2 minute read

Continuar a quebrar limites

Cientista que alterou genes de bebés diz que vai fazer pesquisa em HK alcançada após a criação de diferentes organizações para “formar o sistema monetário internacional em torno do dólar norte-americano”, que é a “principal fonte de instabilidade e incerteza na economia mundial”. milhões, em 2021. Nos últimos anos, a participação da China nas exportações do Brasil superou os 30 por cento, à boleia do apetite do país asiático por matérias-primas, sobretudo soja e minério de ferro.

Ocientista chinês He Jiankui, que se tornou conhecido mundialmente em 2018, depois de ter criado bebés geneticamente alterados para resistir ao VIH, disse recentemente que vai desenvolver uma pesquisa sobre edição genética em Hong Kong.

Advertisement

E argumenta que, durante a pandemia da covid-19, os EUA “injectaram milhares de milhões de dólares no mercado global”, o que causou a desvalorização de outras moedas e altos níveis de inflação em “vários países em desenvolvimento”.

Entre 2007 e 2020, a China investiu, no total, 66 mil milhões de dólares no Brasil.

A relação entre Pequim e Brasília arrefeceu, no entanto, durante o man - dato de Bolsonaro, que assumiu o poder com a promessa de reformular a política externa brasileira, com uma reaproximação aos Estados Unidos, e pondo em causa décadas de aliança com o mundo emergente. O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil Ernesto Araújo, que foi, entretanto, substituído, adoptou mesmo uma retórica hostil face à China.

No campo tecnológico, a China enfatiza que os EUA “procuram desencorajar o desenvolvimento científico” de outros países, “exercendo monopólio e restrições nos sectores de alta tecnologia”. E considera que a “expansão global” da cultura norte-americana é parte essencial da sua “estratégia externa”. Os Estados Unidos devem “examinar criticamente” as suas acções e abandonar a “arrogância e preconceito” e “práticas de intimidação”, lê-se no mesmo relatório.

O investigador revelou que obteve visto através de um programa para talentos da região semiautónoma da China, apesar do seu antecedente criminal, informou ontem o jornal de Hong Kong South China Morning Post.

Afirmou que pretende investigar “terapias genéticas para doenças raras”.

“Planeamos usar ferramentas da inteligência artificial para desenvolver capsídeos de vírus adeno - associados (AAV), para melhorar a eficácia da terapia genética em doenças raras”, explicou He, sem dar mais detalhes.

Segundo o jornal de Hong Kong The Standard, o secretário do Trabalho, Chris Sun Yuk-han, assegurou em conferência de imprensa, quando questionado sobre este caso, que os “candidatos a este concurso para talentos não têm de declarar os seus antecedentes criminais”.

O secretário não quis comentar “casos individuais”, acrescentando que é o Departamento de Imigração que, em última instância, decide sobre os vistos de entrada em Hong Kong. He, que trabalhou como professor da Southern University of Science and Technology, na cidade de Shenzhen, no sudeste da China, até à sua demissão, em Janeiro de 2019, foi condenado em Dezembro desse ano a 3 anos de prisão pelas suas experiências com alteração genética.

Da experiência de He, realizada com recurso à técnica de edição genética CRISPR/Cas9, nasceram três bebés: em 2018, duas gémeas chamadas Lulu e Nana, e no ano seguinte, outra chamada Amy.

Sem remorsos

Na sua última aparição pública, numa conferência na Universidade de Hong Kong, em Novembro de 2018, o cientista mostrou-se “orgulhoso” do seu trabalho, sublinhando que o seu estudo não visava eliminar doenças genéticas, mas sim “dar às raparigas capacidade natural” de resistir a possível infecção futura pelo VIH, o vírus da imunodeficiência humana que causa a SIDA. O escândalo levou as autoridades chinesas a rever os seus regulamentos sobre alteração genética em seres humanos, passando a exigir aprovação a nível nacional para pesquisas clínicas nesse campo ou em outras “tecnologias biomédicas de alto risco”.

O Governo chinês publicou também novas directrizes para reformar os processos de revisão ética em áreas como ciências da vida, medicina ou inteligência artificial.

This article is from: