Revista 2T

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ALUNOS

Anneliese

Ribeiro

Jacqueline

Hamine Marcella

Briotto Mario

Meirelles Ton

Amaral

PROFESSOR

Crystian

CRUZ

EDIÇÃO

01.2012 .


Conte E Visual Pós Graduação

Graduação

Pós-Graduação

em

Extensão

+

Curso de Férias

Design Editorial


+ +

eúdo Edição lização

+

livros revistas jornais visual jornalism relatórios anuais sites tipografia catálogo portais de notícia infografia tablets mobile posters ilustração Fotografia brochuras comunicação interna E +…

http://saopaulo.ied.edu.br/ + www.facebook.com/iedsp


revista 2t um questionamento sobre o TEMPO Na disciplina de Design Editorial do curso de Pós-Graduação em Design Editorial, os alunos foram provocados a refletir sobre a temática TEMPO em seus projetos gráficos. O objetivo principal era discutir linguagem gráfica e formas de narrativas, neste momento em que o produto revista está sendo questionado frente à publicações digitais e da leitura massiva de conteúdo online. Dentro deste escopo, questões como velocidade de leitura, periodicidade e relevância de um produto impresso foram abordadas. A proposta consistia em desenvolver conteúdo para no mínimo 6 páginas, utilizando somente as cores ciano e vermelho, e suas combinações possíveis através de recursos digitais como a transparência. O formato foi determinado para que se mantenha uma unidade entre os alunos. A escolha de tipografias, grid e elementos gráficos ficou a cargo de cada participante, assim como a narrativa adotada para contar a estória. Antecedendo a matéria, cada aluno foi incumbido de fazer uma composição tipográfica em página dupla, contendo uma frase-conceito que inspirou o desenvolvimento do projeto. O resultado está nas páginas a seguir. PROFESSOR

Crystian

CRUZ


índice

Mario

Meirelles Ton

Amaral Jacqueline

Hamine

Anneliese

Ribeiro Marcella

Briotto

A ideia foi produzir uma revista fora do seu tempo. Uma publicação feita em um futuro longe do nosso cotidiano. Penso em uma revista com hiperlinks, com papel de áreas sensível ao toque, como em tablets. O assunto da publicação juntaria dois temas bem explorados separadamente, mas pela primeira vez unidos em um editorial: sexo e arte. Seu publico alvo seria de homens e mulheres acima de 18 anos, incluindo pessoas ligadas à área de entretenimento pornográfico e artístico. Este trabalho permitiu nortear ideias e percepções a respeito do que efetivamente o tempo representa como marcador ou como referência de transformações assertivas ou erratas, em um ciclo demarcado por efetivos fatos ou memórias montadas. O interessante foi a oportunidade de esboçar pensamentos e teorias. Foi um desafio abrir mão de uma publicação sem a utilização de imagens, tendo apenas o texto que foi trabalhado de forma a compor um grid harmonioso. O projeto gráfico desenvolvido une a forma da diagramação com o conteúdo, retrata graficamente a passagem do tempo. Utiliza-se da fragmentação dos elementos, a soma das cores e desconstrução dos mesmos como códigos visuais para que com o passar das páginas o leitor compreenda o todo. A fotografia foi escolhida como tema, pois “A vida é curta mas as emoções que podemos deixar duram um eternidade”, e a fotografia consegue eternizar momentos e histórias. Para representar o tema tempo, escolhi uma fala do personagem Ferris Bueller, de Curtindo a Vida Adoidado. O público seriam meninos adolescentes, por isso escolhi duas fontes que fossem pesadas e optei pelo dinamismo em algumas páginas. As hachuras ajudam no efeito dinâmico e criam unidade entre as páginas. Optei por abrir a matéria como se fosse uma capa, já que o personagem é bastante cultuados e no enredo Ferris é como um herói, além de adorado e independente. A matéria sobre o cartunista Laerte mostra como ele aderiu ao crossdressing. A matéria reflete esse processo de mudança começando com uma coluna de texto linear que vai se abrindo conforme ele vai descobrindo novas possibilidades, se sobrepõe quando suas idéias estão confusas e em conflito e volta a ser linear quando se encontra novamente. As fotos foram desmembradas em azul e vermelho, até formar a cor preta e deixando sua imagem nítida, indicando que ele se encontrou.


