Protocolo de Manchester na Emergência do Hospital Dona Helena

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Excelência passa por trabalho conjunto

Carmem Pires Migueles é doutora em sociologia das organizações pela Universidade de Sophia, em Tóquio. Trouxe os ensinamentos de Mahatma Gandhi para fazer a plateia do 1º Encontro Catarinense de Enfermagem pensar sobre “Seja você a diferença que quer ver no mundo”. “Delegamos poder e responsabilidade para o nada. Quando percebemos coisas erradas, não indicamos. Abrimos mão de fazer o certo, pois demanda muito de cada um”, afirma. Para ela, é preciso convocar do fundo do coração a energia para a mudança contínua. “Organizações de excelência se constroem com trabalho interdependente, proteção e ajuda mútua. É preciso que a equipe atue com consciência máxima. Resultados excelentes acontecem a partir de pessoas excelentes”, ressalta.

Em nossa sociedade, por que criamos o hábito de repassar responsabilidades aos outros? Tem haver com nosso passado, com nosso esquema “casa grande e senzala”, em que o trabalhador se via oprimido e sem oportunidade. A democratização, a sociedade do conhecimento e a importância da interdependência mudaram esse contexto, mas ainda não mudamos por dentro. Não basta tirar o ser humano da escravidão e da opressão. Tem que retirar a escravidão e a opressão de dentro do ser humano. Como isso contribuiu para a crise em que chegamos? Delegamos para o nada. Quando todos de bem se omitem, os oportunistas vão se unindo. Tem isso tanto na gestão pública quanto na privada. Como valorizar o conhecimento em uma sociedade que não dá importância para ele? Tem um papel do profissional do conhecimento, que tem que usá-lo para destravar problemas. Nós usamos

muito o conhecimento para criticar, por vaidade, para mostrar como somos bons, mas temos dificuldade de colocar o conhecimento a serviço. Fazendo isso que você inova, que transforma a sociedade. Esse é o desafio que vamos enfrentar de agora em diante. Como fazer com que as equipes profissionais trabalhem de acordo com a missão da empresa? As equipes precisam ter o hábito de sentar e discutir quais são os problemas e as oportunidades e como podem alocar recursos pessoais, profissionais e conhecimentos para resolver as dificuldades. Tendemos a achar que o problema está ali, não podemos fazer nada e continuamos a conviver com ele. Temos que aumentar a capacidade das equipes de alto desempenho de alterar e retirar os problemas do caminho. Como resgatar o sentido do trabalho, como algo bom, que não seja sofrimento? Tem um exercício individual de pensar qual a missão, o que estou fazendo

aqui. Tem a ponte entre o que sou, a missão pessoal, a missão da organização e como aprimoro essa organização de forma ativa e proativa, não permanecendo com um comportamento reativo, no qual sei de tudo isso e não consigo colocar em prática porque a organização não deixa. Em relação às equipes de saúde, como motivá-las para trabalhar de acordo com a missão da instituição? O termo motivar me incomoda. Se um profissional de saúde, que tem uma vida nas mãos, não está motivado para trabalhar é um problema. A questão é como ajudamos esse indivíduo a fazer a coisa certa para que ele se sinta mais empoderado, menos sobrecarregado e menos infeliz de olhar para a organização e não ver espaço para a realização de suas competências. A pessoa que não está motivada não pode trabalhar com saúde. É necessário remover as fontes de desânimo e de falta de empoderamento para que ele possa atuar de forma satisfatória.

DH[notícias] Nº 137 • mai.jun. 2016

Protocolo de Manchester na Emergência do hdh de ência e urgência com priorida erg em de s nto ime nd ate te Sistema garan O Hospital Dona Helena será a primeira instituição de saúde privada de Joinville a atender os pacientes da Emergência com base no Sistema Manchester de Classificação de Risco. Para isso, o HDH capacitou sua equipe e promoveu algumas mudanças para receber pacientes de acordo com o sistema. No Protocolo de Manchester, o paciente é atendido de acordo com sua prioridade clínica, que pode ser identificada como emergência (pulseira vermelha), atendimento muito urgente (laranja), atendimento urgente (amarelo), atendimento pouco urgente (verde) e atendimento não urgente (azul). “A ideia é que o paciente chegue ao atendimento médico no tempo correto, garantindo mais segurança e agilidade”, ressalta Paulo Pertsew, médico coordenador da Emergência Adulta. No mês de maio, seis médicos e 18 enfermeiros passaram por capacitação com o Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR), responsável pela implantação do protocolo no país. Os enfermeiros receberam certificado de classificador, o que os qualifica para a triagem com base no sistema. Neste primeiro momento, a Emergência Adulta e a Ortopedia contarão com o protocolo. Depois, a Emergência Infantil também deve receber. “Visitamos outros hospitais, como o Moinhos de Vento, em Porto Alegre, que administra o Hospital da Restinga, que aplica o protocolo”, explica Nadia Cristina Brach, enfermeira coordenadora da Emergência. O Protocolo de Manchester conta com 52 tipos de fluxos para atendimento, de acordo com sintomas apresentados pelos pacientes. Em parceria com a Philips, o HDH adquiriu

