DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ
MOP$10
SEXTA-FEIRA 4 DE OUTUBRO DE 2019 • ANO XIX • Nº 4385
hojemacau PORTUGAL
VAMOS A VOTOS
AUTOCARROS
ROTAS TROCADAS PÁGINA 9
OPINIÃO
Religião e mural
A projecção de imagens do Partido Comunista Chinês na fachada das Ruínas de São Paulo provocou a ira de crentes de diversas nacionalidades. A Diocese de Macau já apelou aos Serviços de Turismo para que no futuro respeite o contexto religioso do monumento que, apesar de não ser património da igreja, continua a ser um símbolo da Fé católica em Macau. O Governo diz estar disponível para dialogar. PUB
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BANCARROTA JOÃO ROMÃO
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GRANDE PLANO
2 grande plano
4.10.2019 sexta-feira
ELEIÇÕES EM PORTUGAL
UNIAO DE FACTOS ˜
Q
UESTÕES políticas e económicas de cariz nacional à parte, os programas dos partidos políticos que este domingo, 6 de Outubro, vão a votos em Portugal destacam, para o Círculo Fora da Europa, dois assuntos que são talvez mais próximos a quem há muito vive fora do país, e que se prendem com o funcionamento dos consulados e com o ensino da língua portuguesa. Este domingo decorrem as eleições legislativas que vão decidir que deputados se vão sentar na Assembleia da República (AR) nos próximos anos, e também quem será o primeiro-ministro de Portugal. Os dois partidos portugueses com maior representatividade na AR partem com vantagem no Círculo Fora da Europa por motivos distintos. José Cesário é o líder da lista pelo Partido Social-Democrata (PSD) e apresenta um programa para o Círculo Fora da Europa que vai buscar muito do trabalho que tem desenvolvido nos últimos anos como deputado pelo círculo da emigração. Do lado do Partido Socialista (PS), a lista
liderada por Augusto Santos Silva é uma forte aposta partidária para este círculo e parte com a vantagem de o partido ter estado no Governo nos últimos quatro anos, apoiado pelo Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista Português (PCP). Do lado do PSD, José Cesário, que foi secretário de Estado das Comunidades Portuguesas no anterior Executivo, destaca o facto de “a modernização do consulado-geral de Macau, até há quatro anos, ter sido uma prioridade, tendo sido nesse período que iniciámos as permanências culturais itinerantes, que tantos milhares de pessoas tem servido”. Na área dos serviços consulares, a lista liderada por José Cesário defende o aumento da validade dos passaportes portugueses de cinco para dez anos, para melhorar o fluxo de atendimento nos consulados. Neste ponto, o actual deputado recorda que o PSD “procurou interpelar permanentemente o actual Governo, alertando-o para o inadmissível aumento dos atrasos no processamento de inúmeros documentos essenciais para a vida dos portugueses no estrangeiro, como o
CONSULADOS E LÍNGUA PORTUGUESA EM DESTAQUE NOS PROGRAMAS
registo das nacionalidades, os passaportes e os cartões de cidadão”. O PSD pretende apostar no “reforço dos meios do Consulado de Macau e das condições profissionais dos seus funcionários”, sem esquecer uma maior “rapidez na apreciação dos pedidos de visto para estudantes e empresários de Macau, Hong Kong e China”. Do lado do PS, a aposta é também promover “a expansão da rede consular pela via da criação de novos consulados e escritórios consulares, assim como a melhoria
Os programas dos partidos políticos que este domingo, 6 de Outubro, vão a votos em Portugal destacam, para o Círculo Fora da Europa, o funcionamento dos consulados e o ensino da língua portuguesa
das condições de recrutamento, remuneração e trabalho dos respectivos funcionários”. Além disso, a lista encabeçada por Augusto Santos Silva, actual ministro dos Negócios Estrangeiros, promete “um novo modelo de gestão consular “que utilize sistematicamente plataformas digitais”. No caso do BE, cuja lista pelo Círculo Fora da Europa é liderada por João Branco, é proposto o “reforço dos serviços públicos consulares”. O CDS-PP tem também, neste domínio, uma palavra a dizer relativamente ao funcionamento da rede consular. A lista é liderada por Gonçalo Nuno Santos e tem a advogada de Macau Joana Alves Cardoso como membro. No programa para o Círculo Fora da Europa, é proposta a criação de “consulados de proximidade” que, de acordo com Joana Alves Cardoso, “terão de ter uma comunicação diferente com os cidadãos e os utentes do consulado, que crie mecanismos de proximidade que não se prendam com os serviços consulares propriamente ditos”. Nesta área, o PCP pretende “assegurar serviços públicos es-
senciais”, como é o caso da rede consular, apostando numa “política salarial para os trabalhadores consulares tendo em conta a disparidade das moedas e o nível de vida nos países de acolhimento e a diminuição da carga horária, para os trabalhadores em residências diplomáticas no exterior e o respeito pelos seus direitos”.
ENSINO DO PORTUGUÊS
A estratégia para o ensino do português no estrangeiro é outro dos tópicos que mais se encontra nos programas políticos dos partidos com assento parlamentar. O PS defende “a renovação e modernização da rede do ensino português no estrangeiro, melhorando o uso de tecnologias digitais e de educação à distância, prosseguindo a integração curricular nos sistemas de ensino locais e assegurando maiores níveis de certificação de competências adquiridas”. O PSD vai mais longe e apresenta medidas específicas para a Escola Portuguesa de Macau (EPM), propondo um “desenvolvimento do seu projecto pedagógico
grande plano 3
sexta-feira 4.10.2019
POLÍTICOS
É já este domingo que têm lugar as eleições legislativas em Portugal que determinam, não só a nova composição da Assembleia República, como elegem o próximo primeiro-ministro. No Círculo Fora da Europa, os programas dos partidos políticos portugueses com assento parlamentar têm como temas comuns o funcionamento da rede consular e o ensino da língua portuguesa
de forma a garantir a sua melhor inserção no Oriente”. No campo educativo, o BE defende “o restabelecimento da gratuitidade das aulas de português no estrangeiro”, bem como o “aprofundamento da missão e reforço dos recursos do Instituto Camões (IC) e da RTP África e RTP Internacional”. No que diz respeito às propinas no ensino da língua portuguesa, o PCP apresenta uma medida semelhante à do Bloco. Defende-se no programa político “uma política que promova a preservação e expansão da língua materna, no ensino de português no estrangeiro, desde logo com a eliminação da propina para o ensino secundário”, além de se pretender “garantir a gratuitidade dos manuais escolares”. Além de abordar o tema da EPM e a continuação do seu projecto educativo, o CDS-PP aponta também para a necessidade de uma avaliação do novo acordo ortográfico, “tanto no uso da língua como a nível internacional”. É ainda objectivo do partido “reforçar e valorizar o papel do IC enquanto
entidade nacional responsável pela direcção, coordenação e supervisão da política de cooperação”. “Trabalharemos na promoção do ensino do português como âncora da política da diáspora, mantendo os seus factores de qualidade, através da avaliação e certificação das aprendizagens, e procurando atingir um maior equilíbrio entre comunidades da Europa e fora da Europa, com vantagem para os estudantes, para as famílias e para os professores”, acrescenta o mesmo programa.
PAPEL DAS COMUNIDADES
Para os próximos quatro anos é também defendido um maior refor-
Os dois partidos portugueses com maior representatividade na AR partem com vantagem no Círculo Fora da Europa por motivos distintos
ço no papel que a Diáspora portuguesa desempenha em várias áreas, sobretudo na economia. Todos os partidos defendem a sua importância. O CDS-PP quer apostar “no envolvimento das comunidades portuguesas na internacionalização da economia portuguesa através do desenvolvimento de mecanismos financeiros atractivos”. Neste sentido, o partido acredita que “é possível criar condições para o surgimento de fundos de capital de risco, subscritos por elementos das comunidades portuguesas, com vista a apoiar a entrada de empresas portuguesas nos mercados dos países nos quais residem”. O PS pretende apostar numa “valorização do património e criação cultural própria das comunidades”, bem como desenvolver o programa Regressar, destinado a emigrantes que pretendam voltar a Portugal e que visa a concessão de apoios financeiros. Na área fiscal, o PSD apresenta várias medidas como a “eliminação da obrigatoriedade de nomeação de representante fiscal para os residentes no estrangeiro”
e também o “acompanhamento da garantia do pagamento das pensões dos aposentados que se reformaram na antiga administração portuguesa e da continuidade da Isenção do IRS à luz da Convenção entre o Governo de Portugal e o Governo de Macau para Evitar a Dupla Tributação”. É também objectivo da lista de José Cesário “acompanhar com grande atenção a aplicação desta isenção de IRS aos macaenses que regressaram a Macau após aposentação dos quadros de Portugal”. No caso do PAN – Pessoas, Animais, Natureza, que tem apenas um deputado na AR, André Silva, o partido defende que devem ser criadas “medidas de apoio para quem deseje regressar a Portugal e promover uma sólida relação diplomática com os países onde as nossas comunidades emigrantes, ou a Língua Portuguesa, estão presentes”. Andreia Sofia Silva
andreia.silva@hojemacau.com.mo
POLÍTICA EXTERNA OLHARES DISTINTOS SOBRE A CHINA E ÁSIA
O
S programas políticos dos partidos com assento parlamentar na AR apresentam algumas medidas relativas à política externa portuguesa. Mas o PAN vai mais longe e debruça-se sobre os recentes investimentos que a China tem feito no país e na Europa, com uma postura de ruptura. Para este partido, deve-se “garantir a independência política, económica e geopolítica da União Europeia (UE) relativamente ao expansionismo chinês nos mercados ocidentais, considerando a crescente influência chinesa na compra e/ou financiamento de grandes empresas ou infraestruturas em Estados-Membros, nomeadamente em Portugal”. O PAN promove ainda no seu programa político o reconhecimento do Tibete “como Estado”, bem como a “auto-determinação do povo tibetano, condenando a repressão e a perseguição política, religiosa e cultural por parte da China”. Neste campo, o PAN defende que se deve aprovar, em Portugal, a “Lei do Acesso Recíproco ao Tibete, tendo em vista a promoção do acesso de diplomatas, funcionários governamentais, jornalistas e membros de ONGs às áreas tibetanas, sob pena de, em caso de impedimento de entrada pelas autoridades chinesas, Portugal actuar de forma recíproca”. Na área da política externa, o CDS-PP defende a reforma da AICEP, algo “fundamental na afirmação da vocação exportadora da economia portuguesa”. Neste sentido, a AICEP “deverá ser mais activa na promoção externa das empresas solidificando uma diplomacia económica que permita contribuir para a globalização da economia portuguesa, identificando contactos ou especialistas em cada mercado alvo”, aponta o CDS-PP. Já o PCP defende uma “política externa participada e democrática, com a articulação dos órgãos de soberania – Assembleia da República, Presidente da República, Governo – e ampla consulta das forças políticas e organizações sociais”. Neste sentido, defende-se a relação com a China, bem como com outros países da Ásia.
4 política
TIAGO ALCÂNTARA
4.10.2019 sexta-feira
“Uma Faixa, Uma Rota” Chui quer solidificar competitividade local
O Chefe do Executivo quer ver as vantagens competitivas e de cooperação da Macau solidificadas através da participação na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”. Chui Sai On presidiu ontem à reunião plenária da Comissão de Trabalho para a Construção de “Uma Faixa, Uma Rota”. Durante a sessão, deixou dois desejos: persistir na estratégia do progresso estável em todas as vertentes da sociedade, e prestar atenção às mudanças no âmbito internacional e do interior, para cooperar com o plano geral do país. O outro desejo formulado passa por reunir, de forma abrangente, o consenso social e descrever da melhor forma a história de Macau, elevando constantemente a consciência nacional e o espírito patriótico da população.
PEQUIM JORNAL ESTATAL ELOGIA SAÚDE DE MACAU E CRITICA HONG KONG
O farol da Grande Baía
FAOM Concluídas obras do Campo dos Operários
Um artigo de opinião do Global Times elogia a abertura do primeiro curso de medicina em Macau desde o estabelecimento português, em 1557, e aponta um futuro risonho para a RAEM, que é tida como um exemplo na área da saúde
O GCS
tablóide estatal Global Times publicou um artigo a elogiar os feitos de Macau, com um grande enfoque na área da saúde, com a abertura do curso de medicina na Universidade de Ciência e Tecnologia (MUST), e as acções de “plataforma” com os diferentes países de língua portuguesa. O texto de opinião está assinado por Christopher Cottrell, mas ao contrário de outros artigos assinados pelo mesmo “autor” não há uma referência ao facto de não representar a opinião da direcção do jornal. “De uma forma geral, nestes dias Hong Kong está a tornar-se doente e Macau está a tornar-se num farol de saúde com medicina de qualidade, que através da primeira escola de medicina vai abraçar não só os irmãos e irmãs em
Cantão, mas também dos países de língua portuguesa que se espalham pelo mundo”, é escrito. “Quando Macau celebrar o aniversário dos 20 anos da transição, em Dezembro, vai tornar-se claro para muitos que Macau tem um novo papel a desempenhar na região e que vai ter objectivos cada vez mais altos na História”, é acrescentado. De acordo com o mesmo artigo, “Macau, outra região administrativa da China, está rapidamente a liderar o desenvolvimento da Grande Baía” em áreas como a medicina e a cooperação regional económica e cultural.
É a área da saúde que recebe maior atenção com o artigo a apontar o exemplo da escola de medicina, a primeira a ser aberta, segundo o artigo, desde o estabelecimento dos portugueses em 1557. Por outro lado, é ainda dado o exemplo do Parque de Medicina Tradicional Chinesa que a RAEM abriu na Ilha da Montanha, de Zhuhai. “Ao abraçar a medicina tradicional da China em Zhuhai, Macau está a abraçar de forma muito calorosa as suas raízes chinesas”, é destacado.
DIVERSIFICAÇÃO ACELERADA
No que diz respeito aos elogios à RAEM, o outro grande louvor
passa pela “aceleração da diversificação económica que está a ser testemunhada além da habitual economia do jogo”. Sobre as relações com os países de língua portuguesa, são recordadas as palavras de Ho Iat Seng, futuro Chefe do Executivo, que prometeu que o seu governo vai “intensificar a cooperação bilateral e multilateral para estar à altura dos padrões do princípio ‘um país, dois sistemas’”. O artigo defende que com esta postura, Ho vai levar aos países de língua portuguesa os benefícios da iniciativa liderada pelo Presidente Xi Jinping “Uma Faixa, Uma Rota”.
“Macau, outra região administrativa da China, está rapidamente a liderar o desenvolvimento da Grande Baía.” CHRISTOPHER COTTRELL IN GLOBAL TIMES
Foram concluídas em Agosto as obras do pavilhão do Campo dos Operários, propriedade da Associação Geral dos Operários de Macau, da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). O projecto teve um custo de 4,3 milhões de patacas, montante que foi financiado pela Fundação Macau e pela Fundação Henry Fok. Lam Kam Hung, o responsável da FAOM por esta infra-estrutura, declarou que o pavilhão estará aberto ao público a partir do dia 15 de Outubro. O mesmo responsável adiantou que, no futuro, serão renovadas as instalações do sistema de monitorização e de áudio, bem como outras estruturas, para que o novo equipamento possa ser usado por mais de dez anos.
