IEFPInformação N.º 5 setembro 2017

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Número 5

iefpinformacao@gmail.com

setembro / 2017

“Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.”

Esopo


A EQUIPA Rui Valente

Editorial

3

Agenda

6

Notícias

6

Vamos falar de…

16

Práticas

19

Nós

25

Ecos

28

Recortes

36

Investigação

39

Saber mais…

43

Agenda formativa

45

Isabel Gonçalves

Mónica Trindade

Emília Moreira

Mário Coelho

Marta Venâncio

Marco Bento

Daniel Gomes

Sónia Coelho

Revista: IEFPinformação Número: 5 - setembro de 2017 Grafismo e Edição: Marco Bento Daniel Gomes Sónia Coelho

Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto Rua Peso da Régua – Bairro do Cerco 4300-409 PORTO Telefone: 220989330 Email Revista: iefpinformacao@gmail.com / CEFPPorto: cfp.porto@iefp.pt

Todos os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos autores, não coincidindo necessariamente com as opiniões da direção deste centro.

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Publicação Trimestral N.º 5

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Não é por acaso…

Rui Valente Diretor do CEFPP-IEFP

O lançamento do quinto número da nossa revista coincide com a semana de preparação para o WorldSkills AbuDhabi 2017, que decorre de 11 a 15 de setembro no Serviço de Formação Profissional do Porto. Pela segunda vez, acolhemos para uma semana de intensa preparação, a delegação

portuguesa de concorrentes e jurados, que em outubro irá participar na competição mundial das profissões. Trata-se da excelência da formação profissional. Um longo caminho foi já percorrido para aqui chegar, com muita tenacidade, mas também com grande rigor e profissionalismo. Competir entre os melhores dos melhores coloca a fasquia num patamar muitíssimo elevado. A competição induz a inovação, a qualidade e a criatividade, transpondo-os para os modelos de aprendizagem que, deste modo, se vão tornando mais exigentes e competitivos na preparação e formação dos futuros profissionais. A visibilidade e a dimensão do evento conferem à formação profissional, em particular aos sistemas de formação dual, o amplo reconhecimento dos parceiros, empresas e trabalhadores. É, pois, um ciclo virtuoso de “win win”.

A excelência constrói-se…não é por acaso!

O maior sucesso à delegação portuguesa presente em Abu Dhabi na semana de 14 a 19 outubro.

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Programa de atividades no âmbito da semana preparatória para o Campeonato do Mundo das Profissões- Worldskills Portugal 13 e 14 de setembro de 2017 Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto Dia 13 9h30 10h30 15h30

Inauguração da Exposição multidisciplinar intitulada “Como desafiamos o Futuro” Inicio das visitas às atividades de preparação das provas WorldSkills Momento Musical de dança – OUPA Cerco

Dia 14

Encontro – Promoção da Segurança e Saúde

9h30 9h45

Boas vindas - Rui Valente - Diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto Inicio do roteiro das atividades do Encontro ▪ ▪ ▪ ▪

“Higiene e Segurança no Trabalho – Riscos Profissionais” | Ivone Sousa / Rui de Sousa Formadores IEFP “Primeiros Socorros” | Cátia Rocha - Socorrista da Cruz Vermelha Portuguesa “Doenças Cardiovasculares e Diabetes” | Raquel Gandra Enfermeira “Nutrição” | Ana Sofia Pinho Ferreira - Nutricionista

Moderadora: Isabel Gonçalves – Diretora Adjunta do Centro de Emprego e Formação do Porto 11h00

Dinamização de atividades ligadas à saúde ▪ ▪ ▪ ▪

12h30

“Degustação e Mostra de Comida Saudável” “Exames de Rastreio: Pesquisa de Glicémia, Medição da Tensão Arterial e Cálculo do Índice de Massa Corporal” “Demonstração Prática de Primeiros Socorros” “Demonstração de Equipamentos de Medição de Riscos Profissionais”

Pausa

Sessão de Apresentação da Equipa WorldSkills Portugal 14h30

14.45 15.00 15.45 16.00

Boas vindas | Paulo Feliciano Vice-Presidente do IEFP/Delegado Oficial da WorldSkills Portugal | António Leite – Delegado Regional do Norte | Rui Valente – Diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto Retrospetiva do percurso da equipa Estreia do vídeo oficial da equipa Apresentação da equipa – Concorrentes, jurados, entidades formadoras – Debate Abertura de inscrições para o 43.º Campeonato Nacional das Profissões – Beja, Alentejo Estreia do tema musical e do vídeo da WorldSkills Portugal

Encerramento Obs: 10h30-12h00 e as 14h00-17h00 - Visita às atividades de preparação das provas WorldSkills

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Entrega de diplomas

No dia 16 de fevereiro decorreu a entrega de Diplomas do Curso EFA de Empregado/a Restaurante/Bar, nível 2, do Centro

de

Emprego

e

Formação

Profissional do Porto. Este curso foi delineado

em

instituição

Serviços

Organizações

cooperação

de

de

Maria

com

a

Assistência (SAOM)

e

proporcionou a estes formandos, com percursos de vida difíceis, a integração no mercado de trabalho com melhores qualificações.

Os diplomas foram entregues nas instalações da SAOM pelo Presidente da

República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a presença do Delegado Regional do Norte do IEFP, IP, António Leite, do Diretor

do

Centro

de

Emprego

e

Formação Profissional do Porto, Rui Valente, e das Diretoras Adjuntas, Isabel Gonçalves e Mónica Trindade.

Isabel Penetra

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Entrega de certificados No passado dia 23 de fevereiro, realizou-se a entrega de certificados aos candidatos que concluíram Processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) Profissional, no ano de 2016, no Auditório do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto. Com muito agrado, contamos na sessão de abertura com os contributos do Diretor do Centro de

Emprego e Formação Profissional do Porto, Rui Valente, e da Coordenadora do Centro Qualifica do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, Isabel Gonçalves, assim como, na sessão de encerramento, com as participações do Delegado Regional Norte IEFP, I.P., António Leite, e do Vogal do Conselho Diretivo da ANQEP, João Couvaneiro.

Fomos ainda presenteados com apontamentos e reflexões sobre o significado do RVCC Profissional para os seus intervenientes, tendo para tal contribuído as apresentações do Membro da Associação de Comerciantes do Porto, Jorge Coelho, da formadora de RVCC Profissional, Clementina Rodrigues, do Membro do Sindicato Português dos Engenheiros Graduados da União Europeia, Miguel Ferreira, e do adulto certificado no âmbito do processo de RVCC Profissional de Cozinheiro/a, Fernando Castro.

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Com emoção, receberam os certificados e diplomas os 88 candidatos que concluíram os Processos de RVCC Profissional nas saídas de: Agente em Geriatria, Eletricista de Instalações, Eletromecânico/a de Refrigeração e Climatização – Sistemas Domésticos e Comerciais, Técnico/a de Contabilidade, Técnico/a Comercial, Técnico/a de Vendas, Técnico/a Ação Educativa, Operador/a de Logística, Técnico/a de Logística, Cozinheiro/a e Técnico/a de Cozinha Pastelaria e Técnico/a de Restaurante/ Bar.

Numa atmosfera singular, a Orquestra Orff do Agrupamento de Escolas do Cerco resgatou-nos para o seu mundo de melodias e sons, envolvendo-nos com as suas vozes e a sua peculiar dinâmica.

A entrega de certificados representou um momento de partilha entre responsáveis, candidatos, equipa e parceiros com oportunidade de refletir sobre os desafios, os ensejos e as

possibilidades inerentes ao Processo de RVCC Profissional.

A equipa do Centro Qualifica do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto

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Termas de S. Vicente - Comemoração do 1º aniversário da Loja do Turismo

No passado dia 3 de junho, a turma Técnico de Informação e Animação Turística, a decorrer nas instalações da Incubadora do Vale do Sousa e Tâmega, promoveu e organizou a comemoração do 1º aniversário da Loja do Turismo das Termas de São Vicente – Penafiel. Esta atividade surgiu no âmbito do módulo Projeto Transdisciplinar e teve como objetivo o planeamento e realização de um evento relacionado com o perfil de saída do curso, que permitisse aos formandos contactar com novas experiências com base nas competências adquiridas ao longo dos 2 primeiros períodos de formação.

Para além destes objetivos, o Projeto Transdisciplinar pretendeu promover o trabalho em equipa, o sentido de responsabilidade e de autonomia de cada formando; fomentar o espírito de iniciativa e a capacidade de intervir de forma orientada; desenvolver o sentido de bem comum e cidadania ativa e reforçar os mecanismos de motivação através de realização de atividades, de acordo com os interesses e expetativas dos próprios formandos. Esta ideia derivou do protocolo de colaboração para Formação Prática em Contexto de Trabalho entre o Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto (CEFPP) e a Loja de Turismo das Termas de São Vicente - Penafiel. Após a reunião com a responsável pela Loja do Turismo, Marisa Pereira, elaborouse a atividade desenvolvida com o principal objetivo de promover os pontos turísticos mais relevantes de Penafiel. A atividade contou com uma foto exposição desses pontos turísticos, cuja recolha, tratamento e montagem foi da inteira responsabilidade dos formandos, bem como de um jogo de perguntas sobre os mesmos pontos turísticos com direito a brindes fornecidos pela Câmara Municipal de Penafiel. A atividade incluiu também a dinamização de jogos tradicionais, como o jogo das Cadeiras, o jogo da Malha, o jogo das Colheres, o jogo do Saco, o jogo das Argolas, bem como pinturas faciais e moldagem de balões. O público-alvo da atividade foram os habitantes de Penafiel, o curso de Técnico de Turismo da Penafiel Ativa, o curso de Cabeleireiros a decorrer na Associação Empresarial de Penafiel, o Centro de Dia da Portela e o Jardim de Infância do Pinheiro. Para a realização da atividade contamos com o apoio da turma Técnico de Cozinha e Pastelaria a decorrer nas instalações da Incubadora do Vale do Sousa e Tâmega que confecionou o bolo de aniversário, bolachas e salgadinhos. Contamos também com o patrocínio do restaurante McDonalds de Penafiel com águas e balões, e do supermercado Pingo Doce com sortido e sumos.

A turma de TIAT, Incubadora – Penafiel 8

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Celebrando a diversidade O IEFP, I.P. aderiu, em 2016, à Carta Portuguesa para a Diversidade, instrumento voluntário, que visa estimular todos os formandos e funcionários da organização a executar e desenvolver políticas e práticas de promoção da diversidade, entendida como o reconhecimento, o respeito e a valorização da(s) diferença(s) entre as pessoas, incluindo particularmente as diferenças relativas ao sexo, identidade de género, orientação sexual, etnia, religião, credo, território de origem, cultura, língua, nacionalidade, naturalidade, ascendência, idade, orientação política, ideológica ou social, estado civil, situação familiar, situação económica, estado de saúde, deficiência, estilo pessoal e formação. Em conformidade com o compromisso assumido pelo IEFP, I.P., aquando da assinatura da Carta Portuguesa para a Diversidade, o Conselho Diretivo decidiu instituir o “Dia da Diversidade” no dia 21 de

junho, dia em que se celebra, também, o “Dia Humanista Mundial”, propondo-se a distinguir e destacar a diversidade como uma mais-valia para a nossa organização.

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O Serviço de Formação Profissional do Porto associou-se a este acontecimento, celebrando no dia 21 de junho a diversidade cultural, étnica e linguística. Durante todo o dia, e após a sessão de abertura pelo Diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, Rui Valente, os nossos

formandos, formadores e restante pessoal técnico tiveram oportunidade de degustar pratos de diferentes culturas, nomeadamente Europeia, Asiática, Africana e da América do Sul, confecionados por formandos dos cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) de Cozinheiro/a, sob a supervisão dos Chefes Paula Martins, Nuno Inverneiro e Nuno Pereira. Em simultâneo, houve um momento de leitura da Carta Portuguesa para a Diversidade em diferentes línguas, momentos musicais e de danças tradicionais. Este último, desenvolvido pelo curso EFA B3 de Agente em Geriatria a decorrer em Valbom, sob a orientação da formadora Clementina Rodrigues. Toda

a

comunidade

do

Serviço de Formação Profissional do Porto participou nesta iniciativa com bastante

agrado,

mostrando-se,

mais uma vez, que, em festa, também se aprende.

