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Director carlos morais josé • segunda-feira 7 de março de 2011 • ANO X • Nº 2323
tempo com abertas min 14 max 19 humidade 55-95% • câmbios euro 11.24 baht 0.30 yuan 1.23
Chui Sai On em Pequim
naide gomes ficou maior cá • PÁGINAS14 E 15
gonçalo lobo pinheiro
Ícones do desporto português
Acordo, logo existo A deslocação do Chefe do Executivo a Pequim, para a apresentação do plano quinquenal por parte do Governo Central, rendeu a Macau um acordo de cooperação inédito com a província de Guangdong. Com a assinatura do protocolo, o território terá a oportunidade de triplicar o seu crescimento em todas as áreas. A Ilha da Montanha é a rainha da festa. > Páginas 2 a 4
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Funcionários públicos
Explicações no hemiciclo • PÁGINA 5
Escassez de motoristas
Mais pressão para importar • PÁGINA 6
Poluição a mais, acção a menos Em menos de dois anos, mais de 700 reclamações chegaram à Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) devido aos altos níveis de poluição no território. O organismo assume uma certa inércia na sua acção e promete ouvir a população para tornar a cidade mais verde. > Centrais
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2 Jornalistas ameaçados de expulsão
A
conferência de imprensa foi marcada para a mesma hora que a manifestação fantasma. Parecia quase de propósito ou coincidência a mais. Às 14h de ontem, o Governo de Pequim falava aos jornalistas no Palácio do Povo. A um quilómetro dali, às 14h também, marcava-se o terceiro Domingo desde que um apelo anónimo chamou a uma revolução do Jasmim na China. O aviso lançado dizia que era para continuar a tentar todos os domingos. Depois de no domingo da semana passada, um jornalista da BBC ter sido agredido pela polícia, e do mesmo ter acontecido com um jornalista da Bloomberg, durante a semana que passou várias dezenas de jornalistas foram chamados à polícia central para receber mais uma vez um aviso sobre as novas regras. Na página oficial da rádio “Voice of America”, o jornalista descreveu detalhadamente como foi a sua reunião com a polícia que foi inteiramente gravada por eles. Além da proibição de fazer entrevistas na rua sem autorização ou de filmar ou fotografar em locais que agora são sensíveis, os jornalistas foram avisados do processo que podem enfrentar se quebrarem a lei. À primeira são chamados à polícia, à segunda é aberto um procedimento judicial, e à terceira serão expulsos do país. Um aviso que apesar de claro, nem sempre foi igual nas várias reuniões na policia central. Mais de três dezenas de jornalistas foram chamados durante a semana passada antes do início da Assembleia Popular Nacional. Ruas como a famosa Wangfujing ou a área de Xidan, conhecidas hoje pelos centros comerciais e hotéis mas que nos anos 80 foram locais chave das manifestações, têm agora um ou dois polícias a cada quinze metros. Os únicos que têm permissão para filmar ou fotografar são os chineses, polícias e vigilantes à paisana que registam quem passa através das suas câmaras. No terceiro Domingo, o número das forças de segurança diminuiu mas continua a evidenciar o nervosismo na capital durante estes dias. Wang Hui, directora de imprensa do governo de Pequim, disse em conferência que “na China qualquer tentativa de revolução de jasmim está condenada ao fracasso”. No entanto, apesar da popularidade que Wang Hui atribuiu ao partido comunista, há evidências do descontentamento entre os que entregam a mesma petição todos os anos ou os que são proibidos de entrar em Tiananmen se não obedecerem à ordem da polícia de deixarem revistar todas as malas e sacos que transportam. - M.J.B.
actual Wen Jiabao apresentou à nação o próximo plano quinquenal
Cinco anos que começam hoje Ambiente feliz
Maria João Belchior
U
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m crescimento nivelado por baixo, segundo alguns analistas, pretende dar a garantia à China de que o futuro vai continuar a assegurar a estabilidade. Previsto para ser de sete por cento para os próximos cinco anos, quase quatros pontos percentuais mais baixo do que a média dos últimos cinco anos, o crescimento da economia nacional chinesa continua a chegar para fazer corar alguns países na Europa. Um dos motores da economia global desde a crise de 2008, a China quer agora diversificar o modelo económico e substituir o peso das exportações por um forte mercado de consumo interno. Com o número de milionários e bilionários a crescer cada vez mais de ano para ano, a China que foi apresentada no discurso do primeiro-ministro Wen Jiabao no sábado não é apenas a da riqueza. Numa mensagem que pretendia incluir toda a nação, o primeiroministro disse que é preciso um país mais igual. E mais limpo de corrupção. Tarefas difíceis num ano que começou marcado por uma subida da inflação até 4,9% em Janeiro. Os receios da população que vê o desemprego e a inflação como as principais ameaças à segurança na sua vida, vão ter uma resposta do governo. Wen Jiabao falou em 45 milhões de novos postos de trabalho, o que dá uma média de nove milhões de novos postos por ano. A dificuldade que os recém-licenciados estão a ter para encontrar um primeiro emprego tem sido um dos temas discutidos internamente e no ano passado, foram criados 11 milhões de novos lugares. O desemprego urbano está hoje nos
Numa mensagem que pretendia incluir toda a nação, o primeiro-ministro disse que é preciso um país mais igual. E mais limpo de corrupção. Tarefas difíceis num ano que começou marcado por uma subida da inflação até 4,9% em Janeiro 4,6% e o primeiro-ministro disse no Palácio do Povo que este número não pode subir mais. A inflação em 2011 deve manter-se nos quatro por cento. Assegurar a segurança alimentar quando a subida de preços dos alimentos começa a preocupar o mundo, foi outro dos objectivos apresentados por Wen Jiabao. Além da subida dos preços base do arroz e do trigo, o primeiroministro referiu a política de “um cesto de vegetais” que pretende que nos subúrbios de médias e grandes cidades seja definida uma área exclusiva de cultivo de vegetais destinados aos habitantes das cidades. A diferença entre a cidade e o campo, tema recorrente dos encontros da Assembleia, voltou a marcar o tom do discurso e Wen Jiabao referiu a necessidade de criar melhores condições no meio rural de forma
a evitar o êxodo em relação às cidades.
Mais segurança pública
Sem fazer menções a nenhuma situação do panorama internacional, o primeiro-ministro chinês falou apenas nos efeitos da crise financeira mundial mas de uma forma geral. Nenhum outro país apareceu referido nas duas horas de discurso. Apresentado na sexta-feira o orçamento para a defesa vai ter este ano um aumento de 12,7%, cinco pontos acima dos 7,5 anunciados para o ano passado. A necessidade de modernização é apresentada como a razão oficial para tal aumento pelo governo chinês. Existem actualmente cerca de 2,3 milhões de soldados no activo e o governo disse que é preciso dar-lhes melhores condições de trabalho.
Reduzir desigualdade a aumentar salários
A China vai implantar uma política de aumentos regulares da remuneração dos trabalhadores e reajustes do salário mínimo para enfrentar de maneira “urgente” o problema da má distribuição de renda no país, segundo Wen Jiabao. O salário mínimo subiu cerca de 20% em 2010 e várias províncias chinesas anunciaram novos reajustes para este ano. Em Pequim, a alta foi de 21% e, em Xangai, de 14%. Ontem, Zhejiang divulgou elevação de 19% a partir de Abril. O movimento pressiona os custos das empresas, mas é essencial para outro objectivo do Governo chinês: o aumento do consumo doméstico na composição do PIB e a redução do peso dos investimentos e das exportações. Os reajustes salariais também são inevitáveis diante da dificuldade que as indústrias da próspera costa leste do país estão tendo para recrutar trabalhadores do interior.
O plano quinquenal desenha um modelo menos predatório de recursos naturais e do meio ambiente e prevê a redução de 16% até 2015 no consumo de energia necessário para geração de cada unidade do PIB. Entre 2006 e 2010, a queda foi de 19,1%, pouco abaixo da meta de 20% fixada para o período. O documento também determina um aumento de 8,3% para 11,4% da participação de fontes não fósseis na matriz energética chinesa. “Vamos levar o desenvolvimento económico a um novo patamar”, declarou Wen, para em seguida prometer “significativa melhoria na qualidade e no desempenho do crescimento”. Nos próximos cinco anos, as autoridades de Pequim planejam elevar o investimento em pesquisa e desenvolvimento de 1,8% para 2,2% do PIB, aumentar o valor agregado da produção, expandir a participação do sector de serviços na economia e desenvolver indústrias emergentes estratégicas. Entre elas, estão as relacionadas à conservação e pesquisa de novas fontes de energia, protecção ambiental, biotecnologia e veículos que usem energias alternativas. “A economia chinesa precisa ser colocada rapidamente no caminho do crescimento endógeno movido pela inovação”, declarou o primeiro-ministro.
Embora alto não foi o orçamento da defesa que mais criou polémica mas sim o da segurança pública que terá um aumento de 13,8%. Numa entrevista à Reuters o professor Xie Yue da Universidade de Tongji disse que era a primeira vez que a segurança pública recebe um aumento maior do que a defesa. O receio de manifestações como as que tiveram efeito rastilho nos países do Médio Oriente preocupa naturalmente o Governo chinês e o núcleo duro do Politburo. Só que perante a dúvida se a China está a enfrentar um maior descontentamento interno, Pequim responde que se trata de um investimento na estabilidade do país.
Foi a surpresa maior na equipa de Edmund Ho, chegou a ser apontado como candidato a líder do Governo, manteve-se no Executivo e há quem diga que está em rota de colisão com o actual Chefe do Executivo - Francis Tam e Fernando Chui Sai On limitam a convivência ao “politicamente correcto”. Numa semana em que o poder de Estado está reunido em Pequim, foi evidente que Francis Tam e Fernando Chui Sai On têm agendas que nem sempre são coincidentes. Gilberto Lopes, P. 19
O
líder do Governo instou ontem a população e a comunidade empresarial a “aproveitarem as oportunidades de desenvolvimento” criadas com a assinatura do Acordo-Quadro de cooperação com a província de Guangdong. “O Governo de Macau pretende incentivar os diversos sectores e a população em geral a aproveitarem as oportunidades de desenvolvimento que se apresentam”, disse Chui Sai On ao salientar que “a par das medidas de implementação que, em breve, serão aperfeiçoadas conjuntamente com a província de Guangdong, o Governo decidiu criar um grupo de trabalho interdepartamental para a promoção de uma implementação eficaz do acordo”. O acordo Macau-Guangdong foi ontem assinado em Pequim por Fernando Chui Sai On em nome do Governo de Macau e por Huang Huahua, governador da província de Guangdong, numa cerimónia que decorreu no Palácio do Povo com a presença de Xi Jinping, vice-presidente chinês. “O sucesso alcançado na elaboração e assinatura do acordo de Cooperação Guangdong-Macau, alicerçado na correcção e elevada vitalidade do princípio ‘um País, dois sistemas’, evidencia o carinho e o apoio do país pelo projecto de desenvolvimento e cooperação das duas regiões, reflectindo o seu desejo comum e o constante empenho no estreitamento da cooperação”, assinalou Chui Sai On. O líder do Governo disse também que o acordo, “orientado pelo desenvolvimento científico e contando com um espírito pioneiro no desenvolvimento de projectos vocacionados para servir melhor a população, será, para Guangdong e Macau, um incentivo ao impulso da
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Chui incentiva população a aproveitar acordo com Guangdong
Desta vez é que vai ser expansão a novos domínios e à elevação do nível de cooperação”. Ao usar da palavra, o governador de Guangdong, Huang Huahua, afirmou que o acordo “é uma medida importante para que se concretizem” as linha do planeamento para a reforma e desenvolvimento do Delta do Rio das Pérola e do acordo de cooperação Macau/China, bem como para “intensificar a cooperação entre Guangdong e Macau” que entra numa nova fase. Por outro lado, continuou, a assinatura do acordo “contribui para uma cooperação mais estreita entre ambas as partes, diversificação adequada da economia de Macau e para o desenvolvimento mais científico de Guangdong, como o significado especial para o enriquecimento do desenvolvimento do princípio ‘um país, dois sistemas’”.
A triplicar
O acordo de cooperação ontem em Pequim dará ao território uma área de potencial desenvolvimento três vezes superior ao seu tamanho actual. O acordo quadro, válido até 2020, tem o centro da sua execução na ilha de Hengqin, ou Ilha da Montanha, com 106 quilómetros quadrados e onde está já definida a instalação de três projectos de Macau, ou com a participação de Macau, como o novo campus da Universidade ou o Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa. Apesar de se manter sob a lei
O acordo de cooperação ontem em Pequim dará ao território uma área de potencial desenvolvimento três vezes superior ao seu tamanho actual. O acordo quadro, válido até 2020, tem o centro da sua execução na ilha de Hengqin, ou Ilha da Montanha, com 106 quilómetros quadrados e onde está já definida a instalação de três projectos de Macau chinesa, como está previsto no acordo e com excepção do campus da Universidade de Macau, a Ilha da Montanha será alvo da atenção de Macau e da província de Guangdong em diversas áreas, mas vinca a oportunidade de melhorar a vida das populações da região através de uma série de medidas que se pretendem implementar. O texto do acordo prevê não só facilidades na passagem na fronteira, “abrindo” a ilha da Montanha à população de Macau, como define que as duas partes vão trabalhar na abertura 24 horas das fronteiras, evitando assim qualquer barreira a quem vive ou trabalha já em solo continental chinês. “Dentro de algum tempo,
os habitantes de Macau podem circular na ilha da Montanha, inclusivamente levando os seus próprios carros e usufruir de todas as infra-estruturas que forem sendo desenvolvidas naquele local, abrindo-se assim à sociedade um espaço que é três vezes maior do que Macau e criando oportunidades de desenvolvimento para a cidade que nunca foi possível concretizar”, disse à Lusa Alexis Tam, porta-voz do Executivo. Por outro lado, querem potenciar uma rede regional de transportes tanto terrestres como marítimos e aéreos, vão acelerar a execução das obras da ponte Hong Kong-Macau-Zhuhai (que estará completa em 2016), criar ligações
à linha ferroviária e à auto-estrada Guangdong-Zhuhai, aumentar a capacidade da fronteira das Portas do Cerco e adaptar outros postos fronteiriços a funções especificas. Macau e Guangdong alargam a cooperação bilateral a domínios tão vários como a educação, formação, serviços médicos, saúde pública, cultura, desporto, protecção do ambiente, qualidade de vida e benefícios sociais dos dois territórios e definem como objectivo a promoção gradual da criação, partilha e acesso de serviços públicos sociais entre ambos os lados. “O objectivo é promover serviços sociais que permitam, por exemplo, que alunos de Macau estudem em Guangdong e continuem a receber subsídio de apoio do Governo de Macau”, explicou Alexis Tam. No sector da educação, não é apenas o novo campus da Universidade de Macau alvo de atenção, já que o acordo prevê também o desenvolvimento de acções de formação profissional em áreas como o turismo, hotelaria, convenções e exposições e design criativo. O ambiente é também outra das preocupações e apesar da grande concentração industrial, ambas as partes comprometem-se a tornar a região com uma “terra mais verde” um “céu mais azul” e uma “água mais limpa”, num conjunto de medidas bilaterais que visam a promoção da qualidade de vida. Por outro lado, Macau e Guangdong vão também discutir soluções de articulação dos regimes de segurança social.
