Número 3
iefpinformacao@gmail.com
“Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.”
julho / 2015
Esopo
A EQUIPA TEMA: A integração do digital em novos ambientes de formação Rui Valente
Editorial
3
Germano Sousa
Agenda Formativa
4
Isabel Gonçalves
Notícias
6
Vamos falar de…
8
Práticas
13
Nós
19
Ecos
25
Mário Coelho
Recortes
31
Marta Venâncio
Investigação
35
Paula Ramos
Tecnologia
39
Saber Mais
40
Última Hora
41
Recomendamos
43
Mónica Trindade Emília Moreira Sandra Guimarães
Marco Bento Filipe Castro Sónia Coelho
Revista: IEFPinformação Número: 3 - julho de 2015 Grafismo e Edição: Marco Bento Filipe Castro Sónia Coelho Publicação Trimestral
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Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto Rua Peso da Régua – Bairro do Cerco 4300-409 PORTO Telefone: 225377053 / Fax: 225101018 Email Revista: iefpinformacao@gmail.com / CEFPPorto: cfp.porto@iefp.pt N.º 3
julho de 2015
A integração do digital em novos ambientes de formação
A
integração do digital em novos ambientes de formação, mais do que uma mera intenção, é uma necessidade que devemos levar muito a sério. O digital tomou conta das nossas vidas de uma forma global. Atravessa-nos a todos os níveis: pessoal, social/relacional e profissional. Serão porventura os mais jovens aqueles que, quase intuitivamente, utilizam o digital no nas suas rotinas.
Ainda que os ambientes virtuais de formação sejam cada vez mais comuns nos meios da educação e da formação, a verdade é que uma boa parte dos atores dos processos de formação ainda não explora de uma forma sistemática as potencialidades dos modelos virtuais e dos instrumentos digitais que se encontram ao alcance. Não se trata de desenvolver programas ou métodos de formação e-learning, b-learning ou online, mas sim o de utilizar e aplicar simples aparelhos – smartphones e tablets - de que dispomos no nosso dia, e através deles explorar as aplicações especificas que inundam o mercado virtual da formação. Foi esse o desafio lançado pelos nossos formadores o Marco Bento e o Filipe Castro que, em boa hora, meteram mãos à obra e pés a caminho…e propuseram a realização do curso “Utilização de tablets e iPads em sala de aula”.
Rui Valente Diretor do CEFPP-IEFP O (bom) resultado deste curso é apresentado num artigo deste mesmo numero da revista, não sendo por isso o propósito deste editorial. De outro ponto de vista, pretende-se aqui focalizar a importância e relevância de que se reveste a utilização das tecnologias e do digital na captação do interesse e motivação dos destinatários da formação – os formandos. Ela é tanto maior quanto melhor percebermos a relação intrínseca que pode representar no combate ao insucesso, ao absentismo e ao abandono escolar.
E é precisamente na formação de jovens que se regista o maior índice de insucesso e de abandono precoce. Foi, aliás, essa a razão que levou o IEFP a contratualizar a metodologia EPIS de combate ao abandono e insucesso, cujo projeto piloto se encontra a decorrer junto dos formandos dos Cursos e Aprendizagem deste Centro de Emprego e Formação, desde novembro de 2014, e é também apresentado nesta revista pelas mediadoras Mariana Pinto e Débora Coutinho.
Duas iniciativas paralelas que, inovando, concorrem para o mesmo objetivo!
“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas Que já têm a forma do nosso corpo E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares É o tempo da travessia… E se não ousarmos fazê-la Teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos…” (Fernando Teixeira de Andrade)
N.º 3
julho de 2015
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Formação Profissional com Certificação Escolar e Profissional - Aprendizagem
Os cursos de Aprendizagem são cursos de formação profissional inicial, em alternância, dirigidos a jovens, privilegiando a sua inserção no mercado de trabalho e permitindo o prosseguimento de estudos. DESTINATÁRIOS: Candidatos ao primeiro emprego (preferencialmente) e desempregados (m/f) com Idades compreendidas entre 15 e 24 anos CONDIÇÕES DE ACESSO: Habilitações escolares: 9º ano de escolaridade CERTIFICAÇÃO: Certificado de Qualificações / Equivalência escolar ao 12º ano de escolaridade DESIGNAÇÃO
INÍCIO
LOCAL
TÉCNICO(A) AUXILIAR DE SAÚDE
julho
Serviço Formação - Cerco
TÉCNICO(A) DE ESTÉTICA E COSMETOLOGIA
julho
Serviço Formação - Ciríaco
TÉCNICO(A) DE ESTÉTICA E COSMETOLOGIA
Setembro
Serviço Formação - Ciríaco
TÉCNICO(A) DE MECATRÓNICA AUTOMÓVEL
julho
Serviço Formação - Cerco
TÉCNICO DE ELETRICIDADE DE INSTALAÇÕES
Setembro
Serviço Formação - Cerco
TÉCNICO(A) AUXILIAR DE SAÚDE
Setembro
Serviço Formação - Cerco
TÉCNICO(A) DE MECATRÓNICA AUTOMÓVEL
Setembro
Serviço Formação - Cerco
TÉCNICO(A) DE LOGÍSTICA
Setembro
Serviço Formação - Cerco
TÉCNICO DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO
Setembro
Serviço Formação - Cerco
TÉCNICO(A) DE ELETRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES
Setembro
Serviço Formação - Cerco
As datas podem ser alteradas por motivo de planeamento e organização da formação. Para qualquer esclarecimento contactar o Centro de Emprego da área de residência ou:
Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto
Serviço de Formação (CERCO) Rua Peso da Régua, S/N, Telefone: 225377053/4/5 Email: sfp.porto@iefp.pt Serviço de Formação (CIRÍACO) Rua Ciríaco Cardoso 180 Telefone: 226168100 Email: sfp.porto@iefp.pt Serviço de Emprego Rua Guedes de Azevedo, 212 Telefone: 222003353
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N.º 3
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Formação Profissional com Certificação Escolar e Profissional - EFA
Os cursos de Educação e Formação para Adultos (EFA) visam elevar os níveis de habilitação escolar e profissional da população portuguesa adulta, através de uma oferta integrada de educação e formação que potencie as suas condições de empregabilidade e certifique as competências adquiridas ao longo da vida. DESTINATÁRIOS: Candidatos empregados, em risco de desemprego ou desempregados (m/f) com Idade igual ou superior a 18 anos ou 23 anos CONDIÇÕES DE ACESSO: Habilitações escolares: inferiores ao 4º, 6º ou 9º ano de escolaridade / Condições específicas exigidas para a respetiva saída profissional CERTIFICAÇÃO: Certificado de Qualificações / Equivalência escolar ao 6º, 9º ou 12º ano de escolaridade DESIGNAÇÃO
INÍCIO
TIPOLOGIA
CONDIÇÕES DE ACESSO
LOCAL
PINTOR(A) DE CONSTRUÇÃO CIVIL
Setembro
B2
18 anos; 4º ano
Serviço Formação - Cerco
PINTOR(A( DE VEICULOS
Setembro
B3
18 anos; 6º ano
Serviço Formação - Cerco
REPARADOR DE CARROÇARIAS
Setembro
B3
18 anos; 6º ano
Serviço Formação - Cerco
PINTOR(A) DE CONSTRUÇÃO CIVIL
Setembro
B3
18 anos; 6º ano
Serviço Formação - Cerco
CARPINTEIRO DE LIMPOS
Setembro
B2
18 anos; 6º ano
Serviço Formação - Cerco
CANALIZADOR
Setembro
B3
18 anos; 6º ano
Serviço Formação - Cerco
OPERADOR JARDINAGEM
Setembro
B3
18 anos; 4º ano
Serviço Formação - Cerco
SERRALHEIRO MECÂNICO
Outubro
B3
18 anos; 6º ano
Serviço Formação - Cerco
Novembro
NS
18 anos; 6º ano
Serviço Formação - Cerco
Outubro
B3
18 anos; 6º ano
Serviço Formação - Cerco
Outubro
B3
23 anos; 9º ano
Serviço Formação - Cerco
Setembro
NS
23 anos; 9º ano
Serviço Formação - Cerco
Setembro
NS
23 anos; 9º ano
Serviço Formação - Cerco
Setembro
NS
23 anos; 9º ano
Serviço Formação - Cerco
MECATRÓNICA AUTOMÓVEL ELETROMECÂNICO M. IND ELETROMECÂNICO DE ELETRODOMÉSTICOS TÉCNICO DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO TÉCNICO DE SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS TÉCNICO DE ELETRÓNICA DE TELECOMUNICAÇÕES
As datas podem ser alteradas por motivo de planeamento e organização da formação. Para qualquer esclarecimento contactar o Centro de Emprego da área de residência ou :
N.º 3
Centro de Emprego e Formação Profissional:
Rua Peso da Régua, S/N, 4300-409 Porto
Telefone:
225377053/4/5
Fax:
225101018
E-mail:
cfp.porto@iefp.pt
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Projeto "Promover o sucesso da aprendizagem no IEFP"
Desde novembro de 2014 que o Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto integra o projeto EPIS – Empresários para a Inclusão Social através da implementação de uma metodologia piloto de combate ao absentismo na formação profissional, especificamente nos cursos de Aprendizagem em Alternância. A parceria entre IEFP e EPIS foi inicialmente implementada nos Centros de Formação Profissional do Seixal e de Setúbal e hoje conta com o envolvimento de 9 Centros de Formação, nomeadamente Porto, Aveiro, Viseu, Lisboa, Amadora, Seixal, Setúbal, Évora e Faro. No caso particular do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, a equipa de mediadoras EPIS integra duas psicólogas, que desenvolvem um acompanhamento de proximidade aos formandos de seis cursos de Aprendizagem em Alternância. No contexto da formação, o absentismo tem sido uma problemática significativa, considerando que interfere negativamente no processo de aprendizagem de cada formando e da turma, na manutenção dos apoios sociais estabelecidos e no desenvolvimento pessoal e profissional. Considerando que os cursos de Aprendizagem em Alternância apresentam uma forte componente de articulação com o mercado de trabalho, torna-se pertinente o desenvolvimento de competências de responsabilidade e sentido de compromisso, que se refletem a partir do envolvimento na aprendizagem e se constituem como um facilitador na transição para a realidade profissional. Uma das principais finalidades do acompanhamento desenvolvido pelas mediadoras visa a monitorização regular da assiduidade de cada formando, alertando-os para as respetivas implicações e procurando auxiliá-los a definir estratégias que promovam a sua melhoria, através da exploração e intervenção na motivação. Dado que estamos a falar de jovens e jovens adultos, com diversas problemáticas que, por vezes, estão subjacentes ao absentismo (ex: aspetos pessoais, familiares, sociais, pedagógicos etc.), considera-se pertinente que a intervenção das mediadoras passe também pelo desenvolvimento de estratégias para lidarem com estas mesmas problemáticas.