Poderá obter mais informações através do link: http://www.cartadiversidade.pt Formadora: Clementina Rodrigues

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Formação modular para ativos empregados – Grupo Auchan O Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto estabeleceu uma parceria com o Grupo Auchan com vista a desenvolver um plano de formação para dar resposta às necessidades de formação dos colaboradores da empresa que exercem a sua atividade nos Hipermercados Jumbo da Maia, de Gondomar, de Vila Nova de Gaia e de Matosinhos, no âmbito da medida de formação modular para ativos empregados. Foi acordada a realização de 9 ações de formação, no ano de 2017, nas áreas comportamental, de línguas, de vendas e atendimento, tendo sido definidas as UFCDs a desenvolver de acordo com o Catálogo Nacional das Qualificações. Até à data, iniciaram 3 ações, designadamente: Língua Francesa – Logística; Comunicação interpessoal e assertividade e Gestão do stresse profissional, nas salas de formação do hipermercado Jumbo da Maia. A ação de formação de Língua Francesa está já concluída, tendo os formandos apresentado uma

atitude generalizada muito positiva face à aprendizagem, o que se traduziu numa elevada motivação, numa postura altamente participativa e reveladora de grande interesse, numa assiduidade exemplar, e, consequente, na certificação de todos os formandos que frequentaram a ação. Estão ainda planeadas as ações de Comportamento do consumidor, Gestão do tempo e organização do trabalho, Profissional de vendas - funções e competências, Língua Francesa – Técnicas de escrita e Vitrinismo em perecíveis. De salientar ainda, que a articulação com o departamento de recursos humanos do grupo Auchan tem sido extremamente positiva, uma vez que as interlocutoras revelam grande preocupação no cumprimento de timings e na articulação de toda a informação necessária para o desenvolvimento do plano de formação definido.

Sandra Costa, Técnica Superior N.º 5

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Plataforma + Emprego

A nível Europeu, Nacional ou Local, diversos são os esforços desenvolvidos no sentido de atenuar/erradicar os diferentes problemas que as pessoas enfrentam em situação de sem-abrigo. Contudo, não poderemos cair no erro de analisar esta problemática “apenas” como a ausência de habitação, o desemprego ou, por exemplo e de forma aleatória, o consumo regular de substâncias psicotrópicas. Teremos que ter em consideração a potencial complexidade do fenómeno, assim como

o enquadramento territorial do mesmo. É um problema social tendencialmente urbano, que, conforme já foi evidenciado, pode assumir diversas e simultâneas facetas. Como tal, exige cada vez mais uma abordagem holística, de forma a garantir respostas integradas, articuladas e que maximizem os recursos disponíveis, sempre no sentido de integrar e/ou incluir estes cidadãos. Dependendo da região do mundo, a abordagem ao problema aqui abordado pode ser diferenciada, desde modelos onde a sociedade civil assume um papel fulcral, até respostas onde o Estado, direta ou indiretamente, contribui para a resolução do problema em análise. Desde 2009, e ao abrigo de uma Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas Sem-Abrigo 2009-2015, o Porto tem sido pioneiro no que diz respeito ao trabalho em rede implementado, maximizando os contributos de todos os agentes que, por imposição legal ou de livre vontade, atuam no sentido de colmatar a problemática. Tem sido um esforço contínuo no tempo e que, atualmente, envolve o trabalho de aproximadamente 60 Organizações, de índole Pública, Privada ou Voluntária, sempre com o objetivo de tirar as pessoas da rua, garantir respostas e acompanhamento personalizado, contínuo no tempo, de proximidade e que maximize os recursos disponíveis na comunidade. Desde a garantia de alojamento condigno, ao apoio em alimentação, a cuidados de saúde, acesso à proteção social ou respostas formativas e de emprego, existem cerca de 30 Técnicos Sociais, na cidade do Porto, que laboram diariamente no sentido de promover a melhoria da qualidade de vida destes cidadãos e, sobretudo, fomentar a integração e/ou inclusão dos mesmos.

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Este trabalho em rede é feito no âmbito do NPISA Porto, estrutura criada também em 2009 no âmbito da Estratégia identificada e que, atualmente, acompanha mais de 800 pessoas em situação de sem abrigo, cidadãos estes que se encontram em diferentes fases no processo de integração e/ou inclusão e, como tal, tem-se desenvolvido o esforço de criar e solidificar um ecossistema social que, no momento, compreende quatro grandes respostas diferenciadas mas articuladas e com sinergias, sendo elas: 1.

As Organizações Voluntárias que operam “na rua” no sentido de prover alguns recursos de

subsistência e, sobretudo, desenvolver esforços no sentido de tirar as pessoas da rua e encaminhar para respostas adequadas; 2.

A Triagem e o Acompanhamento Social é a estrutura central em todo o processo de

reinserção social, na medida que as cerca de 30 Instituições que laboram neste âmbito são responsáveis pela avaliação do diagnóstico social e de definir e fazer cumprir um Plano de Inserção que, por sua vez, pode comtemplar alojamento regular, alimentação condigna, cuidados

de saúde ou, por exemplo, acesso à proteção social e/ou ação social; 3.

A Plataforma + Emprego é uma estrutura que visa disponibilizar respostas formativas

adequadas a estes cidadãos e, ainda, facilitar a inserção laboral daqueles que possuam um perfil e/ou indicadores de empregabilidade. 4.

As Vozes do Silêncio, por sua vez, assumem a missão de atenuar, através de diferentes

formas de expressão artística, eventuais assimetrias de informação relativas à problemática em questão e, sobretudo, “dar voz” àqueles que nem sempre conseguem ser ouvidos.

Focando agora a abordagem na Plataforma + Emprego (P+E), de evidenciar que este é um projeto que começou a ser desenvolvido em 2013 e, atualmente, agrega o trabalho colaborativo de Organizações Públicas, de índole Privada e, ainda, Voluntários. Nomeadamente o Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto do IEFP, I.P.; o Centro Distrital do Porto do Instituto da Segurança Social, IP; a Administração Regional de Saúde do Norte, I.P.; a Santa Casa da Misericórdia do Porto; a Área Transversal de Economia Social da Universidade Católica Portuguesa; a Associação CAIS; a Randstad e a Cooperativa WelcomeHOME.

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Estas Organizações laboram em parceria e, no presente, desenvolvem atividade em 2 grandes eixos de ação, nomeadamente formação e a inserção laboral. No que concerne à área do emprego, entre 2013 e 2017, já foi possível contribuir para a inserção laboral de 30 pessoas, sendo que o trabalho social subjacente a este resultado compreende, essencialmente, 4 fases, sendo elas:

1ª - Os Técnicos Sociais (Gestores de Caso) do NPISA Porto sinalizam, à Plataforma, utentes com indicadores e/ou perfil de empregabilidade; 2ª - Por sua vez a P+E promove uma entrevista de avaliação do perfil de empregabilidade do candidato e, ainda, uma segunda avaliação desenvolvida pela Randstad, com o objetivo de identificar as competências profissionais do visado; 3ª - Acompanhamento Social, no âmbito da empregabilidade, junto dos utentes considerados aptos para o mercado de trabalho; 4ª - Por fim, a inserção laboral das pessoas, tendo em consideração as oportunidades de emprego

angariadas ou identificadas pela P+E e o perfil dos utentes. De evidenciar que, mesmo à posteriori da inserção laboral, esta Plataforma desenvolve acompanhamento aos beneficiários.

Não desconsiderando os resultados expostos e o modelo utilizado para os alcançar é, ainda, evidente a necessidade de melhorar o trabalho desenvolvido, nomeadamente na identificação de mais e melhores oportunidades de emprego para os utentes. Uma grande percentagem das pessoas inseridas, no mercado de trabalho, estão a usufruir da Medida CEI+, sendo que não é de desconsiderar esta oportunidade, mas cumprindo o seu objetivo e tendo em consideração que é uma Medida de “transição”, terá que existir um esforço acrescido no sentido de identificar/angariar oportunidades de trabalho com outra/os condições/direitos laborais. Face ao exposto e tendo em consideração a publicação do presente artigo, fica aqui identificado/lançado o desafio a todos os leitores, nomeadamente a colaborarem com este projeto através da angariação de postos de trabalho localizados na região do Porto.

Focando agora a abordagem no segundo eixo – formação, de evidenciar que, até à data, já foram realizadas 2 formações, em competências básicas, exclusivamente direcionadas para pessoas em situação

de sem-abrigo. Este foi um desafio lançado pelo parceiro IEFP, IP, em finais de 2014, e teve o objetivo de diversificar a oferta formativa e, sobretudo, ajustar a mesma às características do grupo-alvo em questão.

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Assim sendo, no último trimestre de 2014 começou a primeira edição do Curso “Competências para a Integração – Jardinagem” e teve o objetivo principal de trabalhar as competências sociais dos formandos, sendo que, para tal, teve duas componentes formativas. Uma comportamental, onde se utilizaram algumas dinâmicas teatrais e, uma outra, de índole tecnológica, nomeadamente a jardinagem. Esta 1ª edição teve a duração de 300h, foi enquadrada na Medida “Vida Ativa”, decorreu numas instalações do parceiro Santa Casa da Misericórdia do Porto, iniciou com 20 formandos e 15 terminaram a ação formativa com sucesso. De evidenciar que destes quinze, 6 estão a trabalhar e são acompanhados

pela P+E.

No decorrer do ano de 2016 desenvolveu-se a 2ª edição do Curso “Competências para a Integração – Cozinha”, cujo objetivo foi o mesmo da primeira edição só que a componente tecnológica foi alterada para Cozinha. Esta segunda edição decorreu numa cozinha localizada na Quinta da Bonjóia que foi disponibilizada pela Câmara Municipal do Porto, iniciou com 21 formandos e, destes, 10 concluíram a primeira parte (300 horas). Nesta edição incluímos um estágio em contexto real de trabalho que durou (mais) 300h e, dos dez que concluíram a 1ª fase, 7 ingressaram num estágio em Estabelecimentos Comerciais do setor da Restauração que a Associação de Comerciantes ajudou a identificar/angariar.

Posto isto e em tom de conclusão à abordagem, de evidenciar que não podemos ter uma visão sem conteúdo, sem estratégias coordenadas, sem ações ajustadas à realidade, sem recursos e, sobretudo, sem Técnicos qualificados e com condições de trabalho, pois é fundamental e imperativo o esforço de garantir uma série de Direitos consagrados nos mais diversos Documentos Estruturais para as

sociedades do nosso tempo e que, por sua vez e honrando o contexto histórico, surgiram com objetivos muito bem delineados em prol de sociedades mais coesas, mais igualitárias. O que fazemos, ou não fazemos, ao nosso cocidadão terá ligação com o destino de toda a Humanidade

Alfredo Costa, Técnico Serviço Social

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Testemunhos – Competências básicas Numa das sessões, foi pedido a cada formando que fizesse uma reflexão escrita sobre a sua vinda para o Curso de Competências Básicas. Sabemos à partida que, por causa do sistema, nem todos o frequentam com o maior agrado mas, o que é certo, é que na sua maioria, todos reconhecem a importância de voltar a relembrar matérias já esquecidas e já aprendidas há muitos anos. Enquanto formadora, reconheço que todo o grupo está satisfeito e empenhado. São formandos muito aplicados e que respondem de forma muito positiva a todas as atividades propostas. É de salientar ainda que há um grande companheirismo entre todos, que se estende para as suas vidas pessoais. Passo assim a transcrever, na primeira pessoa, alguns dos testemunhos que nos dão uma visão do que se passa na sala de formação.