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INSCRIÇÕES 2011/2012
AVISO Imposto Profissional Prorrogação do prazo de entrega da declaração de rendimentos M/5 referente ao exercício de 2010 Avisam-se os Srs. Contribuintes que, nos termos do Despacho do Secretário para a Economia e Finanças n.o42/2011, publicado no Boletim Oficial da RAEM n.o8 (I série), de 21/02/2011, é prorrogado até 31 de Março de 2011 o prazo a que se refere o n.o 1 do artigo 10.o do Regulamento do Imposto Profissional para a entrega das declarações de rendimentos modelo M/5 dos contribuinetes do 1.o Grupo, cujos rendimentos provenham de mais de uma entidade pagadora, bem como do 2.o Grupo sem contabilidade organizada, relativamente aos rendimentos auferidos em 2010.
Para mais informações, devem os interessados consultar a página electrónica dos Serviços de Finanças (http://www. dsf.gov.mo) ou contactar o Núcleo das Informações Fiscais (n.o 2833 6886). Aos 22 de Fevereiro de 2011
A Directora dos Serviços,
Vitória da Conceição
Jardim de Infância D. José da Costa Nunes 01 a 11 de Março de 2011 Online http://www.apim.org.mo/djcn Secretaria
8:30h às 13:00h 14:30h às 18:00h
Documentos: a) Boletim de inscrição preenchido; b) Fotocópia do BIR do aluno e encarregados de educação; c) Taxa de inscrição – Mop$500.00 (para pagamento por transferência online ou depósito em pessoa é favor telefonar).
Avenida Sidónio Pais, s/n Tel: 28533544 Fax: 28524552 Email: apimdjcn@macau.ctm.net
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Kahon Chan
H
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ong Kong e Macau foram pela primeira vez incluídos num plano económico quinquenal, num único capítulo e 13 ocorrências da palavra “apoio” foram encontradas num texto de apenas 728 caracteres chineses, mas os objectivos de transformar Macau num destino de turismo de lazer ou de dar início a que as novas indústrias diversifiquem a estrutura económica não pareceram muito diferentes dos que foram propostos no esboço do plano do Delta do Rio das Pérolas (DRP) há dois anos. De qualquer forma, o vice-presidente, Xi Jinping, instou os deputados da Assembleia Popular Nacional (APN) a perceberem o “impacte” do plano para Macau e os deputados disseram que estavam muito inspirados. O capítulo para Hong Kong, Macau e Taiwan foi apresentado como Capítulo 14 (Aprofundar a cooperação na construção de uma vizinhança mútua para a raça chinesa), de entre 16 capítulos, e o jornal “Ming Pao”, de Hong Kong, contou que um total de 728 caracteres chineses foram usados para concentrar os papeis e objectivos das Regiões
política
Plano quinquenal da China passa a incluir RAE’s
Macau sem surpresas Administrativas Especiais (RAE), com 13 ocorrências da palavra “apoio”. Mas as ideias levantadas no plano trazem pouca ou nenhuma novidade. Pequim volta a prometer apoio a Macau para estabelecer-se como centro de turismo de lazer de classe mundial nos próximos cinco anos, acelerar a formação de uma plataforma de serviços para comércio entre a China e os países de língua portuguesa, apoiar a diversificação económica de Macau para um nível adequado e acelerar os sectores do turismo de lazer, convenções e exposições, medicina tradicional chinesa, indústrias criativas e industriais, etc. Na secção que fala do compromisso em reforçar a cooperação entre as era e a China Continental, defende-se o aprofundar da cooperação entre Guangdong, Macau e Hong Kong na economia, educação e cultura de forma a facilitar o “desenvolvimento mútuo” da economia regional para criar uma metrópole mais competitiva em perspectivas
globais, enquanto a “aceleração” do estabelecimento de um círculo de qualidade de vida foi também mencionada. É também reiterado o apoio à abertura de sectores de serviços em Guangdong para os empreendedores e profissionais de Hong Kong e Macau, com outras províncias a deverem seguir-se. Zhang Ping, director da Comissão de Desenvolvimento e Reforma Nacional, sublinhou a conformidade com o princípio de base do Um País, Dois Sistemas quando o Governo Central pôs as regiões no documento estratégico designado à economia planeada, guiado pelas Leis Básicas. O responsável disse ontem em conferência de imprensa que era uma recomendação dos Governos de Hong Kong e Macau, bem como os desejos manifestados por “amigos e personalidades” em Hong Kong, destacar os objectivos económicos das duas regiões autónomas no novo plano. Apesar de Zhang ter dito que a comissão tinha encomendado investigações
institucionais relevantes para realizar estudos em profundidade, com a comissão a realizar também análises mais aprofundadas para com a “opinião” de Macau e Hong Kong a ser ouvida pelos três directores interinos para “reflectir correctamente as exigências de Macau e Hong Kong” no plano quinquenal. Xu Xianping, director interino que foi enviado para ouvir a opinião das duas RAE, disse que os funcionários e as pessoas que encontrou em Hong Kong estavam “altamente entusiasmados” por participar no planeamento económico da China com a procura pro-activa de como a cidade poderia estar mais bem posicionada no plano. Xi Jinping, vice-president ad China encarregado das RAE, instou os deputados da APN em Macau a compreenderem a fundo a natureza e impacte do 12.º Plano económico para Macau. Citado pela APN, o deputado Lei Pui Lam, que descreveu o discurso do vice-presidente como “pou-
co inspirador”, Xi apelou aos deputados na reunião de ontem para que “percebessem a fundo” os destaques e a natureza do 12.º plano económico, e percebessem o profundo impacte do plano em Macau, bem como tomar o controlo sobre a incerteza, e provavelmente trabalhar nos objectivos do 12.º plano. O responsável reafirmou o apoio político de Pequim à viragem de Macau para se tornar um destino turístico de classe mundial, numa reunião com membros da CCPPC, no dia anterior. Johnny Lau, antigo jornalistas e comentador de assuntos chineses considera que o capítulo exclusivo para Hong Kong e Macau mostrava bem a atenção de Pequim às duas RAE. Lau disse ao jornal “Ou Mun” que tinha repetido a ênfase no “turismo de lazer” por Pequim era uma tentativa de mudar o foco de Macau da indústria do jogo para os serviços de turismo e atracções orientados para a família e os negócios, com um serviço de transportes eficiente a
ser crucial se Macau quiser atrair mais turistas. Lau observou que, enquanto muitos dos países de língua portuguesa encontraram o seu próprio caminho para a China, as Pequenas e Médias Empresas (PME) na China estavam ainda pouco preparadas para entrar em mercados como o Brasil e Portugal, pelo que Macau era ainda capaz de mediar e coordenar os laços comerciais entre a China e os estados de expressão lusa. Entretanto, cinco deputados falaram com Xi no domingo de manhã, de acordo com reportagem da TDM. Vitor Leong em particular manifestou preocupação com o papel dos “think tanks” não-governamentais na reflexão para cuidar dos talentos políticos em Macau, quando outro deputado, Iong Hong Meng, da União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM), aconselhou Xi sobre o papel de Zhuhai em lidar com as recorrentes cheias na zona do Porto Interior de Macau. Noutra reunião com os deputados de Hong Kong na APN, Xi Jinping a sublinharem a salvaguarda do Um País, Dois Sistemas, com os deputados a serem instados a dar uma contribuição para com as questões das condições de vida Hong Kong.
mudanças no Parque Industrial Transfronteiriço
As autoridades de Macau e de Guangdong vão transformar o Parque Industrial Transfronteiriço Macau-Zhuhai numa “zona moderna” de logística e de comércio, refere o Acordo-Quadro que é assinado hoje entre os dois Governos. Em funcionamento desde 2006, o Parque Industrial Transfronteiriço está construído numa zona de aterro conquistado ao mar, tem uma área total de 400 mil metros quadrados, dos quais 110 mil metros quadrados em águas de Macau e 290 mil metros quadrados em águas de Zhuhai, mas acabou por nunca conquistar o interesse empresarial desejado.
O
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s três deputados democratas na Assembleia Legislativa (AL) – Ng Kuok Cheong, Au Kam San e Paul Chan – propuseram uma moção a pedir uma audição sobre as despesas dos funcionários com viagens e refeições reveladas pela Comissão de Auditoria, para apurar eventuais exageros. Os deputados consideram que o Governo não respondeu como deveria para corrigir os problemas descritos no relatório. Na fundamentação da decisão de avançar com a proposta de audiência enviada aos média ontem, os deputados da Associação Novo Macau Democrático referem que “muitos idosos” têm reformas fixadas em apenas 1275 patacas, enquanto funcionários do Governo são autorizados a estourar mais do que isso num único jantar, o que torna ultrajantes as conclusões do relatório de auditoria. E acreditam tratar-se apenas da ponta do icebergue. Os democratas criticaram a actual tendência despesista: o orçamento para despesas disparou em todos os departamentos do Governo nos últimos anos, o excesso de dinheiro para gastar levou os funcionários a inflarem os gastos com viagens e jantares para melhorar a taxa de execução, um indicador da capacidade do departamento. E também puseram em causa as despesas dos secretários e do Chefe do Executivo, que têm optado por ficar em hotéis de topo como Ritz Carlton ou Four Seasons, em recentes viagens ao estrangeiro. Mas as consequências do controverso relatório não inspiram optimismo nos deputados democratas. “Aparentemente, apenas um relatório de auditoria, no meio de muitos, resultou em processos disciplinares contra altos-funcionários e acabou em rescisão de cargos, enquanto a maioria absoluta desses relatórios acabou por se esfumar como fogos de artifício, sem deixar vestígios”, referem, considerando que o sistema de res-
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Democratas propõem audiência sobre gastos com viagens e restaurantes
Quem tem bolsa vai a Roma kahon chan
Kahon Chan
segunda-feira 7.3.2011
Os democratas criticaram a actual tendência despesista: o orçamento para despesas disparou em todos os departamentos do Governo nos últimos anos, o excesso de dinheiro para gastar levou os funcionários a inflarem os gastos com viagens e jantares para melhorar a taxa de execução, um indicador da capacidade do departamento ponsabilização é inexistente em Macau e que apenas uma audiência seria eficaz para obter informação adequada e clarificar a situação para uma acção adequada em resposta aos relatórios. Amoção incluiu questões como se os gastos excessivos indicados no relatório de auditoria seriam considerados contra-ordenações e se os respectivos funcionários seriam responsabilizados e como seriam punidos. Os democratas mostraram-se particularmente interessados na reserva da suíte imperial no hotel Four Seasons em Lisboa, e consideraram pouco
convincente a desculpa da falta de quartos disponíveis, já que as viagens foram planeadas com bastante antecedência. Mas também exigiram esclarecimentos sobre os aspectos-chave das sistemáticas falhas, por exemplo, porque é que o sistema de subsídios foi autorizado pub
a permanecer por 16 anos apesar das normas irrealistas definidas no “regime geral”, que levaram os serviços a adoptar o flexível “sistema opcional”. Os democratas perguntaram se alguém no processo teria feito vista grossa e se alguém deveria ser responsabilizado. E uma vez que o Governo podia
se recusar a reembolsar ou mesmo exigir a devolução do pagamento pelas despesas se um relatório da viagem não fosse apresentado, uma ofensa à disciplina, os democratas perguntaram se havia falhas ou subterfúgios para impedir a execução das regras. Com a maioria dos de-
putados em Pequim para os congressos da Assembleia Popular Nacional (APN) e Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), a última assembleia geral para a lei de requalificação das zonas antigas foi suspensa, e esta moção não deverá ser discutida até ao fim do mês.
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sociedade
5 milhões para memorial da água O Governo de Macau vai investir 4 milhões de yuans (quase 5 milhões de patacas) na construção de um parque próximo ao reservatório de Zhu Yin, para mostrar às gerações mais novas que a água na China é um bem cada vez mais precioso e raro. O parque temático está previsto para ser inaugurado até ao fim deste ano, mas o reservatório está na fase final de construção e deve começar a fornecer água durante o mês de Abril, numa tentativa de aumentar os recursos hídricos da região do Delta do Rio das Pérolas. Prevê-se que até 2020 o reservatório será suficiente para amenizar a constante falta de água durante o Inverno nas cidades à sua volta, incluindo Macau. Soube-se também que a província de Guangdong irá aumentar o preço da água a partir de Maio de 1,64 para 2,07 yuans por metro cúbico, o que poderia influenciar também as tarifas para o território. No entanto, a directora da Capitania dos Portos, Susana Wong, já garantiu que o preço para os consumidores de Macau não sofrerá alterações, mas a tarifa terá de ser revista em dois anos. Críticas para a educação A Associação Novo Macau Democrático acredita que plano para a próxima década do sistema de educação não superior não traz nada de novo desde a introdução dos 15 anos de escolaridade gratuita. Os democratas acreditam que há demasiada ênfase na aprendizagem de línguas e nos conhecimentos gerais, o que tem levado a uma alta taxa de reprovação e desistência. Para os membros da associação, nem todos os estudantes estariam aptos para as escolas tradicionais e a consequência tem sido fornada atrás de fornada de alunos fracassados devido a vários lapsos no programa curricular. O Novo Macau Democrático sugere que o Governo desenvolva um plano mais parecido com o que é aplicado na Finlândia, em que as capacidades específicas de cada estudante são exploradas ao máximo. “Não se pode fechar os olhos ao problema dos alunos que não conseguem seguir o sistema tradicional”, apontam os democratas. Os membros também pediram que haja uma participação mais democrática na direcção das escolas, ou seja, um sistema em que os pais e os professores pudessem ter uma palavra e que os levassem a serem mais activos nos bastidores da educação. Para os democratas, o plano para a próxima década recentemente apresentado não irá resolver de todo os inúmeros problemas na educação nãosuperior do território.