Profissionais realizaram capacitação para classificação de risco

o módulo “Manchester”, no Tasy, para facilitar o processo e manter a classificação digitalizada. “Também fizemos mudanças físicas, com três salas adaptadas, para acolher melhor os pacientes”, destaca Ana Brito, gerente de enfermagem. Para o médico Paulo Pertsew, o Protocolo de Manchester, no futuro, auxiliará na coleta de dados e avaliação dos tipos de atendimentos realizados no hospital, o que ajudará no gerenciamento de leitos ao prever a necessidade diária de internação. O próximo passo da implantação conta com um curso de auditores, que serão responsáveis em coletar informações e enviá-las para o GBCR, para gerar estatísticas junto com as outras instituições brasileiras que utilizam o sistema.

Para esquentar o frio de quem mais precisa Pelo quinto ano consecutivo, o Hospital Dona Helena apoia e patrocina a Campanha do Agasalho, realizada pela RIC Record. Neste ano, as caixas coletoras estão disponíveis no Hall do Centro Clínico, para pacientes e visitantes, e na entrada de funcionários. No ano passado, foram coletadas mais de oito mil peças. “Temos uma adesão muito boa, tanto entre funcionários quanto entre seus familiares.

Esse tipo de campanha é importante, pois permite que a instituição auxilie a comunidade, por meio da captação de roupas, incorporando nossa missão, que é cuidar, em todas as ações”, afirma Gizele Leivas, coordenadora de Comunicação e Marketing do HDH. A Campanha do Agasalho é realizada há 19 anos pela RIC Record. Depois do período de coleta, uma comunidade da cidade é escolhida para a entrega das roupas.

IMPRESSO

CARMEM MIGUELES

ENTREVISTA


Marcas do Parte considerável dos joinvilenses chegou ao mundo no Hospital Dona Helena. E também cidadãs e cidadãos de várias regiões do Estado que aqui vinham em busca de mais recursos para gestações e partos mais delicados.

Foi o caso dos gêmeos xifópagos nascidos em 2001 – e que foram separados por intervenção realizada pelo cirurgião Percy Sandoval Ribeira, cerca de três meses após o nascimento.

Em 2002, cirurgia de coluna devolve os movimentos a um jovem belga, que se acidentou, ao mergulhar, em Piçarras. O procedimento foi coordenado pelo cirurgião Ricardo Myiamoto.

Toda a infraestrutura necessária para que a medicina se realize em toda sua plenitude está disponível no Departamento de Cirurgia do Hospital Dona Helena, coordenado pelo cirurgião Marcos Antônio Navarro.

Imagem do Centro Cirúrgico do início do século 20.

tempo

Tabagismo é principal causa de morte evitável no mundo Quer parar de fumar e não sabe por onde começar? A psicóloga Kethe de Oliveira, do Hospital Dona Helena, indica alguns passos para iniciar o processo: querer parar; escolher como parar (de uma vez só ou gradativamente); utilizar recursos como atividades físicas; evitar lugares ou coisas que lembrem o ato de fumar. “Se a dificuldade for algo limitante, procure ajuda de um profissional, pois, muitas vezes, é necessário utilizar medicação”, afirma. No dia 31 de maio, comemorou-se o Dia Mundial Antitabagismo. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo, sendo responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis. De acordo com a psicóloga, o ato de fumar, muitas vezes, está relacionado com um sentimento de estresse, preocupação e angústia. Quando se sentem assim, as pessoas saem para fumar, deixando o local que tenha provocado tais sensações, respiram pausadamente e têm a impressão de ficar mais calmos. “É apenas uma impressão provocada pelo movimento que gerou a saída do local estressor”, pondera. Se para relaxar ou se divertir em festas, você tem o hábito de utilizar o narguilé, também é preciso ficar atento. De acordo com dados do Ministério da Saúde, fumar uma hora no narguilé é o equivalente a fumar de 100 a 200 cigarros. Vendido como peça de decoração e utilizado em festas por adolescentes e adultos, o narguilé também causa dependência. Em longo prazo, pode gerar câncer de pulmão, boca e bexiga, aterosclerose e doenças respiratórias e coronarianas. Além disso, por ser compartilhado, o usuário se expõe à herpes e outras doenças da boca, hepatite C e tuberculose.

