dezembro 2015 / edição 04
S E õ R D A L
CONHEÇA A
de
vinil
ENTREVISTA
ANTENADO
Jack Runner
Música que toca as pessoas
ATRAI O MELHOR DO ROCK EM APRESENTAÇÃO NO PUB Hangover
NOVIDADES
Pedras Pilotáveis BANDA SE DESTACA NO CENÁRIO CARIOCA
dezEMbro 2015 | KillerPumpkin
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KillerPumpkin | dezEMbro 2015
dezEMbro 2015 | KillerPumpkin
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ÍNDICE
KILLERPUMPKIN EDIÇÃO 04 - dezemBRO DE 2015
Camões lança “anelina”, seu novo ep
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8 10 12 18
12
20 22
LANÇAMENTOS
Fleeting Circus
LANÇA CLIPE FUTURÍSTICO PARA A CANÇÃO “SKYLIGHT” NOVIDADE
Pedras Pilotáveis
BANDA SE DESTACA NO CENÁRIO CARIOCA ENTREVISTA
Música que toca as pessoas
QUEREMOS ENRIQUECER NOSSOS OUVIDOS E MENTES LEIA
Bruce Dickinson
OS ALTOS VOOS COM O IRON MAIDEN CAPA
Ladrões de Vinil
CONHEÇA A BANDA E SUA TRAJETÓRIA ANTENADO
Jack Runner ATRAI O MELHOR DO ROCK EM APRESENTAÇÃO NO PUB Hangover
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JORNALISTA RESPONSÁVEL Amauri da Rocha Mtb: 36124 EDIÇÃO Horigami Amauri da Rocha
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TEXTOS Horigami Amauri da Rocha Assessorias de Imprensa COMERCIAL Horigami contato@horigami.com.br DIAGRAMAÇÃO E ARTE Elias Setin FOTO CAPA Divulgação CIRCULAÇÃO Digital
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STYLE
HALLOWEEN
TODO DIA
EM ESTÚDIO
SANTA CRUZ
EM FASE FINAL DE GRAVAÇÃO DE SEU EP
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LANÇAMENTOS
Camões lança “Anilina”, seu novo EP
O
“Cupim” cresceu e ganhou asas ainda maiores. Em seu
primeiro EP, batizado com o nome do inseto, Paulo Camões aliou o violão de nylon com as batidas eletrônicas, criando uma diluição do estereótipo da música brasileira em prol de uma universalidade do som. Agora, o cantor e compositor carioca retorna com “Anilina”, um novo EP que vem para desconstruir essa sonoridade e o próprio papel do artista: pela primeira vez, Camões atua como produtor do próprio trabalho, além de assumir boa parte dos instrumentos e trazer vozes convidadas para interpretar suas músicas. A autoprodução foi mais
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do que uma ideia - ela se tornou uma
tem um paradoxo interessante: é um composto
necessidade. “Tinha novas canções,
orgânico líquido de odor característico que
novos anseios estéticos e uma vontade
lembra o cheiro de peixe podre, e um sabor
incontrolável de registrar isso tudo.
aromático cáustico, de veneno amargo.
Sendo assim, saí fazendo. Comprei uma
Entretanto, é matéria prima pra diversos
controladora MIDI, peguei a guitarra de
corantes, além de preservativos masculinos e
um amigo emprestada, convidei amigos
femininos. Esse paradoxo se relaciona bastante
baixistas para gravar e comecei”, explica.
com a visão do amor que tento passar nas canções: esse colorido que na essência tem
O papel dos amigos fica ainda mais
sabor de veneno amargo”, analisa o cantor.
evidente nas vozes de Luiza Nigri, em “Jorge”, e Amber Waltz, em “Web”. As faixas
Além da canção, o single conta ainda
trazem Camões para fora da posição de
com um experimento do cantor: uma versão
intérprete e revelam ainda mais suas facetas
vaporwave de “Anilina”. O vaporwave é uma
de letrista e instrumentista. A ideia é a de
corrente da música eletrônica que surgiu do
construir o EP como uma viagem para o
chillwave dos anos 2010 e busca novos sentidos
ouvinte, tornando essas vozes uma expansão
em elementos nostálgicos sampleados, em geral
do universo e das histórias que estão sendo
dos anos 80 e 90. Camões buscou uma nova
contadas por meio das canções. Mais do
visão para a música, ainda com o mesmo ritmo,
que isso, elas dão o timbre perfeito para
mas gerando uma sensação completamente
complementar a melodia.
diferente no ouvinte.
