Hoje Macau 31 MAI 2017 #3822

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DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ

QUARTA-FEIRA 31 DE MAIO DE 2017 • ANO XVI • Nº 3822

OBRAS VIÁRIAS

As exigências de Coutinho PÁGINA 4

A semana passada

SOFIA MARGARIDA MOTA

hojemacau

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

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MOP$10

OPINIÃO TÂNIA DOS SANTOS

TROCAS FISCAIS www.hojemacau.com.mo•facebook/hojemacau•twitter/hojemacau

Vamos a votos

72 PÁGINA 5

virgens

h VALÉRIO ROMÃO ECONOMIA | PIB

Cresce e aparece HOJE MACAU

PÁGINA 9

LIGA DE ELITE

AO RUBRO PÁGINA 13

ELLA LEI DEPUTADA

“Não acredito que o Governo possa diminuir os preços das casas”

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ENTREVISTA


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ELLA LEI

ENTREVISTA

DEPUTADA

Um dos assuntos que mais preocupa os cidadãos é o imobiliário. Que medidas é que devem ser adoptadas para travar os preços da habitação? Temos de perceber para que serve o imobiliário numa região. É difícil ao Governo impor restrições aos preços no mercado privado, mas pode fazer outras coisas. Por exemplo, podem ser aumentados os encargos de quem usa a habitação como forma de investimento. Aqueles que têm mais do que uma casa devem pagar o mesmo de contribuição predial? É normal que uma família tenha uma ou duas casas para viver. O problema é que há pessoas com várias fracções residenciais e algumas não são aproveitadas. Esta ideia merece ser discutida. Não há terrenos suficientes, as casas que existem não servem para satisfazer as necessidades. Sentem-se dificuldades, nomeadamente, entre os jovens. Quer seja para comprar ou arrendar, o custo é muito elevado. Mas é claro que, mesmo que o Governo avance com políticas para aumentar fortemente os impostos no mercado imobiliário, se faltam terrenos não temos capacidade para resolver a questão. Sendo assim,

“Vou fazer o me

SOFIA MARGARIDA MOTA

Os Operários ainda não tomaram uma decisão final mas, se tudo correr como espera, Ella Lei será de novo candidata à Assembleia Legislativa. Resta saber se alinha na corrida pelo sufrágio directo ou se vai tentar assegurar um assento por via das eleições de base corporativa. A deputada acredita que pode fazer mais na garantia de habitação e na defesa dos direitos dos trabalhadores locais

Porque é que decidiu ser deputada? Foi um processo muito longo. Quando acabei a licenciatura, comecei a trabalhar no escritório dos deputados ligados à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), na altura em que Kwan Tsui Hang e Tong Chi Kin estavam na Assembleia Legislativa (AL). No início, fui responsável por alguns casos e, devido à natureza da FAOM, normalmente estavam relacionados com trabalhadores. Como era assistente de deputados, escrevia comunicados e dava-lhes assistência nalguns casos que tratámos. Comecei a ter a sensação de que este tipo de trabalho era muito significativo, e tinha contacto com áreas como a lei de trabalho e a segurança social. Depois, por recomendação da FAOM, tornei-me representante dos trabalhadores no Conselho Permanente de Concertação Social, e comecei a participar nas discussões relativas às políticas. Já não era só tratar de casos, também era necessário dar a minha opinião no âmbito da definição de políticas. Apresentei ideias sobre como poderiam ser alteradas as leis, incluindo as que estão em discussão há muito tempo, como o salário mínimo, a lei relativa aos acidentes de trabalho e o regime de previdência. Durante o processo, percebi que é muito importante a fiscalização do Governo e o trabalho de melhoria dos problemas sociais através de legislação. É isso que sinto em relação ao meu trabalho e foi assim que acabei por ser deputada.

só podemos atenuar a especulação. Não acredito que o Governo consiga diminuir facilmente os preços das casas. É importante que o Executivo aproveite as terras para responder às necessidades dos cidadãos.Ahabitação pública é muito importante. Na minha opinião, o Executivo deve aumentar o número de fracções públicas. Apesar dos projectos que há, a proporção da habitação pública representa uma percentagem pequena no total de fracções em Macau. As casas públicas totalizam apenas vinte e tal por cento das habitações totais. Por isso, além de precisarmos de políticas de controlo da especulação, precisamos de reservar terrenos para

“O Executivo deve aumentar o número de fracções públicas. Apesar dos projectos que há, a proporção da habitação pública representa uma percentagem pequena no total de fracções em Macau.”

habitação pública. Isso também pode contribuir para combater o aumento dos preços das casas. Qual é a melhor forma de melhorar a situação no acesso à habitação pública em Macau? No último concurso que o Governo abriu houve mais de 40 mil pedidos, apesar de alguns não reunirem os requisitos necessários, de acordo com os serviços. No futuro, depois de concluídas as obras do aterro da zona A, teremos terrenos disponíveis para a construção da habitação pública. Assim sendo, o Governo deve abrir concursos de admissão de modo a conhecer as necessidades reais dos


u melhor”

“A taxa de desemprego é só um factor na análise. Somos contra actos de importação excessiva e desordenada de TNR, que violem os direitos e interesses dos residentes locais.” durante a época alta de turismo. Quero acrescentar ainda que a nova companhia de radiotáxis entrou em serviço há pouco tempo. Por outro lado, Macau é uma cidade boa para andar a pé. Se os transportes públicos não são capazes de resolver as necessidades dos cidadãos, o Governo deve promover a melhoria das instalações pedonais e ligar mais pontos entre diferentes zonas da cidade. Um bom exemplo disso foi a construção da via pedonal perto da Colina da Guia que liga a Zona de Aterros do Porto Exterior ao Tap Seac. Esta medida facilita a vida aos residentes e reduz a necessidade de autocarros. Os idosos também podem aceder a esta via pedonal com a ajuda de elevadores. Se o Governo apostar em medidas destas pode atenuar muito a pressão do trânsito. Macau tem uma taxa de desemprego muito baixa. Porque é que insiste na redução do número de trabalhadores não residentes (TNR)? Actualmente, o número de TNR é de cerca de 180 mil. Na minha opinião, é necessário ajustar esse número através de políticas. Por exemplo, existe uma necessidade enorme de empregados domésticos, uma área com cerca de 20 milTNR. Nestas áreas não existe grande polémica. Mas é necessário ajustar o número de TNR e dar prioridade aos locais. Para já, o Governo deve estudar a proporção de TNR e trabalhadores locais em cada área, saber onde os residentes locais podem desenvolver a sua carreira. Isso é importante. Não estamos a proibir plenamente a importação de TNR, mas achamos que deve ser uma acção regulamentada pelas leis do território, e que deve cumprir o princípio da primazia de trabalho aos residentes locais. Apesar da taxa de desemprego baixa em Macau, há situações que precisam de

cidadãos, e planear a direcção da habitação pública no futuro. O trânsito é outro problema de que a população se queixa. O que pode ser feito? Em relação ao trânsito, perdemos uma oportunidade importante. No passado, era expectável que o metro ligeiro ligasse os principais pontos do território, tais como as fronteiras e linhas de acesso entre Macau e Coloane, de forma a atenuar a pressão sobre os serviços de autocarro. Mas perdemos essa oportunidade. O Governo declarou que o metro ligeiro entrará em funcionamento em 2019 só no segmento da Taipa, ou seja, não

terá um impacto significativo, uma vez que exclui a península de Macau. Se chegasse à zona da Barra, ao menos ligaria Macau e a Taipa. Além disso, o Governo precisa de ter em conta os serviços de autocarro com base nos dados científicos. Sei que as companhias de autocarro estão equipadas com um sistema de avaliação da eficiência dos itinerários. Estes dados podem ser aproveitados para ajustar os percursos. Podem fazer-se rotas de uma forma mais “ponto a ponto”, sem muitas paragens, isso pode facilitar a deslocação dos residentes que vivem longe do centro como, por exemplo, quem mora em Seac Pai Van. Além disso, deve ser reforçada a frequência

“Se os transportes públicos não são capazes de resolver as necessidades dos cidadãos, o Governo deve promover a melhoria das instalações pedonais e ligar mais pontos entre diferentes zonas da cidade.”

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ser discutidas. Por exemplo, na construção civil. Há poucos dias falámos com o director dos Serviços para os Assuntos Laborais. Em comparação com o primeiro trimestre de 2015, a taxa de desemprego local no primeiro trimestre deste ano aumentou, bem como a taxa de subemprego. Isso deve-se às obras na zona do Cotai que existiam há uns anos. Naquela altura, os residentes locais conseguiam arranjar emprego. Mas com a diminuição de número de obras em curso, a situação de subemprego piorou. Ao mesmo tempo, o número de TNR da construção civil fixou-se em 30 mil e continua a aumentar. O Governo precisa de resolver a dificuldade da população local em arranjar emprego. É um facto que a taxa de desemprego em Macau está num nível muito baixo, mas existem outros problemas tais como violação de direitos de trabalhadores e dificuldades na progressão na carreira. O Governo diz sempre que “a taxa de desemprego do nosso território é muito baixa, e tal tal tal”, como se não houvesse qualquer problema na política de TNR. A taxa de desemprego é só um factor na análise. Somos contra actos de importação excessiva e desordenada de TNR, que violem os direitos e interesses dos residentes locais. Com a chegada do fim da actual legislatura, que balanço faz do seu trabalho enquanto deputada? Entrei na AL através de sufrágio indirecto. Em primeiro lugar, quanto aos assuntos laborais, acho que houve progressos positivos com algumas leis que foram aprovadas. Por exemplo, trabalhámos muito no regime do contrato de trabalho nos serviços públicos, que foi apreciado em 2015. O salário mínimo avançou um pouco e precisa de definição, mas é um assunto que tem de ser resolvido até 2019. Houve pequenos avanços na legislação no que diz respeito aos acidentes de trabalho, quanto à obrigatoriedade de haver seguro de saúde nos dias de tufão de nível 8. Noutras áreas houve maiores avanços. Mas há aspectos que precisamos de melhorar na próxima legislatura, por exemplo, na sobreposição e compensação de férias, e na licença de paternidade. Por outro lado, o Governo está ainda a trabalhar no regime de previdência central não obrigatório. É necessário pensar-se num próximo passo para aperfeiçoar o regime. Em relação à fiscalização ao Governo através de comissão de acompanhamento, consegui fazer com que o Executivo prestasse atenção a alguns assuntos sociais. Por exemplo, no futuro precisamos de fazer mais para melhorar a vida dos idosos em vez de termos só o fundo de segurança social. Depois, há preocupações sobre a forma como o Governo gasta dinheiro nas obras públicas, nomeadamente no que toca

a derrapagens orçamentais, falta de fiscalização e obras em atraso. Quando saíram relatórios do Comissariado contra a Corrupção e Comissariado da Auditoria, a AL avançou logo com trabalhos para dar seguimento às situações verificadas. Penso que os cidadãos querem que fiscalizemos as despesas do Governo, de modo a prevenir que se repitam erros do passado. Não podemos gastar dinheiro sem razão justificada.

“Se a nossa equipa decidir que me candidato por sufrágio directo tenho de me preparar para isso. A decisão final será confirmada quando submetermos oficialmente a nossa candidatura.” Quais os assuntos que gostaria de ver discutidos na próxima legislatura? Quero avançar com trabalhos de alteração às políticas de habitação, a que toda a gente presta muita atenção. A revisão de regulamento do sector dos táxis, que por causa do fim da actual legislatura ficou ainda por fazer. A definição do salário mínimo será uma prioridade. Também acho que o Governo deve imprimir urgência às propostas de lei que têm o seu compromisso, e levá-las à AL para que sejam realizadas de modo mais rápido possível. Por vezes, o Governo entrega as propostas à AL com urgência, sem dar tempo suficiente para apreciarmos a proposta. Esses aspectos precisam de ser melhorados através da melhoria de regimes. Pensa, portanto, em recandidatar-se à AL? A nossa equipa ainda não submeteu a candidatura. Quanto a mim, vou fazer o meu melhor. Espero poder continuar a fazer este tipo de trabalho, mas a decisão final depende da nossa equipa. Vai candidatar-se pelo sufrágio directo? Vou preparar-me. Se a nossa equipa decidir que me candidato por sufrágio directo tenho de me preparar para isso. A decisão final será confirmada quando submetermos oficialmente a nossa candidatura, porque tem de ser tomada pela nossa equipa. Vítor Ng

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4 POLÍTICA

hoje macau quarta-feira 31.5.2017

ECONOMIA DIVERSIFICAR ATRAVÉS DA COSMÉTICA

M

ACAU tem condições para diversificar a sua economia no sector do turismo da saúde. A ideia foi deixada na segunda-feira por Terry Gou, presidente e fundador da empresa Foxconn do Grupo Hon Hai, num encontro com o Chefe do Executivo Chui Sai On. Te r r y G o u é da opinião de que Macau e a Ilha da Montanha têm os requisitos necessários para desenvolverem condições para desenvolverem a diversificação económica na área da saúde. O sector da cosmética é a apontado pelo presidente da Foxconn como a área em que o território deve apostar. Por outro lado, as exposições e convenções representam também

um alvo a investir quando se trata de diversificação a economia local. No mesmo encontro, o Chefe do Executivo de Macau apontou que a cooperação entre o Governo e a Ilha da Montanha de Zhuhai baseia-se no “Acordo-Quadro de Cooperação Guangdong-Macau”. Para Chui Sai On, o acordo representa “o empenho do Governo da RAEM na cooperação regional e no estabelecimento de uma relação de cooperação amigável a longo prazo com a Província de Guangdong”, lê-se no comunicado enviado à comunicação social. Chui Sai On não deixou de sublinhar o desenvolvimento que o Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa tem tido deixando em aberto uma possível colaboração com o Grupo de Cuidados de Saúde de Terry Gou.

PORTO INTERIOR HO ION SANG PEDE REABERTURA DE POSTO FRONTEIRIÇO

O deputado Ho Ion Sang pede ao Governo que apresse a reabertura do posto fronteiriço e o retomo do trajecto fluvial entre o Porto Interior e a Ilha da Lapa. A razão, aponta, é a inconveniência para aqueles que utilizavam este trajecto como entrada e saída do território e a influência negativa que a suspensão destas passagens tem para os negócios. Para Ho Ion Sang os residentes estão a ser afectados pela suspensão da ligação há cerca de um ano, e agora gastam mais tempo para aceder ao Continente através de outras fronteiras. Por isso, afirma o deputado, “há toda a necessidade de reabrir, com celeridade, e de alargar as funções do posto da Ilha da Lapa, bem como elaborar um plano, a longo prazo, para o tornar um posto alternativo relevante”. Ho Ion Sang recorda ainda a promessa de construção de um túnel subaquático entre a Barra e Lapa e a sua importância na “articulação com os elementos comerciais e turísticos”. Neste sentido, o deputado questiona o Governo quanto ao andamento do projecto.

