Caminhada marcada por conquistas

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Nº 139 SET|OUT 2016

DH [NOTÍCIAS] IMPRESSO | EDIÇÃO ESPECIAL UMA PUBLICAÇÃO DO HOSPITAL DONA HELENA

Diretor Técnico: Bráulio Cesar da Rocha Barbosa (CRM 3379) | Produção: Mercado de Comunicação | Jornalista responsável: Guilherme Diefenthaeler (reg. prof. 6207) | Fotografia: Peninha Machado | Coordenadora de Comunicação e Marketing: Gizele Leivas | Edição e textos: Letícia Caroline (reg.prof. 3542/SC) | Endereço: Rua Blumenau,123 | Fone: (47) 3451-3333 Joinville/SC

TRILHA DE SUCESSO

Caminhada marcada por conquistas Ser uma instituição centenária é um título que exige responsabilidade. Por isso, o Hospital Dona Helena trabalha, desde a sua fundação, em busca da melhoria contínua e da qualidade do atendimento. Para conhecer um pouco mais sobre a instituição, acompanhe esta linha do tempo, construída dos dias atuais até o momento em que a atuação se iniciou na Rua Blumenau. O conceito, de se começar pela história atual, também foi utilizado no livro fotográfico, que será lançado dia 10 de novembro, em cerimônia para convidados, funcionários e imprensa.

2006 Nasce um dos principais projetos de humanização do HDH. Hospirrisos – Agentes da Alegria integra voluntários que visitam os pacientes vestidos de palhaços. 2004 Nasce o primeiro bebê concebido no Norte de SC fertilizado in vitro pela técnica de micromanipulação de gametas (ICSI). O procedimento foi realizado pelo Serviço de Reprodução Assistida do Hospital Dona Helena/Satis. 2001 HDH passa a contar com Sistema Tasy. 1998 Hospital Dona Helena conquista certificado ISO/9001. 1989 Lançamento do plano diretor do HDH.

Tecnologia aliada à humanização garante referência na área da saúde 2016 Atualmente, o Hospital Dona Helena atua em dois prédios. O Centro Clínico já tem diversas clínicas funcionando, além de um setor de internação e áreas administrativas. O Centro Hospitalar oferece o que há de mais moderno em internação, cirurgias, Unidade de Terapia Intensiva, entre outros. 2014

Depois de muito esforço da equipe, o hospital conquista o selo da Joint Commission International, uma das principais acreditadoras da área da saúde no mundo. 2013 Lançamento da Revista Conecthos, voltada para assuntos de saúde, bioética e ética. 2011 As mulheres passam a contar

com um espaço especial de atendimento: o Núcleo de Atendimento Integrado à Mulher (Naim). 2008 Nova logo é lançada, desenhada para humanizar a marca e levar aos seus pacientes uma ideia de proximidade, cuidado e carinho no tratamento com as pessoas. Neste mesmo ano, o HDH incorpora o prontuário eletrônico.

1956 Mudança nos estatutos dá origem à Associação Beneficente Evangélica de Joinville. 1916 Fundação da Sociedade de Socorro das Senhoras Evangélicas, por iniciativa de Helena Trinks Lepper. A instituição é, inicialmente, um ancionato e um jardim de infância. O hospital começa a se materializar pela mão do médico Norberto Bachmann, que traz o primeiro paciente.


