MARIA JULIA PAES DA SILVA
Cuidado humanizado como foco na saúde
Há 36 anos na área de enfermagem, Maria Julia Paes da Silva percebeu que a sociedade vem se descuidando dos sujeitos, em casos de abandono e descaso. Na área da saúde, em que o cuidado é o foco do trabalho, isso se reflete diariamente. “Precisamos nos questionar qual o nosso papel social neste mundo?”, provoca. “Estamos refletindo sobre a vida? Ela é o foco da nossa atuação”, prossegue. Para ela, quando o profissional de saúde se liga à doença, ele também adoece. “A equipe precisa perceber que trabalha com humanos, que precisam de cuidado e atenção. “Não podemos desistir de ser o melhor de nós mesmos. Não podemos ser iguais aos outros”, assinala. Maria Julia é mestre e doutora em enfermagem, livre-docente pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP). Esteve em Joinville para o Encontro de Enfermagem, realizado pelo HDH, em Joinville. O cuidado, como um todo, está prejudicado na sociedade atual? Por quê? Cuidar pode ser entendido como se ocupar, se interessar, ter paciência para acompanhar o crescimento ou o restabelecimento do outro, naquilo que o outro é ou pode ser. Implica resgate da dignidade, do respeito e alguns valores ou qualidades que não têm sido ensinados, estimulados e valorizados na nossa sociedade como um todo. O que é um cuidado de qualidade na saúde e como mantê-lo? Cuidar com qualidade significa competência e atitudes que tornem o outro/cliente melhor do que quando chegou até nós ou, quando não conseguimos dar a ele o que mais quer (cura), não o tornamos mais enfermo (não firme) por reduzir sua dignidade, desrespeitando-o na forma de se relacionar com ele e de atendê-lo. Como manter? Com encontros periódicos
com toda a equipe multidisciplinar, nos quais questões éticas, técnicas e comunicacionais sejam (re)discutidas, casos sejam analisados e possamos aprender com nossa experiência. Quais as dificuldades para se humanizar o cuidado na área da saúde? Os profissionais se esquecem, muitas vezes, que são o principal “remédio” desse atendimento: são eles que realmente acalmam, confortam, ajudam a dormir, a identificar novas perspectivas de vida, a partir de cada contexto posto. Esse ponto me parece chave para o processo de humanização. Além do óbvio: capacitação profissional e recursos materiais e humanos. Qual a importância da comunicação na humanização hospitalar? Todo relacionamento envolve comunicação: o que sou capaz de “por em comum”, de ouvir e de expor, estando
atento às duas dimensões da comunicação humana — o verbal (as palavras propriamente ditas) e o não verbal (expressões faciais, gestos, posturas corporais, a distância que mantemos das pessoas, como e onde a tocamos, por exemplo). A dimensão não verbal implica em dois terços das “trocas” entre pessoas e, como o leigo não pode, a maioria das vezes, avaliar um profissional por sua competência técnica, ele o avalia por sua competência de comunicação não verbal e verbal. Como a comunicação pode ser uma ferramenta de gestão na área da saúde? Se todos os profissionais forem “recordados” de dicas, significados e compreensões possíveis dessa sinalização verbal e não verbal, meio caminho para a criação e manutenção de vínculos foi percorrida. A gestão implica na capacidade de agregar pessoas em torno de um mesmo ideal e objetivo.