Reolian tenta a toda força importar motoristas
Uma segunda tentativa Kahon Chan
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Reolian continua a abrir fogo para convencer o Governo a autorizar a nova operadora de autocarros a autorizá-la a contratar motoristas fora de Macau. Na sexta-feira, a empresa voltou a convocar toda a imprensa do território para mais uma sessão de esclarecimento sobre a falta de mão-de-obra local e para garantir que se trata de um “plano justo” que não retirará oportunidades a trabalhadores locais. Associações e deputados não se mostram convencidos e criticam o comportamento da companhia francesa. Depois de na quinta-feira passada a Reolian ter confirmado que solicitou ao Executivo a contratação temporária de 200
motoristas importados por um período de dois anos, o director da empresa, Stephen Chok, convocou novamente os jornalistas numa tentativa também de se desculpar com a imprensa chinesa por ter apenas fornecido informações em inglês sem tradução para chinês. “Espero que os jornais locais possam reportar de forma correcta e clara os factos”, mencionou o responsável. Por várias vezes, Chok frisou que os motoristas de fora não ficariam em Macau para sempre e que dois anos era um prazo razoável para que se formasse trabalhadores locais para os postos de trabalho. A empresa, contudo, reconhece que a concorrência dos autocarros “shuttle” dos casinos é muita e que poderá, nesses dois anos, não haver motoristas locais suficientes. Em nenhum momen-
to, a Reolian esclareceu como faria para que aparecessem mais candidatos locais para as vagas ou se estaria disposta a elevar o salário base de nove mil patacas - valor abaixo daquele pago pelas outras operadoras do território. Chok alertou que se o Governo não autorizasse a quota de trabalhadores a empresa haveria de “encontrar uma outra solução para o problema”. O deputado Paul Chan Wai Chi soube das palavras da operadora e apressou-se em enviar, na própria sexta-feira, uma interpelação escrita ao Executivo a pedir que fosse “prontamente” e “decisivamente” negado o pedido da Reolian, já que a própria operadora reconheceu que não sabia da insuficiência da mão-deobra local quando se candidatou no polémico concurso público
no ano passado. O democrata também demonstrou uma forte preocupação em relação aos termos contratuais dos motoristas da TCM e da Transmac. A Associação dos Profissionais de Macau no Transporte de Mercadorias em Camiões apresentou uma carta no sábado na sede do Governo para rejeitar o plano de importação de motoristas da Reolian, insistindo que havia seis mil residentes locais com carta de condução de pesados de passageiros. AAssociação de Mútuo Auxílio dos Operários também planeia apresentar uma carta hoje. Mesmo o sector empresarial mantém reservas em relação à questão. O deputado da AL Tsui Wai Kwan disse à rádio TDM na sexta-feira que a Reolian deveria ter percebido que a escassez de condutores era ainda mais acentuada do que a de outra mão-de-obra antes de apresentar a candidatura, embora também tenha pedido ao Governo para revelar estatísticas detalhadas e ajudar o novo operador com menos limitações à obtenção das licenças necessárias para a condução de autocarros.
China quer monitorizar telemóveis em Pequim
O Governo chinês está a ponderar implementar um novo sistema para monitorizar todos os telemóveis da cidade de Pequim. A informação começou a ser avançada pela imprensa local, que refere que o Governo chinês está a pensar implementar um sistema de monitorização de telemóveis, baseado em GPS, para ajudar as autoridades de Pequim a gerirem melhor o tráfego e os transportes locais. Em declarações ao diário Beijing Daily o director da comissão municipal de Ciência e Tecnologia de Pequim, Li Guoguang, afirmou que “até um certo ponto, poderá efectivamente aumentar a eficiência dos movimentos dos cidadãos e melhorar o descongestionamento do trânsito”. A proposta não foi contudo bem recebida pelos activistas locais, que alegam que o projecto não é mais do que uma tentativa de controlar ainda mais a população.
ADA pode manter-se como gestora do Aeroporto de Macau
Nem para trás, nem para frente O
presidente da ANA – Aeroportos de Portugal, Guilhermino Rodrigues, disse à Lusa que acredita que a proprietária do aeroporto de Macau irá manter a Administração de Aeroportos (ADA) na gestão futura da infra-estrutura. A declaração surge depois de, na semana passada, a Companhia de Aeroporto de Macau (CAM) ter avançado que iria renunciar à renovação de contracto, quando este terminar em Setembro deste ano, com a empresa participada da ANA. Desde 1995 que a ADA tem vindo a fornecer serviços de gestão global e operacional aoAeroporto Internacional de Macau. Segundo a revista Macau Business, Deng Jun, presidente da CAM, subscreveu o comunicado, alegando não ter intenção de renovar os serviços. Responsáveis da ADA, uma
empresa sino-portuguesa que conjuga a Corporação deAviação Nacional da China (CNAC) e a ANA - Aeroportos de Portugal SA, disseram na altura à Macau Business estarem surpresos com a decisão, já que “não vêem qualquer razão para tal”, devido a não ter havido nenhuma diminuição na qualidade dos serviços prestados ao aeroporto ou à região nos últimos 15 anos. Agora, Guilhermino Rodrigues avança com a hipótese de este rompimento não ser uma possibilidade. “Reunimos esta semana [passada] com várias entidades e o meu entendimento é de que existe a intenção de manter a ADA na gestão do aeroporto”, realçou o presidente da ANA à Lusa. Sem querer adiantar mais pormenores sobre o processo de negociação da renovação
do contrato, Guilhermino Rodrigues salientou “encontrada uma boa solução para as duas empresas” e que até Setembro de 2011 “haveria tempo para se reverem e discutirem outros aspectos” relativos à gestão futura do aeroporto de Macau. O contracto inicial de 15 anos com a CAM foi renovado em 2009 e termina este ano. O Governo da RAEM é o principal accionista da
CAM, com uma participação de 55,24% na empresa. Já a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM) tem uma quota de 33,03% e as restantes acções são detidas por empresas e instituições locais e do continente, menciona ainda a publicação. De acordo com a Macau Business, representantes da ANA e CNAC vão-se reunir em breve em Macau para discutir o assunto. - J.F.
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7 Actividades bancárias internacionais com aumentos significativos Segundo dados da Autoridade Monetária de Macau (AMCM), a quota das aplicações financeiras nos mercados internacionais assinalou um acréscimo de 85,4% para 86% no final de Setembro de 2010. No último trimestre do ano passado, o total das aplicações financeiras do sector bancário de Macau nos mercados internacionais atingiu 464,3 mil milhões de patacas, uma subida de 5% comprativamente ao trimestre anterior e de 28,2% em relação a 2009. Os empréstimos e depósitos no exterior constituíram o principal componente dos activos internacionais, atingindo 336,9 mil milhões de patacas, o equivalente a um aumento de 32,3%, sendo que 31,2% pertence a empréstimos para os devedores estrangeiros bancários. A actividade bancária internacional de Macau distribuiu-se principalmente pela Ásia e Europa e até ao final de 2010 as quotas das disponibilidades do sistema bancário de Macau nos créditos sobre Hong Kong eram de 37,4% e sobre o interior da China, 13,1%. Já para Portugal esse crédito era de 11,7% e para o Reino Unido de 3,4%. As estatísticas da AMCM indicam ainda que a moeda estrangeira serviu como unidade principal nas transações relacionadas com a pataca e que no final de Dezembro do ano passado, a moeda de Macau ocupava uma quota de apenas 0,3% no total do activo financeiro internacional. Já o dólar de Hong Kong teve um “peso” de 43,2% no total do mesmo activo.
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Open Tender Notice
Request for Proposal – Replacement of Aircraft Parking System with Advanced Visual Docking Guidance System (A-VDGS) at Macau International Airport 1. Company: CAM – Macau International Airport Co. Ltd. 2. Tendering method: Open tendering 3. Tender objective: To select a supplier to design, supply and install A-VDGS at 4 parking stands at Macau International Airport with demolition of existing system. 4. Validity of the Bidders’ tenders: The validity period of the Bidders’ tenders shall be 90 days counting from the tender submission deadline. 5. Minimum qualifications: • Must have more than 8 years experience of related equipment production and sales. • Must have more than 5 years experience in successful application cases of the same type of equipment in large international airports. 6. Location and time to request for tender documents: CAM-Macau International Airport Co. Ltd. 4th Floor, CAM Office Building, Av. Wai Long, Taipa, Macau (Contact Number: +853 - 8598 8871) Monday to Friday 9:00a.m-1:00p.m and 2:30p.m to 5:30p.m (Macau Time) OR Tender Notice and Tender Document are also be available on MIA’s website and can be downloaded from www.macau-airport.com until 7 days prior to the deadline for submission of Bidders’ tenders. Please regularly check the website for any clarification or changes/modification/amendment in the Tender Document. 7. Location and deadline for submission of Bidders’ tenders: CAM-Macau International Airport Co. Ltd. 4th Floor, CAM Office Building, Av. Wai Long, Taipa, Macau Before 12:00 noon on 20 April 2011 (Macau Time). The addressee of the Tender shall be Ms. Suning Liu – Executive Director. The quotations received after the stipulated date and time will not be entertained. 8. Tender evaluation criteria: Technical Submission 40% - Company Capability & Past Performance - Understanding of Requirements & Constraints - Experience and Structure of Proposed Project Team - Quality of Submission Commercial & Price 60% -------------------------------------------------------------------------------------------------Total 100% 9. CAM reserves the right to reject any tender in full or in part without stating any reasons. -END-
China anuncia nova área para construção de foguetões
segunda-feira 7.3.2011
A China, que tem grandes ambições espaciais e deseja enviar astronautas à Lua até 2020, terá em breve uma nova instalação ultramoderna de construção de foguetões. Vinte das 22 fábricas que integrarão a base mais importante de concepção, produção e teste de foguetões do mundo já estão concluídas, segundo o jornal Global Times. Os novos foguetões do país serão construídos neste complexo de 200 hectares em Tianjin (nordeste). A China enviou o primeiro homem ao espaço em 2003, seguindo o exemplo da antiga União Soviética e dos Estados Unidos.
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sociedade
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SS abrem processo disciplinar Depois da notícia da semana passada, que dava conta de um caso de corrupção no hospital Conde de São Januário, os Serviços de Saúde (SS) comunicaram que procederam à instauração de um processo disciplinar ao suspeito. O médico do hospital público terá alegadamente acumulado serviços fora do âmbito dos serviços de saúde, numa clínica privada do território, sem autorização prévia. Pelo disposto no estatutos destes profissionais, esta acção é considerada violação da lei e infracção administrativa. Os SS expressaram em comunicado enviado na sexta-feira à imprensa o desejo de que “todos os seus trabalhadores devem conhecer a orientação interna relacionada com “As normas sobre acumulação com outras funções.” As declarações fazem ainda referência a um outro caso similar, “em que os trabalhadores infringiram o disposto internamente, exercendo acumulação sem autorização prévia, pelo que a mesma entidade aplicou a pena legal aos infractores”, diz a nota. Os SS confirmaram ainda que vão pedir a colaboração do Comissariado Contra a Corrupção (CCAC), a fim de “elevar a consciência de conduta íntegra dos trabalhadores.” Mais canudos na mão No final do ano lectivo de 2009/2010, as dez instituições de ensino superior de Macau contabilizavam 22.289 alunos, mais 6,6% do que no ano anterior, 1963 docentes, o que corresponde a um professor por cada 11,4 alunos, e 5433 alunos graduados, dos quais 35,5% frequentaram cursos de ciências empresariais e 21,6% de serviços pessoais. De acordo com os dados dos Serviços de Estatística e Censos de Macau, 32.240 alunos matricularamse no ensino superior e 71.813 alunos nos ensinos infantil, primário e secundário. Já as 109 escolas do ensino infantil, primário e secundário, das quais 78 estão integradas no sistema de escolaridade gratuita, tinham 73.713 alunos e 4918 professores, ou seja, um docente para cada 15 alunos. Os dados oficiais indicam ainda que 5490 alunos concluíram o 12.º ano de escolaridade no ano lectivo 2009/2010. Já o ensino especial conta com nove instituições, que contabilizaram 515 alunos em 2010, mais 6,8% do que no ano anterior, e 107 docentes, número que representa um professor por cada 4,8 alunos.
Centro comercial faz pressão sobre HK usando RAEM
Se não querem, vamos para lá Kahon Chan
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m operador de centros comerciais “outlet” (lojas com grandes descontos) mostrou interesse em instalar-se em Macau, mas só depois de a burocracia de Hong Kong ter impedido a empresa de construir o seu espaço na ilha do aeroporo. Sem espaço para o shopping center em Hong Kong, a opção mais fácil foi socorrer-se na região vizinha. Até ao fim deste ano, entretanto, Macau vai ganhar o primeiro “outlet”, que está já a ser construído no casino Grand Waldo, no Cotai. O jornal Ming Pao de Hong Kong avançou ontem que a empresa “The Ou-
tlet!” submeteu ao governo da ex-colónia britânica um projecto para construir o grande centro comercial na ilha do aeroporto em 2009. O objectivo seria captar consumidores que passassem pelo local através da nova ponte que irá ligar Zhuhai, Macau e Hong Kong. O Executivo ao lado, no entanto, torceu o nariz ao verificar que o shopping center seria tão grande como o terminal do aeroporto e recomendou à empresa que encurtasse o projecto, invocando “espaço crucial para o crescimento do aeroporto”. A “The Outlet!” não quis reduzir o tamanho e acabou por rejeitar as opções oferecidas pelas autoridades de Hong Kong. A companhia, de capitais norte-americanos,
mantém-se ainda em negociações com o Governo vizinho e nas várias cartas que enviou ao Executivo para convencê-lo da importância do projecto realçou que Macau demonstrou um forte interesse em albergar o centro comercial. O presidente da empresa, Daniel L. Kelly, garantiu que se as autoridades da ex-colónia britânica não autorizarem o projecto, a porta será fechada para sempre. “Nunca mais tentaremos Hong Kong”, escreveu numa das cartas. O “outlet” está programado para ocupar uma área de mais de cinco hectares e alojaria 250 lojas, criaria 3000 postos de trabalho e atrairia 10 milhões de visitantes por ano. O website da operadora faz
questão de mostrar pareceres positivos por parte de deputados e lojistas, mas também evidencia que nunca geriu nenhum centro comercial, apesar de Daniel Kelly ter sido vicepresidente da Premium Outlets, uma companhia de centros comerciais conhecida mundo a fora. Caso fosse aprovado, esse seria o primeiro shopping center de tal magnitude do género “outlet” em Hong Kong. O único espaço com lojas de marca a venderem com grande descontos é o CityGate, na ilha de Lantau. Algumas marcas de alto luxo, como a Prada ou a Lane Crawford, têm as suas próprias lojas “outlet” na ilha de Ap Lei Chau. Há dois anos, a empresa de Taiwan Shing
Kong Group submeteu um projecto para construir o primeiro centro comercial de descontos em Macau. O grande shopping comercial vai ser construído na área do Grand Waldo, no Cotai, e a sua evolução parece positiva. A empresa anunciou recentemente a criação de uma “joint-venture” com a Get Nice Holdings exclusivamente para dinamizar o complexo. O centro comercial, cuja abertura está prevista para o fim deste ano juntamente com o hotel remodelado do casino, terá 200 mil metros quadrados e conta com um investimento de mais de 320 milhões de patacas. Pela legislação de Taiwan, a Shin Kong não poderá ter nenhum tipo de ligação com a parte do jogo do casino.
Vasco Rocha Vieira na lista do Sporting
O antigo governador de Macau foi anunciado como líder do Conselho Leonino da lista apresentada por Pedro Baltazar, que concorre à presidência do Sporting. Além do nome de Vasco Rocha Vieira, outra novidade da lista é a presença de Pedro Santana Lopes, antigo presidente do clube, que irá assumir a presidência da Assembleia Geral. O líder do Conselho Fiscal e Disciplinar é o general Valença Pinto, enquanto que a lista de vicespresidentes do Conselho Directivo é composta por Nuno Fernandes Thomaz, Paulo Paiva dos Santos, Tomás Froes, Paulo Barreto e Gonçalo Faria de Carvalho. Os vogais do mesmo órgão são Pedro Madeira Rodrigues, Luís Matoso, Tiago Sanches da Gama e Miguel Horta e Costa.
