicas são de McGranahan (três), Sankey (duas), Bilhorn, Ogden, Doane, Stebbins e Lowry (uma de cada); de seis melodias não pudemos identificar seus compositores. Ginsburg usou melodias das coletâneas “Sacred Songs and Solos”, “Gospel Hymns”, “Christian Choir”, “Triumphant Songs”, “Repository of Sacred Music” e “Evangelischer Nachtklang”.

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Tentando lançar luz sobre as fontes históricas do “Cantor Cristão”, já escrevemos que “será preciso estudar minudentemente a brilhante trajetória de Salomão Luiz Ginsburg (1867-1927) para se poder acompanhar a evolução do nosso já vestuto hinário". Pelo volume de sua contribuição e pela ousadia de sua iniciativa, Ginsburg teve participação destacada e importante na construção de nosso hinário. Em carta enviada à junta de Richmond, em novembro de 1891, Entzminger e Taylor disseram a respeito de Ginsburg: “...tem dom para a poesia e já publicou uma coleção de hinos em português que são muito apreciados” (ver: A. R. Crabtree. História dos Batistas do Brasil. 1.º vol., p. 90. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1937). Mas Ginsburg, em sua autobiografia, escreveu pouco sobre o “Cantor Cristão”. Mesmo assim, é considerado, com justiça, o “Pai” de nosso hinário. Ginsburg escreveu, traduziu ou adaptou um total de 139 hinos. Embora Bill Ichter (Vultos da Música Evangélica no Brasil, p. 66. Rio de Janeiro: JUERP, 1967) afirme que Ginsburg foi autor de 102 hinos, encontramos 139 na bagagem hinográfica do “judeu errante”. O saudoso pastor Ricardo Pitrowsky (1891-1965) teve o privilégio de manusear um exemplar da 7ª. edição (1898) do “Cantor Cristão”, pertencente à coleção da Casa Publicadora Batista, no Rio de Janeiro, “a única da qual tivemos a sorte de alcançar um único exemplar, real e palpável, das que foram publicadas antes do fim do século passado”. 11


Naquela ocasião (em 1963), queixou-se amargamente com estas palavras textuais: “Parece que ninguém se lembrou de fazer um arquivo das edições do “Cantor”, que estavam sendo publicadas, para os pósteros; de maneira que só nos foi possível achar um único exemplar. E esta negligência tem continuado para tempos mais recentes, pois sentimos ainda a mesma falta” Graças à gentileza de Dª. Betty Antunes de Oliveira, filha de Pitrowksy, possuímos xerocópias de algumas folhas da 6ª. edição (1896) do “Cantor Cristão”, tiradas de um exemplar arquivado pela comissão de história da convenção batista do Sul, em Nashville, Tennessee, Estados Unidos da América. Baseando-nos numa palestra de Pitrowsky, nas xerocópias da 6ª. edição, na autobiografia de Ginsburg e no livro de Henriqueta Rosa Fernandes Braga, procuramos traçar o perfil de Ginsburg como hinógrafo.

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Hinografia

Dividimos a hinografia de Ginsburg em 4 fases: a primeira, desde a sua chegada ao Brasil, em 1890, até a publicação da 7ª. edição, em 1898; a segunda, entre 1899 e 1911, com a publicação das 11ª. e 12ª. edições, respectivamente em 1907 e 1911; a terceira, entre 1912 e 1921, com as 16ª. e 17ª. edições, respectivamente em 1918 e 1921; e a quarta, de 1922 até a sua morte, em 1927. Ginsburg escreveu as letras de 139 hinos.

As edições de 1896 e 1898 A 6ª. edição foi impressa na tipografia de “As Boas Novas” em Campos, Estado do Rio, em 1896. Nessa época, além da gráfica (Rua do Ouvidor, n.º 13), Ginsburg dirigia a “Igreja de Cristo” (Rua Marechal Floriano, n.º 13); sua esposa, Da. Emma (que traduziu o hino n.º 531) dirigia a Escola Americana. “As Boas Novas” era o periódico das “Igrejas de Cristo no Sul do Brasil”, que foi substituído pelo “O Jornal Batista”. Os hinos da 6ª. edição eram acompanhados com músicas constantes das coletâneas “Sacred Songs and Solos”, de

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Sankey, “Christian Choir”, “New Hymns and Solos” e “Música Sacra”, primeira edição musicada de “Salmos e Hinos” (1868) de Kalley. A 6ª. edição continha 153 hinos e 13 corinhos; por exemplo: “A Deus, supremo benfeitor” (CC-8), “Plena graça para me salvar” (CC-34), “Até à cruz o meu Jesus foi por mim!” (CC-41), “Glória, glória, aleluia!” (CC-61), “O sangue de Jesus me lavou” (CC-85), “O sangue tão precioso de Jesus” (CC-91), “Jesus sendo meu” (CC-105), “Sempre, sempre, seguirei a Cristo” (CC-352) e “Plena paz gozo eu” (CC-409); os “corinhos” foram introduzidos no Brasil pelos missionários Kalley e Wright. Dos 153 hinos, 33 eram a contribuição de Ginsburg. A 7ª. edição, compulsada por Pitrowsky, foi publicada, em 1898, com 210 hinos, sendo 47 de Ginsburg.

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O hinógrafo andarilho

É curioso observar as datas e lugares onde foram escritos os hinos de Ginsburg; revelam as simultâneas atividades do hinógrafo e do evangelista; em maio de 1891: dia 11, Recife (CC-237), dia 24, Recife (CC-446), dia 27, Escada (CC-364) e dia 28, Cabo (CC-196), em Pernambuco. O mesmo pode ser dito de outros hinos.

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As edições de 1907 e 1911

Essas edições foram os acontecimentos mais importantes para a hinografia de Ginsburg nesta fase. A 11ª. edição, revista, continha 300 hinos e 11 músicas, em clichês reduzidos para caber no formato do “Cantor Cristão”, distribuída enquanto Ginsburg participava da fundação da Convenção Batista Brasileira, em Salvador, Bahia; vários de seus hinos foram cantados pelos convencionais! A 12ª. edição, impressa em Portugal e publicada na Bahia, em 1911, com 400 hinos, foi apresentada por ocasião da assembleia convencional realizada em Campos, Estado do Rio, quando Ginsburg tornou-se membro da Comissão para preparar a edição musicada do “Cantor Cristão”. Durante o ano de 1911, Ginsburg viajou incessantemente e deve ter aproveitado para fazer propaganda desta edição.

