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A pedra

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LIU CHE (156-87 a. C.), que seria recordado como o imperador Han Wudi, nos últimos anos da sua vida e do seu reinado parecia tão obcecado pela busca da imortalidade que alguns se queixaram de que negligenciava o governo do império numa fúria inútil para evitar que a luz inexorável da mortalidade se apagasse.

Nisso se comparava ao primeiro imperador Qin Shihuang mas o melancólico entardecer de Han Wudi ficaria marcado por um claro contraste entre importantes reformas, como a expansão militar do território ou introdução dos exames de acesso à administração pública, e um longo lamento pela finitude. Quando andava pelos quarenta anos e ia partir para Shanxi para uma cerimónia de culto religioso, num momento de pujança do seu poder, mostrando que sabia bem o que perdia, sentado no seu navio escreveu:

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A brisa outonal vai embalando nuvens brancas, Árvores e ervas amarelecem e há gansos que regressam ao Sul. Que elegantes as orquídeas e que pefume têm os crisântemos! Lembra-me aquela senhora que não consigo esquecer.

O navio imperial vai partir cruzando o rio Fen, No seu curso levantam-se ondas brancas. A flauta de bambu e o bater do tambor acompanham o ritmo da canção dos remadores;

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