Hoje Macau 05 SET 2011 #2448

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Ter para ler

DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • TERÇA-FEIRA 6 DE SETEMBRO DE 2011 • ANO XI • Nº 2448

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Protesto à porta de gabinete

Pereira Coutinho diz que não se pode culpar Chefe do Executivo por incompetência dos secretários

Chui não muda porque Pequim não deixa Em entrevista, José Pereira Coutinho não poupa Florinda Chan e Lau Si Io e reafirma que os secretários que rodeiam Chui Sai On “não prestam” e que estão “gastos”. A sua experiência de deputado faz-lhe afirmar que Chui Sai On é “mais trabalhador” que Edmund Ho. Lembra que não deseja ser “vitalício” nos cargos que ocupa e quer que os jovens de Macau tenham uma palavra a dizer no futuro do território. O facto do nome do deputado aparecer nos relatórios divulgados agora pelo WikiLeaks é um motivo de orgulho. > PÁGINAS 4 E 5

KWAN TSUI HANG ACUSADA DE TRAIÇÃO POR APOIANTES • ÚLTIMA

WikiLeaks

MACAU NÃO CONSEGUE TIRAR PROVEITO DA LUSOFONIA • PÁGINA 6

Selecção de Andebol

UMA ATLETA GRAVEMENTE FERIDA EM ACIDENTE • PÁGINA 12

ACTUAL

TERÇA-FEIRA 6.9.2011 www.hojemacau.com.mo

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Pequim faz revisão da Lei de Procedimento Criminal

Detenções secretas passam a legais Maria João Belchior info@hojemacau.com.mo

U

MA nova proposta de revisão da lei criminal chinesa pretende legalizar as detenções domiciliárias por períodos que podem ir até seis meses. A revisão da lei tornada pública no passado dia 30 de Agosto quer reformular as condições de detenção, assim como o tempo durante o qual uma pessoa pode estar detida.

Disponível para consulta pública, a lei levantou críticas por parte de várias organizações internacionais.

Consciente das críticas que levantou, o governo chinês fez saber o seu ponto de vista através de um artigo do jornal chinês Diário do Povo, traduzido depois em versão

inglesa no jornal “Global Times”.

Na versão oficial, a revisão pretende “clarificar a lei”.

Referindo apenas as 24 horas de detenção sem razão dada à família, ou informação sobre o paradeiro do detido, o governo estipula vários crimes que entrarão nesta categoria. Além do terrorismo, consideram-se crimes de abuso de poder, subversão do Estado, ou investigações que estejam a decorrer sobre questões fiscais. Numa resposta às críticas, o Diário do Povo escreve “as leis não são preto ou branco havendo casos que têm de ser decididos de forma diferente”.

Para organizações de direitos humanos como a Human Rights Watch, o facto de não ser obrigatório dar a conhecer o paradeiro do detido vai abrir lugar para o

abuso das condições de detenção e para torturas. Para os activistas de direitos humanos que lançaram um apelo no dia seguinte à proposta de

lei ser tornada pública, a proposta de revisão da lei pode vir a servir para legalizar igualmente as detenções domiciliárias, como é o caso de Liu Xia, a mulher do Nobel Liu Xiaobo que está proibida de deixar Pequim ou falar com a imprensa estrangeira há quase um ano.

Os desaparecimentos de activistas, advogados ou jornalistas são comuns desde há vários anos, com uma especial importância em 2008 e no corrente ano.

O advogado Gao Zhisheng, um dos nomes mais conhecidos, foi detido em Fevereiro de 2009 e esteve mais de um ano sem poder contactar com a família. Libertado por um mês, esteve com a família em Xinjiang e apanhou o avião de regresso para Pequim no dia 20 de Abril de 2010. Nunca chegou ao des-

tino e está até hoje em parte incerta.

Este ano, o artista plástico Ai Weiwei passou 81 dias detido em local desconhecido, tendo a família, tido o direito de o visitar ao fim dos primeiros 53 dias. A estes dois nomes mais conhecidos, juntam-se dezenas de pessoas que desde Xinjiang, ao Tibete e a Pequim, têm sido levadas por semanas e às vezes meses para outros locais que só são conhecidos quando são libertados, uma vez que todos ficam incontactáveis.

A acusação por parte de activistas de direitos humanos é que a proposta de revisão da lei vai legalizar a repressão. Mas para o governo chinês que tem a proposta em discussão, novas alíneas só servirão para definir melhor os casos e as condições das detenções.

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EMPRESAS CHINESAS TENTARAM VENDER ARMAS A KADHAFI, DIZ DOCUMENTO

Negócios da China ANÚNCIO HM-2ª VEZ 06-09-2011 PROCESSO: Divórcio Litigioso CV1-11-0016-CDL 1º Juízo Cível AUTOR: KUAN CHEONG IAO, casado, de nacionalidade chinesa, titular do Bilhete de Identidade de Residente Permanente de Macau e residente na R.P. China.------------------------------------RÉ: LI BAOYI, casada, de nacionalidade chinesa, titular do Bilhete de Identidade de Residente da R. P. China, com última residência conhecida em Macau na Rua de João de Araújo, n.º 12, Edif. Nga Heng San Chun, 3º andar F.------------------------------------------------- FAZ-SE SABER que pelo 1º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Base da RAEM correm éditos de TRINTA DIAS, contados a partir da segunda e última publicação do anúncio, citando a ré LI BAOYI, acima identificado, para no prazo de TRINTA DIAS, findo o dos éditos, contestar, querendo, a Acção de Divórcio supra referenciada, na qual pede o Autor que seja decretado o divórcio entre ele e a ré, declarando-se dissolvido o casamento, tudo como melhor consta da petição inicial cujo duplicado se encontra nesta Secretaria à sua disposição, ficando o mesmo advertido que é obrigatória a constituição de mandatário judicial - Art. 74º do C. P.C.M..------------------------------------------------------------------------- Aos 1 de Setembro de 2011------------------------------------------

N

AS últimas semanas de batalha entre as forças leais a Muamar Kadhafi e os rebeldes, empresas estatais chinesas ter-se-ão oferecido para vender grande parte de seus estoques de armas e munições ao governo do ditador, em clara violação das sanções impostas pela ONU, informaram membros do Conselho Nacional de Transição (CNT), neste domingo.

Os informadores citam documentos do governo de Kadhafi encontrados por um jornalista canadiano, os quais disseram ser autênticos, segundo avaliação de oficiais.

Os documentos incluem um memorando de oficiais do departamento de Segurança da Líbia, que detalha uma viagem de compra a Pequim, a 16 de Julho. Os papéis indicam que as estatais chinesas ofereceram armamentos, numa venda estimada em 200 milhões de dólares americanos. De entre os itens constam lançadores de foguetes, mísseis anti-tanques, mísseis portáteis projectados para derrubar aviões, além de outras armas e munições. Os documentos, em árabe, foram postados no domingo, no site do “The Globe and Mail”, um jornal de Toronto.

No documento, as empresas chinesas sugeriam que as armas fossem entregues por países terceiros, como Argélia ou África do Sul. A exemplo

da China, esses países mostraram-se relutantes em apoiar a medida da ONU para utilização das forças da Otan no conflito.

De acordo com Omar Hariri, chefe do Conselho de Transição, os documentos explicam a presença de novas armas na batalha. “Estou quase certo de que essas armas chinesas chegaram e foram usadas contra o nosso povo”, afirmou o líder do CNT.

O porta-voz dos rebeldes, Abdulrahman Busin, disse em entrevista que o governo de transição vai investigar quem são os responsáveis por infringir as determinações da ONU. Busin afirmou ainda que todos os países que tenham violado as sanções impostas ao governo de Kadhafi terão poucas perspectivas de fechar negócios com a Líbia, “um país rico em petróleo”, como frisou.

Uma gota de água no oceano, como me sinto nesta segunda-feira, véspera da publicação, em que teclo a crónica com os pés chapinhando num resto de onda. Somos mesmo viciados na valorização dos oceanos nas margens onde nascemos, depois onde vivemos, ou mesmo, se distantes, dos que desejamos. Os grandes mares merecem que lhes escutemos as vozes, murmurantes ou revoltosas. Helder Fernando, P. 15

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Investigadora estuda onde se “escondem” os filhos dos chineses em Portugal

Onde estão as crianças chinesas?

Lia Coelho

na escola, com aulas suplementares para aprender o português e o mandarim. E como reza a tradição, aos domingos é o único dia em que se encontram com a família.

Os alunos mostram grandes capacidades na matemática devido ao tipo de escrita ideográfica, que se assemelha à linguagem dos números.

Nas outras disciplinas, as dificuldades são notórias.

“O que pretendo é que a equipa técnica altere alguns dos seus comportamentos e se entregue mais àquelas crianças. Para chegar a elas é preciso primeiro ganhar um espaço de confiança. Aprender a conhecer o outro é olhar para ele e ver as diferenças”, sublinha Maria Menino.

lia.coelho@hojemacau.com.mo

“S

E há adultos, existem crianças, mas não vejo nenhuma.

Afinal onde estão?”. Foi com esta interrogação que Maria Conceição Menino, académica da Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação do Porto, deu início à sua investigação no âmbito da tese de doutoramento. A ex-residente de Macau esteve no território para dar uma palestra sobre a questão, durante o III Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa, na semana passada.

A comunidade chinesa radicada em Portugal conta actualmente com cerca de 20 mil membros, incluindo os que já adquiriram nacionalidade portuguesa. Contudo, segundo a investigadora, o crescimento da população não é acompanhada com a visibilidade das crianças nas instituições socioeducativas.

“Comecei por vê-las nas lojas com os pais e nos restaurantes. Mas não nas escolas públicas”, refere. Estudar a integração das crianças de origem chinesa no sistema escolar português, com idades compreendidas entre os três e os seis anos, revelou-se, assim, um alvo difícil.

A procura iniciou-se na direcção errada. Tal como acontece em Macau, Maria Menino foi encontrar um grupo de crianças nas escolas privadas. Depois de seis anos na região, a pesquisadora confessa que se devia ter lembrado antes. “Tal como aqui, também em Portugal as crianças frequentam escolas privadas”, salienta. O estabelecimento de ensino está situado em Vila do Conde, no Porto, e há dez anos que recebe jovens oriundos da China. Desde o jardim de infância ao secundário frequentam a escola cerca de 50 jovens e crianças.

Mas, nesta história com uma década, não há evolu-

ções, nem aprendizagens.

Não por parte das crianças, mas dos docentes da instituição portuguesa. O estabelecimento mostrou um total desconhecimento e nenhum ponto de ligação com cultura dos jovens que acolhe. “As crianças não brincam com os utensílios ocidentais e ninguém pergunta o porquê.

E nenhum dos funcionários sabia sequer o que era o ano novo chinês”, conta a estudiosa. “Isto surpreendeu-me.

Todas as perguntas que fiz à equipa técnica da escola eram novidade. Para mim quando não há problema é por si só um problema”, explica.

Ser criança é universal e nas salas de aulas todos se entendem e interagem.

Mas na hora do recreio a situação mostra-se bem diferente. Como conta Maria Menino, as crianças chinesas juntam-se num canto à parte das portuguesas. A lacuna na interacção social não é fenómeno isolado dos mais novos. Também os pais de origem chinesa não interagem e ninguém os conhece, nem mesmo os professores.

“Não existe comunicação entre encarregados de educação e a equipa técnica da escola. A ponte é feita por uma funcionária de origem chinesa, que

fala um pouco de português, mas não há contacto entre as duas partes”, afirma.

