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Agência Comercial Pico • 28721006
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Director carlos morais josé • segunda-feira 11 de abril de 2011 • ANO X • Nº 2347
tempo pouco nublado min 20 max 28 humidade 50-95% • câmbios euro 11.5 baht 0.26 yuan 1.23
Adolescente suicida
PRESSÃO DA ESCOLA ACABA COM VIDA E REACENDE DEBATE • ÚLTIMA
EUA alertam para discriminação de não residentes
Direitos desprezados O comentário feito por Shuen Ka Hung, director dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), de que os migrantes não satisfeitos podiam voltar para a sua terra, não ficou bem a Macau no relatório de direitos humanos referente a 2010 do Departamento de Estado norteamericano. O documento fala em injustiças e alerta o mundo que, neste pequeno território, os residentes ainda não podem escolher os seus governantes. > Página 6
Lei do Tabaco
TUDO A POSTOS PARA 2012 • PÁGINA 4
Implementação de ciclovias
A PEDALAR PARA CONVENCER GOVERNO A MUDAR • CENTRAIS
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actual Um estudo das maiores cidades do mundo até 2025 põe Macau no topo. Não pela população em si, mas pelo PIB per capita.
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as dez cidades que terão maior crescimento económico até 2025, nove estão na China, segundo estudo da consultoria McKinsey Global Institute. A pesquisa avaliou o peso económico actual e o futuro das cidades ao redor do mundo.
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Nove entre dez cidades que mais vão crescer estão na China
Macau será grande, muito grande Das 25 cidades com maior PIB per capita destacadas no relatório, aparece Macau, atrás de Oslo, Doha e Bergen, as primeiras da lista. “A força económica está, de facto, a transferir-se para o sul e, de forma mais decisiva, para o leste em um processo que está a ser puxado pela China”, disse Richard Dobbs, director do McKinsey Global. O estudo projecta o percentual de crescimento esperado para o período até
2025 e elabora um ranking que é liderado por Xangai e Pequim, seguidas por Nova Iorque, em terceiro lugar. Do quarto ao décimo lugar, todas as cidades são chinesas: Tianjin, Chongqing, Shenzhen, Cantão, Nanjing, Hangzhou e Chengdu.
Crescimento consolidado
A pesquisa não prevê apenas o percentual de expansão. Olha para frente e lista quais devem ser as cidades com
maiores economias em 2025. A composição desse grupo deve mudar radicalmente, segundo o instituto. Cidades do chamado mundo desenvolvido cairão do ranking para dar lugar a 136 debutantes. Entre esses 136 “novos ricos”, 100 estão na China. Outros 13 virão da Índia, e oito da América Latina. Com o sobe e desce do ranking, a China passará a ter 151 cidades na lista das 600. Apesar do avanço chinês no ranking das 600 mais
ricas, o topo da lista ainda é dominado por cidades do actual mundo desenvolvido. Nova Iorque fica em primeiro lugar, seguida de Tóquio, Xangai, Londres, Pequim, Los Angeles, Paris, Chicago, região metropolitana do Reno-Ruhr, Shenzhen e Tianjin.
Da fome ao trabalho temporário
Alheio aos números, o imigrante rural Tian Haikuan, de 53 anos, da província
de Hebei, trabalha como pintor de paredes num novo conjunto de escritórios em construção na cidade. “Não percebo como Tianjin está a crescer tanto não”, apontou. “Mas sei que o nosso país está a passar por mudanças muito grandes e tenho total confiança nos nossos líderes. Eles sabem o que é melhor para o povo chinês. Hoje como arroz ou a comida que quiser a qualquer hora. Para quem já passou fome como eu, isso é o que importa.”
Brasil defende “novo padrão de negociação”
Primeiro atelier luso em Pequim abre no final do mês
Baralhar as cartas do jogo
Um traço português
Brasil considera “estratégica” a relação com a China, mas segundo “um novo padrão de negociação comercial”, anunciou o ministro brasileiro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, numa entrevista difundida em Pequim na véspera da chegada da presidente Dilma Rousseff. “O Brasil tem um excedente comercial [com a China], mas queremos iniciar um novo padrão de negociação para nos ajudar a aumentar a nossa competitividade com transferência de tecnologia, por exemplo”, disse Pimentel em entrevista à agência noticiosa oficial chinesa. Pimentel é um dos quatros ministros que acompanhará Dilma Rousseff durante a visita da presidente brasileira à China, a partir de hoje. É a primeira visita de Estado de Dilma Rousseff fora do continente sul-americano e inclui a participação na cimeira anual dos BRICS, que reunirá na quinta-feira na ilha de Hainão os líderes do Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul. “A relação comercial com a China é estratégica. Queremos aprofundá-la e melhorá-la”, afirmou o ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Externo. A China é o principal parceiro comercial do Brasil e o seu maior investidor externo. Em 2010, o comércio bilateral aumentou 47,5%, para 62.540 milhões de dólares, com um saldo de 5620 milhões de dólares favorável ao Brasil. Soja, minério de ferro, celulose e petróleo dominam as exportações brasileiras para a China, mas o governo de Dilma Rousseff já indicou que quer “alargar o leque” e gostaria que os investimentos chineses não se concentrassem “excessivamente” no sector mineiro e da energia. Durante a visita de Dilma Rousseff Brasil e China deverão assinar pelo menos 15 acordos de cooperação em diversas áreas, da agricultura à energia, passando pelo desporto e a ciência.
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atelier de arquitectura “Miguel Saraiva e Associados” vai abrir um escritório em Pequim no final de Abril, tornando-se a primeira empresa portuguesa do ramo a estabelecer-se na capital chinesa, anunciou um responsável do empreendimento. “Temos muitos projectos em vista. As perspectivas são animadoras. A China está num crescimento
exponencial e Pequim é a capital do mundo em termos de construção”, disse à agência Lusa o director do novo escritório, Nuno Batista. Será o primeiro escritório da “Miguel Saraiva e Associados” na Ásia-Pacífico, mas o atelier tem também escritórios no Norte de África e na América do Sul, onde “já fez alguns projectos para construtoras chinesas”.
O novo escritório, a inaugurar “dia 25 ou 26 de Abril”, fica situado numa nova urbanização de Sanlitun, um dos mais bairros mais animados e cosmopolitas de Pequim. Nuno Batista congratulou-se com a atribuição do Premio Pritzker (o Nobel da Arquitectura) a Eduardo Souto Moura, há duas semanas, afirmando que essa distinção “mostra que a arquitectura em Portugal está boa”. O escritório da “Miguel Saraiva eAssociados” em Pequim arrancará com quatro pessoas, entre as quais dois arquitectos (um português e um local) e espera triplicar aquele número até 2013, indicou o responsável.
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política
Lei do tabaco | Alterações no diploma indicam conclusão e assinatura do parecer
Último passo anti-tabaco A última reunião da comissão encarregue de analisar a proposta anti-tabaco esclareceu as dúvidas levantadas na semana passada: é mesmo proibido fumar nas praias. Definidos ficaram também os locais com permissão para zonas de fumadores, como é o caso das instituições de ensino superior, e o estabelecimento de requisitos para a construção dessas áreas pelo Chefe do Executivo. Chan Chak Mo apresentou as alterações ao diploma que pode ser concluído e assinado nos próximos dias
Outras proibições impostas pelo diploma • Artigo 8.º Refere-se a informações relativas ao produto e é estabelecido um teor máximo de 17mg de alcatrão para os cigarros comercializados ou fabricados na RAEM. Se não cumprirem os requisitos, a lei prevê que sejam retirados de circulação no território um ano após a data de entrada em vigor da lei • Artigo 35.º Indica a remoção, no prazo de 90 dias, de todos os suportes expostos na RAEM que contenham imagens ou outros meios dissimuladores relativos a produtos do tabaco. Já os produtos que utilizem designações que sugiram que o produto é menos prejudicial à saúde, o novo diploma propõe que estes possam continuar a ser vendidos “desde que acompanhados de advertência especial a definir por despacho do Chefe do Executivo a publicar em Boletim Oficial da RAEM” • Proibido o tabaco de uso oral ou de inalação • Poibida a instalação de máquinas de venda de produtos de tabaco
Joana Freitas
P
joana.freitas@hojemacau.com.mo
ode ser assinado já na quarta-feira o parecer do novo diploma de Prevenção e Controlo do Tabagismo. A 2.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL) reuniuse ontem pela última vez com os representantes do Governo, depois de meia dezena de encontros que não esclareceram totalmente todas as dúvidas acerca da legislação. Chan Chak Mo, presidente da comissão, adiantou a data aos jornalistas acrescentando que já “foram introduzidas alterações ao texto legislativo”. Na última reunião da comissão surgiu a dúvida sobre a permissão ou não de se fumar nas praias. Ontem, Chan Chak Mo deixou esclarecida essa questão: é proibido fumar nas praias que estejam sob administração pública, como é o caso das duas únicas existentes no território, fiscalizadas pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) e pela Capitania dos Portos.
“Na versão inicial [do diploma] estava escrita a proibição de fumar nas praias, com excepção para as áreas delimitadas para o efeito. Mas isso era ambíguo, pois não estava bem definido a que praias se referia”, explicou o presidente da Comissão. As instalações aeroportuárias, terminais marítimos e estabelecimentos que comercializem produtos de tabaco encaixam-se na lista das permissões e poderão instalar áreas para fumadores. Neste conjunto estão ainda as instituições de ensino superior. Chan Chak Mo salienta que pela maioridade geral dos alunos das universidades e pelos professores, esta permissão é considerada legítima. “Nas instituições de ensino superior abriu-se a excepção, especialmente ao ar livre, não só para os professores mas também para os alunos, que têm mais de 18 anos.” Já os restaurantes, bares, salas de dança, estabelecimentos de sauna e massagens vão ter de se adaptar à proibição. No entanto,
como salientou o presidente da Comissão, a criação de zonas destinadas aos fumadores ou a proibição de fumar em determinados locais depende da responsabilidade do proprietário do estabelecimento. “Os responsáveis dos locais decidem ou não admitir fumo nas áreas ao ar livre, depende da decisão do estabelecimento”, disse Chan Chak Mo. Nos casinos, as áreas para fumadores podem ser alargadas até 50% do total do espaço destinado ao público. Por altura da segunda reunião, o deputado democrata Ng Kuok Cheong, membro da 2.ª Comissão, disse ao Hoje Macau discordar desta política de abertura aos casinos. “Este diploma, tal como está, não protege os trabalhadores dos casinos. Eles são os primeiros a contactar com o fumo durante várias horas seguidas e todos os dias”, realçou. Chan Chak Mo deu ontem o exemplo dos casinos de Singapura, onde os trabalhadores alternam entre as zonas de fumadores e de não fumadores. “Esta é uma técnica
que pode ser aplicada em Macau, de forma a proteger a saúde dos funcionários, mas ainda não é uma realidade, está em discussão com as operadoras de jogo”, disse o presidente. Relembre-se que mesmo após a entrada em vigor da lei, a 1 de Janeiro de 2012, os casinos terão um ano para construir as zonas de fumadores, período em que será permitido fumar em qualquer local, até 2013. Clarificada ficou ainda a decisão do Governo, em que “todos os requisitos para as áreas de fumadores vão ser uniformizados” e definidos em despacho do Chefe do Executivo. De salientar que este diploma já está a ser analisado pelo hemiciclo há dois anos. As últimas reuniões da Comissão levantaram muitas dúvidas principalmente no que diz respeito aos casinos e à redacção da legislação, que sugeria muitas disposições contraditórias e que chegou a estar em causa devido a um “erro de tipografia”.
