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QUARTA-FEIRA 17 DE MAIO DE 2017 • ANO XVI • Nº 3813
DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ
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SOFIA MARGARIDA MOTA
hojemacau
KOU MENG POK | PRESIDENTE DA UNIÃO DOS PROPRIETÁRIOS DO PEARL HORIZON
Candidato da junta RESPONSABILIZAÇÃO ADVOGADOS
GONÇALO LOBO PINHEIRO
AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006
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ENTREVISTA
Regime vai Acertar em frente agulhas PÁGINA 5
PÁGINA 7
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frases sobre a China 10 SEGUNDO h FESTIVAL DE CINEMA
TAKE
JULIE O’YANG
PARTE 2
Gastar mundos
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JOÃO PAULO COTRIM
2
KOU MENG POK CANDIDATO ÀS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS
Não fosse a confusão em torno do empreendimento da Polytec e Kou Meng Pok jamais pensaria em tentar ser deputado. O presidente da União dos Proprietários do Pearl Horizon candidata-se ao sufrágio de Setembro para defender os interesses das pessoas que ficaram sem as casas que compraram. Se o caso mudar de figura, poderá desistir
“Como o Governo português esteve aqui muitos anos, a sociedade tem de prestar atenção à herança histórica e à questão dos terrenos antigos.”
“O Pearl Horizon é uma armadilha” É candidato às eleições legislativas deste ano. Como é que surgiu esta possibilidade? Os membros da nossa união já tinham começado a falar da possibilidade de eu me candidatar no ano passado. Na altura, não tínhamos um plano concreto sobre como lutar pelas fracções do Pearl Horizon. Já era o nosso objectivo, mas não sabíamos como concretizá-lo, além das manifestações e reuniões que organizámos, bem como a constituição de uma associação. Tínhamos várias ideias, entre elas a possibilidade de uma candidatura à Assembleia Legislativa (AL). Não tenho experiência nesta área. Se conseguir ser eleito, vou ter de dedicar muito tempo a esse trabalho.
Em que momento é que a decisão foi tomada? A 31 de Março, caiu por terra a nossa esperança de que fosse explicada a intenção legislativa do Governo. No final do ano passado, surgiu a possibilidade de podermos ouvir [o ex-secretário para os Transportes e Obras Públicas] Lau Si Io, o que acabou por não acontecer. Estávamos à espera que dissesse que, com a entrada em vigor da nova Lei de Terras, caso surgissem problemas, podia abrir-se uma porta para se resolver o assunto. O período de apreciação e aprovação da lei foi muito curto. O Governo fez com que a lei fosse aprovada rapidamente, o que se calhar foi uma armadilha para que os deputados assinassem a proposta. É óbvio que quem está envolvido no assunto precisa de resolvê-lo. Com a implementação da lei, os proprietários foram afectados. Se a nova Lei de Terras tivesse entrado em vigor dois anos mais tarde, o edifício ficaria basicamente construído. Não estamos aqui a julgar se a implementação da nova lei de terras é incorrecta, mas tem impacto para nós. Pensávamos que, depois de uma explicação sobre a intenção legislativa, o Governo e a AL iriam avançar com uma solução para o caso do Pearl Horizon. Macau é uma cidade onde houve uma transferência de administração, está num período de
transição, ou seja, as pessoas têm de ter em consideração o que vem do passado. A sociedade tem ignorado este aspecto. Os processos do retorno de Hong Kong e de Macau são casos únicos, é algo que nunca tinha acontecido. Como o Governo português esteve aqui tantos anos, a sociedade tem de prestar atenção à herança histórica e à questão dos terrenos antigos, como é o caso do Pearl Horizon. Em relação à minha candidatura, depois de termos perdido a esperança de ouvirmos uma explicação sobre a intenção legislativa, decidimos tentar entrar na AL, para lutarmos pelo que nos falta. Temos todos o mesmo objectivo e os membros da união querem que seja eu a candidatar-me. Não tenho um interesse pessoal mas, atendendo às solicitações dos membros, vou fazer o meu maior esforço. Vivo em Macau há mais de 30 anos. De facto, tenho muitas ideias em relação a esta sociedade. A lista para as eleições já está definida? Ainda não temos uma lista confirmada.
Acredita que vai conseguir ser eleito? Como disse na manifestação do 1.o de Maio, se nos unirmos, temos mais de três mil famílias e não será difícil conseguir um assento na AL. A questão mais importante é a união. Se tivermos só mil ou dois mil apoiantes, não podemos fazer nada. Se isso acontecer, demonstra que as pessoas não querem saber. Além da questão do Pearl Horizon, que outros assuntos quer discutir na AL? O direito à propriedade privada deve ser respeitado e protegido. Isto é importante, uma sociedade não é só composta por pessoas da classe baixa, mas também das classes média e alta. Não se deve ignorar a classe média. Há muitos funcionários públicos que também adquiriram fracções do Pearl Horizon, mas não têm coragem de falar. Não sei se é por causa do Governo ou se acham que estão numa posição delicada. Por isso, temos sido nós a lutar pelos seus
direitos. Se não estivermos aqui, essas pessoas vão ter de enfrentar uma situação muito difícil, porque não podem dizer nada. Fui contactado por vários funcionários públicos que compraram casas no Pearl Horizon. Quem imaginaria que isto pudesse acontecer? O caso do Pearl Horizon é realmente uma armadilha. Não faço ideia se há um grupo das pessoas que decide do destino dos terrenos não aproveitados. Nós consideramos que esta sociedade é muito obscura, não sabemos o que podemos fazer. Em 2011, comprámos fracções de um edifício em construção e, em 2013, a nova Lei de Terras foi implementada. O Governo não deve tratar de todas as questões da mesma forma, sem ter em conta as situações especiais.
“Muitos compradores do Pearl Horizon são de Fujian. (...) Há pessoas que dizem que comprámos casas para especular, mas isto é um investimento. A lei permite que seja feito.” Por isso, se conseguir entrar na AL, quer discutir principalmente questões relacionadas com a propriedade... A protecção do direito à propriedade privada e respeitar o que vem do passado. Digo sempre que a vida de uma pessoa tem muito que ver com a procura de um companheiro e de uma casa. Não há nada mais importante do que isto. Não estou a desvalorizar aqueles que acabam por se candidatar a uma habitação pública, mas todos nós temos uma cabeça, duas mãos e dois pés. Por que razão consigo comprar uma ou duas fracções, enquanto outros não conseguem? A sociedade não me oferece condições especiais, que me beneficiem. As pessoas precisam de rever o que fizeram.
Porque é que decidiu investir no Pearl Horizon? Tinha confiança no grupo Polytec, que está em operações há mais de 30 anos e que construiu vários empreendimentos. O apartamento onde moro actualmente, no Villa de Mer, também foi da responsabilidade da Polytec. Também comprei esta fracção quando estava ainda em construção. Tenho quatro filhos. Sou da província de Fujian. Por uma questão de tradição, cuidamos do futuro dos nossos descendentes, ou seja, queremos deixar-lhes algo ou comprar-lhes uma casa. Por isso, decidi comprar um apartamento no Pearl Horizon. Posso dizer-lhe que muitos compradores do Pearl Horizon são chineses de Fujian. A casa em que investi é grande e fica numa excelente localização. Há pessoas que dizem que comprámos casas para especular, mas isto é um investimento. A lei permite que seja feito. Sente que o caso do Pearl Horizon teve consequências ao nível psicológico? Tenho o apoio da minha família. Sou o presidente da união. Todos acham que isto não é nada razoável, porque investimentos o nosso dinheiro, agimos de forma legal e cumprimos os procedimentos, mas não temos as nossas casas. É isso que causa o nosso descontentamento. O Governo precisa de assumir a responsabilidade, em vez de fazer contas aos custos e aos benefícios. Os compradores encontram-se numa situação muito complicada. Aqueles que têm de pagar uma prestação mensal sentem-se irritados porque não sabem se é adequado continuarem a fazer os pagamentos ao banco. A Lei de Terras teve consequências que são uma tragédia para a sociedade. Que análise faz ao desempenho do Governo nos últimos anos? O Governo representa as pessoas de Macau? O Governo não fez os esclarecimentos que devia em torno da nova Lei de Terras. A maioria das pessoas de Macau não está muito atenta à política, o que é uma
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situação diferente da que se vive em Hong Kong. Quando se fala em reaver terrenos que estão nas mãos dos ricos, toda a gente concorda. Mas as pessoas não sabem o que é que realmente está a acontecer. E o Governo não fez os devidos esclarecimentos. Quando acontece algo desagradável, as pessoas começam logo a queixar-se. Antes das manifestações, já dizíamos que o Governo não desempenhava bem a sua função: além de não assumir responsabilidades, é tudo muito confuso. Tem apoios financeiros para a sua candidatura à AL? Vamos realizar em breve uma actividade de angariação junto dos proprietários. Não vamos usar os recursos financeiros da nossa união. Por isso, vamos pedir ajuda aos amigos e proprietários, que têm uma atitude muito positiva em relação à minha candidatura. Defende a implementação do sufrágio universal para a eleição do Chefe do Executivo? Compreendo que o território é um local onde se aplica o princípio “Um país, dois sistemas”. Acho que a noção “um país” deve servir
como base e depois há aquilo que fazemos dentro do território. Como sou um cidadão de Macau, apoio a ideia. Mas, em primeiro lugar, não é adequado desafiar os poderes do Governo Central. Não tenho experiência de política, por isso falo à vontade. Temos de amar o país e o território, fazendo aumentar a qualidade de vida dos cidadãos e o seu grau de felicidade. As pessoas podem não ser felizes mesmo que ganhem 50 mil patacas por mês. Antigamente, quando ganhavam só três mil patacas, sentiam-se felizes, porque a vida era simples e confortável, sem grande stress e competição. Sobre o modo como elegemos os membros do Governo, a decisão deve representar a maioria das pessoas. Mas agora o território tem problemas ligados à habitação e aos transportes, o trânsito é muito mau e o metro ligeiro está ainda por desenvolver.
“A Lei de Terras teve consequências que são uma tragédia para a sociedade.”
Em termos de construção da habitação pública, o Governo precisa de ter um planeamento e garantir mais instalações para os residentes. O Governo precisa de analisar a situação de Macau, por exemplo, se são mesmo necessários tantos shuttle bus dos casinos. No protesto do 1.o de Maio, falou-se da possibilidade de realizar uma conferência de imprensa em Taiwan e em Pequim sobre o caso Pearl Horizon. É uma ideia de alguns membros da união e já existe há muito tempo. Entre os compradores muitos deles são de Taiwan, do interior da China, de Singapura e de Hong Kong. Mas não queria que fosse essa a política, embora o incidente passe a ser cada vez mais político. Tinha de controlar a situação e pensava que não precisávamos de ir nesse sentido para resolver o assunto. E começa agora a sentir essa necessidade? São as pessoas que pensam que existe essa necessidade, não sou eu que defendo a ideia. Mas não estou propriamente contra. Antigamente não concordava nada com essa possibilidade.
“Se os membros entenderem que a candidatura não faz sentido, vou deixar de ser candidato.” Uma conferência de imprensa no interior da China poderá ser então o caminho? Tem-se falado numa petição dirigida a Pequim. Actualmente, em Pequim há uma entidade que recebe queixas de pessoas com dificuldades. Assim podemos pedir ajuda ao Governo Central, uma vez que não tivemos nenhuma solução do Governo de Macau. Se não fosse o caso Pearl Horizon seria candidato à Assembleia? Não. E não era capaz de imaginar que este incidente ia avançar até este ponto, ter estas consequências. Vamos imaginar que, de repente, é encontrada uma solução para o problema. Continuará a ser candidato?
Tenho de fazer um esclarecimento: esta candidatura não partiu de uma ideia minha. São os membros da união que querem que eu me candidate. Tudo o que fazemos é decidido depois de realizadas reuniões e as decisões são tomadas com base nos votos da maioria das pessoas. Se o caso for resolvido em pouco tempo, é claro que será um resultado muito satisfatório. Sendo assim, se os membros entenderem que a candidatura não faz sentido, vou deixar de ser candidato. Se eles insistirem – para, por exemplo, fiscalizar os trabalhos das obras e gestão na zona no futuro –, continuarei a ser candidato. Foi divulgado um vídeo nas redes sociais que mostra alegadamente pessoas a receberem dinheiro para participarem nas manifestações do 1.o de Maio. É verdade? Não, não pagámos para ter mais participantes na manifestação. Em todas as manifestações que organizámos, nada é obrigatório. Por exemplo, se os participantes quiserem sair mais cedo, não há qualquer problema. Nunca pagámos aos participantes. Vítor Ng
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ELEIÇÕES MÓNICA TANG É NOVIDADE NA LISTA DE PEREIRA COUTINHO
A lista Nova Esperança, que será de novo candidata às eleições legislativas deste ano, vai contar com a participação de Mónica Tang. Tang será número três de uma lista encabeçada pelos actuais deputados José Pereira Coutinho e Leong Veng Chai. Já Gilberto Camacho será o número quatro da Nova Esperança. José Pereira Coutinho referiu que Mónica Tang “não faz parte dos corpos gerentes da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau”, mas é, à semelhança de Gilberto Camacho, uma empresária “promissora”.