“Em Web, a ironia do eu-lírico, uma menina viajante, saudosa do namorado que na verdade só quer revê-lo para acabar de vez com o namoro, se completa com a voz suave da Amber. E em Jorge, a voz da Luiza que fica entre o suave e um soul carregado, passa a ideia da dialética entre o bem e o mal presente na música”, analisa Camões. Completam o EP as canções “There’s no love” e a música-título, ambas já lançadas. Como faixa-bônus, uma versão vaporwave de “Anilina” encerra o trabalho. Até mesmo o nome da música foi pensado de forma a apresentar essa nova sonoridade e a deixar transparecer a temática do que vem por aí. “Escolhi Anilina porque acho um nome sonoramente bacana. Depois, pesquisando sobre o elemento químico, descobri que ele
“Anilina” está disponível nos principais serviços de música digital. Ouça: Spotify: http://bit.ly/1Qqrsmq Deezer: http://bit.ly/1QGYVbn Rdio: http://on.rdio.com/1HTABMb iTunes: Em breve Camões - Anilina EP (2015) Masterização - Guilherme Gautreaux, Daniel Ruiz e William Lage Anilina: Música - Paulo Camões e Bruno Martins Produção, Guitarra, Synths e Programações - Paulo Camões Mixagem - Pedro Calloni Jorge: Música - Paulo Camões Produção - Paulo Camões Guitarra, Synths e Programações - Paulo Camões Baixo Elétrico - Paulo Nonato Lead Synth - Pedro Calloni Voz - Luiza Nigri Mixagem - Pedro Calloni Web: Música - Paulo Camões e Amber Waltz Produção, Wurlitzer MIDI, Violão e Programações - Paulo Camões Baixo Elétrico - Fred Israel Voz - Amber Waltz Mixagem - Pedro Calloni There’s No Love: Música - Paulo Camões Letra - João Milliet Produção, Violão e Programações - Paulo Camões Mixagem - Guilherme Gautreaux
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LANÇAMENTOS
Fleeting Circus lança clipe futurístico para a canção “Skylight”
D
esde o início, a banda Fleeting Circus
por conta da dupla Felipe Vianna, guitarrista
tem uma imagem muito ligada ao
da Fleeting, e Leo Magliano.
mundo das artes. Seja quando a
banda se apresenta com o Unicirco ou até
A ideia do clipe surgiu após a visita a um
mesmo em seus shows, o chamado Art-Rock
brechó em Nova Iorque, durante a turnê
está sempre presente. O clipe para a canção
em 2014 (que pode ser visualizada no
“Skylight”, uma das músicas mais conhecidas
documentário “Brooklyn Days”, disponível no
do grupo, não podia ser diferente, o vídeo
canal da banda).
traz uma esfera futurística, que mistura um clima épico, porém intimista. Gravado na Kult Kolector, na Barra da Tijuca, a direção ficou 8
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“Nosso vocalista, Taynã Frota, comprou o casaco usado pelo personagem do clipe.
O visual do casaco me deu essa ideia de
Pessoal e intimista, o vídeo de “Skylight”
alienígena, que eu acabei juntando com a
ganhou uma calmaria que não se vê nas
ideia de busca após uma caminhada pela
apresentações da música nos shows da
Times Square às 4h da manhã. Só tinha eu
Fleeting Circus. “A música ganha uma
na rua, e todos os painéis de luz brilhando
dimensão maior ao vivo. É sempre um
na minha cara. Achei muito irônico um
momento de destaque nos shows da banda,
dos lugares mais movimentados do mundo
e lembro de apenas um ou dois shows nos
vazio daquele jeito, com um monte de luzes
quais não tocamos “Skylight”. Um momento
acesas para ninguém. A ideia inicial era
que marcou muito foi a segunda vez que a
filmar lá, e recriar a atmosfera desse dia, mas
executamos ao vivo, no Circo Voador. Foi
como não rolou, trouxe a ideia para o Rio de
a primeira vez que recebemos aplausos no
Janeiro”, conta Felipe Vianna.
meio de uma música, quando ela chegou ao primeiro refrão. É algo que a banda inteira
“Acredito que um bom clipe é capaz
lembra e comenta até hoje”, explica Felipe.
de dar mais profundidade a uma música, principalmente os que trazem histórias e
O clipe contou com uma equipe
personagens, criando novos sentidos ou
pequena e com poucas diárias. Tido
interpretações para a letra ou partes da
com um projeto pessoal pela banda, a
melodia, como é o caso de ‘Skylight’”, conta
produção durou algum tempo, enquanto
o diretor Leo Magliano. “A música em si já é
as filmagens foram intensas e bem rápidas.