“O que tive de positivo até agora, foram as pessoas que conheci, que são simpáticas e divertidas. Fiz

novas amizades”. - Delfina Lopes

“Fui chamada para as Competências Básicas, gostei de fazer novas amizades e também gosto da professora que me ajuda muito.”- Carolina Nadais

“Gosto muito de aqui andar, dou-me muito bem com os colegas e espero conseguir fazer o curso”. - José Dias

“Fui quase obrigado a vir para o curso. No início, não estava a gostar mas, com o passar do tempo, comecei a gostar porque encontrei uma nova forma de aprender e as pessoas são muito simpáticas”. Aurélio Santos

“ Gosto do curso por causa das pessoas e da camaradagem.” – Fernando Santos

“Para mim, foi mais uma experiência na minha vida. Conheci muitas pessoas e ajudou-me a refrescar as

minhas ideias e a recordar a minha infância. Tenho bons colegas e uma professora com muita personalidade”. - Elsa Sousa

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Testemunhos – Competências básicas “A minha vinda foi uma ótima experiência. Adoro estar aqui, sinto-me uma jovem. Tenho algumas amizades, tenho um bom ambiente com os colegas e com a professora.”- Idália Magalhães.

“Vim para o curso muito contrariado mas tenho muito respeito pelo trabalho da professora e dos

colegas”. – Alberto Alves”

“Gosto muito de andar aqui. Ando a aprender o que já não me lembrava. Está a ser uma experiência única e a professora é muito especial para mim”. - Manuela Fraga

Dar voz aos formandos, leva-nos a refletir sobre a nossa forma de ser e de estar. De facto, a formação é uma experiência social com a qual o ser humano aprende a descobrir-se a si mesmo, a desenvolver a relação com os outros, adquirindo bases no campo do conhecimento e do saber-fazer. A preocupação de todos os intervenientes terá de induzi-los a pensar no processo de ensino e aprendizagem e de, continuamente, construir saber e ir sempre mais além desse mesmo saber/ conhecimento, preocupando-se com o saber- fazer, o saber-ser e o saber-estar. Como formadora, estando em contacto direto e diário com os formandos, conhecendo de perto as suas realidades, os seus anseios, interesses e motivações, é minha preocupação procurar saber sempre mais. Por um lado, dando um contributo o mais favorável possível para o crescimento de todos os envolvidos nesta missão que é a da formação e, por outro lado, respondendo às necessidades e

exigências do mundo atual com que a humanidade se depara.

Formadora: Joana Nogueira

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Manutenção automóvel

A tecnologia automóvel é das áreas na qual mais rapidamente se faz sentir a inovação e o desenvolvimento tecnológico, sendo dos setores que mais têm evoluído ao longo dos anos. Desde o aparecimento dos primeiros carros até aos dias de hoje, prestes a entrar no mundo dos veículos elétricos e de condução totalmente autónoma, a reparação/ manutenção automóvel tem, desde sempre, e cada vez mais, um papel muito importante para obter o melhor rendimento do veículo adquirido. Para tal, obviamente muito contribui a competência do técnico a quem confiamos o importante papel de “afinar” todos os órgãos, para que a nossa preocupação não vá muito além do abastecimento, seja ele de que forma for...

Reveste-se assim de extrema importância, rejuvenescer e qualificar os trabalhadores deste setor, nomeadamente os jovens que procuram o primeiro emprego, em virtude de, na maior parte das vezes, terminarem a escolaridade obrigatória sem qualquer aptidão profissional. Por tudo isto, o Centro de Formação Profissional do Porto apresenta-se como uma referência na resposta às solicitações do mercado deste setor. O recurso a técnicos qualificados e meios técnicos adequados permitem-lhes estarem orientados para responder às carências manifestadas pelo tecido empresarial do setor da reparação automóvel, motivadas pela contínua evolução e crescente sofisticação do mesmo.

Um “saber de experiências feito”, assim se pode caracterizar o setor da reparação automóvel, já que esta valência de formação existe desde 1972.

Zélia Rosado, Técnica Superior

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Ser grande ou ser pequenino

Dia Mundial da Saúde

Competências Básicas – Matosinhos

Técnico de Apoio Familiar e de Apoio à Comunidade

Assim é na minha sala de aula

No dia 7 de abril de 2017, celebrou-se o Dia Mundial da Saúde e, para assinalar a data, o curso

Aprendo mesmo depois de crescido

de Técnico de Apoio Familiar e à Comunidade

Com os meus colegas quero estar

(TAFAC) realizou uma iniciativa que envolveu toda a comunidade da Escola Profissional de Gaia. O

Aprender… sim aprender

objetivo foi compreender os hábitos alimentares Nunca é tarde demais…

através de um questionário realizado a estudantes, professores e funcionários da escola.

Desde o início, os formandos mostraram-se recetivos e entusiasmados com a ideia de desenvolveram diversos materiais para apoiar e promover esta atividade tais como inquéritos, cartazes e panfletos, que distribuíram pelos inquiridos. A análise dos inquéritos mostrou que a grande maioria não toma o pequeno-almoço em casa, consome menos de duas peças de fruta por A Maria do Céu dá os primeiros passos na leitura. Parabéns!

dia, consome diariamente doces e produtos de pastelaria

e

consome

pouca

água,

dando

preferência ao consumo de refrigerantes no seu dia-a-dia. Estes indicadores revelam a importância destas atividades, principalmente, para incentivar a população a mudar os seus hábitos alimentares, no Autores: Formandos do curso competências Básicas - Matosinhos

Formadora: Ana Luísa Silva N.º 5

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sentido de prevenir doenças e melhorar a sua qualidade de vida.

Formadora: Raquel Gandra

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Volta ao Mundo No dia 5 de julho de 2017, os formandos dos Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) de Técnico de Informação e Animação Turística (TIAT) do Centro de Emprego de Emprego e Formação Profissional do Porto organizaram uma Atividade Integradora na Residencial Sénior do Pinheiro Manso, Porto. Decorridos 12 meses de formação, os formandos tiveram a oportunidade de partilhar as suas experiências e aprendizagens com todos os que participaram neste evento. Foi escolhida como temática a animação de grupos com necessidades especiais, em particular na área sénior por esta constituir uma área em plena expansão, mas ainda com variadas lacunas e dificuldades. A animação turística para a 3ª idade requer processos de vivência e, sobretudo, uma ação comprometida com o seu desenvolvimento pessoal. Parágrafos muito curtos…. Este tipo de animação deve ser entendido como um conjunto de atividades, que transformam o ver no envolver, o viver no conviver, desafiando o turista numa estratégia de desenvolvimento pessoal e humano numa determinada fase do seu percurso de vida.

Na

sequência

desta

Atividade

Integradora, a temática geral e as atividades escolhidas foram “Uma Viagem No Cruzeiro". A partir dessa ideia, os dois grupos de Animação e Informação Turística envolvidos conceberam um plano

de

animação

audaz,

dinâmico

e

empreendedor. No dia 05 de julho, mostraram ao público sénior os principais atrativos de 10 países (Angola, Espanha, México, Argentina, Brasil, Rússia, Japão, Austrália, Portugal e Itália) representados elementos

em

pequenos

decorativos

stands

representativos

com dos

mesmos e, em particular, na gastronomia tipicamente portuguesa foi possível a todos os participantes degustar inúmeras iguarias.

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Iniciaram-se as atividades com um momento musical “QUNTET GALAICOS”- instrumentos de sopro do qual fazem parte também alguns formandos destas ações.

Em representação do IEFP, I.P. estiveram presentes o Diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, Rui Valente, a Diretora Adjunta do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, Isabel Gonçalves, o Coordenador da ação, José Ferreira e a Técnica de Serviço Social que acompanha o grupo, Elsa Moreira. Estiveram ainda presentes os elementos da administração da residencial. No que diz respeito à animação, foram realizados jogos tradicionais dos países escolhidos tendo estes sido adaptados às reais necessidades e limitações do público-alvo. Foram selecionados os seguintes jogos tradicionais: Dança da Maça (Itália), Jogo das Argolas (México), Jogo do Ovo (Argentina), Jogo da Pontaria Tripla (Espanha), Atirar às Latas (Rússia), Enrola a Garrafa (Portugal), Balde de Água (Angola), Jogo da Malha (Brasil), Jogo do Passa a Bola (Austrália). Os momentos de Karaté/Defesa Pessoal e Dança Zumba permitiram muita alegria, exercício físico, movimento e um pezinho de dança…. Para os séniores com mais limitações foram realizadas atividades voltadas para a promoção e estimulação cognitiva e psicomotora, a musicoterapia e a realidade virtual, dando a oportunidade de viajar, conhecer o património cultural e histórico de alguns países.

Os grupos de formandos elaboraram uma página de Internet, cujo objetivo principal foi a explicação das várias atividades que se realizaram ao longo do dia 5 de julho, disponíveis em https://turismopinheiroman.wixsite.com/meusite. Esta atividade foi planeada e realizada por toda a equipa envolvendo todos os intervenientes no processo formativo e permitiram que o dia 5 de julho se tornasse o “Dia da Alegria”!

Parabéns a toda a equipa e em especial aos nossos formandos! Curso TIAT NS N.º 5

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Atividade Interativa do Grupo NEET de Acompanhante de Criança no Concelho de Penafiel Foi proposto às formandas da ação VIDA ATIVA - JOVENS NEET* de Acompanhante de Crianças, a decorrer nas instalações da Associação Empresarial de Penafiel, a preparação de uma atividade interativa com crianças de um Jardim de Infância, alusiva à época natalícia. As formandas aceitaram prontamente o desafio que lhes foi proposto e a atividade decorreu durante a manhã do dia 05 de dezembro de 2016, no Jardim de Infância “O Capuchinho”, da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel. Antecipadamente, e em contexto de sala de formação, as formandas prepararam tudo a rigor. Organizaram-se em três grandes grupos e cada grupo preparou um “miminho” para oferecer às crianças de forma a que este também fosse trabalhado ou concluído pelos mais pequenos. Assim sendo, o 1º grupo, que trabalhou para as crianças da sala dos 5 anos, construiu uma moldura em cartão e as crianças tiveram de a decorar com os mais variados materiais e criatividade. Fizeram ainda um preparado para biscoitos, que captou toda a atenção dos pequenos “gulosos”. O 2º grupo narrou uma história de Natal que contava com personagens e palco criados em cartão. Durante a narração, as crianças tiveram direito a pipocas. Esta atividade foi dinamizada com a sala dos 3 anos. Os elementos do 3º grupo criaram algumas peças de decoração da árvore de Natal com materiais como rolhas de cortiça, que as crianças tiveram que concluir, colando e pintando as mesmas. Nesta sala, os pequenos estiveram ainda a ajudar a fazer uns biscoitos. Esta atividade foi desenvolvida com a sala dos 4 anos. As atividades correram muito bem e as educadoras adoraram a iniciativa do Grupo de Formandas do Curso de Acompanhante de Crianças e ficaram a aguardar nova visita. No final, e em reflexão de grupo, esta atividade revelou-se muito positiva e de certeza que terá um peso significativo no estágio curricular a realizar em março de 2017! * NEET: termo original da Língua Inglesa “Not in Education, Employment or Training” referente a jovens que não frequentam o ensino educativo regular, nem estão a trabalhar, nem a frequentar uma ação de formação

Grupo de acompanhante de crianças – Vida Ativa

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Profissões – Passado, presente e futuro.

