DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ
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DAR NÓS NO HORIZONTE JOÃO PAULO COTRIM
O ESCURO QUE CRIAMOS PÁGINA NUNO MIGUEL GUEDES
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QUARTA-FEIRA 13 DE NOVEMBRO DE 2019 • ANO XIX • Nº4411
A paz e o pão Prestes a abandonar o poder, Chui Sai On fez o balanço de 10 anos de governação. Manter a harmonia e evitar o caos foi, segundo o Chefe do Executivo, uma das principais preocupações da Administração. O governante anunciou ainda aumentos de 3,4% para a função pública e a manutenção dos cheques pecuniários. Sai com a sensação de dever cumprido e de reunir o apoio da população. GRANDE PLANO
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MNE ALERTAS DE NECESSIDADE DE VIGILÂNCIA FACE A “FORÇAS ESTRANGEIRAS”
Malefícios exteriores Jia Guide, director do Departamento de Tratados e Direito do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, defende que é importante “mantermo-nos vigilantes em relação às forças estrangeiras que tentam causar distúrbios com o pretexto da lei”. Numa nota oficial enviada aos jornais, o responsável defende mais estudos sobre a Lei Básica para que se possa chegar a “novas práticas de implementação” da política “Um País, Dois Sistemas”
É
uma mensagem clara numa altura em que os protestos de Hong Kong sobem de tom no que à violência diz respeito. Jia Guide, director do Departamento de Tratados e Direito do Ministério de Negócios Estrangeiros (MNE) da China, defende, numa nota oficial enviada aos jornais, escrita em inglês, a importância de “nos mantermos vigilantes em relação às forças estrangeiras que tentam causar distúrbios ou disrupções com o pretexto da lei”.
PRINCÍPIO DE SUCESSO
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Chefe do Executivo, Chui Sai On, disse ontem na abertura do seminário de que “os assuntos jurídicos externos da RAEM são um conteúdo importante da concretização com sucesso do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ com características de Macau”. Além disso, “viabilizam o apoio da região à abertura integral do país, o que eleva a capacidade de influência internacional de Macau e o seu progresso a longo prazo”. Chui Sai On frisou também que “a actividade na área dos assuntos externos de Macau resulta do direito pleno de governação do Governo Central associado à garantia de alto grau de autonomia local”. O governante declarou também que, “na sequência do grande apoio do Governo Central, a participação da RAEM em instituições internacionais cresceu de um número acima de 50 para mais de 100, e em termos de convenções internacionais, passou-se de mais de 150 para um número superior a 600”.
e inovações quanto à melhoria dos mecanismos e instituições para uma implementação plena”. Jia Guide defendeu também que, “à medida que se avança para o enriquecimento e expansão dos assuntos externos relacionados com Macau, devemos trabalhar para garantir que o Governo Central exerce a sua jurisdição geral sobre Macau e explora melhores formas para assegurar direitos e obrigações tal como está previsto na Constituição chinesa e na Lei Básica”. Face à cooperação internacional que a RAEM tem promovido com vários países, esta deve ser realizada a fim de “dar maiores contributos para a causa da diplomacia do país com características chinesas”, conceito já anunciado pelo Presidente Xi Jinping. Nesse sentido, “devemos planear e coordenar os assuntos externos relacionados com Macau dentro do quadro diplomático da China, expandindo e melhorando a rede de cooperação legal e internacional, a fim de reforçar o papel e função de Macau no processo de abertura da China”. O Seminário foi organizado pelo MNE da República Popular da China em parceria com o Governo da RAEM, contando ainda com a coordenação da Secretaria para a Administração e Justiça e do Departamento de Tratados e Leis do Ministério dos Negócios Estrangeiros, e com a co-organização do Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China na RAEM. Andreia Sofia Silva
andreia.silva@hojemacau.com.mo
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Só com essa vigilância é possível “corresponder à responsabilidade constitucional de salvaguardar a soberania nacional, a segurança e os interesses ao nível do desenvolvimento, bem como a salvaguarda da prosperidade a longo prazo e a estabilidade da RAEM”, acrescentou. Estas declarações surgem no âmbito do Seminário sobre Assuntos Jurídicos de Relações Externas que decorreu ontem no território, e que contou com a presença de várias personalidades. No mesmo seminário, Jia Guide referiu-se a Macau como o bom exemplo por contraste com Hong Kong, noticiou a Rádio Macau. “Ultimamente esses acontecimentos em Hong Kong têm mostrado que o conceito 'Um País, Dois Sistemas' não é um sucesso (no território vizinho). O amor pela Pátria é reconhecido e mantido pela sociedade de Macau e devemos seguir e transmitir bem o espírito de Macau, para reforçar ainda mais a nossa consciência, pensamento de base e capacidade de resolução dos riscos externos”, frisou. Ainda sobre este tema, Jia Guide lembrou na nota enviada aos media locais que “devemos manter a consciência dos potenciais riscos, prevenir e eliminar distúrbios externos”, uma vez que o conceito “Um País, Dois Sistemas” tem vindo “a enfrentar circunstâncias externas mais complicadas, severas e riscos”. Para Jia Guide, a história de Macau deve continuar a ser bem contada, “para que a comunidade internacional reconheça plenamente a prática inovadora de 'Um País,
Dois Sistemas' no Direito Internacional sem quaisquer mal-entendidos ou distorções”. A secretária para a Justiça de Hong Kong, Teresa Cheng, revelou optimismo face à resolução da crise política que se tem verificado nos últimos meses. “Acredito profundamente que Hong Kong tem bases sólidas para enfrentar esses desafios actuais com pressões externas e internas. Formulamos o nosso desejo de que, com os nossos esforços, vamos ultrapassar este momento mais difícil”, noticiou a Rádio Macau.
OLHAR MAIS A LEI BÁSICA
Ainda na mesma nota, o responsável do MNE alerta para a necessidade de “realizar estudos para as disposições não activas da Lei Básica relacionadas com assuntos externos para explorar novas práticas de implementação da política 'Um País, Dois Sistemas'”. Relativamente à mini-constituição da RAEM, “devemos aprofundar a investigação
Jia Guide referiu que só com vigilância é possível “corresponder à responsabilidade constitucional de salvaguardar a soberania nacional, bem como a salvaguarda da prosperidade a longo prazo e a estabilidade da RAEM”
ANÚNCIO CONCURSO PÚBLICO N.o 50/P/19 Faz-se público que, por deliberação do Conselho Administrativo, de 31 de Outubro de 2019, se encontra aberto o Concurso Público para o «Fornecimento e instalação de um analisador multiplex baseado em Luminex (Luminex-Based Multiplex Analyzer) aos Serviços de Saúde», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 13 de Novembro de 2019, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de MOP39.00 (trinta e nove patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria dos Serviços de Saúde) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet na página electrónica dos S.S. (www.ssm.gov.mo). As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,30 horas do dia 13 de Dezembro de 2019. O acto público deste concurso terá lugar no dia 16 de Dezembro de 2019, pelas 10,00 horas, na “Sala de Reunião”, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau. A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP15.400,00 (quinze mil e quatrocentas patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente. Serviços de Saúde, aos 7 de Novembro de 2019 O Director dos Serviços Lei Chin Ion
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UMA DECADA DE PODER ´
LINHAS DE ACCÃO ´ EVITAR CONFLITOS E CAOS FORAM OBJECTIVOS DA GOVERNAÇÃO
Em jeito de balanço depois de 10 anos como Chefe do Executivo, Chui Sai On sublinhou que um dos papéis da sua governação foi evitar o caos e conflitos provocados por políticas pouco populares. A passagem do tufão Hato foi o momento mais complicado, em que a união social sobressaiu. Apesar de recusar uma auto-análise, Chui Sai On abandona o poder com a sensação de ter tido o apoio geral da população
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A hora da despedida, Chui Sai On deu ontem uma conferência de imprensa de balanço dos 10 anos em que esteve ao leme da governação de Macau. Ao rebobinar a cassete para os melhores e piores momentos, dificuldades e problemas superados, Chui Sai On mencionou dois episódios que trouxeram ao de cima um dos desígnios executivos que pautaram os seus mandatos. “O objectivo principal é não ter conflitos e caos na sociedade. Queremos criar uma sociedade harmoniosa, não queremos divisão, esse foi o nosso objectivo principal”, revelou. Evitar divergências que pudessem conduzir a hostilidade entre a sociedade civil e o Executivo foi uma das “bússolas” do Executivo que dirigiu durante os períodos de maior contestação.
Nomeadamente, a contestação ao regime das garantias dos titulares dos cargos públicos, que em 2014 levou mais de uma dezena de milhar de pessoas à rua. Horas depois, o Conselho Executivo reunia-se e anunciava voltar atrás na iniciativa legislativa. Mais recentemente, o caso do Fundo para o Desenvolvimento
“Em 1999 entrei para o Governo da RAEM e, num piscar de olhos, trabalhei mais de 20 anos no Executivo. Tenho muito orgulho do meu trabalho.” CHUI SAI ON CHEFE DO EXECUTIVO
e Investimento motivou outro volte-face no rumo que o Executivo iniciara, no momento em que os protestos em Hong Kong já dominavam a ordem do dia na região. Depois de aprovado o reforço orçamental para transferir 60 mil milhões de patacas para o fundo, a contestação social começou a tomar forma. Agudizou-se depois de ser ventilada a possibilidade de o próprio Chui Sai On vir a presidir ao fundo, que mantinha alguma opacidade quanto ao seu objectivo e método de fiscalização. “Quando os cidadãos não entendem as políticas do Governo, ou quando existem divergências, é necessário que a população compreenda”, comentou Chui Sai On, sublinhando a importância de “respeitar as opiniões da sociedade e do público”.
O governante em fim de mandato afirmou que é importante consultar o público, apesar de o exemplo do fundo não ter seguido essa via. Chui Sai On disse não lamentar este episódio, aliás, categorizou-o como “uma boa experiência”. “Auscultar as opiniões dos cidadãos nunca é uma coisa má, porque devemos equilibrar os interesses de todas as partes”, rematou.
MONTE DOS VENDAVAIS
A passagem do tufão Hato por Macau foi o momento mais difícil durante os 10 anos de governação de Chui Sai On, que o governante destacou pela forma como o marcou e como impactou a sociedade. “Foi uma catástrofe. Nunca tínhamos verificado um desastre tão grave nos últimos 20 anos”, recordou. Porém, a mesma catástrofe natural que varreu a região no Verão de 2017 foi simultaneamente um momento de superação. “Fiquei muito grato por ver todos os cidadãos de Macau unidos e com espírito
“O objectivo principal é não ter conflitos e caos na sociedade. Queremos criar uma sociedade harmoniosa, não queremos divisão, esse foi o nosso objectivo principal.” CHUI SAI ON CHEFE DO EXECUTIVO
“A população é que tem a palavra sobre o meu desempenho e a minha imagem. Vou prestar atenção às opiniões sobre o meu desempenho nos últimos dez anos. Claro que poderíamos ter feito melhor, mas o apoio e aceitação geral da população realmente é muito gratificante para nós.” CHUI SAI ON CHEFE DO EXECUTIVO
de solidariedade. O Governo também tentou fazer o seu melhor”, comentou. Ainda sobre o episódio do Hato, Chui Sai On destacou, por esta ordem, o apoio por parte do Governo Central, o esforço dos cidadãos e o trabalho desempenhado pelas várias equipas dos serviços públicos. Quanto aos projectos que ficaram por concretizar e à demora com algumas obras e políticas de referência, Chui Sai On confessou que, por vezes, “o processo é um pouco lento” e “é preciso acelerar”, justificando a morosidade com processos judiciais que têm um tempo para correr, procedimentos administrativos e atrasos nas obras. Entre os projectos mencionados, destaque para o Metro Ligeiro, que só na recta final do mandato
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ANOS EM NÚMEROS
de Chui Sai On parece que estará concluído. O Hospital das Ilhas é outro projecto que tem andado a passo de caracol, mas que deverá ter a primeira pedra lançada até ao final do ano. O plano de renovação urbana, que também se arrasta no tempo, foi outro plano por concluir, com Chui Sai On a ressalvar que, pelo menos, consegui “ter uma lei, por exemplo, quanto aos impostos e habitação para troca”.