DH[notícias] Nº 138 • jul./ago. 2016
Comemorações dos 100 anos a todo vapor funcionáCampanha publicitária com na cidade rios já está sendo veiculada O ano de 2016 é especial para o Hospital Dona Helena. Em novembro, a instituição comemora 100 anos. As ações que marcam o centenário se iniciaram na Expogestão, em maio, quando a identidade visual da campanha foi lançada. Agora, desde julho, outdoors estão expostos pela cidade, com profissionais do HDH ilustrando a campanha publicitária. Criada pela agência For.b, a ação se baseia nas palavraschave: respeito, confiança e dedicação. Três funcionários e um médico foram selecionados para representar as equipes e demonstrar a cultura do hospital, que se preocupa com o atendimento de qualidade e a segurança do paciente. A estratégia é estruturada em dois tripés: o primeiro voltado à apresentação do HDH, reforçando seu compromisso com a comunidade. O segundo tripé deve vir a público em setembro, quando a campanha agradecerá aos joinvilenses por integrarem essa história centenária. “Pensamos em fazer um retrato da instituição, demonstrando quem nos ajudou a trilhar essa caminhada de sucesso”, ressalta Gizele Leivas, coordenadora de Comunicação e Marketing do hospital. Vandressa Martins, enfermeira das Unidades de Internação A e E, trabalha há mais de um ano no hospital e foi uma das escolhidas para representar a equipe na propaganda. “Achei bacana retratar meus colegas. Tenho muita satisfação
HDH marca presença no Encontro Catarinense de Hospitais
em fazer parte de um hospital com uma jornada tão longa e importante”, afirma. Para o técnico em enfermagem Alisson Ferreira da Rocha, foi uma surpresa ser selecionado para ação. Há quase três anos na equipe da Emergência, ficou lisonjeado com a oportunidade. “Como profissional, me sinto orgulhoso em atuar numa instituição que é referência na área da saúde”, destaca. A concierge Alice Wiggers Michels de Souza também foi uma das escolhidas. Há sete anos no HDH, ela posou para a campanha com as duas filhas, Laura, de 4 anos, e Bruna, de 1 ano, ambas nascidas na instituição. “Foi gratificante receber o convite para uma ação dessa importância. Tenho muito orgulho em trabalhar no HDH e espero sempre contribuir de forma positiva junto à essa equipe tão conceituada”, destaca. O médico Gustavo Maciel Gouvêa, que atua no Programa de Check-Up Executivo, foi o representante do corpo clínico. “Fui surpreendido com o convite e com os colegas comentando que viram o outdoor exposto”, conta. Para ele, que atua há 11 anos no HDH, é incrível trabalhar em uma instituição centenária. “Nunca tive essa oportunidade e acho sensacional estar aqui nesse momento”, ressalta. A segunda parte da campanha contará com vídeos com depoimentos dos funcionários mais antigos. A ideia é que eles exponham a relação do trabalho com a vida pessoal e a importância do HDH em suas trajetórias.
Pelo segundo ano consecutivo, o Hospital Dona Helena participou do Encontro Catarinense de Hospitais. A 38ª edição do evento ocorreu entre os dias 24 e 26 de agosto, no Centrosul, em Florianópolis, organizado pela Associação dos Hospitais do Estado de Santa Catarina (Ahesc) e Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Santa Catarina (Fehoesc). Com um estande montado no encontro, o HDH demonstrou sua presença institucional, focando a divulgação no
centenário. “Nosso objetivo foi mostrar como chegamos até aqui, demonstrar a tecnologia utilizada em nossa evolução, dividir conhecimento e observar o mercado”, afirma Gizele Leivas, coordenadora de Comunicação e Marketing do HDH. Além da exposição, o médico Carlos José Serapião, coordenador do Instituto Dona Helena de Ensino e Pesquisa (IDHEP), palestrou sobre “Ética na saúde”. Outros funcionários, de diversos setores, também estiveram presentes no evento., buscando novidades e capacitação.
IMPRESSO
ENTREVISTA
Homenagem ao corpo clínico Em outubro, um médico será presenteado com viagem Para celebrar o Dia do Médico, no dia 18 de outubro, o Hospital Dona Helena realizará seu jantar anual em homenagem aos profissionais que integram o corpo clínico da instituição. Durante o encontro, será sorteada uma viagem internacional entre os participantes. Este ano, o destino escolhido é a cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos. No ano passado, Jardel Karin da Silva Vergara, ginecologista e obstetra do HDH desde 2003, foi sorteado com uma viagem para Dubai. De acordo com o médico, a iniciativa é importante para reconhecer o trabalho da equipe: “Com a atitude de presentear os médicos, o hospital valoriza o trabalho dos seus colaboradores, reconhecendo seus esforços e os motivando ainda mais”. Nos sete dias que ficaram na cidade, ele e a esposa puderam visitar o Burj Khalifa, maior arranha-céu do mundo, os tradi-