incrível, profunda e impactante, o que facilitou
Também participaram do clipe o ator
o nosso trabalho como cineastas. Ela continua
Marcel Octavio; o figurino foi autoria de
sendo o elemento principal, e o clipe apenas
Maria Hermeto; e a direção de arte ficou
ajuda a enfatizar o quanto ela é boa. “
com Vanessa Fiuza. Assista ao clipe de “Skylight”: https://youtu.be/lLd6dWFq6Nc
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NOVIDADES
Pedras Pilotáveis Banda se destaca no cenário carioca
“PEDRAS QUE ROLAM NÃO CRIAM LIMO”
Dylan. Agora, imagina: se pedras que rolam
é um antigo provérbio popular que foi
não criam limo, quem dirá Pedras Pilotáveis?
resgatado pelo movimento da ideologia
Esse talentoso power trio é consciente da
Rock n’ Roll. A imagem de uma “pedra que
responsabilidade da arte na história do Rock!
rola” expressa bem a conexão entre pensar e viajar. Essa filosofia é reproduzida, por
A Banda Pedras Pilotáveis iniciou suas
exemplo, no nome da banda Rolling Stones
atividades em Bangu, Zona Oeste do Rio
e na música “Like a rolling stone, de Bob
de Janeiro, quando Felipe Ramos (guitarra
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e vocal) e Rafael Rocha (bateria e vocal)
para sempre” Produzido por Felipe Rodarte
terminaram suas bandas e se uniram para
no grande Estúdio Toca do Bandido, em
montar um projeto voltado ao que mais
Vargem Grande, e abriu o show da banda
gostavam de ouvir, com as mais variadas
Detonautas Roque Clube, no Imperator
influências de Blues e Rock and Roll dos anos
RJ. O single foi muito bem recebido pelo
70 como: Jimi Hendrix, Led Zeppelin, BB King,
público, tanto que chegou a tocar na Rádio
Cream, Tim Maia e Bob Marley.
Mirandela 98,7 FM, no programa “Sem Poeira” e na Rádio Cidade Rock 102,9 FM,
Depois de mudar a formação algumas
no programa “A Vez do Brasil”. Além de
vezes, a banda se firmou com o formato
ter suas músicas nessas rádios, a banda
power trio trazendo para o time Jon Pires,
também participou ao vivo do programa
para assumir o baixo, grande músico do
Zoasom, tocando três músicas na Rádio
cenário carioca, que rapidamente se
Roquette Pinto 94,1 FM.
encaixou com a “nova fase” e trouxe uma nova roupagem nas músicas autorais da banda com letras em português, que mostram muita maturidade e competência de seus integrantes. A banda está trabalhando na gravação do seu primeiro EP e começando a fazer shows pelo Rio de Janeiro. No final de 2012, a Pedras Pilotáveis foi uma das vencedoras do Festival Nova Música Brasileira e como prêmio gravou o single “Não pode chover
Pedras Pilotáveis Felipe Ramos - Guitarra e Voz Rafael Rocha - Bateria e Voz Jon Pires - Baixo Links: Site (Fotos, Vídeos e Músicas): www.tnb.art.br/rede/pedraspilotaveis Nosso primeiro vídeo clipe: https://www.youtube.com/watch?v=47LBhCzUGHM Nosso primeiro EP: https://soundcloud.com/pedraspilotaveis/sets/pedras-pilotaveisep-2015 Contatos: pedraspilotaveis@gmail.com ramos.felipe22@gmail.com https://www.facebook.com/PedrasPilotaveis/ (21) 967266566 (Felipe) (21) 964951557 (Rafael) (21) 981356554 (Jon)
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ENTREVISTA
Música que toca as pessoas “Queremos enriquecer nossos ouvidos e mentes”
F
ormada em 2012, a Ventre levou dois anos para aparecer no cenário musical com seus primeiros vídeos ao vivo
resultado é “Ventre”, disco de estreia da banda. Todo este processo pode ser conferido na entrevista a seguir. E a baterista Larissa
“Carnaval” e “Pernas”. Com a guitarra e a voz
Conforto foi a encarregada de falar de
de Gabriel Ventura, baixo de Hugo Noguchi
detalhes do álbum, com escolha do
e Larissa Conforto na bateria, a banda testou
repertório, influências musicais... e muito
e amadureceu sua sonoridade ao vivo. O
mais.