The Future

is Exciting 4


Sex is Exciting

5


Jeff

Koons A

quos est evellanderem doloraturion con cum nihicil labore, quid mo di sunt. Ci sin rem reperes num quamusa ipitatenis nihillent. Uci to et perrovi temquia vidusae. Raero eveliquatis evenimoditas alitate eaquatiisin porit eumet parumquia quam, omnietur se sa quos rehenti beaque explaut ut lam quae nonsequ iderrovit quam laborpor magnatibus. Xime nument liqui bearibe arumet aruptat urenis ipisimusa volupti volore il maiorest acesequ aturis ma quas evel il eum quam facim estrum enim vid magnihilit as nullest quid mil minvenient as cum quamus res dollorest, volesti orepraerum sitio in nam volorun tiumquae illiquo doluptas sendamus receria et que que nonest autem

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Liat evelit auda quidis alitae pror

Ilona on Top Rosa Background 7


R

oreseque nullitas abor aut et eum istibus porem dolendi psaeptatem nus adion res molum is

aceribust hil eos eum rem endam, tem fuga. Ipsam venducit esequissit aut assi reperes volore dolore voluptis esti assunt voloribus quasit veleni odis dolorem ius ut quo cusam rerumquaepra voluptam as qui dem qui verum sitinia dolut ium vento moluptatatis endiost fugiatiur aliquod maio mi, quatquiatem re odipsa volore voluptatae quiae rae nate quunt ditio. Ipsam autem harumenis cor repudis acilis sum venis autem is ut ut et odi con nobitas arcime accatur rerum, es essinim el idus quatiuris aliquae lic te prata sapienditam quate con evel iliquo quaspid untenditius, quam fuga. Hent volupta sum quamus reptatet vel illupt.

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“The future belongs to those who believe in the beauty of their dreams�

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“Art belongs to those who ignore their prejudice�

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The Toilet of

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Bathsheba JACOB ZUCCHI H

abus? Nosta rem nia obsente stracepos, urnum nonsultum actum iname furesti lintiam tam hilieris oporaves verfex spimus inem morumen reorus, que auc fue coendacta verratusul hil cla reo, postentem ete con tes confin vigna, turs at, contius audam dum es etore avoculemum tilis; niurac ommo videt am hiliber idesupplis; C. Si patum et populocci ia tem erfectatamdi pota re clum conderes et Catam con sterem liciena pra mei tam ut acia is Ad rem hentela tebus senatuit, me atis. Irit quam vigit? Ibus terio, ex num tem eti, C. Consultorte nost Cat, inium, unum audeo, quam morem conum venis vitur locul habesi centrumus bonsu moeriorebus boniris simpret nostis. Me ina novenih illatque num re num actanditus bonsignon timus inarent, ex nem es cri inerni caecrum cons cultuiamprit? Eliis. Ides co ina, conem loctessin te, et quam unum no. Valabitus nenam nonius cforivat.

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Time goes by so #s贸 slowly que n茫o!


O pensamento

inspira

P

ensar nesta frase em tempo contemporâneo, no qual a era tecnológica assume brutalmente o meio de vida das pessoas em sua grande maioria, não cabe propriamente no contexto das aspirações e projetos de vida. Uma forma muito engraçada de analisar este conceito é baseado em uma frase clichê que faz a cabeça da moçada, o famoso termo das redes sociais só que não. De fato, concebemos que “time goes by so slowly”, que traduzindo significa, o tempo segue lentamente, só permeiam as ideias dos românticos e melancólicos que não vislumbram a evolução e a rapidez de como as coisas acontecem, para pessoas que buscam fórmulas mágicas de sucesso instantâneo, este conceito se torna obsoleto. Fato, a questão da mídia e de qualquer meio que proporcione ofertas de aquisições e conquistas em curto prazo. As inúmeras possibilidades de ter ou ser o que se quer movimentam vertiginosamente a cabeça das pessoas , penso, logo existo existo, insisto, crio, desmancho, desmonto, recrio, termino ou mudo. Sonhar, projetar, tornou-se habito de poucos, é pura literatura, pura poesia vinculada ao desejo de esperar e de idealizar cada tijolo sendo colocado para que um arranha céus um dia fique pronto e faça parte da beleza construída de uma cidade. Os desejos imediatistas e consumistas propõe produtos, serviços ou qualquer concepção almejada de forma rápida, mesmo que com pouca duração. Não importa o quanto durem rem, o importante é o tempo da conquista. Deve ser HOJE e AGORA, este é o tempo moderno e contemporâneo !


