DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ
MOP$10
SEXTA-FEIRA 11 DE OUTUBRO DE 2019 • ANO XIX • Nº 4389
ANA PAULA LABORINHO
LÍNGUA E IDENTIDADE ENTREVISTA
HABITAÇÃO
Regras da renovação
hojemacau
PÁGINA 4
LUSOFONIA
Crime e castigo
EVENTOS
OPINIÃO
PÁTRIA E FATALIDADE
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PAUL CHAN WAI CHI
O homem que atacou a mulher com ácido e óleo a ferver foi condenado a 13 anos de prisão e a pagar uma idemnização de 12,8 milhões de patacas. “Um
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acto cruel e assustador que destruiu a vida da sua mulher”, nas palavras da juíza Leong Fong Meng. Já para o pai da vítima este foi “um momento de justiça”.
PÁGINA 5
TERRAMOTOS E SEQUELAS JOSÉ NAVARRO DE ANDRADE
RECORDAÇÃO ESTIVAL VALÉRIO ROMÃO
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Há festa na Taipa
2 ENTREVISTA
ANA PAULA LABORINHO
Com um largo currículo na área da língua portuguesa que passa por Macau, onde deu aulas, fez assessoria política e presidiu ao Instituto Português do Oriente, Ana Paula Laborinho é hoje directora da Organização de Estados Ibero-americanos, que trabalha em prol de uma maior união das línguas portuguesa e espanhola. A ex-presidente do Instituto Camões lamenta não ter feito mais no desenvolvimento da rede externa do organismo e afirma que Portugal é dos países que mais tem uma política da língua
“Não fomos a reboque da China” No último colóquio da Universidade Católica Portuguesa falou do projecto académico “Escrever Macau”. Em que consiste esta iniciativa? Durante a minha estadia em Macau, em 1988 e 1989, iniciou-se um movimento para estudar a literatura de Macau, que tem de começar por interrogar o que é essa literatura. Não é uma questão fácil. Na altura era uma questão debatida com uma visão relativamente restrita, a de pensar que a literatura de Macau era aquela apenas feita por macaenses, os filhos da terra, mas rapidamente se percebeu que teríamos de ter uma visão muito mais alargada. Nesse sentido, sobretudo depois de ter regressado de Macau, em 2002, começamos um projecto na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) onde concluímos que escrever Macau nos alarga o horizonte, porque aqueles que escrevem sobre Macau são de Macau, mas fazem-no em várias línguas. Ou seja, não há apenas um caminho. Temos aqui uma visão mais alargada. Fizeram-se algumas reuniões académicas e publicamos, em 2010, um livro intitulado “Macau na Escrita, Escritas de Macau”. Há um interesse muito grande (sobre a literatura de Macau) que se tem estendido para fora de Portugal. Vou agora a Paris, à Universidade de Nanterre, participar num encontro em que “Escrever Macau” é um tema central. O projecto “Escrever Macau” deveria ser mais divulgado em Macau, mas muitas vezes estes projectos não têm os recursos suficientes para fazer essa promoção. Mas há muito trabalho que tem vindo a ser feito, com jovens investigadores que se têm debruçado sobre estas áreas.
Vamos prosseguir nesta senda de definir o que é esta escrita de Macau, as suas várias fases, concluindo que hoje em dia nessa escrita convergem várias línguas, autores de várias proveniências, mas que continuam a ter Macau como objecto de escrita.
Houve uma maior mudança depois de 1999 no campo da produção literária? O que me parece é que depois da transferência de soberania de Macau podemos ter uma outra visão do que é escrever Macau, porque até aí havia muito essa ideia (restrita) do que era a literatura macaense e da figura do macaense. Mas depois da transferência de soberania constata-se que essa figura é hoje muito mais alargada. O que é um macaense? É todo aquele que nasceu em Macau e escolheu Macau para viver e para morrer. O mais importante é essa identidade múltipla. Hoje temos de entender Macau de uma forma múltipla, muito transversal e é essa a sua riqueza. Tudo isso faz parte de um cadilho criativo que nós vemos que tem expressão na literatura, mas também noutros domínios. É essa criatividade que se gera por esse confronto de pessoas, por este diálogo entre culturas. Isso é Macau. E por isso escrever Macau é também tudo isso. Surpreende-a que haja mais autores nascidos em Portugal a escrever sobre Macau? Não temos ainda um levantamento de todos aqueles que escrevem sobre Macau noutras línguas, nomeadamente em chinês. Tanto quanto sei, começam a aparecer jovens escritores, temos o Yao Jingming, um grande poeta que escreve em português e em chinês e que integra grupos de escritores
de Macau e tem uma visão que é bastante mais lata do que aquela que nós temos, e o que é muito interessante. Aliás, pensou-se em fazer uma colecção de autores que escrevem sobre Macau nas várias línguas, e também havia autores de língua chinesa, pois algumas questões sobre identidade são muito semelhantes. Os autores de língua portuguesa ou chinesa interrogam-se sobre isso, porque há muitas vezes ali uma identidade volátil. Essa volátil identidade, mas que é também uma escolha e uma vontade, está muito presente na literatura, quer se escreva numa língua, ou outra ou até em inglês. É directora da Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) em Portugal. Falou ainda de um estudo focado numa união entre o português e o espanhol. O que está a ser feito nesse sentido? O interesse de Portugal nesta organização, que tem a sua representação no país há menos de dois anos, tem a ver com três grandes eixos. Um é estreitar os laços de participação, partilha de experiências e projectos conjuntos com os países ibero-americanos. Mas tem também uma outra, que é relevante, que é o podermos trabalhar com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A OEI foi a primeira organização internacional a ser aceite como observadora da
“Acho que Portugal é dos países que mais tem uma política da língua, ao contrário do que muitas vezes se diz, e tem-na de uma forma consistente.”
ANTÓNIO COTRIM/LUSA
DIRECTORA EM PORTUGAL DA ORGANIZAÇÃO DE ESTADOS IBERO-AMERICANOS E EX-PRESIDENTE DO INSTITUTO CAMÕES
CPLP e fazemos esse trabalho de ligação entre os países ibero-americanos e a CPLP. Depois, a terceira linha de trabalho tem a ver com a língua portuguesa, apesar da OEI sempre ter sido essencialmente uma organização de língua espanhola. O seu secretário-geral, Mariano Jabonero, propôs o primeiro programa ibero-americano para a difusão da língua portuguesa. A verdade é que neste momento estamos a trabalhar e a perceber que o português também ganha muito em se aliar, o que não significa perder a sua identidade. Ganhamos em trabalhar em conjunto duas línguas que são próximas e que tem origens comuns. Como é que isso será feito? Uma dessas áreas tem a ver com a produção cientifica em conjunto. Há estudos que nos mostram que as duas línguas em conjunto já constituem a terceira língua de ciência do mundo. Outra área é o digital, onde temos de apostar mais. É neste sentido que o Instituto Camões (IC) e Instituto Cervantes estão a produzir um estudo, no seguimento de outro que foi feito sobre o potencial económico da língua portuguesa que saiu em 2011,
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apoio a todos os níveis, desde o primeiro-ministro ao ministro dos Negócios Estrangeiros, mas também outras áreas do Governo como a educação, cultura ou economia. Neste domínio da economia é relevante a questão da internacionalização da língua como bem percebemos pelo inglês. Daí que haja uma perspectiva que este tema é transversal.
sobre o potencial das duas línguas em conjunto. O português tem 260 milhões de falantes, o espanhol tem 540 milhões, então temos uma comunidade de 800 milhões que se entende e que têm laços comuns. Isto é um valor e potencial que podemos explorar. O continente onde se vai falar mais português é África, e isso revela que vai haver um crescimento demográfico nos países de língua portuguesa assinalável. Isto faz com que a América Latina não seja o continente onde se fala mais português. Nas minhas novas funções o meu papel não é apenas o trabalho na área das línguas, mas na partilha de projectos de educação. Estamos a trabalhar nas competências para o século XXI com esses países e a CPLP. O projecto sobre indicadores de ciência está bastante avançado na América Latina, mas também podemos partilhar práticas com outros países. É toda esta dimensão que nos parece que vai ser essencial para projectarmos a nossa língua, o português. O que gostava de ter feito mais na presidência do IC? Passei por uma fase difícil, porque num primeiro momento recebemos
a rede do ensino do português no estrangeiro, do nível inicial até ao ensino secundário, que estava no Ministério dos Negócios Estrangeiros. Essa rede era muito maior do que a dimensão do IC que, até 2010, só tinha o ensino do português no ensino superior. Foi necessário reorganizar a instituição em função dessa rede, criar novos desafios e qualificar esse ensino que se destinava essencialmente às comunidades portuguesas, mas também qualificá-lo para que ele se tornasse um ensino de matriz internacional. Esse foi o grande desafio. Em 2012 tive outro, que foi a fusão com a Agência para o Desenvolvimento e Coesão, e por isso passámos a ter uma grande dimensão que naturalmente foi preciso estruturar. Nesse sentido, há muita coisa que fica por fazer. Julgo que aquilo que gostaria de ter feito e talvez não tenha feito tanto foi reestruturar a rede externa. Em que sentido? O IC não tem as escolas portuguesas, mas tem uma rede muito grande de professores e centros culturais de língua portuguesa e tem-se aumentado o número de presenças em países. Estávamos em
“Quer o projecto da Escola Portuguesa de Macau e escolas portuguesas no mundo, ou o IPOR em Macau, são esforços para um país que tem 10 milhões de habitantes. Temos de ter noção da nossa dimensão e ver que fazemos muitíssimo pela língua.” 84 países em termos de acção mas é preciso reestruturar e consolidar essa rede. Depois de consolidar a estrutura interna, poderia ter também dedicado mais tempo à estrutura da rede externa, que é fundamental. Também tive a sorte de apanhar um momento em que a concepção do desenvolvimento estava em mudança com a Agenda 2030. O que é que isso trouxe de diferente? Algumas dimensões que não eram consideradas passaram a
ser, como, por exemplo, a cultura como elemento fundamental para o desenvolvimento. O que tenho de concluir é que aprendi muito, foi uma experiência que me marcou bastante. O IC é uma instituição que tem um trabalho extraordinário. Fico muito contente por ele ser prosseguido pelo meu sucessor e por continuar nesta aposta de levar mais português e participar mais em projectos de desenvolvimento e em parcerias estratégicas, como aquelas que temos com a União Europeia na área do desenvolvimento. Agrada-lhe a actual estratégia governamental de internacionalização da língua portuguesa? Claro, essa foi a estratégia que orienta a casa em termos gerais. Há uma grande aposta do actual Governo nessa área, quer na internacionalização quer numa oferta qualificada para as comunidades portuguesas, para que tenham a noção de que a sua língua é internacional. Tem sido feito muito trabalho e há um investimento muito grande do actual Governo nesta área, no sentido de ser uma política que está no topo das preocupações e com grande
Não acha que a vontade da China de expandir o português não levou a uma maior estratégia por parte de Portugal na internacionalização da língua? Foi o motor de arranque? Não me parece. Acho que Portugal é dos países que mais tem uma política da língua, ao contrário do que muitas vezes se diz, e tem-na de uma forma consistente. O Brasil não tem nenhuma instituição para a promoção da língua, diz-se que vai ser criado agora um instituto para esse fim. Desse ponto de vista, Portugal tem uma longa tradição e o IC é um dos grandes institutos europeus, ao lado do Goethe, Cervantes, entre outros. Não tenho nada a ideia de que tenhamos ido a reboque da China. Esta complementaridade é muito útil, relevante e reforça a nossa posição de divulgação da língua, torna-se muito mais atractiva, mas tenho a dizer que as autoridades portuguesas fazem muito pela língua. Quer o projecto da Escola Portuguesa de Macau e escolas portuguesas no mundo, ou o IPOR em Macau, são esforços para um país que tem 10 milhões de habitantes. Temos de ter noção da nossa dimensão e ver que, fazemos muitíssimo pela língua. Há um aspecto que ajuda muito que é a estratégia e o valor que se tem desenvolvido com a presença de portugueses em altos lugares de organizações internacionais. Essa é uma estratégia de Portugal mas claro que tem muito a ver com o valor das pessoas, tal como ter António Guterres na ONU. O IPOR celebrou 30 anos de existência recentemente. Está contente com o trabalho realizado? Muito contente. Houve momentos, no período da transição de Macau, em que não se sabia se valia a pena, mas ainda bem que se continua a apostar. Penso que o IPOR tem feito um trabalho muito importante e é uma referência importante em Macau. Só tenho de saudar todos os que estiveram na origem da ideia e todos os que contribuíram para a construir. Andreia Sofia Silva
andreia.silva@hojemacau.com.mo
4 política
GCS
11.10.2019 sexta-feira
Trabalho Indemnizações por acidente ou doença podem vir a ser revistas
Wong Chi Hong, director dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) garantiu, em resposta ao deputado Lei Chan U, que o valor das indemnizações por acidente de trabalho ou doença poderá ser ajustado conforme as necessidades do sector laboral. “A DSAL e a Autoridade Monetária e Cambial de Macau continuarão a manter uma comunicação estreita e a melhorar este mecanismo para rever os limites das indemnizações por acidentes de trabalho ou doenças profissionais e, em devido tempo, divulgar informações junto do público.” Em resposta à interpelação escrita do deputado, o Governo promete ainda continuar “a prestar a devida atenção à aplicação de leis e dos regulamentos relevantes para avaliar se estão em consonância com as necessidades de desenvolvimento da sociedade e, ao mesmo tempo, também ouvirá um vasto leque de opiniões dos sectores sociais, a fim de melhorar continuamente o regime em vigor”.
