DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ VECTOR STOCK
TERÇA-FEIRA 22 DE SETEMBRO DE 2020 • ANO XX • Nº 4617
hojemacau
MOP$10
COVID-19
ENCOMENDA DE VACINAS TIAGO ALCÂNTARA
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BONS VENTOS DE AGOSTO PÁGINA 7
BARBATANAS DE TUBARÃO
MENOS SOPAS ESTE ANO
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Eles lavam tudo Depois dos Panama Papers, chega agora o novo escândalo bancário com a divulgação dos “Ficheiros FinCEN”. Os documentos reúnem transacções bancárias suspeitas de envolver lavagem de dinheiro no total de dois biliões de USD. Em Macau, foram sinalizadas operações suspeitas em quatro bancos, com o BNU a movimentar a maior quantia de proveniência duvidosa, num total que ultrapassou 40 milhões de USD. GRANDE PLANO
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TURISMO
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NT RE Maio e Julho de 2015, clientes do Banco Nacional Ultramarino (BNU) receberam cerca de 40,3 milhões de dólares americanos em operações que foram denunciadas às autoridades dos EUA, por suspeitas de branqueamento de capitais. A informação foi revelada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) e tem por base mais de 2.100 documentos enviados por vários bancos internacionais à autoridade Financial Crimes Enforcement Network (FinCEN), entre 2000 e 2017, a avisar para transacções que poderiam envolver lavagem de dinheiro e fundos com origem ilegal. O BNU não é o único banco de Macau mencionado, mas é aquele que regista a maior quantia com proveniência suspeita. Os movimentos envolvem 40,3 milhões de dólares americanos dos 68,2 milhões que passaram pela RAEM. Os dados apresentados não permitem saber quantos clientes estão envolvidos, nem as identidades. Contudo, é possível saber que os cerca 40,3 milhões de dólares foram transferidos em três operações, todas com origem no banco J&T Bank & Trust, que está sediado nos Barbados, e faz parte do J&T Finance Group, que por sua vez está instalado na Eslováquia. As operações feitas entre o J&T Bank & Trust e o BNU tiveram como intermediária a instituição bancária The Bank of New York Mellon Corp., que segundo os documentos foi a responsável pelas denúncias que chegaram aos EUA. A primeira tranche dos 40,3 milhões americanos foi de 3,8 milhões e foi enviada para o BNU em três transferências bancárias, realizadas a 13 e 20 de Maio de 2015. A segunda tranche foi enviada através de quatro operações nos dias 20 de Maio e 22 de Julho e envolveu 12,6 milhões de dólares. Finalmente, a 9 e 29 de Julho foram feitas outras sete operações com um montante de 23,9 milhões de dólares.
REI DAS TRANSFERÊNCIAS
No que diz respeito a transacções suspeitas, o Banco da China (BOC) surge em destaque com 43 movimentos dos 62 ligados ao território. É a partir do banco estatal chinês que
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BRANQUEAMENTO
BRANCO MAIS BNU COM MAIS DE 40 MILHÕES DE DÓLARES EM TRANSACÇÕES SUSPEITAS
Quatro bancos em Macau foram alvos de denúncias a autoridades norte-americanas devido a operações suspeitas de lavagem de dinheiro. O Banco da China foi a instituição no território com mais movimentos denunciados, numa lista onde constam também o BNU, ICBC e HSBC. O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação revelou transacções potencialmente criminosas no valor de total de 2 biliões de dólares
saiu a maior quantidade de dinheiro cuja origem pode ser criminosa. Entre Maio de 2016 e Janeiro de 2017, saíram do BOC mais de 17 milhões de dólares para o banco suíço UBS AG. A primeira tranche de dinheiro saiu através de 14 operações entre 31 de Maio de 2016 e 5 de Janeiro de 2017 e envolveu 1,2 milhões. A segunda tranche começou a sair a 2 de Junho de 2016 e ficou finalizada no dia 29 do mesmo mês. Através de 8 transacções foram transferidos 16,3 milhões. As operações foram intermediadas pela representação americana do China Invest-
O impacto na imagem do HSBC começou na bolsa de Hong Kong com os títulos do banco a serem negociados no valor mais baixo desde 1995
ment Corporation, fundo soberano de Pequim, que foi o responsável pela denúncia. No sentido oposto, os clientes do Banco da China (BOC) receberam 3 milhões de dólares em 21 transacções consideradas suspeitas, que decorreram entre 16 de Março e 25 de Novembro de 2016. Estas transferências bancárias tiveram origem em diferentes bancos como o alemão Deutsche Bank, o espanhol Banco Santander, o brasileiro Banco Itau Internacional, entre outros, e foram igualmente intermediadas pelo China Investment Corporation.
OS CASOS ICBC E HSBC
Ao nível de instituições em Macau que participaram em transferências denunciadas ao FinCEN consta ainda o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC, em inglês). Nesta instituição entraram cerca de 7,3 milhões de dólares americanos numa operação com três transferências bancárias que aconteceram a 17 e 23 de Janeiro de 2017. Os fundos
vieram do banco BNP Paribas e a operação foi intermediada pelo The Bank of New York Mellon Corp.. O último banco com representação local que viu operações denunciadas foi o HSBC, em dois movimentos de saída de capitais que totalizaram 112 mil dólares americanos. As operações aconteceram a 29 de Abril
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BRANCO NAO HA ´
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e 29 de Maio e tiveram valores de 50 mil e 62 mil dólares, respectivamente. Neste caso, o intermédio utilizado foi o mesmo que a instituição que recebeu o dinheiro, o banco Standard Chartered. O HM contactou o BNU, o BOC e o ICBC sobre o envolvimento nestas operações e os procedimentos adoptados para que fossem feitas dentro da legalidade, mas até à hora de fecho não recebeu qualquer resposta.
OS SUSPEITOS DO COSTUME
Ainvestigação publicada pelo ICIJ foi feita através dos documentos obtidos com informação enviada à autoridade Financial Crimes Enforcement Network (FinCEN), que representam transferências superiores a 2 biliões de dólares. No total, foram analisados 2.657 documentos dos quais 2.100 dizem respeito a relatórios de denúncias de actividades suspeitas. O facto de haver um relatório de denúncia não significa que as transferências correspondam a dinheiro ilegal, apenas que uma das entidades envolvidas na operação considerou haver indícios de branqueamento de capitais. No entanto, foi através destes documentos que se ficou a saber que o banco HSBC permitiu que os responsáveis por um esquema de pirâmide, que gerou perdas de 80 milhões de dólares, movimentassem os ganhos obtidos com o crime. Segundo a BBC, o dinheiro foi enviado para Hong Kong em 2013 e 2014, já depois do banco ter sido informado sobre o acto criminal. O HSBC diz que cumpriu todas as exigências legais. O impacto na imagem do HSBC sentiram-se na bolsa de Hong Kong com os títulos do banco a sofrerem
Os 40,3 milhões referentes ao BNU foram transferidos em três operações, todas com origem no banco J&T Bank & Trust, que está sediado nos Barbados
uma quebra de 5,33 por cento e a serem negociados no valor mais baixo desde 1995, ou seja, com cada título a valor 29.30 dólares de Hong Kong. Mas, o HSBC não está sozinho, e a fuga de informação mostra ainda que pelo menos os bancos JP Morgan, Standard Chartered Bank, Deutsche Bank e Bank of New York Mellon lucraram com operações financeiras ligadas a redes e indivíduos criminosos espalhados por todo o mundo. No que diz respeito ao banco JP Morgan os documentos atestam as ligações ao escândalo 1MDB, que gerou a perda de mil milhões de dólares do fundo soberano da Malásia.
SUSPEITOS DO COSTUME
Uma instituição que também surge em destaque é o defunto Banco Espírito dos Santos, não só pelas operações em Portugal, mas também pela representação dos EUA, que foi posteriormente vendida ao banco Banesco.
A partir do Banco da China saiu a maior quantidade de dinheiro cuja origem pode ser criminosa, no total de 17 milhões de dólares
Em 2013 e 2014, a representação do BES denunciou um total de 79 transacções, no total de 262,8 milhões de dólares ligadas à companhia do venezuelano Alejandro Ceballos Jiménez. O empresário foi um dos mais fortes apoiantes de Hugo Chávez, e agora de Nicolás Maduro, e segundo a oposição venezuelana terá ficado de forma ilegal com mais de 500 milhões de dólares, que resultaram da venda de activos do Estado sul-americano. Jiménez chegou a estar na mira da justiça da Venezuela, mas o processo foi encerrado sem que tenha havido qualquer acusação. No caso das operações denunciadas pelo BES, era indicado que uma firma de advogados suíços estava a ser utilizada como fachada para cobrir a identidade de Jiménez. O mesmo relatório apontava que o empresário estava a tentar movimentar dinheiro obtido através do desvio de fundos estatais destinados à construção de habitação pública. Outra figura conhecida presente nas denúncias é Isabel dos Santos, que surge ligada a dois relatórios de denúncia. O primeiro foi feito pela JP Morgan diz respeito a uma transferência feita pelo marido, Sindika Dokolo, no valor de 4 milhões de dólares, que permitiu à empresária usar recursos públicos para obter uma participação privada na joalharia De Grisogono. A segunda denúncia foi elaborada pelo Standard Chartered e menciona uma transferência da empresa Untitel, onde Isabel dos Santos é accionista, para a empresa Vidatel Limited. O montante envolvido foi de 18,7 milhões de dólares. João Santos Filipe
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GIF diz que é tudo confidencial
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Gabinete de Informação Financeira (GIF) recusou fazer comentários às operações reveladas pela investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação.Ainstituição justificou o silêncio com obrigações legais que obrigam a manter a confidencialidade sobre o assunto. Foi desta forma que o GIF respondeu às questões do HM, onde era perguntado se as operações em causa também tinham sido denunciadas às autoridades de Macau e se agora, que alguns dados são públicos, ia ser aberto um processo para averiguar as operações. “Por motivos legais, o GIF é obrigado a manter a confidencialidade, de forma proteger os relatórios sobre transacções suspeitas e para evitar que seja revelada qualquer informação que prejudique análises e investigações em curso. A revelação de qualquer informação deste tipo é ilegal.” No entanto, o GIF garante que as denúncias de transacções suspeitas são reencaminhadas para o Ministério Público, após uma primeira análise. “Em relação aos relatórios de transacções suspeitas, se depois de uma análise houver indícios de branqueamento de capitais, são todos reencaminhados para o Ministério Público”, foi acrescentado.
4 coronavírus
22.9.2020 terça-feira
A RAEM assinou um protocolo com a Organização Mundial de Saúde para a compra de 1,4 milhões de vacinas contra a covid-19. Ontem foi ainda revelado que a divisão do território por zonas para prevenir e controlar a epidemia ainda está a ser discutida
COVID-19 MACAU ASSINOU PROTOCOLO PARA COMPRA DE VACINAS
Tira senha e vai para fila BOLHAS DE VIAGEM
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Governo não descarta a possibilidade de bolhas de viagem para locais com baixa incidência de covid-19, mas tem de se garantir a prevenção feita pelo território. De acordo com Leong Iek Hou, o nível de segurança ou taxa de incidência dos locais tem de ser semelhante a Macau. “Estamos a comunicar com os diferentes serviços do Governo sobre bolhas de viagem, mas ainda estamos em fase preliminar. Vamos ter por referência as situações epidémicas das regiões vizinhas, quais são as suas medidas de prevenção de epidemia, quais os casos confirmados nestes países e regiões”, disse Lau Fong Chi, representante da Direcção dos Serviços de Turismo.
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A semana passada, a RAEM assinou um protocolo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e também com a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (GAVI) – associação internacional no âmbito da aquisição de vacinas. “O número total de vacinas compradas será suficiente para todos os cidadãos de Macau, serão duas vacinas para cada pessoa. Queríamos comprar 1,4 milhões de vacinas, mas ainda estamos a negociar os detalhes”, avançou ontem Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença. A responsável alertou que, de acordo com a OMS, no fornecimento será dada prioridade a países com alta incidência de covid-19. Para além da compra de vacinas, o Governo ainda está a negociar com outros fornecedores. “Actualmente, a situação epidémica é mais atenuada, mas as vacinas têm sempre uma prioridade nos nossos trabalhos de prevenção”, expressou Leong Iek Hou. Há cerca de duas semanas, a médica afirmou que o Governo da RAEM estava a contactar empresas fornecedoras que se encontravam na terceira fase de testes.