HORA DE DESCANSAR
Quando questionado sobre o momento mais complicado na defesa
do princípio “Um País, Dois Sistemas”, Chui Sai On mostrou-se feliz por considerar que durante os seus mandatos “não houve nenhum problema” na sua implementação. Olhando para o futuro, o governante entende que “quem vai governar Macau são as pessoas de Macau, que podem participar cada vez mais nas políticas”. “O mais importante é o nosso valor ético, consolidar o valor de amar Macau e a pátria. Só depois podemos progredir nos trabalhos para assegurar a estabilidade da população”. Chui Sai On rejeitou tecer considerações sobre a memória
que deixará entre os cidadãos. “A população é que tem a palavra sobre o meu desempenho e a minha imagem. Vou prestar atenção às opiniões sobre o meu desempenho nos últimos dez anos. Claro que poderíamos ter feito melhor, mas o apoio e aceitação geral da população realmente é muito gratificante para nós”, referiu. “Em 1999 entrei para o Governo da RAEM e, num piscar de olhos, trabalhei mais de 20 anos no Executivo. Tenho muito orgulho do meu trabalho”. Quando à possibilidade de vir a desempenhar um cargo a nível
nacional, deixou claro que, até ao momento, não recebeu “qualquer mensagem sobre a próxima etapa”. De qualquer forma, Chui Sai On promete que vai continuar a prestar atenção ao futuro de Macau e da pátria. Para já, resta-lhe a ideia de que o futuro será mais calmo. “Depois de respeitar o período legal de transição vou descansar um pouco e ter uma vida mais relaxante”, rematou. João Luz
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No dia em que fez o balanço de 10 anos de governação, Chui Sai On apresentou alguns números para demonstrar o contraste entre o dia em que assumiu as rédeas do Executivo e o fim dos seus mandatos. Em termos económicos, o PIB cresceu de 325,9 mil milhões de patacas em 2010 para 424,9 mil milhões em 2018. A taxa de desemprego baixou de 2,8 por cento em 2010 para 1,8 por cento em 2018. Quanto à receita média mensal dos residentes, duplicou entre 2010 e 2018 para 20 mil patacas. Um dos índices que mais cresceu foi a reserva financeira, que passou de 100,2 mil milhões de patacas em 2012, para 508,8 mil milhões de patacas em 2018. No que diz respeito aos apoios sociais, o investimento público em educação mais do que duplicou (103 por cento), de 5,7 mil milhões de patacas em 2010 para 11,6 mil milhões de patacas em 2018. Na área da saúde, em 2010 eram gastos 3,1 mil milhões de patacas, investimento que passou para 7,3 mil milhões de patacas em 2018 (crescimento de 135 por cento). Também a segurança social quase duplicou de 9,4 mil milhões de patacas em 2010 para 18 mil milhões de patacas em 2018. Num olhar mais incidente na área da saúde, a expectativa de vida dos residentes de Macau aumentou de 82,3 anos em 2010 para 83,7 anos em 2018. O número de utentes dos serviços ambulatórios, de internamento ou de urgência no hospital público cresceu de 529 mil utentes em 2010 para 766 mil em 2018. Outro indicador apresentado foi a taxa de vacinação de crianças, que se fixou em 90 por cento. No sector da habitação pública, a habitação económica passou das 24.558 fracções em 2010 para 37.212 fracções em 2010. No capítulo da habitação social, os números quase duplicaram (94 por cento), de 7.214 fracções em 2010 para 14.020 em 2018.
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ORÇAMENTO
A MATEMATICA
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S funcionários públicos vão receber um aumento de 3,4 por cento no próximo ano, de acordo com o Orçamento para 2020, cujos moldes foram ontem dados a conhecer por Chui Sai On, na Assembleia Legislativa. O valor do índice salarial dos trabalhadores dos serviços públicos passa das actuais 88 patacas para as 91 patacas. Neste orçamento – que segundo Chui Sai On foi definido depois de um “consenso” com o futuro Chefe do Executivo – é mantido o Plano de Comparticipação Pecuniária, os conhecidos “cheques”, no valor de 10 mil patacas para residentes permanentes e 6 mil patacas para não-residentes. Além disso, os cidadãos que reunirem os requisitos de actividade vão ter uma Conta Individual de Providência, com o valor de 10 mil patacas, e os que já têm contas recebem uma injecção no valor de 7 mil patacas, que provêm do saldo orçamento. Ontem não foram reveladas grandes novidades, que poderão ser depois anunciadas em Fevereiro ou Março, quando o futuro Governo apresentar as Linhas de Acção Governativa, mas segundo Chui Sai On vão ser “mantidas as medidas de redução e isenção fiscal” que tinham sido adoptadas este ano.
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Ainda sobre as contas apresentadas pelo Chefe do Executivo, as isenções fiscais e apoios à população vão fazer com que o Governo deixe de arrecadar 3,42 mil milhões de patacas em receitas fiscais.
O Governo de Ho Iat Seng, no primeiro ano, vai acumular um “lucro” de 20,8 mil milhões de patacas Quanto ao orçamento para o próximo ano, o Governo tem projectadas receitas de 122,7 mil milhões de patacas, um aumento de 0,2 por cento face a este ano, e despesas no valor de 100,7 mil milhões de patacas, o que representa uma redução de 2,5 por cento face ao montante para o corrente ano. De acordo com as previsões apresentadas, o Governo de Ho Iat Seng, no primeiro ano, vai gerar um excedente orçamental de 20,8 mil milhões de patacas, um crescimento de 15 por cento, face ao valor previsto para o último ano de Chui Sai On, quando foram projectados “ganhos” de 18,1 mil milhões. Chui Sai On vai deixar a RAEM com uma almofada ao nível das
Chan Chak Mo Pessoas estão felizes
O deputado Chan Chak Mo considerou que após 10 anos de Chui Sai On que as pessoas estão felizes, que a saúde e a educação são comparáveis ao melhor que se faz no mundo e que o único factor menos positivo é a habitação. “A economia está bem, todas as pessoas estão felizes com o padrão de vida, o nível dos impostos é bom, por isso acho que o aspecto em que se poderia ter feito mais é a habitação”, disse Chan. Contudo, considerou que o problema pode ser facilmente resolvido. “Só na
FUNCIONÁRIO PÚBLICOS VÃO TER UM AUMENTO DE 3,4 POR CENTO
Zona A podemos construir cerca de 40 mil casas, que permitem alojar cerca de 146 mil pessoas. Também como a população não é muita... Aliás eu temo é que nem tenhamos pessoas suficientes para as casas que vamos construir”, acrescentou. Chan Chak Mo elogiou ainda a saúde e a educação local: “Acho que nessas áreas estamos muito bem, se tivemos em conta o resto do mundo”, opinou. O empresário disse também ainda desconhecer se no futuro integrará o Conselho Executivo: “Ainda ninguém falou comigo sobre o futuro. Actualmente sinto-me bem, estou quase na idade de reforma e se não me pedirem para servir no Governo, ou em outro cargo político, por mim está tudo bem”, admitiu.
Ella Lei Não se viu nada na habitação económica
A deputada Ella Lei, ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau, considerou que durante 10 anos o Chefe do Executivo mais não fez do que pagar dívidas antigas, em termos de habitação económica. “O Chefe do Executivo diz até ao final do mês vai abrir um concurso para atribuição de económica, mas nos últimos dez anos, e sobretudo nos cinco mais recentes, as habitações construídas foram apenas para pagar dívidas antigas, ou seja para
fracções que já tinham sido atribuídas”, disse a deputada. “A habitação é o aspecto onde o Governo tem de melhorar, porque o problema vai passar para o próximo Executivo”, indicou. Outras das áreas em que Ella Lei criticou Chui Sai On foi na formação de quadros locais, uma vez que para a legisladora Macau continua a depender da mão-de-obra estrangeira nas profissões especializadas, e na não conclusão dos trabalhos do Plano Director.
Sulu Sou Não podemos estar satisfeitos Segundo o pró-democrata Sulu Sou não é possível estar satisfeito com a governação de Chui Sai On porque foram várias as promessas que ficaram por cumprir, tanto na área política como na social. “Não podemos estar satisfeitos com o trabalho feito nos últimos 10 anos. Em relação às questões da comunidade, o Plano Director ficou por concluir, a lei da renovação urbana ficou por fazer, não foi criada uma lei sindical. Não deixou habitações públicas para os jovens nem para a classe média. O metro ainda não está em funcionamento”, exemplificou o deputado. “Depois de
10 anos, também não há um calendário ou uma definição dos procedimentos para a implementação do sufrágio universal. E no balanço que fez sobre a acção do Governo, não há uma única menção sobre democracia ou desenvolvimento democrático”, considerou. Sulu Sou afirmou que mesmo que o Governo distribua muito dinheiro, tal não tem sido suficiente para “comprar a felicidade” da população.
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DE CHUI
Os trabalhadores da Administração vão ver o ordenado subir, mas os cheques pecuniários vão manter-se nas 10 mil patacas para residentes permanentes e 6 mil patacas para residentes não-permanentes. O orçamento prevê uma quase estabilização das receitas e a redução das despesas receitas financeiras de 627,35 mil milhões de patacas, enquanto a reserva cambial vai atingir as 171,02 mil milhões de patacas.
PRIMEIRO O PAÍS
Quando leu o discurso na Assembleia Legislativa, e fez várias pausas para beber água, Chui Sai On deixou um recado para o futuro: o crescimento e a estabilidade social só são possíveis quando se garantir os interesses do País. “A experiência da governação dos últimos 10 anos comprova que só com uma convicção inabalável e com a implementação plena e correcta do princípio ‘Um País, Dois sistemas’ é possível garantir a estabilidade, a continuidade e o futuro da RAEM. A defesa da soberania, a segurança e os interesses do desenvolvimento do País são premissas da prosperidade e da estabilidade a longo prazo”, afirmou Chui Sai On, perante os deputados. Neste sentido, o ainda Chefe do Executivo deixou uma mensagem de esperança face ao futuro: “Acreditamos que o futuro da RAEM será brilhante, com a união, determinação e a persistência de todos os sectores da sociedade em aproveitarem as oportunidades do desenvolvimento”, apontou. João Santos Filipe joaof@hojemacau.com
André Cheong Vou dar o meu melhor
O actual comissário contra a Corrupção, André Cheong, pode assumir a secretaria da Administração e Justiça no próximo Executivo. Ontem, à saída do balanço da acção governativa do último ano de Chui Sai On, André Cheong limitou-se a dizer que vai fazer o seu melhor, independentemente do cargo que ocupar: “A escolha dos próximos secretários vai ser uma decisão do Governo Central e do novo Chefe do Executivo. Em qualquer que seja o cargo, vou fazer o meu melhor para o Governo e para a sociedade”, afirmou André Cheong.
Raimundo do Rosário Secretário? Esperem “mais um bocadinho”
O secretário para os Transportes e Obras Públicas deverá permanecer no posto para o próximo mandato, apesar de sempre ter dito que apenas desejava ocupar o posto por cinco anos. No entanto, ontem recusou confirmar se vai manter-se como secretário, quando Ho Iat Seng tomar posse como Chefe do Executivo. “Já esperaram tanto [para saber sobre o futuro]. Esperem pelo anúncio. Já esperaram tanto, por isso esperem mais um bocadinho”, afirmou Raimundo do Rosário. O secretário falou com os jornalistas depois de ter assistido ao balanço da acção governativa para o ano de 2019.
Pearl Horizon Compradores entregaram carta de protesto Cerca de uma hora antes de começar o balanço da acção governativa, a Associação dos Compradores do Pearl Horizon, liderada por Kou Meng Pok, entregou uma carta a reclamar contra a medida do Governo que
apenas permite aos compradores adquirirem o máximo de uma fracção no futuro empreendimento. Segundo o presidente da associação, muitos proprietários consideram que a medida é injusta porque há quem tivesse
comprado mais do que uma fracção e assim acaba na mesma por ser prejudicado. Além disso, a associação pede que os compradores sejam compensados por não terem direito às casas que compraram de forma legal.