Sónia Chan “ Esta lei estava nas LAG deste Executivo. Temos de fazer o melhor possível para entregar uma coisa bem preparada para o próximo Governo.”
Gabinete de ligação Luo Yonggang é novo vice-director
RENOVAÇÃO URBANA PRÉDIOS SUJEITOS A INTERVENÇÃO PRECISAM DE TER 30 ANOS
As grandes incógnitas O documento de consulta da proposta do regime jurídico da renovação urbana prevê que apenas os edifícios com, pelo menos, 30 anos podem ser renovados sem necessidade de unanimidade dos proprietários. Ainda não se sabe se os particulares suportam os custos, nem como vão colaborar com a Macau Renovação Urbana
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NT RE hoje e 9 de Dezembro, a proposta do regime jurídico da renovação urbana estará em consulta pública. Apesar de já se vislumbrarem alguns pontos concretos no documento apresentado a consulta, ainda muitas incógnitas estão por responder e que vão passar, forçosamente, para o próximo Executivo. Um dos mistérios prende-se com os custos das obras, nomeadamente se os proprietários particulares vão ser chamados a pagar, quanto e em que medida. Outra área cinzenta onde ainda não se sabe muita coisa é a forma como particulares e empresas se vão relacionar com a empresa de capitais públicos Macau Renovação Urbana SA. O director Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ), Liu Dexue, referiu ontem que a empresa de capitais públicos será a entidade predominante quanto a projectos de renovação urbana. Mas “como um projecto pode implicar muitas empreitadas e a Macau Renovação Urbana SA
pode não conseguir conduzir todos estes trabalhos, será necessária a adesão e colaboração de entidades privadas para dar celeridade” aos trabalhos. Em que moldes? Ainda não se sabe, mas o Governo aponta para depois das consultas públicas, ou seja, já para o próximo Executivo a dar resposta para estas questões. “Não posso afirmar como o próximo Governo vai trabalhar. Mas esta lei estava nas LAG deste Executivo. Temos de fazer o melhor possível para entregar uma coisa bem preparada para o próximo Governo”, referiu a secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan.
O QUE HÁ MESMO
Para já, na proposta existem alguns factos concretos, como os critérios de inclusão no âmbito da renovação urbana. Para edifícios situados fora do plano de renovação urbana é exigido que tenham, pelo menos, 30 anos e estejam em estado degradado ao ponto de podere ser prejudiciais à saúde e à segurança pública.
Nesta proposta apenas é necessário o consenso de 60 por cento dos proprietários para construir num terreno onde um prédio foi demolido por ameaçar a saúde pública. Caso não haja risco de ruína num edifício com mais de 40 anos, o início dos trabalhos de renovação depende da anuência de 80 por cento dos proprietários. O critério aperta, para a concordância de 90 por cento dos proprietários, quando a idade do prédio estiver entre os 30 e os 40 anos. A alteração proposta requer um equilíbrio entre interesse público e a salvaguarda dos direitos privados, tal como reconheceu Sónia Chan. A secretária para a Administração e Justiça é a primeira a reconhecer que esta é uma questão sensível desde que se começou a discutir a reconstrução dos bairros antigos, há mais de 10 anos. “Estou inteiramente de acordo com a protecção da propriedade privada consagrada na Lei Básica. Iremos procurar o equilíbrio entre direitos de propriedade
privada e interesse público. Em relação à percentagem da propriedade foi uma grande controvérsia na sociedade e que já tem sido um grande problema que atrasou todo o processo de reordenamento dos bairros antigos, mas hoje há uma grande necessidade para renovar edifícios antigos. No documento de consulta apresentamos propostas de percentagens, mas não quer dizer que seja uma posição consumada”, referiu a governante. Para depois da consulta ficou ainda a definição do regime de compensações, que pode ser pecuniária, tendo como referência o valor actual do prédio, ou pode ser requerido um subsídio para financiar as despesas decorrentes do realojamento. O proprietário pode também requerer troca de fracção, ou enquanto aguarda do regresso ao local em processo de renovação, arrendar uma habitação para alojamento temporário, ou comprar uma habitação para troca. Em que moldes? Respostas, só durante o Executivo de Ho Iat Seng. João Luz
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O Conselho de Estado anunciou ontem a nomeação de Luo Yonggang como o novo vice-director do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau, tendo demitido Sun Da das mesmas funções, para que assuma o cargo de vice-director da Administração Estatal de Medicina Tradicional Chinesa da República Popular da China. Antes de iniciar as suas funções em Macau, Luo Yonggang era membro do comité permanente da província de Hubei e Secretário da Comissão de Política e Assuntos Jurídicos do Partido Comunista Chinês.
Carta de Xi Tam promete mais medidas para idosos
O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, mostrou-se comovido e encorajado com as palavras do Presidente Xi Jinping dirigidas aos idosos de Macau. De acordo com o jornal Ou Mun, o secretário referiu que o Governo de Macau vai continuar a promover políticas de apoio aos idosos e a prestar serviços a este grupo de pessoas. Alexis Tam destacou o facto de, sob iniciativa do Chefe do Executivo, no que diz respeito aos trabalhos dos seis mecanismos para melhorar a vida dos cidadãos, o seu gabinete tem obtido frutos por integrar os recursos dos serviços públicos e optimizar de forma contínua os serviços médicos, as políticas e medidas relacionadas com o apoio comunitário e solidariedade social. Apesar de não ser certa a sua continuação no próximo Executivo liderado por Ho Iat Seng, Alexis Tam promete continuar a implementar o “Plano de Acção para o Desenvolvimento dos Serviços de Apoio a Idosos nos Próximos Dez Anos”. “Iremos continuar a aperfeiçoar os serviços prestados aos idosos para criar um ambiente social ideal para o convívio com os mais velhos”, referiu.
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Violência doméstica Agressões resultam em três anos de cadeia Um homem foi condenado a três anos de prisão pela prática do crime de violência doméstica contra a ex-mulher. Segundo um comunicado dos tribunais, em causa está o facto de, entre 2016 e 2018, ter por “diversas e repetidas vezes, actos e palavras de ameaça
à ofendida, tendo-a insultado com palavrões, e praticado agressões físicas contra ela, de modo a que a ofendida se sentisse ameaçada na sua segurança pessoal e psiquicamente mal tratada”. O homem ficou igualmente impedido, nos três
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Depois de ter danificado um táxi na Estrada do Istmo, um homem embriagado fugiu, apanhou outro táxi, que viria também a danificar e perto do hotel onde estaria hospedado agrediu o taxista da última corrida. De acordo com a Polícia de Segurança Pública, o
JUSTIÇA HOMEM QUE ATACOU MULHER COM ÁCIDO APANHA 13 ANOS DE PRISÃO
“Uma grande lição”
Um “acto assustador que destruiu a vida da sua mulher”. Foi desta forma que a juíza Leong Fong Meng definiu o crime que desfigurou Lao Mong Ieng. O agressor vai ainda ter de pagar uma indemnização de 12,8 milhões de patacas HOJE MACAU
ONG Chi Kit, homem que desfigurou a mulher, Lao Mong Ieng, após um ataque com óleo a ferver e ácido, foi condenado a 13 anos de prisão, pelo crime de ofensa grave à integridade física, e ao pagamento de uma indemnização de 12,8 milhões de patacas. A leitura da sentença aconteceu ontem no Tribunal Judicial de Base (TJB) e a juíza Leong Fong Meng apontou várias críticas à conduta do arguido, que disse ser o “único culpado” pelos acontecimentos “A conduta do arguido foi muito grave. Agiu de forma livre, voluntária e consciente, causando lesões graves à ofendida. O arguido é o único culpado”, afirmou. “Foi uma conduta cruel, sendo que como marido tinha a obrigação de proteger a mulher. Mas não só não a protegeu, como ainda lhe causou lesões. Causou um grande sofrimento [à vítima], que ela vai ter de enfrentar até ao resto da sua vida”, foi acrescentado sobre os actos de Julho de 2018. Ajuíza recordou ainda que o arguido evitou confessar todos os actos da noite do ataque, que teve um depoimento com contradições e que nunca se mostrou arrependido, apesar de ter prejudicado o próprio filho. “Foi um acto assustador que destruiu a vida da sua mulher [...] e que pode ter destruído a vida do seu filho”, sublinhou. A falta de emoções foi outra das críticas apontadas. “Não sei o que pensa no seu coração, porque não o mostrou durante as audiências do julgamento”, admitiu Leong. O ataque aconteceu em Julho de 2018 e na origem esteve o facto da mulher ter revelado ao marido que pretendia divorciar-se. Como consequência, Lao perdeu mesmo a custódia do filho menor, além de ter ficado praticamente cega e desfigurada. A pena de 13 anos ficou a quatro meses da moldura penal máxima para este tipo de crime. A juíza afirmou esperar que o arguido aprenda a
Crime Ébrio danificou dois táxis e bateu num taxista
anos posteriores à saída da prisão, de permanecer em áreas próximas do domicílio da ex-mulher e dos dois filhos, do local de trabalho destes e da escola e fica inibido do poder paternal por três anos. Tem ainda de proceder um pagamento de 340 mil patacas.