Chan Chak Mo acrescentou que, apesar de estas alterações ao articulado trazerem definições mais claras, “o texto ainda vai ser limado”. Em resposta à questão levantada por um deputado acerca da tardia entrada em vigor da lei, o responsável da comissão explicou que ainda têm de ser feitos preparativos e organizados trabalhos, que incluem, por exemplo, a distribuição de panfletos. “Pode ser que durante esse tempo os fumadores pensem em deixar o vício”, brincou ainda. Depois da aprovação na especialidade na AL e do despacho do Chefe do Executivo, a lei poderá entrar em vigor. Prevista ficou ainda uma avaliação do Governo aos locais de fumo, de três em três anos, de forma a fiscalizar a situação e a saúde dos trabalhadores. As multas poderão ir das 400 às 100 mil patacas para fumadores ou estabelecimentos que violem as condições. O valor das coimas reverte para os Serviços de Saúde.
Empresários de Macau procuram oportunidades em Timor-Leste
Cinco meses depois da reunião ministerial do Fórum Macau para a cooperação económica e comercial entre a China e a lusofonia, uma delegação empresarial de Macau e da China visita Timor-Leste para avaliar oportunidades de investimento no país. A delegação, liderada pelo empresário de Macau Ng Fok, com interesses em áreas tão diversas como o turismo, hotelaria, e transportes, inclui vários grupos económicos de Macau e do continente, entre os quais empresas estatais interessadas na construção de infra-estruturas nos países de língua portuguesa.
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Ex-governadores Garcia Leandro e Carlos Melancia regressam
De passadeira vermelha O
s ex-governadores de Macau Garcia Leandro e Carlos Melancia chegam hoje ao território para uma visita de cinco dias a convite do Governo local. Com vários eventos na agenda de contactos, Garcia Leandro e Carlos Melancia começam a visita a Macau com um passeio na zona história que tem início no Museu de Macau, seguindo-se as Ruínas de São Paulo, o ex-líbris do turismo local, e a zona do Leal Senado, pontos que integram o circuito do centro histórico da cidade. “O que mais me motiva é ver se as coisas evoluíram em termos efectivos. Quero ver se ainda se mantêm aquele equilíbrio. Pelo menos sei que há mais garantias de futuro do que há 20 anos atrás para os portugueses que desejaram
Carlos Melancia
manter-se no território”, disse, aos microfones da Rádio Macau, Carlos Melancia, Governador de Macau de 1987 a 1990, ano em que se demitiu pelo designado Caso Fax, alegadamente por corrupção passiva. Foi ilibado do processo em 2002. Ainda no mesmo dia, os dois antigos governantes portugueses encontram-se com o actual líder do Governo, Fernando Chui Sai On, almoçam no Palácio da Santa Sancha, a residência oficial dos governadores portugueses e, depois, dos Chefes do Executivo de Macau, seguem para um encontro com Edmund Ho, o primeiro líder chinês da cidade, e ainda com o cônsul de Portugal que oferece mais tarde uma recepção na residência de Portugal. O dia de quarta-feira é preenchido com uma audiência
com o presidente da Assembleia Legislativa, Lau Cheok Va, e com diversas visitas a associações locais com a Associação Promotora da Associação dos Macaenses, Confraria da Gastronomia Macaense e Instituto Internacional de Macau, onde Garcia Leandro lança também o seu livro “Macau nos Anos da Revolução Portuguesa – 1974-1979”, antes de um jantar convívio com a comunidade no Clube Militar. Quinta e sexta-feira, Carlos Melancia e Garcia Leandro visitam a Universidade de Macau e outras associações como a Casa de Portugal, encontram-se com o bispo de Macau e, além de momentos livres, terminam a semana com entidades e velhos amigos a quem oferecem uma recepção. O regresso a Lisboa está marcado para a tarde de sábado.
Garcia Leandro
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DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE TURISMO ANÚNCIO
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A Região Administrativa Especial de Macau, através da Direcção dos Serviços de Turismo, faz público que, de acordo com o Despacho de 23 de Março de 2011, de Sua Excelência o Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, se encontra aberto concurso público para adjudicação da prestação do serviço de “Transporte de Material Pirotécnico, Morteiros e Materiais Sobressalentes destinados ao 23.º Concurso Internacional de Fogo de Artifício de Macau”. O Processo do Concurso, incluindo o Programa do Concurso, o Caderno de Encargos e Mapa de Caracterização, encontra-se patente na Direcção dos Serviços de Turismo, sita em Macau, na Alameda Dr. Carlos d´Assumpção, n.º s 335-341, Edifício “Hotline”, 12.º andar, onde correrá o processo de concurso. Nos dias úteis e durante o horário normal de expediente pode ser examinado o Processo do Concurso até ao dia e hora do acto público do Concurso, e levantadas cópias até ao termo do prazo de apresentação das propostas. Preço base: não fixado. Critério de apreciação das propostas: Preço Qualidade e valia técnica da proposta Experiência e competência técnica do concorrente Maior garantia de segurança e eficiência na prestação do serviço Maior flexibilidade dos prazos
30% 20% 20% 20% 10%
Caução provisória: MOP30,000.00 (trinta mil patacas), a prestar mediante garantia bancária ou depósito em dinheiro, efectuado directamente na Direcção dos Serviços de Turismo, ou no Banco Nacional Ultramarino de Macau através de depósito à ordem do Fundo de Turismo, na conta número: [8003911119]. Caução definitiva: 4% do preço total da adjudicação. Local, dia e hora limite de apresentação de propostas: Direcção dos Serviços de Turismo, sita em Macau, na Alameda Dr. Carlos d´Assumpção, n.º s 335-341, Edifício “Hotline”, 12.º andar até às 17:00 horas do dia 27 de Abril de 2011, devendo ser redigidas numa das línguas oficiais da RAEM, ou em inglês. Local, dia e hora do acto público do concurso: Auditório da Direcção dos Serviços de Turismo, sita em Macau, na Alameda Dr. Carlos d´Assumpção, n.º s 335-341, Edifício “Hotline”, 14.º andar pelas 10:00 horas do dia 28 de Abril de 2011. Os concorrentes ou os seus representantes legais deverão estar presentes no acto público do concurso para efeitos de apresentação de eventuais reclamações e/ou para esclarecimento de eventuais dúvidas dos documentos apresentados ao concurso, nos termos do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 63/85/M, de 6 de Julho. Direcção dos Serviços de Turismo, aos 30 de Março de 2011. Director dos Serviços, João Manuel Costa Antunes
[N.º 23/2011] Para os devidos efeitos, vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares da lista de candidatos a habitação social abaixo indicados, nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro: Nome LOI IAT HIN CHOI KUN LIN VU KAN WONG KUOK WAI
N.º do boletim de candidatura 5001597 5006851 5017943 5019801
Após a verificações deste Instituto, notamos que os elementos dos agregados familiares de candidatos a habitação social acima mencionados são elementos que figurem nos boletins de candidatura de outros agregados familiares, aos quais este Instituto já tenha autorizado a aquisição da habitação construída em regime de contratos de desenvolvimento para a habitação nos termos do Decreto-Lei n.º 13/93/M, de 12 de Abril, pelo que não reúnem os requisitos exigidos para a candidatura, nos termos da alínea 3) do n.º 4 do artigo 3.º do Regulamento Administrativo n.º 25/2009. De acordo com os artigos 93.º e 94.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, devem apresentar, por escrito, as suas contestações e todas as provas testemunhais, materiais, documentais ou as demais provas, no prazo de 10 (dez) dias, a contar da data de publicação do presente anúncio. Se não apresentarem as contestações no prazo fixado ou as mesmas não forem aceites por este Instituto, as respectivas candidaturas serão excluídas da lista geral de espera por IH, nos termos da alínea 2) do artigo 11.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009. No caso de dúvidas, poderão dirigir-se ao IH, sito na Travessa Norte do Patane, n.º 102. Ilha Verde, Macau, durante as horas de expediente, ou contactar Sr. Wong através o tel. n.º 2859 4875 (ext. 216), para consulta do processo. O Presidente, Tam Kuong Man 4 de Abril de 2011
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sociedade
EUA puxam orelha a Macau por lei de contratação de não residentes
Caiu mal, senhor Shuen Ka Hung O Departamento de Estado dos EUA dá notas negativas a Macau quando se trata de direitos de trabalhadores não residentes, sistema judicial, interferências em manifestações e à estagnação da reforma política Vanessa Amaro
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vanessa.amaro@hojemacau.com.mo
o ano passado, o director dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), Shuen Ka Hung, disse, em alto e bom tom, que os trabalhadores migrantes que não estivessem satisfeitos “podiam voltam para a sua terra e arranjarem lá um emprego”. O comentário do alto dirigente não passou desapercebido pelo Departamento de Estado dos EUA, que, na sexta-feira, lançou o seu relatório de 2010 sobre direitos humanos. Macau faz parte da lista, passa na maior parte dos pontos, mas fica mal na fita no tratamento justo dos trabalhadores migrantes, no direito à manifestação, na falta de eleições directas, na escassez de tradutores bilingues e de magistrados e no artigo 23.º da Lei Básica. O relatório demonstra preocupação quanto à Lei de Contratação de Trabalhadores Não Residentes, em vigor desde Abril do ano passado, e considera que o disposto pode não ser “justo”, especialmente ao aplicar uma proibição de entrada de seis meses para os empregados que deixam o seu trabalho. O documento aponta que os dirigentes justificam que o diploma é aplicado apenas quando o trabalhador deixa o seu trabalho sem uma justa causa. “No entanto, a falta de coordenação entre a DSAL e o Departamento de imigração, que concede ou anula a permissão de residência no território, faz com que trabalhadores que façam
queixas sobre as suas condições laborais possam ser despedidos, perder a autorização de residência ou sejam forçados a partir antes dos seus processos serem resolvidos”, escreve o Departamento de Estado norte-americano. No capítulo da liberdade de reunião, os EUA também não fazem ouvidos moucos. O departamento faz uma retrospectiva das principais manifestações que marcaram o território no ano passado, sempre em tom de crítica. O 1.º de Maio, que acabou em confrontos entre manifestantes e polícias; o 4 de Junho, com a proibição em vários pontos da cidade, ou o 1 de Outubro, que teve de alterar o seu roteiro mereceram atenção dos norte-americanos. As notícias de que o Gabinete de Segurança estava a estudar a limitação do número de protestos nas vias públicas não escaparam. Fala-se nos rumores que correram na
Eleições directas
O que mais diz o relatório
• Tortura A legislação proíbe torturas e o Governo tem-na respeitado • Maus-tratos Nos primeiros seis meses, foram registados 20 queixas de maus-tratos por parte da polícia; três ligados a casos criminais, sendo que dois resultaram em processos disciplinares. Outros seis estão a ser investigados. Os nove restantes foram arquivados por falta de provas • Condições do estabelecimento prisional Seguem padrões internacionais; juízes e promotores públicos fazem visitas mensais para ouvir queixas dos prisioneiros. A prisão atingiu 71% da sua lotação máxima permitida – 1323. De Janeiro de 2009 a Junho de 2010, havia 29 rapazes e seis raparigas dos 12 aos 16 anos num regime educacional do Instituto de Menores • Detenção arbitrária Governo tem respeitado a legislação • Justiça A falta de tradutores do português para o chinês, e viceversa, tem atrasado o desenvolvimento do sistema legal. Há também uma crítica falta e magistrados • Interferência arbitrária na privacidade Activistas e uma associação política pró-democracia queixaram-se aos média de vigilância apertada aquando da visita do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, com denúncias de que manifestantes foram proibidos de estarem nalguns sítios da cidade. A PSP negou as alegações
Movimentação
As constantes proibições de entrada no território de residentes de Hong Kong são lembradas. O Departamento de Estado explica que as autoridades locais blindamse na Lei de Segurança Interna para impedir as entradas de indivíduos que considerem uma ameaça à harmonia. São citados os casos de Leung Li, que “esteve detido por três horas supostamente devido a problemas com o seu bilhete de identidade” e regressou de forma voluntária à colónia vizinha, e de Nano Yeung Pui-yan, que teve de responder questões sobre a sua afiliação partidária e “foi-lhe informado que tinha escolhido uma má altura para visitar Macau”, aponta o documento.