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UMA EDUCAÇÃO DIFERENTE

A forma de aprendizagem e educação das crianças chinesas difere em muito da portuguesa. Maria Menino assume que aqui a educação é um bem essencial, em Portugal ir à escola é quase visto hoje em dia como um mal necessário. Disciplina, regras, aprendizagem por repetição são algumas das características apontadas pelos professores portugueses, que as apelidam de particularidades. As crianças vivem assim em dois mundos, em duas realidades distintas, numa dualidade entre as marcas portuguesas e a cultura asiática.

A falha apontada pela investigadora vem do estabelecimento escolar, que descura o facto de ter crianças de outra nacionalidade e tão distinta. Isto pode criar conflitos no crescimento e privá-las de igualdade de oportunidades, como adianta Maria Menino. Além de ser um entrave à integração social, tanto das crianças como dos próprios pais.

De segunda a sábado os alunos chineses ficam

O INSTITUTO POLITÉCNICO DE MACAU FELICITA O HOJE MACAU PELA PASSAGEM DO SEU 10.0 ANIVERSÁRIO Instituto Politécnico de Macau Endereço: Rua de Luís Gonzaga Gomes, Macau Tel: 853-28578722 Fax: 853-28308801 www.ipm.edu.mo

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POLÍTICA

Entrevista | José Pereira Coutinho, deputado da Assembleia Legislativa

Gonçalo Lobo Pinheiro glp@hojemacau.com.mo

A

conversa durou pouco mais de uma hora mas deu para falar um pouco de tudo. José Pereira Coutinho, deputado da Assembleia Legislativa (AL), abriu o livro e não se escusou a falar. Chui Sai On é “mais trabalhador” do que Edmund Ho, só que os seus secretários “não prestam”. Pereira Coutinho diz não ser vitalício mas assume que Rita Santos não está devidamente “seduzida” para encabeçar a lista da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) nas próximas eleições. Assumiu o seu gosto por Ho Chio Meng e gostou bastante de ver o seu nome nos relatórios do Consulado dos EUAem Hong Kong e Macau, revelados pelo WikiLeaks.

Que balanço faz destes anos como deputado da Assembleia Legislativa?

Muito positivo. Em 2003, quando o Governo de Macau instituiu o Imposto Profissional para todos os trabalhadores da função pública, lembro-me perfeitamente que tínhamos [a ATFPM] abordado a maioria dos deputados da AL para nos ajudar dentro do plenário falando do facto de estarmos a ser injustiçados, com a violação do artigo 98.º da Lei Básica.

E qual foi o ‘feedback’?

Eu e os meus colegas falámos com quase todos os deputados e não houve um único deputado que estivesse disposto a ajudar os trabalhadores da função pública. Ninguém quis dizer que ao reduzir o salário com o Imposto Profissional isso viria a diminuir a receita e isto não poderia ser admitido por nós, pois a Lei Básica diz claramente que os vencimentos e os subsídios não podem ser inferiores à data da transferência. Foi assim que ficámos forçados a avançar para a AL, porque os trabalhadores da

função pública não tinham ninguém para os defender.

Na primeira eleição ficámos a meras centenas de votos de ter uma voz na AL. Em 2005 voltámos a concorrer e conseguimos, com uma margem dilatada de votos, entrar na AL até à presente data.

Ser só um não custa?

Embora seja uma única voz, o facto de ser uma voz independente, uma voz que não anda a reboque de qualquer interesse comercial e não estar subjugado a qualquer patronato, ou dependente do próprio Governo, permite uma margem de intervenção muito dilatada e obriga os meus colegas a “aumentar a parada”.

Isto tem acontecido, o que me deixa extremamente contente. Neste momento, a maioria dos deputados eleitos pela via directa anda à procura de assuntos para poder falar na AL, quer nas intervenções antes da ordem do dia, quer nas interpelações escritas. Hoje em dia posso dizer à vontade que não há nenhum assunto que seja tabu na AL, o que não ocorria antes de 2005.

O que falta para a ATFPM eleger mais pessoas?

Falta elevar o civismo da população de Macau, mais informação daquilo que se faz na AL. Falta mais educação cívica nas escolas. Não é somente o rebanho de alunos visitar a AL no dia da abertura para tirar fotografias de coisas mortas, como cadeiras, mesas e secretárias. É preciso que aprendam que existe uma AL que está ao serviço da população.

Gostaria, por exemplo, que os plenários tivessem transmissão directa na TDM, que não está a cumprir o seu papel. Sabemos que o obstáculo vem da própria AL, nomeadamente do presidente que não gosta que a TDM coloque em directo os plenários, o

ANTÓNIO FALCÃO

“Chui não tem autorização de Pequim para

que é uma pena. Lamento imenso dizer isto porque não vem de maneira alguma contribuir para a transparência e para a elevação cívica da população. Por outro lado, acho que os jornalistas deviam poder assistir às reuniões das comissões, porque é aí que se discute e se pode tirar a prova dos nove quais são os deputados que, de facto, vão até às últimas instâncias para defender os interesses da população.

“Não podemos endossar toda a culpa a este Chefe do Executivo porque ele está rodeado de secretários que não prestam” Voltando atrás e depois destes anos, qual a diferença entre Edmund Ho e Chui Sai On? Agora somos recebidos e ouvidos pelo Chefe do Executivo, o que não acontecia no passado. Com Edmundo Ho não tivemos relações profissionais e associativas, para além dos pastéis de bacalhau e

algumas jantaradas oficiais mais nada de positivo houve. Quanto a Chui Sai On, pelo menos os encontros que nós tivemos foram bastante positivos na medida em que este Chefe do Executivo tem uma outra perspectiva. É mais trabalhador ao nível da resolução de questões concretas. Contudo, ainda não atingiu os níveis de aceitação que nós muito desejaríamos, porque a culpa não é toda sua só.

Chui herdou secretários. Ele próprio não tem a decisão final de colocar outras pessoas que eu penso ele gostaria muito de fazer, mas que não tem autorização de Pequim para fazer. Não podemos endossar toda a culpa a este Chefe do Executivo porque ele está rodeado de secretários que não prestam. É um crítico acérrimo de Florinda Chan e Lau Si Io. O que é que se passa com os secretários?

Veja que não sou eu a criticar. Se fizermos um referendo, posso apostar que esses secretários têm uma cotação muito baixa. Além da manifesta incompetência, têm tido decisões que colocam as pessoas tristes, diminuem a moral dos

trabalhadores da função pública, abusam no poder que têm e colocam os seus “afilhados” em altos cargos públicos como forma de, no futuro, poderem ainda manter a sua influência.

No final das contas, terá de haver uma avaliação e as pessoas lá estarão para dizerem o que pensam sobre o Chefe do Executivo e os seus secretários.

Mas há algum que tenha um desempenho positivo?

Francamente positivo há dois, o Francis Tam [economia] e o Cheong U [assuntos sociais e cultura].

São os únicos que a nosso ver têm uma nota suficiente.

Mas, numa escala de 0 a 20, apenas merecem dez, ou seja, à rasquinha. Dialogam, esforçam-se e não cometem erros crassos.

Afinal o que falta aos secretários?

Já é altura de deixarem os cargos. Tanto tempo provoca um desgaste físico e psicológico forte, é preciso renovar. Por outro lado, não podemos perder os recursos humanos válidos de jovens que podem ocupar esses postos, permitindo uma maior inovação. Os secretários estão gastos e, se calhar, continuam lá porque não têm estado a cumprir o

seu papel e não sentem esse desgaste. Como não fazem nada, e aquilo que fazem, fazem mal, o desgaste não é assim tão grande. Tenho recebido muitas queixas dos cidadãos de Macau que dizem que os secretários estão agarrados ao poder e não largam a cadeira pois uma vez voltando à estaca zero passam a ser o ‘Zé Povinho’. Não têm carro preto, não têm assessores, não têm tapete encarnado, não têm viagens de borla, até a dormir é tudo de borla. Quando perdem isso, perdem um pouco da sua grandeza e da sua riqueza. A culpa é do Governo Central que teima em não mudar as pessoas.

Mudando de assunto. O seu nome apareceu nos relatórios divulgados pelo WikiLeaks como um dos contactos do Consulado dos EUA em Hong Kong. Isso preocupa-o?

Não é segredo nenhum que falo bastante com as embaixadas dos países europeus, dos EUA, do Canadá e da Austrália. Os EUA é um dos contactos profissionais que tenho mantido ao longo dos anos.

Confirmo aquilo que vem relatado no Hoje Macau e a veracidade das minhas declarações. Repare que eu sirvo a população de Macau e fico bastante surpreendido e contente por ter subido de estatuto [risos]. Nem todos têm direito a estar no WikiLeaks.

Uma das situações abordadas nos relatórios do WikiLeaks relacionava-se com a sucessão de Edmund Ho. Os americanos falaram de Chui Sai On, de Francis Tam e de Ho Chio Meng.

Chui Sai On foi a escolha certa?

Eu não votei nele. Peguei no boletim de voto no momento de ir ao palco para a fotografia, fiquei sentado no meu lugar e no final da votação, apesar de instado várias vezes pela Comissão Eleitoral,

FIXAÇÃO DE RESIDÊNCIA DIMINUI, INVESTIMENTO AUMENTA

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Os pedidos de fixação de residência de dirigentes e técnicos especializados sofreram uma diminuição no primeiro semestre deste ano, com menos sete, ficando-se pelos 250. Ao IPIM chegaram ainda 33 candidaturas referentes a investimentos e projectos de investimento relevantes, verificando-se um aumento de 26 solicitações, comparativamente com o mesmo período de 2010. Não houve registo de pedidos por aquisição de imóveis, mas foram processados 21, dos que foram apresentados antes de o mecanismo ter sido suspenso em Abril de 2007.

mudar secretários” entreguei de volta o boletim, nem é branco nem é nulo.

Foi um boletim recebido e devolvido porque, de facto, não concordava com uma eleição de apenas um candidato, sem direito de escolha múltipla.

Como vê as desistências de Francis Tam e Ho Chio Meng?

Está tudo concertado com o Gabinete de Ligação em Macau e Hong Kong, que nos bastidores exerceu uma grande influência durante o processo eleitoral.

Aparentemente era um

defensor de Ho Chio Meng...

Eu não sou defensor deste ou daquele, mas achava que mais candidatos, e este com base nos seus currículos académico e pessoal, podiam dar uma outra oportunidade para uma outra escolha aos cidadãos de Macau e era isso que nós queríamos.

As próximas eleições para a AL são em 2013. Como se está a preparar, apesar do tempo que falta?

Nós na ATFPM preparamonos todos os dias.

Trabalhamos todos os dias.

Estamos muito tranquilos e serenos porque fazemos bem o nosso trabalho de casa e no final acho que vai ser positivo. Não temos grandes preocupações com as eleições que se aproximam.

E o Pereira Coutinho é o número um da lista...

Estive a falar recentemente com a doutora Rita Santos e com os restantes colegas e sempre disse que o meu lugar não é vitalício, tanto como presidente da ATFPM, Conselheiro das Comunidades Portuguesas

ou deputado. As opções têm de estar sempre em aberto para que não se crie uma imagem vitalícia.

Alguma vez se colocou a hipótese de passar a segundo da lista?