suspeito foi apanhado com 2.56 gramas de álcool por litro no sangue. O canal chinês da TDM refere que o suspeito admitiu os crimes. No fim, o indivíduo foi transferido para o Ministério Público onde é acusado de ofensa à integridade física por negligência.
imprensa, com tradução da deputada Agnes Lam, que seguiu o processo ao longo de quase 15 meses. O progenitor considerou que foi um “momento de justiça”, mesmo que o atacante possa não ter posses para pagar o valor total dos 12,8 milhões. O pai da vítima justificou ainda o sentimento de justiça com o facto da decisão dar um sinal à sociedade que ataques deste género não vão sair impunes. Por sua vez, a advogada da vítima, Cheong Lai Wa, revelou de forma emocionada que a sentença superou as expectativas: “Não estava dentro da minha expectativa. Saúdo o tribunal, também a sociedade de Macau. Foi uma decisão positiva e este resultado é totalmente justíssimo para a vítima e para a família”, admitiu.
“Espero que enquanto estiver preso que pense bem nos actos que cometeu e que aprenda a lição.” LEONG FONG MENG JUÍZA
lição: “Espero que enquanto estiver preso que pense bem nos actos que cometeu e que aprenda a lição”, expressou. Ao nível dos danos causados, a vítima pretendia uma indeminização de 19 milhões de patacas e vai receber 12,8 milhões. Em causa estão 5,5 milhões por danos patrimoniais e 7,39
FILHO DESCONHECE A SITUAÇÃO
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ong Chi Kit e Lao Mong Ieng têm um filho menor, com cerca de 7 anos, que estava a dormir em casa quando o ataque aconteceu. A criança está agora ao cuidado do Instituto de Acção Social (IAS), não vê a mãe desde Junho de 2018 e ainda desconhece a situação e que esta foi causada
pelo pai. Agnes Lam, deputada que acompanhou a vítima o longo do caso, elogiou e agradeceu, ontem, o trabalho do IAS, mas deixou o desejo que o menor possa ver a mãe antes de Dezembro, altura em que a progenitora será operada. Por outro lado, afirmou esperar que Lao possa voltar a ter a custódia do filho.
milhões por danos não-patrimoniais. Para a juíza, apesar do valor elevado, nunca vai conseguir compensar verdadeiramente os danos causados.
“MOMENTO DE JUSTIÇA”
A vítima não esteve presente na leitura da sentença, mas no final o pai falou à
Também Cheong destacou o valor simbólico dos 12,8 milhões. “O valor não é baixo, é elevado, estava fora das minhas expectativas. Acho que neste caso não se deve pensar na capacidade do arguido para pagar [...] é uma questão de justiça. [...] É uma grande lição não só para o arguido, mas também para a sociedade e vai desencorajar futuros actos de violência doméstica”, frisou. A defesa de Wong Chi Kit tem agora 20 dias para decidir se vai recorrer da sentença. Contactado pelo HM, o escritório do advogado Lo Wang On respondeu ainda não haver uma decisão do cliente sobre o assunto. João Santos Filipe
joaof@hojemacau.com.mo
6 sociedade
OHNNY Ng juntou-se aos colegas Wong Pou U, Ng Kong Pang e Yu-Yu Ling e juntos desenvolveram um projecto de arquitectura para revitalizar a Rua Cinco de Outubro, situada na zona do Porto Interior, que acabou por ganhar a medalha de ouro num concurso promovido pela Associação de Arquitectos de Macau (AAM). Os prémios, que incluem a medalha de ouro, de prata e três menções honrosas, serão hoje entregues. Ao HM, o arquitecto contou mais detalhes de um projecto que visa dar resposta às cheias que todos os anos afectam a zona e também à falta de estacionamento. “Desde o início que pensámos no local como uma zona integrada e procurámos desenvolver um projecto focado naquilo que as pessoas iriam precisar no bairro. Na praça situada em frente ao templo Hong Kong Miu desenvolvemos um espaço subterrâneo multifuncional, que pode ser usado pelos locais e turistas, com mais negócios locais, ou para exposições promovidas pelo Governo”, apontou. Johnny Ng explicou também que este espaço teria outra função: o de reservar temporariamente a água das cheias. “Este espaço subterrâneo poderia ser usado para guardar água quando a zona do Porto Interior estiver inundada. Esta poderia ser reservada temporariamente para diminuir os estragos causados na zona”, apontou. Para dar resposta à crónica falta de estacionamento, o projecto assinado por Jonnhy Ng e colegas propõe a construção de mais um parque de estacionamento num edifício. “Na zona antiga, em quase todas as áreas, o trânsito é o maior problema, porque há muitos veículos estacionados ilegalmente que bloqueiam o acesso pedonal. Usámos alguns espaços vazios e abandonados e criámos uma espé-
RÓMULO SANTOS
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Jonnhy Ng, arquitecto ligado ao projecto vencedor do concurso “Desde o início que pensámos no local como uma zona integrada e procurámos desenvolver um projecto focado naquilo que as pessoas iriam precisar no bairro”
PORTO INTERIOR PROJECTO DE ARQUITECTURA APRESENTA POSSÍVEL SOLUÇÃO PARA CHEIAS
Respostas subterrâneas A Associação de Arquitectos de Macau entrega hoje os prémios aos projectos vencedores de um concurso focado na revitalização da Rua Cinco de Outubro, na zona do Porto Interior. Jonnhy Ng, membro da equipa vencedora, fala de um projecto que dá resposta à falta de estacionamento e às inundações que todos os anos afectam a zona cie de torre de estacionamento para os motociclos. Os dados oficiais mostram que 70 por cento das pessoas que vivem no local usam
motas e não carros, então seria algo especial em Macau.” O projecto vencedor procurou também edificar “mais espaços
verdes e com luz”. “Usámos alguns edifícios históricos para os transformar em espaços usados pela comunidade”, acrescentou Jonnhy Ng.
APROVEITAR ESPAÇOS VAZIOS
Em segundo lugar, com a medalha de prata, ficou a equipa composta por Hugo Morais Coelho, Lai Ka Weng e Chu Hou San. Hugo Morais Coelho contou ao HM que o foco do projecto é “o uso de espaços ou lotes temporariamente disponíveis ao longo da Rua Cinco de Outubro e na renovação do desenho urbano da rua. A nossa proposta pretende usar estes espaços temporariamente para uso público e da comunidade local”.
A
Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES) anunciou ontem, através de uma nota oficial, que ainda este ano entrará em vigor a nova lei que institui o reconhecimento mútuo dos cursos do ensino superior de Macau e Portugal. “O Governo da RAEM está a acompanhar activamente o projecto do regulamento administrativo sobre o reconhecimento automático de graus e diplomas do ensino superior portugueses em Macau, prevendo-se a sua entrada em vigor ainda este ano.”
Este novo diploma nasce da assinatura do Memorando sobre o Reconhecimento Mútuo das Habilitações e Graus Académicos do Ensino Superior entre o Interior da China e Macau, algo que aconteceu em Maio aquando da visita do Chefe do Executivo, Chui Sai On, a Portugal. Portugal publicou, esta terça-feira, em Diário da República, uma deliberação para o reconhecimento automático do diploma de associado, da licenciatura (in-
GONÇALO LOBO PINHEIRO
ENSINO LEI DE RECONHECIMENTO DE CURSOS EM VIGOR ESTE ANO cluindo double major, dupla licenciatura), do mestrado e do doutoramento. “Isto significa que os estudantes titulares de graus e diplomas do ensino superior de Macau têm os mesmos direitos dos estudantes locais, depois de apresentarem o pedido de reconhecimento de habilitações académicas nas instituições de ensino superior públicas ou nos serviços competentes no âmbito do ensino superior de Portugal”, aponta o comunicado da DSES.
Por estar em causa uma rua com muitos negócios locais, mas que “não é uma infra-estrutura coerente ao longo da sua extensão”, a proposta que ficou em segundo lugar visa realçar “a importância do desenho urbano da rua com a introdução de conceitos básicos como passeios para peões, zonas de paragem para cargas e descargas ou introdução de zonas verdes”. Hugo Morais Coelho recorda, no entanto, que, para ser executada, “a proposta necessita de uma nova legislação para o uso de espaços privados temporariamente e uma colaboração entre os proprietários dos lotes e o Governo”. Andreia Sofia Silva
andreia.silva@hojemacau.com.mo
Carros eléctricos Carregadores sobem para 200 em 2020
O número de parques de estacionamento com carregadores para viaturas eléctricas vai subir dos actuais 170 para 200 durante o próximo ano. A informação foi avançada pelo coordenador do Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético, Hoi Chi Leong. De acordo com os dados do responsável, actualmente há um total de 170 pontos de carregamento (91 carregadores a velocidade rápida e 79 a velocidade padrão/média) para carros eléctricos ligeiros, em 35 parques de estacionamento públicos e 5 lugares de vias públicas. Porém, o presidente da Comissão Executiva da Companhia de Electricidade de Macau (CEM), Bernie Leong, diz que vão ser instalados mais 30 carregadores rápidos, que vão começar a funcionar no segundo trimestre de 2020. Também os carregadores de velocidade média vão ser actualizados, para que carreguem mais rápido.
sociedade 7
sexta-feira 11.10.2019
A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) e a Comissão Organizadora do Grande Prémio decidiram condicionar o trânsito da Estrada de Cacilhas, a partir de hoje, para reconstituir o pavimento da pista. Visto que a estrada passará a ter uma única via com dois sentidos, será colocado um semáforo no local. No entanto, a obra de reparação do muro de retenção no cruzamento entre a Rampa do Padre Vasconcelos e a Estrada de Cacilhas deve ficar concluída no final do mês. Quando estiver finalizada, o trânsito na Estrada de Cacilhas será restaurado.