KOU HOI IN DESENVOLVIMENTO SÃO NOTÓRIOS
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presidente da Assembleia Legislativa fez um balanço positivo dos mandatos de Chui Sai On e afirmou que os resultados estão à vista. “Podemos verificar através do balanço feito pelo Chefe do Executivo, que nos últimos 10 anos os desenvolvimentos e avanços são notórios, tanto a nível de cuidados médicos, das estradas, de infra-estruturas. Podemos reparar que muito foi feito nestes anos” sustentou Kou Hoi In. Apesar dos resultados positivos da governação, o presidente do hemiciclo reconheceu que há espaço para melhorar e que tal até poderá ser feito pelo próximo Executivo, liderado pelo seu antecessor, Ho Iat Seng. “Em qualquer área há sempre margem para melhorar. Como se diz, é impossível alcançar a perfeição, mas é sempre possível melhorar”, afirmou. “Espero que a nossa economia e bem-estar venham a conhecer mais melhorias nos próximos anos”, acrescentou. Nesse sentido deixou um desejo: “Faço votos para que o nosso futuro Chefe do Executivo possa juntar a população de Macau, para que em conjunto avancemos em direcção a um novo patamar do desenvolvimento de Macau”, apelou. Na análise ao desempenho de Chui Sai On, Kou aproveitou para elogiar igualmente o antecessor, Edmund Ho, que à imagem de Chui, cumpriu dois mandatos à frente do Governo. “Tanto ao nível da economia como do bem-estar da população podemos verificar houve grandes desenvolvimentos em ambos os níveis. Estamos gratos aos esforços de Chui Sai On, mas também do primeiro Chefe do Executivo que nos conduziram a este nível de desenvolvimento”, opinou. Porém, Kou Hoi In destacou que o que considera quatro mandatos bem sucedidos não foram possíveis sem o “imprescindível” apoio do Governo Central.
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CASA DE VIDRO CPM GANHA CONCURSO PARA OPERAR RESTAURANTE
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Casa de Portugal em Macau (CPM) ganhou um concurso para operar um restaurante na Casa de Vidro, situada na praça do Tap Seac, uma infra-estrutura com a assinatura do arquitecto Carlos Marreiros. De acordo com a Rádio Macau, o novo restaurante deverá ser inaugurado já a 2 de Dezembro, contando com a presença do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam. O arrendamento do espaço será de 30 mil patacas mensais, com um contrato de três anos. No início, irá funcionar apenas como uma cafetaria, mas já a partir de Janeiro o restaurante vai estar aberto entre as 10 e as 22 horas. Além do espaço de restauração, a Casa de Vidro vai ter também uma galeria e uma sala de artesanato. O HM tentou chegar à fala com Amélia António, presidente da CPM, mas até ao fecho desta edição não foi possível estabelecer contacto. A CPM chegou a gerir o restaurante Lvsitanvs, que funcionava na Casa Amarela. Quando a empresa proprietária do espaço, a Future Bright Holdings, do deputado Chan Chak Mo, decidiu terminar o contrato de arrendamento com a Direcção dos Serviços de Turismo, a CPM viu-se obrigada a encerrar o restaurante, que tem vindo a funcionar na sede da associação.
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A beleza do anal CINEMA TRACY CHOI FILMA NOVA PELÍCULA COM CÂMARA SUPER 8 PARA FESTIVAL NO PORTO
Chama-se “Hunting” e estreia em Abril na oitava edição do Do decorre anualmente na cidade do Porto, em Portugal. O novo pr Macau, Tracy Choi, é apresentado já em Dezembro na Creative,
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MA câmara de filmar Super 8 é a protagonista do novo projecto cinematográfico da realizadora Tracy Choi. “Hunting” é a curta metragem que está ainda a ser produzida propositadamente para a oitava edição do Douro Film Festival, que todos os anos se realiza no Porto e que se dedica exclusivamente a filmes feitos com a velhinha Super 8. Ao HM, Tracy Choi levantou a ponta do véu de uma história que nasceu graças ao contacto entre Lúcia Lemos, directora do espaço Creative Macau, e os organizadores do Douro Film Festival, ligados à OPPIA – oPorto Picture Academy. “É um filme com apenas dois minutos e meio, e aborda a sociedade que critica a forma como uma rapariga se comporta e veste. No início da história, a rapariga veste-se de forma sexy e nota que as pessoas a criticam ou olham a forma como se veste. Então ela começa a vestir mais roupas, a cobrir-se mais e no fim ela veste roupas só porque não quer que as pessoas a olhem e critiquem.”
MODA IC APROVA 15 CANDIDATURAS PARA PROGRAMA DE SUBSÍDIOS
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Instituto Cultural (IC) concluiu a análise dos candidatos à sétima edição do “Programa de Subsídios à Criação de Amostras de Design de Moda”, tendo sido seleccionadas 15 das 19 candidaturas apresentadas para a segunda fase do programa. Em causa estão apoios financeiros para a execução de amostras e
materiais promocionais no montante máximo de 170 mil patacas. De acordo com uma nota oficial, nesta edição, cerca de 70 por cento das candidaturas apresentadas são de novos designers, enquanto que 30 por cento dos candidatos já registou a sua marca de moda no mercado.
Foram seleccionados nomes como Cheong Kuan Peng, Wong Man I, Leng Carmen, Lai Ka Pou, Lo Ka Heng, Lao Ka Weng, Siu David, Choi Wai Leng, Maria Celestino Cordova, Chan Sok In, Wai Chin Seong, Vanessa Baptista, Tam Nga Teng, Chiang Sau Yee, Vong Si Weng e Tou Wai In.
Nesta segunda fase do programa, os candidatos seleccionados “terão de produzir uma amostra com base no trabalho seleccionado, a qual deverá ser exibida por um modelo, com maquilhagem e penteado apropriados, de forma a realçar o efeito estilístico”. Além disso, os candidatos serão ainda sujeitos a uma
entrevista pelo júri. Após a segunda análise, cada um dos candidatos admitidos receberá um subsídio até um montante máximo de doze mil patacas como compensação para a execução e apresentação das amostras, sendo o reembolso efectivado, mediante a apresentação das respectivas facturas de despesas.
CONCERTO “UMA NOITE
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lógico
ouro Film Festival, que ojecto da realizadora de mas em formato digital Para Tracy Choi, este constitui um interessante regresso às filmagens com Super 8 e aos desafios do mundo analógico, uma vez que filmar com esta câmara exige que o realizador filme bem à primeira. Caso contrário, todo o trabalho tem de ser repetido numa nova fita.
“É um filme com apenas dois minutos e meio, e aborda a sociedade que critica a forma como uma rapariga se comporta e veste” TRACY CHOI REALIZADORA
“Na universidade tive algumas experiências a usar uma câmara Super 8 e películas de 16 milímetros. Passou algum tempo desde que filmei com esse tipo de câmara, porque agora todos os realizadores utilizam os meios digitais. Mas desta forma sentimos a pressão e os nervos,
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porque assim que terminamos de filmar, já foi.”
PARCERIA COM CASA DE PORTUGAL
O filme é exclusivamente filmado em Macau, embora Tracy Choi tenha nos seus planos uma viagem ao Porto emAbril, altura em que o seu filme estreia no festival. Antes disso, a Creative Macau irá exibi-lo, em formato digital, já em Dezembro. “Nesta fase estou apenas na fase das filmagens, não estou ainda a participar no processo mais ligado ao festival. Do ponto de vista criativo, é algo diferente para mim”, acrescentou Tracy Choi. Uma nota oficial da OPPIA dá conta da colaboração da Casa de Portugal em Macau nesta iniciativa, bem como da Kodak. O Douro Film Festival é o único festival de Super 8 em Portugal e um dos poucos em todo o mundo. É o único festival onde todos os filmes são realizados no âmbito do próprio festival, assegura a organização. Além deste projecto, Tracy Choi encontra-se também a trabalhar numa série de filmes intitulada “Years of Macau”, dedicada ao vigésimo aniversário da RAEM. Esta série de curtas-metragens, que conta com a participação de vários realizadores do território, será exibida na próxima edição do Festival Internacional de Cinema de Macau, que acontece em Dezembro. Andreia Sofia Silva
andreia.silva@hojemacau.com.mo
INESQUECÍVEL” PARA CELEBRAR OS 20 ANOS DA RAEM
O
Instituto Internacional de Macau (IIM), em parceria com a Universidade de Macau (UM) e da Macau Link, está a promover um concerto para celebrar os 20 anos de transferência de soberania de Macau para a China, e tendo como pano de fundo o Encontro das Comunidades Macaenses deste ano. O concerto terá lugar no pequeno auditório do Centro Cultural
de Macau (CCM) “Uma Noite Inesquecível” é o nome do espectáculo protagonizado pelo grupo musical da Orquestra MulticulturalAmigu di Macau, criado em 2002 e que tem vindo a promover a cultura macaense em Toronto, cidade do Canadá. Este grupo é constituído por 16 elementos, com um reportório musical no uso de variados instrumentos musicais chineses,
e com interpretação de música não só chinesa, mas também portuguesa e macaense. Além do espectáculo no CCM, estão previstas duas actuações da Orquestra Multicultural Amigu di Macau, uma delas a 25 de Novembro, na UM, e outra na cidade de Nanhai, na China, dia 28. Os bilhetes já estão à venda na sede do IIM.
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13.11.2019 quarta-feira
NEGÓCIOS EMPRESA DE CHAN CHAK MO APRESENTA PERDAS DE 210,7 MILHÕES
A Future Bright registou perdas de 210,7 milhões de dólares de Hong Kong nos primeiros nove meses do ano. A venda do projecto na Ilha da Montanha, a guerra comercial e a instabilidade social em Hong Kong são os factores apresentados para os maus resultados
A
Future Bright, empresa do deputado Chan Chak Mo, registou perdas de 210,7 milhões de dólares de Hong Kong nos primeiros nove meses do ano, de acordo com um aviso publicado na Bolsa de Hong Kong, na segunda-feira. Com estes números, PUB
MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 716/AI/2019 -----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora ZHU, CAIFENG, portadora do Salvo Conduto para Deslocação a Hong Kong e Macau da RPC n.° C62675xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 18/DI-AI/2018, levantado pela DST a 27.01.2018, e por despacho da signatária de 07.08.2019, exarado no Relatório n.° 330/DI/2019, de 09.07.2019, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório por suspeita de controlar a fracção autónoma situada na Rua de Pequim n.° 36, Edf. I Chan Kok, 16.° andar B, Macau onde se prestava alojamento ilegal.-----------------------------------------------------------------No mesmo despacho foi determinado que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito, não sendo admitida a apresentação de defesa ou de provas fora do prazo conforme o disposto no n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010. --------------------------------------------------------------A matéria apurada constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, punível nos termos do n.° 1 do artigo 10.° do mesmo diploma.------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau.-------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 30 de Outubro de 2019. A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes
GONÇALO LOBO PINHEIRO
Indigestão financeira
são de licenças incorrectas, o que poderia valer uma multa milionária ao grupo. Em Dezembro os accionistas devem dar luz à venda do projecto, que ainda está em fase de construção.
“A disputa comercial entre os Estados Unidos e a China e agitação civil em Hong Kong, que dura desde Junho de 2019, têm afectado de forma adversa e concretizada o desempenho comercial.” COMUNICADO Outro aspecto que também prejudicou a empresa, foi o facto da Casa Amarela, ou seja o edifício ao lado da Ruínas de São Paulo, ter estado desocupado. Contudo, esta realidade deve mudar no próximo trimestre, uma vez que foi assinado um acordo para arrendar o espaço durante oito anos com uma empresa de venda de roupa.
PERDAS A CRESCER
as perdas crescem oito vezes face ao mesmo período do ano passado, quando o prejuízo da empresa, que aposta principalmente na restauração, tinha sido de 27,5 milhões de dólares de Hong Kong. “O grupo [Future Bright] enfrenta um ambiente de negócios duro e com muitos desafios, o que resultou em prejuízos para os accionistas que rondam os 210,7 milhões durante o período [de nove meses]”, é reconhecido no comunicado publicado. “A disputa comercial entre os Estados Unidos e a China e agitação civil em Hong Kong, que
dura desde Junho de 2019, têm afectado de forma adversa e concretizada o desempenho comercial do Grupo”, é acrescentado. Nos primeiros nove meses a Future Bright chegou a acordo para vender a Zhou Luohong, empresário de Macau, o projecto de um centro de restauração na Ilha da Montanha. Segundo os resultados, só esta venda foi contabilizada como causando perdas de 98,2 milhões de patacas. O projecto da empresa estava a enfrentar vários atrasos na Ilha da Montanha, com falta de licenças de construção e a emis-
SJM APONTADA QUEBRA DE RECEITAS EM NOVEMBRO
A
PESAR do Grande Prémio de Macau estar à porta, atraindo muitos turistas para o território, a Sociedade de Jogos de Macau (SJM) pode sofrer quebras nas receitas do jogo no mês de Novembro. A possibilidade foi adiantada por Daisy Ho, presidente do conselho de administração da SJM, que justificou a hipótese com a ausência de feriados públicos ao longo deste mês. Citada pelo Macau Post Daily, a filha de Stanley Ho acrescentou
ainda “a falta de clareza na situação externa”, sem especificar, para explicar a “ligeira quebra” estimada. Importa acrescentar que as previsões de analistas apontaram para um decréscimo das receitas da operadora na ordem dos 5 por cento para o mês de Novembro. Nesse aspecto, Daisy Ho referiu que a confirmação ou não das projecções de analistas depende dos resultados individuais de cada espaço da SJM e do “panorama global”.
