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A Magia Romana
Criado e editado por Arthur Harris
Sumário
Conhecendo Roma........................................................................................1 Roma antiga...................................................................................................2 A magia Romana...........................................................................................8 O “fim” da bruxaria em Roma....................................................................19
(Off – as informações contidas aqui têm base nas histórias do Império Romano, incluindo principalmente sua mitologia. Assim como para a Mitologia grega, existem divergências nas informações de livros de história especializados, que enfatizam várias versões para diferentes eventos e personagens, especialmente no que diz respeito aos Deuses. No entanto, para que as histórias fizessem sentido com a história bruxa, adaptações foram feitas e com isso, diferenças são percebidas com as histórias encontradas em livros ou na internet. – Off)
Conhecendo Roma Roma, ou Cidade Eterna, atualmente é a capital da Itália, localizada na região da Lácio, na porção central do país que ocupa a península itálica, na Europa, tendo sido durante séculos o centro político e religioso da civilização ocidental, tendo o Rio Tibre como um dos principais acidentes geográficos. Assim como a Grécia (ou Hélade), Roma é um dos locais no mundo mais ricos em história de toda a civilização ocidental, tendo uma enorme importância para a História mundial, e considerada um dos símbolos da civilização européia, seja para a sociedade trouxa, seja para a sociedade bruxa Dentro do território romano localiza-se o Vaticano, que é um país independente, sede da Igreja Católica Apostólica Romana, que tem forte ligação com a história trouxa e bruxa. Em Roma é possível ainda encontrar muitas ruínas e monumentos na parte antiga da cidade, especialmente do período do Império Romano e do Renascimento (abordado em outras publicações).
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Roma antiga Este é um termo usado tanto por historiados bruxos quanto por historiadores trouxas para denominar um período da história em que uma pequena comunidade agrícola da península itálica foi fundada e formou um dos maiores impérios já vistos na história da humanidade. A Roma antiga tem forte influência da civilização grega desde antes mesmo de sua fundação. A fundação de Roma remonta do ano 753 a.C., sendo em essência uma cidade bruxa, uma vez que foi fundado por dois irmãos bruxos, Rômulo e Remo.
A prépré-história romana Segundo historiadores romanos, a história romana se inicia muito antes da fundação oficial da cidade. A história romana começa quando o bruxo e príncipe troiano Enéias, filho da bruxa grega Afrodite, fugiu de Tróia, destruída pelos gregos. Após vagar por diversas regiões da Europa, Enéias chegara a região da Lácio, onde fora recebido pelo rei Latino, e se casou com a princesa 2
Lavínia. O casamento teria causado a fúria do rei dos rútulos, Turno, gerando uma guerra entre os diversos reinados da península itálica. Ao fim da guerra, Turno morrera e Enéias funda a cidade de Lavínio, em homenagem à esposa. Quando o filho de Enéias, Ascânio, assume o trono, ele governa por 30 anos, até que decide se mudar e fundar sua própria cidade, chamada de Alba Longa. Após 400 anos da fundação de Alba Longa, o rei Numitor é deposto através de um golpe de Estado promovido pelo irmão Amúlio e assassina todos os descendentes herdeiros do trono de Numitor, e obriga a princesa Reia Silvia a tornar-se uma Vesta, uma sacerdotisa virgem. No entanto, Reia conhece e se relaciona com um bruxo chamado Marte, vindo da Grécia (Hélade na época), e detentor de um enorme conhecimento aprendido diretamente com os bruxos superiores de Hélade. Do relacionamento de Marte com Reia, nasceram dois bruxos gêmeos, chamados Rômulo e Remo, que seriam candidatos a herdeiros oficiais do trono de Alba Longa. Essa gravidez irrita o rei Amúlio, que prende Reia e manda jogar as duas crianças no rio Tibre. Sabendo
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tardiamente do ocorrido, Marte salva Reia, mas não consegue evitar que os filhos sejam jogados no Rio Tibre. Os dois irmãos gêmeos Rômulo e Remo, descendentes são encontrados pela animaga Lupa, com habilidade de se transformar em uma loba. Lupa os salva do rio, os amamenta, os cria na Caverna Lupercal, com ajuda de Fáustulo, próximo a uma pequena comunidade rural, e ensina magia.