PUB HM • 2ª VEZ • 17-5-17
ANÚNCIO ACÇÃO ORDINÁRIA
CV1-16—0110-CAO
1º Juízo Cível
Autora : NG CHING MUI, casada, de nacionalidade chinesa, residente em Hong Kong. Réus : 1. CLAUDINA GLICÉRIA MARQUES, com última residência conhecida no Japão, ora ausente em parte incerta.---------------------------------------------2. HERDEIROS INCERTOS de CLAUDINA GLICÉRIA MARQUES.---
Administração SINERGIA QUER DIVULGAÇÃO PÚBLICA DE CONCURSOS
Para o povo poder ver Se o Governo não tornar públicos os concursos para a contratação de funcionários e a aquisição de bens e serviços, os problemas que têm sido detectados pelas auditorias vão repetir-se. O aviso é deixado pela Associação da Sinergia de Macau informações com transparência”, sustentou. O responsável pela ASM fez referência ao caso mais recente – a contratação pelo Instituto Cultural de várias dezenas de trabalhadores através do regime de aquisição de serviços – para recordar que houve dispensa de concurso público, uma situação que considera inaceitável. “As pessoas queixam-se ainda de que as empresas adjudicatárias nos concursos públicos não têm suficiente qualidade. Além disso, não bastam as sanções que são aplicadas às empresas que não cumprem os contratos assinados com o Governo”, acrescentou. “Apesar de haver instruções sobre os procedimentos a adoptar na aquisição de bens e serviços, os serviços públicos fazem o que bem entendem e mantêm-se os problemas”, vinca.
MAIS DINHEIRO NÃO
Lam U Tou não concorda com aqueles que defendem que é necessário reforçar
HOJE MACAU
A
Associação da Sinergia de Macau (ASM) entende que só existe uma forma de acabar com as irregularidades detectadas na contratação de funcionários públicos, bem como na aquisição de bens e serviços: todos os detalhes dos concursos lançados pela Administração devem ser tornados públicos. A ideia, defendeu ontem Lam U Tou, presidente da ASM, é permitir à população saber o que se anda a fazer em termos de contratações, sem que nada seja omitido. Numa conferência de imprensa que serviu para falar exclusivamente do tema, Lam U Tou começou por lamentar que o Executivo não tenha agido de forma efectiva para pôr um ponto final nos problemas detectados na aquisição de bens e serviços, não obstante os relatórios que têm vindo a ser publicados pelo Comissariado da Auditoria e pelo Comissariado contra a Corrupção. “O Governo não tomou qualquer medida e apenas uma minoria dos serviços públicos divulga
“Apesar de haver instruções sobre os procedimentos a adoptar na aquisição de bens e serviços, os serviços públicos fazem o que bem entendem e mantêm-se os problemas.”
as verbas para elevar a eficácia dos trabalhos da Administração, no âmbito da realização de concursos públicos. O problema não é o dinheiro que se gasta, diz, mas sim “a falta de transparência e a fraca fiscalização”. Um reforço financeiro “só vai facilitar actividades indevidas”. Assim sendo, para a ASM, é preciso avançar, quanto antes, para a divulgação de todas as informações relacionadas com o modo como o Governo contrata pessoas e serviços, e adquire bens. Tal deverá ser feito através da criação de um banco de dados com informações sobre os concursos e as avaliações dadas aos candidatos. Lam U Tou espera que a sugestão seja tida em conta antes da alteração ao regime de aquisição de bens e serviços. Vítor Ng
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LAM U TOU PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DA SINERGIA DE MACAU
*** ---- FAZ-SE SABER, que pelo 1º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M., correm éditos de TRINTA DIAS, contados da segunda e última publicação deste anúncio, citando os Réus acima referidos, para no prazo de TRINTA DIAS, decorridos que sejam o dos éditos, contestarem, querendo, a Acção Ordinária, cujo pedido resumidamente consiste em: ------------------------------------------------------------- Ser julgada procedente por provada a presente acção e, em consequência: ------1. Ser declarada a extinção da enfiteuse do prédio urbano sito em Macau, na Travessa do Aterro Novo, n.º 6 C e Barca da Lenha n.º75, descrito na Conservatória do Registo Predial sob n.º8490, a fls.212v., do livro B25, inscrito na matriz sob o n.º21973; consequentemente, ----------------------2. Ser declarada a Autora proprietária do imóvel referido em regime de propriedade perfeita, e ainda --------------------------------------------------------3. Ser declarada a extinção da inscrição vigente com o n.º6524 de fls. 149v. do Livro G6 da Conservatória do Registo Predial relativa ao domínio directo do prédio urbano em crise. --------------------------------------------------- Tudo como melhor consta da petição inicial, cujo duplicado se encontra nesta secretaria à disposição dos citandos. --------------------------------------------------------- A intervenção dos citandos nos autos implica a constituição de advogado – art. 74º do C.P.C. de Macau. --------------------------------------------------------------------------- Caso seja requerido o apoio judiciário na modalidade de nomeação de patrono, o prazo da contestação interrompe-se desde a data em que o requerente junte aos autos o documento comprovativo do pedido de apoio judiciário (artº 20º da Lei nº 13/2012). ---- Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M., aos 27 de Abril de 2017. ------------------
Rever a lei à luz da actualidade Deputado pede revisão tributária para apoiar PME
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O Ion Sang interpelou o Executivo a actualizar o regime de impostos aplicados às pequenas e médias empresas (PME), de forma a fomentar o seu desenvolvimento. O deputado assinala que este tipo de negócios constitui o cerne da economia real de Macau que mexe directamente com a vida das pessoas. No território existem mais de 57 mil PME, representando um total de 99,77 por cento das empresas estabelecidas no território; como tal são essenciais à estabilidade do desenvolvimento económico da RAEM. Assim sendo, Ho Ion Sang considera que o Governo deve definir políticas favoráveis ao desenvolvimento destes negócios, nomeadamente no campo tributário e financeiro. O deputado acha que se devem
aprofundar medidas de bonificação de juros e de isenção fiscal para promover o aumento da competitividade. No actual regime fiscal, estas empresas estão divididas em dois escalões, A e B, conforma os rendimentos apurados. Quando os lucros dos contribuintes ultrapassarem o meio milhão de patacas anuais durante três anos consecutivos, estes passam para o escalão A, sendo obrigatórias por lei a revisão e aprovação das contas por um contabilista. Esta subida de escalão leva a problemas no preenchimento das declarações por desconhecimento dos procedimentos. Além disso, Ho Ion Sang realça as quantias elevadas que os empresários têm de desembolsar para pagar pelos serviços de contabilidade.
Outro dos aspectos na interpelação escrita do deputado prende-se com a revisão do actual regime jurídico tributário para as PME. Ho Ion Sang recorda que a lei actual foi elaborada no final da década de 1970, tendo uma aplicação de cerca de 40 anos. No entender do deputado, apesar das “pequenas revisões a que foi sujeito, o conteúdo está muito desactualizado” tendo em conta o desenvolvimento das PME. Nesse sentido, Ho Ion Sang pede ao Executivo que reveja o diploma legal e “inicie o estudo do regulamento do imposto complementar de rendimento”, com vista a atenuar os encargos operacionais das empresas. João Luz
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“O Governo não pode depender das auditorias do CCAC. A secretária tem a responsabilidade de assumir a tarefa de fiscalização.” MAK SOI KUN DEPUTADO Ella Lei considerou que “não há um regime de responsabilização política, sendo que os serviços apenas dizem que aceitam as recomendações do CCAC, mas não fazem mais nada”.
FISCALIZAR É PARA OS OUTROS
Uma maior fiscalização feita especialmente pelo Governo foi também ontem discutida no hemiciclo e, para os deputados, é óbvio que cabe ao Executivo ter noção dos seus procedimentos e não
AL RESPONSABILIZAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS AVANÇA ESTE ANO
Chamados à pedra
Até ao final do ano, o regime de responsabilização de funcionários públicos vai conhecer desenvolvimentos. A informação foi dada pela secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, no debate de ontem proposto pelo deputado Leong Veng Chai, na sequência das contratações ilegais do Instituto Cultural GCS
regime de responsabilização dos funcionários públicos vai mesmo avançar e até ao final deste ano. A ideia foi deixada ontem pela secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, no debate proposto pelo deputado Leong Veng Chai sobre a contratação ilegal de trabalhadores da função pública. “O Governo, através da articulação com os diversos regimes, vai proceder a uma indexação para que se concretize o regime de responsabilização que vai ser lançado a partir do final do corrente ano”, disse a secretária. Foi a resposta dada às queixas de vários deputados que apelaram à necessidade de responsabilizar os trabalhadores da função pública que cometem ilegalidades. Em causa estiveram as várias dezenas de contratações ilegais feitas pelo Instituto Cultural (IC), divulgadas recentemente pelo Comissariado contra a corrupção (CCAC). “Se se apurar que um serviço público é responsável pelo não cumprimento da lei é necessário que seja responsabilizado”, referiu Ng Kuok Cheong. O deputado acrescentou ainda “que este tipo de casos acontecem porque há um problema de gestão e porque não há um mecanismo de responsabilização”. Já o deputado Zheng Anting apontou a má imagem deixada pelo próprio Executivo ao não imputar responsabilidades pelas ilegalidades cometidas nos seus serviços. “Para a população parece que ninguém precisa de assumir qualquer responsabilidade e ser investigado”, referiu. Por outro lado, um sistema em que não há culpas e que infringe a lei levanta outras dúvidas, nomeadamente “se existiu ou não corrupção”.
depender de organismos externos que os investiguem. Ng Kuok Cheong considera que uma boa gestão dos recursos públicos faz parte das funções do Governo. “Não basta depender de uma fiscalização e investigação por parte de uma entidade fora do seu âmbito. O que está em falta é
A
proposta de lei relativa ao regime jurídico da administração das partes comuns do condomínio vai deixar de obrigar os proprietários dos apartamentos a registar na conservatória as dívidas relativas ao edifício onde moram, tais como contas da água ou da luz. Em vez disso, o Governo decidiu introduzir na proposta de lei o conceito de responsabilidade solidária. A ideia foi apresentada ontem pelo deputado que preside à 2.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL), Chan Chak Mo. “Na versão inicial da proposta de lei, no caso de haver
uma boa gestão e uma investigação profunda”, afirmou. “O Governo não pode depender das auditorias do CCAC. Não deve ser assim. A secretária tem a responsabilidade de assumir a tarefa de fiscalização. Como é que o Governo vai fazer?”, questionou o deputado Mak Soi Kun,
salientando que a identificação de ilegalidades tem de resultar de um processo de fiscalização interno. No entanto, Sónia Chan não admite que essa seja uma competência da sua tutela. A secretária considera antes que a função dos serviços é a cooperação com as entidades competentes que têm a
seu cargo os processos de investigação. “Não somos uma entidade de fiscalização ou de pesquisa”, disse. “O funcionamento dos departamentos do Governo e as infracções cabem ao CCAC e ao Comissariado da Auditoria.”
QUEIXAS DO VIZINHO DO LADO
Para ajudar na detecção de irregularidades contratuais no seio da função pública, a deputada Ella Lei sugeriu que fosse implementado um mecanismo de queixas. O objectivo é possibilitar a quem está no terreno, aos próprios funcionários, a denúncia de casos que considerem ilegais. “Não há um mecanismo para apresentação de queixas. Há que ter um mecanismo adequado para que os funcionários as façam, porque são situações que afectam os seus direitos”, disse. Sónia Chan garantiu que haverá novidades a este respeito, a partir de Julho. “No segundo semestre vai ser divulgado o calendário da implementação de um mecanismo de queixas e, caso haja alguma recomendação disciplinar, vai ser instaurado um processo”, afirmou. A secretária sublinhou ainda que o Governo, “no futuro, vai criar uma via para que os trabalhadores possam resolver os litígios com os serviços públicos e, para isso, vai recorrer a uma terceira entidade”. Quanto ao regime de aquisição de bens e serviços, na base das contratações irregulares por parte do IC, Sónia Chan disse que há mais casos idênticos, “mais de dez”.
Paga o que deves
Dívidas de condomínio sem registo na conservatória
uma dívida relativa a despesas de condomínio, de electricidade ou de água, por exemplo, havia a necessidade de fazer o registo da dívida na conservatória. Mas por causa do seu volume de trabalho, foi analisado se há ou não necessidade de fazer esse registo na conservatória”, apontou. O conceito de responsabilidade solidária implica, portanto, que “o proprietário da fracção tenha o dever de informar o comprador [da dívida
existente] à data da assinatura da escritura”. “O interessado na aquisição da fracção autónoma tem o direito de ser informado pela administração do condomínio ou por uma pessoa singular ou colectiva, designada para esse efeito em assembleia-geral”, explicou ainda Chan Chak Mo. As dívidas a serem transmitidas dizem apenas respeito aos dois anos anteriores à data da compra do apartamento. Chan Chak Mo explicou ainda
que há ainda questões por esclarecer sobre esta matéria. “Se o comprador não for informado sobre essa dívida, o vendedor tem alguma consequência?”, questionou, tendo afirmado que este será um ponto a debater entre a comissão e o Governo.
MEIO ANO À ESPERA
Ontem, a 2.ª Comissão Permanente da AL realizou a primeira reunião sobre esta proposta de lei desde que o Governo apre-
Sofia Margarida Mota
sofiamota.hojemacau@gmail.com
sentou uma nova versão, já com as devidas alterações. Chan Chak Mo justificou os cerca de seis meses de espera com a necessidade de auscultação de várias associações, tais como a União Geral das Associações de Moradores de Macau e a Federação das Associações dos Operários de Macau, entre outras. O presidente da comissão permanente adiantou que a análise na especialidade deverá estar concluída a tempo de o diploma ser votado ainda na actual legislatura. A.S.S.
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7 SOCIEDADE
hoje macau quarta-feira 17.5.2017
Justiça DISCUTIDAS
CONDIÇÕES PARA PROTOCOLO COM ORDEM DOS ADVOGADOS
No meio está a virtude
O
presidente da Associação dos Advogados de Macau (AAM) considera que é necessário uma posição de compromisso entre a permissividade total da entrada a profissionais que venham de Portugal e a recusa. Desde a suspensão, em 2013, do protocolo com a Ordem dos Advogados, a entidade que representa os causídicos locais tenta encontrar um equilíbrio quanto aos critérios para reafirmar o acordo. Há associados que são “absolutamente contra a vinda de advogados de Portugal para Macau e outros que acham que se devia abrir a porta a toda a gente”, comenta Jorge Neto Valente. O presidente da associação revelou que “a maioria não é defensora de uma política de porta aberta para acolher toda a gente”. O advogado explica que os associados estão à procura do balanço que “permita absorver as pessoas que venham, a pouco e pouco, sem desestabilizar nem prejudicar a economia da profissão”. Neto Valente reconhece que é necessário estabelecer requisitos firmes e ter como prioridade o nível de qualificações dentro da classe.