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O crescimento do “Cantor Cristão”

É interessante observar o crescimento do hinário: 1891 – 16 hinos na 1ª. edição e 23 na 2ª. ;– 1896 – 153 hinos (6ª.); 1898 – 210 hinos (7ª.); 1907 – 300 hinos (11ª.); 1911 – 400 hinos (12ª.)

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A terceira fase (1912/1921)

Em 1913, Ginsburg adaptou o hino “Trust and obey”, de Sammis Towner, o apreciadíssimo “Em Jesus confiar” (CC-301), que provavelmente foi cantado durante a 8ª. Assembleia da CBB no Rio de Janeiro. Entre 1912 e 1918, foram introduzidos novos hinos de Ginsburg. Pela informação de Pitrowsky, quinze eram de Ginsburg; provavelmente, alguns foram elaborados na fase anterior (ver: “O Jornal Batista”, 12 fev 67, p. 5). Na revisão de 1918, foram retirados oito hinos; por isso, no “Cantor Cristão” (edição de 1971) figuram 105, e não 113 hinos. Na edição de 1921 (a 17ª.) havia 102 hinos de Ginsburg.

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A quarta fase (1922/1927)

Neste último lustro de sua vida, Ginsburg produziu mais quatro hinos. Em 1924, saiu, sob a orientação de Pitrowsky, a primeira edição musicada do “Cantor Cristão”. O historiador Antônio Neves de Mesquita (História dos Batistas do Brasil. 2.º volume, p.272. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1940) afirmou que “de todas as iniciativas desta época, talvez nenhuma tivesse o alcance do “Cantor Cristão” com música, obra há muito esperada”, para a qual muito contribuiu Ginsburg, acrescentamos.

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Influências e preferências

Ginsburg escreveu 14 letras originais. Fiquei curioso em saber quais os poetas que tinham influenciado as traduções e adaptações feitas por ele. Encontrei o seguinte resultado: Fanny Jane Crosby – 14 hinos; Daniel Webster Whittle – 8; Charles Gabriel – 4; Paul Philip Bliss – 2; Civilla Durfee Martin – 2; Leila Naylor Morris – 2; James Rowe – 2; outros 64 poetas com um hino cada, todos de origem anglo-americana. Surpreendentemente, Ginsburg, judeu-polonês que viveu nove anos na Alemanha, só recorreu ao folclore alemão uma vez; inspirado pelo poeta-compositor Erdmann Neumeister, com melodia natalina, produziu o hino “Escuta a voz” (CC-217). E mais: sua poetisa predileta (Fanny Crosby) era cega! Quanto aos compositores, o resultado foi o seguinte: James McGrahahan – 14 hinos; George Coles Stebbins – 9 hinos; Ira David Sankey – 7; Charles Hutchison Gabriel – 6; John Robson Sweney – 4; William James Kirkpatrick – 3; William Augustus Ogden – 3; Bentley De Forrest Ackley – 2; William Howard Doane – 2; Edwin Othello 20


Excell – 2; Adoniram Judson Gordon – 2; Phoebe Palmer Knapp – 2; Robert Lowry – 2; Lowel Mason – 2; Leila Naylor Morris – 2; Horatio Richmond Palmer – 2; outros 38 compositores com um hino cada, mais 10 ignorados, totalizando 112 músicas.

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Ginsburg e a hinodia contemporânea

Por que Ginsburg não aproveitou a hinodia alemã, e não selecionou melhor a anglo-americana? Podemos oferecer as seguintes explicações: 1ª. ) Ginsburg viveu na Alemanha entre 1873 e 1882; depois desta data desligou-se da cultura alemã; entretanto, no início do século 20, elaborou letra religiosa alternativa, talvez inspirado pelo movimento coral da Nona Sinfonia, de Beethoven; 2ª.) Ginsburg, imigrante na Inglaterra, sentiu os efeitos das campanhas e dos hinos de Moody e Sankey; 3ª.) Ginsburg, no Brasil, tinha à sua disposição, para compilar, entre 1890 e 1898, os hinos que entrariam no “Cantor Cristão”, exemplares das coletâneas “Sacred Songs and Solos” e “Gospel Hymns”, de Sankey, trazidos pelos primeiros missionários batistas norte-americanos, entre eles Entzminger, que chegou a Salvador, Bahia, em agosto de 1891; aquelas coletâneas tiveram uma extraordinária influência sobre o canto evangélico daquela época; 4ª.) além daquelas coletâneas de Sankey, conheceu “Christian Choir” e “New Hymns and Solos”; 22


5ª.) Ginsburg, quando chegou, em 1890 encontrou o hinário congregacional “Salmos e Hinos”, com letras em português, e a coletânea

“Música

Sacra”,

publicados

em

1861

e

1868,

respectivamente, por Kalley; 6ª.) Ginsburg estava interessado, primordialmente, nas letras, e não nas melodias dos hinos; somente a partir de 1907, com a 11ª. edição do “Cantor Cristão”, cuidou das músicas; a hinodia luterana não influenciou a hinografia norte-americana, que era orientada pelo emocionalismo e individualismo; Ginsburg não estava preocupado com valores estéticos da música barroca, mas com propósitos evangelísticos. Os hinos americanos eram fáceis de cantar, apoiando-se no ritmo, sob a influência da “Gospel Song” (canção evangelística), enquanto os ingleses dependiam mais da melodia. Na Polônia e na Alemanha, só ouvira música judaica. Ginsburg

demonstrou

preferência

pelos

compositores

americanos do final da segunda metade do século XIX. A música evangélica dessa época era infiltrada por melodias populares, entretanto, foi considerada pelos pastores e missionários como adequada ao ambiente do culto, que era direcionado para a conversão de católicos, agnósticos e ateus. Particularmente na primeira fase (1890/1898), para elaborar seus hinos, Ginsburg usou melodias de McGranahan (CC-111, 168, 189, 197, 234, 243, 325, 364 e 446), Stebbins (CC-7, 215, 287), Sankey (CC-212, 233), Sweeney (CC-129, 471), Kirkpatrick (CC-184, 194), Ogden (CC-198, 517), Lowry (CC-237, 356), Mason (CC-147, 23