Joana Freitas
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oi o primeiro caso de corrupção passiva no sector privado desde a entrada em vigor da Lei de Prevenção e Repressão da Corrupção neste âmbito, em Março do ano passado. Na sexta-feira, o Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) organizou uma conferência de imprensa onde dava conta de uma tentativa de suborno cometida por um funcionário de uma empresa de gestão de obras do território. Como explicou o investigador chefe principal do CCAC, Fong Pak Ian, o suspeito exercia funções numa companhia responsável pelo concurso público de uma obra local privada “de grande empreitada”. O homem terá feito uso da sua posição privilegiada para obter, de forma ilícita, acesso a dados “sob sigilo comercial”, onde pub
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CCAC investiga primeiro caso de corrupção passiva no sector privado
A primeira ninguém nunca esquece se incluía o valor das licitações de todas as empresas concorrentes ao concurso. Em Janeiro deste ano, o suspeito marcou uma reunião com um funcionário de uma das concorrentes à construção da empreitada, ao qual terá entregue um envelope com uma cópia dos documentos confidenciais. Em troca de um valor monetário, que rondava um a dois milhões de patacas, correspondentes a 1% e 2,5% do preço total da construção, o arguido fornecia, desta forma, ao empregado fontes que poderiam ser vantajosas para a fase seguinte do concurso. O CCAC diz ter sido alertado por uma queixa que deu origem à investigação, cuja duração foi de cerca de dois meses. Apesar de não
se saber quem fez a denúncia, o CCAC confirmou que teve ajuda tanto da parte da entidade patronal do suspeito como da parte da empresa a quem foi solicitado o suborno. Os documentos e outras provas materiais foram também apreendidas e o comissariado está a entrar agora “na segunda fase da investigação”, disse o investigador-chefe.
Exactamente por este motivo, não foram muitos os comentários dos responsáveis do CCAC, que salientam que o caso está em segredo de justiça, pelo que não podem ser fornecidos muitos dados, “de forma a que não sejam prejudicados os trabalhos de investigação”, explica Fong Pak Ian. Sabe-se apenas que até
ao momento não existem mais suspeitos ou empresas envolvidas, mas de fora fica identificação e origem do suspeito e proveniência do capital da empreitada. O suspeito foi interrogado nas instalações do comissariado na quinta-feira e o caso foi posteriormente encaminhado para o Ministério Público que, segundo Fong Pak Ian, já terá aplicado as medidas de coacção, que incluem a proibição de saída do território. Os crimes de corrupção passiva podem ir de um até três anos de prisão, números que “dependem do teor do caso”.
O escolhido entre muitos
Já foram mais de uma centena os casos de corrupção
sociedade investigados pelo CCAC, mas só este teve um tratamento fora do comum. Entre os 30 que também mereceram instauração de processos, este foi o único que foi levado a conferência pelo comissariado. Kuan Kung Hong, adjunto do comissário contra a corrupção, disse à imprensa que iriam ser fornecidos “dados mais concretos” no final do mês, altura em que estará terminado o relatório do CCAC. Apesar de serem constantes as notificações de casos de corrupção no sector privado, Kuan Kung Hong salienta que houve melhorias nesta área. “Desde a entrada em vigor da lei fizemos vários trabalhos de promoção junto da sociedade e colaboramos com diversos sectores”, o que permitiu, segundo o responsável, haver mais vigilância e consequente prevenção de casos deste género.
vida
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Q
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uisemos saber como está o meio ambiente por Macau e fomos recebidos pelo director da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), Cheong Sio Kei, que nos explicou que estão em marcha projectos pedagógicos de Educação Ambiental junto das escolas e que o Governo monitoriza directamente as aves migratórias do Cotai. A poluição já chegou a números preocupantes com 700 queixas a chegarem à DSPA desde 2009. Cheong Sio Kei confirma que Macau queimou lixo chinês e assume que a reciclagem de lixos classificados tem um longo caminho a percorrer. Os valores de todos os tipos de poluição em Macau são bastante altos. O que é que tem sido feito para melhorar a situação? Evidentemente que há a existência de poluição em Macau. Das reclamações chegadas a estes serviços percebemos que há muitos casos, essencialmente, de poluição atmosférica, sonora e da água. Com estas reclamações procedemos imediatamente à sua análise a fim de as tratar devidamente, pois os nossos trabalhos são desenvolvidos com base nas reclamações que recebemos. Mas não há uma pró-actividade por parte da DSPA? Só agem de acordo com as queixas da população? Isso é um dos complementos que nos incentiva a fazer melhor o nosso trabalho. Esta direcção foi fundada em 2009, existe há dois anos portanto. Ao longo deste
Tentar implementar uma série de acordos climáticos recentes, incluindo um retomada, “apesar de todas as incertezas em relação ao futuro do Protocolo Climático será uma das questões em debate num encontro ministerial marc expira no final de 2012 e ainda não há certezas do que acontecerá depois.
DSPA reconhece que reciclagem de resíduos está ainda muito atrasada
“A população ainda mistura todo o l tempo recebemos mais de 700 queixas sobre poluição e problemas ambientais diversos. Com base nisso é que definimos a política de controlo das poluições. Agora, queremos fazer uma consulta pública a fim de estimular e definir um planeamento geral de ambiente para os próximos dez anos. A Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) também tem um plano para os próximos dez anos. O vosso plano está a ser trabalhado em conjunto com a DSSOPT? Os trabalhos dos serviços públicos têm muitas vezes conexão e neste caso não é excepção. Na parte de veículos ecológicos têm havido parcerias com a DSSOPT. Os trabalhos de promoção dos veículos eléctricos fazem parte do nosso plano. Este planeamento envolve a colaboração de várias entidades, onde o urbanismo também está inserido. Queremos dar prioridade ao transporte público. Em matéria de educação ambiental, o que é que tem sido feito? Damos muita importância à educação ambiental desde as crianças nas escolas até aos adultos. O ano passado lançámos o plano de parceria “Eco-escolas” e com isso fizemos um planeamento pedagógico que era igualmente
“Descobrimos que a China enviava pedaços de cabedais e outros lixos em camiões para serem reciclados gratuitamente na nossa central. Não podemos permitir que os recursos públicos sejam aplicados para tratar dos lixos alheios” um concurso dedicado aos mais pequenos. O nosso objectivo é a sensibilização ambiental e com isso as crianças vão, de certeza, influenciar os membros da sua família. Em relação a este plano nós queremos que os professores organizem materiais pedagógicos para o ensino de conhecimentos básicos sobre ambiente. Depois vamos apurar o melhor manual pedagógico de educação ambiental, que estará pronto dentro de um ano. Abordando agora a temática dos lixos. Como está a funcionar o procedimento de reciclagem em Macau? Para falar desta questão temos de voltar um pouco atrás no tempo, antes da década de 90. Em Macau, nessa altura, colocava-se o lixo nos aterros mas no início da década de 90 o Governo de Macau já ficou mais atento a essa problemática e foram construídas três linhas de queima de lixo sólido na Central de Incineração de Resíduos. Depois de 2008 passaram a seis linhas que nunca ficam em funcionamento ao mesmo tempo por motivos logísticos. As pessoas têm de entender que com o desenvolvimento da sociedade o lixo tem aumentado. Executamos uma política de redução de resíduos na fonte e isto parte pela sensibilização da população. Nesse campo é que entra a classificação de resíduos. Hoje em dia já se vê, espalhados pelas ruas de Macau, os eco-pontos mas esse trabalho está ao cargo do IACM [Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais]. Claro que isso não é suficiente, temos que sempre sensibilizar a população. Mas concretamente o que é que tem sido feito ao nível da reciclagem de papel, metal ou
Gonçalo lobo pinheiro
Gonçalo Lobo Pinheiro
ONU retoma negociações climá
plástico. Quem a faz? Onde estão as instalações de transformação de resíduos? Como Macau é uma terra pequena e existe um número limitado de caixotes de reciclagem, o nosso trabalho tem a dimensão das necessidades sociais e para resolver este problema nós fazemo-lo por duas vias. Primeiramente, pretendemos elevar a preocupação de toda a população para a classificação dos resíduos. A população ainda mistura todo o lixo e há coisas que vão no lixo geral que podem ser reaproveitadas. Existem comerciantes que trabalham com a reciclagem de papel ou metal, mas se as pessoas não fazem o trabalho de casa como podem estas empresas privadas sobreviver? Esta parte da reciclagem forma uma cadeia que ainda é um tema que merece muita discussão no futuro e um reforço do trabalho. Depois, no planeamento geral já pensámos nisto como conteúdo de pormenor sobre esta área. Estamos muito no início mas, neste momento, a reciclagem de resíduos é feita em três eixos: eco-escolas, empresas verdes e hotéis verde.
Afinal, de quem é a responsabilidade do processo? A reciclagem é feita pelo Governo ou por empresas privadas? Ambas as partes entram no processo. Há particulares que tratam os lixos mas os caixotes eco-pontos são privados apesar de geridos pelo IACM. Eles é que fazem a triagem do lixo e o separam na fase seguinte.
“Pretendemos elevar a preoc para a classificação dos resíduo há coisas que vão no lixo geral q Recentemente ouve ecos de notícias que diziam que a China enviava lixo para Macau para ser incinerado no território. Que fiscalização tem sido feita nesse sentido? Infelizmente, tudo o que se publicou nos jornais é verdade. Existiu, de facto, esse problema. Descobrimos que a China enviava pedaços de cabedais e outros lixos em camiões para serem reciclados gratuitamente na nossa central. Não podemos permitir que os recursos
áticas internacionais
m novo fundo ambiental, é uma missão que será o de Quioto”, lembrou a ONU. O Fundo Verde cado para Abril, no México. O Protocolo de Quioto
lixo”
públicos sejam aplicados para tratar dos lixos alheios. Neste momento a situação está resolvida. Já se sabe que Macau é pequeno mas qual vai ser a política de espaços verdes nos próximos anos? Com certeza os nossos serviços têm toda a responsabilidade de tratar da reflorestação do território mas temos de resolver essa questão num âmbito mais abrangente, ou seja,
cupação de toda a população os. Ainda se mistura todo o lixo e que podem ser reaproveitadas” num enquadramento das linhas gerais Planeamento de Protecção do Ambiente do Delta do Rio das Pérolas. Segundo esta orientação a reflorestação irá ser feita em coordenação com a região de Hong Kong e a província de Cantão. As três querem construir um ciclo de vida qualificada e concretamente, nós e o IACM, temos as nossas responsabilidades de criar espaços verdes em Macau. Com os novos aterros concessionados pelo Governo Central vamos criar esses
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espaços, tenho a certeza. E Coloane, o grande espaço verde e classificado de Macau. É intocável? Esse é um problema de todo o território mas em relação a Coloane nós temos um princípio. Pode fazerse tudo sob a condição preliminar de protecção ambiental e a saúde dos habitantes daquela região. Já existe um regime de avaliação do impacto ambiental para qualquer empreendimento e isso é a base de tudo o resto. Neste momento estamos a criar um estudo prévio de impacto ambiental para qualquer construção conjuntamente com a DSSOPT. É um procedimento legislativo isto do Regime de Impacto Ambiental. Qual é o futuro das energias renováveis por cá? Em relação a este tema quem tem mais competências para responder é o Gabinete do Sector Energético. Não vamos falar por eles mas mantemos uma boa relação de cooperação com este gabinete. Da nossa parte, durante o procedimento de queima de resíduos é gerada electricidade que introduzimos na rede pública. Essa é a nossa forma de reaproveitamento de energia. Além disso, temos um Centro de Infra-estruturas Ambientais, onde fazemos demonstrações de aproveitamento de energias ao nível das energias eólica e solar. A construção desenfreada no Cotai tem prejudicado muitas das aves migratórias que escolhem Macau para nidificar ou apenas passar uma temporada. O que tem sido feito para proteger as espécies? Faz parte dos trabalhos importantes do Governo da RAEM a protecção das aves migratórias. Em 2003 foram construídas duas zonas ecológicas que o Governo monitoriza directamente, acompanhando tudo o que ali acontece. A primeira zona está vedada e na segunda, aberta, todas as aves podem circular à vontade, onde podem viver ou passar o inverno. Os nossos serviços têm feito uma reclassificação dessas zonas e actualmente, em Macau, existem cerca de 53 espécies de aves, de onde se destaca o colhereiro de bico preto, a garça branca ou a garça cinzenta. Regularmente fazemos os levantamento necessários dos dados daquelas zonas, com especial destaque para a qualidade da água. Acompanhamos todas as alterações que possam acontecer e quando estas acontecem tomamos as adequadas medidas de melhoramento. Paralelamente todo este processo é acompanhado por uma empresa de consultadoria e por especialistas em aves.
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cultura
Artistas locais preparam maior exposição de sempre em Portugal
O que é transnacional é bom Em Abril, 20 artistas do território vão levar “Acessórios Imaginários” ao Museu do Oriente. Serão quase 40 trabalhos de três gerações distintas assentes na ideia de transnacionalidade criativa
Produção exclusiva
Filipa Queiroz
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filipa.queiroz@hojemacau.com.mo
riar uma montra da produção de arte contemporânea local em Portugal foi o desafio lançado pela Fundação Oriente a José Drummond no ano passado. O artista plástico aceitou o convite que se materializa no próximo dia 15 de Abril, em Lisboa. “Vai ser a maior exposição de sempre em Lisboa com artistas de Macau”, explicou José Drummond, curador do evento com o apoio de James Chu e da galeria Art For All Society (AFA). O artista plástico recordou que a última exposição desta envergadura aconteceu em 1990, na Sala de Exposições Temporárias do Centro de Arte Moderna (CAM) e contou com a participação dos artistas Anabela Canas, Carlos Marreiros, Kwok Woon, Lei Chan Fu, Lok Tai Tong, Mio Pang Fei, Ung Chi Iam, Guilherme Ung Vai Meng e Victor Marreiros. No Museu do Oriente, na capital portuguesa, serão 20 os artistas e quase 40 os trabalhos a representar a produção local, num espaço “praticamente cinco vezes maior do que o CAM” e através da co-produção “inédita” entre a Fundação Oriente e a Fundação Macau.
José Drummond | “The Performer”
“Acessórios imaginários”: O Documentário A exposição de 20 artistas locais no Museu do Oriente vai ser acompanhada por um outro trabalho inédito, um documentário da autoria de José Drummond sobre os próprios autores das obras. O filme, ainda em processo de produção, será “uma visão mais pessoal de cada um dos artistas, em que eles falam do seu trabalho e expõe algumas das suas ideias”, explicou o autor. O trabalho terá cerca de uma hora e meia e vai ter o mesmo nome da exposição. Com o nome “Acessórios Imaginários” é sugerido “o panorama natural da cidade, onde ‘pequenas realidades e ‘grandes efeitos’ definem
A escolha assentou na diversidade e os eleitos foram Alice Kok, Bianca Lei, Carlos Marreiros, James Chu, James Wong, João Ó, João Vasco Paiva, Kent Chi Kin, Konstantin Bessmertiny, Lei Ieng Wei, Lio Man Cheong, Mio Pang Fei, Ng Fong Chao, Pakeong Sequeira, Peng
a cultura quotidiana”, explicou o artista autor e curador do evento. “O espectáculo e a simulação nunca estão longe da superfície de um lugar como Macau” e “ consequentemente, as luzes brilhantes e a velocidade da vida contemporânea ampliam metaforicamente esta identidade do imaginário”, lê-se no texto introdutório do evento. No documentário, tal como nas obras, o objectivo é apresentar o produto dos “contextos sociais e culturais que estão constantemente em fusão com a intimidade do indivíduo e com as noções autónomas de cada artista”.