Apesar da expectativa baixa, Ho destacou o Grande Prémio de Macau como o grande chamariz de clientela para as operações da SJM neste mês. Assim sendo, revelou que os hotéis da operadora já atingiram um volume de reservas que aponta para taxas de ocupação entre os 80 e 90 por cento. Quanto ao futuro, Daisy Ho mostrou-se entusiasmada com o Governo de Ho Iat Seng. “Estamos ansiosos pelo início do novo mandato do Executivo e queremos ver que novas políticas e orientações o novo Chefe do Executivo e a sua equipa tem para nós. A ronda de negociações para as novas concessões é algo a que estamos muitos atentos”, culmina a dirigente da SJM.
Actualmente o grupo está presentes em todas as regiões da Grande China e em todas registou perdas. Em Macau as perdas foram de 19,8 milhões de dólares de Hong Kong, que contrastam com os ganhos de 7,5 milhões do mesmo período do ano passado. Já no Interior da China as perdas foram de 35,8 milhões, mas subiram para 128,7 milhões. Em Hong Kong, no ano passado tinha havido lucros marginais de 0,8 milhões que evoluíram para perdas de 51,9 milhões. Finalmente, em Taiwan, a aposta mais recente da Future Bright, os resultados negativos foram de 10,3 milhões. Ainda em relação a Macau, durante os primeiros nove meses do ano a empresa fechou cinco restaurantes e converteu um espaço no Venetian onde servia comida italiana num estabelecimento com comida coreana. João Santos Filipe
joaof@hojemacau.com.mo
AMCM Empréstimos registam quebra
Segundo dados divulgados pela Autoridade Monetária e Cambial de Macau (AMCM), no mês de Setembro, tanto os empréstimos hipotecários para habitação, como os empréstimos comerciais para actividades imobiliárias, registaram quebras. A queda do empréstimo à habitação foi de 9,4 por cento, em relação ao mês anterior. Assim, de um total de 3,72 mil milhões de patacas, 98,6 por cento foram referentes a residentes locais, num total de 3,67 mil milhões, e 1,4 por cento referentes a não residentes, num total de 51,9 milhões de patacas. Em termos trimestrais a queda foi 15,6 por cento, em comparação com o período de Junho a Agosto de 2019. Quanto aos empréstimos comerciais a queda foi de 11,7 por cento relativamente ao mês anterior, atingindo um valor total de 2,9 mil milhões de patacas. No entanto, apesar das quebras registadas, o saldo bruto dos dois tipos de empréstimo cresceu 0,8 por cento, atingindo um valor de 228,3 mil milhões de patacas.
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quarta-feira 13.11.2019
D
OIS residentes de Macau, um homem de 63 anos, responsável por uma farmácia e uma mulher de 51, trabalhadora num estabelecimento de venda de carne congelada, foram constituídos arguidos pela Polícia Judiciária por envolvimento num caso de falsificação de documentos. A informação foi revelada pela Polícia Judiciária, ontem, numa conferência de imprensa. Tudo começou quando em Maio de 2018, uma empresa de seguros de Macau alertou os serviços de saúde para comportamentos suspeitos envolvendo algumas clínicas de Macau que, em coordenação com “trabalhadores de alguns casinos”, emitiam falsificações de recibos do modelo M7. Os recibos serviam para requerer prémios de seguro indevidos e, após a denúncia feita pelos serviços de saúde ao Ministério Público, o caso foi transferido à PJ para investigação. “Os agentes da Polícia, após terem questionado 40 trabalhadores dos casinos envolvidos, ficaram a saber que estes, após terem requerido medicamentos ou mercadorias, recebiam de farmácias chinesas recibos do Modelo M7, para que pudessem pedir reembolsos à seguradora, sem que tivesse sido realizada qualquer consulta ou se tivessem deslocado às clínicas envolvidas”, referiu a porta-voz da Polícia Judiciária Lei Hon Nei.
CRIME SEIS FARMÁCIAS ENVOLVIDAS EM ESQUEMA DE FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS
As receitas valiosas
A Polícia Judiciária deteve um homem e uma mulher, por alegado envolvimento num lucrativo esquema de falsificação de recibos médicos do modelo M7. O aviso foi dado depois de uma seguradora ter alertado os serviços de saúde para comportamentos suspeitos envolvendo algumas clínicas de Macau. Os dois suspeitos são agora arguidos no caso mácias como a intermediária, cobravam comissões. Nas restantes três farmácias identificadas não foram ainda apreendidos objectos ligados ao crime, embora alguns responsáveis tenham já confessado ter ajudado na emissão dos recibos falsos. Estas três farmácias, entretanto, já fecharam actividade. “A única vítima aqui é o governo da RAEM. Segundo a investigação preliminar esta farmácia conseguiu lesar o Estado em 160 mil patacas”, frisou a porta voz da PJ. Além dos dois arguidos, há ainda sete suspeitos de envolvimento no caso, sendo que a Polícia Judiciária afirma que vai continuar com as investigações até encontrar os cúmplices em fuga.
DE SERVIÇO
A partir daqui a PJ identificou e enviou um comando de buscas às seis farmácias chinesas envolvidas no esquema de emissão de recibos do Modelo M7 falsificados. “A Polícia deslocou-se por diversas ocasiões aos estabelecimentos para ficar a conhecer o modo de funcionamento daquelas farmácias e descobriu que algumas emitiram recibos médicos M7, mas sem presença de qualquer médico”, referiu a PJ. Uma das farmácias identificadas fica na zona da Areia Preta, onde foram apreendidos 57 recibos do modelo M7 no valor de cerca de 11.880 mil patacas. Anexado a cada recibo a PJ encontrou ainda algumas notas em papel que incluíam dados como nomes e datas para marcação de consultas. Noutra farmácia, esta localizada rua da Praia do Manduco, foram apreendidas também várias notas escritas e atestados, com
Pedro Arede
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Lei Hon Nei, porta-voz da PJ “A Polícia deslocou-se por diversas ocasiões aos estabelecimentos para ficar a conhecer o modo de funcionamento daquelas farmácias e descobriu que algumas emitiram recibos médicos M7, mas sem presença de qualquer médico.”
MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 717/AI/2019
assinaturas e carimbos médicos. Numa terceira farmácia, localizada na Rua 5 de Outubro foi encontrado um caderno de registos de consultas utilizado pelos clientes, sendo que um responsável deste estabelecimento, inquirido pela PJ, disse que alguns deles utilizaram ainda vales de saúde para fazer compras.
Assim, usando como intermediária a mulher de 63 agora constituída arguida, os clientes desta farmácia procuravam depois clínicas dispostas a falsificar consultas, em troca dos ditos vales de saúde. Com este método, os clientes podiam ter descontos nas suas compras. Em troca, tanto as far-
Filha enganada, mãe extorquida Vítima paga 25 mil renminbi após burla telefónica e pedido de resgate
U
MA jovem de 14 anos foi sequestrada com recurso a um esquema de burla telefónica, após um homem, se ter feito passar por um agente da Polícia Judiciária. A mãe acabaria por transferir 25 mil renminbi, para uma conta na China, ao temer pela segurança da filha. O caso, classificado como de extorsão, foi recebido pela PJ após queixa da vítima, e transferido para o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP). O caso foi divulgado ontem, em conferência de imprensa pela Polícia Judiciária. Tudo começou na tarde do dia 11 de Novembro, quando a
vítima recebeu uma mensagem da escola frequentada pela filha, na Taipa, notificando-a que a jovem não se encontrava no estabelecimento de ensino. Logo, a mãe tratou de ligar para a filha mas, ao invés de falar com ela, do outro lado, atendeu um homem dizendo, em mandarim, que a sua filha tinha sido raptada e exigindo o pagamento de um milhão de renmibi, no prazo de duas horas.
LIGAÇÕES PERIGOSAS
Temendo pela segurança da filha, a vítima fez queixa à PJ e também uma transferência
no valor 25 mil renminbi para a conta do homem na China. Mais tarde, os agentes da PJ acabariam por encontrar a jovem de 14 anos nas proximidades das Portas do Cerco. O HM tentou saber que escola da Taipa era frequentada pela jovem de 14, mas a PJ recusou-se a revelar. De acordo com a investigação levada a cabo pela Polícia, a burla foi possível porque a jovem, no dia anterior à extorsão, atendeu uma chamada de um homem, que se apresentou, em mandarim, como sendo agente da PJ, e dizendo que ela estava envolvida num caso de burla transfrontei-
riça, relacionada com cartões de crédito. O alegado agente referiu ainda que a chamada ia ser encaminhada para a China para acompanhamento e que a jovem deveria manter segredo das informações reveladas, pois o caso ainda se encontrava em fase de investigação. A Polícia Judiciária deixou ainda algumas recomendações que passam, sobretudo, por não revelar informações pessoais numa chamada proveniente de um número desconhecido e manter contacto permanente com os membros do seu agregado familiar. P.A.