João Santos Filipe
joaof@hojemacau.com.mo
COMISSARIADO DE AUDITORIA ASSINADO ACORDO COM CONGÉNERE DA CHINA
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O Veng On, Comissário da Auditoria, participou, entre os 23 e 28 de Setembro no XXIII Congresso da Organização Internacional das Instituições Superiores de Auditoria (INCOSAI), que decorreu em Moscovo, Rússia. De acordo com um comunicado oficial, o Comissariado de Auditoria
(CA) assinou recentemente um acordo com o Gabinete de Auditoria Nacional da China (GAN) que “implicou o grande e consistente apoio técnico do GAN ao CA nas áreas da formação do pessoal e do desenvolvimento de sistemas informáticos”. Nesse sentido, Ho Veng On defendeu que, “face à publi-
cação e entrada em vigor da nova Lei de enquadramento orçamental, é necessária uma actualização do 'Programa Informático de Auditoria in loco (edição de Macau)'”, pelo que “o respectivo trabalho preparatório técnico tem sido planeado e executado de forma adequada e programada com
o apoio do Centro de Tecnologias de Informática”. Essa mudança “poderá conduzir à elevação da eficiência e às novas funcionalidades desenvolvidas, reflectindo um bom progresso da informatização no âmbito da auditoria”, concluiu o Comissário, citado no mesmo comunicado.
política 5
sexta-feira 4.10.2019
DADOS PESSOAIS APLICADAS SANÇÕES EM APENAS DEZ POR CENTO DOS CASOS INVESTIGADOS
Muita queixa, pouca multa O relatório anual do Gabinete de Protecção de Dados Pessoais (GPDP) relativo ao ano passado mostra que mais de 90 por cento das queixas apresentadas levaram à abertura de processos de investigação. No entanto, apenas dez por cento dos casos originaram a aplicação de sanções
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OI ontem divulgado o relatório anual do Gabinete de Protecção dos Dados Pessoais (GPDP) relativo a 2018, com os dados a revelarem que são poucas as sanções aplicadas pelo organismo público, apesar das inúmeras investigações desenvolvidas. De um total de 208 processos investigados e concluídos, ape-
CCAC Deputada espera progresso nos trabalhos
A presidente da Comissão especializada para a fiscalização dos problemas relacionados com queixas contra a disciplina do pessoal do Comissariado Contra a Corrupção, Kwan Tsui Hang, “afirmou esperar progresso nos trabalhos do CCAC, no sentido de fortalecer a confiança da população”. As afirmações foram feitas ontem, numa reunião com o Chefe do Executivo. Durante o encontro, Chui Sai On agradeceu aos cinco membros da comissão Kwan Tsui Hang, Paula Hsião Yun Ling, Lei Pui Lam, Philip Xavier e Tong Io Cheng por terem aceitado a renovação do mandato, que foi decidida por Chui a 12 de Agosto. Na reunião esteve ainda André Cheong, comissário contra a Corrupção, e foi abordado o aperfeiçoamento do mecanismo de participações e queixas, bem como a continuidade das acções de sensibilização.
legitimidade do tratamento de dados, enquanto que 22,9 por cento se refere “à não observância dos princípios de tratamento dos dados”. Além das queixas, o GPDP recebe também pedidos de consulta sobre a área dos dados pessoais, tendo recebido um total de 1.829 pedidos o ano passado. “Uma grande quantidade das consultas recebidas é sobre a notificação e a autorização, representando 36,7 por cento do número total das consultas. As consultas sobre condições de legitimidade do tratamento de dados pessoais ocupam o segundo lugar, com uma percentagem de 30,2 por cento”, aponta o relatório.
MAIS EM MENOS TEMPO
nas 10,6 por cento resultou na aplicação de sanções a entidades privadas e indivíduos, tendo sido feitas sugestões em 19,7 por cento das situações. No total, o GPDP tratou de 330 casos de investigação, sendo que a maioria deles teve início em 2017. Apesar da baixa percentagem de casos que culmina em sanções, a verdade é que o GPDP investiga quase todas as queixas que recebe. No ano passado, 90,8 por cento
dos processos foram instaurados após apresentação de queixas por parte dos cidadãos. “Mais de metade dos alvos de investigação é de entidades privadas, exceden-
do a metade do número total dos alvos de investigação”, aponta o comunicado. Em 59,6 por cento dos casos, as queixas versam sobre a falta de
Em 59,6 por cento dos casos, as queixas versam sobre a falta de legitimidade do tratamento de dados, enquanto que 22,9 por cento se refere “à não observância dos princípios de tratamento dos dados”
Yang Chongwei, Coordenador do GPDP, aponta no relatório que o organismo conseguiu melhorar o seu funcionamento. Em 2018, o GPDP “aumentou a taxa de conclusão de tratamento anual, diminuindo o tempo de tratamento médio dos vários trabalhos, o que responde eficazmente às solicitações dos cidadãos e dos requerentes das instituições públicas e privadas”. Foi também feita uma “distribuição activa dos recursos humanos e uma optimização dos trabalhos”. No que diz respeito a projectos públicos relacionados com a instalação de câmaras de videovigilância ou a construção de uma cidade inteligente, o GPDP diz ter estado atento à questão da protecção dos dados pessoais. Foram, assim, realizados “trabalhos por sua iniciativa fora do gabinete” e acções de fiscalização à situação de protecção de dados pessoais por meio de visitas no local e intercâmbios multipartidários. Ademais, o GPDP ainda auxiliou os diferentes serviços públicos a ponderar activamente a introdução das medidas técnicas e organizativas adequadas, no intuito de desenvolver o papel de coordenação e supervisão do GPDP”, conclui o relatório. Andreia Sofia Silva
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PANFLETOS IC ACUSA JOVENS QUE APOIARAM MANIFESTAÇÕES EM HONG KONG
O
Instituto Cultural vai apresentar uma acusação contra os dois jovens que afixaram panfletos solidários com os protestos em Hong Kong e contra o sistema de vídeo vigilância e que já haviam sido multados, mas não acusados pelo crime de dano. De acordo com a TDM – Rádio Macau, os jovens vão ser acusados de dano em edifícios de interesse arquitectónico, que tem uma pena máxima de três anos de prisão. De acordo com o portal Macau Concealers, os dois saíram das
instalações do comissariado da Polícia de Segurança Pública, por volta das 22h do dia 1 de Outubro. Os indivíduos foram multados por violação do Catálogo das infrações do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, mais concretamente por “afixar mensagens publicitárias de forma que contrarie as disposições regulamentares ou o teor das condições estabelecidas na licença”. Neste caso, foram penalizados por infrações comuns. Numa publicação no Facebook, o deputado Sulu Sou insurgiu-se
contra esta situação, em primeiro lugar por entender que a gestão, monitorização e autoridade sobre os lugares públicos pertence ao Instituto para os Assuntos Municipais. Ou seja, a afixação de panfletos não é um caso de polícia, na visão do pró-democrata. Sulu Sou acrescenta ainda que os implicados tinham dez dias para contestar a acusação de que eram alvo. No aspecto legal, Sulu Sou sublinha que a lei não deveria distinguir o conteúdo das mensagens, que podem ser anúncios
para arrendar casa, empréstimos privados ou slogans políticos. Todos deveriam ser tratados por igual, de acordo com a lei. “Estas aplicações duras e políticas da lei são contrárias à intenção do legislador. São típicas de um Governo que tem uma sensibilidade extrema, que provoca medo e que inibe a liberdade de expressão. Não são actos de um bom Governo”, comentou o deputado.
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Anúncio Concurso público nº 02/DSAL/2019 Prestação de serviços de segurança à Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, em representação da entidade adjudicante, faz público que, por Despacho do Secretário para a Economia e Finanças de 17 de Setembro de 2019 e nos termos do artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 63/85/M, de 6 de Julho, se encontra aberto o concurso público para a “Prestação de serviços de segurança à Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais”. 1. Entidade adjudicante: Secretário para a Economia e Finanças. 2. Serviço por onde corre o processo do concurso: Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais. 3. Duração da prestação de serviços: 1 de Dezembro de 2019 a 30 de Novembro de 2021, um período de 24 meses. 4. Condições gerais dos concorrentes: Podem participar no concurso, empresas que comprovem a satisfação do disposto sobre a titularidade do licenciamento válido para a exploração da actividade de segurança privada, nos termos da Lei n.º 4/2007 (Lei da actividade de segurança privada), bem comocom o registo comercial efectuado na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) e com comprovado cumprimento das suas obrigações fiscais. 5. Local, data e horário para consulta do processo do concurso e obtenção da cópia do processo: • Local: Divisão Administrativa e Financeira da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, nos 221-279, Edifício “Advance Plaza”, 2º andar. • Data: a partir da data da publicação deste anúncio no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau até à data e hora marcadas para o acto público do concurso. • Horário: Dias úteis (2ª a 6ª feira, das 9:00 horas às 13:00 horas; 2ª a 5ª feira das 14:30 horas às 17:45 horas; 6ª feira das 14:30 horas às 17:30 horas). • Custo de aquisição de cópia do processo do concurso: MOP500,00 (Quinhentas patacas). • Os interessados no concurso também podem descarregar (download) gratuitamente o programa do concurso e o caderno de encargos na página electrónica da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (http://www.dsal.gov.mo). 6. Local, prazo e hora para a apresentação das propostas: • Local: Divisão Administrativa e Financeira da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, nos 221-279, Edifício “Advance Plaza”, 2º andar. • Prazo e hora: 1 de Novembro de 2019 ( 6 ª feira), até às 17:30 horas (não serão aceites propostas entregues fora do prazo). 7. Caução provisória: MOP160.000,00 (Cento e sessenta mil patacas), que pode ser prestada por garantia bancária ou depósito em numerário em nome da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais da Região Administrativa Especial de Macau. 8. Local, data e hora do acto público do concurso: • Local: Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, nos 221-279, Edifício “Advance Plaza”, 2º andar, sala de formação 2F-11 . • Data e hora: 5 de Novembro de 2019 ( 3 ª feira), pelas 10:00 horas. Nota: Os concorrentes ou os seus representantes presentes no acto público do concurso que pretendam reclamar e/ou esclarecer dúvidas eventualmente surgidas nos documentos apresentados, deverão mostrar documentos que atestem o seu estatuto. 9. Sessão de esclarecimento e visita às instalações: A sessão de esclarecimento destinada aos concorrentes terá lugar no dia 11 de Outubro de 2019 ( 6 ª feira), pelas 9:30 horas, na Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, sita na Avenida Dr. Francisco Vieira Machado, nos 221-279, Edifício “Advance Plaza”, 2º andar, sala de formação 2F-09. Após esta sessão será feita uma visita às instalações a que se destina a prestação de serviços deste concurso. 23 de Setembro de 2019. O Director, Wong Chi Hong
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sexta-feira 4.10.2019
Fundação Macau Vencedores de bolsas de mérito conhecidos hoje A lista dos candidatos seleccionados pela Fundação Macau (FM) para a atribuição de bolsas de mérito especial será hoje tornada pública. De acordo com um comunicado, a FM atribuiu, para o ano lectivo de 2019/2020, um total de 201 bolsas, tendo a maioria
Após as queixas dos fiéis, a Diocese de Macau sugeriu à Direcção de Serviços de Turismo que dialogue sobre futuros espectáculos de luzes. O Governo mostra-se disponível para dialogar e admite ter recebido seis queixas
A
Diocese de Macau recebeu queixas de crentes devido à projecção de imagens do Partido Comunista nas Ruínas de São Paulo, durante os três dias de espectáculos organizados pela Direcção de Serviços de Turismo (DST), e apela a um diálogo para que no futuro se tenha em conta o “contexto religioso” do monumento. O comunicado foi emitido ontem, depois do primeiro espectáculo, organizado no domingo à noite, ter gerado várias críticas nas redes sociais. “Alguns fiéis da Diocese expressaram opiniões fortes sobre este assunto. A fachada das Ruínas de São Paulo não se limita a ser um monumento icónico
sido atribuída para a Europa (16) e América e outras regiões (17). A mesma nota explica que a bolsa de mérito especial “foi criada com o objectivo de incentivar e apoiar os estudantes de Macau que melhor se distinguiram nos estudos, proporcionando-lhes um bom
ambiente e melhores condições de aprendizagem no ensino superior, a fim de formar quadros qualificados para o futuro desenvolvimento de Macau”. O montante da bolsa, entre 80 a 320 mil patacas, será determinado conforme a localização das universidades.
RUÍNAS DE SÃO PAULO DIOCESE DE MACAU TOMOU POSIÇÃO SOBRE ESPECTÁCULO
Aviso à navegação “Apesar da fachada já não pertencer ao património da Igreja, continua a ser um símbolo da Fé Católica em Macau.” DIOCESE DE MACAU
da cidade, mas é ainda rico em importância histórica e religiosa”, começa por ser observado. “Apesar da fachada já não pertencer ao património da Igreja, continua a ser um símbolo da Fé Católica em Macau. Crentes de diferentes nacionalidades têm sentimentos profundos e um sentido de
identidade face à fachada”, é acrescentado. Ainda de acordo com a Diocese, na base das reacções negativas “de um número significativo de crentes” esteve o facto do espectáculo de luzes não ter respeitado a “finalidade característica” do monumento. Por isso, a representação da
ALEXIS TAM PEDE TOLERÂNCIA
O
secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, defendeu o espectáculo de luzes nas Ruínas de São Paulo e pediu à população tolerância. “As pessoas têm de perceber que em Macau temos de ser tolerantes”, afirmou o secretário, segundo a Rádio Macau, sobre a exibição de imagens do Partido Comunista na fachada da Igreja. Porém, o governante admitiu também haver abertura para um maior diálogo. “As imagens foram mostradas a todo o povo chinês e foram transmitidas em toda a China. No futuro penso que os serviços têm de ter maior abertura para dialogar e explicar [...] os espectáculos”, acrescentou.
Igreja Católica em Macau não pede que se abdique destes espectáculos de luz, mas antes que se tenha em conta o contexto religioso. “Como a fachada de São Paulo representa o profundo e longo legado do património Católico em Macau, a Diocese deseja propor que, no caso de haver outros espectáculos no futuro, que o conteúdo esteja relacionado com o âmbito religioso do monumento”, é defendido. Por último, a Diocese mostrou disponibilidade para dialogar com as diferentes partes de forma a “preservar e promover os monumentos com valor histórico”.