Na habitual conferência da saúde, Leong Iek Hou disse ainda que tem sido discutida a possibilidade de baixar o preço dos
“Queríamos comprar 1,4 milhões de vacinas, mas ainda estamos a negociar os detalhes.” LEONG IEK HOU MÉDICA
testes de ácido nucleico. Ontem Macau registou 87 dias sem casos importados e 176 dias sem casos locais. Cumpriam quarentena nos hotéis designados 865 pessoas, das quais 354 residentes de Macau e 481 turistas. Sobre a realização de actividades ao ar livre, como o Festival da Lusofonia, a médica focou-se em orientações que não abrangem testes de ácido nucleico: o uso de máscara e distanciamento adequado. Passada a primeira semana de
Outubro será avaliada a necessidade de ajustar medidas.
DIFICULDADES PRÁTICAS
Ainda estão a ser ouvidos vários serviços da RAEM sobre medidas de prevenção e controlo à epidemia que impliquem a divisão do território por categorias e zonas. A hipótese de ter como referência medidas implementadas no Interior da China foi anteriormente levantada pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong. “Estamos a
AUTOCARROS USO INDEVIDO DE MÁSCARA LEVA A DUAS AGRESSÕES
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uso indevido de máscara levou à ocorrência de dois casos de agressão. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, um dos casos ocorreu no passado dia 11, quando um motorista de autocarro alertou um passageiro que não tinha a máscara bem colocada. Quando o condutor resolveu ligar à empresa a alertar para o sucedido, o passageiro agarrou no braço do motorista e agrediu-o na cabeça com murros. Junto às Portas do Cerco, o agressor fugiu enquanto era perseguido pelo motorista, tendo depois mostrado uma
faca para que perseguição terminasse ali. O agressor foi detido no dia seguinte, estando neste momento o caso a ser acompanhado pelo Ministério Público (MP). O segundo caso aconteceu no sábado, quando um motorista negou a entrada a
um passageiro por este não usar máscara. Depois de um conflito verbal, em que o motorista ameaçou chamar a polícia, ambos acabaram em confrontos físicos. O suspeito da agressão defende que o motorista do autocarro caiu no chão sozinho, enquanto que este alega ter sido empurrado pelo suspeito. Com o apelido Fong, o suspeito tem 60 anos de idade e disse ser também motorista. O caso já está a ser acompanhado pelo MP, e Fong pode ser acusado do crime de ofensa qualificada à integridade física e injúria agravada.
discutir os detalhes”, declarou Leong Iek Hou, descrevendo a importância de perceber como controlar o risco de contaminação local e cooperar com as regiões vizinhas caso surjam casos em Macau. Leong Iek Hou explicou ser necessário “equilíbrio” na aplicação deste sistema de gestão. “Na prática é difícil e poderá afectar a deslocação de cidadãos ao trabalho ou à escola”, disse a médica, acrescentando que se for demasiado pormenorizado pode ter um “efeito reverso”. Os casos de gripe colectiva nas escolas também foram abordados na conferência de imprensa. Leong Iek Hou disse que desde o início do semestre foram registados casos com sintomas de gripe, como febre, mas que os estudantes fizeram testes – que não identificaram coronavírus. “Estamos numa época de alta infeção de gripe”, declarou, frisando que a higiene pessoal vai além do uso de máscara. Salomé Fernandes
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Testes Associação pede simplificação de processo
Wong Fai, presidente da Associação da Indústria Turística de Macau, sugeriu, segundo o Jornal do Cidadão, a facilitação dos procedimentos para a realização dos testes de ácido nucleico por parte de visitantes, para que tenham mais vontade de visitar o território. Para Wong Fai, o Governo poderia acelerar os procedimentos e encurtar o tempo necessário para a elaboração do relatório, além de estabelecer um posto de testes no Aeroporto Internacional de Macau. Além disso, o responsável sugere que as autoridades revejam as medidas para aumentar a procura interna na economia, recolhendo opiniões e reforçando a comunicação com todos os sectores.
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terça-feira 22.9.2020
UNIVERSIDADE DE MACAU SECRETÁRIA RECUSA COMENTAR CASO DO NOVO DIRECTOR DE FACULDADE
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E acordo com a lista divulgada pela Tutela dos Transportes e Obras Públicas no passado dia 9 de Setembro, a derrapagem média de 40 obras públicas orçamentadas em mais de 100 milhões de patacas é de 0,8 por cento face ao montante inicial previsto. As 40 obras públicas dissecadas no relatório estão avaliadas em mais de 32 mil milhões de patacas. Quanto ao prazo, de acordo com a tabela que compila a informação dos serviços da DSSOPT, GDI, GIT, DSPA e DSAMA o desvio foi, em média, de 1,4 por cento, sendo de ressalvar que, nas contas feitas à variação do preço e do prazo, não está incluída a informação relativa a oito empreitadas por não terem ainda orçamento ou prazo de execução definido. Das obras apresentadas, o pior registo em termos orçamentais pertence à empreitada de melhoria das características geotécnicas do aterro para resíduos de materiais de construção, existindo uma derrapagem de 3,4 por cento relativamente ao montante inicial de 439 milhões de patacas. Em termos de prazo, estima-se que a empreitada resvale em 5,0 por cento, relativamente aos 442 dias previstos para a conclusão da obra. Também o acesso norte do Túnel de Ká Hó, obra orçamentada em 175,14 milhões de patacas, derrapou, com os gastos a subirem cerca 3 por cento e o prazo de conclusão a sofrer um desvio de 4,2 por cento em relação aos 720 dias previstos. O Novo Hospital, a obra com o orçamento mais elevado de toda a lista, 7,35 mil milhões de patacas, e com um prazo de execução de 838 dias, apresenta-se sem derrapagens. A situação de cumprimento total repete-se na obra da Quarta Ponte, orçamentada em 5,27 mil milhões de patacas. Em situação contrária, destaque para a derrapagens
Como avançado anteriormente, Xu Jie é director interino da faculdade em causa e fazia parte do júri que ia escolher o seu sucessor. No entanto, um ano depois de lançado o concurso, e como ainda não tinha sido escolhido nenhum candidato,
Xu Jie terá saído do júri para concorrer à posição. Face a esta situação, o HM questionou Elsie Ao Ieong U se a eventual contratação de Xu Jie cumpria os requisitos legais e se não havia um conflito de interesses.
O HM quis ainda saber se a situação ia ser analisada. A secretaria optou por não comentar. O concurso para o cargo de director da FLH da Universidade de Macau foi lançado em Agosto do ano passado e oferece uma
remuneração anual superior a 1,3 milhões de patacas por ano. Além de director interino da Faculdade de Letras e Humanidades, Xu Jie assume também o cargo de director interino do Instituto Confúcio. J.S.F.
SOFIA MARGARIDA MOTA
secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, não faz comentários ao caso que envolve Xu Jie, ex-juiz e agora candidato ao lugar de futuro director da Faculdade de Letras e Humanidades na Universidade de Macau.
DSSOPT OBRAS SUPERIORES A 100 MILHÕES COM DERRAPAGEM MÉDIA DE 0,8%
Um bico-de-obra
O ponto de situação das 40 obras com valor superior a 100 milhões de patacas apresentado pela tutela de Raimundo do Rosário, revela que as empreitadas públicas derraparam 0,8 e 1,4 por cento, em relação ao montante e prazo iniciais. Quanto à Zona D, que ainda faz parte das contas do Governo, Lei Chan U quer que o Executivo elabore um plano alternativo de 0,3 por cento, ao nível do orçamento e 2,9 por cento, ao nível do prazo, da obra da Estação da Barra, cujo montante é de 1,17 mil milhões de patacas. Sobre o andamento da construção de habitação pública, destaque para o desvio orçamental de 3,0 por cento do projecto previsto para a Avenida Venceslau de Morais (fundações e caves) e para as derrapagens nas obras das ha-
bitações sociais de Mong Há (0,9 por cento) e Tamagnini Barbosa (0,8 por cento).
ZONA CINZENTA
Na tabela consta ainda a actualização das informações sobre o aterro da Zona D,
parcela que o Governo está a ponderar deixar cair em troca da construção de um novo aterro que vai unir a Zona A ao Nordeste de Macau, tal como prevê o Plano Director de Macau, revelado recentemente.
As 40 obras públicas dissecadas no relatório estão avaliadas em mais de 32 mil milhões de patacas
Com um valor total orçamentado em 1,53 mil milhões de patacas, a Zona D tem estado na ordem do dia desde que secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário revelou no dia anterior à actualização da tabela, a 8 de Setembro, que o Executivo está a negociar com o Governo Central para trocar os 58 hectares previstos para a Zona D, situado junto ao acesso à ponte Governador
Nobre Carvalho do lado da Taipa, pelos 41 hectares do novo aterro que consta do Plano Director e que vai unir a Zona A e o Nordeste de Macau. Recorde-se, contudo, que o Chefe do Executivo Ho Iat Seng afirmou na semana passada que ainda não existe uma decisão final e que a questão da troca ainda está a ser avaliada pelo Governo. Em declarações proferidas ontem ao jornal Ou Mun, Lei Chan U alertou o Governo para a necessidade de divulgar um plano alternativo para a área, caso a Zona D venha mesmo a ser posta de parte. Sobretudo, quando ainda está em cima da mesa a construção de uma quinta ligação entre os aterros das Zonas D e B. Além disso, lembra o deputado, o trabalho de planeamento da ligação foi adjuficada em 2018, com um valor de 99,27 milhões de patacas. Pedro Arede com Nunu Wu
pedro.arede.hojemacau@gmail.com
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22.9.2020 terça-feira
ECONOMIA RESTAURANTES E LOJAS DE RETALHO COM QUEBRAS FACE A JUNHO
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Chan Sau San, presidente da AMCM “A AMCM continuará a elevar a sua capacidade de prevenção de risco financeiro e realizará testes de stresse para estar atenta às incertezas da economia global e dos mercados financeiros.”
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aumento do proteccionismo do comércio internacional e das tensões geopolíticas em 2019 teve impacto na economia global, mas o sector financeiro de Macau desenvolveu-se “de forma estável”, com produtos mais diversificados, descreveu o relatório anual de 2019 da Autoridade Monetária de Macau (AMCM). No final do ano passado, os activos do sector financeiro de Macau excediam dois triliões de patacas, tornando-o o terceiro maior sector económico da RAEM. Ainda assim, o presidente do conselho de administração do organismo defendeu que “mais vale prevenir do que remediar”. Chan Sau San deixou uma mensagem a dizer que “a AMCM continuará a elevar a sua capacidade de prevenção de risco financeiro e realizará testes de stresse para estar atenta às incertezas da economia global e dos mercados financeiros, reforçando a resiliência e a capacidade dos bancos de resistir a impactos”. Para além dos riscos, o presidente do conselho de administração notou também uma oportunidade para o futuro: a crescente procura de actividades financeiras transfronteiriças. Sobre 2020, a AMCM comprometeu-se com o plano de desenvolvimento do Go-
ECONOMIA AMCM ALERTA PARA INCERTEZA DOS MERCADOS FINANCEIROS
A jogar à defesa
Perante incertezas na economia global e nos mercados, a AMCM aponta no relatório anual de 2019 para uma política de prevenção. E diz que está a ponderar reforçar sanções penais contra actividades financeiras ilegais verno e frisou as oportunidades associadas à Grande Baía. Durante o ano passado, a Reserva Financeira optou por uma “estratégia prudente” de investimento ajustando os activos em resposta à “fricção comercial” entre a China e os Estados Unidos da América, bem como às mudanças de políticas dos principais bancos centrais. Caminho que levou ao retorno anual recorde do investimento da reserva, com uma receita de 30,2 mil milhões de patacas. Por outro lado, vale a pena notar que o comércio de mercadorias entre o Interior da China e os Países de Língua Portuguesa (PLP) cresceu 1,8 por cento face ao ano anterior para 150,7 mil
milhões de dólares americanos. As exportações da China para os PLP aumentaram 5,7 por cento para 44,2 mil milhões. O Brasil continuou como maior parceiro comercial da China, entre os PLP, seguido de Angola e Portugal.