-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora CHEN, XIAOWEI, portadora do Salvo Conduto para Deslocação a Hong Kong e Macau da RPC n.° C39729xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 18.1/DI-AI/2018, levantado pela DST a 27.01.2018, e por despacho da signatária de 07.08.2019, exarado no Relatório n.° 331/DI/2019, de 09.07.2019, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório por suspeita de controlar a fracção autónoma situada na Rua de Pequim n.° 36, Edf. I Chan Kok, 16.° andar B, Macau onde se prestava alojamento ilegal.-------------------------------------------------No mesmo despacho foi determinado que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito, não sendo admitida a apresentação de defesa ou de provas fora do prazo conforme o disposto no n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010. ------------------------------------------------------------A matéria apurada constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, punível nos termos do n.° 1 do artigo 10.° do mesmo diploma.--------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício ‘‘Centro Hotline’’, 18.° andar, Macau.-----------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 30 de Outubro de 2019. A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes
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13.11.2019 quarta-feira
Aviso Renovação da inscrição na Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes Nos termos do artigo 26.º do Regulamento Administrativo n.º 12/2015 (Regulamentação de qualificações nos domínios da construção urbana e do urbanismo), os engenheiros técnicos, os técnicos, os empresários comerciais, pessoas singulares e as sociedades comerciais inscritos nesta Direcção de Serviços, devem efectuar a renovação da inscrição no período compreendido entre Novembro e Dezembro de 2019, sob pena de verem caducada a sua inscrição e nos termos do n.º 2 do artigo 29.º do mesmo regulamento, e baseado no princípio de colaboração entre o particular e a Administração, apresentar uma lista de todas as ocorrências relacionadas com as funções inscritas a fim de constar do seu processo individual. Nos termos do artigo 6.º do Regulamento Administrativo n.º 3/2003 (Condições para a elaboração de projectos, direcção e execução de obras de instalação de redes de gás e para a montagem e reparação de aparelhos a gás), as entidades instaladoras de redes de gás ou entidades montadoras de aparelhos a gás inscritas nesta Direcção de Serviços, devem efectuar a renovação da inscrição no mês de Dezembro de 2019, sob pena de verem caducada a sua inscrição e nos termos do n.º 2 do artigo 7.º do mesmo regulamento, e baseado no princípio de colaboração entre o particular e a Administração, apresentar uma lista das ocorrências relativas a projectos elaborados ou a obras dirigidas ou executadas a fim de constar do seu processo individual. Nos termos do n.º 2 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 79/85/M (Regulamento Geral da Construção Urbana), os construtores civis e as empresas de construção inscritos para a execução de obras nesta Direcção de Serviços, devem efectuar a renovação da inscrição no mês de Janeiro de 2020, sob pena de verem caducada a sua inscrição e nos termos da alínea d) do n.º 2 do artigo 11.º do mesmo diploma, e baseado no princípio de colaboração entre o particular e a Administração, apresentar uma lista das ocorrências relativas a projectos elaborados ou dirigidos ou relativas a obras executadas a fim de constar do seu processo individual. Os pedidos acima mencionados devem ser apresentados dentro dos prazos referidos na Secção de Atendimento e Expediente Geral desta Direcção de Serviços. Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, aos 12 de Novembro de 2019. O Director de Serviços, Li Canfeng
ANÚNCIO Concurso Público n.º 018/DZVJ/2019 “Prestação de serviços de arborização e manutenção de troços das vias periféricas envolventes do lago de lótus e das terras húmidas na Avenida da Praia” Faz-se público que, por deliberação do Conselho de Administração para os Assuntos Municipais do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), tomada na sessão de 1 de Novembro de 2019, se acha aberto o concurso público para a “Prestação de serviços de arborização e manutenção de troços das vias periféricas envolventes do lago de lótus e das terras húmidas na Avenida da Praia”. O Programa de Concurso e o Caderno de Encargos podem ser obtidos, durante o horário de expediente, no Núcleo de Expediente e Arquivo do IAM, sito na Avenida de Almeida Ribeiro, n.º 163, Macau, ou descarregados gratuitamente da página electrónica do IAM (www.iam.gov.mo). Os concorrentes que pretendam fazer o descarregamento dos documentos acima referidos assumem também a responsabilidade pela consulta de eventuais actualizações e alterações das informações na nossa página electrónica durante o período de entrega das propostas. O prazo para a entrega das propostas termina às 17:00 horas do dia 28 de Novembro de 2019. Os concorrentes devem entregar as propostas e os documentos no Núcleo de Expediente e Arquivo do IAM e prestar uma caução provisória no valor de MOP 50,000.00 (cinquenta mil patacas). A prestação da caução provisória pode ser efectuada na Tesouraria da Divisão de Assuntos Financeiros do IAM, sita no rés-do-chão do Edifício do IAM, por depósito em numerário, cheque, garantia bancária ou seguro-caução em nome do “Instituto para os Assuntos Municipais”. O acto público do concurso realizar-se-á no Centro de Formação do IAM, sito na Avenida da Praia Grande, Edifício China Plaza, 6.º andar, pelas 10:00 horas do dia 29 de Novembro de 2019. O IAM organizará uma sessão de esclarecimento pública no Centro de Formação do IAM (sito na Avenida da Praia Grande, Edifício China Plaza, 6.º andar), pelas 10:00 horas do dia 19 de Novembro de 2019. Aos 07 de Novembro de 2019. A Administradora do Conselho de Administração para os Assuntos Municipais Isabel Jorge www. iam.gov.mo
MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 682/AI/2019
MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 691/AI/2019
-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor WU NAN, portador do Salvo Conduto para Deslocação a Hong Kong e Macau da RPC n.° C52421xxx , que na sequência do Auto de Notícia n.° 246/DI-AI/2017 levantado pela DST a 28.10.2017, e por despacho da signatária de 30.10.2019, exarado no Relatório n.° 514/DI/2019, de 16.10.2019, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por controlar a fracção autónoma situada na Rua de Pequim n.° 36, Edf. I Chan Kok, 10 .° andar A, Macau onde se prestava alojamento ilegal.--------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto no n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma.-------------------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme o disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo DecretoLei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro.----------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada.-------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício ‘‘Centro Hotline’’, 18.° andar, Macau.------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 30 de Outubro de 2019. A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes
-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor LIN KAI HONG, portador do Bilhete de Identidade de Residente Permanente da RAEM n.° 50954xx(x), que na sequência do Auto de Notícia n.° 172/DI-AI/2017 levantado pela DST a 27.06.2017, e por despacho da signatária de 29.10.2019, exarado no Relatório n.° 521/DI/2019, de 21.10.2019, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por controlar a fracção autónoma situada na Rua dos Curtidores n.° 43, Edf. Kong Chong, résdo-chão A, Macau onde se prestava alojamento ilegal.---------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto no n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma.-------------------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 30 dias, conforme o disposto na alínea a) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo DecretoLei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro.----------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada.-------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício ‘‘Centro Hotline’’, 18.° andar, Macau.------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 29 de Outubro de 2019. A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes
ANÚNCIO CONCURSO PÚBLICO N.º 51/P/19 OBRA DE CONSTRUÇÃO E REMODELAÇÃO DAS ENFERMARIAS DO 4.º ANDAR DO EDIFÍCIO DA CLÍNICA MÉDICO-CIRÚRGICA 1. 2. 3. 4. 5.
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Entidade que põe a obra a concurso: Serviços de Saúde. Modalidade de concurso: Concurso Público. Local de execução da obra: Centro Hospitalar Conde de São Januário. Objecto da Empreitada: Realização da obra de construção e remodelação das enfermarias do 4.º andar do Edifício da Clínica Médico-Cirúrgica. Prazo de desenho dos projectos e Prazo de execução: O prazo máximo para o desenho dos projectos da presente empreitada é de 50 (cinquenta) dias de trabalho, e o prazo máximo para execução das obras de 150 (cento e cinquenta) dias de trabalho (para efeitos de contagem do prazo de execução das obras da presente empreitada, somente domingos e feriados não são considerados como dias de trabalho, e no prazo de execução das obras não está incluído o prazo para apresentação do projecto nem de apreciação pela DSSOPT). Prazo de validade das propostas: O prazo de validade das propostas é de 90 dias (noventa dias), a contar da data do Acto Público do Concurso, prorrogável, nos termos previstos no Programa de Concurso. Tipo de empreitada: A empreitada é por série de preços. Caução provisória: MOP70.000,00 (setenta mil patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancária ou seguro-caução, aprovado nos termos legais. Caução definitiva: 5% (cinco por cento) do preço total da adjudicação (das importâncias que o empreiteiro tiver a receber, em cada um dos pagamentos parciais são deduzidos 5% (cinco por cento) para garantia do contrato, para reforço da caução definitiva a prestar). Preço Base: Não há. Condições de Admissão: Serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução de obras, bem como as que à data do concurso, tenham requerido a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição. Local, dia e hora limite para entrega das propostas: Local: Secção de Expediente Geral dos Serviços de Saúde, que se situa no r/c do Edifício do Centro Hospitalar Conde de São Januário; Dia e hora limite: Dia 26 de Dezembro de 2019 (quinta-feira), até às 17,45 horas. Em caso de encerramento dos Serviços Públicos da Região Administrativa Especial de Macau, em virtude de tempestade ou motivo de força maior, a data e a hora estabelecidas para a entrega de propostas, serão adiadas para o primeiro dia útil seguinte, à mesma hora. Local, dia e hora do acto público: Local: Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C - «Sala de Reunião». Dia e hora: Dia 27 de Dezembro de 2019 (sexta-feira), às 10,00 horas. Em caso de encerramento dos Serviços Públicos da Região Administrativa Especial de Macau, em virtude de tempestade ou motivo de força maior, a data e a hora estabelecidas para o acto público de abertura das propostas do concurso público, serão adiadas para a mesma hora do dia útil seguinte. Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público de abertura de propostas para os efeitos previstos no artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M, de 8 de Novembro, e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso. Visita às instalações: Os concorrentes deverão comparecer no Departamento de Instalações e Equipamentos do Centro Hospitalar Conde de São Januário, no dia 18 de Novembro de 2019 (segunda-feira), às 15,00 horas, para visita ao local da obra a que se destina o objecto deste concurso. Local, hora e preço para consulta do processo e obtenção da cópia: Local: Divisão de Aprovisionamento e Economato dos Serviços de Saúde, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau. Hora: Horário de expediente (das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas). Preço: MOP106,00 (cento e seis patacas), local de pagamento: Secção de Tesouraria destes Serviços de Saúde. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação:
40%
C
Preço razoável Experiência em execução das obras B1. Experiência em obras semelhantes - 20% B2. Estrutura das equipas executoras da obra e alocação dos recursos humanos - 10% Programa de execução da obra
D
Programa de trabalhos
10%
E
Prazo de execução da obra
5%
F
Integridade e honestidade F1. Declaração de Integridade e Honestidade - 2% F2. Declaração de compromisso do concorrente em que não foi sentenciadopelo Tribunal ou órgão administrativo por ter empregue trabalhadores ilegais, ter contratado trabalhadores não destinados para o exercício de funções ou para a devida actividade - 3%
5%
A B
30% 10%
17. Junção de esclarecimentos: Os concorrentes poderão comparecer na Divisão de Aprovisionamento e Economato dos Serviços de Saúde, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau, a partir de 13 de Novembro de 2019 (quarta-feira) até à data limite para a entrega das propostas, a fim de tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais. Serviços de Saúde, aos 7 de Novembro de 2019 O Director Lei Chin Ion
china 17
quarta-feira 13.11.2019
TECNOLOGIA CONFIANÇA DE QUE BRASIL IMPLEMENTARÁ 5G COM A HUAWEI
A escolha “racional”
A
China disse ontem estar confiante de que o Brasil escolherá a Huawei para implementar a rede 5G, uma decisão que contrariaria as advertências de Washington, que baniu o grupo de telecomunicações, alegando questões de segurança. O Presidente chinês, Xi Jinping, visita Brasília esta semana para participar na cimeira do bloco das grandes economias emergentes BRICS, que inclui ainda Rússia, Índia e África do Sul. Xi não realizará, no entanto, uma visita de Estado,
apesar de estar previsto reunir-se com o homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro, durante a cimeira. “Estou confiante na cooperação entre a China e o Brasil em relação à tecnologia 5G”, disse o embaixador chinês em Brasília, Yang Wanming, citado pela agência noticiosa Bloomberg. O Brasil “levará em conta os seus próprios interesses de desenvolvimento” ao analisar a oferta da Huawei, assegurou. Citado pela agência, Yang disse que a atitude do Brasil em relação à Huawei permaneceu “objectiva e ra-
cional”, apesar da campanha de “má fé e difamação” realizada pelos Estados Unidos.
ALTAS EXPORTAÇÕES
Washington tem pressionado vários países a excluírem a Huawei na construção de infraestruturas para a Internet do futuro, acusando a empresa de estar sujeita a cooperar com os serviços de informação chineses. O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, reiterou a advertência durante um discurso em Berlim, na sexta-feira, afirmando que a empresa não é de confiança, já que está sob o controle do Partido Comunista Chinês. Durante uma visita oficial a Pequim, realizada no mês passado, Jair Bolsonaro considerou que a cooperação com a Huawei na implementação de redes de quinta geração “por agora, é uma hipótese fora do radar”. O Presidente brasileiro tem adoptado uma retórica anti-comunista e um alinhamento com Washington, que passou a encarar a potência asiática como rival estratégico. Mas, em 2018, as exportações para a China representaram 26,8 por cento do total das vendas do Brasil ao exterior e atingiram um pico de 64,2 mil milhões de dólares. O país latino-americano é um importante fornecedor de matérias primas para a China, cujo apetite por soja, petróleo e minério de ferro brasileiros se multiplicou nas últimas décadas, face ao crescimento da economia chinesa.
CRIME ATAQUE COM QUÍMICO CORROSIVO EM INFANTÁRIO DE KAIYUAN DEIXA 54 FERIDOS
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M total de 51 crianças e três educadores ficaram feridos, entre os quais dois em estado grave, após um ataque com soda cáustica num infantário em Kaiyuan, no sul da China, informaram ontem as autoridades. O ataque ocorreu na segunda-feira à tarde, quando um homem de 23 anos identificado como Kong entrou nas instalações e pulverizou as vítimas com aquele químico corrosivo, que armazenou em latas de spray. O suspeito foi detido uma hora após os eventos, segundo a imprensa local. A polícia revelou que o ho-
mem estava desempregado e sofria de “problemas psicológicos”, devido ao divórcio dos pais, que levaram a “uma mentalidade pessimista e vingativa”. Trata-se do mais recente ataque do género na China, onde estes incidentes são normalmente protagonizados por pessoas com problemas psicológicos ou ressentimentos para com a sociedade. Embora a China seja, no geral, um país seguro, estes ataques em locais públicos, sobretudo escolas, são relativamente comuns. Em Abril passado, um professor de um jardim de
HONG KONG NOVOS CONFRONTOS APÓS DIA DE GREVE COM 128 FERIDOS E 260 DETIDOS
infância na província de Henan, centro da China, foi preso por envenenamento deliberado de 23 crianças entre os 4 e 5 anos de idade, das quais uma teve que ser hospitalizada em estado grave. No mesmo mês houve também um ataque com faca numa escola da província de Hunan, que resultou em duas crianças mortas e outras duas feridas. A lei chinesa proíbe rigorosamente a venda e posse de armas de fogo, pelo que os ataques são geralmente feitos com facas, explosivos de fabrico artesanal ou por atropelamento.