Fig. 1 – Monumento romano em homenagem a bruxa Lupa e os fundadores romanos Rômulo e Remo.
O nascimento de Roma Já crescidos, Remo é capturado por soldados de Alba Longa e levado até a cidade e Rômulo decide ir para salvá-lo. Antes de sua 4
partida, Fáustulo, um camponês que vivia na comunidade rural onde os jovens cresceram, revela a Rômulo parte do que sabia de sua história. Rômulo volta a Alba Longa, liberta seu irmão, mata o rei Amúlio e devolve o trono a Numitor. Os dois irmãos partem de Alba Longa, juntamente com vários moradores do reino, e decidem fundar uma cidade. Rômulo queria chamá-la de Roma e edificá-la no Monte Palatino, enquanto que Remo queria chamá-la de Remora e fundá-la sobre o Monte Aventino. Tal discórdia teria gerado uma discussão acirrada entre os gêmeos, culminando na morte de Remo, por Rômulo. Assim, a cidade foi fundada conforme a vontade de Rômulo.
Após a fundação de Roma Após procurar por toda Europa, Marte finalmente encontra um de seus filhos, Rômulo, e o convence de que é de fato seu pai, apesar de sua aparência extremamente jovem, devido aos restos de Pedra Filosofal, que conseguira com os bruxos superiores de Hélade. Agora em Roma, Marte ensina a seu filho tudo que aprendeu de magia, e também aos ainda inexperientes bruxos romanos, passando a ser 5
assim considerado na sociedade mágica como bruxo Patrono de Roma, também por ser pai de Rômulo, e entre os trouxas, conhecido como Deus Patrono, a quem veneravam como Deus da Guerra, devido sua enorme habilidade em duelos, aprendido com Ares, ainda em
Hélade. Após 38 anos, Rômulo é assassinado pelo senado romano, que contava tanto com bruxos como com trouxas. Sozinho, Marte não seria capaz de tomar o poder tirado de seu filho, mas recebeu o apoio de diversos bruxos extremamente habilidosos a quem ensinou magia, e que eram fortemente influenciados pelas histórias dos bruxos superiores de Hélade, com quem compartilhavam características em comum. Mesmo com seus aliados extremamente habilidosos, a luta contra os bruxos (principalmente) e trouxas do Senado romano era difícil. Nesta batalha, o lado de Marte só foi capaz de chegar a vitória quando recebeu ajuda de três bruxos, que diziam vir de Hélade, chamados Júpiter, Plutão e Netuno. Estes três novos aliados se pareciam muito com os bruxos superiores Zeus, Hades e Poseidon, respectivamente, inclusive nos 6
formatos de suas varinhas. Cada um deles foi determinante em uma parte da vitória dos aliados de Marte. Júpiter desferiu magias vindas dos céus, em um estilo de duelo muito semelhante ao de Zeus, utilizando principalmente os raios. Plutão foi determinante em investidas vindas debaixo da terra, usando inclusive metais preciosos contra seus inimigos. Enquanto isso, Netuno foi determinante em investidas vindo das águas, controlando-as de forma muito semelhante a como Poseidon as fazia em Hélade. As investidas de Netuno se deram de forma tão violenta, que mais tarde os romanos temiam de todas as formas o mar e os rios, só navegando se fosse extremamente necessário. Terminada a batalha, os aliados de Marte saíram vitoriosos e as primeiras diferenças entre bruxos e trouxas surgiram em Roma. Como forma de evitar problemas futuros, os bruxos romanos mostraram a forte influência helena sobre Roma. Os bruxos romanos decidiram fazer um governo bruxo semelhante ao de Hélade, com o diferencial de que os trouxas também teriam seu governo, e ambos somente entrariam em contato se fosse necessário para o bem de Roma.