HOJE MACAU
A Associação dos Advogados de Macau reuniu-se para definir os critérios para reafirmar um protocolo com a Ordem dos Advogados de Portugal. De acordo com Jorge Neto Valente, possivelmente no próximo mês haverá uma reunião com o bastonário português
Jorge Neto Valente
A questão é que, após a suspensão do protocolo, houve muitos pedidos de advogados que exerciam em Portugal para entrarem na profissão em Macau. De acordo com o presidente da AAM, não havia “outra solução se não parar para pensar”. A reflexão dura até hoje, sendo que Neto Valente afastou a tese noticiada de que o retorno protocolar com a direcção da antiga Ordem não se deu por falta de tempo. “Como se avizinhavam eleições, naturalmente, achámos que não era oportuno continuar a falar do assunto porque, como se viu, a bastonária foi substituída.” Neto Valente acrescenta que tem estado em contacto
com a actual direcção da entidade que regula a profissão em Portugal. “Combinámos para uma próxima oportunidade, que não deverá demorar muito tempo, possivelmente no próximo mês, que nos iremos encontrar”, e discutir os critérios para o protocolo.
PONTO DE DISCÓRDIA
Mas até acertar agulhas entre as entidades, primeiro a Associação dos Advogados de Macau tem de definir uma posição. O tal equilíbrio entre uma política de porta aberta e de encerramento foi discutido ontem ao final do dia. Até ao fecho da edição não tivemos notícia de fumo branco quanto a este assunto. Hoje em dia, a Associação dos Advogados de Macau tem quase 370 associados, isto sem contar com os mais de 100 estagiários. De acordo com Neto Valente, “a situação de vinda de advogados portugueses para Macau não é muito diferente da que se verifica em relação aos outros países de língua portuguesa, como Angola e Moçambique, onde os portugueses têm uma extrema dificuldade em se inscreverem”. De resto, de acordo com o presidente da AAM, a classe enfrenta os desafios profissionais inerentes à evolução da sociedade de Macau, tendo como objectivo final “a defesa da legalidade e do Estado de direito”. Nesse aspecto, Neto Valente considera que existem alguns obstáculos na persecução destas metas. “Vemos atropelos, incompreensões, leis mal feitas, decisões erradas, abusos de entidades policiais e de departamentos governamentais. Vemos que a Administração não tem uma relação tão saudável como devia ter com os cidadãos”, confessa. Durante o próximo fim-de-semana, celebra-se o Dia do Advogado, que levará ao Leal Senado uma panóplia de actividades culturais, mas também o habitual serviço público de consulta jurídica. Mais de 30 causídicos, incluindo dois de Zhuhai, disponibilizaram-se para tirar dúvidas jurídicas dos cidadãos que estejam a braços com problemas de justiça. João Luz
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Uma questão de atracção Galaxy defende livre circulação entre Ilha da Montanha e Macau
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vice-presidente do grupo Galaxy Entertainment, Francis Lui, defendeu ontem a livre circulação entre a Ilha da Montanha e Macau, para tornar o destino mais competitivo e atrair mais visitantes chineses e internacionais. “Encorajamos a ideia de que a Ilha da Montanha implemente uma entrada sem fronteiras” com Macau, para que todos os “visitantes de Macau possam também aceder às atracções” que a Ilha da Montanha tem para oferecer e “depois regressar livremente” à RAEM, disse Francis Lui, na abertura da 11.ª edição da Global Gaming Expo Asia (G2E Asia). Para o empresário, isso iria tornar Macau “um destino mais competitivo e atractivo para as famílias, proporcionando meios interessantes para uma penetração mais profunda no mercado da China e para ajudar a abrir a região a visitantes internacionais, e do mercado do Pacífico, e assim aumentar o número de visitantes”. A Galaxy Entertainment prevê construir um ‘resort’integrado na Ilha da Montanha,
um projecto que não contempla a componente de jogo, numa área de 2,7 quilómetros quadrados. “Vamos pôs as coisas desta forma: Macau, o maior centro mundial de jogo, com a Ilha da Montanha e com o seu foco no entretenimento, seria como ter Las Vegas e Orlando próximos um do outro, em vez dos mais de 3200 quilómetros que os separam”, disse, em referência às alegadas mais-valias do que seria ter fisicamente próximos os parques temáticos, como os do estado norte-americano da Florida (sudeste), e os casinos, como os que se encontram no Nevada (noroeste).
FÃ DA TRANSPARÊNCIA
Sobre os resultados do jogo, Francis Lui fez referência à campanha anticorrupção lançada em 2014 pelo Governo Central, frequentemente entendida como um dos factores que levou à queda das receitas do mercado VIP.
O empresário também mencionou a “medida positiva” anunciada pelo Governo na semana passada sobre a introdução de um sistema de reconhecimento facial nas caixas ATM para os portadores de cartões UnionPay, emitidos por bancos da China, de modo a combater o branqueamento de capitais. “Entendemos completamente as preocupações do Governo no que diz respeito ao combate à fuga de capitais. Se é entendido que o dinheiro está a ser lavado através de Macau, isso pode levar ao aumento das restrições nos vistos. Precisamos claramente de demonstrar ao Governo de Macau que apoiamos o jogo responsável com fornecimento de informações e transparência total”, afirmou. Inaugurada hoje, a G2E Asia decorre até amanhã. A feira junta anualmente empresas e especialistas do jogo de todo o mundo.
O HM ERROU A notícia publicada na edição da passada terça-feira do HM, intitulada “Uma aberração legal”, contém algumas imprecisões relativamente ao discurso do advogado Sérgio de Almeida Correia. O advogado não considera que o Governo é marginalizado das operações das subconcessionárias, tal como consta na notícia, mas sim que o Governo é marginalizado das negociações entre concessionárias e subconcessionárias. O advogado também não se referiu à reversão de lucros, mas sim à reversão de bens no termo dos contratos. Aos leitores e ao visado, pedimos as nossas desculpas.
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COMISSÃO DE REGISTO DOS AUDITORES E DOS CONTABILISTAS Aviso Torna-se público, de acordo com o n.º 1 do ponto 6.º dos Regulamentos para a prestação de provas para inscrição inicial ou revalidação de registo como auditor de contas, contabilista registado e técnico de contas, elaborados nos termos do artigo 18.º do Estatuto dos Auditores de Contas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 71/99/M, de 1 de Novembro, do artigo 13.º do Estatuto dos Contabilistas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 72/99/M, de 1 de Novembro, e da alínea 3) do artigo 1.º do Regulamento da Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 2/2005, de 17 de Janeiro, que se encontra afixada, na sobreloja da Direcção dos Serviços de Finanças, sito na Avenida da Praia Grande nºs 575, 579 e 585, e colocado no respectivo “Web-site”, no local relativo à CRAC e para efeitos de consulta, a lista definitiva dos candidatos à prestação de provas para inscrição inicial ou revalidação de registo como Auditor de Contas, Contabilista Registado e Técnico de Contas no ano 2017, elaborada e homologada por deliberação do Júri designado para o efeito. Mais se informa que a prestação de provas foi pela Direcção dos Serviços de Educação e Juventude reconhecida como um dos itens subsidiáveis no âmbito do “Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo”. Os candidatos poderão pois optar por liquidar as taxas devidas deduzindo o respectivo montante da sua conta do “Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo” (adverte-se, no entanto, para o facto de que apenas se aceitará o pagamento integral do valor em causa). Em caso de dúvidas, agradecemos que contacte a CRAC, durante as horas de expediente, através dos números de telefone 85995343 ou 85995344. Direcção dos Serviços de Finanças, aos 28 de Abril de 2017 O Presidente da CRAC Iong Kong Leong
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Síntese do relatório de actividades Embora o mercado financeiro mundial está cada vez mais complexo, e a conjuntura de exploração em 2016 tinha muitos desafios, temos prosseguido desde sempre o conceito de “servir em primeiro lugar os clientes” e “prestar um serviço profissional” de Chong Hing Bank, persistindo em desenvolver operações através da gestão de risco com prudência, e este ano as actividades do banco desenvolveram-se sem grandes problemas e os resultados operacionais foram excelentes. Até 31 de Dezembro de 2016, este banco teve em termos operacionais receita líquida no valor de 65,79 milhões patacas (doravante, a mesma moeda monetária), com um aumento de 23%, em comparação com o ano transacto, e o lucro anual deduzido de impostos foi de 47,21 milhões, registando um aumento substancial de 75%. O total de depósitos dos clientes foi de 310 milhões, representando um aumento de 27%. O total de empréstimos aos clientes atingiu o valor de 2.590 milhões, registando um aumento de 6% e o total dos activos situou-se em 2.950 milhões, registando um aumento de 9%. Para o ano de 2017, este banco vai continuar a aproveitar as oportunidades existentes, e com o grande apoio da Sede, empenhar-se-á em elevar a competitividade inovadora, garantindo proporcionar aos clientes produtos e serviços de melhor qualidade, retribuindo aos cidadãos de Macau em virtude da confiança e do apoio demonstrado. Gerente: Lau Hing Keung
RELATÓRIO DO AUDITOR EXTERNOS SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RESUMIDOS PARA A GERÊNCIA DO CHONG HING BANK LIMITED, SUCURSAL DE MACAU As demonstrações financeiras resumidas anexas do Chong Hing Bank Limited, Sucursal de Macau (a Sucursal) referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2016 resultam das demonstrações financeiras auditadas e dos registos contabilísticos da Sucursal referentes ao exercício findo naquela data. Estas demonstrações financeiras resumidas, as quais compreendem o balanço em 31 de Dezembro de 2016 e a demonstração dos resultados do exercício findo naquela data, são da responsabilidade da Gerência da Sucursal. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião, unicamente dirigida a V. Exas. enquanto Gerência, sobre se as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas e com os registos contabilísticos da Sucursal, e sem qualquer outra finalidade. Não assumimos responsabilidade nem aceitamos obrigações perante terceiros pelo conteúdo deste relatório. Auditámos as demonstrações financeiras da Sucursal referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2016 de acordo com as Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria emitidas pelo Governo da Região Administrativa Especial de Macau, e expressámos a nossa opinião sem reservas sobre estas demonstrações financeiras, no relatório de 24 de Março de 2017. As demonstrações financeiras auditadas compreendem o balanço em 31 de Dezembro de 2016, a demonstração dos resultados, a demonstração de alterações nas reservas e a demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e um resumo das principais políticas contabilísticas e outras notas explicativas. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas e com os registos contabilísticos da Sucursal. Para uma melhor compreensão da posição financeira da Sucursal, dos resultados das suas operações e do âmbito da nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas em anexo devem ser lidas em conjunto com as demonstrações financeiras auditadas e com o respectivo relatório do auditor independente. Cheung Pui Peng Grace Auditor de contas PricewaterhouseCoopers Macau, 24 de Março de 2017
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Escolhas FESTIVAL DE CINEMA VAI TER DIRECTOR INTERNACIONAL HABITAÇÃO MAIS 17 MIL PATACAS POR METRO QUADRADO NUM ANO
Desta é que vai ser
A estreia ficou marcada pela saída polémica de Marco Müller e por salas com muitos lugares por preencher. Mas o Turismo acredita que faz falta a Macau um festival internacional de cinema e quem trabalha na indústria concorda. Vem aí a segunda edição do Festival de Cinema. O director vem de fora GONÇALO LOBO PINHEIRO
O preço médio do metro quadrado das casas em Macau atingiu 95.817 patacas em Abril, um aumento de 17.072 patacas no intervalo de um ano, indicam dados oficiais. De acordo com o portal dos Serviços de Finanças, o número de transacções baixou ligeiramente, de 1087 para 1085 em termos anuais homólogos. Das três áreas de Macau, a península foi onde se verificou o maior número de vendas (824 contra 793 em Abril de 2016), onde o preço médio do metro quadrado foi de 87.736 patacas, contra 76.507 patacas em igual período do ano passado. Na Taipa, o número de fracções autónomas destinadas à habitação transaccionadas baixou de 252 para 205, com o preço médio por metro quadrado a aumentar de 79.854 para 101.007 patacas. O preço das casas também se manteve em alta na ilha de Coloane, com o valor médio a atingir 145.208 patacas – o mais elevado das três zonas –, onde foram vendidas em Abril mais 14 de fracções do que as 42 no mesmo mês do ano passado, segundo os mesmos dados.
LUSOFONIA TURISMO OFERECE ESTÁGIOS A 30 TÉCNICOS
Teve início esta semana a primeira sessão dos estágios de 2017 para técnicos de turismo de países de língua portuguesa. A iniciativa é da responsabilidade da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), em cooperação com o secretariado permanente do Fórum Macau. O programa de formação destinase a funcionários de entidades governamentais. Os estágios decorrem até Setembro, em três sessões diferentes, com a duração de duas semanas cada. Participam técnicos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste. Ao todo, estão envolvidas 30 pessoas. Os programas deste ano incluem estágios em seis departamentos da DST e dois dias de workshops no Instituto de Formação Turística, bem como visitas a infra-estruturas turísticas, e património histórico e cultural de Macau. Entre 2012 e 2016, a DST deu formação a um total de 98 funcionários governamentais de turismo de países de língua portuguesa.