Obras viárias COUTINHO EXIGE RESPONSABILIDADES AO GOVERNO

O cabo dos trabalhos

O deputado José Pereira Coutinho pede que o Governo assuma as responsabilidades sobre os problemas verificados ao nível das obras viárias. É também pedido um reforço dos recursos humanos na área da fiscalização

O

último relatório do Comissariado de Auditoria (CA) expôs os problemas existentes com a coordenação das diversas obras viárias que têm vindo a ser realizadas no território. Mesmo que o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) já tenha prometido melhorias a esse nível, o deputado José Pereira Coutinho exige uma maior responsabilização das autoridades. “Vai o Governo assacar responsabilidades pelo facto de as autoridades competentes não terem aplicado medidas sancionatórias aos infractores pela execução das obras nas vias públicas?”, começa por questionar numa interpelação escrita enviada ao Governo. Coutinho defende ainda que deveriam ser aplicadas sanções disciplinares aos responsáveis pelos problemas detectados pelo CA. “De acordo com o relatório do CA, em 36 obras atrasadas havia demoras entre

dois a 72 dias, perfazendo um total de 1019 dias de incumprimento sem que fossem assacadas responsabilidades sancionatórias. Vai o Governo exigir responsabilidades disciplinares e outras que eventualmente existam, por negligência no exercício de funções públicas?” O deputado e presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau pede ainda que haja um reforço de recursos humanos por parte do IACM e da própria Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT). “Vai o Governo reforçar os recursos humanos na área da fiscalização com a finalidade de serem cumpridas as

obrigações, deveres legais e contratuais derivado dos contratos celebrados entre as autoridades competentes e os particulares?”, questionou.

QUEIXAS DE JANEIRO

Na sua interpelação, o deputado lembrou que já em Janeiro deste ano, ou seja, muito antes da divulgação do relatório do CA, vários cidadãos se queixavam do excesso de obras nas vias públicas e de como isso afectava o seu dia-a-dia. “No dia 5 de Janeiro interpelei o Governo com o facto de muitos cidadãos terem apresentado queixas ao nosso gabinete de atendimento face ao elevado número de obras executadas nas vias públicas de

“Vai o Governo exigir responsabilidades disciplinares e outras que eventualmente existam, por negligência no exercício de funções públicas?” PEREIRA COUTINHO DEPUTADO

uma forma descoordenada, que sistematicamente tem vindo a afectar a vida dos cidadãos, principalmente na entrada e saída dos empregos e na deslocação de alunos entre a casa e escola”, escreveu. O director da DSAT terá dito que iria promover uma melhoria dos serviços nessa área. Lam Hin San referiu que, este ano, “o grupo de coordenação das obras viárias iria continuar a aprofundar e optimizar a coordenação e gestão mediante a classificação das vias, o controlo do número de obras na mesma zona e a sua duração, bem como a criação de um mecanismo de prémios e sanções em função da conclusão antecipada ou atrasada nos concursos realizados pelas concessionárias.” Na visão de Lam Hin San, esses trabalhos de optimização tinham como objectivo “encurtar os prazos de execução das obras e minimizar o impacto causado às deslocações na cidade”. Andreia Sofia Silva

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Fazer o que não foi feito AL defende ajustamentos sobre troca de informações fiscais

GCS

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S deputados da Assembleia Legislativa (AL) votam hoje na especialidade a proposta de lei relativa à troca de informações em matéria fiscal. Contudo, a 1ª comissão permanente da AL alerta para a possibilidade de alterações após a entrada em vigor do diploma. “A comissão entende que é adequado, após a vigência da lei e tendo em conta as experiências obtidas e os respectivos critérios internacionais, proceder ao respectivo aperfeiçoamento, bem como reservar tempo suficiente para efeitos de apreciação legislativa”, lê-se no parecer jurídico. “Não se exclui a hipótese de se ajustar e aperfeiçoar algumas normas no âmbito operacional, a fim de corresponder às exigências da comunidade internacional”, acrescenta ainda o documento. A comissão alerta ainda para o facto de ser necessário tempo para ver os resultados práticos da legislação. “Como os acordos só poderão ser assinados após a entrada em vigor da presente proposta de lei, e uma vez que a primeira troca automática de informações vai ser aplicada em 2018, o resultado da troca automática de informações das diversas jurisdições ainda está a ser visto,

• 1ª comissão permanente da AL “Não se exclui a hipótese de se ajustar e aperfeiçoar algumas normas no âmbito operacional, a fim de corresponder às exigências da comunidade internacional”

e as instruções estão também a ser praticadas e examinadas.” “Como se está na fase inicial da implementação dos padrões internacionais, é provável que existam, na prática, muitas dificuldades desconhecidas, e que haja lugar, a curto prazo, da alteração desses padrões devido ao funcionamento prático e à tendência internacional”, afirma o parecer.

GPDP NÃO FOI OUVIDO

Durante o processo de auscultação dos sectores bancário e financeiro

sobre esta matéria, o Governo deixou de lado o Gabinete de Protecção de Dados Pessoais (GPDP). Os deputados da 1ª comissão permanente questionaram este facto. “A comissão exortou o proponente a encontrar um equilíbrio entre a troca de informações fiscais e a protecção dos dados pessoais, indagando junto do proponente os motivos da ausência de consulta de opiniões junto do GPDP sobre a proposta de lei.”

O Governo considerou que não houve necessidade de ouvir o organismo pelo facto das informações fiscais dos titulares das contas estarem protegidas por mecanismos internacionais no âmbito da OCDE. Além disso, a Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) “está muito preocupada com a protecção das informações em termos práticos”, estando a preparar a instalação de equipamentos e a adopção de provas de certificação de dados até ao final deste ano, aponta o parecer.

POLÍTICA

A comissão refere ter “levantado muitas questões”, alertando para o trabalho prático que ainda falta fazer após a implementação do diploma. “Que se saiba, Macau adopta o modelo de acordo bilateral, mas até ao momento ainda não foi celebrado qualquer acordo quanto à troca de informações a realizar em 2018”, explica. Tal significa que “para cumprir o compromisso de efectuar, em 2018, a troca de informações com as partes contratantes interessadas, há ainda muito trabalho a fazer no âmbito da criação de uma base legal e a celebração de acordos entre as autoridades competentes, que abrangem detalhes técnicos”, remata o documento. Actualmente Macau tem 21 acordos assinados relativos à troca de informações a pedido, incluindo cinco acordos para evitar a dupla tributação e prevenir a evasão fiscal em matéria de impostos sobre o rendimento, um deles com Portugal. Foram ainda assinados 16 acordos de troca de informações em matéria fiscal. Andreia Sofia Silva

andreia.silva@hojemacau.com.mo


6 PUBLCIDADE

hoje macau quarta-feira 31.5.2017

Sun Hung Kai Investment Services Limited (Sucursal de Macau)

(Publicações ao abrigo do artigo 76º do RJSF, aprovado pelo Decreto-Lei nº 32/93/M, de 5 de Julho)

a)

b) no sentido de prestar aos clientes serviços de gestão financeira e produtos de investimentos diversificados. A Sucursal continuará a recrutar especialistas financeiros e dará activamente formação aos graduados universitários locais para se tornarem consultores financeiros e profissionais qualificados. Pretendemos promover a formação na gestão financeira à comunidade e contribuir, com o nosso esforço, para o desenvolvimento da indústria financeira de Macau. Actuando como um dos líderes de intermediação financeira em Macau, o Grupo Financeiro Sun Hung Kaij está empenhado, tal como no passado, em obter valores intrínsecos de «Excelência, Integridade, Prudência, Profissionalismo, Inovação», honrando o firme compromisso de dar prioridade aos interesses dos clientes, de forma a prestar aos investidores de Macau serviços financeiros da melhor qualidade.

Relatório de Auditor Independente sobre Demonstrações Financeiras Resumidas Síntese do Relatório de Actividade Resultados Financeiros A SUN HUNG KAI INVESTMENT SERVICES LIMITED — SUCURSAL DE MACAUj (adiante designada por “Sucursal”) registou uma receita operacional total para o ano findo em 31 de Dezembro de 2016 de MOP $10.848.687, com um lucro após os impostos de MOP $1.779.018. Retrospectiva das actividades Devido às influências do Interior da China e às incertezas da economia global na bolsa de Hong Kong em 2016, a economia de Macau não podia estar imune. Para além disso, foram registadas pequenas subidas na bolsa de Hong Kong e diminuição das transacções no mercado das acções em virtude dos ajustamentos surgidos no mercado do Interior da China. O montante diário de transacções, em média, foi de 66,9 mil milhões, o que representa uma descida de 37% face aos 105,6 mil milhões do ano de 2015, tendo-se registado uma forte descida no rendimento das comissões dos bolsistas desta Sucursal, e uma descida de 46% na receita operacional geral em comparação com o ano de 2015; no entanto, com um aumento ligeiro das despesas operacionais menos de 1% em comparação com o ano anterior, registou-se uma queda de 46% no lucro líquido após os impostos. Desenvolvimento das actividades Com o lançamento da “Conexão entre as bolsas de Hong Kong e Shanghai” em 17 de Novembro de 2014, teve também início a “Conexão entre as bolsas de Hong Kong e Shenzhen” em 5 de Dezembro de 2016. Estes programas visam dar início ao mecanismo de interconexão do mercado das acções entre o Interior da China e Hong Kong, através dos quais os investidores podem, diariamente, comprar ou vender uma determinada quota de acções do mercado da outra parte, e proporcionar aos clientes a opção por mercados diferentes, melhorando, desta forma, as oportunidades das comissões dos bolsistas. Perspectivando o ano de 2017, esta sucursal não só continuará a desenvolver, de uma forma activa, as actividades bolsistas de acções, como também irá desenvolver outros serviços de produtos financeiros,

Para o Director-Geral do Sun Hung Kai Investment Services Limited – Sucursal de Macau (Sucursal de um investimento serviço responsabilidade limitada, incorporada na Região Administrativa Especial de Hong Kong). Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras do Sun Hung Kai Investment Services Limited – Sucursal de Macau relativas ao exercício de 2016, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau e no dia 12 de Maio de 2017 expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras compreendem o balanço, à data de 31 de Dezembro de 2016, a demonstração de resultados, a demonstração de rendimentos e gastos reconhecidos, a demonstração de fluxos de caixa relativas ao exercício findo, e o resumo das políticas contabilistas relevantes e outras notas explicativas. As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência são um resumo das demonstrações financeiras anuais auditadas e dos livros e registos da sucursal. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas e os livros e registos. Para a melhor compreensão da posição de negócios da sucursal e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela auditoria, as demonstrações financeiras resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria. Chang Suet Yi Queenie, Auditor de Contas KPMG Macau, 12 de Maio de 2017


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SOCIEDADE

Transportes GOVERNO CONFIANTE NA PROCURA DO NOVO TERMINAL MARÍTIMO

E melhor que seja agora ´

O deputado Ng Kuok Cheong pede ao Governo informações detalhadas acerca do Hospital das Ilhas. Para o deputado, é inconcebível que passados seis anos do início da construção ainda não se saiba nada quanto ao seu futuro. Ng Kuok Cheong solicita a divulgação, por parte do Governo, de toda a informação que diga respeito ao projecto, inclusivamente a data prevista de abertura, para que a população possa monitorizar a evolução das obras. Quanto ao funcionamento do novo hospital, Ng Kuok Cheong considera que deve ser adoptado um modelo de funcionamento “mais moderno” para garantir a qualidade e a eficiência dos serviços médicos. O deputado propõe que as autoridades recorram a faculdades de medicina das regiões vizinhas de modo a também melhorar a formação dos profissionais do território.

EXPLOSIVOS GOVERNO NÃO PERMITE DEPÓSITO NA ZONA DO AEROPORTO

O Governo não vai disponibilizar um local para o depósito de explosivos na zona do novo terminal marítimo da Taipa e do aeroporto. A informação foi dada pelo Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, que garantiu a inexistência de qualquer local para armazenamento de explosivos neste local. A intenção seria o armazenamento para posterior utilização na construção do túnel de Ka Ho. Chau Vai Man, coordenador do Gabinete para o Desenvolvimento de InfraEstruturas, refere, de acordo com o jornal Ou Mun, que, de facto, a localização perto do novo terminal marítimo foi considerada, porém a proposta foi retirada e os dispositivos foram levados para Ka Ho, local que possui os requisitos necessários para o armazenamento deste tipo de materiais.

O secretário para os Transportes e Obras Públicas diz estar “confiante na procura crescente” do novo Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa. A estrutura entra em actividade amanhã, 12 anos após o início da construção, mas sem alguns serviços de apoio

É

um mega projecto que entra em funcionamento amanhã. Com uma área de 200 mil metros quadrados, o Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa vai ter capacidade para receber 400 mil passageiros por dia, oferecendo ligações a Hong Kong e a Shenzhen – as mesmas que já eram asseguradas pelo terminal provisório, a funcionar desde 2007, que será encerrado e demolido. O novo terminal, que tem uma ligação directa ao aeroporto, entra em funcionamento com oito de 16 lugares de atracação. “O tempo encarregar-se-á de resolver esse problema. Para já, toda a operação que estava a decorrer no terminal provisório passará para aqui (…) e penso que as condições são bastante melhores”, disse o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, à margem de uma conferência de imprensa e visita ao terminal. “Estamos confiantes de que haja uma procura crescente deste terminal”, sublinhou. Dos 30,9 milhões de visitantes que Macau recebeu ao longo de 2016, mais de um terço (ou 10,7 milhões) chegaram por via marítima, de acordo com dados oficiais. No primeiro trimestre deste ano, 2,55 milhões de visitantes utilizaram o jetfoil como meio de transporte para o território, dos quais 957.631 pelo terminal provisório, que hoje deixa de funcionar.

O QUE AINDA FALTA

Quanto à nova infra-estrutura, entra em funcionamento sem

SOFIA MARGARIDA MOTA

HOSPITAL DAS ILHAS NG KUOK CHEONG PEDE INFORMAÇÕES CLARAS

zona comercial e de restauração. Raimundo do Rosário explicou que já foi encontrada uma empresa por concurso público para a exploração dos espaços comerciais – o grupo CSI – mas que até à respectiva entrada em operação no terminal serão apenas disponibilizadas máquinas de venda automática. “Infelizmente, essa parte não ficou resolvida como nós gostaríamos. Houve algumas questões que fizeram atrasar todo este processo mas, entretanto, ainda que as

condições não sejam as melhores, decidimos manter a data da inauguração e iniciar a operação neste terminal o mais cedo possível”, disse o secretário. “Peço paciência às pessoas porque vai demorar algum tempo até que todos os serviços de apoio funcionem normalmente, mas faremos o possível para encurtar esses prazos”, acrescentou. A segunda fase do novo Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa também contempla um

“Peço paciência às pessoas porque vai demorar algum tempo até que todos os serviços de apoio funcionem normalmente, mas faremos o possível para encurtar esses prazos.” RAIMUNDO DO ROSÁRIO SECRETÁRIO PARA OS TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS

heliporto na cobertura, com capacidade para cinco helicópteros e pista de descolagem e aterragem, um projecto que ainda não tem data definida. “O serviço de helicópteros continuará a operar no terminal do Porto Exterior. Neste momento não temos uma data para transferir essa operação para aqui”, afirmou Raimundo do Rosário. O novo Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa começou a ser construído em 2005, mas sofreu uma série de alterações, que elevaram o orçamento até 3,8 mil milhões de patacas, ou seja, seis vezes mais do que o inicialmente previsto. O terminal provisório vai ser demolido e, no âmbito da terceira fase do projecto, vai dar lugar a infra-estruturas de apoio ao definitivo, como depósitos de combustíveis e um quartel de bombeiros.