e o tempo

expira

NĂŁo costumo ficar pensando muito em projetos, planejando e esperando as coisas acontecerem. existo para fazer,construir e realizar meus desejos simultaneamente, independente do tempo que durem, nĂŁo acho que o tempo anda devagar... Mas tenho pressa...Preciso correr, o meu tempo ĂŠ hoje e agora. TON AMARAL,

Livre, em uma jornada atemporal

Fev. 2013 Revista 2t

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A gente acorda todo dia tentando compreender o comportamento humano, suas idéias, pensamentos e até explicar os processos de sua fisiologia. ¶ E continuamos em nossa vasta

deja já vu vi

busca de compreensão. ¶ Dentre tantas coisas que tentamos desmistificar, creio que esta é unanime.


Sabe aquela sensação, ligeiramente estranha de que quando ouvimos, falamos ou vemos uma cena da qual temos a impressão daquele fato já ter acontecido anteriormente, até dizemos “acho que já vi este filme”, com certeza isso já deve ter acontecido com você, experiência já vivida por mais de um terço da população mundial, Fev. o2013tal de dejà vu. Revista 2t 19 E bem possível que este tipo de situação tenha se intensificado no histórico de vida das pessoas, visto que vivemos numa era muito tecnológica de correria, agitação e toda essa tensão,

estresse e fatiga do caos urbano, e oportunamente pode gerar este acontecimento que desde muito tempo é pesquisado por estudiosos da área de psicologia. ¶ O interessante é que o

dejà vu, vem acompanhado de uma sensação que vai direto no emocional na pessoa que passa por esta situação, claro

que muitas vezes o sentimento que se desperta nem sempre é positivo, más é um quase êxtase de ficar sabendo o resultado do vestibular, ao assistir uma partida do seu time de futebol, ou a expectativa dos acontecimentos do ultimo capítulo da

novela, um desencadeamento de emoções que muitas vezes


até tiram o foco e gerando um contexto disfuncional do corpo. ¶ Por isso, mais do que um acontecimento, chamam isto de fenômeno, seja psicológico ou mesmo espiritual, visto algumas percepções de pessoas que vinculam o dejà vu ao religioso. Seja qual for a origem disto, nós certamente cada vez que passamos por uma situação dessa ficamos com a “pulga atrás da orelha”, tentando desvendar de onde vem esses episódios, que parecem arquivos guardados em nossa memória e por um leve clique abrem uma tela de informações e dados que haviam sido esquecidos e agora lembrados.

Em geral o argumento que mais defendem é a questão de um cansaço, um estresse. Sobretudo, existem definições que explicam que o dejà vu nada mais é do que uma coleção de memórias falsas, memórias montadas em recortes, ou ainda, uma memória não codificada pelo cérebro, possivelmente vinculadas à idéia de desejos humanos, sonhos, desejos reprimidos ou fantasias que passam fazer parte de nossa aceitação, comumente relacionado a fatos ocorridos na infância, visto deste modo, podemos associar com uma idéia de fronteira do que de fato é real e do que é fantasioso e criação de nossa mente. Indo mais além, podemos definir que se trata de resquícios da mente e da vida que tivemos em vidas passadas, memórias e sentimentos que sobreviveram à morte física, este conceito é defendido pela escola freudiana de psicanálise, que entende isso como um mecanismo de defesa criado no subconsciente, como forma de evitar medos e dificuldades na vida atual. Há ainda quem acredite que é como se vivêssemos num jogo, do tipo Second Life, Sims, no qual temos vidas paralelas que se fundem muitas vezes em pensamentos e memórias que se confundem. Será que isto aconteceu aqui ou no second life?


“Minha vida e um dejavu, tenho certeza que vivo muitas vezes o que já vivi e vi” É possível gerenciar este fato, compreende-lo efetivamente? Ao certo não sabemos, mas aquela sensação que temos de vivenciar uma coisa que já aconteceu, nos deixa no mínimo com duvidas de como de fato se deu o episódio, será que foi um sonho que tive? Um filme que assisti? Ou ainda é possível que eu tenha voltado no tempo? Vai saber! Ou sinceramente ficamos a questionar até sobre o modelo de processo de nossas vidas, quanto aos acontecimentos, é possível que as coisas se repitam muito em minha vida mesmo, uma vida linear com repetições constantes, será isto? Será que se repete mesmo, repete?! Agora faça você mesmo sua avaliação e conclusão deste momento, pense e repense em suas percepções e como elas acontecem, como o universo age sobre suas memórias. Creio que vai acontecer de novo, quando você menos esperar, você vai viver algo do tipo, sabe aquela sensação, ligeiramente estranha de que quando ouvimos, falamos ou vemos uma cena da qual temos a impressão daquele fato já ter acontecido anteriormente, até dizemos