TURISMO MACAU EM 8º NO RANKING DE DESPESAS DE TURISTAS
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ACAU foi em 2017 o oitavo território no mundo onde cada turista gastou mais dinheiro, com uma média de 2.062 dólares. A conclusão é do ranking do portal Globehunters, publicado esta semana, que se baseia nos dados de 2018 da Organização Mundial de Turismo quanto ao dinheiro gasto em cada país e os locais onde os turistas esperam fazer mais despesas. No topo da lista dos países onde os turistas gastam mais dinheiro está a Austrália, com uma despesa per capita de 4.734 dólares e perto de 42 mil milhões dólares de gastos totais por ano. O pódio fica completo pelo Luxemburgo, em segundo lugar, e o Líbano em terceiro, com gastos per capita de 4.322 dólares e 4.009 dólares, respectivamente. Entre Macau e os três primeiros lugares ficaram países como Nova Zelândia, Estados Unidos, Qatar e Panamá. Segundo a lista da Globehunters, quem visita Macau acaba por gastar mais que os turistas que optam por passar férias nas Maldivas e Bahamas. Portugal ficou em 54º lugar, com um gasto médio de 808 dólares por cada turista de um universo de 21,2 milhões de visitantes anuais. A região vizinha de Hong Kong surge em no 29º lugar, com uma despesa média per capita de 1194 dólares. Finalmente, num ranking com 100 lugares, a China ocupa a 86ª posição, com uma despesa média por turista de 537 dólares para um total de perto de 61 milhões de visitantes por ano. J.L.
A ponta das pontas Desde que a Lei da Prevenção e Controlo do Tabagismo entrou em vigor, no início de 2012, até 30 de Setembro deste ano, os Serviços de Saúde realizaram mais de 2 milhões de inspecções que apanharam 4144 indivíduos a fumar ilegalmente. Governo pondera aumentar imposto
E
M declarações ao Fórum Macau da Ou Mun Tin Toi, Tang Chi Ho, coordenador do Gabinete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo (GPCT), referiu que o trabalho que o Governo fez para controlar o consumo de tabaco nos casinos foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Uma das vitórias apontadas por Tang foi a diminuição de reclamações devido a fumo dentro de casinos, mais concretamente de 830 casos por mês antes da entrada em vigor da lei, para 70 casos no mês passado. O progresso notado pela OMS levou a que países onde operam casinos, como os Estados Unidos e Singapura, estejam de olho em Macau para conhecer o trabalho feito por cá. O líder do GPCT referiu ainda que “desde que a lei entrou em vigor, a população de fumadores reduziu mais de vinte mil pessoas”, resultado que se
RÓMULO SANTOS
Trânsito Condicionamento na Estrada de Cacilhas
TABAGISMO MAIS DE 4 MIL ACUSADOS DESDE ENTRADA EM VIGOR DE LEI
média diária de 784 inspecções e registaram um número acumulado de 54.480 acusações.” A caça ao fumo resultou em 4.168 acusações, das quais 4.144 são referentes a fumadores ilegais, 21 casos de ilegalidades nos rótulos dos produtos de tabaco e três por venda de produtos tabágicos através de expositores.
O FUMADOR ILEGAL
Entre as pessoas apanhadas a fumar ilegalmente a larga maioria é do sexo masculino, 93,3 por cento, face a apenas 6,7 por cento de mulheres.
O Governo está a ponderar aumentar o imposto da importação de tabaco
aproxima dos objectivos estipulados pela OMS. Os Serviços de Saúde (SS) revelaram ontem
números relativos à implementação da lei de prevenção e controlo do tabagismo. Desde que
entrou em vigor, os fiscais dos SS realizaram “2.007.928 inspecções a estabelecimentos, uma
Entre os sujeitos multados, 28,8 por cento eram residentes de Macau (1.193 multas), e 67,4 por cento eram turistas (2.795 multas). A parcela demográfica menor foram os trabalhadores não residentes, 3,8 por cento dos infractores, com 156 multas. Deste universo, 81,9 por cento pagaram a multa aplicada. Em declarações esta semana na Ou Mun Tin Toi, Tang Chi Ho revelou que o Governo está a ponderar aumentar o imposto da importação de tabaco. João Luz com I.N.N. info@hojemacau.com.mo
CARNE DE PORCO PREÇOS DA NAM KWONG E NAM YUE AMEAÇAM NEGÓCIOS LOCAIS
O
S aumentos do preço da carne de porco fresco praticados pela Nam Kwong e Nam Yue, empresas com o monopólio do transporte de porcos vivos para o matadouro de Macau, estão a ameaçar vários negócios locais.Asituação foi relatada pelo jornal Ou Mun. “Com este preço tão elevado, agora a maioria dos moradores
deixou de querer comprar carne fresca de porco”, explicou o proprietário de uma banca de venda de carne de porco, com o apelido Hoi. Devido à peste suína africana, no Interior da China, a escassez tem feito os preços disparar, naquele que é um problema natural.
“Devido à peste, tivemos que aumentar um bocado os preços para haver um ponto de equilíbrio e não perdermos dinheiro. No entanto, o negócio teve uma quebra acentuada no mês passado. Mas o pior é que os preços continuam a subir. Para evitar as perdas, acho que vamos fechar uns dias até que a situação estabilize”, acrescentou Hoi.
Outro proprietário de um espaço semelhante, considerou que também está a ponderar fechar o negócio, porque “comprar marisco é agora mais económico do que pagar pela carne fresca”. Na quarta-feira as empresas Nam Kwong e Nam Yue anunciaram mais um aumento de 10 por cento nos preços praticados.
8 eventos
11.10.2019 sexta-feira
Anaquim a LUSOFONIA ORGANIZAÇÃO ESPERA 22 MIL PESSOAS NAS CASAS-MUSEU DA TAIPA
FESTIVAL ARTE MACAU ATRAIU 16 MILHÕES DE VISITANTES
A
“totalmente assegurado pelas operadoras”, o certame incluiu exposições, instalações artísticas e espetáculos de música, dança e teatro. Na sua intervenção, Alexis Tam reiterou o objectivo do Governo em transformar o festival “numa marca cultural e artística”. O objetivo do certame passa por transformar ‘resorts’ integrados, consulados (entre os quais o de Portugal) e alguns espaços públicos em “galerias” de arte, juntando mostras de arte de artistas ocidentais e chineses. Um dos destaques da programação foi a 2.ª Exposição Anual de Artes entre a China e os países de língua portuguesa, para a qual foram convidados a expor artistas chineses, macaenses e portugueses em vários locais da cidade.
A edição des de 22 mil pes destaca-se a b lança um nov
C SOFIA MOTA
primeira edição do Arte Macau, um mega festival lançado em Maio pelo Governo e as operadoras de jogo no território, atraiu em seis meses cerca de 16 milhões de visitantes, anunciaram ontem as autoridades. Na cerimónia de encerramento, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, declarou que os números “superaram as expectativas” e garantiu o regresso do evento em 2020. Entre Maio e Outubro, o festival “atraiu cerca de 16 milhões de visitantes em 41 actividades”, indicou o governante, sublinhando que esta “nova experiência urbana” criou “uma nova direcção de desenvolvimento para o turismo cultural da cidade”. Orçado em 3,8 milhões de euros, um valor que foi
D
OIS dias seguidos de fado e uma peça de teatro em português fazem parte do 21.º Festival Internacional de Artes da China, na cidade de Xangai, que arranca a 18 de Outubro. Os bilhetes para a edição deste ano estão à venda desde ontem, com um programa que integra 98 espetáculos e termina a 17 de Novembro. O actor Elmano Sancho é o primeiro português a subir aos palcos de Xangai, levando a peça “Misterman”, de Enda Walsh, em português com legendas em chinês e inglês, ao Grand Theatre da cidade chinesa nos dias 22 e 23 de Outubro. O luso-francês venceu em 2014 o prémio de Melhor
Actor da Sociedade Portuguesa de Autores graças a esta peça, que retrata um maníaco religioso que sai todos os dias de casa para inspeccionar o comportamento dos habitantes da sua aldeia. Seguem-se dois dias de fado ao ar livre, no City Lawn Music Plaza, um relvado situado junto ao Concert Hall de Xangai. Carminho actua a 26 de Outubro e no dia seguinte é a vez de Rodrigo Costa Félix e Inês de Vasconcelos. O Festival Internacional de Artes da China é organizado pelo Governo Municipal de Xangai, com o apoio do Ministério chinês da Cultura e Turismo.
SOFIA MOTA
XANGAI DOIS DIAS DE FADO NO FESTIVAL DE ARTES
ERCA de 22 mil visitantes são esperados no 22.º festival da Lusofonia de Macau, que decorre entre 18 e 20 de Outubro e conta com a actuação da banda portuguesa Anaquim, indicou à Lusa a organização. “No ano passado, o festival atraiu cerca de 22.000 participantes, este ano espera-se a mesma afluência”, apontou o Instituto Cultural (IC). Pelo espaço do festival passam, como habitualmente, artistas de todos os países de língua portuguesa e outros territórios ligados à lusofonia, além de nomes locais. Os Anaquim, banda portuguesa formada em Coimbra, actuam no dia 19, sábado, no anfiteatro das casas-museu da Taipa. Ao longo de três dias, haverá também concertos de Zé Manel, Karyna Gomes, Eric Daro e Miss Bity (Guiné-Bissau), Voz do Crocodilo (Timor-Leste), Grupo RM (Moçambique), Djodje e Banda (Cabo Verde), Puto Português (Angola), Black in White (Goa, Damão e Diu), Banda Leguelá (São Tomé e Príncipe) e DJ Dolores (Brasil).
Cerca de 22 mil visitantes são esperados no 22.º festival da Lusofonia de Macau, que decorre entre 18 e 20 de Outubro e conta com a actuação da banda portuguesa Anaquim, indicou à Lusa a organização
eventos 9
sexta-feira 11.10.2019
caminho
ste ano do Festival da Lusofonia deverá atrair cerca ssoas. De um cartaz repleto de música e actividades banda Anaquim, em representação de Portugal, que vo álbum de originais em Novembro Além destes concertos, o festival conta com mostras da cultura das comunidades lusófonas residentes em Macau, incluindo gastronomia, música, danças e artesanato. À Lusa, a Casa de Portugal em Macau antecipou para este ano «um alargamento da barPUB
raca do artesanato, com mais participantes», no espaço pelo qual é responsável. O Festival da Lusofonia articula-se com a semana cultural da China e países lusófonos, que arranca este sábado. O certame realiza-se ininterruptamente desde 1998, quando o território
ainda era administrado por Portugal e o evento integrou as atividades para assinalar o 10 de Junho.
NOVAS MÚSICAS
A banda Anaquim é composta pelos músicos José Rebola (voz e guitarras), Pedro Ferreira (teclados), Luís Duarte (gui-
tarra), Filipe Ferreira (baixo) e João Santiago (bateria). O grupo tem um novo álbum de originais pronto a estrear, “O Quarto de Anaquim”, com um novo single intitulado “Optimista”, e que terá lançamento oficial dias depois da presença no Festival da Lusofonia, a 8 de Novembro.