Manifestações
• Desaparecimento Nenhum caso motivado por questões políticas registado
imprensa e no facto do Executivo ter esclarecido que estava apenas a analisar o actual regime e que o Governo continuaria a respeitar os direitos de reunião e manifestação dos residentes.
• Liberdade de expressão e de imprensa A Lei de Salvaguarda da Segurança Nacional, em vigor desde Fevereiro de 2009, criminaliza actos de subversão, ameaça, espionagem e secessão do Partido Comunista Central. Deputados e activistas apontam preocupação com a leveza dos termos empregados na lei. Os meios de comunicação expressão uma variedade de pontos de vista, tendendo a seguir a política do Governo Central sobre Taiwan. No entanto, reportam abertamente, incluindo críticas ao Executivo • Discriminação A lei prevê que não deve haver discriminação no pagamento do mesmo trabalho feito por homens ou mulheres. No entanto, observadores estimam que há uma diferença significante em desfavor das mulheres, especialmente em trabalhos não qualificados • Violência doméstica Não há legislação para penalizar infractores. No primeiro semestre, foram registados 189 crimes de violência doméstica, um problema em crescimento • Violações Nos primeiros seis meses, o Ministério Público abriu 12 processos por violação contra mulheres. Quatro estão em julgamento • Tráfico humano Não houve grandes evoluções no combate ao problema por parte do Governo • Salário mínimo Não há um mínimo estabelecido, mas os ordenados pagos são suficientes para sustentar uma família. Ainda assim, há precariedade laboral, com muitos trabalhadores a terem uma carga extra de trabalho para auferirem salários mais decentes
“A lei limita o direito dos residentes de escolherem o seu Governo”. Começa assim a secção que diz respeito aos direitos políticos. O Departamento de Estado explica de que forma o Chefe do Executivo é escolhido – pelo voto de 300 membros de um comité – e fala que os deputados “não têm poder para iniciar legislação ligada aos gastos públicos, a estrutura política da RAEM, ou a forma de governar”. Por outro lado, ressalta-se que, apesar da ausência de partidos políticos, as associações de cariz político têm a liberdade de protestar e criticar as decisões do Governo “sem restrições”.
Limitação
“Não há uma protecção específica para os trabalhadores que exerçam o direito de greve”, aponta o documento, assinalando que o artigo 27.º da Lei Básica garante esse direito. “O Governo argumenta que os empregados grevistas estão protegidos de retaliações, já que é necessária uma causa plausível para despedi-los”, diz, acrescentando que ao contrário do que se passou em 2009, não houve registos no ano passado de trabalhadores despedidos por retaliação. O direito à negociação colectiva “não existe” e “as associações próPartido Comunista não se envolvem em questões de negociação colectiva. Além disso, migrantes e funcionários públicos não têm esse direito”.
Instalações do Parque de Hac Sá encerram por dois meses As instalações públicas do Parque de Hac Sá vão encerrar na sexta-feira ao público temporariamente. Os campos de futebol, ténis e badminton, as mesas de ping-pong e a pista de carrinhos eléctricos vão sofrer obras de renovação. Segundo o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), a entidade encarregue das instalações, prevê- se que as obras tenham uma duração de cerca de 60 dias. Ainda não está definida a data de reabertura, mas o IACM afirma que esta será divulgada oportunamente.
Virginia Leung
virginia.leung@hojemacau.com.mo
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Instituto Politécnico de Macau (IPM) juntou na sexta-feira passada 18 empresas no “Dia das Profissões”. O evento, repetido a cada ano, pretende proporcionar uma plataforma para estudantes ainda não formados terem um primeiro contacto com potenciais futuros empregadores. Fizeram parte das atracções uma feira, colóquios, simulações de entrevistas e a colocação de anúncios de emprego. Para as companhias, é uma oportunidade para prérecrutar futuros quadros. Entre as 18 empresas que aderiram ao evento, estiveram nomes como Wynn Macau, Sands, Banco Nacional Ultramarino (BNU), a seguradora AIA, o grupo Rainbow, etc.. O IPM convidou Chan Iut Va, da Divisão de Promoção do Emprego da Direcção dos
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7 pregos de acordo com os seus sonhos e não apenas trabalhar nos casinos em busca de bons salários. Leong Ka Ming, estudante do primeiro ano da escola de arte e design do IPM, não encontrou bem o que queria. “Gostava de procurar nesta feira um emprego em ‘part-time’, mas na maior parte das vezes só há oportunidades para trabalhar a tempo inteiro”, afirmou. “De qualquer forma, tenho um melhor entendimento dos vários campos de emprego das organizações. Apesar de a feira não ter ficado lotada de estudantes na sexta-feira passada, a organização observou que muitos estudantes deixaram os seus contactos e apresentaram os seus currículos, recolhendo também inúmeros folhetos de informação. Ficaram assim em aberto futuros contactos entre as empresas e potenciais jovens candidatos.
Dia das Profissões do IPM reuniu 18 empresas à procura de trabalhadores
Caça ao emprego Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), para discursar sobre como localizar empregos compatíveis; e Mark Hammons, da empresa de recursos humanos Macau HR, para falar sobre como se apresentar ao mercado. As palestras visaram ajudar os estudantes a desenvolver os seus currículos e a perceber enaltecer as suas qualidades e como se promoverem durante uma entrevista. “Os estudantes precisam alargar os seus horizontes e olhar mais longe, e não apenas se concentrar nos benefícios a curto prazo”, afirmou Chan Iut Va na sua palestra. Seja como for, Lao, gerente de unidade da AIA, admitiu a intenção de recrutar mais potenciais
candidatos com determinadas qualificações e padrões de forma a desenvolver a sua vertente da indústria financeira. “A reacção foi bastante boa, mas será maior se [o evento] for
realizado em feriados, já que os horários desta feira de profissões é o mesmo das aulas dos estudantes, pelo que eles podem não ter muito tempo para ouvir a apresentação dá empresa
e apenas pegam alguns formulários e panfletos de informação e saem a correr para as aulas”, avaliou o responsável, lembrando também qua os estudantes precisavam procurar em-
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NOTIFICAÇÃO EDITAL (Trabalho ilegal – pagamento das multas)
Considerando em revelar ser impossível notificar, nos termos do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 52/99/M, de 4 de Outubro, do artigo 68.º e do n.º 1 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, PHAM THI THUY (titular do título de identificação de trabalhador nãoresidente), YANG SHAOLIAN (titular do título de identificação de trabalhador não-residente), NG SIO IEK (titular do bilhete de identidade de residente permanente de Região Administrativa Especial de Macau), 黃月芬 (romanizado em Vong Ut Fan) (titular da Autorização dos Serviços de Alfândega da Região Administrativa Especial de Macau), 郭華英(romanizado em Kuok Wai In) (titular da Autorização dos Serviços de Alfândega da Região Administrativa Especial de Macau), 李玉蘭 (romanizado em Lei Iok Lan) (titular da Autorização dos Serviços de Alfândega da Região Administrativa Especial de Macau), ZHANG BANGRONG (titular do passaporte da República Popular da China), HU DELIAN (titular de Salvo Conduto para Hong Kong e Macau da República Popular da China), HE XIAOYA (titular do passaporte da República Popular da China), XIA JIANYING (titular do passaporte da República Popular da China), DING YUFAN (titular do passaporte da República Popular da China), WAN DAIPING (titular de Salvo Conduto para Hong Kong e Macau da República Popular da China), TAN ZHENZHEN (titular do passaporte da República Popular da China), LIU FAN (titular do passaporte da República Popular da China) e CHEN MEIJIE (titular do passaporte da República Popular da China), pessoalmente, por ofício, telefone, ou outra forma, sobre a matéria acusada pela eventual infracção do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal, de 14 de Junho, e para o efeito do regime de procedimento da aplicação da respectiva multa, João Paulo Sou, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho (DIT), Subst.º, da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), notifica, nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do CPA, os aludidos infractores, do teor da decisão sancionatória em causa, no seguinte: 1. Dado exposto por ter comprovado a acção de PHAM THI THUY e YANG SHAOLIAN bem como a culpa dos infractores, ao abrigo da alínea 2) do artigo 2.º do Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal, nos termos da alínea 4) do n.º 1 do artigo 9.º do mesmo regulamento administrativo foi aplicada, a pena de multa de MOP$ 5.000,00; 2. Dado exposto por ter comprovado a acção de NG SIO IEK, bem como a culpa do infractor, ao abrigo da alínea 3) do artigo 2.º do Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal, nos termos da alínea 3) do n.º 1 do artigo 9.º do mesmo regulamento administrativo, foi aplicada, a pena de multa de MOP$ 5.000,00; 3. Dado exposto por ter comprovado a acção de黃月芬 (romanizado em Vong Ut Fan), 郭華英(romanizado em Kuok Wai In) e李玉蘭 (romanizado em Lei Iok Lan), bem como a culpa das infractoras, ao abrigo do artigo 3.º do Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal, nos termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 9.º do mesmo regulamento administrativo foram aplicadas a cada infractora, a pena de multa de MOP$ 20.000,00; 4. Dado exposto por ter comprovado a acção de ZHANG BANGRONG, HU DELIAN, HE XIAOYA, XIA JIANYING, DING YUFAN, WAN DAIPING, TAN ZHENZHEN, LIU FAN e CHEN MEIJIE, bem como a culpa das infractoras, ao abrigo do artigo 3.º do Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal, nos termos da
N.º 96/2011
alínea 1) do n.º 1 do artigo 9.º do mesmo regulamento administrativo foram aplicadas a cada infractora, a pena de multa de MOP$ 30.000,00; 5. Mais, foi aplicada aos infractores PHAM THI THUY, YANG SHAOLIAN, HU DELIAN, HE XIAOYA, XIAJIANYING, DING YUFAN, WAN DAIPING, TAN ZHENZHEN, LIU FAN e CHEN MEIJIE a sanção acessória prevista, no artigo 10.º do aludido regulamento administrativo, impedindo-os de exercer qualquer actividade laboral na RAEM por um período de dois anos, a contar do primeiro dia útil seguinte ao da publicação da presente notificação edital; 6. Informa-se ainda que, nos termos do n.º 2 do artigo 17.º do Regulamento Administrativo n.º 26/2008 Normas de Funcionamento das Acções Inspectivas do Trabalho, conjugado com as alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 145.º e os artigos 149.º e 155.º do CPA, os actos administrativos em causa podem ser impugnados, no seguinte: a) Mediante reclamação para o autor do acto (Chefe do DIT), no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do dia seguinte ao da presente notificação; ou b) Mediante recurso hierárquico necessário para o superior hierárquico do autor do acto (Subdirector da DSAL), no prazo de 30 (trinta) dias, a contar do dia seguinte ao da presente notificação. Por outro lado, nos termos do n.º 4 do artigo 150.º, conjugado com o n.º 1 do artigo 156.º do CPA, o direito acima referido é exercido por meio de requerimento, no qual devem ser expostos os fundamentos (de facto e de direito), juntando os documentos considerados convenientes, não sendo o acto acima mencionado susceptível de recurso contencioso. 7. Mais fica notificado que, nos termos do artigo 12.º do Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal, e da alínea e) do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 52/99/M, conjugado com os n.os 1 e 2 do artigo 15.º do Regulamento Administrativo n.º 26/2008-Normas de Funcionamento das Acções Inspectivas do Trabalho, os aludidos infractores devem, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da publicação da presente notificação edital, comparecer na DSAL para o levantamento da guia de pagamento da multa e proceder ao seu pagamento na Repartição de Finanças de Macau da Direcção dos Serviços de Finanças. Ficam ainda notificados que, nos 5 (cinco) dias subsequentes aos do prazo acima referido deverão entregar nestes serviços, o documento comprovativo desse pagamento, sob pena das cópias de todas os documentos acompanhadas do comprovativo de cobrança coerciva serem remetidos à Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças para, ser efectuada a cobrança coerciva nos termos legais. Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 31 de Março de 2011. O Chefe do DIT Subst.º, João Paulo Sou
vida
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8 O uso da bicicleta já foi muito comum e mesmo icónico na RAEM, mas agora o cenário é outro. O Hoje Macau foi à procura dos resistentes e tentar perceber quais as opções de quem prefere pedalar no território
Ciclistas querem que Governo facilite o uso da bicicleta
Macau com pedalada
Filipa Queiroz*
M
filipa.queiroz@hojemacau.com.mo
acau vive com o pé no acelerador, a mão no nariz e os ouvidos massacrados pelo som de motores e buzinas no meio da rua. Longe vão os tempos em que bicicletas e riquexós faziam parte da paisagem urbana da RAEM, que hoje vive afogada em quase 200 mil automóveis e motociclos, a percorrer incansáveis os limitados 30 quilómetros quadrados do território diariamente. Mas não foram apenas os veículos motorizados a assinar a certidão de óbito dos velocípedes. Com o desenvolvimento económico usar carro ou mota passou a ser também sinal de estatuto social. Apesar de tudo, por conveniência ou lazer, há quem ainda opte por prescindir do motor e dar ao pedal.