REVISÃO DE NORMAS
O contexto político de Hong Kong também motivou cuidados adicionais com a estratégia de investimento. “Dada a agitação social na jurisdição vizinha e sendo que a instabilidade do ambiente económico e financeiro externo podem afectar as operações e a liquidez dos bancos em Macau, a AMCM exigiu, em Agosto de 2019, que todos os bancos pusessem em prática medidas preventivas”, explica o
relatório. Isto abrangeu avaliações de risco, testes de resistência e a criação de planos de contingência. O relatório da AMCM descreve que está a ser acompanhada a revisão do Regime Jurídico do Sistema Financeiro, com base no desenvolvimento do sector bancário da RAEM e os requisitos de supervisão defendidos por organizações internacionais. “AAMCM irá, a curto prazo, consultar novamente o sector relativamente à versão final do regime jurídico em revisão”, pode ler-se. Sobre esta revisão, é ainda expresso que o organismo está a estudar o reforço das sanções penais contra actividades financeiras ilegais. Salomé Fernandes
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S restaurantes e lojas de retalho que sofreram quebras no volume de negócio subiu entre Junho e Julho, apontam dados ontem divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Segundo um comunicado da DSEC, 83 por cento dos proprietários reportaram quebras em Julho, em termos anuais, uma proporção quatro por cento superior face a Junho. Apenas 12 por cento dos entrevistados declararam acréscimo no volume de negócios, percentagem semelhante à registada em Junho. Ao nível do comércio a retalho, 84 por cento dos lojistas deram conta de menos negócios em Julho, mais quatro por cento em relação a Junho. Também 12 por cento dos retalhistas revelaram mais vendas em relação a Junho, proporção que baixou quatro por cento em Julho face ao mês anterior. A DSEC adianta ainda que, em relação às expectativas dos comerciantes para Agosto, a previsão era de que “o desempenho dos negócios melhorasse ligeiramente”. Na área da restauração, 22 por cento dos entrevistados anteviram aumentos homólogos ou estabilizações homólogas no volume de negócios. Esta proporção aumentou três por cento face às previsões para Julho. Quanto ao comércio a retalho, 23 por cento dos retalhistas previram aumentos homólogos ou estabilizações homólogas no volume de negócios para Agosto, tendo esta proporção subido apenas um ponto percentual em relação à prevista para Julho. A.S.S.
Formação contínua Um terço das candidaturas foram válidas
Desde o dia 1 de Setembro, apenas um terço das 300 instituições que enviaram pedidos para participar na nova ronda do Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo, apresentaram candidaturas válidas. Segundo o jornal Ou Mun, Wong Ka Ki, da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, referiu ainda que as instituições que não cumpriram as regras relativas aos espaços de formação ou às qualificações do corpo docente, poderão ainda participar no novo programa, desde que melhorem as condições apresentadas numa nova candidatura.
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Abuso de menores Detido por fotografar estudante no wc
TIAGO ALCÂNTARA
terça-feira 22.9.2020
Um homem de 25 anos, com antecedentes criminais relacionados com abuso sexual de menores, foi ontem detido por fotografar uma estudante na casa de banho de uma escola. De acordo com informações da Polícia Judiciária (PJ), o homem alegou ser dono de um centro de explicações e admitiu ter cometido o mesmo crime noutras cinco ocasiões, após ter dito ao segurança da escola, que precisava de entrar para participar em eventos. O caso foi reportado pela própria escola à PJ, depois de uma aluna ter reparado que um homem estaria a fotografá-la enquanto se encontrava na casa de banho. O caso vai agora ser levado para o Ministério Público, onde o homem irá responder pela prática do crime de devassa da vida privada, podendo punido com pena de prisão até 2 anos ou com pena de multa até 240 dias.
HÁC SÁ PLANEAMENTO DO NOVO COMPLEXO CONCLUÍDO EM 2021
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planeamento do complexo de diversão e aventura “de nível mundial” previsto para a praia de Hác Sá deverá estar concluído em 2021. É o que avança o presidente do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), José Tavares, em resposta a uma interpelação escrita de Lam Lon Wai. Perante as preocupações apresentadas pelo deputado sobre a actual falta de instalações e estruturas para acolher todos os que procuram a zona, o IAM revela estar ciente da situação, tendo encarregado uma consultora de fazer uma proposta de planeamento integrada para a zona. “O IAM encarregou uma companhia de consultoria para realizar o planeamento geral do parque de campismo de aventura juvenil de Hác-Sá e áreas adjacentes, rever recursos existentes e a situação das instalações (…) e propor uma proposta de planeamento integrado em termos de instalações de transporte, ecologia, paisagem e funcionalidades para enquadrar vários tipos de actividade”, pode ler-se na resposta. Sobre a inclusão de uma zona de autocaravanas no futuro parque de diversões e aventura, o IAM apontou já ter pedido à equipa de planeamento que tenha esse tópico em consideração. Para o final de 2020, o IAM prevê que entrem em funcionamento nos terrenos desaproveitados junto à praia de Hác Sá “locais temporários de lazer (…) como áreas agrícolas e zonas de churrasco”. P.A.
TURISMO NÚMERO DE VISITANTES CRESCE MAIS DE 200% EM AGOSTO
Copo meio cheio
O número de visitantes em Agosto foi de 227.113, mais 206,9 por cento em relação ao mês anterior. No entanto, em termos anuais, o registo do mês passado desceu 93,7 por cento. Desde Janeiro, entraram no território 3,5 milhões de visitantes. Espera-se que a Semana Dourada contribua para a tendência ascendente
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OMPARANDO com o mês de Julho, o número de visitantes que chegaram a Macau cresceu 206,9 por cento em Agosto, correspondendo a um total de 227.113 pessoas. Contudo, em termos anuais, registou-se um decréscimo de 93,7 por cento. Os dados foram divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). De acordo com o comunicado partilhado ontem, dos mais de 220 mil visitantes que chegaram a Macau no mês passado, 156.481 eram turistas e 70.632 excursionistas. Quanto ao período de permanência no território,
a DSEC refere que se situou em 0,9 dias, ou seja, menos 0,3 dias em termos anuais, “devido à proporção de excursionistas (...) ter aumentado 15,7 por cento”. Sobre a proveniência dos visitantes, a maioria, 200.833, veio do Interior da China, dos quais
Dos mais de 220 mil visitantes que chegaram a Macau no mês passado, 156.481 eram turistas e 70.632 excursionistas
13.043 eram detentores de visto individual. Já em termos anuais, este é um registo inferior em 92,4 por cento. De sublinhar ainda que a retoma de emissão de vistos a partir de Zhuhai a partir de 12 de Agosto e da província de Guangdong a partir de 26 de Agosto, terá contribuído para que o número de visitantes oriundos das nove cidades do Delta do Rio das Pérolas da Grande Baía tenha totalizado 130.781, dos quais 88.470 eram provenientes de Zhuhai. Em Agosto, visitaram ainda Macau 23.415 pessoas provenientes de Hong Kong e outras 2.862 de Taiwan. Do total de visitantes, 224.973 chegaram a Macau por via terrestre, mais de
88 por cento destes (199.756), entraram pelas Portas do Cerco. De avião chegaram 1.739 visitantes.
ESPERANÇA DE OURO
Fazendo as contas desde o início do ano fortemente marcado pela crise epidémica, nos oito primeiros meses de 2020 entraram em Macau 3.570.019 visitantes, menos 87,0 por cento em relação ao mesmo período do ano passado. Os números de excursionistas e de turistas decresceram, respectivamente, 86,7 por cento e 87,3 por cento. Os visitantes provenientes do Interior da China (2.606.911), de Hong Kong (682.177) e de Taiwan (85.761) diminuíram mais de 80 por cento, face ao idêntico período do ano anterior. Recorde-se que recentemente a Directora dos Serviços de Turismo (DST), Maria Helena de Senna Fernandes, afirmou acreditar que o número de visitantes que vão cruzar a fronteira para entrar em Macau durante a Semana Dourada vai aumentar, sobretudo após a abertura completa de emissão de vistos a todo o Interior da China, já a partir da próxima quarta-feira. Segundo um inquérito da Morgan Stanley revelado na semana passada, cinco hotéis já estão totalmente esgotados para a Semana Dourada. Pedro Arede
pedro.arede.hojemacau@gmail.com
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22.9.2020 terça-feira
AVISO N.° 9/AI/2020
AVISO N.° 10/AI/2020
-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se os infractoros abaixo discriminados:------------------------------------------------- 1. Mandado de Notificação n.° 641/AI/2020:YANG GUIFANG, portadora do Passaporte da RPC n.° G33608xxx e portadora do SalvoConduto para Deslocação a Hong Kong e Macau da RPC n.° C18694xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 115/DI-AI/2018, levantado pela DST a 12.06.2018, e por despacho da signatária de 21.04.2020, exarado no Relatório n.° 69/DI/2020, de 02.03.2020, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório por suspeita de prestação de alojamento ilegal na fracção autónoma situada na Rua de Pequim n.° 36, Edf. I Chan Kok, 8.º andar B.------------------------------------------------------------------------ 2. Mandado de Notificação n.° 663/AI/2020:REN XIUQIN, portadora do Salvo-Conduto para Deslocação a Hong Kong e Macau da RPC n.° C32852xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 247/DIAI/2018, levantado pela DST a 14.12.2018, e por despacho da signatária de 02.07.2020, exarado no Relatório n.° 417/DI/2020, de 05.06.2020, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório por suspeita de controlar a fracção autónoma situada na Rua do Terminal Maritimo n.os 93-103, Edf. Centro Internacional de Macau, Bloco 3, 9.° andar C onde se prestava alojamento ilegal. --------------------------------------------------------- 3. Mandado de Notificação n.° 678/AI/2020:ZHANG YONGHONG, portador do Passaporte da RPC n.° ED6414xxx e portador do Salvo-Conduto para Deslocação a Hong Kong e Macau da RPC n.° C37030xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 235/DIAI/2018, levantado pela DST a 01.12.2018, e por despacho da signatária de 26.06.2020, exarado no Relatório n.° 379/DI/2020, de 29.05.2020, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório por suspeita de controlar a fracção autónoma situada na Rua de Roma n.° 96, Tong Nam A Fa Un (Tong Nam A Seong Ip Chong Sam) 13.° andar AG onde se prestava alojamento ilegal. ---------------------------------------------------------Pelo mesmo despacho foi determinado que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito, não sendo admitida a apresentação de defesa ou de provas fora do prazo conforme o disposto no n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010. -------------------------------------------------------------------------------A matéria apurada constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, punível nos termos do n.° 1 do artigo 10.° do mesmo diploma.-----------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau.---------------------
-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se os infractoros abaixo discriminados:---------------------------------------------------- 1. Mandado de Notificação n.° 674/AI/2020 : WANG JIANTAO, portador do passaporte da RPC n.° G28631xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 200/DI-AI/2017 levantado pela DST a 09.08.2017, e por despacho da signatária de 11.11.2019, exarado no Relatório n.° 529/ DI/2019, de 23.10.2019, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por controlar a fracção autónoma situada na Avenida da Amizade n.os 361B - 361K, Edf. I On Kok, 14.° andar E, Macau onde se prestava alojamento ilegal.------------------ 2. Mandado de Notificação n.° 689/AI/2020 : ZHAO YAFENG, portadora do passaporte da RPC n.° E69527xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 70.1/DI-AI/2017 levantado pela DST a 24.03.2017, e por despacho da signatária de 15.11.2019, exarado no Relatório n.° 556/ DI/2019, de 05.11.2019, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por prestação de alojamento ilegal na fracção autónoma situada na Praceta de Um de Outubro n.os 119-131-B, I Keng Kok, 8.o andar C, Macau. ----------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma.-----------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro.----------------------------------------------------------------------------Desta decisão pode os infractoros, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.-----------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada.-------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau.---------------------
-----Direcção dos Serviços de Turismo, aos 14 de Setembro de 2020.