SEIS QUEIXAS APRESENTADAS
Por sua vez, em declarações ao HM, a DST revelou ter recebido seis queixas sobre a projecção e mostrou-se disponível para dialogar. “A DST está ocorrente da situação [das queixas] e está disponível para dialogar com as entidades interessadas, incluindo a Diocese de
Macau, para que no futuro, quando houver espectáculos de luz planeados para as Ruínas de São Paulo, ou outras zonas, que o conteúdo possa ser discutido e ajustado”, respondeu a DST, através de correspondência electrónica. O Governo explicou que no passado tinha feito espectáculos diferentes nas Ruínas de São Paulo, como aconteceu no Festival de Luz de Macau, e que estes tinham sido sempre bem recebidos por “residentes e visitantes”. A DST informou ainda que no passado foram projectados temas relaciona-
dos com a mistura cultural entre o Ocidente e o Oriente, gastronomia ou mesmo imagens do Pai Natal. Sobre as projecções que originaram as queixas, a DST explicou que tiveram como objectivo celebrar o 70.º aniversário do estabelecimento da República Popular da China. Também o Festival de Luz de Macau, organizado desde 2015, tem utilizado a fachada para as projecções. Em 2018 a imagem do cartaz para promover a iniciativa correspondeu mesmo a um desenho de uma projecção na fachada da Igreja da Madre de Deus. Porém, esta foi a primeira vez que a Diocese mostrou publicamente desconforto com o assunto. João Santos Filipe
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SEMANA DOURADA PARQUE DE CAMPISMO REGISTA O DOBRO DOS UTENTES
Minha querida tenda
O portal informativo Macau Concelears noticiou ontem que dezenas de turistas vindos da China optaram por acampar no parque de campismo da praia de Hac-Sá, em Coloane, face aos elevados preços do alojamento turístico. O número de utentes no parque duplicou em relação aos dias normais
O
elevado preço dos quartos de hotel em Macau fez com que, mais uma vez, os turistas oriundos da China tenham optado por alternativas bem mais baratas. De acordo com o portal informativo Macau Concelears, em língua chinesa, o número de utentes do parque de campismo situado na praia de Hac-Sá, Coloane, duplicou nos dias festivos da Semana Dourada face aos dias normais. A procura foi de tal modo elevada que teve de
ser criada uma zona temporária de campismo para dar resposta aos 400 turistas que ali pernoitaram. Comerciantes que habitualmente fazem negócio na praia de Hac-Sá contaram à Macau Concelears que, apesar do aumento do número de pes-
soas no local, o negócio não melhorou, pois os turistas continuaram a fazer compras no centro do território. A senhora Ip, comerciante, contou à mesma publicação online que “mais de metade dos negócios diminuiu” desde que a Direcção dos
Por norma o parque de campismo em causa tem capacidade para 288 pessoas, podendo albergar 108 tendas. Contudo, durante a Semana Dourada, o fluxo de utentes foi bem maior, o que gerou problemas ao nível da gestão de espaço
Serviços para os Assuntos de Tráfego decidiu alterar a rota do autocarro número 25, que deixou de passar pela praia de Hac-Sá.
E O AMBIENTE?
Por norma o parque de campismo em causa tem capacidade para 288 pessoas, podendo albergar 108 tendas. Contudo, durante a Semana Dourada, o fluxo de utentes foi bem maior, o que gerou problemas ao nível da gestão de espaço, uma vez que este é o único parque de campismo do território. Neste sentido, foi pedida uma
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ANÚNCIO CONCURSO PÚBLICO N.o 43/P/19 Faz-se público que, por deliberação do Conselho Administrativo, de 11 de Setembro de 2019, se encontra aberto o Concurso Público para «Fornecimento e Instalação de Um Sistema de Formação e Avaliação Multi-articulação Tridimensional dos Membros Superiores com os respectivos acessórios aos Serviços de Saúde», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 3 de Outubro de 2019, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de MOP41,00 (quarenta e uma patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria dos Serviços de Saúde) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet na página electrónica dos S.S. (www.ssm.gov.mo ). As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,45 horas do dia 5 de Novembro de 2019. O acto público deste concurso terá lugar no dia 6 de Novembro de 2019, pelas 10,00 horas, na “Sala de Reunião”, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau. A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP17.000,00 (dezassete mil patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente. Serviços de Saúde, aos 25 de Setembro de 2019 O Director dos Serviços Lei Chin Ion
O
Henley & Partnewrs Passport Index de 2019, que avalia os melhores passaportes do mundo, colocou Macau no 33º lugar, repetindo o resultado do ano passado, a segunda melhor posição desde que o território é avaliado (2006).Alista é composta a partir da análise aos documentos de acordo com o número de destinos para os quais os seus portadores podem viajar sem necessitarem de pedir previamente um visto. Quem tem um passaporte europeu ou do leste asiático tem mais chances de estar no topo do ranking. No cimo da lista do índice de passaportes de 2019 aparecem Japão e Singapura, empatados, com acesso a 190 países sem necessidade de visto previamente tratado. O segundo lugar do pódio é partilhado pela Coreia do Sul, Alemanha e Finlândia, com entrada facilitada em 188 países. O pódio encerra com a Dinamarca, Itália e Luxemburgo (187 países), em quarto ficaram França, Suécia e Espanha (186 países). Portugal ocupa o quinto lugar da lista, empatado com a Áustria e a Holanda. Os portadores de passaporte português não precisam de visto para entrarem em 185 países.
NA REGIÃO
O passaporte de Hong Kong ocupa o 18º lugar da lista, depois de cair
Isto só com visto Macau tem o 33º melhor passaporte do mundo, Portugal ficou em 5º
uma posição em relação ao ano passado. Ainda assim contrasta com a 33º posição de Macau e a China, que ficou no 72º lugar da lista, um resultado bem melhor do que o conseguido em 2015 quando ficou em 94º lugar. A lista Henley & Partnewrs Passport Index termina com países afectados por conflitos bélicos. No fundo da tabela, o 107º lugar, ficou o Afeganistão, com um passaporte que pode viajar sem visto para 25 países, menos cinco do que em Janeiro. Os países que se seguem são o Iraque, Síria, Somália, Paquistão e Iémen. A avaliação é feita de acordo com os dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo, a maior e mais precisa base de dados em termos de informação de viagens, e de acordo com a pesquisa da Henley & Partners que avalia também os países em termos políticos. João Luz
intervenção do Governo, a fim de desenvolver medidas apropriadas para melhorar o ambiente e o funcionamento do espaço. O excesso de pessoas no parque de campismo em épocas festivas levanta também o problema da protecção do meio ambiente, uma vez que, de acordo com a mesma publicação, os sanitários não dão resposta a um elevado número de pessoas, além de que foram depositados muitos resíduos no local. Dados oficiais revelam que mais de 297 mil pessoas entraram em Macau na terça e quarta-feira, o que representa um aumento anual de 8,8 por cento. Só
no Dia Nacional da China, que se celebrou na terça-feira entraram no território 135.897 visitantes – mais 3,8 por cento do que há um ano. Além do facto de uma noite num hotel em Macau custar quase sempre mais de mil patacas, o sector hoteleiro tem também registado uma elevada ocupação. Dados oficiais da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, divulgados em Julho, mostram que no primeiro semestre deste ano sete milhões de pessoas pernoitaram em hotéis e pensões de Macau no primeiro semestre, com uma taxa de ocupação de 91,1 por cento. A.S.S.
IPIM Presidente Irene Lau visita o IFT Irene Lau, presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) visitou no passado sábado o Instituto de Formação Turística (IFT) onde reuniu com 30 estudantes. De acordo com um comunicado, o objectivo desta visita foi “partilhar com eles informações sobre o desenvolvimento do sector de convenções e exposições, um dos sectores emergentes de Macau,
e, ao mesmo tempo, conhecer e recolher as suas opiniões e propostas a esse respeito”. Neste sentido, Irene Lau “apelou aos jovens interessados para se dedicarem ao sector de convenções e exposições, apoiando conjuntamente a estratégia nacional de desenvolvimento, aproveitando bem as vantagens próprias de Macau e impulsionando o avanço do sector de convenções e exposições”.
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sexta-feira 4.10.2019
AUTOCARROS MUDANÇA DE ROTAS E TURISTAS DIFICULTAM A VIDA A RESIDENTES
PONTE HKZM MAIS 914 LICENÇAS DE CIRCULAÇÃO PARA MACAU Governo lançou ontem um concurso para atribuir mais 914 licenças para a circulação de veículos ligeiros na Ponte Hong Kong – Macau – Zhuhai. Macau teve direito, numa primeira fase, a 600 quotas, das quais 594 foram renovadas em Agosto, indicou à Lusa fonte da Direcção dos Serviços para osAssuntos de Tráfego (DSAT). Assim, a confirmar-se a atribuição de todas as quotas em concurso, que termina no próximo dia 23, Macau passará a contar com 1.514, disseram os mesmos serviços. A DSAT acrescentou que, entre as novas quotas, 558 estão reservadas a entidades individuais e 356 a
entidades comerciais. Cada quota custa mil patacas e é válida por três anos. Os residentes de Macau que pretendam obter uma quota particular devem trabalhar em Hong Kong ou ser proprietários de uma empresa ou de bens imóveis na região vizinha, referiu a DSAT. Já para obter a quota de entidade comercial, “os candidatos devem ser proprietários de sociedade registada em Macau e Hong Kong ou sociedade registada em Macau com ligação a uma sociedade em Hong Kong”. Em Agosto, o movimento de automóveis na ponte foi de 37.546 veículos, de acordo com a Direcção dos Serviços e Estatísticas.
Loucura nas paragens
O volume de turistas que entraram em Macau durante a Semana Dourada e a alteração de rotas dos autocarros trouxe o caos a quem usa os transportes públicos. O HM foi para a rua ouvir as frustrações dos utentes dos autocarros HM não ter recebido qualquer informação sobre a alteração das rotas durante a semana dourada dos autocarros 3 e 3X. A utente foi assim apanhada de surpresa com o cancelamento da paragem Almeida Ribeiro/ Weng Hang, algo que lhe causou naturais inconvenientes e a deixaram perplexa. “Não sei para que servem estas modificações”, comentou. Um grupo que estava por perto resolveu acrescentar que as alterações só fazem aumentar a confusão. Outro residente, que não se quis identificar, contou ao HM a angústia porque passa diariamente ao apanhar o autocarro entre as Portas do Cerco e a Rua do Campo. “Embora já me tenha habituado a que os autocarros rebentem pelas costuras, nestes dias tenho de esperar ainda mais tempo por um transporte”, revelou.
RÓMULO SANTOS
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GRAND LISBOA PALACE ABERTURA NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2020
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MBROSE So, director executivo da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), revelou que as obras de construção do hotel “Grand Lisboa Palace” já estão concluídas, e que agora, requisitaram à Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transporte o procedimento de inspecção e vistoria. O director da empresa acredita por isso que a inauguração do hotel pode acontecer no segundo semestre do próximo ano. Nessa altura, de acordo com as declarações de ontem, o hotel, casino e algumas lojas estarão prontas para entrarem em funcionamento. Sobre o número de mesas de jogo para o novo casino, o responsável afirmou esperar que o Governo aprove um número adequado, sem, no entanto, ter avançado com um número. Porém, a questão ainda está em aberto, uma vez que
o pedido de mesas só vai ser feito mais próximo da data de abertura. Quanto à semana dourada, Ambrose So referiu que o número de pessoas é elevado, mas que não se está a reflectir na receita dos casinos e que os preços por quarto até desceram. “A ocupação hoteleira é de mais de 90 por cento, mas o preço dos quartos decresceu relativamente aos anos passados”, frisou. No que diz respeito à previsão da receita de jogo para o próximo ano, Ambrose admitiu que vai depender da situação social de Hong Kong e das negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos. No entanto, apontou que existe a esperança de que as receitas dos casinos da SJM se mantenham num nível superior ao do ano passado. Já abertura do Grand Lisboa Palace, é vista como um novo impulso para as receitas de 2020.
SEM DESTINO
Turista “Perguntámos a dois polícias sobre o caminho para Portas do Cerco e obtivemos respostas completamente diferentes.”
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PANHAR um autocarro em Macau nos dias que correm pode ser um autêntico teste aos nervos da pessoa mais calma. Nos primeiros dois dias do mês, entraram no território quase 300 mil visitantes, um aumento 8,8 por cento, de acordo com dados dos Serviços de Turismo.
Para acomodar a densidade populacional, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) fez uma série de ajustes temporários a várias rotas de autocarros. O HM foi para a rua ouvir os relatos de confusão tanto de residentes como de turistas. Curiosamente, em cinco abordagens a pessoas que esperavam por um transporte em paragens de autocarros
fomos confrontados com outra realidade: a recusa de prestar declarações e comentar o que se passa em Hong Kong. Isto, apesar de Hong Kong nunca ter sido mencionado e de apenas termos expresso o propósito de recolher comentários sobre autocarros públicos. A sra. Leong, residente de Macau que usa diariamente os autocarros públicos, disse ao
A confusão estende-se também a turistas. Uma família de sete visitantes, juntaram-se na tarde de ontem à multidão que entope as paragens daAvenida do Infante D. Henrique, perante a impavidez dos lojistas das ourivesarias. Ao HM queixaram-se da falta de clareza nas indicações para turistas. “Perguntámos a dois polícias sobre o caminho para Portas do Cerco e obtivemos respostas completamente diferentes. Ficámos muito confusos”, referiu um turista. Em relação às alterações de rotas, Wong Man Pan, membro do Conselho Consultivo do Trânsito, disse ao jornal Ou Mun que compreende o motivo para os arranjos das rotas, mas lamenta a falta de divulgação. Importa referir que este ano até ao final de Março, os autocarros públicos transportaram 56,2 milhões de passageiros, o que representou uma subida de 6,31 por cento em relação ao período homólogo do ano passado. Já o número de autocarros, até ao final Junho totalizou 913 veículos, o que representou um aumento de 0,55 por cento. In Nam Ng (com J.L.) info@hojemacau.com.mo
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4.10.2019 sexta-feira
quatro meses os maiores protestos na região, disse temer a “abertura de um precedente” que desafia o princípio de autonomia no território administrado pela China. Para a FCDH, a proibição do uso de máscaras “viola a segurança pessoal e a liberdade de expressão” por parte das pessoas que as têm usado para se protegerem nos protestos.
UE DIÁLOGO É O “ÚNICO CAMINHO” PARA SOLUCIONAR CRISE DE HK
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União Europeia (UE) manifestou quarta-feira profunda preocupação pela escalada de violência e a contínua turbulência em Hong Kong, e considerou que o diálogo é o “único caminho” para solucionar a crise. “A escalada da violência e a contínua turbulência em Hong Kong, incluindo o uso de munições reais, que provocaram ferimentos críticos em pelo menos uma pessoa, são muito perturbantes”, refere uma declaração do gabinete de Federica Mogherini, a Alta Representante para a Política Externa e de Segurança da UE. “A União Europeia mantém a sua posição de que a contenção, a redução da escalada e o diálogo constituem o único caminho.Actualmente, são cada vez mais necessários que nunca, e garantem a única base para uma solução duradoura”. O comunicado sublinha que as liberdades fundamentais, incluindo o direito de reunião dos cidadãos de Hong Kong, devem ser mantidas, e assegurada a possibilidade de promoveram manifestações pacíficas. “Estes direitos devem ser exercidos pacificamente. Qualquer violência é inaceitável, e qualquer acção das autoridades responsáveis pela segurança deve manter-se de forma estritamente proporcional”, prossegue o texto. “Existe uma óbvia necessidade de recuperar a confiança entre o Governo e a população. O processo de diálogo iniciado recentemente pelas autoridades é um primeiro passo nesse sentido e é bem-vindo”. A declaração recorda ainda as “estreitas relações [da UE] com Hong Kong baseadas no princípio ‘um país, dois sistemas’”, um “forte contributo” para uma contínua estabilidade e prosperidade.