TON AMARAL,

em uma busca pelos acontecimentos da memória

“acho que já vi este filme”, com certeza isso já deve ter acontecido com você, experiência já vivida por mais de um terço da população mundial, o tal de dejà vu. Fev. 2013 Revista 2t 21





Na fotografia existe um novo

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O

olhar do fotógrafo está constantemente avaliando. Um fotógrafo pode captar a coincidência de linhas simplesmente ao mover a cabeça uma fração de milímetro. Pode modificar a perspectiva com um leve dobrar de joelhos. Ao colocar a câmara próximo ou distante do objeto, o fotógrafo pode desenhar um detalhe - ao qual toda a imagem pode ficar subordinada ou ainda que tiranize quem faz a foto. De qualquer modo, o fotógrafo compõe a foto praticamente no mesma duração de tempo que leva para apertar o disparador, na velocidade de um ato reflexo.

ampliação da foto e procura nela as figuras geométricas que aparecem à análise e o fotógrafo se dá conta, então, de que a foto foi feita no instante decisivo. O fotógrafo instintivamente fixou um padrão geométrico sem o qual a foto estaria sem forma e sem vida.

Algumas vezes acontece de o fotógrafo paralisar, atrasar, esperar para que a cena aconteça. Outras vezes, há a intuição de que todos os elementos da foto estão lá, exceto por um pequeno detalhe. Mas que detalhe? Talvez alguém repentinamente entrando no enquadramento do visor. O fotógrafo, então, acompanha seu movimento através da câmara. Espera, espera e espera, até que finalmente aperta o botão - e então o fotógrafo sai com a sensação de que captou algo (embora não saiba exatamente o quê). Mais tarde, no laboratório, ele faz uma

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29



Maisins�a�tes...

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Agora? Agora? Agora?

Agora?

a

um

temora

É como um orgasmo, eh x

plo

que

de. 33



Salve Ferris Fevereiro 2013

1


Life moves


pretty fast

Fevereiro 2013 37


If you don’

and look once in aw could

O HERÓI DOS FILMES ADOL ADOIDADO, ENSINA QUE A NÃO DEVEMOS DESPERDIÇ


’t

stop

k around while, you it.

LESCENTES, FERRIS BUELLER, DE CURTINDO A VIDA A ESCOLA PODE SER UMA PERDA DE TEMPO E QUE ÇAR UM BELO DIA DENTRO DE UMA SALA DE AULA.

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“Como podem esperar que eu vĂĄ para escola num dia como este?â€? orem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Fusce magna turpis, fringilla nec hendrerit et, dignissim eu arcu. Mauris vestibulum lacus ultrices purus tristique ut pellentesque nibh fermentum. In hac habitasse platea dictumst. Nulla lorem tellus, fermentum eget aliquet sit amet, malesuada at purus. In est metus, ornare et auctor sed, posuere quis nibh. Cras aliquet mollis est, nec hendrerit quam posuere eu.

L

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LIÇÕES DE FERRIS PARA

ENGANAR SEUS PAIS SUOR FRIO NAS MÃOS É O SEGREDO, JÁ QUE É UM SINTOMA NÃO ESPECIFICO.

NUNCA FINJA UMA FEBRE:

QUEM TEM UMA MÃE NERVOSA PODE ACABAR NUM CONSULTÓRIO MÉDICO, QUE É PIOR DO QUE ESCOLA. SIMULE ESPASMOS ESTOMACAIS E ENQUANTO VOCÊ SE RETORCE, GEME E CHORA, APROVEITE PARA LAMBER AS PALMAS DA MÃO. É MEIO INFANTIL E ESTÚPIDO, MAS A ESCOLA TAMBÉM É.



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o tempo vai

lo tempo e v pode a ter

trazer

mudar as coisas v達o

as coisas podem

se

e m r e e x eR m X


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Em depoimento exclusivo, Laerte, um dos maiores cartunistas do Brasil, conta sobre sua opção de se vestir de mulher e, com esse ato, questiona a ditadura dos gêneros em nossa sociedade

ds eco B r eta do tempo TEXTO Carlos Costa e Veronica Papoula Mendes (Revista_ Continuum n°39) FOTOS andré seiti DESIGN Marcella Briotto

A

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‘ Dessa forma, fui acabando com meus personagens. Mantive só

Comecei a dar bandeira nas minhas tiras com o Hugo [personagem crossdresser]. Recebi um e-mail de uma pessoa, atualmente minha amiga, que me mostrou essa possibilidade. Que não é loucura se vestir com roupas femininas, usar salto. É legal. a Muriel.