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Geralmente o contacto entre mediador e formandos é estabelecido presencialmente e, no caso de estarem ausentes da formação, é realizado telefonicamente. Também existem momentos de intervenção no âmbito do grupo turma (quer em sala de aula, quer nos postos de trabalho), de modo a fomentar a coesão grupal e o relacionamento interpessoal, assim como intervenção com as famílias. Consideramos que este trabalho de mediação só se torna completo se houver multidisciplinariedade, por isso, tendemos a articular com vários departamentos dentro do Centro de Formação, nomeadamente Direção, Coordenação de Formação, Orientação Profissional, Responsáveis Pedagógicos, Serviço Social, Formadores, entre outros. Os cursos de Aprendizagem em Alternância que são alvo do projeto EPIS são: Esteticismo e Cosmetologia (um deles a funcionar nas instalações do Serviço Profissional do Cerco e outro nas instalações do Serviço Profissional de Ciríaco Cardoso); Auxiliar de Saúde (Serviço Profissional do Cerco); Mecatrónica Automóvel (Serviço Profissional do Cerco); Informação e Animação Turística (um deles a decorrer em Penafiel e outro nas instalações do Serviço Profissional do Cerco).
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O projeto encontra-se ainda numa fase preliminar de avaliação do impacto dos resultados quantitativos, quer na frequência e assiduidade, quer no número de desistências, mas tem vindo a identificar-se ganhos significativos de natureza qualitativa. Neste sentido, a integração das mediadoras nas equipas técnicopedagógicas tem-se revelado uma mais-valia na prevenção de situações de risco e no resgate de casos particulares que, tendencialmente, evoluiriam para o abandono da formação. Tanto as equipas técnicopedagógicas, como os grupos de formandos têm vindo progressivamente a valorizar o papel das mediadoras enquanto agentes de relação, apoio e mudança, traduzindo-se numa procura ativa pela intervenção e acompanhamento destas. Mais recentemente, a equipa de mediação EPIS iniciou a implementação do projeto Relação.com, que pretende capacitar as equipas formativas para a melhoria da qualidade da relação pedagógica na prática profissional desenvolvida junto do público-alvo considerado. Assim, e numa primeira fase, a intervenção decorre com dois grupos de formadores que, ao longo de 12 sessões, têm vindo a adquirir estratégias e competências de cariz comportamental que facilitem a superação dos desafios que diariamente se colocam no contexto da formação profissional.
Psicólogas Mariana Pinto e Débora Coutinho N.º 3
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Formação de formadores: Utilização de Tablets na sala de aula
Estudos
recentes (Moran, 2011; Moura, 2012), mostram que a maioria dos estudantes utiliza, na escola, tablets ou smartphones para aceder à Internet. De nada valem os normativos que insistem em retirar das salas de aula estes recursos tecnológicos. O caminho é, com certeza, a sua integração nos trabalhos e pedagogias escolares, aproveitando todas as potencialidades por demais evidentes. Mais uma vez os professores são chamados a mudar as suas práticas (Coutinho, 2009), mas só o poderão fazer liderando, se tiverem as competências necessárias para tal. É neste contexto, antevendo esta necessidade, que esta proposta de curso de formação se insere. Tornar os professores, eles próprios, utilizadores proficientes destes meios, é o primeiro passo para que a integração dos tablets e smartphones nas salas de aula se faça com ganhos para todas as partes. O curso que apresentamos pretende ser muito abrangentes no seu público, colocando em contato professores que vivem diferentes realidades, por lecionarem diferentes disciplinas, diferentes ciclos e cursos. É também desta troca de experiências que se pretende tirar dividendos que compensem o menor aprofundamento de uma aplicação específica à área disciplinar de cada professor. Assim, o IEFP – CEFP do Porto em parceria com o Centro de Formação Maia Trofa, e devido à iniciativa dos formadores Marco Bento e Filipe Castro deram início à formação “Utilização de tablets e iPads em Sala de aula” no auditório do CEFP do Porto, com 21 formadores.
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Objetivos da formação: I.
Reconhecer a importância da educação para utilização racional das novas tecnologias;
II. Promover atitudes de eficiência no uso da tecnologia; III. Relacionar as dimensões Ciência, Tecnologia e Sociedade, implementando estratégias CTS no contexto educacional e formativo; IV. Compreender a diversidade de fatores envolvidos no planeamento de recursos digitais; V. Identificar e relacionar os componentes de um iPad/Tablet; VI. Elaborar iPad/Tablet;
procedimentos
de
utilização
do
VII. Integrar as componentes científica, técnica e pedagógica na elaboração de planos de aula com recursos digitais;
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O curso teve como base uma metodologia Ciência Tecnologia - Sociedade, utilizando estratégias diversificadas de abordagem da temática e tendo como perspetiva a resolução de problemas. Foi utilizada uma plataforma de trabalho colaborativo que permitiu aos formandos e formadores interagir de forma síncrona em todos os momentos do curso. Este curso tinha planificadas sessões de 4 ou 3 horas, sendo fomentada uma visão holística da problemática da energia, essencial para um bom desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem, neste domínio, em todos os níveis de ensino, sendo focados os seguintes aspetos: ● A utilização do iPad/Tablet em contexto educativo;
A avaliação do curso teve em conta a participação dos professores nos trabalhos das sessões, assim como as suas produções e reflexões efetuadas ao longo do curso de formação. Além disso, consistiu ainda num plano de projeto de ação interventiva de um conteúdo usando os tablets em contexto de sala de aula e uma reflexão crítica individual. Cumpre também o referencial de avaliação constante da Carta circular CCPFC-3/2007, de Setembro de 2007, previsto no nº 2 do artigo 46º do estatuto da Carreira Docente, aprovado pelo Decreto-lei nº 15/2007 de 19 de Janeiro (Excelente, de 9 a 10 valores; Muito Bom, de 8 a 8,9 valores; Bom, de 6,5 a 7, 9 valores; regular, de 5 a 6,4 valores; Insuficiente, de 1 a 4,9 valores).
● A promoção das aplicações nos currículos dos diferentes graus de ensino; ● Tecnologia e Pedagogia através do iPad/Tablet; ● As aulas práticas laboratoriais através de aplicações digitais.
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No dia seguinte à formação, desafiei os meus formandos do Curso EFA NS Técnico de Turismo Ambiental e Rural da Escola Secundária de Valongo, a formular em grupo uma/duas questões sobre os trabalhos que tinham apresentado, no âmbito da unidade "Sistemática". Aceitaram o desafio com entusiasmo. Criei o Quizz "Sistemática - perguntados", e esta tarde testei! Adoraram e eu adorei! Fascina-me aprender e ensinar... O Kahoot é mais uma ferramenta para eu ensinar/formar/educar divertindo e divertindo-me. Fátima Colaço Utilizei o kahoot! na turma de APZ do Curso Técnico Auxiliar de Saúde. O retorno recebido foi muito positivo com o aumento da motivação pelo tema do módulo. No fim, foram imensos os pedidos para repetição desta ferramenta. António Pereira
Fiz numa turma de APZ um quiz aplicando a App Kahoot. Este quiz foi sobre Organizações Internacionais . Os alunos utilizaram os seus telemóveis, estivam tão interessados em responder corretamente que até foram ler os prospetos dos colegas para não errarem. Os próprios alunos ajudaram nas perguntas sem saber para o que era . Achavam que era para um questionário da exposição. Maria Irene Tiago
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Avaliação global da ação de formação dada pelos formandos (formadores do CEFP do Porto) Com uma excelente qualidade. Pertinente, atual. Queria deixar aqui o meu grande agradecimento por esta excelente formação com este excelente trabalho realizado pelos formadores. Excelente. A ação foi muito positiva, pois permitiu-me atualizar conhecimentos e aprendi a utilizar um tablet. Formadores sempre disponíveis. Muito bom domínio dos conteúdos. Fomentam um ambiente favorável à formação. A ação foi muito importante para a atualização da prática pedagógica. Formadores muito claros e interessados na aprendizagem dos formandos. Bastante interessante e motivadora. Ação enriquecedora, motivadora, inovadora, eficaz, útil... Excelente. A formação foi bastante vantajosa no âmbito da divulgação de novas ferramentas interativas. Foi uma ação surpreendente, tendo aberto um novo leque de possibilidades pedagógicas até ao momento desconhecidas. Formadores excecionais e altamente motivadores e desafiantes. Objetivos plenamente alcançados. Ação com um valor acrescentado muito elevado e muito bem conduzida por dois formadores muito conhecedores do tema. Demonstraram domínio e souberam sempre nos motivar, mesmo após um longo dia de trabalho. Muito Pertinente, tendo em conta o novo paradigma das apps. BIBLIOGRAFIA Coutinho, C. (2009). Tecnologias Web 2.0 na sala de aula: três propostas de futuros professores de Português in Educação, Formação & Tecnologias. 75-86. Moran, J. (2011). Tablets e netbooks na educação. http://www.eca.usp.br/prof/moran/tablets.pdf (Acessível em 7 de janeiro de 2015) Moura, A. (2012). Mobile learning: tendências tecnológicas emergentes. In A. A. Carvalho (Ed.). Aprender na era digital (pp. 127-147). Santo Tirso: De Facto Editores.
Formadores Marco Bento e Filipe Castro 12
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Versos na Hora
Nas aulas de TIC existe poesia eletrónica! Conheçam o formando poeta Augusto Pinto, do curso EFA B3 de Canalizações.