Mario Sergio visitou a Europa
Jardel foi com a esposa para Dubai
cionais mercados árabes e o Dubai Mall. “É o maior shopping do mundo e lá estão todas as grifes internacionais. Vale muito a pena fazer o safari no deserto, com direito a um jantar típico árabe e um passeio de camelo”, aconselha. Mario Sergio Bertelli, neurologista há 11 anos do Dona Helena, foi sorteado em 2014 com uma viagem para Budapeste (capital da Hungria), Viena (capital da Áustria) e Praga (capital da República Checa). “Fui com a minha esposa, ficamos lá duas semanas. Foi a nossa primeira viagem para a Europa”, revela. Dentre as principais diferenças que observou, ele destaca a cultura: “É inte-
ressante como as pessoas se respeitam, o próprio governo respeita muito o cidadão. Pressupõem-se uma honestidade e um caráter moral das pessoas comuns. Em Viena, principalmente”. Para quem pensa em aproveitar os mesmos destinos, ele aconselha levar na bagagem roupas leves e sapatos confortáveis, para transitar a pé. “Não é um turismo de descanso. Em Viena, o hotel nos ofereceu um cartão para utilizar no transporte público. Só andamos de ônibus, bonde e metrô. Mas, se você for visitar castelos ou jardins, vai andar bastante. Em Praga e Budapeste, fizemos tudo a pé”, diz. Ao ser questionado sobre a melhor parte da viagem, ele não esconde o entusiasmo: “Perto de Praga e Budapeste, Viena é até sem graça”. Praga é conhecida como “cidade das 100 cúpulas” e é famosa pelo extenso patrimônio arquitetônico e rica vida cultural. Já em Budapeste, é possível encontrar vários patrimônios mundiais, incluindo o panorama do rio Danúbio, o segundo mais extenso da Europa, o Castelo de Buda, a Avenida Andrássy e a Praça dos Heróis.
A importância da amamentação Semana mundial destaca futuro sustentável Agosto é o mês em que é lembrada, mundialmente, a amamentação. Neste ano, o tema escolhido foi “Presente saudável, futuro sustentável”, com a abordagem dos sete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que os governos ao redor do mundo se comprometeram a alcançar. No Hospital Dona Helena, os cuidados com a alimentação na gestação e durante o aleitamento receberam destaque. Entre os dias 1º e 3 de agosto, funcionários e pacientes puderam participar de palestras com médicos e profissionais do HDH. As puérperas internadas no hospital foram presenteadas com um kit funcional, que incluía amêndoas e damasco. “Durante a entrega, fizemos orientações sobre a importância dos nutrientes desses alimentos para o período de amamentação”, explica Gislaine Engelmann, nutricionista do Dona Helena. As palestras realizadas na Semana de Aleitamento Materno reforçam o que já é feito diariamente no hospital. Com um Comitê de Aleitamento Materno, a equipe multidisciplinar acompanha as mães durante a internação e após a alta, quando elas podem re-
Ações reuniram funcionários em palestras e levaram orientações às mães
tornar à instituição para receber mais informações. Maria José Varela, psicóloga do hospital, explica que, para amamentar, a mãe deve se preparar emocionalmente. “O preparo fisiológico é feito pelo próprio corpo, mas ela deve saber que precisa estar disponível. A família também tem que estar ciente que é necessário apoio incondicional”, ensina. Já a fisioterapeuta Eliane Randuz ressalta a importância da postura da mulher no momento da amamentação. “A postura e a pega correta são imprescindíveis para o sucesso da amamentação. Com pequenos ajustes, é possível melhorar o processo e fazê-lo fluir de forma mais natural”, explica. Para a área da nutrição, o cuidado
com a amamentação é essencial, já que o leite materno é o único alimento que o bebê deve ingerir até o sexto mês, contendo vários benefícios não só para a criança, mas também para a mãe. “Além disso, a alimentação durante a gestação também é importante para a qualidade do leite que a mãe irá produzir”, destaca a nutricionista. As restrições durante a amamentação são mais relacionadas aos temperos muito fortes, produtos industrializados e leite de vaca, que pode ocasionar cólicas no bebê. “Esse período é essencial, pois a mãe vai determinar como a criança será no futuro, em relação ao seu desenvolvimento, bem-estar, imunidade e hábitos de alimentação”, justifica.
Artistas da
saúde
Há 100 anos, a arte inspira as pessoas e habita todos os ambientes do Hospital Dona Helena. A instituição abriga, estimula e valoriza muitos artistas da saúde. São voluntários que se dedicam à música, ao teatro, à palhaçoterapia, tudo em suporte à humanização do atendimento.
Dezembro de 2013: um grande simulado praticamente parou a Rua Blumenau. Era um treinamento para atendimento de acidentes com múltiplas vítimas. A encenação foi tão bem feita que muita gente pensou que fosse verdade.
Grupo de teatro 20V em ação na Semana da Enfermagem.