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Quais foram os maiores desafios para conseguir concluir o disco? O maior desafio, sem dúvidas, foi unificar
uns com os outros no meio do caminho, e cometemos muitos erros. Mas até isso é arte, faz parte do processo. Nós temos muito
todas as músicas na masterização. Nosso
orgulho de ter chegado até aqui com esse
amigo Matheus Gomes executou com
disco feito de forma independente, com
maestria! Como cada instrumento, em cada
pouca grana e com muitos amigos. Somos
música foi gravado e mixado em lugares
muito sortudos de termos tantos amigos
muito diferentes e com pessoas distintas,
fodas. Eles foram imprescindíveis do início ao
cada música ficou com o seu “mundinho”
fim, e nós só temos gratidão!
dentro do nosso universo. Nós vemos isso de forma positiva. A execução literal da cultura do compartilhamento, ou o “Do It Together”. Além disso, tivemos muitos impasses no grave. O Hugo sempre gosta de ressaltar que o rock
Quais influências musicais (estilos e músicos e/ou bandas) vocês trazem no álbum? O disco vai do grunge 90’s (Nirvana, Alice in Chains, Stone Temple Pilots, Pixies, Jeff
é muito carente de
Buckley) à MPB
grave, que comprime
(Gonzaguinha, Mozka,
muito, atenua demais.
Lenine), passando pela
Nós (principalmente o
psicodelia dos 70’s
Hugo) tivemos que insistir
(Gabriel e Larissa são
muito para “soltar” essas
Hendrix na veia, Hugo
frequências nas músicas.
é maluco por The Who)
Afinal, foi o conceito
e pelo peso dos 00’s
que buscamos para o
(Deftones, Quotsa),
nosso trabalho. O grave
até o instrumental
atravessa o ouvido e toca
japonês (Toe) além
as pessoas pelo peito.
das mulheres fodas da música: Warpaint, Dead
Como foi a escolha do repertório? Muitas músicas
Weather, Fiona Apple, St Vincent, Kimbra, Tune Yards... É uma
foram compostas há anos, outras ao longo
miscelânea de influências. O gosto musical de
do processo de gestação do disco. Nós
cada um é bem diferente, e isso é ótimo!
escolhemos de acordo com o nosso gosto, mesmo. Tudo o que tinha a ver com a gente,
Como está a divulgação do álbum?
naquele momento. Nós viramos muitas noites
Está maravilhosa. Nós deixamos o CD
ouvindo músicas, arranjando, reinventando...
para download de graça - em troca de um compartilhamento em qualquer rede social -
Vocês gostaram do resultado final?
no nosso site, e disponibilizamos em todas as
Mudariam algo ou alguma música,
plataformas de streaming e download. Nosso
instrumento, arranjo?
CD físico, que consiste em um envelope
Nós estamos felizes. Se a gente imaginava o álbum assim? Não. Fomos aprendendo
de CD dentro de uma capa de Vinil, com pôster duplo embalado artesanalmente por dezEMbro 2015 | KillerPumpkin
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nós, ficou pronto um mês depois e já está à
O que pretendem: ser uma banda
venda nos nossos shows e em alguns pontos
underground ou entrar para o mainstream?
de venda no Rio. Saímos em muitas listas de
Acho que hoje em dia o underground e o
discos do ano, canções do ano e bandas
mainstream não são mais esfera opostas, e
do ano. Estamos felizes demais com a
podem até ser complementares. Na era do
repercussão até aqui e sabemos que há um
streaming, artistas que nunca vão passar na
longo caminho a percorrer no próximo ano.
TV têm milhares de plays/views e fã-clubes
A gente lançou no fim de outubro e fechou
em diversas partes do mundo. A gente
dezembro tocando no sudeste todo. Já
não faz planos. Queremos é tocar, e trocar
estamos fechando shows em outras regiões
experiências com o máximo de pessoas que
pro ano que vem, e pretendemos levar nosso
encontrarmos pelo caminho. O aprendizado
trabalho o mais longe que pudermos, em
é fundamental e diário. Queremos
cada cantinho desse Brasil!
enriquecer nossos ouvidos e mentes, e se possível tocar as pessoas. Essa é a maior
Falando da carreira e do estilo, como definem o som que fazem?
dádiva que a música carrega, e somos devotos dela [a música] profundamente!
É uma canção urbana. Pode ser? Fala do amor nas pequenas coisas do dia-a-dia.