No dia 23 de setembro de 2016, foi apresentado o Tema de Vida da nossa turma no Centro Social de Ermesinde. Frequentamos durante 16 meses um curso de Educação e Formação de Adultos (EFA) B3 de Agente em Geriatria promovido pelo Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, I.P. Este curso, para além de nos permitir uma certificação de nível 3 equivalente ao 9º ano de escolaridade, dotou-nos de experiência profissional na área do auxílio à 3ª idade. A “Tertúlia das Profissões” foi o nosso tema. Discutimos a evolução das profissões no nosso país, ou seja, o que eram antigamente e o que passaram a ser hoje em dia. Há efetivamente evolução, como por exemplo, na área de Agente em Geriatria. Antigamente, não existia a profissão de Agente em Geriatria. O idoso era cuidado com apoio da família, amigos e até pessoas desconhecidas, tendo como objetivo responder às necessidades básicas do mesmo. Estas últimas desempenhavam um papel muito importante na sua vida sem qualquer formação

ou remuneração. Hoje em dia, o Agente em Geriatria tem como principal função prestar cuidados de apoio direto em idosos, no domicílio em contexto institucional nomeadamente em lares, em centros de dia, zelando pelo bem-estar físico, psicológico e social de acordo com as indicações da equipa técnicas. As suas principais atividades são: organizar e preparar material, produtos e equipamentos a utilizar. Prestar apoio relativamente a cuidados básicos de higiene, de conforto e de saúde, prestar apoio na alimentação, prestar cuidados de higiene e arrumação no meio envolvente e da roupa dos idosos. Colaborar na

prevenção da monotonia, isolamento e da solidão dos idosos no domicílio e em contexto institucional.

EFA B3 Agente em Geriatria Centro Social de Ermesinde

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Curso Operador de CAD desenha capelas O grupo de Operador de CAD* - Construção Civil, coordenado por Marta Venâncio, decidiu promover o património religioso e arquitetónico da cidade de Valongo, no contexto de formação de CAD - Desenho assistido por computador. Para tal, resolveu desenhar em CAD edifícios representativos de Valongo. Foram escolhidas 4 capelas situadas no centro da cidade: capela de Santa Justa, capela do Nosso Senhor dos Passos, capela de Nossa Senhora da Luz e capela do Calvário. Face ao reduzido tempo destinado a esta formação, cerca de 200 horas, o grupo optou por desenhar as fachadas das capelas. Os formandos dividiram-se em 4 grupos. As equipas de trabalho saíram da sala de formação, foram ao local, efetuaram o levantamento métrico, cromático e fotográfico de cada fachada. A seguir, os grupos voltaram à sala, recolheram a informação, trabalharam os dados, dividiram tarefas e planificaram o desenvolvimento dos desenhos. Após a planificação, cada equipa de trabalho inseriu as fotografias no programa de CAD, desenhou de forma rigorosa os alçados, efetuou o preenchimento com as cores originais dos edifícios e efetuou o estudo de sombreamento. Finalmente, procedeu-se à exportação em formato PDF e, consequente, impressão em papel fotográfico. Este projeto excedeu todas as expectativas. Apesar da natural falta de experiência no início da formação, o grupo desenvolveu capacidades técnicas em CAD com uma dinâmica surpreendente. De tal forma, que o resultado final equipara-se a um trabalho elaborado por um técnico já experiente. Os desenhos foram impressos e oferecidos ao Centro de Emprego de Valongo, para futura divulgação e exemplificação dos trabalhos realizados nas formações. O grupo sentiu-se motivado e apresentou ideias para dar seguimento a este projeto, nomeadamente o desenho de capelas e igrejas das restantes freguesias do concelho. No entanto, não foi possível realizar-se este projeto devido à escassez de tempo de duração. Comprova-se, mais uma vez, a importância da formação promovida pelo Centro de Emprego e Formação Profissional, I.P. para o desenvolvimento de novas competências. Ao utilizarmos um modelo baseado na realidade, verificamos uma maior motivação dos formandos ao longo do curso e um contributo para a comunidade. * Computer-Aided design (desenho assistido por computador)

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Turma de Operador de CAD - Construção Civil N.º 5

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Uma manhã plena de Vida! Na manhã do dia 7 de dezembro de 2016, pelas 9 horas, o grupo do Curso de Educação e Formação de Adultos (EFA) de Técnico/a Auxiliar de Saúde, nível secundário, cuja formação decorre nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde, fez-se ao caminho, tendo como destino o Centro de Dia da Liga Portuguesa Contra o Cancro, sito no IPO do Porto. No trajeto, cada uma de nós ia expectante em relação ao momento que iria viver... O propósito desta visita foi o de estabelecer uma ligação entre a vertente técnica do curso e

os conteúdos ministrados nas sessões do módulo de Cidadania e Profissionalidade 1- Liberdade e Responsabilidade Democráticas. Sair do espaço físico da sala de formação e partir para a realidade exterior foi um desafio e constituiu, para todas, uma motivação extraordinária. A democracia, longe de se circunscrever a uma participação pontual nos atos eleitorais, vaise cumprindo diariamente, no envolvimento da sociedade civil na edificação daquilo a que podemos chamar o Bem Comum. Cultivar a reflexão e a prática das chamadas virtudes cívicas constitui um passo para a construção de uma sociedade mais humanista a que urge dar existência. Foi nesse espírito que foi ganhando forma a ideia de uma eventual visita do grupo a uma instituição que cumpre um papel de inquestionável valor no contexto dos problemas de foro oncológico dos doentes, bem como das respetivas famílias. A Liga Portuguesa Contra o Cancro mostrou-se, desde o primeiro momento, recetiva à presença das formandas, tendo sido sensível às suas motivações. Assim, recém-chegadas, estava reservada uma enorme surpresa que se traduziu num instante de plenitude, que conheceu o seu auge no momento em que tiveram a oportunidade de

dar um pouco de si aos utentes do Centro. Aquela manhã, estava reservada à dança e foram convidadas a participar. A sessão, dinamizada pela professora Aline, foi muito animada e contagiou a todos com a sua energia, tendo contribuído para desmistificar o estereótipo que recorrentemente se associa aos portadores desta patologia. A alegria, a vida e a esperança manifestaram-se, interpelaram-nos e convocaram-nos a comungar do seu espírito. Desde o início, gentilmente acolhidas pela Técnica de Ação Social, Ana Igreja, que as conduziu ao longo da visita e lhes deu a conhecer o maravilhoso trabalho realizado pelo Centro de Dia da Liga Portuguesa Contra o Cancro. As formandas manifestaram, assim, a sua gratidão. Formadora Teresa Pais N.º 5

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Qualifica 2017 A Qualifica é um evento anual, que tem como objetivo promover a formação profissional e o ensino. Mais uma vez, teve como participantes já habituais as entidades de segurança pública, forças militares, centros de formação profissional, institutos e faculdades, que procuram desta forma captar e incentivar jovens e adultos nas diversas áreas de formação. A presença do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, I.P. foi bastante notada, devido ao tema em apresentação, sendo este ano a Robótica, deixando em aberto uma área de futura formação, que tem tido uma crescente procura por parte da indústria. Em demonstração esteve um braço Robot com aplicação na indústria. Através de um jogo interativo, este oferecia como prémio um lápis, possibilitando aos visitantes compreender um pouco do seu funcionamento e observar a sua excelente precisão. Contou também com um robô do tipo AGV (Automatic Guided Vehicle) de nome Robotino. Foi criado um jogo que possibilitava aos visitantes interagir e controlar o robô através de um comando,

fazendo um determinado circuito com obstáculos, obtendo no final o respetivo lápis como prémio.

Houve muita recetividade em geral, especialmente, por parte dos jovens do secundário à procura de uma saída profissional, mas também por adultos que demonstraram interesse em novas aprendizagens. É de maior importância a participação nestes eventos, para o conhecimento das várias áreas de formação disponibilizadas no Centro de Formação do Porto.

Formandos: Márcio Gomes e Paulo Fortuna

EFA NS Téc. de Refrigeração e Climatização Formador: Luís Coutinho

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Soldadura A soldadura (Fusão de Metais) está constantemente presente na evolução humana desde o objeto mais simples até à maior construção feita pelo homem. Cerca de 80% dos bens feitos pelo homem, encontram-se presentes no dia-a-dia de cada um de nós, desde a soldadura mais simples, até à mais complexa, desde o simples "pingo" até aos "cordões" enormes (estruturas metálicas), como por exemplo, a brasagem (bastante usada pelos técnicos de AVAC, canalização, etc.), até à soldadura mais complexa e exigente, como por exemplo, soldadura por fusão (construção de estruturas metálicas, pontes, túneis,

caminhos ferroviários, aviação, etc.). A evolução tecnológica permitiu que, em alguns casos o recurso à soldadura robotizada, se tornasse mais rentável (financeiramente) para alguns tipos de produção de fábrica normalmente associados à produção de componentes. Mas não só. Essa evolução permitiu também o avanço no que toca a processos de soldadura (Mig-Mag, Tig, Arco-Submerso, Laser etc.), equipamentos de soldadura mais evoluídos e, em relação ao material de adição, também evoluiu permitindo que se possa soldar uma grande parte de materiais. Mas, em todo o caso, a função de soldador nunca pode ser totalmente substituída. Ser-se soldador é ser um profissional altamente qualificado, é uma profissão exigente, de rigor, de empenho, dedicação e grande responsabilidade. O soldador pode ser qualificado em um ou mais processos, posições e em diversos materiais a soldar (aço-carbono, aço inox, alumínio, etc.). Essa qualificação é porque cada processo de soldadura, cada material a soldar tem a sua técnica, ou seja as técnicas de soldadura são diversas, dependendo da posição de soldadura e material. Por tudo isto, torna-se a profissão de soldador, uma profissão altamente renumerada, não só pelo que se referiu, mas também porque,

para o mesmo obter as respetivas qualificações profissionais, existem custo bastante elevados envolvidos. Tem que se estar em constante aprendizagem e acompanhar a evolução profissional. É de salientar o esforço enorme efetuado pelo Centro de Emprego e Formação Profissional do

Porto em abrir o curso de Soldadura, de forma a proporcionar uma maior integração no mercado de trabalho de pessoas desempregadas, visto existir uma grande oferta de trabalho nesta área e não haver mão-de-obra suficiente. N.º 5

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Formador: Ricardo Mendes

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Visita de estudo a Braga

O curso de Agente em Geriatria, a decorrer em Paredes, realizou uma visita de estudo a Braga, com o intuito de conhecer as diferentes redes de apoio disponíveis/ possíveis de serem utilizadas junto de pessoas idosas na cidade e quais os seus recursos turísticos endógenos.

No passado dia 8 de março de 2017, o grupo de formandos/as do curso de Educação e Formação de Adultos (EFA) B3 de Agente em Geriatria, a decorrer em Paredes, realizou uma visita de estudo a Braga. A atividade incluiu a visita ao Centro Interpretativo das Memórias da Misericórdia de Braga, o Posto de Turismo de Braga e o Lar Conde de Agrolongo. Teve como objetivo conhecer as diferentes redes de apoio disponíveis / possíveis de serem utilizadas junto de pessoas idosas e o seu funcionamento quotidiano, bem como a evolução e respetivas técnicas utilizadas. Em concordância com o projeto geral do curso, a visita ao Posto de Turismo permitiu

compreender quais os recursos endógenos da região e o seu aproveitamento como exemplo para a realidade da região de origem dos elementos do grupo formativo. A visita de estudo organizada e dinamizada pelos formadores Miguel Silva e Diogo Lima, com recurso ao comboio, um transporte amigo do ambiente, decorreu num espírito de partilha e solidariedade, estando todo o grupo de parabéns pela postura e assertividade com que participaram na atividade.