Publicação do Hospital Dona Helena. | Diretor Técnico: Bráulio Cesar da Rocha Barbosa (CRM 3379). | Produção: Mercado de Comunicação. | Edição e reportagem: Letícia Caroline. | Coordenação: Guilherme Diefenthaeler. | Coordenadora de Comunicação e Marketing: Gizele Leivas | comunicacaoemarketing@donahelena.com.br | Fotografia: Peninha Machado. | Impressão: Ipiranga. | Endereço: Rua Blumenau,123, telefone: (47) 3451-3333 – Joinville/SC.

Encontro de Enfermagem reúne público para debate sobre a profissão amada para junho de 2017

está progr Segunda edição do evento Entre os dias 3 e 4 de junho, mais de 300 pessoas, de Santa Catarina e do Paraná, debateram os desafios assistenciais no 1º Encontro Catarinense de Enfermagem, realizado pelo Hospital Dona Helena. Nos dois dias, as palestras também foram transmitidas ao vivo pelo canal do HDH no Youtube. O evento comemorou o Dia da Enfermagem. “Estivemos reunidos para refletir sobre nosso trabalho e o desafio de cuidar. Sabemos que a busca pela qualidade deve ser incessante, por isso, queremos construir uma versão melhor de cada um de nós todos os dias”, afirmou Ana Brito, gerente de enfermagem. Na sexta-feira, as palestrantes abordaram a questão da profissão e do cuidado. “Quando o sentido do trabalho está claro, o sofrimento não aparece e você passa a fazer suas atividades de forma agradável com resultados excelentes”, ensinou Carmen Pires Migueles, doutora em sociologia das organizações. Maria Júlia Paes da Silva trouxe a experiência de 36 anos de enfermagem para refletir sobre o cuidado oferecido na sociedade atual. “Temos que cuidar de nós mesmos para cuidar dos outros e

Em apresentação de case, João Maia debate a desospitalização nacionalmente

sempre pensar o que estamos fazendo para sermos melhores”, ressaltou. Glauce Muniz, do Hospital Paulistano, abordou a importância da acreditação em instituições de saúde. No sábado, as discussões foram voltadas para assuntos mais técnicos. A enfermeira Claudia Luz falou sobre times de terapia infusional e a contribuição para indicadores no hospital. Já

a enfermeira Ana Figueiredo palestrou sobre inserção de cateter de diálise peritoneal por técnica percutânea. Nos dois dias, também houve apresentação de cases de sucesso, envolvendo hospitais da cidade. Na ocasião, o geriatra João Maia, do corpo clínico do HDH, refletiu sobre como a desospitalização vem sendo abordada nacionalmente.

Centro Clínico do HDH em ampliaçã Neste ano, o Hospital Dona Helena inaugurou novas clínicas e ambulatórios. A partir de agora, a instituição conta com consultórios de clínica médica, endocrinologia e dermatologia, alocados no 10º andar do Centro Clínico. Além disso, o Centro de Infusão recebeu um novo médico reumatologista para o atendimento. O projeto, de acordo com a diretora clínica Patricia Chaves, é expandir e diversificar as especialidades clínicas e cirúrgicas para que os pacientes tenham suas necessidades atendidas. Além das novas especialidades, o Serviço de Neurologia ampliou seu quadro de profissionais

o

médicos, com mais uma neurologista, uma neuropediatra e uma geneticista. Foi criado também o Ambulatório de Curativos em um espaço planejado para melhorar a qualidade e segurança desses procedimentos. Outras clínicas e especialidades estão no projeto. Em breve, será implantado o Ambulatório de Angiologia e Cirurgia Vascular, em parceria com o Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular (IAC). Em fase de planejamento estão as especialidades: infectologia, medicina do viajante, bucomaxilofacial, cirurgia geral, cirurgia pediátrica, oftalmologia, entre outras.