Sempre coloquei essa hipótese. Nas eleições de 2009 até tinha dito à doutora Rita Santos que deveria ser ela a encabeçar a lista, mas como trabalhamos de forma colegial na ATFPM, acabei por ser eu a encabeçar a lista. As nossas decisões têm sido frutíferas mas não está a ser fácil seduzir a doutora Rita Santos para encabeçar a lista nas próximas eleições, porque ela tem estado a fazer um magnífico trabalho à frente do Fórum Macau e não vejo, nos dias imediatos, facilidade em convencê-la mesmo até para participar

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5 nas próximas eleições. É possível até que haja surpresas mesmo que ela não encabece a nossa lista.

Pela acutilância que tem demonstrado, a ATFPM não fica a perder se não for cabeça de lista nas próximas eleições?

Não acho isso. Numa hipótese de cenário em que a associação não participe nas eleições, acho que os outros deputados eleitos pela via directa também já são muito acutilantes e interventivos, porque já perceberam que se não for assim não vão garantir o seu voto. Quem não avança, defendendo os interesses da população de Macau, não consegue ser eleito. Pouco a pouco o dinheiro e as jantaradas vão perdendo influência nas próximas eleições. Vão

continuar a existir, mas não tanto como no passado.

Qual será a agenda da ATFPM para os próximos tempos?

Vamos continuar a trabalhar todos os dias na resolução dos problemas concretos da população de Macau. Diariamente temos marcações, como se de consultas médicas de especialidade se tratassem.

Somos uma ponte de ligação entre o Governo e essas pessoas. O sistema da Administração Pública peca pela falta de qualidade na resolução das questões concretas da população e cada vez mais verificamos o gastar avultado em cartas de qualidade quando os resultados ninguém tem o cuidado de saber se são positivos ou negativos.

Curto e grosso DE UMA FORMA SUCINTA, PEREIRA COUTINHO FAZ UM COMENTÁRIO A MUITOS DOS TEMAS QUE TÊM ESTADO NA ORDEM DO DIA DA SOCIEDADE DE MACAU. O RESULTADO É ESTE. • Autoridade Monetária de Macau (AMCM) “Há muito conservadorismo nas suas políticas. A capitalização das reservas foi inferior aos depósitos fixos e isso é de bradar aos céus.

Achamos que a estrutura da AMCM deve ser aumentada para haver mais transparência e mais responsabilização. O dinheiro não pode estar na mão de duas pessoas que tomam a decisão final.”

• Jogo “O jogo continua a bater todos os recordes de receitas, mas é lamentável que com tanto dinheiro não tenhamos um hospital público ou transportes que não são gratuitos, por exemplo. O dinheiro do jogo é importante, mas não é bem aplicado. O Governo e as entidades privadas já não andam de mãos dadas, são sim uma entidade única. Existem empresários que falam como governantes e quando chegamos a este estado fico muito preocupado com o futuro dos jovens em Macau. Por outro lado, há a questão das subconcessões para existirem mais casinos.”

• Segurança Social “Temos que ter o sistema obrigatório de segurança social. A pensão de velhice de 2000 patacas é manifestamente e vergonhosamente insuficiente. O mínimo devia ser 6000 patacas. Com a distribuição de cheques o Governo manifesta incompetência directamente e com esse dinheiro a população já teria muita coisa há muito tempo.”

• Turismo e Lazer “Isso é um slogan. Macau não tem qualidade para ser um centro de turismo e lazer. Está a léguas de Hainão, Tailândia, Singapura ou até mesmo Hong Kong. Temos problemas ambientais gravíssimos, principalmente ao nível do ar. Continuamos a ter uma cidade cheia de motos e carros. O território está cada vez mais poluído, congestionado e os cidadãos cada vez mais insatisfeitos.”

• Macau vs. Portugal “Não há comparação. Não falando de saúde económica, em Portugal, ao nível político, é-se mais exigente do que em Macau. Aqui existe um défice de boa governação. Temos o conluio entre as famílias tradicionais, cujos interesses se conflituam entre uns e outros, e depois cada um divide o bolo.

Enquanto não se acabar com os monopólios legais, vai continuar a ser uma quinta para algumas pessoas que manobram nos bastidores. Portugal tem as suas instituições, tem a Provedoria da Justiça, tem uma comunicação social que exige níveis de responsabilidade, entre outras coisas.”

• Sepulturas “Estou impedido de levantar essa questão na AL porque entendem que essa situação está a ser investigada. Do meu ponto de vista uma coisa

não impede a outra. Uma coisa é a investigação do processo em sede própria. Outra coisa é a Administração vir publicamente dizer o que é que pensa sobre as sepulturas, porque isto é tudo ilegal. Os terrenos nunca podem ser particulares. O que é que tem de confidencial a atribuição de sepulturas para determinadas pessoas de Macau?”

• Zonas degradas dos Bairros Antigos “A passo de tartaruga. Tudo o que tenha a ver com a elevação da qualidade e melhorar a situação familiar das pessoas é evidente que não é do proveito dos empresários e barões que andam por aí. O Governo perde interesse na questão.”

• Air Macau “Um serviço péssimo. A Air Macau é talvez um brinquedo de segunda mão da Air China. O Governo já há muito tempo devia ter resgatado o contrato e abrir o tráfego aéreo a todas as companhias interessadas a voar para cá. É vergonhoso que estejamos dependentes de Banguecoque, Taiwan ou Hong Kong para as ligações internacionais. A Air Macau tem os maiores níveis de cancelamentos de todo o mundo, cerca de 3500. Cada vez mais, os aviões são velhos, os pilotos não são os que mais desejaríamos, a prata da casa está a ser despedida.

Pilotos credenciados e residentes em Macau são despedidos sem justificação. Falta um murro na mesa para acabar com tudo isto.

O Chefe do Executivo tem de intervir para impedir que a Air Macau estrague ainda mais a imagem de Macau.”

• Património “Existe sempre uma conflitualidade entre o desenvolvimento e a conservação das zonas históricas. Este conflito vai persistir no futuro e somente uma lei de protecção do património pode resolver de uma vez por todas as lacunas que permitem os abusos que vão acontecendo.”

• Inflação “A bater nos 6% até ao final do ano, o Chefe do Executivo tem de actualizar os salários da função pública pelo menos a 7%, porque quem ganha pouco, não obstante o facto de irem comprar mantimentos a Zhuhai, tem pouca qualidade de vida.”

• Zonas verdes e protegidas “Se não fossemos nós a levantar o problema dos mangais ainda hoje a estação de autocarros estaria lá. Fico muito satisfeito com o resultado daquilo que aconteceu com o mangal e a desistência de colocar lá o terminal da Reolian.”

• Novos aterros “Estão a ser controlados pelo Governo Central de modo que aí não há margem de manobra para mexer. Pequim, ao permitir os aterros, nunca iria deixar o bolo à mercê dos tubarões que andam por aí. De modo que estamos bem protegidos nessa matéria. Nos aterros penso que não haverá tráficos de influências.”

• Metro Ligeiro “O povo foi enganado. Quando o metro apareceu disseram que custaria 4,6 mil milhões de patacas, mas afinal parece que nem 150 mil milhões chegam para pagar a factura do metro. Este sempre foi um contrato predestinado a alguém com grandes poderes.”

• Ilha da Montanha “Fui sempre contra à transferência da Universidade de Macau para a Ilha da Montanha. A UMAC deve continuar em Macau de acordo com a Lei Básica. A UMAC não pode estar localizada num local geograficamente fora do território de Macau. Isto nunca foi dito desta forma, mas a Lei Básica consagra essa situação.”

• Jardins de Lisboa “São áreas muito sensíveis e permissíveis à corrupção. Se esta situação tivesse acontecido em algum país da Europa, o processo já tinha sido extinto. Neste caso, o Governo não deveria permitir o empreendimento e deveria anexar o terreno para construir espaços verdes. Não precisamos de casas luxuosas em Macau. A população está farta de ser obrigada a comprar casas em Zhuhai.”

• Instituto Politécnico de Macau “O seu presidente faz o que quer. O IPM é o seu quintal. Ao contrário daquilo que ele pensa, eu não tenho algo contra ele. Ele deve saber muito bem que dezenas e dezenas de professores se têm vindo a queixar à ATFPM. A interpelação escrita que apresentei sobre o assunto foi redigida pelos professores do IPM e eu apenas me limitei a assiná-la. É tudo uma pouca vergonha. O presidente tem um estatuto político dentro da China.”

• Habitação Pública “Desde há anos que venho dizendo que as casas não vão ser construídas até final de 2012 e isso está agora provado. O Governo tem medo de fazer a abertura da inscrição porque virão 40 mil pessoas e assim ficam a faltar mais 20 mil moradias.”

• Cinzas volantes e incineração “Macau continua a ter uma péssima central. Já recebi várias queixas de que a sua estrutura tem problemas muito graves. Mas isso também se passa com o tratamento das águas. O Governo como entidade fiscalizadora tem de exercer o seu papel com isenção.”

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SOCIEDADE

Wikileaks | Macau pode não tirar proveitos das relações que mantém com a CPLP

O que quer Pequim de Macau?

Se há quem defenda que é aqui o centro das trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa, há também quem mostre provas contrárias. Um documento revelado pela rede Wikileaks, que chegou aos EUA via Consulado do Estados Unidos em Hong Kong, mostra a RAEM como um “middleman” e nada mais do que isso Joana Freitas

Joana.freitas@hojemacau.com.mo

A

relação política é apenas uma: “Pequim diz e Macau ouve”. Quem assim caracteriza a relação política entre a RAEM e o Governo Central é Ivo Carneiro, vice-reitor da Universidade São José, que aparece citado num relatório do Consulado dos Estados Unidos em Hong Kong enviado ao Departamento de Estado norte-americano e agora divulgado pela rede WikiLeaks.

O documento escreve que o professor e vice-reitor do departamento de Pesquisa e Relações Internacionais da São José, na altura do relatório chamada de Instituto Inter-Universitário de Macau (IIUM), terá dado a título de exemplo deste comportamento, avisos aquando da criação do IIUM. “Quando o instituto foi estabelecido há dez anos [o relatório data de 2006, pelo que a referência será a 1996], mesmo antes da transferência, os funcionários do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau disseram aos administradores da universidade que dois assuntos não poderiam ser criticados nos programas de estudo e de pesquisa da instituição: o princípio ‘um país, dois sistemas’ e o Politburo do Partido Comunista da China. E a universidade nunca desafiou essas instruções, ainda que tenha encontrado muitas outras áreas para as suas pesquisas”, descreve o relatório, citando o académico.

Ivo Carneiro realçou ainda, segundo frisa o documento, a estratégia de Pequim perante a utilidade diversa de Macau. Mas afinal, para que serve Macau perante o Governo Central?

De acordo com o documento,

o território deve ter uma maior integração económica com a o delta do Rio das Pérolas, nomeadamente com a zona económica especial de Zhuhai, deve expandir as ligações comerciais e económicas com as comunidades chinesas de Macau emigradas, deve providenciar uma plataforma estável para as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa e a Diocese de Macau deve utilizar a sua maior independência, relativamente às outras, para melhorar a relação entre a China e o Vaticano.

Ivo Carneiro, diz o documento, considera que o Governo Central pretende mobilizar uma grande quantidade de comunidades de chineses de Macau emigrados nos EUA, Canadá, Europa, América do Sul e outros locais, com especial destaque para os de língua portuguesa, para trocas comerciais e investimentos na China. Exemplos descritos pelo relatório divulgado pela WikiLeaks chamam a atenção para a criação de bancos em Moçambique e investimentos na indústria de pesca da Guiné-Bissau.