A
segunda edição do Festival de Cinema de Macau está prevista para Dezembro e vai ter “um director internacional”, cujo nome deverá ser anunciado no próximo mês, afirmou ontem a directora dos Serviços de Turismo. “Estamos quase a completar [o processo]. Só posso dizer que é uma pessoa internacional, tem muitos anos de cinema (…) Ainda não assinámos o contrato. Se calhar, em Junho, estamos em posição de anunciar”, disse Helena de Senna Fernandes, em declarações aos jornalistas à margem da abertura da 11.ª edição da feira Global Gaming Expo Asia (G2E Asia), que anualmente junta empresas e especialistas do jogo de todo o mundo. A segunda edição do Festival Internacional de Cinema de Macau vai decorrer entre 8 e 14 de De-
zembro, este ano com a duração de sete dias, mais um do que no ano passado, adiantou. O italiano Marco Müller, que esteve à frente de festivais de cinema como o de Veneza, Roma ou Locarno, tinha sido escolhido no início do ano passado para dirigir a primeira edição do festival, mas um mês antes do arranque do certame, em Novembro, demitiu-se, invocando divergência de opiniões. A directora dos Serviços de Turismo e presidente da comissão organizadora, Helena de Senna Fernandes, assumiu então a função de directora substituta do festival.
MAIS PÚBLICO
Na reacção às declarações de Helena de Senna Fernandes, o realizador Ivo Ferreira não deixa de ficar entusiasmado. “A expectativa que tenho, ainda sem saber pormenores, é que seja, na continuidade
da edição anterior, um festival de qualidade”, disse ao HM. O realizador espera que, com a iniciativa, seja dado a conhecer
“Só posso dizer que é uma pessoa internacional, tem muitos anos de cinema (…) Ainda não assinámos o contrato. Se calhar, em Junho, estamos em posição de anunciar.” HELENA DE SENNA FERNANDES DIRECTORA DOS SERVIÇOS DE TURISMO
SOCIEDADE
a Macau o melhor do cinema com filmes que se destaquem pela sua qualidade. “Só assim é que este festival pode vir a estar no mapa do mundo.” Ivo Ferreira acredita que seja este o objectivo do projecto local e que “numa segunda edição sejam afinadas algumas questões”. O realizador exemplifica com a dinâmica capaz de levar o público a participar mais nas sessões. Ivo Ferreira não deixa de achar natural que, num primeiro certame, existam lacunas na organização, até porque “os festivais ganham maturidade e reconhecimento passados alguns anos, visto terem de ganhar tempo e corpo”. Essencial é, de facto, a manutenção de padrões de qualidade e para isso, considera, deve promover a cinematografia de autor em que o alvo seja a diferenciação. “Este festival tem, na minha opinião, uma componente de cruzamento entre o Oriente e o Ocidente, o que me parece uma tendência natural”, aponta. Já Tracy Choi – vencedora do prémio do público no ano passado com a sua primeira longe metragem, “Sisterhood” – considera que esta é uma iniciativa que atrai efectivamente a atenção para o cinema local. Com a confirmação da realização da segunda edição do Festival Internacional de Cinema de Macau, a realizadora espera que seja uma oportunidade de continuar a investir na divulgação dos filmes feitos no território, ao mesmo tempo que “dá oportunidade aos locais de trocarem experiências com outros profissionais do cinema, vindos de várias partes do mundo”. A primeira edição do Festival Internacional de Cinema de Macau, em 2016, foi organizada pela Direcção dos Serviços de Turismo de Macau e pela Associação de Cultura e Produções de Filmes e Televisão de Macau. O filme português “São Jorge”, sobre um pugilista desempregado que trabalha em cobranças de dívidas para sobreviver, conquistou os prémios de melhor realizador (Marco Martins) e melhor actor (Nuno Lopes). A primeira edição do festival teve um orçamento de 55 milhões de patacas, dos quais 20 milhões foram assegurados pelos Serviços de Turismo. Sofia Mota (com Agência Lusa) info@hojemacau.com.mo
10 Festivais TIMC REPRESENTA MACAU EM EVENTOS EM PORTUGAL
EVENTOS
A experiência de organização do This is My City vai ser abordada em dois eventos diferentes que acontecem nas próximas semanas em Portugal. Manuel Correia da Silva, principal responsável pela organização do festival de Macau, vai falar sobre o que se faz no território e não só. A ideia é construir redes entre cidades e pessoas Cristina Farinha
É
Marcos Bulhões
o maior seminário internacional para profissionais das artes de rua e realiza-se anualmente numa cidade europeia diferente. Este ano, o FRESH STREET#2 faz-se em Portugal, fora dos principais centros urbanos: em Santa Maria da Feira, cidade onde, desde 2001, é organizado um festival de rua. Ao contrário do que é hábito, o certame tem este ano um painel com uma forte componente lusófona. Ao lado de Cabo Verde e do Brasil vai estar Macau, através do festival This is My City (TIMC) e do seu principal organizador, o designer Manuel Correia da Silva.
Redy Wilson
“A moderadora é Cristina Farinha, que está ligada às cidades criativas da União Europeia. Foi ela que desenhou este painel e lançou a ideia da importância de saber o que é que se anda a passar na China, através de Macau, e em Macau”, conta Correia da Silva ao HM. Além da experiência pessoal e no TIMC, as conversas que tem mantido com a organização dizem-lhe que vai com uma missão que não se resume aos dez anos de festival na RAEM.
A DIFERENCA DA PERIFERIA `
Manuel Silva
“Vou também divulgar o que se passa para lá de Macau. Quando hoje se fala em Macau é importante, para quem não conhece, falar da região do Delta, o que se passa em Shenzhen, em Hong Kong e também em Zhuhai”, cidade pequena para a dimensão das urbes chinesas mas que tem o festival de Beishan, com duas edições anuais, uma dedicada à música do mundo e outra ao jazz.
“Está na altura de Macau e do TIMC também se exportarem. Temos uma história, já temos qualquer coisa para mostrar lá fora.” MANUEL CORREIA DA SILVA ORGANIZADOR DO THIS IS MY CITY
À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA
Amitay Yaish Benuosilio
Para Correia da Silva, importa passar a mensagem do que aqui se faz, mas a participação neste tipo de iniciativas, destinadas sobretudo a profissionais, permite perceber como é que os festivais acontecem lá fora. “É bom estudarmos estes modelos noutras cidades para que o TIMC também aprenda relativamente à organização e à produção destes eventos”, sublinha.
DIVERSIDADE MAIOR
O certame de Santa Maria da Feira tem ainda a vantagem de decorrer numa cidade que não está no centro, mas
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UMA ESCURIDÃO BONITA • Ondjaki • Ilustrações de António Jorge Gonçalves Vencedor do Prémio Nacional de Ilustração 2013. Eleito um dos melhores livros de 2013 para a infância e juventude, pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) do Brasil. Numa das muitas noites em que falta a luz em Luanda, dois adolescentes ensaiam o seu primeiro beijo, mas este primeiro beijo precisa de muitos ensaios, de muitos momentos de aproximação e afastamento, de certezas e de inseguranças… o ambiente ajuda e o pretexto surge: estão os dois na varanda da avó Dezanove, às escuras, à espera do cinema bu: um cinema que só acontece (na p. 80) quando um carro passa com a velocidade e os faróis certos para projetar sombras/imagens nas paredes brancas das casas da rua escura. O beijo acontece mesmo, mas apenas na p. 101. Esta é uma das mais comoventes estórias do narrador infantil Ondjaki.
A BICICLETA QUE TINHA BIGODES • Ondjaki Prémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância 2012 Da mestria incomparável de Ondjaki, uma história sem luz elétrica.
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sim na periferia. “Pode fazer sentido, através deste festival, ligar Macau a Santa Maria da Feira, mais do que falarmos das grandes cidades, onde tudo já está muito ocupado e falado”, observa o responsável pelo TIMC. “Se calhar, podem aparecer uns casamentos inesperados porque somos todos mais periféricos. Macau é periférico em relação à China, no Delta não é a cidade com mais pessoas e com uma economia mais sólida, por ser monocromática”, acrescenta. A periferia não significa que se esteja em desvantagem, antes pelo contrário, e Manuel Correia de Silva entende que é preciso começar a trabalhar o conceito “centro da periferia”. Macau tem a mais-valia de não ter uma cultura massifi-
cada e as cidades mais pequenas propiciam a diversidade. “As pessoas estão fartas dos centros, porque o Primavera Sound é igual em Lisboa, no Porto ou em Barcelona, como são iguais todos os franchisings que acontecem em todas as grandes cidades, como se vê com o Sónar”, exemplifica. “Nas periferias, apesar de serem mais pequenas, aparecem coisas diferentes. Por isso, olhar para a periferia é hoje importante.”
Em simultâneo com a discussão e com os diferentes painéis do FRESH STREET#2, Santa Maria da Feira organiza o seu festival de rua. “Os diferentes países europeus participam com performances, teatro e circo, e por isso o festival acontece a estes dois níveis”, diz.
LUSOFONIA DO FUTURO
Apesar de ser na capital portuguesa, também o MIL – Lisbon International Music Network é um evento independente. Realiza-se nos dias 1 e 2 de Junho e é o segundo destino de Manuel Correia da Silva. Trata-se de um novo festival que inclui uma vertente exclusivamente destinada a profissionais. Tem por missão a valorização e a divulgação da música popular moderna de origem lusófona, tendo em vista a sua internacionalização. “Há um conjunto de palestras e de conferências que vão acontecer com pessoas da indústria da música: programadores, produtores, pessoas que fazem agenciamento, editoras”, contextualiza o organizador do TIMC. “Fui convidado para um painel que tem como tema a lusofonia em 2030.” Para Macau, onde a lusofonia é hoje um tema tão presente, “será interessante perceber para onde é que ela caminha, que tipo de rede é esta e no que se vai transformar”. No ano em que o This is My City, uma iniciativa da associação +853, assinala uma década de existência, Manuel Correia da Silva salienta o facto de as duas organizações portuguesas virem ao encontro de Macau. “Querem o mesmo de nós aqui em Macau, aqui na China, e querem-nos como intermediários desta ligação”, afirma. “Isso é importante, é interessante, e acho que é algo a que o TIMC também tem de se dedicar a partir de agora. Está na altura de Macau e do TIMC também se exportarem. Temos uma história, já temos qualquer coisa para mostrar lá fora.” Isabel Castro
isabelcorreiadecastro@gmail.com
Q
UAL a relação entre o ser humano e a Internet? Até que ponto é que o mundo virtual influencia a nossa vida diária? A Associação de Arte Teatral Dirks pegou nestas questões para criar a peça “O Inferior”, que sobe este fim-de-semana ao palco do Centro Cultural de Macau (CCM) no âmbito do Festival de Artes de Macau. A peça foi escrita pela dramaturga Jennifer Haley e é a primeira vez que é representada na Ásia. A Associação de Arte Teatral Dirks criou algo de raiz, misturando projecções de vídeo e representação multimédia. No espectáculo é retratado uma espécie de jogo, intitulado “O Refúgio”, uma realidade virtual que vai ganhando cada vez mais utilizadores. Subitamente, um detective vindo do mundo real começa a investigar crimes que acontecem em “O Refúgio”, iniciando-se então um período de dúvidas que envolve a vida real e a imaginação. Para Wu May Bo, directora do espectáculo, “este guião é-nos familiar”. “Hoje em dia usamos o Facebook frequentemente e, ao fim de dez minutos, já estamos de volta à vida real. As pessoas já misturam todos esses elementos na sua cabeça. É isso que queremos mostrar ao público, em termos estéticos”, disse em conferência de imprensa. Por norma, a Associação de Arte Teatral Dirks faz adaptações de textos ou romances, mas desta vez tudo foi feito de raiz, pensado e preparado durante um período de sete meses. “Recorremos a designers gráficos e visuais para mostrar essa diferença entre a realidade e o mundo virtual”, adiantou Ip Kam Man, também director do espectáculo. Em palco foi utilizada “mobília simples e luzes para expressar um espaço mais real”, explicou ainda. Wu May Bo disse que a ideia, desde o início, foi mostrar em palco um equilíbrio entre o real e o virtual, daí a cooperação com designers. “Como o guião descreve dois espaços distintos, o espaço da realidade e outro mais escondido, então pensámos em como poderíamos criar uma flutuação de espaços. Pensámos em como poderíamos criar a história
EVENTOS
Entre a realidade e o virtual
HOJE NA CHÁVENA
Peça de teatro “O Inferior” apresentada este fim-de-semana
na mente do público, em vez de contar essa história”, referiu.
UM DEBATE ACTUAL
Os directores do espectáculo consideram que Jennifer Haley é uma autora “inteligente” pela forma como PUB
conseguiu impor um debate sobre algo tão actual. “Precisamos desta virtualidade para sobreviver ou precisamos de algo em que possamos tocar?”, questionou Ip Ka Man. Wu May Bo garantiu que esta perspectiva está presente em todas as personagens,
sob diferentes perspectivas. “Jennifer Harney é de Los Angeles e o seu trabalho está muito relacionado com o desenvolvimento de tecnologia, ou realidade virtual, e ainda a ligação que isso tem com valores morais nos dias de hoje”, concluiu. A.S.S.