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S ruas de Hong Kong voltaram ontem de manhã a ser palco de confrontos entre manifestantes e forças de segurança, após a greve violenta de segunda-feira que deixou 128 feridos e mais de 260 detidos. Citada pela agência Efe, a Autoridade Hospitalar da ex-colónia britânica informou que o jovem de 21 anos que foi baleado por um agente e o homem de
57 anos que foi incendiado durante uma discussão com manifestante continuam hospitalizados “em estado crítico”. Por sua vez, a polícia anunciou pouco antes da meia-noite ter realizado mais de 260 detenções ao longo do dia, um dos mais violentos de que há registo na cidade, e assegurou que vai continuar a aplicar a lei. Segundo a imprensa local, alguns serviços de
transporte público foram novamente interrompidos ontem de manhã e confrontos entre a polícia de choque e manifestantes foram de novo registados em alguns ‘campus’ universitários, onde agentes usaram gás lacrimogéneo. Algumas escolas e universidades da cidade já anunciaram a suspensão das aulas. Entretanto, a chefe do Executivo, Carrie Lam, voltou a aparecer numa conferência de imprensa, na qual acusou os manifestantes de serem “egoístas” por continuarem com aquilo que descreveu como “actos de vandalismo”. A dirigente de Hong Kong, a quem os manifestantes exigem a demissão, agradeceu a todas as pessoas que não participaram na greve de segunda-feira e aos cidadãos que, voluntariamente, retiraram as barricadas colocadas pelos manifestantes nas ruas.
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Aviso sobre pedido de junção de restos mortais em sepultura perpétua AVISO Faz-se saber que em relação ao concurso público para « Empreitada de reparação e melhoria do túnel subaquático da Universidade de Macau e reforma e modernização do sistema electromecânico», publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 43, II Série, de 23 de Outubro de 2019, foram prestados esclarecimentos, nos termos do artigo 2.2 do programa do concurso, e foi feita aclaração complementar conforme necessidades, pela entidade que realiza o concurso e juntos ao processo do concurso. Os referidos esclarecimentos e aclaração complementar encontram-se disponíveis para consulta, durante o horário de expediente, no Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, sito na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar, Macau. Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, aos 06 de Novembro de 2019. O Coordenador do Gabinete Lam Wai Hou
Eu, Wong Wing Chan, nos termos da alínea 5) do n.º 1 e dos n.ºs 2 e 3 do artigo 26.º -A do Regulamento Administrativo n.º 37/2003, alterado pelo Regulamento Administrativo n.º 22/2019, apresento o pedido relativo à junção das ossadas de Wong Kuen, que era cônjuge de Leong Son Chan, inumada na sepultura n.º SM-1-0416A do Cemitério São Miguel Arcanjo, nessa sepultura. Venho por este meio informar as pessoas indicadas no n.º 1 do artigo 26.º -A do Regulamento Administrativo acima referido de que podem apresentar objecção por escrito no prazo de 30 dias, contados a partir da data da publicação do aviso, ao IAM. A objecção escrita deve ser entregue no escritório dos assuntos de cemitérios da Divisão de Higiene Ambiental do IAM, sito no 3.º andar do Edifício Comercial Nam Tung, na Avenida da Praia Grande n.º 517. Se o IAM não tiver recebido objecção por escrito dentro do prazo determinado, o pedido de junção poder ser autorizado. Aos 13 de Novembro de 2019 Wong Wing Chan
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13.11.2019 quarta-feira
Confias no incerto amanhã?
A Poesia Completa de Li He
秦 宮 越羅衫袂迎春風,玉刻麟麟腰帶紅。 樓頭曲宴仙人語,帳底吹笙香霧濃。 人間酒暖春茫茫,花枝入簾白日長。 飛窗複道傳籌飲,十夜銅盤膩燭黃。 禿衿小袖調鸚鵡,紫繡麻鞋踏哮虎。 斫桂燒金待曉筵,白鹿清酥夜半煮。 桐英永巷騎新馬,內屋深屏生色畫。 開門爛用水衡錢,卷起黃河向身瀉。 皇天厄運猶曾裂,秦宮一生花底活。 鸞篦奪得不還人,醉睡氍毹滿堂月。
Qin Gong As mangas da sua túnica de sândalo de Yue Saúdam o vento de primavera, O seu cinto vermelho tem figuras de jade E padrões de unicórnio. Uma festa no cimo de uma torre de palácio, Imortais à conversa, Órgãos de boca a tocar sob toldos Numa bruma espessa e perfumada.
Em galerias eternas de paulónia florida Experimenta um novo cavalo. Nas divisões interiores grandes biombos Com pinturas vivas. Abre os portões e esbanja o ouro Da bolsa privada do imperador. Lança as mãos ao Rio Amarelo2 E o derrama sobre si próprio.
Vinho quente bebido a bel-prazer, A primavera se espalha por toda a parte, Ramos floridos invadem as janelas, No longo dia branco. Junto às altas janelas da dupla galeria Contam as taças que emborcam, Nos caldeiros de bronze à meia noite Ardem cádmio as velas.
Mesmo o alto céu foi em tempos malfadado E dividido e destroçado,3 Mas Qin Gong passou toda a vida Sob as flores. Desaparece com o pente de simurgue dela. Sem tencionar devolvê-lo, Dorme borracho nos tapetes persas Do pavilhão cheio de luar.
Envergando veste curta, de mangas enroladas, Ensina um papagaio a falar. De brocado púrpura e sapatos doirados Pisa um tigre a rugir. Cássia a arder em braseiros de ouro, Prepara-se para um banquete à alba, Até à meia noite a cozinhar soro puro De raro veado branco.1
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Dizia-se que os veados ficavam brancos ao atingirem 1500 anos de idade. O rio de ouro do tesouro imperial. O Jin Shu diz que, nos anos de 292, 303 e 361, “o céu se abriu, devido a uma deficiência do elemento yang”, o que foi atribuído ao facto das mulheres terem adquirido um papel demasiado preponderante no governo.
Tradução de Rui Cascais • Ilustração de Rui Rasquinho Li He (790 a 816) nasceu em Fu-chang durante a Dinastia Tang, pertencendo a um ramo menor da casa imperial. A sua morte prematura aos vinte e sete anos, a par da escassez de pormenores biográficos, deixam-nos apenas com uma espécie de fantasma literário. A Nova História dos Tang (Xin Tang shu) diz-nos que He “nunca escrevia poemas sobre um tópico específico, forçando os seus versos a conformarem-se ao tema, como era prática de outros poetas [...] Tudo quanto escrevia era inquietantemente extraordinário, quebrando com a tradição literária.” Segundo um crítico da Dinastia Song, o alucinátorio idioma poético de Li He é a “linguagem de um imortal demoníaco.” A versão inglesa de referência aqui usada é a tradução clássica da autoria de J.D. Frodsham, intitulada Goddesses, Ghosts, and Demons, publicada em São Francisco, em 1983, pela North Point Press.
ARTES, LETRAS E IDEIAS 19
quarta-feira 13.11.2019
João Paulo Cotrim
CCB, LISBOA, 3 NOVEMBRO O novo poiso do Obra Aberta, a sala Ribeiro da Fonte, deixa que o olhar parta rio afora, acompanhando as ondas que a conversa lança, do lado de cá do vidro. Desta, convocados estavam o Pedro Mexia e o João Paulo [Esteves da Silva], que levou obras de e sobre Pessoa, com passagem por Mário Cesariny mai-lo seu Virgem Negra, que desconsidera como escarninho menor. Oiça quem possa, no útil podcast, que o Pedro, do seu lugar de grande leitor, também acrescenta sempre perspectiva. Serve o intróito para registar a metáfora que por ali se instalou e nos acompanhou na breve viagem sob chuva, ali do quase-foz até ao quase-centro. Pessoa enquanto buraco negro que suga a energia que o rodeia, que apaga as estrelas que se avizinhem. E confidenciou que, em certas Quintas de Leitura, orquestradas pelo João [Gesta] em torno dos Poetas do Desassossego, e enquanto acompanhava ao piano inúmeros poetas fortes, mal se agigantou o Lisbon Revisited, logo o resto se apagou ou, pelo menos, acinzentou. Estranha quântica, esta. O João Paulo contou que só agora e a medo foi regressando ao poeta múltiplo, após fase antiga em que (quase) nada mais leu, deixando contaminar as suas múltiplas expressões. Pranto-me quedo a ouvir os seus álbuns (sem palavras), em busca do que de pessoano possam conter. E perco-me com facilidade nestas paisagens que nunca por nunca se fazem agrestes, mesmo nas asperezas de certos nós, de ritmos incertos, cadências a desfazerem-se, a multiplicarem-se. «Ó macio Tejo ancestral e mudo,/ Pequena verdade onde o céu se reflecte!/ Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!/ Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta./ Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo.../ E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!» Apesar da extrema solidão, não estamos sós da mesma maneira, isto conservo das conversas sobre a toalha da timidez que vou tendo e de raspão com o João Paulo. Vejo na sua recolha poética mais recente, «O Coração de Adão» (ed. Douda Correria), a unidade ser sacrificada em prol da variedade jazzística habitual, do encontro bruto com o quotidiano, do esforço para capturar o espiritual, da investigação incessante da palavra e de composição da métrica. A estafada e tão desperdiçada, por estes dias, expressão «Ser do Contra», erguese título de poema, no interior do qual lavro trilho. «Compara-se a vida/ a um caminho;/ percebo a ideia./ Mas, por algum motivo, recuso,/ sinto o contrário, sinto/ a vida como um não caminho;/ antes um fundo latejante,/ de frequência
Dar nós no horizonte onde vem?, para quê?, quanto dinheiro traz? Hesitei em beijá-la na boca para saber o gosto da guarda e do castigo, mas fiquei-me cobardemente. Há sempre uma fronteira para malfeitores como este vosso criado, nem que seja de giz.
BRUNO MUNARI, POLTRONA SCOMO
diário de um editor
altíssima/ a tender para o infinito/ sobre o qual os caminhos se abrem/ com passos de morte.» HORTA SECA, LISBOA, 6 NOVEMBRO A surpresa ganha forma de um anel e nunca assim tinha visto um arco-íris feito jóia, como deviam ser todas. Há uns três anos, uma amiga anunciava-me a paixão pela joalharia e logo se atreveu a medir-me os dedos com papel. O papel impresso enquanto medição dos passos e do horizonte parece ser território comum, agradou-me o momento no reboliço de feira literária e esqueci-me. Acontece-me bastas vezes o esquecimento, forma sagaz de sobreviver. Voltou agora mesmo com singelo embrulho que acamava um anel. E estas linhas pertencem ao espanto: o objecto mudou-me a mão e portanto o mundo. Vários círculos de tonalidades prateadas, cavalgando-se em redondo e plano, com espessuras dissonantes a desassossegarem-se no fecho, marcam-me doravante o médio da mão direita. Diz a Ana [Castro] que partiu do ípsilon e do que nele encontrou de profundidade, escuridão, mistério, e ofereceu-se na mesma frase para limar arestas. Desnecessárias. A peça aconchegou-se que nem ser vivo e marca-me os dias com presença inusitada. Pego no copo com a mão direita e logo vejo o entrançado a comunicar-me uma força que vou perdendo. Tamborilo na mesa a melodia e um certo
toque assinala mais do que a carne muda. Dou por mim a rodá-lo com os dedos da mão esquerda enquanto penso, a modos que sintonizando. E se fecho as mãos em apoio de cabeça há um perfume acre que me atinge. Dois pontos vizinhos no círculo interior que toca a pele estabelecem meridianos com ligações sensíveis às veias, as que nos irrigam mesmo em tempo de deserto. Trago as páginas aos olhos com estes dedos, pousado o livro na mão esquerda. Como afectará a leitura as sombras que do anel se emanam? Depois, e por exemplo, a mão entrando no bolso pede mais cuidado, sinal de que possuo saliência extra. Poderia continuar, fascinado por nunca me ter ocorrido que o metal trabalhado nos poderia afectar assim. E conter retrato (sinuoso).