Yung, Tong Chong, Ung Vai Meng, Wong Ka Leong e Xin Jing. “Apesar de haver mais artistas de qualidade em Macau, a escolha recaiu sobre um número de expressões que penso ser a mais equilibrada e aquela que melhor articula e mostra a variedade da arte
local”, justificou o artista plástico. O resultado foram três gerações distintas numa só exibição, que tem por objectivo ampliar a visibilidade da cidade multicultural que é Macau através da pintura, escultura, fotografia, instalação e vídeo-arte. Manifestações estéticas que
Decisões, decisões
“A Fundação Oriente lançou-me o desafio no ano passado e encarregou-me de sugerir alguns nomes identificativos da arte contemporânea local”, diz Drummond. “Eu aceitei imediatamente o convite e fui falando com os artistas. Praticamente todos aceitaram”, acrescentou.
resultarão elas mesmas da nova iconografia do território, interligada com as mudanças históricas que sofreu. “Eu propus que eles encarassem o desafio como a possibilidade de verem o seu trabalho exposto de uma forma que não é habitual.”
Wong Ka Leong
James Chu | “Harmony”
A maioria dos trabalhos que vai ser apresentado no Museu do Oriente em Abril serão inéditos. Nomeadamente os de James Chu, Wong Ka Leong, Alice Kok, Peng Yung, Xin Jing, João Ó, João Vasco Paiva, Bianca Lei, Tong Chong, Lei Ieng Wei e do presidente do Instituto Cultural de Macau, Guilherme Ung Vai Meng. Os primeiros sete acompanharão o curador à inauguração em Portugal. Pakeong Sequeira também e vai ser o primeiro a chegar, a tempo de desenvolver o seu trabalho ‘in loco’, como já é habitual do artista. Dos veteranos Konstantin Bessmertiny e Mio Pang Fei podem esperar-se trabalhos de excelência que, apesar de não serem inéditos, são “representativos da pintura [contemporânea] que se faz no território”. Carlos Marreiros vai apresentar uma série de pinturas, duas delas já exibidas anteriormente no Salão de Outono da Casa Garden, em Outubro, e outras três inéditas. “Acho que a exposição vai ser óptima e uma excelente oportunidade para os artistas ganharem visibilidade”, salientou José Drummond. “Vai ser um reflexo do dinamismo artístico que eu acho que Macau está a viver”, acrescentou o artista que recordou o aumento de 50% no número de candidaturas para representar o território na próxima edição da Bienal de Veneza. “Notase que as pessoas estão com mais energia”, rematou. Os “Acessórios Imaginários” dos artistas contemporâneos de Macau voam para o Museu do Oriente no próximo dia 15 de Abril e ficam até 12 de Junho.
Bob Dylan em Pequim
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O cantor norte-americano vai mesmo actuar pela primeira vez na China. Dylan já tinha tentado tocar no país no ano passado, no âmbito de uma digressão pela Ásia que acabou por ser cancelada devido a vários problemas com as autoridades chinesas. O autor de clássicos como “Like a Rolling Stone” conseguiu autorização para dar dois concertos no país no dia 6 de Abril em Pequim e, dois dias depois, em Xangaim. A data coincide com o 50º aniversário da primeira interpretação de “Blown’In the wind” ao vivo, em 1961. O próprio Bob Dylan, que nasceu Robert Allen Zimmerman, completa 70 anos no dia 24 de Maio.
Doze mulheres vão emprestar a voz e o talento à iniciativa do Albergue SCM que vai assinalar o Dia Internacional da Mulher com uma exposição digital e uma palestra Filipa Queiroz
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mapalestra e uma instalação digital, com propostas de 12 cidadãs de Macau, foi a ideia que o Albergue teve para assinalar o Dia Internacional da Mulher. Amanhã, 12 personalidades do território representantes das mais variadas vertentes profissionais exploram a única característica que, à primeira vista, têm em comum: ser mulher.
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Albergue SCM celebra Dia Internacional da Mulher
Amanhã elas é que sabem
Clara Brito
A iniciativa “Condição Feminina” vai ser falada em inglês e cantonês e contará com a presença, entre outras, da fotojornalista Carmo Correia e da estilista Clara Brito. “Eu abordei o tema de uma forma oposta, como todas as iniciativas desde género mostram sempre trabalhos de mulheres, desta vez, o meu é exclusivamente feito com homens”, confessa Carmo Correia. A fotógrafa vai apre-
Carmo Correia
sentar uma série de trabalhos feitos no Médio Oriente. “Como teremos de falar um pouco sobre o trabalho ou sobre outra coisa qualquer relacionada com o tema, eu vou pegar na forma como abordei o meu”, explica a fotojornalista. Carmo retratou uma corrida de camelos onde não se via uma saia por perto. Apesar de ter uma ocupação profissional que geralmente é feita por
homens, Carmo garante que nunca sofreu nenhum tipo de preconceito em Macau. Já no Médio Oriente diz que se nota “muito a diferença”. “Lá ignoram-nos. Temos de ter cuidado na forma como nos vestimos, por exemplo. Quando fui, estava imenso calor mas não podia usar o que me apetecia.” Ao contrário de Macau. “Aqui [na RAEM] podemos estar muito atrás em muita coisa, mas não nisso”, remata. Clara Brito diz que na sua apresentação vai tentar falar sobre a “ideia de ser mulher” ao mesmo tempo que fala sobre o seu percurso profissional que, curiosamente, passou sempre pela companhia de homens. “Posso dizer que sim, tenho mais tendência para me rodear de homens do que de mulheres no meu trabalho”, admite a criativa que fundou a marca
Homens da Luta vencem no Festival RTP da Canção
A luta continua... em Düsseldorf O
s comediantes Homens da Luta foram os eleitos para ir à Alemanha representar Portugal na primeira semifinal do Festival da Eurovisão. “São os barcos de Lisboa”, canção de Carlos Massa interpretada por Nuno Norte, seria a vencedora da noite, se a decisão coubesse apenas aos jurados dos 18 distritos portugueses, e ainda dos Açores e da Madeira. No entanto, o peso da opinião dos telespectadores na escolha final (metade) foi fundamental para a vitória da dupla de humoristas. “Luta é alegria” foi o tema preferido por 26% dos votantes por telefone, muito à frente do tema de Rui Andrade, o segundo mais votado, que obteve 12%. “Quero agradecer a todo o povo que votou em nós, pá. Gastou 60 cêntimos mais IVA para dar a taça aos Homens da Luta. Camaradas! A taça é do povo, pá”, atirou Jel, antes da actuação que fechou a emissão, contra as vaias da plateia. A escolha desagradou ao público que marcou presença no Teatro Camões, em Lisboa, no sábado à noite. Metade da plateia esvaziou mal os Homens da Luta foram anunciados como os repre-
sentantes portugueses no Festival da Eurovisão deste ano. Os que ficaram encheram a sala com apupos, abafando as parcas palmas que se ouviram. “Camaradas, pá, a todos aqueles que gostam muito obrigado, a todos aqueles que não gostam mais obrigado ainda, camaradas, pá! A luta é alegria, pá! É alegria, camaradas, pá! E nós vamos à Alemanha mostrar isso, que Portugal não é só fado, pá”, reagiu Jel, que dá voz aos Homens da Luta encarnando uma personagem, Neto.
Vasco Duarte, que de guitarra em punho responde pelo nome de Falâncio, também respondeu à plateia descontente com a reviravolta no resultado: “O que nos interessa sempre, camaradas, é o voto do público. E povo sabe que os Homens da Luta estão sempre com ele. Viva o povo! Vivam os Homens da Luta! Viva a luta em Portugal, camaradas!” Os Homens da Luta exploram a música como espaço de intervenção, mas também como forma de caricaturar um anacronismo que reconhecem nessa forma de reivindicação. Atiram para os dois lados. Mas Vasco Duarte, que escreveu a letra desta canção, fez cara séria para a dedicatória: “A música dos Homens da Luta é dedicada ao povo. E àqueles que estão desempregados e passam mal no nosso país.” “Luta é alegria” estava a concurso com mais 11 canções. NaAlemanha estará entre 19, na primeira noite da edição deste ano da Eurovisão. É mais uma etapa que os Homens da Luta terão de passar, se quiserem estar na final de Düsseldorf, a 14 de Maio. A segunda semifinal acontecerá a 12 do mesmo mês.
“Lines Lab” com o colega Manuel Correia da Silva. Clara Brito confessa que geralmente não presta especial atenção ao Dia Internacional da Mulher mas considera-o uma data “simpática”. Como vê o papel actual da mulher no território?
“Não é uma questão pessoal, mas sinto que o lado masculino e machista é muito forte em Macau.” Apesar de tudo, a estilista não pretende “falar de dificuldades, mas de coisas boas”. Amanhã, Clara Brito vai juntar-se a Carmo Correia, Ana Cardoso, Anita Fung, Bo Derek, Carolina Rodrigues, Cristina Vinhas, Denise Lei, Gigi Lee, Lili Silveirinha, Lúcia Lemos e Yoyo Wu para falar sobre a “Condição Feminina” no Albergue SCM, às 18h.
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Anúncio HM-1ª VEZ 07-03-2011 Acção Ordinária CV1-11-0010-CAO
1º Juízo Cível
AUTORA: ASSOCIAÇÃO DE PIEDADE E DE BENEFICÊNCIA “HÓNG-CHANKUAN-MIO” / “HONG KONG MIO” também denominada e conhecida por ASSOCIAÇÃO DE BENEFICÊNCIA E PIEDADE “PAGODE HONG KONG-MIO”, com sede em Macau, na Rua de Sacadura Cabral, nº 68, r/c, Macau. ------------------------------RÉUS: INTERESSADOS INCERTOS;-----------------------------------------------------------FAZ-SE SABER que pelo Tribunal Judicial de Base da RAEM, correm éditos de TRINTA DIAS, contados a partir da segunda e última publicação do respectivo anúncio, citando quaisquer INTERESSADOS INCERTOS para, no prazo de TRINTA DIAS, findo o dos éditos, contestarem, querendo, a presente Acção Ordinária, na qual a autora pede, em síntese, que seja declarada, para todos os efeitos, nomeadamente de registo, legitima proprietária e única titular dos seguintes imóveis, por os haver adquirido por usucapião:------------------1ª ---Prédio com o n.º 2 da Rua das Estalagens, com a área de 27 m2, descrito na Conservatória do Registo Predial de Macau sob o nº 13368, a Fls. 5 verso do Livro B36, confrontando com NE – Rua das Estalagens. SE – Rua das Estalagens n.ºs 2A-4 (nºs. 13369 e 13370) SW – Rua de Cinco de Outubro. NW – Rua de Cinco de Outubro. 2ª ---do prédio com o n.º 6 da Rua das Estalagens, com a área de 29 m2, descrito na Conservatória do Registo Predial de Macau sob o nº 553, a Fls. 197 verso do Livro B3, confrontando com NE – Rua das Estalagens. SE – Rua das Estalagens n.º8 (nº. 13371) SW – Rua de Cinco de Outubro nº119D. NW – Pátio Interior. 3ª ---do prédio com o n.º 8 da Rua das Estalagens, com a área de 32 m2, descrito na Conservatória do Registo Predial de Macau sob o nº 13371, a Fls. 7 verso do Livro B36, confrontando com NE – Rua das Estalagens. SE – Rua das Estalagens n.ºs 10-10A (nº3772) SW – Rua de Cinco de Outubro nº119D. NW – Rua das Estalagens n.º6 (nº553). 4ª ---do prédio com o n.º 4 da Travessa do Pagode, com a área de 91 m2, descrito na Conservatória do Registo Predial de Macau sob o nº 13366, a Fls. 4 verso do Livro B36, confrontando com NE – Pátio Interior. SE – Travessa do Pagode SW – Travessa do Pagode n.º4A (nº 13367). NW – Rua de Cinco de Outubro n.º119D. 5ª ---do prédio com o n.º 4-A da Travessa do Pagode, com a área de 79 m2, descrito na Conservatória do Registo Predial de Macau sob o nº 13367, a Fls. 5 verso do Livro B36, confrontando com NE – Travessa do Pagode n.º4 (nº 13366). SE – Travessa do Pagode SW – Travessa do Pagode n.º6 (nº 698). NW – Rua de Cinco de Outubro n.º119D. -----Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta secretaria à disposição dos citandos e, ainda que é obrigatória a constituição de advogado (art. 74º do C.P.C.M.), caso contestem.-------------------------------------------------------------------Aos 21 de Fevereiro de 2011
ícones português do desporto
segunda-feira 7.3.2011 www.hojemacau.com.mo
O Hoje Macau dedicar às segundas-feiras uma série de entrevistas a vários atletas portugueses, antigos e no activo, que são ícones do desporto em terras lusas mas também pelo mundo a fora. Nada melhor como começar com uma mulher e uma campeã. Naide Gomes, africana de nascença, chegou a competir por São Tomé e Príncipe nos Jogos Olímpicos de Sidney. Confidenciou que estar sempre a vencer exige muito do seu físico pelo que as lesões sempre aparecem e recorda a primeira medalha como a mais importante porque “foi responsável pela conquista de todas as outras”. Uma curiosidade: atingiu a maioridade em Macau. Saiba como, a seguir.