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Anúncio Concurso Público «Aquisição de barreiras metálicas de protecção e os respectivos acessórios sobressalentes para a 64.ª Edição do Grande Prémio de Macau» Nos termos previstos no artigo 13.o do Decreto-Lei n.o 63/85/M, de 6 de Julho, e em conformidade com o Despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 4 de Maio de 2017, o Instituto do Desporto vem proceder, em representação do adjudicante, à abertura do concurso público para a aquisição de barreiras metálicas de protecção e os respectivos acessórios sobressalentes para a 64.ª Edição do Grande Prémio de Macau. O prazo para o fornecimento de bens é conforme o estipulado no Anexo IV – Lista de quantidades e do preço unitário do índice geral do processo de concurso. A partir da data da publicação do presente anúncio, os interessados podem dirigir-se ao balcão de atendimento da sede do Instituto do Desporto, sito na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, n.o 818, em Macau, no horário de expediente, das 9,00 às 13,00 e das 14,30 às 17,30 horas, para consulta do processo de concurso ou para obtenção da cópia do processo, mediante o pagamento de $ 500,00 (quinhentas) patacas. Podem ainda ser feita a transferência gratuita de ficheiros pela internet na área de download da página electrónica do Instituto do Desporto: www.sport.gov.mo. Os interessados devem comparecer na sede do Instituto do Desporto até à data limite para a apresentação das propostas para tomarem conhecimento sobre eventuais esclarecimentos adicionais. A sessão de esclarecimento deste concurso público terá lugar no dia 24 de Maio de 2017, quarta-feira, pelas 11,00 horas, na sala de reuniões do Edifício do Grande Prémio, sito na Avenida da Amizade n.o 207, em Macau. Em caso de encerramento do Instituto do Desporto na data e hora da sessão de esclarecimento acima mencionada, por motivos de tufão ou por motivos de força maior, a data e hora estabelecidas para a sessão de esclarecimento serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte. O prazo para a apresentação das propostas termina às 12,00 horas do dia 8 de Junho de 2017, quinta-feira, não sendo admitidas propostas fora do prazo. Em caso de encerramento do Instituto do Desporto na data e hora limites para a apresentação das propostas acima mencionada, por motivos de tufão ou por motivos de força maior, a data e a hora limites estabelecidas para a apresentação de propostas serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte. Os concorrentes devem apresentar a sua proposta dentro do prazo estabelecido, na sede do Instituto do Desporto, no endereço acima referido, acompanhada de uma caução provisória no valor de $ 160 000,00 (cento e sessenta mil) patacas. Caso o concorrente opte pela garantia bancária, esta deve ser emitida por um estabelecimento bancário legalmente autorizado a exercer actividade na RAEM e à ordem do Fundo do Desporto ou efectuar um depósito em numerário ou em cheque (emitida a favor do Fundo do Desporto) na mesma quantia, na Divisão Financeira e Patrimonial na sede do Instituto do Desporto. O acto público de abertura das propostas do concurso terá lugar no dia 9 de Junho de 2017, sexta-feira, pelas 9,30 horas, no auditório da sede do Instituto do Desporto, sito na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, n.o 818, em Macau. Em caso de encerramento do Instituto do Desporto na data e hora para o acto público de abertura das propostas, por motivos de tufão ou por motivos de força maior, ou em caso de adiamento da data e hora limites para a apresentação das propostas por motivos de tufão ou por motivos de força maior, a data e hora estabelecidas para o acto público de abertura das propostas serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte. As propostas são válidas durante 90 dias a contar da data da sua abertura. Instituto do Desporto, 17 de Maio de 2017. O Presidente, Pun Weng Kun
ANÚNCIO Concurso Público n.° 005/SZVJ/2017 “Prestação de serviços de manutenção e gestão da arborização da zona da Estrada Flor de Lótus” Faz-se público que, por deliberação do Conselho de Administração do IACM, tomada em sessão de 31 de Março de 2017, se acha aberto o concurso público para a “Prestação de serviços de manutenção e gestão da arborização da zona da Estrada Flor de Lótus”. O Programa de Concurso e o Caderno de Encargos podem ser obtidos, durante os dias úteis e dentro do horário normal de expediente, no Núcleo de Expediente e Arquivo do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), sito na Avenida de Almeida Ribeiro n.º 163, r/c, Macau. O prazo para a entrega das propostas termina às 17:00 horas do dia 31 de Maio de 2017. Os concorrentes devem entregar as propostas e os documentos no Núcleo de Expediente e Arquivo do IACM e prestar uma caução provisória de MOP30.000,00 (trinta mil patacas) correspondente ao concurso em que participa. A caução provisória deve ser entregue na Tesouraria da Divisão de Contabilidade e Assuntos Financeiros do IACM, sita no rés-do-chão do Edifício do IACM, por depósito em numerário, cheque, garantia bancária ou seguro-caução, em nome do «Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais». O acto público do concurso realizar-se-á no Centro de Formação do IACM, sito na Avenida da Praia Grande, Edifício China Plaza, 6.º andar, pelas 10:30 horas do dia 1 de Junho de 2017. O IACM realizará uma sessão de esclarecimento que terá lugar às 10:30 horas do dia 22 de Maio de 2017 no Centro de Formação do IACM. Aos 5 de Maio de 2017. O Presidente do Conselho de Administração José Maria de Fonseca Tavares WWW. IACM.GOV.MO
Anúncio Concurso Público «Empreitada da Obra n.º 4 – Manufactura e instalação de barreiras de pneus e Tecpro, de vedações e plataformas e a conservação geral do circuito para a 64.ª Edição do Grande Prémio de Macau» 1. 2. 3. 4.
Entidade que preside ao concurso: Instituto do Desporto. Modalidade de concurso: concurso público. Local de execução da obra: Circuito da Guia. Objecto da empreitada: Manufactura e instalação de barreiras de pneus de protecção com cobertura de mantas de borracha, instalação das barreiras Tecpro, de colchões de protecção e de lancis plásticos biselados (kerbs) no Circuito da Guia, incluindo toda a produção e instalação dos respectivos acessórios necessários, construção e montagem de plataformas nos postos dos fotógrafos e dos comissários de pista, montagem e posterior desmontagem da rede de protecção no pitwall e de vedações em contraplacado ou em rede para peões e viadutos para carros, bem como, a realização de trabalhos de reparação urgente no circuito durante as corridas. 5. Prazo máximo de execução: seguir as datas limites constantes no caderno de encargos. 6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de 90 dias, a contar da data do acto público do concurso. 7. Tipo de empreitada: a empreitada é por preço global (os itens «Se necessários» mencionados no Anexo IV – Lista de quantidades e do preço unitário do Índice Geral do Processo de Concurso são retribuídos por série de preços através da medição das quantidades executadas). 8. Caução provisória: $ 250 000,00 (duzentos e cinquenta mil) patacas, a prestar mediante depósito em numerário ou em cheque (emitido a favor do Fundo do Desporto), garantia bancária ou seguro caução (emitida a favor do Fundo do Desporto) aprovado nos termos legais. 9. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o empreiteiro tiver a receber em cada um dos pagamentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, em reforço da caução definitiva a prestar). 10. Preço base: não há. 11. Condições de admissão: serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, para execução de obras, bem como as que à data do concurso, tenham requerido a sua inscrição. Neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição. 12. Sessão de esclarecimento: a sessão de esclarecimento terá lugar no dia 24 de Maio de 2017, quartafeira, pelas 10,00 horas, na sala de reuniões do Edifício do Grande Prémio de Macau sito na Avenida da Amizade n.º 207, em Macau. Em caso de encerramento do Instituto do Desporto na data e hora da sessão de esclarecimento acima mencionadas, por motivos de tufão ou por motivos de força maior, a sessão de esclarecimento será adiada para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte. 13. Local, dia e hora limite para a apresentação das propostas: Local: Instituto do Desporto, sito na Avenida Dr. Rodrigo Rodrigues n.º 818, em Macau. Dia e hora limite: dia 12 de Junho de 2017, segunda-feira, até às 12,00 horas. Em caso de encerramento do Instituto do Desporto na data e hora limites para a apresentação das propostas acima mencionadas, por motivos de tufão ou por motivos de força maior, a data e a hora limites estabelecidas para a apresentação das propostas serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte. 14. Local, dia e hora do acto público de abertura das propostas: Local: Instituto do Desporto, sito na Avenida Dr. Rodrigo Rodrigues n.º 818, em Macau. Dia e hora: dia 13 de Junho de 2017, terça-feira, pelas 9,30 horas. Em caso de adiamento da data limite para a apresentação das propostas de acordo com o mencionado no artigo 13 ou em caso de encerramento do Instituto do Desporto na data e hora para o acto público de abertura das propostas, por motivos de tufão ou por motivos de força maior, a data e hora estabelecidas para o acto público de abertura das propostas serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte. Os concorrentes ou seus representantes legais devem estar presentes no acto público de abertura das propostas para os efeitos previstos no artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M, de 8 de Novembro, e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso. 15. Local, dia e hora para exame do processo e obtenção da respectiva cópia: Local: Instituto do Desporto, sito na Avenida Dr. Rodrigo Rodrigues n.º 818, em Macau. Hora: horário de expediente (das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas). Na Divisão Financeira e Patrimonial do Instituto do Desporto, podem obter cópia do processo do concurso mediante o pagamento de $ 1 000,00 (mil patacas). 16. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação: - Preço da obra: 60% - Prazo de execução da obra: 10% - Plano de trabalhos: 15% - Experiência em obras semelhantes: 15% 17. Junção de esclarecimentos: Os concorrentes devem comparecer no Instituto do Desporto, sito na Avenida Dr. Rodrigo Rodrigues n.º 818, em Macau, até à data limite para a apresentação das propostas, para tomarem conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais. Instituto do Desporto, 17 de Maio de 2017. O Presidente, Pun Weng Kun
13 CHINA
hoje macau quarta-feira 17.5.2017
XI JINPING APELA À UNIÃO CONTRA O PROTECCIONISMO
O vento mudou
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Presidente chinês, Xi Jinping, apelou segunda-feira à união de cerca de três dezenas de dirigentes mundiais que estiveram reunidos em Pequim para o projecto “Novas Rotas da Seda” contra o proteccionismo. “A globalização enfrenta ventos adversos”, resumiu Xi no segundo dia de uma cimeira que juntou na capital da China os Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, mas muito poucos de grandes países ocidentais. Num comunicado final divulgado na segunda-feira ao final do dia, os países participantes “recusam todas as formas de proteccionismo”. Xi Jinping lançou em 2013 a iniciativa “Novas Rotas da Seda”, um conjunto de projectos de infra-estruturas para ligar a Ásia à Europa e a África a exemplo das caravanas que na Antiguidade atravessavam a Ásia central. Já no princípio do ano, quando da entrada em funções de Donald Trump e o receio de uma deriva proteccionista norte-americana, Xi defendeu o comércio livre e a mundialização, num discurso muito comentado proferido no Fórum Económico de Davos.
Trump fez da China um dos alvos favoritos da sua campanha eleitoral, acusando Pequim de “roubar” milhões de empregos nos Estados Unidos, mas depois de entrar em funções moderou o discurso. Na semana passada, Pequim e Washington anunciaram mesmo um acordo comercial, mas Trump não participou nesta cimeira em
Pequim. À excepção do presidente italiano, Paolo Gentiloni, nenhum dirigente do G-7 se deslocou à capital chinesa.
ROTA DOS MILHÕES
No domingo, Xi Jinping anunciou milhares de milhões de dólares para projectos que integrem a iniciativa Novas Rotas da Seda, no discurso de abertura do
fórum de cooperação internacional “Uma Faixa, Uma Rota”, versão simplificada de “Faixa Económica da Rota da Seda e da Rota Marítima da Seda para o Século XXI”. A China vai contribuir com 100.000 milhões de yuan adicionais para o Fundo da Rota da Seda e providenciar ajuda, nos próximos três anos, no valor de 60.000 milhões de yuan a países em desenvolvimento e a organizações internacionais que participem na iniciativa. “Devemos construir uma plataforma aberta de cooperação e manter e desenvolver uma economia mundial aberta”, afirmou Xi, na abertura do fórum, onde Portugal se faz representar pelo secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira. “A antiga rota da seda floresceu em tempos de paz, mas perdeu o seu vigor em tempos de guerra. A iniciativa das ‘Novas Rotas da Seda’ requer um ambiente pacífico e estável”, realçou o líder chinês, insistindo que os “benefícios” “serão partilhados por todos”. A iniciativa foca-se em países asiáticos, europeus e africanos, mas Xi garantiu que está aberta a todos e que a China não tem a intenção de criar um pequeno grupo prejudicial à estabilidade: “Todos os países, sejam da Ásia, Europa, África ou Américas, podem participar na iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’”, afirmou, indicando que a China espera “criar uma grande família de coexistência harmoniosa”.
• Xi Jinping Presidente chinês “A globalização enfrenta ventos adversos”
HOMEM SALVA A VIDA DE MIL CÃES EM YULIN
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ODOS os anos activistas do mundo inteiro tentam acabar com o Yulin Dog Eating Festival (Festival da Carne de Cão de Yulin). O festival é realizado na cidade de Yulin, localizada no sudeste da região autónoma Zhuang de Guangxi, na China. Cerca de dez mil cães são mortos em matadouros improvisados na rua, cozidos e servidos ali mesmo. A crueldade é tanta que muitos donos de matadouros de cães torturam os animais antes do festival, para que os activistas os comprem rapidamente, antes que os cães morram ou sofram mais. O norte-americano de origem chinesa Marc Ching, revoltado com
tanta crueldade fundou a The Animal Hope & Wellness Foundation. Mesmo vivendo na Califórnia, Estados Unidos, todos os anos viaja para Yulin para tentar acabar com o festival. No ano passado, com dinheiro de doações, Marc conseguiu comprar seis matadouros clandestinos e imediatamente fechou os locais. Com a ajuda de activistas locais, conseguiu retirar mais de mil cães em camiões lotados. Muitos dos animais resgatados morreram por causa do tratamento cruel de que foram vitimas antes mesmo do festival. Mas muitos outros cães estão bem e a ser tratados por activistas chineses em bases espalhadas por cidades próximas de Yulin.
Marc admite, porém, que comprar os matadouros talvez não seja a melhor solução. O activista já recebeu muitas criticas, e há quem diga que o seu trabalho não acaba com o festival nem salva todos os cães. Sobre isto Marc fez um desabafo na sua página no Facebook. “Há uma grande oposição ao trabalho e há muitas pessoas lá fora que acreditam que nós não deveríamos salvar estes cães. Acreditam também que isto não muda muita coisa e que faz ainda piora a situação”, lamenta Marc .“Na vida, tudo que posso fazer é viver pelo meu coração”, finaliza o activista, que já recolhe doações para o próximo festival.