SAÚDE SEIS NOVOS CASOS DE HIV ATÉ ABRIL

O

teste para a detecção da SIDA e o modo como os doentes estão a ser tratados em Macau correspondem aos padrões internacionais, garantiu o director dos Serviços de Saúde. De acordo com Lei Chin Ion, que presidiu à primeira reunião do ano da Comissão de Luta contra a SIDA, as estatísticas indicam que foi inibido o vírus

de 93 por cento das pessoas infectadas que estavam a ser acompanhadas no Centro Hospitalar Conde de São Januário. “Por outras palavras, Macau conseguiu alcançar uma das metas do programa ‘90-90-90’ (ou seja, 90 por cento dos infectados receberam tratamento) proposto pela UNAIDS”, referiu

o responsável, citado em comunicado oficial. Durante a sessão, foram apresentados os dados mais recentes em relação à doença. Nos primeiros quatro meses deste ano, foram registados em Macau um total de seis casos declarados de VIH de residentes locais: três foram infectados por transmissão homossexual, dois por via

de relações heterossexuais e o restante é de transmissão desconhecida. “De um modo geral, Macau ainda é uma região com baixa taxa de infecção”, indica o comunicado oficial que ressalva, porém, que nos últimos dez anos houve “um grande aumento de casos de infecção de residentes locais”. Em 2016, o número subiu considera-

velmente em comparação com os anos anteriores. A comissão atribui o fenómeno à “forte divulgação de informações” sobre o teste rápido de detecção do vírus.


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SOCIEDADE

TIAGO ALCÂNTARA

“UMA FAIXA, UMA ROTA” FUNDAÇÃO MACAU LANÇA BOLSAS DE ESTUDO

A

O

S dados são da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC): o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiros três meses deste ano foi de 10,3 por cento, em comparação com o mesmo período do ano passado, superior ao do quarto trimestre do ano passado, altura em que se fixou em sete por cento. A contínua melhoria das exportações de serviços e do investimento foi um dos factores apontados para justificar o crescimento da economia, a par da menor base de comparação no primeiro trimestre do ano passado. “A procura externa manteve-se expandida, impulsionando o crescimento anual de 13,4 por cento das exportações de serviços. Destacam-se os aumentos de 11,3 por cento nas exportações de serviços do jogo e de 20,9 por cento nas exportações de outros serviços turísticos, tendo subido 9,7 por cento as exportações de bens”, lê-se num comunicado da DSEC. Por outro lado, a procura interna subiu, “com acréscimos anuais de 1,6 por cento na despesa de consumo privado, de 4,8 por cento na despesa de consumo final do Governo e de 4,6 por cento no investimento, tendo também subido 5,2 por cento as importações de bens”. “Simultaneamente, o deflator implícito do PIB, que mede a va-

Economia PIB AUMENTOU 10,3

POR CENTO NO PRIMEIRO TRIMESTRE

Volta a subir A economia de Macau cresceu 10,3 por cento em termos reais no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2016. O PIB está a ser impulsionado pelo crescimento do jogo e as melhorias do investimento riação global de preços, ascendeu ligeiramente 0,5 por cento, em relação ao mesmo trimestre de 2016”, refere.

MAIS GASTADORES

Já a despesa do consumo privado “aumentou 1,6 por cento, face ao primeiro trimestre de 2016, invertendo a tendência decrescente do trimestre anterior, devido ao panorama favorável do mercado de emprego, ao alívio da pressão resultante da inflação e ao ambiente de consumo durante as festividades”. “A despesa de consumo final das famílias cresceu 1,3 por cento

no mercado local e 4,9 por cento no exterior”, acrescenta. A despesa de consumo final do Governo registou um “aumento anual de 4,8 por cento no primeiro trimestre de 2017”, contrastando

A despesa de consumo final das famílias cresceu 1,3 por cento no mercado local e 4,9 por cento no exterior

“com o crescimento nulo do quarto trimestre de 2016”. Além disso, “salientam-se as subidas de 3,7 por cento nas remunerações dos empregados e de 6,5 por cento nas aquisições líquidas de bens e serviços”. “O investimento continuou a melhorar. A formação bruta de capital fixo (que reflecte o investimento) registou uma subida homóloga de 4,6 por cento, superior à do quarto trimestre de 2016 (+0,2 por cento)”, refere a DSEC. No mesmo período, o investimento do sector privado aumentou um por cento em termos anuais, e o aumento do investimento em construção abrandou para 3,3 por cento, “devido principalmente à redução do investimento em obras de grandes empreendimentos de turismo e entretenimento”, tendo sido ainda registada uma queda de 13,3 por cento no investimento privado em equipamento. “Em termos anuais, subiu significativamente (75,3 por cento) o investimento do sector público, impulsionado pelos acréscimos substanciais de 73,9 por cento em construção e de 132,6 por cento em equipamento”, adianta. No primeiro trimestre deste ano, o PIB de Macau situou-se em 93,58 mil milhões de patacas. Em 2016, o PIB de Macau foi de 358,2 mil milhões de patacas.

RRANCARAM esta semana as candidaturas para as bolsas de estudo da Fundação Macau ao abrigo da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”. Os interessados podem tentar a sua sorte até ao próximo dia 12. “A criação da bolsa de estudo ‘Uma Faixa, Uma Rota’ visa promover a internacionalização do ensino superior e o desenvolvimento diversificado de Macau”, diz a Fundação Macau. Em paralelo, pretende “reforçar e estreitar as relações de amizade entre Macau e os países e regiões abrangidas pela iniciativa, nomeadamente os países de língua portuguesa e do Sudeste Asiático, de modo a incentivar o intercâmbio entre estudantes e preparar recursos humanos qualificados para a concretização, em conjunto, da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’”, acrescenta o organismo em comunicado. O programa, com a duração de cinco anos, prevê disponibilizar um total de 150 vagas para dois tipos de bolsas de estudo: uma no exterior e outra em Macau. Actualmente, encontram-se abertas as candidaturas para a primeira, para a qual existem 20 vagas disponíveis para o próximo ano lectivo. Dez destinam-se a residentes permanentes da Macau que estejam no último ano do ensino secundário e pretendam frequentar uma licenciatura no Brasil, Malásia, Indonésia e Filipinas; enquanto as outras dez a estudantes de Guangdong e Fujian que sejam finalistas do curso de licenciatura em Macau e queiram frequentar um mestrado nos mesmos países, bem como em Portugal. O montante da bolsa a atribuir varia entre 60 mil e 80 mil patacas, dependendo do local de estudo. A lista final dos bolseiros vai ser divulgada até ao final de Julho.


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LIGA DE ELITE

ANÁLISE da 15ª jornada por João Maria Pegado

HOJE MACAU

Campeonato até ao fim

S

ÁBADO quando todos esperavam uma vitória do Benfica De Macau e com esses três pontos afastar o Monte Carlo da luta pelo título da liga, eis que os canarinhos dizem presente e arrancam uma valiosa vitória sobre o campeão em título. Monte Carlo 2 vs 1 Benfica de Macau. O mérito desta vitória, para além dos jogadores canarinhos, terá que ser dado ao técnico Claudio Roberto. No jogo anterior entre estas duas equipas tinha sido criticado aqui neste espaço por mim, por não ter potencializado o melhor que tem na sua equipa, o ataque. Neste

jogo subiu as linhas para junto do ataque mantendo a sua equipa muito compacta e não deixando espaço entre linhas para o Benfica organizar o seu ataque posicional como tanto gosta. Desta forma a partida tornou-se num jogo de transições rápidas onde o Monte Carlo é mais forte. Por parte da equipa de Henrique Nunes o que ficou mais visível foi a forma desconcentrada com que encararam este jogo decisivo e a atitude pouco aguerrida com que entraram em campo. Exemplo disso foi o canto que originou o primeiro golo do Monte Carlo. Na parte da finalização os encarnados

EQUIPA DA SEMANA

não tiveram das suas melhores noites com muitos golos falhados ao contrário dos canarinhos que tiveram dois golos de grande execução técnica.Com este resultado o Monte Carlo reduz para 1 ponto a diferença em relação ao Benfica. Em terceiro, a dois pontos do primeiro classificado, está o CPK, que na sexta feira derrotou o Kei Lun. CPK 2 Vs 1 Kei Lun. Contudo não foi uma vitória fácil para os pupilos de Inacio Hu. Depois de estarem em vantagem ainda na primeira parte, a equipa de Josi Cler empatou logo no reatar da segunda parte levando a incerteza ao até ao final, com o desbloqueio a acontecer numa bela jogada protagonizada por Vinicius Akio, entrado aos 58 minutos para o lugar de Vitor Almeida. Akio fez um belo passe para Ho Ka Seng que só teve que encostar para a baliza e fazer o golo da vitória a 10 minutos do fim. Este golo coloca o CPK a dois pontos do líder, a duas jornadas do fim e com menos um jogo. Na próxima jornada defrontará o líder e em caso de vitória a meio da semana contra os Sub23, poderá entrar em campo contra o Benfica na primeira posição.

MANUTENÇÃO AO RUBRO

Tudo na mesma em relação a luta pela manutenção. No sábado Poli-

cia 1 Vs 1 KaI. A equipa de Ka Li Man esteve em vantagem até bem perto do final e quase que conseguia os três pontos importantíssimos para a manutenção, algo que será muito difícil visto ter que jogar os últimos dois jogos frente ao segundo e terceiro classificado. No domingo realizaram-se as outras duas partidas, Development Team 3 Vs Chuac Lun 3, a equipa do Development esteve a ganhar por 2-0 e mas permitiu a reacção do Chuac Lun na segunda parte que virou o resultado, mas entretanto no último minuto os jovens macaenses conseguiram o golo do empate, que impossibilitou o assalto da equipa de João Rosa ao quarto lugar por troca com Kei Lun. No último jogo da jornada verificou-se mais um empate. Sporting 1 Vs 1 Lai Chi. Os leões de Macau viram a oportunidade de garantir já a manutenção gorada devido a uma segunda parte de fraco nível depois de uma primeira parte onde a equipa apresentou algumas mudanças no onze mas que mereceu a vantagem que detinha ao intervalo. Com os empates de Policia, Development Team e Sporting, fica tudo igual para as últimas duas jornadas, sendo que o Lai Chi será uma certeza na segunda divisão. Resta um lugar e quem perdeu mais uma jornada foi o grupo da Policia.

NOTA NEGATIVA PARA ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE MACAU

A irresponsabilidade continua a reinar na principal prova da Associação. No jogo entre Policia Vs Ka I, o jogador da Policia após

JOGADOR DA JORNADA • #5 ANDERSON DE OLIVEIRA (M.C.) Grande responsável pela vitória importantíssima do seu clube, travou uma luta praticamente sozinho no meio campo contra os médios centros do Benfica, onde quase sempre levou a melhor. Capacidade física impressionante, excelente recuperador de bolas devido a um sentido posicional acima da média. Um dos bons estrangeiros do nosso campeonato.

um lance disputado de forma leal com um adversário, deslocou a clavícula. Um lance normal no futebol mas o que não é normal é um jogador ter que ficar 20 minutos no chão sem assistência por não haver ambulância nem paramédicos presentes no estádio, nem um saco de primeiros socorros. Triste!

CLASSIFICAÇÃO 1 - BENFICA

Jogos V E D GM GS DIF P 15 12 2 1 69 6 63 38

2 - MONTE CARLO 15 12 1 2 55 19 36 37 3 - C.P.K.

14 12 0 2 40 11 29 36

4 - KEI LUN

15

7

2

6

40

28

12

23

5 - CHING FUNG 15 5 7 3 28 27 1 22 6 - TAK CHUN KA I

15

5

2

8

22

35

-13

17

7 - SPORTING

15 3 3 9 11 39 -28 12

8 - POLICIA

15 2 4 9 9 32 -23 10

9 - DEVELOPMENT 14 2 2 10 14 47 -33 8 10 - LAI CHI

15

1

3

11

12

56

-44

6


14 PUBLI-REPORTAGEM

hoje macau quarta-feira 31.5.2017

A Sands China Associa-se ao WWF no Combate às Mudanças Climáticas através do Programa Hoteleiro “Just One” da Hora do Planeta do WWF

• Executivos da Sands China e do WWF lançam o Programa Hoteleiro ‘Just One’ da Hora do Planeta do WWF numa conferência de imprensa realizada no dia 4 de Maio no Sands Cotai Central. O programa proporciona aos hóspedes dos hotéis a oportunidade de participar no combate às alterações climáticas e de contribuir através do WWF adicionando 1 USD (8MOP/HKD) à sua conta por cada noite passada nos Hotéis The Venetian Macao e The Parisian Macao.