Qual palco, local, festival... têm o sonho de tocar?
Com bastante fuzz, delay e g-r-a-v-e (risos).
Uau. Difícil. Vou responder por mim, Larissa:
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O Lollapalooza é um festival que eu amo.
com o At The Drive In), Toe... Agora viajando
Estive em todos os dias de todas as edições
menos, queremos ainda tocar com O Terno,
brasileiras até agora. Mas o grande sonho
Boogarins, Bike, Cidadão Instigado, Far From
mesmo, da vida, é tocar junto com o Jack
Alaska, Apanhador Só, Elza Soares (deusa
White, meu ídolo máximo de todos os
máxima!!), Siba, Macaco Bong... e por aí vai!
tempos. (Risos)
Mas pra ter ideia, já estamos transbordando de felicidade em tocar com o El Efecto, que
Onde nunca, mas por nada mesmo (nem por cachê muito sedutor), vocês não tocariam? Num festival promovido por uma indústria
somos fãs! E esperamos tocar em breve com o Menores Atos e o Facção Caipira, nossos amigos conterrâneos que admiramos muito.
de carne (como a Friboi, por exemplo). Porque eu e Hugo somos vegetarianos e não
E com quem já subiram no palco?
aceitaríamos de forma alguma promover
El Efecto (essa quinta!), Hellbenders, já tocamos
algo do tipo.
três músicas num bloco antes do Nação Zumbi, rolou uma participação no Cícero, tocamos
Nesta mesma linha de pensamento, com
muito com o Lupe de Lupe <3, a americana
quem (músico ou banda) vocês gostariam
Caddywhompus, as capixabas Mango e My
de dividir o palco?
Magical Glowing Lens, a paulista Bratislava,
Como eu disse antes, meu sonho da
os manauaras Supercolisor, os queridos da
vida: JACK WHITE! Mas imagina só tocar
Camille Claudel, nossos amigos cariocas da
com o Quens Of The Stone Age, Warpaint,
Canto Cego, os incríveis Simonami, Dingo Bells,
St Vincent, Fiona Apple, Mars Volta (ou o
Inky... Gabriel já tocou com o Lenine e com a
projeto novo, Antemasque, ou em sonho
Ana Cañas, mas não foi conosco! dezEMbro 2015 | KillerPumpkin
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Como veem a cena musical no Brasil atualmente? Conturbada. Muitos artistas muito bons
os artistas e isentaria o imposto para importação dos mesmos. Criaria espaços para convivência de músicos, com salas
surgindo, muitos espaços fechando... É
de ensaio abertas e gratuitas, e espaços
preciso equalizar. Não precisamos de mais
para gravação também - tudo 24h! É
editais. Precisamos é de subsídio para casa
claro, incentivaria as MULHERES a iniciar
de show de pequeno e médio porte, que
carreira musical não só cantando como
sustentem esse novo circuito e alimentem a
tocando bateria, baixo, sax, xilofone...
nossa diversidade musical, afim de perpetuar
o que fosse! Criaria grupos de trocas
a nova MPB. É importante demais que
de experiências com viagens e shows,
exista um esforço coletivo para este cenário
salas para testar pedais, um banco de
crescer. Desde casas e produtores que
contatos de fornecedores (de camisas e
paguem os artistas, a público que pague
buttons até fábrica de Cds e vans para
entrada, a artistas comprometidos com
viajar)... Nos faltam tantas oportunidades
divulgação e excelência da apresentação.
que são incontáveis as providências! Eu
É hora de se profissionalizar, em todas as
poderia escrever um testamento.
escalas do setor. Todo mundo precisa crescer junto, pra não deixar a peteca cair!
Ah sim, no âmbito artístico, para criar mais diversidade e mais estranhamento
O Brasil é carente de boas bandas? De talentos musicais? Pelo contrário. O Brasil tem MUITAS
(que eu julgo ser o ponto inicial para criar algo inédito), eu promoveria uma mescla esquizofrênica: Juntaria Maria Bethânia com
bandas boas. Nós vemos gente nova a
Macaco Bong, Gilberto Gil com El Efecto,
cada segundo, e o nível de qualidade
MC Carol com Francisco El Hombre, Anitta
está cada vez mais alto. Somos fãs de
com Apanhador Só, Rita Lee com Banda Uó,
muitos brasileiros. Esperamos que todos [nós
Ed Motta com Hellbenders, Ney Matogrosso
inclusos] prosperem, e que possamos um dia
com Far From Alaska, Moraes Moreira
falar de um Brasil que acolhe a música como
com Facção Caipira, Alceu Valença com
profissão e seus músicos como formadores
Menores Atos, Belchior com Stereophant,
de caráter e assim perpetuadores da cultura.