RECONHECIMENTO

Comemoração com olhos no futuro HILÁRIO WOLFGRAMM Diretor-presidente do Hospital Dona Helena Já se passaram 100 anos desde que as voluntárias da Sociedade de Socorro das Senhoras Evangélicas da Igreja Luterana ergueram os primeiros pilares da instituição que é hoje um dos principais estabelecimentos hospitalares da região Sul. Uma jornada plena de enormes desafios, com dificuldades enfrentadas em sucessivas crises econômicas, mas, sobretudo, repleta de exemplos de dedicação e luta extrema pela saúde. A instituição acompanhou e, na maioria das vezes, esteve à frente das intensas transformações científicas e tecnológicas que aconteceram nesse tempo. E esse protagonismo teve um de seus pontos mais altos na conquista, em 2014, da prestigiada acreditação internacional da Joint Commission International (JCI). Mas sempre foi – e será – o ser humano, a nossa maior inspiração e atenção total. Nunca medir esforços para oferecer o melhor acolhimento, todo conforto e segurança ao nosso paciente foi a força maior que nos moveu até aqui – e que vai continuar nos inspirando a seguir firmes neste desafio diário de cuidar sempre melhor da vida. E isso é feito o tempo todo. Em todas as áreas. E muito especialmente graças ao empenho máximo de uma equipe de profissionais sempre muito bem preparada, motivada, que exerce suas funções com extrema dedicação, competência e alegria. Aliado a isso, uma administração voltada, também, a oferecer à causa do atendimento em saúde as melhores condições científicas e tecnológicas, resulta no complexo hospitalar que temos hoje, um dos mais bem-equipados, modernos e bem-preparados do país. É certo que, apesar de tantas conquistas, ainda temos muito que andar. Somos desafiados todos os dias pelos avanços da medicina e da tecnologia, somos desafiados pelo aprofundamento constante dos problemas econômicos e sociais que abalam nosso país e, sobretudo, somos desafiados pelas nossas próprias consciências de cidadãos. E temos respondido a tudo isso com força, talento e competência. Temos, portanto, muito orgulho desta jornada secular que comemoramos hoje. Aprendemos muito com a nossa própria história – e trabalhamos firmemente para escrevê-la sempre melhor. Agradecemos a todos que, ao longo deste século, ajudaram a compor este importante capítulo. E que venham novos anos, cheios de conquistas – e também de novos desafios.

DH [NOTÍCIAS] ESPECIAL

Casos de destaque Ao longo dos 100 anos de história, com o avanço da tecnologia, o Hospital Dona Helena foi destaque com diversos casos e procedimentos realizados pelo seu corpo clínico. Em 2001, pela primeira vez, em Joinville, foi realizada uma cirurgia para separação de gêmeos xifópagos. Comandado pelo médico Percy Ribera, o procedimento levou seis horas. O caso é considerado raro e atinge um a cada dois milhões de gêmeos no planeta. Os irmãos foram atendidos no Hospital Dona Helena e a cirurgia foi considerada um sucesso. Um ano depois, o HDH voltou a se destacar ao operar um jovem belga, que se acidentou ao mergulhar em Piçarras. O procedimento, realizado pela equipe do hospital, devolveu os movimentos ao rapaz. Além disso, o médico do paciente, Paul Ziger, acompanhou tudo pela internet. Em 2012, um menino de três anos, que nasceu surdo, também foi submetido a um procedimento inédito para fazê-lo ouvir. A cirurgia, realizada pelo neurocirurgião Andrei Koerbel, instalou um implante auditivo de tronco encefálico. Foram colocados eletrodos para estimulação elétrica do som no núcleo coclear e um receptor por baixo da pele da cabeça.

Cirurgia pioneira na cidade separou gêmeos xifópagos


Hilário Wolfgramm ENTREVISTA

Qualidade guiará planos futuros Ao completar 100 anos, a direção do Hospital Dona Helena reflete sobre as próximas ações e metas. Hilário Wolfgramm, diretor-presidente da instituição, fala mais sobre o assunto. Qual balanço podemos fazer desses 100 anos de atuação do HDH? Muito positivo. Somos referência no cuidado e na segurança do paciente, além de manter um parque tecnológico atualizado, ao mesmo tempo em que prezamos pelo atendimento humanizado. Quais os planos para o futuro? Continuaremos investindo em tecnologia e mão de obra qualificada, va-

lorizando tanto pacientes quanto funcionários. Ficaremos atentos aos avanços da cidade para crescer junto com ela. A ampliação do espaço físico está em estudo para abrigar novas tecnologias e especialidades. Por meio do IDHEP, cresceremos na área de pesquisa clínica, buscando avanços para a medicina junto a outras instituições de referência na pesquisa médica no país. Qual será o papel do corpo clínico no crescimento do hospital nos próximos anos? Temos em nosso grupo médicos profissionais de referência em suas especialidades e assim continuaremos os próximos anos. Mantendo a instituição atualizada em tecnologias, proporcionamos um excelente local para a equipe desenvolver seu trabalho. Por outro lado, este grupo oferece ao hospital sua dedicação e profissionalismo diário.