A

Sands China Ltd. anunciou recentemente uma parceria com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF sigla em inglês), a mais importante organização de conservação da Natureza a nível mundial, e o lançamento do Programa Hoteleiro “Just One” da Hora do Planeta do WWF, combinando esforços para reduzir o impacto ambiental e dar aos hóspedes dos hotéis a oportunidade de contribuírem para o combate às alterações climáticas. A Sands China e o WWF realizam uma conferência de imprensa conjunta no passado dia 4 de Maio, no Sands Cotai Central, que contou com a presença de executivos de ambas as entidades. No âmbito do compromisso continuado da Sands China para com a sustentabilidade, os hóspedes dos hotéis terão oportunidade de participar no combate às alterações climáticas e contribuir através do WWF acrescentando 1 USD (8 MOP/HKD) à sua conta por cada noite passada nos hotéis The Venetian Macao e The Parisian Macao. Os fundos recolhidos dos 6.000 quartos serão direccionados para apoiar duas iniciativas: 1) o Projecto de Fogões Alimentados a Biomassa do WWF-China e 2) elevação da consciencialização sobre a sustentabilidade ambiental em Macau, através da distribuição de Kits domésticos de LED da Hora do Planeta. O Venetian Macao e o The Parisian Macao são os primeiros hotéis em Macau e Hong Kong a estabelecer uma parceria com o WWF através do programa ‘Just One’. “A Sands China Ltd. trabalha já há muitos anos com o WWF em apoio da Hora do Planeta,” declarou Mark McWhinnie, Vice-Presidente Sénior de Operações e Desenvolvimento do Resort da Sands China Ltd. “Por isso, é com enorme prazer que abraçamos a nova iniciativa ‘Just One’, uma campanha de três anos destinada a elevar a consciência ambiental e ter

um impacto positivo no ambiente através da contribuição dos hóspedes dos nossos hotéis.” O primeiro beneficiário da campanha é o Projecto Fogões Alimentados a Biomassa do WWF-China, que irá que irá melhorar a qualidade de vida de pelo menos 1000 famílias em várias aldeias do Interior da China, onde o carvão é a fonte de energia usada actualmente para cozinhar. O impacto ambiental reduzido resultante da combustão mais limpa dos fogões alimentados a biomassa, beneficia as comunidades da seguinte forma: • • • •

Diminuição das emissões de dióxido de carbono Redução da poluição do ar Redução dos encargos familiares decorrentes de custos mais baixos Melhoria da qualidade do ar que se respira em casa; beneficiando a saúde de mulheres e crianças

O segundo beneficiário do Programa Hoteleiro “Just One” da Hora do Planeta do WWF, é a comunidade de Macau. Cerca de 5000 Kits domésticos LED de poupança energética Hora do Planeta serão distribuídos por diversas escolas locais, de forma a elevar a consciencialização dos alunos e respectivas famílias relativamente à sustentabilidade ambiental. Cada kit inclui toda a informação necessária às famílias para #FazeremaTroca para iluminação de eficiência energética e participarem na Hora do Planeta. O compromisso para com a comunidade de Macau faz parte do empenhamento genuíno da Sands China em ajudar a construir um futuro sustentável e encorajar alterações ambientais positivas. Cada kit contém: • •

Lâmpadas LED de eficiência energética T-shirt da Hora do Planeta

• •

Um kit informatibo sobre como mudar para um sistema de iluminação de eficiência energética Um saco de tecido reutilizável para embrulhar todos os itens

“O WWF está entusiasmado porque a Sands China Ltd. partilha do seu desejo de criar colectivamente um futuro melhor para o nosso planeta. As alterações climáticas afectam toda a gente, em toda a parte. E todos somos parte da solução. Através do Programa Hoteleiro “Just One” da Hora do Planeta do WWF, o pessoal e os hóspedes dos hotéis podem participar no combate às alterações climáticas e ficar a saber mais sobre como podem fazer a diferença,” afirmou Sudhanshu Sarronwala, Director Executivo de Marketing & Comunicação do WWF Internacional. “Sozinho, ninguém causa alterações climáticas e ninguém pode lidar com a situação sozinho. Em conjunto, no entanto, podemos mudar as alterações climáticas.” A sustentabilidade ambiental é um dos valores chave da Sands China. A participação anual na Hora do Planeta e a nova campanha “Just One” são apenas dois dos muitos projectos em curso que integram a estratégia de sustentabilidade global Sands ECO 360º, que procura minimizar o impacto da empresa no ambiente e encorajar os membros da sua equipa a “terem em mente uma acção ambiental” – no trabalho e em casa. As certificações de sustentabilidade e os prémios recebidos pela Sands China incluem; as certificações ISO 20121 e ISO 9001:2008 do The Venetian Macao, e cinco “Prémios de Ouro Hotel Verde de Macau” para hotéis nas propriedades da Sands China. Estes e muitos outros prémios continuam a destacar o sucesso dos esforços continuados de sustentabilidade da Sands China.


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EVENTOS

Ilha de Hengqin ARMAZÉM DO BOI ACOLHE EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA

As imagens da evolução A terceira edição da exposição de fotografias que retratam o desenvolvimento da Ilha de Hengqin começa este sábado. Os trabalhos, da autoria de sete fotógrafos de Macau, estarão expostos no Armazém do Boi até 16 de Julho

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S investimentos anunciados na vizinha Ilha de Hengqin, também conhecida como Ilha da Montanha, têm levado a profundas transformações no pequeno território do continente e nas vidas que o povoam. Sete fotógrafos de Macau deram seguimento a um trabalho de recolha de imagens que retratam estas transformações, iniciado em 2011. A terceira edição da exposição “Following The Changes in Hengqin’ 2011-2014-2017” é inaugurada já este sábado no Armazém do Boi, estando patente até ao dia 16 de Julho. Tudo começou em 2011, quando Frank Lei Ioi Fan, o mentor do projecto, fez o primeiro trabalho sobre as pequenas aldeias que, aos poucos, vão sendo sugadas pelas torres de betão e pelo desenvolvimento económico. Esse projecto teve como título “The Disappearing Neighbouring Villages – Rediscovery of Hengqin Island Photographic Exhibition”. Em 2015, houve uma sequela, com o nome “Below Laobeishan: Hengqin Today Photos and Videos Creative Exhibition”. Segundo um comunicado do Armazém do Boi, Frank Lei e os restantes fotógrafos têm procurado retratar o constante e rápido desenvolvimento da Ilha de Hengqin, “documentando as mudanças drásticas que afectaram a sociedade e a vida das pessoas desde que o Governo Central lançou o Plano Geral de Desenvolvimento de Hengqin, em 2009”. A nova edição da exposição que agora se inicia “conta a história de Hengqin através da perspectiva de sete fotógrafos”, contando também com uma selecção de alguns trabalhos já exibidos entre 2011 e 2014. O Armazém do Boi vai também compilar e publicar a obra “The once dusty land - Images of Hengqin: 20112014-2017”, enquanto documento visual periódico. A exposição tem entrada livre e conta com apoio da Fundação Macau. A.S.S.

MAM recebe “Cem Espécies – Obras de Peggy Chan”

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• Frank Lei e os restantes fotógrafos têm procurado retratar o constante e rápido desenvolvimento da Ilha de Hengqin, “documentando as mudanças drásticas que afectaram a sociedade e a vida das pessoas desde que o Governo Central lançou o Plano Geral de Desenvolvimento de Hengqin, em 2009”

À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA EU CONFESSO • Jaume Cabré

Revelado à luz

Na Barcelona franquista, o pequeno Adrià cresce num amplo e sombrio apartamento; o pai está determinado a transformá-lo num humanista poliglota, a mãe, num violinista virtuoso. Meio século depois, Adrià recorda a sua vida, indissociável do turbulento percurso de um violino excepcional. Da Inquisição ao nazismo, de Barcelona ao Vaticano, vai-se desvelando a cruel história europeia: uma cadeia de eventos iniciada na Idade Média, com repercussões trágicas até à actualidade.

Museu deArte de Macau (MAM) organiza, sob a alçada do Instituto Cultural, uma exposição de Peggy Chan, artista local com uma paixão pelo cianótipo, um processo antigo de impressão fotográfica. Ainauguração de “Cem Espécies – Obras de Peggy Chan” é amanhã e estará aberta ao público até 13 de Agosto. O espaço da exposição foi concebido com a ideia de reproduzir o “estúdio experimental” da artista. Os visitantes são convidados a observar os diversos tipos de materiais e imagens artificiais que buscam explorar a relação entre o ser humano e a natureza. O fio condutor das criações de Peggy Chan patentes nesta mostra é a ideia do impacto da sociedade moderna no meio ambiente. Os danos ecológicos que provocamos espelham-se em estruturas caóticas e na disfuncionalidade de ecossistemas inteiros. Esta acção do Homem tem como consequência a extinção de várias espécies e, inclusivamente, coloca o próprio ser humano em risco. Estes são os pontos de partida para o trabalho da artista, que através do cianótipo, um ancestral processo

de impressão fotográfica baseado no tempo de exposição à luz, captura a relação entre o indivíduo, a cidade e a natureza. O resultado é uma sobreposição de conceitos através de colagens paradoxais e da visão muito peculiar da artista.

FILTROS DO DIA

As obras reflectem as observações indirectas e perceptivas de eco-fenómenos do quotidiano. A exposição espelha a realidade filtrada pela visão de Peggy Chan, na tentativa de perceber se existem regras que governem a relação entre espécies, ambiente e a evolução estranha que se perspectiva. Peggy Chan nasceu em Macau e licenciou-se em Belas Artes no Instituto Real de Tecnologia de Melbourne com a especialidade de pintura. Experimentou diversos meios tais como a pintura, fotografia, vídeo e instalação, até se apaixonar pelo cianótipo, que está no cerne da exposição que inaugura esta quinta-feira. “Cem Espécies Obras de Peggy Chan”, estará patente ao público no MAM e tem entrada livre. João Luz

info@hojemacau.com.mo

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TEMPO DE MATAR • John Grisham

A vida de uma menina negra de dez anos termina às mãos de dois jovens brancos, bêbedos e sem remorsos. A população de Clanton, maioritariamente branca, reage com choque e horror a este crime desumano. Até que o pai da menina pega numa arma e decide fazer justiça com as suas próprias mãos. Durante dez dias, ardem cruzes por toda a cidade de Clanton e o país aguarda, com grande expectativa, o desfecho deste caso, enquanto Jake Brigance, o advogado de defesa, tenta desesperadamente salvar a vida do seu cliente – e depois a sua.


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(Publicações ao abrigo do Artigo 75.º do RJSF)


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(Publicações ao abrigo do Artigo 75.º do RJSF)

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(Publicações ao abrigo do nº 1 do artigo 86.º do Decreto-Lei n.º 27/97/M, de 30 de Junho)

Síntese do relatório de actividades No ano de 2016, devido a uma conjuntura externa complicada, o ICBC (Macau) insistiu sinceramente pela implementação das estratégias de desenvolvimento estabelecidas pelo Grupo ICBC para as suas participadas no exterior, promovendo a localização da sua gestão e melhorando em permanência as suas competências de concorrência no mercado, reforma e inovação, desenvolvimento sustentável e o nível de gestão global do risco. Paralelamente, procurou-se em acelerar o desenvolvimento saudável e coordenado do activo, passivo e actividades de intermediação, aumentando efectivamente a sua vantagem comparativa nas principais áreas de actividade, tornando-se progressivamente um banco de excelência local para a população da RAEM e vanguarda intelectualizada, localizável, com diversificação. . Até ao final do ano de 2016, o activo total líquido do Banco ascendia a duzentos e nove mil e seiscentos milhões de Patacas, o que representou um acréscimo de dezassete mil e quatrocentos milhões de Patacas em comparação com o ano transacto, correspondente a uma taxa de crescimento de 9,06%. O passivo total ascendia a cento e noventa mil e novecentos milhões de Patacas, o que representou um acréscimo de quinze mil e seiscentos milhões de Patacas comparativamente com o ano transacto e corresponde a um aumento de 8,93%. O saldo dos depósitos (incluindo entidades públicas) avaliou-se em cento e sessenta e cinco mil e seiscentos milhões de Patacas, o que representou um acréscimo de catorze mil e duzentos milhões de Patacas em comparação com o ano anterior, correspondente a um aumento de 9,39%. O saldo dos diversos créditos concedidos ascendia a cento e trinta e cinco mil e duzentos milhões de Patacas, representando um acréscimo de onze mil e oitocentos milhões de Patacas em comparação com o ano transacto, equivalente a uma taxa de crescimento de 9,52%. O saldo do rácio de créditos de cobrança duvidosa manteve-se num nível reduzido e as provisões mantiveram-se suficientes, o que reforçou ainda mais a capacidade para enfrentar qualquer risco. De acordo com as “Normas de Relato Financeiro de Macau”, o Banco conseguiu em 2016 um lucro líquido, após dedução de impostos, avaliado em dois mil e duzentos e cinquenta e seis milhões de Patacas, com uma taxa média ponderada de retribuição do capital e taxa média de retribuição do activo total de, respectivamente, 12,63% e 1,16%. As demonstrações financeiras do Banco, já auditadas e relativas ano findo em 2016, foram elaboradas de acordo com as “Normas de Relato Financeiro de Macau”. Se atendermos ao reforço de provisões previsto no “Regime Jurídico do Sistema Financeiro”, o lucro passará a ser de dois mil e duzentos e seis milhões de Patacas, depois de feito o necessário ajustamento. O bom comportamento negocial e os resultados positivos de exploração continuamente alcançados pelo Banco granjearam elogios e reconhecimento generalizado no seu sector e por parte da comunicação social especializada em assuntos económicos e financeiros com prestígio mundial, tendo as publicações “Global Finance” (EUA), “The Banker” e “World Finance” (Reino Unido) atribuído em 2016, ao ICBC (Macau), pelo oitavo ano consecutivo, o prémio de melhor banco em Macau, passando a ser o segundo banco mais forte na zona da Ásia-Pacífico. No futuro, o ICBC (Macau) continuará a enraizar-se localmenteem Macau, expandindo ainda as suas operações nas regiões vizinhas. O ICBC (Macau) reforçará os seus serviços no âmbito de construção de infra-estruturas, de projectos fulcrais para a Região, bem como no que diz respeito aos serviços sociais a serem prestados aos residentes locais, a fim de promover o desenvolvimento da diversificação adequada da economia de Macau; acelerará mais ainda as inovações e reformas, para promover a transformação do seu negócio, apoiando e contribuindo para o desenvolvimento económico e prosperidade da região. Macau, aos 23 de Março de 2017. Zhu Xiaoping Presidente do Conselho de Administração Parecer do Fiscal Único

Relatório de Auditor Independente sobre Demonstrações Financeiras Consolidadas Resumidas Para os accionistas da Banco Industrial E Comercial Da China (Macau), S.A. (Sociedade Anónima constituída em Macau) Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras consolidadas da Banco Industrial E Comercial Da China (Macau), S.A. (o “Banco”) e suas subsidiárias relativas ao ano de 2016, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau. No nosso relatório, datado de 23 de Março de 2017, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras consolidadas das quais as presentes constituem um resumo. As demonstrações financeiras consolidadas a que se acima se alude compreendem o balanço consolidado e do banco, à data de 31 de Dezembro de 2016, a demonstração de resultados consolidados e do banco, a demonstração de alterações no capital próprio consolidado e do banco e a demonstração de fluxos de caixa consolidados e do banco relativas ao ano findo, assim como um resumo das politícas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas. As demonstrações financeiras consolidadas resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras consolidadas anuais auditadas e dos livros e registos do banco. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras consolidadas auditadas e os livros e registos do banco. Para a melhor compreensão da posicão financeira do banco e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeiras consolidadas resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras consolidadas das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria.

Nos termos do disposto na alínea e) do artigo 25.º dos Estatutos e para os efeitos previstos na mesma disposição legal, o Conselho de Administração do Banco Industrial e Comercial da China (Macau), S.A., entregou a esta sociedade de auditores o relatório de actividades e contas auditado e referente ao exercício de 2016, para efeito de parecer. Depois de examinados os documentos entregues a esta sociedade, para efeitos de emissão do parecer, concluímos que os referidos documentos reflectem, de forma clara, não só a situação patrimonial, mas também a situação financeira e económica do Banco. O relatório do Conselho de Administração reflecte, de forma precisa, as actividades promovidas e desenvolvidas pelo Banco no ano de exercício ora em apreço. Tendo em atenção o relatório apresentado pelo auditor externo, esta sociedade concorda com o exposto no referido relatório, sendo que os documentos que serviram de base à elaboração das contas reflectem, de uma forma correcta e real, a situação financeira demonstrada no balanço com data de 31 de Dezembro de 2016, bem como o resultado financeiro do exercício findo em 31 de Dezembro de 2016. Recapitulando o acima exposto, decidimos aprovar o referido relatório de actividades e contas do Conselho de Administração. Macau, aos 23 de Março de 2017. CSC & Associados – Sociedade de Auditores (Representada por Chui Sai Cheong) Fiscal Único

Lei Iun Mei, Auditor de Contas KPMG Macau, 23 de Março de 2017

Lista das instituições em que o Banco detém participações superiores a 5% do respectivo capital e indicação do valor percentual Sociedade Financeira ICBC (Macau) Capital, S.A.

