goleirodopalmeiras

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+mixer • senti na pele

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Vai que é

tuuua!

A REPORTAGEM DE MONET MATA A CURIOSIDADE DOS AMANTES DO FUTEBOL, E, AO TREINAR COM JOGADORES PROFISSIONAIS, MOSTRA A DIFERENÇA ENTRE SER GOLEIRO NUMA PELADA COM AMIGOS E ENFRENTAR ATACANTES DE VERDADE

CARA FEIA E ESFORÇO são necessários para evitar que um chute se transforme em gol

26+M O N E T +FEVEREIRO

FOTOS: DEBORA FEDERSEN

por humberto peron (hperon@edglobo.com.br)

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NÃO É RARO O FÃ DE FUTEBOL GRITAR DESESperado, quando vê o goleiro de seu time errar: “Essa bola qualquer um pegava!”. Como goleiro amador, sempre tive curiosidade de saber como seria jogar com profissionais e se era mesmo tão difícil assim defender aquelas bolas. A chance surgiu quando o Palmeiras aceitou a proposta de MONET de colocar um amador, eu, num treino com o time B do clube (equipe que disputa a série A-2 do Campeonato Paulista).

Depois de uma volta no campo e de uma sessão de alongamento, começaram os treinos específicos da posição, com o treinador de goleiros, Fernando Miranda, que diariamente auxilia na preparação de Marcos e Diego Cavalieri, no time principal. Primeiro foram os exercícios de explosão, depois começaram séries intermináveis de chutes rasteiros e altos, para apurar a técnica dos goleiros.

Após uma hora treinando fundamentos, fui finalmente chamado para atuar no coletivo. Eu estava nervoso. Se para aqueles jogadores era um treino qualquer, para mim era quase como um jogo de Copa. Entrei atento. Sabia que precisaria ir bem no primeiro lance. Minha primeira participação foi receber uma bola recuada. Moleza, certo? Fingindo calma, parei a pelota e mandei um passe certeiro para o lado esquerdo. Em cinco minutos, tinha recolhido duas bolas que sobraram na minha área e já me achava um goleiro profissional, quando um atacante resolveu fazer um cruzamento. Foi aí que meu mundo caiu. Esse lance corriqueiro me fez ver a diferença entre um jogo de amadores e o de profissionais. Enquanto nos cruzamentos dos peladeiros é fácil perceber onde a bola vai cair, os profissionais chegam com força e precisão. Sair do gol e cortar a jogada é impossível. Me restou acompanhar o toque de cabeça do atacante para o gol. Só pude me lembrar como fui ingênuo ao acreditar no bordão: “Bola na pequena área é do goleiro”.

Outras diferenças apareceram. A força das finalizações faz com que seja muito difícil calcular o tempo correto do salto. Outra coisa impensável no mundo dos amadores é a forma como os profissionais conseguem perceber a colocação dos goleiros antes de chutar. Em poucos minutos eu já comecei a sentir saudades dos jogos com os amigos. Afinal, ali os atacantes geralmente já beberam algumas latas de cerveja e exageraram no churrasco.

No final de 50 minutos de treino, sofri cinco gols. Foram três que, de longe, eu pensaria: esse chute eu pegava. Mas fiz o mesmo número de defesas difíceis. No mesmo período, o goleiro do outro time tomou dois gols. No final do treino, eu já era chamado de “Marcão”, numa referência ao goleiro titular do Palmeiras. Confesso que, por alguns segundos, pensei que fosse pelo meu desempenho, mas logo a ficha caiu e percebi que o apelido era por uma pequena semelhança minha com o goleiro, principalmente no penteado. ■

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CAMPEONATO PAULISTA, sábados e domingos, 18h10, SporTV e Premiere Futebol Clube

A DIFICULDADE DA POSIÇÃO

7,32 m

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Além de conviver com a eterna pressão de não poder falhar em nenhum lance, os arqueiros precisam defender um espaço de 17,86 m2 (área de uma baliza oficial). Em geral, a média dos goleiros, com 1,90m de altura e de envergadura (distância entre a ponta dos dedos de cada mão com os braços abertos), tem seis vezes menos área que o gol. O fisiologista Renato Lotufo dá um exemplo de como é difícil a situação dos goleiros na cobrança de um pênalti. “O tempo de reação dos arqueiros varia de 0,15s a 0,20s e o da escolha de um canto oscila entre 0,17s e 0,22s. O tempo médio que a bola leva para chegar da marca do pênalti até o gol é de 0,40s (chute de 100 km/h). Como o goleiro se adianta antes da cobrança, podemos afirmar que ele tem cerca de 0,30s para fazer a defesa. É muito pouco, se considerarmos o tamanho do gol”, conclui. O avanço nas técnicas de fabricação das bolas virou outro tormento para os goleiros. As novas pelotas pegam mais efeito e mais velocidade após os chutes dos atacantes. Para diminuir a vantagem dos atacantes, os goleiros contam hoje com profissionais especializados em treinar jogadores da posição.

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O REPÓRTER-GOLEIRO FECHA O ÂNGULO do atacante e consegue fazer uma defesa. Ele levou cinco gols durante os 50 minutos no coletivo com o Palmeiras-B

UMA ESTRELA QUE PENSA GRANDE

FEVEREIRO+M O N E T +27

AGRADECIMENTOS: DIRETORIA DA SOCIEDADE ESPORTIVA PALMEIRAS

12:38

2,44 m

1/16/07

1,98 m

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