Já Rita Santos, secretária permanente para o Fórum da Cooperação Comercial e Económica entre a China e os Países de Língua Portuguesa, aparece também citada pelo documento, dizendo que Pequim autorizou exponencialmente o Governo da RAEM, e o seu fórum em particular, a interagir com os governos dos países de língua portuguesa “em matérias menos sensíveis”, sem necessitar de ordens directas do Governo Central.

O OUTRO LADO DA MOEDA

Mas um outro documento, este considerado confidencial pelo então cônsul-geral

dos EUA em Hong Kong, Christopher Marut, e datado de 2008, não mostra um cenário tão agradável para o território. “Macau conseguiu ganhar a atenção dos seus irmãos lusófonos como um entreposto para a China, mas na realidade a única coisa que pode esperar é servir de ponte entre os jogadores de ‘segundo nível ou inferiores’ em ambos os lados”, descreve.

Os actos que justificam o comentário assentam, por exemplo, no facto dos diversos fóruns e trocas comerciais terem sido realizados com grande estardalhaço, mas o volume de trocas total entre a China e os países lusófonos ser pequeno, com “a quota de leão a ser conduzida directamente entre a China, o Brasil e Angola”. Para Macau, refere o relatório, ficam os negócios “colaterais”, consequentes da grande impulsão que o território dá aos negócios para a China.

O documento do consulado frisa que o assunto de Macau como plataforma de negócios entre estas regiões foi amplamente discutido com várias personalidades: Rodrigo Domingos, cônsul-geral de Angola em Macau, Miguel Crespo, comissário dos Investimentos e Trocas Comerciais, Lee Penghong, então presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento, Eduardo Ambrósio, presidente da Associação Internacional dos mercados e negócios Lusófonos e, mais uma vez, Rita Santos e Ivo Carneiro.

Mas se estes contactos vêem a definição de Macau como plataforma como forma de diversificar a sua economia, oportunidade de criar novos empregos e ainda, na altura, como hipótese para ganhar São Tomé e Príncipe – então ligado a

Taiwan-, para a criação de negócios com a China, o documento mostra outras partes menos positivas.

“A China e o Governo da RAEM organizaram múltiplas visitas, conferências e exposições relacionadas com os mercados lusófonos. Mas o valor que isto conferiu a Macau pode ser debatido, já que em dez meses [de Janeiro a Outubro de 2009], mais de 60 visitas governamentais foram feitas entre o continente e os países de língua portuguesa, mas apenas seis incluíram paragem em Macau”, aponta o documento.

Além disso, e de acordo com dados do Ministério do Comércio da China, as trocas comerciais entre a China e com oito dos países de língua portuguesa totalizaram 77 mil milhões de dólares americanos em 2008 – 96% deste valor é conferido às trocas comerciais com a Angola e o Brasil, que o relatório aponta como estarem directamente ligados ao continente.

“Apesar da China declarar que trata todos os países lusófonos da mesma forma, os nossos contactos acreditam que a China está mais concentrada nestes dois países e que realizam as suas ligações e contactos, de forma alargada, através

de canais bilaterais”, acusa o consulado.

Mas há mais. Além da China ver os negócios com o Brasil como forma de avançar com cooperações noutros mercados da América Latina, se estiver realmente interessada em determinadas trocas comerciais dispensa Macau como plataforma.

“Apesar de todas as visitas, o cônsul geral de Angola, Domingos, admitiu que os negócios do Governo Central que tenham capacidade para ir para Angola, fazem-no directamente, não precisando de utilizar um intermediário”, cita o documento. Da mesma forma, acrescenta ainda, Crespo viu fracassar a ideia de que o Brasil colocasse um delegado permanente no Fórum de Cooperação Comercial e Económica entre a China e os Países de Língua Portuguesa, indicativo de que canais bilaterais podem dominar a relação entre o continente e o país sul-americano.

INDIFERENÇA CONTINUADA

O Fórum, implementado em 2003, tem como principal papel a manutenção da cooperação entre a China e os países lusófonos nas áreas comercial e económica, mas se esta ligação está

actualmente boa, já foi alvo de indiferença da parte de Pequim: os dois primeiros secretários apontados pelo Governo Central não falavam sequer português, foi deixado um buraco durante 18 meses, entre a morte do segundo secretario e do apontamento do seu sucessor e o encontro trianual que deveria ter acontecido em 2009 foi adiado para Outubro do ano passado.

“Isto reflecte a indiferença de Pequim perante o Fórum”, pode ler-se no relatório.

Se para alguns dos contactos do consulado, descritos no relatório enviado à WikiLeaks, comparado com Hong Kong, Macau usufrui de uma relação com Pequim menos politizada e mais suave desde a transferência e, à excepção de matérias que dizem respeito a oficiais do governo, jornalistas e académicos, as personalidades de Macau gabam-se que o território tem melhor relação, acesso e espaço de manobra do que a região vizinha.

Ainda assim, para o consulado dos EUA na RAEHK, com as maiores relações comerciais a serem directamente feitas entre a China e o Brasil e Angola, tudo o que sobrar para Macau “é, no máximo, minúsculo”. Ainda assim, a RAEM já é vista como base para o investimento entre as regiões lusófonas e o continente, podendo assim “em último caso, providenciar contactos e especialistas para as PME’s da China ou para parceiros com os países de língua portuguesa”. O relatório alerta, contudo, que as trocas comerciais entre estas regiões são pequenas, tendo em conta o PIB da China, e só com crescimento exponencial é que Macau poderá tirar proveito deste sector e tornar a sua economia mais diversa, além do jogo.

SS LANÇAM LISTA DE MEDICAMENTOS AUTORIZADOS

Os Serviços de Saúde já têm a lista de medicamentos ocidentais e tradicionais existentes no mercado da RAEM em 2011 e inclui informações sobre o nome comercial, formas farmacêuticas, classificação forense, via de administração, substâncias activas e dosagem do medicamento. Para mais informações os profissionais da área farmacêutica podem dirigir-se ao Departamento dos Assuntos Farmacêuticos, enquanto que os médicos podem ter acesso na Unidade Técnica de Licenciamento das Actividades e Profissões Privadas.

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Wikileaks | Las Vegas Sands acusa Governo de comportamentos negativos

Perseguições para manter o bom nome Joana Freitas

joana.freitas@hojemacau.com.mo

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S seis concessionárias do jogo de Macau queixaram-se “em privado” ao Consulado Geral dos Estados Unidos em Hong Kong durante meses, sobre a estreita restrição à emissão de licenças para trabalhadores estrangeiros, diz um relatório do consulado enviado ao departamento de estado dos EUA e divulgado nos últimos dias pela rede Wikileaks.

Em contraste com as Las Vegas Sands, as outras cinco concessionárias têm conseguido lidar com as suas disputas laborais com o Governo de Macau de uma forma “privada”, escreve o documento, ao passo que a Las Vegas Sands “tem sido publicamente criticada pelos despedimentos de milhares de empregados devido às dificuldades financeiras que enfrenta”.

Steve Jacobs, o principal citado em todo o relatório, surge a apontar o dedo ao Governo não só pelas políticas laborais, mas por acções que envolvem oficiais do Executivo contra a Las Vegas Sands, concessionária da Sands Macau que Jacobs dirigia na altura do relatório.

O então director acreditava

Lia Coelho

lia.coelho@hojemacau.com.mo

O

Governo prevê gastar 80 milhões de patacas num ano com os subsídios de invalidez. Au Chi Keung, chefe substituto do Departamento de Família e Comunidade Instituto de Acção Social (IAS), estima que o número de pedidos poderá chegar aos 10 mil. “São dados não confirmados, é apenas uma estimativa”, sublinhou.

A partir de hoje os candidatos podem entregar no organismo os formulários para aquisição do apoio, a fazer cumprir a lei n.º 9 sobre o regime do subsídio de invalidez e dos cuidados de saúde prestados em regime de gratuitidade, publicada a 29 de Agosto em Boletim Oficial.

que a Las Vegas Sands era o “bode expiatório” que servia para que o Governo demonstrasse a sua dureza na protecção dos trabalhadores durante o ciclo eleitoral.

Steve Jacobs ter-se-á mesmo queixado sobre três conflitos relacionados com o trabalho envolvendo oficiais do Governo e a Associação de Trabalhadores das Empresas de Jogo (MGSEA, na sigla inglesa).

Segundo Jacobs, a Las Vegas Sands terá proposto que 53 funcionários do Venetian, residentes em Macau, mudassem de departamento e lhe fosse reduzido o ordenado em mil patacas por mês. A medida faria parte dos planos de reduzir os seus trabalhadores até cerca de 4000 até Setembro de 2009.

Mas, acusa Steve Jacobs, a MGSEA terá encorajado os trabalhadores a não aceitarem a oferta e, posteriormente, tentou, com uma “pequena multidão”, invadir uma reunião no Venetian, onde a operadora se preparava para dar a notícia dos despedimentos. “A Las Vegas Sands impediu a sua entrada, temendo violentos confrontos entre a multidão e a equipa da operadora”, frisa o relatório.

Mas a história não fica por aqui. A Las Vegas Sands chamou a polícia para que esta prestasse

apoio no controlo da multidão, mas as autoridades recusaram-se alegando que “não iriam interferir numa questão laboral”.

Jacobs ligou directamente para o chefe da polícia, sem sucesso. “Não podia acreditar. O Venetian é um dos cem maiores ‘manobradores’ de dinheiro do mundo, eles estavam a meter-se com a segurança do nosso dinheiro e com a nossa própria segurança”, menciona Jacobs.

Depois de terminar a conversa com o chefe da polícia de Macau, o então director terá ameaçado pedir ajuda ao Exército de Libertação Popular, em frente ao Venetian.

As forças policiais chegaram cinco minutos mais tarde, erguendo uma barreira de segurança à porta do casino. “Não posso prová-lo, mas

eu acho que um elemento da política de Macau disse à polícia para não responder ao nosso pedido”, afirmou Jacobs.

Uns dias depois, a directora da MGESA deu uma conferência de imprensa, onde alegava que os 53 funcionários locais despedidos foram substituídos por outros estrangeiros e incitava o Governo a verificar a quantidade de trabalhadores empregados pela Las Vegas Sands.

Um outro caso envolve a mesma operadora e doze funcionários, despedidos por pequenos furtos, depois de três meses de investigação. Mais uma vez a MGESA terá intervindo e foi o próprio director dos Serviços para os Assuntos Laborais quem falou com Jacobs. “Depois de Shuen

Ka Hung ter falado com a associação, ele pediu-me mesmo que eu recontratasse os doze ladrões”, referiu Jacobs. A MGESA voltou a dar uma conferência em defesa dos homens.

O terceiro caso terá sido levado a cabo pelo Gabinete de Recursos Humanos da RAEM, que terá revogado o visto de trabalho a 78 funcionárias de limpeza estrangeiras empregados do Four Seasons, também das Las Vegas Sands, com apenas trinta dias de antecedência.

A direcção do hotel disse ao gabinete que a pouca antecedência no aviso faria com que a entidade não conseguisse contratar substituas, forçando o hotel a fechar. “Ok, então força e encerre-o”, terá sido a resposta do Governo, segundo acusa Jacobs.