480), Palmer (CC-71, 120) e Doane (CC-263), e poemas de Crosby (CC-126, 196, 212, 215, 237, 356 e 471) e Whittle (CC-111, 168, 325 e 364), que eram os compositores e poetas de maior difusão na época. Foi grande a influência das coletâneas musicais de Sankey e das campanhas evangelísticas de Moody sobre a hinografia de Ginsburg. Ambos visitaram a Inglaterra, onde Ginsburg recebeu preparo para ser missionário no Brasil. Ginsburg traduziu 14 dos 44 hinos da poetisa Fanny Jane Crosby (1820-1915) que figuram no “Cantor Cristão”. Um dos mais antigos, em 1880, traduzido em 1891, com música de Ira David Sankey (1840-1908), é “Tell Me Story of Jesus” – “Conta-me a história de Cristo” (CC-196). A tradução de Ginsburg segue de perto o original de Crosby, que, mais que qualquer outro letrista, contribuiu para a formação da “gospel song” americana do século XIX. Comparemos o original e a tradução: 1. Tell me the story of Jesus, write on my heart every word; tell me the story most precious, sweetest that ever was heard. Tell how the angels, in chorus, sang as they welcomed His birth, "Glory to God in the highest! Peace and good tidings to earth."

1. Conta-me a história de Cristo, grava-a no meu coração; conta-me a história preciosa, pois Ele dá salvação. Conta que os anjos em coro, deram louvor a Jeová. Oh! Glória a Deus nas alturas, pelo perdão que nos dá!

2. Fasting alone in the desert, tell of the days that are past; how for our sins He was tempted, yet was triumphant at last.

2. Cristo sofreu no deserto, dias amargos passou, pelo Maligno tentado, mas em poder triunfou.

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Tell of the years of His labor, tell of the sorrow He bore; He was despised and afflicted, homeless, rejected and poor.

Conta dos seus sofrimentos, que Ele por nós padeceu, quando em terrível angústia, lá no Calvário morreu!

3. Tell of the cross where they nailed Him, writhing in anguish and pain; tell of the grave where they laid Him, tell how He liveth again. Love in that story so tender, clearer than ever I see: stay, let me weep while you whisper, love paid the ransom for me.

3. Conta do cálix amargo; Ele sofreu maldição! Conta do triste sepulcro, Conta da ressurreição. Oh! grande amor indizível! Graça e favor divinal! Santos louvores cantemos ao Salvador eternal!”.

Outro poeta muito traduzido foi Daniel Webster Whittle (1840-1901), que escreveu “Showers of Blessing” – “Chuvas de bênçãos” (CC-168), musicado por James McGranahan (1840-1907). Mais uma vez constatamos a fidelidade de Ginsburg ao texto inglês:

1. There shall be showers of blessing: this is the promise of love; there shall be seasons refreshing, sent from the Savior above.

1. Chuvas de bênçãos teremos; é a promessa de Deus. Tempos benditos veremos, chuvas de bênçãos dos céus.

Refrain: Showers of blessing, Showers of blessing we need: Mercy drops round us are falling, but for the showers we plead.

Estribilho: Chuvas de bênçãos, chuvas de bênçãos dos céus, gotas somente nós temos, chuvas rogamos a Deus”.

2.

2. 25


There shall be showers of blessing, precious reviving again; over the hils and the valleys, sound of abundance of rain.

Chuvas de bênçãos teremos, vida de paz e perdão. Os pecadores indignos graça dos céus obterão.

3. There shall be showers of blessing: send them upon us, O Lord; grant to us now a refreshing come, and now honor thy Word.

3. Chuvas de bênçãos teremos, manda-nos já, ó Senhor! Dá-nos agora o bom fruto desta palavra de amor.

4. There shall be showers of blessing: Oh, that today they might fall, now as to God were confessing, now as on Jesus we call!”

4. Chuvas de bênçãos teremos, chuvas mandadas dos céus; bênçãos a todos os crentes, bênçãos do nosso bom Deus.

Achamos curiosa a maneira como Ginsburg traduziu a parte final da terceira estrofe: “and now honor thy Word” – “desta palavra de amor” ...Whittle combateu na Guerra Civil (1861-1865) e, vinte anos depois sua linguagem ainda era muito incisiva... Apesar disso, Whittle foi grande evangelista, tendo como diretores musicais de suas campanhas três notáveis musicistas: Mc Granahan, Stebbins e Bliss. Mason, Palmer e Doane foram compositores bem conhecidos, mas os críticos musicais faziam e fazem restrições à sua música. Ginsburg escolheu bem quando aproveitou melodias do escocês Lyte e do inglês Ellerton. Em princípios da década de 50, Cecil Northcott (Hymns we love. Philadelphia, Penn.: Westminster Press, 1955) dirigiu uma 26


pesquisa em quatro países de língua inglesa (Estados Unidos, GrãBretanha, Canadá e Austrália) para saber quais eram os 100 hinos mais populares na época. Verificamos que Ginsburg escolheu apenas dois que se encontram na lista: “Praise, my soul, the King of heaven”, de Lyte (CC-56) e “Savior, again to Thy dear name”, de Ellerton (CC161). Já tínhamos observado que grande número de poetas e compositores escolhidos por Ginsburg não teve importância duradoura, nem mesmo na hinodia anglo-americana. É o caso dos medíocres poetas Birdseye e Pierson e compositores Hasty e Halls. A

hinografia

de

Ginsburg

influencia

o

evangelismo

contemporâneo? Três gerações (1890-1915, 1916-1940 e 1941-1966) de evangélicos bra-sileiros ouviram e cantaram os hinos de Ginsburg. Mas a partir da década de 60 do século passado, mudaram os conceitos e as práticas devocionais, bem como as ênfases doutrinárias dos crentes evangélicos e protestantes do Brasil. A invasão da música profana, popular e erudita, nos templos e nos lares evangélicos, foi afastando a hinodia, ou dela foi se aproximando para denegrir, deformar e desorientar o canto cristão. Para agravar a situação de desprezo ou indiferença pelos hinos tradicionais, surgiu, a partir de 1996, o “Gospel Rock” (roque santeiro), executado nos lares, templos e locais profanos. A edição de 1975 de “Salmos e Hinos” aproveitou 13 hinos de Ginsburg, o que demonstra sua aceitação fora dos arraiais batistas.