-----Direcção dos Serviços de Turismo, aos 14 de Setembro de 2020.
A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes
A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes
MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 464/AI/2020
-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor LEI MAN FAI, portador do Bilhete de Identidade de Residente Permanente da RAEM n.° 51326XX(X), que na sequência do Auto de Notícia n.° 114/DI-AI/2018, levantado pela DST a 06.06.2018, e por despacho da signatária de 09.04.2020, exarado no Relatório n.° 122/ DI/2020, de 18.03.2020, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório por suspeita de controlar a fracção autónoma situada na Rua de Pequim n.° 36, Edf. I Chan Kok, 10.° andar B, Macau onde se prestava alojamento ilegal.-------------------------------------------No mesmo despacho foi determinado que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito, não sendo admitida a apresentação de defesa ou de provas fora do prazo conforme o disposto no n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010. ----------------------A matéria apurada constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, punível nos termos do n.° 1 do artigo 10.° do mesmo diploma.------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau.--------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 23 de Julho de 2020. A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes
EDITAL Edital n.º Processo n.º Assunto Local
: 15/E-DC/2020 : 10/DC/2020/F : Audiência dos interessados sobre ocupação ilegal de terreno do Estado : Terreno marginal situado no tardoz do Edf. Industrial da Ilha Verde, Matadouro de Macau e Edf. Industrial Chi Wai junto à Avenida do Conselheiro Borja, Macau (demarcado a tracejado na planta em anexo)
Chan Pou Ha, Directora da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), faz saber que ficam notificados os ocupantes ilegais do terreno indicado em epígrafe, cujas identidades e moradas se desconhecem, do seguinte: 1. A DSSOPT, no exercício dos poderes de fiscalização conferidos pela alínea b) do n.º 3 do artigo 8.º do DecretoLei n.º 29/97/M de 7 de Julho, verificou que no terreno indicado em epígrafe foram edificadas construções ilegais compostas por chapas e coberturas metálicas, tendo sido depositada uma grande quantidade de materiais, equipamentos mecânicos e contentores e estacionados veículos, sem que tenha sido emitida pela DSSOPT a respectiva licença de obra. 2. De acordo com a certidão da Conservatória do Registo Predial (CRP), emitida em 15 de Julho de 2020, o terreno consta da planta cadastral n.º 319/1989, emitida em 30 de Junho de 2020 pela DSCC, situa-se junto à Bacia Norte do Patane, Macau, possui uma área de 1600 m2, não se encontra registado a favor de particular (pessoa singular ou pessoa colectiva) o direito de propriedade ou qualquer outro direito real, nomeadamente de concessão, aforamento ou arrendamento, e não foi atribuída aos ocupantes a respectiva licença de ocupação temporária, pelo que o mesmo considera-se terreno disponível do Estado, nos termos do artigo 7.º da Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) e do artigo 8.º da Lei n.º 10/2013 (Lei de terras). 3. A ocupação de terreno do Estado por ocupantes sem quaisquer títulos legítimos determinou a instauração do procedimento administrativo n.º 10/DC/2020/F a fim de se proceder à desocupação e restituição do terreno ao Estado. 4. Com efeito, os ocupantes de propriedade do Estado que não disponham de contrato de concessão ou de licença de ocupação temporária prevista na Lei de terras que autorize a sua posse, devem proceder à respectiva desocupação e entregar o terreno ao Governo da RAEM. Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 208.º da Lei de terras, o Chefe do Executivo determinará a respectiva ordem de desocupação e fixará um prazo para o efeito. 5. O terreno em epígrafe possui uma área de 1600 m2 e nos termos da alínea 3) do artigo 196.º da Lei de terras, quem ocupar ilegalmente terrenos do Estado é punível, consoante a área, com multa de $ 800 000,00 a $ 1 500 000,00 patacas. 6. Considerando a matéria referida nos pontos 3 e 4 do presente edital, podem os interessados, querendo, pronunciarse por escrito sobre a mesma e demais questões objecto do procedimento, no prazo de 10 (dez) dias contados a partir da data da publicação do presente edital, requerer diligências complementares e oferecer os respectivos meios de prova, em conformidade com o disposto dos artigos 93.º e 94.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA). 7. O processo pode ser consultado durante as horas de expediente nas instalações da Divisão de Fiscalização do Departamento de Urbanização desta DSSOPT, situadas na Estrada de D. Maria II, n.o 33, 15.º andar, em Macau (telefones n.os 85977154 e 85977227). RAEM, 15 de Setembro de 2020.
Processo n.º Local
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Planta em anexo :
A Directora de Serviços Chan Pou Ha
: 10/DC/2020/F : Terreno marginal situado no tardoz do Edf. Industrial da Ilha Verde, Matadouro de Macau e Edf. Industrial Chi Wai junto à Avenida do Conselheiro Borja, Macau (demarcado a tracejado na planta em anexo)
sociedade 9
terça-feira 22.9.2020
É comum encontrar-se barbatana de tubarão em restaurantes locais, mas nos primeiros cinco meses deste ano chegaram ao território menos 14 toneladas deste produto. Ainda assim, a sua importação representou mais de seis milhões de patacas
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NTRE Janeiro e Maio de 2020, Macau importou 11,4 toneladas de barbatana de tubarão (secas, defumadas, salgadas ou em salmoura), equivalentes a mais de seis milhões de patacas e re-exportou mais de uma tonelada, num total de 835.453 patacas. De acordo com os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), a maioria deste produto veio da China Continental. Estes números representam uma diminuição de 44,29 por cento, em comparação aos primeiros cinco meses do ano passado, quando se importaram 25,7 toneladas de barbatana de tubarão, no valor de quase 17 milhões de patacas. No geral de 2019, Macau importou cerca de 80 toneladas de barbatana de tubarão, que repre-
BARBATANA DE TUBARÃO IMPORTAÇÃO CAIU 44,29% NOS PRIMEIROS MESES DO ANO
Nas malhas da rede sentaram cerca de 54,2 milhões de patacas. O equivalente a 8,2 por cento desta quantidade foi re-exportada para Hong Kong. A lista de origem das barbatas de tubarão tinha a Austrália no topo, mas alargava-se a países como a China Continental, Espanha, Brasil e Indonésia. Os dados sobre a importação do produto congelado não estão disponíveis por motivos de confidencialidade. Um relatório da TRAFFIC divulgado no ano passado revelou que a importação média anual de 100 toneladas de barbatana de tubarão entre 2012 e 2017, a valer seis milhões de dólares americanos por ano, tornava Macau no terceiro maior importador em termos de valor económico. Na altura apontava-se que cerca de 40 por cento dos hotéis e 32 por cento dos restaurantes chineses questionados se tinham barbatana de tubarão no menu responderam afirmativamente. No ano passado, a Direcção dos Serviços de Economia (DSE) indicou estar a acompanhar o conteúdo do relatório. Questionada se fizeram mudanças desde então, a DSE respondeu que continua a promover as leis da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora
Silvestres Ameaçadas de Extinção. Referiu ainda ao HM que trabalha com o Instituto para os Assuntos Municipais e a Alfândega para supervisionar a situação, “combater o comércio ilegal” e “proteger espécies selvagens da ameaça de extinção”. O organismo descreve que monitoriza o comércio de acordo com a “Lei de execução da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna
A importação média anual de 100 toneladas de barbatana de tubarão entre 2012 e 2017, a valer seis milhões de dólares, tornou Macau no terceiro maior importador em termos de valor económico em 2019
e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção”, nomeadamente ao proibir a importação e exportação de marfim por motivos comerciais. E ressalvou que a comercialização de tubarão e barbatana de tubarão é regulada por uma licença.
AMEAÇAS PARALELAS
Um guia da WWF sobre espécies marinhas ameaçadas, lançado no ano passado, explica que quase 40 espécies de tubarão estão em risco de extinção. Descreve que espécies como os tubarões baleia, brancos e martelo, estão sujeitos a restrições comerciais no âmbito da CITES, e que vários países já proibiram a posse ou venda das suas barbatanas.
No entanto, vale a pena notar que os tubarões também são postos em perigo com a pesca excessiva de outras espécies. “Considera-se que a pesca para consumo humano tem o maior impacto sobre a biodiversidade oceânica, fazendo com que um em cada três estoques de peixe seja considerado pesca excessiva e levando à captura acidental de espécies como tubarões, aves marinhas e tartarugas”, diz o “Living Planet Report” da WWF, publicado este mês. O relatório mostra a diminuição de 68 por cento de mamíferos, pássaros, anfíbios, répteis e peixe entre 1970 e 2016. Salomé Fernandes
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IDENTIDADE PERTENÇA LOCAL MAIS FORTE QUE A NACIONAL ENTRE OS JOVENS DE MACAU E HONG KONG
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EGUNDO um estudo de académicos da Universidade de Macau (UM), os jovens de Macau e Hong Kong tendem a assumir um sentimento de pertença maior relativamente à identidade local, do que à identidade nacional. No entanto, ao contrário do território vizinho, em Macau, os jovens com menos de 25 anos continuam a aceitar bem a coexistência das duas identidades, não atribuindo
conotação política aos sinais de afirmação local. A investigação, citada ontem pela TDM-Rádio Macau, foi publicada na “Chinese Sociological Review” com o título “Um País, Dois Sistemas: estudo comparativo da identidade nacional entre Hong Kong e Macau”. Segundo o estudo, em ambos os territórios existe forte afinidade com a identidade local entre as ge-
rações mais jovens e coexistência mais pacífica entre a identidade local e a chinesa, nas gerações mais velhas. À TDM-Rádio Macau, Tianji Cai, professor de sociologia da UM e o principal autor do estudo, afirmou que a juventude de Hong Kong considera que “as duas identidades não podem coexistir”, ao passo que no caso de Macau “esta tendência não é clara”.
De acordo com o investigador, o reforço do patriotismo no território vizinho tem vindo a politizar a identidade. “A identidade de Hong Kong refere-se também a valores políticos, como a democracia, etc. A identidade chinesa está no lado oposto. Costumava ser uma identidade cultural. Mas, em Hong Kong, passou também a significar ‘programa de educação nacional’ e
os jovens desviam-se disso”, disse à TDM-Rádio Macau. Já sobre Macau, Tianji Cai aponta que não existe o mesmo tipo de tendência, pois a identidade chinesa continua a referir-se apenas ao “background cultural” e a identidade local está mais virada para o orgulho que os jovens têm nas particularidades do património de Macau e do sucesso da indústria do jogo. P.A.
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22.9.2020 terça-feira
Com sede musical Instituto Cultural acrescenta mais lugares para concerto de abertura do FIMM
A
edição deste ano do Festival Internacional de Música de Macau (FIMM) arranca dia 4 de Outubro com o concerto “Um Século de Música Chinesa” interpretado pela Orquestra Chinesa de Macau (OCM). Segundo um comunicado do Instituto Cultural (IC), a procura pelos bilhetes tem sido grande. Por isso, o IC decidiu acrescentar mais lugares na zona do balcão do Grande Auditório do Centro Cultural de Macau (CCM). O tema deste ano do FIMM é “Para um Ano Especial” e visa “inspirar o público através da música durante a epidemia”. O concerto, além de servir de arranque de uma nova edição do FIMM, abre também a nova temporada da OCM. Além da orquestra, o público será presenteado pela performance de Zhang Hongyan e a “notável executante contemporânea de guzheng”, Luo Jing. Ambas irão apresentar “a música chinesa majestosa na comemoração do centenário do estabelecimento da Sociedade de Música Datong em Xangai, que constituiu o prelúdio do desenvolvimento da música chinesa moderna”. Este sábado terá um evento digno de nota na agenda dos melómanos de Macau: o “Dia Musical em Família” no Parque Municipal Dr. Sun Yat-Sen, entre as 15h30 e as 18h30. A iniciativa inclui várias tendas de jogos e actuações de vários grupos musicais tal como a OCM, a Associação de Percussão de Macau, Water Singers Vocal Ensemble, Casa de Portugal em Macau e Associação Or-
questra Sinfónica Jovem de Macau. O espectáculo inclui a apresentação de clássicos populares como “Pedro e o Lobo”.