Sr. Jiang Yisheng 100%

Sociedade Gestora de Fundos de Pensões ICBC (Macau), S.A

100%

Seng Heng Development Company Limited (Incorporado em Hong Kong)

100%

Authosis, Inc. (Incorporado em Cayman Islands)

11%

Companhia de Seguros Luen Fung Hang, S.A.R.L.

6%

(Renunciou em 6 de Janeiro de 2016) Sr. Huen Wing Ming, Patrick

Vice-Presidente, DirectorGeral e Administrador Executivo

Síntese do Relatório de Actividades No ano de dois mil e dezasseis, a Sociedade Gestora de Fundos de Pensões ICBC (Macau), S.A., perante o ambiente externo desfavorável, continuou a seguir a tendência para um desenvolvimento sustentável, tendo atingido lucros avaliados em treze milhões e sessenta mil Patacas, após a dedução de impostos, o que representa um crescimento de 37,13%. Até ao final do ano de 2016, o activo total desta Sociedade ascendia a cento e quinze milhões de Patacas. O valor de mercado dos activos sob gestão desta Sociedade foi calculado em mais de dois mil cento e trinta milhões de Patacas. Norteando-se pela estratégia global de desenvolvimento implementada pelo Banco Industrial e Comercial da China (Macau), S.A., e retirando vantagens da marca, rede, recursos técnicos e financeiros do Grupo ICBC, a Sociedade, no futuro, continuará a empenhar-se em ascender a líder de mercado e da actividade gestora de fundos de pensões, sendo a mais procurada por clientes de Macau, a quem presta serviços de gestão de fundos de pensões cada vez mais seguros e de acesso fácil e rápido. Macau, aos 23 de Março de 2017.

Vice-Presidente e Administrador Executivo

Wu Long Presidente do Conselho de Administração

Relatório de Auditor Independente sobre Demonstrações Financeiras Resumidas Para os accionistas da Sociedade Gestora de Fundos de Pensões ICBC (Macau), S.A. (Sociedade Anónima constituída em Macau) Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras da Sociedade Gestora de Fundos de Pensões ICBC (Macau), S.A. relativas ao ano de 2016, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau. No nosso relatório, datado de 23 de Março de 2017, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras das quais as presentes constituem um resumo. As demonstrações financeiras a que se acima se alude compreendem o balanço, à data de 31 de Dezembro de 2016, a demonstração de resultados, a demonstração de alterações no capital próprio e a demonstração de fluxos de caixa relativas ao ano findo, assim como um resumo das politícas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas. As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras anuais auditadas e dos livros e registos do sociedade. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas e os livros e registos do sociedade. Para a melhor compreensão da posicão financeira do sociedade e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria. Lei Iun Mei, Auditor de Contas KPMG Macau, 23 de Março de 2017

Sra. Chen Xiaoyan

Administradora

Parecer do Fiscal Único

Sra. Wang Yixin

Administradora

Sr. Ma Xiangjun

Administrador

Sr. Tong Chi Kin

Administrador

Nos termos do disposto na alínea e) do artigo 24.º dos Estatutos e para os efeitos previstos na mesma disposição legal, o Conselho de Administração da Sociedade Gestora de Fundos de Pensões ICBC (Macau), S.A. entregou a esta sociedade de auditores o relatório de actividades e contas auditado e referente ao exercício de 2016, para efeito de parecer.

Mesa da Assembleia

Depois de examinados os documentos entregues a esta sociedade, para efeito de emissão de parecer, concluímos que os referidos documentos reflectem, de forma clara, não só a situação patrimonial, mas também a situação financeira e económica da referida Sociedade.

Sr. Huen Wing Ming, Patrick

Sr. Zhu Xiaoping

Presidente

O relatório do Conselho de Administração reflecte, de forma precisa, as actividades promovidas e desenvolvidas pela Sociedade no ano de exercício ora em apreço.

Órgãos Sociais

Sr. Zheng Kai

Secretário

Lista dos accionistas qualificados Industrial and Commercial Bank of China Limited

Conselho de Administração Sr. Zhu Xiaoping

Sr. Wu Long (Nomeado em 6 de Janeiro de 2016)

Fiscal Único Presidente, AdministradorDelegado e Administrador Executivo Vice-Presidente, DirectorGeral e Administrador Executivo

CSC & Associados – Sociedade de Auditores (Representada por Sr. Chui Sai Cheong)

Recapitulado o acima exposto, decidimos aprovar o referido relatório de actividades e contas do Conselho de Administração. Macau, aos 23 de Março de 2017.

Secretário de Sociedade Sr. Zheng Kai

Tendo em atenção o relatório apresentado pelo auditor externo, esta sociedade concorda com o exposto no referido relatório, sendo que os documentos que serviram de base à elaboração das contas reflectem, de forma correcta e real, a situação financeira demonstrada no balanço com data de 31 de Dezembro de 2016, bem como o resultado financeiro do exercício findo em 31 de Dezembro de 2016.

Secretário

CSC & Associados – Sociedade de Auditores (representada por Chui Sai Cheong) Fiscal Único

Lista das instituições em que a Sociedade detém participações superiores a 5% do respectivo capital N/A Lista dos accionistas qualificados Banco Industrial e Comercial da China (Macau), S.A. Órgãos Sociais Conselho de Administração Sr. Wu Long (Nomeado em 7 de Março de 2016)

Presidente

Sr. Jiang Yisheng (Renunciou em 7 de Março de 2016)

Presidente

Sr. Huen Wing Ming, Patrick

Administrador

Sr. Cheng Wing Fai, Patrick

Administrador

Sr. Chan Kam Lun (Nomeado em 7 de Março de 2016)

Administrador

Mesa da Assembleia Sr. Zhu Xiaoping

Presidente

Sr. Zheng Kai

Secretário

Fiscal Único CSC & Associados – Sociedade de Auditores (Representada por Sr. Chui Sai Cheong) Secretário de Sociedade Sr. Zheng Kai

Secretário


18 PUBLICIDADE

hoje macau quarta-feira 31.5.2017

(Publicações ao abrigo do Artigo 75.º do RJSF) Síntese do Relatório de Actividades

Parecer do Fiscal Único

No ano de dois mil e dezasseis, a Sociedade Financeira ICBC (Macau) Capital, S.A., perante o ambiente externo desfavorável, continuou a seguir a tendência para um desenvolvimento sustentável, tendo atingido lucros avaliados em quatro milhões, setecentas e cinquenta mil Patacas, após a dedução de impostos, o que representa uma diminuição de 21,14% em relação ao ano transacto. Até ao final do ano de 2016, o activo total da Sociedade ascendia a cento e catorze milhões de Patacas, o que representa um crescimento de 5,71% em relação ao ano transacto.

Nos termos do disposto na alínea e) do artigo 23.º dos Estatutos e para os efeitos previstos na mesma disposição legal, o Conselho de Administração da Sociedade Financeira ICBC (Macau) Capital, S.A. entregou a esta sociedade de auditores o relatório de actividades e contas auditado e referente ao exercício de 2016, para efeito de parecer.

Norteando-se pela estratégia global de desenvolvimento implementada pelo Banco Industrial e Comercial da China (Macau), S.A. e pelo plano de desenvolvimento financeiro típico de Macau, a sociedade, no futuro, retirando vantagens da rede, marca, recursos financeiros e técnicos do Grupo ICBC, insistirá nas atitudes inovadoras, empreendedora e de grande iniciativa, empenhando-se no crescimento financeiro sustentável dos seus activos, fortalecendo continuamente o controlo do risco e assegurando aos seus clientes uma retribuição mais estável e forte dos seus investimentos, dando mais impulso ao desenvolvimento económico e social de Macau.

O relatório do Conselho de Administração reflecte, de forma precisa, as actividades promovidas e desenvolvidas pela Sociedade no ano de exercício ora em apreço.

Macau, aos 23 de Março de 2017. Wu Long Presidente do Conselho de Administração Relatório de Auditor Independente sobre Demonstrações Financeiras Resumidas Para os accionistas da Sociedade Financeira ICBC (Macau) Capital, S.A. (Sociedade Anónima constituída em Macau) Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras da Sociedade Financeira ICBC (Macau) Capital, S.A. relativas ao ano de 2016, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau. No nosso relatório, datado de 23 de Março de 2017, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras das quais as presentes constituem um resumo. As demonstrações financeiras a que se acima se alude compreendem o balanço, à data de 31 de Dezembro de 2016, a demonstração de resultados, a demonstração de alterações no capital próprio e a demonstração de fluxos de caixa relativas ao ano findo, assim como um resumo das politícas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas. As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras anuais auditadas e dos livros e registos do sociedade. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas e os livros e registos do sociedade. Para a melhor compreensão da posicão financeira do sociedade e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria. Lei Iun Mei, Auditor de Contas KPMG Macau, 23 de Março de 2017

Depois de examinados os documentos entregues a esta sociedade, para efeitos de emissão do parecer, concluímos que os referidos documentos reflectem, de forma clara, não só a situação patrimonial, mas também a situação financeira e económica da referida Sociedade.

Tendo em atenção o relatório apresentado pelo auditor externo, esta sociedade concorda com o exposto no referido relatório, sendo que os documentos que serviram de base à elaboração das contas reflectem, de forma correcta e real, a situação financeira demonstrada no balanço com data de 31 de Dezembro de 2016, bem como o resultado financeiro do exercício findo em 31 de Dezembro de 2016. Recapitulando o acima exposto, decidimos aprovar o referido relatório de actividades e contas do Conselho de Administração. Macau, aos 23 de Março de 2017. CSC & Associados – Sociedade de Auditores (Representada por Chui Sai Cheong) Fiscal Único

Lista das instituições em que a Sociedade detém participações superiores a 5% do respectivo capital N/A Lista dos accionistas qualificados Banco Industrial e Comercial da China (Macau), S.A. Órgãos Sociais Conselho de Administração Sr. Wu Long Presidente (Nomeado em 7 de Março de 2016) Sr. Jiang Yisheng Presidente (Renunciou em 7 de Março de 2016) Sr. Huen Wing Ming, Patrick

Administrador

Sr. Cheng Wing Fai, Patrick

Administrador

Sra. Lin Zi Administradora (Nomeado em 7 de Março de 2016) Mesa da Assembleia Sr. Zhu Xiaoping

Presidente

Sr. Huen Chung Yuen, Ian Sr. Zheng Kai

Vice-Presidente Secretário

Fiscal Único CSC & Associados – Sociedade de Auditores (Representada por Sr. Chui Sai Cheong) Secretário de Sociedade Sr. Zheng Kai

Secretário


19 hoje macau quarta-feira 31.5.2017

HONG KONG APREENDIDAS ESCAMAS DE PANGOLIM NO VALOR DE 500 MIL EUROS de dólares de Hong Kong e dois anos de prisão. No início do mês, as autoridades da Malásia apreenderam escamas de pangolins, com um valor estimado em 9,2 milhões de ringgit (1,9 milhões de euros), que se acredita terem sido contrabandeadas de África. O comércio internacional de todas as espécies de pangolins, um mamífero ameaçado de extinção, foi proibido pelo comité da Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies Ameaçadas (CITES). Antes da proibição, em Setembro de 2016, o comércio das oito espécies conhecidas deste mamífero que vive em África e na Ásia era legal, mas regulamentado. A carne delicada, os ossos e os órgãos do pangolim são populares entre os chineses e os vietnamitas. Curandeiros também usam as escamas de queratina – o mesmo material do chifre de rinoceronte – como componente terapêutico, sendo que na cultura tradicional africana o pangolim também é conhecido por afastar o mau-olhado.

SAÚDE “REVOLUÇÃO NACIONAL” DE CASAS DE BANHO PÚBLICAS

Mais de 50 mil casas de banho públicas foram instaladas ou renovadas na China no quadro da “Revolução Nacional de Casas de Banho”, destinada a remover equipamento sujo e inadequado, nomeadamente em locais turísticos. De acordo com um relatório do Gabinete Nacional de Turismo, publicado na sexta-feira, o objectivo de renovação das casas de banho públicas foi alcançado em cerca de 93%. Até ao final do ano, o país deverá ter instalado milhares de casas de banho novas no lugar de latrinas que ofereciam pouca privacidade. Para garantir a limpeza dos novos equipamentos foi contratado pessoal de manutenção. “Nos locais turísticos, os visitantes ficavam incomodados com o número reduzido de casas de banho públicas, a sujidade nas mesmas e a falta de pessoal de manutenção”, de acordo com a agência Nova China. Ainda segundo a agência, uma sondagem recente mostra que 80% dos turistas consideram as casas de banho públicas na China satisfatórias, contra 70% em 2015.

Acesso facilitado AP/NG HAN GUAN

A

S autoridades aduaneiras em Hong Kong apreenderam escamas de pangolim avaliadas em cerca de 4,6 milhões de dólares de Hong Kong, informou ontem a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong. Um total de 7,2 quilogramas de escamas de pangolim foi encontrado num contentor inspeccionado na segunda-feira em Hong Kong. Uma declaração que acompanhava a carga indicava que o produto transportado era carvão e proveniente da Nigéria. A importação ou exportação de carga não-declarada incorre numa pena máxima de uma multa de dois milhões de dólares de Hong Kong e sete anos de prisão. Qualquer pessoa considerada culpada de importar ou exportar espécies ameaçadas de extinção sem licença é passível de multa máxima de cinco milhões

GOVERNO QUER DAR CONTINUIDADE À ABERTURA DO PAÍS

A

China tem actualmente em mãos planos para alargar os limites de propriedade por entidades estrangeiras em sectores como a electrónica automóvel, baterias de veículos movidos a novas energias e motociclos, numa altura em que o país altera o campo de acção do mundo dos negócios, segundo declarou o porta-voz do Ministério do Comércio na quinta-feira passada. Sun Jiwen disse que o governo tem vindo a expandir os seus esforços no sentido de abrir ainda mais o sector manufactureiro de ponta ao investimento estrangeiro.

Juntamente com o sector manufactureiro, a orientação deverá oferecer mais acesso ao investimento estrangeiro no sector de serviços e na indústria mineira, bem como reduzir o número de medidas restritivas de 93 para 62

Sun disse, durante uma conferência de imprensa em Pequim, que uma versão revista do Catálogo para a Orientação das Indústrias de Investimento Estrangeiro PUB

será lançada e validada num futuro próximo.