A MGM, a Wynn, a Melco e a SJM também dizem sentir-se afectadas com as políticas de trabalho da RAEM. As operadoras consideram que as medidas estão intimamente relacionadas com o ciclo de eleições do Chefe do Executivo e da Assembleia Legislativa. “Estes esforços são insustentáveis, porque a taxa de desemprego em Macau é baixa [na altura era de 3,5%] e as indústrias de turismo e do jogo estão a crescer cada vez mais”, frisa o documento.

ENTREGA DE PEDIDOS PARA SUBSÍDIOS DE INVALIDEZ COMEÇA HOJE

Os números da diferença Para os cerca de 7000 residentes que antes da entrada em vigor da nova legislação tenham apresentado no instituto o pedido de atribuição do cartão de registo de avaliação de deficiência, o IAS enviará, através dos correios, folhetos informativos e respectivos formulários para pedido

de atribuição do subsídio e dos retroactivos referentes a 2009 e 2010.

As pessoas que reúnam os requisitos para pedido de atribuição e que apresentem, até ao dia 31 de Dezembro de 2011, o respectivo pedido, caso seja deferido, podem beneficiar de uma ou duas das prestações extraordi-

nárias relativas aos anos anteriores.

Para os próximos três anos, o orçamento disponibilizado será de 240 milhões de patacas. Segundo os dados do responsável do departamento, até à data foram avaliadas 1500 pessoas e 1200 já receberam o cartão, tendo sido rejeitada “uma pequena

parte”.Ajustificação dada por Au Chi Keung para a recusa de alguns dos requerimentos foi a falta de apresentação de documentos e o facto de alguns dos candidatos não atingirem o limite mínimo de grau de deficiência estabelecido pelo organismo. O representante do IAS refere ainda que caso as pessoas não concordem

Períodos de atribuição de apoio

Graus de diferença e modalidades do subsídio

Apresentação do pedido

Atribuição do subsídio

Graus de deficiência

Até ao dia 30 de Novembro Entre os dias 1 e 31 Dezembro

Dezembro de 2011 Março de 2012

Ligeira ou moderada Grave ou profunda Crianças com idade inferior a 4 anos

Modalidade

Montante

Invalidez normal

6000

Invalidez especial

12.000

com a decisão podem recorrer e pedir uma reavaliação no próprio IAS. Tang Veng Si, chefe da Divisão de Reabilitação, salientou que a lei determina que o beneficiário do apoio deve ser residente permanente da RAEM, possuir o cartão de registo de avaliação da deficiência ou já ter sido avaliado. Serão atribuídos duas modalidades de subsídios: para invalidez ligeira ou moderada o valor é de 6000 patacas; os portadores de deficiência grave ou profunda e para crianças com idade inferior a quatro anos beneficiarão de um apoio de 12 mil patacas. Caso o requerente seja portador de vários tipo de deficiência, ser-lhe-á atribuído o valor correspondente ao grau mais grave. O pagamento é feito numa única prestação anual.

vida

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S orcas assassinas, o predadores mais perigosos do mundo, são facilmente reconhecidas pelas suas marcas a preto e branco. Já o seu futuro, contudo, permanece menos bem definido.

Especialistas marinhos estão preocupados com uma ameaça invisível para estes animais, presente nos nossos mares desde a Segunda Guerra Mundial: quando as indústrias começaram a utilizar extensivamente retardadadores de chama químicos.

Estes químicos foram identificados como danosos ao ser humano e ao ambiente e os governos em todo o mundo baniram a sua utilização nos anos 70.

Mas o seu legado permanece nos mares

RETIRAR CHIFRE DE RINOCERONTE PARA TR

A África do Sul está a estudar a possibilidade de retirar os chifres dos rinocerontes do país com neste ano, 279 já foram mortos. A ministra do Meio Ambiente, Edna Molewa, informou que o de tomar qualquer decisão a respeito. A ministra anunciou ainda que o Executivo, chefiado p moratória para as licenças de caça de rinocerontes -passaram de 129 em 2010 para 143 em

Biólogos marinhos preocupados com os químicos nas águas

Uma herança pesada e oceanos à volta do mundo, dizem os biólogos marinhos, tornando-se uma ameaça moderna aos animais que neles habitam, como as orcas.

Ingrid Visser cresceu observando baleias assassinas, as mais antigas familiares dos golfinhos, nas costas marítimas da Nova Zelândia, de onde é natural. Ela dedicou a sua vida a tentar saber mais sobre estes animais.

As orcas da Nova Zelândia são únicas, uma vez que são a única população reconhecida por ser especialista em caçar tubarões e raias.

Ingrid Visser, do Centro de Estudos das Orcas, diz existirem pouco mais de 200 destas baleias, estando estas, por isso, listadas como espécie ameaçada. “Elas caçam em águas da Nova Zelândia, nas mais rasas para as raias, e em águas mais profundas

para os tubarões”, diz Visser. “Estas orcas são únicas porque são a única população que tem sido até agora reconhecida a especializar-se na caça de raias e tubarões”, explica.

Mas de acordo com estudos de Ingrid Visser, esta dieta pode ser a razão para que a população não esteja a crescer. Como grandes mamíferos, as baleias assassinas consumem uma grande quantidade de presas. Mas

esta posição no topo da cadeia alimentar, como “predadores”, torna-os particularmente vulneráveis às mudanças biológicas das suas próprias presas.

Ao alimentarem-se de peixes que, por sua vez, comem presas poluídas ou absorvem a poluição da água, a orca ingere toda a poluição, num processo chamado “bioacumulação”. “As suas presas estão

EUA | OBAMA TRAVA NOVAS NORMAS CONTRA A POLUIÇÃO DO AR

A poluir é que estamos bem O

presidente norte-americano, Barack Obama, descartou uma proposta daAgência de Protecção Ambiental norte-americana (EPA, na sigla em inglês) para reforçar as normas contra a poluição atmosférica. A EPA defendia limites mais rígidos para as concentrações de ozono no ar, um dos constituintes da poluição fotoquímica – conhecida pelo termo smog – comum nas grandes cidades.

Obama, no entanto, pediu à administradora da EPA, Lisa Jackson, para que congelasse a proposta, uma vez que os limites para o ozono serão de qualquer forma revistos obrigatoriamente dentro de dois anos. Num comunicado divulgado ontem pela Casa Branca, Obama diz que, nos últimos dois anos, tem “sublinhado a importância da redução dos encargos regulatórios e da incerteza regulatória, particularmente enquanto a nossa economia continua a recuperar”. O presidente norte-americano afirma ainda não concordar que se peça “aos governos locais e estaduais para começarem a implementar novas normas que serão revistas em breve”.

Em 2008, o então presidente George W.Bush

fixou o limite aceitável de ozono para a saúde pública em 75 partes por mil milhão (ppb). Por lei, este valor terá de ser revisto depois de cinco anos, portanto em 2013. Mas a EPA, com base no conhecimento científico vigente, propunha baixar desde já o limite, para um valor entre 60 e 70 ppb.

A medida poderia custar cerca de 90 mil milhões de dólares por ano (63 mil milhões de euros), segundo a EPA. Mas potencialmente haveria um benefício maior, em despesas de saúde e mortes prematuras evitadas.

Benéfico na estratosfera, onde serve de filtro aos raios ultra-violeta, o ozono ao nível do solo é uma gás nocivo, que afecta os olhos e o sistema respiratório. É formado indirectamente, pela acção da luz solar e do calor sobre outros poluentes, libertados pelos carros e indústrias.

A decisão de Barack Obama ocorre num momento de forte contestação da regulação ambiental, por parte de empresas e do Partido Republicano que, por isso, aplaudiram o recuo de Washington.

Entre os ambientalistas – que integram o eleitorado de Obama –, a decisão foi porém mal recebida.

PORTU

Click ecológico

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CAMINHOS DO MARFIM • As autoridades de Hong Kong apreenderam na sexta-feira 794 dentes de elefante, representando duas toneladas de marfim, num navio que vinha da Malásia. Um homem foi detido.

ORTU consum as alteraçõ da consul As alte como prio este ano, c inquérito dade, efec utilizador A info que Portu países mai climáticas cada mer condições de calor e neve no I aumentad lização do do aqueci climáticas Portugal,

RAVAR CAÇA

mo medida para combater a caça furtiva. Somente Governo consultará veterinários e especialistas antes por Jacob Zuma, também considera estabelecer uma 2011- para preservar a população dos animais do país.

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Planeta em números

40.000.000.000 Quarenta mil milhões de dólares - o equivalente a cerca de 290 mil milhões de patacas - é o que a administração norte-americana estima que o país pode poupar, se conseguir melhorar em 20% a eficiência energética dos edifícios até 2020.

definitivamente poluídas - estamos a ver picos dos mesmos produtos químicos em peixes, que são vistos nas orcas”, diz Visser.

Mas as orcas da Nova Zelândia não são as únicas que vivem com a poluição, de acordo com Alex Rogers, professor de Biologia da Conservação da Universidade de Oxford, no Reino Unido. “Estudos identificaram níveis elevados de produtos químicos retardantes de chama em orcas especialmente do Hemisfério Norte, por exemplo do Pacífico norte, particularmente fora de Canadá e no Árctico”, diz ele. “Estes produtos químicos também foram encontrados em concentrações elevadas nas baleias do Hemisfério Sul”, acrescenta.

Nos últimos anos, a União Europeia também proibiu o uso de PBDEs (éteres difenil polibromados) em espuma para móveis e aparelhos eléctricos devido à sua toxicidade potencial. “Os dois principais grupos de produtos químicos retardadores de chama, PCBs e PBDEs têm uma

gama de efeitos nos animais, incluindo a interferência com a função da tiróide e vitamina A no metabolismo, e efeitos negativos sobre o desenvolvimento neurológico e reprodutivo e impactos sobre a função imunológica”, diz o Rogers.

Mas, apesar das acções para limitar o uso destes produtos químicos, também conhecidos como poluentes orgânicos persistentes (POPs), os peritos marinhos afirmam que o dano já foi feito. “Os PCBs não são solúveis em água, eles só se dissolvem e se acumulam no tecido adiposo,” diz Paul Jepson da Sociedade Zoológica de Londres.

Jepson diz que esta lipossolubilidade é um problema considerável para os cetáceos femininos, como as baleias assassinas, que alimentam as crias até ao um ano, com leite. “Há uma enorme transferência materna.

Tem sido calculado que em baleias e golfinhos, cerca de 90% ou mais de peso do corpo da mãe pode descarregar PCB para o filhote”, afirma.

UGUESES SÃO DOS MAIS PREOCUPADOS COM O CLIMA

oluição do ar lidera

UGAL é um dos três países com midores mais preocupados com ões climáticas, conclui um estudo ltora Nielsen em 51 países. erações climáticas são apontadas oridade por 69% dos inquiridos contra 72% em 2007, segundo o sobre Ambiente e sustentabilictuado online a mais de 25 mil res de Internet. ormação divulgada ontem refere ugal, Tailândia e México foram os is preocupados com as alterações s, com 93% dos inquiridos de rcado analisado. “Em Portugal, s atmosféricas severas com ondas extremo e incomuns no Verão e Inverno, nos últimos anos, têm do a preocupação e a conscienciao consumidor sobre as questões imento global e das alterações s”, afirmou o director da Nielsen Luís Bio, citado no comunicado.

Segundo as conclusões gerais do estudo, a poluição do ar, com 77% das respostas, e a água, com 75%, lideraram as preocupações, com subidas de seis pontos percentuais na comparação com 2009.

As áreas onde a preocupação está a aumentar mais rapidamente (entre 73% dos consumidores) são o uso de pesticidas, o desperdício de embalagens e a falta de água, indicando um aumento na preocupação entre 16 e 13%.