Coral Maria Carola Keller: boa música pelos corredores da instituição, ajudando a aliviar a dor.
Simpósio de Bioética ocorre em setembro
Hospirrisos: a alegria para crianças e adultos melhorarem rápido.
Publicação do Hospital Dona Helena. | Diretor Técnico: Bráulio Cesar da Rocha Barbosa (CRM 3379). | Produção: Mercado de Comunicação. | Edição e reportagem: Letícia Caroline. | Coordenação: Guilherme Diefenthaeler. | Coordenadora de Comunicação e Marketing: Gizele Leivas | comunicacaoemarketing@donahelena.com.br | Fotografia: Peninha Machado. | Impressão: Ipiranga. | Endereço: Rua Blumenau,123, telefone: (47) 3451-3333 – Joinville/SC.
Abellán retorna a Joinville para evento
O 16º Simpósio Catarinense de Bioética já está com a programação definida. Marcado para 23 de setembro, o evento discutirá os aspectos éticos da sociedade atual. Para a conferência de abertura, o convidado é o professor espanhol José Carlos Abellán Salort. O profissional da Universidade Rei Juan Carlos, da Espanha, falará sobre “Desafios éticos e jurídicos da neurociência”. Na parte da manhã, ainda está previsto um painel com a participação de José Dimas Maciel Monteiro, doutorando em bioética; Jaime Luiz Vicari, jurista; e Caroline Bittar Moreira da Silva Amaral, neurologista. Na parte da tarde, o professor doutor Darlei Dall’Agnol, da Universidade Federal
de Santa Catarina (UFSC) aborda “A ética e a política”. No segundo momento, uma mesa-redonda, mediada pelo médico Roberto D’Ávila, discute “Um código de ética para a política”. O debate contará com outros participantes. De acordo com o médico Carlos José Serapião, organizador do evento, é a primeira vez que se falará sobre o assunto no Brasil e Santa Catarina será o Estado a trazer o tema para o debate. O Simpósio Catarinense de Bioética é organizado pelo Instituto Dona Helena de Ensino e Pesquisa (IDHEP). O evento ocorre no Hotel Bourbon, em Joinville. As inscrições são gratuitas: http://www.donahelena.com.br/bioetica2016.
Homenagem ao corpo clínico Em outubro, um médico será presenteado com viagem Para celebrar o Dia do Médico, no dia 18 de outubro, o Hospital Dona Helena realizará seu jantar anual em homenagem aos profissionais que integram o corpo clínico da instituição. Durante o encontro, será sorteada uma viagem internacional entre os participantes. Este ano, o destino escolhido é a cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos. No ano passado, Jardel Karin da Silva Vergara, ginecologista e obstetra do HDH desde 2003, foi sorteado com uma viagem para Dubai. De acordo com o médico, a iniciativa é importante para reconhecer o trabalho da equipe: “Com a atitude de presentear os médicos, o hospital valoriza o trabalho dos seus colaboradores, reconhecendo seus esforços e os motivando ainda mais”. Nos sete dias que ficaram na cidade, ele e a esposa puderam visitar o Burj Khalifa, maior arranha-céu do mundo, os tradi-
Mario Sergio visitou a Europa
Jardel foi com a esposa para Dubai
cionais mercados árabes e o Dubai Mall. “É o maior shopping do mundo e lá estão todas as grifes internacionais. Vale muito a pena fazer o safari no deserto, com direito a um jantar típico árabe e um passeio de camelo”, aconselha. Mario Sergio Bertelli, neurologista há 11 anos do Dona Helena, foi sorteado em 2014 com uma viagem para Budapeste (capital da Hungria), Viena (capital da Áustria) e Praga (capital da República Checa). “Fui com a minha esposa, ficamos lá duas semanas. Foi a nossa primeira viagem para a Europa”, revela. Dentre as principais diferenças que observou, ele destaca a cultura: “É inte-
ressante como as pessoas se respeitam, o próprio governo respeita muito o cidadão. Pressupõem-se uma honestidade e um caráter moral das pessoas comuns. Em Viena, principalmente”. Para quem pensa em aproveitar os mesmos destinos, ele aconselha levar na bagagem roupas leves e sapatos confortáveis, para transitar a pé. “Não é um turismo de descanso. Em Viena, o hotel nos ofereceu um cartão para utilizar no transporte público. Só andamos de ônibus, bonde e metrô. Mas, se você for visitar castelos ou jardins, vai andar bastante. Em Praga e Budapeste, fizemos tudo a pé”, diz. Ao ser questionado sobre a melhor parte da viagem, ele não esconde o entusiasmo: “Perto de Praga e Budapeste, Viena é até sem graça”. Praga é conhecida como “cidade das 100 cúpulas” e é famosa pelo extenso patrimônio arquitetônico e rica vida cultural. Já em Budapeste, é possível encontrar vários patrimônios mundiais, incluindo o panorama do rio Danúbio, o segundo mais extenso da Europa, o Castelo de Buda, a Avenida Andrássy e a Praça dos Heróis.