Literatura Olga Tokarczuk e Peter Handke conquistam Prémio Nobel Os Anaquim sempre se destacaram no panorama musical português por uma fusão entre música pop e tradicional portuguesa, onde o blues e o jazz também assumem o seu papel. A banda surgiu em 2010 com o álbum “As Vidas dos Outros”. Seguiu-se, dois anos depois, o disco “Desnecessariamente Complicado” e “Um Dia Destes” (2016). Depois disso foi lançada uma edição digital de “Anaquim – 10 anos ao vivo”, concerto que contou com a presença dos músicos Ana Bacalhau, Jorge Palma, Luísa Sobral e Viviane. Além de actuarem nas Casas-Museu da Taipa, os Anaquim vão também dar concertos no Leal Senado, Doca dos Pescadores e ainda um evento privado, que acontece dia 17.
A escritora polaca Olga Tokarczuk e o austríaco Peter Handke foram distinguidos com o Prémio Nobel da Literatura de 2018 e 2019, respetivamente, anunciou ontem a Academia Sueca. Os prémios Nobel da Literatura de 2018 e 2019 foram anunciados ontem em Estocolmo pela Academia Sueca, depois de um interregno de um ano, devido a um escândalo de abuso sexual e crimes financeiros que abalou a organização. Um total de 116 escritores – dos quais 15 mulheres – já foram distinguidos com o Prémio Nobel da Literatura, atribuído desde 1901. Apenas um autor de língua portuguesa foi premiado: o português José Saramago, em 1998.
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11.10.2019 sexta-feira
Anúncio 【N.º 201910-1】
EDITAL Edital n.º Processo n.º Assunto Local
: 64/E-BC/2019 : 286 /BC/2011/F : Início da audiência pela infracção às disposições do Regulamento de Segurança Contra Incêndios (RSCI) : Rua da Madre Terezina n.º 11, Edf. Nga Va Kok, parte do terraço sobrejacente à fracção 19.º andar A, Macau.
Shin Chung Low Kam Hong, Director Substituto da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, faz saber que ficam notificados o dono das obras e o proprietário, bem como os utentes do local acima indicado, cujas identidades se desconhecem, do seguinte: 1.
2.
3. 4.
5.
Na sequência da fiscalização realizada pela DSSOPT, apurou-se que no local acima indicado realizaram-se as seguintes obras não autorizadas: Infracção ao RSCI e motivo da Obra demolição Construção de um compartimento com paredes em alvenaria de tijolo, janelas Infracção ao n.º 4 do artigo 1.1 de vidro, escada metálica, cobertura plástica e cobertura metálica no 1.º piso do 10.º, obstrução do caminho de terraço. evacuação. Infracção ao n.º 4 do artigo 1.2 Construção de um 2.º piso com gradeamento metálico. 10.º, obstrução do caminho de evacuação. Sendo as escadas, corredores comuns e terraço do edifício considerados caminhos de evacuação, devem os mesmos conservarse permanentemente desobstruídos e desimpedidos, de acordo com o disposto no n.º 4 do artigo 10.º do RSCI, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 24/95/M de 9 de Junho. As alterações introduzidas pelos infractores nos referidos espaços, descritas no ponto 1 do presente edital, contrariam a função desses espaços enquanto caminhos de evacuação e comprometem a segurança de pessoas e bens em caso de incêndio. Assim, as obras executadas não são susceptíveis de legalização pelo que a DSSOPT terá necessariamente de determinar a sua demolição a fim de ser reintegrada a legalidade urbanística violada. Nos termos do n.º 3 do artigo 87.º do RSCI, a infracção ao disposto no n.º 4 do artigo 10.º é sancionável com multa de $4 000,00 a $40 000,00 patacas. Além disso, de acordo com o n.º 4 do mesmo artigo, em caso de pejamento dos caminhos de evacuação, será solidariamente responsável a entidade que presta os serviços de administração ou de segurança do edifício. Considerando a matéria referida nos pontos 2 e 3 do presente edital, podem os interessados, querendo, pronunciar-se por escrito sobre a mesma e demais questões objecto do procedimento, no prazo de 5 (cinco) dias contados a partir da data da publicação do presente edital, assim como requerer diligências complementares e oferecer os respectivos meios de prova, em conformidade com o disposto no n.º 1 do artigo 95.º do RSCI. O processo pode ser consultado durante as horas de expediente nas instalações da Divisão de Fiscalização do Departamento de Urbanização desta DSSOPT, situadas na Estrada de D. Maria II, n.º 33, 15.º andar, em Macau (telefones n.os 85977154 e 85977227).
RAEM, 4 de Outubro de 2019
Macau, aos 9 de Outubro de 2019 O Director da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes Li Canfeng
O Director dos Serviços, Subst.º Shin Chung Low Kam Hong
HM • 2ª VEZ • 11-10-19
HM • 2ª VEZ • 11-10-19
ANÚNCIO
ANÚNCIO
Proc. Execução Ordinária n.º
Exequente:
Torna-se público que, nos termos do artigo 29.º do Regulamento Administrativo n.º 5/2014 (Regulamentação da Lei do planeamento urbanístico), a DSSOPT vai proceder-se à recolha de opiniões dos interessados e da população respeitantes aos projectos de Planta de Condições Urbanísticas (PCU) elaborados para as zonas não abrangidas por plano de pormenor mas inseridas nos lotes abaixo indicados: ─ Processo N.º: 86A236, Estrada da Penha no493 e Rua da República nos157-159-Macau; ─ Processo N.º: 91A214, Terreno junto à Avenida Padre Tomás Pereira-Taipa; ─ Processo N.º: 2005A020, Terreno junto à Rua dos Ervanários-Macau; ─ Processo N.º: 2008A044, Terreno junto à Estrada do Istmo–Lotes “5” e “6” (The Venetian) e Jardim Tropical – Zona de Aterro entre Taipa e Coloane ; ─ Processo N.º: 2008A047, Beco da Carpideira no6-Macau; ─ Processo N.o: 2012A046, Rua das Gaivotas nos8-18-Taipa; ─ Processo N.º: 2013A006, Travessa do Mercado Municipal no33-Macau; ─ Processo N.º: 2015A005, Travessa dos Becos nos18-20-Macau; ─ Processo N.o: 2018A070, Rua da Ribeira do Patane nos50-50A-Macau; ─ Processo N.º: 2018A091, Rua dos Ervanários nos16-18-Macau; ─ Processo N.º: 2018A094, Rua de Cinco de Outubro nos5-9A-Macau; ─ Processo N.º: 2018A109, Rua de Manuel de Arriaga no40 e Travessa da Barca no28-Macau; ─ Processo N.º: 2019A010, Terreno junto à Estrada de Nossa Senhora de Ká Hó-Coloane; ─ Processo N.º: 2019A029, Rua de S. Miguel no36-Macau. Para efeitos de referência, os projectos de PCU para as zonas dos lotes supracitados que não estão abrangidas por plano de pormenor já estão disponíveis para consulta no Departamento de Planeamento Urbanístico, situado na Estrada de D. Maria II n.º 33, 19º andar, Macau, e encontram-se afixados na Rede de Informação de Planeamento Urbanístico desta Direcção de Serviços (http://urbanplanning.dssopt.gov.mo). O período de recolha de opiniões tem a duração de 15 dias e decorre entre 11 de Outubro de 2019 e 25 de Outubro de 2019. Caso os interessados e a população queiram apresentar as opiniões sobre os referidos projectos de PCU de zona do território não abrangida por plano de pormenor, deverão preencher o formulário O011,o qual pode ser descarregado nos websites http:// urbanplanning.dssopt.gov.mo ou www.dssopt.gov.mo, ou levantado nesta Direcção de Serviços (Estrada de D. Maria II n.º 33, Macau), podendo submetê-lo no período de recolha de opiniões através dos seguintes meios: ─ Comparecendo pessoalmente: Estrada de D. Maria II n.º 33, Macau, durante o horário de expediente nos dias úteis ─ Correio: Estrada de D. Maria II n.º 33, Macau (o prazo limite de entrega é contado a partir da data de envio indicada no carimbo do correio) ─ Fax: 2834 0019 ─ Email: pcu@dssopt.gov.mo Serão consideradas as opiniões respeitantes aos projectos de PCU de zona do território não abrangida por plano de pormenor elaborados para os lotes, quando forem apresentadas de acordo com as exigências acima indicadas. Para mais informações podem pesquisar o website http://urbanplanning.dssopt.gov.mo e para qualquer informação adicional queiram contactar o Centro de Contacto desta Direcção de Serviços (8590 3800).
CV2-16-0229-CEO
2º Juízo Cível
BANCO INDUSTRIAL E COMERCIAL DA CHINA (MACAU) S.A. (中國工商銀行 (澳門)股份有限公司), com sede em Macau, na Av. da Amizade, nº555 – Macau Landmark, Torre ICBC, 18º andar.
Executado: Lou Kin Hang (盧健恆), divorciado, com última residência conhecida em Macau, na Rua Central da Areia Preta, nº 135 – edf. Polytec Garden, bloco VI, 30º andar AP, ora ausente em parte incerta. Faz-se saber que nos autos acima indicados são citados os credores desconhecidos dos executados acima indicados, para no prazo de Quinze dias, que começa a correr depois de finda a dilação de Vinte Dias, contada da data da segunda e última publicação do anúncio, reclamar o pagamento dos seus créditos pelo produto do bem penhorado sobre que tenham garantia real. IMÓVEL PENHORADO Denominação: Fracção autónoma designada por “A5” do 5º andar “A” Situação: Rua Nova de S. Lázaro s/n Fim: Para habitação Número de matriz: artº 073845 Número de descrição na Conservatória do Registo Predial: nº 22839 do Livro B. Aos 23 de Setembro de 2019.
Execução Ordinária n.º Exequente:
Executado:
CV2-16-0233-CEO
2º Juízo Cível
BANCO INDUSTRIAL E COMERCIAL DA CHINA (MACAU) S.A. (中國工商銀行 (澳門)股份有限公 司), com sede em Macau, na Avenida da Amizade, nº555 – Macau Landmark, Torre ICBC, 18º andar. LAO IOK PANG (劉煜鵬), casado, com último endereço conhecida em Macau, na Rua da Paris, nº 10-38, - Edifício “Centro Comercial Cheng Feng”, 8º andar “A”, ora ausente em parte incerta.