Marcas do Parte considerável dos joinvilenses chegou ao mundo no Hospital Dona Helena. E também cidadãs e cidadãos de várias regiões do Estado que aqui vinham em busca de mais recursos para gestações e partos mais delicados.

Foi o caso dos gêmeos xifópagos nascidos em 2001 – e que foram separados por intervenção realizada pelo cirurgião Percy Sandoval Ribeira, cerca de três meses após o nascimento.

Em 2002, cirurgia de coluna devolve os movimentos a um jovem belga, que se acidentou, ao mergulhar, em Piçarras. O procedimento foi coordenado pelo cirurgião Ricardo Myiamoto.

Toda a infraestrutura necessária para que a medicina se realize em toda sua plenitude está disponível no Departamento de Cirurgia do Hospital Dona Helena, coordenado pelo cirurgião Marcos Antônio Navarro.

Imagem do Centro Cirúrgico do início do século 20.

tempo

Tabagismo é principal causa de morte evitável no mundo Quer parar de fumar e não sabe por onde começar? A psicóloga Kethe de Oliveira, do Hospital Dona Helena, indica alguns passos para iniciar o processo: querer parar; escolher como parar (de uma vez só ou gradativamente); utilizar recursos como atividades físicas; evitar lugares ou coisas que lembrem o ato de fumar. “Se a dificuldade for algo limitante, procure ajuda de um profissional, pois, muitas vezes, é necessário utilizar medicação”, afirma. No dia 31 de maio, comemorou-se o Dia Mundial Antitabagismo. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo, sendo responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis. De acordo com a psicóloga, o ato de fumar, muitas vezes, está relacionado com um sentimento de estresse, preocupação e angústia. Quando se sentem assim, as pessoas saem para fumar, deixando o local que tenha provocado tais sensações, respiram pausadamente e têm a impressão de ficar mais calmos. “É apenas uma impressão provocada pelo movimento que gerou a saída do local estressor”, pondera. Se para relaxar ou se divertir em festas, você tem o hábito de utilizar o narguilé, também é preciso ficar atento. De acordo com dados do Ministério da Saúde, fumar uma hora no narguilé é o equivalente a fumar de 100 a 200 cigarros. Vendido como peça de decoração e utilizado em festas por adolescentes e adultos, o narguilé também causa dependência. Em longo prazo, pode gerar câncer de pulmão, boca e bexiga, aterosclerose e doenças respiratórias e coronarianas. Além disso, por ser compartilhado, o usuário se expõe à herpes e outras doenças da boca, hepatite C e tuberculose.

Publicação do Hospital Dona Helena. | Diretor Técnico: Bráulio Cesar da Rocha Barbosa (CRM 3379). | Produção: Mercado de Comunicação. | Edição e reportagem: Letícia Caroline. | Coordenação: Guilherme Diefenthaeler. | Coordenadora de Comunicação e Marketing: Gizele Leivas | comunicacaoemarketing@donahelena.com.br | Fotografia: Peninha Machado. | Impressão: Ipiranga. | Endereço: Rua Blumenau,123, telefone: (47) 3451-3333 – Joinville/SC.

Encontro de Enfermagem reúne público para debate sobre a profissão amada para junho de 2017

está progr Segunda edição do evento Entre os dias 3 e 4 de junho, mais de 300 pessoas, de Santa Catarina e do Paraná, debateram os desafios assistenciais no 1º Encontro Catarinense de Enfermagem, realizado pelo Hospital Dona Helena. Nos dois dias, as palestras também foram transmitidas ao vivo pelo canal do HDH no Youtube. O evento comemorou o Dia da Enfermagem. “Estivemos reunidos para refletir sobre nosso trabalho e o desafio de cuidar. Sabemos que a busca pela qualidade deve ser incessante, por isso, queremos construir uma versão melhor de cada um de nós todos os dias”, afirmou Ana Brito, gerente de enfermagem. Na sexta-feira, as palestrantes abordaram a questão da profissão e do cuidado. “Quando o sentido do trabalho está claro, o sofrimento não aparece e você passa a fazer suas atividades de forma agradável com resultados excelentes”, ensinou Carmen Pires Migueles, doutora em sociologia das organizações. Maria Júlia Paes da Silva trouxe a experiência de 36 anos de enfermagem para refletir sobre o cuidado oferecido na sociedade atual. “Temos que cuidar de nós mesmos para cuidar dos outros e