Na outra margem
Na zona da Velha Taipa há uma loja que aluga bicicletas há 35 anos. Háas para todos os gostos no Iao Kei. Pequenas, grandes, desportivas, clássicas, amarelas, azuis, verdes, cinzentas, de todas as cores. Ao fimde-semana é costume ver-se a porta do estabelecimento da senhora Leong cheio de crianças e adolescentes preparados para dar a sua voltinha sobre rodas. “São 10 patacas à hora, 20 para os adultos, e não vale atravessar nenhuma das pontes”, alerta a proprietária. Para garantir que a bicicleta volte à origem, cada cliente deixa um documento identificativo na loja que lhe é devolvido quando torna a estacionar o veículo. Os fins-de-semana e os feriados são os dias mais concorridos. Das nove horas da manhã às oito da noite o corrupio de bicicletas a entrar e a sair não sossega, excepto quando chove. “A grande maioria dos nossos clientes é jovem, sobretudo adolescentes, mas também vêm muitos pais com os filhos pequenos para os ensinar a andar de bicicleta”, conta
Leong. A proprietária confessa que começou o negócio há três décadas precisamente a pensar nos petizes. “Gostava de os ver felizes.” Desde então mantém-se de pedra e cal e tem muitos habitués. Como Kim, que se prepara para descolar na sua bicicleta azul. “Vou tirar fotografias para um trabalho da escola, é muito mais divertido fazê-lo de bicicleta”, conta a adolescente que geralmente se faz acompanhar dos amigos para passeios de duas ou três horas pela Taipa. “É muito bom porque é barato e é uma boa alternativa. Em Macau não há muitas opções para fazermos coisas divertidas e saudáveis”, justifica. Mas o jovem tem uma reclamação a fazer: “As áreas para andar de bicicleta são muito limitadas, gostava que o Governo construísse mais ciclovias”. De acordo com a Direcção dos
Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), elas estão previstas na política geral de trânsito e transportes terrestres. O organismo anunciou a criação de ciclovias não só nas ilhas como nos novos aterros e bairros antigos da cidade, apesar de não ter definido datas.
Planeta em números
285
quilómetros cúbicos é quantidade de água armazenada e libertada anualmente na bacia hídrica do rio Amazonas, na América do Sul.
James Kwong costuma pedalar na Taipa todos os domingos com o filho mais novo e garante que a prática só tem vantagens. “É saudável, é bom para as crianças explorarem os seus próprios potenciais, mantémnas afastadas das Playstation e em contacto com a natureza”, explica. “As próprias quedas são importantes para que aprendam a levantarem-se sozinhos, ajuda-os a preparem-se para o futuro”, acrescenta entre risos.
À venda
Na 21 Century Cycles, no Largo Governador Tamagnini Barbosa, a política é a mesma, com a diferença de que aqui se vendem bicicletas. Cheang Kuok Hang, proprietário e presidente do Clube Desportivo “Cycle Sports”, é um apaixonado pelos velocípedes. “Eu adoro andar
de bicicleta e tenho vários amigos viciados nesta actividade, foi por isso que decidi abrir o negócio, para que tivéssemos um lugar onde nos juntarmos e partilhar essa paixão”, conta. Cheang explica que normalmente os residentes de Macau só se atrevem a andar de bicicleta na ilha da Taipa e na China continental. “É mais seguro, sobretudo ao fim-desemana e nos feriados.” O modelo de bicicleta mais vendido na loja tem rodas pequenas e é dobrável. Cheong assegura que é um fenómeno de popularidade no território e não só, mas que hoje em dia também há cada vez mais pessoas a comprar bicicletas desportivas. “Há clientes que gostam de andar nas ruas e estradas e outros que gostam de ir para as montanhas. Alguns até gostam de ter os dois modelos, para ir variando”, nota. O presidente do
China preocupada com água radioactiva no oceano
A China está preocupada com o lançamento de água radioactiva da central nuclear de Fukushima para o oceano e apela ao Japão para proteger o ambiente marinho,. “Enquanto vizinhos do Japão, expressamos a nossa maior inquietude. Esperamos que, de acordo com a legislação internacional, o Japão tome medidas eficazes para proteger o ambiente marinho”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Hong Lei.A China pede ainda ao Japão para “lhe comunicar rapidamente as informações sobre este assunto, de forma completa e exacta”, acrescentou o porta-voz chinês.
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“Eu, a bicicleta e a cidade” Nuno Soares passou três meses a pedalar em Macau para provar que a mobilidade ecológica no território é possível. O arquitecto paisagista de 33 anos foi um dos participantes do PechaKucha de Macau, no Albergue SCM, em Dezembro. Dentro do mote “Cidade verde, Cidade cinzenta”, Soares fez uma apresentação fotográfica sobre a experiência, que acabou por resultar na mudança da sua própria rotina diária até hoje. A viver no território há oito anos, Nuno confessa que o primeiro obstáculo com que se deparou no início do teste foi o preconceito. “As pessoas falavam-me da poluição, do trânsito caótico e perigoso, de como Macau é húmido e por isso de transpira muito a andar de bicicleta. Diziam que a bicicleta era lenta, que Macau tem colinas e que não há sítios para estacionar.” Sem se deixar desmotivar, Soares insistiu em provar que a cidade tinha boas condições para a utilização da bicicleta. “Na verdade quando cheguei a Macau estranhei foi o facto de que numa cidade com problemas de tráfego, onde é difícil estacionar e que é tão pequena, não se usasse mais a bicicleta”, confessa. Na lista dos prós, o urbanista aponta o facto de a cidade ser plana e a velocidade dos automóveis lenta. “Os serviços públicos não estão localizados nas colinas, já por isso é que os riquexós foram um meio de transporte muito comum em Macau”, justifica. Quanto à segurança, o arquitecto garante que nunca teve problemas quando teve de enfrentar o tráfego dos automóveis e motociclos no centro da cidade.
clube desportivo costuma organizar competições para os membros mas só as realiza além fronteiras. Cheong confessa que devido “à área geográfica e a algumas políticas do Governo” prefere não as fazer em Macau. “Gostava que a Administração se preocupasse menos em construir casinos e edifícios e aproveitasse mais os recursos naturais da RAEM, por exemplo construindo caminhos para as bicicletas em Coloane para as pessoas não precisarem de ir para a China continental para se divertirem de forma saudável.”
No centro da cidade
Ivan Loy abriu a loja “Ciclismo” há um ano perto da Praça do Tap Seac, mas o pai já vendia bicicletas há dez. “Foi a continuação do negócio de família”, explica o proprietário. Loy e o pai têm outro estabelecimento em Hong Kong e a maioria dos produtos que vendem em Macau é fabricada nos Estados Unidos e em Taiwan. Os preços das bicicletas variam entre as 900 e as 2000 patacas. “Uma muito boa pode chegar a custar 8000”, atira. Loy garante
“Os automobilistas têm mais atenção aos ciclistas do que aos motociclistas. Basta de ter uma postura defensiva, conduzir do lado esquerdo e fazer sinais claros com as mãos”, explica. Para Nuno Soares uma das grandes vantagens da bicicleta como meio de transporte é a flexibilidade. “Tanto anda na estrada como em passeio, é três vezes mais eficiente em termos de consumo de calorias do que andar a pé e uma pessoa cansa-se a fazer o mesmo percurso”, justifica o arquitecto. A facilidade do estacionamento e a rentabilidade económica também contam. “Nos três meses que fiz a experiência gastei menos mil patacas em combustível, menos 4600 patacas em estacionamento e menos 210 quilos de emissões de CO2.” Quatro meses e menos dois quilos depois, Nuno Soares assegura que continua a usar diariamente a bicicleta, não só por conveniência mas também por gozo pessoal. “O percurso para o trabalho deixou de ser uma coisa chata para ser divertida, além de ser uma forma diferente de explorar a cidade.” Nuno tem um modelo de bicicleta com apenas uma velocidade e dobrável. Os alunos na Universidade de São José, onde ensina design e gerência urbana, já não se espantam quando o vêm entrar com ela debaixo do braço. “Não é fácil mudar a ordem das coisas de forma radical mas seria útil que os estudantes, por exemplo, passassem a utilizar a bicicleta. E que fossem criadas ciclovias nas zonas de expansão de aterros, por exemplo”, explica. “Bastava que as pessoas percebessem que a alternativa existe.”