Oitenta e três por cento dos consumidores afirmam que é importante que as empresas realizem programas que melhorem o ambiente, mas apenas 22% dizem que pagarão mais por um produto amigo do ambiente.

Entre as tentativas realizadas pelos fabricantes em relação ao ambiente e sustentabilidade, a reciclagem de embalagens e produtos de energia eficientes são vistos como os mais úteis.

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CULTURA

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Rentrée literária com novas obras de Peixoto, Saramago e Lobo Antunes

Livros em português para todos os gostos

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HAMA-SE “Abraço” a nova obra de José Luís Peixoto que será uma das novidades editoriais da rentrée literária portuguesa, a par dos romances “Quando o Diabo Reza”, de Mário de Carvalho, e “O Retorno”, de Dulce Maria Cardoso.

Foi o próprio José Luís Peixoto quem deu a notícia na sua página oficial da rede social Facebook, embora nada adiante sobre a história. Diz apenas: “O meu novo livro chega às livrarias no final de Outubro, chama-se ‘Abraço’ e tem 846.385 caracteres”.

Já sobre “O Retorno”, de Dulce Maria Cardoso, que inaugura, no início de Outubro, a colecção de ficção portuguesa da Tinta-da-China, sabe-se que é um romance sobre a experiência dos retornados, recebidos num Portugal revolucionário com hostilidade e desconfiança e não tendo, muitos deles, alojamento e meios de subsistência.

“Rui tem quinze anos e é um deles. Lisboa. 1975. Durante mais de um ano, Rui e a família vivem num quarto de um hotel de 5 estrelas a abarrotar de retornados – um improvável purgatório sem salvação garantida que se degrada de dia para dia. A adolescência torna-se uma espera assustada pela idade adulta: aprender o desespero e a raiva, reaprender o amor, inventar a esperança. África sempre presente mas cada vez mais longe”, lê-se na sinopse enviada à Lusa pela editora.

Sobre o novo romance de Mário de Carvalho, Quando o Diabo Reza, o segundo título da colecção da Tinta-

-da-China, chega às livrarias no final de Outubro e fala da “colectivização intelectual” que acontece “quando um galdério tem uma ideia brilhante e a partilha logo com outro vadio” e do destino que rasteira os desígnios

tembro pela Alfaguara, chancela da Objectiva, e é um romance sobre a aceitação, cujo primeiro capítulo é um conto infantil centrado na figura de Crisóstomo, um homem que, ao completar 40 anos, se debate com a

a inocência perdida, indica a D. Quixote, sua editora.

Outra das novidades da rentrée editorial de língua portuguesa é o romance “O Amante É Sempre o Último a Saber”, de Rui Zink, o

de “duas irmãs, já entradas na vida, [que] sonham com teres e haveres, mundos melhores, segurança de estado e paz de espírito”.

“Dessas contrariedades é feita a literatura que se dá mal com os harpejos dos anjos nas nuvens e prefere o diabo, sempre atrás da porta, vigilante, até a rezar”, lê-se na contracapa.

Valter Hugo Mãe tem também livro novo. Chama-se “O Filho de Mil Homens”, sai no início de Se-

tristeza de não ter um filho e se sente incompleto, metade de um homem.

António Lobo Antunes publica a 30 de Setembro mais um romance, Comissão das Lágrimas, que parte de “um doloroso canto de uma mulher torturada” – Elvira (conhecida como Virinha), comandante do batalhão feminino do MPLA, que foi presa, torturada e morta na sequência dos acontecimentos de Maio de 1977 em Angola – para falar sobre a culpa, a vingança e

primeiro em que conta uma história de amor, como disse à Lusa. Chega às livrarias a 10 de Outubro, numa edição da Planeta.

“Uma Mentira Mil Vezes Repetida” é o título do novo romance de Manuel Jorge Marmelo que a Quetzal edita a 23 de Setembro, uma história narrada por um homem que, “para escapar ao anonimato de uma vida comum, à solidão da escrita e ao esquecimento dos futuros leitores”, inventa uma obra monumental, um

autor e uma série de personagens e de histórias que conta com entusiasmo a quem se senta ao pé dele nos transportes públicos, indica a editora.

Dois livros de contos, “A Educação Sentimental dos Pássaros” (D. Quixote), de José Eduardo Agualusa, e “Longe é um Bom Lugar” (Clube do Autor), de Mário Zambujal, chegam às livrarias em Setembro e Outubro, respectivamente.

Até ao final deste ano, a Caminho prevê publicar “Clarabóia”, o romance que José Saramago quis deixar inédito, embora não se tenha oposto a que fosse publicado após a sua morte, “Os Profetas”, um romance de Alice Vieira, “A Confissão da Leoa”, de Mia Couto, “Um Piano para Cavalos Altos”, de Sandro William Junqueira, e uma “Antologia de Contos Angolanos”, de João Melo.

A Assírio & Alvim lança, em Outubro, “Como se Desenha Uma Casa”, um livro de poesia inédita de Manuel António Pina, depois do Prémio Camões. E antes disso, em Setembro, propõe “Caminharei pelo Vale da Sombra”, poesia também inédita de José Agostinho Baptista.

A 20 de Setembro, sairá o livro “Poemas Novos e Velhos”, de Helder Macedo, numa edição da Presença, e, no mesmo mês, a Eucleia, uma nova editora, publica um livro de poesia do brasileiro Davi Araújo. Chama-se “Livro Ruído”.

O “Dicionário Luís de Camões”, um volume com coordenação de Vítor Aguiar e Silva, é outra das propostas da Caminho para a rentrée, disponível em Outubro.

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ESCOLA PORTUGUESA DE MACAU AVISO

Avisam-se os Pais e Encarregados de Educação dos alunos da Escola Portuguesa de Macau de que as aulas do ano lectivo 2011/2012 terão início no dia 8 do corrente mês com uma recepção aos alunos.

• • • • •

Das 9:30 horas às 13:00 horas – 1º Ciclo (1º ano).

Das 9:00 horas às 13:00 horas – 1º Ciclo (2º, 3º e 4º anos).

Das 9:00 horas às 11:00 – 2º Ciclo e 3º Ciclo (5º ao 9º anos).

11:00 horas – Ensino Secundário (10º, 11º e 12º anos).

18:30 horas – Cursos Profissionais

Por lapso nosso, a hora de início das aulas do 1.º Ciclo (1.º ano) do ano lectivo 2011/2012 será às 9:30 e não às 9:00 como foi erroneamente publicado. A todos, o Hoje Macau apresenta as suas mais sinceras desculpas.

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DESPORTO

Andebol | Grupo de trabalho regressou incompleto à RAEM

Atleta acidentada inspira cuidados Marco Carvalho info@hojemacau.com.mo

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OI maior o receio do que o trauma, mas é pouco provável que as atletas que integram a selecção de andebol da RAEM algum dia venham a esquecer a edição de 2011 dos Jogos Inter-Cidades da República Popular da China.

Doze das 13 jogadoras que no domingo foram hospi-

talizadas numa unidade de saúde da província de Jiangxi regressaram ontem ao território, tendo sido submetidas a novos exames médicos no Hospital Conde de São Januário.

Das atletas que no fim-de-semana estiveram envolvidas num acidente de viação na cidade de Nanchang, apenas uma continua internada no Continente. A jovem jogadora não corre

risco de vida, mas a sua situação clínica ainda inspira cuidados. “A atleta sofreu um traumatismo na coluna, pelo que não pôde acompanhar as colegas de equipa no regresso ao território.

Amanhã [hoje] segue para a capital da província de Jiangxi, onde um pequeno grupo vai acompanhar o processo de recuperação da jovem. Este grupo inclui uma médica, um responsá-

TÉNIS | NADAL CONTORCE-SE COM DORES EM CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

O tenista espanhol Rafael Nadal protagonizou, no domingo, um episódio caricato ao interromper a conferência de imprensa após a vitória sobre o argentino David Nalbandian por causa de uma forte cãibra. Rafael Nadal começou a contorcerse, mas demorou até pedir para ser assistido por um médico. Enquanto fazia expressões de dor e ia deslizando pela cadeira abaixo até se sentar no chão, o tenista era fotografado e filmado pelos jornalistas presentes na sala. Um episódio caricato que se resolveu depois de Nadal ter sido assistido durante cerca de dez minutos. Logo depois, com melhor cara, o tenista explicou que se tratara de uma cãibra e voltou a responder às perguntas dos jornalistas. Nadal vencera Nalbandian por 3-0, após 2h36 de um jogo que valeu o apuramento para os oitavos de final do Open dos Estados Unidos.

vel pela Associação Geral de Andebol de Macau e alguns familiares da atleta”, confidenciou José Tavares ao Hoje Macau.

O vice-presidente do Instituto do Desporto lembra que o regresso da jovem acidentada a Macau está dependente da evolução do seu quadro clínico. A profissional de saúde que hoje viaja para Jiangxi vai procurar apurar in loco se

as condições em que a atleta se encontra permitem a sua transferência imediata para a RAEM. Apesar de se encontrar consciente e do quadro clínico se revelar estável, a jovem terá dificuldades para operar certos movimentos, pelo que o regresso a Macau apenas se fará se existir luz verde para tal.

O desastre apanhou de surpresa os responsáveis pelo organismo que chama a si a tutela do desporto em Macau. José Tavares sublinha, no entanto, que a abertura e a cordialidade das autoridades do Continente permitiu que o executivo se colocasse no terreno desde a primeira hora: “A colaboração das autoridades de Jiangxi revelou-se essencial e a delicadeza com que trataram a questão aligeirou em muito a apreensão dos familiares e dos amigos das atletas.

O Gabinete de Ligação do Governo Central fez também

um trabalho incansável, ao estabelecer contactos e linhas directas de comunicação e a própria organização dos Jogos Inter-Cidades destacou voluntários para o hospital para acompanhar as jogadoras durante a noite”, explica o dirigente.

O desastre, que ocorreu ao início da tarde de domingo, obrigou à hospitalização de treze atletas, sete das quais com traumatismos e ferimentos tidos como problemáticos.

Seis das atletas acabaram por receber alta ao início da manhã de ontem, tendo acompanhado a restante comitiva no regresso à RAEM. De acordo com as autoridades da província de Jiangxi, o acidente ocorreu quando a selecção regressava ao hotel, depois de ter disputado um desafio frente a uma formação da República Popular da China. O miniautocarro em que as jogadoras da RAEM viajavam terá abalroado um motociclo, levando o condutor do veículo a perder o controlo da viatura.

No momento do desastre, seguiam no minibus um total de 21 pessoas, dezasseis das quais eram atletas.

[f]utilidades Cineteatro | PUB

[ ] Cinema

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SALA 2

COWBOYS & ALIENS [B] Um filme de: Jon Favreau Com: Daniel Craig, Harrison Ford 14.30, 16.45, 19.15, 21.30 SALA 3

WASAO [A] FALADO EM CANTONENSE Um filme de: Yoshinari Nishikôri 14.30, 16.30, 19.30

SALA 1

RISE OF THE PLANET OF THE APES [B] Um filme de: Rupert Wyatt Com: James Franco, Freida Pinto, John Lithgow 14.30, 16.30, 19.30, 21.30

THE FORTUNE BUDDIES [B] FALADO EM CANTONENSE Um filme de: Chung Shu Kai Com: Eric Tsang, Cho-Iam Wong, Siu Cheung Yuen 21.30

VERTICAIS: 1-Abaçanado. 2-Conceda. Turva, que não é transparente. Platina (s.q.). 3-Letra grega. Vertente. Cantão da Suíça. 4-Reinei. O que discursa em público. 5-Nome de mulher. Anos de vida. 6-Peça dramática. 7-Produzirem. Vibra, abana. 8-Relativo ou pertencente a Abissínia. Ilha de coral. 9-Chefe politico na Etiópia. Obter, alcançar.