Em apresentação de case, João Maia debate a desospitalização nacionalmente

sempre pensar o que estamos fazendo para sermos melhores”, ressaltou. Glauce Muniz, do Hospital Paulistano, abordou a importância da acreditação em instituições de saúde. No sábado, as discussões foram voltadas para assuntos mais técnicos. A enfermeira Claudia Luz falou sobre times de terapia infusional e a contribuição para indicadores no hospital. Já

a enfermeira Ana Figueiredo palestrou sobre inserção de cateter de diálise peritoneal por técnica percutânea. Nos dois dias, também houve apresentação de cases de sucesso, envolvendo hospitais da cidade. Na ocasião, o geriatra João Maia, do corpo clínico do HDH, refletiu sobre como a desospitalização vem sendo abordada nacionalmente.

Centro Clínico do HDH em ampliaçã Neste ano, o Hospital Dona Helena inaugurou novas clínicas e ambulatórios. A partir de agora, a instituição conta com consultórios de clínica médica, endocrinologia e dermatologia, alocados no 10º andar do Centro Clínico. Além disso, o Centro de Infusão recebeu um novo médico reumatologista para o atendimento. O projeto, de acordo com a diretora clínica Patricia Chaves, é expandir e diversificar as especialidades clínicas e cirúrgicas para que os pacientes tenham suas necessidades atendidas. Além das novas especialidades, o Serviço de Neurologia ampliou seu quadro de profissionais

o

médicos, com mais uma neurologista, uma neuropediatra e uma geneticista. Foi criado também o Ambulatório de Curativos em um espaço planejado para melhorar a qualidade e segurança desses procedimentos. Outras clínicas e especialidades estão no projeto. Em breve, será implantado o Ambulatório de Angiologia e Cirurgia Vascular, em parceria com o Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular (IAC). Em fase de planejamento estão as especialidades: infectologia, medicina do viajante, bucomaxilofacial, cirurgia geral, cirurgia pediátrica, oftalmologia, entre outras.


Excelência passa por trabalho conjunto

Carmem Pires Migueles é doutora em sociologia das organizações pela Universidade de Sophia, em Tóquio. Trouxe os ensinamentos de Mahatma Gandhi para fazer a plateia do 1º Encontro Catarinense de Enfermagem pensar sobre “Seja você a diferença que quer ver no mundo”. “Delegamos poder e responsabilidade para o nada. Quando percebemos coisas erradas, não indicamos. Abrimos mão de fazer o certo, pois demanda muito de cada um”, afirma. Para ela, é preciso convocar do fundo do coração a energia para a mudança contínua. “Organizações de excelência se constroem com trabalho interdependente, proteção e ajuda mútua. É preciso que a equipe atue com consciência máxima. Resultados excelentes acontecem a partir de pessoas excelentes”, ressalta.

Em nossa sociedade, por que criamos o hábito de repassar responsabilidades aos outros? Tem haver com nosso passado, com nosso esquema “casa grande e senzala”, em que o trabalhador se via oprimido e sem oportunidade. A democratização, a sociedade do conhecimento e a importância da interdependência mudaram esse contexto, mas ainda não mudamos por dentro. Não basta tirar o ser humano da escravidão e da opressão. Tem que retirar a escravidão e a opressão de dentro do ser humano. Como isso contribuiu para a crise em que chegamos? Delegamos para o nada. Quando todos de bem se omitem, os oportunistas vão se unindo. Tem isso tanto na gestão pública quanto na privada. Como valorizar o conhecimento em uma sociedade que não dá importância para ele? Tem um papel do profissional do conhecimento, que tem que usá-lo para destravar problemas. Nós usamos

muito o conhecimento para criticar, por vaidade, para mostrar como somos bons, mas temos dificuldade de colocar o conhecimento a serviço. Fazendo isso que você inova, que transforma a sociedade. Esse é o desafio que vamos enfrentar de agora em diante. Como fazer com que as equipes profissionais trabalhem de acordo com a missão da empresa? As equipes precisam ter o hábito de sentar e discutir quais são os problemas e as oportunidades e como podem alocar recursos pessoais, profissionais e conhecimentos para resolver as dificuldades. Tendemos a achar que o problema está ali, não podemos fazer nada e continuamos a conviver com ele. Temos que aumentar a capacidade das equipes de alto desempenho de alterar e retirar os problemas do caminho. Como resgatar o sentido do trabalho, como algo bom, que não seja sofrimento? Tem um exercício individual de pensar qual a missão, o que estou fazendo