JOINVILLE

Celebrações envolvem a comunidade

Desde novembro de 2015, o Hospital Dona Helena vem fazendo a contagem regressiva para o centenário, com diversas ações tanto para funcionários quanto para a comunidade em geral. Um dos diferenciais é que, no dia 12 de cada mês, os funcionários da linha de frente utilizam camisetas personalizadas para marcar a data do aniversário da instituição. Em abril, em ação em parceria com o jornal A Notícia e o Shopping Mueller, o HDH fez a primeira divulgação do centenário em público. O Estação Mais Saúde repassou informações sobre temas relativos ao bem-estar. Além disso, foram expostas imagens antigas do hospital, além da apresentação do grupo Hospirrisos e do Grupo de Teatro “20V”. Em maio, foi o momento de divulgar a campanha publicitária para os participantes da Expogestão 2016, maior evento de gestão do Sul do país. Em junho, a equipe recebeu profissionais de todo o país para o 1º Encontro Catarinense de Enfermagem. Em Florianópolis, a instituição recebeu o livro Santa Catarina Grandes Marcas, produzido pelo grupo Amanhã. A publicação conta a história de sucesso de 50 empresas catarinenses e o HDH integrou o seleto grupo. O culto, realizado na Igreja da Paz, em Joinville, na noite de 8 de novembro marcou a passagem do centenário para a comunidade joinvilense. No dia 10, serão lançados o livro fotográfico, o selo e o carimbo comemorativos dos Correios. No sábado, 12 de novembro, funcionários e médicos, com cônjuges e filhos, serão recebidos no Yelo Stage para uma grande festa.

Roberto Carneiro, diretor secretário do HDH, autografou livros


HISTÓRIAS DE MÉDICO

Sessenta anos de corpo clínico Quando o médico Udelson Rezende Duarte ingressou no corpo clínico do Hospital Dona Helena, a instituição ainda se chamava Casa de Saúde Dona Helena, em 1956. O otorrinolaringologista era um dos 20 médicos que atuavam em Joinville, sendo pago, muitas vezes, com alimentos, já que os pacientes eram muito simples. “Era uma medicina totalmente diferente”, afirma. Ao completar 60 anos de profissão, fechou sua clínica, localizada na Rua Rio Branco, no Centro, em 2015. Doou todos os equipamentos para o Hospital São José, Centrinho Prefeito Luiz Gomes “Queria fazer e Univille. Atualmente aposentado, coleciona histórias engenharia, de um tempo de tecnologia escassa, em que era preciso mas minha se esforçar para conseguir novidades. Udelson se mantinha atento aos avanços da medicimãe me pediu na. Foi ele quem trouxe o primeiro microscópio para Jochorando inville, o que permitiu que fizesse as primeiras cirurgias. que fizesse “Treinava durante a noite, em crânios que comprava de medicina” um laboratório de Curitiba. Assim, consegui me tornar pioneiro na técnica em Santa Catarina”, conta. Hoje com 86 anos, está prestes a comemorar 60 anos de casado com a esposa, Maria de Lourdes, em fevereiro de 2017. Teve duas filhas e coleciona reconhecimentos ao longo da carreira. “Queria fazer engenharia, mas minha mãe me pediu chorando que fizesse medicina. Com muito estudo e esforço, consegui me destacar, mas o mundo era muito diferente. As pessoas tinham mais respeito pelos outros”, ressalta.

Esforço e dedicação marcam carreira do médico mais antigo do corpo clínico do HDH

Paixão pela medicina desde a infância

Alessandra é a primeira da família a escolher medicina como profissão

DH [NOTÍCIAS] ESPECIAL

No ano em que Udelson Duarte completou 60 anos de corpo clínico no Hospital Dona Helena, a médica Alessandra Loli ingressou para o grupo. Também atuando com otorrinolaringologia, a paulista de Botucatu veio para a cidade para acompanhar o marido e encontrou meios de desenvolver sua carreira profissional e cuidar da qualidade de vida. Faz parte do corpo clínico desde junho e já realizou quatro cirurgias no Centro Cirúrgico da instituição. “Fui muito bem recebida por todos. O Hospital Dona Helena é organizado e me fornece a estrutura necessária para os pacientes cirúrgicos”, afirma. O gosto pela medicina iniciou na infância, quando cuidava dos amigos machucados ou da família. Em 2010, se formou na Universidade Estadual Paulista (Unesp). “Escolhi essa especialidade por me dar oportunidade de atender pacientes clínicos e cirúrgicos”, conta. Entre 2015 e 2016, especializou-se em otorrinolaringologia pediátrica, no Hospital das Clínicas em São Paulo. Para ela, a medicina evoluiu muito, mas é preciso se desenvolver mais. “Minha cidade cresceu em torno da universidade, por isso, tínhamos uma medicina pública de qualidade. Infelizmente, não é assim em todo o Brasil. Ainda precisamos abranger todas as camadas”, opina.


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