PALAZZO DEI CONGRESSI, PISA, 8 NOVEMBRO O beijo na face, por aqui, começa-se da esquerda para a direita. Diverte-me, o embaraço com que começam os encontros desencontrados. Ergo o capacete colonial saudando a Valeria Tocco, que isto de feiras e festivais tem o seu quê de selva e areias movediças, versão Salgari, no caso. (Eis um que, sem sair do sítio, tanto fez viajar). Logo se perfilam Marco Bucaioni e Riccardo Grego na qualidade de editores de risco, a domar demónios em nome de uma paixão exaltante pela língua portuguesa que se ergue como praça medieval. Do lado de lá edificam-se os tradutores, Vincenzo Barca, Roberto Francavilla, ou a Francesca Leotta, e de par, oriundos de uma academia com invejável dinâmica, pontuam a Valeria, o Andrea Ragusa ou o Giorgio De Marchis. E os lados não se tocam apenas, sobrepõem-se, misturam-se, festejam-se. Na companhia do gentilíssimo Almeida Faria e do não menos afável Luís Cardoso entrámos ecossistema adentro. O chão que se pisou foi sempre o da avassaladora paixão pelo português, que merecia política de língua capaz de a amplificar. Vi salas cheias a sofrer explicação meticulosa sobre acessos institucionais, a beber cada palavra dos escritores que se entregaram com sabedoria. Quase me comovi com os tradutores do Valério [Romão] a partilhar dificuldades, a revelarem-se evangelistas da prosa de um «mondo disperato». Ouvi discutir equivalências de sericaia para evocar planícies do sul. E estou preparado para testemunhar que os apoios oficiais são seiva essencial nesta floresta. Percebi ainda a falta de exploradores da dimensão de um Antonio Tabucchi, apesar dos herdeiros.
AEROPORTO, PISA, 7 NOVEMBRO Detesto viajar. Melhor, detesto o absurdo vazio de tempo e espaço em que transfiguraram os hiatos entre cada lugar. À chegada ao aeroporto de Lisboa, notícia agreste quase me faz ficar. Arrisco impotente, deixando para trás parte de mim. Não quero enumerar as muitas peripécias antes e durante o voo em lata de sardinhas confirmando esta minha sensação de que sou árvore da qual são voarão sementes. Que brilhe, então, o momento quando atravessando como qualquer passageiro frio e chuva chego à Toscânia e sou travado pela farda: de
PALAZZO DEI CONGRESSI, PISA, 9 NOVEMBRO A última sessão, repetindo protagonistas, mas orientados pelo Giorgio, tinha a intenção de pintar futuros para a literatura portuguesa. Preferia um qualquer lirismo, beato que fosse, ao tecnicismo tristonho acerca do mercado, da ausência de curiosidade, da morte dos embaixadores em que nos deixámos cair. Até que o moderador trouxe, com a ajuda sempre fértil de Bruno Munari, a metáfora perfeita para o assunto da edição, dos livros, da literatura: «una poltrona scomoda» (imagem na página).
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13.11.2019 quarta-feira
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quarta-feira 13.11.2019
Divina Comédia Nuno Miguel Guedes
O escuro que criamos
If you can talk with crowds and keep your virtue, Or walk with Kings—nor lose the common touch, If neither foes nor loving friends can hurt you, If all men count with you, but none too much; If you can fill the unforgiving minute With sixty seconds’ worth of distance run, Yours is the Earth and everything that’s in it, And—which is more—you’ll be a Man, my son! If, de Rudyard Kipling (excerto)
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SCREVO estas palavras no Remembrance Day. É um dia em que no Reino Unido e na Commonwealth são lembrados e honrados todos os que tombaram em combate em vários conflitos, tendo como pretexto o Armistício que pôs fim à Primeira Grande Guerra. Há cerimónias sentidas, depoimentos extraordinários de veteranos que salientam aquilo de que é capaz o ser humano sob enorme pressão. E o que é capaz é do melhor e do pior. Forjam-se amizades eternas em instantes partilhados num abrigo de uma chuva de balas. Todas as limitações são superadas perante a iminência da morte. Muitos não regressaram. Outros sobreviveram mas ficaram reféns de algo muito pior: a desumanização que o campo de batalha sempre oferece. O Remembrance Day é respeitado por toda a Commonwealth e por todas as suas forças políticas. A papoi-
la que lhe serve de símbolo e que originalmente foi criada para lembrar o sangue dos que caíram na batalha de Flandres – que na verdade são várias e que decorreram do início ao final da Primeira Grande Guerra (sendo que a quarta, a de La Lys, resultou no massacre de quase todo o Corpo Expedicionário Português) - é usada por toda a gente com orgulho e sentimento, do cidadão à rainha. Não se trata de uma exaltação do belicismo, pelo contrário: só a memória nos torna humanos e ao lembrar a guerra deseja-se a paz. E é extraordinário voltar a descobrir os imensos contrastes que oferece o que parece ser um determinismo da nossa natureza. Existe sempre a arte, neste caso a poesia, que acompanhou homens e mulheres na mais negra das horas. Vejam os versos em epígrafe: é a última estrofe de If, um poema de Rudyard Kipling (hoje desdenhado por supostamente representar o imperialismo e o colonialismo britânico ). Aque-
Gosto destes dias de lembrança, confesso. Sobretudo pelas piores razões, que nos levam a olhar mais fundo quem somos e do que somos capazes
le poema ganhou uma imensa popularidade entre os soldados que combateram nas trincheiras na guerra de 1914-18. Levavam-no nos bolsos dos uniformes, como um bálsamo. Muitos morreram com ele. Ao meu lado tenho outro objecto extraordinário: uma reedição (1930) de The Spirit of Man: An Anthology in English & French from the Philosophers & Poets made by the Poet Laureate in 1915. É uma antologia em papel bíblia (India paper), feita por Robert Bridges para os que iam combater e para os que ficavam. Poemas e frases portáteis. Está dividida por temas - Desejo Espiritual, Amor Ideal, Melancolia, Vida Na Morte, etc – e os autores de cada texto escolhido só são revelados no final do livro. Não há nomes: há um espírito maior, há uma arte que com sorte consola. Não é uma arte que salva, porque nenhuma arte é capaz de ter essa ambição salvífica e muitos são os que não querem ser salvos. É uma arte próxima, prática, solitária, confidente. Gosto destes dias de lembrança, confesso. Sobretudo pelas piores razões, que nos levam a olhar mais fundo quem somos e do que somos capazes. Steven Pinker, um magnífico ensaísta e ainda mais corajoso optimista sobre a natureza humana, afirma no seu The Better Angels Of Our Nature que apesar de tudo a violência tem vindo a decrescer sob todas as formas na nossa época. Acredito. Como receio que nunca irá parar até ao final dos tempos. Mas que sobreviva um poema, algo que nos alumie no escuro que nós próprios criamos.
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13.11.2019 quarta-feira
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O QUE FAZER ESTA SEMANA Hoje
O TEATRO E A LITERATURA EM PORTUGAL E NO BRASIL Fundação Rui Cunha | Das 18h30 às 20h30
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AJUDAS DE CUSTOS
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6 2 6 11 4 7 1 3 2 6 4 5 2 7 1 3 6 5 4 2 5 3 4 7 2 3 6 7 1 5 4 3 5 6 2 7 4 1 6 7 4 2 5 6 5 4 1 3 7 2 5 1 4 7 2 3 6 7 3 1 6 2 5 6 4 2 5 6 7 3 1 6 3 5 4 1 2 7 3 6 5 1 4 3 6 3 7 2 4Propriedade 5 Fábrica 1 deNotícias, 6 LdaDirectorCarlosMorais 7 JoséEditor 2 João3Luz;José6C.Mendes4Redacção 1 Andreia5SofiaSilva;InNamNg;João5 2 Juana7NgCen;3PedroArede1 Santos Filipe; Anabela Canas; António Cabrita; António de Castro Caeiro;2 António Falcão; Ana Jacinto Nunes; Amélia Vieira; Gisela Casimiro; Gonçalo Lobo Pinheiro; Gonçalo M.Tavares; 7 4 Colaboradores 7 Paulo 1 6 7 5João 4Cotrim;2JoséDrummond; 3 JoséNavarrodeAndrade; 4 JoséSimões 6 Morais; 2 Luis1Carmelo;5MichelReis; 7 Nuno3MiguelGuedes;PauloJoséMiranda; 1 Paulo4Maiae2Carmo;Rita 7Taborda6 Duarte; Rui Cascais; Rui Filipe Torres; Sérgio Fonseca; Valério Romão Colunistas António Conceição Júnior; David Chan; João Romão; Jorge Rodrigues Simão; Olavo Rasquinho; Paul Chan 5 1 www. 5 Steph1GrafismoPauloBorges,RómuloSantosIlustraçãoRuiRasquinhoAgênciasLusa;XinhuaFotografiaHojeMacau;Lusa;GCS; Chi; Paula Bicho; Tânia dos Santos Cartoonista 5hojemacau. 4 1 3Wai 6de redacção 7 e PublicidadeMadalena 1da Silva4(publicidade@hojemacau.com.mo) 7 5 3 6Assistente2de marketingVincent Vong4Impressão 1Tipografia 6 Welfare 5Morada3 Xinhua 2 Secretária com.mo 2 3 CalçadadeSantoAgostinho,n.º19,CentroComercialNamYue,6.º5andarA,4MacauTelefone287524017Fax28752405e-mailinfo@hojemacau.com.moSítiowww.hojemacau.com.mo 3 1 7 1 5
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SOLUÇÃO DO PROBLEMA 1
UM DISCO 6 5 7 3 HOJE 4 2 1
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DOCTOR SLEEP
Um filme de: Tim Miller Com: Linda Hamilton, Arnold Schwarzenegger, Mackenzie Davis 14.30, 16.45, 19.15, 21.30 SALA 2
DOCTOR SLEEP [C] Um filme de: Mike Flanagan Com: Rebecca Fergunson Ewan McGregor, 14.30, 17.00, 21.30
THE ADDAMS FAMILY [B] FALADO EM INGLÊS LEGENDADO EM CHINÊS Um filme de: Conrad Vernon, Grerg Tierman
Com: Charlize Theron, Chloe Grace Moretz, Allison Janney, Oscar Isaac 19.45 SALA 3
GUILT BY DESIGN [B]
FALADO EM CANTONÊS LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: Kenneth Lai, Paul Sze, Lau Wing Tai Com: Nick Cheung, Kent Cheng, Eddie Cheung 14.30, 16.30, 21.30
JOKER [C]
Um filme de: Todd Phillips Com: Joaquin Phoenix, Robert de Niro, Zazie Beetz 19.15
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5 6 7 1 2 3
O prolífero Ty Segall não pára de gravar discos. Lançado no dia 26 de Outubro, “Fudge Sandwich” é um álbum de versões e o 11º em nome próprio da carreira de uma década no músico norte-americano. O disco inclui versões de John Lennon, Grateful Dead, Amon Düül II, Funkadelic e Neil Young, entre outros. Este é o terceiro registo lançado pelo norte-americano em 2018, depois de “Freedom’s Goblin” 5 e de “Joy”, em parceria com White Fence. Ty Segall é uma rara excepção e a prova sonora de que quantidade pode também ser qualidade. João Luz
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PROBLEMA 2
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TERMINATOR: DARK FATE [C]
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C I N E M 4A
SALA 1
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EXPOSIÇÃO | OBRAS DE CERÂMICA E CALIGRAFIA DE UNG CHOI KUN E CHEN PEIJIN Fundação Rui Cunha
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REC. Estaremos a viver debaixo de um céu estrelado? Ou serão antes meteoritos a vir na nossa direcção? Talvez seja um pouco dos dois. Muito se tem falado acerca do florescimento do sistema de videovigilância da RAEM e do plano de crescimento que prevê instalar mais de 4000 mil câmaras até 2028, algumas delas preparadas até para testar tecnologia de reconhecimento facial. Mas hoje o que me faz aqui sentir um pouco levado pela trela é mesmo o próprio nome do “Sistema de Videovigilância em Espaços Públicos” que vai trilhando seguro o seu caminho: “Olhos no Céu”! Mas que raio? Se por um lado parece ter “austeridade” e “controlo” estampado na testa (ou entre dois olhos talvez), por outro há qualquer coisa de celestial que fica a pairar no ar, pelo menos para mim, quando digo o nome em voz alta. Ora experimentem lá: ”Olhos [PAUSA] …no Céu”. Com os anjos a cantar ao fundo, parece soar a qualquer coisa de reconfortante e apaziguador não é? Talvez seja o conforto apaziguador de quem não pode deixar de tomar conta de todos nós, nem que seja por um segundo, e sempre para nosso bem. Mas este, digamos colo, representado sempre no palco da segurança e da eficácia do combate à criminalidade tem sido dúbio de compreender em termos da sua aplicação, pois falta saber de que forma será protegida a privacidade da população no espaço público e, por exemplo, como serão tratados e armazenados todos os dados e quem terá acesso aos mesmos. Não nego as vantagens que um sistema de videovigilância pode trazer, mas não consigo deixar de me sentir em permanente desvantagem perante alguém que olha de cima, a todo o instante. Nebuloso? Sim! Mas para já o que é certo é que Ele vai estar cada vez mais no meio de nós. Esperemos, ao menos, que não nos caia em cima. Pedro Arede
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“DAILY IMPERMANENCE” - FOTOGRAFIAS DE ANTÓNIO LEONG Casa do Povo de Coloane | Até 24/11
Cineteatro
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S U D O K U
A fundação do magnata norte-americano Bill Gates vai investir 4,9 milhões de dólares a três anos num projecto social de água e saneamento na África do Sul, disse ontem à Lusa fonte da instituição. O vice-director da Fundação Bill & Melinda Gates, Doulaye Kone, à margem do Fórum Africano de Investimento, em Joanesburgo, adiantou que o projecto, na sua terceira fase, visa criar a partir da África do Sul oportunidades de mercado para empresas africanas no sector e ajudar governos com "soluções inovadoras".