MAIS MÚSICA CLÁSSICA
No dia 10 de Outubro, pelas 20h, é apresentado, também no Grande Auditório do CCM, o concerto “Mahler Sinfonia N.º 1”, protagonizado pelas Orquestra de Macau e Orquestra Sinfónica de Shenzhen. Além disso, a Orquestra de Macau irá interpretar também o primeiro andamento de Ecos da Velha Macau, obra encomendada pela Orquestra de Macau à compositora local Lam Bun-Ching, um tema genuíno que faz recordar os bons velhos tempos do território. Este concerto conta ainda com a participação da jovem violinista Huali Dang, que irá interpretar o Concerto para Violino n.º 5 em Lá Maior, K. 219 “Turco” de W. A. Mozart. No dia 31 de Outubro, o percussionista Andrew Chan e o saxofonista Lee Chi Pok sobem ao palco do Teatro Dom Pedro V, conduzindo o público ao mundo da música através da plataforma de actuação “Bravo Macau!”. O cartaz do FIMM inclui ainda a “Masterclass de Pipa com Zhang Hongyan”, que se realiza a 3 de Outubro pelas 19h. No dia 10 de Outubro decorre a Conversa Pré-Espectáculo “Mahler Sinfonia n.o 1”, pelas 19h. As inscrições online para estas duas actividades estão disponíveis no sistema de inscrição de actividades do IC.
IC Livraria online com 260 obras disponíveis
O Instituto Cultural (IC) já tem uma livraria online com um total de 260 obras disponíveis para venda em todo o mundo. Segundo um comunicado da entidade liderada por Mok Ian Ian, estão disposição do leitor, numa primeira fase, livros em chinês, português, inglês e outros idiomas, todos editados nos últimos oito anos. No caso de os leitores residirem em Macau, podem levantar as encomendas nas 14 bibliotecas públicas do IC. Além da aquisição online, os leitores também podem comprar as publicações do IC em cerca de 20 postos de venda espalhados por Macau.
Jenny Ip, gestora da Cinemateca Paixão “Vai ser uma sessão de partilha sobre a forma de fazer cinema. Esperamos que possam ser partilhadas muitas ideias nesta se
CINEMATECA PAIXÃO CONVERSA COM REALIZADORES MARCADA PARA O PRÓXIMO SÁBADO
Caminho atrás da
É já este sábado que a Cinemateca Paixão acolhe a palest sua jornada para o cinema”, que conta com a presença da de Stanley Kwan, de Hong Kong. Jenny Ip, gestora do es de iniciativas aproxima mais o público da renovada cinem
A
Cinemateca Paixão promove, este sábado, uma conversa online entre realizadores de Macau e de Hong Kong. “Cineastas de Macau: A sua jornada para o cinema” acontece entre as 15h e as 16h e conta com a participação de Tracy Choi e de Oliver Fa, realizadores de Macau, que vão trocar experiências como cineastas com Stanley Kwan, realizador de Hong Kong. Ao HM, Jenny Ip, gestora de operações da In Limitada,
a nova concessionária da Cinemateca Paixão, declarou ser “uma honra” poder contar com a presença de Stanley Kwan. “Vai ser uma sessão de partilha sobre a sua forma de fazer cinema. Esperamos que possam ser partilhadas muitas ideias nesta sessão.” Para Jenny Ip, a palestra online vai proporcionar maior aproximação [da Cinemateca Paixão] com o público. “Um dos nossos objectivos é, nos próximos dois anos, trazer a Macau mais produtores e realizadores do estrangeiro,
para que possam partilhar as suas ideias com os nossos realizadores. Acreditamos que este tipo de experiência pode ajudar ambos os lados, para que possam aprender novas coisas, algo que ajude no processo criativo”, frisou. Depois das críticas iniciais por parte de alguns realizadores, a nova gestora da Cinemateca Paixão quer aproximar-se mais daqueles que fazem cinema em Macau. “É necessário tempo, mas o mais importante é mantermos o constante contacto com
os realizadores. Temos uma comunicação muito estreita com alguns realizadores e produtores”, disse Jenny Ip. A responsável pela gestão da Cinemateca Paixão adiantou ainda que acompanha de perto muitos dos filmes que estão a ser rodados neste momento, para que possam vir a integrar o programa. “Sabemos que muitos dos realizadores e produtores estão a meio da fase de produção de filmes e vamos acompanhando o progresso do trabalho. Depois de terminarem
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essão.”
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câmara
tra “Cineastas de Macau: A a realizadora Tracy Choi e spaço, acredita que este tipo mateca as produções, gostaríamos de agendar a exibição dos filmes na Cinemateca.”
BILHETES VENDIDOS
Neste momento, a Cinemateca Paixão tem apresentado alguns clássicos do cinema, sessões inseridas no festival “A Love Letter to the Cinema”. Jenny Ip conta que a adesão do público tem sido muito boa, com grande parte dos bilhetes já vendidos. “Estamos muito felizes. Temos tido bom feedback e até adicionámos novas sessões.
Até agora temos tido um bom acolhimento por parte do público e sentimos que é uma boa experiência rever os clássicos.» Para Jenny Ip, o mais importante é fazer com que os amantes do cinema possam rever obras incontornáveis da sétima arte em tempo de pandemia. “Nos próximos meses, esperamos que o público aprecie o nosso programa e faremos o nosso melhor para trazer bons filmes para Macau”, rematou. Andreia Sofia Silva
andreia.silva@hojemacau.com.mo
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22.9.2020 terça-feira
AI EMPRESAS DA UE VENDEM À CHINA TECNOLOGIA DE VIGILÂNCIA
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E
M comunicado, a empresa tecnológica chinesa Bytedance, proprietária da aplicação TikTok, informou que a medida se destina a melhorar a “estrutura empresarial e a transparência”. Segundo a nota, a TikTok Global realizará uma ronda antes da Oferta Pública Inicial (OPI), que deixará a companhia chinesa com uma participação de 80 por cento na nova empresa. A Bytedance esclareceu também que a contribuição de cinco mil milhões de dólares para um fundo de educação nos Estados Unidos (EUA), anunciada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, não está relacionada com o acordo alcançado. Este montante baseia-se em estimativas dos impostos que a empresa terá de pagar nos próximos anos, segundo o comunicado, citado pela agência de notícias Efe. O Governo dos Estados Unidos anunciou no sábado que ia adiar, por uma semana, a aplicação de medidas contra a TikTok, depois de o Presidente dos EUA ter dado “luz verde” a um acordo para que pudesse continuar a operar no país, envolvendo a Oracle, como parceiro tecnológico, e a Walmart, em termos comerciais. O acordo prevê também que as duas empresas possam comprar até 20 por cento da TikTok. A TikTok Global será responsável pela prestação de serviços
TECNOLOGIA TIKTOK GLOBAL LANÇA OFERTA PÚBLICA DE ACÇÕES
Uma nova vida
A TikTok Global, a nova empresa que chegou a acordo com as multinacionais norte-americanas Oracle e Walmart para poder continuar a operar nos Estados Unidos (EUA), vai lançar uma oferta pública de acções, foi ontem anunciado TikTok aos utilizadores nos EUA e “à maioria dos utilizadores no resto do mundo”, anunciaram as empresas. O acordo também estipula que a TikTok Global “será detida maioritariamente por investidores americanos, incluindo a Oracle e a Walmart”, e que será uma empresa norte-americana independente, sediada nos EUA, com quatro norte-americanos entre os cinco membros do Conselho de Administração.
NOVA ESTRUTURA
A Oracle, multinacional dos EUA de tecnologia informática, vai ser responsável por toda a informação dos utilizadores norte-americanas da aplicação chinesa de partilha de vídeos, e pela protecção dos sistemas informáticos, de modo a garantir
o cumprimento das exigências de segurança nacional impostas pela administração Trump. A Walmart, multinacional norte-americana de venda a retalho, vai fornecer as plataformas de comércio digital e outros serviços comerciais à TikTok, que tem cerca de 100 milhões de utilizadores
A TikTok Global realizará uma ronda antes da Oferta Pública Inicial (OPI), que deixará a companhia chinesa com uma participação de 80 por cento na nova empresa
nos Estados Unidos e quase mil milhões em todo o mundo. O conselho de administração da TikTok Global incluirá o fundador da Bytedance, Zhang Yiming, e o presidente da empresa norte-americana Walmart, Doug McMillon. A Oracle terá acesso de segurança ao código fonte da aplicação TikTok, embora o acordo não inclua a transferência de algoritmos ou outras tecnologias, de acordo com a nota divulgada ontem. Na sequência do anúncio deste acordo, o Departamento de Comércio norte-americano anunciou, no sábado, que ia adiar pelo menos até 27 de Setembro a proibição de descarregamento da TikTok.
Amnistia Internacional (AI) alertou ontem que três empresas europeias vendem a agências de segurança pública na China tecnologia de vigilância que pode contribuir para o aumento dos abusos de direitos humanos naquele país. O alerta baseia-se numa investigação da organização de defesa dos direitos humanos, divulgada ontem por ocasião da reunião em Bruxelas de representantes das três instituições europeias – Parlamento Europeu, Comissão e Conselho (presidência) - sobre uma revisão das regras aplicadas às exportações da União Europeia (UE). Segundo a AI, três empresas europeias, com sede em França, na Suécia e na Holanda, “venderam sistemas de vigilância digital, como tecnologia de reconhecimento facial e sistemas de câmaras em rede, para os principais intervenientes do aparelho de vigilância em massa chinês”. A AI alerta que “em alguns casos, os dispositivos exportados foram directamente usados em programas indiscriminados de vigilância em massa, com o risco de serem utilizados contra uigures e outros grupos étnicos predominantemente muçulmanos em todo o país”. Ainda segundo a AI, “a maioria dos governos da UE, incluindo a França e a Suécia, está a resistir aos apelos para fortalecer as regras de exportação de forma a incluir fortes salvaguardas de direitos humanos na tecnologia de vigilância biométrica, uma área que as empresas europeias dominam”.
Covid-19 China com 12 casos importados e 6 dias sem contágios locais
A China registou 12 casos de infecção com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, todos importados, com o país a acumular 36 dias sem identificar contágios locais. Os últimos casos positivos importados foram diagnosticados em viajantes do exterior na cidade de Xangai (2) e nas províncias de Cantão (3), Mongólia Interior (2), Yunnan (2), Shaanxi (2) e Fujian (1). Quanto aos infectados assintomáticos, a China acrescentou 25 novos positivos, todos importados, o que coloca o número total de pessoas em observação nestas circunstâncias em 397, das quais todas menos uma são oriundas do estrangeiro. O número total de infectados activos na China continental é de 173, dois em estado grave. A Comissão Nacional de Saúde não anunciou novas mortes por covid-19, com o número total a permanecer nos 4.634, entre os 85.291 infectados oficialmente diagnosticados na China desde o início da pandemia.
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“
STA será a primeira vez que o Presidente se dirigirá à Assembleia Geral da Nações Unidas (ONU), o principal conselho deliberativo, onde estão representados os 193 Estados-membros”, informou ontem o chefe do protocolo presidencial, Robert Borje, em conferência de imprensa, citado pela agência de notícias Efe. O debate de alto nível em que Duterte participa pela primeira vez desde que tomou posse, em 2016, começa hoje e termina no sábado. Em anos anteriores, as Filipinas fizeram-se representar pelo ministro dos Negócios Estrangeiros. A participação de Duterte ocorre numa altura em que aumenta a pressão internacional para abrir um inquérito independente às violações dos direitos humanos durante o seu mandato, na guerra contra a droga promovida pelo seu Governo e em que já morreram milhares de pessoas, de acordo com organizações de direitos humanos. O Conselho de Direitos Humanos da ONU, com sede em Genebra, pode esta semana aprovar uma resolução apelando a uma “investigação imparcial” nas Filipinas, na sequência do relatório que a Alta Comissária para os Direitos Humanos, Michele Bachelet, apresentou ao organismo em Junho. O relatório dá conta de “assassínios generalizados
FILIPINAS DUTERTE PARTICIPA PELA PRIMEIRA VEZ NA ASSEMBLEIA GERAL DA ONU
Baile de debutantes
O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, suspeito de violar direitos humanos, vai participar pela primeira vez na Assembleia Geral das Nações Unidas, que se reúne esta semana de forma virtual, devido à pandemia
Duterte descreveu várias vezes a ONU como um “organismo inútil”, em resposta às críticas à guerra contra a droga, e tem afirmado que nunca deixará que relatores da ONU ou peritos independentes entrem no país
e sistemáticos” instigados pelo governo de Duterte, que poderiam constituir crimes contra a humanidade. O líder filipino de 75 anos descreveu várias vezes as
Nações Unidas como um “organismo inútil”, em resposta às críticas à guerra contra a droga, e tem afirmado que nunca deixará que relatores da ONU ou
peritos independentes entrem no país.