Nos autos supra identificados, foi designado o dia 26 de Novembro de 2019, pelas 11:00 horas, neste Tribunal, para a venda por meio de propostas em carta fechada, o bem penhorado abaixo identificado. Imóvel penhorado Denominação da fracção autónoma: “A3”, do 3º andar “A”. Situação: Em Macau, na Rua Nova de S. Lázaro, S/N. Fim: Para habitação. Número de matriz: 073845.Número de descrição na Conservatória do Registo Predial: 22839, do Livro B.Número de inscrição do proprietário: 306717G.Valor a nunciar para a venda: MOP$4.850.400,00 (Quatro Milhões, Oitocentas e Cinquenta Mil, Quatrocentas Patacas). Os preços das propostas devem ser superior aos valores a anunciar acima indicados. Os interessados na compra devem entregar a sua proposta em carta fechada, com indicação nos envelopes das propostas, a seguinte expressão “proposta em carta fechada, 2º Juízo Cível” e o “Processo Número: CV2-16-0233-CEO”, na Secção Central deste Tribunal, até o dia 25 de Novembro de 2019, até 17:45 horas, podendo os proponentes assistir ao acto da abertura das propostas. É fiel depositário Sr. WONG SENG FONG, residente em Macau, Taipa, na Rua de Nam Keng, Nova City, Torre 4, 13º andar C, que está obrigado, durante o prazo dos edital e anúncio, a mostrar o bem imóvel a quem pretenda examiná-lo, podendo fixar as horas em que, durante o dia, facultará a inspecção. Quaisquer titulares de direito de preferência na alienação do imóvel supra referido, podem, querendo, exercerem o seu direito no próprio acto da abertura das propostas, se alguma proposta for aceite, nos termos do artº 787º do C.P.C.M. Macau, aos 27 de Setembro de 2019.
Assine-o TELEFONE 28752401 | FAX 28752405 E-MAIL info@hojemacau.com.mo
www.hojemacau.com.mo
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sexta-feira 11.10.2019
As representações de alto nível de Pequim e de Washington voltam à mesa para tentar acabar com a guerra comercial entre as duas nações. Acontecimentos recentes como a posição da liga norte-americana de basquetebol sobre os protestos em Hong Kong ou a decisão da Casa Branca de restringir a exportação de tecnologia para empresas de tecnologia chinesas não deixam antever um desfecho positivo
R
EPRESENTANTES da China e dos Estados Unidos iniciaram ontem, em Washington, a 13.ª ronda de negociações por um acordo que ponha fim à guerra comercial que dura há quinze meses e ameaça a economia mundial. O vice-primeiro-ministro chinês Liu He lidera a delegação de Pequim, que inclui ainda o ministro do Comércio ou o governador do banco central da China. Do lado americano, a delegação é liderada pelo representante do Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
GUERRA COMERCIAL CHINA E EUA VOLTAM A TENTAR ACORDO EM NOVA RONDA DE NEGOCIAÇÕES
Conversas minadas
-americana, sobretudo o sector manufactureiro. Uma pesquisa privada difundida na semana passada apurou que a produção industrial dos EUA caiu para o nível mais baixo desde 2009, durante o pico da crise financeira internacional. Os dois governos fizeram gestos conciliatórios nas semanas que antecederam a nova ronda negocial, incluindo suspender ou adiar a entrada em vigor de novas taxas alfandegárias. No entanto, analistas consideram improvável que haja um acordo em breve, face à ausência de progresso em pontos essenciais: Pequim recusa fazer o tipo de reformas substanciais exigidas por Washington, porque reduziriam as aspirações dos líderes chineses ao domínio tecnológico que consideram crucial para a prosperidade futura e elevação do estatuto global do país. "Estou a conduzir negociações duras, mas tinha de o fazer", afirmou Trump, na quarta-feira.
ABALOS VÁRIOS Analistas consideram improvável que haja um acordo em breve, face à ausência de progresso em pontos essenciais
Pequim e Washington impuseram já taxas alfandegárias adicionais sobre centenas de milhares de milhões de dólares das exportações de cada um, numa disputa motivada pela política de Pequim para o sector tecnológico. Em causa está o plano "Made in China 2025", que visa transformar as empresas estatais chinesas em potências tecnológicas, com capacidades em sectores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros eléctricos. Os EUA consideram que aquele plano viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empre-
HK Apple remove aplicação que seguia polícia
A gigante tecnológica norte-americana Apple removeu ontem da sua loja 'online' uma aplicação para 'smartphone', após críticas da China, que permitia aos activistas de Hong Kong seguir os movimentos da polícia. Os criadores da HKmap.live divulgaram uma mensagem que afirmaram ser da Apple, na qual se explicava que a aplicação de transporte urbano "tinha sido usada para atacar e emboscar a polícia" e "ameaçar a segurança pública". "A aplicação mostra as posições policiais e verificámos com o gabinete de cibersegurança e crime tecnológico de Hong Kong que foi usada para atingir e emboscar a polícia, ameaçar a segurança pública", afirmou a Apple, segundo os 'designers'. A empresa norte-americana, devido a interesses empresariais na China continental, sempre se absteve de se posicionar sobre questões delicadas e, geralmente, cumpre as exigências de Pequim, removendo do país as aplicações consideradas inapropriadas.
sas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às firmas domésticas, enquanto as protege da competição externa. O Presidente norte-americano, Donald Trump, impôs já taxas alfandegárias adicionais sobre 360 mil milhões de dólares de bens oriundos da China, e planeia punir mais 160 mil milhões, a partir de meados de Dezembro, caso os dois lados não cheguem a acordo. A China retaliou com taxas alfandegárias adicionais sobre um total de 120 mil milhões de dólares de importações oriundas dos EUA, atingido sobretudo produtos agrícolas, tentando penalizar directamente Trump, já que é na
América rural que estão concentrados muitos dos seus eleitores.
ANALISTAS PESSIMISTAS
Um primeiro período de tréguas colapsou em Maio, após o Presidente norte-americano acusar o lado chinês de recuar em promessas feitas anteriormente. Segundo a imprensa dos EUA, o lado chinês terá revisto um rascunho do acordo, um documento com 150 páginas, e excluiu mecanismos legais que obrigariam as autoridades a cumprir com o acordo e outros pontos que implicavam reformas profundas no sistema económico chinês. Mas os atritos comerciais estão também a afectar a economia norte-
O período que antecedeu as negociações foi abalado pelo processo de destituição contra Trump, a polémica suscitada pela posição da liga profissional norte-americana de basquetebol sobre os protestos em Hong Kong ou a decisão da Casa Branca de restringir a exportação de tecnologia para várias empresas de tecnologia chinesas alegadamente envolvidas numa campanha repressiva contra minorias étnicas chinesas de origem muçulmana. Dentro da Administração Trump, alguns dos negociadores pedem a adopção de regulamentos mais rígidos contra Pequim em várias indústrias, visando reforçar a posição negocial durante as negociações, mas também potencialmente "dissociar" as duas maiores economias do mundo, caso não haja um acordo.
SÍRIA PEQUIM PEDE RESPEITO PELA SOBERANIA DE DAMASCO
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China pediu ontem respeito pela soberania da Síria, após o lançamento de uma ofensiva turca contra as forças curdas no norte do país. "A China sempre acreditou que a soberania, a independência e a integridade territorial da Síria devem ser respeitadas e preservadas", disse o
porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang. A comunidade internacional deve "evitar adicionar novos factores que complicam a situação", defendeu. A Turquia lançou, na quarta-feira, uma ofensiva no nordeste da Síria contra as forças curdas,
aliadas dos países ocidentais na luta contra os ‘jihadistas’ na região, provocando críticas internacionais e a ameaça de sanções por parte dos EUA. O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a operação em Ancara é "uma péssima ideia" e apelou a que o
homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, aja "racionalmente" e o mais "humanamente possível". No início desta semana, a retirada de tropas norte-americanas de áreas transfronteiriças na Síria e declarações contraditórias da Casa Branca abriram o caminho para a ofensiva.
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PLANO DE CORTE José Navarro de Andrade
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S modos e as inteligências mudam menos do que calcula a noção controversa e volúvel de progresso ou a noção espúria embora mais comum de evolução, inapropriada a um primata que se vem equilibrando nos membros traseiros há não mais do que 400.000 anos. Uma piscadela de olho na fita do tempo de vida do planeta. Tamanho foi o pavor, que depois de ter fugido até lugar onde a retina, os tímpanos e a pituitária já não recolhiam sinais da hecatombe, jurou D. José nunca mais dormir em edifício de alvenaria capaz de à primeira sacudidela lhe desabar na fidelíssima e majestática cerviz. Até ao fim dos seus dias viveu e despachou na Real Barraca da Ajuda também com outra e eufemística solenidade denominado de Real Paço de Madeira onde mais tarde se ergueria o subsequente palácio. Em abono da régia poltronaria seria injusto não comparar o abalo de 1755 às mais negras descrições bíblicas da cólera de Deus. Uma cidade sumamente poderosa e capital da cristandade pulverizou-se inumando os seus fiéis habitantes do modo mais torpe, súbito e brusco, sem lhes dar azo a unção ou prece que resgatasse os seus pecados e lhes salvasse a alma, reduzindo-os a cadáveres insepultos abandonados à imundície e ao relento. Mais angustiante ainda foi que tão implacável devastação haja ocorrido no dia de Todos-os-Santos e à hora em que tanto o povo simples como os seus maiores se congregavam nas igrejas louvando a Deus
11.10.2019 sexta-feira
A minha paz é ignorar
Terramoto e sequelas
O instrumento, o momento e a dimensão do cataclismo claro que levantaria questões. E das essenciais. Se a virtude de um retrato é a captura da índole profunda, e portanto volátil, do seu objecto poucos haverá tão fulgurantes – mesmo que pictoricamente sofrível – como o de Voltaire por Jean Hubert. Nele se flagra o fundibulário e filósofo mal saído da cama, de camisa de noite arregaçada, apenas enfiando uma perna no calção e já a ditar uma das suas controversas lettres ao secretário. É pitoresca a cena, porém credível. Um ano não era passado – tempo curto à velocidade de então – e capturando a mórbida mas suculenta tragédia para a sua causa da Luz sobre ela debitou cerca de 500 versos que fez publicar no opúsculo “Poemes sur le Desastre de Lisbonne et Sur la Loi Naturelle.” Eis o ponto fulcral: “Direis vós, perante tal amontoado de vítimas: / «Deus vingou-se, a morte deles é o
preço de seus crimes»? / Que crime, que falta comentaram estes infantes / Sobre o seio materno esmagados e sangrantes? / Lisboa, que não é mais, teve ela mais vícios / Que Londres, que Paris, mergulhadas nas delícias? / Lisboa está arruinada e dança-se em Paris.” Hoje é um dado adquirido o mérito do pragmatismo de Sebastião José na ocasião apenas Secretário de Estado dos Negócios Interiores ainda longe do título de Conde de Oeiras e longíssimo do marquesado de Pombal. Sem querer saber das causas da catástrofe, repugnando o proverbial “parar para pensar”, não menos concomitante à inteligência lusa do que o “ir ao fundo do problema,” mouco às vozes de peritos que discutiam as verdadeiras e estabelecidas doutrinas acerca do fenómeno e das urgentes medidas a tomar no sentido de asseverar estremecida e incansavelmente a nossa fé na glória do Altíssimo para que ele não se voltasse a zangar connosco, o que Sebastião José
Fazer das vítimas os perpetradores primeiros da sua própria desgraça é ponderação que não só tem feito o seu curso como parece ter recrudescido. Seja a gaja que estava a pedi-las porque veio à rua de mini-saia justa, seja a sociedade hétero-parental dominada pelo homem branco a produtora do terrorismo bombista, o que não falta por aí são enunciados dignos de Malagrida
fez foi “enterrar os mortos e salvar os vivos”, aforismo quase de certeza fictício, mas, como é frequente nas lendas, bastante acurado e explicativo. A opinião pública da época, que dela só sabemos pela publicada, amedrontou-se muito com a impiedade e a desavergonhada impenitência de Sebastião José. Assim se congregou ela em torno das popularíssimas prédicas do Jesuíta italiano Gabriel Malagrida provedoras de bálsamo às almas inquietas. Um santo, exclamava o povo. No mesmo ano em que Voltaire contendia pelas “causas naturais” Malagrida distribuía pelas igrejas o folheto “Juízo da verdadeira causa do terremoto, que padeceo a corte de Lisboa.” Em resumo dizia ele isto: “Sabe pois, oh Lisboa, que os únicos destruidores de tantas casas e palácios, os assoladores de tantos templos e conventos, homicidas de tantos seus habitadores, os incêndios devoradores de tantos thesouros,(...) não são contingências ou causas naturaes; mas são unicamente os nossos intoleráveis pecados.” Rir-se-á deste argumento quem não entender que a sua racionalidade não envelheceu uma letra. Fazer das vítimas os perpetradores primeiros da sua própria desgraça é ponderação que não só tem feito o seu curso como parece ter recrudescido. Seja a gaja que estava a pedi-las porque veio à rua de mini-saia justa, seja a sociedade hétero-parental dominada pelo homem branco a produtora do terrorismo bombista, o que não falta por aí são enunciados dignos de Malagrida.