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A magia romana Com a nova organização das sociedades bruxa e trouxa romanas, foi formado um Senado bruxo, semelhante a como ocorria no Olimpo, em Hélade. No entanto, diferente de Hélade, mais bruxos faziam parte deste Senado, e cada um era especializado em determinado ramo da magia, o que mostrava a influência a helena. Apesar de os bruxos gregos (ou helenos) terem sido extremamente talentosos em determinados ramos da magia, não havendo quem se comparasse a eles até hoje, Roma também contava com bruxos extremamente habilidosos compondo a sociedade bruxa romana. Após diversos estudos da magia helena e egípcia, os bruxos romanos descobriram uma forma de potencializar os feitiços criados em Hélade e pronunciados em grego antigo. Essa forma encontrada foi passando a pronúncia dos feitiços para latim. Não existe até hoje uma explicação de porque o idioma latim dá mais força ao feitiço, e por conta disso, grande parte dos feitiços que temos hoje, especialmente os mais poderosos, são pronunciados em latim. 8
Os bruxos superiores romanos Após a nova organização da sociedade bruxa romana, os bruxos de maior destaque se especializaram em determinados tipos de magia, sob forte influência dos bruxos superiores, e também primordiais,
helenos. Abaixo, são listados os principais: •
Júpiter – Assim como Zeus, era especialista em magia
relacionadas a eletricidade, especialmente raios e coisas vindas dos céus, sendo visto pelos trouxas como Deus dos raios e dos céus. Também como Zeus, era um bruxo que tendia a se misturar aos trouxas e ter muitos filhos com eles, como Heracles, muito semelhante a Hércules na sua personalidade. Devido seu espírito de liderança durante a batalha em que se aliou a Marte e a forma determinante com que agiu em batalha, Júpiter foi nomeado líder do Senado bruxo romano, sendo chamado de Júpiter Optimus Maximux (Júpiter o
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Maior e o Melhor), ganhando um templo em sua homenagem, conhecido como Capitólio;;
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Juno – Equivalente romana a Hera. Juno foi esposa de Júpiter, e
assim como Hera, dedicou-se a manter a família unida, com enorme poder de persuasão para contornar conflitos. Juno aprimorou os feitiços desenvolvidos por Hera, levando-os para o latim. Juno foi uma bruxa tão importante na sociedade romana, tanto bruxa quanto trouxa, que o mês de junho foi batizado em sua homenagem;
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Netuno – Foi um bruxo bastante temido em Roma por ser
especialista no domínio das águas e seu relacionamento com seres aquáticos, como os sereianos. O temor por seu domínio das águas se deve principalmente a forma como ajudou Marte em batalha, levando risco inclusive a inocentes, embora não os tenha ferido. Netuno aperfeiçoou os feitiços criados por Poseidon, e conhecido entre os romanos como Deus dos Mares, tendo também uma varinha no formato de tridente;
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Plutão – Entre os trouxas é conhecido como Deus do submundo
e da riqueza. Plutão era muito rico e detentor de inúmeras pedras preciosas. Assim como Hades, também era frequentemente visto em
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cemitérios, mas para estudos referente a anatomia humana, fazendo assim os trouxas o associarem a morte;
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Minerva – Muitos historiadores, bruxos e trouxas, a consideram
a versão romana da bruxa mais inteligente e sábia que já viveu até hoje, Athena. Minerva também era detentora de uma sabedoria sem igual entre os bruxos romanos, e assim como Athena foi em Hélade, Minerva era a voz da razão nas reuniões do Senado bruxo, quando Roma precisava da intervenção bruxa. Devido sua sabedoria, foi vista pelos trouxas como a Deusa da Sabedoria e como Bruxa da Sabedoria, na sociedade bruxa romana;
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Vênus – Foi uma bruxa extremamente vaidosa e fascinada por
histórias de amor, assim como Afrodite em Hélade, tendo ficado conhecida entre os trouxas como a Deusa do Amor e da Beleza. Seus 12