aqui. Tem a ponte entre o que sou, a missão pessoal, a missão da organização e como aprimoro essa organização de forma ativa e proativa, não permanecendo com um comportamento reativo, no qual sei de tudo isso e não consigo colocar em prática porque a organização não deixa. Em relação às equipes de saúde, como motivá-las para trabalhar de acordo com a missão da instituição? O termo motivar me incomoda. Se um profissional de saúde, que tem uma vida nas mãos, não está motivado para trabalhar é um problema. A questão é como ajudamos esse indivíduo a fazer a coisa certa para que ele se sinta mais empoderado, menos sobrecarregado e menos infeliz de olhar para a organização e não ver espaço para a realização de suas competências. A pessoa que não está motivada não pode trabalhar com saúde. É necessário remover as fontes de desânimo e de falta de empoderamento para que ele possa atuar de forma satisfatória.

DH[notícias] Nº 137 • mai.jun. 2016

Protocolo de Manchester na Emergência do hdh de ência e urgência com priorida erg em de s nto ime nd ate te Sistema garan O Hospital Dona Helena será a primeira instituição de saúde privada de Joinville a atender os pacientes da Emergência com base no Sistema Manchester de Classificação de Risco. Para isso, o HDH capacitou sua equipe e promoveu algumas mudanças para receber pacientes de acordo com o sistema. No Protocolo de Manchester, o paciente é atendido de acordo com sua prioridade clínica, que pode ser identificada como emergência (pulseira vermelha), atendimento muito urgente (laranja), atendimento urgente (amarelo), atendimento pouco urgente (verde) e atendimento não urgente (azul). “A ideia é que o paciente chegue ao atendimento médico no tempo correto, garantindo mais segurança e agilidade”, ressalta Paulo Pertsew, médico coordenador da Emergência Adulta. No mês de maio, seis médicos e 18 enfermeiros passaram por capacitação com o Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR), responsável pela implantação do protocolo no país. Os enfermeiros receberam certificado de classificador, o que os qualifica para a triagem com base no sistema. Neste primeiro momento, a Emergência Adulta e a Ortopedia contarão com o protocolo. Depois, a Emergência Infantil também deve receber. “Visitamos outros hospitais, como o Moinhos de Vento, em Porto Alegre, que administra o Hospital da Restinga, que aplica o protocolo”, explica Nadia Cristina Brach, enfermeira coordenadora da Emergência. O Protocolo de Manchester conta com 52 tipos de fluxos para atendimento, de acordo com sintomas apresentados pelos pacientes. Em parceria com a Philips, o HDH adquiriu

Profissionais realizaram capacitação para classificação de risco

o módulo “Manchester”, no Tasy, para facilitar o processo e manter a classificação digitalizada. “Também fizemos mudanças físicas, com três salas adaptadas, para acolher melhor os pacientes”, destaca Ana Brito, gerente de enfermagem. Para o médico Paulo Pertsew, o Protocolo de Manchester, no futuro, auxiliará na coleta de dados e avaliação dos tipos de atendimentos realizados no hospital, o que ajudará no gerenciamento de leitos ao prever a necessidade diária de internação. O próximo passo da implantação conta com um curso de auditores, que serão responsáveis em coletar informações e enviá-las para o GBCR, para gerar estatísticas junto com as outras instituições brasileiras que utilizam o sistema.

Para esquentar o frio de quem mais precisa Pelo quinto ano consecutivo, o Hospital Dona Helena apoia e patrocina a Campanha do Agasalho, realizada pela RIC Record. Neste ano, as caixas coletoras estão disponíveis no Hall do Centro Clínico, para pacientes e visitantes, e na entrada de funcionários. No ano passado, foram coletadas mais de oito mil peças. “Temos uma adesão muito boa, tanto entre funcionários quanto entre seus familiares.

Esse tipo de campanha é importante, pois permite que a instituição auxilie a comunidade, por meio da captação de roupas, incorporando nossa missão, que é cuidar, em todas as ações”, afirma Gizele Leivas, coordenadora de Comunicação e Marketing do HDH. A Campanha do Agasalho é realizada há 19 anos pela RIC Record. Depois do período de coleta, uma comunidade da cidade é escolhida para a entrega das roupas.

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