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Mesas com estrela

O Clube Militar de Macau volta a organizar, a partir de quinta-feira, mais uma edição do habitual festival gastronómico, desta vez com a presença do chefe português Diogo Rocha, fundador do restaurante “Mesa Lemos” com o qual ganhou a primeira estrela Michelin em 2019

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REGRESSA, na próxima quinta-feira, pela mão do Clube Militar de Macau, e pela primeira vez desde o fim da pandemia, o Festival de Gastronomia e vinhos de Portugal, liderado pelo chefe Diogo Rocha.

O festival, entre os dias 8 e 18 deste mês, decorre no âmbito das comemorações dos 153 anos do Clube Militar e coincide ainda com as celebrações do 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em Macau, indicou, em comunicado, divulgado na quinta-feira. Diogo Rocha conquistou a primeira estrela Michelin, em 2019, para o Mesa de Lemos, o primeiro espaço gastronómico do distrito de Viseu a obter esta distinção, que renovou em 2020,

2021 e 2022. No ano passado, o chefe recebeu a primeira estrela Verde, atribuída pelo Guia Michelin, uma distinção que premeia as melhores práticas de sustentabilidade na restauração.

O festival, entre os dias 8 e 18 deste mês, decorre no âmbito das comemorações dos 153 anos do Clube Militar e coincide ainda com as celebrações do 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em Macau

O lado sustentável da cozinha de Diogo Rocha nasce das suas raízes familiares, pois o chefe nasceu na aldeia de Urgeiriça, concelho de Nelas, distrito de Viseu, onde desde cedo se embrenhou na horta com os avós a cultivar hortícolas. Mais recentemente, o restaurante de Diogo Rocha ganhou o

“Garfo de Ouro” atribuído, pelo oitavo ano consecutivo, pelo guia “Boa Cama, Boa Mesa” do semanário Expresso. Numa publicação na rede social Facebook, o chefe de cozinha escreveu que a distinção “deixa toda a nossa equipa cheia de orgulho e renova a responsabilidade de continuarmos a fazer mais

Diogo Rocha conquistou a primeira estrela Michelin, em 2019, para o Mesa de Lemos, o primeiro espaço gastronómico do distrito de Viseu a obter esta distinção, que renovou em 2020, 2021 e 2022 e melhor”. “O nosso empenho na valorização dos produtos, produtores, região e país continua a ser o nosso foco e todos os reconhecimentos são a prova de que este é o caminho certo”, frisou.

Pausa forçada

O festival promovido pelo Clube Militar já se tornou uma tradição no território, permitindo, todos os anos, provar o que de melhor a gastronomia portuguesa de assinatura tem para oferecer. Em 2019 a iniciativa contou com a participação de uma equipa composta pelos irmãos Geadas, oriundos da região de Trás-os-Montes, a chefe Noélia Jerónimo, que possui um conhecido restaurante na zona de

Porto Encontros Sobre Cinema Portugu S

OBatalha – Centro de Cinema, no Porto, acolhe esta semana um encontro que quer pôr os profissionais do sector a conversarem e a tirarem conclusões sobre “a prática do cinema hoje em Portugal”.

“É isso que nós queremos descobrir, no fundo o que é que está a acontecer no sector?”, afirmou o director artístico do Batalha, Guilherme Blanc, em declarações à agência Lusa, a propósito dos “Novos Encontros do Cinema Português”, que acontecem esta terça e quarta-feira.

A iniciativa é promovida em parceria com o Clube Português de Cinematografia – Cineclube do Porto e a Fundação Calouste Gulbenkian e acontece 56 anos depois de uma iniciativa semelhante realizada no Batalha, em finais de 1967.

Na altura, a “Semana do Novo Cinema Português” destinava-se a discutir os problemas económicos e técnicos com os quais o cinema se debatia e acabou por dar origem, anos mais tarde, à criação do Centro Português de Cinema e a nova legislação para o sector.

Mais de meio século depois, Guilherme Blanc diz que os promotores dos novos encontros são apenas “interlocutores ou mediadores”, “provocando um encontro que a partir dele se possam pensar questões e que se faça um ‘estado de arte’ sobre o sector e a prática do cinema hoje em Portugal”.

O director artístico reforça um ponto que considera importante nestes encontros: Que as pessoas se cruzem e conversem entre si.