gonçalo lobo pinheiro
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Entrevista | Naide Gomes, 31 anos, atleta de salto em comprimento
A maioridade em Macau Gonçalo Lobo Pinheiro glp@hojemacau.com
Quais são os projectos para este ano? Para este ano tenho alguma competições importantes, mas a principal vão ser os campeonatos do mundo que se realizarão em Daegu em finais de Agosto. As expectativas são boas, quero tentar chegar à final e depois lutar por uma das medalhas. Começou no pentatlo e no heptatlo. Por que a mudança definitiva para o salto em comprimento? Problemas com lesões levaram-me a dedicar única e exclusivamente ao salto em comprimento, e penso que foi a melhor opção. Começou por competir por São Tomé e Príncipe e até esteve nos Jogos Olímpicos de
Sidney correndo os 100 metros barreiras. Por que quis mudar de nacionalidade e competir por Portugal? Sim, tive o prazer de competir pelo o país que me viu nascer. Foi com muito orgulho que representei as cores de São Tomé e Príncipe. Mas Portugal foi o país que me viu nascer para o atletismo, só assim é que pude conhecer o atletismo e ter condições para dedicar-me a 100%. Acrescentado a isso, é o país que me acolheu dando as melhores condições para estudar e viver. Em suma é também o
meu país, já vivo há mais anos em Portugal do que em São Tomé e Príncipe. Mas uma coisa é certa. Os dois países estão e estarão sempre no meu coração. Representou Portugal pela primeira vez em 2002 no Campeonato da Europa de Pista Coberta. Ninguém a conhecia e revelou-se uma surpresa ao conquistar a prata. Como foi esse momento? Foi muito bom. Na altura era uma miúda desconhecida aos olhos do atletismo mundial e poder chegar a estes campeonatos e lutar de igual
“Estar na alta competição nove anos seguidos e vencer quase sempre uma medalha não é fácil, exige muito do nosso físico. Para chegar onde estou, acredite que tive que levar o meu corpo ao limite, e isso tem um preço”
com outras atletas muito mais conhecidas e vencer uma medalha foi muito bom. Foi nesse momento que realmente acreditei que poderia ser a melhor e vencer as provas que participava. Tudo o que vivi nesse dia deu-me a motivação necessária para continuar a trabalhar para ser melhor. As lesões têm sido uma constante ao longo da sua carreira. Qual a explicação para isso? Estar na alta competição nove anos seguidos e vencer quase sempre uma medalha não é fácil, exige muito do nosso físico. Para chegar onde estou, acredite que tive que levar o meu corpo ao limite, e isto tem um preço. Tenho sofrido muito com as lesões, mas mesmo assim sou uma sortuda, pois nunca tive uma lesão que me obrigasse a
André Couto continua no GT japonês
O piloto português André Couto, que corre com as cores de Macau, disse que vai disputar mais um campeonato japonês de Grand Turismo aos comandos de um Lexus SC430 da equipa Kraft Racing. “Estou muito orgulhoso deste salto na minha carreira porque não só fui convidado para permanecer no Japão como a equipa pela qual vou correr tem maiores possibilidades de andar nos lugares da frente”, disse o piloto à agência Lusa. André Couto, que nas últimas temporadas guiou um Lexus, mas tinha o campeonato dedicado ao desenvolvimento de novos pneumáticos, o que inviabilizava a disputa pelos lugares cimeiros das corridas, mas a próxima temporada pode ser diferente. “Além de utilizarmos pneus Bridgestone, temos um forte apoio da Toyota que colocou na nossa equipa um engenheiro muito qualificado e que estava na Fórmula Um”, acrescentou.
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“Pela minha parte continuarei a dar o melhor de mim para bem representar o nosso País quando participo numa competição internacional. Ganha-se umas vezes, perde-se outras, é assim o desporto. Sei bem o que uma medalha representa. Por isso, e para isso, trabalho duro para que tal aconteça. Tudo farei para sentirem orgulho por Portugal” ficar um ano ou mais parada. A aposta definitiva no salto em comprimento só surge depois do bom resultado alcançado no Campeonato Europeu de Atletismo em Pista Coberta, em 2005. Foi mesmo aí que percebeu que essa vertente do atletismo é que era para seguir? Sim e não, eu sempre tive bons resultados no salto em comprimento mesmo praticando em simultâneo com o heptatlo. Acabei por optar pela primeira disciplina. Quais foram as medalhas e títulos que lhe deram mais gozo conquistar? Penso que foi a minha primeira, porque foi a responsável pela conquistas de todas outras. Quais são os seus ídolos do desporto? Não tenho. O que tenho é muita admiração por todos os atletas que, assim como eu, treinam todos os dias, quer faça chuva ou sol, quer estejam doentes ou não, e que trabalham todos os dias em busca de um sonho... Como foi a sua infância em África? Pretende regressar a São Tomé e Príncipe? Foi muito boa, quase sempre passada na rua a brincar com as outras crianças. Tenho muitas saudades, mas São Tomé e Príncipe será apenas para passar férias. Já estou muito habituada ao estilo de vida que tenho em Portugal. Os meus amigos estão todos cá, assim como quase
Mais uma prata Naide Gomes sagrou-se ontem vice-campeã de salto em comprimento, depois de ter alcançado uma marca de 6,79m, nos Europeus de pista coberta, em Paris. A atleta portuguesa consegue assim o 2.º lugar, depois da adversária russa ter conseguido a marca de 6,80m. Nas provas de sábado a atleta lusa conseguiu, na última tentativa, uma marca de 6,58m. Desta forma alcançou a 7.ª posição e foi penúltima a qualificar-se. Ontem as dificuldades ficaram para trás e Naide Gomes conseguiu a 2.ª posição da tabela, na modalidade de salto em comprimento.
toda a minha família. Hoje em dia, tenho muito mais laços em Portugal do que em São Tomé e Príncipe. Quem é a Naide Gomes como pessoa e fora do atletismo? Sou uma mulher normal, que gosta de estar com a família e com os amigos. Vivo com o meu namorado, adoro ir ao cinema, à praia, ler, entre outras coisas. Neste momento estou no terceiro ano do curso de Fisioterapia que pretendo terminar depois dos jogos Olímpicos 2012 de Londres. Sou uma pessoa que gosta muito dos meus amigos e sou muito caseira. Já esteve em Macau? Sim já estive, celebrei aí os meus 18 anos. Já lá vão alguns anos. Na altura ainda pertencia a Portugal, e era uma região muito bonita. Quem sabe, talvez um dia volte. Tem 31 anos e o tempo urge. Quais são as suas metas para os próximos anos? Pois é, já tenho 31 anos, como o tempo passa. Ainda me sinto com capacidades de continuar por mais dois ou três anos. Depois é tempo de família, ter filhos e casar. Mas não tenho pressas nenhumas. A vida é para ser vivida um dia de cada vez. O futuro a Deus pertence. Vê-se como uma embaixadora do desporto português, ao nível de Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernando Mamede, Luís Figo ou Eusébio? Porque não? Seria um prazer. Uma palavra à comunidade portuguesa de Macau. Estando tão longe de Portugal, como estão todos os que vivem e trabalham em Macau, agora com as novas tecnologias tudo se torna mais fácil e mais próximo. Por isso acompanharão, certamente, tudo o que por cá se passa. Pela minha parte continuarei a dar o melhor de mim para bem representar o nosso país quando participo numa competição internacional. Ganhase umas vezes, perde-se outras, é assim o desporto. Sei bem o que uma medalha representa. Por isso, e para isso, trabalho duro para que tal aconteça. Tudo farei para sentirem orgulho por Portugal, mesmo que estejam tão longe “deste cantinho”.
Quem é Naide Gomes? • Nome completo
Ezenaide do Rosário da Vera Cruz Gomes
• Modalidade de Atletismo Salto em comprimento • Data de Nascimento
20 de Novembro de 1979 (31 anos)
• Naturalidade
São Tomé e Príncipe
• Nacionalidade
Portugal
• Peso: 70 kg • Altura: 1,81 m
Medalhas Campeonatos Mundiais – Indoor Ouro Budapeste 2004 Pentatlo Ouro Valência 2008 Salto em comprimento Prata Doha 2010 Salto em comprimento Bronze Moscovo 2006 Salto em comprimento Universíadas Prata Izmir 2005 Salto em comprimento Campeonatos Europeus Prata Gotemburgo 2006 Salto em comprimento Prata Barcelona 2010 Salto em comprimento Campeonatos Europeus - Indoor Ouro Madrid 2005 Salto em comprimento Ouro Birmingham 2007 Salto em comprimento Prata Viena 2002 Pentatlo Participou nos Jogos Olímpicos de 2000, 2004 e 2008
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NOTIFICAÇÃO EDITAL
N.º 53/2011
(Solicitação de Comparência do Empregador)
Nos termos das alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 6.º do Regulamento da Inspecção do Trabalho,
artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, notifica-se o representante legal da sociedade COMPANHIA DE ENGENHARIA FOREVER CREATION LIMITADA, sita na Travessa do Lago n.º5, Edif. Veng Vang Kok, r/c, loja C, Macau, para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do 1.º dia útil seguinte à da publicação dos presentes éditos, comparecer no Departamento de Inspecção do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.os 221-279, Edifício “Advance Plaza”, 1.º andar, a fim de prestar declarações no processo n.º 4856/2009, e relativamente à matéria da contribuição para o Fundo de Segurança Social do período entre Janeiro e Março de 2009. Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Trabalho,
aos 28 de Fevereiro de 2011.
O Chefe de Departamento,
Raimundo Vizeu Bento
NOTIFICAÇÃO EDITAL
(Solicitação de Comparência do Trabalhador)
N.º 55/2011
Nos termos das alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 6.º do Regulamento da Inspecção do Trabalho,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/89/M, de 18 de Setembro, conjugado com o artigo 58.º e n.º 2 do
artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M,
de 11 de Outubro, notifica-se CHEN JIANFEI, ex-trabalhador não-residente da “Companhia de Telecomunicações de Macau, S.A.R.L.”, para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do primeiro dia útil seguinte à da publicação dos presentes éditos, comparecer no Departamento de Inspecção
do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.os 221 a 279, Edifício “Advance Plaza”, 1.º andar, em Macau, a fim de prestar declarações no processo n.º 1575/2010, proveniente do acidente de trabalho, em que o notificado foi vítima.
Mais se comunica que nos termos da alínea a), n.º 2 do artigo 103.º do aludido Código, o
procedimento é extinto quando por causa imputável ao notificando este esteja parado por mais de seis meses.
N.º 54/2011
Nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 6.º do Regulamento da Inspecção do Trabalho, aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 60/89/M, de 18 de Setembro, conjugado com o artigo 58.º e n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, notifica-se LEI SOI MAN ALIÁS LEE LWE MON, ex-trabalhador residente do então “HOTEL MANDARIN ORIENTAL” para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do primeiro dia útil seguinte à da publicação dos presentes éditos, comparecer na Inspecção do Trabalho a fim de prestar declarações no processo n.º 3525/2006, proveniente do acidente de trabalho em que o notificado foi vítima.
Mais se comunica que nos termos da alínea a), n.º 2 do artigo 103.º do aludido Código, o
procedimento é extinto quando por causa imputável ao notificando este esteja parado por mais de seis meses.
Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento da Inspecção do Trabalho, aos
25 de Fevereiro de 2011.
O Chefe de Departamento,
Raimundo Vizeu Bento
NOTIFICAÇÃO EDITAL (Solicitação de Comparência do Trabalhador)
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/89/M, de 18 de Setembro, conjugado com o artigo 58.º e n.º 2 do
Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Trabalho,
aos 23 de Fevereiro de 2011.
O Chefe de Departamento,
Raimundo Vizeu Bento
NOTIFICAÇÃO EDITAL (Trabalho ilegal – Exercício do direito de defesa)
Considerando em revelar ser impossível notificar, nos termos dos artigos 10.º e 58.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, os indivíduos abaixo mencionados, pessoalmente, por ofício, telefone, ou outra forma, sobre a matéria acusada pela eventual infracção ao Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal, de 14 de Junho, Raimundo Vizeu Bento, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho (DIT), manda que proceda, nos termos do n.º 2 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 52/99/M, de 4 de Outubro, conjugado com o artigo 94.º do mesmo código, à notificação dos indivíduos abaixo mencionados, para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do 1.º dia útil seguinte ao da publicação do presente éditos, exercerem por escrito o seu direito de defesa, em virtude de terem eventualmente cometido infracção ao disposto no Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal. Os eventuais infractores abaixo mencionados poderão levantar a respectiva nota de culpa no DIT, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.os 221-279, edifício “Advance Plaza”, 1.º andar, dentro das horas de expediente, sendo também facultada a consulta do respectivo processo. Finda o prazo anterior seguirá a tramitação do processo da presente infracção administrativa nos termos do Decreto-Lei n.º 52/99/M. 1. Relativamente ao processo n.º 2337/2009, LIU YUNYU (titular do título de identificação de trabalhador não-residente), suspeito em exercer actividade para entidade diversa da que requereu a sua contratação, apesar de possuir a necessária autorização para trabalhar por conta de outrem e cometendo eventualmente infracção ao disposto na alínea 2) do artigo 2.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal. 2. Relativamente ao processo n.º 4663/2009, PHAN THI THUAN (titular do título de identificação de trabalhador não-residente), suspeito em exercer actividade para entidade diversa da que requereu a sua contratação, apesar de possuir a necessária autorização para trabalhar por conta de outrem e cometendo eventualmente infracção ao disposto na alínea 2) do artigo 2.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal. 3. Relativamente ao processo n.º 5380/2009, VIOLETA NACION CUSI (titular do título de identificação de trabalhador não-residente), suspeito em exercer actividade para entidade diversa da que requereu a sua contratação, apesar de possuir a necessária autorização para trabalhar por conta de outrem e cometendo eventualmente infracção ao disposto na alínea 2) do artigo 2.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal. 4. Relativamente ao processo n.º 6832/2009, WANG QIANG (titular do título de identificação de trabalhador não-residente) e QIAN ZHONGLIN (titular do título de identificação de trabalhador não-residente), suspeito em exercer actividade para entidade diversa da que requereu a sua contratação, apesar de possuir a necessária autorização para trabalhar por conta de outrem e cometendo eventualmente infracção ao disposto na alínea 2) do artigo 2.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal. 5. Relativamente ao Processo n.º 5406/2009, AAT GROUP PTY LIMITADA suspeito de ter contratado trabalhador não-residente apesar de possuir a necessária autorização para trabalhar por conta de outrem em exercer actividade para entidade diversa da que requereu a sua contratação, e cometendo eventualmente infracção ao disposto na alínea 2) do artigo 2.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal. 6. Relativamente ao Processo n.º 6778/2009, LIANG MEIJUN (titular do passaporte da República Popular da China) suspeito de ter contratado trabalhador não-residente apesar de possuir a necessária autorização para trabalhar por conta de outrem em exercer actividade para entidade diversa da que requereu a sua contratação, e cometendo eventualmente infracção ao disposto na alínea 2) do
Nº: 56/2011
artigo 2.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal. 7. Relativamente ao Processo n.º 530/2010, YAO HUANMOU (titular do título de identificação de trabalhador não-residente), suspeito em ter exercido actividade em proveito próprio, sem a competente autorização administrativa para esse efeito, cometendo eventualmente infracção ao disposto na alínea 4) do artigo 2.º, conjugado com o n.º 1 do artigo 3.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal; 8. Relativamente ao Processo n.º 6840/2010, REN YUJIAN (titular de Salvo Conduto para Hong Kong e Macau da Popular da China), suspeito em ter exercido actividade em proveito próprio, sem a competente autorização administrativa para esse efeito, cometendo eventualmente infracção ao disposto na alínea 4) do artigo 2.º, conjugado com o n.º 1 do artigo 3.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal; 9. Relativamente ao Processo n.º 7090/2010, 梁炳妹 (romanizado em Leong Peng Mui) (titular da Autorização dos Serviços de Alfândega da Região Administrativa Especial de Macau), suspeito em ter exercido actividade em proveito próprio, sem a competente autorização administrativa para esse efeito, cometendo eventualmente infracção ao disposto na alínea 4) do artigo 2.º, conjugado com o n.º 1 do artigo 3.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal; 10. Relativamente ao Processo n.º 7201/2010, 徐小瑤 (romanizado em Choi Sio Io) (titular da Autorização dos Serviços de Alfândega da Região Administrativa Especial de Macau), suspeito em ter exercido actividade em proveito próprio, sem a competente autorização administrativa para esse efeito, cometendo eventualmente infracção ao disposto na alínea 4) do artigo 2.º, conjugado com o n.º 1 do artigo 3.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal; 11. Relativamente ao Processo n.º 7222/2010, 李寶珠 (romanizado em Lei Pou Chu) (titular da Autorização dos Serviços de Alfândega da Região Administrativa Especial de Macau), suspeito em ter exercido actividade em proveito próprio, sem a competente autorização administrativa para esse efeito, cometendo eventualmente infracção ao disposto na alínea 4) do artigo 2.º, conjugado com o n.º 1 do artigo 3.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal; 12. Relativamente ao Processo n.º 7224/2010, 徐桂娣 (romanizado em Choi Kuai Tai) (titular da Autorização dos Serviços de Alfândega da Região Administrativa Especial de Macau), suspeito em ter exercido actividade em proveito próprio, sem a competente autorização administrativa para esse efeito, cometendo eventualmente infracção ao disposto na alínea 4) do artigo 2.º, conjugado com o n.º 1 do artigo 3.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal; 13. Relativamente ao Processo n.º 149/2011, 楊世花 (romanizado em Ieong Sai Fa) (titular da Autorização dos Serviços de Alfândega da Região Administrativa Especial de Macau), suspeito em ter exercido actividade em proveito próprio, sem a competente autorização administrativa para esse efeito, cometendo eventualmente infracção ao disposto na alínea 4) do artigo 2.º, conjugado com o n.º 1 do artigo 3.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal; Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 2 de Março de 2011.