“A arrogância do Governo terá definitivamente um pesado preço político.” FRENTE CÍVICA DE DIREITOS HUMANOS
HONG KONG GOVERNO VAI PROIBIR USO DE MÁSCARAS NOS PROTESTOS
Tudo às claras
As autoridades invocam uma situação de emergência para recorrem a uma lei que data da época colonial. A organização que lidera os protestos já reagiu e manifestou a sua indignação dizendo tratar-se de uma clara violação das liberdades individuais
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Governo de Hong Kong vai avançar para a proibição do uso de máscaras, uma notícia que está a ser avançada pelos ‘media’ locais e que já motivou uma reação de indignação por parte do movimento que tem liderado os protestos.
Num comunicado enviado à agência Lusa, a Frente Cívica de Direitos Humanos (FCDH) adverte que a intenção de proibir o uso de máscaras em manifestações representa a “abertura de um precedente” perigoso e uma violação das liberdades individuais. O jornal South China
Morning Post noticiou ontem que o Governo de Carrie Lam deverá anunciar esta sexta-feira a proibição de máscaras em protestos, através da aplicação de uma lei de emergência que remonta à época colonial. Num comunicado enviado à Lusa, a FCDH, que lidera há
Na opinião dos activistas, que continuam a exigir a resposta a quatro das cinco reivindicações, o objectivo do Governo passa por “dissuadir os manifestantes da linha da frente”. “A arrogância do Governo terá definitivamente um pesado preço político”, advertem. Na mesma nota, os activistas recorrem a episódios recentes do “abuso repetido das forças policiais” para sustentar a ideia de que é a polícia a única que deve ser “desmascarada”.
VIOLÊNCIA À SOLTA
Terça-feira, o dia em que se assinalaram os 70 anos da fundação da República Popular da China, foi um dos dias mais violentos desde o início das manifestações, há quase quatro meses, durante as quais a polícia tem sido acusada de usar excessiva força contra os manifestantes. Nesse dia, um estudante de 18 anos foi alvejado com balas reais. Dois dias antes, uma jornalista indonésia foi alvejada com uma bala de borracha no olho. Para acalmar a tempestade em Hong Kong, a organização apela ao Governo para que ouça a opinião pública e responda às exigências dos manifestantes.
RAEHK JOVEM ALVEJADO NOS PROTESTOS VAI SER ACUSADO CRIMINALMENTE
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polícia de Hong Kong informou ontem que serão apresentadas acusações criminais contra o estudante de 18 anos que foi alvejado pelas forças de segurança na tarde de protestos pró-democracia na terça-feira. O dia em que se assinalaram os 70 anos da fundação da República Popular da China, foi um dos dias mais violento das manifestações que duram há quase quatro meses, durante as quais a polícia tem sido acusada
de usar excessiva força contra os manifestantes. O polícia disparou quando o adolescente, Tsang Chi-kin, o atingiu com um objecto de metal. O Governo indicou que, após cirurgia, Tsang encontra-se num estado considerado estável. Em comunicado, as forças de segurança disseram que o jovem será acusado de duas agressões a agentes da autoridade. Ontem, também, um grupo de cidadãos de Hong Kong promoveu uma conferência de imprensa na qual deu conta de
enviar uma carta subscrita por 4.500 pessoas, à chefe do Governo na qual se exige uma investigação “ao abuso de direitos humanos básicos das crianças” durante os protestos pró-democracia. Caso Carrie Lam não responda à missiva, datada de sábado e subscrita por mais de 4.500 cidadãos em apenas cinco dias, os autores da carta ameaçam recorrer ao Comité dos Direitos da Crianças da ONU, pode ler-se no documento ao qual a Lusa teve acesso.
“Condenamos veementemente o abuso de poder por parte do Governo e da polícia. Estamos profundamente preocupados com a situação e a segurança das crianças detidas”, acrescentaram. Meio milhar de estudantes manifestou-se na quarta-feira para condenar a violência da polícia e o uso de munição real contra os manifestantes.
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sexta-feira 4.10.2019
Questões nucleares
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Pyongyang Confirmado disparo de míssil a partir de submarino
Equipa norte-coreana na Suécia para discutir com EUA
M A equipa de negociadores da Coreia do Norte está a caminho da Suécia para retomar as negociações com os Estados Unidos sobre a questão nuclear, segundo a agência sul-coreana Yohnap. Depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter anunciado para breve uma nova cimeira com o seu homólogo norte-coreano, Kim Jong-un, os governos dos dois países concordaram em retomar negociações esta sexta-feira e sábado, para discutir a desnuclearização da península coreana. O principal negociador por parte da Coreia do Norte, Kim Myong Gil, partiu ontem em direção
a Estocolmo, na Suécia, acompanhado de mais três funcionários do Governo, para se encontrar com a delegação norte-americana, segundo a agência Yonhap. “Como os Estados Unidos deram um novo sinal, vou com grandes e optimistas expectativas sobre a reunião e sobre os resultados”, afirmou Kim Myong Gil, referindo que o objectivo final é desbloquear o impasse negocial.
EM GELO
As negociações entre Washington e Pyongyang ficaram congeladas desde a cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-un, em Fevereiro passado, apesar de os dois líderes terem feito um esforço para avançar no processo, num novo encon-
Kim Myong Gil, negociador da Coreia do Norte “Como os Estados Unidos deram um novo sinal, vou com grandes e optimistas expectativas sobre a reunião e sobre os resultados.”
tro em Junho, na fronteira entre as duas coreias. Pyongyang tem pedido a Washington um alívio das sanções impostas por retaliação a testes com armas nucleares por parte do Governo norte-coreano,
mas Donald Trump já disse que qualquer alteração de posição deverá ser antecedida por medidas de desarmamento nuclear. Nos últimos dias, a diplomacia norte-coreana tem elogiado a postura
de Donald Trump, considerando-a “corajosa” e “sábia” e tem insistido na necessidade de os Estados Unidos aliviarem as sanções económicas, para que haja avanços nas negociações.
A Coreia do Norte confirmou quarta-feira que lançou um novo míssil a partir de um submarino e considerou este teste “uma conquista importante” face às ameaças de “forças externas”. A agência oficial do regime de Pyongyang, a KCNA, confirmou as informações que foram divulgadas quarta-feira pela Coreia do Sul sobre o lançamento de um míssil balístico a partir de um submarino (SLBM), embora não tenha revelado detalhes sobre a sua trajectória. A KCNA também explicou que se trata da terceira versão do seu míssil Pukguksong (Estrela Polar) e disse que o lançamento foi feito a partir de baía de Wonsan, na costa oriental da Coreia do Norte. Fontes militares sul-coreanas anunciaram quarta-feira que a Coreia do Norte disparou pelo menos um projéctil na sua costa oriental, no que parece ser uma demonstração da crescente capacidade militar antes das negociações nucleares com os Estados Unidos da América.
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CROWN RESORT LIMITADA – REPRESENTAÇÃO PERMANENTE DE MACAU Avenida Comercial de Macau, n.º 5, Edifício FIT Center, 7.º Andar G, Macau REGISTADA NA CRCBM SOB O Nº 37008
Para os devidos efeitos legais, anuncia-se que, por deliberações tomadas pelos Administradores da Sociedade Principal em 18 de Junho de 2019, foi decidido dissolver e encerrar a liquidação, a partir da referida data, da representação permanente CROWN RESORT LIMITADA – REPRESENTAÇÃO PERMANENTE DE MACAU, com sede em Macau, Avenida Comercial de Macau, n.º 5, Edifício FIT Center, 7.º Andar G, registada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis de Macau sob o n.º 37008, , tendo o respectivo registo sido requerido em 11 de Setembro de 2019. Macau, 3 de Outubro de 2019
DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE TURISMO Torna-se público que, de acordo com o Despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 18 de Setembro de 2019, se encontra aberto concurso público para adjudicação de “Prestação dos serviços de acolhimento através de transportes no âmbito do 4º Festival Internacional de Cinema e Cerimónia de Entrega de Prémios‧Macau”. Desde a data da publicação do presente anúncio, nos dias úteis e durante o horário normal de expediente, os interessados podem examinar o Processo do Concurso na Direcção dos Serviços de Turismo, sita em Macau, na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n.os 335-341, Edifício “Hotline”, 12.o andar, e ser levantadas cópias, incluindo o Programa do Concurso, o Caderno de Encargos e demais documentos suplementares, mediante o pagamento de MOP200,00 (duzentas patacas); ou ainda consultar o website da Direcção dos Serviços de Turismo: http://industry.macaotourism.gov.mo, e fazer “download” do mesmo. Para quaisquer esclarecimentos, os interessados podem, até às 13:00 horas do dia 11 de Outubro de 2019, apresentar o pedido de esclarecimento por escrito, nos Avisos Públicos da Página Electrónica da Indústria Turística de Macau (http://industry.macaotourism. gov.mo) da Direcção dos Serviços de Turismo, sendo as respostas, também, dadas na mesma. O limite máximo do valor global da prestação do serviço é de MOP1.200.000,00 (um milhão e duzentas mil patacas). Critérios de adjudicação e factores de ponderação: Critérios de adjudicação Experiência do concorrente Preço Introdução da Empresa e currículo da equipa que encarrega o presente projecto Capacidade para acompanhamento e reação às situações do local dos eventos
Factores de ponderação 45% 20% 25% 10%
Os concorrentes deverão apresentar as propostas na Direcção dos Serviços de Turismo, no balcão de atendimento, sito em Macau, na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n.os 335-341, Edifício “Hotline”, 12.o andar, durante o horário normal de expediente e até às 13:00 horas do dia 21 de Outubro de 2019, devendo as mesmas ser redigidas numa das línguas oficiais da RAEM ou, alternativamente, em inglês, prestar a caução provisória de MOP24.000,00 (vinte e quatro mil patacas), mediante: 1) depósito em numerário à ordem da Direcção dos Serviços de Turismo no Banco Nacional Ultramarino de Macau, 2) garantia bancária, 3) depósito nesta Direcção dos Serviços em numerário, em ordem de caixa ou em cheque, emitidos à ordem da Direcção dos Serviços de Turismo, ou 4) por transferência bancária na conta do Fundo do Turismo do Banco Nacional Ultramarino de Macau (n.o 8003911119). O acto público do concurso será realizado no Auditório da Direcção dos Serviços de Turismo, sito em Macau, na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n.os 335-341, Edifício “Hotline”, 14.o andar pelas 10:00 horas do dia 22 de Outubro de 2019. Os representantes legais dos concorrentes deverão estar presentes no acto público do concurso para efeitos de apresentação de eventuais reclamações e/ou para esclarecimento de eventuais dúvidas dos documentos apresentados a concurso, nos termos do artigo 27.o do Decreto-Lei n.o 63/85/M, de 6 de Julho. Os representantes legais dos concorrentes poderão fazer-se representar por procurador devendo, neste caso, o procurador apresentar procuração notarial conferindo-lhe poderes para o acto público do concurso. Em caso de encerramento destes Serviços por causa da tempestade ou por motivo de força maior, o termo do prazo de entrega das propostas, a data e hora do acto público do concurso serão adiados para o primeiro dia útil imediatamente seguinte, à mesma hora. Direcção dos Serviços de Turismo, aos 26 de Setembro de 2019. A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes
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sexta-feira 4.10.2019
Relíquias lusitanas IIM LIVRO DE VASCO CALLIXTO, DE 1978, REEDITADO E APRESENTADO EM LISBOA
O Instituto Internacional de Macau lança, na próxima semana, uma nova edição da obra “Viagem a Macau - Uma Relíquia de Portugal no Oriente”, da Vasco Callixto, lançado no território em 1978. A apresentação oficial dá-se na próxima quinta-feira no Palácio da Independência, em Lisboa
A
obra “Viagem a Macau – Uma Relíquia de Portugal no Oriente”, lançada em 1978 e da autoria de Vasco Callixto, ganha uma nova vida com uma reedição promovida pelo Instituto Internacional de Macau (IIM), “como forma de prestar uma singela e justíssima homenagem ao autor, cujo mérito merece ser amplamente reconhecido”. O lançamento oficial será feito na próxima quinta-feira, 10 de Outubro, em Lisboa, no Palácio da Independência, em parceria com o Instituto de Luís Gonzaga Gomes e a Sociedade Histórica da Independência de Portugal.
De acordo com uma nota oficial do IIM, “este livro serve para revelar às novas gerações as impressões da primeira viagem do autor a terras
Workshop Cinemateca Paixão promove oficina para estudantes A Cinemateca Paixão promove, em Novembro, o workshop “Como ser curador de cinema”, com inscrições a decorrerem até 20 de Outubro. De acordo com um comunicado, o workshop inserese na iniciativa “Caminhos Futuros — Festival de Cinema de Estudantes dos Dois Lados do Estreito, Hong Kong e Macau 2019” e destina-se a “estudantes de liceu locais, permitindo-lhes uma compreensão alargada do que é ser curador de um festival de cinema”. Este workshop será orientado pela curadora Penny Lam, fundadora e curadora do Festival internacional de Documentário de Macau. O valor de inscrição no workshop é de 400 patacas.
orientais, compreendendo uma parcela da Tailândia, Hong Kong e Macau, uma permanência de vinte dias”. “Embora tenha voltado a Macau em 1992, num complemento de uma viagem à Austrália, a viagem de 1977 é uma viagem inesquecível e o livro que deu origem, o mais representativo de quanto o Autor viu e apreciou em Macau”, acrescenta a mesma nota. Para o IIM, “ler este livro hoje permitira ao leitor recuar quatro décadas e ficar a conhecer a Macau de ontem, uma Macau saudosa cem por cento portuguesa, que transmitia orgulho e emoção a quantos portugueses pisavam a terra
de Macau, apesar dos ventos da História”.
PELA ÁSIA
Vasco Callixto, nascido em 1925, é um jornalista e autor de vários livros na área do turismo, muitos deles sobre viagens à Ásia. De acordo com o blogue Macau Antigo, da autoria do jornalista João Botas, Vasco Callixto celebrou, em 2011, meia década de inúmeras viagens realizadas pelos cinco continentes com o lançamento do livro “50 Anos de Viagens”.
Dez anos depois de ter lançado “Viagem a Macau”, o autor publicou “Viagem à Índia”, seguindo-se “Por Estradas da Venezuela”, em 1989, e “Uma Volta ao Mundo em Português”, lançado em 1996. Na obra “Viagem a Macau” é relatada a viagem que o autor realizou, num total de 26751 quilómetros feitos de avião, mais 140 quilómetros de barco e outros 285 quilómetros de carro, num percurso compreendido entre as cidades de Lisboa, Paris,
“Ler este livro hoje permitirá ao leitor recuar quatro décadas e ficar a conhecer a Macau de ontem.” INSTITUTO INTERNACIONAL DE MACAU
Banguecoque, Hong Kong, Macau e Genebra. Citado pelo blogue Macau Antigo, Vasco Callixto recorda a viagem ao pequeno território do sul da China administrado, à época, por portugueses. “Fui a primeira vez a Macau em 1977, pelo grande desejo que tinha em conhecer Macau e muito lamento ter ficado sem conhecer Timor. Estive lá uns vinte dias, vi tudo e assisti ao Grande Prémio, conheci o governador Garcia Leandro e o Dr. Jorge Rangel e os jornais locais e voltei a Macau em 1992, por quatro ou cinco dias, tendo então ido à China mas só até Zhongshan, à casa de Sun Yat Sen.” A.S.S.