Marisa Monte com SILVA, Criolo com Dead Fish, Thiaguinho com Scalene, Michel Teló
Se vocês tivessem o poder de fazer uma revolução na música brasileira, o que fariam?
com Siba, Ivete Sangalo com Boogarins, e por aí vai... Risos.
Antes de tudo, faria uma lei de incentivo para casas de shows e pontos de cultura
Para encerrar, qual o próximo projeto da Ventre?
que abrigassem e difundissem os novos
Gravaremos, essa quinta, um DVD ao vivo
artistas. Promoveria oficinas sobre direitos
no Imperator juntamente com o El Efecto, e
autorais, produção artística e produção
esperamos lançar em 2016. Além disso, devem
executiva, a aproximação de marcas
vir mais clipes (já temos um engatilhado), e
de equipamento e instrumentos com
uma grande tour no próximo ano!
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LEIA
Bruce Dickinson
Os Altos Voos Com o Iron Maiden e o Voo Solo de Um Dos Maiores músicos do heavy metal
B
ruce Dickinson é o vocalista do Iron
quase?três décadas. Fora da banda, entretanto,
Maiden, uma?das mais importantes
também teve uma trajetória marcante. Antes
bandas de heavy metal de todos os
de juntar-se ao grupo, fez parte do Samson,
tempos. Junto com ela, faz enorme sucesso por
e no período em que esteve afastado da banda que o consagrou, construiu uma bem-sucedida carreira?solo. Além da música, Dickinson se envolve em atividades peculiares, graças à sua personalidade especial. É membro do time britânico de esgrima, possui um programa de rádio na estação digital BBC 6Music, é autor best-seller de ficção, e apresentador do Discovery Channel e do Sky One. Além disso, é piloto da companhia aérea comercial Astreus,?o que lhe permitiu participar da missão de resgate de ingleses residentes em Beirute em 2006. Este livro mostra pela primeira vez sua história completa, e traz entrevistas exclusivas com quem mais o conhece: pessoas com as quais conviveu em sua juventude, companheiros de estrada, e outros que o acompanham até os dias de hoje, quando o Iron Maiden mantém-se como uma das maiores lendas da música em todo o planeta.
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CAPA
Ladr천es de Vinil 20
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A
banda Ladrões de Vinil surgiu em
Festival em Feira de Santana (BA), Grito Rock
2006, com o propósito de fazer
América do Sul em Montes Claros(MG), Vitória
um som remetendo ao Rock’n’roll,
da Conquista(BA) e Festival de Inverno Bahia,
Rockabilly, Jovem Guarda, Rock
FESTUESB “ Festival universitário de música,
instrumental e Surf Music. Contando com
onde a banda foi premiada duas vezes como
Loro, na guitarra e vocal, Dieguinho, no
“Melhor intérprete”, com a música “Formas”
baixo e Ed Goma, na bateria, os músicos
no ano de 2008 e com a música “Invisível”
fazem do palco uma grande festa com
em 2010, além do Rock Cordel, Festival da
um show performático e divertido cheio de
Juventude, Natal da Cidade, Circuito Motiva
energia e animação.
entre outros.
A Ladrões de Vinil já se apresentou em vários
Ganhando cada vez mais espaço no
festivais importantes pelo país, tais como:
cenário alternativo com suas canções
Festival Big Bands em Salvador(BA), Feira Noise
e performances, que com certeza
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impressionam o público por onde passam e conseguem mostrar com simplicidade, carisma e talento a essência do que é o verdadeiro, bom e velho rock ‘n roll.
Sobre o CD A Ladrões de Vinil disponibilizou no final de 2014 seu primeiro álbum, “Homônimo”, para Streaming e Download na íntegra. O CD físico foi lançado oficialmente na programação do Natal da Cidade de Vitória da Conquista no dia 24 de dezembro de 2014. O evento acontece anualmente e reúne nomes importantes da música popular brasileira.