Curso EFA B3 Agente em Geriatria Formadores: Miguel Silva e Diogo Lima

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O Mundo das Crianças No âmbito do módulo 3285, ministrado pela formadora Fernanda Cardoso, foi proposto aos formandos do curso de Educação e Formação de Adultos (EFA) de Técnico de Ação Educativa, a decorrer nas instalações da Associação para o Desenvolvimento de Rio Mau - Penafiel, a preparação de uma

atividade interativa alusiva ao Carnaval, com as Crianças do pré-escolar do Centro Escolar do Douro – Rio Mau. A atividade decorreu durante a manhã do dia 21 de fevereiro de 2017 e as crianças adoraram. O tema era o “O Mundo das Crianças”. Durante o período de formação, os formandos organizaram-se em quatro grupos e prepararam com cuidado e motivação, os materiais recicláveis, os cenários, as imagens dos personagens, os respetivos acessórios, a roupa dos personagens que interpretariam e ainda algumas

“surpresas” a oferecer, alusivas ao tema da sala que representariam. Assim sendo, no dia, existiam quatro salas, devidamente decoradas e com a interação dos personagens, tal como seria de esperar: os piratas, com o jogo da Glória “em busca do tesouro”, onde cada criança ao chegar ao final recebia uma pala e uma fita de verdadeiros piratas; a casa do Capuchinho Vermelho, onde as personagens da história participavam numa pequena peça de teatro e recebiam uma cestinha com biscoitos da avozinha; a Branca de Neve e os Sete Anões, que contavam e retratavam a respetiva história; o jogo do Atira a Bola à Bruxa; e por último, a casa do Mickey Mouse,

onde podiam usufruir de um jogo alusivo e de pinturas faciais. No final, todas as crianças receberam Pinhatas. Foi uma manhã muito bem passada, quer para o grupo de formandos, quer para o grupo de crianças.

Curso EFA de Técnico/a de Ação Educativa – Rio Mau (Penafiel)

Formadora: Fernanda Cardoso

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Ação de Sensibilização – “Não às Drogas!” O uso abusivo de drogas é um dos maiores problemas sociais da atualidade, principalmente na fase da adolescência, merecendo por isso, a especial atenção de todos nós! Foi a partir dessa evidência que a formadora Fernanda Cardoso, no âmbito da UFCD 6580 - Cuidados de Saúde a Populações Vulneráveis, propôs aos formandos do curso de Educação e Formação de Adultos (EFA) de Técnico/a Auxiliar de Saúde (TAS), a decorrer na Associação Empresarial de Penafiel, a elaboração de um trabalho que tinha por base uma ação de sensibilização “Não às drogas!”. Os formandos, prontamente, aceitaram o desafio que lhes foi proposto e a ação decorreu na Escola Dr. António Ferreira Gomes – Penafiel, no passado dia 23 de novembro de 2016, pelas 15h00, tendo como alvo quatro turmas (7º/9º, CEF e Vocacional), que se mostraram muito participativas e interessadas no tema. Os formandos do curso, aquando da sensibilização, para além de breve explanação sobre o que são as drogas e como se classificam, também os alertaram para o perigo da experimentação e dos malefícios que o uso das referidas substâncias provoca na estrutura e funcionamento do organismo. Apresentaram um testemunho real, alguns vídeos de sensibilização, nomeadamente, dois de personalidades públicas. Houve ainda uma participação ativa de uma turma, que pintou e escreveu livremente sobre o tema.

Entre outras dinâmicas ao longo da sensibilização, um dos grupos, providenciou uma sopa de letras totalmente direcionada para o tema, que se revelou muito interessante e divertida para os alunos. Por

último,

houve

pequenas

ofertas

aos

alunos,

nomeadamente, marcadores de livro e ainda a distribuição de pulseiras com frases de incentivo ao não consumo das drogas. A direção da escola agradeceu a excelente participação do

grupo de formação, mostrando-se recetiva a novas intervenções. Formadora: Fernanda Cardoso

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Técnico de Ação Educativa No dia 28 de julho, o grupo que se encontra a frequentar o curso de Técnico/a de Ação Educativa, na Escola Básica 1 de Cruz de Pau, através do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, deslocouse à praia de Matosinhos para realizar uma atividade de observação e registo. Esta atividade vem no seguimento do módulo de Acompanhamento de crianças e tem por objetivos: •

Tomar conhecimento de formas de organização e acompanhamento de atividades de tempos

livres das crianças;

Permitir às formandas interagir e tomar conhecimento de ações desenvolvidas por instituições

nas saídas com crianças à praia; •

Estimular a articulação dos saberes teóricos/práticos trabalhados nas sessões teóricas;

Conhecer e identificar comportamentos e competências básicas inerentes ao desempenho de

funções inerentes à profissionalização. A atividade foi bastante agradável e enriquecedora para as formandas, porque, para além de ser uma atividade realizada em contexto externo à sala de formação, permitiu-lhes tomar contacto direto com fatores importantes que devem ter em conta no acompanhamento de crianças nas saídas, neste caso, mais particularmente, no acompanhamento à praia. A observação, o registo e a interação que se proporcionou através de algumas perguntas de entrevista, foram fundamentais para a tomada de consciência dos cuidados prévios que se devem ter na saída e durante a mesma, para o bom desempenho profissional deste percurso formativo. Foi dada a oportunidade de se ouvir em primeira mão a importância da responsabilidade no trabalho com o públicoalvo. Neste tipo de atividade, salienta-se também o fomento das relações interpessoais, da socialização e o

espírito de grupo como ferramentas fundamentais no decorrer do percurso formativo, enquanto motor de desenvolvimento pessoal e profissional.

Formadora: Marisa Costa N.º 5

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Torre de Babel O meu currículo de formadora de Português não contemplava o trabalho com estrangeiros. No entanto, essa era uma lacuna que eu sonhava preencher pela curiosidade em trabalhar com um público tão diferente a que estava habituada e por deduzir que o processo de ensino-aprendizagem seria bastante mais enriquecedor para mim. Essa oportunidade chegou. O júbilo e a expectativa superavam a ansiedade que se foi acentuando. Na primeira turma, encontrei uma pluralidade de nacionalidades e de línguas (chinesa, egípcia, nigeriana, ucraniana, russa, tadjique, venezuelana). Fiquei confusa tal era a Torre de Babel num espaço tão reduzido. Mas primou a cordialidade, a simpatia e o empenho que os formandos foram incutindo nas sessões, que terminou com um jantar de variedades gastronómicas internacionais. Cada um fez-se representar numa iguaria tradicional que apresentou aos colegas. Na segunda turma, tudo se complicou por se tratar de um grupo com alguns refugiados da Síria, do Iraque e da Palestina que estavam em Portugal há menos de 5 meses e que a frequência do Programa Português para Todos (PPT) nível 1 (A1+A2) foi imprescindível como refere E.A, síria: “Agora já sei as letras portuguesas que são muito diferentes do árabe. Cada dia falo melhor o português e o curso foi muito importante para a minha vida neste país” ou S.A.A: “aprendi a escrever e a falar muitas coisas em português,

mas ainda tenho muitas dificuldades”. Todavia a presença no grupo de formandos com algum conhecimento da língua ajudou em muito a minha tarefa, porque havia ainda indianos, ucranianos, búlgaros (há poucos meses em Portugal), uzbeques, húngaros, sérvios e indonésios. No entanto, a alegria, a curiosidade, a vontade de conhecer a nossa língua, as nossas tradições, a nossa história e a nossa cultura sobrepunham-se às dificuldades quer deles em explicar-se e em entender-me, quer minhas. Umas vezes, recorríamos à língua inglesa e outras, teatralizávamos, usávamos a linguagem gestual, imagens/fotografias, desenhos no quadro, … Este grupo terminou também com uma prova de gastronomia internacional.

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Na terceira turma, mais uma vez uma forte presença da nacionalidade ucraniana, mas também síria, espanhola, colombiana, venezuelana, inglesa, francesa, americana, lituana, bengalesa e búlgara. Qualquer um destes formandos destaca sempre a hospitalidade, o acolhimento, a afabilidade e até o altruísmo do povo português, deixando-me sempre envaidecida, o que facilitou a sua adaptação e a sua integração em Portugal.

Os formandos são unânimes quanto à importância da frequência do PPT, nível 1, não só porque para alguns era o primeiro contacto com a língua do país que os acolheu, como para outros serviu para “fortalecer o uso a gramática”, como refere A.B.; “falar e escrever mais corretamente” (N.N.); “ter mais confiança em casa, com os amigos portugueses e no trabalho” (P.O.); dominar um pouco mais para “poder conversar em língua portuguesa sem muitos erros” (A.R.); “ganhar confiança e falar melhor o português” (I.C.); “aprender cada dia e melhorar o uso da língua portuguesa” (A.R.); “agora poder falar português e ter uma boa integração” (N.A.); “comunicar com os portugueses” (M.C.); “conhecer melhor a língua, porque estuda na Faculdade de Letras e também precisa de ler livros portugueses” (E.H.); “resolver os problemas sozinha, sem a ajuda dos pais” (M.S.); “poder explicar o que quer e o que pode fazer; e no restaurante, poder descobrir se há carne ou não no menu” (I.S.), “ajudar na adaptação e na integração no novo país e na interação com os portugueses” (Y. P. R.). Assim sendo, e resumindo, este curso permitirá, eventualmente, um melhor acesso ao mercado de trabalho e uma integração mais eficaz, uma vez que se torna indispensável o domínio da língua portuguesa no dia-adia. Na sua maioria, os formandos referem que a frequência do curso PPT, A1+A2 superou as suas expectativas, até porque à diversidade linguística, alia-se o número significativo de elementos na turma (entre 26 e 30 por sessão). Depois deste percurso inicial, seguiu-se a formação da turma para nível 2 que abrange além das nacionalidades já referidas, a indiana, a iraniana, a afegã, a marroquina e a romena. Nesta fase inicial, a turma está a conhecer-se e a interagir com vista a tornarem-se utilizadores independentes, uma vez que já possuem competências adquiridas de nível de proficiência A2 – Utilizador Elementar. O objetivo é, pois, continuar a melhorar as suas competências em língua e em cultura portuguesas, servindo para elevar os conhecimentos linguísticos destes cidadãos imigrantes, resultando, desse modo, num acolhimento mais bem-sucedido na sociedade portuguesa. Formadora: Anabela Maia Pereira N.º 5

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Terrorismo ou egocentrismo?

A banalização da maldade: é isso o que o terrorismo procura. Cabe à maioria deixar de ser silenciosa e procurar educar o futuro. O que move um bombista é uma cegueira oca, alimentada pela necessidade de ter uma palavra a dizer. É tão cego aquele que não vê, como aquele a quem não deixam ver. A nova sociedade global dá voz a todos, mas ouve quase nenhuns. A tolerância não pode ser apenas uma palavra forte, mas sim um meio de chegar à verdade. Às 8:45 do dia 11 de setembro de 2001, os atentados contra os Estados Unidos da América (EUA) lançaram ondas de choque por todo o mundo. Passados quase 16 anos, ainda vivemos com o medo dos recentes ataques como o de Manchester, que é certo terem sido réplicas do 9/11 (nine-eleven). Nessa altura, o presidente norte-americano, George W. Bush, deu rosto ao medo, batizando-o com o famoso nome de Bin Laden, começando então uma caça ao terrorista que durou mais de 10 anos. 10 anos de medo e agonia, achando o mundo que, com a morte deste homem, iria reinar a paz.

Fomos em busca dos primeiros sinais de terrorismo do autoproclamado Estado Islâmico (EI) no mundo, que remonta a 19 de abril de 1995, na cidade de Oklahoma. Um camião alugado cheio de explosivos foi detonado

em

frente

ao

edifício

Alfred

Murrah,

pertencente ao governo federal dos EUA, do qual resultaram 168 mortos e mais de 600 feridos. O autor, um ex-soldado do exército, foi condenado à morte e executado em 2001.