maiores feitos incluem aperfeiçoamentos dos feitiços de embelezamento criados por Afrodite, e o desenvolvimento de poções do amor que durassem menos tempo que a Amortentia, sendo assim possível fazer as pessoas vivenciarem mais histórias de amor que encantavam a bruxa;
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Vulcano – Foi um bruxo fascinado pelas criações e construções
de Hefesto. Com ajuda de Minerva, botou em prática diversos projetos que são marca hoje da arquitetura romana, além de ser o principal forjador de varinhas de Roma, tanto nos formatos convencionais, como nos formatos diferentes; • Mercúrio – Assim como Hermes em Hélade, Mercúrio adorava viajar, e conhecia como ninguém o Império Romano. Em suas viagens, levava consigo mensagens e encomendas de um bruxo a outro, e as vezes até de trouxas, tendo ficado conhecido como Deus Mensageiro. Era comum Mercúrio receber recompensas por seus favores, e também era comum que o bruxo precisasse de dinheiro em suas viagens, sendo 13
obrigado assim a vender alguns de seus objetos ganhos. Estranhamente, Mercúrio tinha um dom para convencer as pessoas a comprarem o que oferecesse, e assim ficou conhecido também como Deus do Comércio ou Bruxo do Comércio. Assim como Hermes fazia, Mercúrio também acolhia quem precisasse e mantinha bom relacionamento tanto com bruxos quanto com trouxas. Devido a necessidade de viajar distâncias muito grandes pelo tamanho do Império Romano, Mercúrio desenvolveu calçados mágicos que o faziam se locomover de forma mais rápida;
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Apolo – Tinha o mesmo nome de seu ídolo heleno. Fascinado
por astronomia e poesia, aperfeiçoou os feitiços luminosos e fez inclusive uma réplica da “Carruagem do Sol”. Todo esse fascínio pelo sol acabou lhe rendendo o título entre os trouxas de Deus do sol;
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Diana – Era irmã gêmea de Apolo, e assim como Ártemis, em
Hélade, tinha como paixão conhecer as florestas, lagos, rios e mares no
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Império Romano. Assim como Ártemis, precisou aprender a caçar para que tivesse o que comer em suas viagens, e ensinou os trouxas a fazer o mesmo. Tal fato rendeu a ela o título de Deusa ou Bruxa da Caça. Diana também era fascinada pela lua, e fez bastante descobertas relacionadas a lua, tendo ficado conhecida também como Deusa ou Bruxa da Lua;
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Marte – Foi o pai de Rômulo e Remo, e considerado como bruxo
Patrono de Roma (Deus Patrono para os trouxas). Devido sua habilidade em duelos, ficou conhecido entre os trouxas como Deus da Guerra. Devido sua importância histórica, Marte foi um dos bruxos mais venerados como Deus em Roma, e ensinou muitos jovens bruxos magia que aprendera em Hélade, além de aperfeiçoar feitiços criados por Ares. Sabe-se que além do aprendizado de magia, saiu de Hélade, portando fragmentos de pedra filosofal, forjada por Hefesto. Como retribuição pela ajuda recebida dos outros bruxos na batalha contra o Senado que assassinou seu filho, Marte ofereceu alguns dos fragmentos que tinha da pedra filosofal para seus companheiros do 15
Senado Bruxo, o que os fez viver durante muitos séculos. Marte foi homenageado com um mês no calendário, Março, que deriva de seu nome;
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Baco – Foi um bruxo festeiro, sendo conhecido entre os trouxas
como Deus das Festas. Extremamente fã de Dionísio, Baco aprendeu suas técnicas herbológicas e melhorou a forma de cultivar uvas, fazendo vinhos que só podiam ser comparados àqueles produzidos por Dionísio em Hélade;
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Fortuna Fortuna – Foi uma bruxa que sabia ganhar dinheiro melhor que
qualquer um. Sabe-se ter sido a criadora da poção Felix Felicis, e alguns historiadores atribuem sua facilidade em ganhar dinheiro ao uso dessa poção. Por conta disso tudo, era conhecida como Bruxa ou Deusa da riqueza e da sorte;
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Ceres – Era uma bruxa muito dedicada a ajudar nos plantis.