A formadora Carla Fardilha Ensina exemplarmente O TIC é uma maravilha Mas é muito eficiente. O Martins no computador É muito perspicaz Comparado a ele sou amador Fico sempre para trás. O Ricardo Castelões É muito atencioso Faz parte dos dragões Mas não é venenoso. O Paulo Ribeiro é comilão E nunca está satisfeito Mas come como um leão Seja torto ou direito. O João Ratão camarinha Gosta muito da preta Já não quer a carochinha E com ele ninguém se meta. O Filipe da Afurada Fala, fala sem parar Mas dá cada calinada Que às vezes dá que pensar.
O Tiago Mota é conquistador Põe as cotas a penar Namora por computador E põe as mulheres a chorar.
O Cavaleiro vai trabalhar Mas anda muito cansado A firma vai ter que fechar E ele está desanimado.
O Coimbra é inteligente Pois sabe aquilo que faz É muito eficiente Ele é um homem de paz.
O Cláudio é campeão Mas não gosta de perder E a sua grande ambição É o nono ano fazer.
O António é um escritor E um ser humano exemplar É às no computador Está sempre a clicar.
Formando Augusto Pinto Formadora Carla Fardilha A ação EFA B3 de Canalizações N.º 3
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Sabonetes em forma de rebuçados
No dia 18 de dezembro, na aula de Cidadania e Empregabilidade, com a formadora Sónia Coelho, a turma Efa B1 de jardinagem e espaços verdes realizou em grupo uma atividade artística chamada: técnica do guardanapo. Materiais necessários: •Sabonete branco; •Guardanapos com figuras; •Cola especial para a técnica do guardanapo; •Tesoura; •Pincel; •Fita de seda ou ráfia;
1. Recorte as figuras dos respetivos guardanapos cuidadosamente.
2. Retire as duas folhas que constituem o guardanapo.
3. Em seguida, coloque a figura sobre o sabonete e, com muito cuidado, passe a cola.
4. Deixe secar por uns instantes.
5. Embrulhe o sabonete no papel celofane e aplique a fita.
Formadora Sónia Coelho A ação EFA B1 de Jardinagem e Espaços Verdes 14
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A nossa casa de madeira
O desafio de construção da casa foi lançado pelo nosso formador de Carpintaria, José Macedo tendo como objetivo primordial demonstrar à comunidade do Centro de Formação a evolução e os progressos por nós desenvolvidos ao longo do curso. A ideia surgiu quando observamos um panfleto alusivo à construção de uma casa, onde logo a seguir pusemos em prática as técnicas de construção que adquirimos durante a formação. Daí em diante, o projeto começou a ganhar forma, tal e qual como o idealizamos. Toda a casa foi construída com recurso a materiais reutilizáveis. Ao longo do curso realizamos vários trabalhos sobre as exigências atuais do mundo do trabalho, no âmbito do Tema de Vida da turma: Empregabilidade e novas profissões. No dia 20-01-2015 convidamos a comunidade a visitar os nossos trabalhos no pavilhão de carpintaria.
Os formandos de EFA-B2 Carpinteiros de Limpos N.º 3
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O livro é um aconchego de alma que nos transportam mais além
De um súbito rasgo da mente, surgiu a ideia de criar um concurso literário sobre o livro, objeto surpreendente. O tema foi “A magia do livro” e o impulso foi o prazer da escrita que trago comigo. Pela formadora Olga Duarte foi proposto, com muito gosto, para comemorar o Dia do Livro Português (26 de Março) e o Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor (23 de Abril). Quem não gosta do livro, não lhe reconhece valor, mas graças a ele hoje todos somos mais cultos, crianças, jovens e adultos. Depois foi feita a seleção do texto com maior imaginação e ao vencedor foi oferecido o prémio merecido. Um livro e um certificado recebeu e, a quem me perguntar, vou dizer apenas que foi mérito seu. Quem não o viu, não o leu, mas agora aqui está para mostrar o quanto valeu! Já dizia Miguel Torga, “Quanto maior é um romance ou um poema, mais a magia nos separa da mão de barro que o escreveu”.
A formadora Olga Duarte 15
A magia do livro
Teatro no IEFP “39 steps”
A magia do livro…sim, se calhar pode-se chamar magia, No dia 18 de maio de 2015, a companhia de teatro ao prazer que me dá, o acariciar de uma lombada, o sentir a textura, o apreciar do decalque da folha de ouro que lhe confere relevância e significado, e o aroma que sentimos ao folhear um livro… Velho ou novo, o livro foi algo que fez valer a pena o sacrifício de uma árvore, que, nos deixando de oxigenar o físico, vai de facto alimentar a nossa gula cerebral, que nos faz iluminar a cada verso, parágrafo, linha ou palavra, que se acomodam em nós, como se de uma segunda pele se tratasse. O conhecimento que se ganha, que nos faz entender, amar ou repudiar, são indícios que, a cada leitura, ficamos melhores, valorizamos a nossa passagem térrea, enfim, valemos a pena! Autores, grandes pensadores, sonhadores e seus amores, cenas tristes, específicas e concretas, todas nos acrescentam algo de inovador, ferramentas essenciais para que não passemos incólumes, inocentes ou culpados, vítimas ou a mão que abafa o choro. Construtivos sempre, nunca subtraindo o saber, o real e o imaginário, o sal e a essência que nos dão identidade. Só o facto de presenciarmos a alegria de um filho, quando através de um livro descobre algo novo, faz-nos pensar que, realmente, o livro não é só necessário, é, apesar de tudo, mágico.
Formador Paulo Silva A ação Operador de Logística Efa B3 16
inglesa “Clever Pants”, constituída por 3 atores, representou no auditório do IEFP a peça intitulada “39 steps” do autor escocês John Buchan. Cerca de 289 pessoas tiverem a oportunidade de usufruir desta experiência cultural. Antes da peça, foi servido um chá inglês, acompanhado de bolachas típicas cuja confeção foi assegurada pelos formandos dos cursos de Restaurante/Bar, nomeadamente EFA B3 da Universidade Portucalense, EFA B3 e EFA NS de Barca. Quanto ao serviço de catering, foi da responsabilidade do curso EFA B3 da Universidade Portucalense sob a supervisão do formador José Ribeiro. Houve ainda a realização de uma exposição sobre aspetos culturais relacionados com o Reino Unido e a Escócia. Os cartazes foram elaborados pelos cursos EFA B2 de Cozinha de Ramalde, EFA B3 de Mercenaria e EFA NS de Refrigeração e Climatização. Relativamente às receitas, a sua tradução, assim como, a elaboração dos vídeos foram levadas a cabo pelos cursos Restaurante-Bar já anteriormente referidos, em contexto de formação, nas sessões de Língua Estrangeira -Inglês. No final da atividade, realizou-se a avaliação da mesma, tendo-se constatado que esta foi considerada muito positiva pelos formandos. Com esta atividade pretendeu-se continuar a perseguir os padrões de motivação e formação linguística, cultural e pessoal a que os nossos formandos têm direito.
Formadoras Irene Tiago e Mónica Oliveira N.º 3
julho de 2015
Carnaval
Dando seguimento ao desenvolvimento de projetos de elevado interesse técnico-pedagógico no âmbito da Formação de Adultos EFA – B3 da Escola Secundária de Ermesinde e da CESPU, promovidos pelo Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto e coordenados pela Engenheira Marta Venâncio, os grupos de formandos acima identificados, nos passados dias 13 e 16 de fevereiro, comemoraram o Carnaval com os idosos da Associação de Promoção Social de Ermesinde – Centro de Dia e do Centro Paroquial de Campo – Valongo, com o objetivo de aplicar em contexto de trabalho os conhecimentos adquiridos ao longo da formação. Estas visitas foram planeadas e programadas pela formadora Olga Cardoso em articulação com as instituições com alguma antecedência útil para a elaboração das máscaras e fantasias dos formandos. É de salientar a promoção da autonomia, responsabilidade e criatividade dos formandos para o desenvolvimento desta atividade. Igualmente, este projeto teve como objetivo mostrar aos utentes das instituições os trabalhos elaborados na sala de formação através de um desfile de máscaras ao sabor de uma narração, um concurso de máscaras com a atribuição do 1º, 2º e 3º prémio e no final distribuição de máscaras pelos utentes da instituição como convite à participação no baile ao som de músicas populares alusivas a esta época festiva.
Com o desenvolvimento desta atividade reforçou-se, uma vez mais, a ideia que os paradigmas face ao envelhecimento têm vindo a evoluir, não à velocidade das alterações demográficas, populacionais e sociais, mas num ajustamento progressivo do que era considerado no século passado a fatalidade do envelhecimento, para uma nova perspetiva de ganhos de anos de vida com saúde, funcionalidade, participação de intergeracionalidade e de envelhecimento ativo que hoje relegam para segundo plano, como não desejáveis, os paradigmas exclusivamente institucionalizantes e de respostas para idosos.
Formadora Olga Cardoso A ação EFA B3 Agente de Geriatria Ermesinde e CESPU N.º 3
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Poema “Pelos Caminhos de Portugal” Apresentação do poema da turma inserido no Tema de Vida “Pelos Caminhos de Portugal”
Dois anos de desemprego, Ano e meio de formação. Com todo este enredo Tornei-me técnico de manutenção. Manuel Torres nº 8 De dezembro a abril Dezasseis meses aqui passei. Tendo aprendido coisas mil, Eletromecânico me tornei. Mário Silva nº 10
Participando na formação Fui aprendendo com os formadores. A desenvolver a manutenção Saí eletromecânico com alguns louvores. Paulo Soares nº 13 Algumas alegrias surgiram Durante este percurso. Aquelas que jamais vão fugir São os amigos que fiz neste curso. Manuel Carvalho nº 7 Vou ser eletromecânico E fazer reparações. Agora, vou estagiar Fazendo manutenções. Vítor Lopes nº 16
Dezasseis meses de formação Eu tive de fazer, Espero que no futuro Eletromecânico possa ser. Paulo Fernandes nº 12
Eletricista de profissão Eletromecânico de formação Aos colegas e formadores do curso, Um grande xi coração. Carlos Fonseca nº 2
Sérgio Diogo nº 14
Somos a turma B3 de eletromecânica Industrial E vamos agora o tema de vida apresentar. O tema é "Pelos caminhos de Portugal" Esperamos que toda a gente vá gostar. João Paulo nº 3
Quando aqui cheguei Nem um fio sabia ligar. Aquilo que nunca pensei É que eletromecânico iria ficar.