A importância da amamentação Semana mundial destaca futuro sustentável Agosto é o mês em que é lembrada, mundialmente, a amamentação. Neste ano, o tema escolhido foi “Presente saudável, futuro sustentável”, com a abordagem dos sete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que os governos ao redor do mundo se comprometeram a alcançar. No Hospital Dona Helena, os cuidados com a alimentação na gestação e durante o aleitamento receberam destaque. Entre os dias 1º e 3 de agosto, funcionários e pacientes puderam participar de palestras com médicos e profissionais do HDH. As puérperas internadas no hospital foram presenteadas com um kit funcional, que incluía amêndoas e damasco. “Durante a entrega, fizemos orientações sobre a importância dos nutrientes desses alimentos para o período de amamentação”, explica Gislaine Engelmann, nutricionista do Dona Helena. As palestras realizadas na Semana de Aleitamento Materno reforçam o que já é feito diariamente no hospital. Com um Comitê de Aleitamento Materno, a equipe multidisciplinar acompanha as mães durante a internação e após a alta, quando elas podem re-
Ações reuniram funcionários em palestras e levaram orientações às mães
tornar à instituição para receber mais informações. Maria José Varela, psicóloga do hospital, explica que, para amamentar, a mãe deve se preparar emocionalmente. “O preparo fisiológico é feito pelo próprio corpo, mas ela deve saber que precisa estar disponível. A família também tem que estar ciente que é necessário apoio incondicional”, ensina. Já a fisioterapeuta Eliane Randuz ressalta a importância da postura da mulher no momento da amamentação. “A postura e a pega correta são imprescindíveis para o sucesso da amamentação. Com pequenos ajustes, é possível melhorar o processo e fazê-lo fluir de forma mais natural”, explica. Para a área da nutrição, o cuidado
com a amamentação é essencial, já que o leite materno é o único alimento que o bebê deve ingerir até o sexto mês, contendo vários benefícios não só para a criança, mas também para a mãe. “Além disso, a alimentação durante a gestação também é importante para a qualidade do leite que a mãe irá produzir”, destaca a nutricionista. As restrições durante a amamentação são mais relacionadas aos temperos muito fortes, produtos industrializados e leite de vaca, que pode ocasionar cólicas no bebê. “Esse período é essencial, pois a mãe vai determinar como a criança será no futuro, em relação ao seu desenvolvimento, bem-estar, imunidade e hábitos de alimentação”, justifica.
Artistas da
saúde
Há 100 anos, a arte inspira as pessoas e habita todos os ambientes do Hospital Dona Helena. A instituição abriga, estimula e valoriza muitos artistas da saúde. São voluntários que se dedicam à música, ao teatro, à palhaçoterapia, tudo em suporte à humanização do atendimento.
Dezembro de 2013: um grande simulado praticamente parou a Rua Blumenau. Era um treinamento para atendimento de acidentes com múltiplas vítimas. A encenação foi tão bem feita que muita gente pensou que fosse verdade.
Grupo de teatro 20V em ação na Semana da Enfermagem.
Coral Maria Carola Keller: boa música pelos corredores da instituição, ajudando a aliviar a dor.
Simpósio de Bioética ocorre em setembro
Hospirrisos: a alegria para crianças e adultos melhorarem rápido.
Publicação do Hospital Dona Helena. | Diretor Técnico: Bráulio Cesar da Rocha Barbosa (CRM 3379). | Produção: Mercado de Comunicação. | Edição e reportagem: Letícia Caroline. | Coordenação: Guilherme Diefenthaeler. | Coordenadora de Comunicação e Marketing: Gizele Leivas | comunicacaoemarketing@donahelena.com.br | Fotografia: Peninha Machado. | Impressão: Ipiranga. | Endereço: Rua Blumenau,123, telefone: (47) 3451-3333 – Joinville/SC.