EXPOSIÇÃO ANTIGO TRIBUNAL ACOLHE MOSTRA DE PINTURA CHINESA
É
inaugurada na próxima sexta-feira, dia 11, a “Exposição das Obras dos Membros da Associação dos Calígrafos e Pintores Chineses Yu Un”, uma iniciativa do Instituto Cultural (IC) e da Associação dos Calígrafos e Pintores Chineses Yu Un de Macau. De acordo com um comunicado, a mostra apresenta 162 peças (conjuntos) de pinturas chinesas tradicionais, caligrafias e gravação de sinetes, cobrindo uma vasta gama de temas, incluindo paisagens, flores, pássaros, características naturais e poesia clássica antiga, entre outros. As peças são criadas de várias formas e
estilos diferentes, reflectindo a herança criativa e artística dos membros que participam na exposição. A mostra estará patente entre 12 de Outubro e 2 de Novembro, sendo a entrada livre e aberta ao público diariamente de terça-feira a sexta-feira, entre as 10:00 e as 20:00 horas, incluindo os dias feriados. A Associação dos Calígrafos e Pintores Chineses Yu Un de Macau foi fundada há mais de 60 anos, sendo considerada o pilar da arte tradicional chinesa local. Tem
como objectivo de promover a pintura, a caligrafia e gravação de sinetes chineses, herdando de forma activa a cultura chinesa e a essência nacional, com o apoio de um grupo de antecessores e académicos. Uma nota oficial aponta que, ao longo dos anos, a associação tem realizado exposições, reuniões académicas, intercâmbios com o exterior, entre outras actividades, a fim de fornecer uma plataforma de exibição e apreciação para os amantes da pintura, caligrafia e escultura de sinetes locais, para que mais velhos e mais novos possam aprender e trocar informações.
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4.10.2019 sexta-feira
Visita-me enquanto não envelheco ´
A Poesia Completa de Li He
安 樂 宮 深井桐烏起,尚複牽清水。 未盥邵陵瓜,瓶中弄長翠。 新成安樂宮,宮如鳳凰翅。 歌回蠟板鳴,左悺提壺使。 綠蘩悲水曲,茱萸別秋子。
O Palácio da Paz e do Júbilo1 Junto ao fundo poço, corvos voam de plátanos, Enquanto as Camareiras puxam água cristalina. Antes do Príncipe de Shao-ling ter lavado o rosto, 2 Longas ondas azuis tremiam no vaso. Quando o Palácio da Paz e do Júbilo foi acabado de construir, Seus telhados eram como as asas abertas de fénixes – Canções circulavam castanholas brilhantes batiam, O próprio grande oficial Zuo Guan servia de beber. Agora, artemísia verde entristece estes meandros d’água E o corniso despede-se dos seus frutos outonais.
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O Palácio An-le, construído no ano 223 pelo Imperador de Wu, situava-se em Hubei, a sudeste de Chang-an. Foi demolido no ano de 250 para fornecer materiais de construção para palácios na capital. Xiao Lun, Príncipe de Shao-ling (circa 507-51), era um dos filhos do Imperador Wu de Liang.
Tradução de Rui Cascais • Ilustração de Rui Rasquinho Li He (790 a 816) nasceu em Fu-chang durante a Dinastia Tang, pertencendo a um ramo menor da casa imperial. A sua morte prematura aos vinte e sete anos, a par da escassez de pormenores biográficos, deixam-nos apenas com uma espécie de fantasma literário. A Nova História dos Tang (Xin Tang shu) diz-nos que He “nunca escrevia poemas sobre um tópico específico, forçando os seus versos a conformarem-se ao tema, como era prática de outros poetas [...] Tudo quanto escrevia era inquietantemente extraordinário, quebrando com a tradição literária.” Segundo um crítico da Dinastia Song, o alucinátorio idioma poético de Li He é a “linguagem de um imortal demoníaco.” A versão inglesa de referência aqui usada é a tradução clássica da autoria de J.D. Frodsham, intitulada Goddesses, Ghosts, and Demons, publicada em São Francisco, em 1983, pela North Point Press.
ARTES, LETRAS E IDEIAS 15
sexta-feira 4.10.2019
Esperar
tonalidades António de Castro Caeiro
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SPERAR” é uma relação intencional, admite um espectro de possibilidades de comportamentos relativamente a uma multiplicidade de objectos. Esperamos por A, B ou C, X, Y e Z. A relação que se estabelece entre nós e cada objecto implica estarmos depostos num futuro, mais ou menos imediato ou até tão remoto que nem parece estarmos à espera do que quer que seja. Há várias possibilidades de projectarmos futuro na espera. Há a espera accionada com a expectativa de qualquer coisa que está aí a rebentar, uma pessoa que, não tarda, chega, o início de um espectáculo, a vinda de um meio de transporte. O campo perceptivo não fica apagado, mas não está em sossego, não importa verdadeiramente na sua contemporaneidade, enquanto sincroniza sujeito de percepção, eu a ver, e objecto de percepção, a rua a ser vista. Quando esperamos por um meio de transporte, de chegada iminente, vemos a Av. de Lisboa, onde estamos, com os seus prédios de cada lado do passeio, carros que passam, nas duas direcções, se há ou não tráfego, os transeuntes, árvores, o céu que serve de plano de fundo. A espera não é, contudo, um aspecto assistencial da realidade. Não o é no seu sentido mais próprio. Se estamos à espera de um meio de transporte, se soubermos de onde se dá a sua aproximação espacial, olhamos nessa direcção. Não olhamos, portanto, com interesse ao que está a desenrolar. Tudo o que se está a desenrolar é um conteúdo sem o objecto da espera. Olhamos para tentar ver o que não pode ser visto nunca do ponto de vista da espera. Se estou à espera de um Uber olho para a aplicação, vejo a representação digital do carro no seu percurso, olho para a rua para ver se já está disponível na percepção. Enquanto não estiver estou “virado” para um espaço físico mas representado: as ruas pelas quais o carro passa, não está a ser efectivamente vistas por mim. Há bairros de prédios a esconder essas ruas, há a distância a que me encontro delas. Além disso, estou virado para o ponto que define a esquina que será dobrada pelo carro, depois de dobrada, sei que o carro se configurará em percepção. Se olho na Av. de Berna para o Campo Pequeno, é porque acho que sei que o carro aparecerá daí. Não olho para o lado da Gulbenkian, se estiver na NOVA FCSH. Se estiver do outro lado do passeio e quiser ir na direcção do Areeiro, então olho na direcção da Praça de Espanha. É daí que virá o meio de transporte. Tudo o mais perde a importância ou antes é compreendido como o plano atrás das minhas costas, na direcção do qual quero ir, que me orienta espacial-
mente a espera, mas não está a ser visto. Quando vejo o Uber aproximar-se, está já no campo perceptivo, mas está ao serviço do funcionamento da espera. O carro tem de se aproximar a tal ponto que eu consiga, ao esticar o braço, agarrar o trinco da porta, abrir, aproximar-me do carro para entrar, primeiro perna esquerda, depois direita, baixo-me, sento-me, espero pelo arranque, início da viagem, etc., etc.. Quando entramos para dentro de um carro a espera não se dissipa. Há uma fase da espera que fica preenchida. O carro demorou a chegar ou veio de rapidamente. Depois, é necessário fazer o caminho que leva até ao ponto de chegada. O ponto de chegada, uma vez lá, não é o preenchimento, a não ser de uma fase do que estamos a fazer, do que temos de fazer. Vamos a um sítio sempre para tratar de alguma coisa em agenda, para ir por ter de ir ou para ir para qualquer coisa específica. O que se passa para a espera por um meio de transporte, de forma evidente, passa-se para todos os objectos nos quais estamos depostos. Achamos que esses objectos de espera, os objectos por que esperamos, estão já disponíveis na nossa percepção momentânea em que presente e conteúdos apresentados parecem coincidir. Mas se
parecem não são coincidentes. Se quero ir de uma divisão da casa para outra, a biblioteca não está na sala de jantar, eu sei que as duas divisões estão contíguas espacialmente, mas uma está à distância temporal do percurso que tem de, necessariamente, ser feito até lá chegar. As divisões de uma casa estão justapostas ou são contíguas espacialmente, mas estão descontinuadas temporalmente. Agora que me levanto do sofá da sala de jantar, a biblioteca onde está o livro encontra-se “depois”, “mais tarde”, mesmo que seja a instantes de uma qualidade tão breve que esse simples facto, de que há uma distância temporal entre as duas divisões, não é percebido cabalmente. Mas se estivermos numa mesma divisão, a espera está a constituir-se eficazmente relativamente a conteúdos que não se destacam nem perfilam na sua individualidade dinâmica. O meio de transporte por que esperamos ou a espera pelo meio de transporte é o sentido da situação em que nos encontramos. Não estamos à janela do mundo apenas para assistir como espectadores desinteressados ao que se está a passar. Todo o campo da percepção está situado pela espera. O livro que precisamos de consultar não está no campo de visão da sala de
Não estamos à janela do mundo apenas para assistir como espectadores desinteressados ao que se está a passar. Todo o campo da percepção está situado pela espera
jantar, mas erige-se, sem uma apresentação visual forçosamente, pela ideia que tenho de que está na biblioteca. Eu vou até ele, passando pelo corredor, depois de ter saído da sala de jantar. Quando estamos a viver o campo perceptivo, quando aparentemente não se espera por nada de concreto que se destaque ou perfile de todos os objectos que aí se encontram, há ainda assim, espera. Achamos que, por defeito, nos encontramos num campo perceptivo, sem estarmos à espera de nenhum objecto, pessoa ou coisa, concretos. Mas é inversamente o caso. Estamos continuamente e sempre à espera de poder continuar a estar na Av. de Berna, ir ao Campo Pequeno, à Gulbenkian, à Pr. de Espanha. Estamos continuamente à espera de poder continuar sentados na sala de jantar ou a ler um livro na biblioteca. Por defeito, encontramo-nos na espera de continuar no horizonte de percepção que é tão pouco só a sintonia entre ver e visto, a sincronização presente, num instante ou numa duração considerável, de agentes de percepção e objectos de percepção, que a possibilidade de não continuar, de a percepção se desfazer, constitui problema. Não nos apercebemos, a não ser quando estamos “acesos” por um conteúdo específico de espera, que estamos sempre depostos num horizonte de espera que dá identidade de sentido e permite o reconhecimento da mudança no imutável, da sucessão na permanência. O que nada muda tem também o seu apelo.
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Folhetim Fernando Sobral
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4.10.2019 sexta-feira
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A Grande Dama do Chá
S chávenas e os bules de chá que existiam na loja “O Jardim Celestial” de Jin Shixin eram da dinastia Qing e estavam decoradas com requinte. Compreendia-se: Jin era a Grande Dama do Chá. Não deixava nada ao acaso, ela que criara a mais afamada loja de chá de Macau. Enquanto ela atendia uma cliente portuguesa, Marina Kaplan ia passando os dedos pela fina porcelana das chávenas que estavam num móvel de madeira de cerejeira. Depois sentou-se e inspirou o aroma do chá verde de Anhui que tinha defronte dela. Levou a chávena aos lábios e deu um pequeno gole. Era maravilhoso. Como os chineses Han, Jin não se convertera ao gosto do chá preto que a dinastia Qing, manchu, preferia. Não por acaso, na Cidade Proibida, existiam duas cozinhas para preparar a bebida. Uma para fazer o chá preto com leite para a corte manchu e outra para o chá verde preferido pelos Han. Esse mundo dividido ao meio pelo chá acabara com a chegada da República. Marina sentiu que Jin, impecavelmente vestida num cheongsam verde bordado com uma flor de lótus, se aproximava. Levantou a cabeça e esboçou um sorriso. A pose de Jin era exemplar. O seu sorriso era convidativo e o olhar doce. Qualquer cliente era seduzida por ele. Os seus olhos cintilavam. Sentou-se defronte da russa e perguntou: - O chá está ao teu gosto? - Está maravilhoso. Jin sentou-se e agarrou no bule, despejando um pouco de chá para a chávena que estava à sua frente. - O Cândido esteve ontem à noite no Bambu Vermelho? - Chegou lá muito abalado. - Imagino. Viu o corpo do russo morto à porta do restaurante. - Como sabes? Jin fez um sorriso enigmático, que Marina compreendeu. Desde que chegara a Macau, Jin criara uma vasta teia de contactos. Sabia o que se passava nas ruas e nos becos e, nalguns casos, no meio da administração portuguesa. Muitas das suas clientes eram casadas com funcionários públicos portugueses. Falavam de coisas triviais. E de outras mais importantes. Jin sabia ouvir. - Cândido percebeu agora onde tu o colocaste. Ele ama-te. Mas ontem ficou na dúvida se não o estás apenas a utilizar para teu benefício. Porque voltou a ver a morte defronte dos olhos. - Ele terá pensado no que sucedeu à sua namorada em Xangai, a Qin Xuan? Marina franziu a testa, como se estivesse a tentar recordar o passado, antes de dizer:
- Acho que sim. Lembras-te do que sucedeu? Foi logo a seguir ao suicídio daquela actriz famosa, a Ruan Lingyu. Era tão nova! Mas a Qin foi morta. Num daqueles ajustes de contas entre bandos. Ela estava perto do homem que queriam matar e também foi baleada. Vinha a sair dos estúdios da estação de rádio que tinha o Lucky Strike Radio Hour e que passava jazz. Cigarros e dançar eram a mistura perfeita, diziam eles. E ela, que vendia cigarros no Canídromo, tinha ido lá levar maços de tabaco para os locutores. Uma gentileza que lhe saiu cara demais. Cândido demorou tempo a recuperar, como sabes. Passou a tocar e a beber para esquecer. E viciou-se no ópio. Ainda bem que veio para Macau. Jin tentou parecer imperturbável. - Ela alguma vez soube quem disparou? - Nunca lhe disse. É bom que fique na ignorância. Sabe apenas que algo correu mal e que a polícia nunca conseguiu averiguar nada. Os olhos de Marina denotaram alguma nostalgia. - Nunca mais vai haver uma Xangai assim. Com corridas de cães no Canídromo e cabarets, homens a apostar nos cães como se estivessem a jogar a sua própria vida, noites loucas a dançar cheias de homens e mulheres desejáveis, sem nin-
guém saber que horas eram. Com todo o tempo do mundo para viver. Para mim, que vinha fugida da Rússia, esse era o paraíso. Jin sussurrou e disse, mordaz: - Fumavas Lucky Strike ou Da Ying? - Os verdadeiros cigarros americanos. Em tempos de perdição, para quê escolher cigarros que fingiam ser chineses e eram também americanos, como os Da Ying? Mas, diz-me, Jin, que queres fazer com Cândido? - Dar-lhe apenas uma missão que faça com que se sinta vivo. E amor. Jin parou por um momento e bebeu um pouco mais de chá. - De que lado estás, Marina? - De nenhum. - Os japoneses acabarão com o jazz. E com a paz. E com Macau. E mesmo com o teu amor, Ezequiel. - E vocês, se ganharem, não o farão? - Ainda vives numa ilusão, Marina. És inteligente, mas só vês o que queres. Lembra-te, Xangai era a cidade das concessões estrangeiras. Com os comunistas a corroerem-na por dentro. A cidade só parecia livre para os estrangeiros. Xangai não era uma cidade. Era uma ilusão feita com pessoas reais. Tudo ao serviço do prazer. E dos sonhos para os ocidentais. Era a paz perfeita: uns divertiam-se, os outros ganhavam dinheiro. Depois vie-
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ram os japoneses. E a ilusão foi como uma bola de cristal: quebrou-se. - Eu sei o que passei, Jin. Comecei como acompanhante no Ciro’s. Tive a sorte de Du Yuesheng e de ti própria terem gostado de mim. Não o esqueço. Mas quero viver a minha vida. - E se os japoneses ganharem? - Descobrirei qual é o ritmo da dança. Aprendi que neste mundo de enganos, cada um cria o seu próprio jogo de sombras e de ilusões. - Esse é também o jogo do Ezequiel? Ou tem também um acordo com os japoneses? Marina fez um ar sério. Sondou o olhar de Jin. E depois disse: - Ele é um homem com valores. É um negociante, mas tem ética. Não se vende por tudo. Porquê? - Há cerca de dois anos os japoneses começaram por querer tomar conta da vida noctura de Xangai na barba dos franceses. Queriam substituir o ópio pela heroina, que se injecta com agulhas. Extrai-se do ópio, por isso eram negócios concorrentes. Queriam os clubes nocturnos para controlarem a noite e afastar o Bando Verde. Sem o dinheiro do ópio, deixaria de ter tanta força. É uma boa forma de se ocupar uma cidade sem ninguém reparar. Parou um pouco para ver que reacção causava o que estava a dizer em Marina. Esta ripostou: - Também querem fazer isso em Macau. Nomura propôs comprar-me o Bambu Vermelho há umas semanas. Mas aqui gosta-se mais de ópio. E não há uma vida nocturna como a de Xangai. O seu objectivo, aqui, cairá por terra. Talvez conquistem a noite de Manila. E a de Hong Kong. Aqui não. - Sabes, Marina, tudo isto faz-me lembrar uma velha fábula chinesa. Nela, uma coruja encontra uma codorniz e esta pergunta-lhe: “para onde vais, coruja?” E esta responde: “Vou para oeste, pois as pessoas da aldeia reclaram muito do meu piar.” Diz então a codorniz: “aceita uma sugestão minha: muda o teu piado, ou vão odiar-te onde quer que vás”. - Eu seu mudar de piar, Jin. Marina deu uma gargahada. Apesar das diferenças, conheciam-se há demasiado anos. E partilhavam demasiados segredos. A conversa foi interrompida pela chegada de um casal. Falavam inglês, com sotaque. Eram americanos. Jin levantou-se e colocou o seu sorriso de vendedora. - Continuaremos esta conversa depois. - Diz-me só mais uma coisa. Foste tu que mataste o russo? Jin olhou para ela, mas não respondeu. O seu olhar dizia tudo. Marina Kaplan agarrou na chávena e depois levou-a à boca. Aquele chá delicioso não deveria ser desperdiçado.