Quadras eu não sei fazer Eletromecânico tento entender. Quanto à manutenção Vamos ver como vai ser. Mário Carvalho nº 9 Com alguma dedicação E sem entrar em pânico, Levei a sério a formação Transformando-me num eletromecânico. Sérgio Costa nº 15
Formandos da ação EFA B3 Eletromecânico de Manutenção Industrial 18
N.º 3
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Poema “Saudade”
Caros/as leitores: Há sempre um lado de nós que nos inquieta porque o não sabemos de cor; porque o desconhecemos; porque nele nos perdemos, porque nesse mar de nós, nós navegamos sem mapa, sem bússola, sem direção ou hipótese de alteração de percurso. Inquieta-nos esse lado, desvendando, porém pedaços de um “eu” entorpecido que jaz quiçá adormecido. Inquieta-nos, ao mesmo tempo que nos desperta e nos mostra que o céu não é um limite, é … talvez…um reflexo do ponto de partida. Acordou-me, há muito tempo, a poesia… que alguém juntou à música e a guardou em CD. “Eterno Regresso”, música de Rogério Godinho e “Saudade”, poema de Paula Fonseca.
A saudade arrasta velhos odores; A saudade carrega velhos amores; A saudade traz ante o olhar a resistência De que se olvide esta e aquela vivência A saudade catalisa todo esse tempo Eterniza este e aquele momento Distante, entre as brumas, da memória fecundo, entre os vales, de uma história Mas é saudade a prova de que foi verdade, de que não se inventa. Na angústia de se não ter, A imagem que se lamenta...
A saudade do passado É querer viver outra vez A saudade do futuro É querer sentir, pelo menos, uma vez A saudade é a doçura De se saber não loucura Que o que se teve ou terá Num passado ou futuro É tempo que ‘inda dura… É tempo que virá…
A saudade do passado pesa no pensamento A do futuro, do que não surgiu Dói mais profundamente Pela incerteza que não finda de se saber se virá ainda
Formadora Paula Fonseca N.º 3
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Arte - Terapia Antisstress
Tangram
A turma Efa B1 de Jardinagem e espaços Verdes de Tangram é um antigo jogo chinês, que consiste na Ermesinde, no módulo de Matemática para a Vida, no conteúdo das simetrias, decidiu experimentar esta terapia antisstress. Todas as publicações recentes sobre esta forma de arte visam o relaxamento de um públicoalvo com trabalhos stressantes e que precisam de uma maneira para relaxar. E quem pensa que colorir é tarefa para crianças, esqueça! Estas atividades visam uma verdadeira terapia para o cérebro, uma vez que cada ilustração foi cuidadosamente planeada, resultando uma panóplia de padrões repetitivos (flores, desenhos abstratos e geométricos) que exigem a atenção criando, por conseguinte, verdadeiras e criativas obras de arte únicas. Vejamos o resultado:
formação de figuras e desenhos por meio de 7 peças (5 triângulos, 1 quadrado e 1 paralelogramo). Segundo a lenda um imperador chinês partiu um espelho, e ao tentar juntar os pedaços percebeu que poderia construir muitas formas com os cacos.
A mais antiga publicação com exercícios de tangram é do início do século XIX. Em chinês, o tangram é conhecido "as sete peças inteligentes". Existe uma enciclopédia do tangram que foi escrita por uma mulher, na China, há mais de 100 anos. O tangram não exige grandes habilidades dos jogadores; basta ter criatividade, paciência e tempo. Durante o jogo, todas as peças devem ser utilizadas; além disso, não é permitido sobrepor nenhuma peça. O tangram estimula os alunos a desenvolverem a criatividade e o raciocínio lógico. Neste sentido e no âmbito do tema de vida, a turma Efa B3 de Jardinagem - Gaia, desenvolveu a sua criatividade com o tangram no módulo de matemática para a vida.
A ação EFA b1 de Jardinagem e Espaços Verdes de Ermesinde Formadora Sónia Coelho 20
A ação EFA B3 de Jardinagem Gaia Formadora Rira Leiras N.º 3
julho de 2015
O palco improvisado
Foi no dia 8 de abril que o Curso de Empregado de Andares, do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, escreveu uma peça de teatro intitulada “Hotel Arcadense”. O título da peça inspirou-se no nome da freguesia onde decorre o curso – Fonte Arcada, no concelho de Penafiel. Como formadora de Linguagem e Comunicação, propus-lhes a escrita de um texto dramático para consolidarem os conhecimentos adquiridos nas sessões de formação e, sobretudo, para criar uma dinâmica inusitada. Para além desse desafio, sugeri que a peça fosse representada e filmada para ficarem mais tarde com uma recordação. No início, estranharam, depois envolveram-se de tal forma que quiseram eles próprios tratar dos adereços, cenário e guarda-roupa. Os arranjos florais foram feitos pelos formandos no módulo de decoração, as máquinas usadas para simular a lavandaria do hotel foram elaboradas por uma formanda com recurso ao cartão; as bebidas que usaram no bar, as chávenas, tabuleiro e a máquina de café foram os formandos que, amavelmente, trouxeram para a formação. Não posso esquecer ainda uma formanda que levou a roupa de cama e os formandos que trouxeram de casa os telefones fixos avariados para usarem no suposto quarto de hotel e na receção. Obviamente também recorremos à sonoplastia, dado que usamos telemóveis para manipularmos o som dos telefones que, já bastante antiquados, deixaram de funcionar, bem como usamos uma música de fundo para introduzir os atos e as cenas. Recorremos ainda a ruídos naturais das buzinas dos carros na rua, simulando que as clientes chegavam à porta do hotel para passarem as suas fantásticas férias em Penafiel, já que na peça vinham de Trás-os-Montes e nunca tinham estado num hotel 5 estrelas. O problema é que o dito Hotel 5 estrelas tinha perdido uma estrela e ocorreram várias situações que desagradaram estas clientes exigentes. A mim coube-me orientar a escrita da peça, como aparente encenadora, de acordo com as características do texto dramático (didascálias, apartes, tempo, espaço…) bem como a orientação relativa à movimentação das personagens e à introdução das falas em discurso direto. Agradeço vivamente à Junta de Freguesia de Fonte Arcada, que disponibilizou as instalações onde foi ensaiada a peça, dado que na sala de formação não conseguiríamos recriar tantos espaços diferentes. Tivemos que ensaiar e filmar várias vezes as mesmas cenas, até conseguirmos o produto final, mas rejubilámo-nos, quando, após a montagem do filme, vimos que a nossa missão estava cumprida com notoriedade e distinção. Os formandos encarnaram na perfeição as personagens e, com garra, mostraram que, quando acreditamos neles, tornam-se pessoas melhores, com vontade de aprender e crescer. Deixo, por fim, uns versos de William Shakespeare, que nos mostram, sem margem para dúvida, que todos somos atores de um mesmo palco. Assumimos, contudo, papéis distintos ao longo da vida.
O mundo inteiro é um palco E todos os homens e mulheres não passam de meros atores Eles entram e saem de cena E cada um no seu tempo representa diversos papéis.
Formadora Olga Duarte Formandos da ação EFA B3, de Empregado de Andares N.º 3
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Projeto de Leitura do IEFP
Depois de ter iniciado o projeto de leitura “Na rota dos livros” com a minha turma de canalizações, congratulo-me com o sucesso que o mesmo teve. Foi promovida a leitura na sala de aula e a leitura autónoma, assim com criado o gosto pela mesma. Convidamos a escritora Anabela Pinto que nos honrou com as suas palavras, simpatia e com a sua obra. Tivemos um diálogo assertivo sobre a importância da leitura e como criar hábitos de leitura. Foi solicitado que o projeto de leitura fosse dinamizado com mais turmas do IEFP, o que levou a uma nova dinâmica do mesmo. Eis que surge o Projeto de Leitura Digital, dinamizado agora com uma equipa de trabalho colaborativo: Sónia Coelho, Marco Bento e Ângelo Castro. Nesta nova versão do projeto, quisemos trabalhar a leitura com as tecnologias de informação. Foi criado um grupo de trabalho numa comunidade virtual onde são propostas atividades relacionadas com a obra em estudo. Neste momento estamos a trabalhar o livro “Amor de Perdição” de Camilo Castelo Branco e temos turmas do Cerco e de Ciríaco Cardoso no projeto. O balanço está a ser positivo. Resta-nos agradecer aos formandos e formadores pelo empenho demonstrado na participação ativa do mesmo.
Como fazer parte desta comunidade? Basta querer! Regras de utilização do espaço virtual 1. Criação de perfil no facebook. Criar pseudónimo literário; Elaborar um endereço de email com esse pseudónimo e a referência ao projeto. (exemplo: camoes.projetoleitura@gmail.com) Nota: para criar conta no facebook deve ter um nome próprio, assim sugerimos o seguinte procedimento:
Luis
Camoes
camoes.projetoleitura@gmail.com camoes.projetoleitura@gmail.com
Leituras
3 4 1
2
4 1
1
2. Aceder à página www.facebook.com/projeto.leituradigitalIEFP e pedir amizade ao grupo. Agora também como um dos projetos IACOBUS 2015.
A equipa do projeto Sónia Coelho, Marco Bento e Ângelo Castro 22
N.º 3
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Uma questão de Logística…
As turmas do curso de Operador de Logística do IEFP Porto foram convidadas a voluntariar-se para a campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome que decorreu em Perafita nos dias 30 e 31 de Maio de 2015. Apesar da ação ter decorrido durante o fim-de-semana, o desafio foi aceite e conseguiu formar-se uma equipa de 12 elementos que compareceram no dia 30 entre as 17h30m e às 21h e participaram naquilo que é uma verdadeira maratona de recolha, triagem e armazenagem de mercadorias. Durante essas três horas e meia, foi-nos proporcionada a possibilidade de por em prática alguns dos procedimentos que fazem parte do nosso curso de “Operador de Logística”. Foram-nos atribuídas operações nos diversos percursos das mercadorias, desde o descarregamento passando pela triagem até à sua separação e colocação em paletes, para finalmente serem armazenadas. Esta ação representou uma maisvalia na forma da nossa aprendizagem, mas também a de podermos ter participado numa causa tão nobre que consegue reunir pessoas de todos os estratos sociais e de todas as faixas etárias.