EXTERMINADOR IMPLACÁVEL
O Parlamento Europeu adoptou na semana pas-
sada uma resolução condenando as violações dos direitos humanos nas Filipinas e apelando a uma investigação independente da ONU.
ÍNDIA PELO MENOS 10 MORTOS EM DESABAMENTO DE PRÉDIO
TAJ MAHAL PORTAS REABREM AO PÚBLICO APÓS SEIS MESES DE ENCERRAMENTO
balanço de mortos após o desabamento de um prédio de três andares ontem em Bhiwandi, no Estado indiano de Maharashtra, subiu para 10 e mais de 20 pessoas podem ainda estar sob os escombros, segundo as autoridades locais. O acidente ocorreu por volta das 03h40 de ontem, horário local (04h10 de domingo em Macau) em Bhiwandi, uma cidade próxima à capital financeira do país, Mumbai. “O número total de mortos é de dez”, disse o comandante da Força Nacional de Resposta a Desastres (NDRF), Ithape Pandit, à agência de notícias AFP, confirmando as declarações de um funcionário do distrito de Thane, a qual pertence Bhiwandi.
Taj Mahal, o monumento mais visitado na Índia, reabriu ontem após seis meses encerrado por causa da pandemia, apesar de o número diário de novos casos de covid-19 no país se manter perto dos 90 mil. Com uma população de 1,3 mil milhões de pessoas, a Índia é o segundo país do mundo com o maior número de infeções, depois dos Estados Unidos, totalizando mais de 5,4 milhões de contágios desde o início da pandemia. Apesar disso, o Governo indiano está gradualmente a abrandar as regras instauradas para combater a pandemia, levantando restrições aos voos domésticos e à circulação de comboios ou à reabertura de mercados e restaurantes.
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Dezanove pessoas, incluindo dois meninos de 4 e 7 anos, foram retiradas dos escombros sob o aplauso dos vizinhos. O director-geral da NDRF, Satya Narayan Pradhan, disse numa mensagem publicada na rede social Twitter que as equipas especializadas assistidas por cães pisteiros ainda estavam a procurar “20 a 25 pessoas” que poderiam estar sob os escombros. Mais de 40 equipas de resgate ainda estão a procurar sobreviventes no local do prédio desabado, de acordo com o funcionário da cidade Thane. O prédio tinha mais de 30 anos e precisava de obras, que não puderam ser realizadas devido ao confinamento decretado durante a pandemia da covid-19.
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Encerrado ao público desde 17 de Março, o Taj Mahal recebeu ontem novamente visitantes, depois de a reabertura, inicialmente anunciada para o início de Julho, ter sido adiada pelo Ministério da Cultura indiano, devido ao aumento de casos no país. Construído no século XVII no norte da Índia, em Agra, 200 quilómetros a sul de Nova Deli, o mausoléu de mármore branco regista sete milhões de visitantes por ano. O monumento, considerado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, foi construído em homenagem à segunda mulher do imperador Shah Janan, a princesa Mumtaz Mahal, que morreu em 1631.
A campanha antidrogas promovida por Duterte tem sido uma peça central da sua presidência. Duterte tem negado ter autorizado execuções extrajudiciais, mas multiplica as ameaças públicas de mandar matar os traficantes de drogas. A mais recente foi no final de Agosto, quando o Presidente filipino contou que pediu ao principal responsável da Alfândega do país que atirasse e matasse os traficantes de drogas, em declarações transmitidas pela televisão. “Eu aprovei a compra de armas de fogo e até agora não matou ninguém? Eu disse-lhe [ao responsável da Alfândega]: ‘Limpe-os’”, afirmou então Duterte, garantindo que o responsável não seria preso pelas execuções. Mais de 5.700 suspeitos de delitos de drogas, na sua maioria pobres, foram mortos sob a repressão antidrogas de Duterte, que alarmou grupos de direitos humanos e os Governos ocidentais, motivando um inquérito a supostos crimes contra a humanidade no Tribunal Criminal Internacional. Segundo vários grupos de direitos humanos, alguns suspeitos foram mortos sem piedade, tendo os polícias colocado armas de fogo nas mãos das vítimas para dar a impressão de que tinham enfrentado as forças da ordem. Duterte prometeu continuar a repressão contra as drogas nos dois anos que lhe restam no poder.
O anúncio da reabertura foi feito há duas semanas, tendo as autoridades garantido que a medida vai ser acompanhada de “todos os protocolos relacionados com a covid-19”, incluindo uso obrigatório de máscara, medição da temperatura à entrada e limite ao número máximo de visitantes, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP). Apenas cinco mil visitantes serão admitidos por dia, um quarto do número habitual, informaram as autoridades. A Índia é o segundo país do mundo com o maior número de casos, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro com mais mortos, depois dos Estados Unidos e do Brasil.
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“E no FIM disto
O retrato de Dong Qichang no seu exílio interior Paulo Maia e Carmo texto e ilustração
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ENG Jing (c.1564-1647) um pintor profissional de Putian (Fujian) distinguiu-se nas grandes cidades da área do delta do rio Yangzi, conhecida como Jiangnan, incluindo Nanquim, Hangzhou ou Wuzhou, sobretudo na pintura de retratos informais de letrados que se queriam mostrar como artistas reclusos, no exílio dentro do próprio país. As feições dos retratados assumiam um carácter minucioso em que alguns viram a influência dos pintores jesuítas Europeus. Mas na aparente singeleza de um retrato, tudo se tornava numa abundância de significados para quem reparasse naquilo que para um olhar estranho poderiam ser só pormenores. A figura de corpo inteiro do erudito de Suzhou, Pan Qintai que ele fez em 1621, poderia ser um ícone para um ideal de que participa o próprio nome Qintai, «terraço para tocar o qin». O homem de letras está isolado, de pé com vestes de algodão branco, sandálias e segurando um bastão, rodeado de uma inscrição, sete cólofones e carimbos. Mas se no retrato existisse uma paisagem, essa figuração extensa da personalidade do retratado possibilitaria outras interpretações, leituras subtis. O que iria suceder de modo significativo no retrato colaborativo que Zeng Jing faria de Dong Qichang (1555-1636) com um jovem pintor amador de Xiushui (actual Jiaxing, Zhejiang). Xiang Shengmo (1597-1658) era neto do proeminente colecionador Xiang Yuanbian (1525-1590) o que lhe
permitiu um extenso conhecimento das pinturas e caligrafias do passado, alguém que Dong Qichang conhecia bem. No álbum de pinturas que fez no decurso de uma peregrinação feita numa embarcação e em caminhadas pelas margens do rio Yangzi, motivada por discordâncias políticas com o regime, Dong solicitou a colaboração para o frontispício do conhecido retratista mas também desse pintor que o recebeu no caminho, em Songzhai (Estúdio dos pinheiros) Jiaxing. Nessa pintura do álbum de 1620 «Oito vistas de disposições outonais» (tinta e cor sobre seda, 53,2 x 30,5 cm, no Museu de Xangai) Dong é retratado de pé, envergando vestes azuis simples de quem não possuía o grau jinshi (que Dong possuía desde 1589) o chapéu preto próprio de antigas dinastias, com os sapatos vermelhos de um daoísta, assemelha-se a um ermita. A paisagem que o acolhe, com três grandes pinheiros numa encosta, reforça essa vontade de se mostrar como insubordinado, um homem livre capaz de exprimir o espírito nas pinturas que se seguem nas páginas desse álbum. Anos mais tarde em 1644, num tempo que Dong já não conheceria, Xuang forçado pela primeira vez a vender as suas pinturas, faria um surpreendente autorretrato, sentado sozinho, rodeado por uma paisagem feita só com a cor vermelhão, que se pronuncia «zhu» como o nome da família reinante da dinastia que ruía. Estaria a tão visível Natureza a espelhar um sentimento ou seria apenas um diálogo?
ARTES, LETRAS E IDEIAS 15
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tudo um Azul-de-Prata.”
Yorgo Sicilianos (1920-2005)
Compositores e Intérpretes através dos Tempos Michel Reis
A Primeira Sinfonia
A
Sinfonia N.o 1, Op. 14 de Yorgo Sicilianos, composta em 1956 e tecnicamente muito similar ao seu Concerto para Orquestra, Op. 12, pertence ao segundo período criativo do compositor, que durou cerca de 25 anos, caracterizado pela busca e experimentação das tendências musicais contemporâneas, como o dodecafonismo, o serialismo, as técnicas pós-serialistas, e a música electrónica. Outras obras do jovem compositor tinham sido apresentadas anteriormente, a partir de 1948, e tinham sido recebidas favoravelmente pela crítica, que via em Sicilianos um compositor promissor que podia desempenhar um papel de liderança na música grega. Esta atitude favorável permaneceu inalterada quando o Concerto para Orquestra foi apresentado, embora alguns críticos tivessem questionado a possibilidade de combinar a técnica dos doze tons e desenvolvimentos recentes em geral, com a necessidade de criar uma música grega no contexto da Escola Nacional Grega, ou de acordo com os princípios do realismo socialista. Contudo, os críticos que nos anos seguintes se tornariam nos defensores da avant garde, saudaram este desenvolvimento como necessário para o futuro da música grega, como referiu na época o musicólogo grego Fivos Anoyanakis: "O Sr. Sicilianos, com o seu Concerto para Orquestra, transmite uma mensagem nova: o esforço de combinar a música grega com meios de expressão musicais europeus contemporâneos. Este é um esforço difícil e árduo, por vezes mesmo ingrato, que constitui mesmo assim uma exigência essencial. Esta é uma necessidade irreversível para a nova geração dos nossos compositores, que ardem com o desejo de renovação." Enquanto frequentava as aulas de Vincent Perischetti e de Peter Mennin na Juilliard School em Nova Iorque, entre 1955 e 1956, Sicilianos conheceu o colega grego, o maestro, pianista e compositor Dimitri Mitropoulos, na altura director musical da Orquestra Filarmónica de Nova Iorque. Mitropoulos concedeu-lhe o privilégio de assistir aos ensaios da orquestra, nos quais Sicilianos refere ter aprendido muito sobre várias obras e sobre orquestração. Mitropoulos acompanhou o progresso de composição da sua sinfonia, que Sicilianos viria a dedicar-lhe. A obra foi inspirada na peça The Great God Brown, de 1926, do dramaturgo americano galardoado com o Pré-
ANASTASIOS MAVROUDIS
Sinfonia N.o 1, Op. 14
mio Nobel da Literatura, Eugene O'Neill, notada pelo uso da máscara heróica do teatro grego antigo. Sicilianos pode ter visto a peça durante a sua permanência nos EUA. A recepção da crítica dividiu-se, mas a obra foi unanimemente considerada ecléctica, mas, de qualquer forma, não como uma composição avant garde. Ao contrário, após a sua primeira apresentação na Grécia no mesmo ano, em Novembro, pela Orquestra Estatal Grega liderada por Andreas Paridis, a Primeira Sinfonia foi recebida mais
A obra foi inspirada na peça The Great God
Brown, de 1926, do dramaturgo americano galardoado com o Prémio Nobel da Literatura, Eugene O’Neill, notada pelo uso da máscara heróica do teatro grego antigo
ou menos da mesma forma que o Concerto para Orquestra, isto é, como uma obra que acompanhou os desenvolvimentos, na altura, recentes, e que rompeu laços com a Escola Nacional Grega tradicional. A obra tinha sido estreada em Março de 1959 em Nova Iorque, pela Orquestra Filarmónica de Nova Iorque, sob a direcção de Dimitri Mitropoulos. Ao longo da sua carreira, Yorgo Sicilianos recebeu distinções importantes. Em 1962 ganhou o terceiro prémio no Concurso Internacional de Quarteto de Cordas de Liège com o seu Quarteto de Cordas N.o 3, Op. 1, e as suas obras foram escolhidas duas vezes para representar a Grécia no Festival da Sociedade Internacional de Música Contemporânea (Stasimon B, Op. 25, Madrid, 1965 e Perspectivas, Op. 26, Praga, 1967). Também foi homenageado pela sua contribuição para a música com as seguintes medalhas e prémios: Cavaliere “al merito della Republica Italiana” (Roma, 1962), Chevalier des Arts (Paris, 1990), Prémio Herder (Viena, 1991) e o Prémio Eirini G. Papaioannou da Academia de Atenas (1994). Finalmente, em 1999, recebeu um Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Atenas. SUGESTÃO DE AUDIÇÃO • Yorgo Sicilianos: Symphony No. 1, Op. 14 New York Philharmonic, Dimitri Mitropoulos – Lyra, 1991
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desporto 17
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N
UM evento organizado pela Associação de Desportos Motorizados de Zhuhai à porta fechada, tanto para o público, como para a imprensa, quinze Mygale-Geely disputaram as quatro corridas do primeiro fim-de-semana no Circuito Internacional de Zhuhai. Apesar de o pelotão não contar com qualquer nome sonante e ser composto principalmente por pilotos amadores que habitualmente competem em diversas categorias do automobilismo do outro lado das Portas do Cerco, as corridas foram bastante animadas. A imprevisibilidade dos acontecimentos, e consequentemente do espectáculo em pista, não terá sido alheia a visita da chuva, principalmente no sábado. Em termos desportivos, He Zijian fez o melhor tempo nas duas sessões de qualificação que determinaram as posições de partida da primeira e da terceira corrida, e foi vencedor da primeira corrida de sábado, beneficiando do acidente na recta da meta que envolveu os dois primeiros na corrida à altura. Bei Siling venceu a corrida de sábado à
F4 CHINA CAMPEONATO ARRANCOU EM ZHUHAI DE OLHOS POSTOS NO GP DA RAEM
Aperitivo para Macau O Campeonato da China de Fórmula 4, a competição de monologares que irá substituir a Taça do Mundo de Fórmula 3 da FIA na 67ª edição do Grande Prémio de Macau, teve a sua primeira prova de 2020 no passado fim-de-semana. O evento que marcou o arranque do campeonato serviu também como um importante treino para todos os pilotos que projectam correr no Circuito da Guia tarde. No domingo, He Zijian começou o dia com nova vitória, enquanto que Stephen Hong triunfou na última corrida do fim-de-semana.
