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Os sonhos eléctricos
AVolkswagen e a Xpeng querem “forjar uma aliança estratégica de longo prazo e mutuamente benéfica”, disse a fabricante chinesa, num comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong, onde está cotada.
O documento indicou que as marcas vão desenvolver em conjunto dois modelos eléctricos para o mercado chinês, que devem começar a ser produzidos em 2026. “Isto vai permitir que o Grupo Volkswagen expanda a sua posição na China, explore novos segmentos de clientes e traga novos veículos eléctricos inteligentes e totalmente co -
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OS lucros das principais empresas industriais da China contraíram 16,8 por cento, em termos homólogos, no primeiro semestre do ano, para 3,39 mil milhões de yuans (428 milhões de euros), indicam dados oficiais divulgados ontem.
Este índice registou, no entanto, uma queda ainda maior, de 18,8 por cento, se for contabilizada apenas a média relativa aos primeiros cinco meses de 2023, já que o declínio dos lucros foi menos acentuado em Junho.
No mês passado, os lucros das principais empresas industriais da China caíram 8,3 por cento, nectados para o mercado mais rapidamente”, explicou o chefe da empresa alemã na China, Ralf Brandstätter, através da rede social LinkedIn.
O presidente e director executivo da Xpeng, He Xiaopeng, afirmou que as duas empresas “vão juntar forças altamente complementares”. “Vamos partilhar tecnologias no sector dos veículos inteligentes e capacidades de ‘design’ e engenharia de classe mundial e aprender um com o outro”, disse.
As acções da Xpeng, considerada uma das principais rivais da Tesla na China, dispararam quase 33 por cento na bolsa de valores de Hong Kong, durante a sessão da manhã de ontem.
O jornal de Hong Kong South China Morning Post indicou ainda que a Audi, uma das marcas do Grupo Volkswagen, também assinou um acordo para formalizar a aliança com a fabricante chinesa SAIC, com vista a aumentar o portefólio eléctrico no segmento topo de gama. Estes acordos “sublinham a urgência” do conglomerado alemão em melhorar os resultados na China, onde tem sido “eclipsado” por empresas emergentes locais, como a NIO, BYD ou Xpeng, no segmento eléctrico, no qual a Volkswagen registou uma queda nas vendas no primeiro semestre, apesar
Rota a corrigir
Lucros das principais empresas caem 16,8% no primeiro semestre em termos homólogos, de acordo com os dados publicados pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE) chinês.
“Face à contínua recuperação da economia este ano e ao efeito de vá- rias políticas, a produção industrial registou uma constante recuperação e os lucros das empresas têm melhorado”, disse um analista do GNE Sun Xiao, em comunicado.
Na elaboração desta estatística, o gabinete apenas teve em conta as empresas industriais com um volume de negócios anual superior a 20 milhões de yuan (2,5 milhões de euros).
A recuperação da economia perdeu força no segundo trimestre do ano, face à queda do mercado ter crescido 25 por cento, escreveu o SCMP.
A via do futuro
No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros eléctricos, mais do que em todos os outros países do mundo juntos. A dimensão do mercado chinês propiciou a ascensão de marcas locais, que ameaçam agora o ‘status quo’ de uma indústria dominada há décadas pelas construtoras alemãs, japonesas e norte-americanas. Estimativas do banco de investimento UBS indicam que, até 2030, três em cada cinco veículos novos vendidos na China vão ser movidos a electricidade, em vez de combustíveis fósseis.
das vendas no sector imobiliário, contracção das exportações e enfraquecimento do consumo interno. A débil procura resultou na estagnação da inflação, enquanto a queda dos preços ao produtor acelerou.
Ajuda a caminho
Esta semana, o Partido Comunista Chinês (PCC) sinalizou mais apoio ao sector imobiliário e comprometeu-se a impulsionar o consumo e resolver o excesso de endividamento dos governos locais. Durante um encontro conduzido pelo secretário-geral do PCC e Presidente do país, Xi Jinping, o Politburo do Partido reconheceu
“dificuldades no actual funcionamento” da economia.
Na semana passada, as autoridades chinesas anunciaram que o produto interno bruto (PIB) registou um crescimento homólogo de 6,3 por cento, no segundo trimestre do ano, aquém das expectativas dos analistas, já que o efeito base de comparação, após um ano de bloqueios rigorosos, fazia prever uma taxa superior. Face ao primeiro trimestre do ano, a economia cresceu apenas 0,8 por cento, sugerindo um abrandamento na recuperação, depois de Pequim ter abolido a política ‘zero covid’, em vigor durante a pandemia.
Videojogos N Mero De Jogadores Na China Bate Recordes
UMA associação governamental da indústria de jogos afirmou ontem que o número de jogadores de videojogos na China aumentou para um recorde de 668 milhões, à medida que o maior mercado de jogos do mundo volta a crescer. O número de jogadores contabilizados no final de Junho representa cerca de metade da população. A associação do sector, CGIGC, que anunciou os dados numa conferência do sector em Xangai, disse também que as receitas das vendas do mercado nacional de jogos atingiram 144,26 mil milhões de yuans no primeiro semestre deste ano. “No contexto de um mercado mundial de jogos pouco dinâmico, a indústria de jogos da China está a sair gradualmente de uma fase de depressão e a mostrar uma tendência ascendente”, disse Zhang Yijun, director da CGIGC, na conferência, citado pela emissora pública de Hong Kong RTHK.
“Face aos desafios da segunda metade do ano, ainda temos de aumentar a confiança da indústria”, acrescentou.
A população de jogadores da China diminuiu pela primeira vez no ano passado, na sequência da repressão governamental que se abateu durante meses sobre o sector devido a preocupações de Pequim com o vício em jogos. A repressão anulou receitas significativas e o valor de mercado de muitos gigantes nacionais do sector dos jogos, incluindo a Tencent Holdings e a NetEase.
No entanto, as receitas do jogo ainda não regressaram ao nível anterior à campanha do Governo Central. As receitas das vendas caíram de 150,493 mil milhões de yuans no primeiro semestre de 2021 para 144,26 mil milhões neste primeiro semestre.
As autoridades pararam de aprovar novos jogos por quase oito meses entre 2021 e 2022, mas desde então relaxaram os regulamentos. Os reguladores aprovaram o último lote de licenças de jogo na quarta-feira, permitindo que 88 jogos chegassem ao mercado no mês de Julho.