No final a nossa satisfação foi gratificante, e foi também recíproca, pois na despedida uma das Pessoas Responsáveis pela organização do Banco Alimentar Contra a Fome, convidou-nos a participar também como voluntários, numa outra operação de logística a decorrer no dia 02/06/2015 durante todo o dia de expediente. O convite foi aceite e compareceram ambas as turmas de acordo com o seu horário. Neste dia todos os formandos tiveram, uma vez mais, a oportunidade de enriquecer os seus conhecimentos de Logística com uma aula prática de Consolidação de Mercadorias, da qual se destaca pesagem, separação e consolidação de pedidos de mercadorias para as Instituições que beneficiam do apoio do Banco Alimentar. Ver a organização do armazém, o seu funcionamento e trabalhar no armazém, realmente foi uma experiência única e muito produtiva. Para terminar, gostaria de realçar dois aspetos que tornaram estas duas ações ainda mais positivas que foram a vontade, a participação e o interesse de todos os formandos, bem como a preciosa orientação e colaboração dos profissionais afetos ao Banco Alimentar Contra a Fome em articulação com a formadora Lucília Silva, do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto.
Formadora Lucília Silva Rafael Oliveira (Formando do Curso Operador Logística Ermesinde Tarde) N.º 3
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Comissões Técnicas de Certificação
No dia 30 de abril de 2015, o Centro para a
Maria Silvina Antunes Fontes da Costa, de 45 anos,
Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP) do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto entregou os primeiros certificados de qualificação e diplomas emitidos no âmbito das Comissões Técnicas de Certificação.
formanda de um curso de educação e formação de adultos de cozinha/pastelaria, que decorreu nas instalações da MAKRO em Vila Nova de Gaia, sempre primou pelo entusiamo e rigor na “cozinha”. De mãos arregaçadas, deu azo à sua criatividade, revelando elevado profissionalismo e dedicação, que lhe valeram a sua integração em formação em contexto de trabalho no prestigiado hotel Yeatman. Colocou na prática os conhecimentos e competências adquiridos ao longo do processo formativo, conjugandoos com o seu esforço de querer saber ainda mais do que os ensinamentos da sua experiência já vivida. O responsável pelos recursos humanos daquela unidade hoteleira e o chef responsável pela Cozinha referiram que a formanda Silvina evidenciou uma grande capacidade de adaptação às funções de cozinha e pastelaria que lhe foram atribuídas, pelo que, com reconhecido mérito e satisfação lhe serão atribuídas novas funções existentes na dinâmica de cozinha do hotel.
Os mesmos tiveram por base a realização de percursos de formação modular certificada do referencial de Técnico de Instalações Elétricas e foram promovidos pela entidade formadora IXUS. Os formandos estavam a trabalhar como eletricistas na área em causa e já se encontravam habilitados com o 12.º ano de escolaridade. Esta formação teve como finalidade obter a certificação profissional de Técnico de Eletricista de Instalações. Os certificados e diplomas foram entregues ao Eng.º Rui Santos, da IXUS, pela coordenadora e colaboradora do CQEP, Dr.ª Isabel Gonçalves e Dr.ª Marta Castro, respetivamente, acompanhadas do coordenador do Núcleo de Gestão para a Qualificação, Engª Germano Sousa.
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Yeatman , “grandes oportunidades, grandes desafios”
Silvina, detentora agora de uma formação, que lhe deu também equivalência ao 12º ano, vai iniciar em breve um estágio profissional no hotel Yeatman, constituindo o seu empenho um exemplo para demais colegas da área. Não queremos, neste momento, deixar de nos associarmos a este momento de reconhecimento e mérito.
N.º 3
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Curso de Aprendizagem – Animadores Socioculturais -CRESCER
Sempre que inicio um novo grupo o nervosismo surge pelas muitas questões que se nós colocam. Quais as melhores metodologias para este grupo, qual a motivação que tem, como lhes “dar a volta”? Quando o grupo é de adolescentes o desafio aumenta largamente!
Os ensaios
Sem dúvida um grupo muito jovem mas que entrou no espírito de desafio que lhe foi proposto e criaram uma das representações com mais qualidade que tive nos últimos anos, não só pela inovação, pois misturaram teatro de fantoches, com representação, dança e interpretação musical, mas principalmente pelo produto final que conseguiram. Uma representação intitulada – Crescer – que foi construída a partir do próprio processo de crescimento dos formandos, quer nas sessões de ED, quer na sua vida. Este trabalho culminou numa pequena “tournée” pelos locais de estágios que teve um enorme sucesso e reconhecimento quer pelo público, quer pelas entidades que não pouparam elogios ao excelente trabalho dos nossos formandos.
O grupo de Aprendizagem de Animadores Socioculturais, a decorrer na Escola Secundária de Gondomar, foi sem dúvida um desafio. As sessões de expressão dramática iniciaram com o entusiasmo vibrante de alguns e o desespero e contestação de outros, como é normal, pois é uma área que exige muita disponibilidade e exteriorização dos participantes.
O Público Devo confessar como formadora deste grupo, fiquei orgulhosa do empenho, da coragem e do entusiasmo a mistura com a irreverência característica da adolescência e juventude que os define.
O Sucesso N.º 3
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Formadora Clementina Rodrigues Ação de Aprendizagem Técnico Animação Sociocultural. 25
CQEP do CEFP do Porto
Projeto de turma “Rota do livro digital”
Teve lugar no dia 12 de maio, no CQEP do Centro de A Emprego e Formação Profissional do Porto, serviço de Círiaco Cardoso, mais uma sessão de júri de certificação de RVCC de Agente em Geriatria, desta feita com 7 candidatos, entre os quais o primeiro elemento masculino. Este candidato mereceu grande apoio da equipa do CQEP, pela sua coragem, tratando-se de um cuidador informal que não hesitou em certificar as suas competências e, assim, apostar na formalização das qualificações adquiridas, fruto da sua experiência. Neste Júri, contamos com a presença de um representante da União das Misericórdias – Dr. João Paulo Araújo Coelho, Diretor Geral da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia – e do Sr. Joaquim Lima, membro do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde e Segurança Social. Salienta-se o facto de estes elementos terem trazido ao Júri o ponto de vista das entidades empregadoras e dos trabalhadores, criando assim um espaço de partilha e de contacto entre a validação formal dos saberes adquiridos pela experiência e o mundo de trabalho. Com o envelhecimento da população, anteveem-se novas oportunidades de trabalho nesta área profissional e a necessidade de oferta de um serviço de qualidade acrescentada aos idosos, tendo em vista a elevação dos seus níveis de bem-estar. Acreditamos que a certificação das competências dos profissionais de geriatria, pela reflexão e atualização de conhecimentos que comporta, pode constituir um importante contributo para a melhoria dos serviços prestados à população sénior e para o incremento da sua qualidade de vida, contribuindo assim uma sociedade digna, mais justa e inclusiva.
A equipa do CQEP 26
Turma de canalizações é composta por 12 futuros profissionais com a perspetiva de seguir uma carreira profissional nesta área. Acreditamos que esta oportunidade possa abrir-nos portas para o nosso desenvolvimento no mercado de trabalho, contribuindo assim para uma sociedade crescente com pessoas integradas e valorizadas enquanto seres humanos. Somos alunos aplicados, com vontade de aprender e dedicados ao nosso objetivo de terminar o curso com aproveitamento, tanto na área técnica como na área de enriquecimento sociocultural e pessoal. A dinâmica e a motivação dos formadores também nos permite atingir estes valores. Um dos nossos objetivos é estar a par das novas tecnologias, para isso criamos um projeto de leitura intitulado “rota do livro digital” que consiste na leitura do máximo de livros digitais possível, estimulando assim o hábito de ler. As aulas de português também nos desenvolvem o gosto pela leitura através da discussão frequente sobre os livros que cada um de nós está a ler no momento. Estas aulas possibilitam-nos adquirir competências ao nível da escrita e da comunicação oral, o que é uma ferramenta fundamental na nossa vida profissional e pessoal. Todas as outras disciplinas são uma mais valia em termos de conhecimentos de línguas, informática e cálculo, necessários para responder às exigências da atualidade. As aulas práticas apetrecham-nos de conhecimentos técnicos para exercermos a profissão de canalizador. A oficina tem boas condições, apesar de muitas vezes haver falta de material para efetuarmos um trabalho completo e competente. No entanto, com o esforço do formador, conseguimos a maior parte das vezes colmatar esta falha.
Turma EFA B3 Canalizações - Formando António Silva N.º 3
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Um salto em frente
O
CEFP do Porto, em parceria com a Plataforma + Emprego projetou e desenvolveu um programa de formação, no âmbito da medida Vida Ativa, destinada a pessoas sem-abrigo. Este projeto-piloto visou promover o desenvolvimento de competências de índole comportamental e transversal que permitissem aos indivíduos a aquisição de competências eficazes na comunicação e relacionamento interpessoal, assim como o desenvolvimento de competências técnicas simples na área da jardinagem, por forma a desenvolverem comportamentos e atitudes facilitadores da assunção de compromissos, nomeadamente ao nível da qualificação e da empregabilidade. O curso teve a duração de 200 horas, decorreu entre dezembro de 2014 e abril de 2015 e envolveu 20 formandos. Foi composto por 6 unidades de formação de curta duração (UFCD) do Catálogo Nacional das Qualificações (Relacionamento Interpessoal, Comunicação interpessoal - Comunicação Assertiva, Organização pessoal e gestão do tempo, Morfologia Vegetal, Botânica e Manutenção de Jardins). As UFCD de cariz comportamental foram desenvolvidas em simultâneo e de forma intercalada, utilizando-se metodologias que privilegiaram a expressão corporal, associando-se metaforicamente o desenvolvimento pessoal ao crescimento das flores num jardim. Como trabalho final do curso, os formandos desenvolveram uma peça artística que deu origem à exposição “Salta”, que esteve patente na estação de Metro dos Aliados, entre os dias 10 e 20 de abril. Tal como o nome indica, a peça exposta, constituída por sapatos dos quais brotavam flores, simboliza um salto em frente de vidas que até aí se encontravam parcialmente estagnadas. Como consequência desta formação, grande parte dos formandos foram integrados em programas de emprego e formação, nomeadamente formação de dupla certificação na área da jardinagem, Contratos de Emprego Inserção + entre outros, o que conforma o valor acrescentado por este projeto aos que nele participaram.