que muita gente em Macau quer andar de bicicleta mas a cidade “não oferece condições”. Luís Siva discorda. Dos 26 anos que viveu em Macau, 22 foram passados sobre as duas rodas de uma bicicleta. Tudo começou com um passeio de cicloturismo à China. “Depois de fazer o passeio tinha um amigo que estava a tentar vender a bicicleta dele e eu comprei-a”, conta. “Claro que passei a usá-la diariamente e não apenas para as passeatas à China, que aliás na época eram muito espaçadas, pois ainda era preciso uma autorização especial.” Apesar do aumento do tráfego que o faz “evitar as ditas horas de ponta”, na casa dos 50 anos Siva continua a usar a bicicleta diariamente por lazer e como meio de transporte. “Macau é uma cidade praticamente plana, de tamanho reduzido e com muitas vias alternativas”, justifica, acrescentando a vantagem de a bicicleta permitir “conhecer a cidade antiga”. Siva foi responsável por um programa de cicloturismo urbano para turistas em Macau chamado “Quatro séculos em quatro horas”, através do
qual guiava os forasteiros numa volta sobre rodas pelas vielas de todo o território, inclusive as ilhas. “Foi no tempo em que ainda se espreitava pelas janelas e se viam ‘cápsulas de tempo’”, desabafa. O ciclista achou “caricata” a proposta de um deputado, há cerca de dois anos, para que fossem proibidas as bicicletas em Macau “por atrapalharem o trânsito”. “E mais recentemente a China proibiu temporariamente a passagem de bicicletas na fronteira, alegadamente para combater os pequenos traficantes que se serviam delas para passar contrabando.” Siva
admite que existem desvantagens do uso da bicicleta em Macau mas que são contornáveis. “Há vias demasiado estreitas e atravancadas, onde nem dá para escapar pelo passeio pois este está gradeado e pejado de gente, a poluição dos veículos motorizados e a condução suicida de alguns jovens com scooters artilhadas”, relata, ressalvando no entanto que o desenvolvimento do território também teve aspectos positivos como “as vias amplas circulares, sobretudo na Taipa”. Mas então, o que pode ser feito para promover o uso da bicicleta em
Click ecológico
Efeito inesperado das inundações no Paquistão • Árvores envoltas em teias de aranha são uma consequência inesperada das inundações na província de Sindh, no Paquistão, no ano passado. Milhões de aranhas subiram para as árvores para escapar à subida das águas. As populações locais dizem nunca ter visto tal coisa mas salientam que agora têm menos mosquitos transmissores da malária - do que estavam à espera, tendo em conta as águas estagnadas durante um longo período de tempo. A fotografia foi tirada a 7 de Dezembro de 2010. Foto: Department for International Development/Reuters
Macau? “Se fosse incentivada pelos poderes públicos seria decerto mais procurada e mais utilizada, dificultando a compra dos automóveis e das motas, por exemplo”, responde Siva. Sem contar com os obstáculos de índole cultural. “Para a maior parte da população chinesa, a bicicleta tem uma conotação negativa porque lembra uma época em que a China era pobre. Acho que vamos precisar de pelo menos mais uma geração para ultrapassar esse estigma.” *com Virginia Leung
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cultura
Governo chinês retira menções a Ai Weiwei de comunicado oficial
Ai para apagar e esquecer
O desaparecimento de Ai Weiwei dura agora há mais de 170 horas, e as autoridades chineses não deram ainda qualquer informação relativa ao seu paradeiro. Os sites do Governo Central passaram a omitir qualquer referência ao artista plástico, ao mesmo tempo que cresceu uma onda de solidariedade com o dissidente na Internet Vanessa Amaro
O
vanessa.amaro@hojemacau.com.mo
Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês omitiu todas as referências e questões sobre Ai Weiwei que foram colocadas na conferência de imprensa de quinta-feira O Governo chinês omitiu de um comunicado oficial todas as referências feitas ao nome do artista durante uma conferência de imprensa que se realizou na quinta-feira, avança a BBC. No transcrito oficial da conferência de imprensa - publicado no site oficial do Ministério de Negócios Estrangeiros chinês -, não constavam oito questões que foram colocadas pelos jornalistas a Hong Lei, porta-voz do Ministério chinês. As oito questões retiradas incidiam directamente sobre o caso do desaparecimento de Ai Weiwei. Na sexta-feira as autoridades voltaram também a revistar o ateliê de Ai Weiwei no âmbito da investigação que decorre sob alegadas
“acusações de crimes económicos”. Na conferência de imprensa realizada na quinta-feira, o porta-voz do Ministério chinês garantiu que a detenção de Weiwei “nada tem a ver com direitos humanos ou liberdade de expressão”.
Assistente ameaçada
A assistente, Liu Yanping, de cerca de 30 anos de idade, afirmou ao jornal “South China Morning Post” que foi interrogada sobre a investigação independente que Ai realizou sobre a influência da corrupção no desmoronamento de escolas no terramoto de Sichuan de 2008, no qual morreram por volta de 5000 crianças. A pesquisa de dois anos valeu ao artista um suposto espancamento por parte da polícia, que causoulhe um sério AVC. O depoimento da assistente contradiz declarações oficiais que garantem que Ai está a ser investigado por supostos crimes financeiros e que a sua prisão não está relacionada com direitos humanos. “Disse que tinha
entrado para o ateliê de Ai como voluntária para ajudar no trabalho de investigação sobre o terramoto de Sichuan, e que, portanto, não sabia nada sobre a sua situação financeira”, relatou Liu ao ser interrogada por seu salário. Segundo revelou, a assistente foi questionada na esquadra de Nangao, em Pequim, na quinta-feira, por um agente que a insultou e ameaçou castigar o seu marido caso se negasse a cooperar. “Ele até me empurrou contra a cadeira quando pedi após duas horas que me deixasse ir a casa de banho. Outros dois polícias uniformizados se limitavam a olhar enquanto eu era humilhada. E só me deixaram ir ao lavabo quando permitiram que eu fosse embora, às 22h”, explicou.
Protesto na Internet
Os chineses estão a unir-se numa onda de protesto na Internet contra a prisão do artista Ai Weiwei, ao mesmo tempo que se safam da censura do regime com uma frase que em chinês se assemelha pub
COM O APOIO DO CLUBE MILITAR JANTAR / CONVÍVIO Com os antigos Governadores de Macau, General Garcia Leandro e Eng. Carlos Melancia Dia 13 de Abril, às 20H30 CLUBE MILITAR INSCRIÇÕES Até às 18H00 do dia 11 de Abril CADA INSCRIÇÃO — MOP 200,00 CLUBE MILITAR Telefone: 2871-4000 INSTITUTO INTERNACIONAL DE MACAU Telefone: 2875-1727
“Libertem artista chinês” Um outdoor a dizer “Libertem Ai WeiWei” foi erguido no topo da famosa galeria de arte Tate Modern, em Londres, na sextafeira, a manifestar apoio ao artista e activista chinês detido. A galeria pôs as palavras em grandes letras maiúsculas no outdoor iluminado que coroa o edifício numa antiga central eléctrica à beira do rio Tamisa. O Governo chinês disse na quinta-feira que Ai está a ser investigado por “supostos crimes económicos”, enquanto a sua família afirmou que é a vítima inocente de uma caça às bruxas política.
ao nome do dissidente: “Ame o futuro!” Enquanto os censores empenham-se em eliminar rapidamente todos as publicações sobre a detenção do artista na rede social mais popular do país asiático, “Sina Weibo”, os engenhosos internautas começaram a buscar alternativas até encontrarem a mais similar ao nome do criador, “Ai Wei Lai”, ou “ame o futuro”, cujos caracteres são quase idênticos aos do nome de Ai Weiwei. A ideia funcionou e a frase multiplicou-se de forma exponencial na web chinesa, a maior do mundo com mais de 420 milhões de usuários, até que o aparelho de censura mais sofisticado do planeta detectou a táctica e começou a correr contra o tempo para eliminar as mensagens. Um grupo de estudantes da Universidade de Berkeley
que administra um site contra a censura chamado China Digital Times conseguiu salvar e traduzir algumas destas publicações, muitas das quais incluem uma foto do artista de 53 anos. “Nós amamos o futuro, não só por uma pessoa, mas porque esperamos que o futuro seja melhor”, diz um dos textos. Outras fornecem mais pistas sobre a situação de Ai: “Nós amamos o futuro, mas o futuro desapareceu, o futuro está na prisão, o futuro foi-se”. Há ainda textos a criticar a passividade da sociedade chinesa diante da campanha de repressão actual: “O facto mais aterrorizador deste país não é que o Governo faz o que quer, mas as pessoas que dizem: ‘Este país é assim, não é possível mudá-lo, é preciso acostumar-se’. Enquanto elas não forem as vítimas, podem tolerar a desgraça alheia”.
A prisão de Ai encheu a Internet de “amor”, palavra que se pronuncia em chinês quase da mesma forma que o apelido do famoso criador do estádio olímpico de Pequim 2008. “Ame a vida, ame teus sonhos, ame a liberdade, ame o futuro!”, diz uma das mensagens.
Espírito rebelde
AInternet foi contagiada pelo espírito rebelde e insolente que é atribuído ao artista chinês, uma atitude que vem de família, já que o seu pai, o respeitado poeta Ai Qing, foi perseguido pela Guarda Vermelha de Mao Tsé-tung após lutar na revolução dos anos 1940. Ai não é apenas uma das figuras mais radicais e cotadas da arte conceitual chinesa, exemplificada na recente instalação de sementes de girassol em porcelana na galeria Tate Modern, em Londres, mas também um irreverente opositor do regime chinês e um líder de opinião na Internet para aqueles que dispõem de “proxies” para evitar a censura. A sua prisão é a de mais destaque na campanha que as autoridades executam contra a fragmentada dissidência chinesa desde que foi anunciada a concessão do prémio Nobel da Paz 2010 ao intelectual chinês preso Liu Xiaobo, há seis meses. No entanto, Pequim assegurou nesta quinta-feira que a detenção de Ai não está relacionada com a repressão da liberdade de expressão, mas com uma investigação por suposto crime financeiro, uma estratégia legal já usada com dissidentes como o ecologista Wu Lihong, o advogado Xu Zhiyong e o jornalista Zhao Yan. Curiosamente, um novo blog contra Ai chamado “neimucankao” (“informação em segredo”) começou a fazer acusações contra o artista dois dias antes de sua prisão, no domingo. O blog reúne algumas das críticas frequentes lançadas contra dissidentes políticos pela propaganda do regime, como a de ser pago pelo Ocidente, somadas a uma de sua vida pessoal, já que há anos Ai não convive com a sua esposa, Lu Qing, e tem um filho de dois anos com uma das suas assistentes, Wang Feng.
“Top Gun” volta aos cinemas 25 anos depois
segunda-feira 11.4.2011
O piloto de caça da Marinha, Maverick, vai voltar ao grande ecrã, 25 anos depois da sua estreia. A cadeia norte-americana de cinemas AMC celebra o 25.º aniversário de “Top Gun – Ases Indomáveis” reeditando uma versão melhorada no cinema. O filme protagonizado por Tom Cruise e realizado por Tony Scott vai estar disponível em cerca de 150 cinemas nos Estados Unidos e os fãs apenas vão ter dois dias, 30 de Abril e 2 de Maio, para poderem ver o filme que marcou a década de 80.
Gao Ying, mãe do artista Ai Weiwei
Uma revolução G
ao Ying, mãe do artista Ai Weiwei, não tem notícias do filho há uma semana, desde que foi preso na mais ampla onda de repressão empreendida por Pequim nos últimos dez anos. A mulher de 78 anos disse ao jornal “Estado de S. Paulo” que obtém informações do filho apenas pela imprensa oficial. A seguir, trechos da entrevista: Recebeu alguma informação das autoridades sobre o paradeiro do seu filho e a razão pela qual foi preso? Ninguém me diz o que está a acontecer. O Global Times [jornal ligado ao Partido Comunista] disse que a família sabia o que estava a se passar. É mentira. As autoridades ignoram os nossos pedidos. Estou preocupada. Ele tem problemas no coração,
hipertensão e complicações renais. Só queria ter a hipótese de enviar remédios e roupas. Quando foi a última vez que falou com ele? No dia 2. Ele visitou-me e disse que ia para Hong Kong. Como recebeu a informação de que está a ser investigado por crimes económicos? É ridículo. O meu filho é um artista, não um empresário. No dia em que foi preso, a polícia bloqueou a rua da casa dele como se estivesse em busca de uma máfia. Sinto como se a Revolução Cultural ocorresse de novo. O Governo deveria reflectir sobre por que tantas pessoas apoiam o meu filho e ouvir essas vozes, não suprimi-las.