RESPOSTA PRONTA

Os comentários de Sun surgem no seguimento das afirmações

CHINA da ministra da Economia alemã, Brigitte Zypries, nas quais referiu que os limites do investimento estrangeiro da China não são consentâneos com a posição do país no comércio livre internacional. Sun enfatizou que a absorção de investimento estrangeiro é uma parte importante da política de abertura chinesa. O governo chinês, reiterou, tem movido esforços no sentido de abrir progressivamente o país, seguindo as normas da OMC. De acordo com dados do ministério, o investimento directo estrangeiro totalizou 286,4 mil milhões de yuans nos primeiros quatro meses deste ano, uma queda de 0,1% face ao ano anterior. Durante o período homólogo, 9,726 empresas internacionais estabeleceram-se ao longo do país, um aumento de 17,2% face ao mesmo período no ano passado. Juntamente com o sector manufactureiro, a orientação deverá oferecer mais acesso ao investimento estrangeiro no sector de serviços e na indústria mineira, bem como reduzir o número de medidas restritivas de 93 para 62.


20 PUBLICIDADE

hoje macau quarta-feira 31.5.2017

(Publicações ao abrigo do artigo 76º do R.J.S.F. aprovado pelo Decreto-Lei nº 32/93/M, de 5 de Julho)

Síntese do Parecer dos Auditores Externos

Relatório de Gestão 2016 A direcção tem o prazer de anunciar os resultados da Sucursal de Macau do Standard Chartered Bank (“A Sucursal”) para o exercício findo a 31 de Dezembro de 2016. Actividades Principais A Sucursal faz parte do Standard Chartered Bank, um banco constituído no Reino Unido e registado na Inglaterra e no País de Gales. As principais actividades da Sucursal envolvem a prestação de serviços bancários comerciais e serviços financeiros relacionados. Resultados de 2016 O lucro antes de impostos diminui em 52,48%, de 72,911 milhões de Patacas para 34,647 milhões de Patacas. A receita dos juros líquidos diminui em 35,25% para 23,733 milhões de Patacas. Outras receitas incluindo receitas de emolumentos e comissões diminuíram em 7,27% relativamente a 2015. O total das receitas operacionais diminui em 24,37% para 48,935 milhões de Patacas. As despesas operacionais diminuíram 3,9% em 2016 para 15,150 milhões de Patacas. A recuperação por imparidade em empréstimos e adiantamentos foi de 0,862 milhões de Patacas em 2016 em comparação com a imparidade em empréstimos e adiantamentos de 23,975 milhões de Patacas em 2015. O lucro depois de impostos foi de 30,536 milhões de Patacas, tendo sido constatado um decréscimo de 64,215 milhões de Patacas relativamente aos 33,679 milhões de Patacas registados em 2015. O resultado da exploração do exercício elaborado conforme o regulamento da Autoridade Monetária de Macau apresenta um lucro de 26,982 milhões de Patacas, registando-se um decréscimo de 70,960 milhões de Patacas em comparação com os 43,978 milhões de Patacas registados no ano de 2015. O Director da Sucursal do Standard Chartered Bank, Sucursal de Macau Candy Vu

Para o gerente-geral do Standard Chartered Bank, Sucursal de Macau (Sucursal de um banco comercial de responsabilidade limitada, incorporado no Reino Unido) Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras do Standard Chartered Bank, Sucursal de Macau relativas ao ano de 2016, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau. No nosso relatório, datado de 4 de Maio de 2017, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras das quais as presentes constituem um resumo. As demonstrações financeiras a que se acima se alude compreendem o balanço, à data de 31 de Dezembro de 2016, a demonstração de resultados, a demonstração de alterações nas reservas e a demonstração de fluxos de caixa relativas ao ano findo, assim como um resumo das políticas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas. As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras anuais auditadas e dos livros e registos da sucursal. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas e os livros e registos da sucursal. Para a melhor compreensão da posição financeira da sucursal e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria. Ieong Lai Kun, Auditor de Contas KPMG Macau, aos 4 de Maio de 2017


hoje macau quarta-feira 31.5.2017

ARTES, LETRAS E IDEIAS

h

21 o ofício dos ossos

As 72 virgens

A

S religiões que conheçam postulam, todas elas, um paraíso. Este cumpre a função de resolver da morte e da sombra que esta projecta sobre todo e qualquer homem, sem excepção. Epicuro tenta solucionar lógica e friamente o medo associado à inevitabilidade da morte dizendo “enquanto somos, a morte não é; quando a morte é, não somos”. Desde logo, nada a recear, aparentemente. O problema é que o ponto de vista humano não é nem como o dos animais – completo mas cego para si próprio – nem como o dos deuses – completo e absolutamente transparente para si próprio. A forma como estamos desenhados permite-nos pensar em coisas que não existem de todo – ou ainda – ou às quais não temos um acesso adequado como, por exemplo, o infinito, deus ou o futuro. E a forma como vemos o futuro, ela própria, é paradoxal: por um lado, sabemos que vamos morrer e que isso pode acontecer a qualquer momento e, por outra parte, vivemos como se a morte fosse uma coisa que acontecer “aos mais velhos”, “aos doentes”, “àqueles que moram em países assolados pela guerra ou pela fome”, em suma, aos outros. Não conseguimos imaginar a morte própria. O mais perto que conseguimos chegar disso é imaginando a procissão de carpideiras num funeral em que somos, simultaneamente, figura principal e espectador invisível. O paraíso cristão abjura a figura do corpo. É a alma que é sujeita a condenação ou salvação. De um ponto de vista lógico, é uma posição extremamente bem urdida: não somente elimina o problema do corpo e do seu perecimento, como a logística necessária para manter um paraíso em risco permanente sobrelotação. As almas, como se sabe, não ocupam espaço, não adoecem e são (postula-se) imortais. Não faz qualquer sentido trazer para o paraíso o plano vectorial onde acontece o desejo e a dor, em suma, o plano que possibilita a instalação de todas as formas imagináveis de desordem. O lado negativo da teologia cristã consiste na forma como o corpo é negativamente encarado em vida. Mas como o paraíso tem uma duração infinitamente superior a este “passeio no parque” a que chamamos vida, a troca parece ser, em todo o caso para o crente, vantajosa.

Valério Romão

No caso do paraíso muçulmano, porém, a história é de todo diferente. No paraíso muçulmano, não somente o corpo existe, como existe de um modo intensamente sensual. Aos homens estão prometidas setenta e duas virgens com seios em forma de pêra, puríssimas, eternamente jovens e livres de alguns inconvenientes reservados aos corpos na terra: não menstruam, não urinam e não defecam. Em jeito de cereja no topo do bolo, diz-se também, e

perdoe-se desde já a tradução livre de “appetizing vaginas”, que estas possuem como característica constitutiva, embora sendo virgens, “vaginas gulosas”. A primeira pergunta que se pode fazer acerca deste paraíso – deixando para Deus a resolução do problema de espaço – é sobre a natureza problemática da virgindade num local em que o principal atributo é a eternidade. Quando tempo duram setenta e duas virgens no paraíso (pressupondo

No paraíso muçulmano, não somente o corpo existe, como existe de um modo intensamente sensual. Aos homens estão prometidas setenta e duas virgens com seios em forma de pêra, puríssimas, eternamente jovens e livres de alguns inconvenientes reservados aos corpos na terra: não menstruam, não urinam e não defecam

a virgindade um atributo fundamental, visto ser tão vincada na promoção do paraíso)? Tendo em conta os textos fundamentais da teologia muçulmana, nos quais se postula que os homens têm erecções eternas e que podem satisfazer mais de cem mulheres de seguida, muito pouco. Setenta e duas virgens não enchem nem a cova de um dente. A eternidade é muito tempo. A forma como a sexualidade é vivida nos países nos quais a ortodoxia muçulmana está mais profundamente instalada condiciona decerto esta visão do paraíso. Na Arabia Saudita, exemplo máximo de uma concepção radical do islão, duas pessoas do sexo oposto não podem ser vistas juntas em público, sob pena de serem castigadas pela polícia dos costumes, uma dependência do Ministério da Promoção da Virtude e da Abolição do Vício. A sexualidade, que não se subsume nem por decreto real, acaba por obedecer à regra “where there’s a will, there’s a way” e as pessoas, impedidas de dar azo aos seus impulsos na forma como os sentem e como optariam exprimi-los, acaso o pudessem, adoptam soluções de recurso. Os comportamentos homossexuais, como no cárcere ou numa viagem de barco de longo curso, acabam por impor-se. E, mesmo nos casos em que a disposição fundamental é a homossexualidade, não sendo esta um recurso para algo que não tem possibilidade de cumprir-se, o comportamento não define a identidade. Por exemplo, não se considera homossexual o sujeito activo da relação, só aquele “que fica por baixo”. Sendo certo não ser possível ficarem todos “por cima”, a formulação é semelhante a que um professor meu de filosofia dava pelo nome de paradoxo mediterrânico, que se exprimia pela contradição em termos entre “todas as mulheres terem de ser castas e todos os homens, fodilhões”. Viver desta forma absolutamente condicionada aquilo que, mesmo numa sociedade laica e tolerante, pode ser um problema fundamental da existência, a saber, a sexualidade, não pode não ter consequências. E se é certo esta leitura repousa na consideração de um sistema de variável única, não é menos certo que esta é uma variável que tem sido incompreensivelmente posta de parte nas leituras que tenho tido oportunidade de encontrar um pouco por toda a parte.


22

h A Poesia Completa de Li He

殘絲曲 垂楊葉老鶯哺兒,殘絲欲斷黃蜂歸。 綠鬢年少金釵客,縹粉壺中沈琥珀。 花台欲暮春辭去,落花起作回風舞。 榆莢相催不知數,沈郎青錢夾城路。

Teia Nas folhas a fenecer dos salgueiros Os papa-figos alimentam seus filhos, A teia de aranha está a desaparecer, As abelhas amarelas regressam a casa. Rapazes de cabelo negro e raparigas Com alfinetes de cabelo dourados Bebem um líquido âmbar de cálices Azul-claro. Ocaso em terraços pejados de pétalas, Despede-se a primavera, Caem flores em botão e dançam Em remoinhos de ar. Jazem agora tantas as sementes de olmo Que não se podem contar, O dinheiro verde do Jovem Shen junca As ruas da nossa cidade.1

(Endnotes) 1 As sementes de olmo assemelham-se a fiadas de moedas de cobre. Durante a Dinastia Jin, Shen Chung cunhou a sua própria moeda, que passou a ser conhecida como “dinheiro de Shen”. As sementes caídas sugerem o desbragado gasto de riqueza em busca de prazeres efémeros.

Tradução de Rui Cascais • Ilustração de Rui Rasquinho Li He (790 a 816) nasceu em Fu-chang durante a Dinastia Tang, pertencendo a um ramo menor da casa imperial. A sua morte prematura aos vinte e sete anos, a par da escassez de pormenores biográficos, deixam-nos apenas com uma espécie de fantasma literário. A Nova História dos Tang (Xin Tang shu) diz-nos que He “nunca escrevia poemas sobre um tópico específico, forçando os seus versos a conformarem-se ao tema, como era prática de outros poetas [...] Tudo quanto escrevia era inquietantemente extraordinário, quebrando com a tradição literária.” Segundo um crítico da Dinastia Song, o alucinátorio idioma poético de Li He é a “linguagem de um imortal demoníaco.” A versão inglesa de referência aqui usada é a tradução clássica da autoria de J.D. Frodsham, intitulada Goddesses, Ghosts, and Demons, publicada em São Francisco, em 1983, pela North Point Press.


23 hoje macau quarta-feira 31.5.2017

máquina lírica

Paulo José Miranda

Leitura na festa literária de Angola N

O início da Metafísica de Aristóteles, lê-se “o ser diz-se de muitas maneiras”, e podemo-lo afirmar para a poesia. Vários foram os períodos da história, e não longe de nós, em que se afirmava que a poesia deveria ser desta ou daquela maneira e não de outra. Por exemplo, muitos viram na poesia concreta aquilo que deveria ser a poesia, relegando para o passado ou um não-sentido toda a poesia que não fosse concreta. Mais recentemente, muitos afirmaram que só a poesia do quotidiano era realmente poesia, tudo o resto era história da poesia ou má poesia, que o mesmo seria dizer “não poesia”. Em Portugal, no período salazarista, também tivemos as nossas guerras poéticas, por exemplo entre os poetas da Presença e os poetas do Neo-realismo. Ambos pretendiam que a poesia fosse aquilo que cada um deles pensava ser. Mas também podemos invocar as hostilidades entre neo-realistas e surrealistas. Hoje, e pelo menos em Portugal, a poesia diz-se de muitas maneiras. E se é verdade que não acabaram completamente os policias da poesia (parafraseando o poeta e escritor António Cabrita), dizendo o que é e o que não é a poesia, passando multas nos seus artigos de jornal, não é menos verdade que diminuiu bastante esse policiamento e há uma variedade maior na expressão poética em Portugal. Esta falta de policiamento não implica uma diminuição da qualidade poética, pois o mau e o bom sempre existiu, tanto no passado quanto agora. A falta de policiamento originou uma maior liberdade de expressão, fazendo com que apareçam múltiplas vozes. A poesia apresenta hoje um horizonte temático e formal muito alargado. Evidentemente este fenómeno tem origem na multiplicação das novas editoras. Há em Portugal uma proliferação de pequenas e novas editoras, que maioritariamente se dedicam à publicação de poesia, como nunca existiu antes. Abysmo, Artefacto, Averno, Companhia das Ilhas, Do Lado Esquerdo, Douda Correria, Guilhotina, Licorne, Língua Morta, Mariposa Azual, Palavras Por Dentro, Poéticas Edições, Tea For One, Tinta da China, Volta d’Mar e ainda outras que estarei aqui a esquecer injustamente, para além

das editoras mais tradicionais: Assírio & Alvim, Cotovia e Relógio D’Água... Vários destes poetas editam em várias editoras, dependendo do projecto poético do momento ou também da oportunidade, fazendo com que não haja tanto uma linha editorial, no sentido antigo do termo, em que uma editora publica apenas um determinado tipo de poesia ou um modo de entender o que deve ser a poesia. A Douda Correria, por exemplo, e talvez a mais prolífera das novas editoras de poesia, edita até inéditos de autores brasileiros, onde a realidade social, politica e estética é