ARTES, LETRAS E IDEIAS 17
sexta-feira 4.10.2019
CONSOLATION, EDVARD MUNCH
Divina Comédia Nuno Miguel Guedes
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U diria que tudo pode vir de um acaso». Assim começa um poema de Nuno Júdice, À Porta do Cinema. E sobre a certeza do acaso já aqui conversámos, amigos. Escrevi-vos na altura que é preciso resistir aos dias mecânicos, criar tempo e lugar para que o acaso nos comande, para que a incerteza exista e nos espante. De forma que, outra vez, tudo aqui veio de um acaso - desta vez chegou para me levar a territórios menos luminosos mas também necessários de enfrentar. Primeiro, foi a redescoberta de uma crónica que escrevi há quase uma década na ressaca da morte de um amigo. Chamava-se A Vida Tem Morte A Mais. Fiquei espantado com o desamparo que aquelas palavras mostravam e que era o que realmente sentia. Não sabia o que fazer, não encontrava resposta ou solução. Pouco tempo depois de ter regressado ao que tinha escrito vi alguém que amo chorar a memória de alguém que amou e que, apesar de ter desaparecido há já alguns meses ainda a assombra. É
Do consolo uma ausência presente, uma sombra que tanto pode levar a sorrir como a verter lágrimas. E o que assisti foi novamente a esse desamparo, a essa vertiginosa solidão no meio da floresta, mesmo no meio de quem nos é mais próximo. E desta vez, outra vez, fui incapaz de estancar aquela dor, por muito que desejasse, apenas porque é uma dor subterrânea e perene. Podemos aprender a domesticá-la mas ela nunca sairá de nós. Shakespeare, o homem que nos inventou, dizia que todos podem suportar
um desgosto com a excepção daqueles que o sofrem. É verdade. Não há gesto, não há jeito, não há olhar que nos liberte, por mais gratos que possamos estar. Mas foi para estes momentos extremos que foi inventada uma das mais bonitas palavras da língua portuguesa: consolo. É a mais doce medicina que a humanidade pode praticar. Mesmo que na essência não resolva o que nos aperta o coração, é uma prática necessária, urgente, imprescindível. É algo que toda a gente necessita, um bem maior que
Sei que quando o desgosto nos assola muitas vezes o consolo pode residir na mais desejada das solidões. E se sei é porque assim me acontece. Mas é preciso resistir, deixar que o outro nos guie devagar, a pequenos passos para longe dessa floresta que sabemos – oh, se sabemos! – que nunca mais iremos abandonar
existe para ser partilhado em vez de acumulado. Noutro tempo, quando o tempo que existia era outro e mais longo, consolar alguém poderia demorar todo o tempo necessário. Agora não: talvez um abraço, frases tímidas de circunstância e pouco mais. Apesar da nossa necessidade de consolo ser enorme, para parafrasear um título feliz de um livro, deixámos de nos entregar, de entregar ao outro o melhor de nós. Porque o consolo implica também o abandono total de quem consola, a entrega irreversível de uma força e bondade que tem de nascer das profundezas da alma. Sei que quando o desgosto nos assola muitas vezes o consolo pode residir na mais desejada das solidões. E se sei é porque assim me acontece. Mas é preciso resistir, deixar que o outro nos guie devagar, a pequenos passos para longe dessa floresta que sabemos – oh, se sabemos! – que nunca mais iremos abandonar. Mas pelo menos, com o consolo certo e demorado, iremos aprender a reparar na beleza das árvores.
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Notificação n.º 00092/NOEP/DJN/2019 Considerando que não se revela possível notificar os interessados, pessoalmente, por ofício, telefone, ou outra forma, para o efeito do regime procedimental nos respectivos processos administrativos sancionatórios, nos termos do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 52/99/M, de 4 de Outubro, e do artigo 68.º e n.º 1 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo DecretoLei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, o signatário notifica, pela presente, ao abrigo do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, no uso das competências conferidas pelo Conselho de Administração para os Assuntos Municipais e constantes da Deliberação n.º 01/CA/2019, de 1 de Janeiro, publicada na Série II do Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau, n.º 2, de 9 de Janeiro de 2019, e ainda nos termos das competências definidas no n.o 4 do artigo 4.º e na alínea 6) do n.º 1 do artigo 5.º do Regulamento Administrativo n.o 25/2018, os infractores, constantes das tabelas anexas a esta notificação, do conteúdo das respectivas decisões sancionatórias: Nos termos do n.º 4 do artigo 36.º, n.º 1 do artigo 37.º, artigo 38.º e artigo 39.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, aprovado pelo Regulamento Administrativo n.º 28/2004, e em conjugação com o n.º 2 do artigo 5.º do Código do Procedimento Administrativo, o Presidente do Conselho de Administração para os Assuntos Municipais, ou seus substitutos exararam despachos nas respectivas informações, tendo em consideração as infracções administrativas comprovadas e a existência de culpa confirmada. Assim: 1. Foram aplicadas aos infractores constantes das Tabelas I a VIII as multas previstas no n.º 2 do artigo 45.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e no artigo 2.º do Catálogo das Infracções, no valor de MOP 600,00 (cada infracção): Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto no n.º 1 do artigo 13.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no n.º 7 do artigo 2.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “nos espaços públicos, abandonar resíduos sólidos fora dos locais e recipientes especificamente destinados à sua deposição”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela I) Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto na alínea 1) do n.º 1 do artigo 2.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no n.º 13 do artigo 2.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “cuspir escarro ou lançar muco nasal para qualquer superfície do espaço público, de instalações públicas ou de equipamento público”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela II) O facto ilícito exarado na acusação, provado testemunhalmente, constitui infracção administrativa ao disposto na alínea 1) do n.º 1 do artigo 2.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previsto no n.º 18 do artigo 2.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resulta da prática do acto de “remover, remexer ou escolher resíduos contidos nos equipamentos de deposição”, tendo sido a infractora notificada do conteúdo da acusação. (cfr.: Tabela III). Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto no n.º 1 do artigo 4.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no n.º 23 do artigo 2.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “colocar ou abandonar no espaço público quaisquer materiais ou objectos”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela IV) Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto no n.º 1 do artigo 11.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no n.º 9 do artigo 2.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “utilizar contentores ou outros recipientes destinados aos resíduos sólidos domésticos ou aos públicos para colocação de resíduos de outro tipo, nomeadamente resíduos sólidos industriais, comerciais ou especiais”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela V) O facto ilícito exarado na acusação, provado testemunhalmente, constitui infracção administrativa ao disposto na alínea 1) do n.º 1 do artigo 14.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previsto no n.º 8 do artigo 2.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resulta da prática do acto de “lançar ou soltar líquidos pelas janelas ou varandas”, tendo sido o infractor notificado do conteúdo da acusação. (cfr.: Tabela VI) Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto na alínea 3) do n.º 1 do artigo 14.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no n.º 5 do artigo 2.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “lançar em sargetas, nos colectores do sistema de drenagem de águas pluviais ou residuais, na barragem, no reservatório, nos lagos, nas lagoas, em poço ou em linha de água quaisquer detritos, objectos, águas poluídas, tintas ou óleos”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela VII) Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto na alínea 1) do n.º 1 do artigo 14.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no n.º 3 do artigo 2.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “despejar, derramar ou deixar correr líquidos poluentes, nomeadamente águas poluídas, tintas ou óleos em espaços públicos”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela VIII) 2. Foram aplicadas aos infractores constantes das Tabelas IX a XI as multas previstas no artigo 46.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e no artigo 3.º do Catálogo das Infracções, no valor de MOP 700,00 (cada infracção): Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto no artigo 19.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no n.º 8 do artigo 3.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “executar ou concluir obras em espaço público sem a licença do Instituto para os Assuntos Municipais”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela IX) O facto ilícito exarado na acusação, provado testemunhalmente, constitui infracção administrativa ao disposto no artigo 19.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previsto no n.º 8 do artigo 3.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resulta da prática do acto de “colocar objectos que ocupem espaço público sem a licença válida”, tendo sido o infractor notificado do conteúdo da acusação. (cfr.: Tabela X) O facto ilícito exarado na acusação, provado testemunhalmente, constitui infracção administrativa ao disposto no artigo 19.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previsto no n.º 8 do artigo 3.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resulta da prática do acto de “realizar obra de montagem de andaimes em espaço público sem a licença válida”, tendo sido o infractor notificado do conteúdo da acusação. (cfr.: Tabela XI) 3. Além disso, os infractores podem ainda apresentar reclamação contra os actos sancionatórios para o autor do acto, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da publicação da notificação, nos termos dos artigos 145.º, 148.º e 149.º do Código do Procedimento Administrativo, sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 123.º do referido Código. Para efeitos do disposto no n.º 2 do artigo 150.º do mesmo Código, a reclamação não tem efeito suspensivo sobre o acto. 4. Quanto aos actos sancionatórios, os infractores podem apresentar recurso contencioso no prazo estipulado nos artigos 25.º e 26.º do Código de Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 110/99/M, de 13 de Dezembro, para o Tribunal Administrativo da Região Administrativa Especial de Macau. 5. Sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 75.o do Código do Procedimento Administrativo, para efeitos do disposto no n.º 4 do artigo 55.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, os infractores deverão efectuar a liquidação de todo o valor das multas aplicadas, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a partir da data da publicação da presente notificação, na Divisão Jurídica e de Notariado do IAM (Núcleo Operativo do IAM para a Execução do Regulamento Geral dos Espaços Públicos), sito na
6.