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Apesar de suas deficiências, a obra de Ginsburg tem resistido às novidades nos últimos 126 anos e cremos que permanecerá por muito mais tempo. Sugerimos que na Convenção do Centenário dos Batistas, realizada na Bahia, em outubro de 1982, fossem cantados os hinos de Ginsburg.

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A edição de 1918

Pitrowsky deu a seguinte informação: “A 16ª. edição do “Cantor Cristão”, de 1918, conserva os 450 hinos, na mesma ordem da 14ª. edição. A seguir, vem anexo um “Suplemento”, com mais 50 novos hinos...Examinei a lista destes novos hinos e verifiquei que muitos deles foram escritos, durante os anos de 1912 a 1918, pelos missionários Salomão L. Ginsburg e W. E. Entzminger... Salomão adicionou dos hinos dele mais 15 neste acréscimo”.

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Descobertas

À medida em que eram entregues pelos autores à Redação, os novos hinos eram editados em “O Jornal Batista”, para imediato conhecimento do público; oportunamente, foram incorporados nas futuras edições do CC. Consultando o “Souvenir”, apresentado por Ginsburg, em 24 de junho de 1914, na qualidade de gerente da Casa Publicadora Batista (Rua Visconde de Itaúna, 33, atualmente integrada na Avenida Presidente Vargas), e distribuído aos mensageiros à 8ª. assembleia da Convenção Batista Brasileira, realizada na PIB do Rio de Janeiro, de 24 a 28 daquele mês e ano, descobri os quinze novos hinos de Ginsburg, posteriormente publicados no suplemento de 1918. Constatamos que os quinze hinos de Ginsburg, os dele, escritos entre 1912 e 1914, são os seguintes: “Buscou-me com ternura” (n.º 37), “Vem, ó Cristo, Desejado!” (n.º 106), “Minha alma, canta ao Salvador” (n.º 125), “Aviva-nos, Senhor” (n.º 171), “Despertado coração” (n.º 227), “Amigo, qual é teu refúgio?” (n.º 255), “Serás tu escolhido de Deus?” (n.º 304), “Abrigado em meu Jesus” (n.º 320), “Aflito e triste coração” (n.º 344), “Que delícia é crer em Cristo” (n.º 406), “Ao Mestre, alegremente” (n.º 420), “O mundo,

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vasto, imenso” (n.º 427). “Espalhemos todos a semente santa” (n.º 429), “A Pátria para Cristo” (n.º 440), e “Eia, ao combate” (n.º 474). O hino “Alacres vozes mil”, elaborado em junho de 1914, justamente quando estourava a Primeira Guerra Mundial, para ser acompanhado pela melodia “Loyalty to Christ” (extraída de “Sacred Songs and Solos”, n.º 1.102), foi dedicado à 8ª. assembleia convencional e cantado pelos seminaristas Manoel Avelino de Souza, Ricardo Pitrowksy, Casemiro Gomes de Oliveira e Sebastião Angélico de Souza; parece que nunca figurou no “Cantor Cristão”. Outras descobertas: oito traduções de Ginsburg foram substituídas; a tradução do hino “Tão perto do Reino” (CC-237), de 1891, foi substituída posteriormente pela tradução de Pitrowksy; a do hino “Quero ser um vaso de bênção” (CC-304), de 1914, pela de Entzminger; aconteceram substituições também em relação aos hinos nos.81, 204, 207, 232 e 521, e s/nº., “Não cesses de orar”. Este fato revela a grande modéstia e simplicidade de Ginsburg. A Comissão do HCC aproveitou a tradução de Ginsburg para a letra de Christopher Wordsworth, feita para o “Cantor Cristão” (nº. 69), com música de James McGranahan, na adaptação do “Hinário para o Culto Cristão” (nº. 60) para a “Ode à Alegria”, de Beethoven. O hino s/nº. “Hinos e cânticos de louvor”, letra de Ginsburg, talvez seja uma letra alternativa para “Aleluia! Gratos hinos entoai” (nº. 69 no “Cantor Cristão” de 1971). Essa letra foi cantada, na inauguração da nova sede da Casa Publicadora Batista, pelo recentemente organizado coro da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, sob a

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regência de Daniel Cordes. Esse cidadão alemão nutria simpatia pela ideologia pan-germânica e admiração pela obra musical de Beethoven. Salomão Ginsburg era um imigrante judeu polonês, que pouco conhecia a cultura alemã, mas que, recentemente, tinha sido gerente da CPB. Estes fatos, somente agora apurados, elevam o número dos hinos elaborados por Ginsburg. A Convenção Batista Brasileira determinou uma reforma do “Cantor Cristão” e a Comissão Especial, constituída por Manoel Avelino de Souza, Ricardo Pitrowsky, Moisés Silveira e Alberto Portela, muitos anos depois apresentou seu relatório na assembleia convencional de 1958, reduzindo a coletânea (3ª. edição com música) de 578 para 501 hinos. Dos hinos de Ginsburg seriam retirados 20. Mas esta reforma não foi aceita. Curiosamente, Pitrowksy substituíra sua tradução do hino n.º 237, recolocando a de Ginsburg... Lendo o relatório da Comissão de Reforma descobrimos que o hino nº.252, “A porta franca”, dado como tradução anônima na 36ª. edição (1971), na verdade foi traduzido por Ginsburg. Não somente o Salmos e Hinos; também o Hinário Evangélico com Músicas Sacras (2ª. edição. Rio de Janeiro: Confederação Evangélica do Brasil, 1978) aproveitou hinos de Ginsburg. Resumindo, Ginsburg elaborou hinos que foram, na medida do possível, por nós identificados; estão incluídos no Catálogo dos Hinos de Ginsburg (ver: Apêndice).