ARTES, LETRAS E IDEIAS 13
sexta-feira 11.10.2019
OFício dos ossos
Valério Romão
Uma recordação estival
N
ÃO me lembro da idade precisa que tinha quando descobri que havia uma diferença anatómica vincada entre homens e mulheres. Já tinha obviamente uma noção, embora vaga e indistinta, que por debaixo das roupas diferentes que cada um usava se escondia uma realidade capaz de afastar uns e outros tanto quanto aproximar. Aos seis, sete anos, tudo é ainda muito confuso (não se infira desta afirmação que a confusão se dissipa com o passar do tempo, apenas muda). A minha mãe e o meu pai, no Verão, alistavam-se na apanha da cereja para compor o mealheiro familiar. Embora se ganhasse muito melhor em França do que no Portugal do início dos anos oitenta, o dinheiro nunca nos sobrava de tal modo que não precisássemos de pensar nele. Era uma actividade razoavelmente bem paga, por não haver assim tanta gente disposta a fazê-la. A maior parte dos trabalhadores eram imigrantes que aproveitavam os tempos mortos de Verão ou alguns dias de férias ocasionais para fazer uns trocos. Por vezes, quando ia com eles e por ser demasiado jovem para contribuir activamente para economia familiar, ficava na casa dos donos da fazenda ou na casa dos caseiros, a brincar com os filhos de uns ou de outros. A maior parte das vezes, era apenas ignorado. Embora tivesse nascido em França e falasse um francês escorreito, era ainda assim filho de emigrantes, um estatuto que condicionava as pessoas a relacionarem-se comigo como se eu fosse apenas uma espécie de caricatura. Era depois de almoço, cerca das três da tarde. A governanta tinha instruções para pôr a criançada toda a dormir – ou a fingir que dormia – pelo menos uma horinha. Era uma família grande; entre avós, pais, tios, primos e filhos deviam ser uns trinta e, ainda assim, o que não faltava naquele casarão era espaço. Eu não fazia a sesta há mais de três anos, mas a minha margem de manobra para discordar do que quer que fosse era ainda menor do que na minha própria casa. Fomos levados para um quarto enorme, repleto de beliches, uma espécie de incubadora de gaiatos com duas janelas minúsculas a uma altura à que nenhum de nós conseguia chegar. Ser obrigado a dormir quando não se tem sono é o equivalente a ser obrigado a comer o terceiro prato de cozido à portu-
guesa na casa da avó quando já na segunda volta não se tinha fome. Eu não tinha qualquer vontade de dormir mas, para ser franco, nem os mais novos me pareciam ter sono. À distância que me encontro agora do local e tempo em que vivi esta vida – que a maior parte das vezes não me parece ser sequer minha –, acho que
a obrigação de pôr aquela gaiatada toda a dormir era apenas uma forma de garantir que a governanta tinha tempo para organizar o jantar. Lembro-me de partilhar a cama com uma das miúdas mais velhas, que devia ter os seus oito, nove anos. Mal trocáramos umas palavras antes de a governanta
Quando finalmente nos deixaram sair do quarto, eu não fazia ainda ideia de que o constrangimento podia ser a pontuação possível da intimidade. Lá fora a chuva de Verão aproximava-se como se de uma parede móvel se tratasse
achar por bem nos arrumar lado a lado no tetris das camas. A menina queixava-se também de não ter sono. Mas fazia-o como se eu não estivesse ali e a conversa dela se dirigisse a um amigo imaginário ou mesmo ao tecto. A certa altura pegou-me na mão e meteu-ma por baixo dos calções dela e das cuecas. Eu não sabia o que fazer. Mais: não sabia sequer se tinha de fazer alguma coisa. Em boa verdade, acho que nem ela sabia. Limitou-se a mexer-me a mão como se guiasse os braços desajeitados de uma marioneta. Quando finalmente nos deixaram sair do quarto, eu não fazia ainda ideia de que o constrangimento podia ser a pontuação possível da intimidade. Lá fora a chuva de Verão aproximava-se como se de uma parede móvel se tratasse.
14 (f)utilidades POUCO
?
NUBLADO
O QUE FAZER ESTA SEMANA Diariamente
EXPOSIÇÃO | “LÍNGUA FRANCA – 2ª EXPOSIÇÃO ANUAL DE ARTES ENTRE A CHINA E OS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA” Vivendas Verdes e Antigo Estábulo Municipal de Gado Bovino Até 8 de Dezembro EXPOSIÇÃO | EXPOSIÇÃO DE PINTURA LUSÓFONA Clube Militar | 26 de Outubro EXPOSIÇÃO | “QUIETUDE E CLARIDADE: OBRAS DE CHEN ZHIFO DA COLECÇÃO DO MUSEU DE NANJING” MAM | Até 17 /11 EXPOSIÇÃO | “HOT FLOWS - PEARL RIVER DELTA ARTS RETROSPECTIVE” Armazém do Boi | Até 13 /10
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Democráticas da Síria (FDS). “Neste momento temos ‘calma tensa’ na fronteira desde as 03:00 disse o porta-voz das FDS, Kino Gabriel. “Muitos civis foram mortos ou ficaram feridos nos bombardeamentos contra as cidades e povoações da fronteira, incluindo mulheres e crianças.”
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UM LIVRO HOJE
0 9 0 8 9 8 1 6 7 42 34 53 3 6 3 5 7 9 2 4 81 8 7A2obra 3 7 de 4 3um 54dos 15mais 81im08 60 6 4 9 5 9escritores 6 0 portu8 23 2 71 4 portantes 8 2 contemporâneos 1 0 4 3 7é 95 9 2gueses uma ode à essência humana 1 6 3 ela 2 é,0com5 49 4 1e7à vida como 5 08 0e desencontros, 9 7 4 36 3 12 5 encontros paixões e ódios. 09 40 24 82 68Ler 16esta 71 57 5 obra de Virgílio Ferreira, 3 faz 6 parte 2 5do 1currículo 9 0 78 7 6que 1 7ensino 4 7 secundário 8 3 5 em 1 4do 69 06 20 Portugal, é também sentir o Alentejo de outros tempos e passear por Évora sem na verdade pisar as pedras das suas calçadas. Um livro onde o regresso é essencial. Andreia Sofia Silva
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O chico-espertismo que existe no 43 turismo em Macau não tem limites, 8 7 2 parecem 3 9 4fechar 6 1 e as autoridades 9 a1situações 5 0 incompreen7 6 3 4 os olhos síveis6num0território que 4 8 1 pretende 2 5 9 ser o tal centro internacional de 4 e5lazer. Não 3 2 8se percebe 0 7 6 turismo como1é possível 6 7 9a venda 3 5de 0ex-8 cursões que permitem pernoitar 3 9 8 4 0 1 2no5 parque de campismo de Hac-Sá, 5 2 a0destruição 6 4 do 7 meio 9 3 promovendo ambiente 7 e8um1turismo 5 2sem9rei nem 4 0 roque,0nem regras ou higiene. 3 6 7 5 8 1Foi2 notícia a venda das excursões com 2 4 9 1 6 por 3 400 8 7 inclusão de campismo renmimbi, e questiono-me como é que a Direcção dos Serviços de 45 Turismo permite que isto aconteça. 9 é que 8 permite 1 3 que 4 estas 2 0 Mais:6 como agências ou grupos promotores 7 2 5 0 9 6 3 4 deste tipo de viagens continuem a 6 7 1 5 8 operar0na 4 RAEM sem2a aplicação 3 5 4 9tipo7de sanções. 8 0 1 de multas ou outro Na zona norte, também 2 1 3 8 0 5não6se7 compreende o que fazem grupos 8 7chineses 1 5 plantados 4 3 9nas6 de turistas ruas à4porta 3 de0lojas 2 de6joias 9 e8ou-5 tras coisas 5 8que9tais.4Nas 1 Ruínas 2 7de3 São Paulo, é o caos e a total falta 1 0 2 6É este 8 o7tipo4de9 de reordenamento. turismo 9 que 6 se7pretende 3 5 ter0para1os2 próximos anos? Andreia Sofia Silva
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5 | VIRGÍLIO 0 1 6 4 3 (1959) 8 9 APARIÇÃO FERREIRA 4 3 9 6 2 8 1 7 0
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47 METERS DOWN: UNCAGED SALA 1
JOKER [C] Um filme de: Todd Phillips Com: Joaquin Phoenix, Robert de Niro, Zazie Beetz 14.30, 16.45, 19.15, 21.30 SALA 2
GEMINI MAN [C] Um filme de: Ang Lee
Com: Will Smith, Mary Elizabeth Winstead, Clive Owen, Benedict Wong 14.30, 16.45, 19.15, 21.30 SALA 3
47 METERS DOWN: UNCAGED [C] Um filme de: Johannes Roberts Com: Sophie Nélisse, Corinne Foxx, Sistine Stallone, Brianne Tju 14.30, 16.30, 19.30, 21.30
www. hojemacau. com.mo
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opinião 15
sexta-feira 11.10.2019
um grito no deserto PAUL CHAN WAI CHI
N
Patriotismo fatal
A China, existe uma celebração, enraizada no folclore local, designada por “Festival da Comida Fria”. Neste dia, as pessoas devem manter-se afastadas de qualquer tipo de fogo, inclusivamente da chama do fogão. A festa celebra-se no dia anterior ao Dia de Cheng Ming (Dia de Finados). Reza a lenda que a tradição teve origem num incidente histórico trágico. Durante os Anais das Primaveras e dos Outonos (620 AC), o Estado de Jin debatia-se com lutas internas e o filho do duque, herdeiro do trono de Jin, foi forçado a um longo exílio, antes de regressar a casa para reclamar o trono que lhe pertencia por direito próprio. No momento de recompensar os súbditos que o ajudaram durante o exílio, esqueceu-se de um dos que lhe tinham sido mais fiéis. Este leal e injustiçado servidor abandonou o Estado de Jin e foi viver para as montanhas. Quando o duque se apercebeu do seu erro, foi pessoalmente até às montanhas à sua procura, na esperança de poder reparar o mal que tinha feito. Mas a zona era muito vasta e o vassalo queria manter-se escondido. Após vários dias de buscas, o duque continuava sem o encontrar e foi aí que alguém propôs que se devia pegar fogo à floresta para o obrigar a sair do esconderijo. Mas, no final o que encontraram foi o seu corpo carbonizado, abraçado ao tronco de uma árvore. O duque amava o seu servo, mas usou o método errado para lhe demostrar o seu apreço e tentar recompensá-lo. As boas intenções transformaram-se em actos malignos e acabaram numa tragédia. Devastado pelo remorso, o duque proíbiu o povo de acender o lume no dia em que se assinalava o aniversário do trágico acontecimento, para homenagear o seu leal servidor e para se impedir a si próprio de voltar a cometer actos cruéis de futuro. Mas, ignorando esta lição, há quem ande a incendiar Hong Kong. A implementação da revisão da “Lei de Extradição” iria impedir que Hong Kong fosse um paraíso para criminosos domésticos e estrangeiros. Mas a forma como Carrie Lam lidou com toda esta situação deixou muito a desejar. Esta forma de actuar, adicionada à influência das ideologias de extrema-esquerda, internas e externas, fez com que o movimento contra a “Lei de Extradição” acabasse por se transformar gradualmente num conflito entre os manifestantes e a polícia, um campo de batalha entre o campo pró-governamental e o campo pró-democrático e uma moeda de troca nas negociações comerciais sino-americanas.