A partir dessa altura muito mais houve: a maratona de Boston no dia 15 de abril de 2013, bombardeamento na Estação de Londres no dia 7 de julho de 2005, o massacre do Charlie Hebdo a 7 de janeiro de 2015, os atentados em Paris e Saint-Denis 13 e 14 de novembro de 2015 e o atentado no aeroporto e estação em Bruxelas a 22 de março de 2016, entre outros.

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Podemos até concluir com este último atentado em Manchester, que os intentos do autoproclamado EI começam a ecoar as suas repercussões, pois nos últimos dias, vários cidadãos indignados com estes ataques, revoltam-se com pessoas inocentes que circulam nas ruas de Londres, apenas por usarem uma burca. O trágico atentado em Manchester é também mais um incidente que exibe as dificuldades em combater atos de terrorismo interno, perpetuado por indivíduos, com ou sem ligação direta aos grupos radicais. A imprevisibilidade dos ataques também é ferramenta na estratégia do medo e terror. Assim sendo, o terrorismo não tem o rosto de uma só pessoa (como quiseram fazer crer nos EUA) pois Bin Laden já estará nos confins do inferno e continuamos a ter terrorismo no mundo, levando até os europeus a tomarem atitudes dignas de um “terrorista “. Isto leva-nos a repensar que, até movidos pela dor, começamos a ficar cegos com sentido de vingança e tornamo-nos tão terroristas como estes. A felicidade é um vício, mas a infelicidade alheia ainda o é mais. Para quem se dedica à vingança,

o vício maior não é sentir a sua felicidade - é, muito mais, sentir a infelicidade do outro. Até porque, para quem se dedica à vingança, a sua felicidade é uma impotência metafísica. Nenhum vingador é feliz. A vingança não é um prato que se come frio. A vingança é um prato que nos parte a frio, pois humilhar é uma atitude que não nos ajuda na caminhada para sermos uma pessoa de valores e causa muito sofrimento. Não queira “vingança”. Nem fazer com que outras pessoas passem pela mesma situação. Assim, terminamos com esta frase: olho por olho e o mundo acabará cego.

Autores: Mário Pinto, Ricardo Saavedra, Rui Pedro (Eletricistas de Instalações, ação 36) N.º 5

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Gala Final do Festival da Canção Infantil e Juvenil de Ramalde À semelhança dos anos anteriores, a junta de Freguesia de Ramalde, promoveu mais um Festival da Canção Infantil e Juvenil. A gala final do Festival decorreu no passado dia 30 de junho, no Teatro do Campo Alegre. Para além da participação de diversos jovens cantores, contou também com a presença da banda Trocopasso que animou a noite. Como também tem vindo a ser habitual, o Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto

colaborou nesta animada iniciativa, dando apoio técnico na elaboração dos penteados e da maquilhagem dos jovens cantores que participaram na gala final, assim como de alguns dos membros da organização. Essa tarefa ficou a cargo de dois grupos de Educação e Formação de Adultos (EFA) de Cabeleireiro Unissexo que decorrem no Serviço de Formação do Porto – Cerco e Ciríaco, e que foram acompanhadas e orientadas pelos formadores Alcino Monteiro e Maria José Fernandes. O desempenho dos nossos formandos e formadores foi muito elogiado por todos, tendo sido publicado um agradecimento público na página da Junta de Freguesia de Ramalde em http://www.jframalde.pt/p2018-gala-final-do-festival-da-cancao-infantil-e-juvenil-de-ramalde-pt. Também os formandos se mostraram muito satisfeitos pela oportunidade de participarem em tão ilustre evento, uma vez que tal lhes permitiu aplicar em contexto real e num público diferenciado, os conhecimentos e competências adquiridos em sala de formação. As fotografias que se seguem ilustram a qualidade do trabalho desenvolvido pelos nossos formandos e formadores.

Formadores: Alcino Monteiro e Maria José Fernandes

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Pr’a lá do Portão Todos os dias Pr’a lá do Portão Há árvores de memória. Se palavras fossem as suas folhas Contariam a sua história.

Todos os dias

Pr’a lá do Portão Há vidas que se cruzam. Na vontade de crescer, Agitam-se as ideias Mesmo que faça doer.

Todos os dias Pr’a lá do Portão Há esperança e humildade. E rostos que se transformam Que se quer de felicidade.

Todos os dias Pr’a lá do Portão Há caminhos, nunca perdidos.

Há sorrisos Acanhadamente escondidos....

Para cá do Portão Há sorrisos, desencantos. E sonhos também. Está aberto…

N.º 5

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Isabel Gonçalves

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Escola da Ponte: uma escola “(des)escolarizada”, uma escola bem educada! “Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.” (Alves, 2004) A visita à Escola da Ponte foi muito positiva, uma vez que permitiu que refletíssemos acerca dos modelos de ensino atuais e dos objetivos da educação escolar. Como futuras técnicas de ação educativa, contactamos com um modelo inovador de gestão escolar que nos fez repensar toda a nossa função. Cena 1 – Bem-vindas! Entramos e esperavam-nos duas alunas que nos guiaram naquela que viria a ser uma verdadeira odisseia pelos trilhos da única escola pública com contrato de autonomia. Foi-nos explicado que naquela escola não existem “anos de escolaridade”, mas níveis escolares: pré-escolar, iniciação, consolidação e aprofundamento. Os alunos transitam de acordo com o seu ritmo de aprendizagem. Desde logo ficou claro que os alunos gozam de uma profunda autonomia. São eles que decidem como e quando querem ser avaliados e quando precisam de ajuda do professor. A autonomia é prioridade.

Cena 2 – “Não se pode correr!” A visita às salas obedeceu à sequência dos níveis de ensino. A visita à sala pré-escolar foi a primeira e a única que nos desiludiu. Na parede estavam afixadas as regras e uma destas surpreendeu-nos negativamente. Chamou-nos à atenção uma regra em particular: “Não se pode correr!”. As crianças não reagiram à nossa presença. Apesar de estarem num período que antecedia o almoço, a sala estava demasiado arrumada. Não pareciam crianças. Cenas 3 – Ajudem-se! Nas salas dos diferentes níveis, as mesas não estão em filas, nem dispostas em U. As crianças não estão em filas viradas para o quadro. A ação do professor não é diretiva mas orientadora. Os professores e os alunos sentam-se à volta das mesas. Decididamente, estas salas nada têm a ver com as “linhas de montagem” das escolas que conhecemos. Os alunos com diferentes competências e conhecimentos ajudam-se mutuamente. O professor é o último recurso do processo de ensino-aprendizagem. Cena Final – Cidadãos e cidadãs, sejam felizes! No final da visita foi percetível que, acima de tudo, esta escola ensina a ser cidadão num mundo cada vez mais exigente e individualista. Um mundo que se assume um lugar-comum onde todos se sentem estranhos. Esta escola ensina o sentido da solidariedade notória no carinho e no clima de entreajuda. Ensina que, enquanto cidadãos, temos direitos e deveres para connosco, para com os outros e para com o mundo. Ensina que a autonomia é uma competência fundamental para sermos seres livres. Ensina também que o pensamento crítico, a capacidade de resolução de problemas, a colaboração, a agilidade e adaptabilidade e a capacidade de iniciativa são os ingredientes necessários para sermos pessoas felizes e bem-sucedidas! Bibliografia: Alves, Ruben (2002). Gaiolas ou Asas – a arte do voo ou a busca da alegria de aprender. Porto: ASA Editores EFA NS Técnicas de Ação Educativa – Escola Secundária de Ermesinde

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A eficácia do coping: pausas, lazer, interajuda e escolaridade elevada Durante o ano de 2015 e 2016, foi efetuado um estudo sobre o stresse e a produtividade nos trabalhadores do IEFP, IP. A hipótese principal que se confirmou é a de que a produtividade laboral varia em função dos fatores de stresse a que os trabalhadores estão sujeitos, sejam eles de ordem individual, ou profissional. Parte-se do pressuposto que numa menor exposição ao stresse, a produtividade mantém-se estável, podendo mesmo aumentar e numa maior exposição ao stresse, a produtividade diminui. Um dos fatores que é determinante para a gestão das situações de stresse, influenciando a produtividade, é o coping: um processo reflexivo de aprendizagem e de adaptação dos indivíduos a novas situações. As estratégias de coping mais utilizadas em situações de stresse são várias: o pensamento positivo e as paragens nas tarefas em curso, seguidas de um aproveitamento máximo dos fins de semana e de férias permitem uma regeneração psicológica. A mais adequada para fazer face às interrupções e imprevistos, é a concentração e a organização. Para questões relacionais, a mais utilizada é a desvalorização das situações, o esclarecimento rápido das mesmas e/ou o silêncio. Na adoção das

estratégias de coping o capital escolar contribui para aumentar as opções associadas à resolução dos problemas. A necessidade de pausas para a recuperação da calma, da concentração e da capacidade de raciocínio é comum a todos os grupos de entrevistados, independentemente da categoria, do género ou da cidade onde trabalhem e é evidenciado em inúmeras expressões: se quiser fazer tudo na hora (…) vai sair mal feito; há momentos que é realmente é preciso parar e mudar (…), parte-se para outra coisa; vou beber uma água, ou um café, para depois eu poder regressar ao trabalho, no fundo vou recompor energias; ir para um ambiente mais calmo e fazer um bocadinho de pronto, o silêncio absoluto; ir beber um copo de água, ou ir apanhar um pouco de ar e depois se voltar, já se age de outra forma; dar uma voltinha, ir tomar um café, descontrair e depois voltar outra vez; fumar um cigarro e tomar um café é a melhor coisa. As pausas têm como objetivo o desligar psicológico do fator indutor de stresse e há quem faça, em simultâneo ou de forma alternativa, o exercício psicológico de afastamento do problema, recorrendo à psicologia positiva: pensar nas coisas boas e andar para a frente (…) desligar-me daquilo que é mau e concentrar-me naquilo que é bom; tento pensar em coisas boas. Os trabalhadores sentem necessidade de alternar os momentos de produtividade com pausas, para a recuperação da energia. Estas pausas representam o

tempo kairológico, associado a momentos de criação, de contemplação e de autogestão, essenciais para os trabalhadores, como lembram alguns autores (F. Martins et al., 2012; J. O. Martins et al., 2012; Schwartz, 2010). N.º 5

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A eficácia do coping: pausas, lazer, interajuda e escolaridade elevada Outra estratégia adotada é o recurso a pausas mais prolongadas e a momentos de lazer para desligar dos problemas que incomodam de forma mais persistente. Aproveitam-se os fins-de-semana, as férias e as ocupações quotidianas: quando eu estou mais cansado penso em tirar um, ou dois dias de férias; reconheço a necessidade de descansar (…), de dormir, ficar em casa; vou à aldeia (…), passado uma semana já consigo desligar do serviço e do trabalho e consigo estar perfeitamente normal. O afastamento tem em vista a ocupação com atividades que se tornam mais eficazes se proporcionarem momentos de

prazer aos trabalhadores: pratico desporto, olhe dou umas corridinhas, ando pelos pinhais, alivio o stresse; corpo são em mente sã (…), levantar-me às 6 horas, nadar 40 piscinas, 2 km, depois vir trabalhar e ao fim do dia andar de bicicleta ou correr; sobretudo jardinagem ao fim do dia de trabalho; ando muito a pé (…) e isso ajuda-me muito e depois no metro leio sempre um livro (…), começo a ler, começo-me a distrair, começo a esquecer o que se passou e desanuvio tudo; tento relaxar, uma coisa que aprendi que funciona bem é a música. Estas atividades de lazer fazem sentido para os trabalhadores porque correspondem a momentos de aprendizagem, de autonomia, que são determinantes para o bem-estar e para a satisfação com a vida, como recordam Albornoz (2016) e Compton e Hoffman (2013). Há estratégias de coping mais direcionadas para alguns fatores indutores de stresse, como por exemplo, os conflitos profissionais. Nestes casos, o discurso dos trabalhadores evidencia duas atitudes: ou o confronto através do diálogo que pretende a resolução rápida da situação, ou o evitamento através do silêncio e de um tempo de reflexão sobre o assunto. A experiência dos trabalhadores do IEFP, IP permitelhes anteciparem as situações e tomarem as decisões que entendem ser mais corretas, dependendo da personalidade de cada um: cada dificuldade faz com que nós aprendamos (…), já fui de reagir mais aceleradamente (…), agora tento pensar um bocadinho antes e responder depois (…), sou muito frontal e

isso já me trouxe alguns dissabores; reajo com silêncio (…) ouço o que me dizem, mas não compartilho, não entro em diálogo; tento ter sempre calma (…) ver o lado positivo e tentar conversar; passamos mais tempo com os nossos colegas de trabalho, do que com a nossa própria família, é natural que haja atritos mas se cada um mantiver a sua postura e (…) compreender o lugar do outro, as coisas facilmente se resolvem; tento dar espaço (…) não sou daquelas pessoas que diz sempre que sim, mas não tenho que me impor nem fazer prevalecer a minha ideia (…) trabalhamos juntos, temos que falar e temos que conviver.