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Contagem de hinos

No decurso de muitos anos, tem havido erros e equívocos; a contagem tem variado de 104 a 106 hinos. Na edição de 1921 (a 17ª.) do hinário, havia 102 hinos de Ginsburg (ver: Bill Ichter, Prefácio. Cantor Cristão, 36ª. edição. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista – JUERP, 1971). Entre 1922 e 1926, Ginsburg escreveu mais quatro hinos, totalizando 106 hinos. No hinário preparado em 1958 pela Comissão de Reforma constaram 94 hinos de Ginsburg; considerando que anteriormente tinham sido retirados 12 hinos, concluímos que, naquela data, de Ginsburg eram conhecidos 106 hinos. Na edição de 1971 (36ª.) Ginsburg entrou efetivamente com 106 hinos, entretanto, no índice dos autores, por terem sido omitidos os hinos nos. 25, 252 e 320, só podemos contar 103. Na 37ª. edição (2007) a Ginsburg é atribuída a elaboração de 104 hinos, mas foi omitido o de nº. 320; portanto, ainda com equívoco, são 105 hinos. Na opinião de Edith Brock Mulholland, Ginsburg nos outorgou 105 hinos

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(ver: Notas HistĂłricas do HCC, pp. 39, 264, 344 e 352). Depois de uma intensa pesquisa, contamos 139 hinos (originais e traduzidos).; para conferir, consulte o CatĂĄlogo dos Hinos de Ginsburg (ver: ApĂŞndice).

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Opiniões

Opiniões sobre a personalidade e a hinografia de Ginsburg (recolhidas em 16 junho 1981) Seu discípulo Manoel Avelino de Souza assim o descreveu: “Da sua figura simpática irradiava uma certa força, uma certa atração, já pela sua fisionomia, já pela sua maneira buliçosa e brincalhona: fosse pela sua alma vibrante e alegre, fosse pelas atividades

incansáveis

de

sua

pessoa”

(ver:

comentário

à

autobiografia de Ginsburg, p. 240). Pedimos a nove membros da Igreja Memorial Batista que dessem suas opiniões sobre os hinos de Ginsburg. Todos exaltaram a obra do evangelista-hinógrafo. Reproduzimos a seguir as opiniões recolhidas. Laura Costa Granja (organista da Igreja): “Nos hinos de Ginsburg encontro a inspiração de um homem que abandonou tudo para servir ao Deus Altíssimo, provando, assim, que realmente nascera de novo e que Cristo tinha a primazia em todas as coisas de sua vida. O hino n.º 168 demonstra a fé que ele possuía nas promessas do Pai (Salmo 68:9; João 10:10; Coríntios 9:6)”.

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Paulo César Vieira dos Santos (vice-presidente da União de Adultos e diretor do Departamento de Adultos da Escola Bíblica “Ouvi meu avô, pastor Joaquim Coelho dos Santos, contar histórias sobre Salomão Ginsburg, que era homem de muita bravura pessoal. Mas o que me impressiona é a alegria que extravasa dos seus hinos, e a sua capacidade de acomodar a letra à música. Meus hinos prediletos são ‘Escuta a voz do bom Jesus’ (n.º 217) e ‘Envolvido em densas trevas’ (n.º 264).” Jorge de Souza (barítono do Coro da Igreja): “Considero o ‘Cantor Cristão’ um relicário de lindas mensagens e Salomão Ginsburg um poeta talentoso e possuidor de uma inspiração invulgar. Dois dos mais notáveis hinos do ‘Cantor Cristão’, que falam muito à minha alma e que gostaria que servissem para anunciar a minha partida para o Céu, são de Ginsburg: ‘Que delícia é crer em Cristo’ (n.º 406) e ‘Anelo por Cristo, meu Rei Salvador’ (n.º 487)”. Pedro Lima (diácono): “Salomão, como salmista, é uma figura muito especial. Falo a respeito do salmista Salomão, que é Ginsburg, e não do filho do rei Davi. Eu o comparo a Davi, o cantor dos Hebreus. Ele está para os Batistas do Brasil o que Wesley está para os Metodistas. Os seus hinos, quer os de sua autoria, quer os que ele traduziu e adaptou, expressam um sentimento muito íntimo. Salomão escrevia não apenas pelo prazer intelectual; as letras vinham de dentro; a cada situação, ele agradecia ou pedia socorro, por meio de um hinº. Os n.ºs 7 (“Ao Deus de amor e de imensa bondade”) e 445 (“Oh! que bela e doce história!”) são hinos que falam de um sentimento religioso muito profundo, que tem uma 36


mensagem toda especial. Outro hino muito apreciado e muito precioso é o de n.º 427 (“O mundo, vasto, imenso, pra Cristo conquistar”) no qual enfatiza seu empenho missionário em todas as terras. Além disso, Ginsburg escreveu para todas as idades: num tempo em que recebiam pouca atenção por parte dos adultos, Ginsburg não esqueceu as crianças (n.º 529, “Ouço o clamor do bom Pastor”). Em suma, Ginsburg comunicou ao mundo a mensagem dos anjos”. Ulda de Azevêdo Arruda (soprano do Coro da Igreja, professora da Escola Bíblica): “Gosto muito da mensagem expressa no hino n.º 445 (“Oh! que bela e doce história”); meu pai cantava este hino com entusiasmo; este hino me traz grata recordação da infância. O interesse de Ginsburg em divulgar o Evangelho e o seu amor pelo Brasil, que não era seu país natal, encontramos no hino n.º 440, (“A Pátria Para Cristo, é a minha oração”). Há muitos anos, por ocasião da celebração de batismos, ouço e canto o hino n.º 147, cheio de conteúdo doutrinário. Meus prediletos são os n.ºs 7 e 200; este anuncia a volta de Jesus; que glória!”. Lysia Antonia Lopes da Silva (presidente da Sociedade Feminina da Igreja): “Momentos tristes e alegres na minha vida têm sido marcados pelo canto de hinos de Ginsburg: o n.º 7, quando alegremente recebemos um piano em nossa casa; o n.º 344, na despedida de meu pai, que se internava num hospital. Nesses momentos, ficava a certeza maravilhosa de que Deus nos ama e cuida de nós. Gosto muito dos n.ºs 171 e 310, que aprendemos bem cedo nos cultos domésticos. O n.º 295 tem uma significação muito 37