AMBIÇÃO DE LONGA DATA
Os monologares que veremos no Circuito da Guia no mês de Novembro chegaram à República Popular da China no início de 2015, após uma das subsidiária da Mitime Investment and Development Group, uma empresa do Zhejiang Geely Holding Group, ter comprado um lote de vinte e oito carros ao fabricante francês
Mygale. Todos os carros foram equipados com motores de 2,000cc da marca Geely, o segundo maior construtor automóvel privado chinês e que hoje tem no seu portfólio marcas mundialmente conhecidas como a Volvo, a Lotus, a recém-nascida Lynk & Co ou a companhia que fabrica os famosos táxis pretos da cidade de Londres. Devido ao elevado preço dos carros, durante estes cinco anos, apenas metade das unidades que chegaram ao país foram parar a mãos de equipas ou pilotos privados, pertencendo metade da
frota à própria organização do campeonato que os aluga prova-a-prova ou então para o campeonato completo. A temporada do Campeonato da China de Fórmula 4 deveria ter cinco provas este ano, uma delas como parte do programa do Grande Prémio da China de Fórmula 1, em Xangai. A crise sanitária reduziu a competição a duas jornadas de quatro corridas cada em Zhuhai e a duas corridas no Circuito da Guia. As corridas do território irão oferecer pontos a dobrar. Esta presença em Macau era há muito ambiciona pela
marca Geely. Desde o tempo da “Asian Formula Geely”, a competição nascida com o apoio da federação chinesa em 2006 e que antecedeu a Fórmula 4, que a Mitime namorava uma corrida no Circuito da Guia. O Campeonato da China de Fórmula 4, um dos catorze campeonatos da categoria reconhecidos pela FIA, terá sido uma terceira opção, após a recusa das equipas do Campeonato FIA de Fórmula 3 em deslocarem-se à RAEM com as condições que lhes foram oferecidas. As estruturas da competição
Euroformula Open - uma espécie de F3 e que tem um campeonato congénere no Japão - também terão declinado ponderar uma viajem a Oriente em Novembro pelas mesmíssimas razões.
FÉLIX DA COSTA LAMENTA AUSÊNCIA DE F3
O único ex-vencedor do Grande Prémio de Macau que publicamente comentou a ausência da Fórmula 3 no programa do evento deste ano foi o português António Félix da Costa. O vencedor das edições de 2012 e 2016 do Grande Prémio, recentemente condecorado com o grau de Comendador da Ordem do Mérito da República Portuguesa, expressou a sua tristeza pelo desfecho causado pela pandemia da COVID-19. “A F3 em Macau é suposto ser o ponto alto do ano para aquelas equipas e pilotos, a atmosfera na prova não tem comparação, onde as equipas de F3 tornam-se no evento principal. Não fico feliz por ler estas notícias”, escreveu o piloto de Cascais e campeão da Fórmula E nas redes sociais. Sérgio Fonseca
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SPORTING ACADEMIA VAI PASSAR A TER O NOME DE CRISTIANO RONALDO
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Academia do Sporting vai passar a ter o nome de Cristiano Ronaldo, futebolista criado no clube, como forma de homenagear o “melhor jogador português de todos os tempos”, anunciou ontem o emblema lisboeta. “O bom filho a casa torna e a casa que fez crescer Cristiano Ronaldo acolhe agora
o seu nome em homenagem àquele que se tornou o melhor jogador português de todos os tempos, melhor jogador do mundo galardoado com cinco Bolas de Ouro e capitão da selecção nacional campeã da Europa e da Liga das Nações”, lê-se numa nota publicada no site oficial do clube.
Nascido na Madeira, Ronaldo chegou ao Sporting com apenas 12 anos e, cinco anos depois, estreou-se na equipa principal dos ‘leões’. “AAcademia imortalizará assim o nome do maior símbolo de sempre que formou e que será inspiração a seguir para todos os mais jovens talentos. Em data a anunciar, e assim
que as condições o permitam, o clube fará a inauguração oficial”, acrescentou. O Sporting explicou ainda que esta decisão “enquadra-se num projecto de reconhecimento a várias referências do clube, incluindo alguns dos maiores talentos produzidos pela Academia, cujos campos de treino receberão os seus nomes”.
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A onda de protestos continua em Banguecoque, com o movimento estudantil a receber adesão popular nos pedidos de reforma do regime monárquico, um assunto
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considerado tabu na política tailandesa. Outros pedidos dos manifestante são a demissão do Governo, indissociável do poder militar, e a marcação de eleições.
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5 3 4 12 6 0 2 9 86 77
1 7 8 5 4 6 06 2 3 9 4
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64 90 1 88 27 41 05 7 39 6
9 4 7 3 12 5 6 89 03 2 8
2 08 9 83 79 3 44 1 67 5
SOLUÇÃO DO PROBLEMA 27
78 43 8 90 61 12 56 0 27 5
PROBLEMA 28
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Cineteatro 26
6 7 2 3 5 9 8 0 1 MULAN1 [B] 6 7 FALADO EM INGLÊS 9EM CHINÊS 3 6 LEGENDADO 14.30, 16.45, 19.15, 21.30 5 1 0 4 8 5 2 4 8 0 2 4 7 9 3 SALA 1
TENET [B]
C I N E M A 4 0 2 3 7 9 6 1 5 8
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0 9 3 5 1 Com: 2Aaron7KWOK, Miriam 1 YEUNG, 8 Alen6MAN 14.30, 19.00 4 6 9 3 7 PENINSULA [C] 0 2 5 Um8 filme de:4 Yeon Sang-ho Com: Gang Dong-won, 2 4 0 8 5Lee Jung-hyun 16.45, 21.15 7 8 6 4 2 1 3 7 9 0 9 0 5 6 3 3 1 8 7 9 6 5 2 1 4
31 SÉRIE HOJE UMA
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8 7 3 2 6 9 4 1 0 5
Um filme de: WONG Hing Fan
realização de Gideon Raff, é difícil fugir à comicidade de Sacha Baron Cohen, mesmo em papéis sérios. Basta ver a forma trapalhona como 6 para 1 imaginar 3 2 um8Borat 5 sírio, 9 a7 anda, tropeçar em tudo, em vez de um espião 4 8 9 3 0 6 2 1 da Mossad. João Luz
3 1 6 7 9 5 4 2 0 8
2 7 4 0 1 8 9 5 6 3
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THE SPY | GIDEON RAFF
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I’M LIVING’ IT [B]
5 9 4 0 6 7 1 8 6 3em2factos 8 reais, 9 “The 0 4Spy”5 Baseado retrata a actividade de Mossad 1 7 3 5 8 9 2nos0 anos 60, quando a Síria era uma das principais 8 4 ameaças 1 2 de5Israel. 6 Sacha 3 9 Baron Cohen, conhecido pelas perso0 cómicas 2 6 Ali7G e4Borat,5dá corpo 8 3 nagens a Eli Cohen, um espião dos serviços 7 0 9 3 1 4 6 2 secretos israelitas que existiu mesmo. 3 1 tem 0 como 6 2fio condutor 8 5 a7 A narrativa infiltração de Eli na cúpula de poder 4 8 7 9 3 1 0 6 militar e político da Síria, numa altura de 2 grande 5 convulsão, 8 4 7que 3antecedeu 9 1 a Guerra dos Seis Dias. Apesar do 9 6 histórico 5 1 e 0da mestria 2 7 na4 interesse
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Um filme de: Cristopher Nolan Com: John David Washington, Robert Pattinson, Elizabeth Debicki 14.30, 18.00, 21.00
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opinião 19
terça-feira 22.9.2020
macau visto de hong kong
Ponto da situação em Hong Kong
N
O passado dia 16, o Governo de Hong Kong deu uma conferência de imprensa onde anunciou que cerca de 1.780.000 residentes se tinham voluntariado para participar no programa de testagem universal ao novo coronavírus, destes, apenas 42 apresentaram resultados positivos. O Executivo da cidade contribuiu apenas com a verba de 530 milhões de dólares de de Hong Kong para cobrir as despesas do programa, dos quais 370 milhões se destinaram a pagar os salários do pessoal médico e das equipas de apoio ao processo de testagem. O programa foi levado a cabo pela equipa de testagem do ácido nucleico, vinda do continente expressamente para este fim. Uma vez terminado o processo, cerca de 600 membros da equipa regressaram ao continente.Ao chegarem à China, ficaram todos sujeitos a uma quarentena de 14 dias. Os investigadores responsáveis sugeriram que a testagem se deveria repetir na passagem do Outono para o Inverno, para controlar o novo surto epidémico. Afirmaram ainda que enviarão de novo as equipas para Hong Kong sem qualquer hesitação. Estas palavras aquecem-nos o coração. Hong Kong tem actualmente 7,5 milhões de habitantes. Apenas 1,78 milhões participaram neste programa, ou seja, cerca de um quarto da população. Como salientámos no artigo da semana passada, o sucesso deste programa não é apenas determinado pelo número de participantes, mas sim pelos portadores assintomáticos identificados com sucesso, porque basta um para pôr em causa o esforço de controlo da epidemia em Hong Kong. Só identificando os portadores e quebrando as cadeias de transmissão, se conseguirá que a vida das pessoas volte ao normal. Hong Kong precisa de equipas de apoio para implementar este programa. Numa certa medida, indica que o sistema de saúde da cidade não consegue suportar acções de larga escala. Este facto é digno de alguma reflexão. Quando o vírus apareceu, ao contrário do que aconteceu em Macau, o Governo de Hong Kong não foi capaz de implementar o plano de fornecimento generalizado de máscaras à população. Depois de muitos esforços, apareceu finalmente a máscara com filtro de cobre, mas o seu fabrico deu origem a uma polémica. As máscaras com filtro de cobre são produzidas apenas por um fabricante e as pessoas questionaram a transferência deste negócio do sector público para o sector privado. Além disso foi também posta em causa a eficácia destas máscaras em termos de protecção. As máscaras foram tam-
XINHUA
DAVID CHAN
bém criticadas pela sua aparência, dizia-se que pareciam “roupa interior”. Como a população continua a crescer em Hong Kong e os vírus são cada vez mais perniciosos, o Governo local deve colocar o seu foco no fortalecimento do sistema de saúde e na prevenção e combate às epidemias. Para além das medidas sanitárias já anunciadas, o Governo de Hong Kong vai aplicar 24 mil milhões de dólares locais no terceiro fundo de combate à epidemia. Depois deste anúncio, muitas pessoas criticaram a redução de verbas o que significa que quem se encontra em situação difícil vai receber menos apoio. O Secretário da Administração declarou que depois de contabilizar as verbas do fundo de apoio, o Governo espera que o próximo ano fiscal venha a ter um deficit de 300 mil milhões. No entanto, ainda existem mais 800 mil milhões das reservas fiscais fiscal, o equivalente às despesas do Governo de Hong Kong durante 12 a 13 meses. O que quer isto dizer exactamente? Para simplificar, significa que se o Governo de Hong Kong não tiver receitas durante um ano, estes 800 mil milhões podem ser gastos para suportar as despesas. Mas, nesse caso, as reservas ficam a zeros.Acidade ainda não conseguiu erradicar a epidemia. Podemos vir a necessitar de um
“O principal veículo para o aumento das receitas é a subida dos impostos. Mas, nas circunstâncias actuais, tal será impossível. Contar apenas com a redução de despesas é uma forma muito simplista para o melhoramento da situação fiscal.”