Sobre o Clipe Recentemente a banda lançou o Clipe Oficial da música “O Misterioso Roubo Dos Vinis”, produzido na oficina de videoclipe, realizada pelo XVI Festival Nacional 5 Minutos, em parceria com a Coordenação de Música da FUNCEB, com o projeto Mapa Musical da Bahia. A oficina foi ministrada por Daniel Lisboa e Igor Souto na cidade de Vitória da Conquista - BA e contou com a participação de alunos do Curso de Cinema da Universidade Estadual da Bahia - UESB. dezEMbro 2015 | KillerPumpkin
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Projetos futuros e Lançamentos A banda tocou na segunda edição da “A Conquista do Rock”, que reuniu oito bandas de Rock da cidade, para gravação de um DVD em homenagem aos 10 anos de realização da histórica primeira edição do evento. “A Conquista do Rock” marcou época, pois serviu para mostrar que na Bahia tinha muito mais para se conhecer e se tratando de Rock e da Cena Alternativa foi importante porque pela primeira vez era realizado um projeto que, de alguma forma, documentava a representatividade da cena Rock da cidade para a cultura da região. A banda também tem em sua agenda de projetos futuros uma tour passando por, pelo menos, sete cidades do Nordeste, para divulgação e difusão do CD, com datas previstas para a segunda quinzena de janeiro de 2016.
Integrantes: Lourisvado Borges (Loro) - Guitarra e vocal Diego Andrade (Dieguinho) - Baixo e Backing vocal Edmilson Santos (Goma) - Bateria e backing vocal Origem: Vitória da Conquista - Ba (Brasil) Residência: Vitória da Conquista - Ba (Brasil) Estilo:Rock’n’roll Contatos: Telefone: (77)8801-9362 E-mail: contatoladroesdevinil@gmail.com Links e Redes Sociais: Download: goo.gl/K1e8Da Streaming: https://www.youtube.com/watch?v=QYA9ZPH63T8 Canal do Youtube:https://www.youtube.com/user/ladroesdviniloficial Clipe: https://www.youtube.com/watch?v=-Y-vRQJNCrE Facebook:https://www.facebook.com/ladroesdevinil?fref=nf Twitter: @ladroesdevinil Instagram: @ladroesdevinil
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ANTENADO
Jack Runner
atrai o melhor do Rock em apresentação no Pub Hangover
Reportagem : Daniele Marzano e Ariadne Fotos: Ariadne Janez
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Janez
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A
queles que passaram o feriado do
Fhilipe Maia, o vocalista da Banda Jack
Dia da Consciência Negra, no dia
Runner, é cantor e compositor e traz em sua
20 de novembro, em Sorocaba,
bagagem vasta experiência como front-
interior de São Paulo, não se arrependeram,
man em bandas de rock e em projetos de
afinal puderam apreciar um vedadeiro
live vocal, tendo como marca registrada
espetáculo com a Banda Jack Runner e que
performances com energia contagiante
curtiram o bom e velho rock’n roll no Pub
que estabelecem um contato intenso com o
Hangover, no Parque Campolim.
público.
A banda Jack Runner, formada por Tiago
Tiago Angeli, o baterista, desde a
Angeli (bateria), Anderson Lima (baixo),
infância via seu tio tocar bateria, o que
Diogo Peixoto (guitarra) e Fhilipe Maia
fez com que ele começasse a gostar
(vocal), consolidou-se em dezembro de
de música. Mas foi em 2001 quando
2014 e desde então vem se destacando nas
iniciou aulas do instrumento, e começou
cidades do interior de São Paulo.
a apresentar - se em palcos, onde
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realmente aperfeiçoou-se. No palco é
o disco "Compacto" em 2011 e já se
nítido ver o quanto o mesmo gosta do
apresentou ao lado de Arrigo Barnabé,
instrumento, soltando batidas de pura
Brandford Marsalis, Daniel Berry, dentre
energia e atitude, com uma pitada de
outros.
alegria. Anderson Lima é o baixista. Ele iniciou Diogo Peixoto é guitarrista, mas também
na música aos sete anos de idade
é violonista, compositor e produtor
cantando o gênero sertanejo junto com
musical, bacharel em Música Popular
o pai que sempre teve como grande
pela Universidade Estadual de Campinas -
inspiração. Teve seu primeiro contato
UNICAMP.
com um violão aos 14 anos, quando entrou em sua primeira banda de
Desde 2006 atua como guitarrista
Rock. Na falta de um baixista foi que
do "Coletivo Orquestral", big band
conheceu o instrumento, se identificou
idealizada e dirigida pelo compositor
e se aprimorou. Hoje conta com um
Mário Campos. Com este grupo, gravou
currículo vasto como músico da região,
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inclusive tendo participado do projeto
Horigami: “Tiago, há muitos bateristas que
Fiuk & Vira-Latas como backing vocal,
são referência no mundo da música, como
onde entre vários shows também se
John Bonham, Ringo Starr , Ian Paice, Eric
apresentaram no Programa Altas Horas
Carr, citando apenas alguns considerados
na Rede Globo.
como melhores do mundo, que hipnotizam a platéia com as “viradas” dando um show de
Em entrevista exclusiva à Revista Horigami a banda comenta sobre um pouco da influência musical e o prazer de levar a boa música ao público.