CIMEIRA PEQUIM ESTREITA RELAÇÕES COM ONU
O
primeiro-ministro chinês Li Keqiang apelou à cooperação reforçada com a Organização das Nações Unidas (ONU) para promover a paz, estabilidade e prosperidade mundial. Li proferiu estas declarações quando se reuniu com o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante a cimeira “Uma Faixa, Uma Rota” para a Cooperação Internacional. Segundo o primeiro-ministro, a China é um apoiante firme da ONU e do seu papel fundamental para garantir a paz e a segurança mundial, bem como para impulsionar o desenvolvimento global. “Estamos dispostos a desempenhar o nosso papel em plataformas tais como a ONU, para realizar a agenda do desenvolvimento sustentável 2030 e fazer esforços concertados para a paz, estabilidade e prosperidade mundial,” disse Li. O primeiro-ministro chinês apontou ainda que
a promoção da paz, desenvolvimento e cooperação mundial se tornou um objectivo consensual entre todos, considerando a globalização uma tendência histórica irreversível. Li Keqiang afirmou também que os problemas causados pela globalização devem ser abordados enquanto o fenómeno está em andamento, reafirmando o apoio da China à globalização e facilitação do comércio e investimento. António Guterres, por sua vez, disse que a China é um pilar vital para defender o multilateralismo, o livre comércio e o avanço justo e ordenado da globalização. A ONU quer estabelecer uma relação de cooperação com a China e combinar a agenda do desenvolvimento sustentável da organização com a estratégia de desenvolvimento da China para promover a paz e a estabilidade mundial, acrescentou Guterres.
PUB HM • 1ª VEZ • 17-5-17
ANÚNCIO Proc. Execução por custas / multa CV3-12-0066-CAO-D indemnizações (apenso) nº.
3º Juízo Cível
EXEQUENTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ------------------------------------------------EXECUTADO: TSYUY VEYDUN, ora ausente em parte incerta, com última residência conhecida em Macau, Avenida da Amizade, nº 1163C, Edifício La Oceânia, 8º andar A. ----------------------------------------------------------------------------------------------*** FAZ-SE SABER que, pelo Juízo e Tribunal acima identificados, correm éditos de TRINTA (30) dias, contados da segunda e última publicação dos respectivos anúncios, notificando, por esta forma, o executado acima identificado, de todo o conteúdo do requerimento executivo de fls. 2, do despacho determinativo da penhora, exarado a fls.5, e da realização desta, fls.14, termo de penhora, para garantia e pagamento da quantia exequenda de MOP$22.234,00 (Vinte e Duas Mil, Duzentas e Trinta e Quatro Patacas) e demais acréscimos legais, podendo, no prazo de DEZ (10) dias, posterior ao dos éditos, deduzir embargos de executado ou oposição à penhora, bem como requerer a substituição do bem penhorado por outros de valor suficiente, - art.º 820.º n.º 2 do C. P.C.M..----------------------------------------------------------------------------------------Tudo como melhor consta do requerimento executivo, cujo duplicado se encontra nesta Secretaria à disposição do notificando e que poderá ser levantados nas horas normais de expediente. --------------------------------------------------------------------------------------------Caso o notificando pretenda beneficiar do regime geral de apoio judiciário, deverá dirigir-se ao balcão de atendimento da Comissão de Apoio Judiciário, sito na Alameda Dr. Carlos D´Assumpção, nº 398, Edf. CNAC, 6º andar, Macau, para apresentar seu pedido, sendo que poderão pedir esclarecimentos através do telefone n.º 2853 3540 ou correio electrónico info@caj.gov.mo. --------------------------------------------------------------------------------------Para o efeito, terá de comunicar ao processo a apresentação do pedido àquela Comissão, para beneficiar da interrupção do prazo processual que estiver em curso, nos termos do n.º 1, do art.º 20.º, da Lei 13/2012, de 10 de Setembro. ---------------------------------------------------Macau, 05 de Maio de 2017 ***
h ARTES, LETRAS E IDEIAS
14
na ordem do dia 热风
Julie O’yang
PARTE 2
Dez frases sobre a essência da China 随时翻翻《红楼梦》(第一部分) Não dês nas vistas 八面玲珑 A história: A poderosa Dama Wang Xifeng saúda a jovem senhora Daiyu, acabada de chegar, e elogia-a na presença da matrona, com uma voz emocionada: “É verdade o que os meus olhos vêem? Que bela rapariga, não acredito que pertença à “segunda divisão” (subtilmente lisonjeia a matrona). Parece mesmo uma das raparigas da “primeira divisão” (desta vez lisonjeia a jovem senhora). Não admira que a nossa matrona esteja sempre a falar de ti. Pobrezinha, a tua mãe morreu tão cedo…” A seguir põe-se a chorar como se estivesse num velório, durante uma cruzada promocional. A poderosa Dama Wang Xifeng é pura comédia. Os seus improvisos são como uma taça de noodles, simples instantâneos e funcionais, se não mesmo, completamente originais. Sê louco sempre que puderes 难得糊涂
S
ONHO da Câmara Vermelha foi ao longo de todas as épocas um dos livros que mais vendeu. Escrito no séc. XVIII, é considerado uma obra-prima e um dos pontos mais altos da ficção chinesa. A “Vermelhologia” é um campo de estudo dedicado exclusivamente a esta obra. Para dar um exemplo, o Presidente Mao, tinha consigo um vermelhologista de renome. No entanto, eu não sou uma vermelhologista, vou apenas desfolhando este clássico só para preservar no meu ADN a marca da língua chinesa, eu que me tornei uma escritora de língua inglesa. Recentemente, coleccionei dez frases para partilhar com os meus leitores. Trata-se de literatura, mas também de política (chinesa). Pode servir igualmente como uma Bíblia dos negócios. Aborde a coisa com cuidado (do género quando faz yoga). J Sê verdadeiro contigo próprio 不忘初心 A história: Miss Yiu é uma mulher apaixonada, ao contrário da irmã mais
velha que não se atreve a tomar decisões. Sente-se atraída pelo Sr. Liu e decide esperar por ele o tempo que for preciso. A certa altura, diz: “O amor não é um jogo de crianças. Também não é um negócio. Eu não sou o tipo de mulher que precisa de escolher um homem para ser feliz. Mas, se dependesse de ti, escolhias o homem mais rico que pudesse conquistar o meu coração. Que desperdício de vida!” Miss Sexy é uma das mulheres mais memoráveis da câmara vermelha, contando com um total de 500 caracteres. Ela põe-nos KO! Distribui a tua atenção (igualmente) (e serás recompensado) 一视同仁 A história: A Tia Zhao (segunda mulher do chefe da Dinastia Jia) não cabia em si de contente quando soube que a jovem senhora Baochai tinha enviado presentes ao seu filho. Pertencendo à “segunda divisão”, estava habituada a
ser ignorada. Por causa deste pequeno gesto, Baochai conquistou a sua eterna lealdade. O coração dos que são maltratados é como um tesouro negligenciado, que não lamentamos ter recolhido porque um dia pode fazer-nos falta! Nunca desafies a ordem 安分守己 A história: Uma anciã que estava a cuidar da fruta quer ter uma conversinha com Xiren, um serviçal de posto elevado, e oferece-lhe um cacho de uvas. Xiren repreende-a: “As uvas podem ainda não estar maduras, mas, mesmo que estivessem, não estamos autorizados a comê-las antes dos nossos patrões. Oh velha, perdeste o juízo?” A obediência às regras é uma virtude chinesa tão profundamente enraizada que é praticamente impossível de eliminar. Por pensar nisto; é possível que a revolução cultural do Presidente Mao não tenha sido tão disparatada como pensámos?
A história: A poderosa Dama Wang Xifeng quer agradar à matrona e põe-se a fazer pouco da velha Liu, uma parente humilde que estava de visita. Conseguiu que a matrona e a sua selecta entourage desatassem a rir às bandeiras despregadas. A seguir, Wang pediu desculpa pelo seu comportamento. A velha Liu desvalorizou a situação: “Não estou zangada contigo. Sou uma prima da província. Não me importo de ser o bobo da festa por uma causa nobre. Podes confiar em mim.” Que mulher tão esperta! A décima frase é um mistério. Ainda não consegui perceber se é sobre obrigações kármicas – um ponto de vista que os especialistas têm imposto aos leitores– ou sobre desejo sexual ardente. E este último, acho eu, é o motivo pelo qual a ficção clássica chinesa é um trabalho verdadeiramente revolucionário. Não saiam do vosso lugar. (Continua)
15 hoje macau quarta-feira 17.5.2017
diário de um editor
LATITUDES, ÓBIDOS, 29 ABRIL Óbidos, feita de tempo parado, abriu as portas aos viajantes e suas viagens. Nada parece fazer mais sentido, de tão gastas as ruas pelo arrastar dos pés dos visitantes, se até as casas parecem amaciadas pelo correr das câmaras, cada vez mais elas, que os olhos vivem presos aos ecrãs. O gesto temerário de lançar o novo festival «Latitudes» deve-se ao eixo do «Folio», a vereadora Celeste Afonso e o José Pinho, com a incansável Julita Santos, e abriu engalanado pela ilustração, o que se saúda por milhentas razões. As paisagens do André [Carrilho] possuem textura que há-de obrigar a parar e a ver de outros modos. Turismo vai sendo cada vez menos viagem, aproxima-se mesmo da patologia. Valham-nos os livros, que, a pretexto, atirámos dois, ambos com capas do Rui [Garrido], travestindo falsos cadernos com títulos rasgados a pincel. O de Luís Maio, que, desconfio, marcará estes dias ao conter, além dos saborosos relatos, fortíssima reflexão acerca da «natureza das viagens e ao acto de viajar – desde sempre uma metáfora popular para os dilemas da vida, em particular os que advém da inquietude e da demanda existencial». Em «Ninguém Sabe Onde Está» há tanto para fruir como para pensar e gostei tanto de ouvir o autor apresentar-se como aquele que caminha. Muito além do acumular de milhas, do coleccionar de lugares, é definido pelos passos dados. Enquanto o dizia, turistas atravessavam-nos qual etéreo cenário. O Brasil do puto Luís [Brito], contado em «Oi?» vem pintado de carnes. A sua escrita surge atirada para a frente, em permanente desequilíbrio, levando-nos em passo de corrida, pelos lugares, mas sobretudo pelas pessoas com que se cruza, que toca. Vemo-lo, também a ele, autor que caminha, constante e candidamente desnudo em 24 arrepios e algumas cicatrizes. Não há sítios errados. «Ofereceram-me drogas diversas e travestis passaram a berrar, com as suas vozes de tenor. Rimos muito, e Leo, o mestre da pandeireta, disse-me uma frase de sua autoria: «algo de errado aqui não está certo», até que chegámos ao sítio errado que não podia ser mais perfeito.» SÃO LUIZ, LISBOA, 3 MAIO Saio em êxtase de «O Nosso Desporto Preferido: Futuro Distante», do Gonçalo [Waddington], que escreveu, encenou e encarna Hermes, e da Carla [Maciel], que faz de cego Tirésias, o que lê vaticínios e sabedoria na própria própria merda. O
Gastar mundos bilhete dizia que o lugar era no palco e não mentia. Do lado de lá da cena havia mais espectadores-deuses e a oscilação dos seus rostos e expressões tornou-se cenário vivo. O chão era de espelho partido e por todo o lado havia penas de badmington, a metáfora-bomba desta tetralogia: as penas da humanidade são jogo entediante. Os actores cobriam-se com uma transparência de órgãos bordados à superfície do seu lugar no mapa do corpo. Logo estalou a pura volúpia de uma linguagem entretecida de clássicos greco-vicentinos e quotidiana escatologia, caudalosa torrente em verso dos mais carnudos pensamentos. Enquadrados pelo bulício da dança, a luz como bisturi até ao esplendor final da abertura para a plateia nublada: o mundo. Este vórtice gira em torno do buraco negro que a ausência de sexo nos abre, da cabeça aos pés. Muita merda, desejam-se os actores, nas vésperas de subida a cena, para invocar sortes. Não havia
necessidade. Nunca vi tanta e tão excelsa merda. A não ser em cada um de nós. (Cartaz de Alex Gozblau na ilustração). BAIRRO ALTO, LISBOA, 9 MAIO Cada homem importa por conter uma biblioteca de mundos, um modo único de segurar este com gestos e palavras. A morte de Baptista Bastos encerra como velho cinema de bairro um fragmento vivo do jornalismo-que-já-não-há. O passamento do Baptista Bastos atira para o pó das estantes uma literatura de esticanços, pendurada entre a fala das ruas e a língua trabalhada a escopro e maceta dos clássicos. O desaparecimento de Baptista Bastos apaga restos de uma Lisboa-que-já-foi. O trespasse de Baptista Bastos torna a noite bastante mais banal. Não poupava nos ódios, aliás de tantos que estimo, nem na generosidade, menos ainda na vida. Não poupava. Ponto. Deu muito nas quatro direcções. Murros
João Paulo Cotrim
no ar. Palavras azedas. Ideias parvas. Sim, bem sei. Mas deu-se incontido e inconsútil e nisso o prefiro a tantos acanhados. Ficas a dever-nos as memórias, BB. Não te perdoo. NACIONAL, LISBOA, 9 MAIO Aprimorado e estranho volume, este que reúne dois romances e outros tantos livros de poesia do Paulo [José Miranda]. O requinte deve-se ao cuidado posto na tradução, no prólogo e nas notas do Felipe Cammaert, mas também ao grafismo. Insólito por, assim reunidos, nos surgirem distintos, oferecendo a aparência de outras densidades. Despiciendo não será, portanto, nem rosto nem formato. «La enfermedad feliz y otras obras» brilha doravante em castelhano na importante Colección Labirinto, que o Jerónimo [Pizarro] dirige na Universidad de Los Andes. Estimulante o peso do título «A Máquina do Mundo», que se referia à violência, mas evocava Camões, na interpretação de Felipe: «Toda la escritura de Miranda, sea esta en prosa o en verso, apunta a descobrir las relaciones entre el universo, el ser humano y la naturaleza». No excelente «Clube dos Poetas Vivos», animado pela leitura e curiosidade da Teresa Coutinho, o nómada e cosmopolita revelou-se em grande forma, afirmando, com verve, a sua vocação maior: leitor, leitor de outros. Os leitores do Hoje Macau conhecem bem as suas libertárias leituras. BARRACA, LISBOA, 11 MAIO De uma assentada, o Miguel Martins anuncia um «turning point» (sic): o fim do seu blogue, «o único verdadeiro deus vivo», o abandono da editora, a Tea for One, o fim das leituras nas quintas d’A Barraca, e a cessação, «num horizonte previsível», da escrita de poesia. Nenhum amigo lhe conseguiu arrancar explicação palpável na melancólica 235ª e última sessão, sublinhada a sopros de saxofone. Seriam avisos de reviravolta alguns versos de «Desvão» (não (edições), 2016): «nem sei estar indubitavelmente presente,/como o frasco dos picles, na prateleira de baixo do armário»? Ou ainda: «Os meus dias são feitos de excessos e vazios/e o vazio excessivo é a própria matéria porque pugno/o muito tempo todo em que não me calha compor/estas vagas linhas sobrepostas/a que insistem em chamar poesia/mas que são apenas a minha maneira de bocejar sem sono.»