Rua do Dr. Soares, n.º 6, Edifício Soares (Casa Amarela), Macau, ou no Centro de Actividades de S. Domingos, sito na Travessa do Soriano, Complexo Municipal do Mercado de S. Domingos, 4.º andar, Macau, ou através do acesso ao endereço electrónico (https://app.iam.gov.mo/rgepwebpay). Caso contrário, o IAM submeterá os processos à Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças, para a cobrança coerciva, nos termos do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 52/99/M, mas sem prejuízo da aplicação do disposto no n.º 4 do artigo 18.º do mesmo Decreto-Lei. Os infractores, antes da liquidação das multas, não poderão entrar de novo na RAEM. Não é de atender a esta notificação, caso os infractores constantes das tabelas anexas tenham já saldado, aquando da presente publicação, as respectivas multas, resultantes da acusação. Para informações mais pormenorizadas, os interessados poderão ligar para o telefone n.º 8399 3248 ou dirigir-se pessoalmente ao referido Núcleo Operativo deste Instituto. Aos 11 de Setembro de 2019. O Presidente do Conselho de Administração para os Assuntos Municipais José Tavares Tabela I Nome
幺华彬 YAO HUABIN 陈本齐 CHEN, BENQI 赵赫 ZHAO HE 钟婵珠 ZHONG, CHANZHU 梁镓麟 LIANG JIALIN 谢家友 XIE JIAYOU 谢秀莲 XIE XIULAN 唐勇 TANG YONG 张彬 ZHANG BIN 张坤 ZHANG KUN 楊志雄 YEUNG CHI HUNG 曹慧伟 CAO HUIWEI 汪小彬 麦伟强 MAI WEIQIANG 是非 刘金梅 LIU JINMEI 陈官利 CHEN GUANLI 杨解成 肖国聪 XIAO GUOCONG 罗家英 LOU JIAYING VU TUYET THI HASHIMTO YUKI 周汉辉 刘宇 LIU YU 黎敬弄 LI JINGNONG 殷荣昌 YIN RONGCHANG 李贤卿 LI XIANQING 张翔 ZHANG XIANG 赖培坚 LAI PEIJIAN 李孟耀 LI MENGYAO 虞斌斌 李文玉 LI WENYU 陳华松 CHEN HUASONG CARBAJOSA HONEYLIN MANAGING 庄嘉斌 ZHUANG, JIABIN 刘忠州
www. iam.gov.mo
Sexo
Tipo e N.º do documento de identificação
N.º da acusação
Data da infracção
Data em que foi exarado o despacho de aplicação da multa
M
(*2)
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sexta-feira 4.10.2019
巫资雄 WU, ZIXIONG 王强 WANG, QIANG 倪跃 NI, YUE 宋平凡 SONG PINGFAN 黃锦洪 SASAKI KOJI 代玉敏 DAI YUMIN 于广照 于江紅 YU JIANGHONG 尹志兴 李文清 LI WENQING 于斌 YU BIN 樊志华 FAN ZHIHUA 姚春红 YAO CHUNHONG 吴林根 WU LINGEN 陈泽涧 CHEN ZERUN 歐陽長敬 OUYANG ZHANGJING 甘防伟 GAN FANGWEI 吕团结 LYU TUANJIE 廖東華 LIAO DONGCHUA 孙秉良 SUN BINGLIANG 饶建国 RAO, JIANGUO 徐仁山 XU RENSHAN 何玮 HE, WEI 覃近发 QIN, JINFA 杨佰行 YANG BAIHANG 赵雪松 ZHAO XUESONG CAO THI HA 莊博芠 CHUANG, PO-WEN 陈社辉 CHEN SHEHUI 卢正轩 LU ZHENGXUAN 呂姚文 LYU YAOWEN TAN HOO CHUN 胡自成 HU ZICHENG 李宗画 LI ZONGHUA 刘鋼 宋晉华 SONG, JINHUA 彭文明 PENG, WENMING 陳明輝 CHEN MINGHUI 董术偉 DONG SHUWEI 刘勇军 LIU YONGJUN 杨晋一 YANG JINYI 邓志权 DENG ZHIQUAN 張文龙 ZHANG WENLONG 刘強 LIU QIANG 富国良 FUGUOLIANG
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NDAMBWE OMARY JAPHARI 曲正福 趙勇 ZHAO YONG 彭彪 PENG BIAO 范建兵 FAN JIANBING 华启明 朱晨 ZHU, CHEN 阮銘主 RUAN, MINGZHU 欧阳小琴 OUYANG, XIAOQIN 刘标 LIU, BIAO 刘大滿 LIN DAMAN 陈浩贤 CHEN HAOXIAN 孙国富 SUN GUOFU 尚小飞 郑成国 ZHENG CHENGGUO 谭明杰 TAN MINGJIE 林献礼 LIN XIANLI 冯伟明 FENG WEIMING 陈思聪 CHEN SICONG 王忠富 WANG ZHONGFU 何振培 HE ZHENPEI 陳家恒 CHAN KA HANG 沈风波 SHEN FENGBO 梁景文 LIANG JINGWEN 李志林 LI ZHILIN 张书生 ZHANG SHUSHENG 陈寿炽 CHEN SHOUCHI 何宝祥 HE BAOXIANG 袁理杰 YUAN, LIJIE 李观英 LI, GUANYING 胡红林 HU HONGLIN 馮兵 FENG BING 唐正菊 TONG CHING KUK 伍新艺 赵衍光 ZHAO YANGUANG 谭忠 TAN, ZHONG 熊长兵 XIONG ZHANGBING 刘瑞燕 LIU, RUIYAN 施东东 SHI DONGDONG 沈淑婷 SHEN SHUTING 刘軍 LIU JUN 曾鵬 ZENG PENG 刘盛英 LIU SHENGYING 童香莲 TONG XIANGLIAN ORTEGA ROSARY ANNE MACABUGWAS
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張鋒磊 郑涛 ZHENGTAO VARGAS JOYCEL ALENTON 伍沃杰 WU WOJIE CHONG SHIAH JIUN 陈旭昆 CHEN XUKUN 汪爱兆 康社清 KANG SHEQING 杜祥海 DU XIANG HAI 呂晓飞 LYU XIAOFEI 陳吉春 CHEN JICHUN 邢婵娟 XING CHANJUAN 杨迪军 YANG DIJUN BALANDAY RITA MORALES 潘建荣 PAN JIANRONG 黃金卫 HUANG JINWEI 邵章俊 SHAO ZHANGJUN 汪煥然 WANG HUANRAN 張光輝 ZHANG GUANGHUI 刘歡 LIU HUAN 陳晶 CHEN JING 岑君涛 CEN, JUNTAO 顾莉平 GU LIPING 赵海強 ZHAO HAIQIANG 陈宜县 CHEN YIXIAN 褚強 CHU QIANG HA VAN BIEN 熊小华 XIONG XIAOHUA 胡囯庆 HU GUOQING 杨金辉 YANG JINHUI 王培良 WANG PEILIANG 王鑫 WANG XIN 宋晓雷 SONG XIAOLEI 張國印 朱永君 ZHU YONGJUN 段潤平 DUAN RUNPING 梁兆元 LIANG, ZHAOYUAN 刘磊 LIU, LEI 黃浩 HUANG, HAO JANG JIWON MINERALES LENY PATALITA 呂威 LYU WEI 白惠胜 BAI HUISHENG 魏启斌 WEI QIBIN 肖传齐 XIAO CHUANQI YULIKAH IVO NILA SARI 张福胜 ZHANG FUSHENG
4.10.2019 sexta-feira
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李伟 LI WEI 陈建升 CHEN JIANSHENG 夏刚涛 XIA GANGTAO 韩云贵 HAN YUNGUI 張菊仙 ZHANG JUXIAN 汤权增 TANG QUANZENG 李昌勇 LI CHANGYONG 杨东华 YANG, DONGHUA 侯小兰 HOU, XIAOLAN 郄小华 QIE, XIAOHUA 李建国 李少光 于元杰 YU YUANJIE 梁仕强 黎德官 LI DEGUAN 李凡乾 李名彩 LI, MINGCAI 李少驅 LI, SIU KUI 王欢 WANG HUAN 郑文华 ZHENG WENHUA KIM DUKHWA 邹神光 ZOU SHENGUANG MOON HONGCHUL 林國成 LINGUOCHENG 吴明飞 WU, MINGFEI YOON SUNG HO 呂兆俊 LYU ZHAOJUN 陈晓平 CHEN XIAOPING 韩超鋒 HAN CHAOFENG 頋晓敏 欧阳祖照 OUYANG ZUZHAO 潘煜廉 PAN YULIAN
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Tabela II 曹长春 CAO CHANGCHUN 张保明 ZHANG BAOMING 唐建森 TANG JIANSEN 李立新 LI LIXIN 李泽正 LI ZEZHENG 郭书杰
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2018-12-10
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王宇 WANG, YU 李友琴 LI YOUQIN 張為 ZHANG WEI 符和根 FU HEGEN 徐炳洪 XU, BINGHONG 刘建清 LIU JIANQING 林同桂
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翟伟林 ZHAI WEILIN 呂威 LYU WEI 刘敏 LIU, MIN
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desporto 21
sexta-feira 4.10.2019
曾佑春 ZENG YOUCHUN 莫亚大 MO YADA 李树彬 LI SHUBIN 董亮 DONG LIANG 謝声建
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2019-01-21
VU THI TIEN
F
(*11)
Tabela III N193**** 2-000419TM/2018 Tabela IV
陈嘉聪 CHEN, JIACONG 陈文彬 CHEN WENBIN 邵世七 SHAO SHIQI 梁建英 LIANG JIANYING 陈荣成 CHEN RONGCHENG 张玉华 ZHANG YUHUA 李華業 LI HUAYE
M
(*2)
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2047****
2-01388WB/2018
2018-06-05
2018-11-29
繆连生 杨景辉
M M
(*1) (*1)
Tabela V 362321197********* 2-000869TP/2018 362321199********* 2-000868TP/2018 Tabela VI
2018-12-14 2018-12-14
2019-01-16 2019-01-16
陳漢榮 CHAN HON WENG
M
(*16)
2018-11-16
2019-03-29
周少英 ZHOU SHAOYING 杨小宝 YANG XIAOBAO
F
(*2)
C7316****
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2018-11-25
2019-01-15
M
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2018-11-16
2019-02-08
2018-11-14
2018-12-06
HABON CHRISTOPHER LIBAO 吳華松 WU HUASONG 安之斐
G002****
2-02238WB/2018
Tabela VII
Tabela VIII M
(*5)
EC434****
2-000519TK/2018
M
(*3)
M
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G2141****
2-01713WB/2018
2018-07-11
2018-12-17
110101197********* 2-00930WB/2017 Tabela IX
2017-06-02
2018-08-10
林冲蒲 LIN, CHONGPU 黃少维 HUANG SHAOWEI
M
(*2)
C7032****
2-00727WB/2019
2018-10-10
2019-08-13
M
(*2)
C2789****
2-00604WB/2017
2017-05-28
2019-05-28
梁建阳 LIANG JIANYANG
M
2019-02-01
2019-07-01
徐觀順 XU GUANSHUN
M
2018-06-29
2019-05-28
Tabela X (*2)
c4626****
2-00468WB/2019
Tabela XI (*4)
2078****
2-01890WB/2018
Nota: (*1) (*2) (*3) (*4) (*5) (*6) (*7) (*8) (*9) (*10) (*11) (*12) (*13) (*14) (*15) (*16) (*17)
Bilhete de Identidade da República Popular da China Salvo-conduto da República Popular da China para deslocação a Hong Kong e Macau Passaporte da República Popular da China Bilhete de Identidade de Trabalhador Não-Residente Passaporte da República das Filipinas Passaporte do Japão Documento de viagem da região de Taiwan Passaporte de Singapura Passaporte da República da Indonésia Passaporte da República da Coreia Passaporte da República Socialista do Vietname Passaporte dos Estados Unidos da América Passaporte da Malásia Bilhete de Identidade de Singapura Salvo-conduto para deslocação a Taiwan (era conhecido antes por Salvo-conduto de residente da República Popular da China para deslocação a Taiwan) Bilhete de Identidade de Hong Kong Passaporte da Tanzânia
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Quem sabe nunca esquece CHINA VETERANOS DE MACAU BRILHAM E ALCANÇAM PÓDIO
A
equipa “246 Macau Spirit Racing” subiu ao pódio nas “6 Horas de Endurance do Circuito Internacional Guangdong” no passado dia 2 de Outubro. Porquê “246 Macau Spirit Racing”? Duzentos e quarenta e seis é o número bonito que representa o somatório de idades de quatro bem conhecidos pilotos do território que conduziram o Honda Integra Type-R nº20 nesta corrida de resistência do outro lado das Portas do Cerco: Rui Valente (58), Ricardo Lopes (58), Belmiro de Aguiar (64) e José Mariano da Rosa (66). Deste quarteto com provas dadas e que dispensa apresentações, apenas Rui Valente continua intensamente activo no automobilismo local. Contudo, Ricardo Lopes, Belmiro de Aguiar e José Mariano Rosa ainda não perderam o “bichinho” pelo automobilismo e não recusaram o desafio do seu companheiro e ex-adversário nas pistas. Lopes, vencedor do Troféu ACP de 1996 e que nos últimos dois anos tem acompanhado as corridas de Valente em Macau e China, já estava parado há seis
anos. Aguiar, que competiu com sucesso em motas e carros em várias categorias desde os anos 1970s, já não competia há cinco anos. Mariano da Rosa, que é dos pilotos de Macau com mais participações no Grande Prémio desde dos anos 1980s, também estava afastado das pistas há mais de meia dúzia de anos. Porém, ao longo das 200 voltas, nenhum deles acusou os anos que estiveram fora do cockpit. Num pelotão diversificado com vinte e oito viaturas, o Honda Integra Type-R da “246 Macau Spirit Racing” qualificou-se no quarto lugar da geral. Na primeira hora da corrida, o carro do quadra de veteranos rodou tranquilamente dentro dos três primeiros, mas depois vieram os primeiros dissabores, típicos de uma corrida de resistência. “Ficámos sem a segunda velocidade depois da segunda hora”, explicou Rui Valente ao HM. “E a seguir fomos penalizados por excesso de velocidade no pit-lane. Caímos para o 18º lugar no final da terceira hora. Quando peguei no carro outra vez, já na última hora, estávamos em 12º lugar e consegui recuperar até ao
9º lugar, vencendo a nossa classe.”
PARA REPETIR
Apesar do espírito competitivo não ter esmorecido nestes quatro pilotos que fazem parte da história dos pilotos locais Grande Prémio de Macau, esta participação focou-se acima de tudo no convívio e o recordar outros tempos “Fico muito contente por ser possível fazer estas aventuras. Isto só é possível na China, porque há muitas provas de endurance deste tipo. É inimaginável a alegria e os rostos de felicidade após a corrida, mesmo cansados após seis horas de corrida”, realça Rui Valente que faz um balanço muito positivo da participação na prova organizada pelo circuito dos arredores da cidade chinesa de Zhaoqing. “Acho que foi bom ter posto todos a andar outra vez, foi o recuperar de inúmeras recordações do passado”, afirma Rui Valente que já pensa na próxima. “Tenho em mente trazer para o ano outros tantos pilotos portugueses locais que também não correm há muitos anos, alguns deles há 10 e 15 anos…” Sérgio Fonseca
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Diariamente EXPOSIÇÃO 28 | “O VAGABUNDO”
Casas da Taipa – Exterior | Até 6/10
4 6 8 1 0 3 7 2 9 5 2 0 | “JARDIM 9 5DAS1DELÍCIAS 7 TERRENAS” 3 8 4 6 EXPOSIÇÃO Wynn Macau | Até 6/10 7 5 2 9 8 4 1 6 0 3 3 7 | “CONTEMPLAÇÃO 4 6 5 DA 9 BONDADETERNA” 8 0 2 1 EXPOSIÇÃO Museu 0 de8Arte1de Macau 3 6| Até 6/10 2 5 4 7 9 1 3 5 4 9 0 2 7 6 8 EXPOSIÇÃO | “QUIETUDE E CLARIDADE: OBRAS 2 4 DO 1 MUSEU 0 DE 3 NANJING” 5 7 DE 8 CHEN9 ZHIFO6DA COLECÇÃO MAM | Até 17 /11 5 2 0 8 7 6 9 1 3 4 6 1 3 7 2 5 4 9 8 0 EXPOSIÇÃO | “HOT FLOWS – PEARL RIVER 9 ARTS 4 RETROSPECTIVE” 7 0 3 8 6 5 1 2 DELTA
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Armazém do Boi | Até 13 de Outubro
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0 8 06 3 6 9 5 4 5 71 7 2 7 49 7 9 5 0 2 5 2 81 38 3 6 2 1 7 8 7 6 9 3 9 5 04 0 6 5 6 1 4 0 8 7 23 2 9 M I N2 92 57 M AX 32 HUM 3 5 2 9 1 7 01 40 4 6 8 6 7 4 2 7 3 2 0 3 80 98 9 1 5 9 7 9 5 8 4 6 3 02 0 1 1 8 3 0 3 2 6 5 6 7 49 4 2 9 6 2 6 8 1 7 8 7 0 4 50 5 3 3 0 3 5 4 5 1 2 9 2 86 8 7
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4.10.2019 sexta-feira
5 6 7 9 BAHT 0.26 YUAN 3 2 8 VIDA DE CÃO 1 0 4
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momento na sua conta de wechat, na quarta-feira à noite. Na ocasião esteve o colega das lutas associativas, o deputado José Pereira Coutinho, e o ex-secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José de Almeida Cesário.