Abellán retorna a Joinville para evento
O 16º Simpósio Catarinense de Bioética já está com a programação definida. Marcado para 23 de setembro, o evento discutirá os aspectos éticos da sociedade atual. Para a conferência de abertura, o convidado é o professor espanhol José Carlos Abellán Salort. O profissional da Universidade Rei Juan Carlos, da Espanha, falará sobre “Desafios éticos e jurídicos da neurociência”. Na parte da manhã, ainda está previsto um painel com a participação de José Dimas Maciel Monteiro, doutorando em bioética; Jaime Luiz Vicari, jurista; e Caroline Bittar Moreira da Silva Amaral, neurologista. Na parte da tarde, o professor doutor Darlei Dall’Agnol, da Universidade Federal
de Santa Catarina (UFSC) aborda “A ética e a política”. No segundo momento, uma mesa-redonda, mediada pelo médico Roberto D’Ávila, discute “Um código de ética para a política”. O debate contará com outros participantes. De acordo com o médico Carlos José Serapião, organizador do evento, é a primeira vez que se falará sobre o assunto no Brasil e Santa Catarina será o Estado a trazer o tema para o debate. O Simpósio Catarinense de Bioética é organizado pelo Instituto Dona Helena de Ensino e Pesquisa (IDHEP). O evento ocorre no Hotel Bourbon, em Joinville. As inscrições são gratuitas: http://www.donahelena.com.br/bioetica2016.
MARIA JULIA PAES DA SILVA
Cuidado humanizado como foco na saúde
Há 36 anos na área de enfermagem, Maria Julia Paes da Silva percebeu que a sociedade vem se descuidando dos sujeitos, em casos de abandono e descaso. Na área da saúde, em que o cuidado é o foco do trabalho, isso se reflete diariamente. “Precisamos nos questionar qual o nosso papel social neste mundo?”, provoca. “Estamos refletindo sobre a vida? Ela é o foco da nossa atuação”, prossegue. Para ela, quando o profissional de saúde se liga à doença, ele também adoece. “A equipe precisa perceber que trabalha com humanos, que precisam de cuidado e atenção. “Não podemos desistir de ser o melhor de nós mesmos. Não podemos ser iguais aos outros”, assinala. Maria Julia é mestre e doutora em enfermagem, livre-docente pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP). Esteve em Joinville para o Encontro de Enfermagem, realizado pelo HDH, em Joinville. O cuidado, como um todo, está prejudicado na sociedade atual? Por quê? Cuidar pode ser entendido como se ocupar, se interessar, ter paciência para acompanhar o crescimento ou o restabelecimento do outro, naquilo que o outro é ou pode ser. Implica resgate da dignidade, do respeito e alguns valores ou qualidades que não têm sido ensinados, estimulados e valorizados na nossa sociedade como um todo. O que é um cuidado de qualidade na saúde e como mantê-lo? Cuidar com qualidade significa competência e atitudes que tornem o outro/cliente melhor do que quando chegou até nós ou, quando não conseguimos dar a ele o que mais quer (cura), não o tornamos mais enfermo (não firme) por reduzir sua dignidade, desrespeitando-o na forma de se relacionar com ele e de atendê-lo. Como manter? Com encontros periódicos
com toda a equipe multidisciplinar, nos quais questões éticas, técnicas e comunicacionais sejam (re)discutidas, casos sejam analisados e possamos aprender com nossa experiência. Quais as dificuldades para se humanizar o cuidado na área da saúde? Os profissionais se esquecem, muitas vezes, que são o principal “remédio” desse atendimento: são eles que realmente acalmam, confortam, ajudam a dormir, a identificar novas perspectivas de vida, a partir de cada contexto posto. Esse ponto me parece chave para o processo de humanização. Além do óbvio: capacitação profissional e recursos materiais e humanos. Qual a importância da comunicação na humanização hospitalar? Todo relacionamento envolve comunicação: o que sou capaz de “por em comum”, de ouvir e de expor, estando
atento às duas dimensões da comunicação humana — o verbal (as palavras propriamente ditas) e o não verbal (expressões faciais, gestos, posturas corporais, a distância que mantemos das pessoas, como e onde a tocamos, por exemplo). A dimensão não verbal implica em dois terços das “trocas” entre pessoas e, como o leigo não pode, a maioria das vezes, avaliar um profissional por sua competência técnica, ele o avalia por sua competência de comunicação não verbal e verbal. Como a comunicação pode ser uma ferramenta de gestão na área da saúde? Se todos os profissionais forem “recordados” de dicas, significados e compreensões possíveis dessa sinalização verbal e não verbal, meio caminho para a criação e manutenção de vínculos foi percorrida. A gestão implica na capacidade de agregar pessoas em torno de um mesmo ideal e objetivo.