“As pessoas não se encontram e o cinema também é um campo muito amplo, não é? Aliás, basta ver que estamos a trazer educação, pessoas que não têm prática de cinema, que lidam com cinema do ponto de vista pedagógico, por exemplo, e pessoas que trabalham no cinema activamente no campo, enquanto produtores”, disse.

Nos debates vão participar representantes de associações de produtores, realizadores, argumentistas, de festivais de cinema e cineclubes, pessoas que trabalham na promoção da literacia para o cinema e na crítica nos media.

Tavira, Algarve, o “Noélia e Jerónimo” e ainda José Júlio Vintém, do Alentejo.

O regresso do evento marca também o fim de um período difícil para o Clube Militar de Macau que, tal como grande parte das entidades do território, teve de se adaptar à nova realidade e reinventar para manter a essência que mantém há 153 anos.

Em 2020, Manuel Geraldes, um dos membros da direcção do clube, disse à Lusa que este já passou por momentos “extremamente difíceis ao longo da sua História”, nomeadamente o edifício, “de grande e rara beleza”, que esteve prestes a fechar. O Clube Militar de Macau já “serviu de casa de refugiados” da guerra e de repartição de finanças, “mas sempre soube ressuscitar” e a

Instituto Cam Es Ana Paula Fernandes Nomeada Presidente

OGoverno português nomeou Ana Paula Fernandes, actual chefe de unidade de Prospectiva, Reforma de Políticas e Relações Globais e coordenadora da Direcção de Desenvolvimento da OCDE nestas áreas, para presidente do conselho directivo do instituto Camões.

assumir-se como ponto de encontro entre as comunidades locais e lusófonas, frisou o responsável.

O ex-presidente da instituição privada, desde a sua fundação, admitiu “momentos menos felizes”, mas destacou sobretudo as “fases de grande glória”, que contam histórias de encontros de culturas, chinesa e portuguesa, das forças armadas com a sociedade civil. A.S.S.

De acordo com a edição de sexta-feira do Diário da República, a nomeação de Ana Paula Fernandes foi assinada pelo primeiro-ministro, António Costa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho. O despacho refere que foram apresentadas três propostas para o cargo e que Ana Paula Fernandes “evidencia perfil adequado e demonstrativo da aptidão e experiência profissional necessárias ao desempenho do cargo”.

A comissão de serviço da futura presidente do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua é de cinco anos, renovável por igual período. Ana Paula Fernandes assumirá funções a partir de 17 de Julho deste ano, substituindo no cargo o embaixador João Ribeiro de Almeida. Natural de Guimarães, Ana Paula Fernandes tem 50 anos e uma licenciatura em Relações Internacionais pela Universidade do Minho, uma pós-graduação em Assuntos Europeus pelo ISEG e um mestrado em Cooperação Internacional pelo ISCTE. Entre as várias funções que desempenhou foi assessora do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação (2005-2009) e conselheira técnica na Delegação Permanente de Portugal junto da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), assumindo a vice-presidência do Comité de Ajuda ao Desenvolvimento (CAD) durante quatro anos. Desempenhava actualmente as funções de chefe de unidade de Prospectiva, Reforma de Políticas e Relações Globais e coordenadora do trabalho da Direcção de Desenvolvimento da OCDE nestas áreas.

Bito Morreu A Compositora Kaija Saariaho

Acompositora finlandesa

Kaija Saariaho morreu sexta-feira, aos 70 anos, em casa, em Paris, anunciou a família, em comunicado.

“Estamos devastados em anunciar que Kaija Saariaho morreu hoje de manhã, pacificamente na sua casa, em casa em Paris”, lê-se num comunicado sexta-feira divulgado, assinado pelo marido, a filha e o filho da compositora.

Nascida em Helsínquia, em 1952, Kaija Saariaho compôs para diferentes formações, de pequenos ensembles a orquestra, contando ainda com ópera, música para teatro, dança e música electroacústica.

Kaija Saariaho foi a compositora em residência na Casa da Música, no Porto, em 2010, e regressou a esta instituição em 2019, para fazer a estreia portuguesa da sua obra “Ciel d’hiver”, integrada na programação “Música no Feminino”.