Nome de homem. 10-Artigo antigo. Joeirais. Distava. 11-Que amarra.

SOLUÇÕES DO PROBLEMA HORIZONTAIS: 1-ADERI. DARES. 2-BETERRABAL. 3-A. AGE. RES. A. 4-DO. INDEX. CM. 5-APA. ERMITOA. 6-NABO. A. MEAR. 7-ACARIMA. RIR. 8-DA. ADAGA. SA. 9-O. UDA. ITA. D. 10-PRODITORIO. 11-ATIRE. ALIAR. VERTICAIS: 1-ABADANADO. A. 2-DE. OPACA. PT. 3-ETA. ABA. URI. 4-REGI. ORADOR. 5-IRENE. IDADE. 6-R. DRAMA. I. 7-DAREM. AGITA. 8-ABEXIM. ATOL. 9-RAS. TER. ARI. 10-EL. COAIS. IA. 11-S. AMARRADOR.

REGRAS |

Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição SOLUÇÃO DO PROBLEMA DO DIA ANTERIOR

Su doku [ ] Cruzadas

HORIZONTAIS: 1-Concordei, uni-me. Entregares. 2-Campo de beterrabas. 3-Pratica na qualidade de agente. Cerce, raso. 4-Mágoa. O dedo indicador.

Centímetro (abrev.). 5-Pá, espádua. Mulher que cuida de uma ermida.

6-Idiota, palerma (Fig.). Dividir ao meio. 7-Espécie de macaco, semelhante ao saguim. Zombar. 8-Oferece. Arma branca curta um pouco maior que o punhal. Sociedade Anónima (abrev.) 9-Gráuda (Ant.). Pedra, rochedo (Bras.). 10-Traiçoeiro. 11-Dê tiros. Aliançar.

[Tele]visão www.macaucabletv.com TDM 13:00 13:30 14:30 17:00 18:45 19:30 20:25 20:30 21:00 21:45 22:58 23:00 23:30 00:20 01:10 01:40

TDM News - Repetição Jornal das 24h RTPi DIRECTO Selecção Nacional Sub21: Portugal - França (Repetição) TDM Desporto (Repetição) Amanhecer Acontecimentos Históricos Telejornal Jornal da Tarde da RTPi JK Acontecimentos Históricos TDM News Estado de Graça Portugueses pelo Mundo Telejornal (Repetição) RTPi DIRECTO INFORMAÇÃO TDM

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14:00 14:30 15:30 18:30 19:30 20:00 21:00

22:00 22:30 23:00

MLB Regular Season 2011 Los Angeles Dodgers vs.

Washington Nationals Geico PBA Team Shootout

Ironman Texas ACC Football Miami (Fla) vs. Maryland (Delay) Baseball Tonight International 2011 (LIVE) Sportscenter Asia

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Nations Of Champions

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STAR SPORTS 31 13:00 FIM S1 Supermoto World Championship 2011 - Hls

Grand Prix of Italy 13:30 Engine Block 2011

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2011 - RacesGrand Prix of Europe 16:00 International Motosport News 2011

17:00 HSBC Sevens World Series 2010/2011 18:00 MotoGP World Championship 2011 - Main Race Gran

Premio Di San Marino 21:30 (LIVE) Score Tonight 22:00 FIA Wtcc 2011 - Highlights 22:30 Golf Focus 2011 23:00 England U-21 Friendlies 2011/12 England vs. Israel STAR MOVIES 40 12:35 Day Watch 14:45 Second In Command 16:20 Post Grad 17:50 Astro Boy 19:30 Aliens In The Attic 21:00 The Rebound 22:40 Whip It 00:30 Hunt For Eagle One HBO 41 12:00 13:45 15:40 17:45 20:00 22:00 00:05

Boardwalk Empire Pacific Heights Coming To America Terms Of Endearment Temple Grandin Capitalism: A Love Story Sex And The City 2

CINEMAX 42 13:00 14:30 16:00 17:25 19:00 20:30 22:00 23:45

Assassination Supernova Earth Vs. The Flying Saucers Five Million Years To The Earth The Funhouse Red: Werewolf Hunter Tremors 3: Back To Perfection Rocknrolla

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OPINIÃO f ol h a sol t a Gonçalo Alvim*

Concepções Homem – Natureza N

O passado falava-se de Natureza no seu sentido mais lato.

Mas alguns, mais estudiosos da matéria, foram evoluindo no seu entendimento sobre ela e desenvolveram conceitos como Ambiente, Ecologia ou Ecossistemas.

O comum dos leigos tem umas noções elementares sobre o que significam e normalmente “é a favor”, isto é, “concorda”.

Gostaria, claro, de viver num planeta menos poluído e onde todos vivessem em maior comunhão com o meio natural, mas depois a forma de se definirem não é muito clara.

São conservacionistas? Ou ambientalistas?

São defensores dos direitos dos animais? O que é que são? Não sabem bem, ou acham que são tudo isso.

Penso que será útil expor os diferentes entendimentos que existem entre aqueles que criticam as nossas relações com a Natureza e prescrevem novas formas de nos relacionarmos com ela, para assim podermos distinguir em que campo nos situamos.

De uma forma muito sintética, é possível fazer a divisão entre os militantes da “Revolução” e os militantes da “Reforma”. Os primeiros são mais radicais e pretendem o abandono dos caminhos da modernidade em favor da Natureza. Já os segundos entendem que o Homem deve continuar a ser o centro do universo do Homem. Isto é, os “Revolucionários” são ecocêntricos, enquanto os “Reformistas” assumem-se como

antropocêntricos. São estas as duas grandes mais longe e entende que todos os seres que sentem deverão ser formalmente iguais, linhas de divisão.

Entre os movimentos dos militantes da equiparando-se desta forma o movimento “Revolução” sobressaem o ‘Deep Ecology’ e para a sua “libertação” aos movimentos para a libertação das mulheres, dos povos o “Defesa dos Direitos dos Animais”.

O movimento ‘Deep Ecology’ assume oprimidos, etc. A diferença nas formas de desde logo que o valor da ecosfera é superior tratamento a conceder às espécies há-de ao dos indivíduos e da humanidade. Entre depender, não da pertença a esta ou àquela muitas outras premissas, tem esta que é bas- espécie – critério especiista, ou racista, que tante esclarecedora: “O desenvolvimento da condena - mas da realidade do sofrimento, isto é, das condições vida e cultura humana de sofrimento dos são compatíveis com A forma de encararmos a nossa animais. Entre as meum decréscimo subsdidas que postula tancial da população relação com a Natureza dependerá para a defesa dos humana. O desenvolanimais está, como é vimento da vida não da percepção que tenhamos do natural, a alimentação humana requer esse sentido da nossa existência ou, de vegetariana. decréscimo.” (www.

Por seu lado, entre d e e p e c o l o g y. o rg / uma forma mais coloquial, da razão os movimentos miliplatform.htm). Falta de termos vindo a este mundo tantes da “Reforma” só esclarecer o que temos o ‘Conservapropõe para reduzir cionista’, o ‘Ambientalista’ e o ‘Ecologista’. a vida humana.

O movimento ‘Conservacionista’ dá O movimento ‘Defesa dos Direitos dos Animais’ tem como expoente mais conhecido sobretudo importância à manutenção de Peter Singer. No seu livro “Animal Libera- certas reservas de natureza intocada para tion” este autor australiano sublinha que ter usufruto e recreação das pessoas.

O movimento ‘Ambientalista’ parte da interesses é o critério para se ser sujeito de direito, sendo que a capacidade de sofrer ideia de que é o Homem que se pretende e sentir prazer é um pré-requisito para ter proteger, ainda que dele próprio. Advoga interesses. Assim, os animais, por sentirem e a sustentabilidade da gestão dos recursos sofrerem, são sujeitos de direito que devem naturais através de mudanças de políticas ser protegidos como os demais. Singer vai públicas e de comportamentos individuais.

O movimento ‘Ecologista’, o mais radical dos Reformistas, exige um rompimento com o antropocentrismo vigente, tal como ele se apresenta hoje em dia, em nome dos direitos de todos os seres da natureza. Alimenta-se de alguns dos princípios do ‘Deep Ecology’ e conta entre os seus membros vários Partidos Verdes e movimentos como o Green Peace, o Earth First, e outros ainda mais radicais, como o Earth Liberation Front.

Podemos agora perguntar-nos: Somos ecocêntricos (revolucionários) ou antropocêntricos (reformistas)? E identificamo-nos mais com que movimento? E já agora, porquê?

Na minha modesta opinião, naturalmente moldada na cultura e valores que possuo, a forma de encararmos a nossa relação com a Natureza dependerá da percepção que tenhamos do sentido da nossa existência ou, de uma forma mais coloquial, da razão de termos vindo a este mundo. Com efeito, quer-me parecer que, quando o Homem não encontra respostas mais profundas a perguntas simples como “o que é que estou cá a fazer?” ou “qual a importância de legar às gerações vindouras um planeta com futuro?”, tende a cair em uma de duas situações: radicalizar… ou ignorar. * Arquitecto Paisagista, Mestre em Engenharia Urbana folhasolta.ga@gmail.com

Ciclone

A democracia cada vez mais trabalha à base de petróleo.

Por Fernando

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15 à f l or d a p el e

Uma gota no oceano I Uma gota de água no oceano, como me sinto nesta segunda-feira, véspera da publicação, em que teclo a crónica com os pés chapinhando num resto de onda.

Somos mesmo viciados na valorização dos oceanos nas margens onde nascemos, depois onde vivemos, ou mesmo, se distantes, dos que desejamos. Os grandes mares merecem que lhes escutemos as vozes, murmurantes ou revoltosas.

Dimensionamos os grandes mares a uma tal importância, que nos apetece pensar na fantasia ou realidade de sermos uma ridícula gota. Mas se todas as gotas secassem não havia mais oceanos. Tal como as palavras, por mais murmurantes, meigas, denunciadores ou desagradáveis, se as calassem não existia essa corrente, esse colectivo de correntes de opinião, clara o mais possível, ou de narração livre de factos. O que sobraria então? O cinzentismo dos ridículos, o silencio dos cobardes, a hipocrisia dos eternamente servis. Por isso a importância de uma gota de agua, de uma palavra. A gota que rega a semente.

Narrar, contar o que se viu, o que sabe, não significa perpetuar os lados negativos. A liberdade de opinião continua tendo a sua força no livre exercício de constatar o que entendemos estar bem ou entendemos estar mal.

Quando olho o mar ou penso nele, costumo lembrar-me de um livrinho que me ofereceram com poemas de Sérgio Antunes, escritor brasileiro. Há um poema em que ele diz (suponho que vou citar correctamente): “Que poder de vontade louca tem o mar. Passa o dia inteiro indo e vindo sem gozar”. O gozar, aqui, bem ao jeito popular brasileiro, tem o sentido orgasmático, o que lhe confere mil espumas a flor da areia.

Os grandes mares não são apenas grandes dimensões de coisas aparentemente indefinidas. São também enormes estrada calmas ou precipitadas na direcção de paraísos ou infernos.