DH[notícias] Nº 138 • jul./ago. 2016
Comemorações dos 100 anos a todo vapor funcionáCampanha publicitária com na cidade rios já está sendo veiculada O ano de 2016 é especial para o Hospital Dona Helena. Em novembro, a instituição comemora 100 anos. As ações que marcam o centenário se iniciaram na Expogestão, em maio, quando a identidade visual da campanha foi lançada. Agora, desde julho, outdoors estão expostos pela cidade, com profissionais do HDH ilustrando a campanha publicitária. Criada pela agência For.b, a ação se baseia nas palavraschave: respeito, confiança e dedicação. Três funcionários e um médico foram selecionados para representar as equipes e demonstrar a cultura do hospital, que se preocupa com o atendimento de qualidade e a segurança do paciente. A estratégia é estruturada em dois tripés: o primeiro voltado à apresentação do HDH, reforçando seu compromisso com a comunidade. O segundo tripé deve vir a público em setembro, quando a campanha agradecerá aos joinvilenses por integrarem essa história centenária. “Pensamos em fazer um retrato da instituição, demonstrando quem nos ajudou a trilhar essa caminhada de sucesso”, ressalta Gizele Leivas, coordenadora de Comunicação e Marketing do hospital. Vandressa Martins, enfermeira das Unidades de Internação A e E, trabalha há mais de um ano no hospital e foi uma das escolhidas para representar a equipe na propaganda. “Achei bacana retratar meus colegas. Tenho muita satisfação
HDH marca presença no Encontro Catarinense de Hospitais
em fazer parte de um hospital com uma jornada tão longa e importante”, afirma. Para o técnico em enfermagem Alisson Ferreira da Rocha, foi uma surpresa ser selecionado para ação. Há quase três anos na equipe da Emergência, ficou lisonjeado com a oportunidade. “Como profissional, me sinto orgulhoso em atuar numa instituição que é referência na área da saúde”, destaca. A concierge Alice Wiggers Michels de Souza também foi uma das escolhidas. Há sete anos no HDH, ela posou para a campanha com as duas filhas, Laura, de 4 anos, e Bruna, de 1 ano, ambas nascidas na instituição. “Foi gratificante receber o convite para uma ação dessa importância. Tenho muito orgulho em trabalhar no HDH e espero sempre contribuir de forma positiva junto à essa equipe tão conceituada”, destaca. O médico Gustavo Maciel Gouvêa, que atua no Programa de Check-Up Executivo, foi o representante do corpo clínico. “Fui surpreendido com o convite e com os colegas comentando que viram o outdoor exposto”, conta. Para ele, que atua há 11 anos no HDH, é incrível trabalhar em uma instituição centenária. “Nunca tive essa oportunidade e acho sensacional estar aqui nesse momento”, ressalta. A segunda parte da campanha contará com vídeos com depoimentos dos funcionários mais antigos. A ideia é que eles exponham a relação do trabalho com a vida pessoal e a importância do HDH em suas trajetórias.
Pelo segundo ano consecutivo, o Hospital Dona Helena participou do Encontro Catarinense de Hospitais. A 38ª edição do evento ocorreu entre os dias 24 e 26 de agosto, no Centrosul, em Florianópolis, organizado pela Associação dos Hospitais do Estado de Santa Catarina (Ahesc) e Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Santa Catarina (Fehoesc). Com um estande montado no encontro, o HDH demonstrou sua presença institucional, focando a divulgação no
centenário. “Nosso objetivo foi mostrar como chegamos até aqui, demonstrar a tecnologia utilizada em nossa evolução, dividir conhecimento e observar o mercado”, afirma Gizele Leivas, coordenadora de Comunicação e Marketing do HDH. Além da exposição, o médico Carlos José Serapião, coordenador do Instituto Dona Helena de Ensino e Pesquisa (IDHEP), palestrou sobre “Ética na saúde”. Outros funcionários, de diversos setores, também estiveram presentes no evento., buscando novidades e capacitação.
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