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4 1 4 3 6 9 7 2 9 2 05 0 0 5 7 8 7 2 3 2 9 1 9 64 7 9 7 0 2 5 64 6 8 3 2 1 8 5 1 6 5 6 4 0 4 93 9 6 4 6 9 8 3 18 71 7 0 2 5 3 4 7 0 4 8 0 8 9 1 6 21 1 6 1 8 2 8 3 4 0 3 7 0 7 95 3 2 9 6 9 1 5 8 74 7 8 5 9 5 2 0 2 3 7 3 1 46 0 7 01 4 9 1 9 6 5 82 8 SOLUÇÃO DO PROBLEMA 35
UMA SÉRIE HOJE
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PROBLEMA 36
2 1 67 45 83 28 10 74 6 9
03 30 6 74 8 2 41 7 59 25
50 43 1 27 6 9 64 8 15 72
5 4 28 32 59 70 96 03 1 7
1 26 2 83 5 7 59 0 38 4
4 82 39 8 07 41 5 56 73 0
9 8 3 1 40 34 2 5 7 6
1.13
APOLOGIA DA ARROGÂNCIA
S U D O K U
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6 7 5 0 4 3 8 9 2 1
Primeiro, ocuparam as ruas, pediram sufrágio directo sem escolha prévia e foram corridos com gás pimenta. Não lhes deram nada. Apesar da natureza pacífica do Occupy Central, os “líderes” foram presos. Depois, foram às urnas e votaram para o LegCo. Elegeram pró-democratas e localistas. Se a crise dos juramentos permite apoiar a expulsão dos dois separatistas, as restantes foram uma purga política. Mas eles não desistiram e apresentaram-se novamente a sufrágio. Em várias decisões ilegais, que não resultaram na prisão de ninguém, o Governo impediu-os de participar nas eleições. Mais uns meses em Hong Kong levaram com um comboio que fica sob jurisdição do Interior, apesar de ser em território da RAEHK. Houve muitas críticas que foram ignoradas. Entretanto o criador do lema “revolução dos nossos dias” foi preso, por agressões a polícias em Mong Kok e levou uma pena de seis anos. Só que os polícias no Occupy Central espancaram um manifestante indefeso atrás de uma viatura, tentaram encobrir o crime e levaram penas mais leves. Alguns até já foram absolvidos porque a polícia nunca erra. Este ano veio a Lei de Extradição. Muitos protestos, deputados a serem expulsos da LegCo e Carrie Lam (sozinha?) a forçar o abismo. Um milhão veio para a rua e Lam ignorou: “well noted, thanks”. No dia da votação veio a violência que nesse dia teve origem na polícia. Ainda de madrugada já andava a identificar pessoas e às 8h30 começaram a gasear os manifestantes. Foram precisos mais três meses, violência e 1.000 detenções para haver uma retirada. Agora a violência das “baratas” é constante. É, não haja dúvidas que há crimes. Mas quem manda de facto já fez um mea culpa sincero e tentou criar harmonia? Não! Preferem proibir máscaras e libertar o homicida de Taiwan para culparem os manifestantes... Como se isso resolvesse alguma coisa. É o estadismo da arrogância, que deixa arder Hong Kong e prejudica irremediavelmente a China. João Santos Filipe
PEAKY BLINDERS | STEVEN KNIGHT (2013)
Criada em 2013, e com o selo da BBC, Peaky Bliders é uma série que acompanha um grupo de crime organizado na Inglaterra do pós-Primeiro Guerra Mundial. A acção desenrola-se principalmente em Birmingham e tem por inspiração uma associação criminosa com o mesmo nome, composta quase só por jovens, que surgiu na segunda maior cidade inglesa após a década de 1890. A série está actualmente na quinta temporada e deverá ter pelo menos mais duas até ao final. João Santos Filipe
JOKER SALA 1
THE CLIMBERS [B]
Um filme de: Todd Phillips Com: Joaquin Phoenix, Robert de Niro, Zazie Beetz 14.30, 16.45, 19.15, 21.30
FALADO EM PUTONGHUA LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: Daniel Lee Com: Jing Wu, Ziyi Zhang, Yi Zhang, Boran Jing, Ge Hu 16.15, 21.00
JOKER [C]
SALA 2
ABOMINABLE [C]
SALA 3
FALANDO EM CANTONÊS LEGENDADO EM INGLÊS Um filme de: Jill Culton 14.30, 16.30, 19.15
Um filme de: James Gray Com: Brad Pitt, Tommy Lee Jones, Ruth Negga 14.30, 16.45, 19.15, 21.30
AD ASTRA [B]
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Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor João Luz; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; João Santos Filipe; Juana Ng Cen; Colaboradores Amélia Vieira; António Cabrita; António Castro Caeiro; António Falcão; Gisela Casimiro; Gonçalo Lobo Pinheiro; João Paulo Cotrim; José Drummond; José Navarro de Andrade; José Simões Morais; Luis Carmelo; Michel Reis; Nuno Miguel Guedes; Paulo José Miranda; Paulo Maia e Carmo; Rita Taborda Duarte; Rui Cascais; Rui Filipe Torres; Sérgio Fonseca; Valério Romão Colunistas António Conceição Júnior; David Chan; João Romão; Jorge Rodrigues Simão; Olavo Rasquinho; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho; Tânia dos Santos Cartoonista Steph Grafismo Paulo Borges, Rómulo Santos Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail info@hojemacau.com.mo Sítio www.hojemacau.com.mo
opinião 23
sexta-feira 4.10.2019
confeitaria
JOÃO ROMÃO
Bancarrota em tempos de sucesso
D
URANTE quase dois séculos ofereceu viagens e férias a milhões de pessoas, de todo o mundo para todo o mundo, alimentando sonhos e fantasias, contribuindo para negócios e diplomacias internacionais, inaugurando modelos empresariais e de exploração de mercados. A empresa de origem britânica Thomas Cook, pioneira global em mercados turísticos que mal existiam, resistiu a duas guerras mundiais, dezenas de conflitos bélicos nacionais ou internacionais, epidemias graves, impactos de atentados terroristas e outras crises de maior ou menor dimensão ao longo de 180 anos. Veio a morrer – ou a declarar bancarrota, que é mais ou menos o mesmo – em pleno apogeu mundial da actividade turística, da economia do lazer e do hedonismo (pelo menos para uma parte da população), quando nunca se viajou tanto e para tantos sítios e quando os aviões em permanente circulação ultrapassam largamente o que seria imaginável pelos autores de ficção científica quando em 1841 se criou a Thomas Cook & Son, primeiro para organizar viagens de comboio no interior de Inglaterra, 15 anos depois para promover as primeiras viagens organizadas na Europa e outros dez anos volvidos iniciando processo semelhante nos Estados Unidos.
O Grupo Thomas Cook que agora anunciou bancarrota é o resultado da fusão entre a Thomas Cook AG (a sucessora da pioneira Thomas Cook & Son) e da MyTravel Group, que ocorreu em 2007 e havia de deixar sequelas, segundo os analistas da especialidade. Este grupo era o maior operador turístico do mundo e além de reservas de viagens e “pacotes” turísticos - incluindo os diversos serviços inerentes às deslocações de negócios ou lazer – era proprietário das suas próprias cadeias hoteleiras em todos os continentes e de sete companhias de aviação com 117 aviões ao seu serviço. A propriedade do capital social da empresa deixou entretanto de estar maioritariamente em Inglaterra, deslocando-se gradualmente para a Alemanha (sobretudo), a China ou até Portugal (a Fidelidade – tal como o grupo chinês Fosun, proprietário da seguradora – faziam parte da estrutura accionista da Thomas Cook aquando da falência). O grupo empregava cerca de 21.000 pessoas em 16 países, abruptamente atiradas para o desemprego. Os impactos serão muito maiores, no entanto, que uma empresa desta planetária dimensão arrasta muito com a sua queda:
companhias aéreas que venderam massivamente lugares a clientes da empresa falida, hotéis cuja ocupação pode depender em mais de 60% dos clientes desta operadora, pequenos prestadores de serviços de restauração, visitas guiadas, animação, entretenimento, aventura, desporto, enfim, toda a panóplia de variados serviços que hoje pode compor pacotes turísticos e de viagens que procuram responder às necessidades diversas de variadíssimos tipos de consumidores. Segundo a imprensa, a Thomas Cook deixa uma dívida de cerca de 380 milhões de euros só a hotéis, com alguns notáveis casos individuais, como o de um hotel mexicano que reclama 3 milhões de euros. Em algumas ilhas gregas, cerca de 40% dos turistas chegam através da Thomas Cook. Em Espanha fala-se no possível encerramento de 500 hotéis, com especial impacto nas Canárias e Baleares. Para agravar a situação, a empresa opera segundo um modelo em que os pagamentos são feitos 3 meses após a utilização dos serviços. Ou seja, declarando a bancarrota no final de Setembro, a Thomas Cook recebeu todos os pagamentos feitos pelos seus clientes pelas reservas mas não pagou qualquer serviço
Peter Fankhauser, o suíço que presidia à companhia na altura da bancarrota, recebeu 9,5 milhões de euros desde 2014, incluindo mais de 5 milhões como prémio pelo seu magnífico desempenho! Harriet Green tinha ganho 10 milhões entre 2012 e 2014. E mesmo Manny Fontenla-Novoa, que presidiu a empresa entre 2007 e 2011 e contribuiu para uma quebra histórica do seu valor em bolsa, arrecadou pessoalmente quase 19 milhões de euros
prestado durante toda a época alta do turismo de Verão no hemisfério norte. Com estas e outras criativas habilidades, foram-se protegendo os rendimentos dos altos dirigentes da empresa. É verdade que mais de vinte mil trabalhadores ficaram sem emprego e que os impactos económicos sobre outras empresas – com as suas implicações sociais - demorarão anos a estimar devidamente: não são só estabelecimentos concretos que dependem em larga escala deste tipo de grande operador, mas regiões e territórios que têm semelhante dependência. Muitos casos se arrastarão por tribunais de todo o mundo nos próximos anos, certamente. E muitos terão sido os erros de gestão cometidos ao longo da última década, pelo menos, dizem os analistas. Mas nem por isso deixaram os altos gestores da empresa de auferir generosos rendimentos: Peter Fankhauser, o suíço que presidia à companhia na altura da bancarrota, recebeu 9,5 milhões de euros desde 2014, incluindo mais de 5 milhões como prémio pelo seu magnífico desempenho! Harriet Green tinha ganho 10 milhões entre 2012 e 2014. E mesmo Manny Fontenla-Novoa, que presidiu a empresa entre 2007 e 2011 e contribuiu para uma quebra histórica do seu valor em bolsa, arrecadou pessoalmente quase 19 milhões de euros (o que de resto levou a empresa a rever em baixa os pagamentos de prémios a gestores executivos). Várias causas são apontadas para este fiasco em tempos de grandioso sucesso das empresas turísticas e algumas delas são comuns nas análises dos especialistas. A digitalização e decorrente autonomia dos consumidores que permite a personalização de viagens e a contratualização directa de serviços, dispensando intermediários, será certamente uma delas mas não poderá ser a única. Na realidade, o grupo de origem alemã TUI – o único concorrente com a dimensão da Thomas Cook e agora com uma posição largamente hegemónica no mercado global – sobreviveu sem grandes sobressaltos a esta transição. Não é o caso da Thomas Cook, que em tempos de digitalização de serviços expandiu largamente a sua rede de estabelecimentos físicos ao adquirir uma empresa concorrente – o que implicou investimento na aquisição da outra empresa e depois despesas no despedimentos dos trabalhadores em excesso, totalizando mais de 100 milhões de euros. Viria depois a contratar uma equipa especializada para promover a reconversão das tecnologias digitais da empresa (liderada pela então presidente, que agora trabalha para a IBM), o que acabaria por se revelar mais um investimento milionário falhado. E depois o Brexit e a desvalorização da libra: receber adiantado dos clientes e pagar três meses depois do consumo dos serviços pode ser um excelente negócio mas também pode ser um desastre, caso aconteça uma desvalorização drástica da moeda, como foi o caso. De resto, como o explicou Peter Fankhauser, o presidente da empresa, já após o anúncio da bancarrota, “não fizemos nada mal”. Deve ser isso.
Quem vigiará os vigias ? Juvenal
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A cruz do residente Jovem local impedido de casar em Taiwan com parceiro do mesmo sexo
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M homem de Macau foi impedido de se casar com o seu parceiro, em Taiwan, porque o matrimónio entre casais do mesmo sexo não é reconhecido na RAEM. A história foi avançada, na terça-feira, pela estação televisiva Public Televison Service, de Taiwan. O casamento entre pessoas do mesmo sexo foi legalizado em Maio deste ano em Taiwan, o que fez com que a Ilha Formosa fosse a primeira região asiática a permitir a união legal entre homossexuais. Contudo, a lei de Taiwan exige que o casamento entre pessoas do mesmo sexo só possa ser efectuado se ambos forem residentes de jurisdições que reconhecem este direito. Foi na manhã do dia do estabelecimento da República Popular da China que o residente de Macau e o seu companheiro foram ao registo da cidade de Hsinchu, na esperança que a sua relação fosse legalmente reconhecida. Contudo, as autoridades de Taiwan recusaram o matrimónio pelo facto do residente local ter um passaporte de Macau. Porém, o casal prometeu não deixar o caso por aqui e vai recorrer da decisão para o Governo. Ambos acreditam que o matrimónio não deve estar dependente das leis de outras jurisdições e vão insistir nesse argumento, com o auxílio de um advogado. Mas mesmo que o recurso para o Governo
seja rejeitado, os dois jovens vão recorrer ainda recorrer aos tribunais de Taiwan.
LIGAÇÃO DE QUATRO ANOS
Segundo o parceiro do casal que é natural de Taiwan, os dois conheceram-se através da Internet, há quatro anos. Nessa altura viveram uma paixão à distância com viagens frequentes entre Macau e a Ilha Formosa, o que levou o homem de Taiwan a admitir que os salários de ambos eram quase gastos na totalidade em viagens. Porém, há dois anos, o jovem de Macau decidiu que queria fazer vida com o parceiro e abdicou do emprego como psicólogo e em que recebia cerca de 26 mil patacas. Desde essa mudança, ambos têm vivido juntos e esperavam “dar o nó” no início do mês. Contudo, este desejo foi agora recusado, mas ambos acreditam que não será definitivamente e que no final vão ver o seu direito reconhecido. O casamento entre pessoas do mesmo sexo não é reconhecido em Macau, tal como acontecia em Portugal, antes da transferência da soberania. A situação só foi regularizada no país Europeu em 2010. No Interior da China, a prática também não é reconhecida, assim como acontece em Hong Kong.
Óbito Freitas do Amaral morre aos 78 anos
O corpo do fundador do CDS-PP e antigo ministro Diogo Freitas do Amaral, que morreu ontem, aos 78 anos, vai para o Mosteiro dos Jerónimos, esta sexta-feira, e o funeral decorrerá sábado no cemitério da Guia, Cascais, disse à Lusa fonte familiar. Diogo Pinto Freitas do Amaral, professor universitário, nasceu na Póvoa de Varzim em 21 de julho de 1941. Foi líder do CDS, partido que ajudou a fundar em 19 de julho de 1974, vice-primeiroministro e ministro em vários governos. Freitas do Amaral, que estava internado desde 16 de Setembro, fez parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992.
João Santos Filipe
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PALAVRA DO DIA
sexta-feira 4.10.2019