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Som e fúria diplomática

dos Negócios Estrangeiros

PEQUIM lançou ontem críticas à imprensa estrangeira por estar a “criar um rebuliço” na sequência do caso de Qin Gang, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês que foi afastado do cargo esta semana, depois de um mês desaparecido do olhar do público.

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O afastamento de Qin Gang, que não surgia em cerimónias públicas há mais de um mês, foi anunciado na terça-feira. “Opomo-nos à propaganda maliciosa sobre este assunto”, afirmou a porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em conferência de imprensa. “A China informou prontamente sobre demissões e nomeações”, acrescentou.

Mao disse ainda que o portal do ministério, onde as referências a Qin desapareceram na noite de terça-feira, está a ser “actualizado”. A representante não esclareceu se, após a “actualização”, as referências ao ex-

-ministro vão voltar a aparecer. “Consulte a página após a actualização”, recomendou, ao ser questionada por um jornalista. Mao voltou a referir o breve despacho publicado na terça-feira pela agência noticiosa oficial Xinhua sobre o afastamento de Qin Gang e reiterou que não tem mais informações sobre o assunto. A Xinhua citou um comunicado do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional, de apenas uma frase, a informar sobre a substituição de Qin pelo antecessor Wang Yi. O mesmo comunicado não apresentou nenhuma razão para a substituição ou desaparecimento de Qin Gang.

Longe da vista

MAO

Qin Gang não aparece em público desde 25 de Junho, dia em que se reuniu em Pequim com responsáveis do Sri Lanka, da Rússia e do Vietname. Desde então, tem estado ausente de vários eventos diplomáticos, suscitando variadas especulações sobre o seu paradeiro e sobre a sua situação.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros apagou também do seu portal várias referências ao ex-ministro. Na secção “Actividades dos líderes do Ministério”, agora coberta por notícias sobre o trabalho dos vice-ministros Ma Zhaoxu e Deng Li, as menções a Qin Gang desapareceram. No início deste mês, Mao Ning justificou a ausência de Qin Gang de um encontro de ministros dos Negócios Estrangeiros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), em Jacarta, por “motivos de saúde”.

TUFÃO DOKSURI CIDADES COSTEIRAS DE FUJIAN ENCERRAM ESCOLAS, EMPRESAS E FÁBRICAS

EM antecipação da chegada iminente do tufão Doksuri, as autoridades de várias cidades costeiras chinesas na rota da tempestade encerraram ontem escolas e negócios, enquanto o observatório nacional renovou o seu alerta meteorológico mais severo após fortes chuvas durante a noite no sudoeste do país.

A previsão das autoridades apontava para a chegada do tufão à costa chinesa às primeiras horas da madrugada passada, informou a rádio estatal, citando as autoridades meteorológicas da província de Fujian.

O observatório nacional classificou o Doksuri como um tufão “forte”, com ventos máximos de 180 quilómetros por hora, à medida que se deslocava para noroeste através do Estreito de Taiwan em direcção à província de Fujian, a partir das 12h de ontem.

Três cidades costeiras da província de Fujian encerraram ontem escolas, empresas e fábricas, informaram os meios de comunicação social estatais, enquanto as autoridades de controlo de inundações de uma delas, Xiamen, alertaram para um “impacto grave”.

No entanto, a Administração Meterológica da China previu que seria mais fraco do que o tufão Meranti de 2016, o mais forte a atingir a costa oriental da China desde 1949 e que matou pelo menos 11 pessoas.

Quinze províncias e unidades administrativas mu- nicipais em toda a China foram afectadas por condições meteorológicas “severas”, incluindo trovoadas, chuvas fortes, vendavais e granizo antes da chegada do Doksuri, informou a agência de notícias Xinhua. Pequim lançou operações de emergência para o controlo das inundações no sudoeste do país na noite de quarta-feira, após chuvas torrenciais nas províncias de Sichuan, Guizhou e Yun- nan, bem como na vizinha metrópole de Chongqing. As fortes inundações na cidade de Luzhou, na província de Sichuan, arrastaram carros para troncos de árvores, de acordo com vídeos que circulam nas redes sociais chinesas. Navios de passageiros e barcos de pesca também ficaram encalhados em partes da província costeira de Zhejiang, imediatamente a norte de Fujian.

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