Há livros que embora possam parecer desequilibrados de um ponto de vista poético, acabam por ser extremamente ricos em matéria de reflexão, tanto de um ponto de vista linguístico quanto de um ponto de vista existencial. E, parece-me, é isso que hoje os editores finalmente entenderam

bem diferente dessas mesmas realidades em Portugal. O que parece estar em causa nesta nova atitude editorial é o entendimento de que é a própria poesia que encontra os seus próprios caminhos, os seus próprios leitores, e não os editores ou os críticos. Irá fazer no início de Julho um ano que escrevo todas as terças-feiras uma ou duas páginas no jornal Hoje Macau acerca de poesia contemporânea, de autores mais novos do que eu. Autores maioritariamente portugueses, publicados pelas editoras que antes mencionei, mas também já escrevi acerca de autores brasileiros e acerca de um autor cabo-verdiano. Devo dizer-vos, contudo, que não faço crítica literária. Escrevo acerca de cada um dos livros um diálogo que estabeleço com os mesmos. Por vezes, esse diálogo nem sequer é com todo o livro mas tão somente parte desse mesmo livro. Pois há livros que embora possam parecer desequilibrados de um ponto de vista poético, acabam por ser extremamente ricos em matéria de reflexão, tanto de um ponto de vista linguístico quanto de um ponto de vista existencial. E, parece-me, é isso que hoje os editores finalmente entenderam. Aquilo que um leitor de poesia encontra num livro não é o mesmo que outro leitor de poesia

poderá encontrar. Não defendo aqui qualquer espécie de relatividade poética, ou de que tudo é válido e tudo tem qualidade. Não. Pois hoje também proliferam as pseudo-editoras que “editam” livros que não têm qualidade. E esta qualidade a que me refiro é visível por si mesma. Porque em verdade, deveríamos usar para a poesia as mesmas palavras que Duke Ellington usou para a música: “There are two kinds of music. Good music, anda the other kind.” (Há dois tipos de música. A boa música e a outra.) E dessa outra poesia não pretendo falar aqui. E acerca da boa poesia, talvez fosse bom deixarmos de lado o pensamento infantil de que há um melhor poeta, de que há uma melhor qualidade de poesia. Como disse recentemente o poeta português Vasco Gato, uma das vozes da boa poesia portuguesa, numa entrevista ao jornal Hoje Macau: “Se há território que não me apetece pisar é o da qualidade poética. Será maior hoje? Serão tempos de mediocridade? Assumo nesse âmbito uma posição cautelar: não estou em condições de o aferir, não é esse o propósito e será a lâmina da história a cortar as goelas que tiver de cortar. Com toda a injustiça, com toda a falência.” Parece, sabiamente, ser também esta a posição dos editores de poesia hoje, em Portugal, das pequenas editoras, ainda que alguns deles possam não se rever nas palavras que aqui pronuncio. Por outro lado, um dos factores que me parece importante assinalar, em relação à poesia hoje em Portugal, é proliferação de poetas mulheres. Se recuarmos vinte anos atrás, veremos que o número de boa poesia escrita por mulheres cresceu exponencialmente. Deixo-vos aqui alguns nomes, só de poetas até aos quarenta anos de idade, todas diferentes, mas sem dúvida poesia com leitores e com qualidade: Catarina Santiago Costa, Cláudia Lucas Chéu, Cláudia R. Sampaio, Inês Dias, Inês Fonseca Santos, Joana Emídeo Marques, Matilde Campilho, Patrícia Baltasar, Raquel Nobre Guerra, Raquel Serejo Martins, Rita Taborda Duarte, Rosalina Marshall. Evidentemente a estes nomes femininos, de mais jovens poetas, juntam-se ainda outros nomes femininos. Mas os nomes anteriormente citados, 12, e outros faltarão, certamente, mostra bem a mudança registada nos últimos vinte anos.


24

h

hoje macau quarta-feira 31.5.2017

na ordem do dia 热风

Julie O’yang

PARTE 1

Vénus terá sido asiática? 亚洲人是彻底的“女尊男卑” RAÇA E ATRACÇÃO Li recentemente uma série de artigos sobre um assunto fascinante. Aparentemente chegavam todos à mesma conclusão: os homens asiáticos encontram-se na base da “cadeia alimentar” sexual, enquanto os homens brancos e as mulheres asiáticas são considerados os “mais atraentes”. Estas afirmações foram feitas a partir de diversos inquéritos realizados em sites de encontros e também de estatísticas da PEW. Estes dois últimos grupos encontram-se, portanto, no topo da “cadeia alimentar” sexual. Será que me estou a meter num ninho de víboras? Contudo, uma coisa tem de ser dita à cabeça. Os websites que mencionei são americanos, por isso uma pessoa não pode deixar de pensar que estes dados talvez tenham sido alterados. Digamos que, se o website fosse chinês e operasse a partir de uma outra localização geográfica, não me admirava que a conclusão fosse diferente de alguma maneira. Além disso, quais são as mulheres asiáticas? As indianas? As filipinas? Claro que não, o que eles querem dizer, são mulheres do Extremo Oriente, ou seja, chinesas, japonesas e coreanas. Esta é uma temática que conheço bem demais, uma realidade que me parece tão…errada. E,

enquanto me dedico à tarefa de ser eu mesma, como sempre, escolhi alguns títulos que me vão ajudar a mim e aos meus leitores não-asiáticos a concretizar melhor estas ideias. No livro Mitos Asiáticos: Mulheres Dragão, Jovens Geishas & As Nossas Fantasias sobre o Oriente Exótico, o autor Sheridan

Poucos são os ocidentais que não vêem as mulheres orientais como um símbolo de sensualidade, decadência, perigo e mistério. Estes estereótipos criados pelo legado ocidental permanecem ícones universais: a servirem o chá, submissas, sexualmente disponíveis, em suma, um misto de Madame Butterfly e de lutadora de kung fu dominatrix PUB

ANÚNCIO CONCURSO PÚBLICO N.o 18/P/17 Faz-se público que, por despacho de Sua Excelência, o Chefe do Executivo, de 11 de Abril de 2017, se encontra aberto o Concurso Público para «Fornecimento de Vacinas aos Serviços de Saúde», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 31 de Maio de 2017, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita no 1. º andar, da Estrada de S. Francisco, n.º 5, Macau, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de MOP 70,00 (setenta patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria dos Serviços de Saúde) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo). As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17:45 horas do dia 27 de Junho de 2017. O acto público deste concurso terá lugar no dia 28 de Junho de 2017, pelas 10,00 horas, na “Sala Multifuncional”, sita no r/c da Estrada de S. Francisco, n.º 5, Macau. A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP100 000,00 (cem mil patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente. Serviços de Saúde, aos 24 de Maio de 2017 O Director dos Serviços, Substituto Cheang Seng Ip

Prasso desenvolve a teoria apresentada na literatura de Edward Said sobre o Orientalismo1, com um toque de histórias da vida real. Prasso analisa as raízes históricas dos “pré-conceitos” ocidentais sobre o fantástico e o exotismo orientais. Na realidade, poucos são os ocidentais que não vêem as mulheres orientais como um símbolo de sensualidade, decadência, perigo e mistério. Estes estereótipos criados pelo legado ocidental permanecem ícones universais: a servirem o chá, submissas, sexualmente disponíveis, em suma, um misto de Madame Butterfly e de lutadora de kung fu dominatrix. Pois é. E por que é que os brancos não hão-de continuar a ser enganados? Pois como não sou bruxa fui pesquisar online algumas celebridades sino-americanas. Amy Tan, Connie Chung e Lucy Liu, todas casadas ou a namorar com brancos. Há quem recorra à Hierogamia (união entre deuses e humanos) para explicar este fenómeno: ou seja, as mulheres asiáticas elevam-se socialmente na “perfeição” casando com um tipo que está na moda, e, quanto ao tipo que está na moda, move-o a procura de aventura, de emoções e a necessidade de colorir a sua existência, ultrapassando os limites, o que é muito apreciado na cultura ocidental. Agora estou provavelmente a meter-me num segundo ninho de víboras: classe e raça. Altura em que é inevitável examinar um cancro muito antigo chamado discriminação. Mesmo no fim do último capítulo do livro de Prasso fala-se do modo como a visão oriental das mulheres asiáticas ajuda a perpetuar estes preconceitos. O autor afirma que a percepção adulterada sobre o exotismo asiático, que se tornou generalizada, não é só culpa do Ocidente. De facto, reflecte uma realidade de muitos asiáticos. A dinâmica da estrutura social vigente utiliza a discriminação interna para pré-determinar papeis raciais (ficcionais). É um dos piores mecanismos

sociais, um dos mais desagradáveis, mas infelizmente é um facto. Da próxima vez vamos ver porque é que as miúdas asiáticas são giras. Terá a pornografia japonesa encorajado esta fantasia ariana a ganhar velocidade, montada numa kawasaki amarela? Só preciso de algumas boas perguntas e respostas sobre a “febre amarela” do fetichismo

1 - “O Oriente foi Orientalizado não só porque foi descoberto para ser “Oriental”, à medida de todos os lugarescomuns do europeu médio do séc. XIX, mas também porque podia ser—ou seja, porque se sujeitou a ser feito Oriental.” Edward Said, Orientalismo (1978)


25 hoje macau quarta-feira 31.5.2017

OPINIÃO

sexanálise

TÂNIA DOS SANTOS

S

ABEM? Não? Permitam-me que me refira a alguns eventos relacionados com sexo e género dos últimos dias. Hoje cá me fico a enumerar e a comentar muito brevemente o que se passou, que poderá (mais ou menos) ter passado despercebido.

1. Mais direitos LGBT a Taiwan! Pois é, confesso que não estava a espera de ver acontecer tão cedo em países asiáticos. Foi com imenso orgulho e satisfação que recebi a notícia de que Taiwan tornará o casamento homossexual uma realidade. Haver reconhecimento constitucional e político das minorias sexuais, é um passo gigante na luta contra o preconceito que ainda ronda. Quando este reconhecimento ainda não existe, como em Macau, é normal que as pessoas se sintam privadas de direitos, ou, se sintam ‘cidadãos de segunda’. Estas conquistas são ainda mais importantes quando pensamos que ainda durante esta semana, na Indonésia, dois rapazes foram chicoteados 83 vezes em público (a sanção original era de 85 chicoteadas mas como passaram dois meses na prisão, retiraram-lhes duas) porque foram apanhados a fazer amor. Na Chechénia ainda existem campos de concentração com o único propósito de maltratar e ‘re-educar’ homens homossexuais. Com este clima internacional, é com ânimo que ouvimos acerca desta tão merecida conquista da comunidade LGBT. 2. Mexeu com uma, mexeu com todas Vou mudar o foco geográfico para esta: sabem o que aconteceu na queima das fitas do Porto este ano? Muita bebedeira, como sempre. Entre outros incidentes que vocês possam imaginar, é lançado um vídeo num autocarro, com imensa gente a assistir, do que parece ser uma clara prática de abuso. Um miúdo (com o apoio da sua turminha) abre a braguilha das calças de uma rapariga que está completamente ‘fora’ de bêbeda, e começa a tocá-la, enquanto riem de gozo. Ora, este infeliz incidente expôs uma discussão muito séria na esfera pública portuguesa: afinal o que é abuso? O que é consentimento? As respostas dos media e da sociedade em geral não foram muito satisfatórias, daí que tenha incentivado um pequeno movimento de ‘mexeu com uma, mexeu com todas’. Em várias cidades portuguesas mulheres e apoiantes da causa juntaram-se para dar voz contra o machismo e à objectificação feminina que ainda existe. Mas há quem conteste, há quem ache que essa luta não tem fundamento. Mas sempre que continuem a culpabilizar as mulheres por agressões sexuais (como alguns cronistas portugueses o fizeram) lá estará o activismo, o feminismo, a gritaria, e o pessoal todo de bom senso a fazer uso da sua voz para desconstruir a discriminação de género. 3. Higiene Menstrual O dia da higiene menstrual celebra-se a 28 de Maio. Poderão pensar, porque raio haveria de existir tal dia? Então, lembram-se de eu já ter dedicado algumas palavras ao tabu que é a menstruação? Pronto, por causa disso, as pessoas acanham-se de falar acerca dos cuidados a ter e as formas mais saudáveis de lidar com a menstruação. Há casos extremos, como o Nepal. O Nepal é um país com a crença de que uma mulher menstruada é mau agoiro. Por isso, as mulheres da família, uma vez por mês, são obrigadas a dormir fora das suas casas, são proibidas de tocar em frutas ou plantas para não ‘matá-las’ e não podem atraves-

DENNIS DUGAN, I NOW PRONOUNCE YOU CHUCK & LARRY

Sabem o que aconteceu a semana passada?

Foi com imenso orgulho e satisfação que recebi a notícia de que Taiwan tornará o casamento homossexual uma realidade. Haver reconhecimento constitucional e político das minorias sexuais, é um passo gigante na luta contra o preconceito que ainda ronda sar o rio porque ficam amaldiçoadas. Claro que o Nepal tem crenças bastantes extremas, mas eu cresci a ouvir de que mulheres menstruadas não deveriam tentar fazer bolos, porque vai correr mal, e que não podiam estar próximas de instrumentos de corda, porque as cordas poderiam rebentar. Não é só o mundo rural ou em desenvolvimento que precisa de um toquezinho ou outro acerca da menstruação, como podem ver. É um fenómeno global. Até as

mulheres mais citadinas e melhor informadas não sabem tudo acerca das suas menstruações. Soube há pouco tempo que casos sérios de síndrome pré-menstrual estavam a ser vulgarmente confundidos com doença mental, como distúrbio bipolar e depressão. Até a nossa medicina parece estar pouco à vontade com os assuntos relacionados com o nosso ‘sangramento’. E pronto. Esta foi a semana, para a próxima há mais.

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SAFPConcurso Público n.º6/2017 da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública para a Prestação dos Serviços de Condomínio do Centro de Formação para os Trabalhadores dos Serviços Públicos

Concurso Público n.º 7/2017 da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública para a Prestação dos Serviços de Segurança do Centro de Formação para os Trabalhadores dos Serviços Públicos

Nos termos previstos no artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 63/85/M, de 6 de Julho, e em conformidade com o despacho da Secretária para a Administração e Justiça, de 22 de Maio de 2017, a Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública vem proceder, em representação do adjudicante, à abertura do concurso público para a aquisição dos serviços de condomínio do Centro de Formação para os Trabalhadores dos Serviços Públicos.

Nos termos previstos no artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 63/85/M, de 6 de Julho, e em conformidade com o despacho da Secretária para a Administração e Justiça, de 22 de Maio de 2017, a Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública vem proceder, em representação do adjudicante, à abertura do concurso público para a aquisição dos serviços de segurança do Centro de Formação para os Trabalhadores dos Serviços Públicos.

A partir da data da publicação do presente anúncio, os interessados poderão dirigir-se ao balcão de atendimento do SAFP, sito na Rua do Campo, n.º 162, Edifício Administração Pública, R/C, Macau, nos dias úteis, das 9,00 às 17,30 horas, para a obtenção da cópia do programa do concurso e do caderno de encargos, mediante o pagamento da importância de MOP100,00 (cem patacas) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela página electrónica do SAFP, em http://www.safp.gov.mo/.

A partir da data da publicação do presente anúncio, os interessados poderão dirigir-se ao balcão de atendimento do SAFP, sito na Rua do Campo, n.º 162, Edifício Administração Pública, R/C, nos dias úteis, das 9,00 às 17,30 horas, para a obtenção da cópia do programa do concurso e do caderno de encargos, mediante o pagamento da importância de MOP100,00 (cem patacas) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela página electrónica do SAFP, em http:// www.safp.gov.mo/.

A inspecção dos locais de trabalho e sessão de esclarecimento deste concurso terão lugar no próximo dia 12 de Junho de 2017, pelas 11,00 horas, no auditório do Centro de Formação para os Trabalhadores dos Serviços Públicos, sito na Alameda Dr. Carlos D’Assumpção n.ºs 336–342, Centro Comercial Cheng Feng, 7.º andar, Macau. Caso os interessados tenham dúvidas sobre o programa e o caderno de encargos deste concurso, devem apresentá-las até às 17,30 horas do dia 8 de Junho de 2017, de acordo com a forma estabelecida no respectivo programa do concurso, para que as dúvidas sejam esclarecidas na sessão de esclarecimento.