particular: certa vez, dirigia na Sociedade Feminina um programa sobre mordomia; fiz um apelo à renúncia e pedi que os presentes cantassem este hino; eu e mais um Irmão fomos tocados pela mensagem do hino e atendemos ao apelo”. Deolinda Soares da Silva (Ação Social da Sociedade Feminina da Igreja): “Desde criança, aprecio os hinos n.ºs 7 e 168.Também me faz muito bem à alma ouvir e cantar os de n.ºs 22, 46, 142, 264, 354, 389, 434, 487 e 500. O canto refrigera a alma”. Rute da Gama Araújo Santos (conselheira do Grupo de Evangelismo da Igreja): “Os meus hinos prediletos são: ‘Chuvas de bênçãos’ (n.º 168), que me dá esperança, e ‘A Jesus Cristo contarei tudo’ (n.º 345), que me dá alívio em momentos de preocupação. Além desses, gosto muito dos hinos n.ºs 7, 161, 217, 243, 264, 287, 301, 440, 471 e 517. Os hinos n.ºs 295 e 303 contêm muita inspiração. Tenho a impressão que, mesmo nas traduções, Ginsburg colocou muito do que estava cheio o seu coração: gratidão pela salvação e paixão pelas almas perdidas”. Tasso Brasileiro do Vale (regente do Coro da Igreja): “Em 1962, em gozo de férias pelo litoral fluminense, passei por Guriri, vila de pescadores (estou sendo informado por Rolando de Nassau que Ginsburg escreveu, em 1894, nessa localidade, o hino n.º 142, “Pão da Vida”); aí conheci um velho pescador, que, quando menino, era levado por sua mãe crente para o meio do mato, para fugir à perseguição religiosa movida contra Ginsburg; esse velho deu seu testemunho sobre a obra evangelizadora do ‘judeu errante’, que deixou marcas indeléveis no Estado do Rio. Sempre tive admiração 38


pelos hinos de Ginsburg: N.º 529, quando criança; N.ºs 255 e 552, na juventude; n.º 500, que costumava cantar em dueto; n.º 331, que tive o privilégio de ouvir na bela voz de Edna Harrigton; N.º 401, que me faz recordar os tempos de Belo Horizonte; n.º 217, precedendo os apelos evangelísticos; n.ºs 37 e 65, que comovem congregações inteiras; n.º 322, que seria gravado por minha família, em momento muito importante em nossa vida. Que dizer da fabulosa sensibilidade lírica do n.º 22?! Ginsburg, homem sofrido, foi muito autêntico na tradução do hino n.º 344. Na verdade, legou-nos uma obra monumental!”

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Palavra Final

O dia 10 de junho deveria ser comemorado anualmente como o “Dia do Cantor Cristão”. Cheios de lágrimas e alegria, os olhos e o coração esperam pelo dia em que os Batistas do Brasil saibam aproveitar melhor este tesouro musical, há muito tempo à nossa disposição. Brasília, DF, em 25 de setembro de 2016. Rolando de Nassau.

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Apêndices

Catálogo dos hinos de Ginsburg

Lista das letras de hinos, originais e traduzidas por Ginsburg para “O Cantor Cristão”, com os respectivos números. Os 18 hinos sem números, embora previamente publicados em “O Jornal Batista”, não entraram no “Cantor Cristão”

Primeira fase – 1890/1898 1 – “Chuvas de bênçãos” – nº. 168 – 10 jun 1890 2 – “O que farei prá me salvar?” – s/nº. – 1891 3 – “Cantarei a linda história” – nº. 44 – 1891 4 – “Obediência no batismo” – nº. 147 – 1891 5 – “Conta-me a história de Cristo” – nº. 196 – 1891 6 – “A cruz ainda firme está” – nº. 197 – 1891 7 – “A mensagem do Senhor” – nº. 198 – 1891 8 – “Cristo, meu Salvador, veio” – nº. 200 - 1891 41


9 – “Vinde à fonte de sangue” – nº. 215 – 1891 10 – “Oh, vinde, oprimidos” – nº. 218 – 1891 – 11 – “Oh, corações, considerai” – nº. 233 – 1891 12 – “Cristo salva o pecador” – nº. 234 – 1891 13 – “Tão perto do Reino” – nº. 237 – subst. p/ R. Pitrowsky – 1891 14 – “Oh, vem, divina luz” – nº. 263 – 1891 15 – “Do Deus santo somos filhos” – nº. 364 – 1891 16 – “Confiando no Senhor, avançai” – nº. 446 – 1891 17 – “Meu Cristo, Te amo” – s/nº. – 1892 18 – “Escuta a voz do bom Jesus” – nº. 217 – 1892 19 – “Oh, vinde, vós aflitos” – nº. 223 – 1892 20 – “Como o pássaro voa” – s/nº. – 1893 21 – “Amor sublime” – nº. 22 – 1893 22 – “A graça do Senhor” – nº. 189 – 1893 23 – “Me esconde em Teus braços” – nº. 310 – 1893 24 – “Pão da vida” – nº. 142 – 1894 25 – “Vinde batalhar” – nº. 475 – 1894 26 – “Avante, Irmãos, cantemos” – s/nº. – 1895 27 – “Podes dormir” – s/nº. – 1895 28 – “Irmãos, todos juntos louvemos” – nº. 71 – 1895 29 – “Cristo em breve do Céu virá” – nº. 111 – 1895 30 – “Oh, vinde ver Jesus” – nº. 243 – 1895 31 – “Quem tenho eu no Céu?” – nº. 369 – 1895 32 – “Vitorioso” – nº. 471 – 1895 33 – “Rei da glória” – nº. 56 – 1896 34 – “Louvai” – nº. 126 – 1896 42