EXPOSIÇÃO | “WE ART SPACE - DOCUMENTARY EXHIBITION” Armazém do Boi | Até 8/12
“WE・ART SPACE” DOCUMENTARY EXHIBITION Armazém do Boi | Até 8/12
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OLHAR DE CIMA
CONSCIOUSNESS PAINTING Fundação Rui Cunha | Das 15h00 às 17h00
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YUAN
VIDA DE CÃO
Sábado
EXPOSIÇÃO | “BY THE LIGHT OF THE MOON – WORKS BY HONG WAI” AFA – Art Garden | Até 5/12
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FUDGE SANDWICH | TY SEGALL
opinião 23
quarta-feira 13.11.2019
HENRY BEWICKE In Simple Flying
A Air Macau considera voar para a Europa e para os Estados Unidos
A
Air Macau está a ponderar a possibilidade de abrir rotas para os Estados Unidos e para a Europa, o que só poderá ser viável adicionar à sua frota aviões com mais potência e maior dimensão. A companhia está supostamente interessada nos modelos Airbus A330 e Airbus A350 para este fim. De acordo com as notícias daATW Online, a companhia aérea chinesa, adstrita à RegiãoAdministrativa Especial de Macau, está a considerar a hipótese de se lançar em voos mais altos. A Air Macau possui actualmente uma frota de 21 aviões, sendo todos eles pequenos a médios jactos da Airbus. Só com estes aparelhos a companhia não pode expandir o seu raio de acção para lá das fronteiras do sudeste asiático. Recentemente, a Air Macau tem apresentado bons resultados. No terceiro trimestre deste ano, registou, em relação ao ano anterior, um crescimento de de passageiros de 16,1%. No mesmo período, o volume de carga transportada também registou um aumento de 15.4%, contrariando a tendência de decréscimo que se faz sentir actualmente neste sector.
A crise que afectou algumas companhias regionais suas concorrentes pode ter dado à Air Macau a motivação para se lançar nesta aventura Num contexto mais alargado, que é o da própria cidade de Macau, a economia continua a crescer a ritmo acelerado, devido ao turismo e, sobretudo, aos casinos e à indústria do jogo em geral. Em relação ao ano anterior, o número de passageiros no aeroporto de Macau subiu em 17%, durante o terceiro trimestre de 2019.
PORQUE É QUE A AIR MACAU ESTÁ A PENSAR EXPANDIR-SE NESTA ALTURA?
Embora a Air Macau tenha apresentado bons resultados recentemente, a expansão para voos intercontinentais representa um grande passo em frente. No entanto, a crise que afectou algumas companhias regionais suas concorrentes pode ter dado à Air Macau a motivação para se lançar nesta aventura. Como todos sabemos, 2019 foi um ano difícil para Hong Kong, a cidade irmã de Macau. Uma onda de protestos e de perturbação social trouxe consigo um efeito muito negativo na econo-
mia da cidade e um efeito ainda mais negativo nas companhias aéreas locais. O número de passageiros caiu e os turistas, especialmente os oriundos da China, viajam cada vez menos para Hong Kong. Uma das principais companhias aéreas da região, a Cathay Pacific, foi particularmente atingida pelo actual clima político de Hong Kong. Por tudo isto, a Air Macau pode ter vislumbrado uma oportunidade para fazer crescer o seu próprio negócio, num quadro desfavorável às suas concorrentes mais directas. Apenas 80 Kms separam Macau de Hong Kong, por isso aAir Macau está perfeitamente posicionada para ir buscar passageiros que habitualmente usariam companhias sediadas em Hong Kong.
SERÁ UMA DECISÃO SENSATA A LONGO PRAZO?
Embora a decisão de expandir as rotas para a Europa e para os Estados Unidos possa ser encarada como uma aposta no crescimento do
negócio, no momento em que as companhias concorrentes de Hong Kong atravessam uma fase difícil, não deixa de ser uma aposta de risco. Dependendo da evolução da situação em Hong Kong durante os próximos meses, a maior parte dos danos que a cidade sofreu poderão ser revertidos com razoável rapidez. A Cathay Pacific é desde há muito tempo uma companhia com muito movimento e que cobre grandes distâncias. Se voltar à sua rotina normal, a Air Macau pode vir a arrepender-se rapidamente desta decisão. No entanto, a Air Macau já afirmou que não irá adquirir novos aviões nem lançar-se nas rotas intercontinentais, sem que primeiro seja feito um planeamento e avaliações detalhadas sobre o assunto.
Cada homem quer um Deus só para si. Paul Henri Holbach
IAS DEPUTADA DENUNCIA DIFICULDADES DE FAMÍLIAS IMIGRANTES
SECA ZIMBABUÉ COM PLANO DE DESLOCAÇÃO DE 600 ELEFANTES
A
deputada Song Pek Kei, ligada à associação Aliança do Povo de Instituição de Macau, reuniu esta segunda-feira, juntamente com outros membros, com o Instituto de Acção Social (IAS) para falar sobre as dificuldades das famílias imigrantes residentes de Macau. De acordo com um comunicado da Aliança do Povo de Instituição de Macau, Song Pek Kei lembrou que há casos de mulheres imigrantes que têm relacionamentos complicados com a família por causa da língua, cultura, trabalho e educação dos filhos o que, para a deputada, pode causar problemas sociais. Desta forma, foi pedido ao IAS uma maior atenção a este grupo social, através da melhoria de políticas familiares. No que diz respeito ao trabalho comunitário desenvolvido pela Aliança do Povo de Instituição de Macau, Song Pek Kei anunciou que será criado um centro de apoio familiar para a prestação deste tipo de apoios. Celeste Vong, presidente do IAS, disse que as associações têm uma maior facilidade em detectar estes casos, pelo que se espera uma colaboração com o Governo para dar resposta.
Alojamento ilegal Descobertas novas pensões na Taipa
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A Polícia Judiciária (PJ) descobriu esta segunda-feira uma nova pensão ilegal que funcionava na Taipa. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, as autoridades descobriram dez pessoas da China, sendo que quatro homens foram encaminhados para a Polícia de Segurança Pública (PSP) por suspeita da prática de câmbio ilegal. Ontem, a PJ descobriu mais dois alojamentos ilegais, também na Taipa, tendo sido encontrados no seu interior 29 pessoas do interior da China. Deste grupo, duas mulheres foram encaminhadas para o Ministério Público e para a PSP por terem, alegadamente, cometido o crime de imigração ilegal. Os três apartamentos em causa foram encerrados pela Direcção dos Serviços de Turismo.
quarta-feira 13.11.2019
PALAVRA DO DIA
A
Solidariedade sínica Xi Jinping apoia pretensão grega de recuperar frisos do Pártenon
O
Presidente chinês, Xi Jinping, declarou ontem o seu apoio à pretensão da Grécia de exigir o repatriamento dos frisos do Pártenon expostos actualmente no Museu Britânico em Londres. “Não só concordo com a devolução dos frisos do Partenon, como garanto o nosso apoio, porque também temos muitas obras culturais chinesas fora do país que estamos a tentar recuperar”, afirmou o Presidente da China, em visita ao Museu da Acrópole, em Atenas. As esculturas de mármore do Partenon foram apreendidas no início do século XIX pelo embaixador britânico para o então Império Otomano, Lord Elgin, ficando popularmente conhecidas como Mármores de Elgin. Os britânicos afirmam que os governantes otomanos na Grécia lhe haviam concedido permissão para levar os frisos do Partenon para Londres, tendo sempre recusado devolvê-los, ainda que Atenas
tivesse construído um museu ultramoderno em 2009 para acolher as esculturas. Por seu lado, Atenas refere que a permissão para retirar os frisos em questão foi concedida pelo ocupante e não pela Grécia, sendo, portanto, inválida.
POR FAVOR
Os gregos, que reclamam há 30 anos o repatriamento das
“Não só concordo com a devolução dos frisos do Partenon, como garanto o nosso apoio, porque também temos muitas obras culturais chinesas fora do país que estamos a tentar recuperar.” XI JINPING PRESIDENTE CHINÊS
esculturas do antigo templo, beneficiaram de uma mediação proposta pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) para ajudar os dois países a resolver a sua disputa pela restituição dos frisos, mas nunca resultou. Uma acção judicial contra a Grã-Bretanha foi estudada por governos gregos anteriores, tendo o caso sido confiado à advogada Amal Alamuddin Clooney. No entanto, o anterior governo de Alexis Tsipras privilegiou o “caminho diplomático”. O novo primeiro-ministro da Grécia, Kyriákos Mitsotákis, eleito em Julho, fez um pedido oficial de empréstimo desses frisos para a comemoração do bicentenário da independência grega em 2021. O mesmo pedido foi feito a Paris por um fragmento do friso que representa a batalha mítica entre centauros e homens, preservado no Museu Nacional do Louvre, situado na capital francesa.
agência de gestão das reservas naturais do Zimbabué anunciou ontem que planeia deslocar 600 elefantes e outros animais devido à prolongada seca que matou mais de uma centena destes mamíferos. O porta-voz da Autoridade de Gestão dos Parques Nacionais e Vida Selvagem do Zimbabué, Tinashe Farawo, revelou ontem que 600 elefantes, dois grupos de leões, uma alcateia de cães selvagens, 50 búfalos, 40 girafas e duas mil impalas vão ser deslocados do Save Valley Conservancy, no sudeste, para parques menos congestionados. Farawo afirma que os animais estão a morrer e que a situação só melhorará quando chover. “Se as populações [de animais] ficarem sem supervisão, acabarão por ameaçar o ecossistema de que dependem para sobreviver”, alegou o porta-voz. No Zimbabué existem cerca de 85 mil elefantes, perdendo apenas para o Botsuana que tem mais de 130 mil. “Quase todos os animais estão a ser afectados”, continuou Tinashe Farawo, acrescentando que, ainda que “os elefantes sejam mais notados durante as patrulhas e os passeios, há espécies de pássaros seriamente afectadas, uma vez que só podem acasalar a certas altitudes, nas árvores, e essas árvores estão a ser destruídas por elefantes”. Muitos animais têm saído dos parques em direção a zonas habitadas, à procura de comida e água, provocando a morte de 33 pessoas este ano, de acordo com a agência que gere os parques.
Espanha PSOE e Podemos assinam pré-acordo de Governo “progressista”
Os líderes do PSOE (socialistas) e do Unidas Podemos (extrema-esquerda), Pedro Sánchez e Pablo Iglesias, assinaram ontem, em Madrid, um pré-acordo para a formação de um Governo de coligação “progressista”. “Os espanhóis falaram e cabe aos partidos responder à sua vontade”, disse Pedro Sánchez depois de assinar o documento, enquanto Pablo Iglesias realçou a honra que constitui para a sua formação fazer parte do Governo. Os dois líderes afirmaram que agora vão tentar obter o apoio de outros partidos no parlamento necessário à obtenção de uma maioria parlamentar que garanta a investidura do futuro Executivo.