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A eficácia do coping: pausas, lazer, interajuda e escolaridade elevada

O stresse provocado pelo excesso de trabalho e pelas dificuldades na realização de tarefas é resolvido através da planificação e da interajuda. Priorizar tarefas e partilhar as preocupações, numa postura de aprendizagem, são as estratégias utilizadas pelos trabalhadores entrevistados:

não

conseguimos apagar todos os fogos (…), os emails, os processos que temos em cima da secretária ou as pessoas que temos para atender, temos que estabelecer prioridades; a organização (…) é a peça principal; gerir sempre o tempo bem, (…) sem deixar trabalho para trás; um cafezinho tomado em comum (…) “olha, podes-me ajudar aqui?”; quando tenho mais dificuldade tento telefonar a colegas, para saber como é que eles fazem, ou telefonar a chefias para saber qual é o procedimento mais correto; entre uns e outros a gente consegue. Uma das hipóteses secundárias desta investigação assenta na ideia de que o baixo capital escolar é um fator indutor de stresse que reduz a produtividade. Os discursos analisados não evidenciam uma ligação direta da escolaridade à produtividade, mas sim uma interferência nas

estratégias de coping. Isto é, quanto mais qualificado é o trabalhador, mais opções e formas de resolução de problemas encontra, aumentando a eficácia das estratégias de coping e reduzindo as situações de stresse, o que lhe permite manter ou aumentar a sua produtividade. De facto, o grupo dos técnicos superiores, que possuem mais escolaridade, apresenta um coping mais eficaz na abordagem das situações entendidas como ameaçadores. Quando falam das respetivas escolaridades, fazem referência às várias opções que se abriram e à capacidade de adaptação que adquiriram que lhes serviu para lidar com novas situações, sem se sentirem ameaçados: ganhamos competências acima de tudo diferentes e ganhamos mais opções (…), quanto mais estudamos, mais se abre a abrangência daquilo que é o nosso conhecimento, mas também se traduz em termos de opções profissionais; serviu-me para ter mais desenvoltura e desenvolvimento cognitivo a tratar os vários problemas (…), a capacidade de conseguir enfrentar os problemas, sabe-los resolver e ter sangue frio; fiz sociologia e o que é que sociologia tem a ver com aquilo que eu faço hoje? muito e nada (…), em termos profissionais, a pessoa faz-se, constrói-se também dia-a-dia e com o empenho que põe nas coisas (…), a minha formação académica de alguma maneira preparou-me em termos de estrutura mental e de capacidade para que eu depois pudesse singrar nesta atividade, ou em qualquer outra.

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A eficácia do coping: pausas, lazer, interajuda e escolaridade elevada

Os trabalhadores referem que ao promoverem a sua escolaridade, aumentaram os recursos para fazer face às adversidades incrementando, em simultâneo, a sua capacidade para o trabalho e isto é um fator de saúde organizacional conforme a investigação levada a cabo por Marco Ramos (2014). Esta capacidade que se adquire com o capital escolar e que promove o bem-estar, poderá explicar que indivíduos mais escolarizados estejam menos sujeitos à doença e, consequentemente ao stresse, do que os menos escolarizados (OPSS, 2016). Certo é que quanto maior for o coping dos trabalhadores, melhor é o seu estado de saúde e mais facilmente mantêm ou aumentam a sua produtividade no trabalho, o que confirma uma das hipóteses secundárias do estudo efetuado.

Bibliografia:

Albornoz, Suzana. (2016). (Sobre a) preguiça. Laboreal, XII (1)( Julho 2016), 112-115. Compton, William C., & Hoffman, Edward. (2013). Positive Psychology: The Science of Happiness and Flourishing. USA: Cengage Learning. Martins, Fernando, Peiter, Jeferson, Perinazzo, Renan, & Silva, Vilmar. (2012). A teoria do caos e as organizações. Paper presented at the 2ª Semana Internacional das Engenharias da FAHOR, Horizontina. Martins, José Oliveira, Aquino, Cássio Adriano Braz de, Sabóia, Iratan Bezerra de, & Pinheiro, Adriana de Alencar Gomes. (2012). De Kairós a Kronos: metamorfoses do trabalho na linha do tempo. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, 15(2)(28.06.2012), pp.219-228. OPSS. (2016). Saúde: Procuram-se Novos Caminhos. Retrieved from Observatório Português dos Sistemas de Saúde website: www.opss.pt Ramos, Marco. (2014). Coping, fatores psicossociais e capacidade para o trabalho. (Doutoramento), Universidade de Aveiro, Aveiro. Schwartz, Tony. (2010). The Productivity Paradox How Sony Pictures Gets More Out of People by Demanding Less. Harvard Business Review, 64-69.

Maria Joana Patel: Técnica Superior IEFP, IP - Autora da tese de doutoramento apresentada na FLUP, sob tema “Stresse e Produtividade: representações dos trabalhadores do IEFP,IP”.

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Cerejeira

Reino: Plantae

Família: Rosaceae

Género: Prunus

Espécie: Prunus avium L.

Subgénero: cerasus

Origem geográfica: Ásia

Folhagem: Caduca

Tipo de solo: Calcário

Clima: Temperado

Exposição: Meia-sombra a luz Na cultura Japonesa, a cerejeira (chamada de sakura) é associada ao samurai, cuja vida era tão efémera quanto a da flor que se desprendia da árvore. O fruto tem um significado de sensualidade e uma conotação erótica, lembrando os lábios de uma amante. Há um costume japonês, chamado hanami, de ir aos parque contemplar a flor de cerejeira. A flor da cerejeira já foi considerada uma das flores mais belas, tanto pelo seu formato, como pela delicadeza e espessura das suas pétalas. Na Índia esta flor é considerada sagrada. N.º 5

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Cerejeira

A árvore de cerejeira tem uma altura até 30m, mas normalmente cresce entre 10 e 20m. A copa é ampla, piramidal, normalmente sem rebentos na raiz. O ritidoma é liso, anelado de cor castanha avermelhada, destacando-se largos anéis transversais. As folhas, de cor verde mate na página superior e pilosa na página inferior, são simples, obovadoalongadas a elíticas, crenado-cerradas, com 6-15cm de comprimento por 3-8cm de largura; apresentam duas glândulas avermelhadas junto à base do limbo. São caducas. As flores são pediceladas, reunidas em cimeiras de 2-6 flores, com uma corola de 2-3cm de diâmetro. O fruto é uma drupa globosa, com um diâmetro superior a 1cm. O endocarpo é liso de cor vermelha e com pedicelos de 2-5cm. Em Portugal, a floração dá-se na Primavera desde finais de março, e a maturação dos frutos de maio a junho. No seu habitat prefere zonas caducifólias húmidas, barrancos, margens de rios e outros lugares frescos e profundos, entre os 200-1000m de altura. Espécie de meia sombra ou de luz. Prefere solos calcários, embora não seja prejudicada por solos siliciosos. Pode suportar temperaturas até -20 ͦ C. A propagação pode ser feita por semente ou por estaca. A propagação por semente requer 2 a 3 meses de frio e deve ser semeada assim que as cerejas amadurecem. A germinação é muito lenta, podendo demorar até 18 meses. Quando as plantas tiverem algum tamanho, devem ser separadas em vasos e protegidas durante o primeiro Inverno, mudando-se para o local definitivo na primavera seguinte. Na propagação por estacaria, em junho/julho, as estacas devem estar semi-lenhificadas. Na Primavera podem ser feitas estacas de ramos verdes de plantas vigorosas. Na época de dormência podefazer a divisão de ramos basais, podendo estes ser plantados logo nos locais definitivos. As cerejas são muito apreciadas por pássaros como por exemplo o melro e a tordoveia. As flores fornecem alimento a abelhas, borboletas e aves como o chapim-azul. Pode ser cultivada como fruteira ou como ornamental. Bibliografia: Florestar.net. Cerejeira (cerdeira, cerejeira-brava). Disponível em http://www.florestar.net/cerejeira/cerejeira.html [consultado em 2017/02/27] Portal do Jardim (2009). Árvores de Fruto: Saboreie o seu jardim. Disponível em https://www.portaldojardim.com/pdj/2009/03/16/arvores-de-fruto-saboreie-o-seu-jardim/. [Consultado em 2017/02/27] Wikipédia (2017). Cerejeira. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerejeira. [Consultado em 2017/02/27]

Formadora: Sandra Teixeira Pinto

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Formação Profissional com Certificação Escolar e Profissional - Aprendizagem

Os cursos de Aprendizagem são cursos de formação profissional inicial, em alternância, dirigidos a jovens, privilegiando a sua inserção no mercado de trabalho e permitindo o prosseguimento de estudos. DESTINATÁRIOS: Candidatos ao primeiro emprego (preferencialmente) e desempregados (m/f) com Idades compreendidas entre 15 e 24 anos CONDIÇÕES DE ACESSO: Habilitações escolares: 9º ano de escolaridade CERTIFICAÇÃO: Certificado de Qualificações / Equivalência escolar ao 12º ano de escolaridade

DESIGNAÇÃO

INÍCIO

LOCAL

ESTETICISTA

novembro

Serviço Formação - Cerco

TÉCNICO(A) DE MECATRÓNICA AUTOMÓVEL

novembro

Serviço Formação - Cerco

TÉCNICO(A) COMERCIAL

novembro

Serviço Formação - Cerco

TÉCNICO(A) DE COZINHA/PASTELARIA

novembro

Porto

TÉCNICO(A) DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO

novembro

Serviço Formação - Cerco

TÉCNICO(A) AUXILIAR DE SAÚDE

novembro

Serviço Formação - Cerco

ANIMADOR/A SOCIOCULTURAL

novembro

Serviço Formação - Cerco

TÉCNICO DE SOLDADURA

novembro

Serviço Formação - Cerco

TÉCNICO(A) DE MECATRÓNICA AUTOMÓVEL

novembro

Serviço Formação - Cerco

TÉCNICO DE ELETRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES

novembro

Serviço Formação - Cerco

As datas podem ser alteradas por motivo de planeamento e organização da formação. Para qualquer esclarecimento contactar o Centro de Emprego da área de residência ou: Serviço de formação Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto

N.º 5

setembro de 2017

(CERCO) Rua Peso da Régua, S/N (CIRÍACO) Rua Ciríaco Cardoso , 180

Telefone:

Email

220989331

sfp.porto@iefp.pt

220989391

sfp.porto@iefp.pt

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Formação Profissional com Certificação Escolar e Profissional - EFA Os cursos de Educação e Formação para Adultos visam elevar os níveis de habilitação escolar e profissional da população portuguesa adulta, através de uma oferta integrada de educação e formação que potencie as suas condições de empregabilidade e certifique as competências adquiridas ao longo da vida. DESTINATÁRIOS: Candidatos empregados, em risco de desemprego ou desempregados (m/f) idade igual ou superior a 18 anos ou 23 anos. CONDIÇÕES DE ACESSO: Habilitações escolares: inferiores ao 4º, 6º ou 9º ano de escolaridade. Condições específicas exigidas para a respetiva saída profissional. CERTIFICAÇÃO: Certificado de Qualificações. Equivalência escolar ao 6º, 9º ou 12º ano de escolaridade. DESIGNAÇÃO

INÍCIO

TIPOLOGIA

CONDIÇÕES DE ACESSO

LOCAL DE REALIZAÇÃO

Carpinteiro de Limpos

novembro

B2

18 anos; 4º ano

Serviço Formação – Cerco

Mecânico Serviços Rápidos

novembro

B3

18 anos; 6º ano

Serviço Formação – Cerco

Carpinteiro de Limpos

novembro

B1

18 anos; <4º ano

Serviço Formação – Cerco

Esteticista

novembro

NS Tipo A

23 anos; 9º ano

Serviço Formação - Ciríaco

Operador Logística

novembro

B3

18 anos; 6º ano

Serviço Formação – Cerco

Técnico Massagem Estética e Bem Estar

novembro

NS Tipo A

23 anos; 9º ano

Serviço Formação - Ciríaco

Eletromecânico Manutenção Industrial

novembro

B3

18 anos; 6º ano

Serviço Formação – Cerco

Eletricidade

novembro

B3

18 anos; 6º ano

Serviço Formação – Cerco

Técnico de Informação e Animação Turística

novembro

NS Tipo A

23 anos; 9º ano

Serviço Formação - Cerco

Técnico de Manutenção Industrial e Metalomecânica novembro

NS Tipo A

23 anos; 9º ano

Serviço Formação - Cerco

Técnico de Jardinagem

novembro

NS Tipo A

23 anos; 9º ano

Serviço Formação - Cerco

Técnico Refrigeração e Climatização

novembro

NS Tipo A

23 anos; 9º ano

Serviço Formação - Cerco

Técnico Contabilidade

dezembro

NS Tipo A

23 anos; 9º ano

Serviço Formação - Ciríaco

Técnico Mecatrónica Automóvel

dezembro

NS Tipo A

23 anos; 9º ano

Serviço Formação - Cerco

As datas podem ser alteradas por motivo de planeamento e organização da formação. Para qualquer esclarecimento contactar o Centro de Emprego da área de residência ou: Serviço de formação Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto

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(CERCO) Rua Peso da Régua, S/N (CIRÍACO) Rua Ciríaco Cardoso , 180

Telefone:

Email

220989331

sfp.porto@iefp.pt

220989391

sfp.porto@iefp.pt

N.º 5

setembro de 2017


RVCC PROFISSIONAL O Processo de RVCC Profissional consiste no reconhecimento de competências profissionais adquiridas pelos adultos ao longo da vida pela via da experiência, tendo em vista a respetiva certificação. DESTINATÁRIOS:

Candidatos desempregados (m/f) e empregados (m/f) Idade igual ou superior a 23 CONDIÇÕES DE ACESSO: Escolaridade: Mínimo 9.º/12.º anos Experiência profissional na área em que pretende obter certificação Dispor no mínimo de 3 anos de atividade profissional devidamente comprovada CERTIFICAÇÃO: Certificado de Qualificações

DESIGNAÇÃO

N.º 5

DURAÇÃO DE REFERÊNCIA DO PROCESSO

Agente em Geriatria

4 meses

Canalizador

4 meses

Cozinheiro

4 meses

Eletricista de Instalações

4 meses

Assistente Administrativo

4 meses

Eletricista Automóvel

4 meses

Eletromecânico Refrigeração e Climatização

4 meses

Empregado de Restaurante/Bar

4 meses

Mecânico de Automóveis Ligeiros

4 meses

Mecânico de Serviços Rápidos

4 meses

Operador de jardinagem

4 meses

Operador de Logística

4 meses

Pintor de Veículos

4 meses

Reparador de Carroçarias e Automóveis Ligeiros

4 meses

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CONDIÇÕES DE ACESSO ≥ 9º ano; experiência profissional na área ≥ 9º ano; experiência profissional na área ≥ 9º ano; experiência profissional na área ≥ 9º ano; experiência profissional na área ≥ 9º ano; experiência profissional na área ≥ 9º ano; experiência profissional na área ≥ 9º ano; experiência profissional na área ≥ 9º ano; experiência profissional na área ≥ 9º ano; experiência profissional na área ≥ 9º ano; experiência profissional na área ≥ 9º ano; experiência profissional na área ≥ 9º ano; experiência profissional na área ≥ 9º ano; experiência profissional na área ≥ 9º ano; experiência profissional na área

LOCAL DE REALIZAÇÃO Porto Porto Porto Porto Porto Porto Porto Porto Porto Porto Porto Porto Porto Porto

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RVCC DURAÇÃO DE REFERÊNCIA DO PROCESSO

DESIGNAÇÃO Serralheiro Civil

4 meses

Técnico Multimédia

4 meses

Técnico Comercial

4 meses

Técnico de Apoio Familiar e à Comunidade

4 meses

Técnico de Contabilidade

4 meses

Técnico Administrativo

4 meses

Técnico Instalador de Sistemas Solares 4 meses Fotovoltaicos Técnico de Cozinha/Pastelaria

4 meses

Técnico de Mecatrónica Automóvel

4 meses

Técnico de Restaurante/Bar

4 meses

Animador Socio – cultural

4 meses

Técnico de Logística

4 meses

Técnico de Informática – Instalação e Gestão de Redes Técnico de Jardinagem e Espaços Verdes

4 meses 4 meses

Técnico de Vendas

4 meses

Técnico de Ação Educativa

4 meses

Técnico de Aprovisionamento e venda de peças

4 meses

Técnico Administrativo

4 meses

Esteticista

4 meses

CONDIÇÕES DE ACESSO

LOCAL DE REALIZAÇÃO

≥ 9º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área ≥ 12º ano; experiência profissional na área

Porto

Porto Porto Porto Porto Porto Porto Porto

Porto Porto Porto Porto Porto Porto Porto Porto Porto Porto Porto

O início dos processos de RVCC Profissional está dependente do nº de candidatos inscritos por saída profissional. Para qualquer esclarecimento contactar o Centro de Emprego da área de residência ou:

Serviço de formação Centro Qualifica Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto

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(CERCO) Rua Peso da Régua, S/N (CIRÍACO) Rua Ciríaco Cardoso , 180

Telefone:

Email

220989331

cefpporto@centroqualifica.gov.pt

220989391

cefpporto@centroqualifica.gov.pt

N.º 5

setembro de 2017


VIDA ATIVA Os cursos no âmbito da Medida Vida Ativa - Emprego Qualificado permitem potenciar o regresso ao mercado de trabalho de desempregados, através de uma rápida integração em ações de formação de curta duração. DESTINATÁRIOS: Candidatos desempregados (m/f); Idade igual ou superior a 18 anos. CONDIÇÕES DE ACESSO: Habilitações escolares: ≥4º, ≥ 6º, ≥9º ou ≥ 12º ano de escolaridade. CERTIFICAÇÃO: Certificado de Qualificações.

DESIGNAÇÃO

N.º 5

INÍCIO PREVISTO

DURAÇÃO

CONDIÇÕES DE ACESSO

LOCAL DE REALIZAÇÃO

Acompanhante de Crianças

setembro

225H

≥ 30 anos; ≥ 9.º ano < 12.º ano

Porto

Apoio à Gestão

setembro

175H

≥ 30 anos; ≥ 12º ano

Porto

Autocad

setembro

300H

≥ 30 anos; ≥ 12º ano

Porto

Empreendedorismo

setembro

200H

≥ 30 anos; ≥ 12º ano

Porto

Empregado de Andares

setembro

175H

≥ 30 anos; ≥ 9.º ano < 12.º ano

Porto

Espanhol

setembro

200H

≥ 30 anos; ≥ 12º ano

Porto

Informática

setembro

175H

≥ 30 anos; ≥ 9.º ano < 12.º ano

Porto

Logística

setembro

175H

≥ 30 anos; ≥ 9.º ano < 12.º ano

Porto

Mandarim

setembro

100H

≥ 30 anos; ≥ 12.º ano

Porto

Marketing e Vitrinismo

setembro

250H

≥ 30 anos; ≥ 12.º ano

Porto

Restaurante/Bar

setembro

300H +420H(FPCT)

≤ 29 anos; ≥ 12.º ano

Porto

Apoio Familiar e Apoio à Comunidade

outubro

225H

≥ 30 anos; ≥ 12.º ano

Porto

Auxiliar de Saúde

outubro

250H

≥ 30 anos; ≥ 12.º ano

Porto

Bordador

outubro

entre 275H e 350H

≥ 18 anos; ≥ 4.º ano < 6.º ano

Porto

Costura

outubro

175H

≥ 30 anos; ≥ 9.º ano < 12.º ano

Porto

Cozinha/Pastelaria

outubro

100H

≥ 30 anos; ≥ 12.º ano

Porto

Francês

outubro

150H

≥ 30 anos; ≥ 12.º ano

Porto

Informação e Animação Turística

outubro

225H

≥ 30 anos; ≥ 12.º ano

Porto

Inglês

outubro

200H

≥ 30 anos; ≥ 12.º ano

Porto

Manutenção Hoteleira

outubro

entre 250H e 350H

≥ 18 anos; ≥ 6.º ano < 9.º ano

Porto

Marketing Digital

outubro

300H +(420H)FPCT

≤ 29 anos; ≥ 12.º ano

Porto

Ação Educativa

novembro

175H

≥ 30 anos; ≥ 12.º ano

Porto

Alemão

novembro

entre 250H e 350H

≥ 30 anos; ≥ 12.º ano

Porto

setembro de 2017

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VIDA ATIVA INÍCIO PREVISTO

DURAÇÃO

Mecânico de Serviços Rápidos

novembro

entre 275H e 350H

≥ 18 anos; ≥ 6.º ano < 9.º ano

Porto

Operador de Distribuição (sujeito a confirmação)

novembro

entre 250H e 350H

≥ 18 anos; ≥ 6.º ano < 9.º ano

Porto

Organização de Eventos

novembro

225H

≥ 30 anos; ≥ 12.º ano

Porto

Rececionista de Hotel

novembro

200H

≤ 29 anos; ≥ 12.º ano

Porto

Comercial

dezembro

275H +420H(FPCT)

≤ 29 anos; ≥ 12.º ano

Porto

Contabilidade

dezembro

225H

≥ 30 anos; ≥ 12.º ano

Porto

Geriatria

dezembro

225H

≥ 30 anos; ≥ 12.º ano

Porto

Operador de Logística (sujeito a confirmação)

dezembro

entre 250H e 350H

≥ 18 anos; ≥ 6.º ano < 9.º ano

Porto

DE S IG N A Ç Ã O

CONDIÇÕES DE ACESSO

LOCAL DE REALIZAÇÃO

A formação decorrerá maioritariamente em regime de part-time. A informação disponibilizada pode sofrer algumas alterações por motivo de organização da formação.

Para qualquer esclarecimento contactar o Centro de Emprego da área de residência ou:

Serviço de formação Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto

50

(CERCO) Rua Peso da Régua, S/N (CIRÍACO) Rua Ciríaco Cardoso , 180

Telefone

Email

220989331

cefpporto@centroqualifica.gov.pt

220989391

cefpporto@centroqualifica.gov.pt

N.º 5

setembro de 2017


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setembro de 2017

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