35 – “Há livre perdão” – nº. 184 – 1896 36 – “Oh, vinde já” – nº. 212 – 1896 37 – “O combate” – s/nº. – 1896; nº.470 – 1913 – OJB, 03 set 14 38 – “Favor” – nº. 480 – 1896 39 – “Querido lar” – nº. 517 – 1896 40 – “Amemo-nos, Irmãos” – s/nº. – 1897 41 – “Creio em Deus Pai” – s/nº. – 1897 42 – “Bendita luz” – nº. 129 – 1897 43 – “A mensagem celeste” – nº. 194 – 1897 44 – “Com Jesus” – nº. 287 – 1897 – OJB, 10 out 1902 45 – “Ao Deus de amor” – nº. 7 – 21 abr 1898 – 46 – “Louvai ao Senhor” – nº. 120 – 1898

Segunda fase – 1899/1911 47 – “Confissão” – nº. 269 – OJB, 10 fev 1901 48 – “Nunca jamais!” – s/nº. – OJB, 14 fev 1902 49 – “Naufrágio” – nº. 325 – 08 abr 1902 - OJB, 02 mai 1902 50 – “Unidos” – nº. 462 – 1902 51 – “À Mocidade Evangélica” – s/nº.- OJB, 30 set 1903 52 – “Tudo entregarei” – nº. 295 – 24 out 04 - OJB, 30 nov 1904 53 – “Glória eterna” – nº. 500 – OJB, 15 set 1905 54 – “Lealdade a Cristo!” – s/nº. – 15 out 06 - OJB, 20 nov 1906 55– “Poder espiritual” – nº. 161 - 16 dez 06 - OJB, 10 jan 1907 56 – “As Boas Novas” – nº. 437 – 21 nov 06 - OJB, 10 jan 1907 57 – “O batismo” – s/nº. – OJB, 17 jan 1907 43


58 – “Júbilo” – nº. 400 – 16 jan 07 - OJB, 14 fev 1907 59 – “Amigo incomparável” – nº. 81 – 31 jan 07 - OJB,25 abr 07 subst.. p/ A. L. Dunstan 60 – “Contar a Jesus”- nº. 345 – 21 abr 07 - OJB, 02 mai 1907 61 – “A cidade celestial” – nº.521 – 25 abr 07 - OJB, 02 mai 07, subst. p/ R. H. Moreton 62 – “Cristo à porta” – nº. 232 – 07 fev 07 - OJB, 09 mai 07- subst. p/ R. H. Moreton 63 – “Não consintas” – nº. 339 – 18 set 07 - OJB, 10 out 1907 64 – “Querido lar” – s/nº. – dez 07 - OJB, 09 jan 1908 65 – “Reconciliai-vos já com Deus” – nº.204 – 15 out 08 – subst. p/ R. Pitrowsky 66 – “Ceifando” – nº.429- 08 fev 09 - OJB, 18 fev 1909 67 - “Não cesses de orar” – s/nº. – 22 abr 09 - OJB, 27 mai 09, subst. p/ S. P. Kalley 68 – “Cada momento” – nº.354 – out 1909 - OJB, 11 nov 1909 69 – “Quando Cristo vier” – nº. 110 – OJB, 16 dez 1909 70 – “Onde os obreiros?” – nº. 434 – OJB, 05 mai 1910 71 – “Confiar em Cristo” – nº. 406 – OJB, 22 set 1910 72 – “Tempo para ser santo” – nº. 176 – Trad. 1910 73 – “Onde o teu refúgio?” – nº. 255 – 10 abr 11- OJB, 04 mai 1911

Terceira fase - 1912/1921 74 – “A Bahia para Cristo” – s/nº. – OJB, 18 jan 1912 75 – “Deus cuidará de ti” – nº. 344 – OJB, 24 out 1912 44


76 – “A vinda do Messias” – libreto de orat. – OJB, 14 nov 1912 77 – “Nada de desânimo” – nº. 337 – OJB, 19 jun 1913 78 – “Cristo valerá” – nº.322 – OJB, 07 ago 1913 79 – “Crer e observar” – nº. 301 – OJB, 28 ago 1913 80 – “Um amigo precioso” – s/nº. – OJB, 04 set 1913 81 – “Eia, ao combate” – nº. 474 – 07 set 13 - OJB, 11 set 1913 82 – “Ao Mestre, alegremente” – nº. 420 – Trad. 1914 83 – “A pátria para Cristo!” – nº. 440 – Trad. 1914 84 – “Buscou-me com ternura” – nº.37 – Trad. 1914 – Suplemento CC - 1918 85 – “Vem, ó Cristo, Desejado!” – nº. 106 – Supl. CC – 1918 86 – “Minha alma, canta ao Salvador” – nº. 125 – Supl. CC – 1918 87 – “Aviva-nos, Senhor” – nº. 171 – Supl. CC, 1918 e OJB, 13 nov 1919 88 – “Despertado coração” – nº.227 – Supl. CC – 1918 89 – “Quero ser um vaso de bênção” – nº.304 – Supl. CC – 1918 90 - “Abrigado em meu Jesus” – nº. 320 – Supl. CC – 1918 91 – “Conquistar o mundo” – nº. 427 – OJB, 13 mai 1914 92 – “Alacres vozes mil” – s/nº. – jun 1914 93 – “Lealdade” – s/nº. – “souvenir” CBB – jun 1914 94 – “Apto é Cristo pra te salvar” – s/nº. – OJB, 20 ago 14 95 – “Cristo vos chama” –s/nº. – OJB, 03 set 1914 96 – “Vai buscar” – nº. 529 – OJB, 17 set 1914 97 – “O poder do sangue” – nº. 89 – OJB, 24 set 1914 98 – “Jesus como guia” – nº. 356 – OJB, 22 jul 1915 99 – “Quão perto está o meu partir” – s/nº. – OJB,19 ago 15 45


100 – “Hinos e cânticos de louvor” – s/nº. OJB, 16 dez 15 (talvez encubra o hino “Aleluia! Gratos hinos entoai!”, atual nº.69) 101 – “Em Teu nome congregados” – s/nº. – OJB, 21 jun 16 102 – “Vamos à igreja” – nº. 382 – OJB, 01 fev 1917 103 – “Ventura” – nº. 389 – OJB, 03 out 1918 104 – “Mensagem real” – nº. 207 – Tr. subst. R. P. – OJB, 19 dez 18 105– “Eu sou de Jesus” – nº. 401 – Trad. 1913 - OJB, 22 abr 1920 106 – “Jesus me transformou” – nº. 46 – OJB, 06 maio 1920 107 – “Contente, louvo” – s/nº. – OJB, 20 mai 1920