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hoje macau quarta-feira 17.5.2017
ANÚNCIO Concurso Público n.° 006/SZVJ/2017 “Prestação de serviços de manutenção e gestão da arborização da zona da Avenida Marginal Flor de Lótus” Faz-se público que, por deliberação do Conselho de Administração do IACM, tomada em sessão de 31 de Março de 2017, se acha aberto o concurso público para a “Prestação de serviços de manutenção e gestão da arborização da zona da Avenida Marginal Flor de Lótus” O Programa de Concurso e o Caderno de Encargos podem ser obtidos, durante os dias úteis e dentro do horário normal de expediente, no Núcleo de Expediente e Arquivo do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), sito na Avenida de Almeida Ribeiro n.º 163, r/c, Macau. O prazo para a entrega das propostas termina às 17:00 horas do dia 31 de Maio de 2017. Os concorrentes devem entregar as propostas e os documentos no Núcleo de Expediente e Arquivo do IACM e prestar uma caução provisória de MOP30.000,00 (trinta mil patacas) correspondente ao concurso em que participa. A caução provisória deve ser entregue na Tesouraria da Divisão de Contabilidade e Assuntos Financeiros do IACM, sita no rés-do-chão do Edifício do IACM, por depósito em numerário, cheque, garantia bancária ou seguro-caução, em nome do «Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais». O acto público do concurso realizar-se-á no Centro de Formação do IACM, sito na Avenida da Praia Grande, Edifício China Plaza, 6.º andar, pelas 15:30 horas do dia 1 de Junho de 2017. O IACM realizará uma sessão de esclarecimento que terá lugar às 11:15 horas do dia 22 de Maio de 2017 no Centro de Formação do IACM. Aos 8 de Maio de 2017. O Presidente do Conselho de Administração José Maria de Fonseca Tavares WWW. IACM.GOV.MO
ANÚNCIO Concurso Público n.° 019/SZVJ/2017 “Prestação de Serviços de Manutenção e Gestão de Arborização de Coloane” Faz-se público que, por deliberação do Conselho de Administração do IACM, tomada em sessão de 20 de Abril de 2017, se acha aberto o concurso público para a “Prestação de Serviços de Manutenção e Gestão de Arborização de Coloane”. O Programa de Concurso e o Caderno de Encargos podem ser obtidos, durante os dias úteis e dentro do horário normal de expediente, no Núcleo de Expediente e Arquivo do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), sito na Avenida de Almeida Ribeiro n.º 163, r/c, Macau. O prazo para a entrega das propostas termina às 17h00 do dia 31 de Maio de 2017. Os concorrentes devem entregar as propostas e os documentos no Núcleo de Expediente e Arquivo do IACM e prestar uma caução provisória de MOP30.000,00 (trinta mil patacas) correspondente ao concurso em que participa. A caução provisória deve ser entregue na Tesouraria da Divisão de Contabilidade e Assuntos Financeiros do IACM, sita no rés-do-chão do Edifício do IACM, por depósito em numerário, cheque, garantia bancária ou seguro-caução, em nome do «Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais». O acto público do concurso realizar-se-á no Centro de Formação do IACM, sito na Avenida da Praia Grande, Edifício China Plaza, 6.º andar, pelas 10h30 do dia 2 de Junho de 2017. O IACM realizará uma sessão de esclarecimento que terá lugar às 09h45 do dia 22 de Maio de 2017 no Centro de Formação do IACM. Aos 8 de Maio de 2017. O Presidente do Conselho de Administração José Maria de Fonseca Tavares WWW. IACM.GOV.MO
ANNOUNCEMENT 1. Objective: 2. Procuring entity: 3. Address of procuring entity: 4. Works, goods and services to be procured:
5. Location of work and installation: 6. Conditions of entry:
Open invitation to one tender. Macao Science Center Limited. Macao Science Center Limited, Avenida Dr.Sun Yat Sen, Centro de Ciência de Macau. For “Purchase of Wireless and Network Switch Equipment with Installation and Purchase of Smart Cabinet with Air-Conditioning, Fire System, UPS and Dust-Proof Function for Six Computer Equipment Rooms of Macao Science Center” PA-17-054 Macao Science Center.
Macao Science Center registered suppliers under the relevant categories 7. Method for obtaining Registered suppliers can send in your request through tender documentation: email to tender@msc.org.mo. For suppliers not yet registered, please attach with commercial registration documents & contact details. 8. Tender submission Location: Macao Science Center Limited, Avenida location, deadline and Dr.Sun Yat Sen, Centro de Ciência de deliver: Macau. Deadline: 21st day starting from the date of announcement or 07 Jun, 2017 (Wed) at 17:00 (Macao time) Deliver: Please refer to Article 5 - Part II Tender Scheme – Open consultation document 9. Tender opening meeting Location: Macao Science Center Limited, Avenida location and time: Dr.Sun Yat Sen, Centro de Ciência de Macau. Time: The 1st working day after the deadline or 08 Jun, 2017 (Thu) at 15:00 (Macao time). Bidder or its representative shall be present at the Tender Opening Meeting for clarification of possible questions arisen from submitted tenders. If bidder or its representative cannot be present in the Tender Opening Meeting, and clarification is required, Tender Opening Committee will send a notification letter to the bidder. The bidder must present a clarification letter and send back to the Tender Opening Committee before the deadline specified in the notification letter. The qualified list of bidders will be released afterwards. 90 days starting from the date of tender opening (the 10. Validity period of the tender: validity period may be extended according to the Tender Procedures). 11. Provisional guarantee: Exempted. 12. Definitive guarantee: 5% of total contract value of works, by bank guarantee. 13. Selection Criteria: Please refer to Part III.Tender Regulations - Evaluation – Open consultation document. 14. Additional information: All related information will be uploaded to Macao Science Center website (http://www.msc.org.mo) from the day following the publication of this announcement until the tender closing date. Bidders are responsible to visit the website for additional information. 15. Base price: No base price
Macao Science Center Limited 17 May , 2017
17 hoje macau quarta-feira 17.5.2017
RUTE LIMA in Público
GEORGE SIDNEY, THE HARVEY GIRLS
Espartilho e saia travada ou botas e calças de ganga
E
STAVA eu a sair de uma conferência alusiva à Europa e à importância do Parlamento Europeu, maquilhada, vestindo calças justas, salto alto, blazer cintado (sem espartilho) e um penteado lindo de morrer, quando sou surpreendida com uma notícia que dava conta do mais puro machismo, vomitado com orgulho pelo vice-presidente do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, e com a candidata Assunção Cristas, do CDS-PP, a assistir, sorridente. Pude ver, segundos depois, o vídeo da assinatura do acordo coligatório entre o CDS-PP e o PPM para as autárquicas 2017. Tive vergonha, muita vergonha. Por dois motivos. Primeiro, pela forma e tom com que Gonçalo da Câmara Pereira alude, de forma encapotada, às mulheres e sua indumentária. Depois, pela forma simpática e sorridente com que Assunção Cristas “embuchou” aquelas palavras, como se ela própria de um homem se tratasse, rematando, para piorar o cenário já por si “horribilis”, que calça botas e veste calças de ganga para visitar bairros sociais. Este momento só pode ter sido um take de ensaio para um programa de humor, mas negro. As primeiras palavras, claro, vão para o cavalheiro monárquico, mas extensíveis à candidata. Se percebesse alguma coisa de mulheres do actual século, ao invés de as ver só a passear na Avenida, iria perceber que a mulher actual já não quer saber, sequer, da opinião do ho-
mem para a escolha da indumentária. Iria perceber que a mulher, após vários séculos de luta pela igualdade plena de direitos, de luta pela exigência e alcance de respeito enquanto mulher, mãe e trabalhadora, já não tem paciência nem admite manifestações machistas, excêntricas, grosseiras e grotescas de devaneios despropositados por parte de homens desajustados do actual contexto social e politico. É absolutamente inadmissível este tipo de desconsiderações por parte de quem devia ter a responsabilidade única de possuir, de forma inata, uma postura orientada para a igualdade dos direitos humanos, em especial a de género, com a agravante de a candidata do CDS-PP aceitar de forma cúmplice esse manifesto de machismo escandaloso, provavelmente considerando, de forma convicta, que o seu dever é somente viver para cuidar da casa, dos filhos, do marido, trabalhando sim, mas de saia larga como antigamente. Tive, efectivamente e com desgosto, uma visão do inferno. Não vale tudo, não podemos perder o Norte. Mas logo de seguida, segundos depois, percebi porque não acabou a candidata Assunção Cristas com aquele discurso vergonhoso (eu tê-lo-ia feito e ainda rasgava o acordo!). A própria teve
E, pergunto eu, quem é que esta gente julga que é? Presumem que governar uma cidade é dar pão aos pobres, como se dá milho aos pombos?
a coragem de dizer “eu tenho calçado botas e calças de ganga muitas vezes para estar nos bairros sociais...” e aqui eu própria quase fui vítima de uma síncope. Uma declaração minada de preconceito, uma declaração minada de uma pseudo e ilusória superioridade social de dar pena, de fazer chorar as pedras da calçada. Referiu depois e ainda que “pensar numa Lisboa do século XXI é uma Lisboa que olha em primeiro lugar para aqueles que são mais pobres e em situação de maior carência, que estão na Lisboa esquecida e abandonada por dez anos de governação socialista”. Palavras doces proferidas por alguém que ajudou o anterior Governo, durante quatro anos, a empobrecer os portugueses e o país. Palavras demasiado doces para quem contribuiu até para que cidadãos dos tais bairros sociais em que ela adora passear de botas e calças de ganga fossem desalojados. Palavras doces para quem a caridadezinha se sobrepõe à dignidade e à igualdade de oportunidades. A grande tristeza destas observações indecorosas, toscas e grosseiras é percebermos que em pleno século XXI, onde a palavra de ordem é “incluir, pensar igual, planear igual, governar igual para cidadãos e cidadãs que são e se querem diferentes”, tenhamos iluminados monárquicos e de direita a quererem fazer-nos retroceder mentalmente para um mundo machista, desigual, vergonhoso e preconceituoso. E, pergunto eu, quem é que esta gente julga que é? Presumem que governar uma cidade é dar pão aos pobres, como se dá milho aos pombos? Para longe, bem longe com as vossas saias largas, com as vossas botas e calças de ganga. Lisboa e o pais precisa, à frente dos seus destinos, de gente de verdade.