Gonçalo Lobo Pinheiro
www.hojemacau.com.mo
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“The Tiger Lillies” brindam Macau em Junho
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Tabu desvendado
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arecem personagens saídas de um qualquer filme de Tim Burton ou de um livro de Charles Dickens. Macau que se prepare pois o dia 8 de Junho será apimentado com um pouco de humor negro e surrealista da banda alternativa britânica “The Tiger Lillies”. Martyn Jacques, Adrian Huge e Adrian Stout misturam música e teatro num espectáculo que explora o outro lado da vida, mais escuro. O ‘estranho’ trio que foi formado em 1989 em Londres têm andado à volta do mundo com o seu “gypsy cabaret”. Martyn Jacques, o líder e vocalista, ganhou o muito desejado prémio Lawrence Olivier para melhor actor secundário pela sua interpretação no premiado e louquíssimo musical Shockheaded Peter, criado pelo britânico Julian Crouch em parceria com Phelim McDermott. Foram também nomeados para um Grammy pelo seu álbum de 2003 “The End Gorey”, que é um tipo de cooperação com o escritor e ilustrador Edward Gorey e a banda Kronos Quartet. Em 1999 o trabalho da banda
foi apresentado no filme Plunkett & Macleane, de Jake Scott. Com uma pesada maquilhagem branca e sobrenatural, os três músicos são extravagantes; Martyn Jacques toca acordeão ao mesmo tempo que canta na sua andrógina voz de falsete, o percussionista
Adrian Huge é o mais barulhento, com baterias de vários tamanhos, brinquedos e metais, enquanto que o baixista Adrian Stout como que serra e depena o seu instrumento enquanto deambula pelo palco. A banda deambulará em histórias de prostitutas, drogados, vigaristas, ladrões e sobre todo o tipo de tabus, num desafio às emoções e à percepção do público mas também à censura dos poderes instituídos e a mediocridade sancionada pela sociedade, assevera a organização do espectáculo. Quem já viu estes senhores afiança que, mais do que um espectáculo ao vivo, Tiger Lillies em concerto é uma viagem louca à face mais oculta da humanidade. O concerto, organizado pelo Centro Cultural de Macau no palco do Pequeno Auditório, tem os ingressos à venda desde a passada sexta-feira, nos locais habituais.
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CONVITE O INSTITUTO INTERNACIONAL DE MACAU e a GRADIVA têm o prazer de convidar para a apresentação da obra “MACAU NOS ANOS DA REVOLUÇÃO PORTUGUESA — 1974-1979” do General Garcia Leandro A obra será apresentada pelo Eng.º Carlos Melancia, que fará também a apresentação do livro “10.º ANIVERSÁRIO DA TRANSFERÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DE MACAU” Dia 13 de Abril, às 18H30 CLUBE MILITAR
CONVITE O INSTITUTO INTERNACIONAL DE MACAU tem o prazer de convidar para a conferência “VINTE SINAIS PREMONITÓRIOS DA MUDANÇA HISTÓRICA” a proferir pelo General Garcia Leandro Na mesma sessão, o Eng.º Carlos Melancia fará a apresentação da obra “Rumos de Macau e das Relações Portugal – China (1974 — 1999)”, publicada pelo Centro Científico e Cultural de Macau (Lisboa) Dia 14 de Abril, às 18H30 no Auditório do Instituto Internacional de Macau Local: Instituto Internacional de Macau, Rua de Berlim, Edf. Magnificent Court, 204 2.º andar, (NAPE) Telefone: 2875-1727 Fax: 2875-1797 E-mail: iim@iimacau.org.mo
NOTIFICAÇÃO EDITAL
N.º 95/2011
João Paulo Sou, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho Subst.º, manda que se proceda, nos termos do n.º 3 do artigo 9.º conjugado com o n.º 2 do artigo 14.º e do artigo 15.º do Regulamento Administrativo n.º 26/2008 --- Normas de funcionamento das acções inspectivas do trabalho conjugados com os artigos 58.º, 72.º n.º 2 e 136.º n.º 2 do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, à notificação da transgressora sociedade “Companhia de Decoração e Engenharia Jin Long, Limitada”, sita na Alameda Dr. Carlos D’Assumpção, n.º 258, Edifício Praça Kin Heng Long, 14.º andar - J, Macau, para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do 1.º dia útil seguinte ao da publicação dos presentes éditos, proceder ao pagamento da multa aplicada no Despacho exarado na informação n.º 3474/DIT/JOAN/2011, de 16 de Fevereiro de 2011, no valor de Mop$13.000,00 (treze mil patacas), por infração ao artigo 62.º, n.º 1 do Regime Jurídico da Reparação por Danos Emergentes de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 40/95/M, de 14 de Agosto e punida no artigo 66.º, n.º 1, alínea e) do mesmo Decreto-Lei, devendo ainda, nos 5 (cinco) dias subsequentes ao do termo do atrás citado prazo, fazer prova do pagamento efectuado. A cópia da Notificação, despacho da respectiva decisão e guia de depósito a favor do Fundo de Segurança Social, deverão ser levantados, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Inspecção do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.os 221-279, Edifício Advance Plaza, 1.º andar, Macau, sendo facultada a consulta do processo em causa, instruído por estes Serviços. Decorridos os prazos, sem que tenha sido dado cumprimento à presente notificação, seguirá sob pena de as cópias de todos os documentos acompanhadas do comprovativo de cobrança coerciva serem remetidos à Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças para ser efectuada a cobrança coerciva nos termos legais. Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 1 de Abril de 2011.
O Chefe do Departamento Subst.º João Paulo Sou
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12 Marco Carvalho
À
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partida para a nona ronda do principal Campeonato de Futebol de Macau, o líder Windsor Arch Ka I já sabia que o adversário que ia encontrar pelo caminho não prometia grande oposição, mas poucos estariam à espera de ver os campeões do território trucidarem como trucidaram. A formação orientada por Rui Cardoso – o treinador português encontra-se ausente em Portugal – defrontou o onze do Grupo Desportivo Artilheiros na partida que encerrou as andanças da nona jornada da Liga de Elite, aplicando ao lanterna vermelha da competição a maior goleada da época até ao momento. Motivado pelo regresso à liderança do Campeonato, o Ka I esmagou o frágil adversário por doze golos sem resposta, numa goleada que se começou a desenhar logo ao segundo minuto de jogo, com o brasileiro William Carlos Gomes (que assinou um hat-trick) a dar a melhor conclusão a uma boa jogada do ataque dos campeões do território. No minuto seguinte, Chan Pak Chun dilatou a vantagem da formação orientada por Rui Cardoso e três minutos depois foi a vez de
desporto Futebol | Ka I goleia e consolida primeiro lugar
À dúzia é mais barato
Nicholas Torrão deixar também o seu nome associado à história do desafio com um golo de belo efeito. Aos dez minutos, o Ka I chegou ao quarto golo, desta feita numa jogada com a assinatura do macaense Luis Amorim e três minutos depois foi a vez de Chan Yim apontar o primeiro dos três golos que apontou no encontro. O atleta da República Popular da China bisou à passagem do vigésimo primeiro minuto, antes de Wamba
Fórmula 1 | Alemão vence o GP da Malásia
Vettel imbatível O
alemão Sebastian Vettel (Red Bull) venceu ontem em Sepang o Grande Prémio da Malásia em Fórmula 1, a segunda prova da temporada, à frente do britânico Jenson Button (McLaren) e do alemão Nick Heidfeld (Lotus Renault). Partindo da pole position, Vettel, campeão do mundo em título, concluiu as 56 voltas da prova em 1h37m39,832s, a uma média de 190,699km/h, deixando o britânico Jenson Button (McLaren-Mercedes) na segunda posição, a 3,216 segundos. O alemão Nick Heidfeld (Renault) terminou no último lugar do pódio, a 25,075 segundos de Vettel, mas com uma curta vantagem sobre o australiano Mark Webber (Red Bull-Renault), que terminou no quarto posto a 26,384 do companheiro de equipa. O brasileiro Felipe Massa e o espanhol Fernando Alonso, ambos da Ferrari, ocuparam os lugares seguintes (quinto e sexto), enquanto o britânico Lewis Hamil-
ton quedou-se pelo sétimo posto, depois de uma colisão com Alonso a dez voltas do fim. O japonês Kamui Kobayashi (Sauber-Ferrari), o alemão Michael Schumacher (Mercedes) e o britânico Paul Di Resta (Force Índia-Mercedes) terminaram nos últimos lugares pontuáveis, beneficiando da desistência do russo Vitaly Petrov (Renault) na última volta, quando seguia na sétima posição, devido a uma saída de pista. Na classificação por pilotos, Vettel, praticamente imbatível com duas pole positions e duas vitórias”, permanece na liderança com 50 pontos, sendo seguido pelos britânicos Button, com 26, e Hamilton, com 24, e por Webber, seu companheiro de equipa, com 22. Nos construtores, a Red Bull soma 72 pontos e lidera, com 22 pontos de diferença sobre a McLaren. A Ferrari ocupa a terceira posição, contabilizando 36 pontos.
se associar também à festa do golo e apontar o sétimo tento dos líderes do Campeonato na mega-goleada sobre o paupérrimo Pau Peng. O oitavo golo do Ka I surgiu à passagem da meia hora de jogo e foi apontado por um dos reforços da República Popular da China. O marcador só voltou a mexer na segunda parte, num remate certeiro de Kwok Siu Tin, antigo jogador do Hoi Fan. Sete minutos depois, aos 58, William Carlos Gomes voltou
a fazer o gosto ao pé, apontando o segundo golo da conta pessoal. O terceiro não tardou quatro minutos a aparecer, consubstanciando o que tem sido uma época cheia de golos para o avançado que se estreeou há um ano nos relvados de Macau com a camisola do Monte Carlo. O último golo do desafio surgiu já na recta final do encontro, com Chan Yim a dar o melhor seguimento à derradeira grande ofensiva do encontro. Com o rotundo triunfo obtido frente ao Pau Peng, o Ka I consolidou a liderança da Liga de Elite, dispôndo agora de quatro pontos de vantagem sobre o Monte Carlo e a Selecção de Sub-23. A formação orientada pelo português Dionísio Ramos derrotou com dois golos sem resposta a até agora equipasensação da edição de 2011 do principal campeonato de futebol da RAEM. No embate frente ao onze jovem da Associação de Futebol de Macau, a equipa de Firmino Mendonça mostrou futebol para
disputar taco-a-taco a liderança do Campeonato. Geofredo de Sousa abriu o marcador ao minuto 14, depois do Monte Carlo ter levado perigo ao último reduto dos Sub23. O segundo tento do onze “canarinho” surgiu já em período de descontos, com o brasileiro Kamilo Oliveira a dar uma expressão mais abastada ao triunfo do grupo de trabalho orientado por Dionísio Ramos. A jornada revelou-se pródiga também para o Futebol Clube do Porto. Os dragões do território esgrimiram argumentos com o onze do Grupo Desportivo da Polícia de Segurança Pública ao fim da tarde de sexta-feira, derrotando a formação das forças de segurança de Macau por três bolas a zero, no encontro inaugural da nona jornada. Mais forte que o adversário, o Porto inaugurou o marcador logo aos sete minutos, numa jogada concluída pelo brasileiro Marquinhos. O segundo tento da formação azul e branca surgiu apenas na segunda metade, à passagem do minuto sessenta. Candidato a melhor golo da jornada, o tento acrobático apontado pelo sul-africano Samuel Ramosoeu fez levantar os adeptos que acompanharam o desafio em pleno Estádio da Taipa. A vencer por duas bolas a zero, o FC Porto conseguiu ainda apontar um terceiro golo, já em período de descontos, numa grande penalidade a punir uma falta na área de um atleta da PSP. Chamado a cobrar o penálti, Éder Arruda não falhou, consolidando o triunfo da formação orientada por Dani. O Lam Pak aproveitou o desaire do Grupo Desportivo da Polícia de Segurança Pública e regressou ao quarto lugar do Campeonato, mercê da vitória por quatro bolas a uma alcançada frente ao Hoi Fan. A formação orientada por Chan Man Kin chegou ao fim dos primeiros quarenta e cinco minutos a vencer por três bolas a zero e acabou por consentir um tento logo no primeiro minuto da segunda parte, mas conseguiu retomar as rédeas ao encontro, acabando por marcar o seu quarto e último golo a três minutos do fim do encontro. Na luta pela fuga aos lugares de despromoção, o Hong Ngai acabou por levar a melhor sobre o Lam Ieng por três bolas a zero. Com dez pontos somados, o conjunto orientado por Ka Li Man deu um passo de gigante para assegurar a manutenção entre os grandes do território. O Lam Ieng, por sua vez, mantém-se ainda acima da linha de água, ainda que com um único ponto de vantagem sobre o penúltimo classificado, o Hoi Fan.