N.º 3
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Construímos histórias de sucesso
No Sempre com a intenção de promover a integração laboral dos desempregados inscritos nos Centros de Emprego, os Gabinetes de Inserção Profissional (GIP) da SEIVA e da Talentus, no âmbito da Formação Modular Vida Ativa, têm desenvolvido percursos formativos muito variados. Uma das áreas desenvolvidas é a área de Criação de Negócios, onde os formandos têm a possibilidade de desenvolveram um Plano de Negócios. No passado dia 30 de Abril de 2015, terminou mais um desses percursos formativos de 200h, da responsabilidade da Engª Zélia Rosado, que apoiou 20 formandos a desenvolverem um plano de negócios. Pouco tempo após o término do curso, dois dos formandos, a Isabel Monteiro e o Filipe Macedo, uma dupla especializada em Terapias Holísticas, Bio Energias e Meditação, preparam-se para criar os seus próprios postos de trabalho. Acerca da formação dizem-nos: “a frequência do curso do IEFP, de Criação de Negócios, aproveitando o precioso apoio que o formador Amaral de Sousa nos deu, permitiu-nos perceber que a criação do nosso próprio posto de trabalho deveria ser o caminho a seguir. Entendemos que, para além de conseguirmos uma solução para a nossa situação de desempregados, com o desenvolvimento do nosso Projeto, o Mind Fitness, com aulas de Meditação e Bio Energias, vamos dar a possibilidade a outras pessoas de encontrarem soluções para si próprias”.
Outro exemplo de sucesso é o de Catarina Fernandes, que afirma que, este tipo de formação, a veio ajudar a concretizar algo que já tinha idealizado, possibilitando um melhor entendimento sobre a realidade empreendedora, assim como todos os pormenores necessários para a criação de um negócio, mas que desconhecia a forma de o pôr em prática. Catarina Fernandes diz-nos: “com a ajuda desta formação e de todos nela envolvidos abri o For.Num.Ki, que desde já vos convido a vir conhecer”.
Deixamos também o testemunho do formador Amaral de Sousa, formador do IEFP: “Como formador, sou beneficiário direto deste tipo de ações. Dito isto, faço questão de dizer que pago muitos impostos e já que tenho que os pagar, resta-me saber como esse dinheiro é aplicado. Colocar dinheiro público para que negócios possam ser lançados com maior consistência e sustentabilidade, é dinheiro bem gasto.” Enquanto técnicas de GIP, resta-nos dizer que este foi e continuará a ser o caminho trilhado, ao longo dos tempos e nele a nossa missão está assente, na atenção e cuidado a cada pessoa desempregada que nos bate à porta. Por isso, a SEIVA e a Talentus, orgulham-se de cada desempregado, de cada jovem, de cada parceiro, com que trabalhamos, pois juntos fazemos e construímos histórias de sucesso.
Carla Rodrigues e Isabel Soares – Técnicas de Gip
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Dia Mundial da Criança 2015
O
Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, através do seu serviço de formação de Ciríaco Cardoso, participou na comemoração do Dia Mundial da Criança, marcando presença no dia 1 de julho na Praça Pedro Nunes, no Porto. As formandas da ação 049 do Curso de Esteticismo/Cosmetologia, na modalidade de Aprendizagem, colaboraram na realização de pinturas faciais em crianças e adolescentes do Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas, do CIAD, da Casa de Cedofeita da Associação CrescerSer, do Conservatório de Música do Porto e da Comunidade da União de Freguesias, tendo tido a seu cargo alunos do 1º ano. Todas as atividades decorreram na rua, junto à escola, num ambiente de muita alegria e animação. As formandas pintaram e desenharam por encomenda, respeitando o desejo de cada criança – a maioria dos meninos pediu a pintura do Homem Aranha; já as meninas quiseram ser flores e princesas… O tema central desta comemoração foi “A linguagem dos afetos”, tendo-se, por isso, com esta atividade de aproximação, procurado contribuir para a felicidade de cada criança e sensibilizar para a importância da relação e do contacto humano imbuído de afeto e atenção ao Outro Festejou-se, assim, o dia Mundial da Criança, salientando a importância da solidariedade, entreajuda e respeito por todos os seres humanos independentemente da idade, sexo, religião, condição física, social e profissional.
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Festival da canção infantil e juvenil de Ramalde
Formandos da área de cuidados e beleza do serviço de formação de Ciríaco Cardoso contribuíram para o sucesso dos jovens cantores no festival da canção infantil e juvenil de Ramalde, realizado no dia 30 de Maio de 2015, no auditório da Universidade Fernando Pessoa. Dois grupos de formação, um de aprendizagem de esteticismo-cosmetologia e um de educação e formação de adultos de cabeleireiro, contribuíram para uma gala com mais alegria e cor, num dia tão especial, que será recordado pelos seus participantes. Os pequenos artistas - cerca de trinta - foram penteados e maquilhados pelos formandos com grande profissionalismo, dedicação e boa disposição. Destaca-se também a disponibilidade dos formadores das áreas de estética e cabeleireiro, Gracinda Taipa e Alcino Nunes Monteiro, respetivamente, que orientaram e acompanharam, os seus formandos, reforçando a importância do conceito de partilha dos seus conhecimentos e competências com a comunidade. Foi sem dúvida um sábado diferente... pela espontaneidade e ânimo das pequenas estrelas. Orgulhamo-nos pelos nossos formandos. Um sábado que entrou pela noite dentro, mas sem dúvida uma partilha e experiência que ficará na memória os formandos, mas também das pequenas mas grandes estrelas.
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Sensibilização para uma cidadania ativa
Tudo
começou há dois anos atrás, quando a empresa onde trabalhava desde sempre decidiu fechar. Vendo-me no desemprego, pela primeira vez, sem grandes perspetivas de arranjar um novo trabalho e não tendo o 9º ano de escolaridade, senti-me profundamente triste. O apoio do subsídio de desemprego era apenas isso, uma ‘bengala’. Não podia esperar sentado até ficar sem nada. Informei-me no IEFP acerca da existência de cursos que me permitissem vislumbrar o futuro com alguma confiança e, com a preciosa ajuda da minha namorada, definimos um plano de objetivos. Decidiu-se que a melhor opção seria frequentar um curso de dupla certificação. E foi assim, que após alguns meses de espera, fui informado de que tinha sido selecionado para frequentar o curso EFA de Cozinha.
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Em Dezembro de 2013 iniciei então este curso, na Escola EB 2/3 da Maia. Escusado será dizer que a minha motivação estava ao rubro. Conhecidos o grupo de formadores e restantes colegas, estava na altura de voltar a estudar com afinco e pôr mãos à obra. Apesar da demora e de algumas contingências no usufruto das instalações escolares – a cozinha, em particular – fui fazendo alguns progressos e obtendo sucesso mediante o meu esforço. Hoje posso afirmar que as aulas do meu curso são, sem dúvida, uma mais-valia tanto para a minha evolução pessoal como profissional e a prova disso verificou-se no decorrer deste ano. O blog “Alquimia dos Tachos” em parceria com a página 24 Kitchen Portugal (Facebook) lançaram um passatempo denominado “Chef de Família”.
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Este passatempo pretendia encontrar o chef de família com a receita que melhor combinasse a criatividade com ingredientes da nossa dieta mediterrânica. O blog determinava 2 ingredientes chave a serem utilizados na receita – limão e canela. Optei então por criar uma sobremesa. A ideia de panna cotta inicial foi substituída por uma Mousse de Limão com Canela e casca confitada com Chocolate de Pistácios e fruta cristalizada (ver imagem em anexo). Quando participei neste passatempo estava longe de imaginar que iria chegar à semifinal. Embora trabalhasse arduamente para que isso acontecesse, numa fase inicial estive prestes a desistir, mas não baixei os braços e continuei. Graças ao dedicado apoio da minha família e namorada. Foi feito um apelo às pessoas para que votassem fazendo ‘like’ e foi também criado um vídeo - que foi partilhado e mencionado pelo jornal “Maia Hoje” (edição online, link: http://www.maiahoje.pt/noticias/ler-noticia.php?noticia=886). O vídeo está disponível no YouTube (Link: https://youtu.be/R1ORs5JQw-U). Muitas pessoas aderiram ao apelo, mas infelizmente não foi o suficiente. Não venci o passatempo, cheguei à final ocupando a 2ª posição das receitas mais votadas, 350 ‘likes’ no total. Só o facto de ver o meu nome e a fotografia da minha sobremesa divulgada pela rede social e os media já foi uma vitória. Obviamente que também teria sido muito importante vencer este passatempo, porque dar-me-ía a possibilidade de escolher um forno como prémio. Prémio esse que teria sido um contributo decisivo para a minha evolução profissional, já que nem eu nem a minha família dispomos atualmente de recursos financeiros para adquirir um. No entanto, continuarei a trabalhar para evoluir e alcançar os meus objetivos e quem sabe ganhar futuramente, não apenas um passatempo, mas um modo de vida. Em breve darei início ao meu estágio, o futuro logo se verá. Agradeço a todos os meus amigos e restantes pessoas que me têm apoiado, seja por palavras ou pequenos gestos, saibam que encheram o meu coração de esperança renovada e isso não tem preço. Bem-hajam!
Formando Hugo Barbosa Mediadora Sónia Coelho A ação EFA B3 de Cozinha – Escola EB 2, 3 da Maia 32
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Novos Cursos e Parcerias
setembro de 2015
setembro de 2015
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N.ยบ 3
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Poema “Voava o Destino” Outrora, Gestos, fumos e sons eram tudo O que sem saber se conhecia. E voava o destino do mundo inocente e natural ! Em papiro se escreveu Por entre paragens desbravadas Palavras ganhas, em prol de conquistas. E voava o destino Que é de todos e não apenas meu. Folha de papel Em ti se escreveram histórias E com tinta sonhos traçados. E voava o destino Que um dia ficará nas memórias Eis o triufante invento Qu’ escreve sem tinteiro… Tuas teclas são vadias Ao sabor da veloz internet E voava o destino… Sem parar, por esse mundo inteiro Já não é tão inocente, o que outrora conheci Pois em segundos sorvo tanto do mundo Que do real quase esqueci. Posso ter tudo e não ter nada Em meu pensamento espicaçado. E voa ainda o destino P’las sensações fantásticas do virtual. Os conhecimentos entram sem bater, presentes em tudo qu’ digo ou faço. Mas neles não posso tocar. E como outrora, voando o destino.... sinto falta de um abraço.