Sua habilidade mágica lhe permitia fazer as plantações, especialmente de cereais crescerem mais rápido e com melhor qualidade, sendo uma das bruxas mais veneradas como Deusa no Império Romano;
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Saturno – Foi um bruxo fascinado pelo controle do tempo que
Cronos tinha em Hélade. Esse bruxo descobriu o projeto de vira-tempo criado por Cronos e o aperfeiçoou, trazendo-o mais próximo a forma que ele é conhecido hoje;
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Janus – Os trouxas o vêem como um Deus que olha o passado e
o futuro, e por algum motivo que não é muito claro historicamente, a imagem deste bruxo é retratada pelos trouxas como tendo duas faces. No entanto, historiadores bruxos sabem que o mesmo só possuía um rosto, e sua habilidade de prever o futuro e o passado eram devido seu dom da vidência, que era tão forte, que o mesmo podia ver eventos passados que não vivenciou; 17
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Fauno – Foi um bruxo romano visto como Deus das Florestas.
Fauno protegia os animais, criaturas e seres como podia. Era um grande conhecedor da fauna mágica e não mágica de boa parte da Europa, sabendo lidar de forma a não precisar sequer brandir a varinha quando encontrava algum animal que pudesse ser considerado hoje em dia perigoso.
Bruxos dos Ventos Assim como em Hélade, alguns bruxos romanos se especializaram em controlar os ventos e são vistos pelos trouxas também como Deuses. Da mesma forma, cada um foi enviado pelo Senado bruxo romano a uma direção do Império, com o objetivo de proteger Roma. No entanto, devido ao tamanho do Império, mais bruxos se fizeram necessários para cumprir tal missão. São eles: Aquilon (Norte); Kaikias (Nordeste); Vulturnus (Leste); Apeliotes 18
(Sudeste); Auster (Sul); Lips (Sudoeste); Favonius (Oeste); e Siroco (Noroeste).
Os Lares Os bruxos romanos foram os primeiros a ter contatos e relações amistosas com os fantasmas. Por conta disso, dificilmente um fantasma era hostil em Roma, sendo inclusive aceitos pelos trouxas. Existiam fantasmas em especial que protegiam as casas romanas, seja de bruxos, seja de trouxas. Esses fantasmas foram batizados de Lares, geralmente protegendo as casas onde moraram quando eram vivos.
O “fim” da bruxaria em Roma Com o passar dos séculos, uma religião surgiu no Império Romano, e ganhou muita força entre os trouxas: o Cristianismo.
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Nesse período, cada vez menos a sociedade bruxa romana se misturava a sociedade trouxa, tendo cada governo seus próprios problemas e coisas a resolver. Com isso, muitos bruxos foram deixando de ser venerados como deuses, embora eles não se importassem. Entre os trouxas, o Cristianismo foi ganhando cada vez mais força, chegando inclusive a doutrinar no poder. Passados vários ano, o Cristianismo já se fazia muito forte no Império Romano trouxa, e fora oficializado como religião do Império. A esta altura dos acontecimentos, os bruxos ainda não haviam se dado conta do problema que os trouxas estavam a provocar para si próprios. Foi determinado então entre os trouxas que qualquer pessoa que venerasse algum Deus (no caso os bruxos) que não fosse o Deus Cristão, seria considerado herege, e sujeito a punições severas que chegariam a morte. Foi somente neste momento que o Senado bruxo romano percebeu o que acontecia na sociedade trouxa. No Senado bruxo, foi convocada então uma reunião de emergência para se decidir sobre a intervenção dos bruxos na política trouxa. As opiniões eram bastante divididas, tendo Júpiter e Marte de 20
um lado querendo a intervenção, mesmo que isso custasse uma batalha. Do outro lado, Juno e principalmente Minerva se posicionavam contra a intervenção. O argumento de Minerva e Juno era de que os trouxas deveriam resolver seus próprios problemas, e uma intervenção bruxa poderia desencadear problemas maiores ainda do que aqueles que os trouxas já passavam. Tendo a argumentação de Minerva e Juno convencido a maioria do Senado bruxo, foi decidido que os bruxos romanos deveriam evitar fazer magia na frente dos trouxas e se possível, até mesmo deixar de manter qualquer relação com eles, mesmo que de amizade. Devido a imensidão do Império Romano, era difícil controlar tal medida, e assim, mesmo depois do fim do Império Romano, uma perseguição a bruxos e acusação de trouxas de serem bruxos continuou por cerca de mil anos na Europa por parte da Igreja Cristã até o período do Renascimento, quando os próprios trouxas começaram a questionar a Igreja Cristã.
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