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Soluções do problema HORIZONTAIS: 1-RETAL. ISATE. 2-A. VAIADOR. S. 3-NT. APRES. AS. 4-HEA. ASA. CRE. 5-OCRE. E. AACS. 6-NARINGINA. 7-DIBA. I. AGIL. 8-OCE. LAR. ACA. 9-BA. TUCUM. OS. 10-A. TRIONAL. M. 11-ROBER. ASILO. VERTICAIS: 1-RANHO. DOBAR. 2-E. TECNICA. O. 3-TV. ARABE. TB. 4-AAA. ERA. TRE. 5-LIPA. I. LUIR. 6-ARSENIACO. 7-IDEA. G. RUNA. 8-SOS. AIA. MAS. 9-AR. CANGA. LI. 10-T. ARCAICO. L. 11-ESSES. LASMO.
REGRAS |
Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição solução do problema do dia anterior
Su doku [ ] Cruzadas
HORIZONTAIS: 1-Corda com que se ligavam as pernas dos cavalos, na equitação. Planta crucífera. 2-Que dá vaias. 3-Sistema operativo. Em poder de. Pessoa exímia na sua especialidade. 4-Espécie de macaco do Amazonas. Apêndice, recurvado em forma de argola, de certos utensílios. Gesso; greda. 5-Argila, colorida por um óxido de ferro. Alta Autoridade para a Comunicação. 6-Glicosido extraído das flores de um citrino. 7-Brocado preciso da Pérsia. Que tem facilidade em se mover. 8-Você. Lugar em que se acende fogo, na cozinha. Mau cheiro. 9-Símbolo químico do bário. Pequeno coco, fruto do tucumã. Artigo definido masculino plural e pronome demonstrativo. 10-Pó medicinal, aplicado contra insónias nervosas. 11-Série de duas partidas, no jogo do whist. Estabelecimento de caridade. VERTICAIS: 1-Humor mucoso das fossas nasais. Enovelar, enrolar em novelos. 2-Conjunto dos processos de uma arte ou de uma fabricação. 3-Televisão. Aquele que é natural da Arábia. Térbio. 4-Artilharia antiaérea. Início de uma nova ordem de coisas. Espécie de tecido antigo. 5-Manta de algodão, que os timorenses usam como saio. Pagar. 6-Ácido composto de ácido arsénico e oxigénio. 7-Idcia. Seiva de pinheiro. 8-Save our souls. Criada para companhia. Dificuldade obstáculo, defeito. 9-Fluido transparente e invisível, que forma a atmosfera. Jugo de madeira com que se unem os bois para o trabalho. Tratamento que se dá na China a certas pessoas. 10-Aquele que se dedica ao estudo das coisas antigas. 11-Biscoitos em forma de S. Lágima.
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(MCTV 41) HBO 21:00 Gran Torino
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Informação Macau Cable TV
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opinião n a m a r g em José I. Duarte
Desastre esperado e reconhecido A
quilo que nunca iria acontecer, chegou de rompante, com a brutalidade de um desastre há muito esperado mas nunca reconhecido. De negação em negação, de arroubo em arroubo, de vanglória em vanglória, chegámos onde se sabia que era inevitável chegar. Da forma, possivelmente, mais indesejável: fazendo de conta, até ao fim, que não senhor, não vai acontecer, nunca o faremos – e a lista de evasivas e negativas podia continuar ad infinitum. Enquanto cada dia a situação se agravava e se tornava óbvio que quanto mais tarde se iniciasse uma terapia – qualquer terapia - mais dolorosa ela seria. Agora, já não há mas, nem talvez, nem pode ser que… Pelo menos, isto tornou-se claro: o país está insolvente e os tempos vão ser difíceis, muito difíceis. Aqueles que ainda se lembram de 1983, devem preparar-se para pior; àqueles que apenas viveram as épocas de glória, nada os preparou possivelmente para o que ainda aí vem. Como sempre, sobreviveremos. O mundo e o país já passaram por crises sortidas e, melhor ou pior, por cá continuamos. Não é essa a questão. O essencial estará em saber o que vamos aprender com ela. Tentação haverá para nos entretermos sobretudo a alijar responsabilidades, determinar culpas e apontar dedos acusadores. Mas não é sobre isso que me quero debruçar aqui. Não porque tal seja de somenos importância: mas porque essa é a parte mais fácil do exercício de reflexão a que os portugueses se deveriam entregar nos próximos tempos. Na base de dois simples critérios - quem nos
ca r t o o n por Steff
Os problemas do euro e da nossa posição nele são intrincados. Mas as dificuldades por que estamos a passar foram antecipadas. Em particular, havia incertezas sobre a estabilidade de longo prazo do euro, dada a diversidade das economias que quiseram essa vã glória de ser fundadoras
encaminhou para aqui e quem, podendo ter agido para minorar as consequências, o não fez - cada um será capaz de elaborar a sua própria hierarquia de responsabilidades. E é claro que há responsabilidades, colectivas e individuais, que não podem nem devem ser ignoradas. As questões mais difíceis, todavia, estão para além desse julgamento. E prendem-se com o que esta crise nos diz, ou dela pode ser retirado, sobre o nosso sistema político, a nossa organização económica e a nossa integração europeia. São questões complexas e multifacetadas. Comecemos pela política. Reconhecer-se-á,
porta de entrada
julgo que pode dizer-se, que os bons tempos, proporcionados por uma economia mundial em expansão e pela abundância de dinheiros europeus, facilitaram o desenvolvimento de um regime em que as ligações entre partidos, o Estado e diversos grupos de interesses se estabeleceram de uma forma, digamos, nem sempre saudável; e que resultou, suspeita-se mesmo, em alguns domínios, na captura da administração por interesses particulares. Sectores há onde existe uma confluência de interesses que consolidou comportamentos rentistas, dependentes ou mesmo parasitários da estrutura do Estado.Acresce que, em paralelo, se verificou uma concentração crescente do exercício do poder em pessoal exclusivamente formado nos aparelhos partidários, enquanto se assistia ao afastamento progressivo de pessoas com currículos e competências ganhas noutros domínios da actividade social ou económica. Isso empobreceu, julgo, o regime. E tornou-o excessivamente sensível às questões do poder em si, relegando para segundos planos os valores ou as questões concretas das pessoas e da sociedade. Assim, como fundar o reforço das autonomias respectivas do Estado e da sociedade civil e como alargar o espaço de recrutamento do pessoal político são dois temas que me parece necessário examinar nesta conjuntura. No domínio económico, o diagnóstico é relativamente simples de se fazer. Depois de sucessivos PEC’s, sempre prometidos como a solução última e o sacrifício derradeiro, os portugueses vão ser, perdoe-se-me o plebeísmo, sugados até ao tutano. O deveras dramático, no entanto, é que recuperadas as dívidas e as finanças para níveis mais normais, corre-se o risco de que nada de essencial tenha mudado. A nossa produtividade relativa continua em
queda; e o nosso mercado de trabalho revela uma combinação insustentável de baixa qualificação e elevada rigidez que nos tornam num caso único no quadro da OCDE. É verdade que fizemos grandes progressos na formação – mas eles são mais impressionantes no papel do que no mercado de trabalho. Com novas oportunidades ou bolsas de estudo, criámos um exército de gente com diplomas diversos e elevadas expectativas, mas de reduzida experiência ou sem as competências práticas efectivamente solicitadas pelo mundo real. E o Estado não os pode empregar a todos, hoje menos que ontem. Como promover a transição ordeira para um outro regime económico e laboral é, pois, outra questão essencial. Finalmente, a nossa posição na Europa sai extremamente enfraquecida. Os problemas do euro e da nossa posição nele são intrincados. Mas as dificuldades por que estamos a passar foram antecipadas. Em particular, havia incertezas sobre a estabilidade de longo prazo do euro, dada a diversidade das economias que quiseram essa vã glória de ser fundadoras. E previa-se que em caso de crise internacional ou assimetrias cíclicas profundas na zona euro, as economias mais frágeis podiam vir a ser, por assim dizer, espartilhadas. Mas para receber os subsídios e pela glória de passear nos tapetes vermelhos sacrificámos o sentido crítico e a autonomia de pensamento. Ganhámos em troca dinheiros fáceis – subsídios abundantes e taxas de juro germânicas – cujo uso descuidámos. E com uma estreita capacidade de influência sobre as políticas europeias, passe o espectáculo e as cumplicidades mediáticas, confiámos em que na hora dos apertos todos se lembrariam de como nos tínhamos sempre portado bem. Tola esperança. A nossa posição, hoje, dificilmente poderia ser mais frágil. E essa é uma condição que algumas birras e os acessos de marialvismo que se vão registando no debate político interno só acentuarão. Como conquistar alguma autonomia de decisão e um módico de influência no plano europeu, esse é outro tema que merece meditação.
pecado
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Quando nós cometemos um mortal, revoltam-se as milícias celestes, mas batem palmas as hostes infernais.
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Padre Manuel Teixeira [1912-2003]
”
Dito da semana: Lavar as mãos “O Ministério Público da RAEM lavou as suas mãos e entregou a investigação da morte de Luís Amorim aos pais e à PJ em Portugal”.
LARRY SO EM ENTREVISTA AO “HOJE MACAU”
Uma ideia para Macau • Fernando Chui Sai On vai no dia 20 de Abril à Assembleia Legislativa responder a questões dos deputados. Numa altura é que as críticas aumentam - vai longe o período de graça que caracterizou os primeiros meses do mandato -, chegou o momento do Chefe do Executivo anunciar medidas concretas. É preciso ir mais longe do que em Novembro, já que as Linhas de Acção Governativa para 2011 pouco ou nada de novo trouxeram. Que rumo Macau deve trilhar? Que estratégias estão a ser delineadas e pensadas para que a RAEM aproveite o que Pequim pretende fazer na ilha da Montanha e com a cooperação com Guangdong? Não se pode andar atrás do prejuízo, como sucede com o combate à inflação, anunciar apenas medidas pontuais e avulsas. É preciso explicar qual o caminho que se pretende seguir. Edmund Ho teve uma ideia para Macau: apostou na liberalização do jogo. Fernando Chui Sai On deve explicar qual é, afinal, a sua ideia para Macau? O Chefe do Executivo não deve esperar mais tempo. Um ano e quatro meses depois de ter chegado ao Palácio da Praia
Grande deve dizer aos deputados e à população o que pretende fazer nos próximos anos. Não se pode continuar à espera do trabalho das muitas comissões, gabinetes e grupos de trabalho que estão constituídas. Fernando Chui Sai On deu boas indicações no início, mas ultimamente tem dado a impressão de que anda um pouco perdido, que é difícil vencer o status quo da RAEM, que continua a dominar tudo e todos. O poder
ção de mão-de-obra; divulgar o plano para a democratização do sistema político - mais membros no colégio eleitoral que elege o Chefe do Executivo e mais deputados eleitos pela via directa são medidas a concretizar até 2013 e 2014 – e revelar o verdadeiro plano de formação dos médicos e enfermeiros que vão trabalhar no futuro hospital. Até agora, só tenho ouvido falar em serviços de urgências em Macau e na Taipa e pouco mais.
Gilberto Lopes
a FIGURA DA SEMANA
Mal na fotografia Numa altura em que o seu nome chegou a ser apontado como possível candidato ao cargo de Chefe do Executivo houve quem lhe chamasse: o justiceiro de Macau. Ho Chio Meng não avançou e continuou a exercer as funções que desempenha desde o início da RAEM. A equipa que dirige tem sido alvo de muitas críticas e reparos. Os advogados queixam-se da actuação do Ministério Público e o que se passa com o caso Luís Amorim revela que algo vai mal no Ministério Público da RAEM. Erro atrás de erro, complicação atrás de complicação, decisões sem qualquer lógica, etc. Os mais recentes desenvolvimentos confirmam que não há qualquer vontade em emendar a mão, em procurar apurar o que realmente se passou. O povo costuma dizer que “o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita”. Neste caso, há aspectos e pormenores que não podem ser corrigidos, diligências que já não podem ser feitas, mas os pais e a comunidade de Macau têm o direito de saber a verdade. A reabertura do processo pode contribuir para isso, mas o Ministério Público continua a assobiar para o lado, a protelar, a impedir que o advogado consulte o processo. Para já não falar em outras deliberações que só confirmam que não há qualquer interesse em solucionar o que está errado. O Procurador da RAEM deve procurar que se faça justiça. Nada mais. Penso que não é pedir muito.