Isabel Gonçalves 34
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FORMADOR UNO e GLOBAL A arte do conhecimento para o trabalho A relação entre a formação e o trabalho é sem dúvida uma relação entre a teoria e a prática que se deve sustentar no equilíbrio entre a aquisição de saberes estabelecidos e a produção de novos saberes. Considere-se o seguinte exemplo: Para formar pessoas na área da restauração, devo conhecer a realidade desse setor, os grupos e as suas relações, prioridades, valores, iniciativas, atitudes e competências a adquirir, capazes de corresponderem a exigências do mercado altamente competitivo. Diria que a simplicidade da arte do conhecimento e construção de novas aceções são a chave do sucesso. Saber preparar para o trabalho é provocar comportamentos de análise crítica e proativa, não concebendo o mercado de trabalho como dimensão autónoma da formação, mas como uma simbiose entre a teoria e a prática. A visão holística da aprendizagem traduz-se na aquisição de competências e conhecimentos pedagógicos, científicos e técnicos. Vive-se hoje não apenas a aquisição de saberes mas também a produção (e não é ingénua a terminologia) de novos saberes. Neste contexto a prática pressupõe uma rigorosa observação que se torna mais um pilar do conhecimento da prática em situação real de trabalho. A formação não deve, assim, conceber-se em exterioridade relativamente às exigências do trabalho, confrontado, por vezes, com uma frágil articulação entre a observação, experiência e reflexão sobre a própria experiência, como se de um método experimentalista se tratasse. Nesta conceção é formador-mediador aquele que aprende com e no ensino. Este é o formador que, ao resolver situações concretas da prática, usa um saber que tem, não porque o recebe de fora para o aplicar, mas porque o gerou na sua experiência, no seu concreto. É o formador do concreto, sabe fazer escolhas, de uma forma responsável e autónoma, com respeito por um conjunto de valores que se estruturam numa ética profissional. Parece ainda dominar a conceção de que o pedagogo é aquele cuja missão é transmitir o saber, ficando a atenção sobre o papel de especialista numa dada disciplina assente num saber académico. “ O professor é uma pessoa culta, um instruído” Paquay. O formador precisa prever, antecipar num esquema de ação que se adeque à situação diagnosticada, o que implica o conhecimento dos curricula, áreas metodológicas para o seu ensino, mas também um amplo conhecimento dos formandos, das suas diferenças e singularidades, do que é aprender e a intervenção da aprendizagem. O formador é aquele que procura conjugar teoria e prática a partir da própria ação. A prática gnosiológica pressupõe ser observada, analisada, inquirida, apreciada e, acima de tudo, entendida como ponto de partida para novas práticas. Em jeito de conclusão, defendo mestres do quotidiano, conhecedores do concreto, não viciados na rotina da própria formação profissional, que se revelem seguidores do pensamento de Jean Paul Sartre de que “ O homem tem de se inventar todos os dias”.
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Do Sapiens ao Homo digitalis Era uma vez, um homem que se viu no mundo e percorreu um longo trajeto da pedra lascada e do fogo, até ao novo mundo designado DIGITAL. Na génese deste mundo, uma essência metafísica ou destino da sua própria natureza? É um mundo de várias transformações e grandes ERAS. O homem, ser que se adapta a novos costumes e rotinas, chama a si novas atitudes e conceitos, constrói padrões de uma vida em que as informações absorvem toda a sua existência. Ousadas revoluções de um histórico passado tornaram-se pequenas perante a dimensão sem fronteiras da Internet que mudou repentinamente a vida das pessoas. Novas terminologias incorporaram o vocabulário; ações e costumes foram modificados, para não dizer revolucionados. Podemos classificar a era digital como uma revolução da comunicação e uma grande transformação na informação. Trata-se de um novo ciclo na rotina e na cultura popular mundial, em que a era digital alterou radicalmente os paradigmas da comunicação, os padrões da publicidade, do marketing e os hábitos do comércio.
A tecnologia digital na formação profissional, re(ligar) ao pensamento A capacidade de conhecer e compreender a realidade assenta numa ligação dicotómica entre o pensamento e as motivações exteriores estimulantes do raciocínio. A aquisição dos conhecimentos é um processo complexo que se constrói na relação com o meio ambiente e que necessita ser estimulada. A tecnologia é hoje a aplicação do conhecimento e ajuda o homem a tornar cada vez mais rápida s sua capacidade de perceber e interiorizar, processando informações cada vez mais sofisticadas. Hoje os Smartphones, tablets, computadores e outros equipamentos são frutos da tecnologia que possibilitam ao ser humano adquirir mais informações, levando até, segundo alguns teóricos, à submissão do individuo às tecnologias, esvanecendo-se a fronteira entre o necessário e o acesssório. Porém, é dogmático aquele que não quer ver a ampliação do conhecimento resultante da invenção de aparelhos, levando-o a níveis nunca antes concebidos. A sociedade em todas as suas dimensões foi absorvida pela tecnologia, tornando o tempo e espaço mais mutáveis do que nunca. A Teoria de Einstein tem na atualidade uma aplicação sem igual pois o homem é hoje um ser híbrido desenrolando a sua vida ente dois ambientes: O físico e o virtual. Atrevo-me a designar esta dicotomia como um novo platonismo do saber ou do conhecimento. Como tal, insistir que os aprendentes, no nosso contexto formandos, permaneçam no tradicional modo de ensinar, em que o pedagogo/ formador leva a rigor a presença do caderno, é travar a evolução do pensamento. As novas tecnologias digitais constituem a aplicação de um conhecimento científico ou técnico. Existem duas vertentes das novas tecnologias essencias: tecnologia de comunicação e tecnologia de informação.
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FORMADOR UNO e GLOBAL A primeira designa toda a forma de veicular informação, é quase o modus operandis de veiculação, desde os meios mais tradicionais como os livros, o fax, o telefone, os jornais, o correio, as revistas, o rádio, os vídeos, até aos meios modernos como a informática e a Internet. A segunda designa toda a forma de determinar, gravar, armazenar, processar e reproduzir as informações. Como exemplos de suportes de armazenamento de informações são: o papel, os arquivos, os catálogos, os HD dos computadores, os CD, DVD ou agora, as PEN DRIVES, os MP3, MP4, etc. Dispositivos que permitem o seu processamento, são os computadores e os robôs e exemplos de aparelhos que possibilitam a sua reprodução são a máquina de fotocopiar, o retroprojetor, o projetor de slides (data show). As novas tecnologias de informação e de comunicação, usadas na comunicação social, são cada vez mais interativas, pois permitem a troca de dados dos seus utilizadores com recursos que lhes permitem alternativas e aberturas diversificadas, como os programas de multimédia, como o vídeo interativo, a Internet e a teleconferência. Estas tecnologias permitem a preparação e manipulação contígua de teores específicos por parte do professor/aluno (emissor) e do aluno/professor (receptor), codificando-os, decodificando-os, recodificando-os conforme as suas realidades, as suas histórias de vida e as tradições em que vivem; permitindo um entendimento mais eficaz, alternando os papéis de emissor e recetor, como co-protagonistas e contribuintes da ação cognitiva. Não basta ser pedagógico e usar metodologias próximas da realidade e do mundo de trabalho, um novo aprendiz/formando necessita de um novo tipo de mestre/formador. Este novo professor deve estar ligado e compromissado com o que está acontecendo ao seu redor. As tecnologias colaborativas permitem a otimização do trabalho em equipa. Assim, quando um professor pesquisa um certo tema, em bases de dados da Internet e, ao descobrir documentos importantes, guarda-os para seu uso particular na sua biblioteca virtual individual (CD-Rom, disquetes ou no disco rígido do seu computador), os seus objetivos individuais não estão sendo admirados. Se, por outro lado, comunica a existência desses textos a outros professores que estão trabalhando com ele (de forma interdisciplinar) num projeto comum, propondo uma discussão alargada através dos serviços da própria Internet (e-mail, teleconferência), é tecnologia colaborativa. Os jogos interativos chegam às salas de formação. Neles, a aprendizagem envolve as várias dimensões do indivíduo: emocional, racional, imaginário, intuitivo e sensorial. O ser UNO aceita desafios, explora possibilidades e assume responsabilidades. O papel dos formadores deve mudar no sentido de não perderem o controlo das tecnologias digitais que são cada vez mais exigidas e com predisposição para serem utilizadas em sala se formação. Os formadores/professores precisam aprender a manusear as novas tecnologias e ajudar os alunos, eles também, a aprenderem como manipulá-las e não permitirem serem manipulados por elas. Mas, para isso, precisam usá-las para educar, saber de sua existência, aproximar-se das mesmas, familiarizar-se com elas, apoderar-se de suas potencialidades, e dominar sua eficiência e seu uso, criando novos saberes e novos usos, para poderem estar no domínio das mesmas e assim orientarem os seus alunos a “lerem” e “escreverem” com elas.
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Devem os professores/formadores substituir as antigas pelas novas tecnologias? O processo de ensino/aprendizagem deve ser rico em metodologias e técnicas, tal significa que não devem substituir as “velhas tecnologias” pelas “novas tecnologias”, importa antes, usar cada uma naquilo que ela tem de peculiar e, portanto, complementarem-se. O uso e influência das novas tecnologias devem servir ao docente não só em relação à sua atividade de ensino, mas também na sua atividade de pesquisa continuada, potenciada pelas características específicas que estão diretamente ligadas à procura da constante informação. Os docentes devem construir e trabalhar em conjunto com seus alunos não só para ajudá-los a aumentar capacidade, métodos, táticas para coligir e selecionar elementos, mas, especialmente, para ajudá-los a desenvolverem conceitos. Os jovens de hoje crescem em frente aos computadores mas muitos têm dificuldades com a linguagem do mundo digital, não conhecem a linguagem do meio em que navegam e por isso não comprendem a mensagem. Há que perceber que existem várias linguagens e a internet, com suas abreviações e símbolos, é mais uma das linguagens; é preciso, por isso, contextualizá-la. Somos uma sociedade em rede (analisada por Levy) designando-a de “Cibercultura”, novo espaço de interações propiciado pela realidade virtual. Nesta cultura o cidadão experimenta uma nova relação espaço-tempo, permitindo assim falar de uma inteligência coletiva. No entanto, o tema da natureza humana não parou de suscitar interrogação, de Sócrates e Montaigne e a Pascal, mas só se descobriu o desconhecido, incerteza, a contradição, o erro. Nesta certeza, professor “deixará de ser um lecionador para ser um organizador do conhecimento e da aprendizagem (...), um mediador do conhecimento, um aprendiz permanente, um construtor de sentidos, um cooperador, e sobretudo, um organizador de aprendizagem” (Gadotti, 2002).