Horigami: “Fhilipe, essa desenvoltura no palco que leva o público a vibrar junto com a banda, tem alguma influência?” Resposta Fhilipe: Desde pequeno eu sempre gostei da desenvoltura dos cantores de rock. Eu ficava vidrado nos shows do Queen e Guns and Roses e sempre coloquei para mim que se um dia eu cantasse, eu gostaria de ter a mesma desenvoltura e qualidade que esses dois cantores tinham. Anos depois, ainda continuo apreciando o trabalho deles (mesmo que um já não esteja entre nós) e tento levar tudo o que eu via na tv para os palcos, só que dando uma personalizada.
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malabarismo com as baquetas, dentre esses já famosos qual artista te inspirou a tocar?” Resposta Tiago: Poxa, difícil citar todos que gosto, só na pergunta já foi citado alguns! Mas curto o som que o Matt Cameron tira, Matt Sorum, Dave Grohl, Taylor Hawkins, nacional tem João Barone, Eloy Casagrande, Denis Mendes, são muitos! Mas procuro pegar referência de todos um pouco dos que gosto, assim consigo ter várias vertentes para alcançar um estilo próprio. Horigami: “Diogo, por toda sua bagagem musical, qual é a diferença de tocar ao lado de Arrigo Barnabé e um show de rock?” Resposta Diogo: Definitivamente é uma honra, assim como tantos outros grandes músicos com os quais já tive a honra de trabalhar durante todos esses anos. Apesar
de existir uma ideia pré concebida de que os estilos são muito diferentes (e essas diferenças são realmente importantes para definir as peculiaridades de cada vertente), sempre preferi pensar mais sobre as semelhanças, buscando pontos de convergência onde ferramentas inerentes à um determinado estilo possam ser aproveitadas em outros estilos. No caso específico do Arrigo e do rock acho que o principal aspecto em comum é encarar a performance como parte integrante da música que este sendo tocada. Os dois estilos são diferentes em aspectos técnicos (aspectos harmônicos, rítmicos, melódicos e instrumentação) e em termos de proposta o som do Arrigo tem um compromisso forte com a experimentação, enquanto que o rock perdeu muito disso nas últimas décadas, porém adoro fazer esse “intercâmbio” musical e estou sempre trazendo as influências adquiridas em experiências distintas. dezEMbro 2015 | KillerPumpkin
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Horigami: Anderson, seu pai que foi sua maior fonte de inspiração tocando sertanejo, lhe ensinou a tocar com 7 anos. Qual a mudança de um gênero musical que você iniciou para o rock? Realmente o primeiro estilo musical que eu conheci foi o sertanejo, com o incentivo do meu pai, que também canta desde menino, ele sempre me levava aos festivais, shows e tudo mais que envolvia música. O sertanejo, nos anos 90, era dirigido por duplas como Leandro e Leonardo, Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, dentre muitos outros, mas entre esses artistas eu também ouvia Roupa Nova, que foi a ponte entre o sertanejo, o Rock N' Roll e a música Pop. Apesar de já conhecer muitas bandas de Rock, apenas nos anos 2000 que eu realmente me aprofundei no estilo, quando comecei a aprender tocar meu primeiro instrumento. Sabemos que um bom músico toca qualquer estilo, você se enquadra nesse perfil? Minha primeira banda séria foi com meu pai, era uma banda de baile onde tocávamos vários estilos musicais, foi onde eu aprendi muito sobre o assunto, onde aprimorei minhas técnicas com os instrumentos de corda que eu tocava (violão, guitarra e baixo), e também aprendi várias coisas sobre instrumentos percussivos. Mas o melhor de tudo...foi onde eu aprimorei a minha percepção musical (o clássico tocar de ouvido), que é o que realmente me ajuda a tocar e a cantar vários estilos musicais sem muita dificuldade. O repertório é extenso, transitando entre o Rock Nacional e Internacional – uma ressalva é que este playlist é atualizado frequentemente e adaptado para atender a demanda de cada lugar em que se apresentam. 34
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