O Chefe do DIT
Raimundo Vizeu Bento
[f]utilidades Cineteatro | PUB
[ ] Cinema
SEGUNDa-feira 7.3.2011 www.hojemacau.com.mo
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SALA 2
i am number four [b] Preço: Mop50.00 Um filme de: D.J. Caruso Com: Alex Pettyfer, Timothy Olyphant 14.30, 16.30, 19.30, 21.30 SALA 3
space battleship yamato [B]
Sala 1
Black Swan [c]
Preço: Mop50.00 Um filme de: Darren Aronofsky Com: Natalie Portman, Vincent Cassel, Winona Ryder 14.30, 16.30, 19.30, 21.30
Preço: Mop50.00 (Falado em japonês, legendado em chinês) Um filme de: Takashi Yamazaki Com: Takuya Kimura, Meisa Kuroki, Toshiro Yanagiba 14.15, 16.45, 19.15, 21.45
Soluções do problema HORIZONTAIS: 1-RETORICISMO. 2-OSACA. ANION. 3-FTP. MISCARO. 4-ERIGIR. AMAS. 5-GARI. MAPE. M. 6-OB. MIOCA. RA. 7-AMOR. ACNE. 8-URA. ICTIICO. 9-R. CHAROTEAR. 10-JOEIRA. ALTA. 11-ENAO. SEROAR. VERTICAIS: 1-ROFEGO. URJE. 2-ESTRABAR. ON. 3-TAPIR. MACEA. 4-OC. GIMO. HIO. 5-RAMI. IRIAR. 6-I. IRMO. CRAS. 7-CAS. ACATO. E. 8-INCAPACITAR. 9-SIAME. NIELO. 10-MORA. RECATA. 11-ONOSMA. ORAR.
REGRAS |
Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição solução do problema do dia anterior
Su doku [ ] Cruzadas
HORIZONTAIS: 1-Paixão pela retórica. 2-Cidade japonesa. O íon que, na electrólise de um corpo químico, aparece no pólo positivo. 3-Sigla de File Transfer Protocol. 4-Transformar ou dar novo carácter a. Pessoas que cuidam de bebés. 5-Varredor de rua. Um tardígrado. Em numeração romaa, significa mil. 6-Ou. Minhoca. Rádio. 7-Afeição profunda entre duas pessoas. Infecção inflamatória das glândulas sebáceas da pele. 8-Larva que se cria nas feridas dos animais. Relativo a peixe. 9-Abrev. de réu ou ré. Charondear. 10-Acto ou efeito d separar do bom aquilo que é mau ou inútil. Autorização para o doente. 11-Dantes, anão. Fazer serão. VERTICAIS: 1-Refego. Corujão. 2-Defecar. Circuito fechado. 3-Mamífero, da ordem dos perissodáctilos. Pia ou gamela em que comem animais. 4-Partícula que, no dialecto românico falado ao sul do Loire, significa sim. Gemido. Árvore indiana, de fibras têxteis. 5-Elemento de origem latina que significa ramo. Dar as ore do íris a. 6-Em numeração romana, significa um. Gíria de irmão. Voz do corvo. 7-Casa, antigamente. Acatamento. Do tratamento de Excelência e Eminência. 8-Tornar incapaz. 9-Siamês. Esmalte preto. 10-Vila de Évora. Rebusca. 11-Género de plantas borragíneas. Dirigir súplicas a Deus ou aos santos.
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Informação Macau Cable TV
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opinião ca d er n o d i á r i o Pedro Correia
SEGUNDA, 28 Gostei de ver hoje dois sobreviventes dos anos de ouro do cinema americano no palco do teatro Kodak, em Hollywood: Kirk Douglas, de 94 anos, entregou o Óscar de melhor actriz secundária (bem merecido) a Melissa Leo, pelo seu magnífico desempenho na película O Último Round; Eli Wallach, de 95 anos, recebeu um prémio honorário, destinado a homenagear a sua longa carreira que parece não ter fim – ainda há pouco o vimos em Wall Street 2. Dois actores que entraram em filmes inesquecíveis: Carta a Três Mulheres (Joseph L. Mankiweciz, 1949), Algemas de Cristal (Irving Ropper, 1950), O Grande Carnaval (Billy Wilder, 1951), História de um Detective (William Wyler, 1951), Cativos do Mal (Vincente Minnelli, 1952), Vinte Mil Léguas Submarinas (Richard Fleischer, 1954), A Vida de Van Gogh (Minnelli, 1956), A Voz do Desejo (Elia Kazan, 1956), Horizontes de Glória (Stanley Kubrick, 1957), Os Sete Magníficos (John Sturges, 1960), Spartacus (Kubrick, 1960), Os Inadaptados (John Huston, 1961), Duelo ao Pôr-do-Sol (Sturges, 1961), Duas Semanas noutra Cidade (Minnelli, 1962), Sete Dias em Maio (John Frankenheimer, 1964), O Bom, o Mau e o Vilão (Sergio Leone, 1966), O Compromisso (Kazan, 1969) e tantos outros. O público ali presente dispensou-lhes calorosas e prolongadas ovações. Bem merecidas: Douglas e Wallach, em conjunto, totalizam 120 anos de presença activa no cinema americano. Casos raros de longevidade. E de qualidade. Daqui, na minha condição de espectador grato por tantas horas de bom cinema que ambos me propiciaram, também lhes presto o meu tributo. QUARTA, 2 O cinema clássico ama as suas personagens acima de todas as coisas e considera que é uma virtude saber narrar uma boa história. Partindo destas premissas, os irmãos Ethan e Joel Coen são legítimos herdeiros da herança clássica de Hollywood, como acabam de comprovar num dos melhores westerns ali produzidos de há muitos anos a esta parte. Indomável reúne todas as convenções do género e potenciaas numa realização eficaz, tecnicamente irrepreensível e servida por um magnífico elenco do qual se destacam Jeff Bridges naquele que é porventura o melhor papel da sua longa carreira e a estreante Hailee Steinfeld, ambos nomeados para os Óscares - ele como actor principal, ela como actriz secundária, num critério que não deixa de suscitar estranheza, pois o papel que aqui desempenha nada tem de secundário: ela é a figura central do filme e a única que o percorre do princípio ao fim. Bridges, na sua problemática relação com os Óscares, acabou de ser vítima do seu próprio sucesso: depois de ter sido negligenciado durante quase quatro décadas
pela Academia, recebeu enfim a estatueta há um ano, pelo seu papel como cantor em Crazy Heart, que nenhum distribuidor português quis exibir nas salas de cinema; esse prémio impediu-o, na prática, de ser galardoado agora com esta soberba recriação do marshall Rooster Cogburn que já havia sido interpretado por John Wayne no original True Grit (realizado em 1969 por Henry Hathaway e que em Portugal recebeu o título d’ A Velha Raposa). Wayne, justificadamente, ganhou o Óscar - aliás, o único que alguma vez recebeu. Bridges, que não lhe fica atrás na interpretação do agente da lei com uma tendência demasiado óbvia para premir o gatilho, também merecia ter sido distinguido: esta actuação ficará para a história como uma das grandes interpretações do cinema norte-americano contemporâneo. Os irmãos Coen, que já haviam revisitado com sucesso o cinema negro em títulos como Fargo (1996) e Queime Depois de Ler (2008), mostram-se aqui exímios na recriação do western. Nomeadamente na acentuação do contraste entre as minúsculas paixões humanas e a imensidão da natureza: nenhum género cinematográfico ama tanto as paisagens naturais como este. E também na expressão de uma ética muito própria:
ca rtoon por Steff
O cinema clássico ama as suas personagens acima de todas as coisas e considera que é uma virtude saber narrar uma boa história. Partindo destas premissas, os irmãos Ethan e Joel Coen são legítimos herdeiros da herança clássica de Hollywood, como acabam de comprovar num dos melhores westerns ali produzidos de há muitos anos a esta parte aqui não há ambiguidades morais - os bons são mesmo bons (nomeadamente a manejar armas) e os maus são mesmo maus. A uns espera-os a devida recompensa, a outros estão destinados merecidos castigos. Nada de anacronismos históricos, nada de ceder à tentação de transportar para a oitava década do século XIX os conceitos e os valores em voga na primeira década do século XXI. Nada de glamour pós-moderno, nada de moralismos de pacotilha, nada de correcção política. Bridges é um digno herdeiro de Wayne, os Coen inserem-se na linhagem de Ford. E há mesmo uma citação explícita d’ A Desaparecida na cena em que Rooster pega em Mattie Ross ao colo para a resgatar de todo o mal. Nenhum cinéfilo pode dissociar este momento daquele em que Ethan/Wayne recupera enfim Debbie/Natalie Wood, conduzindo-a a casa. Este é um filme que nos transporta a uma época de pioneiros e nos devolve as linhas divisórias entre o bem e o mal. Saímos do cinema com a convicção antecipada de que um dia regressaremos a ele, tocados de
a culpa
nostalgia. Este é o maior elogio que se pode fazer a um filme: acabado de estrear, é já alvo de culto cinéfilo. De bem poucos hoje em dia se pode dizer o mesmo. SEXTA, 4 O papel dos jornalistas nas horas de grande tensão política é crucial. Fez agora 30 anos, quando um punhado de militares saudosos do franquismo invadiu o edifício do Parlamento, sequestrando os membros do Governo e os deputados que lá se encontravam, Espanha viveu longas horas sob o pesadelo do regresso à ditadura após cinco anos incompletos de sistema democrático. Nessa noite de 23 para 24 de Fevereiro de 1981, Madrid parecia uma cidade fantasma: só alguns bandos de arruaceiros de extrema-direita varriam as ruas vitoriando Tejero de Molina e os seus capangas da Guarda Civil que mantinham os políticos sob a mira das armas. Nesses momentos dramáticos, em que tudo podia acontecer, dois jornais fizeram a diferença: o El País, de Juan Luis Cebrián, e o Diario 16, de Pedro J. Ramírez, lançaram edições especiais que já circulavam às 11 da noite. “Fracasa el golpe de Estado” – foi a manchete do Diario 16. “El País com la Constitución”, titulava o El País. Manchetes editorializadas, que exprimiam mais desejos do que certezas numa altura em que o rumo dos acontecimentos era ainda imprevisível, mas que à sua maneira também contribuíram para influenciar o desfecho da intentona extremista: vários agentes da Guarda Civil que tiveram acesso a essas edições – hoje históricas, por motivos óbvios – acabaram por abandonar o edifício do Parlamento, à revelia de Tejero, durante a madrugada: era o primeiro indício claro de que o golpe fracassaria. Coube ao Rei Juan Carlos o papel mais decisivo ao surgir já cerca da 1.30 da manhã de 24 de Fevereiro em directo na televisão espanhola, com a sua farda de comandante supremo do exército, desautorizando os golpistas com estas palavras claras: “A Coroa, símbolo da permanência e da unidade da pátria, não pode tolerar de forma alguma acções de pessoas que pretendem interromper pela força o processo democrático que a Constituição, oportunamente votada pelo povo espanhol, determinou através de um referendo.” “Nós, na redacção, partilhávamos da inquietação que percorreu Espanha. A experiência da liberdade política iria acabar num novo fracasso? Mas tínhamos também uma impaciência particular e íntima: o que acontecerá quando os militares chegarem aqui?”, lembrava há dias, nas páginas do El Mundo, o jornalista Justino Sinova, à época director-adjunto do Diario 16, revivendo essas horas de enorme tensão num país onde permaneciam vivas as memórias da sangrenta guerra civil de 1936-39. Nos momentos decisivos, o jornalismo fiel à sua verdadeira vocação não hesita: escolhe sempre a trincheira da liberdade.
Quem vai com os lobos, Padre Manuel teixeira [1912-2003]
torna-se lobo.
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”
Dito da semana: Futuro mais brilhante
ol h a d el a Gilberto Lopes
“O português é uma língua oficial. Acho que os que querem um futuro mais brilhante para Macau dão ênfase ao ensino da língua materna e da língua portuguesa”. SOU CHIO FAI EM ENTREVISTA AO “JORNAL TRIBUNA DE MACAU”
Público versus privado • Três das concessionárias de serviço público têm cumprido as suas obrigações. A Região Administrativa Especial tem hoje empresas que fornecem uma resposta moderna ao nível da energia, das telecomunicações e da água, o mesmo não se pode dizer noutras áreas da vida do território, como a aviação civil ou os transportes, onde há muito a fazer. O que se passa na área da aviação civil é grave, como facilmente se comprova quando se olha para o Aeroporto Internacional. A Air Macau, que continua a ter o monopólio nas ligações de e para Macau, necessita há anos de uma intervenção, que o Executivo não quer ou não tem sabido liderar. O futuro do Aeroporto continua uma incógnita. Numa primeira fase, com Edmund Ho à frente dos destinos da RAEM, chegou a equacionar-se uma maior intervenção do Governo na Sociedade do Aeroporto, mas a ideia não foi concretizada. Agora, não se sabe bem o que o Executivo pensa.
A questão que se coloca é saber quem deve liderar certas concessionárias. O Governo ou os interesses privados? Pequim há muito que definiu que gostava de não ter privados, sobretudo os ligados directa ou indirectamente ao jogo, nas concessionárias públicas.
ACONTECIMENTO DA SEMANA • • Pequim decidiu, Wen Jiabao veio a Macau em Novembro dizer qual era o rumo e nas reuniões que estão a decorrer na capital voltou a ser reafirmado o papel que a RAEM deve ter na aproximação aos países de língua portuguesa. Por estas bandas - deve ser defeito meu, pois ando um pouco distraído – não vejo medidas que possam consubstanciar esse desiderato.