Levei

M U I T O

TEMPO

até que resolvi fazer uma sessão de crossdressing em um estúdio que achei na internet [Studio Dudda Nandez – duddanandez. com.br].


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voltei outrasvínculo. vezes e fui criando Tenho 61 anos e é AGORA que estou assumindo essa expressão.

ROUPAS, Roupas, MAQUIAGEM maquiagem ISSO DESDEque QUEme ME Isso VEM vemdesde ENTENDO POR GENTE, entendo por gente, mas \ SEMPRE MUITO sempre FALOU falou muito FORTE DA REGRA, forte oO LADO lado da regra, DA CRIME da PROIBIÇÃO,DO proibição,do crime Ee DO NÃOsó SÓ do PECADO. pecado. Não NA DE GÊNERO na QUESTÃO questão de gênero COMO NAda DA como TAMBÉM também na ORIENTAÇÃO SEXUAL. orientação sexual. até ficar Dm ue i m t o ot er mep oi m o toe m D u ei t m r pe o i a t é f i c a r em PAZ com a ideia de que também sou g a y, q u e h á

isso em mim.


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A repercussão do meu gesto me surpreende. É evidente que as pessoas põem reparo e atenção em mim, não pela minha carreira como cartunista, mas pelo meu modo de ser. Depois disso [de começar a se travestir], fui convidado para mais entrevistas do que havia sido na soma total da minha carreira como cartunista. Penso no que, exatamente, está por trás disso. Talvez seja um grito contido de apropriação masculina do vestuário feminino. Se me vejo como parte do movimento transgênero, LGBT, há um objetivo claro que é ver as travestis e os transexuais com dignidade, com os mesmos direitos que as outras pessoas. Não queremos apenas não ser espancadas, queremos sair pelas ruas, usar o banheiro feminino, casar, quando for o caso; queremos todos os acessórios da nossa especificidade, sem escândalo. Se estou servindo de exemplo e ajudando, ótimo. Mas tenho muito mais o que aprender ou absorver das travessias de vida do que o contrário.

“Se me vejo como parte do movimento transgênero, LGBT, há um objetivo claro que é ver as travestis e os transexuais com dignidade, com os mesmos direitos que as outras pessoas. Não queremos apenas não ser espancadas, queremos sair pelas ruas, usar o banheiro feminino, casar, quando for o caso; queremos todos os acessórios da nossa especificidade, sem escândalo .”


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A repercussão do meu gesto me surpreende. É evidente que as pessoas põem reparo e atenção em mim, não pela minha carreira como cartunista, mas pelo meu modo de ser. Depois disso [de começar a se travestir], fui convidado para mais entrevistas do que havia sido na soma total da minha carreira como cartunista. Penso no que, exatamente, está por trás disso. Talvez seja um grito contido de apropriação masculina do vestuário feminino. Se me vejo como parte do movimento transgênero, LGBT, há um objetivo claro que é ver as travestis e os transexuais com dignidade, com os mesmos direitos que as outras pessoas. Não queremos apenas não ser espancadas, queremos sair pelas ruas, usar o banheiro feminino, casar, quando for o caso; queremos todos os acessórios da nossa especificidade, sem escândalo. Se estou servindo de exemplo e ajudando, ótimo. Mas tenho muito mais o que aprender ou absorver das travessias de vida do que o contrário.

Projetos de Anneliese Ribeiro Jacqueline Hamine Marcella Briotto Mario Meirelles Ton Amaral Professor Orientador Crystian Cruz Coordenador Pós em Design Editorial Fabio Silveira


O trabalho 2T Design Editorial do Professor Crystian Cruz foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-Não ComercialCompartilhada Igual 3.0 Não Adaptada. Podem estar disponíveis autorizações adicionais ao âmbito desta licença em fabio.designerbr@gmail.com. Este é um trabalho destinado ao âmbito acadêmico. O uso das imagens neste documento servem apenas para ilustrar os exemplos dos conceitos e tecnicas apresentadas em sala de aula.

© 2013


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