Mais e menos + É positivo que os antigos governadores de
ACONTECIMENTO DA SEMANA • • Dez anos depois de ter sido formalmente criada, a comissão mista Macau-Portugal (e não Macau/ Portugal) realizou-se na RAEM sem grandes resultados. O que não surpreende, já que não se deve esperar muito destes mecanismos de cooperação. Lisboa e Macau podem e devem reforçar as suas relações e ligações, mas não precisam de qualquer comissão mista para o fazer. De resto, é mais do que provável que na próxima reunião os elementos da delegação portuguesa que vieram esta semana a Macau
das grandes famílias continua a estender os tentáculos por tudo o que é sítio, não deixando nada para os outros. Gostava de ver o Chefe do Executivo dizer o que pretende para o sector da aviação civil - a Air Macau continua a ser uma incógnita, apesar dos elevados lucros de 2010, e a CAM deve revelar quem vai assegurar a gestão do Aeroporto -; anunciar mexidas na política de contrata-
ol h a d el a
Macau, Garcia Leandro e Carlos Melancia, visitem a RAEM a convite do Chefe do Executivo. Já não me parece bem é que andem por aí pessoas e instituições a colocarem-se em bicos dos pés para ganhar protagonismo com a deslocação.
Portugal em Macau e Macau em Portugal
não se sentem mais à mesa com a equipa de Alexis Tam. Depois de 5 de Junho, muita coisa vai mudar em Lisboa. Não sei se não teria sido melhor para Portugal que tivessem ficado em Lisboa, pois o País teria poupado muito dinheiro em viagens, hotel e ajudas de custo, o que nos tempos que correm muita falta faz aos cofres lusos. O comunicado e as declarações do embaixador António de Almeida Ribeiro à Lusa podiam ter sido feitos na capital portuguesa. Não era necessário a deslocação, embora
uma viagem a Macau sabe sempre bem. É pena, até porque na delegação estavam pessoas com experiência e conhecimento de Macau. Por último, quem decidiu que não havia declarações no final? Medo das perguntas dos jornalistas? Não quero acreditar! Deve ter sido uma ideia de alguma cabeça bem pensante. Uma vez mais, perdeu-se uma excelente oportunidade para dar um salto em frente na cooperação entre a RAEM e Portugal.
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Nas praias não se pode fumar, mas nos casinos, nos terminais marítimos e, provavelmente, nas universidades, sim. Não percebo que depois de tantos anos de discussão, a legislação tenha tantas incongruências. Mas valha-me a praia artificial da Galaxy, pois no COTAI vai ser possível fumar o meu charuto.
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Há cheque ou não há cheque? PS não é o PC chinês A eurodeputada Ana Gomes lembrou que o PS “é um partido democrático, plural” e por isso pôde dizer ontem que o Governo “cometeu erros”. “A socialista fez considerou, ainda, que a governação de José Sócrates foi positiva: “O balanço que faço da governação é francamente positivo, acho que é preciso reconhecer que houve erros até para os corrigir. É normal que este congresso seja um congresso de unidade e, portanto, os militantes têm de se unir, mas unidade não é unanimidade, isto não é o PC chinês e não é o partido da Coreia do Norte de Kim Jong Il, é um espaço de diálogo plural é por isso que eu estou neste partido e não estou noutro”. Ana Gomes apontou, ainda, o dedo a Cavaco Silva, acusando-o de “andar a leste do que se está a passar”. “Ontem fiquei extremamente preocupada e vexada com as declarações do comissário Olli Rehn fez na sequência das declarações do presidente da República que demonstraram que o senhor presidente da República estava a leste do que efectivamente podia estar na mesa e do que isso ia implicar que também vai implicar a ele”, criticou. Macau Três mulheres jovens detidas no EPM Três mulheres estão em prisão preventiva após terem sido apanhadas com mais de um quilo de droga na bagagem. Todas as suspeitas vinham a bordo de voos provenientes da Malásia, em datas diferentes. Uma norte-americana, de 18 anos, foi encontrada no início de Abril com dois sacos de heroína com mais de dois quilos. A suspeita foi detida ao chegar ao Aeroporto de Macau, depois dos agentes alfandegários recorrerem à máquina de raios X para inspeccionar a sua bagagem. Uma outra mulher, de nacionalidade malaia, com 21 anos, foi interceptada no último dia de Março pela polícia. Segundo o comunicado do Ministério Público de Macau, a suspeita mantinha um “comportamento duvidoso”, o que chamou a atenção dos agentes da autoridade. A suspeita mantinha na bagagem a mesma quantidade e tipo de droga do que a mulher norteamericana. No terceiro caso, a suspeita, Lai, de 18 anos, era proveniente do interior da China, e foi detida na última semana de Março. A mulher tinha em sua posse um quilo de heroína embrulhada em papel de estanho.
Devia haver. É que este cheque...
...
não mata
!!!
Jovem salta do 11.º andar para livrar-se da escola
Pressão suicida Virginia Leung
U
virginia.leung@hojemacau.com.mo
m estudante do ensino secundário, de apenas 17 anos, cometeu suicídio à meia-noite de sexta-feira para sábado, ao saltar do apartamento onde vivia, no 11.º andar do edifício Van Sion Son Chun, no Fai Chi Kei. Os bombeiros acorreram ao local e ainda conseguiram enviar a vítima para o hospital, mas o jovem acabaria por morrer. Amãe do rapaz não aguentou a comoção e teve de ser internada. O jovem de 17 anos, que vivia com os pais – a família Ngai – no 11.º andar do edifício Van Sion Son Chun era um aluno mediano no Colégio Diocesano de São José (CDSJ). Era quase uma da manhã de sábado, quando um estrondo súbito vindo da plataforma do terceiro piso acordou a vizinhança. Um morador do prédio encontrou a vítima estatelada no chão, com o pijama coberto de sangue e alertou imediatamente a polícia. Entretanto, os pais do jovem, que acordaram com o barulho, correram para o quarto do filho, onde apenas encontraram duas folhas de papel sobre a escriva-
ninha, sendo uma delas uma carta póstuma aos pais e a outra apenas um papel preenchido com a palavra “morrer”. Apesar dos esforços dos bombeiros, não foi possível salvar a vida ao jovem. A mãe, ao perceber que o filho se tinha suicidado ao saltar da janela, perdeu os sentidos por diversas vezes. Aprimeira análise da Policia Judiciaria (PJ) à carta deixada pelo jovem aponta para um suicídio cometido devido à pressão nos estudos. Segundo os pais, a vítima não demonstrava qualquer atitude estranha e estava, como habitualmente, a fazer os seus trabalhos da escola e a ver a Internet, pelo que nada indiciava a tragédia que se seguiria.
Pressão assassina
O incidente despertou uma grande preocupação na sociedade, com estudantes entrevistados pelo jornal “Ou Mun” a acharem credível a explicação da pressão na escola. “De certeza que existe pressão escolar, mas o mais importante é aprender como lidar com ela”, afirmou um jovem. A opinião geral é de que o incidente se tratou de um
caso isolado e não de uma prática comum em Macau. Wong, estudante do CDSJ, disse que já teve notas negativas antes e que sempre se sente deprimido quando isso acontece, mas garantiu que nunca lhe passaria pela cabeça suicidar-se. Seja como for, Kuok Va Pong, director do CDSJ, informou que os colegas de turma da vítima já começaram a ser acompanhados para garantir que superem rapidamente as emoções causadas pela notícia da morte do colega. Os alunos estão a ser incentivados a prezarem a vida e a preocuparem-se mais com os colegas. Um assistente social referiu que é preciso monitorizar mais de perto as emoções e comportamentos dos estudantes de forma a prevenir esse tipo de tragédia. E também aconselhou os estudantes a procurarem falar com professores e assistentes sociais sempre que atravessassem qualquer problema ou dúvida. Os estudantes devem também, referiu, organizar bem o seu tempo, de forma a terem tempo de descanso suficiente. As diversões e actividades sociais para relaxar também são altamente aconselhadas. Preocupada com os acontecimentos, a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) diz considerar importante passar a mensagem correcta aos estudantes, pelo que pretende incentivá-los de forma positiva através de actividades relevantes de gestão emocional, comunicação social e cultivo da vida. A ideia é ensinar-lhes a terem uma atitude correcta perante a vida e os valores que lhes permitam ter uma resposta positiva sempre que forem confrontados com dificuldades. Seja como for, a situação actual mostra que é recorrente que as grandes expectativas dos pais coloquem uma grande pressão sobre os ombros dos estudantes. De forma geral, os pais querem que o estudante tenha sucesso e resultados escolares brilhantes, de forma a ter aberto o caminho da ascensão social. Mas a mentalidade dos estudantes, ainda em formação, precisa de algum acompanhamento, até porque a pressão que enfrentam na escola, na competição com os colegas ou em “part-times” pós-escolares não é inferior às enfrentadas pelos adultos. Os pais devem comunicar mais com os filhos, para que eles possam exprimir e enfrentar as dificuldades de forma positiva.
segunda-feira 11.4.2011 www.hojemacau.com.mo
Japão confirmados quase 13 mil mortos O violento sismo seguido de tsunami do dia 11 de Março provocou mais de 12.900 mortos e 15 mil desaparecidos, de acordo com os últimos dados das autoridades. Outras 170 mil pessoas estão desalojadas. O abalo, já considerado como a catástrofe natural mais cara da histórica, destruiu cerca de 45 mil edifícios e causou danos em outros 140 mil edifícios e infraestruturas. Ao mesmo tempo que prosseguem as operações de busca por vítimas, começa já a fazer-se a limpeza das áreas devastadas pelo tsunami e a reconstrução das mesmas, uma operação que poderá levar dois ou três anos e que custará mais de 200 mil milhões de euros, segundo a imprensa nipónica. Coreia do Norte impede cidadãos de regressarem da Líbia São cerca de 200 nortecoreanos a viver na Líbia e que não poderão regressar por ordens do governo de Pyongyang para que não entre na Coreia do Norte informação sobre os conflitos no Médio Oriente e Norte de África. Segundo a agência Yonhap, o governo pediu aos cerca de 200 norte-coreanos que trabalham na Líbia para que não tentem regressar ao país de origem e que sigam as recomendações das autoridades locais. Fonte próxima dos negócios estrangeiros do país disse à mesma agência que a medida serve “para que as informações sobre a revolta popular na Líbia não cheguem ao país”. A Coreia do Norte envia centenas de profissionais, como médicos, enfermeiros e trabalhadores da construção civil para os países produtores de petróleo, de forma a obter moeda estrangeira, tendo mesmo ligações muito próximas com o regime do líder líbio Muammar Kadhafi. Alemães favoráveis a plano de resgate a Portugal A maioria dos alemães concorda com um plano de resgate financeiro a Portugal, isto de acordo com uma sondagem divulgada pelo jornal Bild. Segundo o estudo do instituto Emnid, 50 por cento dos alemães concordam com o plano de ajuda a Portugal, enquanto 45 por cento estão contra. Cerca de 90 por cento dos alemães consideram, ainda, que Portugal não será o último país a ser ajudado, isto numa altura em que cresce a especulação sobre se a Espanha também precisará de um resgate.