Numa sociedade capitalista como é a de Macau, o Governo não deve intervir em demasia, defenderão os defensores do sistema. Mas era bom que não se permitisse que alguns interesses privados tenham intervenção na condução de determinadas empresas de
A outra força
interesse público. Muitas vezes não é necessário ter a maioria para influenciar as decisões, para condicionar as deliberações, para evitar que se atribua esta ou aquela concessão. Tudo em nome do bem público... mas a favor dos interesses privados.
político, em quem se devem depositar algumas esperanças, já que tem uma mente aberta e conhece o Mundo, o que falta a muitos outros líderes locais, voltou a destacar esta semana em Pequim o que pode diferenciar a RAEM de outras cidades chinesas. É preciso aproveitar as singularidades de Macau. Com acções concretas e não apenas com chavões, que servem sobretudo para
• Foi a surpresa maior na equipa de Edmund Ho, chegou a ser apontado como candidato a líder do Governo, manteve-se no Executivo e há quem diga que está em rota de colisão com o actual Chefe do Executivo - Francis Tam e Fernando Chui Sai On limitam a convivência ao “politicamente correcto”. Numa semana em que o poder de Estado está reunido em Pequim, foi evidente que Francis Tam e Fernando Chui Sai On têm agendas que nem sempre são coincidentes. Em Macau, em declarações à Lusa, o Governo escusou-se a comentar o facto da Las Vegas Sands estar a ser a investigada pelas autoridades norteamericanas por suspeitas de tráfico de influências; em Pequim, quase à mesma hora, o secretário para a Economia e Finanças assegurava que já tinha pedido “um relatório detalhado” à concessionária. O peso político de Francis Tam e dos seus fortes apoios, onde se inclui Susana Chou, a verdadeira voz da oposição (!?) revelam que, ao contrário do que se pode pensar, existem por aí algumas batalhas que não são visíveis, mas estão a animar os bastidores da política de Macau. No início da sua eleição, falou-se muito de uma eventual remodelação a meio do mandato; ultimamente essa tese parece ter caído, mas pode ser que Fernando Chui Sai On não chegue a 2014 sem surpreender. Terá força política ou não para isso?, parece ser a questão, que esta semana terá passado muito por Pequim. Vamos aguardar pelos próximos episódios.
Mais e menos + O Albergue da Santa Casa da Misericórdia
Reuniões de Pequim
Confesso que começo a estar um pouco cansado de ouvir falar nessa utilidade de Macau, pois não há ainda os instrumentos que devem concretizar a afirmação de Macau como plataforma de aproximação da China aos países lusófonos. O Fórum Macau pode contribuir para concretizar esse objectivo, mas continuo a pensar que é pouco para o que Macau pode fazer. Lionel Leong, um jovem
A FIGURA DA SEMANA
encher os títulos dos jornais e os noticiários da rádio e televisão. A este propósito, parece que os dirigentes lusófonos do Fórum Macau têm alguma razão quando lamentam que o Chefe do Executivo não projecta visitar países de língua portuguesa em 2011. No Palácio da Praia Grande há convites de Cabo Verde, do Brasil e de Angola. O futuro de Macau não pode passar apenas pela cooperação regional.
vai lançar na internet uma petição para que Macau preste a homenagem devida a Francisco Figueira. No dia 16 de Março organiza uma exposição sobre a vida do arquitecto, que foi um dos pioneiros da defesa do património da Cidade do Nome de Deus. Divulgar a sua obra e perpetuar o seu nome, na toponímia de Macau, é mais do que merecido.
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No centro da cidade, um promotor imobiliário quer construir um centro comercial e pretendia manter a traça (de matriz portuguesa) do actual edifício. O Instituto Cultural não concordou, já que os visitantes podem vir a confundir o antes e o depois (ver página 3 do JTM de 3 de Março). Se é verdade, qualquer dia não há mais preservação do património...
Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Vanessa Amaro Redacção António Falcão; Filipa Queiroz; Gonçalo Lobo Pinheiro; Joana Freitas; Kahon Chan; Rodrigo de Matos Colaboradores Carlos Picassinos; José Manuel Simões; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Rui Cascais; Sérgio Fonseca Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Correia Marques; Gilberto Lopes; Hélder Fernando; João Miguel Barros, Jorge Rodrigues Simão; José I. Duarte, José Pereira Coutinho, Luís Sá Cunha, Marinho de Bastos; Paul Chan Wai Chi; Pedro Correia Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; António Mil-Homens; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Laurentina Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Av. Dr. Rodrigo Rodrigues nº 600 E, Centro Comercial First Nacional, 14º andar, Sala 1407 – Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail info@hojemacau.com.mo Sítio www.hojemacau.com.mo
dizem que a reciclagem se atrasou... Futebol 36 expulsões num jogo Foi uma situação inédita e bastante insólita. Um jogo de futebol do campeonato distrital de Buenos Aires (equivalente à 5.ª divisão), na Argentina, terminou com 36 expulsões. O árbitro Damian Rubino garantiu um lugar na história do futebol mundial. O juiz do encontro - que colocou frente-a-frente o Claypole e o Victoriano Arenas, com a equipa da casa a vencer por 2-0 - não teve meias medidas e expulsou todos os jogadores e equipas técnicas num desafio que terminou com toda a gente à pancada, incluindo o público que assistia ao duelo. Entretanto, na imprensa do país diz-se que a Federação local está a tentar converter a decisão do árbitro, por considerar que pode resultar num grave precedente. Portugal Desequilíbrio entre sexos A mulher portuguesa actual casa mais tarde, tem menos filhos, trabalha a tempo inteiro, está em maioria nas faculdades, mas ainda ganha menos do que os homens nos quadros superiores e quando o desemprego bate à porta é a mais afectada. De acordo com informação da Pordata, base de dados da responsabilidade da Fundação Francisco Manuel dos Santos, as mulheres estão em maioria no que diz respeito à população residente em Portugal, representando, em 2009, 52% da população total. Em matéria de matrimónios, as mulheres portuguesas casam em média cinco anos mais tarde do que em meados da década de 1970. Nessa altura, a média de idade no primeiro casamento rondava os 23,7 anos, enquanto em 2009 passou para os 28,6 anos. Líbia Nova ofensiva por Zauia Os combatentes que apoiam a rebelião contra o Governo da Líbia continuam a segurar a estratégica localidade de Zauia, a 60 quilómetros da capital Tripoli, resistindo à forte investida das forças leais ao coronel Muammar Khadafi. O ataque para a reconquista de Zauia começou ao nascer do sol de ontem: soldados da brigada Kharim e milícias pró-Khadafi, apoiados por tanques e baterias anti-aéreas, entraram na cidade, mas foram forçadas a “retirar” ao fim de quatro horas de violentos confrontos. As tropas afectas ao regime estão agora reposicionadas nos arredores, supostamente a preparar-se para uma nova ofensiva. A três quilómetros da localidade, foram estabelecidos “checkpoints” que impedem os moradores de sair.
Temos que ensinar o bê-à-bá...
... a esta gente
!!! Futebol | FC Porto derrota Lam Ieng
Lam Pak afunda-se Marco Carvalho
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ma semana depois de ter deixado escapar a liderança da Liga de Elite, o Lam Pak voltou a desiludir. A formação orientada por Chan Man Kin foi a principal protagonista da quinta ronda da mais cotada competição de futebol de Macau, ao não conseguir levar a melhor sobre o surpreendente onze da Selecção de Sub-23. O grupo de trabalho da Associação de Futebol de Macau impingiu a segunda derrota consecutiva ao conjunto azul e branco, num encontro equilibrado que terminou com o triunfo pela margem mínima dos jovens Sub-23. O único golo do encontro foi apontado por Choi Chan In e revelou-se suficiente para enterrar o Lam Pak na classificação e consolidar a segunda posição da formação do Lótus no Campeonato, a dois pontos do líder Ka I. Depois de na semana passada ter chamado a si a liderança do Campeonato (mercê do triunfo renhido por 2-1 frente ao Lam Pak), a formação orientada por Rui Cardoso voltou aos resultados mais confortáveis, tendo levado a melhor por três golos sem resposta sobre o Grupo Desportivo da Polícia de Segurança Pública em partida disputada ao início da tarde de sábado no Estádio da Taipa. Frente a uma formação que tem no rigor defensivo um dos seus principais trunfos, os campeões do território só à passagem da meia hora conseguiram chegar com êxito ao último reduto adversário, com Christopher Nwardou a dar o melhor seguimento a uma boa movimentação do ataque do Ka I. O golo deixou o onze do Grupo Desportivo da Polícia de Segurança Pública momentaneamente se norte e uma tal desorientação acabou por ser fatal para as ambições dos homens do emblema das forças de segurança, que viram William Carlos Gomes dilatar o marcador menos de cinco minutos depois. Nem a vencer por duas bolas a zero, o Ka I abriu mão do ataque, mas as iniciativas dos campeões de futebol do território esbarraram o mais das vezes com uma defesa sólida e pouco permeável, ao ponto do conjunto orientado por Rui Cardoso apenas ter conseguido fazer bulir de novo o marcador na recta final da partida. O terceiro golo do Windsor Arch Ka I surgiu aos 77 minutos, numa iniciativa com a chancela de Lei Kam Hong, jogador que saltou do banco para fechar o andamento do placard. Em alta - ainda que afastado dos lugares de topo da classificação – continua o Monte Carlo. A formação de Firmino Mendonça, que se reforçou a partir da terceira jornada com quatro reforços e com um novo treinador, esmagou ao início da tarde de ontem o Hong Ngai por sete golos sem resposta, numa das mais pesadas goleadas registadas este ano nos relvados do território. O conjunto “canarinho” abriu o marcador logo aos cinco minutos, por intermédio do dianteiro brasileiro Kamilo Oliveira, um dos reforços que acompanharam o treinador Paulo Bento na aventura a Oriente. Nogueira apontou o segundo do Monte Carlo aos dezassete minutos, abrindo caminho para a goleada, mas o melhor do encontro estava reservado para a segunda parte.Aos 54 minutos, Ricardo Júnior alargou o resultado para as três bolas a zero e onze minutos depois Kamilo Oliveira voltou a brilhar,
marcando o quarto dos “canários” e o segundo da conta pessoal, numa caminhada que o havia de conduzir ao primeiro “poker” da temporada. O avançado brasileiro assinou o “hat-trick” aos 83 minutos e quatro minutos depois encerrou o livro, com o seu quarto e último golo da tarde. Menos de um minuto depois, Ricardo Júnior voltou a brilhar, encerrando a marcha do marcador nas sete bolas a zero. Bem mais complicado revelou-se o braço de ferro entre o onze da Casa do Futebol Clube do Porto em Macau e a formação do Lam Ieng. Os dragões do território entraram de forma fulgurante no encontro, com Nuno Capela a inaugurar o marcador aos quatro minutos e a repetir a dose cinco minutos depois, mas o que prometia ser um triunfo relaxado do conjunto azul e branco acabou por se transformar num jogo de nervos. A história da quinta jornada da Liga de Elite não fica completa sem uma menção ao primeiro triunfo do Clube de Natação Hoi Fan na corrente temporada. Longe do fulgor doutras épocas, o Hoi Fan levou a melhor sobre o Pau Peng/Artilheiros por três bolas a duas, num desafio em que estiveram em evidência vários reforços do Continente. O Pau Peng adiantou-se no marcador por Li Jia Qi aos 25 minutos e o Hoi Fan respondeu à ousadia do adversário ainda durante a primeira parte, com Liang Zhirong a repôr o equilíbrio no marcador. Na segunda metade, três frenéticos minutos bastaram para definir o desenlace do encontro. Aos 67 minutos, Zhang Guohang colocou o Hoi Fan pela primeira vez em vantagem, mas a supremacia da formação dourada e negra não havia de durar. O Artilheiros empatou a partida um minuto depois por intermédio de Tan Wei Ming e na jogada imediata o Hoi Fan voltou à carga numa iniciativa do afortunado Zhang Guohang, marcado o terceiro e último golo da noite.
Benfica a um passo do primeiro escalão O onze da Casa do Sport Lisboa e Benfica em Macau está a um pequeno passo de igualar a fulgurante trajectória do Futebol Clube do Porto e de conseguir carimbar a subida à primeira divisão, depois de na quinta-feira passada ter derrotado o Chuac Lun por três bolas a uma em partida a contar para a ante-penúltima jornada do Campeonato de Futebol da II Divisão. A formação encarnada beneficiou da derrota do arqui-rival Chang Wai no desafio com o Kuan Tai e necessita apenas de vencer, a 18 de Março, o onze da Autoridade Monetária e Cambial de Macau para garantir um lugar entre os grandes do desporto-rei do território.
segunda-feira 7.3.2011 www.hojemacau.com.mo
Espaço Boeing sem tripulação em órbitra O construtor aeronáutico norteamericano Boeing anunciou no sábado o lançamento de um segundo Veículo de Teste Orbital sem tripulação, também conhecido como X-37B, projectado para a força aérea dos Estados Unidos. O lançamento ocorreu na estação da Força Aérea norte-americana do Cabo Canaveral, na Flórida. O primeiro Veículo de Teste Orbital foi lançado a 22 de Abril no mesmo local por uma duração de oito meses, tendo aterrado na Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia, a 03 de Dezembro, após 220 dias no espaço, tendo sido o primeiro veículo não tripulado dos Estados Unidos a retornar do espaço e pousar por conta própria.
Che Guevara Morreu companheiro de viagem O bioquímico argentino Alberto Granado, que acompanhou Ernesto Che Guevara durante uma viagem de mota por diversos países da América do Sul nos anos 50, morreu ontem em Havana aos 88 anos, confirmaram fontes familiares. Granado, que nasceu em Córdoba (Argentina) em 1922 e vivia desde 1961 em Cuba, morreu de causas naturais, explicou o seu filho. A televisão estatal cubana definiu hoje Alberto Granado como um “fiel amigo de Cuba” e noticiou que, segundo a sua vontade, o corpo do bioquímico será cremado e as suas cinzas ficarão em Cuba, Argentina e Venezuela. Insólito Traída e despida por vingança Diz-se que não há pior que uma mulher traída. O adágio é velho e comprova-se nas novas tecnologias dos tempos actuais. Uma mulher, que se apresenta como Taylor Morgan, colocou as roupas do ex-namorado à venda no eBay, conhecido sítio de leilões na Internet. Ao contrário dos filmes de James Bond, nos quais a vingança se serve a frio, Taylor Morgan decidiu aquecer a manifestação de despeito tirando as próprias roupas para promover os artigos do ex-namorado em fotos com pouca e muito sexy roupa interior. A curvilínea mulher, de 26 anos, já angariou mais de mil dólares no leilão. Um dos últimos artigos que vendeu, uma camisa, foi colocado à venda por 49 dólares arrematado por 87,5 dólares.Taylor admite que deu início ao leilão para se vingar do namorado, que correu de casa quando soube da traição. Uma ideia que, entretanto, a arrebatou.