quarto fundo de apoio. Os três primeiros foram respectivamente de 30 mil milhões, 130 mil milhões e 24 mil milhões, num total de184 mil milhões. Perante a necessidade de um quarto fundo de investimento, e com as reservas em baixo, onde é que o Governo pode ir buscar o dinheiro necessário para apoiar as pessoas e a economia? Para além do mais, a economia da cidade ainda não recuperou. Muitas empresas não estão a laborar na totalidade devido ao alto risco de transmissão da infecção. Mesmo depois do fim da pandemia, a economia ainda vai levar algum tempo para se restabelecer. Ninguém sabe quanto tempo vai ser necessário. Durante o período de recuperação, o Governo vai certamente receber muitos pedidos de apoio. Tendo isto em consideração, os 800 mil milhões das reservas fiscais, não são uma grande margem. Será que nessa altura teremos de considerar seriamente os conteúdos do Artigo 107 da Lei Básica de Hong Kong que estipula "equilibrar as despesas e evitar os déficits"? O melhor que o Governo de Hong Kong pode fazer para já é combater a epidemia e recuperar a economia o mais rapidamente possível. Ao mesmo tempo, terá de pensar cuidadosamente sobre a forma de melhorar a sua situação financeira. Para isso terá simplesmente de "aumentar as receitas e reduzir as despesas." O principal veículo para o aumento das receitas é a subida dos impostos. Mas, nas circunstâncias actuais, tal será impossível. Contar apenas com a redução de despesas é uma forma muito simplista para o melhoramento da situação fiscal. A China e Macau conseguiram efectivamente achatar a curva epidémica, a indústria do jogo em Macau em breve estará a facturar normalmente, pelo que as receitas do Governo voltarão a aumentar. Se Hong Kong quiser alterar a sua situação financeira, terá de procurar novas fontes de rendimento, para ter mais dinheiro e reforçar o sistema de saúde.
Professor Associado da Escola Superior de Ciências de Gestão/ Instituto Politécnico de Macau • Consultor Jurídico da Associação para a Promoção do Jazz em Macau • legalpublicationsreaders@yahoo.com.hk • http://blog.xuite.net/legalpublications/hkblog
“Já não estamos no País das Maravilhas, Alice.”
Tasmânia Cerca de 270 baleias estão encalhadas em área remota
A outra epidemia Número de desempregados inscritos no Algarve aumenta 178 por cento em Agosto
Agosto, ou seja, havia menos 2.425 desempregados inscritos face a Julho. Também as ofertas de emprego no Algarve caíram 24,7 por cento em Agosto face ao mesmo mês de 2019, para 510, mas aumentaram 4,6 por cento face ao mês anterior. Segundo o IEFP, o desemprego aumentou em Agosto na generalidade das regiões, com excepção da Região Autónoma dos Açores, onde caiu 1,3 por cento para 7.040 desempregados inscritos em termos homólogos.
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ERCA de 270 baleias piloto ficaram encalhadas numa área remota da ilha da Tasmânia, no sul da Austrália, e três baleias corcundas conseguiram encontrar o caminho do mar após permanecerem num rio infestado de crocodilos no norte do país. As baleias piloto foram vistas encalhadas ontem em bancos de areia ao largo da ilha australiana da Tasmânia e as autoridades lançaram medidas para o resgate dos animais, na costa oeste da ilha. Especialistas acreditam que as baleias se encontram num banco de areia nas margens de Macquarie Heads, uma área florestal protegida, informou o governo regional da Tasmânia. Não é a primeira vez que um grupo de baleias fica preso nas praias da Austrália por motivos que os especialistas desconhecem. Em incidentes anteriores, a comunidade científica considerou a possibilidade de as baleias chegarem à costa atraídas pelos sonares de grandes navios ou guiadas por um líder de grupo desorientado devido a alguma doença. Alguns especialistas acreditam que são animais sociais e se um deles comete um erro e entra em águas rasas é seguido pelos demais. No norte da Austrália, uma baleia corcunda conseguiu nadar por canais rasos na ampla foz do rio East Alligator e voltar ao Golfo de Van Diemen no fim de semana, disse o responsável do Parque Nacional de Kakadu, Feach Moyle. Não houve avistamentos anteriores de baleias no remoto rio East Alligator, no Parque Nacional Kakadu, localizado no Território do Norte - listado como Património Mundial - e ninguém pode explicar porque pelo menos três dos mamíferos se deslocaram para o interior de um rio com pouca visibilidade. “Saiu com a maré alta e estamos satisfeitos por parecer estarem em boas condições e sem sofrer quaisquer efeitos nocivos”, disse Moyle.
PANORAMA GERAL A região de Lisboa e Vale do Tejo registou em Agosto a segunda maior subida homóloga, a seguir à do Algarve, com um aumento de 48,1 por cento, para 91.140 desempregados inscritos
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região do Algarve registou em Agosto o aumento homólogo mais elevado do número de desempregados inscritos nos centros de emprego, ao subir 177,8 por cento, para 20.425, segundo dados divulgados ontem. Os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) mostram que, desde Março, mês do início do estado de emergência devido à pandemia de covid-19, o Algarve é a região com as subidas homólogas do desemprego mais pronunciadas. Antes da pandemia, em Janeiro e Fevereiro, o Algarve era a única região do país a registar
um aumento do número de desempregados inscritos, mas com crescimentos ligeiros, de 0,3 por cento e 0,9 por cento, respectivamente, face ao mesmo período de 2019. Em Março, o aumento do número de desempregados no Algarve disparou para 41,4 por cento, passando para 123,9 por cento em Abril, 202,4 por cento em Maio, 231,8 por cento em Junho e 216,1 por cento em Julho, tendo então registado em Agosto uma subida de 177,8 por cento (mais 13.072 pessoas do que há um ano). Ainda assim, comparando com o mês anterior, o número de desempregados na região do Algarve caiu 10,2 por cento em
A região de Lisboa e Vale do Tejo registou em Agosto a segunda maior subida homóloga, a seguir à do Algarve, com um aumento de 48,1 por cento, para 91.140 desempregados inscritos. Seguiram-se as regiões do Alentejo, onde o número de inscritos nos centros de emprego cresceu 27,1 por cento, para 14.268, e a região autónoma da Madeira, com 26,6 por cento, para 14.925 desempregados. Na região Norte, o número de desempregados inscritos subiu 24,1 por cento em Agosto, para 127.281, enquanto no Centro o aumento foi mais baixo, de 22,7 por cento para 42.323. No país, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 34,5 por cento em Agosto em termos homólogos e 0,5 por cento face a Julho, segundo o IEFP.
Rússia Alexei Navalny com veneno Novitchok “dentro e sobre” o seu corpo
O
opositor russo Alexei Navalny afirmou ontem que a substância Novitchok foi encontrada no seu organismo e também sobre o seu corpo e exigiu que Moscovo lhe entregue a roupa que usava, considerada uma “prova vital”. “Antes da autorização para ser transportado para a Alemanha, retiraram-me toda a roupa e enviaram-me completamente nu. Atendendo a que o Novitchok foi encontrado sobre o meu corpo e que é muito prová-
terça-feira 22.9.2020
PALAVRA DO DIA
Charles Manson
vel um método de infecção por contacto, as minhas roupas são uma prova material muito importante”, escreveu Navalny no seu blogue. “Exijo que as minhas roupas sejam cuidadosamente embaladas num saco de plástico e me sejam devolvidas”, acrescentou o opositor, que ainda se encontra em convalescença num hospital de Berlim. Alexei Navalny sentiu-se mal durante um voo, na Rússia, em 20 de Agosto, e foi de início admitido num hospital siberiano antes de
ser transferido para a Alemanha, onde foi concluído um envenenamento por Novitchok, uma substância neurotóxica concebida por especialistas soviéticos e com fins militares. Moscovo rejeitou essa possibilidade, apesar das conclusões nesse sentido de laboratórios da Alemanha, França e Suécia. Segundo apoiantes de Navalny, foram ainda encontrados vestígios de Novitchok numa garrafa de água recolhida no seu quarto de hotel na Sibéria.
ONU Celebração dos 75 anos com nova declaração de compromissos
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Organização das Nações Unidas (ONU) iniciou ontem a comemoração do 75.º aniversário, com uma declaração e lista de 18 objectivos adoptada pelos Estados-membros, com vista à mobilização de recursos e reforço de parcerias. A “Declaração sobre a comemoração do septuagésimo quinto aniversário das Nações Unidas” foi adoptada ontem por unanimidade, na semana de alto nível da Assembleia Geral, com presenças muito restritas na sede da ONU, em Nova Iorque e com discursos gravados anteriormente pelos chefes de Estado, devido á pandemia. “Não estamos aqui para comemorar. Estamos aqui para agir”, refere a declaração ontem adoptada pelos Estados-membros da ONU, em que se destaca que a pandemia de covid-19 é “o maior desafio global” da história da organização, criada para manter a paz internacional depois da Segunda Guerra Mundial. “Ao longo dos anos, mais de um milhão de mulheres e homens serviram sob a bandeira das Nações Unidas em mais de 70 operações de manutenção da paz”, lê-se na declaração que pede novas medidas e novas abordagens aos problemas actuais, numa altura em que se defende que a ONU é o principal palco mundial de acordos multilaterais, cooperação e solidariedade. “Não deixaremos ninguém para trás” é o primeiro compromisso do documento, explicando-se que atenção especial deve ser dada às pessoas em situações vulneráveis e que “assistência humanitária deve ser concedida sem obstáculos ou atrasos e de acordo com os princípios humanitários”. Medidas “transformadoras” são também pedidas no objectivo de “proteger o planeta”. “Temos de reduzir imediatamente as emissões de gases com efeito de estufa e alcançar padrões de consumo e produção sustentáveis em linha com os compromissos nacionais aplicáveis ao Acordo de Paris e em linha com a Agenda 2030”, lê-se no documento.