“Lichtbogen”, “Graal théâtre”, “Laconisme de l’aile”, “L’aile du songe” são algumas das suas peças presentes no repertório de diversas orquestras portuguesas, como a Gulbenkian, a Metropolitana de Lisboa, o Remix Ensemble e a Orquestra Sinfónica do Porto, além do Grupo Música Nova, de Cândido Lima, que revelou a compositora ao público português.

Na temporada 2014-2015, Kaija Saariaho foi mentora do compositor português Vasco Mendonça, no programa internacional Mestres Discípulos.

A gravação de “L’Amour de loin”, estreada no Festival de Salzburgo, em 2000, pela Orquestra Sinfónica Alemã de Berlim, sob a direção de Kent Nagano, foi distinguida com o Prémio Grammy, em 2011.

Em 2021, venceu o Leão de Ouro de carreira da 65.ª edição do Festival Internacional de Música Contemporânea, da Bienal de Veneza, “pelo extraordinário nível técnico e expressivo que alcançou nas partituras para coros”.

Na altura, a Bienal de Veneza destacou que Kaija Saariaho é reconhecida não só pelo trabalho artístico original para voz, mas em particular pela composição “Oltra Mar”, de 1999, “uma obra-prima absoluta” para coro e orquestra, “harmonicamente complexa, mas de composição clara”, e influenciada pelo impressionismo.

8.1. O Mestre disse: “Quanto a Tai Bo, podemos certamente dizer que se trata de uma pessoa de virtude (德 de) inultrapassável. Três vezes renunciou a tudo sob o Céu (天下tianxia) e o povo não conseguiu encontrar as palavras suficientes para o elogiar.”154

8.2. O Mestre disse: “A cortesia, sem os ritos, torna-se cansativa; a precaução, sem os ritos, torna-se cobardia; a coragem, sem os ritos, torna-se rebeldia; a franqueza, sem os ritos, torna-se rudeza. Se as pessoas exemplares mostrarem devoção pelos seus pais, o povo aspirará à benevolência; se não negligenciarem os seus velhos amigos, o povo honrará as suas obrigações.”155

8.3. Mestre Zeng estava doente e mandou chamar os seus discípulos, dizendo: “Destapem os meus pés! Destapem as minhas mãos! O Livro das Odes diz: ‘Atemorizado! Trémulo!/Como se espreitasse para um fundo abismo,/Como se caminhasse sobre gelo fino.’ Só agora posso estar seguro de ter evitado desgraçar o meu corpo, ó meus meninos!”156

8.4. Mestre Zeng estava doente e, quando Meng Jingzi, o interrogou, Mestre Zeng disse: “Quando uma ave está prestes a morrer, o seu canto é triste; quando uma pessoa está moribunda, as suas palavras são autênticas. Há três coisas que a pessoa exemplar considera da maior importância na sua Via: pelo seu modo de agir, mantém à distância a violência e o rancor; pela sua expressão facial, inspira confiança; pelo tom da sua linguagem, mantém a vulgaridade e a impropriedade à distância. Quanto aos arranjos dos vasos rituais, existem oficiais menores para se ocuparem dessas coisas.” 157

8.5. Mestre Zeng disse: “Ser competente, mas consultar os que não o são; ser informado, mas consultar os que o são menos; ter muito, mas parecer nada possuir; ser pleno, mas parecer vazio; ser ofendido, mas a isso não dar importância – em dias que já lá vão, tive um amigo que procedia exactamente assim.”158

8.6. Mestre Zeng disse: “Uma pessoa a quem se possa confiar um jovem órfão ou o comando de um reino soberano; alguém que, ao abordar questões críticas, permaneça imperturbável – será essa uma pessoa exemplar? Essa deveras é uma pessoa exemplar!”

8.7. O Mestre Zeng disse: “Os letrados só podem ser fortes e determinados, pois a carga que levam é pesada e é longa a sua Via. A carga que levam no caminho é a da benevolência, como não seria a mais pesada? E o caminho que percorrem termina só na morte, como não seria o mais longo?”159

8.8. O Mestre disse: “Encontro inspiração ao cantar as odes, aprendo a minha posição através dos ritos, mas é tocando música que me completo.”160

8.9. O Mestre disse: “As pessoas comuns podem ser induzidas a percorrê-la, mas não as podemos induzir a compreendê-la.”161

8.10. O Mestre disse: “Uma pessoa corajosa a quem a pobreza desgoste, tor-

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