Talvez por meu absurdo egoísmo, existem momentos em que gostava que mais ninguém estivesse na praia, como em algumas daquelas maravilhosas praias da costa moçambicana ou em certas areias do nordeste brasileiro, por exemplo. Caminhar numa praia deserta ou nadar despido de preconceitos, são equilíbrios de nos mesmos, são glorificações para com a Natureza. Tão diferentes do convívio ruidoso com os “donos” das praias, aquela corja que nada respeita, tudo emporcalha, transformando em desprazer o que deve ser sempre prazer

Helder Fernando

Narrar, contar o que se viu, o que sabe, não significa perpetuar os lados negativos. A liberdade de opinião continua tendo a sua força no livre exercício de constatar o que entendemos estar bem ou entendemos estar mal maior. “Capitães de Areia”, descritos por Jorge Amado, como todos sabemos, são realidades bem diferentes.

Congestionamentos, berraria de vozes ou de colunas de som, lixo por reciclar, vendedores aos gritos, berrinhos histéricos das meninas e dos meninos para se agradarem mutuamente, bolas e outros objectos voadores, veículos motorizados poluindo as aguas e os ares, conduzidos por castrados meninos exibicionistas, nada disso tem a ver com uma praia que nos reconcilie com varias circunstancias, menos a circunstancia da atracção pela molhada e pouca fé nos deuses.

Permita o prezado leitor que aqui lhe recorde, penso que a propósito, um pedaço curto de um poema de Sophia: De todos os cantos do mundo Amo com um amor mais forte e mais profundo Aquela praia extasiada e nua Onde me uni ao mar, ao vento e à lua II Distante de Macau, chega/me a noticia de que o FMI também já implica com Macau: pede a independência da Autoridade Monetária local no seu papel de supervisora financeira. Diz o tal Fundo que o Chefe do Executivo da RAEM tem poderes de sobra sobre aquela instituição que, dessa forma, tem carências na supervisão da actividade financeira macaense. O fiscalizador fiscalizado?

Também me constou que o IACM regista 39 restaurantes numa tal “lista negra” de estabelecimentos fiscalizados. E muita gente julgando que o necessário será mesmo uma intervenção pura e dura duma ASAE em Macau. Pessoalmente, e apenas pelo que vou conhecendo, seria esmagador o numero de restaurantes e similares, mandados encerrar imediatamente.

Incluindo em locais tidos como “de luxo” Os senhores inspectores que se precavejam, sobretudo sejam mais exigentes para o bem da saúde publica. Mas exigentes sem preconceitos de toda a ordem, bem entendido?

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Vanessa Amaro Redacção Gonçalo Lobo Pinheiro; Joana Freitas; Lia Coelho; Rodrigo de Matos; Virginia Leung Colaboradores António Falcão; Carlos M. Cordeiro; Carlos Picassinos; José Manuel Simões; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Rui Cascais; Sérgio Fonseca Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Correia Marques; Gilberto Lopes; Hélder Fernando; Jorge Rodrigues Simão; José I. Duarte, José Pereira Coutinho, Marinho de Bastos; Paul Chan Wai Chi; Pedro Correia Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; António Mil-Homens; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Laurentina Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Av. Dr. Rodrigo Rodrigues nº 600 E, Centro Comercial First Nacional, 14º andar, Sala 1407 – Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail info@hojemacau.com.mo Sítio www.hojemacau.com.mo

c a rtoon

O PESADELO AMERICANO

por Steff MACAU O HÓSPEDE “MÃOZINHAS” Um ladrão que actuava num hotel do Cotai foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) com a ajuda da equipa de seguranças do hotel. Com um método utilizado recorrentemente no mesmo hotel, o homem fazia passar-se por hóspede do hotel para aceder aos locais de onde furtava bens de valor. O alvo eram os cacifos da piscina do hotel.De nacionalidade coreana, o assaltante estava em situação de permanência excessiva no território de Macau desde Abril. Para despistar quaisquer suspeitas no hotel onde cometeu os roubos (a 17 de Julho, 21 de Julho e 31 de Agosto), o homem, de 50 anos, agia como se fosse um dos hóspedes, disfarçando-se com o boné, fato de banho e sacos com o logo do hotel.

Assim conseguia aceder com facilidade à piscina. Depois, era só arrombar as fechaduras dos cacifos e roubar os bens no seu interior – relógios caros, telemóveis e dinheiro vivo, num total que na soma de todos os roubos ascendiam a 360 mil patacas. A 29 de Agosto, o gatuno terá ido ainda mais longe, apoderando-se do cartãochave do quarto de um hóspede de Hong Kong, de onde roubou mais cinco mil patacas em dinheiro, tendo depois fugido.

O local do crime estava a ser sucessivamente atacado, o que fez a PJ desconfiar de que era o mesmo indivíduo quem cometia os crimes. O suspeito nega ter cometido os roubos, mas a Judiciária confirmou que já tinha cadastro com algumas dezenas de participações noutros crimes.

O sujeito será agora acusado de furto agravado e encaminhado ao Ministério Público para julgamento. – V.L.

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NOMEADOS MAIS JUÍZES E DELEGADOS DO MP Os tribunais de Primeira Instância vão ser reforçados com novo quatro juízes. A nomeação pelo Chefe do Executivo foi ontem publicada em Boletim Oficial, dando conta da nomeação de Seng Ioi Man, Chan Chi Weng, Io Weng San e Shen Li. Noutra ordem executiva, Chui Sai On nomeou ainda cinco delegados do procurador do Ministério Público: Leong Weng Si, Cheong Kuok Chi, Sio In Ha, Cheang Weng In e Sam Kim Kuong.

Deputada responde e diz sentir-se difamada

Kwan acusada de traição Virginia Leung

virginia.leung@hojemacau.com.mo

A

deputada da Assembleia Legislativa (AL) Kwan Tsui Hang foi alvo de duras críticas por parte da Associação de Mútuo Auxílio dos Operários de Macau. Os sindicalistas acusam a parlamentar de “enganar” os cidadãos que a elegeram e não manter a promessa de “lutar pelas pessoas desfavorecidas” depois de ser eleita para a assembleia.

Kwan respondeu que as críticas, da forma como foram apresentadas, eram injustas e difamatórias e um ataque à sua reputação.

Oito membros da associação apresentaram-se ontem no Gabinete de Atendimento de Kwan Tsui Hang para entregar uma carta de protesto por não estarem satisfeitos com o desempenho da deputada na AL, para a qual foi eleita directamente, em representação da

tradicionalista União Para o Desenvolvimento (UPD). Na opinião de Cheong Weng Fat, presidente da Mútuo Auxílio, Kwan nunca se importou com os apelos do público e “enganou” de forma despudorada os eleitores com as suas falsas promessas de apoiar as pessoas que viviam em dificuldades.

Entre as críticas à actuação de Kwan na AL, os sindicalistas acusam a deputada de virar as costas ao povo na questão da luta por mais lugares de estacionamento para motociclos (em que chegou mesmo a defender a introdução de parquímetros para veículos de duas rodas); na da distribuição dos cheques de auxílio pecuniário (ao tentar obstruir essa política governamental de combate à inflação); entre outras.

Kwan Tsui Hang não demorou a defender-se e respondeu aos meios de comunicação logo após a intervenção da associação, cuja atitude considera uma forma de HOJE MACAU

EMPRESÁRIOS DE MACAU QUEREM CONSTRUIR CASINO EM MOÇAMBIQUE Um grupo de empresários de Macau pretende construir um casino no recinto da Feira Internacional de Maputo (Facim), em Ricatla, distrito de Marracuene, sul de Moçambique, anunciou domingo o Instituto para a Promoção de Exportações (Ipex). O Ipex adiantou ser este apenas um exemplo dos diversos contactos estabelecidos durante a feira e que vai ao encontro do anseio do instituto em rentabilizar as novas instalações da Facim construídas há apenas quatro meses em Ricatla.

O organismo já está a trabalhar com as autoridades da província de Maputo e, particularmente, do distrito de Marracuene, no sentido de fazer o ordenamento territorial do recinto da Facim de modo a saber em que lugar se devem colocar novas infra-estruturas.

TERÇA-FEIRA 6.9.2011

difamação destinada a atacar a sua reputação. A deputada disse que não podia aceitar ou concordar com aquele tipo de críticas e que acreditava haver uma manobra de alguém para “deliberadamente criar notícias”, mostrando-se também preocupada com as perspectivas de tais práticas virem a trazer uma atmosfera negativa para a comunidade. E ameaçou mesmo vir a tomar as medidas necessárias junto da polícia para que fossem apuradas responsabilidades.

“Enquanto deputados da AL, temos o Gabinete de Atendimento e aceitaríamos todo o tipo de comentários, independentemente de fazerem críticas ou elogios, ou quaisquer opiniões sobre políticas e legislações”, afirmou Kwan Tsui Hang, que tem participado de eleições desde 1996. “Mas no evento de hoje, penso que se trata de um caso à parte”, acrescentou. Em toda a sua carreira como deputada, Kwan garantiu nunca ter sido alvo de um ataque tão cruel e sublinhou mesmo que nunca antes um membro da AL havia sido alvo de uma acção semelhante com a apresentação com honras mediáticas de uma petição contra um deputado. “Através desse acto, tenho sinceras dúvidas de que a associação não esteja a criar notícias deliberadamente, pelo que não me apresentei para receber a carta”, explicou. “Quanto à acusação de ‘enganar’ o povo, considero isso uma difamação da minha reputação e vou apelar à polícia para apurar responsabilidades e descobrir quais os objectivos por trás da manobra.”

NASA DUAS SONDAS PARA ESTUDAR INTERIOR DA LUA A agência espacial norteamericana NASA prepara-se para lançar, esta quinta-feira, duas sondas de exploração espacial para descobrir os segredos das profundezas da Lua. Durante nove meses, as sondas GRAIL (Gravity Recovery and Interior Laboratory), do tamanho de máquinas de lavar roupa, vão “estudar os segredos da Lua e ajudar-nos a compreender como evoluiu o nosso satélite natural, a Terra e os outros planetas rochosos”, explica em comunicado Maria Zuber, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Cambridge, e directora científica desta missão.

SOMÁLIA SEIS REGIÕES EM ESTADO DE FOME Uma sexta região entrou no mapa territorial da Somália em estado de fome, segundo o alerta lançado ontem pelas Nações Unidas com o aviso de que a situação “vai apenas piorar” nos próximos meses dada a seca de “impacto excepcional” que assola todo o Corno de África. O número de pessoas que morrem devido a carências alimentares na zona sul da região de Bay subiu para lá do que é definido como fome pelas Nações Unidas: 30% da população em estado de grave má nutrição e uma taxa de mortalidade diária de duas por cada dez mil pessoas, além de um mínimo de 20% dos agregados enfrentando grave escassez alimentar.

IRÃO CONFIRMADA PRESENÇA DA AL-QAEDA Ismail Kamoka, um extremista líbio que pediu asilo ao Reino Unido, viajou regularmente ao Irão desde 2002 para entregar documentos falsificados e correspondência a extremistas com ligações à Al-Qaeda.

A informação consta de documentos confidenciais enviados pelos serviços secretos britânicos e que foram encontrados abandonados num edifício dos antigos serviços de informação da Líbia, dirigidos por Moussa Koussa, que viria mais tarde a ser designado ministro dos Assuntos Exteriores e que recentemente fugiu para Londres para se afastar do regime de Muammar Kadhafi.