OPINIÃO
18 (F)UTILIDADES TEMPO
hoje macau quarta-feira 17.5.2017
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NUBLADO
O QUE FAZER ESTA SEMANA Amanhã
TURISMO E CIDADES NA ÓPERA : VERONA Fundação Rui Cunha 18h30 às 20h30
Sexta-feira
MIN
23
MAX
30
HUM
65-90%
•
EURO
8.88
BAHT
FAM | TEATRO “O INFERIOR” CCM | 20h00
Sábado
FAM | TEATRO COM DOCI PAPIAÇAM DI MACAU CCM | 20h00
O CARTOON STEPH
SUDOKU
DE
CHU CHAN WA E CANTORES DE ÓPERA CANTONENSE DE MACAU FAM | 19h30
Diariamente
EXPOSIÇÃO DE AGUARELAS DE CHU JIAN & HERMAN PEKEL Fundação Rui Cunha | Até 25/5 EXPOSIÇÃO DE DANIEL VICENTE FLORES Albergue SCM | Até 4/6 EXPOSIÇÃO “AMOR POR MACAU” DE LEE KUNG KIM Museu de Arte de Macau | Até 9/7 EXPOSIÇÃO “AD LIB” DE KONSTANTIN BESSMERTNY Museu de Arte de Macau (Até 05/2017) EXPOSIÇÃO | “TENTATIVE NOTEBOOK WORKS BY RUI RASQUINHO” Art for All Society, Jardim das Artes | Até 14/06
Cineteatro
Alien: Covenant SALA 1
ALIEN: COVENANT [C] Fime de: Ridley Scott Com: Michael Fassbender, Katherine Waterston 14.30, 16.45, 19.15, 21.30 SALA 2
KING ARTHUR: LEGEND OF THE SWORD [C] Fime de: Guy Ritchie Com: Charlie Hunnam, Jude Law, Berges-Frisbey, Eric Bana 14.30, 16.45,19.15 21.30
SOLUÇÃO DO PROBLEMA 37
PROBLEMA 38
UM DISCO HOJE
C I N E M A
1.16
DIA SUBMERSO
FAM | TEATRO COM DOCI PAPIAÇAM DI MACAU CCM | 20h00
Domingo
YUAN
AQUI HÁ GATO
FAM | TEATRO “O INFERIOR” CCM | 20h00
CHU CHAN WA E CANTORES DE ÓPERA CANTONENSE DE MACAU Cinema Alegria | 19h30
0.23
Os gatos são animais com ouvido apurado e sensível, temos amplificadores internos, atarraxados no cérebro. Tal como um amplificador de guitarra, por vezes também nos lançamos em devaneios de feedback estridente, de enlouquecer, como unhas em quadro de ardósia, em direcção à surdez de Ludwig Van. Fica um zunido a trespassar o crânio, numa ligação de dor ao maxilar e ao topo da cabeça, ramificação de nervo acústico que se lança para a sinfonia perdida. Fica tudo submerso, com o mundo afastado em névoa sonora que não se dissipa. Como um nível de bolha, o ponto de equilíbrio onde mora o conforto torna-se escasso e a pena interna exclama raivas de tumores e precipícios invisíveis. Fica um gato surdo, a mover-se impelido por cores, a acrescentar profundidade aos outros sentidos que procuram recalibrar a normalidade.Aloja-se uma dormência no núcleo do gato, que busca na verticalidade a cura para os males que o afligem. Apesar da sensação subaquática que abafa o mundo, alguns sons tornam-se facilmente estridentes e o estado de alerta colora-se de vermelho e negro. Tal como as cores do chato do Stendhal, onde a literária roupa entediante é posta a secar. Busca-se clareza, desimpedimento, aragem na velha cachimónia felina. Que a cabeça deixe de ser um naufrágio. Anseia-se respiração do primeiro arquejar de quem vem à tona depois de um longo mergulho em apneia. Pu Yi
“YES” | MORPHINE
O terceiro disco de trio de Cambridge, nos Estados Unidos, catapultou a banda de Mark Sandman para um patamar de reconhecimento mais alargado, isto no contexto de uma banda indie com um alinhamento fora do comum. O grupo norte-americano ficou para a história pela simbiose rock entre os saxofones de Dana Colley e o original baixo de duas cordas e slide de Sandman. Este disco tem músicas inesquecíveis como “Honey White”, “Super Sex”, “Sharks” e “Radar”. Quem não conhece a obra dos Morphine devia largar o que está a fazer e pegar no “Yes”. Sem palha, bom do princípio ao fim. João Luz
SALA 3
29+1[B] Fime de: Kearen Pang Com: Chrissie Chau, Joyce Cheng, Ben Yeung, Babyjohn 14.30, 16.30, 21.30 SALA 3
GIFTED [B] Fime de: Marc Webb Com: Chris Evans, Octavia Spencer, Mckenna Grace 19.30
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Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Isabel Castro; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; Sofia Margarida Mota Colaboradores António Cabrita; Anabela Canas; Amélia Vieira; António Falcão; António Graça de Abreu; Gonçalo Lobo Pinheiro; João Paulo Cotrim; João Maria Pegado; José Drummond; José Simões Morais; Julie O’Yang; Manuel Afonso Costa; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Paulo José Miranda; Paulo Maia e Carmo; Rui Cascais; Rui Filipe Torres; Sérgio Fonseca; Valério Romão Colunistas António Conceição Júnior; André Ritchie; David Chan; Fa Seong; Fernando Eloy; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho; Rui Flores; Tânia dos Santos Cartoonista Steph Grafismo Paulo Borges, Rómulo Santos Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail info@hojemacau.com.mo Sítio www.hojemacau.com.mo
19 ÓCIOSNEGÓCIOS
hoje macau quarta-feira 17.5.2017
TAKE A BREAK CAFÉ HOUI LOU, PROPRIETÁRIA
Na Avenida Conselheiro Ferreira de Almeida há um restaurante com opções para todos os gostos. Quem quiser uma refeição ligeira, uma sobremesa ou simplesmente um café encontra ali solução para o seu apetite. O Take a Break Café é um convite a uma pausa no centro da cidade
TAKE A BREAK CAFÉ
Pausa com menu variado
A
O lado do Jardim Lou Lim Ioc, existe um restaurante com janelas que contornam uma esquina e convidam quem lá passa a entrar. A acompanhar a atmosfera tranquila do jardim vizinho, o Take a Break Café é um espaço onde apetece sentar, fazer uma pausa, respirar e espreitar o menu, enquanto o rebuliço de Macau acontece ali ao lado. A dona do restaurante, Houi Lou, esclarece que o estabelecimento “não é um café, mas um restaurante onde os clientes podem encontrar todo o tipo de comidas”. Há variedade na oferta para todos os gostos, desde pho, pratos de arroz, massas, pizzas, gelados, saladas, por aí fora. A gerente do espaço destaca como preferidos dos clientes as omeletes, os hambúrgueres da casa e as pizzas. Outras opções, para quem não estiver com preocupações com dietas, são os batidos de fruta e waffles com gelado. A profusão da oferta do menu e o cuidado na qualidade dos pratos confeccionados são duas apostas de Houi Lou, que preferiu não se focar “numa gastronomia específica de um país”. Aliás, nesta diversidade de menu, a gerente vê um reflexo de Macau. Esta não é a primeira experiência de Houi Lou no ramo da restauração, depois de uma experiência falhada com uma casa dedicada exclusivamente a sobremesas. A gerente considera um risco abrir um restaurante apenas com um tipo específico de oferta, dirigido a apenas um determinado tipo de cliente, algo que pode resultar em Hong Kong, ou na Coreia, mas não em Macau. Entre os pratos oferecidos, Houi Lou destaca ainda as pizzas de base fina, que têm bastante saída.
A clientela do Take a Break Café é tão variada quanto o menu. “Aparecem por aqui estudantes, famílias com crianças, pessoas mais velhas, turistas”, conta Houi Lou.
NOVOS “BREAKS”
A gerente do Take a Break ambiciona abrir novos espaços mas, como muitos comerciantes em Macau, sente na pele o custo de manter o negócio aberto. “A renda provoca muita pressão”, conta. Houi Lou gostava de abrir um segundo espaço no território mas, devido aos elevados preços das rendas, pondera se não será mais viável fazê-lo no Interior da China. Depois de seis meses aberto, o Take a Break Café tem uma clientela estável, uma característica que não se estende ao menu. A dona do restaurante gosta de mudar o leque de pratos oferecidos, mudando-o
de dois em dois meses, acrescentando novidades que substituem os pratos com menos saída. A busca do menu perfeito e os elevados standards de qualidade da comida confeccionada são as duas prioridades
Houi Lou refere que preferiu não se focar “numa gastronomia específica de um país”. Nesta diversidade de menu, a gerente vê um reflexo de Macau
para Houi Lou. Outra das preocupações da dona do espaço é proporcionar um ambiente descontraído a quem se senta à mesa do Take a Break. Com um aspecto muito “clean”, o restaurante oferece uma panóplia de pratos, com uma selecção variada de saladas e espetadas. Porém, a sua imagem de marca são os gelados e os hambúrgueres. A atmosfera é convidativa, dando um certo ar de “dinner” americano que parece agradar a clientes de todas as idades. Quer o apetite esteja virado para uma refeição mais pesada, uma sobremesa, café, ou apenas beber umas cervejas no centro da cidade, o Take a Break é uma opção para uma pausa num ambiente tranquilo, bem no coração da cidade. Vítor Ng
info@hojemacau.com.mo
“
Na alcova está a deusa das paixões/Para dar ao casal toda a certeza/ De dar ao seu lar novas gerações.” Leonel Alves
Macau TURISMO AGUARDA REABERTURA DE HOTEL FECHADO HÁ QUASE UM ANO
Favor esperar sentado
IMPRENSA DE SEUL NOTICIA VISITA DO PRESIDENTE AOS EUA
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O novo presidente da Coreia do Sul vai visitar os Estados Unidos no final do mês, noticia ontem a imprensa de Seul sublinhando que o programa nuclear norte-coreano vai marcar o encontro com Donald Trump. As notícias publicadas nos jornais de Seul citam fontes oficiais não identificadas que se limitaram a referir que a deslocação vai decorrer no final do mês mas, por enquanto não forneceram mais pormenores. O anúncio da visita é publicado depois da Coreia do Norte ter efectuado mais um teste balístico que, segundo alguns especialistas em armamento, pode vir a ter a capacidade suficiente para atingir o Alasca, nos Estados Unidos. O novo Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae, disse na tomada de posse, em Seul, que estaria disposto a visitar Pyongyang se forem criadas condições aceitáveis para a visita.
cancelamento da licença do hotel, “ficando assim sem efeito os procedimentos de encerramento aplicados ao estabelecimento”.
SOFIA MARGARIDA MOTA
A
directora dos Serviços de Turismo de Macau disse ontem esperar que o hotel de cinco estrelas Palácio Imperial Beijing, encerrado há quase um ano por falta de condições e envolvido em várias disputas na justiça, reabra como unidade hoteleira. “Esperamos que haja um novo proprietário, ou que seja o próprio investidor anterior, a tomar uma acção para reabrir. Esperamos que continue a ser um hotel, porque realmente é um local muito bom”, disse Helena de Senna Fernandes aos jornalistas à margem da inauguração da feira para o sector do jogo Global Gaming Expo Asia (G2E Asia). “Se houver um projecto interessante vai tornar-se um hotel de relevância”, acrescentou.
HISTÓRIAS DE LESADOS
A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) determinou a 22 de Julho de 2016 o encerramento provisório do hotel de cinco estrelas – o que sucedeu pela primeira vez em Macau – “por graves infracções administrativas,
A
ameaça da segurança pública e da imagem da indústria turística”, uma medida com a duração de seis meses, que previa a possibilidade de reabertura no fim do prazo, caso as irregularidades tivessem sido corrigidas.
S autoridades da Tailândia ameaçaram ontem bloquear o acesso ao Facebook se a rede social não eliminar 13 conteúdos que considerou uma ameaça à segurança nacional ou um insulto à família real. A junta militar elevou a censura na Internet desde que subiu ao poder num golpe de Estado em Maio de 2014 e, através da Comissão Nacional de Telecomunicações, deu um ultimato à empresa norte-americana para que elimine 13 publicações. A Associação de Servidores de Internet da Tailândia alertou a filial do Facebook no país de que desconectaria a rede de distribuição de conteúdos – em função da localização do usuário – se o pedido do Governo não for atendido. Numa mensagem enviada na sexta-feira, difundida
Em Janeiro, a DST recebeu uma carta do detentor da licença do hotel – a Empresa Hoteleira de Macau Limitada – a solicitar o cancelamento da mesma, pelo que Helena de Senna Fernandes emitiu um despacho para o
Reais insultos
Tailândia ameaça bloquear Facebook
pelo jornal Bangkok Post, os fornecedores de Internet admitiram que estão sob pressão da junta, que exigiu o encerramento da rede de distribuição para bloquear material considerado ilegal. “Esta acção pode afectar todo o serviço de distribuição de www.facebook.com aos clientes na Tailândia”, indicaram os operadores numa carta. As autoridades ameaçaram o Facebook com acções legais se a empresa não retirasse ontem os conteúdos.
de uma comissão que permita aos militares aceder a qualquer computador no país sem ordem judicial. O chefe da junta militar e primeiro-ministro, Prayuth Chan-ocha, disse várias vezes ser a favor da criação de
PODER ARMADO
A Assembleia Nacional para a Reforma, cujos membros são escolhidos pela junta, pediu na segunda-feira a criação imediata
Prayuth Chan-ocha
Aadministração do hotel nunca chegou a realizar obras, de acordo com a TDM, que, no início deste mês, noticiou que mais de 20 representantes e empresários do sector turístico reivindicavam avançar para tribunal. Em causa estava um pedido de compensação ao hotel na ordem de 100 milhões de patacas, relativos a contratos estabelecidos previamente. As reivindicações do grupo surgiram depois de em Setembro cerca de 30 agências de viagens de Macau e Hong Kong terem dito que temiam prejuízos superiores a 250 milhões de dólares de Hong Kong por terem mais de 700 mil reservas pagas,
um único acesso à Internet na Tailândia, para aumentar o controlo dos conteúdos. Segundo as autoridades, 6.900 páginas e publicações na Internet foram bloqueadas no país desde 2015. Em Abril, as autoridades proibiram o contacto através da Internet com três dissidentes e alertaram para consequências penais para quem interagisse com o trio, comentadores assíduos sobre assuntos da família real e críticos da junta militar. Os três dissidentes são o historiador Somsak Jeamteerasakul, que se exilou em França pouco depois do golpe de Estado de 2014, o ex-diplomata e académico Pavin Chachavalpongpun, exilado no Japão, e o jornalista e escritor Andrew MacGregor Marshall. A Tailândia tem uma restrita lei contra crimes cibernéticos que as or-
quarta-feira 17.5.2017
tendo formado uma união de “lesados”, de acordo com o jornal Tribuna de Macau. Desde 2014 até Julho de 2016 foram abertos procedimentos sancionatórios e aplicadas multas com um valor global de 55.570 patacas, indicou, na altura, Helena Senna Fernandes.
“Se houver um projecto interessante vai tornar-se um hotel de relevância” HELENA DE SENNA FERNANDES DIRECTORA DOS SERVIÇOS DE TURISMO DE MACAU O hotel abriu portas em 1992 sob o nome de New Century, o qual foi alterado, em 2013, para Hotel Palácio Imperial Beijing. O espaço tem estado envolvido numa série de problemas, desde conflitos laborais a outras disputas que chegaram aos tribunais.
ganizações de defesa de direitos humanos dizem ser utilizada para reprimir a liberdade de expressão. Está também vigente no país a lei de lesa-majestade, uma das mais severas do mundo, que condena até 15 anos de prisão aqueles que difundam ou emitam mensagens sobre a Casa Real que as autoridades considerem ofensivas. Um total de 105 pessoas foram detidas por crimes de lesa-majestade desde que os militares subiram ao poder, das quais 49 foram condenadas a penas até 30 anos de prisão e outras 64 se encontram em prisão preventiva, à espera de julgamento, segundo grupos de activistas. Antes do golpe de Estado de 2014, apenas seis pessoas estavam detidas pelo crime de lesa-majestade na Tailândia.