A inspecção dos locais de trabalho e sessão de esclarecimento deste concurso terão lugar no próximo dia 12 de Junho de 2017, pelas 10,00 horas, no auditório do Centro de Formação para os Trabalhadores dos Serviços Públicos, sito na Alameda Dr. Carlos D’Assumpção n.ºs 336–342, Centro Comercial Cheng Feng, 7.º andar, Macau. Caso os interessados tenham dúvidas sobre o programa e o caderno de encargos deste concurso, devem apresentá-las até às 17,30 horas do dia 8 de Junho de 2017, de acordo com a forma estabelecida no respectivo programa do concurso, para que as dúvidas sejam esclarecidas na sessão de esclarecimento.

O prazo para a apresentação das propostas termina às 17,30 horas do dia 6 de Julho de 2017, não sendo aquelas admitidas fora do prazo. Os concorrentes devem apresentar a sua proposta dentro do prazo estabelecido no balcão de atendimento do SAFP, sito na Rua do Campo, n.º 162, Edifício Administração Pública, R/C, entregando uma garantia bancária no valor de MOP80.000,00 (oitenta mil patacas), a favor da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública ou efectuar um depósito em dinheiro no banco indicado, para efeitos de caução provisória deste concurso.

O prazo para a apresentação das propostas termina às 17,30 horas do dia 3 de Julho de 2017, não sendo aquelas admitidas fora do prazo. Os concorrentes devem apresentar a sua proposta dentro do prazo estabelecido no balcão de atendimento do SAFP, sito na Rua do Campo, n.º 162, Edifício Administração Pública, R/C, entregando uma garantia bancária no valor de MOP60.000,00 (sessenta mil patacas), a favor da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública ou efectuar um depósito em dinheiro no banco indicado, para efeitos de caução provisória deste concurso.

O acto público de abertura das propostas do concurso terá lugar no dia 7 de Julho de 2017, pelas 10,30 horas, na sala de reuniões, sita na Rua do Campo, n.º 188-198, Edifício Vicky Plaza, 4.º andar, Macau.

O acto público de abertura das propostas do concurso terá lugar no dia 4 de Julho de 2017, pelas 10,30 horas, na sala de reuniões, sita na Rua do Campo, n.ºs 188-198, Edifício Vicky Palza, 4.º andar, Macau.

Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública, aos 24 de Maio de 2017.

Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública, aos 24 de Maio de 2017.

O Director, Kou Peng Kuan

O Director, Kou Peng Kuan


26 (F)UTILIDADES TEMPO

hoje macau quarta-feira 31.5.2017

?

AGUACEIROS

O QUE FAZER ESTA SEMANA Hoje

EXPOSIÇÃO “DESTROÇOS”, DE VHILS Oficinas Navais | 18h30

Sexta-feira

MIN

25

MAX

30

HUM

70-95%

EURO

8.97

BAHT

EXPOSIÇÃO “FOLLOWING THE CHANGES IN HENGQIN 2011-2014-2017” Armazém do Boi | Até 16/7 ESPECTÁCULO “NO PRECIPÍCIO ERA O VERBO”, DE ABYSMO Teatro D.Pedro V | 20h00

Diariamente

O CARTOON STEPH

SUDOKU

DE

EXPOSIÇÃO | “TENTATIVE NOTEBOOK - WORKS BY RUI RASQUINHO” Art for All Society, Jardim das Artes | Até 14/06

LUSA

EXPOSIÇÃO “AMOR POR MACAU” DE LEE KUNG KIM Museu de Arte de Macau | Até 9/7

SOLUÇÃO DO PROBLEMA 46

PROBLEMA 47

UM DISCO HOJE

Cineteatro

C I N E M A

1.16

BARCO GATO

Domingo

EXPOSIÇÃO DE DANIEL VICENTE FLORES Albergue SCM | Até 4/6

YUAN

AQUI HÁ GATO

CONCERTO DE JOÃO CAETANO Centro Cultural de Macau | 20h00

FAM – EXPOSIÇÃO “A ARTE DE ZHANG DAQIAN” Museu de Arte de Macau | Até 5/8

0.23

Milhares de pessoas à volta de um lago, de olhos postos em barcos que andam à volta do lago, com outros milhares de pares de apertados passos em volta de si próprios. Homens cavam progressão, atiraram pazadas de água que impelem o dragão para a frente, cortando a superfície das águas como uma lâmina de um bisturi que sulca o líquido. Cirurgia nas remadas, ritmadas a percussão. Dragões deslizam sobre o espelho de água. Mais uma celebração de um animal mitológico, com tantos outros perfeitamente celebráveis. Meto a minha pata à frente, jogo a unha a arrogar-me deste importante papel social. Porque é que os poderes humanos não percebem a incrível capacidade simbólica dos gatos? Tirando os egípcios, claro. Tenho a certeza de que uma corrida de embarcações felinas teria muito mais graça. Um barco com bigodes a serpentear dengoso pela água, com vontade de se virar de barriga para o ar para receber mimos vindos dos céus. Esta ideia faz-me sonhar com os grandes feitos marítimos protagonizados por gatos. Imagino Bartolomeu Mias, o gato dobrado da boa esperança de mimos. Diogo Gato, o aventureiro dos mares africanos. Meto-me no pêlo de Pedro Bichanes Cabral, que se foi rebolar nas praias de Vera Cruz, ou Vasco da Gata a desbravar oceano até às misteriosas Índias.Animais com sete vidas, largados aos sete mares, faz todo o sentido. Pu Yi

“OUR ENDLESS NUMBERED DAYS” | IRON & WINE

“Our Endless Numbered Days” é o segundo álbum de Iron & Wine. É o disco com direito a estúdio e, com isso, a um conjunto de canções com um som limpo. Sam Beam, o músico que se dá pelo nome de ferro e vinho, traz um conjunto de canções que podem até ser duras, mas são doces e inebriantes. Our Endless Numbered Days, um disco a ter. Sofia Margarida Mota

WONDER WOMAN SALA 1

WONDER WOMAN [B] Fime de: Patty Jenkins Com: Chris Pine, Connie Nielsen, Robin Wright, Danny Huston 14.30, 16.45, 19.15, 21.30 SALA 2

GET OUT [C] Fime de: Jordan Peele Com: Daniel Kaluuya,

Allison Williams, Bradley Whitford 14.30, 16.30, 19.30, 21.30 SALA 3

BAYWATCH [C] Fime de: Seth Gordon Com: Dwayne Johnson, Zac Efron, Alexandra Daddario 14.30, 16.45, 19.15, 21.30

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Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Isabel Castro; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; Sofia Margarida Mota Colaboradores António Cabrita; Anabela Canas; Amélia Vieira; António Falcão; António Graça de Abreu; Gonçalo Lobo Pinheiro; João Paulo Cotrim; João Maria Pegado; José Drummond; José Simões Morais; Julie O’Yang; Manuel Afonso Costa; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Paulo José Miranda; Paulo Maia e Carmo; Rui Cascais; Rui Filipe Torres; Sérgio Fonseca; Valério Romão Colunistas António Conceição Júnior; André Ritchie; David Chan; Fa Seong; Fernando Eloy; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho; Rui Flores; Tânia dos Santos Cartoonista Steph Grafismo Paulo Borges, Rómulo Santos Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail info@hojemacau.com.mo Sítio www.hojemacau.com.mo


27 ÓCIOSNEGÓCIOS

hoje macau quarta-feira 31.5.2017

FOTO MAN CHEONG, DENIM CHOU, PROPRIETÁRIO

Recordar é viver O sucesso de vendas é, sem dúvida, a Polaróide. Depois de quase cair no esquecimento as imagens instantâneas ganharam vida. O formato quadrado da clássica máquina Palaróide foi transformado pela Fuji em formatos para “todos os gostos”. “Os clientes são cada vez mais para este tipo de equipamentos”, diz. Apesar do negócio estar estável, Denim Chou ainda não está satisfeito. “Macau ainda não tem um mercado suficientemente grande e não há muita gente interessada em fotografia analógica”. No entanto, o proprietário da Foto Man Cheong não pretende baixar os braços.

FOTO MAN CHEONG

Apesar de timidamente, Macau começa a mostrar interesse pela fotografia analógica. Foto Man Cheong é a loja de Denim Chou que pretende manter viva a técnica e assegurar a venda de câmaras para os interessados

D

ENIM Chou tem 32 anos e podia ser apenas mais um proprietário de uma das muitas lojas de fotografia do território. Mas não. Denim Chou quer que a Foto Man Cheong seja diferente e que promova a fotografia como era feita em outros tempos. Apesar de vender câmaras e toda a panóplia de acessórios digitais, a Foto Man Cheong dedica-se também à fotografia analógica. Para o proprietário, que herdou do pai o negócio e o gosto pelas imagens, a fotografia é uma forma de viver outra vez. “As imagens que fazemos são uma forma de recordar, por exemplo, os sítios por onde passámos. São também uma maneira de matar as saudades de sítios por onde andámos e de manter as experiências vividas na memória”, conta ao HM. Uma das especialidades da Foto Man Cheong é a venda de modelos antigos de máquinas fotográficas. No entanto, a preferência nem sempre foi uma escolha fácil. “Actualmente não há muita gente que se dedique à fotografia analógica e ao uso de rolo, mas insisto na importação deste tipo de equipamento, tanto de câmaras normais como de polaróides e lomos”, conta. A crença de que a disponibilização destes produtos funcione como motivação para a sua utilização é um dos intuitos de Denim Chou. “Penso que a venda deste tipo de máquinas pode voltar a fazer renascer o gosto pela fotografia analógica e trazer a moda de volta”, explica.

“Agora, as pessoas também podem fotografar em filme e digitalizar e depois escolher as suas imagens.” Denim Chou recorda outros tempos em que o filme era ainda o rei da imagem e a sua gradual saída da vida das pessoas. “Quando a fotografia digital começou a ter relevo, as pessoas que revelavam fotos também diminuíram muito. Tornou-se tudo mais fácil e barato com a fotografia digital”, diz. No entanto, “o analógico deu um passo em frente neste sentido”, considera. “Agora, as pessoas também podem fotografar em filme, digitalizar e depois escolher as suas imagens”. Esta possibilidade tem também sido um incentivo para o crescimento do negócio. Para Chou o regresso do gosto pelo filme vem da sua particularidade visual. “O rolo tem uma imagem diferente e a qualidade também é diferente”, diz. “As pessoas identificam de imediato a diferença entre fotografias analógicas e digitais”. Com a lomografia, por exemplo, há efeitos especiais que podem ser conseguidos, e esta tem sido uma das motivações para a crescente aquisição deste tipo de câmaras. “A maioria dos clientes da Foto Man Cheong está neste nicho de mercado e são estudantes do ensino secundário”, diz Chou. A razão é, não só a crescente popularidade deste tipo de fotografia, mas também o baixo custo das câmaras”.

TRAZER O SUCESSO

Se um pouco por todo o mundo o fenómeno do regresso ao analógico se faz sentir, já em Macau a tendência não parece ser a mesma. No entanto “em Hong Kong há muitas lojas que se dedicam ao analógico e à lomografia, e tenho esperança que, pela proximidade, o panorama em Macau também mude”, revela.

Victor Ng (com S.M.M.) info@hojemacau.com.mo

Rua Almirante Costa Cabral, nº.31


Num junco tombou/Não secou/nem ali ficou!/No Rio das Pérolas se banhou”

HOJE MACAU

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Cuidados “perfeitos” SS salientam sucesso no atendimento a idosos

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S cuidados de saúde a idosos são “perfeitos”. A ideia é deixada pelos Serviços de Saúde de Macau (SSM) em resposta à interpelação do deputado Zheng Anting que pedia medidas de apoio a esta população. De acordo com os SSM, a optimização dos serviços está a ser progressivamente resolvida, sendo que “a acessibilidade dos idosos aos cuidados de saúde é alta e as regalias médicas em Macau são perfeitas”, lê-se na resposta dos SSM. O director dos serviços, Cheang Seng Ip, recorda que está a ser implementada a política de “manutenção dos idosos ao domicílio” e que, através desta acção, os SSM continuam a “responder à procura de assistência médica provocada pelo envelhecimento da população”. Para isso, a tutela está também a reforçar a formação em serviço dos profissionais especializados na área da geriatria.

ESPECIALISTAS A CRESCER

Cheang Seng Ip sublinha que, ao abrigo do Plano Quinquenal, estão a ser formados médicos especializados, sendo que de 2014 a 2020 Macau poderá contar com mais 275 profissionais. Até à data, há 70 médicos em formação e

“a curto prazo haverá mais 30”. Dentro das especialidades abrangidas e directamente relacionadas coma população idosa, estão a cardiologia, a medicina interna , a oncologia e a psiquiatria. Por outro lado, os SSM afirmam manter uma colaboração estreita com as entidades homólogas do Continente e de Hong Kong. Localmente, Cheang Seng Ip salienta o fácil acesso aos serviços de saúde gratuitos que têm lugar tanto nos Centros de Saúde como no Centro Hospitalar Conde de São Januário. O responsável não esqueceu a entrada em funcionamento, no ano passado, do Centro de Avaliação e Tratamento da Demência. Quanto às dificuldades que ainda se fazem sentir no atendimento a residentes que se encontram a viver no Continente, os SSM salientam a complexidade da situação. “A questão da assistência médica transfronteiriça é evidentemente uma questão muito complexa”, lê-se. No entanto, e como medidas a tomar, os SSM consideram que Macau deve, sem primeiro lugar, proceder “a uma investigação e avaliação aprofundada do conceito de assistência médica transfronteiriça”. Sofia Margarida Mota

sofiamota.hojemacau@gmail.com

SEGMENTO DE MACAU DA NOVA PONTE SATISFAZ REQUISITOS

O Chefe do Executivo, Chui Sai On, disse ontem que as obras do segmento de Macau da nova ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau “satisfazem e cumprem os requisitos”, estando a decorrer “a bom ritmo”. O governante disse ainda que a conclusão das obras deverá acontecer este ano. Esta é a primeira reacção oficial do Governo de Macau após a divulgação de suspeitas de corrupção, através da adulteração de relatórios de engenharia, por parte das autoridades de Hong Kong. Citado por um comunicado oficial, Chui Sai On referiu ainda que os trabalhos de construção “têm sido acompanhados por um grupo que integra elementos das três regiões, que dá grande atenção à qualidade dos materiais utilizados na construção da ponte e segurança da obra”. O Chefe do Executivo adiantou que o Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI) tem seguido o projecto, sendo que “as informações que constam dos relatórios mostram que a qualidade, o andamento das obras de construção e a segurança das mesmas satisfazem os requisitos, e que tudo está a correr dentro do previsto”.

Isaura Matos

quarta-feira 31.5.2017


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