Quarta fase – 1921/1927 108 – “Felicidade no serviço” – nº. 410 – OJB, 12 jan 1922 109 – “Deves divulgar”- nº. 445 – OJB, 15 jun 1922 110 – “Breve o dia vae findar” – s/nº. – OJB, 20 jul 1922 111 – “Deus é amor” – nº. 24 – OJB, 27 jul 1922 112 – “Um dia se ouviram no Céu” – s/nº. – OJB, 09 out 1924 113 – “Foi Deus quem se propôs” – s/nº. – OJB, 1926 (Em continuação numérica, seguem-se os títulos das 26 letras de hinos, originais e traduzidas por Ginsburg, para o “Cantor Cristão”, para as quais não foi possível estabelecer as datas de elaboração e publicação) 114 – “Louvor ao Pai e ao Filho” – nº. 21 115 – “Amor” – nº. 25 116 – “Alegria perene” – nº. 47 117 – “Jesus, o bem-amado” – nº. 65 46


118 – “Esperando” – nº. 107 119 – “Cantarei” – nº. 124 120 – “Domingo” – nº. 140 121 – “Desejos” – nº. 163 122 – “Dá teu coração” – nº. 226 123 – “A porta franca” – nº. 252 124 – “Das trevas” – nº. 264 125 – “Só um passo” – nº. 272 126 – “Perto do Senhor” – nº. 288 127 – “Súplica” – nº. 297 128 – “Amor a Jesus” – nº. 303 129 – “Glória no porvir” – nº. 331 130 – “Deus é sabedor” – nº. 333 131 – “Gratidão na luta” – nº. 426 132 - “Acode em tempo” – nº. 431 133 – “Avante com Deus” – nº. 432 134 – “Ainda há lugar” – nº. 435 135 – “Dai-nos luz” – nº. 436 136 – “Ousados proclamai” – nº. 449 137 – “Confiança em Deus” – nº. 457 138 – “Precioso é Jesus” – nº. 487 139 – “Mocidade crente” – nº. 552

Brasília, DF, em 25 de setembro de 2016. Rolando de Nassau. © 2016 de Rolando de Nassau – Usado com permissão 47


Notas Bibliográficas

Livros: Braga, Henriqueta Rosa Fernandes Música Sacra Evangélica no Brasil. p.193. Rio de Janeiro: Kosmos, 1961. Crabtree, A. R. História dos Batistas do Brasil. 1º. vol., p.90. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1937. Fanstone, James Missionary Adventure in Brazil. Sussex, England: 1972. Ginsburg, Salomão Luiz Um Judeu Errante no Brasil. 2ª.ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1970. Ichter, Bill Vultos da Música Evangélica no Brasil. p.66. Rio de Janeiro: JUERP, 1967. Mesquita, Antônio Neves de História dos Batistas do Brasil. 2º. vol., p.272. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista,1940 Northcott, Cecil Hymns we love. Philadelphia, Penn, USA: Westminster Press, 1955. Periódico: “O Jornal Batista”, 20 nov 66, 11 dez 66, 25 dez 66, 08 jan 67, 12 fev 67, 03 abr 77, 28 ago 77, 11 set 77, 25 set 77, 02 out 77, 48


12 jul 81, 19 jul 81, 26 jul 81, 02 ago 81, 07 jul 91, 13 abr 08, 20 abr 08. Artigo: Nassau, Rolando de “Hinos de Ginsburg para o Cantor Cristão” (21 nov / 02 dez 2015) Apêndice: Nassau, Rolando de “Catálogo dos hinos de Ginsburg” (11 / 25 set 2016).

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olando de Nassau nasceu em 08/10/1929 na cidade do Rio de Janeiro. Reside, desde 15/06/1961, em Brasília, DF. Desde 13 de dezembro de 1951, mantém uma coluna de crítica musical em “O Jornal Batista”. Já publicou, neste e em outros periódicos, mais de mil artigos sobre música. Autor de “Introdução à Música Sacra” (Rio de Janeiro: edição própria, 1957), esgotado. Foi citado na “Grande Enciclopédia Delta-Larousse” (Rio de Janeiro: Delta, edições de 1970 e 1979), na página 4.703, no verbete “Música sacra evangélica no Brasil” (periódicos sacro-musicais), pela musicóloga Henriqueta Rosa Fernandes Braga. Exerceu (1973-1974) o cargo de presidente do colegiado do Coro da Igreja Memorial Batista, em Brasília (DF). Autor da tese “Um hinário brasileiro”, lida no Primeiro Congresso da Associação dos Músicos Batistas do Brasil (Porto Alegre, RS, 1984). Prefaciou o livro “A mensagem oculta do Rock” (Rio de Janeiro: CPAD, 1986). Recebeu da JUERP (1988) uma placa pela “oportuna atuação” na Assembleia Nacional Constituinte, “em defesa da música sacra”. Foi-lhe concedido (1989) pela AMBB o Prêmio “Arthur Lakschevitz” por serviços relevantes “à Causa de Deus no Brasil, através da música”. Foi premiado (1992) no Concurso Literário da Academia Evangélica de Letras do Brasil com o manuscrito “Bach: Vida e Obra Sacra” (inédito). Autor do “Nassau – Dicionário de Música Evangélica” (Brasília: edição do Autor, 1994). Desde 15 de junho de 1997 mantém na Internet a página “Nassau’s Optics on Topics” – http://www.abordo.com.br/nassau/ e http://www.nassau.mus.br/ Traduziu (2000) do francês o opúsculo “La Prière d’ aprés les catéchismes de la Réformation”, de Karl Barth. Na bibliografia das “Notas Históricas do HCC” (Rio de Janeiro: JUERP, 2001), organizada pela hinóloga Edith Brock Muhlholland, é citado 26 vezes. Autor de “Culto – celebração e devoção” (Rio de Janeiro: JUERP, 2006).

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