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Comunidade GOOGLE + TABLETS e iPADS
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Magnolia grandiflora
Reino: Plantae Género: Magnolia
Família: Magnoliaceae Espécie: Magnolia grandiflora
Nomes comuns: Magnólia, magnólia de flores brancas, magnólia de flores grandes, magnólia sempre verde. Origens geográficas: Sudeste dos Estados Unidos. Tipo de solo: Neutro a ácido, de preferência rico em húmus.
Folhagem: Persistente. Clima: Rústico até -16°C.
Exposição: Sol.
Magnólia grandiflora foi uma das muitas espécies descritas primeiramente por Linnaeus em seu Systema Naturae, em 1759. O seu epíteto específico é derivado das palavras latinas grandis "grande", e flor- "flower". Árvore robusta, sempre verde de 15 a 25 m de altura, copa ampla, mais ou menos piramidal e densa. Tronco curto, com casca gretada quase lisa, de cor cinza escura. As folhas são simples de 10 a 20 cm de comprimento por 7 a 10 cm de largura, limbo em forma de elipse alongada, de cor verde brilhante na página superior e na inferior um pouco pubescente, com a nervura central proeminente. A margem por vezes parece meio ondulada. Flores solitárias, grandes, vistosas e muito perfumadas, tamanho até 20 cm de diâmetro. Possuem 6 a 12 pétalas estreitas na base, algo carnudas, de cor branca e 3 sépalas de aspeto petaloide (semelhante a pétala). Os estames são numerosos, purpúreos, dispostos em espiral, muito visitados pelas abelhas. Início de floração em maio e fim de floração em julho. O fruto tem a forma de uma pinha oval com 10 cm de comprimento, coberta por uma fina pubescência de cor castanha, na realidade é um conjunto de folículos agrupados numa estrutura lenhosa em forma de cone. As sementes são aplanadas, de cor roxa, de aproximadamente 1 a 1,3 cm de comprimento. Maturação do fruto agosto. Multiplica-se por sementes, mas também se pode multiplicar por estaca. Tem crescimento lento e vegeta melhor em solos frescos e profundos, plantam-se em isolado nos parques e jardins ou em alinhamento. A casca das magnólias tem propriedades medicinais e é utilizada em cosmética pelo seu odor. A sua madeira é considerada preciosa, porque é sólida, resistente e fácil de trabalhar.
Formadora Paula Andrade
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RVCC Profissional de Geriatria: As primeiras certificações
No dia 8 de Abril de 2015 realizou-se o primeiro júri de RVCC profissional de Geriatria. Decorrido o processo de validação, as primeiras 9 candidatas propostas a júri, desenvolveram a prova prática que lhes conferiu a certificação parcial na área de Agente em Geriatria. O júri de certificação contou com a colaboração do representante do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Publicas e Sociais, um representante da União das Misericórdias e os formadores técnicos da área. As provas decorreram num ambiente de boa disposição e com muito empenho por parte das candidatas, que, com grande agrado e dedicação, viram concretizada a certificação das suas competências adquiridas nos anos de experiência em que se dedicaram aos cuidados de proximidade. Já com outros candidatos na lista de espera o CQEP do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, continuará com motivação este projeto de sucesso, que permitirá aos cuidadores informais ver o seu profissionalismo e empenho certificados, possibilitando a merecida entrada no mercado profissional de Agente em Geriatria. A abraçar este dia, estiveram ; Dr.ª Luísa Mónica Salazar (Técnica ORVC), Dr.ª Isabel Gonçalves (Coordenadora do CQEP) e Dr.ª Margarida Dias (Diretora Adjunta).
Certificação de Eletricista de Instalações
Após alguns meses de atividade, chegou o momento do CQEP do CEFP do Porto certificar o primeiro grupo de adultos que concluiu o processo de reconhecimento, validação e certificação de competências profissionais (RVCC-PRO) de Eletricista de Instalações, nível 2, enquadrado na área de eletricidade e energia. O grupo que agora termina é composto por adultos desempregados e empregados que, à data de início do processo, se encontravam inscritos nos centros de emprego de Gondomar, Matosinhos e Gaia. A possibilidade de acederem a este processo resultou de uma estreita articulação que se estabeleceu entre o CQEP e os vários centros de emprego situados em concelhos com grande proximidade geográfica a este CQEP. A sessão de certificação decorreu no Serviço de Formação do Cerco, no dia 13.05.2015. O diretor adjunto, Eng.º Germano Sousa, acolheu o Júri constituído pela Dr.ª Carla Quaresma (representante da AEP), Dr. Joaquim Marqueiro (representante do sindicato - Sinergia) e Eng.º Sérgio Queirós (formador). Em representação do CQEP estiveram presentes a Dr.ª Isabel Gonçalves (coordenadora de núcleo e do CQEP), a Dr.ª Marta Castro (conselheira de orientação e técnica ORVC) e a Dr.ª Cláudia Oliveira (técnica ORVC). Todos os adultos que participaram neste processo obtiveram uma certificação parcial e manifestaram desejo de obter a certificação total. Para a concretização desse objetivo mostraram-se disponíveis para a realização de unidades de formação de curta duração (UFCD) relativas às competências em falta para a obtenção do título profissional de eletricista de instalações, documento exigido pelas empresas desta área profissional. Este processo de RVCC PRO além de elevar as qualificações profissionais contribuiu também para a valorização pessoal e social, destes adultos.
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A formação e o projeto EDUQ no Município de Cinfães
No
dia 5 de maio do corrente ano o Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, iniciou, em Cinfães, uma ação destinada a ativos empregados na área de educação em parceria com o Centro de Emprego de Penafiel e Câmara Municipal de Cinfães. Pretende-se com esta ação conciliar os objetivos da formação com a implementação do Projeto EduQ e Modelo de Vinculação Educativa (Barbosa, S. M., 2012) no Município de Cinfães. Estiveram presentes para dar as boas vindas, o Coordenador de formação, Eng.º Mário Coelho; a Vereadora da Educação e Qualificação da CM de Cinfães; Professora Graça Reis; a Técnica do GIP da CM de Cinfães; Dr.ª Filomena Barbosa; o Diretor do Agrupamento de Escolas General Serpa Pinto; Professor Manuel Pereira e o Coordenador do CQEP de Cinfães; Professor Mário Teixeira. A Formadora deste projeto, Dr.ª Sónia Barbosa, é também a responsável pela implementação do Projeto EduQ e Modelo de Vinculação Educativa, permitindonos, dessa forma, enriquecer, pelo seu know how, em matéria educativa, o processo formativo. Neste mesmo dia, em horário laboral, teve início um percurso no âmbito da modalidade VIDA ATIVA, para jovens licenciados e na mesma área de formação, que integra 300 horas de prática em contexto de trabalho, facilitadora da integração no mercado de trabalho
Testemunho: e depois da formação…
Iniciei o meu curso de educação e formação de adultos de cabeleireiro unissexo em 2013 com a duração de cerca de 10 meses, concluído em 2014. Desde cedo senti uma paixão pela profissão talvez por ser uma área que nos dá espaço para criar e dar asas à nossa imaginação. Na formação pude adquirir os conhecimentos para uma forte base que me permitiram ganhar a confiança necessária para ingressar no mundo do trabalho. As técnicas mais avançadas, obtive e reforcei posteriormente em formações quando já exercia a profissão. Tive alguns momentos marcantes no processo de formação nomeadamente o sucesso das metas que fui alcançando ao longo do percurso, mas talvez o mais momento mais curioso tenha sido logo após uns dias de iniciar a formação quando um dos responsáveis me disse “a título de brincadeira” que eu não iria terminar a formação, talvez pelo meu ar mais irreverente. Tal aumentou a minha motivação para poder provar que estava errado e que iria abraçar esta profissão. Um grande filósofo chinês disse "escolhe um trabalho que ames e não terás de trabalhar um único dia na vida." (confúcio). Tenho a sorte de poder seguir esse lema... AMO o que faço. Para ser um bom cabeleireiro não se pode considerar apenas a profissão, devemos ser apaixonados pela arte e pela beleza. Só assim se consegue alcançar a inspiração que nos move. Tenho a sorte de ter sido convidado para algumas iniciativas e de protagonizar alguns espetáculos. A sensação de estar em palco a partilhar a minha paixão é muito motivante e servirá de registo para a minha história. Acho que todos temos ídolos, referências de destaque mundial que lançam as tendências e nos inspiram, mas não poderia deixar de agradecer aos meus formadores que me acompanham agora como colegas.
Ricardo, ex-formando de cabeleireiro do CEFP do Porto 42
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Kahoot Aplicação educacional utilizado para criar quizes, principalmente, para utilização com dispositivos móveis. Kahoot.it – modo de jogo Get.kahoot.com – modo de edição Tellagami Aplicação que permite fazer apresentações de forma diferente e motivadora, com a duração máxima de vídeo / áudio de 30 segundos.
Edmodo Aplicação que permite a gestão de turma / módulo com tarefas e atividades interativas e colaborativas. Interessante pelo seu uso através de dispositivos móveis. Nearpod Aplicação que permite a gestão de turma / módulo com tarefas e atividades interativas e colaborativas. Possibilita a criação e partilha de apresentações eletrónicas, de forma a construir-se uma rede fechada de interação entre formandos. Class Dojo Aplicação que permite a gestão de comportamentos, atitudes e assiduidades de uma turma. Excelente no feedback imediato, inclusive para os encarregados de educação. GoConqr Aplicação que permite um ambiente de aprendizagem personalizado para criar, descobrir e compartilhar recursos de estudos, como quizes, mapas mentais, flashcards,… F4 Comunidade de Práticas com Tablets na Sala de Aula https://plus.google.com/u/0/communities/1120800745281754 30268 Formadores Marco Bento e Filipe Castro
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