Todos estes factores se conjungaram para mergulhar a cidade na agitação e no caos. Após a promulgação da “Lei Anti-Máscaras”, o conflito acalmou, mas criou-se uma enorme insatisfação popular. Como o Governo não quis criar a Comissão de Inquérito Independente para averiguar a actuação da Polícia, não há forma de investigar as supostas atrocidades cometidas durante os motins. Teorias da conspiração e inverdades de ambos os lados continuam a grassar, sem que ninguém as consiga travar. Não se conseguem resolver as tensões criadas entre o Governo e a população e ambos os lados revelam incapacidade de autocrítica. É possível que a situação se venha a resolver com a imposição de medidas drásticas. Se vier a ser o caso, Hong Kong ficará “ferida de
Teorias da conspiração e inverdades de ambos os lados continuam a grassar, sem que ninguém as consiga travar. Não se conseguem resolver as tensões criadas entre o Governo e a população (de Hong Kong) e ambos os lados revelam incapacidade de autocrítica
morte”. Seria esta acção radical, patritótica e motivada pelo “amor a Hong Kong”? Durante o século XX, não se cultivou na China uma tradição de políticas negociais nem de reflexão, tendo-se recorrido por sistema à força para resolver os problemas. Deng Xiaoping concebeu a ideia de “um país, dois sistemas”, com a intenção de usar Hong Kong e Macau como modelos para abrir caminho à resolução pacífica do problema de Taiwan. Em Macau, o cenário político ficou definido depois dos acontecimentos do “Motim 1-2-3”, ocorrido em 1966, e o princípio “um país, dois sistemas” foi aplicado com sucesso na cidade. Mas em Hong Kong, após os “motins esquerdistas de 1967”, estabeleceu-se um forte pluralismo político. Por isso, a actual situação de Hong Kong não pode ser resolvida “com pulso de ferro” ou apenas com o uso da força policial. Enquanto as ideologias de extrema-esquerda dominarem a cena polítca de Hong Kong, o modelo “um país, dois sistemas” corre o risco de se vir a tornar no modelo “um país, um sistema” a qualquer momento. A situação política e a preparação para as eleições presidenciais de 2020 em Taiwan também têm sido largamente afectadas, ao longo dos últimos meses pelo movimento contra a “Lei de Extradição” de Hong Kong. Os instigadores de acções levadas a cabo em nome do patriotismo, mas que prejudicam o país que dizem defender, serão inevitavelmente condenados pela História.
Ex-deputado e antigo membro da Associação Novo Macau Democrático
Até mesmo o Olimpo é um deserto se não existir amor. Heinrich Von Kleist
sexta-feira 11.10.2019
PALAVRA DO DIA
TÓQUIO 2020 NAOMI OSAKA OPTA PELA NACIONALIDADE JAPONESA
A
Casamento Sabrina Ho desiste de Portugal
Sabrina Ho, filha mais velha de Stanley Ho e da deputada Angela Leong, desistiu da intenção de casar-se num castelo em Portugal, como havia sido noticiado anteriormente. Sabrina, de 29 anos, está noiva de Thomas Xin, de 21 anos que é natural do Interior da China e o casal teve, em Agosto, uma filha. Anteriormente tinham revelado a intenção de casar-se em Portugal, mas, segundo o jornal Apple Daily, houve uma mudança de planos, relacionada com a agenda preenchida da filha do magnata, por motivos familiares e profissionais. A cerimónia deverá assim ter lugar no British Museum, em Londres, em Junho de 2021. O facto da família Ho estar entre os mecenas da instituição londrina terá facilitado o pedido.
UM Primeiro concurso de tradução chinês-português
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A Universidade de Macau (UM) anunciou ontem que vai realizar, no dia 28 deste mês, o primeiro concurso de tradução chinêsportuguês, com a participação de instituições locais e do interior da China. A primeira edição do evento é organizada em conjunto pela UM e a Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim, com o objectivo de incentivar alunos de português a “participarem na prática de tradução”, mas também para “descobrir e premiar tradutores qualificados das duas línguas”, lê-se num comunicado da UM. A organização indicou ter recebido, na fase preliminar, 66 trabalhos de 21 instituições de ensino superior de Macau e do interior da China. “Após uma avaliação de todos os trabalhos recebidos pelos membros do júri, com critérios unificados, serão seleccionados 30 candidatos, que serão convidados para a final na Universidade de Macau”, no dia 28, refere a mesma nota.
Conversa afiada Presidente de Taiwan acusa China de constituir “grande desafio” à paz e estabilidade
A
Presidente de Taiwan disse ontem que a China tem ameaçado constantemente a ilha, constituindo um “grande desafio” à paz e estabilidade regionais, numa altura em que Pequim tenta isolar diplomaticamente o território. “A China usa a fórmula ‘um país, dois sistemas’ para nos ameaçar constantemente, efectua todo o tipo de ataques e ergue desafios virulentos à paz e à estabilidade regionais”, defendeu Tsai Ing-wen, no discurso que marcou o Dia Nacional de Taiwan. As declarações de Tsai surgem numa altura em que Hong Kong é palco dos maiores protestos pró-democracia desde a transferência da soberania do território do Reino Unido para a China, em 1997. A líder taiwanesa considerou que a contestação social na região semiautónoma chinesa expõe “o fracasso” da fórmula ‘um país, dois sistemas’, e prometeu defender a soberania de Taiwan. Taiwan “não teria espaço para sobreviver se aceitasse a fórmula ‘um país,
dois sistemas’”, afirmou. Rejeitar aquela fórmula, que garante o estatuto semiautónomo de Hong Kong e de Macau, é o “maior consenso entre os 23 milhões de habitantes de Taiwan, independentemente da filiação partidária ou posição política”, sublinhou.
NADA A DIZER
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política
Taiwan “não teria espaço para sobreviver se aceitasse a fórmula ‘um país, dois sistemas.’” TSAI ING-WEN PRESIDENTE DE TAIWAN
soberana, e ameaça usar a força caso a ilha declare independência. Pequim cortou os mecanismos de diálogo com Taipé desde a eleição de Tsai Ing-wen, do Partido Progressista Democrático (DPP, sigla em inglês), pró-independência, em 2016, e afirmou que só aceita voltar atrás se a líder taiwanesa declarar que a ilha é parte da China. Tsai concorre a um segundo mandato nas eleições que se realizam no início do próximo ano.
APOIO REPUBLICANO
Em contraste com a parada militar que, no dia 1 Outubro, assinalou os 70 anos desde a fundação da República Popular da China, em Pequim, com uma demonstração de mísseis balísticos intercontinentais, Taiwan realizou uma celebração mais discreta, que sublinhou a abertura do território, incluindo através da participação de dezenas de imigrantes. “Quando a democracia está sob ameaça, devemos erguer-nos para protegê-la. Como Presidente, devo defender a soberania e assegurar a sobrevivência
de Taiwan”, afirmou Tsai. Desde que Tsai Ing-wen foi eleita Presidente, sete países, incluído São Tomé e Príncipe, cortaram relações diplomáticas com Taipé, que conta agora apenas 15 aliados diplomáticos. E após o XIX Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), em 2017, as incursões de aviões militares chineses no espaço aéreo da ilha intensificaram-se, levando analistas a considerarem como cada vez mais provável uma invasão da China. No entanto, o apoio militar dos Estados Unidos a Taipé tem aumentado, o que constitui outra fonte de tensão entre Washington e Pequim. Numa demonstração de apoio a Tsai, o senador Ted Cruz, do Partido Republicano, participou ontem nas comemorações do Dia Nacional em Taipé. Tratou-se da primeira participação de um senador norte-americano naquelas comemorações em 35 anos, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan.
tenista Naomi Osaka optou pela cidadania japonesa e abdicou da nacionalidade norte-americana, para poder representar o Japão nos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio, informou ontem a NHK, televisão pública do Japão. A jogadora, de 21 anos, estava obrigada a escolher uma de entre as duas nacionalidades até completar 22 anos, conforme estabelece a lei nipónica. De mãe japonesa e pai haitiano, Osaka optou pelo seu país de nascimento, de forma a poder representar o Japão nos Jogos Olímpicos, apesar de ter crescido nos Estados Unidos e de possuir passaporte americano. “Para mim será um sentimento especial poder representar o Japão nos Jogos de Tóquio. Creio que vou conseguir sentir mais as minhas emoções ao jogar pelo orgulho do país”, disse Osaka à NHK. Osaka, vencedora no domingo do torneio de Pequim e actual terceira no ‘ranking’ mundial, já tinha representado o Japão na Fed Cup e na Hopman Cup. A jogadora nascida em Osaka foi a primeira japonesa a vencer um torneio do Grand Slam, ao derrotar Serena Williams na final do US Open em 2018, meses antes de ganhar também o Open da Austrália, no arranque de 2019.